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ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DO ENSINO SUPERIOR E TÉCNICO - ASCES BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL RICARDO TENÓRIO DOS SANTOS PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DE FRUTAS JOGADAS NO LIXO DA CENTRAL DE ABASTECIMENTO DE CARUARU (CEACA) CARUARU/PE 2016

PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DE FRUTAS JOGADAS …repositorio.asces.edu.br/bitstream/123456789/425/1/RICARDO PFC 2.pdf · manga, mamão e maçã, ... Sendo assim, as frutas (manga,

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ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DO ENSINO SUPERIOR E TÉCNICO - ASCES

BACHARELADO EM ENGENHARIA AMBIENTAL

RICARDO TENÓRIO DOS SANTOS

PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DE FRUTAS JOGADAS NO LIXO DA

CENTRAL DE ABASTECIMENTO DE CARUARU (CEACA)

CARUARU/PE

2016

1

RICARDO TENÓRIO DOS SANTOS

PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DE FRUTAS JOGADAS NO LIXO DA

CENTRAL DE ABASTECIMENTO DE CARUARU (CEACA)

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado à

FACULDADE ASCES, como requisito parcial para a

obtenção de Grau de Bacharela em Engenharia

Ambiental sob orientação do Professor Dsc.

Henrique John Pereira Neves.

CARUARU/PE

2016

2

BANCA EXAMINADORA

Aprovado em: ___/___/______

______________________________________

Orientador: Prof. Dsc. Henrique John Pereira Neves

______________________________________

Primeiro Avaliador: Prof. Msc. Maria Monize de Morais

______________________________________

Segundo Avaliador: Prof. Msc. Deivid Sousa Figueiroa

3

Com carinho,

À minha mãe, Suzana Andréa Tenório dos

Santos, ao meu pai, Josivan Maciel dos

Santos por tudo o que fizeram e

representam em minha vida.

4

AGRADECIMENTOS

À Deus primeiramente, por tudo de bom que acontece e que eu conquistei na

minha vida.

A meu pai, Josivan Maciel dos Santos, minha mãe, Suzana Andreia Tenório

dos Santos e meu irmão, Rodrigo Tenório dos Santos por sempre ter acreditado na

minha capacidade e por todos os esforços para que eu chegasse aqui. Amo muito

vocês.

A meu amigo, Heron dos Santos Barbosa, por ter me ajudado no projeto, por

sonharmos os mesmo sonhos, por me incentivar a fazer o que é certo e por todas as

vezes que fizemos tudo juntos.

Aos meus amigos de classe pela união que tivemos em todos os momentos.

A toda minha família por todos os votos de confiança e admiração.

Ao professor, Luiz Pimentel que me acompanhou sempre e por ter me

aceitado em Paulo Afonso. Foi muito importante à semana tendo aula com você

sobre etanol, foi fundamental para o meu projeto, obrigado pela força.

Ao meu orientador Henrique John, por ter me aceitado, ter confiado e ter

acreditado na minha capacidade. Obrigado por todas as dicas e por todos os novos

planos que o senhor colocou na minha vida, você é essencial pra minha formação.

5

“Nunca deixe que digam que não vale a pena acreditar nos sonhos que se tem, ou que seus planos nunca vão dar certo, ou que você nunca vai ser alguém.”

Renato Russo.

6

LISTA DE TABELA

Tabela 1: Informações Nutricionais do Mamão ............................................................................. 16

Tabela 2: Informações Nutricionais da Manga .............................................................................. 17

Tabela 3: Informações Nutricionais da Maçã ................................................................................. 18

Tabela 4: Fermentador com Composições de Mosto ................................................................... 21

Tabela 5: Densidade de álcool produzido ...................................................................................... 25

Tabela 6: Rendimento de Álcool obtido .......................................................................................... 26

7

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Montagem do destilador ................................................................................................... 22

Figura 2: Mosto fermentativo 1º DIA ............................................................................................... 23

Figura 3: Processo de destilação do álcool .................................................................................... 24

Figura 4: Curva de Calibração da Massa Específica do Álcool .................................................. 25

