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Esclarecimentos sobre a Análise de Oferta e Demanda
“O documento referente à Análise de Oferta para Internet das Coisas no Brasil
registra o processo de construção, as reflexões e as conclusões geradas no âmbito
do estudo acerca do tema. Esse registro não pretende ser exaustivo, mas apenas
ilustrar o processo de construção participativo sobre o tema. As informações
contidas neste documento foram resultado de diversas reuniões e discussões nos
fóruns do estudo, e, portanto, não representam a opinião ou juízo de valor do
Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, do Banco Nacional
de Desenvolvimento Econômico e Social ou dos membros do Consórcio.”
3
Índice
1 CONTEXTO ...................................................................................................................................................... 4
2 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................................. 6
3 COMPETÊNCIAS TECNOLÓGICAS PARA IOT NO BRASIL ................................................................................... 7
3.1 Competências na camada de Dispositivos ........................................................................................................... 9 3.2 Competências na camada de Redes ................................................................................................................... 11 3.3 Competências na camada de Suporte a serviços e aplicações ........................................................................... 13 3.4 Competências na camada de Segurança ............................................................................................................ 15
4 CADEIA DE VALOR......................................................................................................................................... 18
4.1 Análises das empresas e ofertas por elo da cadeia de valor .............................................................................. 19 4.2 Iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação ........................................................................................ 44
5 MAPA DE ATORES DO BRASIL ....................................................................................................................... 50
5.1 Levantamento e análise dos ambientes de atuação das empresas de IoT ........................................................ 51 5.2 Mapa de atores (landscape) ............................................................................................................................... 56
6 DESAFIOS DA PD&I NO BRASIL...................................................................................................................... 93
6.1 Desafios para o Fortalecimento da PD&I no Brasil ............................................................................................. 94 6.2 O Sistema Brasileiro de Fomento e Apoio à PD&I é Diversificado ................................................................... 117
7 OPORTUNIDADES-CHAVE DA OFERTA......................................................................................................... 119
7.1 Definir focos tecnológicos em IoT .................................................................................................................... 120 7.2 Alinhar a estratégia de órgãos e fundos de fomento à PD&I ........................................................................... 121 7.3 Amadurecimento das empresas nacionais atuantes em IoT ............................................................................ 122
8 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................................. 123
8.1 Competências tecnológicas para IoT no Brasil ................................................................................................. 123 8.2 Cadeia de valor ................................................................................................................................................. 123 8.3 Mapa de atores do Brasil .................................................................................................................................. 127 8.4 Políticas de IoT ................................................................................................................................................. 127 8.5 Oportunidades-chave da Oferta ....................................................................................................................... 131
4
1 Contexto
O presente documento, relatório parcial da “Análise de Oferta e Demanda – Aspiração do
Brasil em Internet das Coisas” é um capítulo de um dos produtos do estudo "Internet das
Coisas: um plano de ação para o Brasil", liderado pelo Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em parceria com o Ministério da Ciência,
Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). O estudo, que tem por objetivo propor
um plano de ação estratégico para o país em Internet das coisas (em inglês, Internet of
Things - IoT), está dividido em quatro grandes fases:
■ Diagnóstico Geral e Aspiração para o Brasil: Obtenção de visão geral do impacto de
IoT no Brasil, entendimento das competências de TIC do País e definição de
aspirações iniciais para IoT no Brasil;
■ Seleção de verticais e horizontais: Definição de critérios-chave para seleção e
priorização de verticais e horizontais;
■ Aprofundamento e elaboração de plano de ação (2018 - 2022): Aprofundamento nas
verticais escolhidas, elaboração de visão para IoT para cada vertical e elaboração de
Plano de Ação 2018-22;
■ Suporte à implementação: Apoio à execução do Plano de Ação 2018-22.
As 3 primeiras fases são compostas de 9 produtos principais. O presente documento
representa o capítulo referente ao diagnóstico da oferta do Brasil em IoT, parte integrante
do produto 3, inserido na Fase 1 do estudo, como descrito no QUADRO 1 a seguir. Os
principais objetivos do documento são:
■ Sintetizar a oferta de competências tecnológicas no país, tanto de empresas quanto de
universidades e instituições de ciência e tecnologia (ICTs), que podem potencializar
o florescimento de IoT;
■ Identificar oportunidades-chave relacionadas à oferta de tecnologia que podem ser
capturadas pelo Brasil.
5
QUADRO 1
Todavia, há que se ressaltar que o resultado apresentado no presente documento está
baseado no contexto atual1, devendo este trabalho ser atualizado frequentemente a fim de
se capturar as esperadas evoluções da oferta tecnológica e oportunidades associadas.
Em face da diversidade que o assunto abarca o Consórcio se valeu de várias fontes de
informação que se mostraram importantes e complementares:
■ Consulta on-line 3º Bytes de IoT2;
■ Duas consultas dirigidas a ICTs3;
■ Entrevistas com especialistas em tecnologias;
■ Conhecimento tácito do conjunto de participantes do consórcio4.
O engajamento desses vários atores constituiu, assim, a base de construção do
conhecimento sintetizado neste documento.
1 Primeiro semestre de 2017.
2 O 3º Bytes de IoT foi um levantamento, realizado entre 06/06/2017 até 21/06/2017, tendo recebido nesse período
contribuições de mais de 400 organizações que compartilharam com o consórcio informações sobre sua atuação.
3A primeira, conduzida em fevereiro de 2017, buscou levantar produtos, serviços e focos de atuação das ICTs e a
segunda, conduzida entre 31/05/2017 e 23/06/2017, enfocou competências para IoT. Houve contribuições de mais de
uma dezena de Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação.
4 O quadro de colaboradores das instituições consorciadas promoveu um levantamento de informações extenso e
profundo que possibilitou enriquecer as análises ora realizadas.
Investigação de verticais,
elaboração da Visão e Plano
Relatório de priorização das
iniciativas e plano de ação
Relatório final do estudo
Síntese do relatório final do estudo
Relatório visão de IoT para o Brasil
Relatório de aprofundamento
das verticais
Seminário para construção da visão
IoT
Relatório de Entrevistas e
Pesquisas – Fase III
7b 8
7a 4c
9c9a 9b
Seleção de verticais
e horizontais
Relatório de Seleção de Horizontais e Verticais – Final
Relatório de Entrevistas e
Pesquisas – Fase II
Relatório de Seleção de Horizontais e
Verticais – Parcial
6
5
4b
Fases e principais produtos do estudo “Internet das Coisas: um plano de ação para o Brasil”
Principais
produtos
▪ Em definição
Diagnóstico e
Aspiração Brasil
I II
Objetivos
▪ Apoiar e acelerar a implementaçãodo Plano de Ação
▪ Desenvolver benchmark de projetos e políticas de IoT
▪ Mapear roadmap tecnológico de IoT no mundo
▪ Analisar demanda e oferta de IoT no Brasil
▪ Definir critérios-chave de seleção
▪ Priorizar verticais e horizontais
▪ Aprofundar-se nas verticais escolhidas▪ Elaborar Visão para IoT para cada vertical▪ Elaborar Plano de Ação 2017-22
III
Relatório de Roadmap
tecnológico
Relatório de Entrevistas e
Pesquisas – Fase I
Plano de governançae trabalho
Relatório de Análise de Oferta
e Demanda
Relatório de
benchmark
FONTE: Análise do consórcio
2 3
0 1
4a
IV
Suporte à
implementação
6
2 Introdução
Para se tornar um país mais competitivo e melhorar as condições de vida de seus cidadãos
o Brasil tem muitos desafios a superar. As soluções de Internet das Coisas (IoT) podem
ajudar a vencer ou minimizar alguns desses desafios.
Todavia, dada a diversidade de casos de uso que o tema abarca, a promoção de soluções
de IoT exige diversas competências técnicas, que vão da eletrônica básica até algoritmos
avançados de inteligência artificial.
Nesse âmbito, programas e políticas de estímulo ao desenvolvimento tecnológico e à
inovação podem ser aprimorados para mitigar os desafios estruturais existentes no país,
reforçar as competências e ampliar a oferta de soluções de IoT. É o que se evidencia em
diversas experiências realizadas em outros países.
Em análise anterior, realizada e apresentada no Roadmap Tecnológico deste projeto, foram
constatadas as principais tendências tecnológicas, em âmbito global, no tema de Internet
das Coisas. Além disso, por meio de mapeamentos e análises de atores5, alianças,
oportunidades e da cadeia de valor foram destacados os principais aspectos dessa oferta
tecnológica, no Brasil e no exterior.
O presente documento objetiva levantar a oferta tecnológica para IoT no Brasil, em termos
de competências e soluções (produtos e serviços) tecnológicas, disseminadas tanto na
indústria da Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) quanto nas instituições de
ciência, tecnologia e inovação. A partir disso, busca-se identificar oportunidades-chave de
oferta tecnológica nacional, estando assim organizado:
■ Levantamento de competências relevantes à IoT, conduzido tanto junto às ICTs
quanto em empresas do setor de TICs;
■ Análise da cadeia de valor de IoT no Brasil;
■ Análise do mapa de atores por elo e ambiente (landscape);
■ Desafios estruturais da PD&I nacional aplicáveis ao desenvolvimento da IoT;
■ Identificação de oportunidades-chave relacionadas à capacidade de oferta nacional
em IoT.
5 Os atores compreendem empresas nacionais e estrangeiras, ICTs e universidades.
7
3 Competências tecnológicas para IoT no Brasil
Esta seção apresenta os resultados obtidos do levantamento e análise sobre competências
para o desenvolvimento de soluções IoT existentes no Brasil. Observa-se que as
informações apresentadas, a seguir, obtidas principalmente por meio do 3º Bytes de IoT,
possuem caráter auto declaratório e não são exaustivas.
A diversidade de aplicações da IoT requer o desenvolvimento de inúmeras tecnologias
que podem ser organizadas em camadas. Abrangem desde o componente semicondutor,
que permite a um sensor medir uma determinada grandeza física, passando por um chip,
que transmite esse dado via radiofrequência, até um servidor que trata um conjunto de
dados, possibilitando a obtenção de informações relevantes.
No presente documento, foi utilizada a arquitetura de IoT definida pela União
Internacional das Telecomunicações (UIT), baseada em camadas tecnológicas:
■ Dispositivos: Engloba os levantamentos referentes à evolução dos chips, sensores,
atuadores e estruturas de armazenamento e captação de energia;
■ Rede: Fornece funções de conectividade e controle de acesso e mobilidade para
serviços de IoT;
■ Suporte a Serviços e Aplicações: Provê capacidades, como processamento ou
armazenamento de dados, que podem ser utilizadas por diferentes aplicações de IoT;
■ Segurança da Informação: Apresenta tecnologias utilizadas para garantir
privacidade e confiabilidade no envio de dados, que permearão todas as demais
camadas.
As quatro camadas tecnológicas, assim como exemplos de soluções em cada camada, estão
ilustradas no QUADRO 2 a seguir.
8
QUADRO 2
As subseções 3.1 a 3.4 mostram os resultados das pesquisas sobre competências para o
desenvolvimento de soluções IoT encontradas no Brasil e segundo essas camadas.
Cabe ressaltar que o conceito de competência adotado nesse levantamento enfocou os
temas tecnológicos, sem considerar um possível aprofundamento que fizesse distinções
entre níveis de capacidades e experiências associadas ao uso, adaptação e inovação
tecnológica.
FONTE: Análise do consórcio
Suporte a Serviços e
Aplicações
▪ Processamento de dados
▪ Armazenamento de dados
Rede
▪ Longo alcance
▪ Curto alcance
Dispositivos
▪ Processamento local
▪ Armazenamento local
▪ Comunicação M2M
▪ Bateria
▪ Sensor
▪ Atuador
Principais camadas tecnológicas definidas pela União Internacional das Telecomunicações (UIT)
Segurança
▪ Autorização ▪ Autenticação ▪ Uso de dados ▪ Confidencialidade ▪ Controle
de acesso
▪ Proteção de
integridade
9
3.1 Competências na camada de Dispositivos
A camada de Dispositivos abrange uma série de competências necessárias ao
desenvolvimento de soluções para IoT. Inclui tecnologias como eletrônica analógica ou o
desenvolvimento de protocolos específicos para comunicação em ambientes de restrição
de consumo de energia. Dentre as 369 empresas que responderam ao 3º Bytes de IoT,
62,9% (232) indicam possuir alguma competência relacionada à camada Dispositivos. A
relação de competências elencadas para essa camada e o número de empresas que as
possuem são apresentados no QUADRO 3.
QUADRO 3
Observa-se que as três competências mais presentes nas empresas respondentes, nessa
camada, são: eletrônica digital; firmware para microcontroladores e microprocessadores e
objetos inteligentes.
De maneira análoga e complementar, dos 36 ICTs que responderam à pesquisa, 27
indicaram possuir alguma competência relacionada à camada de Dispositivos. A relação
de competências elencadas para essa camada e o percentual de ICTs que as consideram
presentes são apresentados no QUADRO 4.
10
QUADRO 4
Observa-se que as três competências mais presentes nas ICTs respondentes, nessa camada,
são: processamento de sinais; eletrônica digital; e simulação e testes.
11
3.2 Competências na camada de Redes
A camada de Redes abrange as competências necessárias ao desenvolvimento de soluções
de conectividade para IoT. Inclui desde tecnologias em antenas e sistemas de propagação,
até o desenvolvimento de redes de comunicação sem fio de longo alcance. Das 369
empresas que responderam ao 3º Bytes de IoT, 59,3% (219) dizem possuir alguma
competência relacionada à camada de Redes. A relação de competências elencadas para
essa camada e o número de empresas que as possuem são apresentados no QUADRO 5.
QUADRO 5
Observa-se que as três competências mais presentes nas empresas respondentes, nessa
camada, são: redes locais sem fio; redes IP; e arquiteturas de rede; com, respectivamente,
69%, 63% e 62% dos respondentes afirmando possuí-las.
De maneira análoga e complementar, dos 36 ICTs que responderam à pesquisa, 28
indicaram possuir alguma competência relacionada à camada de redes. A relação de
competências elencadas para essa camada e o percentual de ICTs que as consideram
presentes são apresentados no QUADRO 6.
12
QUADRO 6
Observa-se que as três competências mais presentes nas ICTs respondentes, nessa camada,
são: redes locais e sem fio, redes IP, redes Mesh, protocolos (6lo, DTLS, CoAP, MQTT) e
arquiteturas de rede.
