Upload
vuliem
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
~PREFEITURA MUNICIPAL DE SAO JOAQUIM DA BARRA
Estado de Sdo Pclulo
PROctJREORIA
PROCESSO N° 1364/2018
Trata-se de recurso apresentando pela empresa VSCARD ADMINISTRADORA DE CART6ES, ja qualificada nosautos, em face do Pregao Presencial n° 033/2018 - vale -alimentacao.
Alega, basicamente, que 6 proibida a utilizacao de taxanegativa pelas prestadoras de cartao alimentacao, diante daportaria n° 1287/2017 do MTE-Minist6rio do Trabalho e Emprego.
A Procuradoria opina pelo indeferimento do presenterecurso.
Preliminarmente, cumpre ressalvar que a presenteportaria 6 ato administrativo.
Sendo assim, a mesma nao pode prevalecer sobre lei queno caso sao as leis 10520/02 e 8666/93.
Ademais, tal proibicao (utilizacao de taxa negativa) naoesta elencada no rol de requisitos para habilitacao de ambas as leis.
Pode-se acrescentar ainda que a opcao da prestadora deservico de cartao alimentacao 6 facultativa, ou seja, pode a mesma
Proco Professor lvo Vannuchl s/[email protected]
P6glno 1 de 2
Fone (16) 3810 9008
r,`
pREFEiTURA MUNiclpAL DE SAO.OAQulM DA BARRA a\Estado de S6o Pclulo
nao ser optante pelo programa e participar normalmente docertame.
Por fim, 6 de born alvitre elencar que uns dos principiosbasilares das licitac6es 6 a busca da proposta mais vantajosa para aAdministracao.
Diante disso, a nao colocacao da taxa negativa trariaprejuizos a Administracao e, consequentemente, trairia o principioem tela.
Trago como respaldo julgado do TCE MG e SP queguarnecem o entendimento acima (ANEXO).
A pregoeira.
__' _ta --...-.--- c.-afw.`'EFE,'TIJRAi`¢!i,.`<``':':':P4!.!3Ffit-j'M0ABARRA,
13t+t\ ._*+a L, ___
Co forngda£¥p±;:-:'-:.¥u¥i:.i:;±-a:;.}-'.'P± ide--__._i-- `.,`=-i `1® Selto'
`O.ii¥LLifeRT,bv`S:j"
Prclco Professor lvo VcinnuchlJuridlcoesaojooqulmdcibawo.sp.g-ov..br
Pdglna 2 de 2
s/n -Fone(16)38109008
•?1
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
TRIBUNAL PLENO -SESS^O DE 26/03/14EXAMES PREVIOS DE EDITAL -ESTADUAIS
PROCESSO:REPRESENTANTE:
ADVOGADOS:
REPRESENTADA:ASSUNTO:
PROCESSO=REPRESENTANTE=
REPRESENTADA=ASSUNTO=
RELAT6RIO
eTC-936.989.14-4.SINDPLUS Administradora de Cart6es, Servicosde Cadastro e Cobran€a Ltda. -EPP.Rafael Prudente Carvalho Silva (OAB/SP no288.403) e outros.Faculdade de Medicina de Sao Jose do Rio Preto.Representagao formulada em face do edital doPregao Eletr6nico no 003/2014, certamedestinado a contrata€5o de empresaespecializada no fornecimento de valealimentacao em cart6es magn€ticos, para ate300(trezentos) funcion5rios, com valor, de R$8,00 (oito reais) por dia dtil mensal.
eTC-9 56 . 989 .14-9 .Verocheque Refeis6es Ltda., por seu s6cioNicolas Teixeira Veronezi.Faculdade de Medicina de Sao Jos6 do Rio Preto.Representacao formulada em face do edital doPregao Eletr6nico no 003/2014, certamedestinado a contrata€ao de empresaespecializada no fornecimento de valealimentasao em cart6es magn€ticos, para ate300 (trezentos) funcionarios, com valor, de R$8,00 (oito reais) por dia dtil mensal.
Tratam os autos da representa¢ao subscrita por
SINDPLUS Administradora de Cart6es, Servicos de Cadastro e
Cobran¢a Ltda. - EPP., tendo em vista a reforma do jnstrumentoL~-
convocat6rio do Pregao Eletr6nico no 003/2014, certame instaurado
pela Faculdade de Medicina de Sao Jos€ do Rio Preto - FAMERP,
3?
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
Autarquia Estadual, destjnado a contrata€ao de empresa especializada
no fornecimento de vale alimenta¢5o em cart6es magneticos, para ate
300(trezentos) funcionarios, com valor de R$ 8,00 (ojto reais) por dia
dtil mensal (eTC-936.989.14-4).
Fundamentou-se a representante no
questionamento ao conteddo do item 3.3, alinea ``c'', o qual vedaria a
apresenta¢ao de propostas comerciais lastreadas por taxas de
administracao negativas, bern como na condigao de habilitacao
djsposta no item 1, no sentido de que as licitantes comprovem o
credenciamento de, no minimo, duas redes de hipermercados com
lo].as na cidade de Sao Jos6 do Rio Preto.
Apontou, por fim, inconsistencia no item 4,2.3, a
partir do qual as licitantes deverao apresentar alvara para a realizacao
de atividades envolvendo produtos quimicos, exigencia que nao
guardaria qualquer relacao com as empresas que administram cart6es
alimentac5o.
Premente a mat6ria e considerando a
verossimilhanca dos argumentos apresentados na vestibular, submeti
o caso a Vossas Excelencjas com proposta de deferimento de liminar
mandando sustar o andamento do processo licitat6rio e o
processamento da mat€rja sob o rito do Exame Previo de Edital.
2
QL\
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
Assim foi deliberado na Sessao de 19/02/14.
Incidiu no mesmo edital de licita¢ao, em
seguida, pedido de impugnacao subscrito por Verocheque Refei€6es
Ltda., para o qual, por meio de despacho publicado no DOE de
21/02/14, estendi os efeitos de aludida liminar, dando ciencia da
representa€ao a FAMERP (eTC-956.989.14-9).
Vieram informa¢6es da Autarquia para as
quest6es propostas nas representac6es.
Consoante a FAMERP, o edital em questao teria
sido previamente submetido a aprova¢ao da Consultoria Juridica da
Autarquia, para quem nao haveria qualquer vicio a ser destacado.
Sobre a impossibilidade de propostas baseadas
na incjdencia de taxas de administracao negativas, disse que a
condi€ao seria voltada a preservas5o do equilibrio econ6mico do futuro
contrato.
Observou, a prop6sito, que a pr6pria
representante, quando fornecedora da FAMERP, nao conseguiu manter
a equacao do contrato por conta exatamente da proposta de taxa
negativa.
Consignou que a exigencia de credenciamento
de duas redes de hipermercados com lojas em Sao Jos€ do Rio Preto
3
•1F\
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE Do CoNSELHEIRo RErIATo MARTINS CoSTA
decorreria de demanda de seus funcionarios, dizendo, por fim, que a
exigencia do alvara ou licen€a para a realiza¢ao de atividades com
produtos quimicos haveria de ser desconsiderada, conforme
condicionara, alias, a pr6pria clausula impugnada (item 4.2.3).
