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Prof André Montillo  · Epidemiologia: National Osteoporosis Foundation (NOF) nos EUA: Incidência anual das Doenças mais comuns nas mulheres •Cerca de 40% / 50% das mulheres

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Envelhecimento Populacional

Definição

Epidemiologia

Diagnóstico

Tratamento

Envelhecimento Populacional

ONU - População Idosa

Países em desenvolvimento - a partir de 60 anos

Países desenvolvidos - a partir de 65 anos

Envelhecimento Populacional

Panorama mundial -

Ano 2000 - 600 milhões de pessoas com 60 anos ou mais

Envelhecimento Populacional

Panorama mundial -

Ano 2025 – 1,2 bilhões de pessoas com 60 anos ou mais

Envelhecimento Populacional

Panorama mundial -

Ano 2050 – 2 bilhões de pessoas com 60 anos ou mais

Envelhecimento Populacional

Ano 2010: cerca de 2/3 da população mais velha vivem em países em

desenvolvimento

Ano 2025:±75%

Panorama mundial -

Envelhecimento Populacional no Brasil26,1 milhões – 13% pop. Total - Expectativa de vida: 74 anos (78,3M e 71H)

55,7% MULHERES 44,3% HOMENS

Envelhecimento Populacional no Brasil:

BRAZOS / SAPOS - SAPORI / LAVOS

Envelhecimento Populacional no Rio de Janeiro: IBGE

População 16.500.000

Masc. > 60 = 5.49 %

Fem. > 60 = 8.33 %

Pop. > 60 = 2.280.000

População = 17.500.000Pop > 60 = 3.479.000

Definição:

Distúrbio osteometabólico caracterizado pela diminuição da densidade

mineral óssea e deterioração da microarquitetura óssea com

comprometimento da resistência óssea e susceptibilidade à fratura

Diminuição da Densidade Mineral Óssea

Redução da Qualidade Óssea

Alterando a Microarquitetura Óssea

Baixa Massa Óssea não tem sintomas a menos que ocorra uma fratura

Definição:

Definição:

Definição:

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Tecido Celular:

Linhagem Osteogênica

Osteoprogenitora

Osteoblastos

Osteócitos

Linhagem hematopoiética monocítica

Osteoclastos

Osteomac ?

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Tecido Celular

• 90 a 95% - OSTEÓCITOS

• 4 a 6% - OSTEOBLASTOS

• 1% - OSTEOCLASTOS

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Substância Extracelular:

Matriz Orgânica (30%)

Matriz Inorgânica: Sais Minerais - Hidroxiapatita - 70%

Água

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Substância Extracelular:

Matriz Orgânica (30%)

Colágeno Tipo I (90%), Tipo III, IV e VII

Não Colágeno

Fatores de Crescimento

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Substância Extracelular:

Matriz Orgânica (30%)

Colágeno Tipo I (90%), Tipo III, IV e VII

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Substância Extracelular:

Matriz Inorgânica: Sais Minerais - Hidroxiapatita - 70%

• Cálcio

• Fósforo

• Bicarbonato, Citrato

• Sódio, Potássio, Estrôncio

• Magnésio, Cloro e Flúor: menor grau de cristalidade

• Outro

Água

Ca10(Po4)6(OH)2

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Substância Extracelular:

Matriz Inorgânica: Sais Minerais - Hidroxiapatita - 70%

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Substância Extracelular:

Matriz Orgânica

Matriz Inorgânica

Há uma íntima e complexa relação estrutural tridimensional

entre a fase orgânica e inorgânica da matriz óssea.

A combinação da fase mineral e da fase orgânica confere ao

tecido ósseo propriedades únicas, que o tornam muito

resistente às solicitações mecânicas.

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Substância Extracelular:

Matriz Orgânica

Matriz Inorgânica

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Tecido Celular

Substância Extracelular

Fisiopatologia: Estrutura Óssea - Microscópica

Tecido Celular

Substância Extracelular

Os ossos são estruturas plásticas altamente dinâmicas que,

durante toda a vida do organismo, estão em permanente

remodelação, por forma a manter as suas propriedades

mecânicas e capacidades metabólicas.

METABOLISMO ÓSSEO

Fisiopatologia: Densidade Mineral Óssea

METABOLISMO ÓSSEO

Processo contínuo de renovação óssea:

Reabsorção óssea: osteoclastos

Deposição óssea: osteoblasto

Diversos sítios a todo momento: Unidade Multicelular Básica.