13
3.3 Competências na camada de Suporte a serviços e aplicações
A camada de Suporte a serviços e aplicações abrange as competências necessárias ao
desenvolvimento de serviços e aplicações para IoT. Inclui desde tecnologias como
algoritmos para processamento distribuído até inteligência artificial. Das 369 empresas
que responderam ao 3º Bytes de IoT, 80% (295) alegam ter alguma competência
relacionada à camada de Suporte, sendo esta a que mais obteve respostas. A relação de
competências elencadas para essa camada e o número de empresas que as possuem são
apresentados no QUADRO 7.
QUADRO 7
Observa-se que as três competências mais presentes nas empresas respondentes, nessa
camada, são: arquitetura de sistemas; banco de dados relacionais; e tecnologias de
integração.
De maneira análoga e complementar, todos os 36 ICTs que responderam à pesquisa dizem
possuir alguma competência relacionada à camada de suporte a serviços e aplicações. A
relação de competências elencadas para essa camada e o percentual de ICTs que as
consideram presentes são apresentados no QUADRO 8.
14
QUADRO 8
Observa-se que as competências mais presentes são: arquitetura de Sistemas, banco de
dados relacionais, big data e inteligência artificial.
15
3.4 Competências na camada de Segurança
A camada de Segurança abrange as competências específicas relacionadas à segurança da
informação em todas as camadas tecnológicas, e inclui desde tecnologias como
criptografia leve até blockchain. Das 369 empresas que responderam ao 3º Bytes de IoT,
40,6% (146) dizem possuir alguma competência relacionada à camada de Segurança. A
relação de competências elencadas para essa camada e o número de empresas que as
possuem são apresentados no QUADRO 9.
QUADRO 9
Observa-se que as três competências mais presentes nas empresas respondentes, nessa
camada, são: criptografia leve; algoritmos de assinatura digital; e certificados digitais.
De maneira análoga, e complementar, dos 36 ICTs que responderam à pesquisa, 22 dizem
possuir alguma competência relacionada à camada de segurança. A relação de
competências elencadas para essa camada e o percentual de ICTs que as consideram
presentes são apresentados no QUADRO 10.
16
QUADRO 10
Observa-se que as três competências mais presentes nas ICTs respondentes, nesta camada,
são: algoritmos de hash (68%), algoritmos de assinatura digital (64%), certificados digitais
(64%) e algoritmos de cifração e criptografia leve (em 59%).
Enfim, a análise de competências tecnológicas para IoT no Brasil mostra que o conjunto
das empresas e ICTs atuam em todas as competências mapeadas. Além disso, constatam-
se fraquezas que poderão ser sanadas por meio de sinergias.
As competências mais presentes nas empresas, por camada, são respectivamente:
■ Firmware para MCU e MPU (58%); e eletrônica digital (58%);
■ Redes locais em fio (69%);
■ Arquitetura de sistemas (69%);
■ Criptografia leve (57%);
Já, no caso das ICTs, as competências mais presentes são:
■ Simulação e testes (74%); processamento de sinais (74%); e eletrônica digital (74%);
■ Redes locais em fio (86%); e redes IP (86%);
■ Arquitetura de sistemas (81%);
■ Algoritmos de hash (68%)
17
Quanto aos principais potenciais de sinergia, isto é, as competências relativamente
menos presente nas empresas, entretanto mais abundantes nas ICTs constatam-se:
■ Simulação e testes, presente em 30% das empresas, frente a 74% das ICTs;
■ Antenas e propagação, presente em 34% das empresas, frente a 67% das ICTs;
■ Energy harvesting, presente em 12% das empresas, frente a 48% das ICTs;
■ Redes móveis de longo alcance (não 3GPP), presente em 27% das empresas, frente a
46% das ICTs;
■ Protocolos (6lo, DTLS, CoAP, MQTT) presente em 37% das empresas, frente a 75%
das ICTs;
■ Algoritmos de roteamento, presente em 37% das empresas, frente a 71% das ICTs;
■ Realidade aumentada e virtual, presente em 18% das empresas, frente a 53% das ICTs;
■ Interfaces naturais, presente em 16% das empresas, frente a 50% das ICTs;
■ Virtualização, presente em 28% das empresas, frente a 69% das ICTs;
■ Blockchain, presente em 27% das empresas, frente a 45% das ICTs;
■ Canal seguro, presente em 38% das empresas, frente a 64% das ICTs;
18
4 Cadeia de valor
Para uma compreensão abrangente sobre a oferta de IoT no Brasil, além da análise sobre
competências nas camadas tecnológicas, apresentada nas seções anteriores, há que se
compreender também a oferta em termos da cadeia de valor local. Esta seção apresenta os
resultados obtidos no levantamento e análise da cadeia de valor de IoT no Brasil.
A seção 4.1 apresenta os produtos e serviços ofertados pelas empresas participantes da
pesquisa, segundo estrutura da cadeia de valor de IoT. Parte-se do pressuposto de que o
conceito de cadeia de valor6 é um proxy adequado para uma análise dessa natureza, que
visa elucidar o papel e a relevância de determinadas organizações na criação de valor e
vantagem competitiva. Além disso, possibilita-se uma compreensão sobre o fluxo de
agregação de valor no âmbito de unidades de negócio interdependentes, ou seja, retrata
uma cadeia de atividades desenvolvidas em uma ou mais organizações interdependentes.
Um elo de uma cadeia de valor pode representar tanto a produção de determinados
insumos, produção de produto ou serviço final, até mesmo, seu consumo final. Conforme
definido no Roadmap Tecnológico, os elos da cadeia de valor de IoT, também aplicados nessa
análise, são:
■ Módulos Inteligentes compreendem o desenvolvimento e fornecimento de
componentes básicos como processadores, sensores, atuadores, memórias, modems;
■ Objetos Inteligentes abordam a fabricação e comercialização de elementos tangíveis
de interação no universo da IoT, como, por exemplo, os eletrodomésticos conectados;
■ Conectividade abrange o fornecimento de equipamentos de telecomunicações e de
serviços de comunicação;
■ Habilitador engloba o desenvolvimento e comercialização de soluções de suporte
para coleta, armazenamento, processamento, consolidação, análise e visualização dos
dados;
■ Integrador trata da integração de diferentes sistemas, processos e objetos na formação
das soluções IoT, visando à integração no âmbito de regras de negócios ou entre
aplicações e objetos inteligentes;
■ Provedor de Serviços realiza o empacotamento de soluções IoT fim-a-fim, ofertando-
as como serviço ao usuário final.
6 PORTER, Michael. Vantagem Competitiva. Rio de Janeiro. RJ: Editora Campus, v. 79, 1989.
19
4.1 Análises das empresas e ofertas por elo da cadeia de valor
4.1.1 Empresas no Brasil
Nesta seção, caracteriza-se a atuação das principais empresas da cadeia de valor da IoT,
no Brasil, com base na pesquisa realizada7. O preenchimento dos formulários foi realizado
por representantes das empresas e coube ao consórcio Mckinsey/CPqD/Pereira Neto e
Macedo a compilação e análise dos dados.
Conforme o QUADRO 11, participaram 369 empresas, sendo 328 de origem nacional e 41
de origem estrangeira.
QUADRO 11
7 A base de dados para a análise das empresas resultou da pesquisa 3º Bytes de IoT, que teve por objetivo mapear as
empresas e ICTs que ofertam produtos, serviços ou soluções de IoT no Brasil. A pesquisa ficou disponível para
preenchimento online no período de 06/06/2017 a 21/06/2017.
20
O QUADRO 12 apresenta a distribuição das empresas brasileiras de IoT, segundo o
número de funcionários de seu quadro. Observa-se que dentre essas 46% são formadas
por empresas que possuem até nove funcionários. Além disso, somente 7% das empresas
nacionais apresentam mais de 500 funcionários.
QUADRO 12
21
Já a distribuição por porte das empresas com origem estrangeira, apresentada no
QUADRO 13, indica que 66% possuem mais de 500 funcionários.
QUADRO 13
22
O QUADRO 14 classifica as empresas brasileiras e estrangeiras quanto à idade. Observa-
se que 31% das empresas brasileiras foram fundadas há, no máximo, cinco anos, enquanto
que 100% das empresas estrangeiras atuam há mais de cinco anos.
QUADRO 14
23
Quanto à atuação geográfica, observa-se que a maioria das empresas nacionais tem
atuação regional ou nacional, ao passo que empresas estrangeiras adotam, em sua maioria,
uma estratégia de atuação global. O detalhamento dos respectivos percentuais é mostrado
no QUADRO 15.
QUADRO 15
24
Outro conjunto de perguntas da pesquisa abordou o acesso das empresas brasileiras a
linhas de financiamento voltadas para inovação. Até o momento da pesquisa, a maioria
delas declarou não haver ainda recorrido a instrumentos de financiamento da inovação.
Entre aquelas que recorreram, o instrumento de financiamento à inovação mais utilizado
é o Cartão BNDES. O QUADRO 16 e o QUADRO 17 ilustram as respostas nesse âmbito.
QUADRO 16
25
Por sua vez, o QUADRO 17 mostra resultados obtidos a partir de critérios específicos:
premiação recebida, incubação, disponibilidade de centro de P&D local, e obtenção de
patentes. Destaca-se que 65% das empresas brasileiras possuem centro de P&D local.
Observa-se, também, que 38% da amostra de empresas brasileiras pesquisadas já têm
alguma patente requerida ou reconhecida e que outros 14% estavam em processo de
solicitação de patente.
QUADRO 17
26
De maneira análoga e complementar, a pesquisa abordou o acesso das empresas de origem
estrangeira a linhas de financiamento voltadas à inovação. Também entre estes, o uso de
instrumentos de financiamento para apoio à inovação é pouco representativo. Entre as
empresas que o fizeram, o instrumento mais utilizado foi o Processo Produtivo Básico
(PPB), seguido do Cartão BNDES. Nesse âmbito, o QUADRO 18 e o QUADRO 19 ilustram
as respostas obtidas.
QUADRO 18
27
O QUADRO 19 mostra resultados obtidos a partir de critérios específicos: premiação
recebida, incubação, disponibilidade de centro de P&D local, e obtenção de patentes.
Destaca-se que 54% das empresas estrangeiras possuem centro de P&D local.
Observa-se, também, que da amostra de empresas estrangeiras 44% já requereram ou
tiveram reconhecida alguma patente, e que somente 2% delas encontravam-se em
processo de solicitação de patente por ocasião da pesquisa.
QUADRO 19
Comparando-se as respostas das empresas brasileiras e das estrangeiras em questões
relativas a linhas de financiamento da inovação, as maiores diferenças percentuais são:
■ No acesso à Portaria MCT950/06, ao CERTIS e congêneres, cujo uso foi relatado por
13% das empresas brasileiras e por 22% das estrangeiras.
■ No reconhecimento do Processo Produtivo Básico (PPB) de seus produtos,
mecanismo utilizado por 16% das empresas brasileiras e por 46% das estrangeiras.
■ No acesso a bolsas de apoio à pesquisa (CNPq, CAPES, Fundações de Amparo à
Pesquisa e congêneres), incentivo usufruído por 21% das empresas brasileiras e por
somente 7% das estrangeiras.
28
No que tange à localização geográfica8 e à estratégia de atuação, verifica-se que a grande
maioria das empresas se concentra no Sudeste e atua local ou nacionalmente, conforme
mostrado no QUADRO 20. Por outro lado, a região Norte possui a menor quantidade de
empresas (6) e essas têm uma estratégia de atuação predominantemente local.
QUADRO 20
8 A localização geográfica da empresa é determinada pela localização de sua sede.
29
O QUADRO 21 mostra a segmentação das empresas por região geográfica e número de
funcionários. Observa-se que as regiões Sudeste e Sul concentram a maioria das empresas.
E no que diz respeito ao número de funcionários, enquanto na região Centro-oeste mais
de 30% das empresas apresenta mais de 500 funcionários, na região Norte não há nenhuma
empresa desse porte.
QUADRO 21
30
O QUADRO 22 mostra a distribuição de empresas por número de funcionários e por
unidade federativa, limitando-se as dez unidades federativas que apresentaram a maior
quantidade de empresas. Observa-se que as empresas atuam majoritariamente no estado
de São Paulo. Além disso, 80% das empresas presentes no estado da Bahia possuem até
nove funcionários.
QUADRO 22
31
O QUADRO 23 segmenta as empresas segundo sua nacionalidade, tempo de atuação e
região em que está localizada sua sede. Observa-se que as empresas estrangeiras que
atuam no Brasil encontram-se, em sua quase totalidade, na região Sudeste e que todas têm
mais de cinco anos de existência. As empresas brasileiras seguem tendência semelhante
quanto à localização geográfica, embora menos acentuadamente. De modo geral, a maioria
das empresas brasileiras tem mais de cinco anos de existência e está concentra no Sudeste
e no Sul do país.
QUADRO 23
32
4.1.2 Atuação por elo da cadeia de valor
No que tange à atuação das 369 empresas conforme a cadeia de valor analisou-se o tipo
de atividade (P&D, manufatura, comercialização), para os seguintes elos:
■ Módulos Inteligentes compreendem o desenvolvimento e o fornecimento de
componentes básicos como processadores, sensores, atuadores, memórias, modems;
■ Objetos Inteligentes abordam a fabricação e a comercialização de elementos
tangíveis de interação no universo da IoT, como, por exemplo, os eletrodomésticos
conectados;
■ Conectividade abrange o fornecimento de equipamentos e de serviços de
telecomunicação;
■ Habilitador engloba o desenvolvimento e a comercialização de soluções de suporte
para coleta, armazenamento, processamento, consolidação, análise e visualização dos
dados;
■ Integrador trata da integração de diferentes sistemas, processos e objetos na
composição das soluções IoT, visando à integração no âmbito de regras de negócios
ou entre aplicações e objetos inteligentes;
■ Provedor de Serviços realiza o empacotamento de soluções IoT fim-a-fim, ofertando-
as como serviço ao usuário final.
As questões apresentadas distinguem-se por elo. Para os elos Módulos Inteligentes,
Objetos Inteligentes, Conectividade e Habilitador, a pesquisa abrangeu a caracterização
da atuação das empresas, em termos de:
■ Design ou P&D;
■ Produção, independentemente se própria ou terceirizada;
■ Comercialização.