Os pedidos foram conjuntamente instruidos por
ATJ, d. MPC e SDG.
Para a Chefia da Assessoria Tecnica, a
jurisprudencia da Corte nao socorreria a Autarquia representada, seja
no que se refere a impossibilidade de oferecimento de taxas
administrativas negativas (ex.: eTC-2222.989.13-9), seja na
exigencia de relagao de estabelecimentos credenciados.
Do mesmo modo, a redacao do item 4.2.3
demandaria corresao para n5o gerar ddvidas sobre a desnecessidade
de apresentasao da licen¢a para manuseio de produtos quimicos.
Procedentes, portanto, os dois pedidos.
0 Parecer da d. PFE foi convergente, destacando
que ``a exigencia de credenciamento, uma vez admitida a taxa
negativa, € nuclear, sob pena de impedir, ou dificultar sobremaneira,
que os beneficiarios dos vales possam utiliza-los em estabelecimentos
que n5o remuneram as administradoras de cart6es, pelo poder de
negocia€ao que detem no mercado''.
4
2G
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S^O PAULOGABINETE Do CoNSELHEIRo RErvATo MARTINS CoSTA
Para o d. MPC, os pedidos tamb6m sao
procedentes, na medida em que as quest6es propostas ja foram
pacificadas pela jurisprudencia, bern assim que a tal licen¢a para a
realizasao de atividades envolvendo produtos quimicos haveria de ser
simplesmente excluida, porquanto impertinente no caso concreto.
SDG, por fim, n5o dissentju de seus
predecessores, concluindo, pelas mesmas raz6es, no sentido da
procedencia das iniciais.
E o relat6rio.JAPN
5
2`+
VOTO
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RERATO MARTINS COSTA
Pe¢o a Vossas Excelencias, inicialmente, o
referendo das providencias adotadas nos autos do eTC-956.989.14-9,
relativamente ao pedido formulado por Verocheque Refeic6es Ltda.,
protocolizado quando o processo licitat6rio dos autos ].a se encontrava
sob os efeitos da liminar deferida por este E. Plenario no eTC-
936.989.14-4.
Assim deliberado, passo ao voto, sem deixar
igualmente de consignar que as representac6es sao conexas e, nessa
medida, recomendam valorasao conjunta do demandado.
E o que ora proponho.
A instrucao das impugnag6es ao edital do Pregao
Eletr6nico no 03/2014, conforme entendimentos expostos por ATJ e
SDG, bern assim pelos pareceres dos doutos PFE e MPC, dita, para
mim, o norte a ser seguido no presente caso.
Trata-se de quest6es sabidamente enfrentadas
por este E. Plenario em oportunidades passadas e que nao
recomendam alteracao da I.urjsprudencia consolidada.
Inicio falando do tema da taxa de administrasao,
percentual que essencjalmente definira a proposta vencedora.
6
as
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RERATO MARTINS COSTA
Conforme fez entender a FAMERP em suas
informac6es, a veda¢ao a apresentagao de taxas nulas ou negativas
significaria medida de cautela, motivada, essencialmente, por recente
experiencia de desequilibrio da equagao econ6mico-financeira de igual
contrato de fornecimento de vale alimenta€ao.
Tal conclusao, ainda que demonstre o zelo do
Administrador no sentido de nao reviver situacao adversa, nao pode
servir para pro].etar situacao concretamente enfrentada no passado
para eventos futuros.
A possibilidade de classificac5o de propostas
avaliadas a partir de taxa de administragao nula ou negativa decorre
de constru€5o j.urisprudencial, analise precipuamente voltada a
primazia da economicidade dos contratos da esp€cie firmados pelo
Poder Pdblico.
Tal comprometimento com a equa€ao financeira
mais favoravel, inclusive, em momento algum deve ser visto de forma
dissociada da preocupacao com a execu¢ao dessa esp6cie de contrato,
na medida em que a remuneragao negativa pelo servico de
intermedia¢ao de vales alimentacao e/ou refei¢ao pressup6e fluxo
financeiro positivo do prestador do serviso, otimizasao do custo
financeiro apurado na rela€5o cliente/mercado, bern assim adequado
7
2q
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RERATO MARTINS COSTA
escalonamento dos prazos de recebimentos e pagamentos dos valores
transacionados.
Evidente que qualquer anomalia na progressao
desses fluxos coloca em risco o equillbrio da avenca, podendo implicar
situac6es desfavoraveis, como a descrita pela FAMERP em suas
informag6es nos autos.
Isso, por6m, nao autoriza a Autarquia a, desde
logo, abrir mao de eventuais oportunidades de mercado que venham
acompanhadas da possibilidade de contratar o menor preco refletido
em taxas negativas, mais ainda se decorrentes da livre disputa
licitat6ria.
0 edital, portanto, comporta a retificacao pedida
por ambas as representantes, ate porque a hip6tese do oferecimento
de taxas descontadas nao exime o Pregoeiro de adotar providencias
bastantes para, nos termos da lei, afastar eventuais indicios de
inexequibilidade.
Tambem acolho a instruc5o dos autos no que se
refere a exigencia de pr6vio credenciamento de redes de
supermercado.
Embora pare€a razoavel admitir que o Municipio
de Sao Jose do Rio Preto abrigue lojas de ao menos duas redes de
8
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARnNs cOsTA
hipermercados em seu territ6rio, inviavel que tal demonstracao recaia
justamente na fase de habilitacao das licitantes, como esta patente na
parte final do item 1.
Por dltimo, muito embora a FAMERP tenha
buscado esclarecer o alcance da regra do item 4.2.3., afastando-lhe
qualquer eficacia no caso concreto, evidente que seu conteudo foi
equivocadamente aproveitado no edital em questao.
0 objeto nao comporta a exigencia de licen€a ou
alvara para a realiza€5o de atividades com produtos quimicos
controlados para fins comerciais, emitidos pela Divis5o de Produtos
Controlados da Superintendencia da Poll'cia Cientifica da Secretaria de
Seguran¢a Pdblica, o que encaminha, portanto, para a necess5ria
exclusao da cl5usula do texto do edital.
Assim sendo, confirmo as medidas liminares e
VOT0 no sentido da procedencia das representa¢6es subscritas
por SINDPLUS Administradora de Cart6es, Servi¢os de Cadastro
e Cobranca Ltda. - EPP. e Verocheque Refeic6es Ltda.,
determinando, com isso, que a Faculdade de Medicina de Sao
Jose do Rio Preto - FAMERP retifique o edital do Pregao
Eletr6nico n0003/2014 na seguinte conformidade: modifique a
reda€5o da alinea ``c'', do item 3.3, a fim de igualmente admitir
9
?`\-
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE Do CoNSELHEIRo RErVATo MARTINs CoSTA
o oferecimento de taxas de administrac5o inferiores a zero;
exclua da parte final do item 1 a express5o ``A comprovacao
dos cadastrados devera ser apresentada no momento da
Habilitacao", a fim de que a exigencia de credenciamento de no
minimo dois hipermercados com lojas na cidade de Sao Jos6 do
Rio Preto seja deslocada, servindo somente como condic5o a
celebrag5o do futuro contrato; suprima integralmente o item
4.2.3, sobre a exigencia de apresentag5o de licenca ou alvara
para atividades com produtos quimicos controlados.
