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PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA · religiosa) era cantada em latim. Renascimento - A Renascença, na música, ... Fréderic François Chopin: 1810-1849)que tocou piano em público

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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

APRESENTAÇÃO

Título: As cantigas medievais e a música – uma releitura

Autor Volmir Pacheco Morais

Disciplina/Área: Língua Portuguesa

Escola de Implementação do

Projeto e sua localização

Colégio Estadual Dom Pedro II- EFM - Foz

do Iguaçu

Município da Escola Foz do Iguaçu

Núcleo Regional de Educação Foz do Iguaçu

Professora Orientadora Josiele Kaminski Corso Ozelame

Instituição de Ensino

Superior

UNIOESTE – Campus Foz do Iguaçu

Relação Interdisciplinar Arte e História

Resumo

Este projeto pretende desenvolver um

trabalho diferenciado em relação ao ensino

das primeiras expressões literárias da

Língua Portuguesa, utilizando-se da música

como uma espécie de catalizador para um

estudo comparativo entre dos primeiros

textos de nossa língua - as cantigas

trovadorescas - e a atual produção musical.

Espera-se que, ao participarem deste

projeto, os alunos envolvidos tornem-se

capazes de compreender que a poesia,

assim como a música, é um reflexo do

contexto histórico e social da época em que

é produzida, constituindo-se assim numa

importantíssima fonte de informações.

Nesse sentido, esta unidade didática

buscará despertar nos alunos a curiosidade,

o interesse e o prazer em estudar nossa

Literatura. Palavras-chave Literatura – ensino – música

Formato do Material Didático Unidade Didática

Público Alvo Alunos do primeiro ano do Ensino Médio.

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PRODUÇÃO DIDÁTICA – SEQUÊNCIA DIDÁTICA

1. TEMA

Literatura e escola – Estudo da Literatura por meio da Música.

2. TÍTULO

As Cantigas Medievais e a Música – Uma Releitura

3. JUSTIFICATIVA

É inegável que a maioria de nossos alunos pouco se interessa pelas primeiras

obras literárias de nossa língua. Isso acontece porque a formatação dessa produção -

em uma linguagem com a qual não estão familiarizados, sendo-lhes pouco significativa

- não é capaz de atrair, por si só, chamar a atenção da maioria deles, acostumados com

o imediatismo, a praticidade e a valorização dos aspectos objetivos da realidade que

caracterizam a sociedade atual.

Repensar as práticas pedagógicas objetivando despertar nos alunos o gosto

pela Literatura é fundamental para o sucesso do processo ensino-aprendizagem. Nesse

sentido, a utilização da música nas aulas de Língua Portuguesa e Literatura nos parece

uma ótima ferramenta, capaz de propiciar aos estudantes excelentes experiências de

aprendizagem, devido à interdisciplinaridade contida nessa prática. Incluir a música na

sala de aula justifica-se porque ela está muito presente na vida dos adolescentes,

fazendo com que eles tenham mais contato com a Língua Portuguesa, o que facilita

grandemente o trabalho docente em Literatura.

O prazer em estudar não é uma característica inata dos alunos, uma vez que é

uma atividade que eles nem sempre cumprem de maneira espontânea e interessada.

O professor de Língua Portuguesa, para cumprir com sua função de incentivador da

leitura, deve procurar sempre propor atividades que despertem o interesse,

desenvolvam a curiosidade e tornem o ato de estudar uma atividade agradável,

prazerosa.

A música é uma das expressões artísticas mais apreciadas em praticamente

todas as culturas. Pensar em música é pensar em um novo universo: mágico, surreal,

alegre, triste, realista, cômico, trágico. A música tem o poder de influenciar as pessoas,

produzindo nelas uma infinidade de sensações e reações, de acordo com o momento

que se está vivendo.

Desenvolver um trabalho diferenciado em relação ao ensino das primeiras

expressões literárias da Língua Portuguesa, utilizando-se da música como uma espécie

de catalizador entre os primeiros textos de nossa língua mãe e a atual produção

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musical, visando despertar nos alunos a curiosidade, o interesse e o prazer em estudar

nossa Literatura é o objetivo principal deste trabalho.

4. OBJETIVOS

4.1. OBJETIVO GERAL

Superar a resistência observada nos alunos do primeiro ano do Ensino Médio

em relação à Literatura, sobretudo no estudo das cantigas trovadorescas, através de

análises comparativas entre tais cantigas e a atual música brasileira, utilizando-se de

metodologias compatíveis com o interesse dos educandos, numa perspectiva de uma

pedagogia “prazerosa”.

4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Fomentar nos alunos do primeiro ano do Ensino Médio a compreensão dos

primeiros textos literários da Língua Portuguesa;

Estimular a utilização das tecnologias educacionais no sentido de

conhecer, ler e compreender as cantigas trovadorescas portuguesas;

Despertar no aluno o gosto pela leitura das diversas produções literárias

produzidas em Língua Portuguesa;

Possibilitar ao aluno a compreensão de que a Literatura, assim como as

demais expressões artísticas, constitui-se num reflexo do contexto histórico no qual foi

produzida, constituindo, assim, importante fonte de informações para o estudo e a

compreensão da história da civilização e da sociedade atual.

5. PROCEDIMENTOS

Nos últimos anos, o trabalho de grupo em sala de aula vem se tornando cada

vez mais frequente. É preciso que seja usado constantemente, uma vez que ele ajuda

os estudantes a aprender uns com os outros, através do trabalho comunitário e

cooperativo. Segundo Amaral, o trabalho em grupos surge no cenário pedagógico se

contrapondo aos pilares do ensino tradicional, que privilegiavam o processo ensino-

aprendizagem pautado principalmente na autoridade, no controle e na disciplina:

O trabalho de grupos é uma técnica didática utilizada com a finalidade de promover a aprendizagem de determinados conteúdos, sejam eles de natureza cognitiva, afetiva ou social. A propósito, um bom Trabalho de Grupo deve procurar contemplar simultaneamente essas diferentes dimensões da aprendizagem. (AMARAL apud: VEIGA, 2006, p. 51).

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Para iniciarmos o desenvolvimento deste Material Didático, primeiramente

adotaremos a técnica de trabalho por meio de Seminários a ser desenvolvido pelos

alunos, uma vez que acreditamos que esta forma de atividade pode favorecer entre os

estudantes o desenvolvimento de procedimentos e atitudes de pesquisa:

O seminário é uma técnica de estudo que inclui pesquisa, discussão e debate (...) desenvolve não só a capacidade de pesquisa, de análise sistemática de fatos, mas também o hábito do raciocínio, da reflexão, possibilitando ao estudante a elaboração clara e objetiva de trabalhos científicos. (LAKATOS e MARCONI, 2005, p.35).

Em um Seminário, devemos ter em mente que seus apresentadores, não

podem ser considerados simplesmente como transmissores das informações e das

ideias, mas como mediadores da participação, devendo favorecer um clima de debate

entre os apresentadores e a plateia, visando a constituição comunitária e coletiva dos

saberes.

O seminário consiste em buscar informações, por meio de pesquisa bibliográfica ou de entrevista de especialistas, discussão em grupo, confronto de pontos de vista, formulação de conclusões. Realizado o trabalho inicial, leva-se o resultado a uma assembleia para discussão. Todos devem participar. Não é o seminário uma assembleia para relatar informações tão somente. (MEDEIROS, 2004, p. 31).