Para esse conjunto de questões, as opções de resposta foram:
■ 100% realizados no Brasil;
■ Realizados majoritariamente no Brasil, com o apoio no exterior;
■ Realizados majoritariamente no exterior, com apoio no Brasil;
■ 100% realizados no exterior;
■ Não atua.
Adicionalmente, para o elo Conectividade verificou-se, também, se a empresa atua como
provedor de serviços de conectividade.
Para o elo Habilitador, foi acrescida uma questão sobre o local de armazenamento da
informação, cujas alternativas eram:
■ Armazenando de dados no Brasil;
33
■ Armazenamento de dados no exterior;
■ Não atua.
Para os elos Integrador e Provedor de Serviços, a pesquisa limitou-se a perguntar se a
empresa atua ou não naqueles elos.
O QUADRO 24 mostra a distribuição percentual das empresas por origem e por elo de
atuação. Nota-se que as empresas brasileiras atuam mais intensamente nos elos Integrador
e Habilitador. Por sua vez, as empresas de origem estrangeira apresentam maior atuação
nos elos Habilitador e Conectividade. Além disso, a maior diferença no percentual de
atuação ocorre no elo Integrador, onde as empresas brasileiras sobressaem.
QUADRO 24
34
Adicionalmente, avaliou-se a distribuição das empresas que têm atuação simultânea em
múltiplos elos. Observou-se que, conforme mostrado no QUADRO 25, 34% das empresas
declararam atuar em todos os elos da cadeia de valor, e que 21% delas atuam em cinco
elos.
QUADRO 25
35
A estratificação das respostas das empresas para o elo Módulos Inteligentes é mostrada
no QUADRO 26. Quase metade das empresas declara realizar no Brasil a totalidade de
suas atividades de design e comercialização.
QUADRO 26
36
Uma distribuição semelhante foi observada no elo Objetos Inteligentes, com quase metade
das empresas declarando realizar essas atividades inteiramente no Brasil, como mostrado
no QUADRO 27.
QUADRO 27
Além disso, observa-se que 81% das empresas que atuam no elo Módulos Inteligentes (seja
em design, produção ou comercialização), também atuam no elo Objetos Inteligentes.
Entretanto, somente 50% das empresas declaram atuar em design, produção e
comercialização em ambos os elos.
37
Por sua vez, conforme QUADRO 28, 56% das empresas pesquisadas no elo Conectividade
declaram atuar em design/P&D (e 34% fazem essa atividade inteiramente no Brasil).
Entretanto, somente 53% dessas empresas declaram produzir algo nesse elo (25% no
Brasil). Essa aparente discrepância pode ser atribuída ao fato de a atividade de produção
exigir maquinário e equipamentos que só são viáveis em empresas de maior porte, ao
passo que a atividade de design pode ser realizada inclusive por empresas menores.
QUADRO 28
38
Além disso, 56% do total de empresas declararam prover serviço de conectividade,
conforme o QUADRO 29.
QUADRO 29
39
O QUADRO 30 mostra a estratificação das empresas com atuação no elo Habilitador.
Observa-se que aproximadamente 70% das empresas declararam realizar design/P&D de
produtos ou de soluções para armazenamento, processamento, consolidação, análise e
visualização dos dados, sendo que 50% declararam realizar essas atividades
exclusivamente no Brasil. Nível de participação semelhante, isto é 69%, ocorre na
produção.
QUADRO 30
40
No caso do elo Habilitador, o QUADRO 31 mostra que 43% das empresas participantes
da pesquisa não atuam em armazenamento de dados, e dentre as que atuam, a maioria o
faz em território nacional.
QUADRO 31
41
Para o elo Integrador, a pesquisa limitou-se a identificar as empresas que declaram atuar
na integração de soluções de IoT. O QUADRO 32 mostra que essa é a situação de 75% das
empresas pesquisadas.
QUADRO 32
42
Para o elo Provedor de Serviços, a pesquisa buscou identificar as empresas com
capacidade de realizar o empacotamento de soluções IoT fim-a-fim, ofertando-as como
serviço ao cliente final. O resultado foi que 67% delas declararam atuar como provedores
de serviços, conforme mostrado no QUADRO 33.
QUADRO 33
Em uma análise cruzada, observa-se que 73% das empresas que atuam com Integradores
também atuam como provedores de serviços.
43
Da análise sobre a atuação das empresas, destaca-se que:
■ Encontram-se majoritariamente no Sudeste, principalmente em São Paulo, com
centro de P&D local;
■ 89% são brasileiras, sendo que sua maior parcela (46%) é composta por até 9
colaboradores. Dentre essas, 69% atuam há mais de cinco anos;
■ 11% das empresas são estrangeiras e atuam há mais 5 anos no Brasil. A maior parcela
das empresas estrangeiras (66%) apresenta quadro com mais de 500 colaboradores
e 46% possuem algum produto com reconhecimento de processo produtivo básico
(PPB);
■ Os elos com maior percentual de atuação de empresas brasileiras são Habilitador e
Integrador, ambos com 77%;
■ Os elos com maior percentual de participação de empresas estrangeiras são
Habilitador e Conectividade, respectivamente com 80% e 78%.
44
4.2 Iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação
O primeiro levantamento deste estudo, realizado em fevereiro de 2017, investigou as
atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) de um conjunto de ICTs e
universidades, buscando informações de projetos e atividades dessas entidades em torno
do tema IoT. As iniciativas abarcam as fases iniciais da criação de um produto ou serviço,
tais como design, desenvolvimento, testes em laboratório, testes em campo e fases pré-
comercial e comercial.
Esse levantamento cobriu 85 iniciativas de PD&I, das quais 75 foram selecionadas para a
análise, por seus escopos terem sido considerados mais relacionados à IoT. As outras 10
iniciativas, embora relevantes para o cenário brasileiro em IoT, foram excluídas da análise
por apresentarem descrições demasiadamente genéricas, sem detalhamento das soluções
desenvolvidas.
4.2.1 Principais análises
As análises foram estruturadas em cinco dimensões da atuação em IoT, isto é, sobre:
localização geográfica; ambientes onde a solução é empregada; elos da cadeia que
contemplam a iniciativa; maturidade do projeto e investimento atrelado. A seguir,
apresentam-se os resultados de cada uma dessas.
■ Distribuição das iniciativas de PD&I no território nacional
Para essa avaliação, foram selecionadas apenas aquelas iniciativas com informações
disponíveis sobre onde são desenvolvidas, obtendo-se uma amostra final de 73 iniciativas,
distribuídas no território nacional.
O resultado demonstrou que as iniciativas relacionadas de pesquisa e desenvolvimento
de ICTs e universidades, no Brasil, têm forte concentração na região Sudeste, de forma que
dois estados, São Paulo e Rio de Janeiro, concentram 63% do total. O estado de São Paulo
é o grande destaque, abrigando 42% das iniciativas, como mostra o QUADRO 34, a seguir.
45
QUADRO 34
■ Principais ambientes contemplados pelas iniciativas de pesquisa,
desenvolvimento e inovação
Das 75 iniciativas contempladas na análise 49 endereçam o ambiente de “Cidades”,
sinalizando que os centros de Pesquisa e Desenvolvimento vêm concentrando esforços em
iniciativas para o desenvolvimento de cidades inteligentes. A essas se seguem iniciativas
nos ambientes de Saúde, Varejo e Veículos, como mostra o QUADRO 35. Cabe salientar
que as definições dos ambientes de aplicação de IoT foram aprimoradas ao longo deste
estudo.
46
QUADRO 35
■ Principais elos da cadeia contemplados nas iniciativas de pesquisa,
desenvolvimento e inovação
Conforme apresentado no QUADRO 36, os elos da cadeia mais explorados pelas
iniciativas de PD&I são os de “Módulos Inteligentes”, “Objetos Inteligentes”,
“Habilitador”, e “Conectividade”, pois aplicações posicionadas nesses elos estão mais
voltadas ao desenvolvimento tecnológico.
É importante ressaltar que se entende aqui por soluções de “conectividade” aquelas que
buscam conectar os módulos e objetos inteligentes ao elo de “habilitador”, onde as
soluções são articuladas. Em outras palavras, essas soluções não necessariamente são de
conectividade no sentido mais amplo, e podem se limitar a contribuir para prover
conectividade na borda.
15%11% 9%
Produção
externa
Escritórios CasasTransporte
fora de
ambientes
urbanos
15%
Fábricas
20%
Rural
25%
65%
Varejo Veículos
21%25%
Saúde
25%
Cidades
Distribuição das iniciativas por ambiente de aplicação1,2
Predominância de cada ambiente de aplicação nas iniciativas de PD&I
1 Foram consideradas iniciativas que descrevem projetos de PD&I em IoT, sendo excluídas descrições genéricas de entidades como empresas e centros de pesquisa
2 Uma mesma iniciativa pode estar classificada como mais de uma categoria
FONTE: Análise do consórcio
8 iniciativas não estão
associadas a
ambientes específicos
n=67
47
QUADRO 36
Além disso, o diagnóstico demonstra que a grande maioria das iniciativas tem um caráter
multi-elo, atendendo mais de um elo na cadeia de valor, como mostrado no QUADRO 37,
a seguir.
QUADRO 37
Predominância de cada elo da cadeia de valor nas iniciativas de PD&I
HabilitadorConectividade
63%
Provedor de ServiçosIntegrador
28%
60%
9%
56%
Objetos Inteligentes
67%
Módulos Inteligentes
Distribuição das iniciativas por elo da cadeia de valor1,2
FONTE: Análise do consórcio
n=75
1 Foram consideradas iniciativas que descrevem projetos de PD&&I em IoT, sendo excluídas descrições genéricas de entidades como empresas e centros de pesquisa
2 Uma mesma iniciativa pode estar classificada como mais de uma categoria
Concentração das iniciativas de PD&I em termos de elos da cadeia de valor
65%
32%
3%
Mais de 3 elosAté 3 elos da cadeiaNenhum elo
Distribuição das iniciativas por quantidade de elos em cada iniciativa1
FONTE: Análise do consórcio
n=75
1 Foram consideradas iniciativas que descrevem projetos de PD&I em IoT, sendo excluídas descrições genéricas de entidades como empresas e centros de pesquisa
48
■ Investimento recebido por iniciativas de pesquisa, desenvolvimento e inovação
Conforme mostrado no QUADRO 38, a maior parte dos aportes recebidos por iniciativas
de PD&I foi de até cem mil reais, tratando-se, em sua maioria, de investimentos feitos
pelos próprios dos centros de pesquisa. Uma parcela menor das iniciativas, em torno de
20%, recebeu investimentos superiores a um milhão de reais, predominantemente
oriundos de órgãos públicos de fomento.
QUADRO 38
Investimentos recebidos pelas iniciativas de PD&I
7%7%
5 a 10 MM100.000 a
500.000
500.000 a 1 MM 1 a 5 MM >10 MM< 100.000
4%
13%
65%
4%
Distribuição das iniciativas por faixa de investimento1,2
FONTE: Análise do consórcio
BRL; n=75
1 Foram consideradas iniciativas que descrevem projetos de PD&&I em IoT, sendo excluídas descrições genéricas de entidades como empresas e centros de pesquisa
2 Uma mesma iniciativa pode estar classificada como mais de uma categoria
49
■ Maturidade das iniciativas
Somente foram selecionadas para esta avaliação aquelas iniciativas com informações
disponíveis sobre sua maturidade, sendo que 17 das 75 iniciativas avaliadas não possuíam
ou disponibilizavam tais informações. Por conta disso, a amostra que embasou a análise
contava com 58 iniciativas distribuídas por todo o território nacional.
Como pode ser visto no QUADRO 39, a maioria das iniciativas se encontra nos estágios
de testes de campo e pré-comercial, o que demonstra a maturidade dessas iniciativas nas
instituições de pesquisa.
Por outro lado, a predominância (55%) de projetos nos dois últimos estágios do ciclo de
desenvolvimento pode sugerir que as instituições tenham feito uma aposta inicial na
oportunidade representada pela IoT e disparado o ciclo de concepção dos produtos e
soluções antes mesmo da consolidação desse mercado. Assim, novas iniciativas podem
estar agora aguardando o retorno desses investimentos iniciais, o que explicaria o menor
percentual de projetos (32%) nos dois primeiros estágios do ciclo.
Outra explicação pode ser a redução dos recursos disponíveis para financiamento dessas
iniciativas nos últimos anos. Contudo, como a pesquisa não investigou essas correlações,
elas são registradas aqui a título de hipóteses para futuras sondagens.
QUADRO 39
Maturidade das iniciativas de PD&I
FONTE: Análise do consórcio
1 Foram consideradas iniciativas que descrevem projetos de PD&&I em IoT, sendo excluídas descriçõs genéricas de entidades como empresas e centros de pesquisa
2 Uma mesma iniciativa pode estar classificada como mais de uma categoria
Maturidade das iniciativas
Testes em
laboratório
29%
Design
Desenvolvimento
14%
Testes em campo
16%
26%
16%
Pré-comercial
17 iniciativas não
informaram o nível
de maturidade
n=58
50
5 Mapa de atores do Brasil
Esta seção apresenta os resultados da análise da atuação dos atores nos ambientes de IoT,
no Brasil. As informações desta seção também foram obtidas por meio do 3º Bytes de IoT,
possuindo caráter auto declaratório e não exaustivas.
Esse mapeamento visa ampliar o entendimento sobre atuação dos atores da IoT, no Brasil,
agregando e correlacionando os ambientes e elos da cadeia de IoT. Os atores considerados
são empresas, ICTs e universidades.
Assim, o mapa de atores (landscape) é constituído por conjuntos de atores que declararam
atuar em determinados elos e ambientes. A ideia central é prover mapas visuais (quadros)
que facilitem uma rápida visualização e compreensão sobre os âmbitos de atuação, por
ambiente e elo.
Na seção 5.1, apresenta-se uma descrição sintética dos ambientes considerados e também
uma análise quantitativa, sobre a atuação das empresas, nesses ambientes. Já, na seção 5.2,
apresentam-se os quadros com atores para cada conjunto ambiente/elo. Agrupam-se esses
quadros por origem das empresas (brasileiras ou estrangeiras), e também por ICTs e
universidades.