Assim deliberado, devem representantes e
representada, na forma regimental, ser intimados deste ].ulgado, em
especial a Diretoria da FAMERP, a fim de que, ao elaborar novo
instrumento convocat6rio, providencie as retifica€6es aqui
determinadas e as publicas6es na forma definida pelo artigo 21, § 40,
da Lei no 8.666/93.
RENATO MARTINS COSTACONSELHEIRO
10
-`)1
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
PRIMEIRA C^MARA -SESSAO DE 07/10/2014 -ITENS 121 e 122
TC-030686/026/ 11Representante: Sodexo Pass do Brasjl Servi€os e Comercio S/A.Representado: Prefeitura Municipal de Pongai.Responsaveis: Ademir Bortoli (Prefeito a epoca) e Maria Helena PafettiNavarro (Prefeita).Assunto: Possiveis irregularidades na dispensa de licitac5o paracontratagao da empresa Companhia Brasileira de Soluc6es e ServigosCart6es Visa Vale pela Prefeitura Municipal de Pongai, com vistas aemissao de cart6es magneticos vale-alimentasao. Providencias emdecorrencia das assinaturas de prazo, nos termos do artigo 20, inciso XIII,da Lei Complementar no 709/93, pelo Conselheiro Renato Martins Costa,publicadas no D.O.E. de 19-06-14 e 07-08-14.Advogados: Gustavo Antonio Casarim, Eduardo Luiz Penariol, FabricioCobra Arbex, Willian Tadeu Gil, Paulo S6rgio Uch6a Fagundes Ferraz deCamargo, Ricardo Pagliari Levy, Roberto Zilsch Lambauer, Viviane Manfr6dos Santos e outros.Fiscaliza¢ao atual: UR-4 - DSF-II.
TC-001222/004/11Contratante: Prefeitura Municipal de Pongai.Contratada: Companhia Brasileira de Solu¢6es e Servicos.Responsaveis: Ademir Bortoli (Prefeito a 6poca) e Maria Helena PafettiNavarro (Prefeita).Objeto: Administracao e emiss5o de cartao magnetico vale-alimenta¢ao.Em Julgamento: Dispensa de Licitacao. Contrato celebrado em 01-08-06. Justificativas apresentadas em decorrencia da assinatura de prazo,nos termos do artigo 20, inciso XIII, da Lei Complementar no 709/93, peloConselheiro Antonio Roque Citadini, publicada no D.O.E. de 24-11-11.Providencias em decorrencia das assinaturas de prazo, nos termos doartigo 20, inciso XIII, da Lei Complementar no 709/93, pelo ConselheiroRenato Martins Costa, publicadas no D.O.E. de 19-06-14 e 07-08-14.Advogados: Gustavo Antonio Casarim, Eduardo Luiz Penariol, FabricioCobra Arbex, Willian Tadeu Gil, Paulo Sergio Uch6a Fagundes Ferraz deCamargo, Ricardo Pagliari Levy, Roberto Zilsch Lambauer, Viviane Manfredos Santos e outros.Fiscalizada por: UR-4 -DSF-II.Fiscaliza¢ao atual: UR-4 -DSF-II.
RELAT6RIO
Sodexo Pass do Brasil Servi¢os e Comercio S/A,
representada pelo patrono Fabricio Cobra Arbex, veio comunicar a esta
izE]
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
Egregia Corte, atraves do TC-30686/026/11, que a Prefeitura Municipal de
Pongai' contratou a empresa Visa Vale Companhia Brasileira de Solu¢6es e
Servi¢os, mediante dispensa de licitacao, para prestacao de servi¢os de
administra¢5o e emissao de cart6es de alimentac5o e refej¢ao destinados
aos funcionarios.
Consta que, nos meses de julho e outubro de 2009,
abril e dezembro de 2010, e abril de 2011, a Municipalidade desembolsou,
respectivamente, R$ 8.126,00, R$ 8.050,00, R$ 10.953,00, R$ 10,806,96
e R$ 8.196,98 para pagamento de vales-refejcao, conforme detalhamento
da despesa disponjbilizado no Portal do Cidadao.
0 feito foi recebido como representacao (fls.87/9o).
A representante Sodexo Pass aditou suas raz6es
(fls.92/134,137/183), assegurando que:
• a empresa aufere o valor total do benefi'cio, os servidores
desembolsam paulatinamente e a rede credenciada recebe
pagamento 30 dias ap6s a realizacao da despesa, representando
vantagem para a contratada;
• a empresa se beneficiou, ainda, com o recebimento de taxa de
administra¢5o de 2°/o, enquanto existem fornecedores que prop6em
taxa de administracao igual a zero ou negativa;
• as despesas da Prefeitura de Pongai' em favor da Visa Vale
superaram R$ 500 mil, demandando a feitura de certame licjtat6rio.
2
?i
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
A Fiscalizasao coletou documentos pertinentes ao
ajuste levado a efeito entre a Prefeitura Municipal de Pongai e a Visa Vale
Companhia Brasileira de Solu¢6es e Servi¢os, resultando na formalizacao
do TC-1222/004/11, informando que os desembolsos correspondem ao
que segue:
Periodo Beneficios Tarifas Total da faturaJaneiro/dezembrode2009 R$ 189.922,00 R$ 2.574,80 R$ 192.496,80
Janeiro/dezembrode2010 R$ 206.646,60 R$ 3.137,56 R$ 209.784,16
Janeiro/outubrode2011 R$ 192.855,45 R$ 2.727,01 R$ 195.582,46
Total R$ 597.863.42
Segundo anotac5es da equipe de inspesao (fls.5o3/511),
estao presentes imperfeic6es que atentam contra disposi¢6es da Lei
Federal no 8.666/93 e contra outros comandos legais:
1. N5o formalizacao de processo de dispensa de certame;
2. Ausencia de reserva orcamentaria, de justificativas previas, de
autorizasao para contratar, de razao da escolha do fornecedor, de
parecer t€cnico-jurjdico, de pesquisa de precos no mercado e de atos
de ratifica¢5o;
3. A proposta da contratada n5o cont€m assinaturas;
4. Realizasao de contrato de adesao, sem as clausulas essenciais
descritas no artigo 55 da Lei de Licitag6es, em documento timbrado da
3
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
institui¢ao financeira a qual a Visa Vale esta associada, contrariando os
artigos 58 e 60 da mesma lei;
5. Ausencia de publicidade da aven¢a em midia oficial;
6. Prazo de vigencia indeterminado e valor do a].uste nao declarado;
7. Despesa registrada em rubrica contabil estranha aos servicos
prestados: ``material de distribuigao gratuita" e ``outros servisos de
terceiro -pessoa juri'dica";
8. Alteras6es de valor nao foram precedidas de justjficativas e
demonstrac6es;
9.Termo de ciencia e notificacao nao cont6m assinatura dos
responsaveis (artigo 90, XIV, das Instruc6es no 02/08);
10. Nao atendimento da Lei de Responsabilidade Fiscal, em face da falta
de estimativa trienal do impacto orcamentario-financeiro e da ausencia
de declara€ao do ordenador da despesa sobre a adequagao com os
planos plurianuais.
