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PLANO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DO TURISMO SUSTENTÁVEL – EMBU DAS ARTES/SP – PROGNÓSTICO DE INFRAESTRUTURA 2016 Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável– (PDITS) – Embu das Artes/SP Produto 04 – Prognóstico de Infraestrutura

Produto 04 Prognóstico de Infraestrutura - Prefeitura de Embu das Artes 4... · 3.1.3. [A.3.] Reestruturação do Transporte Público..... 58 3.1.4. [A.4.] Reestruturação viária:

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Plano de Desenvolvimento Integrado do Turismo Sustentável– (PDITS) – Embu das Artes/SP

Produto 04 – Prognóstico de Infraestrutura

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Dilma Vana Rousseff – Presidente

Michel Miguel Elias Temer – Vice-Presidente

MINISTÉRIO DO TURISMO

Henrique Eduardo Alves – Ministro

SECRETARIA NACIONAL DE ESTRUTURAÇÃO DO TURISMO

Edson José Trentin Tibério – Secretário

SECRETARIA NACIONAL DE QUALIFICAÇÃO E PROMOÇÃO DO TURISMO

Hercy Ayres Rodrigues Filho – Secretário

DEPARTAMENTO DE FORMALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO NO TURISMO

Aparecida Borges Bezerra - Diretora

DEPARTAMENTO DE MARKETING E APOIO À COMERCIALIZAÇÃO

Márcio Nascimento - Diretor

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PREFEITURA MUNICIPAL DE EMBU DAS ARTES - SP

Francisco Nascimento de Brito (Chico Brito) – Prefeito Municipal

Nataniel da Silva Carvalho – Vice Prefeito

Francisco Iderval Teixeira Júnior – Chefe De Gabinete

Reginaldo Pires Gomes (Régis Pires) – Secretário Interino de Turismo

Roberta Santos – Secretária de Assistência Social, Trabalho e Qualificação

Profissional

Valdir Luis Barbosa – Secretário de Assuntos Estratégicos

Alcinei Miranda Feliciano– Secretário de Assuntos Jurídicos

João Honório da Silva – Secretário da Companhia Pública Pró-Habitação

Cristina Santos – Secretária de Comunicação Social

Maria Emília dos Santos – Secretária de Controladoria Geral Do Municipio

Alan Ricardo Martins Leão – Secretário de Cultura

Paulo Vicente dos Reis – Secretário de Educação

Paulo Oliveira da Silva – Secretário de Esportes E Lazer

Marcos Rosatti – Secretário De Gestão de Pessoas E Modernização Administrativa

Edson Bezerra Ferreira – Secretário de Gestão Democrática

José Roberto Jorge – Secretário de Gestão Financeira

Paulo Giannini – Secretário De Governo

José Ovídio Peres Ramos – Secretário De Meio Ambiente E Desenvolvimento

Urbano

Nelson José Pedroso – Secretário de Obras, Edificações E Orientação Urbana

Sandra Magali Fihlie – Secretária de Saúde

Clóvis Cabral – Secretário de Serviços Públicos E Limpeza Urbana

Francisco Carlos Pereira – Secretário de Trânsito E Transporte

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COORDENAÇÃO DOS TRABALHOS

Reginaldo Pires Gomes (Régis Pires) - Secretário Interino de Turismo

COLABORADORES

Ana Ferreira Vieira – Agente Municipal

Fábio Penteado Silva Leite – Comissionado

Fábio Luiz Caldeira – Analista de Turismo

Luana Janaina de Andrade – Coord. de Comunicação da Sec. de Turismo

Sheila Trentini de Jesus – Assistente Técnico Administrativo

Moacyr A. Calil Júnior – Coordenador da Feira de Artes

Conselho Municipal de Turismo – Comtur

Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano – SEMADU

Secretaria de Comunicação Social

EQUIPE JK TURISMO CONSULTORIA E PLANEJAMENTO

Thiago Ferrarezi – Administrador da Empresa JK Turismo C. P.

Eduardo Neri – Engenheiro Civil

Caroline Brandão – Turismóloga

Jherlfry Silva – Estatístico

Luiz Fernando Pena – Psicólogo e Agente Cultural

Pâmela Santos – Jornalista

Thiago B. Araujo – Engenheiro Ambiental

Beatriz Francisco – Arquiteta e Urbanista

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SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS ............................................................................................................................................ 6

LISTA DE GRÁFICOS .......................................................................................................................................... 7

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................................................ 8

LISTA DE MAPAS .............................................................................................................................................. 9

1. APRESENTAÇÃO......................................................................................................................................10

2. TURISMO COMO ATIVIDADE HUMANA ..................................................................................................12

3. PLANEJAMENTO DO TURISMO ...............................................................................................................15

4. TURISMO NO BRASIL E NO MUNDO .......................................................................................................18

4.1. PANORAMA MUNDIAL DO TURISMO ................................................................................................. 18 4.2. GASTOS NO EXTERIOR ......................................................................................................................... 22 4.3. OS DESAFIOS DO BRASIL ...................................................................................................................... 26

5. TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO ....................................................................................................30

5.1. PRINCIPAIS NÚMEROS DO ESTADO DE SÃO PAULO ............................................................................. 34 5.2. REGIONALIZAÇÃO DO TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO ............................................................. 35 5.3. EMBU DAS ARTES NO ESTADO DE SÃO PAULO .................................................................................... 39

6. ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS DE EMBU DAS ARTES ........................................................................41

6.1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO .................................................................................................................. 41 6.2. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA ........................................................................................................... 42 6.3. SÍMBOLOS MUNICIPAIS ....................................................................................................................... 43

6.3.1. Brasão ......................................................................................................................................... 43

7. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS .......................................................................................................................45

8. METODOLOGIA .......................................................................................................................................49

8.1. PROGRAMA: ACESSOS ......................................................................................................................... 51 3.1.1. [A.1.] Pavimentação da Estrada Taji Takahashi ............................................................................... 52 3.1.2. [A.2.] Revitalização do calçamento do perímetro do Centro Histórico ............................................ 55 3.1.3. [A.3.] Reestruturação do Transporte Público .................................................................................... 58 3.1.4. [A.4.] Reestruturação viária: Estrada dos Orquidófilos .................................................................... 60 3.1.5. [A.5.] Estruturação dos Acessos via Rodovia Régis Bittencourt ....................................................... 62

8.2. PROGRAMA: REFORMA ......................................................................................................................65

8.2.1. [A.6.] Reestruturação da Praça do Coreto no Largo 21 de Abril ............................................... 66 8.2.2. [A.7.] Requalificação do Parque do Lago Francisco Rizzo ......................................................... 70 8.2.3. [A.8.] Readequação dos Portais da Cidade ................................................................................ 72 8.2.4. [A.9.] Requalificação urbana da Praça Elízia Cachoeira ............................................................ 74

8.3. PROGRAMA: EDIFICAÇÃO ...................................................................................................................76

8.3.1. [A.10.] Estacionamento próximo ao circuito turístico principal ................................................ 77 8.3.2. [A.11.] Mirante - Praça Profª Deise Zenaro Nogueira ............................................................... 78 8.3.3. [A.12.] Centro de Integração Esportiva ...................................................................................... 80 8.3.4. [A.13.] Implementação da 2ª etapa do Projeto Parque Várzea do Rio Embu-Mirim ............... 81 8.3.5. [A.14.] Parque Linear Centro Histórico ...................................................................................... 84

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................................................85

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...........................................................................................................86

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 - BRASÃO DE EMBU. .................................................................................................................. 43

FIGURA 2 - ESTRADA TAJI TAKAHASHI, ALTURA DO Nº 450 ......................................................................... 53

FIGURA 3 - ACESSO INSTITUTO PORTUCALE DE CERÂMICA LUSO BRASILEIRA ............................................. 53

FIGURA 4 - INSTITUTO PORTUCALE DE CERÂMICA LUSO BRASILEIRA .......................................................... 54

FIGURA 5 - RUA BELO HORIZONTE, SENTIDO LARGO 21 DE ABRIL .............................................................. 56

FIGURA 6 - RUA DA MATRIZ ...................................................................................................................... 56

FIGURA 7 - ABRIGO DE ESPERA DE ÔNIBUS; REGIÃO CENTRAL. ................................................................. 59

FIGURA 8 - PONTO DE ONIBUS SEM ABRIGO; RUA LUIS ALMEIDA DE CARVALHO .......................................... 59

FIGURA 9 - ESTRADA DOS ORQUIDÓFILOS, TRECHO RURAL. ....................................................................... 62

FIGURA 10 - CORETO, LARGO 21 DE ABRIL .............................................................................................. 67

FIGURA 11 - LARGO 21 DE ABRIL .............................................................................................................. 68

FIGURA 12 - LARGO 21 DE ABRIL .............................................................................................................. 69

FIGURA 13 - PARQUE DO LAGO FRANCISCO RIZZO .................................................................................... 71

FIGURA 14 - PARQUE LAGO FRANCISCO RIZZO ......................................................................................... 71

FIGURA 15 - PORTAL CAPUAVA ................................................................................................................ 73

FIGURA 16 - PRAÇA ELÍZIA CACHOEIRA .................................................................................................... 75

FIGURA 17 - VISTA DO MIRANTE ............................................................................................................... 79

FIGURA 18 - PRAÇA PROFª DEISE ZANARO NOGUEIRA ............................................................................... 79

FIGURA 19 - PROJETO DO PARQUE VAZER DO RIO EMBU MIRIM ................................................................. 82

FIGURA 20 - DECK DO PARQUE VARZEA DO RIO EMBU MIRIM, 1ª FASE....................................................... 82

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LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 – FLUXO TURÍSTICO NAS AMÉRICAS. ....................................................................................... 20

GRÁFICO 2 - CHEGADAS AO BRASIL 2006 – 2013 ..................................................................................... 22

GRÁFICO 3 - AVALIAÇÃO DA INFRAESTRUTURA .......................................................................................... 27

GRÁFICO 4 - AVALIAÇÃO DOS SERVIÇOS TURÍSTICOS ................................................................................ 27

GRÁFICO 5 - AVALIAÇÃO GERAL. .............................................................................................................. 28

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – FLUXO TURÍSTICO NO MUNDO. ............................................................................................... 19

TABELA 2 – FLUXO TURÍSTICO DE CHEGA NO BRASIL. ............................................................................... 24

TABELA 3 – GASTO MÉDIO DE TURISTAS ESTRANGEIROS DURANTE A COPA DO MUNDO2014. ..................... 28

TABELA 4 – ESTIMATIVA DO MOVIMENTO DE PASSAGEIROS NOS AEROPORTOS DO ESTADO DE SÃO PAULO EM

2014. .............................................................................................................................................. 31

TABELA 5 - QUADRO GERAL DE AÇÕES ..................................................................................................... 50

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LISTA DE MAPAS

MAPA 1 – REGIÕES TURÍSTICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO. .................................................................... 37

MAPA 2 – CIRCUITOS TURÍSTICOS DO ESTADO DE SÃO PAULO. ................................................................. 38

MAPA 3 – ZOOM DO MAPA 2, COM DESTAQUE PARA MRT CAPITAL EXPANDIDA E O MUNICÍPIO DE EMBU DAS

ARTES. ............................................................................................................................................ 40

MAPA 4 - LOCALIZAÇÃO DE EMBU. ............................................................................................................ 45

MAPA 5 – MUNICÍPIOS LIMÍTROFES A EMBU. .............................................................................................. 48

MAPA 6 - PERÍMETRO CENTRO HISTÓRICO................................................................................................ 57

MAPA 7 - ESTRADA DOS ORQUIDÓFILOS ................................................................................................... 61

MAPA 8 - LOCALIZAÇÃO DE EMBU DAS ARTES ........................................................................................... 63

MAPA 9 - BR 116: RODOVIA RÉGIS BITTENCOURT .................................................................................... 64

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1. APRESENTAÇÃO

O Prognóstico de Infraestrutura Turística é um instrumento que propõe

mensurar e estruturar a oferta turística do município de Embu das Artes. Conforme o

Plano Nacional de Turismo proveniente da Política Nacional do Turismo – Lei

11.771/08, fomentar a infraestrutura turística permite a expansão da atividade assim

como qualifica a experiência do turista e da população da região. Baseando-se nos

objetivos do PDITS e nos principais pontos diagnosticados nas etapas anteriores, as

ações discorridas nesta fase prenunciam o desenvolvimento da infraestrutura

turística da cidade.

Para a elaboração do prognóstico, é necessário definir os objetivos que se

pretende alcançar no futuro, estabelecer as metas que se pretende atingir, pontuar

as estratégias para atingir esses objetivos, estudar a viabilidade de cada estratégia e

por fim avaliar e escolher a melhor maneira de realizar a estratégia proposta. Dessa

forma, têm-se como resultado final as projeções futuras de intervenção, visando

minimizar riscos e promover oportunidades.

