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PRODUTOR PRIMÁRIO - Apuração e Recolhimento do ICMS …contneckel.com.br/binario/164/PRODUTOR_PRIMARIO_12082014.pdf · PRODUTOR PRIMÁRIO - Apuração e Recolhimento do ICMS em

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PRODUTOR PRIMÁRIO - Apuração e Recolhimento do ICMS em Santa Catarina

Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 17.07.2014.

Sumário:

1 - INTRODUÇÃO

2 - PRODUTOR PRIMÁRIO

2.1 - Extensão da Atividade de Produtor Primário

2.2 - Local das Atividades do produtor Primário

2.3 - Inscrição no Cadastro de Produtor Primário - CPP

2.4 - Emissão da Nota Fiscal de Produtor Primário

2.4.1 - Extensão da Emissão da Nota Fiscal de Produtor

3 - OPERAÇÕES SUJEITAS AO ICMS

3.1 - Operações Internas

3.2 - Operações Interestaduais

4 - REGIME ESPECIAL PARA APURAÇÃO E RECOLHIMENTO DO ICMS

4.1 - Apuração e Recolhimento do ICMS

4.2 - Condições para Apuração do ICMS pelo Regime Especial

4.3 - Cancelamento do Regime Especial

4.4 - Requerimento para Obtenção do Regime Especial

4.5 - Impressão de Notas Fiscais

4.6 - Renovação e Prorrogação do Regime Especial

1 - INTRODUÇÃO

O produtor primário é uma pessoa física que tem como atividade a produção agrícola,

animal ou extrativa vegetal e ainda captura de animais marinhos. Este produtor primário

deverá possuir Inscrição Estadual, pois é contribuinte do ICMS, porém não será

necessária a abertura de empresa, desta forma terá Inscrição Estadual e trabalhará com o

seu cadastro de pessoa física (CPF).

O objetivo deste trabalho é demonstrar como deverá ser feito o recolhimento do ICMS

devido pelo produtor primário nas operações em que existirá a tributação deste imposto.

2 - PRODUTOR PRIMÁRIO

De acordo com o art. 12, do Anexo 6, do RICMS-SC/01, considera-se produtor primário

a pessoa física que se dedique à produção agrícola, animal ou extrativa vegetal ou à

captura de animais marinhos, com:

a) manipulação ou simples conservação dos respectivos produtos em estado natural;

b) elaboração, em pequena escala, de produtos artesanais comestíveis de origem animal

ou vegetal, desde que registrado no Serviço de Inspeção Estadual - SIE, nos termos da

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Lei n° 10.610, de 01 de dezembro de 1997.

2.1 - Extensão da Atividade de Produtor Primário

Considera-se ainda produtor primário quem se dedique (RICMS-SC/01, Anexo 6, art.

12, parágrafo único):

a) à pesca, maricultura, apicultura, aquicultura, avicultura, cunicultura, ranicultura,

sericicultura e congêneres, exceto a de extração de substâncias minerais; ou

b) ainda que localizado em zona urbana, ou em terras devolutas, à criação de animais

para fins mercantis, atividades de ensino ou pesquisa científica, observada a legislação

de controle e experimentação animal municipal, estadual e federal aplicável.

2.2 - Local das Atividades do produtor Primário

O inciso II, do art. 12, do Anexo 6, do RICMS-SC/01, determina que é considerado o

local de exercício da atividade de produtor primário, o lugar, construído ou não, onde

este a exerce, em caráter permanente ou temporário, bem como o local onde se

encontrem armazenados ou depositados os produtos objeto de sua atividade, ainda que

este local pertença a terceiros.

2.3 - Inscrição no Cadastro de Produtor Primário - CPP

O art. 13, do Anexo 6, do RICMS-SC/01, dispõe que os produtores primários deverão

providenciar sua inscrição no Cadastro de Produtor Primário - CPP junto à Unidade

Setorial de Fiscalização ou à prefeitura municipal ou entidade conveniada para esse fim

a que jurisdicionado o local de exercício de sua atividade.

2.4 - Emissão da Nota Fiscal de Produtor Primário

O art. 18, do Anexo 6, do RICMS-SC/01, dispõe que os produtores primários emitirão

Nota Fiscal de Produtor:

a) sempre que promoverem a saída de produtos primários ou extrativos vegetais;

b) na transmissão da propriedade de produtos primários ou extrativos vegetais;

c) na saída de produtos primários para armazenamento, tratamento, classificação,

limpeza e semelhantes, sem que haja transferência da propriedade dos mesmos,

destinada a armazém comunitário ou local de exercício de atividade de outro produtor

primário, situados neste Estado, devendo retornar ao estabelecimento de origem no

prazo de 180 (cento e oitenta) dias contados da data da saída, exceto no caso de

armazenamento. Será consignado, na Nota Fiscal de Produtor, como natureza da

operação, respectivamente, “Remessa para armazenamento, classificação ou outra

forma de tratamento” e “Retorno de armazenamento, classificação ou outra forma de

