7
Ano XIX – Nº 3609 – Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2018 Procuradora-Chefe Provincial de Sofala defende uso sustentável de recursos florestais e faunísticos Beira (O Autarca) Na re- cente Conferência Provincial sobre Florestas e Fauna Bravia em Sofala, a Procuradora-Chefe Provincial de Sofa- la, Carolina Azarias, defendeu a neces- sidade de uso sustentável de recursos florestais e faunísticos como forma de preservar o ecossistema ligada a flores- tas. Carolina Azarias reconheceu que o desenvovimento da técnica e da ciência potencializada a revolução In- dustrial trouxe consigo a melhoria da vida de muitas pessoas. Todavia, sa- lientou que o crescimento tecnológico em curso acarretou mudanças signifi- cativas ao Meio Ambiente por causa da Frase: Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos – Nelson Mandela SF Holdings, UM GRUPO COM ENERGIA MOÇAMBICANA CÂMBIOS/ EXCHANGE 12/12/2018 Compra Venda Moeda País 69.05 70.42 EUR UE 60.96 62.17 USD EUA 4.26 4.35 ZAR RSA FONTE: BANCO DE MOÇAMBIQUE

Procuradora-Chefe Provincial de Sofala defende uso · 2018. 12. 13. · Continuado da Pág. 01 devastação das florestas envolvendo grandes redes do comércio internacio-nal

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Procuradora-Chefe Provincial de Sofala defende uso · 2018. 12. 13. · Continuado da Pág. 01 devastação das florestas envolvendo grandes redes do comércio internacio-nal

` `

Ano XIX – Nº 3609 – Quarta-feira, 12 de Dezembro de 2018

Procuradora-Chefe Provincial de Sofala defende uso sustentável de recursos florestais e faunísticos

Beira (O Autarca) – Na re-cente Conferência Provincial sobre Florestas e Fauna Bravia em Sofala, a Procuradora-Chefe Provincial de Sofa-la, Carolina Azarias, defendeu a neces-sidade de uso sustentável de recursos florestais e faunísticos como forma de preservar o ecossistema ligada a flores-tas.

Carolina Azarias reconheceu que o desenvovimento da técnica e da ciência potencializada a revolução In-dustrial trouxe consigo a melhoria da vida de muitas pessoas. Todavia, sa-lientou que o crescimento tecnológico em curso acarretou mudanças signifi-

cativas ao Meio Ambiente por causa da

Frase:

Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos – Nelson Mandela

SF Holdings, UM GRUPO COM ENERGIA MOÇAMBICANA

CÂMBIOS/ EXCHANGE – 12/12/2018

Compra Venda Moeda País

69.05 70.42 EUR UE

60.96 62.17 USD EUA

4.26 4.35 ZAR RSA

FONTE: BANCO DE MOÇAMBIQUE

Page 2: Procuradora-Chefe Provincial de Sofala defende uso · 2018. 12. 13. · Continuado da Pág. 01 devastação das florestas envolvendo grandes redes do comércio internacio-nal

O Autarca – Jornal Independente, Quarta-feira – 12/12/18, Edição nº 3609 – Página 02/06 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017

Continuado da Pág. 01 devastação das florestas envolvendo grandes redes do comércio internacio-nal. Explicou que para além de ex-ploração madeireira, o ecossistema li-gado as florestas tem sido igualmente prejudicado devido a prática da caça-furtiva, queimadas descontroladas, a-gricultura itinerante e outros factores que fazem com que anualmente Mo-çambique perca entre 500 a 670 mil metros cúbicos de árvores, represent-tando cerca de 220 mil hectares.

Para a Magistrada-Chefe do Ministério Público (MP) em Sofala, as referidas práticas deviam ser acompan-hadas de acções de maneio florestal que garanta o replantio das árvores. A fonte referiu haver leis que dão a cobertura da implementação da Declaração sobre Florestas em Mo-çambique, assinada em Novembro do ano passado, tendo acrescentado que os governadores provinciais já teriam começado a implementar medidas sus-tentáveis previstas no documento. Por sua vez vez, o Chefe dos

Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia (SPFFB) em Sofala, Paz Martinho, referiu que as modalidades de implementação da referida declara-ção serão diferenciadas devido a quan-tidade de potencialidades existente em cada região do país. O Presidente da Assembleia Provincial de Sofala (APS), António Viano, que também participou do en-contro, mostrou-se satisfeito pela exis-tência e divulgação do instrumento qe facilita a acção fiscalizadora de mem-bros da instituição que representa.