Osteoclasto absorve o osso em cerca de 20 dias – Lacunas de Howship

Osteoblasto preencherão essas lacunas com a matriz proteica e então

depositarão cristais de Hidroxiapatita

Renovação dura cerca de 6 a 9 meses

Fisiopatologia: Densidade Mineral Óssea

METABOLISMO ÓSSEO

Osso Trabecular 20% do esqueleto80% do metabolismo ósseo

FUNÇÃO METABÓLICA

Osso Cortical 80% do esqueleto20% do metabolismo ósseo

FUNÇÃO MECÂNICA

Fisiopatologia: Densidade Mineral Óssea

METABOLISMO ÓSSEOUNIDADE FORMADORA DE COLÔNIAS

(MONÓCITOS/ MACRÓFAGOS)

Fisiopatologia: Densidade Mineral Óssea

METABOLISMO ÓSSEO

Unidade Multicelular Básica

Fisiopatologia: Densidade Mineral Óssea

METABOLISMO ÓSSEO

Unidade Multicelular Básica

Fisiopatologia: Densidade Mineral Óssea

METABOLISMO ÓSSEO

Renovação Óssea: 10 anos 100% do esqueleto renovado

Pico Máximo aos 30 anos

Captação de Cálcio e Fósforo para metabolismo celular

Controle Hormonal: PTH/Calcitonina

Fisiopatologia: Densidade Mineral Óssea

Cálcio

Fósforo

Vitamina D

Vitamina C

Estrogênio Ovariano

Fisiopatologia: Densidade Mineral Óssea

Estrogênio Ovariano: principal hormônio protetor da integridade de densidade mineral óssea, da microarquitetura óssea e de resistência óssea

• Ativa a formação e maturação dos osteoblastos

• Inibe a diferenciação e maturação dos osteoclastos e ativa a apoptose dos osteoclastos

• Aumentando a DMO, mantendo a microarquitetura óssea e a resistência óssea

• Ação muito mais evidente nos ossos esponjosos

Fisiopatologia: Densidade Mineral Óssea

Fisiopatologia: Densidade Mineral Óssea

Fisiopatologia:

Distúrbio osteometabólico caracterizado pela diminuição da densidade

mineral óssea e deterioração da microarquitetura óssea com

comprometimento da resistência óssea e susceptibilidade à fratura

Diminuição da Densidade Mineral Óssea

Redução da Qualidade Óssea

Alterando a Microarquitetura Óssea

Baixa Massa Óssea não tem sintomas a menos que ocorra uma fratura

Fisiopatologia:

Epidemiologia:

• É a uma Doença Universal

• É a doença osteoartticular mais frequente do idoso

• É um Patologia Silenciosa Não há dor

• Sua incidência aumenta proporcionalmente com o aumento da

perspectiva dos indivíduos Epidemia Silenciosa

Epidemiologia:

• Não Há Risco Imediato para a vida

• Baixo Índice de Diagnóstico

• Baixa Frequência de Tratamento

Epidemiologia:

National Osteoporosis Foundation (NOF) nos EUA:

Incidência anual das Doenças mais comuns nas mulheres

Fraturas osteoporóticas: 1.500.000 (incidência em todas as idades)

Doenças coronárias: 513.000 (mulheres acima de 29 anos)

AVC: 228.000 (mulheres acima de 30 anos)

Câncer de mama: 184.300 (Mulheres de todas as idades)

Epidemiologia:

National Osteoporosis Foundation (NOF) nos EUA:

Incidência anual das Doenças mais comuns nas mulheres

Fraturas osteoporóticas: 1.500.000 (mulheres acima de 50 anos)• Quadril: 300.000

• Punho: 250.000

• Vértebras: 700.000

• Outras: 300.000

Outras: 925.300• CA de mama: 184.300

•AVC: 228.000

• Doenças Coronarianas: 513.000

Epidemiologia:

National Osteoporosis Foundation (NOF) nos EUA:

Incidência anual das Doenças mais comuns nas mulheres

• Cerca de 40% / 50% das mulheres e 20% dos homens com mais de 50

anos sofrerão uma fratura relacionada à osteoporose durante sua vida.