Cada ação constante neste prognóstico tem por objetivo qualificar a

infraestrutura turística do município, adequando-a para a expansão da atividade e

melhoria dos produtos e serviços ofertados. Através dos processos deste

planejamento as ações devem ser implantadas por meio de intervenções públicas

integradas, de forma que o turismo venha a constituir uma ferramenta eficaz de

desenvolvimento sustentável na cidade.

As vantagens do prognóstico turístico podem incluir benefícios importantes,

além da definição dos objetivos e como alcançá-los, desenvolver e manter os

recursos naturais e culturais, esforços para o desenvolvimento coordenado, provisão

de uma estrutura física que oriente o desenvolvimento da atividade, implementação

efetiva da política de desenvolvimento do turismo, entre outros.

Apesar de possuir uma infraestrutura turística consolidada o município de

Embu das Artes deve pautar a orientação de seu desenvolvimento de maneira

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conjunta, para que o desenvolvimento urbano populacional esteja em consonância

com a atividade turística. Para Lynch (2007, p.111) “a qualidade de um local se deve

ao efeito conjunto do local e da sociedade que o ocupa. ” A infraestrutura urbana,

deve fazer parte de todo o planejamento para o desenvolvimento da atividade

turística, sendo uma das principais etapas no processo. Portanto, fomentar o

desenvolvimento turístico está intrinsecamente ligado ao desenvolvimento urbano.

Ignarra (2003,p.21) identifica a importância da infraestrutura geral como parte

do produto turístico, que somados aos atrativos turísticos, serviços turísticos e os

serviços urbanos de apoio ao turismo compõem os atrativos que motivam a

atividade turística. Segundo Ignarra, a infraestrutura geral pode ser definida como:

“(...) são elementos essenciais à qualidade de vida das comunidades e que

beneficiam completamente os turistas ou os empreendimentos turísticos.

Embora não sejam implantados para beneficiar exclusivamente os turistas,

podem contribuir para a qualidade do produto turístico. Fazem parte desta

infraestrutura básica os seguintes elementos: vias de acesso, saneamento

básico, rede de energia elétrica, comunicações, sinalização turística e

iluminação pública, entre outros.”

As ações que compõe o prognóstico de infraestrutura turística servirão de

instrumento orientador para atuação dos responsáveis visando primordialmente o

desenvolvimento turístico da região. Destaca-se a importância de que não são

desenvolvidos aqui projetos para as propriedades particulares, e sim a infraestrutura

pública necessária para fomento da atividade turística. Estas diretrizes devem servir

como um mapa do planejamento estratégico para implantação dos projetos.

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2. TURISMO COMO ATIVIDADE HUMANA

Desde as mais antigas civilizações, muitos foram os estímulos que levaram o

homem a ir além de suas fronteiras. Pode-se perceber que o turismo, por meio de

seu desenvolvimento histórico, se iniciou quando o homem passou a se locomover

para lugares até então desconhecidos. Inúmeras foram às motivações que levaram

as pessoas a explorarem outros territórios, como: motivação econômica – viajavam

em busca de novas terras, que lhes possibilitassem ocupar, utilizar e comercializar

seus produtos com outros povos; motivação religiosa – para visitarem novos

templos, conquistar novos discípulos e até mesmo alcançarem a cura de uma

doença.

Entretanto, foi no Império Romano que se acharam alguns Registros das

primeiras viagens com intuito de lazer, nos quais os indivíduos viajavam quilômetros,

por dias, apenas para visitar grandes templos ou para relaxar tomando banhos

medicinais. Já na Idade Média, período entre o século V ao XV, o principal

deslocamento resumia-se às peregrinações. Muitos monastérios foram erguidos

para servirem de abrigo aos peregrinos („turistas‟). Os principais destinos: Terra

Santa de Jerusalém, Roma e o início das peregrinações ao túmulo de Tiago (um dos

discípulos de Jesus Cristo) – que se transformaria futuramente no caminho de

Santiago de Compostela, na Espanha.

Os séculos XV e XVI foram marcados pelas grandes navegações. Estas não

encontraram limites, sendo intensas explorações em alto mar. O Brasil, por exemplo,

iniciou sua história no turismo, com o seu próprio descobrimento. Foram muitos os

países que enviaram seus navegadores para explorar as costas brasileiras.

O turismo neoclássico (Grand Tour) também tem início no século XVI, período

onde os jovens (homens) da classe privilegiada, acompanhados de seus professores

particulares, realizavam viagens pela Europa, com o objetivo de conhecer novas

culturas, línguas e obter novos conhecimentos. Normalmente viajavam de navio, a

cavalo, em lombo de burro e a pé. De acordo com BARRETO (2001), a ideia era que

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esses jovens “adquirissem experiência de vida, firmeza de caráter e preparação para

a guerra”, pois, muitos “viriam a exercer cargos na classe dirigente, civil ou militar”.

Nos séculos XVIII e XIX, período da Revolução Industrial, o avanço nos meios

de transportes se desenvolveu aceleradamente e novas fontes de energia

começaram a surgir. No início, o barco a vapor passou a ser o meio de transporte

mais seguro, rápido e com maior capacidade de carga e passageiros que existia.

Deste modo iniciou-se um grande intercâmbio turístico, principalmente entre a

Europa e os demais continentes. As ferrovias também foram as que mais

proporcionaram deslocamentos a grandes distâncias.

Em 1841, Thomas Cook, organizou uma viagem de trem para 570

passageiros na Inglaterra. Na história do turismo sua empresa é considerada a

primeira agência de viagens do mundo, a “Thomas Cook and Son” (IGNARRA,

2002).

Neste mesmo período os trabalhadores passavam cerca de 80 horas

semanais nas indústrias têxteis em pleno trabalho. Com a indignação dos mesmos e

a união da classe, os operários iniciaram uma série de movimentos em reivindicação

aos seus direitos, conquistando a regulamentação trabalhista, assegurada por leis.

A primeira constituição do mundo que dispõe sobre o direito do trabalho é a

do México de 1917, que garantia jornada diária de 8 horas, descanso semanal,

igualdade salarial, regulamentação do trabalho feminino, extinção do trabalho infantil

e salário mínimo. Após esse acontecimento, outros países seguiram o exemplo,

como: Alemanha, Itália, Espanha, Portugal, Brasil e outros. O direito do trabalho se

consolidou como uma necessidade social e as leis trabalhistas surgiram como uma

forma de regulamentar as relações de trabalho que se desenvolveram nos meios

econômicos de produção de bens e prestação de serviços. (MASCARO, 2001)

Estes direitos trouxeram às pessoas a disponibilização de tempo livre e

recursos financeiros para viajar. Inicia-se, então, uma nova fase para o turismo,

onde as pessoas têm como direito garantido o tempo livre.

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Diante deste panorama histórico percebe-se que o turismo é um fenômeno

social, totalmente ligado às ações do ser humano, uma vez que estes são os

principais consumidores e fortalecedores de todos os mecanismos com que a

atividade está ligada. Por meio dele, pode-se ter acesso às mais diferentes

paisagens, culturas e infraestruturas.

Segundo Trigo (2000, p.12), o turismo é “uma atividade humana intencional

que serve como meio de comunicação e como elo de interação entre os povos, tanto

dentro como fora de um país”. Por isso, todas as pessoas precisam ter acesso

garantido a esta atividade, que tanto tem a acrescentar ao ser humano.

Na Conferência de Manila, em 1980, o turismo ficou reconhecido como um

instrumento de desenvolvimento da personalidade humana, deixando como dever

aos países criarem para seus cidadãos condições a práticas de acesso efetivo e

sem discriminação a este tipo de atividade (DIAS, 2003).

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3. PLANEJAMENTO DO TURISMO

O planejamento está presente no cotidiano das pessoas, seja em casa ou no

trabalho; sempre se está articulando alguma ideia e/ou ação a fim de organizar o

futuro, sendo sobre essa ótica que a maioria dos autores define o planejamento.

No turismo o planejamento se torna um instrumento de ação imprescindível,

considerando que se consolidou como uma das atividades socioeconômicas mais

importantes do século XXI. Nota-se que ainda existe uma grande carência de

planejamento no turismo, uma vez que a maioria das destinações, principalmente no

Brasil, surgiu de forma espontânea, ou seja, sem um planejamento adequado,

gerando como consequência muitos problemas às localidades receptoras.

Para Ignarra (1990 apud SANTOS, 2003, p. 2):

[...] o planejamento é um processo contínuo de tomada de decisões, onde

se prevê o curso dos acontecimentos e a situação futura desejada. Assim,

deve ser sistemático e flexível para que se atinjam os objetivos

determinados, tornando um processo lógico de pensamento, onde se

aborda racionalmente e cientificamente os problemas identificados ao se

analisar a realidade.

Algo importante a se destacar é que o planejamento necessita ser um

processo em constante revisão, pois é por meio desta que ações lógicas e

sustentáveis podem ser traçadas. Quando se opta em agir desta forma, todos os

envolvidos neste grande fenômeno, que é o turismo, acabam se fortalecendo.

Para Ruchsmann (1999, p. 9) “a finalidade do planejamento turístico consiste

em ordenar as ações do homem sobre o território e ocupa-se em direcionar a

construção de equipamentos e facilidades de forma adequada”.

O espaço turístico é um tema que não pode deixar de ser discorrido quando o

assunto é planejamento aplicado ao turismo.

A atividade turística utiliza obrigatoriamente o espaço físico, ou seja,

aproveita-se dos espaços existentes sobre a superfície terrestre. Um dos aspectos

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mais importantes do planejamento é como organizar as ações do homem sobre

esses espaços.

Boullón (2002, p. 75) afirma que “o planejamento maneja sete tipos diferentes

de espaço físico: o real, potencial, cultural, natural adaptado (rural), artificial, natural

virgem e vital”. Reduzindo as possibilidades de aplicação do planejamento físico às

mais gerais, pode-se dizer que são duas: planejamento do espaço natural e

planejamento do espaço urbano.

O espaço natural é aquele onde podem ser encontrados vestígios da natureza

virgem, ou seja, todos os ecossistemas preservados e conservados. Já o espaço

urbano é aquele em que o homem construiu suas cidades, sendo possível encontrar

uma infraestrutura comercial, industrial, financeira e cultural simples ou complexa.

Boullón (2002, p. 66 e 67) acrescenta ainda que:

[...] o patrimônio turístico de um país é determinado a partir da integração de

quatro componentes: os atrativos turísticos (matéria-prima), o

empreendimento turístico (equipamentos e instalações), a infraestrutura

(recursos de apoio e aparato produtivo) e a superestrutura (subsistema

organizacional e recursos humanos disponíveis para operar o sistema).

O espaço turístico é consequência da presença e distribuição territorial dos

atrativos turísticos, ou seja, ele é detectado pelo agrupamento e concentrações de

atrativos e empreendimentos turísticos que saltam à vista. Podem ser relacionados

devido ao seu tamanho e distribuição na superfície, como: zonas, áreas, complexos,

unidades, núcleos, conjuntos e corredores turísticos (BOULLÓN, 2002).

Somente por meio de um planejamento bem elaborado e a participação ativa

da comunidade é que o turismo se desenvolve com sucesso dentro de um

determinado local ou área, portanto:

O turismo é um consumidor intensivo de território e, portanto deve-se planejar

seu desenvolvimento numa ótica que aponte claramente quais objetivos econômicos

se deseja alcançar, quais espaços devem ser protegidos e qual a identidade que

será adquirida ou fortalecida (DIAS, 2003, p.37).

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Independentemente do lugar, o turista será o interpretador do espaço, é ele

que captará a beleza de onde está visitando e é por isso que estes ambientes

necessitam ser planejados para recebê-los, uma vez que garantirá “uma

permanência mais longa do visitante e uma maior satisfação em sua estada” (ROSE,

2002, p. 41).

Dentro das esferas governamentais, sejam elas em nível nacional, estadual

e/ou local, o planejamento do uso dos espaços básicos para o desenvolvimento do

turismo, deve ser uma premissa essencial, para que os recursos naturais e artificiais

sejam ofertados de forma sustentável.

Segundo Rose (2002, p. 25):

[...] a falta de planejamento adequado na utilização dos recursos [...] de uma

destinação turística poderá acarretar, a médio prazo, no esgotamento

destes recursos, que, na maioria dos casos, são irrecuperáveis,

inviabilizando a comercialização e, consequentemente, acarretando o

abandono do local por parte da demanda.