8

RESUMO

O etanol é produzido desde os tempos antigos através da fermentação dos açucares. Atualmente no Brasil a maior fonte de produção é a cana de açúcar, que faz com que o seja um dos maiores produtores. É o principal biocombustível empregado no mundo, correspondendo a 10% da energia mundial. Diante do exposto o presente trabalho teve como objetivo produzir etanol a partir de frutas, manga, mamão e maçã, estragadas e jogadas no lixo da CEACA, explicar os processos produtivos do álcool e passar informações sobre as frutas utilizadas para a produção. O experimento foi realizado nos laboratórios da Faculdade ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DO ENSINO SUPERIOR E TÉCNICO- ASCES, através de estudo experimental prospectivo que avaliou as amostras de álcool analisando qualitativamente a identificação do álcool pela densidade e volume de álcool produzido. Os resultados obtidos revelaram que as frutas utilizadas puderam produzir álcool a partir dos açúcares fermentescíveis, obtendo-se álcool em todos os processos experimentais, variando o percentual do teor de álcool de 27% a 72% de acordo com as condições experimentais, apesar de a eficiência ter sido comprometida por causa do equipamento, as análises realizadas apresentaram resultados satisfatórios. Sendo assim, as frutas (manga, mamão e maça) apresentaram-se como fontes alternativas de produção de biocombustível, fonte de energia, podendo produzir álcool, com a consequente diminuição do desperdício de resíduos.

Palavras-chave: produção de álcool com frutas, processo fermentativo, fonte

alternativa de energia.

9

ABSTRACT

Ethanol is produced from ancient times through the fermentation of sugars. Currently in Brazil the largest source of production is sugar cane, which causes is one of the largest producers. It is the main biofuel used in the world, accounting for 10% of world energy. Given the above the present study aimed to produce ethanol from fruits, mango, papaya and apple, spoiled and thrown away the CEAC, explain the processes of alcohol and pass information on fruit used for production. The experiment was conducted in the laboratories of the Faculty CARUARUENSE ASSOCIATION OF HIGHER EDUCATION AND technical ASCES through prospective experimental study that evaluated the samples of alcohol qualitatively analyzing identify alcohol by volume and density of alcohol produced. The results showed that the fruit used could produce ethanol from fermentable sugars to yield ethanol in all experimental procedures, varying the percentage of 27% alcohol content to 72% according to the experimental conditions, although the efficiency have been compromised because of the equipment, the analyzes performed showed satisfactory results. Thus, fruits (mango, papaya and apple) were presented as alternative sources of biofuel production, energy source and can produce alcohol, with the consequent reduction of waste waste. Keywords: alcohol production with fruits, fermentation, alternative energy source.

10

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 11

2. REVISÃO DA LITERATURA ............................................................................................ 12

2.1 Álcool ............................................................................................................................ 12

2.2 Processos Produtivos do Álcool ............................................................................... 13

2.2.1 Hidrólise da Biomassa ............................................................................................ 13

2.2.2 Processo Fermentativo ........................................................................................... 14

2.2.3 Destilação ................................................................................................................. 15

2.3 Frutas Fornecidas na CEACA .................................................................................... 16

2.4 Mamão, Manga, Maçã .................................................................................................. 16

2.4.1 Mamão ....................................................................................................................... 16

3. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................ 20

3.1. Delineamento do Estudo ............................................................................................ 20

3.2. Montagem do Destilador ............................................................................................ 20

3.3. Preparação do Mosto Fermentativo .......................................................................... 20

3.4. Destilação ..................................................................................................................... 21

3.5. Análise do Álcool ........................................................................................................ 21

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ....................................................................................... 22

4.1. Montagem do Destilador ............................................................................................ 22

4.2. Preparação do Mosto .................................................................................................. 23

4.3. Destilação ..................................................................................................................... 24

4.4. Análise do Álcool ........................................................................................................ 25

4.4.1. Densidade ................................................................................................................. 25

4.4.2. Rendimento .............................................................................................................. 26

5. CONCLUSÃO ................................................................................................................... 27

REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 28

11

1. INTRODUÇÃO

O etanol, também denominado álcool etílico (C2H5OH) é produzido desde os

tempos antigos pela fermentação dos açúcares encontrados em produtos vegetais.