Na montagem desses quadros do landscape, cada ator foi identificado pelo seu logotipo,
fornecido quando do preenchimento do formulário da pesquisa. Cabe ressaltar que os
atores nacionais que não forneceram seu logotipo, na ocasião, não foram incluídos no
landscape, exceto as empresas internacionais que eram poucas, portanto foram citadas
textualmente.
51
5.1 Levantamento e análise dos ambientes de atuação das
empresas de IoT
O levantamento e a análise dos ambientes tiveram por objetivo identificar os principais
contextos de aplicação das soluções IoT para as empresas de que atuam no Brasil. A análise
levou em consideração a definição de ambientes de IoT utilizada neste projeto, ou seja:
■ Casas: compreende o mercado formado por casas e residências inteligentes, por
exemplo, economia de energia através de sensores de presença em equipamentos
domésticos;
■ Cidades: engloba os mercados relacionados aos ambientes urbanos com serviços
públicos e utilities, por exemplo, Smart Cities, com melhoria de gestão da mobilidade
urbana, iluminação e segurança por meio de dispositivos de monitoramento;
■ Escritório: aborda a fatia de mercado relativa a escritórios e edifícios inteligentes
públicos e privados, por exemplo, uso de realidade aumentada para aumento da
flexibilidade do trabalho;
■ Fábricas: compreende o mercado de soluções voltadas para fábricas e ambientes de
produção, por exemplo, aumento da segurança de trabalho com sensores conectados
para auto ajuste de equipamentos em caso de ameaças;
■ Indústria de base: engloba o mercado voltado para a indústria de base, ambientes
outdoor e indústria pesada, como construção, mineração e óleo & gás, por exemplo,
identificação de oportunidades de ganho de eficiência por meio do monitoramento
da cadeia de produção;
■ Logística: engloba a fatia de mercado relativa à cadeia logística entre ambientes
urbanos, considerando vias férreas, aéreas, fluviais e terrestres, por exemplo,
rastreamento remoto de contêineres navais para aumento da taxa de utilização;
■ Lojas: abordam os ambientes com alta interação com consumidores, incluindo
eventos, feiras, shows, ambientes culturais, mercados, hotéis, salas de concerto,
restaurantes e bancos, por exemplo, pagamento automático de compras por meio de
checkout utilizando sensores em itens e/ou beacons;
■ Rural: compreende o mercado formado por ambientes rurais com produção
padronizada agrícola ou pecuária, por exemplo, agricultura de precisão por meio de
equipamentos de avaliação das condições do solo para melhoria da produtividade;
■ Saúde: cobre o mercado relacionado com hospitais e equipamentos de IoT para
monitorar e manter o bem-estar e saúde humana, por exemplo, acompanhamento
remoto das condições de pacientes em tempo real com a utilização de wearables;
■ Veículos: compreende o mercado de veículos, incluindo carros, caminhões, navios,
aviões e trens, por exemplo, sensores que permitem uma manutenção baseada nas
condições dos veículos.
52
O levantamento e a análise de atuação nos ambientes consideraram quatro opções de
respostas para cada ambiente, sendo elas:
■ Já oferta: esta opção busca identificar as empresas que declaram já possuir uma oferta
de IoT para o dado ambiente;
■ Ofertará ainda em 2017: esta opção busca identificar as empresas que ainda não
possuem uma oferta em um dado ambiente, mas devem passar a oferecê-la ainda no
ano de 2017;
■ Em estudo: refere-se às empresas que não têm oferta comercial num dado ambiente,
nem tampouco fazem planos para lançá-la neste ano, mas a oferta encontra-se em
estudo;
■ Não se aplica ou não possui interesse: esta opção busca identificar as empresas que
não pretendem lançar ofertas no ambiente em questão ou que, dada a natureza de
sua atuação, tal ambiente não é aplicável.
A seguir, apresentam-se os resultados da análise de atuação das empresas, segundo os
ambientes considerados. O QUADRO 40 e o QUADRO 41 mostram a distribuição
percentual das empresas quanto ao enfoque de suas ofertas dados os ambientes de
atuação.
53
Observa-se, no QUADRO 40, a distribuição das empresas de origem nacional e estrangeira
que já ofertam ou que ofertarão solução IoT ainda em 2017. Os ambientes com maior
percentual de soluções ofertadas são: Fábrica, Cidades, Indústria de base e Logística.
QUADRO 40
54
Por outro lado, no QUADRO 41 observa-se que o ambiente com maior percentual de
respostas “Não se aplica/Não tenho interesse” é o de Escritórios, com 47% de rejeição,
seguido pelos ambientes de Casas com 46% e Veículos com 44% de rejeição. Este mesmo
quadro revela que os ambientes com os maiores percentuais de respostas “Em estudo” são
Rural com 35%, Saúde com 35% e Cidades com 34%.
QUADRO 41
55
A distribuição, por ambiente e por nacionalidade, das empresas que ofertam soluções é
apresentada no QUADRO 42. Observa-se que as ofertas das empresas nacionais
sobressaem nos ambientes de Fábricas, Logística, Indústria de Base, Lojas e Cidades.
QUADRO 42
Enfim, a análise da atuação das empresas de IoT no Brasil, por ambiente, indicou,
principalmente, que:
■ Os ambientes Fábricas, Logística, Indústria de Base e Cidades são os que mais
apresentam ofertas de IoT;
■ Os ambientes Escritório, Casas e Veículos são os que apresentam menor interesse;
■ Os ambientes Saúde, Rural e Cidades são aqueles com maior intenção de se ofertar
soluções de IoT, futuramente.
56
5.2 Mapa de atores (landscape)
O mapa de atores da IoT (landscape) é constituído pelos conjuntos de atores que atuam nas
combinações de cada elo9 e ambiente10. São quadros que facilitem a compreensão sobre
os âmbitos de atuação, possibilitando inclusive análises comparativas de atuação, por
ambiente/elo. Agrupam-se esses quadros por origem das empresas (brasileiras ou
estrangeiras), e também segundo ICTs e universidades11.
Para cada elo, apresentam-se os percentuais de atores presentes, conforme ambiente e
região geográfica. Na sequência, exibem-se os quadros para cada elo e ambiente,
segmentados por empresas nacionais, empresas estrangeiras e ICTs/universidades.
9 Módulos Inteligentes, Objetos Inteligentes, Conectividade, Habilitador, Integrador e provedor de Serviços.
10 Casas, Cidades, Escritórios, Fábricas, Indústria de base, Logística, Lojas, Rural, Saúde, Veículos.
11Apesar de o 3º Bytes de IoT ter sido inicialmente orientado a empresas que exploram produtos e serviços de IoT no
Brasil, verificou-se que nesse mercado também atuam ICTs e universidades.
57
5.2.1 Elo Módulos Inteligentes
Para o elo Módulos Inteligentes, 238 empresas nacionais declararam ter solução de IoT.
Dentre essas, 174 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de atuação
por ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil, são
apresentados no QUADRO 43.
QUADRO 43
No que tange à localização geográfica, observa-se que a sede das empresas se encontra
predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT ofertadas, as
empresas atuam predominantemente nos ambientes Fábricas, Logística e Cidades.
O QUADRO 44 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas nacionais
que declararam seu(s) ambiente(s) de atuação no elo Módulos Inteligentes.
59
Adicionalmente, 33 ICTs e universidades nacionais declararam ter solução de IoT para o
elo Módulos Inteligentes. Dentre esses, 21 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os
percentuais de atuação por ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das
sedes no Brasil, são apresentados no QUADRO 45.
QUADRO 45
Com relação à localização geográfica das sedes das ICTs e universidades, predomina a
região Sudeste. Já no que trata do(s) ambiente(s) de atuação (daquelas instituições que
informaram), há mais ofertas de soluções em Fábricas, Saúde, Lojas e Casas.
O QUADRO 46 apresenta a distribuição visual das logomarcas das ICTs e universidades
nacionais, que declararam seu(s) ambiente(s) de atuação no elo Módulos Inteligentes.
61
Ainda no elo Módulos Inteligentes, 31 empresas de origem estrangeira declararam ter
solução de IoT. Dentre essas, 24 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais
de atuação por ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil,
são apresentados no QUADRO 47.
QUADRO 47
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes brasileiras de quase todas
essas empresas se encontram na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT
ofertadas, essas empresas atuam predominantemente nos ambientes Indústria de base,
Logística, Saúde e Veículos.
O QUADRO 48 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de origem
estrangeira que declararam o ambiente de atuação no elo Módulos Inteligentes.
63
5.2.2 Elo Objetos Inteligentes
Para o elo Objetos Inteligentes, 216 empresas nacionais declararam ter solução de IoT.
Dessas, 160 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de atuação por
ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil, são
apresentados no QUADRO 49.
QUADRO 49
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das empresas nacionais se
encontram predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT
ofertadas, essas empresas atuam predominantemente nos ambientes Fábricas, Logística e
Cidades.
O QUADRO 50 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de origem
nacional que declararam o ambiente de atuação no elo Objetos Inteligentes.
65
Adicionalmente, 33 ICTs e universidades nacionais declararam ter solução de IoT para o
elo Objetos Inteligentes. Desses, 21 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os
percentuais de atuação por ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das
sedes no Brasil, são apresentados no QUADRO 51.
QUADRO 51
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das ICTs e universidades
encontram-se predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT
ofertadas, há mais instituições atuando nos ambientes Fábricas, Veículos, Lojas e Logística.
O QUADRO 52 apresenta a distribuição visual das logomarcas das ICTs e universidades
nacionais, que declararam o ambiente de atuação no elo Objetos Inteligentes.
67
Ainda no elo Objetos Inteligentes, 26 empresas de origem estrangeira declararam ter
solução de IoT. Desses, 24 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de
atuação por ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil,
são apresentados no QUADRO 53.
QUADRO 53
No que diz respeito à localização geográfica, observa-se que todas as sedes brasileiras das
empresas estrangeiras estão na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT
ofertadas, essas empresas atuam predominantemente nos ambientes Logística, Veículos e
Indústria de base.
O QUADRO 54 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de origem
estrangeira, que declararam o ambiente de atuação no elo Objetos Inteligentes.
69
5.2.3 Elo Conectividade
Para o elo Conectividade, 228 empresas nacionais declararam ter solução de IoT. Dessas,
162 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de atuação por ambiente,
inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil, são apresentados no
QUADRO 55.
QUADRO 55
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das empresas nacionais se
encontram predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT
ofertadas, essas empresas atuam predominantemente nos ambientes Fábricas, Cidades e
Logística. Observa-se que não há nenhuma empresa sediada na região Norte atuando nos
ambientes Lojas, Logística e Cidades.
O QUADRO 56 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de origem
nacional, que declararam o ambiente de atuação no elo Conectividade.
71
Adicionalmente, 31 ICTs e universidades nacionais declararam ter solução de IoT para o
elo Conectividade. Dessas, 20 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais
de atuação por ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil,
são apresentados no QUADRO 57.
QUADRO 57
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das ICTs e universidades
encontram-se predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT
ofertadas, essas instituições atuam predominantemente nos ambientes Fábricas, Lojas e
Logística.
O QUADRO 58 apresenta a distribuição visual das logomarcas das ICTs e universidades
nacionais, que declararam o ambiente de atuação no elo Conectividade.
73
Ainda no elo Conectividade, 32 empresas de origem estrangeira declararam ter solução de
IoT. Dessas, 24 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de atuação por
ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil, são
apresentados no QUADRO 59.
QUADRO 59
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das empresas estrangeiras
no Brasil encontram-se predominantemente na região Sudeste. No que se refere às
soluções de IoT ofertadas, essas empresas atuam predominantemente nos ambientes
Logística e Indústria de base.
A seguir o QUADRO 60 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de
origem estrangeira, que declararam o ambiente de atuação no elo Conectividade.
75
5.2.4 Elo Habilitador
Para o elo Habilitador, 251 empresas nacionais declararam ter solução de IoT. Dessas, 177
informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de atuação por ambiente,
inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil, são apresentados no
QUADRO 61.
QUADRO 61
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das empresas nacionais se
encontram predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT
ofertadas, essas empresas atuam predominantemente nos ambientes Fábricas, Logística e
Indústria de base e Cidades. Observa-se, também, que não há empresas sediadas na região
Norte atuando nos ambientes de Saúde, Lojas, Logística, Escritórios, Cidades e Casa.
O QUADRO 62 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de origem
nacional, que declararam o ambiente de atuação no elo Habilitador.
77
Adicionalmente, 27 ICTs e universidades nacionais declararam ter solução de IoT para o
elo Habilitador. Desses, 18 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de
atuação por ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil,
são apresentados no QUADRO 63.
QUADRO 63
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das ICTs e universidades
encontram-se predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT
ofertadas, essas instituições atuam predominantemente nos ambientes Logística, Lojas e
Fábricas.
O QUADRO 64 apresenta a distribuição visual das logomarcas das ICTs e universidades
nacionais, que declararam o ambiente de atuação no elo Habilitador.
79
Ainda no elo Habilitador, 33 empresas de origem estrangeira declararam ter solução de
IoT. Dessas, 27 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de atuação por
ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil, são
apresentados no QUADRO 65.
QUADRO 65
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das empresas estrangeiras
no Brasil encontram-se predominantemente (e em alguns casos exclusivamente) na região
Sudeste. No que se refere às soluções de IoT ofertadas, essas empresas atuam
predominantemente nos ambientes Logística, Indústria de base, Saúde e Fábricas.
O QUADRO 66 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de origem
estrangeira, que declararam o ambiente de atuação no elo Habilitador.
81
5.2.5 Elo Integrador
Para o elo Integrador, 252 empresas nacionais declararam ter solução de IoT. Destas, 182
informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de atuação por ambiente,
inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil, são apresentados no
QUADRO 67.
QUADRO 67
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das empresas se encontram
predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT ofertadas, essas
empresas atuam predominantemente nos ambientes Fábricas, Logística e Indústria de
base. Além disso, não há empresas sediadas na região Norte atuando nos ambientes Lojas,
Logística, Fábricas e Cidades.
O QUADRO 68 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de origem
nacional, que declararam o ambiente de atuação no elo Integrador.
83
Adicionalmente, 27 ICTs e universidades nacionais declararam atuar no elo Integrador,
sendo que, desses, 18 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de
atuação por ambiente, inclusive segmentados por região, são apresentados no QUADRO
69.