Feita regular notificasao, a Municipalidade de Pongai
trouxe raz6es de defesa (fls.516/519).
Valeu-se do valor a]'ustado para ].ustificar a dispensa do
certame, posto que a tarifa atingiu o valor anual de R$ 2.620,80.
Adicionou que a Visa Vale i a dnica empresa com
equipamentos instalados no comercio de Pongai.
4
1G
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
Assessoria Tecnica manifestou-se pela irregularidade
dos atos praticados, valorizando a falta de autoriza€ao, de justificativas,
de reserva orcamentaria, de parecer juridico, de demonstra€ao da
adequasao do pre€o e de clausulas essenciais (fls.522/523).
Chefia de ATJ assentiu, salientando que mat6ria
analoga foi reprovada por esta Corte nos autos do TC-11/003/08 (Pleno -
sessao de 30/5/12), ficando consignado que o ob].eto pode ser fornecido
por varias operadoras e que o valor do beneficio deve integrar o montante
contratado (fls.544/545).
Encerrada a instru¢ao processual, foi concedida aos
interessados oportunidade de conhecer o que consta dos autos e
eventualmente manifestar defesa, oportunidade em o Poder Executjvo e a
Companhia Brasileira de Solue6es e Servi€os obtiveram vistas e extrairam
c6pias de pecas a seu arbitrio.
Nada mais foi dito.
E o relat6rio.MSB
5
31
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
VOTO
Preliminarmente, assinalo que foram respeitados os
principios do contradit6rio e da ampla defesa, posto que, ap6s franqueada
derradeira oportunidade de manifestac5o, os 6rg5os t€cnicos n5o
colacionaram sen6es que pudessem ser considerados no presente
decis6rio.
No merito, a Sodexo Pass do Brasil Servicos e Comercio
S/A, empresa operadora de servicos de f/.cket-refei€5o, comunicou que a
Prefeitura Municipal de Pongai mantem ajuste com a empresa Companhia
Brasileira de Solu€6es e Servi€os -Visa Vale, sob o manto da dispensa de
licita€ao, embora os gastos em favor da contratada superem o limite legal.
A instruc5o dos autos, porem, revelou que, ao inves da
dispensa de licitacao, a Municipalidade nao recorreu a nenhum
procedimento licitat6rio, pactuando com empresa selecionada por criterio
absolutamente subjetivo, qual seja: supostamente ser a dnica operadora
a manter equipamento no com6rcio de Pongai.
0 trabalho de apura¢ao da UR-4 constatou que a
pratica se estendeu de 2009 a 2011, correspondendo a despesa total de
R$ 597.863.42 em favor da empresa Visa Vale.
Quanto a nao realiza¢ao de disputa licitat6ria, ressalto
que a regra € licitar, consoante artigo 37, inciso XXI, da Constitui¢ao
6
?,.g
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
Federal, estando a dispensa ou inexigibilidade de certame circunscrita ao
rol de possibilidades dos artigos 24 e 25 da Lei Federal no 8.666/93.
Consoante li¢6es doutrinarias e com fundamento no
artigo 26 daquele diploma, a dispensa de certame nao prescinde de
].ustificativas previas, de ratificasao da autoridade superior e de
publicidade dos atos.
S5o exigiveis, ainda nos termos legais, explicac6es
sobre a razao da escolha do fornecedor, sobre a adequac5o do pre¢o
aven€ado, bern como a apresenta¢ao de documentos de aprovacao do
projeto ou caracterizasao da situa€ao emergencial, conforme o caso.
Mas nada disso foi providenciado, ficando a aven€a a
margem da legalidade.
E cedigo que proliferam no mercado empresas
prestadoras dos servi€os ajustados, que poderiam demonstrar interesse
em operar a carteira de cupons da Prefeitura e concorrer em igualdade de
condi€6es com a Visa Vale.
Digo isso porque, ao contrario do que quer demonstrar
a Administra¢ao, ao receber a quantia mensal correspondente aos vales-
alimenta€ao, a contratada recebeu recursos pdblicos integrais, os quais
seriam dispendidos paulatinamente pelos servidores.
A impropriedade mostra-se tao expressiva que foi alvo
de atencao especi'fica desta Corte de Contas, consubstanciada na
7
3q
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
Delibera€ao TC-A-021781/026/12, publicada no DOE de 5/7/12, para
assegurar que toda contrata¢ao para fornecimento de vale-alimenta€ao
se].a precedida de licitacao ou de justificado processo de dispensa.
Ressalto que a exposi¢5o de motivos da citada
Delibera¢ao poe em destaque a possibilidade de competicao, alem de
consolidar que a despesa pdblica envolve a soma entre o beneficio devido
aos servidores e as taxas adicionais que vierem a ser cobradas pelo
prestador de servisos. Ve].amos:
DELIBERACAO (TC-A-021851/ 026/ 12)
0 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULO, na
conformidade do artigo 114, inciso 11, alinea ``c'', do Reg.Imento
lnterno;
Con.siderando a existencia, no mercado, de varlas emDresas
prestadoras de se.rylcos para fornecimento de vales alimentaEao erefei€ao;
Considerando que a licitacao, por forca do comando do arfigo 30
da Lei Federal n. 8.666/ 93, destina-se nao s6 a garantir a
proposta mais vantajosa, mas a observancia do pr.Incipioconstitucional da isonomia;
Considerand.a aue o valor estlmado da contratacao deve levar em_
conta o efetivo gasto pdblico em sua totalidade_;
Considerando aue os recursos Ddbllcos envolvldos em_
contratac6es do genero importam a soma do valor devido a cad_a_
servldor, sob a. tltulo de vale allmentacao e/ou refei€ao, com o
valor da taxa de a.d_minlstracao, resultando na despesa pdblica_:
Considerando que o ``valor" do ajuste a que se refere o referido
dispos.It.Ivo legal nao se confunde com o ``prego" ofertado; e
8
L\o
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S^O PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
Considerando finalmente o decidido pelo Egrfegio Plen6rio em
sessao ordin6ria de 30 de maio de 2012, a margem do julgamento
do Recurso Ordin6rio tratado no TC-0011/003/08, e tendo em
vista indmeras contratac6es ocorridas em Munic/pios do Estado,
mediante dispensa de licitacao, com fundamento no artigo 24,
inciso 11, da Lei Federal n.8.666/93,
DELIBERA:
1 - Toda contratacao Dara os servicos de fornecimento de vale
alimentacao e/ou refeicao h6 de ser Drecedida de licitacao, sendo
dispens6vel somente na hip6tese em que o valor total do ajuste
(valor repassado dos vales + taxa de administraEao) nao
ultrapassar o limite previsto no artigo 24, inciso 11, da Lei federal
n. 8.666/ 93. (...) -(grifei)
Assento que, embora a norma tenha vindo a luz ap6s a
concretizasao dos atos ora reprovados, o texto apenas consolida o
entendimento deste Tribunal sobre a materia, diante da reiteracao de
casos em diversas instancias administrativas.