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tratamento e será dispensada a emissão da contranota;

d) no retorno dos produtos remetidos nas hipóteses da letra “c”, caso em que será

emitida pelo proprietário dos produtos, mencionando o número e data da Nota Fiscal de

Produtor de remessa, e será dispensada a emissão da contranota;

e) na saída de produtos artesanais comestíveis de origem animal ou vegetal, elaborados

em pequena agroindústria familiar rural, inspecionados ou fiscalizados pelo SIE nos

termos da Lei n° 10.610/97 e possuidores do selo de qualidade previsto na Lei n°

10.731, de 30 de março de 1998, distribuído pela Secretaria de Estado do

Desenvolvimento Rural e da Agricultura;

f) na devolução de embalagens vazias de agrotóxicos usados na agricultura e respectivas

tampas, sendo que o transporte será acobertado por nota fiscal, sem valor comercial,

indicando no campo Informações Complementares a expressão “Devolução de

embalagens de agrotóxicos - RICMS-SC/01 - Anexo 6, art. 18, VI”;

g) no fornecimento de energia elétrica, de geração própria, derivada de dejetos animais

ou resíduos vegetais;

h) sempre que promoverem a saída de animais vivos, objeto de sua atividade;

i) na saída de insumos, medicamentos e ração para outro produtor com quem tenha

contrato de parceria em atividade rural.

2.4.1 - Extensão da Emissão da Nota Fiscal de Produtor

A Nota Fiscal de Produtor será também emitida como retorno simbólico, na hipótese da

letra “c”, do subitem 2.4, se os produtos forem vendidos antes de retornarem ao local de

origem, caso em que, no campo “Informações Complementares”, será mencionado que

a saída efetiva dar-se-á no local em que se encontrarem os produtos e também como

contranota, pelo destinatário dos produtos adquiridos de outro produtor, caso em que

(RICMS-SC/01, Anexo 6, art. 18, § 2º):

a) no quadro Destinatário será identificado o remetente;

b) no quadro Dados do Produto serão discriminados os produtos efetivamente

recebidos;

c) no campo Informações Complementares serão indicados o número, a série e a data de

emissão da Nota Fiscal de Produtor a que corresponder e será escrita a expressão

“contranota”;

d) a primeira via deverá ser entregue ao remetente.

Cabe ressaltar que fica dispensada a emissão de contranota nas saídas com destino a

outro estabelecimento do mesmo titular, localizado no mesmo município.

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3 - OPERAÇÕES SUJEITAS AO ICMS

Nos casos de operações sujeitas ao ICMS, o produtor primário deverá recolher o

imposto da forma citada nos itens e subitens seguintes.

3.1 - Operações Internas

De acordo com o inciso II, do art. 27, do Anexo 6, do RICMS-SC/01, o ICMS devido

nas operações acobertadas por Nota Fiscal de Produtor deverá ser recolhido nas

operações internas, até o 20° (vigésimo) dia do mês seguinte ao da ocorrência do fato

gerador da obrigação tributária.

Portanto, para o caso da saída ser tributada pelo ICMS, o produtor primário destacará o

valor do ICMS na nota fiscal e recolherá o imposto para o Estado de Santa Catarina,

conforme data citada acima.

Cabe ressaltar que este prazo para recolhimento, nas operações internas, será

considerado vencido no momento do fornecimento de novo talonário ao produtor, se

isto ocorrer antes do 20º dia do mês seguinte ao da ocorrência do fato gerador.

3.2 - Operações Interestaduais

Segundo o inciso I, do art. 27, do Anexo 6, do RICMS-SC/01, o imposto devido nas

operações acobertadas por Nota Fiscal de Produtor deverá ser recolhido nas operações

interestaduais, na agência da rede bancária autorizada mais próxima do local de início

do transporte, no trajeto para o local de destino, ponto a partir do qual o transporte

deverá ser acompanhado de uma via do DARE-SC, anexada à Nota Fiscal de Produtor

respectiva.

Portanto, nas saídas interestaduais tributadas e realizadas pelo produtor primário, o

ICMS deverá ser recolhido e a guia paga acompanhará a mercadoria até o destino final,

conforme alínea “a”, do inciso I, do § 1º, do art. 60, do RICMS-SC/01.

4 - REGIME ESPECIAL PARA APURAÇÃO E RECOLHIMENTO DO ICMS

De acordo com o art. 30-A, do Anexo 6, do RICMS-SC/01, o produtor primário que

realize predominantemente operações sujeitas ao recolhimento do imposto por ocasião

da saída poderá, mediante regime especial deferido pelo Gerente Regional, ser

autorizado a apurar e recolher o imposto na forma prevista para os contribuintes pessoas

jurídicas.