Interdita produção de carvão vegetal no norte de Sofala Beira (O Autarca) – As Auto-ridades responsáveis pela área de flo-restas em Sofala acabam de decretar a interdição da produção de carvão vege-tal nos distritos do norte da província, onde predominam as áreas de conser-vação neste pont do país. A medida in-clui o reforço da capacidade de fiscali-zação, com a introdução nas referidas zonas de brigadas movies que deverão operar 24 horas por dia. “A região norte da província de Sofala, que engloba os distritos de Chemba, Maríngue, Marromeu, Che-ringoma, Gorongosa e Muanza, estão interditos de produzir carvão vegetal em volumes destinados a comercializa-ção por constituírem áreas de conser-vação” – afirmo Paz Martinho, Chefe dos Serviços Provinciais de Florestas e Fauna Bravia em Sofala, a margem da conferência provincial sobre o Futuro das Florestas (SPFFB) nesta região, e-vento promovido pela ADEL – Agên-cia de Desenvolvimento Local de Sofa-

A produção de carvão vegetal acelera a destruição das florestas

la. A fonte revelou que a institui-ção que dirige ao longo do ano prestes a fondar não concedeu nenhuma licen-ça de exploração de carvão para aquela região do norte de Sofala. Actualmente, os SPFFB de So-fala contam com um efectivo de 81 fis-

cais que operam nove postos fixos e uma brigada móvel que opera 24 ho-ras/ dia. As fiscalizações incidem-se sobre as regiões ao longo da Estrada Nacional Número Um (EN-1) e o troço Dondo-Muanza, por serem considera-das as mais usadas no escoamento de produtos florestais.■ (F. Esteves)

Nossos serviços: - Consultoria Ambiental

- Planeamento Físico - Auditoria Ambiental

- Consultoria em Minas - Consultoria em água e saneamento

JOSÉ ZECA, Msc CONSULTOR

BEIRA SOFALA

Rua Comandante Gaivão N°160 PONTA-GEA Tel: +258 825782820 ,+258 845782820 Email: [email protected], [email protected]

Our services: - Environmental consulting

- Physical planning - Environmental audit - Minning consulting

- Water and sanity consulting

JOSÉ ZECA, Msc CONSULTOR

BEIRA SOFALA

Comandante Gaivão Road, N°160 P4NTA-GEA Tel: +258 825782820 ,+258 845782820 Email: [email protected], [email protected]

Page 3: Procuradora-Chefe Provincial de Sofala defende uso · 2018. 12. 13. · Continuado da Pág. 01 devastação das florestas envolvendo grandes redes do comércio internacio-nal

O Autarca – Jornal Independente, Quarta-feira – 12/12/18, Edição nº 3609 – Página 03/06 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017

FALANDO DE MARCAS

Por: Salomão Viagem PhD em Ciências Juridico-Empresariais – Universidade de Coimbra ([email protected])