Para que o turismo se desenvolva sustentavelmente, ou seja, em harmonia

com os ambientes sociais, econômicos, culturais e naturais de uma localidade, o

planejamento necessita ser uma ferramenta em constante uso e revisão, para que

fortaleça o turismo e diminua os impactos negativos dentro da comunidade onde foi

ou será inserido.

Uma ação mal planejada em um determinado lugar pode afetar outro em

consequência, por isso, “o planejamento turístico deve abranger não apenas um

recurso (ou localidade), mas também o seu entorno, baseando seus estudos e

propostas além de limites políticos ou administrativos” (RUCHSMANN, 1999, p. 87).

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4. TURISMO NO BRASIL E NO MUNDO

4.1. PANORAMA MUNDIAL DO TURISMO

O Turismo vem ganhando importância crescente em todo o mundo, em

virtude do seu papel relevante no desenvolvimento econômico e social, gerando

renda e empregos diretos e indiretos. É uma atividade de demanda, associada ao

consumo, sendo seu desempenho fortemente influenciado pelo crescimento no nível

de renda dos consumidores efetivos dos demandantes potenciais.

São milhares de pessoas indo de um lugar para outro do mundo, utilizando-se

dos mais variados meios de transportes, ou seja, carro, ônibus, trem, navio e,

principalmente, avião. Turismo de lazer, negócios e eventos, assim como visita a

amigos e parentes são os principais motivos que levam ao desenvolvimento da

atividade turística nos mais variados países, estados ou cidades.

No mundo, o turismo movimenta em receitas cambiais algo em torno de

US$919bilhões, segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT). Como

aquecimento da economia mundial nos últimos anos, verificou-se que o fluxo

internacional de turistas vem crescendo significativamente.

Segundo a OMT o turismo mundial em 2013 teve um aumento significante de

pessoas viajando para o exterior. A chegada de turistas internacionais aumentou 5%

em todo o mundo, alcançando um novo recorde de 1,087 bilhão de pessoas.

Viajaram 52 milhões de turistas internacionais a mais do que no ano anterior.

Considerando fatores econômicos, humanos, tecnológicos e culturais, o

turismo abrange um volume financeiro mundial superior a US$7 trilhões, um

crescimento médio de 4% ao ano e um fluxo de 880 milhões de viagens (WTTC,

OMT,2009). Estudos preveem um fluxo de 1,3bilhão de turistas internacionais para

2020. O setor turístico demonstrou uma notável capacidade de adaptação às

condições instáveis dos mercados, assim como para impulsionar o crescimento e a

criação de emprego em todo o mundo, apesar dos desafios econômicos e

geopolíticos.

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Tabela 1 – Fluxo Turístico no Mundo.

Fonte: Organização Mundial do Turismo – OMT.

Pelo mundo, observa-se uma recuperação dos dados relacionados ao

desempenho da atividade turística dos países. Em 2013 observou um crescimento

acompanhado por uma tendência de descentralização do fluxo turístico.

No turismo mundial o destaque vai para a Europa que liderou o crescimento

em valores absolutos, acolhendo mais de 29 milhões de turistas internacionais, para

um total de 563 milhões, tendo-se verificando um crescimento de 5% e o dobro da

média da região para o período entre 2005 e 2012. Em termos relativos, o

crescimento foi mais forte na Ásia e no Pacífico (6%), onde o número de turistas

internacionais cresceu 14 milhões, para chegara 248 milhões. As Américas (4%)

Regiões e sub-regiões Turistas (milhões de chegadas)

2008 2009 2010 2011 2012 2013

Mundo 916,6 882,1 950,1 996,0 1.035,5 1.086,9

Europa 485,2 461,6 486,6 516,8 534,4 563,5

Europa do Norte 60,8 56,0 63,8 64,8 65,1 68,9

Europa Ocidental 153,2 148,5 154,3 161,1 166,5 174,3

Europa Central/Oriental 100,0 92,6 95,0 103,9 111,6 118,9

Europa Meridional/Mediterrâneo 171,2 164,5 173,5 187,0 191,2 201,4

Ásia e Pacífico 184,1 181,1 205,1 218,3 233,6 248,1

Ásia Nordeste 100,9 98,0 111,5 115,8 122,8 127,0

Ásia Sudeste 61,8 62,1 70,0 77,3 84,6 93,1

Oceania 11,1 10,9 11,6 11,7 12,1 12,5

Ásia Meridional 10,3 10,1 12,0 13,5 14,1 15,5

Américas 147,8 140,7 150,3 156,5 163,0 167,9

América do Norte 97,7 92,1 99,3 102,1 105,9 110,1

Caribe 20,1 19,6 19,5 20,1 21,0 21,2

América Central 8,2 7,6 7,9 8,3 8,9 9,2

América do Sul 21,8 21,4 23,6 26,0 27,2 27,4

África 44,3 45,9 49,9 49,5 52,5 55,8

África do Norte 17,1 17,6 18,8 17,1 18,5 19,6

África Subsaariana 27,2 28,3 31,1 32,4 34,0 36,2

Oriente Médio 55,2 52,8 58,2 54,9 52,0 51,6

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tiveram um aumento de seis milhões de chegada, para um total de 169 milhões,

enquanto a África também Registrou um crescimento de 6%, com mais 3 milhões de

chegadas, para um número recorde de 56 milhões.

De acordo com os dados do Barômetro Mundial de Turismo, entre os10

mercados emissores mais importantes do mundo, destacou-se a China, com os

chineses a gastarem 102 mil milhões de euros, o que se traduziu em mais 28%,e a

Rússia, onde os gastos aumentaram 26%.

O desempenho do turismo na América Latina em 2013 foi menor do que em

2012, embora tenha apresentado leve crescimento. Nos primeiros nove meses de

2013 o crescimento da América do Sul foi de 2% e da América Central de 3%.

Gráfico 1 – Fluxo Turístico nas Américas.

Os indicadores mostram que o cenário econômico mundial está beneficiando

os mercados avançados, sobretudo a Europa, que cresceu 6% no período, enquanto

que a América Latina passou a figurar entre os emissores mundiais de turistas e

também entre os mercados que mais gastam em viagens (Brasil +15%).

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Na área de eventos, Brasil, Argentina e México se destacam no ranking da

ICCA, assim como as cidades de Buenos Aires, Rio de Janeiro e São Paulo. A

realização do Mundial de Futebol da FIFA em 2014 aumentou a visibilidade

internacional não somente para o Brasil, mas para muitos países da região.

O desempenho da indústria de viagens e turismo na América Latina mostra a

importância desse negócio para a economia dos países, contribuindo com 3,2% do

PIB e gerando cerca de 3% dos postos de trabalho da região (WTTC, 2013). A

melhoria do ambiente de negócios e do desempenho do setor passa pelas

condições econômicas e a realização de políticas que possam dinamizar o turismo,

e ao mesmo tempo pela evolução e dinamização das redes de negócios que as

empresas criam em torno do setor.

No Brasil, houve um crescimento ainda maior na chegada de turistas do que a

média mundial. No entanto, o gasto de estrangeiros no Brasil medido em dólares

cresceu pouco, já que com a forte desvalorização do real ao longo de 2013 os

estrangeiros precisaram de menos dólares para atender as mesmas necessidades.

O Brasil em 2013 recebeu aproximadamente 6 milhões de turistas, um

aumento de 5,6% no número de chegadas de estrangeiros em relação a 2012. Esse

índice também é superior ao de toda região das Américas – que recebeu 3,6%

turistas a mais em 2013, na comparação com o ano anterior. Apesar do crescimento

de no mínimo 5,6% no número de chegadas de pessoas ao país, o gasto dos

turistas medido em dólares subiu apenas 0,8% no ano. A forte valorização do dólar e

do euro frente ao real é um dos motivos. O dólar começou 2013 cotado a R$ 2,04, e

fechou cotado a R$ 2,35. A moeda americana se fortaleceu 16% ao longo do ano. A

mudança cambial faz com que os turistas possam consumir os mesmos bens e

serviços em reais com menos dólares.

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Gráfico 2 - Chegadas ao Brasil 2006 – 2013

Fonte: Departamento de Polícia Federal e Ministério do Turismo.

4.2. GASTOS NO EXTERIOR

Os brasileiros que fizeram turismo no exterior passaram a gastar 14,2% a

mais. Isso fez com que os brasileiros ganhassem uma posição no ranking da OMT

de turistas que mais gastam dinheiro.

O país ultrapassou Cingapura e ocupa agora a 11ª posição – atrás de China,

Estados Unidos, Alemanha, Grã-Bretanha, Rússia, França, Canadá, Japão, Austrália

e Itália. O relatório da OMT destaca o forte crescimento de gastos de chineses e

russos com turismo no exterior. Pelo quarto ano consecutivo, o consumo de

chineses no exterior cresceu mais que 25%. A previsão da OMT é que esse

percentual fique acima de 30% em 2013. Os chineses lideram com folga os gastos

de turistas no mundo – foram US$ 102 bilhões em 2012. Naquele ano, os

americanos – que ocupam o segundo lugar no ranking – gastaram US$ 83,5

milhões. Em três anos, os turistas russos pularam da 10ª para a 5ª posição no

ranking, sempre gastando mais que 20% em relação ao ano anterior.

A Europa segue sendo o destino favorito dos turistas – 51,8% das pessoas

(ou 563 milhões de pessoas) que viajaram em 2013 foram para o continente

-

1.000.000

2.000.000

3.000.000

4.000.000

5.000.000

6.000.000

7.000.000

2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014

Chegadas ao Brasil 2006 - 2013

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europeu. Mas a região que Registra o maior crescimento nos últimos anos é o

Sudeste Asiático. Em 2013, mantendo a média dos últimos anos, países como a

Tailândia, Indonésia e Malásia atraíram 10% a mais de estrangeiros do que no ano

anterior. A OMT prevê que em 2014 o número de pessoas viajando para o exterior

continuará crescendo – mas em um ritmo mais lento do que o de 2013, entre 4 e

4,5%.

As tendências de mercado destacam a importância da tecnologia para

impulsionar vendas e melhorar a experiência dos turistas nos destinos; a

diversificação de produtos e sua adaptação à demanda como um dos fatores de

atratividade de visitantes; as promoções e o custo das viagens como determinantes

na hora da compra de viagens; a clareza cada vez mais destacada da importância

dos comentários dos turistas sobre suas experiências como influenciador de fluxos;

e a utilização de telefones e tablets, como verdadeiros guias de todas as horas em

todos os lugares.

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Tabela 2 – Fluxo Turístico de Chega no Brasil.

Principais países

emissores

Chegadas de turistas

2009 2010 2011 2012 2013

Total Participação %

Posição Total Participaç

ão % Posiçã

o Total

Participação %

Posição

Total Participação %

Posição

Total Participação %

Posição

Total 4.802.217 100,00

5.161.379 100,00

5.433.354 100,00

5.676.843 100,00

5.813.342 100,00

Argentina 1.211.159 25,22 1º 1.399.592 27,12 1º 1.593.775 29,33 1º 1.671.604 29,45 1º 1.711.491 29,44 1º

Estados Unidos

603.674 12,57 2º 641.377 12,43 2º 594.947 10,95 2º 586.463 10,33 2º 592.827 10,20 2º

Alemanha 180.373 3,76 8º 194.340 3,77 8º 192.730 3,55 8º 246.401 4,34 6º 268.932 4,63 3º

Uruguai 170.491 3,55 11º 200.724 3,89 6º 217.200 4,00 6º 250.586 4,41 5º 268.203 4,61 4º

Chile 189.412 3,94 6º 228.545 4,43 4º 261.204 4,81 3º 253.864 4,47 4º 262.512 4,52 5º

Paraguai 215.595 4,49 4º 226.630 4,39 5º 241.739 4,45 4º 258.437 4,55 3º 236.505 4,07 6º

Itália 253.545 5,28 3º 245.491 4,76 3º 229.484 4,22 5º 230.114 4,05 7º 233.243 4,01 7º

França 205.860 4,29 5º 199.719 3,87 7º 207.890 3,83 7º 218.626 3,85 8º 224.078 3,85 8º

Espanha 174.526 3,63 9º 179.340 3,47 10º 190.392 3,50 9º 180.406 3,18 9º 169.751 2,92 9º

Portugal 172.643 3,60 10º 167.355 3,24 11º 149.564 2,75 11º 155.548 2,74 11º 169.732 2,92 10º

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Inglaterra 183.697 3,83 7º 189.065 3,66 9º 183.728 3,38 10º 168.649 2,97 10º 168.250 2,89 11º

Bolívia 78.010 1,62 14º 85.567 1,66 13º 91.345 1,68 12º 100.324 1,77 13º 116.461 2,00 12º

Colômbia 78.975 1,64 13º 81.020 1,57 14º 86.795 1,60 13º 91.996 1,62 14º 98.602 1,70 13º

Peru 83.454 1,74 12º 99.359 1,93 12º 85.429 1,57 14º 112.639 1,98 12º 95.028 1,63 14º

Holanda 66.655 1,39 18º 59.742 1,16 19º 63.247 1,16 19º 73.102 1,29 16º 87.225 1,50 15º

Japão 68.028 1,42 17º 67.616 1,31 17º 64.451 1,19 18º 61.658 1,09 20º 76.738 1,32 16º

Suíça 75.518 1,57 15º 76.411 1,48 15º 72.162 1,33 15º 73.133 1,29 15º 69.187 1,19 17º

Canadá 72.736 1,51 16º 69.995 1,36 16º 65.951 1,21 17º 69.571 1,23 17º 68.390 1,18 18º

China 53.886 1,12 20º 51.186 0,99 20º 57.261 1,05 20º 51.106 0,90 23º 68.309 1,18 19º

México 63.296 1,32 19º 64.188 1,24 18º 70.358 1,29 16º 68.462 1,21 18º 67.610 1,16 20º

Outros países

600.684 12,51 - 634.117 12,29 - 713.702 13,14 - 754.154 13,28 - 760.268 13,08 -

Fontes: Departamento de Polícia Federal e Ministério do Turismo.