Repensar a prática pedagógica através de seminários, implica envolver alunos e

professores sob uma lógica de trabalho colaborativo, objetivando a organização

didática de todo o processo educativo: ensinar, aprender, pesquisar e avaliar, sempre

visando a qualidade necessária para a formação cidadã. Morais, em seu artigo “A sala

de aula no contexto da Educação do século 21”, publicado pelo Inep, apresenta um

panorama crítico sobre os papéis de professores e alunos no processo educacional nos

dias atuais. Em relação às opções didático-metodológicas, argumenta:

Trata-se de desvestirmo-nos da vaidade da segurança que supomos ter, quando, mais que lecionamos, prelecionamos; fazemos preleções que nos dão exclusividade ao direito da palavra, a certeza de sermos detentores da verdade, conferindo ao aprendiz o papel de ouvinte passivo e um lugar subalterno na relação professor/aluno, no processo de aprendizagem. [...] A aula dialógica, participativa, interativa, a aposta no trabalho compartilhado entre professor e aluno exigirão uma outra ética do mestre e um papel mais efetivo do aprendiz. (MORAIS, 2005, p.10)

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5.1. ATIVIDADES

PRIMEIRA ETAPA

A MÚSICA

Apresentação do projeto aos alunos através de slides (PowerPoint),

explanando o que será trabalhado durante o período proposto e de que maneira se

pretende realizar cada etapa, ressaltando-se a importância da participação efetiva de

todos os envolvidos no desenvolver do projeto.

História da música: Será disponibilizado aos alunos um texto (texto 1), que

traz um breve resumo da história da música, desde o surgimento, passando pela

Antiguidade Clássica Greco-romana, a Idade Média, o Renascimento e o Modernismo,

até os dias atuais.

Texto 1 A MÚSICA

A música é algo que acompanha a humanidade desde a pré-história. Basicamente a música é uma sequência de sons, sequência esta que é organizada de forma a ter um ritmo próprio, harmonioso e agradável a quem o escuta.

É praticamente impossível responder com exatidão quando surgiu a música. Os historiadores têm encontrado inscrições as quais indicam que a maior parte da criação musical da Antiguidade está impregnada de aspectos ritualísticos..

Foram os gregos que estabeleceram as bases para a cultura musical do Ocidente. A própria palavra música nasceu na Grécia, onde "Mousikê" significa "A Arte das Musas", abrangendo também a poesia e a dança.

Egito - Por volta de 4.000 a.C., as pessoas batiam objetos uns contra os outros, utilizavam bastões de metal e cantavam. Posteriormente, os sacerdotes treinavam coros para cantos de música ritual em homenagem aos deuses. Os músicos da corte cantavam e tocavam vários tipos de harpa e instrumentos de sopro e percussão. As bandas militares usavam trompetes e tambores.

Grécia - Os gregos usavam as letras do alfabeto para representar notas musicais. Os pensadores gregos construíram teorias musicais mais elaboradas do que qualquer outro povo da Antigüidade. Pitágoras, um grego que viveu no século VI a.C., acreditava que os planetas produziam diferentes tonalidades harmônicas e que o próprio universo cantava.

Roma - Os romanos copiaram teorias musicais e técnicas de execução dos gregos, mas também inventaram instrumentos novos como o trompete reto, a que chamavam de tuba.

Idade Média - Os cânticos faziam parte do culto cristão desde os primórdios do cristianismo. No início da Idade Média, tanto a música sacra como a profana ou secular (não religiosa) era cantada em latim.

Renascimento - A Renascença, na música, data do século XIV no sul da Europa e de um pouco mais tarde no norte europeu. Os compositores desejavam escrever música sem se preocupar com as práticas da Igreja. Os compositores escreviam em sua própria língua, em vez de usar o latim. O maior de todos os músicos do renascimento foi Johann Sebastian Bach (1685-1750). Suas obras primas são : Tocata e Fuga em Ré Menor, Adagio e Fuga em Dó Maior e Passacaglia e Fuga em Dó Menor.

A Música Barroca - substituiu o estilo renascentista após o século XVII e dominou a música europeia até cerca 1750. Era elaborada e emocional, ideal para integrar-se a enredos

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dramáticos. A ópera era a mais importante novidade em forma musical. A música italiana barroca atingiu o auge com as obras de Antonio Vivaldi (1678-1741).

Música Clássica - Os compositores clássicos acreditavam que a música deveria ter uma forma polida e galante, só desejavam expressar emoções de uma maneira refinada e educada. Suas obras são cheias de brilhantismo e vivacidade. Entre os compositores que dominaram a época podemos destacar o austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791). Compôs mais de 600 peças de ópera, entre as quais se destacam: As Bodas de Fígaro, Dom Giovanni e A Flauta mágica.

Romantismo - Os compositores românticos achavam o estilo de música do Classicismo artificial. Sentiam que a música poderia ser fantasiosa e emocional, com a imaginação fornecendo os meios e o sentimento expressando o estado de espírito. São destaques dessa época: Ludwig van Beethoven (1770- 1827), que conduziu a música da era clássica até a romântica e influenciou fortemente seu desenvolvimento. Começou a perder a audição aos 30 anos e, por volta de 1824, ficou completamente surdo, o que não o impediu de continuar produzindo música. Fréderic François Chopin: 1810-1849)que tocou piano em público com apenas 8 anos de idade. Logo depois começou a compor. Estudou no Conservatório de Varsóvia. Era um ardente patriota. A invasão russa em sua pátria forçou-o a viver no exílio em Paris, onde morreu.

Nacionalismo - Um dos frutos do romantismo foi que muitos compositores começaram a procurar, de diversas maneiras, expressar na música os sentimentos de seu povo. O mais popular compositor da época é o russo é Pietr Ilyich Tchaikovsky (1840-1893) Seus balés “O lago dos Cisnes”, “A Bela Adormecida” e “Quebra Nozes” estão entre as obras fundamentais da dança clássica.

O século XX - O século XX presenciou o desenvolvimento de dois aspectos importantes na história da música: o crescente espírito nacionalista e o aparecimento de importantes compositores norte-americanos e latino-americanos.

A América Latina produziu compositores muito importantes como o brasileiro Heitor Villa Lobos (1887-1959). Maior compositor erudito brasileiro, com grande destaque internacional no cenário musical do século XX. Viajou durante anos pelo país pesquisando as manifestações folclóricas musicais de cada região. Sua produção é vasta e desigual, com cerca de mil composições, englobando inúmeras obras-primas para violão, piano, conjuntos de câmara e sinfônicos.

A música Popular Brasileira - remonta à década de 1930, quando o rádio começou a espalhar a música por todo o país. A cantora mais famosa da época, Carmen Miranda, acabou se tornando uma internacionalmente famosa estrela de cinema de Hollywood. Ary Barroso, era um dos compositores de maior sucesso no Brasil, junto com Lamartine Babo e Noel Rosa.

Chorinho - música geralmente instrumental e improvisada, utilizando violão, cavaquinho, bandolim, clarinete e flauta. Pixinguinha é o maior destaque do chorinho, juntamente com Chiquinha Gonzaga.