Por derradeiro, para sedimentar a desvantagem
experimentada pela Municipalidade, friso que, consoante indmeros
contratos analisados no ambito desta Corte de Contas, muitas operadoras
dos cart6es em referencia chegam a oferecer taxa de administracao
negativa, patenteando franco beneficio para a contratante.
No caso vertente, al6m do mais, de acordo com as
constata€6es da equipe de fiscalizac5o, a Administra¢ao desprezou todas
as cautelas ditadas pelo Estatuto das Licita€6es, pela Lei Complementar no
9
L\\
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE S^O PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
101/00 e pelas Instru€6es deste Tribunal de Contas, as quais primam pela
prote€ao do erario e preservas5o do patrim6nio pdblico.
Diante das considerac6es acima, acolhendo as
manifestac6es da Fiscaliza¢5o e de ATJ, voto pela proced€ncia da
representac5o formulada pela Sodexo Pass do Brasil Servicos e
Comercio S/A, bern como pela irregularidade das despesas
empreendidas pela Prefeitura Municipal de Pongai junto a empresa
Companhia Brasileira de Soluc6es e Services -Visa Vale, com vistas
a emissao de cart6es de alimentacao e refeicao. Aplico em consequencia
as disposi€6es do artigo 20, inciso XV, da Lei Complementar no 709/93.
Ainda, com fundamento no artigo 104, inciso 11, da Lei
Complementar no 709/93, comino multa a Prefeita Maria Helena
Pafetti Navarro, autoridade respons5vel pelos atos praticados, no valor
correspondente a 160 (cento e sessenta) UFESPs, ficando o Ex-
Prefeito Ademir Bortoli excluido do apenamento em razao de seu noticiado
falecimento. A multa devera ser recolhida ao Fundo Especial de Despesa
do Tribunal de Contas do Estado, nas agencias do Banco do Brasil, na
forma da Lei 11077, de 20 de margo de 2002.
Decorrido o prazo recursal e ausente prova ].unto a este
Tribunal do recolhimento efetuado, no prazo constante da notificagao
prevista no artigo 86 da Lei Complementar no 709/93, o Cart6rio fica
10
L\1
TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SAO PAULOGABINETE DO CONSELHEIRO RENATO MARTINS COSTA
autorizado a adotar as providencias necessarias ao encaminhamento do
debito para inscricao na divida ativa, visando posterior cobran€a judicial.
ALEXANDRE MANIR FIGUEIREDO SARQUISSubstituto de Conselheiro
11
||cEma TRIBUNAL DE cONTAs 1]0 ESTADO DE MINAs GERAi
GabinetedoconselheirowamderleyAvila
Processo n° 1031545
Natureza: Dentlncia
Denunciante: Sindplus Administradora de cart6es, Servicos de cadastro e
Cobranga Eireli - EPP.
Denunciado: Prefeitura Municipal de E16i Mendes
A Secretaria da 2a Camara,
Trata-se de Dendncia apresentada por Sindplus Administradora de
Cart6es, Servieos de Cadastro e Cobranga Eireli - EPP, em face do edital do
Processo Licitatorio n. 04/2018, Pregao n. 04/2018, promovido pela Prefeitura
Municipal de E16i Mendes, objetivando a "confrafagao de empresa especi.a//.zada
para prestagao de servi?os tecnicos para implantagao, disponibilizagao,
administragao e emissao de cartao eletr6nico/magn6tico com chip de seguranga
para aquisigao de alimentos "in natura" pelos servidores da prefeitura municipal
de E16i Mendes - MG atraves de estabelecimentos comerciais credenciados de
acordo com as normas do minist6rio do trabalho e emprego que regulamenta o
programa de alimentagao do trabalhador (pat)." fl. 20.Acostada a Denuncia de fls. 01/07 veio a documentacao de fls. 08/64.
Em sintese, aduziu a denunciante suposta irregularidade quanto a
impossibilidade da cobranca de taxa negativa -contrariedade a portaria do Ministerio
do Trabalho n° 1.287/2017 publicada em 28/12/2017.
Ao final, requereu a suspensao liminar do Pregao.
A Dentlncia foi protocolizada nesta Casa em 22/01/2018, sendo que a
abertura das propostas foi determinada para ocorrer as 14:00 h do dia 24/01/2018.
0 processo foi distribuido a minha relatoria em 23/01/2018.
Em seguida, os autos foram encaminhados dos autos a Coordenadoria
de Fiscaliza9ao de Editais de Licitaeao, que elaborou o estudo de fls. 70/74.
Constatei que a suspensao pleiteada nao pode ser concedida pelos
motivos a seguir, conforme analise tecnica, que acolho e faeo aqui razao de decidir:
C:unetpub\wwwroot\SGAP\TempFiles\faf4117a-Ocf94flc-9cc4-07b04e6ea4ed/Lb
TCEue TRIBUNAL DE coNTAs I)0 ESTAro DE MINAs GERAI
GabinetedoconselheirowanderleyAvila
0 edital preve na SECAO I - DO ENVELOPE "01-
PROPOSTA", fl. 25:
[...]
Sera vencedor o ]icitante que ol.ertar a menor taxa administrativaaceitando-se taxas negativas, observado o "crit6rio de julgamento" por item.(Sic)
"Incialmente, cumpre destacar que o edital em comento
foi publicado no Didrio Oficial do Estado de Minas Gerais[, na data
de 11/01/2018 (documento anexo), sendo esta data posterior a da
publicapao da Portaria n° 1.287/2017 do Minist6rio do Trabalho,
que foi em 28/12/2017 (fl.17).
Sabe-se que uma portaria tern como `ys#cz/I.cede
inediata a criacao, o resguardo, o reconhecimento, a modificacao
ou a extincdo de sitwac6es juridicas subjetivas, em mat6ria
admz.7cis/ra/i.va", sendo sua natureza juridica incontestavel.
Entretanto, como ato administrativo que e, a portaria n5o tern vida
aut6noma, sendo essencial a busca de fundamento em lei,
regulamento ou decreto anterior que assegure a sua base juridica2.
Nessa vertente, constata-se que a Portaria n°
1.287/2017, que disp5e sobre a vedacao de cobranca pelas
empresas prestadoras, de taxas de servigo negativas as empresas
beneficiarias do Programa de Alimenta¢ao do Trabalhador,
fundamenta-se na Lei n° 6.321/76, pois 6 esta que regulamenta o
Programa de Alimentacao do Trabalhador (PAT).