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4.3. OS DESAFIOS DO BRASIL

Nos próximos anos, o Brasil terá oportunidade de entrar no mapa dos grandes

destinos turísticos do mundo, não apenas porque foi sede da Copa do Mundo em

2014 e porque sediará os Jogos Olímpicos em 2016, mas porque, pela primeira vez,

o Brasil se mobiliza pelos meios corretos para chegar a esse objetivo.

Os desafios para o Brasil são ambiciosos, o Ministério do Turismo tem como

objetivo sair da sexta para a terceira economia turística do planeta, ficando atrás

apenas dos gigantes: China e Estados Unidos, exigindo um crescimento anual

médio de mais de 8% do turismo do Brasil, sendo uma taxa superior ao crescimento

médio da atividade turística no mundo e ao próprio crescimento do nosso PIB. É um

desafio que o Mtur e o governo brasileiro assumem com satisfação, cientes que o

turismo repousa uma forte solução para o crescimento sustentado e sustentável do

país, com redução de desigualdades regionais, inclusão social e geração de

emprego e renda. Prova disso foi o crescimento em 18,5% somente entre 2007 e

2011, e com a geração de quase 3 milhões de empregos diretos entre 2003 e 2012,

pode-se crescer no mínimo o dobro no futuro, conforme a implementação das ações

do Plano Nacional de Turismo (PNT).

Para que este crescimento aconteça, se faz necessário aproveitar os grandes

eventos. Primeiro, o legado de infraestrutura aeroportuária e de mobilidade urbana,

dois fatores-chave para alavancar a competitividade do Brasil enquanto destino

turístico internacional e doméstico. A Copa do Mundo FIFA realizada somada a

Olimpíada darão um salto na capacitação dos brasileiros em receber turistas.

Pensando nos megaeventos como oportunidades pode-se observar através

dos dados coletados e divulgados acerca do resultado da Copa do Mundo FIFA de

Futebol realizada no Brasil entre Junho e Julho de 2014, que 90,2% dos turistas

entrevistados tiveram a Copa do Mundo como a principal motivação da viagem

(BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b) e 95% dos turistas estrangeiros querem

retornar ao país sendo que 98% dos turistas teve suas expectativas plenamente

atendidas ou superadas (BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b).

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Ainda que os dados estatísticos anuais de 2014 não tenham sido divulgados

os dados da Copa do Mundo já mostram a percepção do mundo em relação ao

produto turístico brasileiro, incluindo as avaliações positivas por parte dos turistas

em significativas áreas. Como pode-se observar a seguir, esses dados demonstram

um forte potencial de desenvolvimento para o produto turístico nacional.

Gráfico 3 - Avaliação da infraestrutura

Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b.

Gráfico 4 - Avaliação dos Serviços Turísticos

Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b.

91,9

90,4

90,0

89,5

83,8

81,2

79,8

75,6

69,6

69,0

61,6

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0

Segurança Pública

Serviço de Taxi

Transporte Público

Infraestrutura do Aeroporto

Limpeza Pública

Sinalização Turística

Aeroporto de Modo Geral

Rodovias Brasileiras

Serviços de Cambio ou Bancários no Aeroporto

Lojas e Serviços de Aeroporto

Telecomunicações / Internet

97,4

93,4

93,2

92,8

90,2

90,1

88,4

67,8

60,9

58,9

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0

Hospitalidade do Povo

Diversão Noturna

Gastronomia

Restaurantes

Informações Turísticas

Guias de Turismo

Alojamento

Serviços de Cambio/Bancários

Preços

Atendimentos no seu Idioma

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Gráfico 5 - Avaliação Geral.

Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014b.

Além das boas avaliações em relação a estrutura e serviços, houve um

aumento em relação a demanda habitual de alguns tipos de meios de hospedagem,

apresentando 16,1% das opções dos turistas por imóveis alugados 10,6% por

albergues e campings durante o período da Copa do Mundo, quando a opção por

esses meios de hospedagem habitualmente é de 11,9% e 4,9% respectivamente. O

crescimento considerável para alternativas em hospedagem também se deve ao

grande número de turistas que viajaram acompanhados de amigos ou sozinhos, o

que ocasiona uma possível influência no perfil da demanda (BRASIL. Ministério do

Turismo, 2014c).

Tabela 3 – Gasto Médio de Turistas Estrangeiros durante a Copa do Mundo2014.

Gastos na viagem U$$

Gasto médio per capita no Brasil 2.099

Gasto médio per capita diário no Brasil 134

Fonte: BRASIL. Ministério do Turismo, 2014c.

98,3

97,3

95,8

92,6

90,8

88,6

86,7

74,8

68,1

62,6

60,9

0,0 20,0 40,0 60,0 80,0 100,0 120,0

Estadios

Conforto nos Estádios

Atendentes e Funcionários do Estádio

Sinalização nos Estádios

Organização Geral

Banheiros nos Estádios

Transporte para os Estádios

Serviços de Alimentos e Bebidas nos Estádios

Preço de Ingressos

Proc. De Compra de Ingressos

Preço de Alimentação nos Estádios

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Entre as informações coletadas pode-se observar conforme tabela anterior

que o gasto médio per capita no Brasil durante a viagem foi de US$ 2.099,00, o que

segundo o Mtur é quase o dobro em relação ao gasto habitual dos turistas

estrangeiros (BRASIL. Ministério do Turismo, 2014c).

Um grande desafio é incluir plenamente essa parcela da população, e o

turismo é uma ferramenta importante para fazê-lo rapidamente, modificando nosso

cenário social. Ao mesmo tempo, uma parcela expressiva da população que só nos

últimos anos passou a ter acesso ao consumo, bem como o número cada vez maior

de idosos existente no país, deseja viajar e quer conhecer o Brasil. Políticas que

conduzam à realização desse desejo, como os programas de incentivo a viagens em

baixa temporada, são um passo importante para a consolidação do Brasil enquanto

destino turístico preferencial dos próprios brasileiros.

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5. TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Composto por uma série de atividades produtivas, o turismo brasileiro

apresenta hoje uma contribuição total – que inclui as atividades diretas, indiretas e

induzidas do turismo – de 9,2% do PIB, o equivalente a US$ 205,6 bilhões (ou R$

443,7 bilhões de reais) gerados de acordo com o estudo elaborado pelo Conselho

Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) em 2013, promovendo impactos

significativos creditados a uma movimentação de mais de 52 setores na economia

do país. Quanto a sua participação direta, o turismo representa 3,7% do PIB

brasileiro, gerando em torno de US$ 76,1 bilhões e cerca de 2,9 milhões de

empregos, segundo o IBGE (Mtur/Embratur, 2014).

Restringindo a análise para São Paulo, este Estado, com uma população que

ultrapassa 44 milhões de habitantes e detém 32,6% do PIB nacional, segundo

estudos do IBGE de 2013, desponta como um dos Estados brasileiros mais

visitados. Sua capital se destaca como o principal destino de negócios do país –

chegando a receber 13 milhões de pessoas por ano – porém o estado como um todo

possui a maior infraestrutura do país, com uma gama de serviços de saúde,

alimentação, hospedagem, entretenimento e educação, e abriga uma grande

variedade cultural e artística promovida pela diversidade de nacionalidades, além

disso, apresenta uma diversidade de paisagens naturais. Nesse contexto, o turismo

tem grande participação na economia do Estado devido aos vários setores de

atuação e a grande variedade de atrações nos diversos segmentos de mercado

como de ecoturismo, religioso, histórico, de sol e praia, de eventos, compras, entre

outros.

O estudo mais recente elaborado pela TUR.SP (Companhia Paulista de

Eventos e Turismo) em 20111 apresenta que em 2009, o Estado recebeu cerca de

44,4 milhões de turistas, sendo 42,6 milhões de turistas domésticos e 1,8 milhões de

turistas internacionais.

1 Disponível em:<http://www.turismoemsaopaulo.com/images/pdf/turismohighlights%201.pdf>.Acesso em: 16

de jan. de2015.

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No setor aéreo também se revela um desempenho favorável, particularmente

pelas 37 empresas que operam voos diretos entre São Paulo e destinos

internacionais que, a partir de 2006, obtiveram aumento acima de 30% de suas

frequências regulares.

Em 2010, entre os meses de janeiro e outubro, os aeroportos administrados

pela Infraero no Estado de São Paulo Registraram movimento de 39.423.918

passageiros, o que representa, aproximadamente, 20% a mais em relação ao

mesmo período do ano anterior.

Já em relação ao DAESP (Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo)

que envolve 31 aeroportos, o movimento de passageiros chegou a 1,2 milhão

durante o ano.

Com esses fluxos, o turismo em São Paulo gerou 360 mil postos de trabalho

em 2010 e uma receita turística total da ordem de R$ 56,5 bilhões advinda de gastos

diversos em hospedagem, alimentação, compras e lazer.

Os dados oficiais de 2014 ainda não foram divulgados, porém, baseado nas

estatísticas disponíveis nos sites da INFRAERO, DAESP e GRU Airport, apresenta-

se os seguintes dados aproximados:

Tabela 4 – Estimativa do movimento de passageiros nos aeroportos do Estado de São Paulo em 2014.

DAESP2 INFRAERO3 GRUAirport4 TOTAL

2.685.936 16.636.731 35.975.000 55.297.667

Fonte: Elaboração pelos autores através de dados colhidos, 2015.

2 Movimento de passageiros em 2014 nos aeroportos administrados pelo DAESP.

Disponívelem:<http://www.daesp.sp.gov.br/estatistica-consulta/#!prettyPhoto/1/>. Acesso em: 16 jan.2015. 3 Movimento de passageiros até novembro de 2014 nos aeroportos administrados pela INFRAERO no Estado de

São Paulo. Disponívelem:<http://www.infraero.gov.br/index.php/br/estatistica-dos-aeroportos.html>. Acesso em: 16jan.2015. 4 Movimento de passageiros até novembro de 2014 no Aeroporto Internacional de Guarulhos. Disponível em:

<http://gru.com.br/pt-br/Estatisticas>. Acesso em: 16 jan.2015.

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Além de ser a principal porta de entrada via transporte aéreo do país, o

Estado de São Paulo conta ainda com as melhores rodovias do país e o maior porto

da América Latina, utilizado também para cruzeiros marítimos.

Atualmente, o Estado conta com mais de 8.000 meios de hospedagem,

distribuídos entre 645 municípios, sendo que 70 deles recebem o título de estância

turística – são 15 balneárias, 12 climáticas, 11 hidrominerais e 32 turísticas – 335

são considerados municípios de interesse turístico, além de outros 140 que

apresentam grande potencial turístico a ser explorado. Hoje já são mais de 40

roteiros turísticos estabelecidos. A vocação natural do Estado é o turismo de

negócios, em suas diversas possibilidades (congressos, convenções, seminários,

feiras industriais, viagens de representação, compras, etc.), não só na capital, mas

em vários municípios do interior como Campinas, Ribeirão Preto e São José do Rio

Preto. Cerca de 80% dos grandes eventos que acontecem no Brasil ocorrem no

Estado de São Paulo.

O turismo no Estado de São Paulo não se restringe ao segmento de turismo

de negócios. Vários eventos culturais e esportivos atraem milhões de turistas para o

Estado, como por exemplo, o Grande Prêmio Brasil de Fórmula 1, a Festa do Peão

Boiadeiro de Barretos, o Festival de Inverno de Campos do Jordão e a Festa de

Flores e Morangos de Atibaia.