Ainda hoje, grande parte do etanol industrial é obtida pelo mesmo processo, embora

também possa ser produzido a partir de eteno, derivado do petróleo (BASTOS,

2007).

O uso do bioetanol tem suscitado grande interesse devido à alta dos preços e

aos problemas ambientais causados pelos combustíveis fósseis. Trata-se de um

produto renovável com características combustíveis, que contribui para a redução do

efeito estufa e diminui substancialmente a poluição do ar, minimizando os seus

impactos na saúde pública. Atualmente, este é o principal biocombustível

empregado mundialmente, correspondendo por 10% da energia mundial. No

entanto, estimativas indicam que a utilização mundial do mesmo será de 27% em

2050 (IEA, 2008).

Devido a sua grande extensão territorial é possível encontrar no Brasil áreas com

diferentes climas e ecossistemas, que vão desde o semi-árido até climas

temperados, por isso possibilita a produção de uma vasta variedade de frutas. O

Brasil tem um apelo em ascensão no mercado internacional de frutas, que

caracteriza o selo “Brazilian Fruit”, que vem sendo cada vez mais utilizado em

campanhas nos mercados internacionais, mais ainda há muito que crescer em termo

de exportação de frutas (BRAZILIAN FRUIT, 2008).

Segundo Goulart (2008), os índices de desperdício de alimentos no Brasil, um

país com média de 46 milhões de famintos, batem recordes mundiais. Estudo

realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no centro

de agroindústria de alimentos, mostra que o brasileiro joga fora mais do que aquilo

que consome, por exemplo, em hortaliças o total anual de desperdício é de 37 quilos

por habitante.

O objetivo do presente trabalho é produzir etanol a partir de frutas: manga,

mamão e maçã, estragadas e jogadas no lixo da CEACA, apresentando o processo

produtivo de obtenção do álcool com base nas frutas utilizadas.

12

2. REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Álcool

O etanol, também conhecido como álcool etílico (C2H6O), é produzido desde

os tempos antigos pela fermentação de açúcares presentes em produtos vegetais,

tais como cereais, beterraba, batata e cana, sendo a fabricação de bebidas

alcoólicas, na verdade, tão antiga quanto à civilização humana. A produção de

etanol puro começou no século XII, juntamente com melhorias na “arte da

destilação”. Durante a Idade Média, o álcool foi usado principalmente para a

elaboração de medicamentos e para a fabricação de pigmentos (ROEHR, 2001).

No início do século XX, tornou-se conhecido o potencial do álcool para ser

utilizado como combustível para diferentes motores de combustão, especialmente

em automóveis, o que levou ao desenvolvimento de vários métodos para produção

de etanol em larga escala. Os primeiros protótipos de motores de combustão

interna, construídos no século XIX por Samuel Morey em 1826 e Otto Nicholas em

1876, eram capazes de usar o etanol como combustível. O primeiro carro produzido

por Henry Ford, em 1896, poderia usar etanol puro como combustível e, em 1908, o

Ford Modelo T, o primeiro carro fabricado em série, era um veículo flexível, que

poderia ser ajustado para usar o etanol como combustível da mesma forma que a

gasolina ou qualquer mistura dos dois (SOLOMON et al., 2007).

O etanol é um combustível líquido derivado, principalmente, de biomassa

renovável. Contudo, apresenta algumas diferenças importantes em relação aos

combustíveis derivados de petróleo (BNDES, 2008). A principal delas é o elevado

teor de oxigênio, que constitui cerca de 35% em massa do etanol. As características

do etanol possibilitam uma combustão mais limpa e um melhor desempenho dos

motores, atuando como aditivo capaz de melhorar a qualidade antidetonante da

gasolina (maior octanagem) e reduzir as emissões de poluentes, substituindo

aditivos promotores de octanagem que possuem restrição ambiental, como o

chumbo tetraetila e o MTBE, que vêm tendo seu uso banido em muitos países

(BNDES, 2008).