Samba - No início do século 20, o samba começou a evoluir fora do choro no bairro do Rio de Janeiro, habitada principalmente por negros pobres descendentes de escravos. Samba cresceu em popularidade ao longo do século 20, especialmente a nível internacional, como a forma de samba de enredo (o samba das escolas de samba). Outros tipos de samba incluem variedades mais populares.

Bossa Nova - Antonio Carlos Jobim e outros compositores da década de 1950 ajudou a desenvolver uma fusão de jazz e harmonias suaves, muitas vezes mais lento, batida de samba chamado bossa nova, que se desenvolveu em bairros de Ipanema e, depois, as boates de Copacabana, vindo a fazer sucesso por todo o mundo.

Tropicália - artistas como Caetano Veloso e Gilberto Gil combinados estilos americano e europeu com guitarras elétricas e diferentes tipos de música genuinamente brasileira, iniciando um gênero chamado Tropicália. Estas canções muitas vezes eram muito politizadas e

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foram recebidas como uma ameaça pelo governo militar da época. Caetano Veloso e Gilberto Gil foram exilados para a Inglaterra.

Música Nordestina - é um termo genérico para qualquer música popular da grande região do Nordeste do Brasil, incluindo as zonas costeiras e o interior. Os ritmos são lentos e laborioso, e são derivados de acordeões e violas em vez de instrumentos de percussão, como no resto do Brasil - Nessa região, os ritmos e melodias afro-brasileiras combinam-se para formar o maracatu e o baião.

Frevo é um estilo de música surgido em Olinda na década de 1950, espalhou-se ao sul, em cidades como Salvador. bandas de frevo começaram a tocar durante o Carnaval (trios elétricos).

Forró - é tocado por um trio constituído por um cilindro e um triângulo e liderado por um acordeão. Rápido e eminentemente dançável, se tornou uma das bases da lambada nos anos 1980. Luiz Gonzaga foi o músico que popularizou o gênero nos anos 1940 com canções como "Asa Branca".

Rock - O rock n roll do Brasil existe desde a primeira canção de rock “Rock Around the Clock ". Os cantores de 1960, como Roberto Carlos e sua Jovem Guarda eram muito populares e influenciaram outros artistas. O "boom" real do rock brasileiro foi em 1980, com muitas bandas e artistas como Raul Seixas, Barão Vermelho, Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Titãs, Lulu Santos, Paralamas do Sucesso e festivais como o Rock in Rio e Hollywood Rock.

Música Sertaneja - é um termo usado para designar a música country brasileira. Ele referia-se originalmente à música de origem entre Sertão e música caipira, mas ganhou influências de fora do Brasil, em especial a música country americana, tornando-se uma espécie de música de desabafo relativo às desilusões amorosas. (é a chamada “Corno Music”)

Música Gospel - do inglês gospel, “evangelho” ou música evangélica é um gênero musical composto e produzido para expressar a crença cristã. Como todo gênero musical, a criação, a performance, a influência e até mesmo a definição de música gospel varia de acordo com a cultura e o contexto social. A música gospel é escrita e executada por muitos motivos, desde o prazer estético, com motivo religioso ou cerimonial, ou como um produto de entretenimento para o mercado comercial. No entanto, um tema de música gospel é louvor, adoração ou graças à tríade sagrada cristã: Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo.

Serão apresentadas através do projetor multimídia duas animações

relativas à história da música disponíveis no YouTube:

http://www.youtube.com/watch?v=lCBocElXEso História da Música - Animação - João Valério. Um projeto desenvolvido ao longo de cinco meses, que procura ilustrar de forma sucinta os períodos mais significativos para a constituição da tradição musical ocidental que atualmente conhecemos. Um projeto de transdisciplinaridade, traduzindo a verdadeira essência da História da Música, não só composta por fatos mas também por contextos culturais particulares, por um Zeitgeist característico de cada era musical, pelos ambientes que procuram transparecer nas imagens. Um projeto de pesquisa e síntese histórica, de tradução de uma realidade complexa que é a Música.

http://www.youtube.com/watch?feature=fvwp&NR=1&v=u8YjtQleauM História da Música - Sílvia Lima - Animação realizada com imagens feitas em desenho a lápis e digitalizações para contar a história da música, para mostrar, através de ilustrações e animações, de uma maneira sucinta, a história da música, desde o surgimento na pré-história, até o início do século XXI.

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Neste primeiro momento os alunos devem observar que a música sempre esteve presente na história da humanidade, inicialmente, imitando o sopro do vento, os sons da natureza, como o ruído das águas e o canto dos pássaros. Como passar do tempo, associada à dança, a música assumiu um caráter de ritual, através do qual as tribos reverenciavam seus deuses; mais tarde, sendo usada como manifestações de alegria, celebrando vitórias e conquistas. Assim, a música acompanha a humanidade à medida que ele se espalhava pela terra, evoluindo com ele, formando culturas e civilizações, refletindo as transformações da humanidade, até assumir as características atuais. O professor deve ter em mente que a música está presente na vida de todos, em maior ou menor intensidade, despertando emoções e sentimentos. Ela não é somente uma associação de sons e palavras, mas constitui um poderoso instrumento que pode fazer muita a diferença na prática pedagógica, uma vez que é capaz de despertar o prazer tanto para a mente quanto para o corpo, facilitando a aprendizagem e a socialização dos envolvidos no processo.

A turma será organizada em círculo para uma “conversa” sobre música. Os

alunos deverão expor aos colegas suas considerações sobre a música, se ouvem

música, que tipo de música ouvem, com que frequência, em que momentos a ouvem,

como ouvem, qual a importância da música nas suas vidas, quais seus estilos musicais

preferidos, qual sua música preferida, por que essa é sua música preferida, etc.

A partir desta atividade, cada aluno deverá produzir um texto expondo suas

considerações em relação ao tema, qual a importância da música na sua vida, o que

gosta e o que não gosta de ouvir, como a música influencia (ou não) sua vida.

Os textos servirão - além de observar o desempenho na modalidade escrita dos alunos - para que o professor possa fazer uma análise da turma: quais são suas preferências musicais, o que não gostam, etc. Essas informações poderão ajudar muito no desenvolvimento do trabalho proposto nesta Produção Didática.

A turma será instruída no sentido de trazer aparelhos de informática

(notebooks e netbooks) para a próxima aula.

Na aula seguinte, a turma será dividida em grupos formados por quatro ou

cinco alunos que deverão preparar uma apresentação em forma de seminário sobre os

principais ritmos musicais mais populares no Brasil, que deverá ser apresentado nas

aulas posteriores.

Os grupos serão divididos da seguinte maneira:

Grupo 1: O Samba;

Grupo 2: A MPB;

Grupo 3: A Música Sertaneja;

Grupo 4: O Rock Brasileiro;

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Grupo 5: O Pagode;

Grupo 6: A Música Gospel;

Grupo 7: A música Nordestina (Axé Music)

Grupo 8: O Funk e o Hip Hop.

Para a realização dos seminários, será preciso que o professor exponha aos estudantes alguns conceitos relativos a essa prática pedagógica, tais como: O que é um seminário; qual sua finalidade; como deve ser organizado, quem participa dessa prática, quais as funções dos participantes; qual o objetivo do trabalho, qual o tema a ser estudado, etc.