O turismo de sol e praia é outro importante segmento na atração dos fluxos

turísticos, visto que Praia Grande, Ubatuba, Caraguatatuba e Santos são os

municípios do Estado que mais recebem visitantes por ano. Porém, o turismo de sol

e praia não se restringe apenas ao litoral do Estado; ao longo da Hidrovia Tietê-

Paraná há centenas de praias lacustres e fluviais que atraem milhões de turistas de

sol e praia e também de pesca esportiva.

O turismo de aventuras se desenvolve em dezenas de municípios paulistas,

sendo que dois dos destinos mais procurados no Brasil situam-se no Estado de São

Paulo – Brotas e Socorro, cidade reconhecida internacionalmente pelo trabalho de

acessibilidade realizado em seus equipamentos. O turismo religioso é outro

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segmento de forte atração de turistas, principalmente nas cidades de Aparecida,

Guaratinguetá e Cruzeiro.

O turismo baseado em patrimônio histórico tem como Cunha, São Luís do

Paraitinga, Iguape e Cananeia alguns de seus exemplos, além das cidades do Vale

Paraíba que ainda preservam importantes construções da época do café. O turismo

de saúde, além de contar com suas dezenas de estâncias balneárias, climáticas e

hidrominerais, conta com centros médicos de excelência, não só na capital, mas

também em cidades como Campinas, São José do Rio Preto, Ribeirão Preto,

Barretos, etc. O Estado conta ainda com dezenas de Spa‟s de renome internacional.

Por tal grandiosidade e diversidade de opções nas distintas áreas, o Estado

de São Paulo vem promovendo estratégias e implantando ações que objetivam

facilitar seu desenvolvimento, promover riqueza, gerar emprego, estimular renda,

divulgar a cultura e proporcionar benefícios à sua população, aos turistas e a toda

cadeia de bens, serviços e talentos que integra.

Unir a vocação natural para o turismo de negócios à infraestrutura de lazer,

serviços e cultura é um caminho natural5.

5 Texto disponível nos seguintes endereços:<http://www.brasil.gov.br/turismo/2014/05/sao-paulo-capital-da-

cultura-gastronomia-e-entretenimento>e<http://www.turismoemsaopaulo.com/visitantes/sobre-o-estado/turismo-no-estado.html>.Acesso em: 16 de janeiro de 2015.

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5.1. PRINCIPAIS NÚMEROS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Em relação ao transporte rodoviário de turistas internacionais, Paraguai,

Argentina e Uruguai são os principais emissores;

São Paulo responde por 43,8% do faturamento com turismo no Brasil;

Cerca de 80% das grandes feiras e eventos do Brasil acontecem no Estado;

De todo o remanescente de Mata Atlântica no Brasil, 18% está no Estado;

Recebe 29% dos turistas domésticos brasileiros e emite 41,3% dos turistas às

demais unidades da federação;

O turista que visitou o Estado de São Paulo em 2008 gastou, em média, R$

1.244,50, com hospedagem em casa de amigos e parentes (55%) e com

meios de hospedagem pagos (28%);

A grande maioria visita o Estado em carros próprios (49,4%), além de ônibus

de linha regular (19,9%) e transporte aéreo (14,9%);

Cerca de 46,4% dos turistas de outros Estados vieram do Sudeste,

demonstrando a força do turismo inter-regional;

Área (em km²) - 248.209,43;

População em 2009 - 41.633.802;

Grau de Urbanização (em %) 2009 - 93,76;

Densidade Demográfica. (habitantes/km²) 2009 - 167,74;

Taxa Geométrica de Crescimento Anual da População – 2000/2009 (em %

a.a.) - 1,33;

Número de municípios: 645;

PIB: 31% da produção econômica do país;

Imigrantes: cerca de três milhões entre 70 nacionalidades;

Em 2014, a cidade de São Paulo foi sede de 6 jogos da Copa do Mundo FIFA

Brasil 2014 e chegou a receber 540 mil turistas no período de 1 mês, sendo

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que 200 mil eram estrangeiros6. Porém outras 12 cidades paulistas – São

Paulo, Santos, Campinas, Águas de Lindóia, Guarujá, Mogi das Cruzes, Porto

Feliz, Ribeirão Preto, Sorocaba, Guarujá e Itu - foram selecionadas para

funcionar como centro de treinamento de 15 seleções mundiais, dentre elas

México, França e Estados Unidos.

Além disso, segundo o Ministério do Turismo, São Paulo foi o Estado que

mais recebeu turistas durante o período de realização do megaevento. Segundo

pesquisas, os turistas estiveram em 66 municípios de todas as regiões paulistas,

com destaque para o litoral Estado7.

5.2. REGIONALIZAÇÃO DO TURISMO NO ESTADO DE SÃO PAULO

Em 2003, com a criação do Ministério do Turismo (MTur), o Governo Federal

reconheceu o Turismo como atividade de grande relevância para o desenvolvimento

nacional, considerando o setor como uma das dez prioridades da sua gestão. O

propósito maior é o de enfrentar, na área do Turismo, o desafio de conceber um

novo modelo de gestão pública, descentralizada e participativa, de modo a gerar

divisas para o País, criar empregos, contribuir para a redução das desigualdades

regionais e possibilitar a inclusão dos mais variados agentes sociais.

Logo após sua criação, o MTur construiu, de forma participativa o Plano

Nacional de Turismo, para o período 2003-2007. Nesse Plano foram definidas as

diretrizes, as metas e os programas, que se constituíram como política pública

indutora do desenvolvimento socioeconômico do País. A regionalização é então

assumida como política pública de Turismo, materializada no “Programa de

Regionalização do Turismo – Roteiros do Brasil (PRT)”.

6 Dado disponível em: <http://www.portal2014.org.br/noticias/13520/SPTURIS+DIVULGA+

RESULTADO+FINAL+DA+PESQUISA+SOBRE+A+COPA+EM+SAO+PAULO.html> Acesso em: 16 de janeiro de 2015. 7 Disponível em:<http://www.estadao.com.br/noticias/geral,na-copa-sp-foi-o-estado-com-mais-cidades-

visitadas,1529675>. Acesso em: 16 jan. 2015

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A Regionalização do Turismo busca um olhar além do município para fins de

planejamento, gestão, promoção e comercialização integrada e compartilhada.

Propõe-se olhar a região, e não mais o município isoladamente. O foco na região

prioriza o crescimento dos municípios de forma integrada e harmônica, propiciando

que auxiliem uns aos outros na implantação das políticas públicas e dos produtos

turísticos. A prioridade regional não diminui a importância do município, mas sim, o

impulsiona, uma vez que promove o seu próprio desenvolvimento, bem como o de

seu entorno. Essa visão se alinha às tendências internacionais que buscam

aperfeiçoar os recursos financeiros, técnicos e humanos a fim de que possam criar

condições e oportunidades para revelar e estruturar novos destinos turísticos,

qualificados e competitivos.

Diante desta proposta de regionalização, o órgão gestor de turismo de São

Paulo, a Secretaria de Turismo do Estado de São Paulo, a fim de facilitar a aplicação

e o desenvolvimento de programas e projetos relacionados ao turismo, subdividiu o

estado em 15 Macrorregiões Turísticas, cada uma delas constituídas de uma a

quatro Regiões Turísticas, totalizando 34 RT no estado.

Tal divisão foi feita por dirigentes municipais (conselhos, prefeituras,

coordenadorias e secretarias) que levaram em consideração a proximidade

geográfica e a afinidade entre os produtos turísticos de cada localidade, tais como a

história, a cultura e o meio ambiente que são a base para a oferta de produtos e a

consolidação de atrativos. O mapa a seguir mostra a divisão adotada pelo Governo

do Estado.

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Mapa 1 – Regiões Turísticas do Estado de São Paulo.

Fonte: Secretária de Turismo de São Paulo, 2015.

Posteriormente, entre 2002 e 2004, o Governo do Estado adotou uma nova

divisão do turismo a fim de promover e vender o turismo local em feiras, eventos,

etc., a dos “Circuitos Turísticos”. São 27 grupos de municípios – compostos apenas

pelas cidades que tem a promoção turística em evidência – que têm características

em comum, que servem de base para a formação de e produtos, roteiros e circuitos.

Essa formação possibilita ainda o desenvolvimento de políticas públicas e ações que

garantem a estruturação do turismo na região, tais como cursos de capacitação,

sinalização padronizada, organização de eventos, marketing conjunto, entre outras.

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Mapa 2 – Circuitos Turísticos do Estado de São Paulo.

Fonte : Secretaria de Turismo de São Paulo, 2015.

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5.3. EMBU DAS ARTES NO ESTADO DE SÃO PAULO

O município de Embu das Artes está inserido no Circuito Taipa e Pilão. O

Circuito Turístico Taipa de Pilão reúne bens históricos nacionais, tombados pelo

IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, em visitas guiadas

que podem ser realizadas em cada cidade componente: Aldeia de Carapicuiba,

Barueri, Cotia, Embu das Artes, Santana de Parnaíba e São Roque.

Os primeiros trezentos anos iniciais da colonização do planalto paulista foram

caracterizados pela presença de grandes fazendas, bem como de aldeamentos

geridos por religiosos jesuítas, no entorno da Vila. O cotidiano brasileiro dessa época

acontecia no sertão, sendo que a Vila de Piratininga era frequentada em época de

festas religiosas e breves negócios na cidade dos poderosos à época.

Ambas as estruturas eram autossuficientes, e muito pouco do que produziam

revertia para a Metrópole Portuguesa. Muitas vezes os interesses de jesuítas e

fazendeiros foram conflitantes, principalmente em função da tutela sobre os índios.

As construções do período eram realizadas sob uma técnica construtiva conhecida

como Taipa de Pilão. As necessidades domésticas exigiam que as instalações

dessas edificações fossem nas proximidades de uma aguarda, à meia encosta,

porém as grossas paredes de barro socado deveriam ser levantadas em terrenos

planos; isso explica porque, em toda a região do Circuito Taipa de Pilão, de

topografia mais acidentada, os seus construtores eram obrigados e situá-las no alto

dos morros, onde os aclives são mais suaves.

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Mapa 3 – Zoom do Mapa 2, com destaque para MRT Capital Expandida e o município de Embu das Artes.

Fonte: Adaptado de Secretaria de Turismo de São Paulo, 2015.

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6. ASPECTOS HISTÓRICO-CULTURAIS DE EMBU DAS ARTES

6.1. HISTÓRICO DO MUNICÍPIO

Em 1624, Fernão Dias e sua mulher Catarina Camacho, grandes proprietários

da região, doaram à igreja uma quadra de terras para construção da Capela de

Nossa Senhora do Rosário, iniciada em 1628, pelo Padre Belchior de Pontes que

transferiu, para suas proximidades, a aldeia de M'Boy.

M'boy que tupi significa cobra, originou a corruptela Embu das Artes, assim

denominado a aldeia que, segundo versão popular, surgiu quantidade de cobras

existentes.

A construção do convento, anexo à capela foi iniciada em 1740 pelo Padre

Domingos Machado. Na época, foram reunidos no aldeamento vários padres artistas

que elaboraram os trabalhos de decoração da mesma. As verbas necessárias às

douraduras dos entalhes das paredes de madeiras e grande número de imagens,

foram possibilitadas pela venda do algodão que cultivavam em grande escala.

A dificuldade de comunicação não permitiu o rápido desenvolvimento do

povoado. Somente no final do século XIX, a Cúria Diocesana de São Paulo

contratou o engenheiro Henrique Bocolini para demarcação do patrimônio; o qual,

reconhecendo os valores artísticos da capela e do convento, realizou as primeiras

obras de apoio à conservação das construções.

Suas terras, no entanto, eram impróprias para a cafeicultura, que era a

principal atividade econômica da época. Assim, Embu das Artes entrou noutro

período de retração que durou até meados do século XX, quando a capela e

convento foram tombados pelo Estado que procedeu às devidas restaurações. A

partir disso, a comunidade local, liderada por Annis Neme Bassith, começou a

desenvolver as atividades artísticas, explorando o turismo como fonte de renda do

Município, criado em 1959.

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6.2. FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA

Distrito criado com a denominação de M'Boy, por Lei nº 93, de 21 de abril de

1880, no Município de Itapecerica. Antigo Distrito de M'Boy, do Município de Itapecerica,

e que pelo Decreto Estadual no 9775, de 30 de novembro de 1938, passou a denominar-

se Embu das Artes. Em 1939-1943, o Distrito de Embu das Artes figura no Município de

Itapecerica.

Em virtude do Decreto-lei Estadual nº 14334, de 30 de novembro de 1944, que

fixou o quadro territorial para vigorar em 1945-1948, o Distrito de Embu permanece no

Município de Itapecerica, o qual passou a ter nova denominação de Itapecerica da Serra.