As novas marcas de comércio – Parte (1) MARCAS SONORAS

“Temos que registar as nossas “muitas marcas” so-noras”. A par das marcas ditas tradicionais (nominativas, gráficas (figurativas) mistas, de forma ou tridimensionais), surgiram nos últimos anos, as “novas marcas” ou “marcas não tradicionais”, são elas: sonoras, olfactivas, cromáticas (de cor), gustativas e tácteis.1 Há ainda na forja, e com al-gumas utilizações, as marcas de imagens animadas ou em movimento (hologramas) e gestos (gestuais)2. Segundo RUI SOLNADO DA CRUZ3; “Em resul-tado do desenvolvimento exponencial do comércio interna-cional, os sinais distintivos do comércio tradicional come-çam a não satisfazer inteiramente os interesses crescentes de alguns concorrentes na criação de factores mais sofisti-cados de afirmação concorrencial. A par das palavras, le-tras, números e figuras, é a vez das novas marcas (cores, formas, aromas e sabores) começarem a marcar presença junto das autoridades de registo e na praça económica mundial”. Porém, a admissibilidade deste tipo de marcas ain-da é motivo de muita querela na doutrina e jurisprudência; sendo até ao presente momento, fortemente privilegiadas as soluções jurisprudenciais, facto que se prende, principal-mente, com a dificuldade de aferição da capacidade distin-tiva e insusceptibilidade de “representação gráfica”4. A-presentaremos de seguida e em partes, cada uma das moda-lidades de marcas não tradicionais (novas marcas). Para já, falemos das marcas sonoras. Marcas auditivas ou sonoras5. O som representa o modo mais simples de comunicar que supera as barreiras culturais ou de linguagem quando chega ao cérebro, este facto está cientificamente provado.6 O desenvolvimento da rádio e em geral dos meios de reprodução do som fizeram com que despontasse a marca de som; a sua admissibilida- de ocorreu pela primeira vez nos Estados Unidos da Améri-

ca7-8. Essas marcas, são constituídas por sons que devem ser representáveis graficamente, ex., sons musicais, sinali-zadores de programas de rádio ou televisão9.

Na nossa ordem jurídica, a marca sonora, encontra-se enunciadamente (não passa disto) prevista na alínea i) do artigo 1º do CPI (Código da Propriedade Industrial aprova-do pelo Decreto 47/2015 de 31 de Dezembro). Em matéria de Direito Comparado, Portugal tam-bém adoptou a marca sonora, facto que se pode constatar nos termos do disposto no número 1 do artigo 222º do seu CPI10.

Este tipo de marca é predominantemente usada pa-ra contradistinguir serviços, mormente: (televisão, rádio, te-lecomunicações…). As nossa rádios, televisões, empresas de telefonia móveis, órgão de administração eleitoral (STAE), e outras, usam com frequência, sinais sonoros para contradistinguir os seus programas, produtos e serviços próprios ou de ter-ceiros (clientes no caso das empresas).

O grande problema que se levanta em torno das marcas sonoras, a semelhança das outras “novas marcas” é o da sua representação gráfica, dado que não são visual-mente perceptíveis. “A doutrina tem procedido, para este efeito, à dife-renciação entre sons musicais e outros sons. No primeiro caso, tem admitido a representação através de pentagrama (i.e., através de uma pauta dividida em compassos e na qual constem designadamente, uma clave, notas musicais cuja forma indica o valor relativo e, se necessário, aciden-tes). No entanto, alguns autores admitem ainda a relevân-cia da indicação do título ou de uma descrição que permita a clara e precisa identificação do som concreto quando se trate de um som ou conjunto de sons) conhecido do públi-co. Nos restantes casos, na impossibilidade de representa-ção através de pentagrama, discute-se a admissibilidade de outras formas de representação, como sejam o recurso à descrição verbal do som e à gravação digital do som”11

Page 4: Procuradora-Chefe Provincial de Sofala defende uso · 2018. 12. 13. · Continuado da Pág. 01 devastação das florestas envolvendo grandes redes do comércio internacio-nal

O Autarca – Jornal Independente, Quarta-feira – 12/12/18, Edição nº 3609 – Página 04/06 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017 ras…■

1 V. Por todos, MARIA MIGUEL CARVALHO, “Novas” Marcas e marcas não

tradicionais, in Direito Industrial, vol. VI, pp. 221 e ss ; PEDRO SOUSA E SILVA, Direito Industrial, Coimbra Editora, 2011, p.126, na nota 226, indica um

leque de autores que se debruçaram sobre a matéria das novas marcas. 2 Cfr. http://www.wipo.int/wipo_magazine/es/2009/01/article_0003.html, p. 2 of

2. 3 A Marca Olfativa, Almedina, 2010, p. 9.