Para o desenvolvimento dos seminários, os alunos também poderão fazer uso das instruções disponíveis na Internet, mais precisamente em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/como-preparar-apresentar-seminarios-oralidade-547498.shtml http://hamiltont.blogspot.com.br/2009/09/como-preparar-um-seminario.html

Os seminários serão preparados pelos grupos com o auxílio do professor,

utilizando-se do Laboratório de Informática do Colégio e de equipamentos

particulares, devendo ser apresentados em um tempo de, no máximo, 20 minutos.

A pesquisa deverá ser sucinta e conter:

O histórico do ritmo pesquisado: origem (quando, onde surgiu);

Principais representantes do ritmo estudado;

Uma amostra (através de vídeo ou de interpretação ao vivo) da modalidade

pesquisada.

Os recursos midiáticos (laptop, projetor multimídia, aparelhos de som, etc.) utilizados nas apresentações serão disponibilizados de acordo com a necessidade pelo professor e/ou estabelecimento de ensino. Os alunos também poderão fazer uso de equipamentos particulares, se assim preferirem. Cada grupo deverá disponibilizar aos colegas ao menos uma página impressa com o resumo de seu seminário.

Apresentação dos seminários

É importante que o professor tenha em mente que, durante a apresentação de seminários, além de conhecer profundamente o tema apresentado pelos alunos, ele deve ter uma postura sobretudo mediadora, assessorando o grupo da melhor maneira possível, uma vez que a turma envolvida (primeiro ano do Ensino Médio) é composta, em sua maioria, por adolescentes que, muitas vezes, estão experimentando pela primeira vez esse tipo de procedimento pedagógico. Um dos objetivos do seminário é que, além de aprender, os alunos também ensinem, nesse sentido, é necessário que o professor atue como um mediador, ensinando, orientando e também aprendendo junto com seus alunos.

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SEGUNDA ETAPA

TROVA, TROVADORES E TROVADORISMO

Antes de iniciar essa etapa, seria interessante que se fizesse uma reflexão cerca do que se foi visto e trabalhado até agora, o professor deve lembrar aos estudantes os objetivos do trabalho, o modo em que ele deverá ser desenvolvido - em três momentos - e que para que se possa atingir esses objetivos, é necessário comprometimento e responsabilidade de todos os envolvidos nesse processo.

A definição moderna de trova.

Distribuição e leitura comentada do texto2.

Texto 2

Trova: Complexa Simplicidade Compadre Lemos

Inicialmente, Trova era qualquer poema ou canção, chamando-se Trovador o poeta -

ou vate -, aquele que declamava a trova. Depois, passou-se a chamar Trova a forma fixa que hoje é empregada, isto é, o poema autônomo de quatro versos em redondilha maior. Trova é um poema monostrófico (contém uma estrofe apenas) com quatro versos heptassílabos (redondilha maior), sem título, que se completa em seus quatro versos.

A Trova também se chama Quadra ou Quadrinha. Porém esta sinonímia não é

perfeita, uma vez que as regras rígidas da trova não se fazem necessariamente na quadra.

Entre os atuais cultores desta forma de poesia, é preferível o termo "Trova" como

designativo. Há a necessidade de se diferenciar a Trova da Quadra que compõe um poema

maior, uma vez que a trova se completa em si, sem aceitar mais nenhuma estrofe. O esquema

rítmico da trova é de rimas alternadas (A B A B) ou opostas (mais raras) (A B B A).

Exemplos de trova:

No simples fazer da trova

A Poesia tem valor.

E o poeta tem a prova

Que, se trova, é por amor!

***

Andando só, pela estrada,

Uma coisa eu aprendi:

Que esta vida é mesmo nada,

Desde quando te perdi!

***

Não tenho terra ou dinheiro,

Nem fama, fortuna ou glória!

Mas tenho um amor verdadeiro

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E o resto... o resto é história!

***

Para o homem ser feliz

Que escute com atenção

A receita, que já diz:

É festa, trabalho e pão!

***

Não quero ser passarinho,

Pra voar em céu aberto!

Prefiro seguir caminho,

Olhando o mundo de perto!

***

Vendo as dores, socorrendo,

Tentando ter mais carinho

Para quem segue, sofrendo,

Penando, pelo caminho!

***

Tem gente que se preocupa

Com frascos de comprimidos.

Eu sou mais quem se ocupa

Dos fracos e oprimidos!

***

Se tens pouco, não importa,

Pois é bem melhor que nada!

Se a linha da vida é torta,

Coragem, na caminhada!

***

Quem rouba o que é do pobre

Tá roubando o que é de Deus.

E ainda que muito sobre,

Faltará, pros filhos seus!

***

O presente é o que tenho

O passado é o que vivi.

Do futuro não desdenho,

Pois ele começa aqui!

***

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O futuro é mais um passo

O presente é pé no chão.

No passado, estudo e faço

Meu caminho e direção!

***

O pobre do pobre é pobre

O rico é pobre também.

Escravo, ainda que nobre,

Do "cobre" todo que tem!

***

Não tem quem aguente ler

Poeta sem correção.

Pois Poesia tem que ser

Muito mais que inspiração!

***

Para, então, se aprender,

Não precisa sofrimento:

Basta estudar e querer

Sem choro, grito ou lamento!

Disponível em http://www.compadrelemos.com/visualizar.php?idt=1027207

Após leitura e discussão relativa a este texto, os alunos deverão, em

duplas, criar uma “trova” que deverá ser apresentada à turma nas duas próximas

aulas.

Apresentação das “trovas” criadas pelas duplas nas aulas anteriores.

Com essa atividade, objetiva-se uma introdução ao tema desta etapa. Espera-se que os alunos tenham uma visão inicial do que vem a ser uma trova e que, a partir da vivência de cada um, é possível se criar textos em verso, e que essa prática é utilizada desde os primórdios da produção escrita em nossa língua.

O que é um trovador? O que foi o Trovadorismo:

Esta aula será realizada com a utilização do Laboratório de Informática, na qual os alunos farão buscas na Internet das várias definições disponíveis para os termos “Trovador e Trovadorismo”. As diferentes definições serão apresentadas, oral e rapidamente aos colegas. O objetivo dessa aula é “apresentar” aos alunos a figura do trovador e a algumas definições e exemplos sobre o Trovadorismo, que será abordado nas aulas subsequentes.

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Será trabalhado o contexto histórico da época do Trovadorismo. Além de

aula expositiva, os alunos deverão assistir a dois vídeos referentes ao assunto

disponíveis no YouTube, que serão exibidos através do projetor multimídia. Tais vídeos

estão disponíveis em:

http://www.youtube.com/watch?v=Gny-S2IYcoI&feature=endscreen&NR=1 e http://www.youtube.com/watch?v=bnbDRTdO8kc

Exibição do primeiro vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Gny-

S2IYcoI&feature=endscreen&NR=1

http://www.youtube.com/watch?v=Gny-S2IYcoI&feature=endscreen&NR=1 Contexto-histórico: Trovadorismo - Matheus Seiji Bazaglia Kuroda - Apresentação em Power Point de textos e Imagens abordando o Panorama histórico-literário da Idade Média: Feudalismo, Igreja Medieval e as Cruzadas.

Para melhor contextualizar os estudantes, serão apresentados recortes do

filme “O Nome da Rosa”, de Jean-Jacques Annaud.