O etanol pode ser utilizado como combustível em motores de combustão

interna com ignição por centelha (ciclo Otto) de duas formas: anidro, em mistura com

a gasolina; ou hidratado, comercializado via bombas específicas nos postos de

13

abastecimento, em veículos movidos exclusivamente a etanol e em veículos

bicombustível, também conhecidos como flex fuel (BNDES, 2008). Segundo a

legislação brasileira, considerando teores em volume a 20°C, o etanol anidro deve

conter menos de 0,48 % de água, enquanto, para o etanol hidratado, esse teor deve

estar entre 4,02 % e 4,87 % (BNDES, 2008).

O uso do etanol hidratado não apenas em carros movidos exclusivamente a

álcool, mas também em veículos flex fuel, gerou um aumento significativo no

consumo deste combustível. No Brasil, os veículos flex fuel aceitam uma mistura em

qualquer proporção entre gasolina C (etanol anidro misturado à gasolina) e etanol

hidratado. Nos Estados Unidos, veículos especialmente projetados utilizam um

combustível misturado E85, com até 85 % em volume de etanol anidro e, pelo

menos, 15 % de gasolina, para garantir a partida a frio do carro (SZKLO, 2007).

O etanol, nos dias de hoje, é o principal biocombustível utilizado no mundo e o

seu uso é cada vez mais difundido, com perspectivas de expansão da produção e do

consumo de etanol em todo o mundo (BASTOS, 2007).

O Brasil ocupa posição destacada na produção mundial de etanol, muito devido

à sua tradição na cultura de cana-de-açúcar. A cana é uma das principais culturas

34 mundiais, cultivada em mais de cem países, principalmente nas nações em

desenvolvimento, embora cerca de três quartos da produção mundial esteja

concentrada em oito países. (BASTOS, 2007).

2.2 Processos Produtivos do Álcool

2.2.1 Hidrólise da Biomassa

Existem basicamente três técnicas para a obtenção de açúcares

fermentescíveis provenientes de materiais lignocelulósicos: hidrólise com a com

ácido concentrado, hidrólise com ácidos diluídos e hidrólise enzimática. Na hidrólise

com ácido concentrado, a hemicelulose e celulose presentes na biomassa são

quebradas usando soluções aquosas de ácidos minerais fortes, tais como ácido

sulfúrico, clorídrico ou fosfórico, em baixas temperaturas (<100°C). A principal

desvantagem dessa técnica é que requer equipamentos altamente resistentes a

corrosão, aumentando assim o custo do produto final. Tipicamente, a fração de

hemicelulose é hidrolisada mais rapidamente que a fração da celulose, e os

14

monossacarídeos liberados da hemicelulose são expostos no meio reacional por

muito tempo, o que leva a degradação e a perda desses açúcares. A recuperação

do ácido usado no processo é essencial por razões econômicas e devido a

problemas ambientais (SZENGYEL, 2000).

No processo com ácido diluído, partes da hemicelulose e da celulose são

hidrolisadas separadamente. A hemicelulose hidrolisada pode ser removida após o

primeiro passo da hidrólise. Desta forma, as condições de hidrólise tanto para a

hemicelulose quanto para a celulose podem ser otimizadas. Porem, devido às altas

temperaturas aplicadas no segundo passo (aproximadamente 200°C), uma

quantidade considerável de açúcares e lignina solúvel é degradada, levando a uma

inibição durante o processo de fermentação (CLARK e MACKEI, 1984; WYMAN,

1994; LARSSON et al., 1998).