4 V. NOGUEIRA SERENS, A “Vulgarização”da marca na Directiva 89/104/CEE, de 21 de Dezembro de 1988( ID EST, no Nosso Direito Futuro),

Coimbra, 1995, p. 75, nota 26 “Dever se á notar que, a mais dos sinais expressamente referidos na norma em causa, outros há que são susceptíveis de

representação gráfica, podendo, por conseguinte, também eles constituir marcas. Nesse grupo estão incluídos os sons e também as combinações ou tonalidades

cromáticas. Já as marcas olfactivas” e as “marcas gustativas “se têm de considerar irregistáveis, exactamente porque são insusceptíveis de representação

gráfica”. 5 V. Outro grande desenvolvimento sobre marcas sonoras num especial artigo da autora italiana MARIA ADALGISA CARUSO, II Marchio Sonoro, in Rivista di

Diritto Industriale, Anno LVII-2008, n. 4-5, Giufrè, Milano, p. 238 e ss 6 Cfr. MARIA ADALGISA CARUSO, II Marchio…ob. cit., p. 238, explica na

anotação n. 1, como os sons foram usados nos E.U.A, para fins terapêuticos. 7 Cfr. BRAUN, ANTOINE, Précis des Marques, 3ª ed., Larcier, Bruxelles, 1995,

p. 67. 8 V. MARIA ADALGISA CARUSO, II Marchio…ob. cit., p. 241” Ma se il sonic

brand oggi viene usato molto frequentemente, bisogna notare che la sua utilizzacione risale ad época lontana. Già nel 1928 la Metro Goldwin Mayer

aveva cominciato as utilizarei l rugitto del leone per dare l avvio alla pollicola cinematográfica, mentre si puó ricordare che la NBC usò le “chimes” sin dal 1928

e il 24 diciembre 1928 per la primera volta i radioascoltatori poterono sentire un annuncio publicitário “Have you tried Wheaties?”, acompagnato da melodia. In

verità negli USA, a partire degli anni 20 venivano utilizati segni puramente acustice ( suono di una campana, cigolio di una porta, suono di una sirena) per

identificare i programmi messi in onda da stazioni radiofoniche ( e poi televisive): in tal caso resulta bem evidente la funzione publicitaria svolta dai radio marks.”

9 Cfr. COUTINHO DE ABREU, Curso…ob. cit., cfr, ainda por todos, em Portugal, sobre os diversos tipos de marcas, CARLOS OLAVO, Propriedade

Industrial…ob. cit., p. 72; PUPO CORREIA, Direito Comercial…ob. cit., p. 520; na Itália, FRANCISCHELLI, REMO, Sui Marchi…ob. cit., pp. 37-44; DI

CATALDO, I Signi…ob. cit., pp. 10 e ss; MANGINI, II Marchio…ob, cit.,pp. 160-190;em França , com uma classificação muito ampla, v. BRAUN, ANTONIO,

Précis des Marques…ob. cit., pp. 45-91. 10 É regido pelo Decreto-Lei n. 143/2008, de 25 de Julho, que alterou o CPI de

2003, introduziu uma importante inovação ao proceder à fusão de três modalidades de direitos de propriedade industrial ( nomes, insígnias de

estabelecimentos e logotipos) numa só (logotipo). O nome e insígnia gozavam de uma grande e longa tradição na ordem jurídica portuguesa. Sobre o logotipo, ver, LUIS COUTO GONÇALVES, Manual de Direito Industrial: patentes, desenhos

ou modelos, marcas, concorrência desleal, Almedina, Coimbra, 2008,pp. 289 e ss, v. anotação 1 do Código da Propriedade Industrial Português, Anotado in, AAVV,

Almedina, 2010, p. 15. 11 V. MARIA MIGUEL CARVALHO, “Novas” Marcas…ob. cit., p. 242-243. Na

anotação 112 da p. 243, a citada autora escreveu ”Efectivamente, o Tribunal de Justiça não excluiu a possibilidade de a descrição verbal do sinal sonoro poder

preencher os requisitos a que deve obedecer a representação gráfica do sinal. Todavia apreciando o caso concreto ( cuja descrição consistia nas “nove primeiras

notas de “Fur Elise” e “no canto de um galo”) entendeu que lhes faltava precisão e clareza, não sendo, por conseguinte, aceitável como representação gráfica(v.n.

59 do Acórdão cit.). 12 Cfr. MARIA MIGUEL CARVALHO, “Novas” Marcas…ob. cit., p. 244.

