16
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO – CAMPUS DE SINOP ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL Estêvão Querino de Souza Registro de processos erosivos

Processos erosivos

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Aborda identificação e tratamento para problemas com erosão em estradas vicinais.

Citation preview

<Observação: Não alterar o layout deste formulárioENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL
Estêvão Querino de Souza
Registro de processos erosivos
ENGENHARIA AGRÍCOLA E AMBIENTAL
Estêvão Querino de Souza
Registro de processos erosivos
Atividade apresentada à Universidade Federal do Mato Grosso, como parte das exigências de avaliação da disciplina de Engenharia de conservação de água e solo, ministrada pelo Professor Handrey Borges Araujo
SINOP - MT
Processos erosivos ocorrem primeiramente por processos naturais, decorrente de ações naturais como clima, morfologia, morfografia, vegetação, tipo de solos, faz parte das consequências do intemperismo, compõe a paisagem e modifica, desgastando e afeiçoando a superfície física, química e biológica (SUGUIO, 2003)
Esse processo pode ser acelerado com as ações antrópicas, onde a necessidade de desenvolvimento o desmatamento para fins agropecuários, práticas agrícolas e de preparo inadequadas, estradas indevidamente finalizados, ou não cobertas tem contribuído para que a erosão tenha se tornado um problema mundial, e muitas das vezes chega a situações irreversíveis (EMBRAPA, 2011; RODRIGUES et al. 2011)
Estradas vicinais ou estradas de chão são na maior parte das vezes a realidade de países em desenvolvimento como o Brasil, e muitas das vezes são essas as únicas vias para o escoamento da produção regional, e a ligação de comunidades rurais com as cidades (JUNIOR e FERREIRA, 2007)
As imagens a seguir são de erosões ocorridas em estradas de chão, todas ocorreram na lateral das estradas muitas das vezes carregando parte da mesma.
Erosão Laminar ou erosão em lençol, superficial é o início do processo erosivo, processo do qual surge do escoamento da água que não infiltra por meio do escoamento superficial após o impacto das gotas de água da chuva, lavando a superfície do solo e arrastando partículas sólidas (GUERRA e CUNHA, 1995).
Imagem 1: Erosão laminar na Av. da Integração no parque industrial de Sinop-MT 55º28’33” W, 11º30’30”
Imagem 2: Arraste partículas sólidas.
Esse caso esta próximo já da erosão por sulcos, mas se trada de uma beira de estrada onde deveria ter um canal para o escoamento da água, a solução para esse problema seria a devida construção do canal escoador e como esta na beira de um barranco o uso de pratica vegetativa para que o barranco não sofra perdas significativas com a chuva e venha contribuir para a formação de uma erosão novamente.
Imagem 3: Erosão laminar ao lado da MT222 55º39’14” W, 11º53’43” S.
Imagem 4: Solo exposto sofrendo ação da chuva chegando a segunda fase.
Imagem 5: Solo em transição, a enxurrada ainda passa por todo o terreno porem o final toma caminho preferencial.
Este caso é uma parte que compõe uma voçoroca essa área pode ser tratada com práticas vegetativas para impedir a continua perda de solo e o avanço do estágio.
Erosão em sulcos sucede a erosão laminar, podendo também originar de precipitações muito intensas, também por concentração do escoamento formando filetes mais ou menos profundos em consequência do volume e velocidade de escoamento superficial (BERTONI e LOMBARDI NETO, 1990)
Imagem 6: Estrada da Ana 55° 29’30” W, 11º47’41” S.
Imagem 7: Sulco acentuado a beira da estrada.
Imagem 8: Profundidade do prejuízo causado pela água.
Neste caso na beira da Estrada Ana começa a preocupar pois não é um ponto isolado e a erosão vai torando-se mais agressiva a medida que o relevo aumenta a inclinação, como é uma estrada bastante usada não só para o escoamento da plantação de soja, sorgo e milho como também dá acesso a chácaras é necessário que construa um canal adequado e uma preparação com a beira da plantação que chega muito próximo ao barranco e está totalmente descoberta, deve-se evitar que as águas da plantação escoa para a estrada e vice versa, alem construção de um canal é interessante construir caixas de capitação na lateral da estrada assim diminuir a vazão de água que vai chegar na parte mais baixa do relevo, a vegetação no barranco controlaria problemas como assoreamento do canal e desenvolvimento de sulcos, pode-se observar que mais adiante na estrada já perdeu uma parte onde já se tornou intransitável.
Voçorocas representa a forma mais complexa de erosão e o mais destrutivo quadro evolutivo de uma erosão linear causando alteração hidro-morfo-pedológico.
Imagem 9: Final da voçoroca.
Imagem 10: Vista do final ao início.
Imagem 11: Referência do nível de complexidade da voçoroca.
Essa área pode der sido uma área de empréstimo para a construção da ponte sob o rio São Manuel, porém não foi devidamente finalizada, o que deixou o solo exposto para a ação da chuva por muito tempo o que levou a essa situação irreversível. A recuperação dessa área levará tempo e investimento, a EMBRAPA Jaguariúna –SP indica as seguinte ações:
1. Cercar a área ao entrono da voçoroca para impedir o tráfico no local;
2. Controlar o escoamento superficial concentrado que é direcionado aquela área;
3. Instalação de Paliçadas;
4. Fazer a calagem e adubação química;
5. Praticas vegetativas para contribuir na proteção do solo e infiltração.
No uso de práticas vegetativas procurar plantar e nível e iniciar com vegetação rasteira e que contribua para a adubação verde do local, esse tipo de vegetação protege o solo do impacto das gotas da chuva, uma vez que essa vegetação demostre sinal de bom desenvolvimento aconselha-se a plantar vegetação de maior porte. É importante que essa vegetação tenha bom desempenho em solos erodidos e que tenha sistema radicular abundante.
Construção de paliçadas ou pequenas barragens deve ser feitas com madeiras, pedras, galhos o material que tiver, essas estruturas tem a função de evitar o escoamento com velocidade no interior da erosão.
Referências bibliográficas:
BERTOLINI, D.; LOMBARDI NETO, F. Controle de voçorocas. In: BERTOLINI, D.; KROLL, F. M.; LOMBARDI NETO, F.; CRESTANA, M. de S. M.; DRUGOWICH, M. I.; ELIAS, R.; CORREA, R. O.; BELLINAZZI JÚNIOR, R. Manual técnico de manejo e conservação do solo e água. Campinas: CATI, 1994. v. 5 p. 25-30.
EMBRAPA – Controle dos Processos Erosivos Lineares (ravinas e voçorocas) em áreas de Solos Arenosos. Circular Técnica EMBRAPA Meio Ambiente – Jaguariúna – SP Dezembro, 2011.
GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. Degradação ambiental. In: Geomorfologia e Meio Ambiente. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 1995.
JUNIOR, H. H. S.; FERREIRA, O. M.; Processos erosivos e perda de solo em estradas vicinais. Goiania – GO Biblioteca Digital Universidade Católica de Goiás – Departamento de Engenharia – Engenharia Ambiental, 2007.
RODRIGUES, F. M.; PISSARRA, T. C. T.; CAMPOS. S.; Analise temporal dos processos erosivos na microbacia hidrográfica do córrego da Fazenda Glória, Taquaritinga, SP, Brasil. Revista Arvore, Viçosa – MG, v.35, n.3, edição especial, p.745-750, 2011.