21
05 de abril de 2010 Este Clipping é preparado pela Secretaria Executiva da ADIMB. O conteúdo é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira BRASIL DEPENDERÁ AINDA MAIS DE COMMODITIES, DIZEM ESPECIALISTAS Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro até 2019 A importância das commodities para a economia brasileira deverá crescer nos próximos anos. A expansão do mercado interno e, sobretudo, o apetite dos países emergentes por matérias-primas que sustentem seu desenvolvimento devem impulsionar o setor de produtos primários do Brasil. A conclusão é de um seminário realizado em São Paulo, na segunda-feira (29/3), pelo Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp). O evento reuniu especialistas renomados que se dividiram em diversos temas - de agronegócios à mineração, óleo e gás. A expectativa de um dos palestrantes, o economista José Roberto Mendonça de Barros, da consultoria MB Associados, é de que, até 2019, as commodities correspondam a 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No ano passado, esse percentual foi de 5,2%. O seminário discutiu a relevância da produção das commodities para o desenvolvimento econômico do Brasil.

Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

  • Upload
    lekhanh

  • View
    218

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

05 de abril de 2010

Este Clipping é preparado pela Secretaria Executiva da ADIMB. O conteúdo é de inteira

responsabilidade dos meios de origem

A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira

BRASIL DEPENDERÁ AINDA MAIS DE COMMODITIES, DIZEM ESPECIALISTAS

Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto Interno Bruto (PIB)

brasileiro até 2019

A importância das commodities para a economia brasileira deverá crescer nos próximos anos. A expansão do mercado interno e, sobretudo, o apetite dos países emergentes por matérias-primas que sustentem seu desenvolvimento devem impulsionar o setor de produtos primários do Brasil. A conclusão é de um seminário realizado em São Paulo, na segunda-feira (29/3), pelo Instituto de Economia da Universidade de Campinas (Unicamp). O evento reuniu especialistas renomados que se dividiram em diversos temas - de agronegócios à mineração, óleo e gás. A expectativa de um dos palestrantes, o economista José Roberto Mendonça de Barros, da consultoria MB Associados, é de que, até 2019, as commodities correspondam a 8% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No ano passado, esse percentual foi de 5,2%.

O seminário discutiu a relevância da produção das commodities para o desenvolvimento econômico do Brasil.

Page 2: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

O diretor de planejamento do Banco do Desenvolvimento Nacional (BNDES), João Carlos Ferraz, enfatizou que as empresas brasileiras estão liderando o movimento de alta das commodities. Grande parte desse crescimento, lembra ele, foi financiado pela instituição pública, que destinou 48 bilhões de reais no ano passado para a produção brasileira de matérias-primas. "Ultimamente, o termo 'internacionalização' ganhou mais frequência na mídia", afirma Ferraz, referindo-se à expansão de companhias petroquímicas e mineradoras no cenário global.

Para o presidente da Vale, Roger Agnelli, tanto a balança comercial superavitária como a reserva cambial do Banco Central, que paga as dívidas do país, são resultados das exportações de commodities. Dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) revelam que a participação dos produtos primários nas vendas externas do Brasil saltou de 37,5%, em 2005, para 50.2%, em 2009. "O que gera o caixa para o Brasil, quer nos momentos bons, quer nos momentos ruins, é a commodity", diz Agnelli.

O executivo à frente da maior empresa privada do país completa o seu discurso dizendo que a exploração de minérios colabora com o desenvolvimento dos seguintes setores: infraestrutura ("Colaboramos com o renascimento da operação ferroviária no país"); logística ("Estamos fazendo o maior investimento em portos"); educação ("Temos parcerias com universidades em todo o mundo para elaborar pesquisas"). Fonte: Portal Exame

VOTORANTIM METAIS DISPONIBILIZA ATIVOS NAS UNIDADES DE GO, MG E SP

EM LEILÃO ONLINE

A Votorantim Metais, uma das maiores produtoras mundiais de zinco, líder na fabricação de níquel na América Latina e possuidora da maior planta integração de alumínio do mundo, disponibilizou diversos ativos em leilão online.

Ao total são 71 lotes e os ativos estão localizados nas unidades de Juiz de Fora, Paracatu, Poços de Caldas, Três Marias e Vazante/MG; Niquelândia/GO; Alumínio, Miracatu, Piraju, Sorocaba e Votorantim/SP.

Os ativos localizados nas cidades de Juiz de Fora, Paracatu, Poços de Caldas, Três Marias e Vazante/MG são constituídos por: Agitadores, Bombas a Vácuo; Caminhão Tanque MB; Camionete Toyota Hilux; Equipamento para Carregamento e Transferência de Material/Dumper Cap. 1.000 Kg; Dosadora Tipo Esteira; Filtros de Tambor Rotativo; Materiais Elétricos e Mecânicos, Motores, Redutores, Peças e Componentes Diversos; Rolamentos, Máquina para Soldar e Furadeira Horizontal Com Mandril; Serra de Fita Invicta; Skip; Sucata de Bombas e Compressores; Tecidos Especiais para Processo Industrial; Turbina Stal Steam 3000 KVA; Válvulas e Volantes.

Na cidade de Niquelândia/GO, estão disponíveis: Barras de Aço Inox; Bolas de FF / Cromo - Samag 25mm e 30mm; Camioneta Toyota Bandeirante e Toyota Corolla Seg 1.8; Conjunto Engrenagem; Espectrofotômetro de Absorção Atômica; Grupo Gerador Maquigeral; Materiais Elétricos, Mecânicos e Hidráulicos; Materiais para Laboratório Químico e Instrumentos de Medição e Controle; Motores Agrale e Montgomery, Bombas D'água, Correias Diversas; Rolamentos Autocompensadores; Sucata de Informática; Tratores de Pneus Massey Fergusson e Válvulas.

Nas cidades de Alumínio, Miracatu, Piraju, Sorocaba e Votorantim/SP, estão os lotes: Carcaça do Regulador de Velocidade Escher Wiss; Equipamentos de Informática; Grampos de Cobre, Cofre de

Page 3: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth Montada; Materiais de Escritório; Materiais Diversos para Manutenção Industrial; Materiais para Filtragem; Mesas de Comando ABB; Moldes de Peças Técnicas; Painel-Brown Boveri; Reguladores de Velocidade, Acumuladores de Óleo/Ar; Retificadores Estáticos; Sucata de Madeira e Grafite; Válvulas, Filtros de Ar, Sucata de Bomba Búfalo e Ventilador Centrífugo.