O Nome da Rosa: Filme de 1986 dirigido por Jean-Kacques Annaul baseado no romance homônimo de Umberto Eco. Em 1327, em um mosteiro na Itália, a morte de sete monges em sete dias e noites é o fato responsável pelo desenvolvimento da trama. O monge franciscano William de Baskerville é chamado para investigar o caso e é envolvido em uma trama diabólica. Os conflitos dos movimentos heréticos do século XIV, a luta contra a mistificação, a demagogia, a perda de valores da Igreja Católica, a violência sexual, o descaso em relação à vida são elementos que fazem uma reconstituição livre dos fatos históricos da Idade Média.

Leitura e discussão referente ao texto 3: História da formação de Portugal e

o surgimento da Língua Portuguesa. Adaptado do conteúdo disponível em:

http://www.portugues.com.br/

Texto 3

HISTÓRIA DA LÍNGUA PORTUGUESA

O surgimento da Língua Portuguesa está profunda e inseparavelmente ligado ao processo de constituição da Nação Portuguesa. Na região central da atual Itália, o Lácio, vivia um povo que falava latim. Nessa região, posteriormente foi fundada a cidade de Roma.

Para garantir o domínio sobre os povos conquistados, os romanos impunham aos vencidos seus

hábitos, suas instituições, os padrões de vida e a língua (o latim). Existiam duas modalidades do latim: o latim vulgar (sermus vulgaris) e o latim clássico (

sermus urbanus). O latim vulgar era somente falado. Era a língua do cotidiano usada pelo povo analfabeto da região central da atual Itália e das províncias: soldados, marinheiros, artífices, agricultores, barbeiros, escravos, etc. Era a língua coloquial, viva, sujeita a alterações freqüentes. Apresentava diversas variações. O latim clássico era a língua falada e escrita, apurada, artificial, rígida, era o instrumento literário usado pelos grandes poetas, prosadores, filósofos, retóricos... A modalidade do latim imposta aos povos vencidos era a vulgar. Os povos

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vencidos eram diversos e falavam línguas diferenciadas, por isso em cada região o latim vulgar sofreu alterações distintas o que resultou no surgimento das diferentes línguas neolatinas(português, espanhol, francês, italiano, romeno e galego).

No século III a.C., os romanos invadiram a região da península ibérica, iniciou-se assim o longo processo de romanização da península. A dominação não era apenas territorial, mas também cultural. No decorrer dos séculos, os romanos abriram estradas ligando a colônia à metrópole, fundaram escolas, organizaram o comércio, levaram o cristianismo aos nativos.

No século V da era cristã, a península sofreu invasão de povos bárbaros germânicos ( vândalos, suevos e visigodos). Como possuíam cultura pouco desenvolvida, os novos conquistadores aceitaram a cultura e língua peninsular. Influenciaram a língua local acrescentando a ela novas palavras e favorecendo sua dialetação já que cada povo bárbaro falava o latim de uma forma diferente.

Com a queda do Império Romano, as escolas foram fechadas e a nobreza desbancada, não havia mais os elementos unificadores da língua. O latim ficou livre para modificar-se.

As invasões não pararam por aí, no século VIII a península foi tomada pelos árabes. O domínio mouro foi mais intenso no sul da península. Formou-se então a cultura moçárabe, que serviu por longo tempo de intermediária entre o mundo cristão e o mundo muçulmano. Apesar

de possuírem uma cultura muito desenvolvida, esta era muito diferente da cultura local, o que gerou resistência por parte do povo. Sua religião, língua e hábitos eram completamente diferentes. O árabe foi falado ao mesmo tempo que o latim.

Embora bárbaros e árabes tenham permanecido muito tempo na península, a influência que exerceram na língua foi pequena, pois o processo de romanização foi muito intenso.

Hoje, várias palavras utilizadas em nossa língua são originárias do árabe. Elas são geralmente reconhecíveis pela sílaba inicial al: alface, álcool, Alcorão, álgebra, alfândega...

Os cristãos, principalmente do norte, nunca aceitaram o domínio muçulmano. Organizaram um movimento de expulsão dos árabes (a Reconquista). A guerra travada foi chamada de "santa" ou "cruzada". Isso ocorreu por volta do século XI. No século XV os árabes estavam completamente expulsos da península.

Durante a Guerra Santa, D. Henrique, conde de Borgonha, destacou-se pelos serviços prestados à coroa e por recompensa recebeu a mão de D. Tareja, filha do rei. Como dote recebeu o Condado Portucalense. Continuou lutando contra os árabes e anexando novos territórios ao seu condado que foi tomando o contorno do que hoje é Portugal.

D. Afonso Henriques, filho do casal, funda a Nação Portuguesa que fica independente em 1143. A língua falada nessa

parte ocidental da Península era o galego-português que com o tempo foi diferenciando-se: no sul, português, e no norte, galego, que foi sofrendo mais influência do castelhano pelo qual foi anexado. Em 1290, o rei D. Diniz funda a Escola de Direitos Gerais e obriga em decreto o uso oficial da Língua Portuguesa.

Além de Portugal e Brasil, a língua portuguesa é utilizada nas Ilhas da Madeira, dos Açores e Cabo Verde; em Angola, Moçambique, Guiné Bissau,São Tomé e Príncipe(África), Goa, Macau e Timor (Ásia).

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Os Cancioneiros e as Cantigas Trovadorescas.

Os tipos de cantigas: de amor, de amigo, de escárnio e de maldizer. Novamente se

fará uso do projetor multimídia para apresentação do segundo vídeo citado

anteriormente, disponível em: http://www.youtube.com/watch?v=bnbDRTdO8kc

http://www.youtube.com/watch?v=bnbDRTdO8kc Introdução ao Trovadorismo - Dimitri Sarmento – Montagem constituída de material audiovisual que faz, segundo seu organizador, “Uma pequena introdução ao estudo do estilo de época, ao contexto histórico em que se desenvolveu o Trovadorismo, ao panorama sociocultural da era medieval.”

As cantigas e suas respectivas “traduções” aqui utilizadas poderão ser encontradas nos livros didáticos “Português: linguagens”, de CEREJA, Willian R.; MAGALHÃES, Thereza C., e/ou “Língua e literatura”, de FARACO, C. E.; MOURA, F. M.

A “Cantiga da Guarvaia” ou “Cantiga da Ribeirinha” de Paio Soares de

Taveirós, é o primeiro texto literário em língua galaico-portuguesa de que se tem

registro. Foi composta, provavelmente, em 1189 (ou 1198) e recebeu esse nome por

ter sido dedicada a Dona Maria Pais Ribeira, concubina do rei Sancho I de Portugal,

apelidada de "Ribeirinha".

Versão original: No mundo nom me sei parelha, mentre me for' como me vai, ca ja moiro por vos - e ai mia senhor branca e vermelha, queredes que vos retraia quando vos eu vi em saia! Mao dia que me levantei, que vos enton nom vi fea!

E, mia senhor, des aquel di', ai! me foi a mim muin mal, e vós, filha de don Paai Moniz, e ben vos semelha d'aver eu por vós guarvaia, pois eu, mia senhor, d'alfaia nunca de vós ouve nem ei valia d'ua correa.