QUADRO 69
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das ICTs e universidades
encontram-se predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT
ofertadas, essas instituições atuam predominantemente nos ambientes Saúde, Veículos e
Fábricas.
O QUADRO 70 apresenta a distribuição visual das logomarcas das ICTs e universidades
nacionais que declararam o ambiente de atuação no elo Integrador.
85
Ainda no elo Integrador, 26 empresas de origem estrangeira declararam ter solução de
IoT. Dessas, 22 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de atuação por
ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil, são
apresentados no QUADRO 71.
QUADRO 71
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das empresas estrangeiras
no Brasil encontram-se exclusivamente na região Sudeste. No que se refere às soluções de
IoT ofertadas, essas empresas atuam predominantemente nos ambientes Logística,
Indústria de base e Saúde.
O QUADRO 72 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de origem
estrangeira, que declararam o ambiente de atuação no elo Integrador.
87
5.2.6 Elo Provedor de Serviços
Para o elo Provedor de Serviços, 223 empresas nacionais declararam ter solução de IoT.
Dessas, 166 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de atuação por
ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil, são
apresentados no QUADRO 73.
QUADRO 73
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das empresas se encontram
predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT ofertadas, essas
empresas atuam predominantemente nos ambientes Fábricas, Logística e Indústria de
base. Além disso, nenhuma empresa sediada na região Norte atua nos ambientes Cidades,
Fábricas, Lojas e Logística.
O QUADRO 74 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de origem
nacional, que declararam o ambiente de atuação no elo Provedor de Serviços.
89
Adicionalmente, 22 ICTs e universidades nacionais declararam atuar no elo Provedor de
Serviços. Desses, 11 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de atuação
por ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil, são
apresentados no QUADRO 75.
QUADRO 75
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das ICTs e universidades
encontram-se predominantemente na região Sudeste. No que se refere às soluções de IoT
ofertadas, essas instituições atuam predominantemente nos ambientes Logística, Indústria
de base e Fábricas.
O QUADRO 76 apresenta a distribuição visual das logomarcas das ICTs e universidades
nacionais, para aqueles que declararam o ambiente de atuação no elo Provedor de
Serviços.
91
Ainda no elo Provedor de Serviços, 25 empresas de origem estrangeira declararam ter
solução de IoT. Dessas, 22 informaram seu(s) ambiente(s) de atuação. Os percentuais de
atuação por ambiente, inclusive segmentados por região geográfica das sedes no Brasil,
são apresentados no QUADRO 77.
QUADRO 77
No que tange à localização geográfica, observa-se que as sedes das empresas estrangeiras
no Brasil se encontram exclusivamente na região Sudeste. No que se refere às soluções de
IoT ofertadas, essas empresas atuam predominantemente nos ambientes Logística,
Indústria de base e Fábricas.
O QUADRO 78 apresenta a distribuição visual das logomarcas das empresas de origem
estrangeira, que declararam o ambiente de atuação no elo Provedor de Serviços.
93
6 Desafios da PD&I no Brasil
Com base nas informações e percepções coletadas identificou-se um conjunto de desafios
inerentes ao Sistema Nacional de Inovação, inclusive algumas especificidades no âmbito
das TICs.
Entende-se Sistema Nacional de Inovação (SNI) como um conjunto articulado de
instituições dos setores público e privado (agências de fomento e financiamento, empresas
públicas e privadas, instituições de ensino e pesquisa, etc.), cujas atividades e interações
geram, incorporam, modificam e difundem novas tecnologias. O nível de articulação entre
os diversos atores que compõem um SNI determina a capacidade de aprendizagem e de
geração de inovações.
A partir dos levantamentos iniciais, foi possível formular um conjunto de hipóteses
norteadoras sobre as principais barreiras à inovação na atual configuração do SNI. Nesse
sentido, os desafios para a PD&I no Brasil foram agrupados em três temas centrais
(funding, academia, e ambiente e cultura de inovação), que se desdobram nas hipóteses a
seguir:
■ Funding: há problemas relacionados ao volume, participação das TICs nos
depósitos de patentes, compras governamentais para inovação, na concentração e
continuidade de recursos;
■ Academia: existem barreiras relacionadas à cooperação Academia-ICTs-
Empresas, infraestrutura, qualidade da produção científica e agilidade de
atividades que afetam a pesquisa acadêmica.
■ Ambiente e cultura de inovação: há desincentivos à inovação no país associados
à excessiva morosidade para concessão de patentes; e a cultura empresarial, em
geral, não é orientada à inovação.
Posteriormente foram realizadas atividades para validação dessas hipóteses por meio de
levantamentos de informações complementares e revisões no âmbito das esferas de
governança do projeto.
Além da identificação e validação desses desafios, essa análise buscou verificar
potencialidades do ambiente de PD&I, que possam ser consideradas nas ações que serão
formuladas para o desenvolvimento da IoT no país. Na seção 6.2, discutem-se algumas
dessas potencialidades ou aspectos positivos da dinâmica da PD&I. Por fim, sintetizam-se
as conclusões e questões a serem endereçadas.
94
6.1 Desafios para o Fortalecimento da PD&I no Brasil
A seguir, detalham-se as hipóteses dos principais desafios e os elementos considerados
em sua validação.
6.1.1 Desafios do funding de PD&I no Brasil
Volume de funding para projetos de pesquisa é baixo12
Embora nos indicadores de investimentos em projetos de pesquisa o Brasil apresente um
desempenho um pouco melhor que o de outros países latino-americanos, o investimento
brasileiro é baixo se comparado ao que se observa em países que demonstram maior
protagonismo nessa área. Conforme ilustrado no eixo X do QUADRO 79, o percentual do
PIB investido pelo Brasil em PD&I é bem inferior ao que se investe em países como França,
EUA e Alemanha; a diferença é ainda maior com relação ao que se verifica no Japão,
Suécia, Finlândia, Coreia do Sul e Israel. Além disso, em termos de capacitação de recursos
humanos, o eixo Y, do mesmo gráfico, mostra que, no Brasil, há menos de um pesquisador
para cada mil habitantes, patamar quatro vezes menor que o da França, dos EUA e da
Alemanha, e de sete a oito vezes inferior aos dos países nórdicos, ao da Coreia do Sul e ao
de Israel.
12 Destaca-se que 3º Bytes IoT fornece estatísticas sobre um mapa de competências das empresas e ICTs do Brasil,
permitindo a identificação das áreas de conhecimento mais focadas nas suas atividades de P&D.
95
QUADRO 79
Ainda mais preocupante é o fato de os números mostrados no gráfico, compilados pela
OCDE em 2015 com base em dados dos anos anteriores, não capturarem a expressiva
redução do PIB brasileiro e dos repasses para PD&I nos últimos dois anos. A título de
exemplo, só no orçamento do MEC para 2017, houve uma previsão média de redução de
45% nos investimentos (cerca de R$ 350 milhões) e de 18% nos recursos de custeio das 63
universidades federais, na comparação com o que havia sido previsto para 2016. Os cortes
feitos nos últimos anos teriam significado a redução de 20 mil bolsas de iniciação científica
e dos gastos com os programas de mestrado e doutorado, que teriam tido redução de 70%. 13
É relevante notar que, em países como os EUA, o governo caracteriza-se por um elevado
poder de investimento em P&D em valores absolutos. Por exemplo, o orçamento norte-
americano relativo ao ano fiscal de 2016 previa um investimento em torno de US$ 145,2
bilhões em P&D. 14
13 ESTADO DE SÃO PAULO. Universidades federais devem ter corte de até 45% nos investimentos. Disponível em:
http://educacao.estadao.com.br/noticias/geral,federais-devem-ter-corte-de-ate-45-nos-investimentos,10000068526.
Acesso em: 09 jun. 2017.
14 HOURIHAN, Matt; PARKES, David. Federal R&D in the FY 2016 Budget: An Overview. In: American Association
for the Advancement of Science. 2015.
96
No caso do Brasil, dado o poder de investimento público bastante limitado em
comparação internacional (em 2013, o gasto em CT&I dos governos federal e estaduais foi
de R$ 47,9 bilhões15), a adequada priorização das áreas foco do investimento pelo governo
mostra-se ainda mais relevante.
O esforço em PD&I em TICs (% do total de patentes) está aquém da média internacional
(OCDE)
O gasto em P&D é apenas um dos possíveis indicadores do esforço inovativo. O número
de patentes é outro indicador utilizado, muito embora relacionado, também, ao resultado
obtido. Especificamente, a proporção relativa de patentes relacionadas com as TICs reflete
a intensidade do esforço e resultados alcançados, nesse setor.
No que trata da proporção do esforço de PD&I que é destinado às TICs, área em que se
insere a IoT, o Brasil aparece na antepenúltima posição entre 41 países, como ilustrado no
QUADRO 80. Esse posicionamento se baseia no indicador que mede a relação entre o total
de patentes ligadas a TICs e o número total de patentes depositadas naquele país. Embora,
em tese, esse indicador não considere situações em que as atividades de PD&I feitas no
Brasil se traduzem em patentes depositadas no exterior, ele evidencia a grande
desproporção entre o Brasil e OCDE, principalmente, na comparação com países que
priorizam pesquisas e desenvolvimentos na área de TICs, tais como Cingapura, China,
Coreia do Sul, Finlândia e Japão. Além disso, no Brasil, o percentual de patentes em TICs
foi avaliado em 12,8% do total medido para o período entre 2009 e 2011. É preciso colocar
questões sobre o porquê dessa dinâmica.
15 MCTI. A Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2019. Disponível em:
http://www.mcti.gov.br/documents/10179/1712401/Estrat%C3%A9gia+Nacional+de+Ci%C3%AAncia%2C%20Tecnol
ogia+e+Inova%C3%A7%C3%A3o+2016-2019/0cfb61e1-1b84-4323-b136-8c3a5f2a4bb7. Acesso em: 12 jun. 2017
97
QUADRO 80
O estímulo à inovação via compra governamental ainda é pouco explorado no Brasil
Na última década, vários estudos16 validaram o potencial das compras públicas como
ferramenta de estímulo à inovação. Um marco neste tema foi o relatório Facing the
Challenge17 elaborado com o objetivo de realizar uma avaliação parcial do andamento da
Estratégia de Lisboa, plano estratégico da União Europeia, elaborado em 2000, que
buscava torná-la um espaço econômico mais competitivo, capaz de garantir um
crescimento econômico sustentável e com maior coesão social. Aquele relatório recolocou
em pauta as possibilidades do uso de instrumentos de política de inovação voltadas para
a demanda, dado que grande parte dos sistemas nacionais de inovação utilizavam,
principalmente, medidas orientadas à oferta, tais como financiamento e serviços de
informação e suporte à formação de redes.
Em relação ao Brasil, estudos analisam a questão, inclusive, para o setor de TI. A média
de faturamento com margem de preferências em aquisições públicas das empresas
vinculadas à associação P&D Brasil em relação ao seu faturamento global passou de 0,71%
16 EDLER, Jakob. Demand Policies for Innovation in EU CEE Countries (Manchester Business School working paper,
No. 579). 2009.
17 KOK, Wim et al. Facing the challenge: the Lisbon strategy for growth and employment. Report from the High Level
Group chaired by WimKok. Luxembourg: Office for Official Publications of the European Communities, 2004.
98
para 0,97%. O montante é relativamente baixo frente ao total das aquisições feitas pelo
governo em TI no ano de 2014 no valor de R$ 6,4 bilhões em compras públicas. 18
A pulverização dos recursos compromete a realização de projetos de PD&I mais
complexos
Conforme destacado no QUADRO 81, a categoria de P&D, em áreas estratégicas19, é a que
concentra o maior número de projetos. Em contraste, seu volume de investimentos é o
segundo menor entre as dez categorias. Com isso, os valores médios de aporte, nessa
categoria, são relativamente baixos: R$ 225.240,00.20 Essa pulverização dos recursos
compromete a realização de projetos de PD&I mais complexos.
QUADRO 81
O financiamento à PD&I é descontínuo no Brasil
18 P&D BRASIL. Relatório Pesquisa com Associadas 2016.
19 Entre os fundos setoriais criados no final da década de 1990, dois buscaram contemplar áreas estratégicas transversais
de amplo alcance dentro do setor de C&T nacional: o CT-Infra e o CT-Verde Amarelo, destinados, respectivamente, à
ampliação e à modernização da infraestrutura de C&T/P&D de instituições públicas de ensino e pesquisa e ao fomento
da relação entre universidade e empresa em projetos de C&T.
20 DE NEGRI, Fernanda; SQUEFF, FHS. Sistemas setoriais de inovação e infraestrutura de pesquisa no Brasil. Brasília:
Ipea, 2015.
99
Além da pulverização dos recursos, há uma descontinuidade dos investimentos em PD&I,
principalmente, devido a contingenciamentos dos recursos arrecadados para os fundos de
apoio, conforme ilustrado no QUADRO 82.
QUADRO 82
O mercado de dispositivos conectados pode contribuir para o funding empresarial em
PD&I em IoT
Os investimentos das empresas, que, em 2000, respondiam por 47% dos dispêndios em
pesquisa e desenvolvimento (P&D), no Brasil, caíram para 40% em 201321. Some-se a isso
a dificuldade que as universidades públicas brasileiras têm de receber recursos de origem
privada: enquanto nos EUA, as instituições com maior relevância em PD&I chegam a
receber 40% de suas verbas dos chamados endowment funds, compostos por dotações de
grandes doadores cujos rendimentos são investidos em infraestrutura, pesquisa e bolsas,
no Brasil, esse modelo de financiamento ainda dá seus primeiros passos. Algumas poucas
universidades e instituições de pesquisa vêm criando fundos desse tipo, a fim de
complementar as fontes tradicionais de recursos de PD&I. A Escola Politécnica da
21 CONFAP. Cientista defende integração da política de ciência, tecnologia e inovação e impacto de resultados.
Disponível em: http://confap.org.br/news/cientista-defende-integracao-da-politica-de-ciencia-tecnologia-e-inovacao-
e-impacto-de-resultados/. Acesso em: 09 jun. 2017.