O encerramento do leilão acontecerá no dia 30 de março, a partir das 11h, mas a utilização da internet no processo proporciona que interessados possam participar de imediato, oferecendo os lances através do site da Superbid: www.superbid.net. Vale lembrar que os bens serão vendidos no estado em que se encontram e sem garantia. Como Participar

As fotos e descrições completas dos ativos estão disponíveis no site www.superbid.net. Para ofertar lances, é necessário estar cadastrado e solicitar habilitação – todo o processo pode ser online. Os interessados em conferir os ativos antes da compra deverão entrar em contato com a Central de Atendimento da Superbid, através do Telefone: (11) 2163-7800 ou via e-mail: [email protected] Sobre a Superbid

A Superbid é especializada em recuperação de capital, fazendo a gestão da venda de ativos industriais obsoletos e em desuso. Os serviços oferecidos pela Superbid vão desde a avaliação de máquinas, identificação do mercado comprador, gestão da venda e da liquidação financeira. Dentre os principais clientes da Superbid estão: Grupo Votorantim, Vale, Grupo Cosan, Klabin, Volkswagen, Rhodia, Bosch, Embraer, Braskem, Light, Cia. Suzano, Grupo Schincariol, entre outras. Fonte: Votorantim Metais

FOSFERTIL IRÁ INVESTIR R$ 4,071 BILHÕES EM SETE ANOS

A Fosfertil - empresa que produz insumos para a indústria de fertilizantes, comprada neste

ano pela Vale - anunciou o plano de investir R$ 4,071 bilhões no período de 2010 a 2016. O programa, aprovado hoje pelo conselho de administração, prevê R$ 3,267 bilhões para o

aumento da capacidade de produção, sendo R$ 2,62 bilhões destinados ao projeto Salitre, entre aportes nas áreas industrial e mineral. Tal projeto, desenvolvido em Patrocínio (MG), envolve a exploração de uma nova mina de rocha fosfática.

Entre os sete anos, o maior volume de investimentos será realizado em 2011, quando a empresa prevê desembolsar R$ 1,184 bilhão. Já para 2010 estão previstos R$ 798,435 milhões.

Do total previsto para este ano, R$ 439,478 milhões irão para projetos de aumento de capacidade. Outros R$ 236,326 milhões serão destinados à manutenção das instalações operacionais. Fonte: O Globo

Page 4: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

CHINA COMEÇA A INVESTIR EM PRODUÇÃO NO PAÍS

A China deixou de ser apenas um fornecedor de mercadorias para começar a ser um investidor no mercado brasileiro. Em fevereiro, o gigante asiático foi a terceira maior fonte de investimento produtivo no Brasil, com US$ 354 milhões. Segundo relatório do Banco Central, essa foi a primeira vez que o capital chinês surgiu como fonte relevante de Investimento Estrangeiro Direto (IED).

Até janeiro passado, o país sequer aparecia nesse ranking. O ingresso dos dólares chineses reflete o fechamento do negócio entre a MMX, braço de mineração do grupo do empresário Eike Batista, e a siderúrgica Wuhan Iron & Steel (Wisco). Pelo negócio concluído em 26 de fevereiro, 21,5% das ações da companhia brasileira foram vendidas para os chineses.

Mais que uma mera compra de parte do capital de uma empresa do Brasil, os chineses, ao celebrarem um contrato de 20 anos para compra de minério, dão mais um passo em sua estratégia de garantir suprimentos de matéria-prima para sua indústria exportadora. No acordo com a MMX, foi acertado que pelo menos metade da produção da unidade Serra Azul, no chamado Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais, será exportado para a Wisco. Há, ainda, previsão de aumento de até 50% na venda para a China da matéria-prima extraída da unidade Bom Sucesso, também no interior mineiro.

Os dados do BC mostram também que a indústria voltou a liderar o investimento produtivo no Brasil, desbancando o setor de serviços. Em fevereiro, o segmento respondeu por US$ 937 milhões em IED, cerca de 32,9% do total que ingressou no País. Em relatório, o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IED) observa que 75,8% do dinheiro destinado ao setor foi usado em um único setor, o de combustíveis. "Assim, o crescimento mais generalizado do investimento industrial, num contexto de aceleração do crescimento, ainda não deslanchou", reconhece o instituto. Para 2010, o BC manteve a previsão de ingresso de US$ 45 bilhões em investimento produtivo no País.

A estimativa é idêntica à feita em dezembro de 2009 e será insuficiente para cobrir o rombo das contas externas que deve chegar a US$ 49 bilhões. A diferença terá de ser compensada pelos dólares que ingressarem no Brasil por meio de outras fontes, como os investimentos em ações e títulos de renda fixa. Em meio à expectativa crescimento econômico e aumento do juro em breve, o BC elevou de US$ 25 bilhões para US$ 35 bilhões a projeção de ingressos para investimentos em ações e renda fixa.

O chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, informou também que o Investimento Brasileiro Direto (IBD), aquele realizado por companhias nacionais em outros países, somou US$ 4,18 bilhões em fevereiro, recorde histórico para o mês. No bimestre, a cifra atingiu US$ 5,42 bilhões, outra marca histórica. O forte resultado coincide com a finalização da compra da norte-americana Pilgrim's Pride pela brasileira JBS.

Em fato relevante, o frigorífico afirma que o negócio envolveu US$ 800 milhões em dinheiro para a aquisição do controle acionário e o pagamento de US$ 2 bilhões em dívidas para retirar a empresa estrangeira da concordata. Com o bom desempenho recente do IBD, que reflete a volta do processo de internacionalização das empresas brasileiras interrompido pela crise internacional, o BC triplicou a previsão de investimento brasileiro no exterior em 2010, de US$ 5 bilhões para US$ 15 bilhões. Fonte: Agência Estado

Page 5: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

CONSÓRCIO CHINÊS COMPRA ITAMINAS POR US$ 1,2 BILHÃO

Negociação envolve venda da Itaminas Comércio de Minérios S/A, detentora de

reservas estimadas em 1,3 bi de toneladas de minério de ferro

O grupo Itaminas, controlado pelo empresário Bernardo Melo Paz, assinou uma carta de

intenções para a venda de seu ativo de minério de ferro ao consórcio chinês ECE - Birô de Exploração e Desenvolvimento Mineral do Leste da China.

A negociação envolve a venda da Itaminas Comércio de Minérios S/A, detentora de uma mina em Sarzedo (MG) com reservas estimadas em 1,3 bilhão de toneladas de minério de ferro na região do Quadrilátero Ferrífero. O acordo prevê que o consórcio chinês adquira 100% da Itaminas por cerca de US$1,2 bilhão.

A partir da assinatura da carta de intenções, terá início o processo de due diligence para a conclusão do negócio. "O objetivo dos dois lados é trabalhar o mais rápido possível", afirmou Wilson Brumer, sócio da assessoria Winbros Participações e Empreendimentos, contratada em outubro de 2008 para coordenar a operação de venda e liquidação das dívidas dos sócios da Itaminas, calculada em cerca de US$ 400 milhões.

O estouro da crise econômica internacional, porém, atrasou o processo de negociação. "A gente estrategicamente esperou a coisa reverter", destacou Brumer.

As negociações com o consórcio chinês se iniciaram ainda no ano passado e se aceleraram no início de 2010. A Itaminas produz atualmente aproximadamente três milhões de tonenaldas de minério de ferro por ano. A produção é basicamente voltada para o mercado interno.

Localizada na região metropolitana de Belo Horizonte, a jazida da Itaminas era considerada o maior recurso mineral à venda no Quadrilátero Ferrífero, onde nos últimos anos ocorreram diversos processos de concentração na região da Serra Azul. "É a maior em disponibilidade num único local. Essa é uma grande vantagem que ela (a reserva) tem em relação a outras. A Itaminas é um corpo mineral só".

Os chineses têm demonstrado apetite em relação às reservas disponíveis como forma de reduzir a dependência do país asiático a produtos fornecidos pelas gigantes do setor, como a Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. No fim do ano passado, a Votorantim Novos Negócios, do Grupo Votorantim, acertou, por meio de um memorando de intenção, a venda por US$ 430 milhões de seu projeto de minério de ferro no norte de Minas para a Honbridge Holdings.