No processo enzimático, a biomassa lignocelulósica é primeiramente pré-

tratada para aumentar a acessibilidade ao ataque enzimático. Durante o pré-

tratamento, a hemicelulose é hidrolisada em um processo similar ao primeiro passo

da hidrólise com ácido diluído. No segundo passo, a hidrólise propriamente dita, a

celulose é quebrada pela ação de enzimas celulares. Devido a condições mais

suaves aplicadas durante o processo, uma menor quantidade de subprodutos é

liberada, resultando em um alto rendimento de açúcares fermentescíveis. Porém,

para atingir uma alta conversão da celulose é necessário altas concentrações da

enzima o que aumenta o custo de produção (EKLUND et al., 1990).

2.2.2 Processo Fermentativo

A fermentação alcoólica ocorre no interior de microrganismos capazes de

converter açúcares assimiláveis (substrato oxidado) em etanol (substrato reduzido),

através de uma série de reações bioquímicas, reguladas enzimaticamente.

Historicamente, os microrganismos mais comumente utilizados na fermentação

alcoólica têm sido as leveduras do gênero Saccharomyces e, dentre essas,

Saccharomyces cerevisiae a principal espécie. Leveduras do gênero

Saccharomyces também são consideradas como GRAS (generally recognized as

safe), podendo ser usadas como aditivo em alimentos para consumo humano e,

portanto, ideal para a produção de bebidas alcoólicas e fermento de pão. Entre os

açúcares fermentescíveis pelas leveduras estão os monossacarídeos glicose,

15

frutose, manose e galactose, bem como os dissacarídeos maltose e sacarose e os

trissacarídeos rafinose e maltotriose (dependendo da cepa). Polissacarídeos como

amido e celulose não são metabolizados por leveduras (RUSSELL, 2003).

Entretanto, com o uso de ferramentas de biologia molecular, faz-se possível a

construção de linhagens de Saccharomyces cerevisiae capazes de crescer com o

amido como principal fonte de carbono, através da introdução de genes de amilases.

Diversas linhagens recombinantes de Saccharomyces para a produção de etanol

foram estudadas e desenvolvidas (ASHIKARI et al., 1986; MORAES et al., 1995;

SHIGECHI et al., 2004; CHENG et al., 2011).

Os trabalhos visam construir cepas de leveduras capazes de degradar e

hidrolisar o amido e, para tal, buscam inserir genes para produzir enzimas

amilolíticas, como α-amilase e glucoamilase. A principal via metabólica envolvida na

produção do etanol em leveduras é a via glicolítica (Embden-Meyerhof): uma

sequência de reações catalisadas por enzimas, em que para cada molécula de

glicose metabolizada, duas moléculas de piruvato são produzidas no citoplasma da

célula (BAI et al., 2008).

2.2.3 Destilação

O processo de destilação tem por objetivo a separação de componentes de

uma fase líquida através de sua vaporização parcial. Estes vapores oriundos da

vaporização são ricos de componentes mais voláteis do que o líquido, o que permite

a separação (GOMIDE, 1988).

As colunas de destilação são os mais importantes equipamentos para a

separação de uma mistura de líquidos miscíveis em seus componentes na indústria

química e petroquímica. Esta separação é realizada aproveitando-se o fato de os

elementos constituintes da mistura terem diferentes temperaturas de ebulição. Assim

através do fornecimento de calor à mistura consegue-se preferencialmente vaporizar

as substâncias mais voláteis, que são condensadas no topo da coluna, enquanto as

menos voláteis tendem a permanecer na fase líquida do fundo da coluna (CAMPOS;

TEIXEIRA, 2006).

16

2.3 Frutas Fornecidas na CEACA

Diariamente são retirados dois caminhões compactadores de lixo com

capacidade de 10 a 12 toneladas de lixo, por dia da CEACA, ou seja, de 20 a 24

toneladas de lixo por dia. Deste total, aproximadamente 90 % é constituído de frutas

e verduras que são descartados, correspondendo à aproximadamente 18 a 22

toneladas/dia, e desta quantidade, 65% é constituída de frutas, mais

especificamente, mamão, manga, maçã, uva e laranja, representando de 11 a 14

toneladas de frutas descartadas no lixo por dia, funcionando de segunda a sábado

(CARUARU, 2015). As frutas (Mamão, Manga e Maçã) foram escolhidas por terem o

teor ideal de sacarose (com isto não houve necessidade de nenhum acréscimo), por

serem desperdiçadas em grande abundância e por existirem o ano inteiro, deixando

assim um mais fácil acesso a matéria prima.