Tradução: No mundo ninguém se assemelha a mim, enquanto a minha vida continuar como está, porque morro por ti e ai minha senhora de pele alva e faces rosadas quereis que eu vos descreva (retrate) quanto eu vos vi sem manto! (roupa íntima) Maldito dia! me levantei, que não vos vi feia! (ou seja, viu a mais bela).

E, minha senhora, desde aquele dia, ai! tudo me foi muito mal, e você filha de Dom Paio Muniz, e bem vos parece (veja, observe) de ter eu por vós guarvaia, (que tenho, uso roupas luxuosas) mas eu, minha senhora, como prova de amor de você nunca recebi algo mesmo que sem valor.

É muito importante que o professor esteja preparado para descrever aos alunos as características e a maneira de vida palaciana no período medieval, a hierarquia, os costumes, os conceitos de beleza, etc. Para isso, recomendamos o acesso o aos seguintes sites: http://www.sohistoria.com.br/ef2/medieval/p6.php http://litterascriptalitteratura.blogspot.com.br/2010/10/primeiro-periodo-medieval-o.html

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TERCEIRA ETAPA

A RELAÇÃO DA MÚSICA ATUAL COM A POESIA TROVADORESCA

Cantigas Líricas

a) Cantiga de amor: Os cavalheiros se dirigem à mulher amada como uma

figura idealizada, distante. O poeta, na posição de fiel vassalo, põe-se a serviço de sua

senhora, dama da corte, tornando esse amor um objeto de sonho, distante,

impossível. Nunca consegue conquistá-la, porque tem medo e também porque ela

rejeita sua canção. Essa “relação” é chamada de vassalagem amorosa, uma vez que

reproduz as relações de quase escravidão dos vassalos com os senhores feudais.

Características:

Eu-lírico masculino;

Assunto principal: o sofrimento amoroso do eu-lírico perante a mulher

idealizada e distante;

Amor cortês (trata da relação entre um homem e uma mulher: onde ela é

uma dama, geralmente casada e ele é um celibatário, que se interessa por ela).

Amor impossível;

Ambientação aristocrática das cortes;

Vassalagem amorosa (o eu-lírico trata sua amada pelo pronome “Senhora”).

Exemplo: “Canção de Amor” de Dom Dinis

Versão original: Quer’eu em maneira de proença! fazer agora um cantar d’amor e querrei muit’i loar lmia senhor a que prez nem fremosura nom fal, nem bondade; e mais vos direi ém: tanto a fez Deus comprida de bem que mais que todas las do mundo val. Ca mia senhor quizo Deus fazer tal, quando a faz, que a fez sabedord e todo bem e de mui gram valor, e com tod’est[o] é mui comunal ali u deve; er deu-lhi bom sém, e desi nom lhi fez pouco de bem quando nom quis lh’outra foss’igual Ca mia senhor nunca Deus pôs mal, mais pôs i prez e beldad’e loor e falar mui bem, e riir melhor que outra molher; desi é leal

Tradução: Quero à moda provençal fazer agora um cantar de amor, e quererei muito a ti louvar minha senhora a quem honra nem formosura não faltam nem bondade; e mais vos direi sobre ela: Deus a fez tão cheia de qualidades que ela mais que todas do mundo. Pois Deus quis fazer minha senhora de tal modo quando a fez, que a fez conhecedora de todo bem e de muito grande valor, e além de tudo isto é muito sociável quando deve; também deu-lhe bom senso, e desde então lhe fez pouco bem impedindo que nenhuma outra fosse igual a ela Porque em minha senhora nunca Deus pôs mal, mas pôs nela honra e beleza e mérito e capacidade de falar bem, e de rir melhor que outra mulher também é muito leal

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muit’, e por esto nom sei oj’eu quem possa compridamente no seu bem falar, ca nom á, tra-lo seu bem, ai

e por isto não sei hoje quem possa cabalmente falar no seu próprio bem pois não há outro bem, para além do seu.

Sobre o conceito de “amor cortês”, é interessante a definição encontrada em: http://www.galeon.com/projetochronos/chronosmedieval/tristao/tri_mito.htm

Após a leitura do texto acima, serão apresentadas aos alunos várias letras de

músicas atuais que se assemelham às cantigas de amigo – analisaremos mais

detalhadamente composição “Queixa”, de Caetano Veloso¹, que apresenta o eu-lírico

masculino que se coloca praticamente na condição de vassalo, dirigindo-se à amada

através de termos como “Senhora” e “Princesa”. Será demonstrado que o eu-lírico –

assim como o eu-lírico das cantigas de amigo – refere-se a uma mulher que está em

um nível superior ao seu, em uma posição quase que inatingível. As palavras

“Senhora” e “Princesa” remetem ainda à ideia de uma ambientação palaciana, servil.

Na sequência será apresentado através do projetor multimídia o clip da

referida música (disponível em: http://letras.mus.br/caetano-veloso/44767/).

Queixa Um amor assim delicado Você pega e despreza Não devia ter despertado Ajoelha e não reza Dessa coisa que mete medo Pela sua grandeza Não sou o único culpado Disso eu tenho a certeza Princesa, surpresa, você me arrasou Serpente, nem sente que me envenenou Senhora, e agora, me diga onde eu vou Senhora, serpente, princesa Um amor assim violento Quando torna-se mágoa É o avesso de um sentimento Oceano sem água Ondas, desejos de vingança Nessa desnatureza

Batem forte sem esperança Contra a tua dureza Princesa, surpresa, você me arrasou Serpente, nem sente que me envenenou Senhora, e agora, me diga onde eu vou Senhora, serpente, princesa Um amor assim delicado Nenhum homem daria Talvez tenha sido pecado Apostar na alegria Você pensa que eu tenho tudo E vazio me deixa Mas Deus não quer que eu fique mudo E eu te grito esta queixa Princesa, surpresa, você me arrasou Serpente, nem sente que me envenenou Senhora, e agora, me diga onde eu vou Amiga, me diga...

Caetano Veloso

¹ Disponível em: http://letras.mus.br/caetano-veloso/44767/

b) Cantiga de amigo: O eu-lírico é feminino que canta seu amor pelo amigo

(namorado), muitas vezes em um ambiente natural, e muitas vezes em um diálogo

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com sua mãe, suas amigas ou com os elementos da natureza. A figura feminina que as

cantigas de amigo descrevem é, assim, a da jovem que se inicia no universo do amor,

geralmente lamentando a ausência de seu amado, às vezes cantando sua alegria pelo

próximo encontro.

Outra diferença em relação à cantiga de amor é que na cantiga de amigo não

há a relação suserano X vassalo. Ela é uma mulher do povo. Muitas vezes a cantiga de

amigo revela a tristeza da mulher devido à ida de seu amado para a guerra, muito

frequentes na época.

É importante reforçar que a voz, o eu-lírico é feminino, mas quem canta, compõe a cantiga é sempre um homem, até porque não era comum as mulheres da época serem alfabetizadas.

Características:

Eu-lírico feminino;

Predomínio da musicalidade;

Assunto principal: o lamento da moça cujo namorado partiu;

Amor natural e espontâneo;

Amor possível;

Ambientação popular ou urbana;

Exemplo: “Ondas do Mar de Vigo”, de Martin Codax:

Versão original: Ondas do mar de Vigo, se vistes meu amigo? E ai Deus, se verra cedo! Ondas do mar levado, se vistes meu amado? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amigo, o por que eu sospiro? E ai Deus, se verra cedo! Se vistes meu amado, por que ei gram coidado? E ai Deus, se verra cedo

Tradução: Ondas do mar de Vigo, acaso vistes meu amigo? Queira Deus que ele venha cedo! Ondas do mar agitado, acaso vistes meu amado? Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amigo aquele por quem suspiro? Queira Deus que ele venha cedo! Acaso vistes meu amado, por quem tenho grande cuidado? Queira Deus que ele venha cedo!