"É uma tendência não só dos chineses, mas dos principais produtores de minério de fazer aquisições", ressaltou Brumer, ex-presidente da Vale, que no primeiro mandato do governador Aécio Neves (PSDB) ocupou a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

Sediado em Nanjing, capital da província de Jiangsu, o ECE foi fundado em 1955 e congrega empresas de mineração, de pesquisa e de perfuração, além de centros de pesquisa e equipes de exploração geológica, com atuação em países como Indonésia, Camboja, México, Austrália, Irã e Namíbia. O consórcio possui um total de 4,5 mil empregados.

Atualmente 170 funcionários trabalham na mina de Sarzedo e a expectativa é que todos sejam incorporados com a concretização do negócio. Segundo Brumer, com a venda da mineradora o grupo Itaminas, além de equacionar toda a dívida acumulada nos últimos anos, pretende manter a participação nas atividades de ferro-gusa e reflorestamento. Fonte: Agência Estado

Page 6: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

COMPANHIA DE INVESTIMENTOS DE CINGAPURA QUER INVESTIR NO SETOR

MINERAL

A Temasek Holdings empresa de investimentos do governo de Cingapura, está considerando uma entrada no setor mineral, procurando oportunidades na África e na Mongólia, disse ontem um executivo do grupo. Segundo o diretor-administrativo Nagi Hamiyeh, a companhia está “muito interessada” em investir em cobre, platina, ferro e coque, e um primeiro passo já foi efetuado em janeiro, quando a Temasek adquiriu por US$ 50 milhões uma participação na SouthGobi Energy, uma carbonífera com atividades na Mongólia.

“A África está cada vez mais se tornando um fornecedor-chave de minérios industriais, necessários para bancar o crescimento asiático”, disse Hamiyeh, acrescentando que o continente oferece “algumas boas oportunidades”. De acordo com a página da Temasek, a companhia gerenciava um portfólio de US$ 122 bilhões em julho de 2009, então não será por falta de fundos que eles ficarão de fora do setor mineral. Fonte: Geólogo.com.br

USIMINAS VAI COMPRAR 20% NO MERCADO SPOT

A Usiminas vai adquirir 20% de carvão mineral no mercado à vista (spot) com objetivo de

conseguir melhor equilíbrio no fornecimento e nos custos do insumo. Na segunda quinzena de março, a siderúrgica comprou em leilão eletrônico 120 mil t de carvão. A Usiminas utiliza o carvão mineral do tipo metalúrgico nos altos-fornos junto com o minério de ferro para se obter aço. São utilizados, em média, de 600 a 700 kg para cada tonelada de aço produzida. Para 2010, a expectativa é que o preço do carvão aumente em linha com os preços do minério de ferro, passando dos US$ 130 a tonelada, de 2009, para mais de US$ 200 dependendo da especificação. A Usiminas calcula gastar mais de US$ 1 bilhão para um consumo que deve chegar próximo as 5 milhões t. os outros 80% restantes de carvão, a Usiminas deve adquirir através de contratos de longo prazo com fornecedores como a BHP Billiton, Xstrata, Rio Tinto, Anglo American e Teck Resources. Fonte: Brasil Mineral OnLine, nº 444

Page 7: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

DISPUTA ENTRE MINERADORAS E PRESERVAÇÃO DEIXA CIDADE EM PÉ DE

GUERRA

Conceição do Mato Dentro pega literalmente em armas para negociar com

mineradora britânica

Conceição do Mato Dentro, a capital mineira do ecoturismo, instalada em meio aos biomas da

mata atlântica e do cerrado, pode ser considerada, hoje, uma terra sem lei. Localizada na Região Central de Minas, no caminho da Estrada Real, famosa por festas típicas centenárias e por suas belíssimas cachoeiras, integrante do circuito de produção do queijo Serro – tombado como primeiro Patrimônio Imaterial de Minas Gerais pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) –, a cidade vive o dilema entre a preservação de sua vocação cultural e turística e a atividade mineradora, trazida primeiro pela MMX, do bilionário Eike Batista, e agora pelo grupo inglês Anglo Ferrous, que comprou o negócio.

De um lado, a mineração promete engordar o caixa do município por meio do aumento da

arrecadação de impostos e do pagamento de royalties em mais de R$ 30 milhões ao ano. De outro, a preocupação com o meio ambiente e com o crescimento sustentado é crescente, já que a cidade está na Serra do Espinhaço. Os pequenos proprietários de terra reclamam que estão sendo pressionados e acuados para vendê-las. A especulação imobiliária rural no município ganhou contornos irracionais, chegando ao conflito armado.

Foi o que ocorreu na comunidade de Água Santa, localizada ao pé da Serra da Ferrugem. Aécio Lopes Vieira, técnico em agropecuária, conta que há três anos Sebastião Simões Pimenta, 46 anos, conhecido como Tião, e sua família, montaram uma barricada armada para impedir a passagem dos carros da Anglo na propriedade onde vivia com a mãe, de 91 anos. A empresa teria dado o troco proibindo-o de usar uma trilha habitual que cortava caminho para um distrito vizinho, o Sapo, também usando homens armados. Felizmente, nenhum tiro foi trocado.

Explosão na mina do grupo britânico próxima às casas de moradores da cidade: preços de terreno têm sido decididos na bala.

Page 8: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

O resultado da escaramuça é que Tião teria conseguido R$ 2,4 milhões pela venda do terreno. O ex-proprietário das terras, porém, fala numa cifra menor: R$ 1,4 milhão. Acredita, contudo, que vendeu barato. “Eu queria ter vendido por R$ 6 milhões”, garante. A polaridade de posições e a cobiça despertada pelas negociações feitas com vizinhos e parentes são um dos ingredientes que alimentam a tensão vivida na região. Depois de vender o terreno, Tião alugou uma casinha vizinha – sem banheiro e sem pia na cozinha – e continua a viver como se não tivesse ganho um tostão. “Ganhei o dinheiro, mas está pior do que antes. Aqui não tem nem banheiro dentro de casa. Não consigo comprar uma terra porque o preço está muito alto”, reclama. De fato, é impossível saber o preço de uma gleba nas imediações do município. “Antes da mineração, o hectare custava entre R$ 500 a R$ 1 mil. Hoje, a Anglo colocou o preço da área que é prioridade para ela entre R$ 12 mil e R$ 15 mil”, diz Aécio Vieira. Exemplo vivo dessa montanha russa é José Santos Pereira, 78 anos, o seu Zezeco. Há três anos, ele se separou, dividiu suas terras ao meio com a ex-mulher e vendeu sua parte – cinco hectares – para a Anglo por R$ 100 mil. A ex, Maria Soares Pimenta, ficou com sua metade, que vendeu há três meses por nada menos do que R$ 920 mil. Para sua sorte, seu Zezeco só tinha recebido a metade do dinheiro porque esperava a averbação do divórcio para ter acesso ao restante. Agora, vai receber R$ 330 mil no lugar dos R$ 50 mil que tinham ficado para trás.

Enquanto isso, na cidade, a preocupação com o crescimento sustentado causa dor de cabeça até mesmo naqueles que estão ganhando dinheiro com a mudança de foco econômico do município. Em 2008, a reeleição do prefeito, Breno José de Araújo Costa, foi anulada e o mesmo aconteceu com a seguinte, na qual foi eleito o filho do político, Breno Filho. Resultado: a cidade está acéfala. Ocupa o posto interino de chefe do executivo a vereadora e presidente da Câmara, Nelma Lúcia Cirino de Carvalho, que não sabe de cor nem o valor do Produto Interno Bruto (PIB) nem o da arrecadação municipal. Até agora, não há projetos de infraestrutura para preparar Conceição do Mato Dentro para o crescimento que já começou a chegar. “Essa é uma situação nova para mim. Não esperei em nenhum momento assumir a prefeitura. Não foi nada fácil”, desabafa.