Aparece na mesma situação, porém grafado Embu no quadro fixado pela Lei nº 2456, de

30-XII1953 para vigorar em 1954-1958.

Elevado à categoria de Município com a denominação de Embu, por Lei Estadual

no 5285, de 18 de fevereiro de 1959, desmembrado do Município de Itapecerica da

Serra e parte dos Distritos das Sedes dos Municípios de Itapecerica da Serra e Cotia,

com Sede no antigo Distrito de Embu. Constituído do Distrito Sede. Sua instalação

verificou-se no dia 01 de janeiro de 1960.

Em divisão territorial datada de 01-VII-1960, o Município é constituído do Distrito

Sede. Assim permanecendo em divisão territorial datada de 15-VII-1997.

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Figura 1 - Brasão de Embu.

6.3. SÍMBOLOS MUNICIPAIS

6.3.1. Brasão

Instituído em 19 de novembro de 1962 pela lei Nº 130, de 19/11/1962

elucidando e justificando (Descrição conforme lei):

Fonte: Câmara Municipal de Embu, 2016.

Segue abaixo explicações detalhadas sobre o Brasão:

Escudo português - que é redondo na ponta, formato já consagrado pela nossa

heráldica de domínio, celebra os primitivos colonos portugueses do Embu das

Artes.

Gibão Bandeirante de Ouro - com o qual Embu das Artes partiram paulistas para

o ataque aos Jesuítas, no Sul, e, depois, para a homérica investida contra a corda

arbitrária de Tordesilhas, e encimado pelo emblema da Companhia de Jesus, que

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é IHS com a sua cruz e seus três cravos; posto no terço superior do escudo

porque é esse, chamado “chefe”, o correspondente à cabeça e, pois, ao

pensamento: sede espiritual, que bem merecem os santos da catequese.

Tudo de prata - metal que simboliza, em heráldica, a pureza.

Coroa mural de ouro de quatro torres ameadas e sua porta cada uma - distintivo

de armas municipais, no metal, e feitio já fixados pela heráldica brasileira.

Timbre - o ponto de honra de um escudo de armas; o que, no tempo, acima de

tudo, da própria coroa, representa aquilo que de preferência se timbra em

ostentar, isto é, no caso...

Cocar indígena de penas variegadas ao natural - alusão ao primitivo aldeamento

de silvícola: nobre semente do Embu das Artes.

Cartela colonial do século XVIII – elemento arquitetônico inspirado na magnífica

obra de talhe da preciosa Igreja de Nossa Senhora do Rosário, servindo para

fixar simbolicamente a data da fundação do Embu, pois a cartela, ou tarja, como

ornato exterior é predicado característico de brasões do século XVIII

Divisa: GENVINVM GENVS – isto é, “estirpe legitima” que tal é o clã mameluco

forjado sob o signo da Fé Cristã (o IHS da Companhia de Jesus) é temperado ao

voo das “bandeiras” na guerra contra os horizontes.

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7. LOCALIZAÇÃO E ACESSOS

O município de Embu das Artes está situado na região sudoeste do Brasil no

estado de São Paulo. Situado a 776 metros de altitude, as coordenadas geográficas

do município são: Latitude: 23° 38' 57'' Sul e Longitude: 46° 51' 9'' Oeste.

Pertencente à Região Metropolitana da capital e à microrregião de Itapecerica da

Serra. A população estimada para 2014 era de 259.053 habitantes, e a área é de

70,398 km² (densidade demográfica: 3.412,89 hab/km²)8.

Localizado a apenas 27 quilômetros da capital paulista, Embu das Artes

possui fácil acesso pelo Rodoanel e pelas rodovias Regis Bittencourt e Raposo

Tavares, o que possibilita um deslocamento rápido e seguro para o Porto de Santos,

para o interior do Estado de São Paulo e para o sul do país. Em 2013, a cidade

inaugurou a primeira rodoviária da região - um moderno empreendimento que

oferece conforto e segurança a seus usuários, além de viagens para mais de 70

destinos.

Mapa 4 - Localização de Embu.

8 Disponível em: <http://www.cidade-brasil.com.br/municipio-embu-das-artes.html" title="Município de Embu

das Artes">Município de Embu das Artes>. Acessado em 12/07/2016.

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Fonte: GoogleMaps, 2016.

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A integração com municípios vizinhos é outro fator essencial para o desenvolvimento

da região. Através do CONISUD – Consórcio Intermunicipal da Região Sudoeste da

Grande São Paulo – Embu das Artes e mais 7 cidades trabalham em conjunto para

realizar um planejamento estratégico e construir soluções regionais.

O município de Embu das Artes é servido de redes rodoviárias. A malha prevê

as ligações da cidade com a capital e demais municípios da sub-região. Composta

por rodovias, vias arteriais urbanas e estradas (municipais/estaduais), tem a principal

dentre essas vias a BR116 - Rodovia Regis Bittencourt, cruzando o território

municipal de nordeste a sudoeste por uma extensão de 9,2 km.

De carro

Rodovia Regis Bittencourt BR116, Km 279 e km 282, Rodovia Raposo

Tavares SP 270, e Rodoanel Mário Covas.

De metrô ou ônibus

Na estação Campo Limpo, da linha 5 - Lilás (Capão redondo – Santo Amaro)

do metrô, sai o ônibus intermunicipal com o letreiro Embu/Eng. Velho que vai até o

centro de Embu das Artes.

De Pinheiros, no Largo da Batata, passam os ônibus da empresa Miracatiba

(EMTU/SP) com o letreiro EMBU / Engenho velho que também leva você ao ponto

mais próximo da Feira de Artes.

Distâncias

São Paulo: 27 Km, Santos: 93 km, Campinas: 106 km, Curitiba: 376 km, e Rio

de Janeiro: 475 Km.

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Aeroportos

Aeroporto de Congonhas 20.3 km, Aeroporto Campo de Marte 26.9 km, e

Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos 46 km.

Divisas

O Município de Embu das Artes tem como municípios vizinhos: Cotia,

Itapecerica da Serra, Taboão da Serra e São Paulo.

Mapa 5 – Municípios limítrofes a Embu.

.

Fonte: Wikimedia, 2015.

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8. METODOLOGIA

Cidades como Embu das Artes, que já possuem uma política de estruturação

do turismo como pilar de desenvolvimento, que buscam no turismo um crescimento

econômico e social precisam estruturar-se sob vários aspectos, desde o

planejamento para o sucesso da atividade turística até o seu suporte, através de

uma infraestrutura compatível com a atividade e a sua população. A infraestrutura

não deve ser avaliada simplesmente de modo quantitativo, devendo estar

comprometida com o espaço urbano de forma a atender a população e a demanda

turística e sobretudo não se sobrepor as questões culturais e ambientais.

Os princípios do planejamento urbano propõem que o mesmo deve ser

pautado de acordo com as particularidades de cada região de aplicação. Apesar de

conceitos comuns quanto ao adequado ordenamento das cidades é necessária uma

análise focada nas particularidades do município, sua população, demanda e oferta

de serviços e infraestrutura básica. Através de uma análise de todos os agentes, os

resultados esperados são um conjunto de ações, cujo o planejamento estruturado

seja pertinente às demandas do desenvolvimento urbano e turístico do município.

Individualmente as ações descritas neste prognóstico foram justificadas,

descritas quanto aos seus objetivos, características, resultados e efeitos esperados

e precificadas em um custo estimado, permitindo assim dimensionar o investimento

total necessário para implantação das ações. O panorama geral é fundamental

devido a proposta do PDITS e da avaliação de impacto a longo prazo, efeito este de

suma importância para alcançar a expansão e desenvolvimento sustentável da

atividade turística.

As propostas de intervenção advêm dos levantamentos precedentes, desde o

inventário turístico. Os projetos são identificados a partir de três programas sendo

eles: Acesso, para todos os projetos que estão ligados ao acesso do turista ao

atrativo; Reforma, para os projetos que propõem reparos e manutenções em

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estruturas já existentes; Edificação, para todas as novas construções que foram

propostas.

As estimativas de custos são apresentadas de acordo com os valores

praticados no mercado, entretanto, são estimativas de preços considerando que os

projetos possuem diretrizes gerais. As propostas apresentadas são premissas para

que os projetos básicos sejam elaborados. Ressalta-se ainda, que não houve

participação da Prefeitura de Embu das Artes e nem de seu corpo técnico no

levantamento, e elaboração dos orçamentos apresentados.

Considerando um panorama geral a cidade carece de atenção na

manutenção dos atrativos existentes e valorização do entorno da área turística

principal: o Centro Histórico. Há potencialidades para os atrativos ambientais e os

que possuem a história de origem da cidade. A seguir o quadro de ações propostas,

ordenadas de acordo com o programa de intervenção:

Tabela 5 - Quadro Geral de Ações

PROGRAMA AÇÃO DESCRIÇÃO DA AÇÃO

AC

ES

SO

A.1. Pavimentação da Estrada Taji Takahashi

A.2. Revitalização do calçamento do perímetro do Centro Histórico

A.3. Reestruturação do Transporte Público

A.4. Reestruturação viária: Estrada dos Orquidófilos

A.5. Estruturação dos Acessos via Rodovia Régis Bittencourt

RE

FO

RM

A

A.6. Reestruturação da Praça do Coreto no Largo 21 de Abril

A.7. Requalificação do Parque do Lago Francisco Rizzo

A.8. Readequação dos Portais da Cidade

A.9. Requalificação urbana da Praça Elízia Cachoeira

ED

IFIC

ÃO

A.10. Estacionamento próximo ao circuito turístico principal

A.11. Mirante - Praça Profª Deise Zenaro Nogueira

A.12 Centro de Integração Esportiva

A.13 Implementação da 2ª etapa do Projeto Parque Linear do Rio Embu-Mirim

A.14 Parque Linear Centro Histórico

Fonte: JK Turismo, 2016.

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PROJETOS

8.1. PROGRAMA: ACESSOS

Considerar os acessos aos atrativos turísticos que compõe o programa de

planejamento de infraestrutura deste prognóstico é importante devido ao caráter

universal que abrange este tipo de intervenção. Além de qualificar o atendimento da

demanda turística, propõe beneficiar a circulação urbana de seus moradores. O

preciso diagnóstico do entorno permite mapear as fragilidades e potencialidades dos

acessos aos atrativos turísticos.

A relação entre edifício e espaço público se inicia através dos acessos ao

mesmo, portanto, o levantamento realizado considerou a experiência do turista que

procura os principais atrativos turísticos. Além disso atrações com potencial turístico

também foram consideradas, uma vez que este prognóstico visa interpretar o

desenvolvimento turístico sustentável da cidade.

O conjunto atrativo, serviços e entorno caracterizam a vivência completa da

integração do turista com o local. Com entorno e acessos bem estruturados o

conjunto é valorado nos aspectos qualidade, acolhimento e propagação de

experiências positivas. A proposta geral é facilitar o deslocamento, melhorando as

condições de trânsito e, principalmente, a qualidade do transporte público. Analisar

estes aspectos resultou nas propostas sugeridas neste prognóstico:

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3.1.1. [A.1.] Pavimentação da Estrada Taji Takahashi

Objetivo: Qualificar o acesso perimetral do centro histórico, dotando a via de

pavimentação asfáltica e revisão da iluminação pública. Visando melhorar o acesso

de inúmeros atrativos turísticos, e proporcionar maior segurança e conforto da

população e dos turistas.

Justificativa: Melhorar os acessos de Embu das Artes, e dos atrativos do

município, visando aumentar o número de turistas, atrás da oferta de infraestrutura

básica. A estrada municipal Taji Takahashi é uma via coletora, localizada entre a

Estrada Kaiko e a Estrada dos Orquidófilos, sendo acesso aos seguintes atrativos

turísticos: Instituto Portucale de Cerâmica Luso Brasileira um museu no qual o

acervo é composto por mais de 500 peças de cerâmica artística produzidas em sua

maioria por fábricas portuguesas da região do Porto, abrigando também exemplares

fabricados no Brasil. Também dá acesso ao Centro de Lazer Ziu Enomoto, um

complexo de lazer com lago, piscinas, espaços para lazer e divertimento para todas

as idades.

Descrição da Ação: Elaboração e realização de projeto para a pavimentação

asfáltica da Estrada Taji Takahashi, aproximadamente 1,5km.

Custo Estimado: R$ 1.500.000,00

Abrangência: Regional

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Figura 2 - Estrada Taji Takahashi, altura do nº 450

Fonte: JK Turismo, 2016

Figura 3 - Acesso Instituto Portucale de Cerâmica Luso Brasileira

Fonte: JK Turismo, 2016

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Figura 4 - Instituto Portucale de Cerâmica Luso Brasileira

Fonte: Régis Pires, 2015

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3.1.2. [A.2.] Revitalização do calçamento do perímetro do Centro Histórico

Objetivo: Reestruturar o calçamento do perímetro do Centro Histórico,

alargando as vias de pedestres, impedindo estacionamento na via e adequando à

acessibilidade.