100
Universidade de São Paulo (Poli-USP), por exemplo, lançou dois fundos dessa natureza
entre 2011 e 2014. 22
Por outro lado, se o panorama geral dos investimentos e resultados em PD&I no Brasil
carece de melhoria, no âmbito dos investimentos das empresas em pesquisas de IoT, o
quadro pode se tornar mais virtuoso se forem bem exploradas algumas potencialidades
do país. Uma delas é a amplitude de seu mercado interno de TICs, que pode ser utilizado
a favor de determinados instrumentos de P&D. O Brasil se destaca pelo elevado número
de telefones celulares, que atingiu quase 243 milhões de aparelhos em uso em 201723.
Muitos desses celulares são smartphones conectados à internet e a eles se somam outras
categorias de dispositivos conectados, como computadores e televisores. Parcela desses
equipamentos é produzida no país e tem habilitado o uso dos incentivos mediante
contrapartida da realização de pesquisa de P&D (Lei de Informática/ Lei nº 8.248/1991).
Mais especificamente no âmbito de IoT, de um total global, em 2015, de 363 milhões de
dispositivos IoT conectados em todo o mundo, o Brasil já respondia pelo quarto maior
contingente, com 20 milhões de unidades24, conforme visto no QUADRO 83(OCDE,
2016)25. Esse número, corroborado por informações da Anatel26, põe o Brasil no mesmo
patamar de países como Alemanha e Coreia do Sul, mas, ainda, bem atrás dos dois líderes,
China e EUA, que, em 2015, já tinham, cada um, cerca de 80 milhões de dispositivos IoT.
22REVISTA FAPESP. A força das doações. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/05/15/forca-das-
doacoes/. Acesso em: 09 jun. 2017.
23 PORTAL TELECO. Estatísticas de celulares no Brasil. Disponível em: http://www.teleco.com.br/ncel.asp. Acesso em: 09 jun. 2017.
24OECD (2016), OECD Science, Technology and Innovation Outlook 2016, OECD Publishing, Paris. Resultado obtido
por máquina de busca especializada em dispositivos IoT, utilizando a mesma métrica para todos os países (não
inclui telefones celulares).
25Considera objetos cujo estado pode ser alterado pela Internet, com ou sem o envolvimento ativo de indivíduos. O
termo vai além dos dispositivos tradicionalmente conectados à Internet, como laptops e smartphones, incluindo
todos os tipos de objetos e sensores que permeiam o espaço público, o local de trabalho e as casas e que coletam e
trocam dados entre si e com humanos.
26PORTAL DO MCTI. Internet das Coisas antecipa o futuro e país já tem 20 milhões de conexões entre máquinas.
Disponível em: http://www.mcti.gov.br/noticia/-/asset_publisher/epbV0pr6eIS0/content/internet-das-coisas-antecipa-
o-futuro-e-pais-ja-tem-20-milhoes-de-conexoes-entre-maquinas. Acesso em: 09 jun. 2017.
101
QUADRO 83
O significativo mercado de TICs, em geral, e de dispositivos IoT, em particular, pode ser
considerado um dos motivadores da importante presença de um parque fabril de TICs no
Brasil. Isso abre espaço para o uso de instrumentos, como a Lei de Informática (LI), no
apoio aos investimentos em PD&I relacionados a IoT. Em sua versão atual, a LI estimula
a produção local para atender o mercado brasileiro e a contratação de recursos humanos,
sendo, assim, um instrumento de política industrial que fomenta a capacidade técnica e a
competitividade de fabricantes de bens de informática, automação e telecomunicações, no
Brasil. Isso se dá por meio de incentivos, tais como redução do IPI27, do ICMS na saída do
produto incentivado em alguns estados, suspensão do IPI na importação e na compra de
insumos no país e suspensão do ICMS na importação e na compra de insumos em alguns
estados. Adicionalmente, esses produtos (desenvolvidos no país e com PPB) têm
prioridade nas aquisições feitas por órgãos e entidades da administração pública federal,
direta ou indireta. Mas, em contrapartida, as empresas beneficiárias devem investir, em
atividades de P&D, 5% do faturamento bruto dos produtos incentivados, e devem cumprir
um plano de produção local de partes de seu produto, atendendo a um Processo Produtivo
Básico.
27 De 80% até 2024, de 75% em 2025 e 2026 e de 70% de 2027 a 2029 para os produtos com Processo Produtivo Básico
(PPB) ou de 100% até 2024, de 95% em 2025 e 2026 e de 90% de 2027 a 2029, para os produtos com PPB e
desenvolvidos no País (Tecnologia Nacional).
102
Aspectos positivos adicionais se apresentam. A Lei de Informática, embora sob processo
de revisão, tem se mostrado efetiva no estímulo ao investimento privado em PD&I. Como
ilustrado no QUADRO 84, levantamento28 feito em 2010, pelo então Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT), mostrou que as empresas beneficiárias da LI investiam entre duas e
três vezes mais em PD&I que as demais empresas da área de TICs (dados da Pintec 2005).
As beneficiárias da LI apresentavam também um percentual médio duas vezes maior de
implementação de inovações a partir de aquisição externa de P&D, além de maiores
produtividade e Valor Bruto de Produção (VBP) médio, quando comparadas com outras
empresas do setor de TICs e com as demais empresas no país.
QUADRO 84
O estudo do MCT mostrou também aumento no número de laboratórios nas empresas
multinacionais beneficiadas pela LI: de oito empresas que então possuíam laboratório, três
montaram laboratório de desenvolvimento, três criaram unidades de monitoramento de
tecnologia, uma montou unidade de suporte e adaptação, e somente uma não criou
laboratório. Assim, o levantamento constatou que, de 1998 a 2008, a influência da LI, nas
mudanças, foi, em média, de 60%, na forma de laboratórios de desenvolvimento, sem,
28 MCT, GEOPI/DPCT. Relatório final - Projeto avaliação da política de informática. Disponível em:
http://www.mct.gov.br/upd_blob/0219/219361.pdf. Acesso em: 10 jul. 2017.
103
contudo, ter havido aumento de laboratórios de pesquisa. No que trata de proteção à
propriedade intelectual, observou-se um aumento em quase todos os instrumentos de
direito de propriedade, com destaque para marcas, desenho industrial e patentes. A
influência da LI mostrou-se em marcas e desenho industrial (40 e 30%, respectivamente).
Além disso, as empresas nacionais responderam por um número significativo do total de
patentes no Brasil (65%) e no exterior (40%). Por fim, o levantamento concluiu que, no
âmbito da produção técnico-científica, as áreas de automação industrial e
telecomunicações foram as que geraram maior número médio de publicações.
Um ponto de incerteza quanto ao uso da LI no estímulo a uma política de PD&I em IoT é
a recente questionamento da Organização Mundial do Comércio (OMC) a mecanismos de
estímulo à indústria local, no Brasil. Isso suscitou a revisão de alguns aspectos da LI, ainda
que a intenção seja mantê-la, dados seus efeitos positivos para a indústria de TICs, no país.
6.1.2 Desafios do setor acadêmico brasileiro para pesquisa em TIC/IoT
Investimentos deveriam ser feitos de forma a intensificar a cooperação ICTs-Empresas
Em sistemas de inovação maduros, há forte interação entre empresas, universidades e
ICTs. Isso beneficia, mutuamente, as dimensões científica e tecnológica e contribui para
uma maior orientação ao mercado da inovação.
No Brasil, há pouca interação entre universidades, ICTs e empresas. Conforme ilustrado
no QUADRO 85, verifica-se um baixo percentual de alocação de recursos não
reembolsáveis da FINEP em projetos cooperativos (ICT-Empresas). Entre 2002 e 2013, a
FINEP contratou mais de 7.300 projetos com recursos não reembolsáveis, totalizando
R$12,7 bilhões. Deste montante, apenas 11,4% foram cooperativos entre ICTs e empresas.
104
QUADRO 85
Destaca-se que a baixa interação entre universidades, ICTs e empresas nas atividades de
P&D contribui para investimentos pouco orientados ao mercado. No entanto, a reduzida
participação das empresas na utilização dos recursos não reembolsáveis da FINEP reflete,
principalmente, o limitado esforço em inovação como um todo por parte das empresas,
no Brasil.
De acordo com o economista Carlos Américo Pacheco29, este cenário deve-se, por um lado,
à baixa capacidade de inovação das empresas e, por outro, à estrutura setorial da indústria
brasileira, marcada pelo predomínio de atividades com menor intensidade tecnológica.
Mais detalhadamente, ele explicita que as empresas brasileiras encontram-se bastante
distantes das empresas líderes no mercado internacional, caracterizando-se por um
reduzido esforço interno de P&D. Neste contexto, o economista propõe uma estratégia
tecnológica para a indústria brasileira que construa uma capacidade industrial em setores
estratégicos e que contemple uma atualização permanente da base técnica, agregando
valor à produção, mesmo em setores tradicionais.
29 INSTITUTO DE ESTUDOS AVANÇADOS DA USP. Carlos Américo Pacheco defende a adoção de
uma agenda de C&T voltada para a inovação. Disponível em: http://www.iea.usp.br/noticias/carlos-americo-pacheco-
defende-a-adocao-de-uma-agenda-de-c-t-voltada-para-a-inovacao. Acesso em: 09 JUN. 2017.
105
Infraestrutura para pesquisa em TICs é ultrapassada na comparação internacional
A infraestrutura científica e tecnológica de um país é um componente importante do seu
Sistema Nacional de Inovação. Neste sentido, em um mapeamento realizado no ano de
2013, coletaram-se informações acerca de 2.119 infraestruturas de pesquisa, em âmbito
nacional, por meio dos coordenadores de 130 instituições de pesquisa e/ou de ensino20.
Considerando, especificamente, o universo de TICs, a amostra em análise é composta por
191 infraestruturas de pesquisa associadas a 73 instituições de pesquisa e/ou de ensino20.
Embora a infraestrutura seja a rubrica com o segundo maior valor de investimento dos
fundos setoriais, isso não parece ser suficiente, visto que 87% dos coordenadores percebem
a capacidade técnica das infraestruturas de TICs como inferiores às observadas nas
melhores infraestruturas do gênero, no exterior, conforme o QUADRO 86.
QUADRO 86
Considerando o cenário de IoT, torna-se essencial o desenvolvimento e a difusão de
laboratórios compatíveis com a realidade internacional, a fim de que o Brasil seja capaz de
acompanhar as tendências globais, neste tema. Neste sentido, mostram-se relevantes os
mecanismos de estímulo ao compartilhamento das infraestruturas laboratoriais entre
empresas, ICTs e universidades, viabilizando a modernização destas infraestruturas por
meio do compartilhamento do custo associado.
106
Incentivos à pesquisa científica no Brasil enfatizam mais o volume de produção do que a
qualidade
De acordo com levantamento feito pela Folha de São Paulo, a partir da base de dados
Scimago (Scopus), no período de dez anos, o Brasil avançou em termos de produção
científica, passando do 17º para o 13º lugar, entre 238 países, como mostrado no QUADRO
87. A produção científica corresponde à quantidade de trabalhos acadêmicos publicados
em periódicos científicos. A qualidade dos trabalhos acadêmicos, por outro lado,
retrocedeu, no mesmo período, passando da 31º para a 40ºposição. A qualidade de um
artigo está vinculada ao seu impacto, que é medido, entre outros fatores, pelo número de
citações que ele recebe.30
Uma possível explicação para esses movimentos é o aumento, nas bases de dados
internacionais, do número de periódicos brasileiros, os quais publicam principalmente
artigos nacionais. No entanto, as revistas brasileiras ainda apresentam baixa relevância na
geração de conhecimento tecnológico-científico no contexto internacional, o que é medido
pelo seu reduzido número de citações em comparação com outros periódicos
internacionais31. Adicionalmente, este baixo nível de citação sinaliza que o foco da
produção técnico-científica no país não tem sido impactante na promoção de avanços
tecnológicos e na geração de inovação de vanguarda.32
30 BLOG BIBLIOTECA CENTRAL DA UFRGS. Produção científica brasileira cresce, mas índice de qualidade cai. Disponível
em: https://www.ufrgs.br/blogdabc/producao-cientifica-brasileira-cresce/. Acesso em: 09 jun. 2017.
31 BLOG BIBLIOTECA CENTRAL DA UFRGS. Produção científica brasileira cresce, mas índice de qualidade cai. Disponível
em: https://www.ufrgs.br/blogdabc/producao-cientifica-brasileira-cresce/. Acesso em: 09 jun. 2017. 32 RAUEN, Cristiane Vianna. O Novo marco legal da inovação no Brasil: o que muda na relação ICT-empresa?. 2016.
107
QUADRO 87
Entraves administrativos inibem as atividades de PD&I no país
No atual cenário mundial, marcado por constantes mudanças no modo de produzir
conhecimento científico e de desenvolver novas tecnologias, produtos, processos e
serviços, entraves administrativos inibem significativamente as atividades de PD&I.
Semelhante ao desafio enfrentado por outros países, o governo brasileiro tem buscado
reduzir o peso administrativo que prejudica o fortalecimento das atividades de inovação,
tanto por parte das empresas quanto por parte das Instituições Científicas e Tecnológicas.
Alguns aspectos que correspondem a entraves para as atividades de PD&I são33:
■ Proibição do exercício da atividade de pesquisa remunerada no setor privado por
professores das universidades públicas em regime de dedicação exclusiva;
■ Restrição do número de horas que o professor em dedicação exclusiva pode alocar
em atividades fora da universidade;
■ Dificuldades para o compartilhamento do uso de laboratórios e equipes de
universidades e institutos de pesquisa com empresas para fins de pesquisa;
33 ESTADO DE SÃO PAULO. Marco Legal de Ciência e Tecnologia: O que muda na vida dos pesquisadores?. Disponível
em: http://ciencia.estadao.com.br/blogs/herton-escobar/marco-legal-de-ciencia-e-tecnologia-o-que-muda-na-vida-
dos-pesquisadores/. Acesso em: 12 jul. 2017.
108
■ Restrições para que as empresas envolvidas em projetos de PD&I mantenham a
propriedade intelectual sobre os resultados (produtos) das pesquisas;
■ Dificuldades na importação de equipamentos e insumos para o desenvolvimento das
atividades de pesquisa.
A Lei nº 13.243, conhecida como o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação,
aprovada em 11 de janeiro de 2016, busca sanar esses entraves. No entanto, esse marco
legal requer regulamentação específica para que possa garantir sua eficácia no
desenvolvimento de um ambiente legal compatível tanto com o dinamismo quanto com
as definições da realidade de IoT. 34 Mais detalhadamente, as alterações que esse novo
marco promoveu enfatizaram bastante as atividades das ICTs e de seus pesquisadores.