13 V. No mesmo sentido BRAUN, Précis…ob. cit., p. 68; MARIA ADALGISA CARUSO II Marchio…ob. cit., p. 302.

14 Instituto de Harmonização do Mercado Interno. Órgão encarregue de registo da marca comunitária europeia, v. tb., Regulamento(CE) n. 40/94, do Conselho, de

20 de Dezembro de 1993, sobre a marca comunitária. 15 Cfr. MARIA MIGUEL CARVALHO, “Novas” Marcas…ob. cit., p. 244.■

Há todavia, outra forma de apresentar as marcas so-noras para efeitos de registo, para além das gravações em suporte digital, é possível recorrer ao auxílio de gráficos co-mo sejam, o oscilograma e espectrograma (ou sonograma) para representar sons não musicais, todavia têm sido colo-cadas dúvidas acerca da acessibilidade e compreensão des-ses meios para o público em geral12-13.

As dificuldades de interpretação de pautas musicais (no caso moçambicano), seriam sanadas através de um es-pecialista para o efeito contratado, quer pelo Instituto da Propriedade Industrial (IPI), quer por qualquer interessado.

O nosso CPI, é mudo, quanto aos procedimentos para o registo da marca sonora, possivelmente, porque ain-da não havia sido proposto, no momento da sua aprovação, o meio eficaz da representação gráfica.

No caso português, estabelece o artigo 234º do seu CPI “Ao requerente deve juntar-se uma representação grá-fica do sinal ou, quando se trate de sons, as respectivas fra-ses musicais, em suporte definido por despacho do presi-dente do conselho directivo do Instituto Nacional da Pro-priedade Industrial”. O nosso país podia sem hesitar adoptar essa solu-ção, de modo a viabilizar o registo das nossas “muitas mar-ca” sonoras em uso.

Solução idêntica, encontramos na marca comunitá-ria-europeia, o IHMI14, admite a reprodução do sinal sonoro cujo registo é solicitado em arquivo sonoro electrónico quando o pedido é apresentado por via electrónica e desde que acompanhado de uma representação gráfica do som15.

Mas, no nosso ver, o problema da admissibilidade das marcas sonoras não se reporta apenas à representação gráfica, mas também a origem do som em causa. Partindo da divisão feita em: sons musicais e outros sons; considera-ríamos os primeiros como sendo os que derivam da activi-dade artística dos músicos, ou os propositadamente criados pelo homem, e os segundos, existentes ou provenientes da natureza, incluindo os sons musicais produzidos por ani-mais.

Com base nesta dicotomia, a primeira categoria se-ria sim passível de registo, desde que, reunisse os requisitos legais; ao passo que a segunda, não seria admissível, por ser do domínio público (da natureza) e portanto, de todos em obediência ao princípio da livre disponibilidade dos si-nais comuns. O Direito de Marcas de um modo geral, (nos impe- dimentos absolutos ao registo de marcas), preocupa-se com as tendências de privatização de sinais distintivos, que de-vem estar à disposição de todos.

Vamos registar as nossas “muitas” marcas sono-

Page 5: Procuradora-Chefe Provincial de Sofala defende uso · 2018. 12. 13. · Continuado da Pág. 01 devastação das florestas envolvendo grandes redes do comércio internacio-nal

O Autarca – Jornal Independente, Quarta-feira – 12/12/18, Edição nº 3609 – Página 05/06 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 2017

Governo e parceiros discutem despedimentos nas empresas e a assistência médica e medicamentosa de funcionários em que essas empresas ou contribuin-