Ocorre que a exigencia de registro no Programa de
Alimentag5o do Trabalhador (PAT), no ambito dos procedimentos
licitat6rios, 6 descabida, e, al6m disso, o registro no referido
programa do Minist6rio do Trabalho e Emprego (MTE) 6
'http://jomal.iof.mg.gov.br/xmlui/bitstream/handle/123456789/193860/cademo2_2018-Ol-
I i %206.pdf?sequence= I2 Texto de J. Cretella Jthior. Fonte: http:/foibliotecadigital.fgv.br/mwg-
intemal/de5fs23hu73ds/progress?id=h7X2MFfQkLvrcTDfJ7Su_tsKTur4i3hhfu_kRY4Y74k,&dl.
C:\inetpub\wwwroot\SGAP\TempFiles\faf4117a-Ocf94flc-9cc4-07b04e6ea4ed/Lb
iiurne TRIBUNAL DE cONTAs DO ESTADO DE MINAs GERA,
GabinetedoconselheirowanderleyAvila
facultativo. Observa-se que a Lei n° 6.321/19763 nao possui
nenhum dispositivo que verse sobre a obrigatoriedade da inscri¢5o
no "PAT" para empresas que atuam no segmento de fomecimento
e administragao de vale alimentag5o/refeicao, discordante,
portanto, a alegac5o do denunciante.
Acerca do tema, cumpre colacionar o entendimento do
Tribunal de Contas do Estado de Sao Paulo, Tribunal Pleno,
sessao de 25/o6/2o|44:
Este Tribunal em diversas oportunidades ao apreciar clausulas
editalicias da esp6cie tern determinado a sua exclusao dos atos
convocat6rios, uma vez que nao encontram respaldo na Lei Federal n°
8666/93, a semelhanca do que ocorreu no julgamento dos processos
n°s. 905.989.13-3 0ulgado em Sessao de 03/07/2013, Relator
Conselheiro Dimas Eduardo Ramalho) e 1748.989.134 e
1803.989.13-6 0ulgados em Sessao de 28/08/2013 - Relator
Conselheiro Robson Marinho), entre outros.
Por oportuno, cito trecho da decisao proferida no mencionado
processo n° 905.989.13-3 :``Por fim, tern-se a exig6ncia contida no subitem 7.3.2 do edital,
relativa ao "Comprovante de Registro no Programa de Alimentacao
do Trabalhador -PAT". que a Municipalidade justificou alegando ser
condi¢do para a Municipalidade conceder a seus fiunciondrios o
beneficio sem incorrer na necessidade de recolhimentos
previdencidrios e ao FGTS.
Oportuno aqui consignar o seguinte trecho da manifestagao da Chefia
da Assessoria T6cnica:`Conquanto a lei que instituiu o PAT preveja a dedu¢do do lucro
tributdvel para fins de imposto de renda das pessoas juridicas, do
dobro dos despesas realizadas em programas de alimentacdo do
trabalhador, 6 pacifiico entendimento deste Tribunal no sentido de
que tat situa§6o objetiva, al6m da melhoria da situa§ao nutricional
do trabalhador, a obtengdo de vanlagens tribuidrias, matdria
estranha ao processo licitat6rio.' Ocorre que a inscri¢ao no roferido
3 Disponivel em: < http://www.planalto.gov.br/Ccivil_03/leis/L6321.htm >4 Disponivel em < htt_D://www4.tcc.sp.gov.br/sites/default/fi les/4_-_e_I)e-e-05 -com-008eoo9-_sabesp._Ddf >
C:unetpub\wwwroot\SGAP\TempFiles\faf4117a-Ocf94flc-9cc4-07b04e6ea4ed/Lb
TCENH} TRIBUNAL DE CORTAS D0 ESTAD0 DE M|NAs GERA]
GabinetedoconselheirowanderleyAvila
programa do Ministario do Trabalho e Emprego (MTE), al6m de ser
facultativa ds empresas que desejarem usufroir dos beneflcios fiscais
ld previstos, extrapola o taxativo rol de documentos permitidos pelos
artigos 28 a 31 da Lei nu 8666/93, sendo. portanto, ilegal e contrdria
a fi.rme jurisprud€ncia desta Corte. (...). Desta fiorma, julgo
procedente a impugnaqdo Ofertada em face da exigGncia de registro
no Programa de Alimentacdo do Trabalhador - PAT, contida no
subitem 7.3.2, a qual deverd, portanto, ser exclulda do edi{al. " (Ghio
nosso)
Sendo assim, entende esta Unidade T6cnica que a Portaria n°
1.287/2017 veda a cobranca de taxa de servicos negativa somente
as empresas benefici5rias do Programa de Alimentagao do
Trabalhador, sendo descabida a aplicagao desta Portaria no ambito
dos procedimentos licitat6rios, onde diversas empresas, cadastradas
ou nao, no programa podem participar do certame.
Ademais, esta Corte de Contas entende que a vedacao de taxas de
servigos negativas, pratica comum no mercado das empresas que
comercializam vales-refeic5o e vales-alimenta95o, desfavorece a
competitividade do certame e o interesse pdblico.
Sobre a quest5o, importante ressaltar a Decisao do Recurso
Administrativo referente aos autos do Processo Administrativo n°
965810 desta Corte de Contas, que trata da taxa zero:
[...]
Alem do mais, em nao se admitindo a taxa zero, tamb6m nao se poderia admitirtaxa ofertada de R$ 0,01 (urn centavo) pela Recorrente, uma vez que referidovalor, mum primeiro momento, 6 tido como valor irris6rio, tamb6m sendonecessalio comprovar a exequibilidade da proposta.
Segundo a Recorrida, a Recorrente ofertou valor que, "a se seguir a letra fria doInstrumento Convocat6rio, deveria tamb6m ser desclassificado, pois, 6, em tese,valor irris6rio, o que n5o ocorreu por respeito ao mesmo principio que impediuque o lance ofertado pela vencedora fosse desclassiflcado, qual seja, o principioda livre concorrencia".
Entao nao merece prosperar a alega95o da Recorrente de que a proposta referentea taxa zero deveria ter sido desclassificada, uma vez que a taxa ofertada deR$0,01 (urn centavo) tambem deveria ter sido desclassificada, por representar,em tese, valor irris6rio.
C:\inetpub\wwwroot\SGAP\TempFiles\faf4117a-Ocf94flc-9cc4-07b04e6ea4ed/Lb
|lff ne TRIBUNAL DE cONTAs DO ESThDO DE MINAs GERAi
GabinetedoconselheirowanderleyAvila
Por fim, a Recorrente alegou que o edital deveria ter deixado "claro se aceitariaou nao Taxa Zero". Mais uma vez sem razao a Recorrente, posto que oestabelecimento de limites as propostas dos licitantes nao se coaduna com anatureza da licitac5o de menor prego, pois impede que a Administra¢5o venha ase beneficiar da proposta mais vantajosa que uma eventual licitante esteja emcondic6es de oferecer.