2.4 Mamão, Manga, Maçã

2.4.1 Mamão

A produção agrícola destinada à alimentação e produção de biocombustível

deve crescer aproximadamente 70% (FAO, 2009b) e, no caso da fruticultura, o Brasil

tem se destacado como importante produtor, consumidor e exportador de frutas

tropicais, expandindo o agronegócio e buscando adequação ao mercado consumidor

(SILVEIRA et al, 2005). Uma das importantes culturas de comercialização para o

Brasil é o mamão, do qual o país é o principal produtor mundial com cerca de

1.898.000 t de frutos no ano de 2009 (FAO, 2009c).

A Tabela 1 abaixo apresenta informações nutricionais sobre o mamão,

importantes para saber se há possibilidade de utilização da mesma para produção

de álcool.

Tabela 1: Informações Nutricionais do Mamão

Mamão papaia.

Quantidade 100 gramas

Água (%) 86

17

Calorias 46,43

Proteína (g) 0,71

Gordura (g) Traços

Ácido Graxo Saturado (g) 0,07

Ácido Graxo Monoinsaturado (g) 0,07

Ácido Graxo Poliinsaturado (g) Traços

Colesterol (mg) 0

Carboidrato (g) 12,14

Cálcio (mg) 25

Fósforo (mg) 8,57

Ferro (mg) 0,21

Potássio (mg) 176,43

Sódio (mg) 6,43

Vitamina A (UI) 285,71

Vitamina A (Retinol Equivalente) 28,57

Tiamina (mg) 0,03

Riboflavina (mg) 0,03

Niacina (mg) 0,36

Ácido Ascórbico (mg) 65,71

2.4.2. Manga

O cultivo da manga no Brasil ocupa área ao redor de 80 mil hectares

(AGRIANUAL, 2009). A produção brasileira no ano de 2008 foi de 1.272.184

toneladas, exportando 40.876 toneladas (FAO, 2009).

É uma fruta de aroma e cor muito agradáveis que faz parte do elenco das

frutas tropicais de importância econômica, não apenas pela aparência exótica,

mas também por ser fonte de carotenoides, minerais e carboidratos (FARAONI,

2006).

Informações Nutricionais da Manga, conforme Tabela 2 abaixo:

Tabela 2: Informações Nutricionais da Manga

Manga sem casca e sem caroço.

Quantidade 100 gramas

Água (%) 82

18

Calorias 65,22

Proteína (g) 0,48

Gordura (g) 0,48

Ácido Graxo Saturado (g) 0,05

Ácido Graxo Monoinsaturado (g) 0,1

Ácido Graxo Poliinsaturado (g) 0,05

Colesterol (mg) 0

Carboidrato (g) 16,91

Cálcio (mg) 10,14

Fósforo (mg) 11,11

Ferro (mg) 0,14

Potássio (mg) 156,04

Sódio (mg) 1,93

Vitamina A (UI) 3893,72

Vitamina A (Retinol Equivalente) 389,37

Tiamina (mg) 0,06

Riboflavina (mg) 0,06

Niacina (mg) 0,58

Ácido Ascórbico (mg) 27,53

2.4.3. Maçã

O Brasil produziu, em 2011, último dado consolidado pelo IBGE, 1,3 milhão

de toneladas de maçãs, o que o classifica como 9º (nono) maior produtor mundial. O

valor da produção de maçãs foi calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE) em R$ 851,7 milhões. A produção brasileira ocupa 38 mil

hectares, 96% desses pomares estão em Santa Catarina (18 mil ha) e Rio Grande

do Sul (17 mil ha), segundo IBGE.

Informações Nutricionais da Maçã, conforme Tabela 3 abaixo:

Tabela 3: Informações Nutricionais da Maçã

Maçã sem pele, sem semente.