Considerando o fato de que o processo de inovação não é linear nem unidirecional (por
exemplo, da ICT para a empresa), são importantes novos avanços legais no que tange ao
estímulo à inovação nas empresas e ao fortalecimento do papel empreendedor do Estado,
por exemplo, por meio de encomendas ao setor privado de novas tecnologias que se
mostrem relevantes no âmbito estratégico nacional. 32
O processo administrativo de importação de bens para pesquisa é demasiadamente
burocrático
O processo de desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil requer muitas vezes o
consumo de materiais importados. Nesse sentido, o excessivo peso administrativo na
importação pode afetar o desenvolvimento das atividades de C&T, havendo relatos de
casos em que ela chega a paralisar as pesquisas. 35
De acordo com um levantamento da Academia Brasileira de Ciências (2014), feito com 165
pesquisadores de 35 instituições científicas, o tempo que um pesquisador precisa aguardar
entre a efetivação da compra de um produto e a sua chegada ao laboratório varia bastante.
Como mostrado no QUADRO 88, a maior parte (83%) aguarda até três meses. No entanto,
há situações em que o tempo de espera pode passar de dois anos, e outras, em que o
produto não é entregue. 36
34 MCTI. A Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2016-2019. Disponível em:
http://www.mcti.gov.br/documents/10179/1712401/Estrat%C3%A9gia+Nacional+de+Ci%C3%AAncia%2C%20Tecnol
ogia+e+Inova%C3%A7%C3%A3o+2016-2019/0cfb61e1-1b84-4323-b136-8c3a5f2a4bb7. Acesso em: 12 jun. 2017.
35 BITENCOURT, Renan Porto de. Importação de insumos para pesquisa cientifica por pesquisadores brasileiros. 2016). 36 ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS. Custo Brasil: Burocracia e Importação para Ciência. Disponível em:
https://www.abc.org.br/IMG/pdf/doc-5785.pdf. Acesso em: 12 jun. 2017.
109
QUADRO 88
Mais detalhadamente, conforme Tabela 1, 46% dos pesquisadores entrevistados
expressaram já ter perdido algum material retido na alfândega, enquanto 58% informaram
que o período de armazenagem do material na alfândega até sua liberação gerou custos
adicionais para o laboratório. Além disso, 95% dos entrevistados já deixaram de realizar
alguma atividade de pesquisa ou mudaram especificações da pesquisa por problemas
associados à importação, e 51% já tiveram que cancelar ou modificar seu protocolo
experimental por não terem acesso aos materiais necessários. 36
110
TABELA 1 RESULTADOS DA SONDAGEM SOBRE O PESO ADMINISTRATIVO NA
IMPORTAÇÃO
Fonte: Custo Brasil: Burocracia e Importação para Ciência (Academia Brasileira de Ciências, 2014). Elaboração própria.
Dentro do propósito de incentivar as atividades de PD&I, mostra-se essencial reduzir o
peso administrativo na importação de insumos para pesquisa, no Brasil. Em se
considerando o dinâmico ambiente de inovação associado à IoT, essa questão ganha ainda
mais peso.
6.1.3 Desafios de ambiente e cultura de inovação
A concessão de patentes no Brasil é extremamente demorada
Conforme levantamento da Confederação Nacional da Indústria37, apesar de uma média
baixa, comparada a outros países, de 3.108 pedidos de patentes concedidos por ano, entre
2003 e 2013, o tempo de espera para concluir uma análise de patenteabilidade, no Brasil,
praticamente dobrou no mesmo período, passando de seis para mais de dez anos, em
média, conforme o QUADRO 89. E essa demora pode ser ainda maior para determinadas
áreas de conhecimento. Em áreas associadas à IoT, como telecomunicações, esse tempo de
espera superou 14 anos, em 2013. Essa demora excessiva também é constatada em outras
áreas: alimentos e plantas (13,6 anos), biologia molecular (13,4 anos), física e eletricidade
(13 anos), bioquímica (12,9 anos), computação e eletrônica (12,6 anos), farmácia (12,3 anos)
e agroquímicos (12,2 anos).
37 AGÊNCIA DE NOTÍCIAS CNI. Brasil ocupa penúltima posição em ranking de patentes válidas. Disponível em:
http://www.portaldaindustria.com.br/agenciacni/noticias/2014/04/brasil-ocupa-penultima-posicao-em-ranking-de-patentes-
validas/. Acesso em: 12 jun. 2017
111
QUADRO 89
Considerando o tempo médio de concessão de patente, no período de 2008-2015, a espera,
no caso brasileiro, permanece elevada, a saber, 10 anos, ilustrado pelo QUADRO 90. O
tempo de espera, nos EUA, na China e na Coreia, é bem menor, respectivamente, 3,5 anos,
2,9 anos e 2,8 anos. Nesse contexto, a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), um
movimento liderado pela Confederação Nacional da Indústria, defende que o tempo
máximo de análise deveria ser de quatro anos. 38
38 TN PETRÓLEO. Demora no reconhecimento de patentes desestimula inovação no Brasil. Disponível em:
http://www.tnpetroleo.com.br/noticia/demora-no-reconhecimento-de-patentes-desestimula-inovacao-no-Brasil/.
Acesso em: 12 jun. 2017.
112
QUADRO 90
Uma das causas desse problema é o número de pedidos por examinador. Enquanto, em
2012, o Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (INPI) contava com 225
examinadores para analisar 166.181 pedidos de patente (738 pedidos por examinador), em
2013, o número de examinadores caiu para 192, e os pedidos subiram para 184.224 (980
pedidos por examinador). Como referência, o Escritório Europeu de Patentes (EPO), por
sua vez, possuía 363.521 pedidos para 3.987 examinadores (91,2 pedidos por examinador),
em 2012, e, em seu congênere, nos EUA, eram 603.898 pedidos para 7.831 examinadores
(77 pedidos por examinador). 37
Para desenvolver um ambiente mais favorável à dinâmica de IoT, é necessário que o país
busque o padrão internacional para a relação pedidos por examinador, ou seja, menos de
100 pedidos por examinador, pelo menos, em temas altamente correlacionadas com IoT,
como engenharias (semicondutores e telecomunicações) e software. Embora, em 2016, o
INPI tenha aumentado o seu quadro de examinadores para 26338, esse número ainda se
mostra aquém no necessário.
Por fim, é essencial que sejam revistos os processos de análise dos pedidos de patentes,
principalmente, de tecnologias associadas a software. Nesse contexto, o Mobilização
Empresarial pela Inovação (MEI) defende o estabelecimento de acordos de cooperação
técnica com universidades brasileiras e com escritórios de patentes de outros países, a
exemplo do projeto-piloto de cooperação que o INPI realizou com o USPTO, escritório dos
113
EUA, em 2016. O objetivo, neste caso, seria reduzir a duração da análise por meio do
compartilhamento dos resultados da avaliação do escritório de origem. 38
Iniciativa recente do INPI com o objetivo de facilitar a inserção de produtos e serviços
inovadores desenvolvidos pelas instituições de ciência e tecnologia (ICTs) brasileiras no
mercado global criou uma nova modalidade de exame prioritário de patentes. Trata-se do
projeto-piloto Patentes ICTs, que foi instituído pela Resolução nº 191, publicada na Revista
da Propriedade Industrial (RPI) nº 2420, de 23 de maio de 2017.
Setor privado tem pouco apetite ao risco de investir em PD&I
Um meio para se avaliar o envolvimento empresarial em atividades de inovação consiste
em se verificar sua participação no investimento em atividades de P&D. Os investimentos
das empresas abrangem gastos em P&D próprio (interno) ou contratado de terceiros,
inclusive, por meio de parcerias com ICTs, e aportes em pesquisas acadêmicas.
Como observado no QUADRO 91, no cômputo geral, 45,7% do dispêndio em P&D, no
Brasil, é feito por empresas. Esse patamar é inferior ao constatado em países com
desenvolvimento tecnológico mais dinâmico. Por exemplo, em países como Alemanha,
China, Coreia, EUA e Japão, essa proporção está em torno de 70%. Isso parece sugerir que
um maior protagonismo tecnológico do Brasil pode depender de uma participação
empresarial mais efetiva nos esforços de PD&I. 39
39 MCTI. A Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2012-2015. Disponível em:
http://www.mct.gov.br/upd_blob/0218/218981.pdf. Acesso em: 12 jun. 2017.
114
QUADRO 91
O Scoreboard40 monitora, anualmente, as maiores organizações de P&D na Europa,
comparando-as com suas congêneres nos demais continentes. O indicador sintético
utilizado é a Intensidade de Investimento em P&D, que é dado pela razão entre o
investimento em P&D e o faturamento líquido de cada empresa ou grupo empresarial. Em
2015, foram pesquisadas 2.898 empresas, as quais respondem por 90% de todo o
investimento mundial em P&D (€607.2 bilhões). 41 As dez empresas internacionais com
maior intensidade de investimento em P&D e as nove empresas brasileiras mais bem
colocadas no Scoreboard 2015 estão listadas na Tabela 2:
40 Scoreboard é um ranking internacional de empresas baseado na intensidade de seus investimentos em P&D.
41MDIC. Levantamento de Boas Práticas Internacionais e de Práticas da Gestão da Qualidade para Avaliação de P&D.
Disponível em:
http://www.mdic.gov.br/images/Boas_Pr%C3%A1tica_de_Gest%C3%A3o_da_Qualidade_para_Avalia%C3%A7%C3
%A3o_de_PD.pdf. Acesso em: 12 jun. 2017.
115
TABELA 2 RANKING DE EMPRESAS POR INTENSIDADE DE INVESTIMENTO EM
P&D Posição Empresa Ramo
1ª Volkswagen – Alemanha Automobilístico
2ª Samsung Electronics – Coreia do Sul Eletrônica
3ª Microsoft – EUA Software
4ª Intel – EUA Microeletrônica
5ª Novartis – Suíça Farmacêutico
6ª Roche – Suíça Farmacêutico
7ª Toyota – Japão Automobilístico
8ª Google – EUA Software
9ª Johnson & Johnson – EUA Farmacêutico
10 ª Pfizer – EUA Farmacêutico
142ª Petrobrás – Brasil Petróleo e Gás
183ª Vale – Brasil Mineração
289ª Embraer – Brasil Aeronáutico
979ª Totvs – Brasil Software
1028ª Weg – Brasil Engenharia
1151ª BRF – Brasil Alimentício
1462ª Braskem – Brasil Químico
1614ª CPFL Energia – Brasil Energia
1747ª Gafisa – Brasil Imobiliário
Fonte: adaptado de (Bastos, 2016)
De acordo com levantamento da Pintec 201442, as duas principais barreiras à inovação na
indústria são o elevado custo (86%) e os riscos econômicos excessivos. Na categoria
Serviços selecionados, que incluem atividades bastante correlacionadas à IoT, os elevados
custos também assumiram o papel do obstáculo mais relevante (88,5%), seguidos pelos
riscos econômicos excessivos (75,5%). O custo financeiro e taxas de juros comerciais
elevados também podem ser citados.
Aumento dos financiamentos do BNDES sugere crescimento moderado do apetite ao risco
e atividades inovadoras nas empresas
O aumento dos financiamentos do BNDES à inovação, nos últimos anos, é indicativo do
crescimento do envolvimento das empresas com iniciativas inovadoras. Conforme
relatório anual do BNDES, do ano de 2015, os volumes de recurso que o banco destina a
projetos de PD&I passaram de 0,4% a 4,4% de todos os seus desembolsos, sendo que parte
desse dinheiro é repassada à FINEP. Cabe ressaltar, todavia, que esses desembolsos visam
financiar inovação em empresas que se encontram em situação operacional e se mostram
capazes de absorver um financiamento, e que eles, tipicamente, são utilizados em projetos
menos arriscados que aqueles apoiados por fundos não reembolsáveis.
42 DE INOVAÇÃO TECNOLÓGICA, PINTEC–Pesquisa. Disponível em. Acesso em, v. 18, 2014.
116
O investimento privado em inovação foca em atividades com menor valor agregado
Com base na Pintec 201442, pesquisa de inovação realizada com 132,5 mil empresas
públicas e privadas, no Brasil, nota-se, no QUADRO 92, que as empresas do segmento de
serviços selecionados, que incluem atividades altamente relacionadas à IoT, destinam a
maior parte do seu investimento em inovação à aquisição de máquinas e equipamentos, a
saber, 3,50% das suas receitas líquidas. Em segundo e terceiro lugares, constam,
respectivamente, os investimentos em atividades internas de P&D (2,13%) e aquisição
externa de P&D (1,30%). As empresas industriais apresentam perfil semelhante, com a
maior parte de seus gastos em atividades inovativas aplicados em aquisição de máquinas
e equipamentos (0,85%), e, em segundo lugar, em atividades internas de P&D (0,67%).
Dessa forma, fica claro que as atividades de inovação das empresas ainda se concentram
em atividades com um perfil de menor valor agregado.
QUADRO 92
Para se criar um ambiente mais favorável ao desenvolvimento do mercado de IoT, mostra-
se necessário intensificar o investimento em atividades que representem esforços mais
sistemáticos de inovação, como as atividades internas de P&D e a aquisição externa de
P&D em IoT.
117
6.2 O Sistema Brasileiro de Fomento e Apoio à PD&I é
Diversificado
Embora na comparação internacional o Brasil ainda não tenha alcançado patamares de
investimento e de capacitação dos países líderes em PD&I, o sistema nacional de inovação
evoluiu significativamente nas últimas décadas, apresentando, atualmente, uma gama
diversificada de agentes, instrumentos e mecanismos de subvenção a PD&I.
No que diz respeito ao financiamento, houve uma grande diversificação dos mecanismos
visando ampliar o montante de recursos financeiros e sua alocação nas atividades de
inovação.
Entre os agentes mais relevantes, podem ser citados o BNDES, a FINEP, a EMBRAPII, as
financiadoras estaduais e os fundos setoriais. Vários desses agentes vêm ampliando e
aperfeiçoando suas ações de apoio a PD&I, atuando, muitas vezes, de forma
complementar e sinérgica com os demais agentes na viabilização de incentivos fiscais ou
na destinação de recursos de fomento.