tes devedores cessam as suas activida- Maputo (O Autarca) – Os

membros do Fórum de Consulta e Concertação Social (FOCCOS) da ci-dade de Maputo, a capital moçambica-na, reuniram-se na manhã desta quarta (12Dez18), para discutir a problemá-tica de despedimentos de trabalhado-res nas empresas da capital do país, que têm vindo a registar-se, de um tempo para esta parte, com alguma fre-quência, tendo como razões alegadas pelas entidades empregadoras ou pa-tronais dificuldades económicas e fi-nanceiras atravessadas por algumas empresas. O Fórum de Consulta e Con-certação Social integra o Governo, em-pregadores, sindicatos e a sociedade ci-vil. Na referida sessão do órgão tripartido de busca conjunta de solu-ções para o mercado social e laboral da cidade capital do país, por sinal a últi-ma do ano em curso, o Governo e os seus parceiros analisaram a eficácia do cartão de assistência médica e medica-mentosa dos funcionários e agentes do Estado, sob a égide do Serviço Nacio-nal de Saúde, face a actual conjuntura sócio-económica que o país atravessa, e não só, como também no plano inter-nacional. A agenda da sessão, dirigida pela presidente do órgão, a Governado-ra da cidade de Maputo, Iolanda Cin-tura Seuane, incluiu ainda o tema rela-cionado com a preocupação do Gover-no em torno da dívida de contribuintes ao sistema de segurança social obriga-tória, gerido pelo Instituto Nacional da Segurança Social (INSS), na situação

des, definitivamente, deixando o siste-ma com um fardo enorme.■ (R)

https://www.facebook.com/Jornal-O-Autarca-da-Beira-Mozambique-298173937184488/

Page 6: Procuradora-Chefe Provincial de Sofala defende uso · 2018. 12. 13. · Continuado da Pág. 01 devastação das florestas envolvendo grandes redes do comércio internacio-nal
Page 7: Procuradora-Chefe Provincial de Sofala defende uso · 2018. 12. 13. · Continuado da Pág. 01 devastação das florestas envolvendo grandes redes do comércio internacio-nal

2022

O Autarca – Jornal Independente, Quarta-feira – 12/12/18, Edição nº 3609 – Página 06/06 FONTE: INE – INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA – 10 DE FEVEREIRO DE 201

Propriedade: AGENCIL – Agência de Comunicação e Imagem Limitada Sede: Rua do Aeroporto – Desvio 2141 – Casa 711 – Beira

E-mail: [email protected]; [email protected] Editor: Chabane Falume – Cell: 82 5984510; 84 2647589 – E-mail:

[email protected]

O Autarca: Preencha este cupão de inscrição e devolva-o através do fax 23301714, E-mail: [email protected] ou em mão SIM, desejo assinar O Autarca por E-mail ( ), ou entrega por estafeta no endereço desejado ( )

Entidade................................................................................................................................................................................ Morada.......................................................... Tel................................ Fax .............................. E-mail ..............................

Individual ( ) Institucional ( ) .............../ ........../ 2013 Assinaturas mensais MZM – Ordinária: 14.175,00 * Institucional: 18.900,00

Wangari Maathai 2

Criadora do

“Green Belt Movement”

* Um exemplo a seguir *

(…) Para conseguir atingir os seus ele-vados ideais, a Profª Wangari Maathai teve que ultrapassar inúmeros obstáculos, tanto no campo político, como na sua vida pessoal. Hoje em dia, o “Movimento de Cintura Verde”, por ela criado, alastrou à África Sub-Saariana e é uma realidade. (…) WANGARI MAATHAI, natural do Quénia, viveu entre 1940 e 2011, e foi a ini-ciadora do Green Belt Movement (ou Movi-mento da Cintura Verde) que lhe valeu o Pré-mio Nobel da Paz em 2004. Wangari Muta Maathai nasceu numa área rural, mas seguiu estudos universitários: ganhou uma bolsa de estudos, e isso permi-tiu-lhe formar-se em Ciências Biológicas em Mount St. Scholastica College (Atchison), Kansas (1964). Obteve o grau de Master of Science na Universidade de Pittsburgh (1966), e prosseguiu os seus estudos na Ale-manha e em Nairobi antes de obter o Douto-ramento em 1971. Já na Universidade de Nairobi, ensinou anatomia veterinária. WANGARI MAATHAI foi a primeira mu-

lher da África Central e Oriental a atingir tão elevado grau de formação universitária. Por isso, fez parte do “National Council of Women of Kenya” e foi sua presidente de 1976 a 1987. ■ MYRIAM JUBILOT©

VER link ▼ https://womenscenter.unc.edu/2016/03/inspiration-for-womens-history-month-wangari-maathai/

ENCRUZILHADAS - culturas e povos: Sai às Quartas-Feiras