População teme degradação ambiental e aumento da violência com novas empresas.

Page 9: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

O vice-presidente da Associação Comercial e Empresarial de Conceição do Mato Dentro, José Antônio Pimenta Filho, reconhece que a chegada de novas empresas à cidade é um ponto positivo, mas afirma que tentou se aproximar da Anglo para obter dados como o número de trabalhadores que já aportaram no município, porém sem sucesso. “Só a RG (construtora) teria trazido 400 homens. Já são 20 prestadoras de serviço na cidade”, calcula. Ele também tentou promover um encontro de empresários da cidade que atuam em outros locais do Brasil, mas não houve interlocução. “A única parceria com a empresa é o Plano de Desenvolvimento de Fornecedores, mas ele é para inglês ver. A empresa está aqui há cinco anos e nada fez pela cidade”, sustenta. De acordo com ele, a mineração concentra renda, mas beneficia poucos. E ainda traz problemas sociais. “A Anglo está gerando empregos primários, mas nossa periferia tem problemas muito sérios, como alcoolismo e drogas. O índice de violência aqui é muito alto”, diz.

No pico da obra, o número de habitantes da cidade terá saltado de 19 mil para 23 mil pessoas. Por enquanto, de acordo com Carlos Gonzales, diretor de operações da mineradora, são apenas 800 pessoas contratadas pelas empresas prestadoras de serviço. Além disso, há cerca de 50 funcionários diretos da própria Anglo Ferrous. “A empresa não vai implantar em Conceição um projeto que não seja sustentável porque não vou aceitar. Eu sou o dono do projeto. Conceição não será como Itabira”, afirma. Fonte: Portal Uai

GARIMPEIROS SE ASSOCIAM A CANADENSES PARA EXPLORAR MINA DE FORMA

MECÂNICA EM SERRA PELADA

Falta acertar os detalhes finais para ser decretado o fim definitivo do garimpo artesanal de

Serra Pelada, no Pará. Aquele que já foi o maior garimpo a céu aberto do mundo, no meio da selva

amazônica, está prestes a receber do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, o alvará de lavra.

O documento vai viabilizar a mineração através da lavra subterrânea e mecanizada de Serra Pelada. O

projeto dará início a uma nova corrida do ouro, só que, desta vez, patrocinada por capital

estrangeiro. É o que mostra reportagem da enviada especial à Serra Pelada, Liana Melo, publicada na

edição deste domingo do jornal O GLOBO.

- Nós chegamos ao Brasil em busca de boas oportunidades de investimentos e Serra Pelada

chamou nossa atenção - admite o geólogo Heleno Costa, vice-presidente de Operações da Colossus

Minerals Inc., sediada em Toronto, no Canadá.

A empresa canadense já investiu R$ 120 milhões em Serra Pelada. O negócio começou a

modificar o cenário do garimpo, que, na década de 80, era um formigueiro humano, onde cerca de

100 mil homens cavucavam a terra. Hoje, a vila de Serra Pelada foi invadida por sondas de alta

tecnologia.

Em torno da cava principal, onde originou-se o garimpo, pouco mais de dois mil

trabalhadores, usando uniformes, capacetes e munidos de equipamentos de alta precisão, e não de

bateias rudimentares, prospectam a reserva mineral escondida no subsolo. Num perímetro de 100

hectares já foram encontradas 50 toneladas de metal precioso: 33 delas de ouro, sete de platina e

dez de paládio.

Só que para explorar toda esta riqueza é necessário transpor um megaproblema: uma lagoa

de 140 metros de profundidade e com área correspondente a quatro campos de futebol. A saída foi

transformar os garimpeiros de Serra Pelada, organizados em torno da Cooperativa de Mineração de

Page 10: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), em sócios da canadense Colossus. Da parceria incomum

no mundo dos negócios, nasceu a joint-venture Serra Pelada Companhia de Desenvolvimento

Mineral.

- Esta empresa tem uma proposta clara e devidamente demonstrada junto ao governo de

execução de lavra - afirma o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral, do

Ministério de Minas e Energia, Cláudio Scliar. - A empresa que hoje detém os direitos minerários em

Serra Pelada já realizou a pesquisa mineral, apresentou a documentação exigida e a Licença

Ambiental.

Foi em 2007 que o Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM) concedeu o alvará de

pesquisa para a empresa Serra Pelada. Caso não realizasse as pesquisas num prazo de três anos, o

alvará seria suspenso. Mesmo de posse do alvará de pesquisa e com uma ordem judicial concedida

pela desembargadora Maria Rita Xavier, de Belém, os técnicos da Colossus só conseguiram entrar no

garimpo escoltados. Cerca de 30 homens foram escalados para garantir a segurança.

Não é à toa que 17 entidades sindicais disputam o poder político no ex-garimpo. Serra Pelada

chegou até a ser fechada em 1994, oficialmente, por ordens do então presidente Fernando Collor de

Mello. Garimpeiros teimosos, no entanto, continuam cavucando a terra, só que exploram uma área

perigosa: resíduos do antigo garimpo se acumulam ali. Por isso, a região está impregnada de

mercúrio.

- Este contrato não beneficia o garimpeiro - ataca Raimundo Benigno, presidente do Sindicato

dos Garimpeiros de Serra Pelada (Singasp), entidade que faz oposição ferrenha à parceria assinada

com a empresa estrangeira. - O que foi combinado não está sendo cumprido. Pagamento de dividendos: percentual dos garimpeiros é reduzido

No cerne da discórdia está o pagamento de dividendos. O contrato original previa uma divisão

societária de 49% para os garimpeiros e 51% para os canadenses. Agora, o percentual dos

garimpeiros caiu para 25% e o da Colossus subiu para 75%. O percentual dos garimpeiros correu o

risco de ser reduzido ainda mais, para algo próximo de 6%. Este percentual só não foi aprovado

porque houve resistência cerrada dos garimpeiros.

- Nosso contrato é juridicamente perfeito - garante o presidente da Serra Pelada Companhia

de Desenvolvimento Mineral, Heleno Costa, que é também executivo da canadense Colossus.

A mudança já estava prevista no contrato original, garante ele. No caso da Colossus ser obrigada a

desembolsar valor superior a R$ 20 milhões ainda na fase de prospecção, ou os garimpeiros

injetavam capital no negócio ou teriam a participação acionária reduzida.

- A mecanização do garimpo não vai resolver todos os problemas sociais, mas vai minimizar

bastante - diz Wenderson Chamon Azevedo (PMDB), prefeito de Curionópolis, e um entusiasta da

parceria.

Fonte: O Globo

INTERESSES DE GARIMPO EM PAUTA NO SENADO

O garimpo de Serra Pelada, no município de Curionópolis, foi tema de audiência pública, no Senado Federal. Por solicitação do senador José Nery (Psol), a Comissão de Direitos Humanos ouviu especialistas do governo federal, além de representantes dos garimpeiros sobre os conflitos em

Page 11: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

torno da exploração de riquezas minerais na região. Com a chegada de cerca de 10.000 pessoas atraídas pela busca ao ouro e outros metais, vários problemas surgiram a partir de então. A disputa envolve interesses políticos, sindicais, mineradoras e antigos garimpeiros.