Quantidade 100 gramas

Água (%) 84

Calorias 57,97

Proteína (g) Traços

19

Gordura (g) Traços

Ácido Graxo Saturado (g) 0,07

Ácido Graxo Monoinsaturado (g) Traços

Ácido Graxo Poliinsaturado (g) 0,07

Colesterol (mg) 0

Carboidrato (g) 15,22

Cálcio (mg) 7,25

Fósforo (mg) 7,25

Ferro (mg) 0,14

Potássio (mg) 115,22

Sódio (mg) Traços

Vitamina A (UI) 50,72

Vitamina A (Retinol Equivalente) 5,07

Tiamina (mg) 0,01

Riboflavina (mg) 0,01

Niacina (mg) 0,07

Ácido Ascórbico (mg) 5,8

20

3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Delineamento do Estudo

A pesquisa foi desenvolvida no município de Caruaru-PE, nos laboratórios

da Faculdade ASSOCIAÇÃO CARUARUENSE DE ENSINO SUPERIOR E

TÉCNICO – ASCES. Através de estudo experimental prospectivo que avaliou as

referidas amostras de álcool produzidas no período de 02/2016 a 05/2016.

3.2. Montagem do Destilador

O destilador foi montado utilizando-se duas colunas de separação

(Vigreux), sendo uma de 30 cm e outra de 70 cm, um condensador tipo serpentina

que foi utilizado como condensador, 02 suportes de metal, 01 manta de

aquecimento, mangueiras ligadas no condensador que foi utilizado para tal

finalidade e um balão de fundo redondo de 1 L contendo o mostro que deveria ser

destilado; este equipamento foi montado para realizar uma destilação fracionada.

3.3. Preparação do Mosto Fermentativo

No processo de preparação do mosto, foram utilizados 500 g de restos

(polpa) de frutas, mamão, maçã e manga, estragadas, batidas, trituradas em

liquidificador, em seguida foram acrescentadas 500 mL de água destilada e

novamente agitadas, misturadas, após esta preparação, foram acrescidas 10 g de

levedura e novamente misturadas ao mosto, houve a transferência deste material

para o béquer de 2000 mL, vedado com filme de PVC, deixado fermentando por 72

horas, de acordo com Tabela 4.

.

21

Tabela 4: Fermentador com Composições de Mosto

Fermentador 1

Mosto de Restos de Frutas 1 L

Sacarose Acrescida 0 mL

Levedura 10 g

Água destilada 500 mL

Polpa 500 g

3.4. Destilação

Após o período de fermentação do mosto, para que ocorresse o consumo da

sacarose e consequente produção de etanol, pegou-se todo o fermentado, colocou-

se 500mL do fermentado bruto em um balão de fundo redondo, colocando-o na

manta de aquecimento para realização da destilação, controlando-se a destilação

pela temperatura (entre 27°C e 35°C), verificando se no processo de destilação

estava ocorrendo a separação adequada do etanol produzido na fermentação.

3.5. Análise do Álcool

Para analisar o álcool produzido fez-se a construção da curva de massa

específica, como curva analítica do mesmo, tomando-se como referência álcool P.A.

a 96º, para em seguida se fazer a medicação da massa específica da amostra obtida

na destilação após processo fermentativo, para posterior cálculo da concentração de

álcool em solução.

22

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

4.1. Montagem do Destilador

A seguir, mostra-se o resultado da montagem do sistema de destilação para

a realização dos experimentos como pode ser visto na Figura 2.

Figura 1: Montagem do destilador

Montou-se o equipamento com as vidrarias já citadas, onde foi feita um

processo de destilação.

23

4.2. Preparação do Mosto

A seguir, na Figura 2, mostra o mosto fermentativo no 1º dia de experimento,

após 24 horas, conforme processos descritos nos métodos do processo de

preparação do mosto.

Figura 2: Mosto fermentativo 1º DIA

A fermentação alcoólica é o processo de transformação de açúcares em

álcool etílico (etanol) e gás carbônico (CO2) pela ação de importantes organismos e

da levedura Saccharomyces cerevisia. Quimicamente é um processo de oxidação

anaeróbica parcial da glicose.