• Uma em cada cinco mulheres (20%) com Osteoporose pós menopausa

que já tiveram uma fratura vertebral irão apresentar uma nova fratura

no período de um ano.

Epidemiologia:

National Osteoporosis Foundation (NOF) nos EUA:

Incidência anual das Doenças mais comuns nas mulheres

Risco de Óbito• Fraturas de Quadril = CA de mama

• Incidência de fratura de quadril é 2 a 3 vezes > em mulheres que em homens

• Mortalidade no ano após a fratura de quadril é 2 vezes > no homem que na

mulher

• Óbito de 30% no primeiro ano pós operatório

Classificação

Primárias

Secundárias

Classificação

Primárias

• Tipo I: Pós-Menopausa

• Tipo II: Senil

Classificação

Primárias

• Tipo I: Pós-Menopausa

• Tipo II: Senil

Classificação

Secundárias

• Endócrinas: hiperparatireoidismo, hipertireoidismo,

hipogonadismo

• Neoplásicas: metástases ósseas

• Insuficiências hepáticas e renais (Vitamina D)

• Reumáticas: artrite reumatoide, LUS,

• Doenças ou Cirurgias Disabsortivas: Retocolite, Doença de

Crohn e Cirurgias Bariátricas

• Drogas: glicocorticoide mais de 5 mg de prednisona / dia

Quadro Clínico

Não há Dor: exceto nas microfraturas vertebrais

Deformidades vertebrais aumento da cifose torácica

Diminuição da estatura: 4 cm

Diagnóstico é quando ocorre a 1ª Fratura

As Fraturas mais frequentes:

Distal de Rádio: punho

Proximal de Úmero: ombro

Coluna Vertebral: melhor alvo terapêutico

Proximal de Fêmur (quadril): pior desfecho

“CASCATA FRATURÁRIA”

Fraturas Sentinelas

Quadro Clínico

As Fraturas mais frequentes:

Proximal de Úmero: ombro

Quadro Clínico

As Fraturas mais frequentes:

Distal de Rádio: punho

Quadro Clínico

As Fraturas mais frequentes:

Coluna Vertebral: melhor alvo terapêutico

• Seguida das fraturas sentinelas e precede a fratura do quadril

• É a fratura osteoporótica mais comum (+ 550000 por ano)

• Preditiva de outras fraturas

• Muitas durante a AVD (carregar, puxar, empurrar, etc)

• Fraturas entre T4 e L4 (fora destes níveis fazer uma maior

investigação diagnóstica)

• Dor Dorso-lombar com ou sem comprometimento neurológico

• Perda da estatura

• Deformidade (cifose torácica com protrusão abdominal)

Quadro Clínico

As Fraturas mais frequentes:

Coluna Vertebral: melhor alvo terapêutico

Quadro Clínico

As Fraturas mais frequentes:

Proximal de Fêmur: quadril

Quadro Clínico

As Fraturas mais frequentes:

Proximal de Fêmur: quadril

Quadro Clínico: Cascata Fraturária

As Fraturas mais frequentes:

Proximal de Fêmur: quadril Morte no 1º ano

“NÓS CHEGAMOS AO MUNDO ATRAVÉS DE REBORDO DA PELVE

E SAÍMOS ATRAVÉS DE COLO DE FÊMUR”CLEVERLAND, et al, 1995

• Década de 1930 30%

• Década de 2000 30%

NÃO HOUVE DIMINUIÇÂO

DA MORTALIDADE NOS

ÚLTIMOS 50 ANOS

Quadro Clínico: Cascata Fraturária

Complicações das Fraturas de Quadril

•Após fratura de quadril apenas 30-40% das pessoas retomam as suas

atividades usuais.• 46% dos pacientes continuava em declínio no seguimento de um ano.• Seis meses após uma fratura de quadril, só uma em cada sete pacientes será capaz de andar sem nenhuma assistência.

• 100% dos paciente vão ter pelo menos 1 comprometimento nas

atividades da vida diária (AVD)

Quadro Clínico: Cascata Fraturária

Prevalência das Fraturas de Quadril

• Mundial:

1950: 1.66 milhões

2050: 6.26 milhões: 1 fratura de quadril a cada 3,28 minutos

Uma projeção americana prevê que em 2050 não haverá nos EUA cirurgiões de quadril treinados em número suficiente para realizar as revisões de artroplastia totais de quadris.