Alguns instrumentos de estímulo à PD&I têm se mostrado bastante relevantes para o
desenvolvimento do Sistema Nacionais de Inovação, como a mencionada Lei de
Informática e também a chamada Lei do Bem (Lei 11.196/05). Esta última representou uma
ampliação significativa dos benefícios concedidos às empresas e tem como grande atrativo
sua aplicação automática (as empresas são dispensadas de apresentar projeto prévio para
começarem a usufruir os incentivos). Alguns estudos avaliaram os impactos da Lei do
Bem nas atividades inovativas das empresas beneficiadas e constataram que ela é um
instrumento adequado para intensificar, no curto prazo, as atividades de inovação de
empresas que já inovam, embora não se mostre apropriada para ampliar o número de
empresas inovadoras nem para apoiar projetos arriscados, que demandam grande aporte
de capital.
Diferentemente da Lei de Informática, que, como já visto, entrou na lista das políticas de
incentivo condenadas pela OMC, a Lei do Bem concede benefício fiscal acoplado a inputs
de inovação, sob a forma de dedução do imposto de renda e da contribuição sobre o lucro
líquido das empresas43.
Mas o tema da IoT, dada a sua abrangência, não depende exclusivamente de incentivos
fiscais e pode se beneficiar de diversas fontes de recursos, como os fundos setoriais que
compõem o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). Para
cada um dos 14 fundos destinados a setores específicos44, é possível imaginar casos de uso
43 Moreira Filho, A. Brasil, OMC e Lei do Bem. Valor Econômico, 18 de janeiro de 2017.
44 Saúde, biotecnologia, agronegócio, petróleo, energia, mineral, aeronáutico, espacial, transporte, mineral, hidro,
informática, automotivo e da Amazônia.
118
envolvendo aplicações de IoT e voltados a tratar problemas setoriais, o que justificaria,
então, a destinação de recursos do respectivo fundo para essas iniciativas de PD&I.
Uma política efetiva para favorecer as iniciativas de PD&I voltadas à IoT, especialmente
nos ambientes prioritários, poderá envolver fortalecimento de instrumentos existentes,
previsão de instrumentos para as diversas fases da inovação adequados aos respectivos
níveis de risco, ampliação das parcerias entre empresas, ICT e universidades, bem como,
conforme o caso, para inserção mercadológica dos resultados. Uma abordagem
promissora, em linha com o que se praticou nos últimos anos, seria o potencial
desenvolvimento de hubs voltados à criação e sustentação de parcerias para
desenvolvimento de PD&I em IoT, por exemplo, baseados nas várias unidades Embrapii
com atuação na área das TICs.
119
7 Oportunidades-chave da Oferta
Compreende-se oportunidades-chave da oferta da IoT no Brasil como sendo as ações que
deverão ser priorizadas para aprimorar a oferta tecnológica em IoT no país.
Tomando por base as análises realizadas nas seções anteriores, foram identificadas três
oportunidades-chave para o fomento da oferta tecnológica de IoT no Brasil:
■ Definir focos tecnológicos em IoT coerentes com a demanda interna e com a busca
por relevância em nível global, para assim orientar o desenvolvimento e manutenção
das competências tecnológicas locais necessárias;
■ Alinhar as estratégias de financiamento de órgãos e fundos de PD&I em torno das
oportunidades em IoT, especialmente nos ambientes prioritários, para direcionar os
recursos disponíveis para inovação na criação de projetos expressivos que
desenvolvam tecnologias de impacto;
■ Apoiar por meio de instrumentos de inovação o amadurecimento das empresas
nacionais atuantes em IoT, para que aumentem a sua participação na economia
nacional.
Essas oportunidades-chave são intrinsicamente relacionadas, e seu tratamento conjunto
pode potencializar um elevado impacto no SNI, no âmbito da IoT.
A seguir, discutem-se aspectos relevantes de cada uma dessas oportunidades-chave da
oferta de IoT, à luz das análises realizadas.
Nas próximas etapas deste estudo, serão formulados, estruturados e propostos possíveis
instrumentos e iniciativas viabilizadores dessas ofertas-chave.
120
7.1 Definir focos tecnológicos em IoT
Com base nos resultados desse estudo, observa-se dispersão de foco tanto do ponto de
vista de competências quanto em atuação de mercado.
No que diz respeito às Instituições de Ciência e Tecnologia e às universidades, como regra
geral não foi possível observar especializações bem definidas. Seria um sinal de
aprofundamento tecnológico e maior capacidade de inovação ter ICTs e universidades
mais especializados em uma única camada tecnológica ou mesmo algumas poucas
competências de uma mesma camada. Isso aumentaria as chances do desenvolvimento de
soluções de maior complexidade e com maior potencial de competir em âmbito global.
Com base nesse cenário é que se suscita a oportunidade-chave de definir focos
tecnológicos que orientem ICTs e empresas a concentrarem e unirem esforços em um
número menor de apostas, otimizando o esforço sistêmico e aumentando as chances de
sucesso das soluções desenvolvidas.
A definição destes focos deve ter por base a análise das tecnologias mais aplicáveis aos
casos de uso e de maior impacto nos ambientes de maior demanda do país. Desta forma
as soluções encontram espaço para se desenvolver no mercado interno para posterior
projeção no mercado internacional. Esta análise para a definição dos focos tecnológicos
será desenvolvida ao longo das próximas fases do estudo.
121
7.2 Alinhar a estratégia de órgãos e fundos de fomento à PD&I
Conforme explicitado anteriormente, o investimento em PD&I no país ainda é limitado
quando comparado aos patamares de países de referência. Além disso, a pulverização
dos recursos destinados a PD&I pode não ajudar o investimento em projetos de
desenvolvimento de tecnologias e inovação de maior impacto para o país, dado que este
tipo de projeto tende a demandar um valor maior de investimento. Considerando os
projetos apoiados financeiramente pelos fundos setoriais no período de 1997 a 2014, 25
mil projetos receberam um valor médio de 225 mil reais cada. Este perfil de
financiamento contribui para o desenvolvimento de projetos de escopos focados em
desafios mais específicos e locais que potencialmente tendem a ter menor alcance e
impacto sobre o Sistema Nacional de Inovação.
Desta forma, configura-se a oportunidade-chave de promover, a partir da temática de
Internet das Coisas, alinhamento na estratégia de financiamento dos órgãos e fundos de
PD&I a fim de criar projetos que resultem no desenvolvimento de tecnologias de mais
alto impacto, capazes de alavancar as empresas nacionais para a oferta de soluções IoT
que não apenas enderecem demandas locais, mas também as habilitem a atuar no
mercado global.
A partir de focos tecnológicos definidos, como proposto na oportunidade-chave anterior,
bolsas de pesquisa, programas universitários, chamadas públicas que promovam a
colaboração entre ICTs e empresas, entre muitos outros, devem ser orientados em uma
direção comum, gerando sinergia entre os diversos projetos e aumentando as chances
das tecnologias desenvolvidas chegarem ao mercado e obterem sucesso, especialmente
nos ambientes de IoT definidos como prioritários.
122
7.3 Amadurecimento das empresas nacionais atuantes em IoT
Conforme apontado, 77% das empresas de origem nacional que responderam o 3º Bytes
de IoT têm até 49 funcionários, e 46% têm menos de 9 funcionários.
Muitas dessas empresas ainda são incipientes e de baixo impacto para a economia
nacional, seja em geração de empregos ou em faturamento. Com base nisso, se propõe a
oportunidade-chave de se valer deste grande número de empresas, que em sua maioria
podem ser enquadradas no status de startups, e potencialmente apoiá-las por meio de
instrumentos de PD&I, novos ou aprimorados, que contribuam para seu fortalecimento
e crescimento. Assim, criam-se melhores condições para que, no futuro, eventualmente,
muitas possam se tornar empresas de médio e grande porte.
A necessidade de empresas mais robustas também se faz necessária para a atuação em
nível global. Para que o país tenha condições de levar soluções locais para a aplicação em
outras localidades com problemas semelhantes não basta desenvolver inovação
tecnológica de grande impacto, mas também empresas estruturadas para suportar a
internacionalização de produtos e serviços.
123
8 Referências
8.1 Competências tecnológicas para IoT no Brasil
Consórcio McKinsey, Fundação CPqD e escritório Pereira Neto Macedo Advogados.
Estudo “Internet das Coisas”. 3º Bytes de IoT.
Consórcio McKinsey, Fundação CPqD e escritório Pereira Neto Macedo Advogados.
Estudo “Internet das Coisas”. Pesquisas dirigidas a ICTs.
8.2 Cadeia de valor
ALIEN MEDIA PRESS. Alien Technology Enters Agreement for $35 Million in New
Investments to Advance RFID Business. Disponível em:
http://www.alientechnology.com/media/press-releases/alien-technology-enters-
agreement-for-35-million-in-new-investments-to-advance-rfid-business/ Acesso em: 07
de julho de 2017.
BRQ. BRQ anuncia aquisição da InstiSys e lança a BRQ Financial Services. Disponível em:
http://www.brq.com/brq-anuncia-aquisicao-da-instisys-e-lanca-brq-financial-services/.
Acesso em: 07 de julho de 2017.
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http://www.businesswire.com/news/home/20070418005729/pt/. Acesso em: 04 jul. 2017.
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http://computerworld.com.br/negocios/999/12/31/ci-t-adquire-empresa-especializada-
em-bi-sap Acesso em: 07 de julho de 2017.
COMPUTERWORLD. Equinix compra controle total da Alog Data Centers por US$ 225
milhões. Disponível em: http://computerworld.com.br/negocios/2014/07/24/equinix-
compra-controle-total-da-alog-datacenters-por-us-225-milhoes. Acesso em: 04 jul. 2017.
COMPUTERWORLD. Senior Solution paga R$ 50 mi pela att/PS e reforça portfólio com
software para core banking. Disponível em: http://computerworld.com.br/senior-
solution-paga-r-50-mi-pela-attps-e-reforca-portfolio-com-software-para-core-banking.
Acesso em 05 de julho de 2017.
COMPUTERWORLD. Webradar recebe aporte de R$ 40 milhões. Disponível em
http://computerworld.com.br/Brasileira-webradar-recebe-aporte-de-r-40-milhoes-da-
qualcomm-e-dgf. Acesso em 05 de julho de 2017.
Consórcio McKinsey, Fundação CPqD e escritório Pereira Neto Macedo Advogados.
Estudo “Internet das Coisas”. 3º Bytes de IoT.
124
Consórcio McKinsey, Fundação CPqD e escritório Pereira Neto Macedo Advogados.
Estudo “Internet das Coisas”. Pesquisas dirigidas a ICTs.
CPQD. CPqD assume o controle da Trópico. Disponível em:
https://www.cpqd.com.br/releases/cpqd-assume-controle-da-tropico/. Acesso em: 07 de
julho de 2017.
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http://exame.abril.com.br/negocios/gamesa-e-siemens-anunciam-fusao-de-negocios-de-
energia/. Acesso em: 04 jul. 2017.
EXAME. Oi anuncia compra da Brasil Telecom por R$ 5,8 bilhões. Disponível em:
http://exame.abril.com.br/negocios/oi-anuncia-compra-da-Brasil-telecom-por-r-5-8-
bilhoes-m0158038/. Acesso em: 07 de julho de 2017.
FIERCEBIOTECH, Israeli device seed firm Rainbow Medical raises $25M from Chinese
investors. Disponível em: http://www.fiercebiotech.com/medical-devices/israeli-device-
seed-firm-rainbow-medical-raises-25m-from-chinese-investors Acesso em: 07 de julho de
2017.
FORBES. Qualcomm adquire a CSR. Disponível em
https://www.forbes.com/sites/greatspeculations/2014/10/21/qualcomm-acquires-csr-to-
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FORESCOUT. ForeScout Technologies Closes $76 Million in Late-Stage Funding at 1B
Valuation. Disponível em: https://www.forescout.com/company/news/press-
release/forescout-technologies-closes-76-million-in-late-stage-funding-at-1b-valuation/
Acesso em: 07 de julho de 2017.
FUSÕES & AQUISIÇÕES. Tech Mahindra anuncia aquisição do Grupo Target para
aumentar ofertas de plataforma de business process como serviço. Disponível em:
http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2016/05/tech-mahindra-anuncia-aquisicao-
do.html Acesso em: 07 de julho de 2017.
FUSÕES & AQUISIÇÕES. Entre 700 candidatas, I.Systems recebe aporte. Disponível em:
http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2013/03/entre-700-candidatas-isystems-
recebe.html Acesso em: 07 de julho de 2017.
FUSÕES & AQUISIÇÕES. Grupo argentino compra porcentagem de Eike Batista em
empresa de semicondutores. Disponível em:
http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2014/05/grupo-argentino-compra-porcentagem-
de.html Acesso em: 07 de julho de 2017.
FUSÕES & AQUISIÇÕES. A UL adquire o laboratório Testtech e passa a oferecer escopo
completo de certificação para eletrodomésticos de acordo com as regras do INMETRO.
Disponível em: http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2013/03/a-ul-adquire-o-
laboratorio-testtech-e.html. Acesso em: 04 jul. 2017.
125
FUSÕES & AQUISIÇÕES. Altus vende 15% da empresa e reforça sua internacionalização.
Disponível em: http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2013/04/altus-vende-15-da-
empresa-e-reforca-sua.html. Acesso em: 04 jul. 2017.
FUSÕES & AQUISIÇÕES. Brasileira Soluti adquire a unidade de certificação digital da
DocuSign. Disponível em: http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2017/04/Brasileira-
soluti-adquire-unidade-de.html. Acesso em: 07 de julho de 2017.
FUSÕES & AQUISIÇÕES. Consinco investe em aceleradora. Disponível em:
http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2015/10/consinco-investe-em-aceleradora.html.
Acesso em: 04 jul. 2017.
FUSÕES & AQUISIÇÕES. Delphi adquire multinacional HellermannTyton. Disponível
em: http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2015/12/delphi-adquire-multinacional.html.
Acesso em: 07 de julho de 2017.
FUSÕES & AQUISIÇÕES. Dentsu compra Pontomobi da RBS. Disponível em:
http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2015/10/dentsu-compra-pontomobi-da-rbs.html.
Acesso em: 07 de julho de 2017.
FUSÕES & AQUISIÇÕES. Fundepar investe na Logpyx. Disponível em:
http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br/2017/01/fundepar-investe-na-logpyx.html.
Acesso em: 04 jul. 2017.
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