24

4.3. Destilação

A destilação é o processo de separação baseado no fenômeno de equilíbrio-

vapor de misturas, a Figura 3 mostra basicamente parte do processo de destilação

feito no experimento, o processo de destilação ocorreu na adição da solução ao

balão volumétrico, ligou-se a manta aquecedora, regulando-se sua temperatura.

Conforme o aquecimento, o líquido evaporou-se. Na evaporação, seguida da

condensação (transformação em líquido), o álcool separou-se da solução,

resultando apenas no álcool hidratado, conforme Figura 3.

Figura 3: Processo de destilação do álcool

Nesse processo utilizou-se o método de destilação fracionada, no qual houve

a separação de misturas homogêneas, do tipo líquido-líquido. Os líquidos foram

separados através de seus pontos de ebulição. Durante o aquecimento das

misturas, conforme citado, foi separado, primeiro o líquido de menor ponto de

ebulição, depois o liquido de ponto de ebulição intermediário e sucessivamente até o

líquido de ponto de ebulição maior.

25

4.4. Análise do Álcool

4.4.1. Densidade

Inicialmente fez-se uma curva analítica da massa específica do álcool P.A. a

96º, a qual pode ser verificada na Figura 4 abaixo e a partir da qual pode-se calcular

a concentração de álcool obtido na destilação.

Figura 4: Curva de Calibração da Massa Específica do Álcool

Para análise das 03 amostras do álcool produzido com os restos de frutas

fez-se a medição da densidade final, onde mediu-se a massa da solução alcoólica

em 10mL, calculando-se a densidade específica e concentração respectiva do

álcool, obteve-se os valores expostos na Tabela 5, com base na curva de calibração

acima.

Tabela 5: Densidade de álcool produzido

Solução Concentração ºG

1ª Produção 27

2ª Produção 55,6

26

3ª Produção 72

A partir destes resultados, pode-se verificar que a melhor produção foi a

terceira, em que se teve um álcool com teor de 72ºG, isso devido ao aumento da

coluna de separação com recheio, na intenção de dificultar mais a passagem do que

não interessava e obter somente o álcool hidratado.

4.4.2. Rendimento

Para saber o rendimento de álcool produzido, fez-se ao final de cada

processo produtivo a medição do volume final de álcool, comparando-se com o

volume inicial de mosto, que foi de 1 litro e multiplicando-se esta relação por 100,

para se obter o rendimento em termos percentuais, conforme apresentado na tabela

6 abaixo:

Tabela 6: Rendimento de Álcool obtido

Solução (L) Rendimento (%)

1ª Produção 12

2ª Produção 8

3ª Produção 3

Constatou-se que o rendimento em volume foi menor para o álcool que

teve maior teor alcoólico, bem como maior rendimento para o que teve menor teor,

mostrando que a conformação do equipamento, com coluna de separação maior

aumenta o teor mas reduz o rendimento, mostrando que o rendimento será

importante conforme o teor de álcool que se deseja, para combustível ou para

bebida.

27

5. CONCLUSÃO

Com o presente estudo, puderam-se realizar as seguintes conclusões:

É possível obter álcool etílico com as frutas (manga, mamão e

maçã);

Devido ao alto desperdício diário na CEACA, as frutas representam

uma opção de produção de biocombustível, não pretendendo com

isso substituir a cana de açúcar, mas complementando a produção

de álcool no país, assim como dando uma destinação alternativa e

melhor para estes resíduos sólidos;

Comparando a produção do álcool a partir das frutas com o álcool

produzido com o caldo de cana de açúcar, pelo sistema montado

neste experimento, pode-se verificar que em volume e teor alcoólico,

são produções proporcionais;

Verificou-se que na medida em que o volume de mosto produzido

aumenta o volume de álcool produzido também aumenta, contudo o

teor de álcool obtido nas destilações vai diminuindo;

Acredita-se que melhorando o sistema montado, a produção

melhoraria principalmente no que se refere ao percentual de álcool

em solução destilada.

28

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