Sob outro enfoque, a rixac5o pura e simples no edital, de vedacao deoferecimento de taxa de agenciamento de viagem de valor zero ou negativa,constituiria, de acordo com o TCU, flagrante infring6ncia aos dispositivoslegais que regem os processos licitat6rios. Assim, se a taxa de agenciamento deviagem e fator determinante do pre¢o, ao estabelecer-se o valor minimo para areferida taxa, estar-se-a, por consequencia, fixando, previamente, urn precominimo, o que e vedado pelo art. 40, inciso X, da Lei n° 8.666/93, que prev6:
X - o crit6rio de aceitabilidade dos precos unitario e global, conforme o caso,permitida a fixac5o de precos maximos e vedados a rixac5o de precos minimos,criterios estatisticos ou faixas de variapao em relag5o a pregos de referencia,ressalvado o disposto nos pafagrafos 1° e 2° do art. 48;
Importante registrar que nas contratac6es de servicos de fornecimento depassagem aerea 6 pratica corriqueira no mercado ofertar taxa zero ounegativa, considerando que a agencia de turismo tamb6m aufere umaremuneracao das companhias a6reas. Assim, a demanda dos servicosprestados em favor da Administrap5o pode assegurar a agencia de turismo rnaremunerag5o suficiente e satisfat6ria em face das companhias a6reas. Isto sedeve a rna estrat6gia empresarial das companhias aereas de diminuirem seuscustos, transferindo o Onus de manter uma estrutura de atendimento maispr6xima do consumidor, em troca de incentivos as agencias em func5o dovolume de vendas e do cumprimento de metas. Tais incentivos s5o pagos a partirdo volume de vendas total de uma agencia, n5o apenas daquelas decorrentes docontrato com urn 6rgao pdblico especifico.
Em razao disso, admite-se que a agencia de turismo dispense a taxa deadministra€ao ou, mesmo, desembolse valores em favor da Administracao.
;oLi#a£Sasag::ecia,Spd:rtt¥::°oq::gL:tor:eTA¥i85?Cid:::reeiamree:teebecm°muma:remunera¢ao, existem ainda as agencias consolidadoras, que sao as agencjas deturismo intermediadoras, que compram diretamente das companhias a6reas aspassagens e vendem para seus clientes, que sao chamadas de agenciasconsolidadas, que geralmente sao ag6ncias menores (dentre elas as agenciasoperadoras), visto que dessa forma a agencia consolidadora consegue melhoresprecos perante as companhias aereas pelo seu expressivo volume de vendas.6 E aforma de remuneragao das agencias consolidadas tamb6m 6 o recebimento deuma comissao pelas agencias consolidadoras, que, por sua vez, recebem rnacomissao das companhias a6reas, conforme metas por estas estabelecidas.
Quando se admite a oferta de taxa zero esta se consagrando uma pratica cada vezmais utilizada no ambito da Administrac5o ao contratar passagens a6reas, sem
5IATA6asiglainglesadelnternationalAirTransportAssociationouAssocia95olntemacionalde
Transportes A6reos, em portugues.6Fonte:±!!p±±±±irvw.vidadeturista.condyartigos/agencias-de_-turismo-e-viagemu±qal.Acessoem18/01/2016.
C:unetpub\\"rwroot\SGAP\TempFiles\faf4117arocf94flc~9cc4-07b04e6ea4ed/Lb
TCEue TRIBUNAL DE coNIAs DO ESTAro DE MINAs GERAi
GabinetedoconselheirowanderleyAvila
descousiderar que cabe ds empresas de trausporte a6reo a receita pelas tarifascobradas pelas passageus vendidas, as quais remuneram as agencias de viagempor meio de comiss6es.
Portanto, o fato de ofertar taxa zero nao significa que a proposta seja de valorzero, unra vez que a proposta, por vias obliquas, 6 representada pela remuneracaoauferida das companhias a6reas ou das agencias consolidadoras, no caso dalicitante ser uma agencia consolidada. Importa frisar que essa 6 a forma usual dese contratar tal objeto.
0 entendimento jurispndencial dominante e no sentido de que a apresenta9ao deofertas de taxa de administracao de valor zero, por si s6, nao torria as propostasinexequiveis, devendo ser averiguada a compatibilidade da taxa oferecida emcada caso concreto, a partir de crit6rios objetivos. Nesse sentido 6 oentendimento do Tribunal de Contas da Uni5o:
A oferta de taxa de admini§tracao negativa ou de valor zero, em pregaopara prestacao de servicos de formecimento de vale-alimentacao, naoimplica inexequibilidade da respectiva proposta, a qual s6 pode ser aferida apartir da avaliac5o dos requisitos objetivus especificadus no edital dalicita¢ao Representa¢o formulada por empresa deu noticia de possiveisirregularidades cometidas pelo Couselho Regional de Nutricionistas do Estadode Sao Paulo (SESC00Prsp), na condng5o do Preg5o Presencial n° 04/11, queantecedeu a contratac5o de empresa para prestar servi9os de fomecimento devaleralimentacfro, abrangendo o gerenciamento, distribuic5o, implementaq5o eadministrac5o dos beneficios. Ap6s sorteio realizado entre as empresasPlaninvesti - Administra9ao e Serviaps Ltda, e Sodexo Pass do Brasil Serviaps eComereio S.A., em raz5o de haverem apresentado propostas de iseng5o de taxade administracao (0,00 °/o), o objeto do preg5o foi adjudicado a primeira delas. 0relator cousiderou, em face do disposto no comando contido no art. 4°, incisoXVII, de Lei n° 10.520#002, que o pregoeiro n5o deveria tor realizado"precocemente" o referido sorteio, mas sin negociado com as citadas empresas,
a fin de obter proposta ainda melhor. Rememorou o teor da Decisao n° 38/1996- Plenario, por meio da qual o Tribunal decidiu: "cJei)car asse#fe a"e, #o qc/e
pertine ds licitap6es destinadas ao fornecimento de vales-rof;eicdo/alimentaqao,a admissdo de of;ertas de taxas negativas ou de valor zero, Dor |}arte daAdministracdo Ptiblica, nao imi}lica em viola¢ao ao disposto no art. 44, .i 3°. daLei n° 8.666/93. Dor ndo estar caracterizado. a I)riori. aue essas I)rol)ostas seiaminexeauiveis, devendo ser averif{uada a comDatibilidade da taxa of;erecida emcoda caso concreto, a Dartir de crit6rios obietivos i}reviamente finados nogd££gL/''. A despeito dessa e de outras falhas apuradas, cousiderou que a anulagaodo respectivo contrato traria inconvenientes que suplantariam eventuaisbeneficios dela resultantes. 0 Tribunal, ent5o, ao acolher proposta do relator,quanto ao aspecto acima enfocado, decidiu determinar ao SESCOOP-SP que, emfutNIas hoitap~oes.. `.salvo quando houver comprovada e justif icada inviabilidade,passe adotar o en{endimento firmado na Decisdo n° 38/1996-Plendrio, nosentido de que a apresentaGdo de ofertas de taxas de admiiristracdo negativas oude valor zero ndo torna as proposlas inexequiveis, devendo ser averiguada acompatibilidade da taxa oferecida em cada ca.so concreto, a partir de crit6riosobjetivos previamente f ixados I.o edital". Ao6rd~ao n.® \.034120\2-P\endrio, TC010.685/20 I I -I , rel. Min. Raimundo carreiro, 2.5 .2012 . (sublinhamos)
0 mesmo raciocinio que se faz para as licitac6es destinadas ao fomecimento devales-refeig5o/alimenta95o deve ser feito para as licitacbes destinadas aofomecimento de passageus adreas, uma vez que o mecanismo de remunerag5opara o particular e o mesmo.