Realizadas a leitura e a discussão acerca das cantigas de amigo, analisaremos

a letra da música “Sou assim sem você”, de Adriana Calcanhoto², que apresenta um

eu-lírico feminino e retrata a saudade, a solidão e a ausência do amado, tema comum

nas cantigas de amigo.

Os estudantes assistirão ao clip da música através do projetor multimídia

(disponível em: http://letras.mus.br/adriana-calcanhotto/1674596/).

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Sou eu assim sem você Avião sem asa, fogueira sem brasa Sou eu assim sem você Futebol sem bola, Piu-Piu sem Frajola Sou eu assim sem você Por que é que tem que ser assim Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim Amor sem beijinho Buchecha sem Claudinho Sou eu assim sem você Circo sem palhaço, Namoro sem amasso Sou eu assim sem você Tô louco pra te ver chegar Tô louco pra te ter nas mãos Deitar no teu abraço Retomar o pedaço Que falta no meu coração

Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas Pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo Por quê? Por quê? Neném sem chupeta Romeu sem Julieta Sou eu assim sem você Carro sem estrada Queijo sem goiabada Sou eu assim sem você Por que é que tem que ser assim Se o meu desejo não tem fim Eu te quero a todo instante Nem mil alto-falantes vão poder falar por mim Eu não existo longe de você E a solidão é o meu pior castigo Eu conto as horas pra poder te ver Mas o relógio tá de mal comigo Adriana Calcanhoto

² Disponível em: http://letras.mus.br/adriana-calcanhotto/1674596/

c) Cantigas Satíricas

c. 1) Cantiga de escárnio: A sátira, neste tipo de cantiga, era indireta, cheias de

duplo sentido. As cantigas de escárnio definem-se, assim, como sendo aquelas feitas

para falar mal de alguém, por meio de ambiguidades, trocadilhos e jogos semânticos. A

cantiga de escárnio, exigindo unicamente a alusão indireta e velada, para que o

destinatário não seja reconhecido, estimula a imaginação do ouvinte e sugere à

cantiga uma expressão irônica, embora, por vezes, bastante mordaz.

Características:

Crítica indireta, normalmente a pessoa satirizada não é identificada;

Linguagem trabalhada, cheia de sutilezas, trocadilhos e ambiguidades;

Ironia.

Exemplo: “Cantiga de Dona Fea”, de João Garcia Guilharde:

Versão original: Ai, dona fea, fostes-vos queixar que vos nunca louv[o] em meu cantar;

Tradução: Ai, dona feia, foste-vos queixar que nunca vos louvo em meu cantar;

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mais ora quero fazer um cantar em que vos loarei toda via; e vedes como vos quero loar: dona fea, velha e sandia! Dona fea, se Deus mi pardom, pois avedes [a]tam gram coraçom que vos eu loe, em esta razom vos quero ja loar toda via; e vedes qual sera a loaçom: dona fea, velha e sandia! Dona fea, nunca vos eu loei em meu trobar, pero muito trobei; mais ora ja um bom cantrar farei, em que vos loarei toda via; e direi-vos como vos loarei: dona fea, velha e sandia!

mas agora quero fazer um cantar em que vos louvarei de qualquer modo; e veja como quero vos louvar dona feia, velha e maluca! Dona feia, que Deus me perdoe, pois tens tão grande desejo de que eu vos louve, por este motivo quero vos louvar já de qualquer modo; e veja qual será a louvação: dona feia, velha e maluca! Dona feia, eu nunca vos louvei em meu trovar, embora tenha trovado muito; mas agora já farei um bom cantar; em que vos louvarei de qualquer modo; e vos direi como vos louvarei: dona feia, velha e maluca!

A música atual a ser trabalhada/comparada às cantigas de escárnio, por suas

características semelhantes, é uma composição de Zeca Pagodinho³, camada

“Ratatúia”, na qual podemos observar a ironia, a utilização de trocadilhos, a linguagem

trabalhada e a não identificação da pessoa satirizada.

Para o desenvolvimento dessa aula, um clip da música selecionada

(disponível em: http://letras.mus.br/zeca-pagodinho/898074/) será apresentado

através do projetor multimídia.

Ratatúia Parei na dela Montei casa na favela Desfilava com a donzela Que beleza de mulher Lhe dei guarida Não queria outra vida Era minha protegida Era só meu esse filé... Que engano Ela foi se transformando Meu dinheiro estourando Olha onde eu fui parar Com nome sujo Não consigo crediário Eu um pobre operário Ficou ruim de segurar Vacilou!... Vacilou!

Era mãe dela Irmã dela, tia dela Amiga dela, uma cadela E só eu pra sustentar Era uma festa De pagode e a seresta Eu olhava pela fresta Dava medo de entrar Tudo jogado Cerveja pra todo lado Um cheiro de arroz queimado E ela querendo zuar Mandei embora Com a sua ratatuia De chinelo, mala e cuia Vai sujar outro lugar Vacilou!... Vacilou! Me tirou de mané Não pensou.

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Me tirou de mané Não pensou! Vai voltar prá ralé Já tá provado Quem nunca comeu melado Se lambuza até o pé...(Repete)

Vai voltar prá ralé Já tá provado Quem nunca comeu melado Se lambuza até o pé... Zeca Pagodinho

³ Disponível em: http://letras.mus.br/zeca-pagodinho/898074/

c. 2) Cantiga de maldizer: Ao contrário da cantiga de escárnio, a cantiga de

maldizer traz uma sátira direta, às vezes em duplos sentidos. É comum a agressão

verbal às pessoas satirizadas, e muitas vezes, são utilizados até palavrões. O nome das

pessoas satirizadas podem ou não ser revelados neste tipo de cantiga.

Características:

Crítica direta, geralmente a pessoa satirizada é identificada, seja pelo nome

ou pela função que exerce;

Denúncia sobre os excessos cometidos pela nobreza e o clero;

Linguagem agressiva, direta, por vezes obscena;

Zombaria.

Exemplo: “Meu Senhor Arcebispo”, de Diego Pezelho:

Versão original: Meu senhor arcebispo, and' eu escomungado, porque fiz lealdade; enganou-m'i o pecado. Soltade m', ai, senhor, e jurarei, mandado, que seja traedor. Se traiçon fezesse, nunca vo-la diria; mais, pois fiz lealdade, vel por Santa Maria, Soltade m', ai, senhor, e jurarei, mandado, que seja traedor. Per mha malaventura tive um castelo em Sousa e dei-o a seu don' e tenho que fiz gran cousa: Soltade m', ai, senhor, e jurarei, mandado, que seja traedor. Per meus negros pecados, tive um castelo forte e dei-o a seu don', e ei medo da morte.