4.1 - Apuração e Recolhimento do ICMS

O Inciso I, do art. 30-A, do Anexo 6, do RICMS-SC/01, determina que para o produtor

primário que possuir o Regime Especial, o ICMS será apurado e recolhido na forma

prevista nos arts. 53 a 60 do Regulamento.

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Isto quer dizer, que o produtor primário terá o débito do ICMS pelas saídas, o crédito do

ICMS pelas entradas e recolherá o saldo devedor até o dia 10 do mês seguinte ao da

apuração.

4.2 - Condições para Apuração do ICMS pelo Regime Especial

Para fruição do Regime Especial que autoriza a apuração do ICMS conforme os arts. 53

ao 60, do RICMS-SC/01, o produtor deverá (RICMS-SC/01, Anexo 6, art. 30-A):

a) escriturar os livros Registro de Entradas, Registro de Saídas, Registro de Inventário,

Registro de Apuração do ICMS e Registro de Utilização de Documentos Fiscais e

Termos de Ocorrências, na forma prevista no Anexo 5, Título III, cuja autenticação será

feita pela Gerência Regional;

b) entregar DIME na forma prevista no Anexo 5, Título IV, Capítulo I, Seção I;

c) atender as exigências contidas no Anexo 5, Título I, Capítulos III, IV e VI (regras

para Inscrição Estadual), conforme o caso;

d) atender as exigências contidas no Anexo 5, art. 13 se, por qualquer motivo, inclusive

a pedido do contribuinte, o regime especial for revogado (regras da Inscrição Estadual).

O pedido de regime especial deverá atender às condições e procedimentos previstos em

portaria do Secretário de Estado da Fazenda.

4.3 - Cancelamento do Regime Especial

O regime especial poderá ser cancelado a qualquer tempo, a requerimento do

contribuinte, ou de ofício nos seguintes casos (RICMS-SC/01, Anexo 6, art. 30-A, § 2º):

a) infração à legislação tributária de que resulte falta de pagamento do imposto devido;

b) livros ou blocos de documentos fiscais do contribuinte encontrados em poder de

terceira pessoa que não seja o contabilista ou organização contábil responsável.

Cabe ressaltar que uma vez cancelado o regime especial, o contribuinte somente poderá

pleitear novo regime após o decurso do prazo de doze meses.

4.4 - Requerimento para Obtenção do Regime Especial

De acordo com o art. 1º, da Portaria Sef nº 122/04, para obtenção do regime especial

previsto no Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto nº 2.870, de 27 de agosto de

2001, Anexo 6, art. 30-A, o produtor primário deverá apresentar requerimento junto à

Gerência Regional de seu domicílio, instruído com:

a) a comprovação de que está inscrito no Cadastro de Produtor Primário - CPP, na

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forma do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto nº 2.870, de 27 de agosto de

2001, Anexo 6, arts. 13, 14 e 15;

b) os documentos que comprovem a realização predominante de operações sujeitas ao

recolhimento do imposto por ocasião da saída;

c) a comprovação de que possui imóvel rural compatível com a atividade

declaradamente exercida, mediante entrega de cópia da correspondente escritura

pública;

d) a cópia dos comprovantes do recolhimento do imposto federal incidente sobre a

propriedade rural relativamente aos 3 (três) últimos anos.

A comprovação referida na letra “c” poderá ser feita mediante a entrega de cópia de

contrato de arrendamento do imóvel rural, registrado junto ao Cartório de Registro de

Títulos e Documentos, além da cópia da escritura pública relativa ao imóvel.

O despacho concessório poderá estabelecer outras exigências, além das estabelecidas

neste trabalho para a fruição do regime especial.

4.5 - Impressão de Notas Fiscais

O regime especial autorizará que o produtor primário imprima suas Notas Fiscais de

Produtor, atendidos o modelo oficial para o documento e demais disposições relativas à

concessão de Autorização para Impressão de Documentos Fiscais - AIDF, conforme art.

2º, da Portaria Sef nº 122/04.

4.6 - Renovação e Prorrogação do Regime Especial

A renovação ou a prorrogação do prazo de vigência do regime especial depende,

cumulativamente (Portaria Sef nº 122/04):

a) de requerimento apresentado pelo interessado nesse sentido;

b) do atendimento das exigências contidas no art. 1º, da Portaria Sef nº 122/04 (subitem

4.4 deste trabalho);

c) da comprovação do recolhimento do imposto devido, apurado no período de vigência

do regime especial concedido;

d) da idoneidade dos créditos fiscais registrados na escrita fiscal.

Fonte: Editorial ITC.

Atenção! De acordo com o disposto no caput e inciso XIII do art. 7º, e nos arts. 24, 29 e

101 a 184, da Lei nº 9610/1998 (Direitos Autorais) e no artigo 184 do Decreto-Lei nº

2848/1940 (Código Penal), na redação dada pela Lei nº 10.695/2003, é expressamente

proibida, por qualquer meio, a reprodução parcial e/ou total de matérias exclusivas do

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acordo com as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.