Justificativa: O turismo baseado nos recursos culturais e no patrimônio

focaliza, principalmente, a experiência, contemplação e o aprendizado sobre a

cultura e, no Centro Histórico de Embu das Artes, deve ser feito de forma harmônica

para ter baixo impacto e contribuir para a conservação do mesmo. A revitalização

deve propor a priorização do pedestre no principal quadrilátero do centro histórico

entre as seguintes vias: Rua Belo Horizonte, Travessa Marechal Isidóro Lopes, Rua

Boa Vista e Rua da Matriz. Tais intervenções visam qualificar a circulação dos

turistas, trabalhadores e moradores da região. O aumento descontrolado do fluxo já

traz consequências negativas à área, como o estacionamento de veículos sobre

passeios, causando danos ao calçamento; o tráfego de veículos pesados e a falta de

local apropriado para a parada de ônibus de excursões. Portanto, a priorização do

pedestre deve ser a diretriz principal da intervenção.

Descrição da Ação: Elaborar um Plano de Uso e Conservação do Centro

Histórico contendo intervenções efetivas que priorizem a circulação de pedestres no

perímetro principal. Deve envolver a manutenção, a preservação, a reabilitação, a

restauração, a reconstrução, adaptação ou qualquer combinação destas; com

indução à ocupação dos espaços vazios e subutilizados que já são servidos de

infraestrutura. Projeto que ampliação do calçamento, coibindo o estacionamento na

via, possibilitando maior conforto e acessibilidade ao passeio público. A limitação de

estacionamento de veículos na via proporcionará maior conforto aos transeuntes e

irá aliviar o transito local, principalmente aos finais de semana e temporadas de

grandes eventos na cidade, no qual o Centro Histórico fica intransitável.

Custo Estimado: R$464.000,00

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Abrangência: Regional

Figura 5 - Rua Belo Horizonte, sentido Largo 21 de Abril

Fonte: Google Street View, 2015

Figura 6 - Rua da Matriz

Fonte: Google Street View, 2015

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Mapa 6 - Perímetro Centro Histórico

Fonte: JK Turismo – ARQGIS, 2016.

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3.1.3. [A.3.] Reestruturação do Transporte Público

Objetivo: Fomentar a melhoria da infraestrutura turística e dos serviços

básicos do município de Embu das Artes. Através da reordenação dos pontos de

espera de ônibus, e reestruturação das linhas em todo município.

Justificativa: Reestruturar o transporte público principalmente no perímetro

central, pois o mesmo tem agravantes em períodos de visitação intensa, como finais

de semana e grandes eventos. A proposta deve estruturar de maneira adequada os

fluxos e qualificar o acesso via transporte público, para tanto é necessário um estudo

operacional da circulação e demanda, visando otimizar o transporte público, e

também uma repaginação do mobiliário como abrigos de espera, recuos e

sinalização. O processo deve ser realizado em conjunto com a população através de

consultas públicas, estudos técnicos e consultorias especializadas. Reordenar o

transporte público significa fomentar a infraestrutura matriz que irradia benefícios

para o trade turístico e todo conjunto.

Descrição da Ação: Através de um Plano Municipal de Mobilidade Urbana

deve-se estruturar principais eixos e todas as condicionantes que interferem

diretamente na qualidade do conjunto dos meios de transporte público. Desde a

reestruturação a manutenção do sistema, o plano deve integrar ações que

promovam uma qualificação da circulação, priorizando o pedestre. Considerar

corredores de ônibus, limitação de estacionamento nas vias, realocação de abrigos

de espera, reforma e/ou plano de reestruturação e padronização dos abrigos de

espera. Consideração sobre os ônibus de linhas intermunicipais e excursões.

Proteger os espaços destinados às ciclovias e ciclo faixas, deixando-os integrados

ao sistema de transportes. Priorização dos meios de transporte sustentáveis.

Custo Estimado: R$ 700.000,00

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Abrangência: Regional

Figura 7 - Abrigo de Espera de Ônibus; Região Central.

Fonte: divulgação

Figura 8 - Ponto de Onibus sem abrigo; Rua Luis Almeida de Carvalho

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Fonte: Google Street View, 2016

3.1.4. [A.4.] Reestruturação viária: Estrada dos Orquidófilos

Objetivo: Qualificar a infraestrutura urbana da Estrada dos Orquidófilos,

importante via de conexão entre os bairros da região sul e oeste do munício e o

centro histórico. Revisar os fluxos direcionais, recapeamento asfáltico, calçadas, e

todo o mobiliário urbano, considerando a iluminação, abrigos de ônibus e lixeiras.

Justificativa: A Estrada dos Orquidófilos é um importante eixo viário do

município de Embu das Artes. Possui um trecho rural e um trecho urbano mais

adensado, é prioritariamente utilizada pelos moradores da cidade e região lindeira,

com cerca de 2,7km de extensão qualifica-se como importante via de conexão e

acesso a atrações turísticas do município. A qualidade urbana e ambiental na região

periférica a Área Turística Prioritária é bastante inadequada tanto para a

comunidade como para o turista. Portanto, a atenção a esta via pretende induzir

maior qualidade na infraestrutura urbana, principalmente ao cidadão embuense.

Descrição da Ação: Revisão de pontos críticos do asfalto, mobiliário e

estudo relativo aos fluxos prioritários de circulação da via. De modo que a mesma

seja elevada a sua importância como eixo de conexão e acessos dos moradores da

região. Obras de recuperação paisagística e da iluminação local. Buscar melhoria

substancial da qualidade urbana, recuperação de espaços públicos com

acessibilidade universal, destinação de uso prioritário para equipamentos sociais e

comunitários. Ao longo da via existem áreas não ocupadas, nos quais o potencial

transformador em áreas e equipamentos de lazer para a comunidade deve ser

estimulado e incluído no plano de intervenção.

Custo Estimado: R$ 1.170.000,00

Abrangência: Municipal

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Mapa 7 - Estrada dos Orquidófilos

Fonte: JK Turismo – ARQGIS, 2016.

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Figura 9 - Estrada dos Orquidófilos, trecho rural.

Fonte: JK Turismo, 2016.

3.1.5. [A.5.] Estruturação dos Acessos via Rodovia Régis Bittencourt

Objetivo: Otimizar os acessos ao município através de sua principal via de

conexão com o estado de São Paulo. A Rodovia Régis Bittencourt liga São Paulo ao

sul do país chegando a cidade de Curitiba-Paraná. O objetivo principal é facilitar o

acesso através da construção de vias marginais, pistas locais e alça de acesso no

Km 276.

Justificativa: A Rodovia Régis Bittencourt é um trecho da BR-116,

considerada a principal rodovia do Brasil. Em períodos de grandes eventos,

temporadas de férias, e feriados prolongados a Rodovia tem a circulação de veículos

aumentada. Consequentemente o acesso ao município de Embu das Artes, trecho

da rota turística da Rodovia Régis Bittencourt chega a congestionar, devido a

limitação viária de acesso. Entre os quilômetros 276 e 282 estão localizados muitos

atrativos do trade turístico do munícipio, assim como acesso a principais vias da

cidade. A proposta visa qualificar o acesso de turistas, através da melhoria de

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infraestrutura básica. Garantir o fácil acesso ao município de Embu das Artes

propões melhorar a acessibilidade e aumentar o fluxo de turistas, proporcionando a

integração do turismo entre os municípios vizinhos e a macrorregião que o abrange.

Descrição da Ação: Elaboração do projeto de construção da alça de acesso

na altura do km 276 em pavimentação asfáltica e extensão das vias locais, trecho de

aproximadamente 3km.

Custo Estimado: R$15.000.000,00

Abrangência: Interestadual

Mapa 8 - Localização de Embu das Artes

Fonte: Google Maps, 2016.

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Mapa 9 - BR 116: Rodovia Régis Bittencourt

Fonte: Google Maps, 2016.

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8.2. PROGRAMA: REFORMA

As reformas propostas neste prognóstico seguem orientações técnicas

necessárias para a qualificação funcional e estética, além de melhorias construtivas.

Reformar os atrativos turísticos perpassa a manutenção do mesmo. São

consideradas requalificações devido a intenção de fomentar o desenvolvimento do

atrativo e reformular os usos do mesmo, estimulando sua apropriação por parte da

população.

Trata-se de uma perspectiva de melhorar a forma com que a atividade

funciona para disponibilizar estruturas básicas em regiões potenciais, reaproveitar

espaços subutilizados, ampliar a circulação e consequentemente a atratividade. Vale

ressaltar que são priorizadas os acessos e circulação universal, portanto, os projetos

de reforma devem estar de acordo com as normas de acessibilidade NBR

9050/2015.

As reformas indicadas neste prognóstico são propostas de intervenção física

em edificação, mobiliário ou equipamento urbano, que implique a modificação de

suas características estruturais e funcionais. Deve haver a priorização do bem-estar

e segurança coletiva, portanto projetos de segurança contra incêndio e preservação

patrimonial são considerados nas propostas.

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8.2.1. [A.6.] Reestruturação da Praça do Coreto no Largo 21 de Abril

Objetivo: Reformar a Praça do Coreto no Largo 21 de Abril para sua

revitalização.

Justificativa: Atualmente em situação regular, encontra-se degradada com

pichações nas muretas do Coreto, pavimentação irregular em alguns trechos da

Praça e alguns canteiros depredados. A Praça do Coreto no Largo 21 de Abril é um

importante atrativo turístico do Centro Histórico, caracteriza-se como um ponto de

encontro e concentra em seu entorno grande parte da atividade econômica e

atratividade da região.

Descrição da Ação: Obras de recuperação paisagística, e iluminação local,

reparos na pavimentação, e mobiliário como bancos e lixeiras. Reforma do Coreto

sendo necessário identificar os agravantes e apresentar projetos que otimizem a

manutenção do mesmo.

Custo Estimado: R$632.000,00

Abrangência: Municipal

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Figura 10 - Coreto, Largo 21 de Abril

Fonte: Régis Pires, 2015.

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Figura 11 - Largo 21 de Abril

Fonte: JK Turismo, 2016.

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Figura 12 - Largo 21 de Abril

Fonte: JK Turismo, 2016.

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8.2.2. [A.7.] Requalificação do Parque do Lago Francisco Rizzo

Objetivo: Reformar o principal parque municipal, dotando de infraestrutura de

qualidade para atividades de esportes e lazer.

Justificativa: É o principal atrativo dos moradores de Embu das artes que

com o tempo recebe também um volume de turistas, principalmente em grandes

festividades do município. O parque é bem estruturado, entretanto, devido ao uso

intensivo carece de manutenção adequada e otimização dos espaços de descanso e

lazer. O Parque Francisco Rizzo necessita de uma revitalização do espaço geral e

da recuperação dos equipamentos existentes, além da implantação de

equipamentos de lazer novos; garantindo o uso do local.

Descrição da Ação: Projeto de reforma que abranja, reparos na pista de

caminhada e no gramado das áreas de recreação infantil. Construir um campo

sintético no local do campo de areia, implantar novo playground, impulsionar a

concessão para implantação de quiosque de alimentação no parque, padronização

de mobiliários urbanos, revisão na iluminação e paisagismo.

Custo Estimado: R$ 800.000,00

Abrangência: Municipal

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Figura 13 - Parque do Lago Francisco Rizzo

Fonte: divulgação.

Figura 14 - Parque Lago Francisco Rizzo

Fonte: JK Turismo, 2016.

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8.2.3. [A.8.] Readequação dos Portais da Cidade

Objetivo: Preservar e revitalizar os Portais existentes no município de Embu

das Artes, de forma a torna-los mais atrativos, e pontos de visitação dos turistas.

Considera-los como uma rota memorial da principal atividade do município: o

artesanato. Promover o avanço da consciência cultural e patrimonial, no processo de

desenvolvimento sustentável local e territorial do município de Embu das Artes.

Justificativa: Os portais da cidade devem refletir além da principal

atratividade turística, a vida e história da cidade. São ao todo 13 portais de entrada,

em locais em que o município faz divisa com São Paulo, Taboão da Serra, Cotia e

Itapecerica da Serra, somando 11 acessos, mais as duas entradas da cidade pela

Rodovia Régis Bittencourt (BR 116) e representam o acolhimento e identificação

para moradores e visitantes. Alguns portais como o Portal da Ressaca e o Portal

Itatuba estão desconexos do contexto local e não possuem infraestrutura básica de

compreensão, contemplação e manutenção. Ou o Portal Capuava que apesar de

representar o Artesanato da região não é compreendido como um Portal de Entrada

da cidade Embu das Artes.