O garimpo, fechado em 1992, foi reativado em 2002 por meio da aprovação de um decreto no Congresso Nacional. A reabertura do subsolo de Serra Pelada pode significar a exploração de quase R$ 3 bilhões em metais. Segundo um relatório parcial entregue pela Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp) ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), pesquisas indicam pelo menos 50 toneladas de ouro, platina e paládio restantes na região.

Depois de mais de três horas de debates, o diretor-geral do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Miguel Antônio Cedraz Nery, admitiu abrir processo administrativo para rever a concessão de lavra do DNPM, em 2007, a um consórcio de empresas que tem contrato com a Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp).

Os garimpeiros querem a revisão do marco que estabeleceu o local inicial para o garimpo de Serra Pelada - um total de 110 hectares - além do pagamento de R$ 450 milhões, que seriam o equivalente a 900 toneladas de ouro em poder da Caixa Econômica Federal.

A audiência discutiu o desdobramento do impasse sobre quais entidades serão reconhecidas pela Justiça brasileira como aptas a fazer a exploração mineralógica em nome da comunidade garimpeira. De acordo com o parlamentar, a natureza dos conflitos está ligada às indefinições sobre o formato de extração do minério existente e a representação legítima dos garimpeiros.

Um dos encaminhamentos da audiência foi a realização de um grande seminário na cidade de Curionópolis (PA), região onde se localiza o garimpo de Serra Pelada sob a liderança da CDH dentro de 60 dias. Fonte: Diário do Pará

ENRIQUECER URÂNIO FICA MAIS FÁCIL

No deserto iraniano, em um complexo cercado por arame farpado e armas antiaéreas, uma

mudança no enriquecimento de urânio tem produzido temor global porque poderia encurtar o

caminho do Irã para a aquisição de armas nucleares.

Também ilustra uma das peculiaridades do enriquecimento de urânio: o delicado processo se

acelera conforme avança. "Quanto mais alta a concentração, mais fácil fica", disse Houston Wood 3?,

professor de engenharia mecânica e aeroespacial da Universidade da Virgínia, especializado em

enriquecimento nuclear. O processo é não linear, dizem os cientistas.

Quatro anos atrás, o Irã começou a enriquecer urânio em escala industrial com centrífugas,

máquinas que giram com uma velocidade extraordinária para separar o urânio 235 da forma mais

comum do elemento, o urânio 238. O urânio 235 é uma raridade natural que se divide facilmente em

dois, ou entra em fissão, em explosões de energia atômica, seja em um reator ou uma bomba. O

combustível em grau de reator geralmente é definido como urânio 235 de cerca de 4% ou 5%, e o

grau de bomba, em 90% ou mais alto.

O complexo no deserto, a instalação nuclear de Natanz, elevou o nível do urânio 235 de sua

concentração natural de 0,7% para cerca de 4%. Com o tempo, a instalação produziu 2 toneladas de

material concentrado, o suficiente, se for mais enriquecido, para fabricar cerca de duas bombas

atômicas.

Page 12: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

Em 7 de fevereiro, o Irã anunciou que começaria a enriquecer seu urânio armazenado a 20% -

declaradamente para produzir combustível para um reator de pesquisa em Teerã. Especialistas

nucleares dizem que avançar de 4% para 20% é, na verdade, um passo bastante fácil -não tão

exigente e demorado quanto passar do grau de 0,7% para 4%.

Em termos científicos, a questão é a "não linearidade". Em um processo não linear, um

determinado insumo (input) gera um resultado (output) desproporcional em tamanho, seja grande

ou pequeno. O clima é claramente não linear: pequenas alterações em uma região produzem

tempestades mortíferas em outras. A palavra descreve a desigualdade de causa e efeito.

Uma ilustração prática da não linearidade é que o Irã precisa de cada vez menos centrífugas

para produzir um urânio 235 cada vez mais potente. O motivo é que "você movimenta muito mais

material em níveis menores de enriquecimento", disse David Albright, presidente do Instituto para

Ciência e Segurança Internacional, grupo privado de Washington. "é a redução do material" que

torna o processo gradualmente mais fácil.

As centrífugas que giram em alta velocidade pequenas quantidades de urânio gasoso são

usadas para separar as diferentes formas do elemento, ou isótopos, começando com material que

consiste em 99,3% do urânio 238 mais pesado. A cada etapa, mais urânio pesado é removido, e o

material restante, agora com uma maior concentração do isótopo mais leve, passa novamente pelo

processo de centrifugação.

O minério de urânio tem cerca de 140 átomos do isótopo pesado para cada 1 leve, e separar

os dois exige muita centrifugação. Quando o processo de enriquecimento atinge 4%, removeu com

sucesso parte dos 115 átomos mais pesados.

Para chegar a 20%, as centrífugas precisam remover apenas mais 20 átomos pesados. E, a

partir daí, é ainda mais fácil saltar para 90%, o grau de bomba, removendo aproximadamente outros

quatro átomos pesados. é isso que preocupa muitos países.

Originalmente, o Irã enriqueceu seu urânio a 4% com milhares de centrífugas. O centro desse

novo esforço, segundo a Agência Internacional de Energia Atômica, é uma instalação em Natanz

conhecida como usina piloto, onde o Irã tem atualmente 164 centrífugas. Mesmo com a ajuda da não

linearidade, esse número é insuficiente para enriquecer muito urânio rapidamente. E o material

enriquecido deve ser transformado em bastões de combustível para reatores.

"Não acreditamos que o Irã tenha o conhecimento técnico ou os direitos de propriedade

intelectual" para fabricar os bastões de combustível, disse Catherine Ashton, chanceler da União

Europeia.

Fonte: The New York Times

MME: ESTUDO SOBRE MINA DE SILVINITA NO AM TERMINA EM SETEMBRO

O estudo de viabilidade técnica, econômica e ambiental da jazida de silvinita, minério de onde é extraído o potássio, na Amazônia, deve ficar pronto até setembro, disse há pouco o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia (MME), Cláudio Scliar.

O trabalho está sendo realizado por uma empresa terceirizada da Petrobras na mina localizada nos municípios de Nova Olinda e Itacoatiara, a cerca de 150 quilômetros de Manaus (AM). “Isso

Page 13: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

será muito importante, porque o grande problema do Brasil na área de fertilizantes é o potássio”, comentou Scliar, ao chegar à Comissão de Agricultura e Reforma Agrária, no Senado, para participar de audiência pública sobre o tema.

“Sabemos que as minas do Amazonas são muito grandes, com bilhões de toneladas de minérios”, disse o secretário. Com essa abundância é possível, em cinco anos, segundo ele, a extração de dois milhões de toneladas de potássio. Levantamento do Ministério da Agricultura revela que, atualmente, o País compra no Exterior 91% do potássio de que necessita.

Scliar disse que colabora com a confecção do anteprojeto de lei sobre fertilizantes, mas que não comentaria o tema, em respeito ao ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes. Fonte: Agência Estado

REESTATIZAÇÃO DE FERTILIZANTES

Proposta do governo de criação de uma estatal para cuidar do setor preocupa a

bancada ruralista. Temor é de aumento da burocracia

O ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, apresentará na próxima semana ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva três projetos que visam reestatizar parte do setor de fertilizantes(1), produto que o Brasil importa. Pelas propostas, a exploração de potássio e fósforo, matérias primas dos fertilizantes, deverá ser feita pela Petrobras. Alguns parlamentares da bancada ruralistas no Congresso receberam a idéia com cautela e declararam que os projetos são importantes para a agricultura. Mas lembraram que isto pode ser um retorno aos anos 1990, quando a produção de fertilizantes estava nas mãos do governo e foi privatizada, passando para a iniciativa privada.