Tradução: Meu senhor arcebispo, eu estou excomungado, porque fiz lealdade; enganou-me o diabo. Perdoe-me, ai, senhor, e jurarei, mandado, que sou um traidor. Se traição fizesse, nunca vos diria; mas, pois fiz lealdade, juro por Santa Maria, Perdoe-me, ai, senhor, e jurarei, mandado, que sou traidor. Por minha desventura, tive um castelo em Sousa e dei-o à Igreja e creio que fiz grande coisa: Perdoe-me, ai, senhor, e jurarei, mandado, que sou traidor. Per meus negros pecados, tive um castelo forte e dei-o à Igreja, e (pois) tenho medo da morte.

A comparação a ser feita em relação às cantigas de maldizer, entre outras, é

uma composição da banda Titãs4, denominada “Vossa Excelência”, que, a exemplo da

cantiga de Diego Pezelho, faz referências diretas a ocupantes de cargos importantes

que também fazem uso de suas posições para tirar proveito próprio.

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O clip de música dos Titãs (disponível em: http://letras.mus.br/titas/65948/)

será assistido pela turma por meio da utilização do Projetor multimídia.

Vossa Excelência Estão nas mangas Dos Senhores Ministros Nas capas Dos Senhores Magistrados Nas golas Dos Senhores Deputados Nos fundilhos Dos Senhores Vereadores Nas perucas Dos Senhores Senadores... Senhores! Senhores! Senhores! Minha Senhora! Senhores! Senhores! Filha da Puta! Bandido! Corrupto! Ladrão! Senhores! Filha da Puta! Bandido! Senhores! Corrupto! Ladrão!... Sorrindo para a câmera Sem saber que estamos vendo Chorando que dá pena Quando sabem que estão em cena Sorrindo para as câmeras Sem saber que são filmados Um dia o sol ainda vai nascer Quadrado!... Estão nas mangas Dos Senhores Ministros Nas capas Dos Senhores Magistrados Nas golas Dos Senhores Deputados Nos fundilhos Dos Senhores Vereadores Nas perucas Dos Senhores Senadores...

Senhores! Senhores! Senhores! Minha Senhora! Bandido! Corrupto Senhores! Senhores! Filha da Puta! Bandido! Corrupto! Ladrão! Senhores! Filha da Puta! Bandido! Corrupto! Ladrão!... -"Isso não prova nada Sob pressão da opinião pública É que não haveremos De tomar nenhuma decisão Vamos esperar que tudo caia No esquecimento Aí então! Faça-se a justiça!" Sorrindo para a câmera Sem saber que estamos vendo Chorando que dá pena Quando sabem que estão em cena Sorrindo para as câmeras Sem saber que são filmados Um dia o sol ainda vai nascer Quadrado!... -"Estamos preparando Vossas acomodações Excelência!" Filha da Puta! Bandido! Senhores! Corrupto! Ladrão! Filha da Puta! Bandido! Corrupto! Ladrão! Filha da Puta! Bandido! Corrupto! Ladrão! Filha da Puta! Bandido! Corrupto! Ladrão!... Titãs

4 Disponível em: http://letras.mus.br/titas/65948/

Novamente divididos em grupos de, no máximo cinco elementos, os

estudantes deverão produzir um painel com textos e figuras abrangendo um dos

assuntos trabalhados durante o desenvolvimento do projeto.

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Os grupos serão divididos da seguinte maneira:

Grupo 1: História da música;

Grupo 2: A Música atual;

Grupo 3: O Trovadorismo (contexto histórico);

Grupo 4: Os trovadores;

Grupo 5: Cantigas de amor;

Grupo 6: Cantigas de amigo;

Grupo 7: Cantigas de escárnio;

Grupo 8: Cantigas de maldizer;

O material produzido será exposto em local de fácil acesso e com grande

fluxo de pessoas no interior do colégio, para apreciação dos demais componentes da

comunidade escolar.

REFERÊNCIAS:

AMARAL, A. L; O trabalho de grupos: como trabalhar com os diferentes. In: VEIGA, I.

P. A. (Org). Técnicas de ensino: novos tempos, novas configurações. Campinas: Papirus,

2006.

CEREJA, Willian R.; MAGALHÃES, Thereza C., Português: linguagens. São Paulo: Atual,

2005.

FARACO, C. E.; MOURA, F. M. Língua e literatura. Volume único – Ensino Médio. São

Paulo: Ática, 2006.

LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de metodologia

científica. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2005.

MEDEIROS, João Bosco. Redação científica: a prática de fichamentos, resumos,

resenhas. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2004.

MORAIS, M. M. A sala de aula no contexto da educação do século 21. Brasília:

Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 2005.

CONSULTAS À WEB:

Blog Littera Script Litteratura. Primeiro Período Medieval: O Trovadorismo. Disponível

em: <> http://litterascriptalitteratura.blogspot.com.br/2010/10/primeiro-periodo-

medieval-o.html. Acesso em 12 de outubro de 2012.

KURODA, Matheus S. B. Contexto Histórico – Trovadorismo. Disponível em: <>

http://www.youtube.com/watch?v=Gny-S2IYcoI&feature=endscreen&NR. Acesso em

05 de outubro de 2012.

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LIMA, Sílvia. História da música: Disponível em: <>

http://www.youtube.com/watch?feature=fvwp&NR=1&v=u8YjtQleauM. Acesso em:

03 de outubro de 2012.

Portal Amigos do Livro. A História da Língua Portuguesa. Disponível em: <>

http://www.amigosdolivro.com.br/materias.php?cd_secao=436&codant=&friurl=:-Quem-

Somos-:. Acesso em 14 de outubro de 2012.

Portal Só História. Educação, artes e cultura na Idade Média. Disponível em: <>

http://www.sohistoria.com.br/ef2/medieval/p6.php. Acesso em 12 de outubro de

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POTOCAN, Lemos. Trova – Complexa Simplicidade. Disponível em: <>

http://www.compadrelemos.com/visualizar.php?idt=1027207. Acesso em 10 de junho

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SARMENTO, Dimitri. Introdução ao Trovadorismo – vídeo aula.vmv. Disponível em: <>

http://www.youtube.com/watch?v=bnbDRTdO8kc Acesso em 05 de outubro de 2012.

SILVA, Ivaneide D. Como preparar e apresentar seminários. Disponível em: <>

http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/como-

preparar-apresentar-seminarios-oralidade-547498.shtml. Acesso em 08 de outubro de

2012.

VALÉRIO, João. História da música - animação: Disponível em: <>

http://www.youtube.com/watch?v=lCBocElXEso>. Acessado em: 03 de outubro de

2012.

WERNECK, Hamilton. Como preparar um seminário. Disponível em: <>

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em 08 de outubro de 2012.

MÚSICAS UTILIZADAS:

Música – Queixa – Caetano Veloso. Disponível em <> http://letras.mus.br/caetano-

veloso/44767/. Acesso em 19 de outubro de 2012.

Música – Ratatúia – Zeca Pagodinho. Disponível em <> http://letras.mus.br/zeca-

pagodinho/898074/. Acesso em 22 de outubro de 2012.

Música – Sou assim sem você – Adriana Calcanhotto. Disponível em <>

http://letras.mus.br/adriana-calcanhotto/1674596/. Acesso em 19 de outubro de

2012.

Música – Vossa Excelência – Banda Titãs. Disponível em <>

http://letras.mus.br/titas/65948/. Acesso em 22 de outubro de 2012.