Descrição da Ação: Elaborar um plano de revisão de implantação dos

portais, considerando o entorno, o atendimento da função que é sinalizar e

referência a história e entrada do munícipio. Revitalizar os portais monumentos

respeitando suas particularidades qualificando o entorno e sua infraestrutura.

Custo Estimado: R$ 410.000,00

Abrangência: Municipal

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Figura 15 - Portal Capuava

Fonte: JK Turismo, 2016

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8.2.4. [A.9.] Requalificação urbana da Praça Elízia Cachoeira

Objetivo: Recuperar a paisagem e a urbanização da Praça Elízia Cachoeira e

a adjacente Praça da Bíblia.

Justificativa: Localizadas na Av. Elias Yazbek, Jd. Embuema. Região de

importância dentro do município de Embu das Artes, principalmente para os

moradores. As praças não possuem equipamentos suficientes e os que existem são

precários. Não há áreas de repouso e lazer. São potenciais pontos de lazer e

turismo para os munícipes e turistas, portanto visando o crescimento da atividade

turística a região tem potencial de crescimento e desenvolvimento se o mesmo for

coordenado de forma sustentável e conivente com as demandas.

Descrição da Ação: Execução do projeto de requalificação urbanística da

Praça Elízia Cachoeira.

Custo Estimado: R$ 527.000,00

Abrangência: Municipal.

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Figura 16 - Praça Elízia Cachoeira

Fonte: JK Turismo, 2016

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8.3. PROGRAMA: EDIFICAÇÃO

As análises das propostas para a construção de equipamento novo advêm do

levantamento das potencialidades turísticas do município, além de suas atrações

tradicionais. As novas atrações buscam estimular diferentes vertentes do turismo

regional como sua potencialidade socioambiental. Esta vertente vem de encontro

com o desenvolvimento do turismo sustentável que valorize e preserve o

ecossistema.

A partir das principais necessidades do município os projetos estão em

consonâncias com as atividades existentes e se alinham de forma a complementar

ou suprir a demanda de alguns atrativos. O objetivo comum é fortalecer e consolidar

o segmento histórico-cultural do município de Embu das Artes.

Além da necessidade de atendimento a possíveis deficiências na estrutura

existente as propostas consideram a irradiação e descentralização do turismo do

munícipio hoje concentrado no Centro Histórico. Os principais objetivos são;

Valorização do patrimônio arquitetônico e da paisagem do “núcleo central” da

cidade. Melhoria do produto turístico; Aumento do gasto médio e permanência do

turista; Estimulo do turismo por parte do cidadão embuense e fomento da oferta de

atrativo turístico cultural e socioambiental.

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8.3.1. [A.10.] Estacionamento próximo ao circuito turístico principal

Objetivo: Destinar uma área de estacionamento público, considerando o

volume de veículos médios que acessa a região aos finais de semana e ônibus de

excursão.

Justificativa: O principal entrave do Centro Histórico, principal atrativo

turístico da cidade é a mobilidade. O turista que visita a cidade pela primeira vez,

tem dificuldade de identificar locais que sejam de fácil acesso e seguros para

deixarem seus veículos. Em geral o turista chega a região de carro, mas não circula

com o mesmo. A destinação de um local apropriado para o estacionamento de

veículos deve considerar a estadia diária do mesmo em vista das atividades que

ocupam o visitante o dia inteiro. Para a diminuição do acesso de veículos no Centro

Histórico de Embu das Artes é necessário criar bolsões de estacionamento em seu

entorno. Como esta área do centro da cidade é região de grande ocupação e

adensamento, é necessário trabalhar com alternativas que sejam amplas e próximas

aos principais atrativos.

Descrição da Ação: Contratação e execução da obra de construção do

estacionamento.

Custo Estimado: R$ 800.000,00

Abrangência: Regional

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8.3.2. [A.11.] Mirante - Praça Profª Deise Zenaro Nogueira

Objetivo: Construir uma infraestrutura de mirante na Praça Profª Deise

Zenaro Nogueira, visto que, o local possui grande potencial turístico, pois está acima

do Parque do Lago Francisco Rizzo, e pela possibilidade de avista-lo de cima.

Justificativa: Potencializar o turismo na Praça Profª Deize Zenaro Nogueira,

localizada na Estrada dos Orquidófilos altura do número 600. Local que atualmente

não possui qualquer tipo de infraestrutura para receber visitantes, porém pode ser

um importante atrativo em Embu das Artes. Dá área definida para a construção do

mirante, tem-se uma vista panorâmica do Parque do Lago Francisco Rizzo, com

suas copas de árvore no entorno do lago. No local já existiu a Feira do Mirante que

reúnia artesanato e alimentação em um espaço privilegiado e com uma das vistas

mais bonitas de Embu das Artes.

Descrição da Ação: Projeto para construção de uma infraestrutura de

mirante, contando com mobiliário urbano, iluminação pública e projeto de

paisagismo.

Custo Estimado: R$ 350.000,00

Abrangência: Municipal

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Figura 17 - Vista do Mirante

Fonte: divulgação.

Figura 18 - Praça Profª Deise Zanaro Nogueira

Fonte: JK Turismo, 2016

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8.3.3. [A.12.] Centro de Integração Esportiva

Objetivo: Criar um espaço voltado para a realização de eventos, focando os

esportes, cultura e o lazer. Um espaço de convivência da comunidade, que

influencie e também seja referência no município. A implantação deste equipamento

deve impulsionar o setor público e privado a trazer eventos, palestras e shows para

o município. Construir uma estrutura que possa atender a demanda de

equipamentos voltados ao esporte no município, local que promova a convivência,

preserve a história e incentive a prática de atividade física.

Justificativa: O município de Embu das Artes não possui qualquer tipo de

estrutura semelhantes que possa atender eventos esportivos, e atrações de grande

porte; A construção desta estrutura impulsiona o desenvolvimento, assim como

captação de eventos no município. Dessa forma, com o Parque Várzea do Rio

Embu-Mirim, será possível reunir interessados no aprendizado e na difusão de

informações e do esporte em suas diversas expressões. Existe uma crescente

demanda no município de um espaço que atenda a carência de equipamentos

urbanos que visem promover a integração de múltiplas atividades, áreas de

convivência para a população e visitantes e áreas para realização de eventos.

Descrição da Ação: Desenvolvimento do projeto e execução da obra de um

Centro de Integração Esportiva, que contemple: ginásio coberto, com tamanho e

piso oficiais, além de área para todas as modalidades esportivas. Quadras

poliesportivas e pista de atletismo. Arquibancada coberta com capacidade para 700

pessoas, salas de apoio, sanitários e vestiários.

Custo Estimado: R$ 2.000.000,00

Abrangência: Municipal

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8.3.4. [A.13.] Implementação da 2ª etapa do Projeto Parque Linear do Rio

Embu-Mirim

Objetivo: Desenvolver um plano de intervenção urbanística que contenha as

cheias do Rio Embu Mirim, estruturando-o como via paisagística. E estruturação da

infraestrutura urbana para a implantação do Centro de Integração Esportiva.

Justificativa: A primeira fase do projeto já foi entregue, entretanto para

qualifica-lo como um importante equipamento de atratividade turística o projeto deve

ser orientado para que a infraestrutura de toda sua implantação atenda a demanda

de crescimento que proverá a região de um importante eixo de circulação de turistas

e moradores.

Descrição da Ação: Desenvolver um plano de ação para implantação da

segunda fase do projeto existente. A 2ª fase inclui além da construção do Centro de

Integração Esportiva, toda a infraestrutura suporte, como caminhos, acessos,

bolsões de estacionamento, paisagismo, pavimentação, iluminação e mobiliário

urbano.

Custo Estimado: R$1.500.000,00

Abrangência: Regional

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Figura 19 - Projeto do Parque Linear do Rio Embu Mirim

Fonte: divulgação.

Figura 20 - Deck do Parque Linear do Rio Embu Mirim, 1ª Fase

Fonte: divulagação.

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Figura 21 - 1ª Fase Parque Linear do Rio Embu Mirim

Fonte: divulgação.

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8.3.5. [A.14.] Parque Linear Centro Histórico

Objetivo: Ampliação do eixo de visitação da rota do artesanato do Centro

Histórico

Justificativa: O artesanato embuense é uma atividade cada vez mais

crescente e principal elemento da atratividade turística do município. O projeto que

compreende as vias Elias Yazbek, Pe. Belchior de Pontes, Paulo do Vale, Andronico

dos Prazeres Gonçalves, Av. São Paulo. Deve considerar não somente a

pavimentação como a implantação de equipamento urbanos que o qualifiquem como

área de lazer, circulação e contemplação da paisagem. Os eventos de artesanato se

irradiam e a infraestrutura precisa acompanhar para o estimulo e qualificação da

atividade. A tradicional Feira de Artes de Embu conta com uma grande variedade de

produtos artesanais, obras de arte, e também o chamado “industrianato”. A Feira do

Verde, que antigamente ocupava a Praça da Lagoa e agora está localizada na Rua

Siqueira Campos, incrementa junto com as barracas de alimentos e bebidas, a

diversidade de produtos oferecidos. Feiras como esta demandam de espaço pois se

torna cada vez mais frequentadas.

Descrição da Ação: Reestruturar o projeto existente, implantando mobiliário

adequado. Requalificar áreas verdes, paisagismo e iluminação.

Custo Estimado: R$ 1.200.000,00

Abrangência: Municipal

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A infraestrutura turística de Embu das Artes consolidada, encontra-se

saturada e desponta diretrizes referentes aos caminhos e problemáticas que devem

ser perseguidos para que a atividade possa se desenvolver de maneira sustentável

e ordenada. Este deve ser compreendido como desenvolvimento sustentável como

base para a preservação da identidade cultural, respeitando as especificidades

políticas, econômicas, sociais e ambientais da região.

A busca pela inovação, definida como a capacidade da cadeia produtiva do

turismo, deve compreender que a estruturação dos destinos turísticos dependende

de uma visão integradora do desenvolvimento produtivo e da competitividade, o que:

requer a articulação em redes; demanda investimentos em tecnologias; busca a

oferta de produtos e serviços segmentados que agreguem valores do patrimônio

sociocultural e ambiental e que gerem, como resultado, a ampliação da capacidade

de produção, de postos de ocupação, de difusão e de distribuição de produtos e

serviços, além da circulação da renda no território.

As propostas deste plano se inserem neste movimento, no qual apesar de

destacar a principal atividade turística do município, segue a demanda estimular

novas áreas e principalmente qualificar o produto turístico do morador da região. A

política de desenvolvimento dessas áreas caminha em consonância com as

necessidades da população embuense.

No geral estimular o produto turístico qualificando sua infraestrutura urbana

com serviços de qualidade, conforto ambiental. Promoção da integração e

fortalecimento do produtor, artesão e comerciantes. Estimulando estratégias de

infraestrutura turística, conjunto formado por obras e instalações de estrutura física e

de serviços indispensáveis ao desenvolvimento do turismo e existentes em função

da atividade.

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10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9050:

Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos:

3.ed. apresentação. Rio de Janeiro, 2015.

BRASIL, Ministério do Turismo. Economia do turismo cresce no Brasil.

Porta do Ministério do Turismo, 2014. Disponível

em:<http://www.turismo.gov.br/turismo/noticias/todas_noticias/20140417-1.html>

Acesso em: 02 jun. 2015.

BRASIL. Ministério da Fazenda. Economia Brasileira em Perspectiva.

Brasília, 2012. Disponível em: <http://www1.fazenda.gov.br/portugues/

docs/perspectiva-economia-brasileira/edicoes/Economia-Brasileira-Em-Perpectiva-

Mar-Abr12- alterado.pdf>. Acesso em: 19 de janeiro de 2015

BRASIL. Ministério do Turismo. 2014b. Turismo na Copa - Números da

Copa. Brasília, 2014.

BRASIL. Ministério do Turismo. 2014c. Estudo da Demanda Turística

Internacional durante a Copa do Mundo da FIFA 2014. Brasília, agosto de

2014.

BRASIL. Ministério do Turismo. Programa de Regionalização do Turismo.

Brasília, 2013.

CIDADE BRASIL. Dados Econômicos de Embu das Artes, 2015.

IGNARRA, Luiz Renato. Fundamentos do Turismo. 2.ed. São Paulo: Editora

Thompson, 2003.

LYNCH, Kevin. A boa forma da cidade. Lisboa, Portugal : Edições 70 ltda,

2007.

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PREFEITURA DE EMBU DAS ARTES. A Cidade. Disponível em:

http://embudasartes.sp.gov.br/ Acesso em: 17 de julho de 2015.