Com o objetivo de tranquilizar os parlamentares, Stephanes, que participou de audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, descartou a criação de uma estatal de fertilizantes. Porém, afirmou que esta empresa deve ser o embrião de uma nova secretaria ou agência reguladora para o setor. "Não queremos criar uma nova empresa pública para explorar. Queremos uma entidade para gerenciar esse processo", explicou o ministro da Agricultura. "Se nós desejássemos uma estatal para explorar nitrogenados e potássio, seria a Petrobras", afirmou Stephanes. Uma das possibilidades para a exploração do setor é a participação da petrolífera brasileira se dar por meio de consórcios com o setor privado. Desconfiança

Para a presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CAN), a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), é preciso muito cuidado com esses projetos, pois o Brasil, segundo ela, não precisaria de uma estatal para a exploração desses minérios. "A formatação de uma estatal me preocupa. Tudo o que passa para a mão do poder público é sinônimo de burocracia. O que precisamos é agilizar os trâmites para permitir uma melhor atuação da iniciativa privada", afirmou a parlamentar.

O senador João Tenório (PSDB-AL) também desconfia da entrada do governo na produção de fertilizantes. "A presença do governo é importante até pela dificuldade de exploração. Mas como vai ser essa presença do poder público?", questionou o senador. "A produção não deve ser feita unicamente pelo governo", defendeu ele.

Em contraponto aos senadores, o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Cláudio Scliar, fez coro a Stephanes. "Esse modelo que estamos propondo procura realmente melhorar a exploração dos minérios, de acordo com os interesses do

Page 14: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

povo brasileiro", afirmou o secretário. Ainda serão entregues a Lula mais dois projetos: um com os parâmetros administrativos e políticos a serem adotados no segmento, e outro que aborda o reaproveitamento de resíduos e a produção de adubos orgânicos. Produção

É determinante para o custo do agricultor. Com a importação, a lavoura fica, em média, cerca de 30% mais cara. Se o Brasil conseguisse ser autossuficiente em potássio e outros minerais usados na preparação da terra, a safra ficaria mais barata e, em consequência, os alimentos chegariam com um preço menor à mesa do consumidor. Fonte: Correio Braziliense

PAC 2 PREVÊ INVESTIMENTOS DE R$ 11,2 BILHÕES EM FERTILIZANTES

A segunda fase do programa de aceleração do crescimento (PAC 2) prevê investimentos da ordem de R$ 11,2 bilhões no setor de fertilizantes. Deste total, R$ 9,1 bilhões seriam aplicados no período 2011-2014 e R$ 2,1 bilhões após 2014.

O objetivo dos investimentos, segundo o material de divulgação distribuído para a imprensa, é o de reduzir a dependência do insumo importado e, consequentemente, o custo da produção agrícola. No programa, estão previstas novas plantas e/ou ampliações nas cidades de Três Lagoas (MS), Linhares (ES), Uberaba (MG) e Laranjeiras (SE).

Hoje às 18 horas está prevista uma audiência do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na ocasião, Stephanes apresentará a proposta, feita em conjunto com o Ministério de Minas e Energia, para a nova regulamentação para o setor de fertilizantes. Fonte: Agência Estado

VALE CONTESTA MINISTRO SOBRE MINA DE POTÁSSIO EM SERGIPE

"Os seus comentários não condizem com a realidade dos fatos". Assim, a Vale refutou as críticas do ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado, nesta terça-feira, pelo fato de a mineradora não explorar todo o potencial da mina de potássio existente em Sergipe.

No seu esclarecimento a Vale lembra que desde que assumiu a operação da mina Taquari-Vassouras em Sergipe, "vem aumentando progressivamente a produção de potássio no Brasil”. Atambém ressalta que no ano passado, “a única mina de potássio no país produziu cerca de 720 mil toneladas, aumento de mais de 400% em relação ao produzido em 1992, primeiro ano do contrato de arrendamento."

Page 15: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

Por fim, em nota distribuída na noite desta terça-feira, a mineradora informa que em valores atualizados, a empresa já investiu mais de US$ 500 milhões em melhorias na mina. “Além disso, a Vale está desenvolvendo o projeto Carnalita, também em Sergipe, próximo à mina, com capacidade de produção de 1,2 milhão de toneladas anuais na fase inicial a partir de 2014”. Fonte: Monitor Mercantil Digital

NOVO SISTEMA DE PRECIFICAÇÃO DO MINÉRIO DE FERRO CONTRAPÕE

SIDERÚRGICAS E MINERADORAS

A disputa entre siderúrgicas e mineradoras pela política de formação de preços do minério de ferro está intensa este ano. As mineradoras querem aproveitar o aumento da demanda e implantar um sistema flexível, em que cobra o preço praticado no mercado à vista de dois meses atrás. Os consumidores querem manter a política antiga, em que o valor dos contratos eram fixados e valiam por um ano. Ontem, o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) divulgou nota dizendo que "a manutenção do preço atual, como deseja a Eurofer (Associação Europeia da Indústria Siderúrgica), impactará significativamente de forma negativa a balança comercial brasileira, já que o país é um importante exportador de minério de ferro".

Segundo o Ibram, "empresas brasileiras têm empreendido um notável esforço na direção de suprir o mercado nacional e internacional das commodities minerais, esforço esse que se materializa com investimentos, apenas no Brasil, da ordem de U$ 50 bilhões para um período de cinco anos. Sessenta e cinco por cento deste total, cerca de U$ 35 bilhões, se destinam exclusivamente à infraestrutura e desenvolvimento da mineração do ferro".

Para o Instituto, trata-se de uma tentativa das siderúrgicas europeias de impedir a implantação de um novo sistema de precificação do minério de ferro. "Está claro que os europeus estão defendendo seus interesses corporativos e econômicos e inaugurando uma reedição moderna da prática do colonialismo e do mercantilismo, ou seja, impondo preço de compra aos produtores de matéria-prima e vendendo seus produtos a preços de mercado", disse Paulo Camillo Vargas Penna, presidente do Ibram. Fonte: Correio Braziliense

REAJUSTE DO MINÉRIO DE FERRO PODE SER UMA BOMBA

O anúncio da Companhia Vale do Rio Doce de que a partir de abril o preço do seu minério de ferro terá uma elevação de 114% explodiu como uma bomba nos mercados internacional e doméstico. É difícil entender como o preço de uma commodity com oferta abundante no mundo pode sofrer um reajuste dessa ordem, considerando,sobretudo, que a elevação do preço dessa matéria-prima afeta a quase totalidade dos bens da indústria de transformação, tornando-se um vetor da inflação.