C:\inetpub\wwwroot\SGAP\TempFiles\faf4117a-Ocf94flc-9cc4-07b04e6ea4ed/Lb
|lcEue TRIBUNAL DE coNTAs DO ESTADO DE MINAs GERA|
GabinetedoconselheirowanderleyAvila
Como bern adverte Marcal Justen Filho7:
Observe-se que as ponderac6es acima realizadas devem ser aplicadas de modocompativel com a natureza de cada empreendimento, inclusive no tocante aexistencia de mecanismos adicionais de remuneracao para o particular. Emdiversos casos, a contratapao propicia ao particular a obtencao de recursos poroutras vias, o que significa a desnecessidade de a remunera9ao recebida superaro custo do particular. in hip6tese, inclusive, em que se pratica uma remuneracaonegativa, de modo que o particular transfere recursos para a Administrap5o.
Urn exemplo tipico envolve os servigos de fomecimento de passagem a6rea. AAdministrapao desembolsa valores em favor de uma agencia de turismo,destinados ao pagamento dos servigos de companhias a6reas. A agencia deturismo e remunerada mediante uma taxa de administrac5o. Ocorre que a agenciade turismo tamb6m aufere uma remuneracao das companhias a6reas. A dimensaodos servicos prestados em favor da Administracao pode assegurar a agencia deturismo uma remuneragao suficiente e satisfat6ria em face das companhiasaereas. Entao, admite-se que a agencia de turismo dispensa a taxa deadministrapao ou, mesmo, desembolse valores em favor da Administracao.
N5o se configurara necessariamente, em tais casos, proposta inexequivel,ainda que o particular oferte servicos por valor igual a zero ou por valornegativo. A questao fundamental sera a existencia de urn mecanismo deremunerac5o adicional, distinto do pagamento realizado pe]aAdministrac5o. (negrito nosso)
Este tamb6m 6 o entendimento exarado nos Ac6rdaos n° 1757/2010
e n° 552/2008 do TCU. Neste bltimo, o Ministro-Revisor do TCU
Aroldo Cedraz, em seu voto afirmou: "fzesscz/fcz gwe a czdmz.ssGo de
propostas com taxa de administra€do irris6ria ou negativa ndo
torma o contrato inexeqtiivel, visto que a prestadora dos servicos
pode obter como receita pr6pria ndo apenas a taxa de
administracdo, mos tambch o resultado das aplicaq6es do
montante dos beneflicios durante o per{odo compreendido entre a
sua disponibilizacdo pela contratante e o repasse a rede
credenciada e, ainda, pela cobranca de "comissdo" dos
estabelecimentos. Acrescenta que o risco de inexeqdibilidade deve
ser diminuido com a exigGncia de garantias compativeis com o
7 JUSTEN FILHO, Marcal. Come#Jdri.os a fej. de £!.cj./af6es e Co#/r¢/or i4dmi."i.s!rc7/!.vos. 14. Ed. Sao Paulo:
Dial6tica,
2010, p.657/658.
C:\inetpub\wwwroot\SGAP\TempFiles\faf4117a-Ocf94flc-9cc4-07b04e6ea4ed/Lb
TCEma TRIBIINAL DE coNTAs DO ESTADO DE MINAs GERAI
Gabinetedoconselheirowa.nderleyAvila
volume de recursos que serian intermediados pela prestadora dos
servicos.
Diante do exposto, esta Unidade T6cnica entende que a aplicacdo
da Portaria n° 1.287/2017 no presente procedimento 6 descabida,
e, portanto, a dendncia 6 improcedente. "
Assim sendo, para a concessao de liminar inaudita altera pars, devem
es\ar presentes os requ.is.itos do fumus boni iuris e do periculum in mora.
Contudo, como foi afirmado, quanto a ocorrencia do requisito do fumus
boni. r.uris, nao verifico na analise preliminar realizada pela Unidade Tecnica (fls,
7074) a comprovagao de irregularidades que, por sua gravidade, impegam o
prosseguimento da licitagao.
Portanto, pelas raz6es expostas, neao deferimento ao Dleito.
Observo, tedavia, que sera dado prosseguimento a analise da denuncia,
podendo, a qualquer momento, caso julgue necessario, ser determinada asuspensao do procedimento licitat6rio, nos termos do disposto no art. 267, do
Regimento lnterno, deste Tribunal.
Intime-se a Denunciante do inteiro teor deste despacho, por meio do
Diario Oficial de Contas, nos termos do disposto no inciso I, § 1°, do art.166, do
RITCEMG.
Em seguida, encaminhem os presentes autos ao Minist6rio Publico junto
ao Tribunal de Contas, para manifestagao, nos termos do § 3°, do art. 61, do
Regimento lnterno deste Tribunal.
Ap6s, retomem-me conclusos.
Tribunal de Contas, em _/_/ de 2018.
Conselheiro Wanderley Avila
Relator
C :\inetpub\wwwroot\SGAP\TempFi les\faf41 17a-Ocf94fl c-9cc4-07b04e6ea4ed/Lb
AO GABINFTE
PREGOEIRA
Sao|oaquimdaBarraGO`,'ERNAND0 DARA TOD'JS
PROCESS0 ADM. N9 1364/2018Recurso apresentado pela empresa VS CARD ADMINISTRADORA DE CART6ES em face aoPREGAO PRESENCIAL : N° 033/2018PROCESS0 ADM. N° 0214//20180BJETO: VALE ALIMFNTACAO
Em relagao aos recurso apresentado em face do processo citado em que classificou-se a empresa M&S SERVICOS ADMINISTRATIVOS LTDA, como sendo a melhorproposta.
Considerando o parecer da procuradoria juridica, entendendo que o recurso daEmpresa VS CARD ADMINISTRADORA DE CARTOES deve ser indeferido.(fls. 20 a50).
Diante do exposto, como autoridade julgadora considero que as argumentag6es dorecurso nao procedem, sendo assim mantenho a classificacao da empresa M&SSERVICOS ADMINISTRATIVOS LTDA, mantendo-a vencedora do certame.
Encaminho ao Chefe do Executivo para atendimento ao Inc. XXI do art. 4° da leiFederal T[° 10520. "Decididos os recursos, a autoridade competente ford a adiudicacdo doobjeto da licitacdo ao licitante vencedor" .
Atenciosamente,