Para entender o problema é preciso ter presente que, no mundo, apenas três grupos (a Vale, a Rio Tinto e a BHP) controlam o mercado de minério de ferro, representando um oligopólio que

Page 16: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

enfrenta um forte comprador: a China. No entanto, dadas as suas enormes necessidades, a China não pode escapar das decisões desses fornecedores, que naturalmente agem em comum acordo, cujos detalhes não foram revelados. O objetivo parece ser o de extinguir contratos de longo prazo com reajuste trimestral, que levam em conta a qualidade do minério (teor),o vínculo com o preço de outra commodity (carvão) e estabelecem um sistema de indexação do custo do transporte marítimo. O reajuste de preços se funda na crença de que a economia mundial, e não apenas a da China, está em recuperação. As empresas de mineração não procuraram justificar o reajuste dos preços e levaram em conta apenas a necessidade dos investimentos que terão de realizar para acompanhar o crescimento da demanda.

As repercussões desse aumento, caso seja aceito no plano internacional, poderão ser perturbadoras. Uma elevação do preço do minério nessa proporção poderá ter um efeito sobre o preço do aço de 12% a 15%, que por sua vez vai repercutir em toda a cadeia de produtos manufaturados, naturalmente com variações relativas a cada produto, como maior impacto sobre veículos de todo tipo e equipamentos pesados.

Seria necessário convencer a Vale a não impor um reajuste tão brutal, sabendo que é necessário que o preço doméstico não fique muito abaixo do preço internacional.

Em compensação, estima-se que as receitas de exportação poderão crescer mais de US$ 10 bilhões, reduzindo o déficit em conta corrente,embora a China tenha avisado que vai comprar mais aço do que minério para escapar do monopólio dos fornecedores. Isso explica, aliás, o interesse das mineradoras de expandir sua produção de aço, que permite maior valor adicionado. Neste quadro, a política monetária do governo volta a ter grande importância. Fonte: O Estado de São Paulo

IBRAM FAZ DEFESA DA VALE APÓS POSIÇÃO DA EUROFER

A iniciativa da Associação das Siderúrgicas Europeias (Eurofer), que abriga empresas como a ArcelorMittal e a ThyssenKrupp, de recorrer aos órgãos antitruste da Comissão Europeia contra a mudança do sistema de preços do minério pela Vale levou o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) a reagir, ontem, em defesa da mineradora.

A entidade divulgou nota manifestando "perplexidade" com a iniciativa da Eurofer. No comunicado, Camillo Vargas Penna, presidente do Ibram, afirma que "está claro que os europeus estão defendendo seus interesses corporativos e econômicos e inaugurando uma reedição moderna da prática do colonialismo e do mercantilismo, ou seja, impondo preço de compra aos produtores de matéria-prima e vendendo seus produtos a preços de mercado".

Na segunda-feira, uma nota da Reuters informava que a Eurofer, segundo seu diretor geral, Gordon Moffat, estava se preparando para encaminhar uma reclamação formal à Comissão Europeia, no decorrer desta semana, contra o que considerava "abuso de domínio de mercado" pela Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo.

"Mudar unilateralmente os termos em contratos sem negociação pode ser considerado abuso de posição de mercado", afirmou Moffat.

Penna, no comunicado do Ibram, retrucou que "há uma negociação (entre a Vale e as siderúrgicas) baseada em claros fundamentos de mercado. Não há uma imposição. Eles (os europeus) estão claramente tentando tumultuar as conversações". "Não cabe ao Brasil vender minério a preços inferiores aos de mercado para garantir a recuperação econômica da Europa, como não cabe aos produtores europeus vender seus produtos ao Brasil a preços inferiores aos de mercado", acrescenta o dirigente.

Page 17: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

Hoje, Penna vai apresentar a nota do Ibram ao ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, e pedirá ao ministro que acompanhe o desenrolar do caso. Fonte: Valor Econômico

AGNELLI: VALE TENTA VIABILIZAR MODELO P/PREÇOS COM MÉDIAS

TRIMESTRAIS

O presidente da Vale, Roger Agnelli, disse, há pouco, que o fim dos contratos de longo prazo de minério de ferro não compromete a estabilidade da empresa. Segundo ele, esse sistema de longo prazo funcionou por 40 anos, mas, com o aumento da demanda da Ásia, a Índia, que é um grande produtor, passou a consumir mais do seu próprio minério.

“O modelo que estamos tentando propõe medias trimestrais”, afirmou. Agnelli reiterou que a produção de minério não está acompanhando a demanda pela commodity. Ele disse que o novo modelo dá conforto para a Vale tocar seus projetos de médio e longo prazo e ressaltou que a volatilidade faz parte do negócio. No ano passado, destacou, apesar do preço de referencia fechado, muitos compradores buscaram o mercado à vista (spot). Fonte: Agência Estado

LOBÃO: MARCO REGULATÓRIO DA MINERAÇÃO ESTÁ EM ANÁLISE

NA CASA CIVIL Terminou, no dia 25/03, a audiência pública do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, na

Comissão de Infraestrutura do Senado para tratar do marco regulatório da mineração. Lobão confirmou que o projeto apresentado pelo ministério está sendo analisado pelos técnicos da Casa Civil.

Ele, porém, não fez uma previsão sobre quando a Casa Civil deverá se pronunciar sobre a proposta. Em rápida entrevista, Lobão evitou responder se aceitará ou não eventual convite para relatar algum projeto do pré-sal, quando voltar ao Senado. “Hoje eu sou ministro”, disse, brincando. Há rumores, no Senado, de que Lobão poderá ser convidado a relatar um dos projetos. Fonte: Agência Estado

Page 18: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

SENADORES QUEREM REGRAS PARA ASSEGURAR PRODUTIVIDADE DA

MINERAÇÃO NO BRASIL

Contratos de concessão a empresas autorizadas devem prever prazo para início de pesquisas de lavras e de exploração dos minérios. A medida, que deve constar do março regulatório que está sendo proposto para o setor de mineração no Brasil, foi apoiada por senadores que participaram de audiência pública sobre o assunto, realizada nesta quinta-feira (25) na Comissão de Serviços de Infra-Estrutura (CI).

Na avaliação do senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA), que requereu a audiência, é importante a definição dos prazos, assim como das hipóteses de prorrogação das atividades de exploração, para evitar que empresas detentoras de concessão permaneçam improdutivas, prejudicando, assim, o desenvolvimento econômico do Brasil. Como exemplo, o senador citou a inexistência exploração das grandes jazidas de potássio no Pará - minério importante para a agricultura -, o que obriga o Brasil a importar o produto.

- Se ele [o empresário] mostrar interesse, deve ter um prazo máximo para iniciar a pesquisa. Não pode ficar detentor da autorização sem fazer a pesquisa e pedir prorrogação. O país fica perdendo com isso - disse Flexa Ribeiro.

Para o vice-presidente da comissão, senador Eliseu Resende (DEM-MG), as empresas devem explorar os recursos minerais da área autorizada enquanto não for esgotada a reserva, independentemente de limite temporal. No entanto, o senador defendeu determinação de prazo para o início das pesquisas pela empresa, bem como a regulação e fiscalização do setor por parte do governo.

A senadora Rosalba Ciarlini (DEM-RN) observou que a criação de condições para maior exploração dos minérios brasileiros poderá gerar aumento do emprego e renda. Ela também defendeu a agregação de valor ao minério para que o país se beneficie de forma mais intensa das riquezas do subsolo.

Na avaliação do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a União precisa definir de forma clara as normas para o setor minerador, para evitar abusos na exploração dos recursos minerais. Ele disse que essas riquezas pertencem aos brasileiros e o resultado de sua exploração deve beneficiar a todos, de acordo com o propósito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de erradicação da pobreza e das desigualdades sociais no Brasil. Conselho

Flexa Ribeiro reconheceu que o anteprojeto de março regulatório para a mineração, enviado pelo Ministério de Minas e Energia à Presidência da República, apresenta avanços se comparado à legislação em vigor (Decreto-Lei 227/67). No entanto, o senador disse estar preocupado com a composição do Conselho Nacional Política Mineral, previsto no anteprojeto. Em sua opinião, tal conselho deve ter a representação do setor privado.

De opinião contrária, o senador Eliseu Resende disse entender que o conselho tem como objetivo a formulação de políticas para o setor. A representação do setor privado no órgão, argumentou, poderia resultar em privilégio de interesses.

Royalties O anteprojeto em análise no Planalto não trata da questão dos royalties para o setor

minerador, observou o senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG). Ele ressaltou que o tema merece atenção, uma vez que a atividade mineradora gera danos ao meio ambiente de forma mais intensa do que os causados, por exemplo, pela exploração de petróleo em alto mar. Atualmente, ressaltou,

Page 19: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

Parlamento e sociedade discutem apenas a questão dos royalties em relação à exploração do petróleo na camada pré-sal, ignorando os impactos ambientais causados pela mineração, o que justifica pensar royalties também para esse setor.

Azeredo lembrou ainda que grandes empresas mineradoras já adotam providências necessárias para preservação ambiental. No entanto, destacou, essa preocupação não é verificada em relação a algumas pequenas empresas de Minas Gerais, que deixam inúmeras crateras nas áreas exploradas.

O senador informou que o Museu das Minas e dos Metais, em Belo Horizonte, financiado pela empresa EBX, mostra a importância da mineração brasileira. Fonte: Agência Senado

JUSTIÇA CONDENA VALE POR DUMPING SOCIAL

A Justiça do Trabalho condenou a Vale a pagar indenização por dumping social de R$ 200 milhões. O motivo é a não-inclusão de horas de deslocamento – horas in itinere – na jornada de trabalho de seus empregados terceirizados que atuam nas minas de Carajás (PA). O juiz Jônatas dos Santos Andrade, da 1ª Vara de Parauapebas (PA), determinou que a Companhia deixasse de impedir que suas prestadoras de serviços incluam nas planilhas de custos as despesas com o pagamento de horas de deslocamento. Todas as prestadoras terão que ajustar a jornada dos trabalhadores. O dumping social constitui redução de custos da produção a partir da eliminação de direitos trabalhistas. A companhia ainda foi condenada a pagar R$ 100 milhões a título de danos morais coletivos. A Vale vai recorrer da decisão.

Fonte: Brasil Mineral OnLine, nº 444

VOTORANTIM ABRE TEMPORADA NO PAÍS

A Votorantim Cimentos iniciou em março a seleção de profissionais técnicos de nível médio em todo o País para o Programa Jovens Técnicos. Com duração de 12 meses, o programa irá preparar os jovens para trabalharem em unidades produtivas da empresa localizadas em praticamente todos os estados brasileiros.

As áreas de interesse são mineração, elétrica, química, mecânica, eletrônica, eletromecânica, eletrotécnica, eletroeletrônica e instrumentação. Os interessados poderão fazer as inscrições de o dia 31 de março no site da Votorantim Cimentos, endereço www.vcimentos.com.br Fonte: Diário de Cuiabá

Page 20: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

SAMARCO DESTINA R$ 1,2 MILHÃO PARA PROJETOS SOCIAIS

A Samarco Mineração selecionou 53 projetos sociais do Espírito Santo e de Minas Gerais para receberem apoio financeiro em 2010, conforme as diretrizes da Política de Investimento Social (PIS) da empresa. Este ano, a Samarco vai investir mais de R$ 1,2 milhão nos projetos selecionados, que desenvolverão ações voltadas para educação, empreendedorismo e geração de renda.

Os projetos vão beneficiar moradores de 20 municípios mineiros e capixabas, vizinhos às áreas industriais da empresa e nos locais por onde passam os minerodutos. Nas próximas semanas, os responsáveis assinarão acordo de cooperação com a Samarco para o repasse do recurso, bem como definição do processo de monitoramento e de acompanhamento periódico das atividades.

Entenda a PIS

Educação, geração de renda e empreendedorismo são os temas centrais da Política de Investimento Social da Samarco. Na linha da educação, os projetos selecionados contam com atividades para o ensino básico, formação de professores, gestão escolar, educação ambiental, educação para o trabalho, para cultura, para saúde, para o esporte, entre outros. Já os projetos com foco na geração de renda e empreendedorismo tê m o objetivo de oferecer oportunidades de ocupação, incentivar o empreendedorismo e o artesanato local, levando em conta a economia, as oportunidades de mercado, a criatividade, o esforço e as habilidades de cada indivíduo.

A destinação dos recursos da Samarco para realização dos projetos contempla, entre outros critérios, o nível de abrangência das ações na comunidade, o número de pessoas beneficiadas e o potencial auto-sustentável de cada proposta.

Além da seleção para projetos sociais, a Política de Investimento Social da Samarco contempla iniciativas de curta duração, como eventos, feiras, entre outros, através do edital de Seleção Pública de Patrocínios e Doações, que também acontece anualmente. Podem se inscrever nos editais organizações da sociedade civil, desde que legalmente constituídas e sem fins lucrativos, além de órgãos públicos.

Fonte: A Gazeta

LIVRO TRATA DE COMPENSAÇÕES FINANCEIRAS NA EXPLORAÇÃO DE RECURSOS

MINERAIS

“CFEM - Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais: Natureza Jurídica e Questões Correlatas” é o título do livro que o escritório Tostes & Coimbra Advogados acaba de lançar. Coordenada pelo advogado Paulo Roberto Coimbra, sócio do escritório e professor de Direito Tributário da Universidade Federal de Minas Gerais, a obra reúne artigos jurídicos escritos pelos advogados do Tostes & Coimbra, especialistas no assunto, e apresenta uma visão abrangente sobre os principais aspectos da atividade de extração mineral no Brasil, apontando dados históricos e as diversas questões jurídicas que envolvem a CFEM no país. “A obra gira em torno da necessidade de maiores reflexões da doutrina e da jurisprudência a respeito da caracterização do regime jurídico aplicável à CFEM, tendo em vista o papel empreendedor e gerador de riquezas inerentes à atividade

Page 21: Produtos primários deverão corresponder a 8% do Produto ... 05abr10.pdf · Segurança; Lâmpadas de Sinalização, Pára-Raios Ericsson de Telefonia e Unidade Hidráulica Rexroth

minerária”, destaca Coimbra. “A definição da natureza jurídica e do regime jurídico da exação exercerá influência nas decisões das empresas do setor em função da estabilidade, do aumento (ou não) dos custos de operação envolvidos em qualquer exploração mineral”, completa.

O livro sai pela Editora Quartier Latin ao preço de R$ 86,00 e pode ser encontrado nas livrarias Cultura e Saraiva, entre outras. O Tostes & Coimbra Advogados é um escritório full service, especializado em atender as principais demandas do mercado empresarial, especialmente quanto ao planejamento tributário, fusões e aquisições e contratos comerciais. A banca conta com escritórios próprios em Belo Horizonte, Brasília, São Paulo e Itaúna (MG). A banca é associada da ALAE (Aliança de Advocacia Empresarial), uma associação de escritórios com aliados nas principais cidades do Brasil e América do Sul. Fonte: Original 123 Comunicações