Quadro Clínico: Cascata Fraturária

Fraturas Novas

Fraturas Prévias

Risco alto de Fraturas

Risco intermediário de Fraturas

Risco baixo de Fraturas

50%

50%

25% É O CAMINHO PARA REDUZIR AS

PROJEÇÕES DAS FRATURAS DE QUADRIL

Quadro Clínico: Cascata Fraturária

•A fratura por fragilidade aumenta em 86% a probabilidade da 2ª

fratura

• Risco Elevado durante os 5 anos

• Risco Mais Elevado após 2 anos

• 65% fazem a refratura em 2 anos

Diagnóstico

Densitometria Óssea com Dupla Emissão de Raio X - DXA

Central:

• Coluna Lombar (L1/L4) osso esponjoso (VFA/Perfil)

• Quadril: colo osso cortical

Periférica:

• Antebraço (33%)

• Calcâneo

• Tíbia

Diagnóstico

Densitometria Óssea com Dupla Emissão de Raio X - DXA

Central:

• Coluna Lombar (L1/L4) osso esponjoso (VFA/Perfil)

Diagnóstico

Densitometria Óssea com Dupla Emissão de Raio X - DXA

Central:

• Quadril: total / trocanter / triângulo de Ward /

colo osso cortical

Diagnóstico

Densitometria Óssea com Dupla Emissão de Raio X - DXA

Periférica:

• Antebraço (33%)

Diagnóstico

Densitometria Óssea com Dupla Emissão de Raio X - DXA

Densidade Mineral Óssea Absoluta - DMO - g/cm2

Perda em relação a um grupo de adulto jovem - T-Score

Perda em relação a indivíduos da mesma idade - Z-Score

Diagnóstico

Densitometria Óssea com Dupla Emissão de Raio X - DXA

Segundo a Organização Mundial da Saúde - 1994

Normal T-Score até -1,0 DP

Osteopenia T-Score entre -1,1 a -2.4 DP

Osteoporose T-Score menor que - 2,5 DP

Osteoporose Estabelecida: presença de fratura por

fragilidade

Indicações da Realização da DXA Paciente do sexo feminino na pós menopausa

Pacientes do sexo feminino com idade menor que 65 anos com

fatores de risco para osteoporose e fratura prévia

Pacientes com doenças secundárias que podem induzir a

osteoporose

Pacientes do sexo masculino com idade maior ou igual 70 anos

Pacientes adultos que fazem uso de medicamentos que podem

induzir a osteoporose

Tratamento:

Tratamento:

Tratamento:

Tratamento:

Tratamento:

PACIENTE TEM FRATURA POR OSTEOPOROSE ?

NÃO

DENSITOMETRIA

ÓSSEA

OSTEOPENIA

AVALIAR FATORES DE RISCO

DMO ‐2.0 A ‐2.4 DP +

1 FATOR DE RISCO

TRATAR

DMO ‐1.0 A ‐1.9 DP

+ 2 FATORES DE RISCO

TRATAR

SEM FATORES DE RISCO

NÃO TRATAR

OSTEOPOROSE

TRATAR

SIM

TRATAR

Tratamento:

FRAXTM

: OMS - Dr John Kanis - 1994

É uma ferramenta que ao ser inseridos os dados

solicitados do paciente nos informa a probabilidade de

ocorrência de uma fratura por osteoporose nos próximos 10

anos.

Cada país estabelece o seu próprio FRAX a partir de

seus dados populacionais epidemiológicos.

Brasil

https://www.shef.ac.uk/FRAX/tool.aspx?country=55

FRAXTM

: OMS - Dr John Kanis - 1994

xxx

xxx

NOGG - UK - National Osteoporosis Guideline Group - Frax

NOGG - UK - National Osteoporosis Guideline Group - Frax

Tratamento

Farmacológico:

Reposição Hormonal: Estrogênio / Progesterona

Hormônio: Calcitonina de Salmão/ CA Mama

Bisfosfonatos: Alendronato / Residronato

Raloxifeno: Modulador Seletivo do Estrogênico VO

Renelato de Estrôncio Protos (VO)

Denosumab Prolia SC 6/6 meses (anticorpo monoclonal

inibe a ação dos osteoclastos

Teriparatida (1-34 PTH) SC/dia sintético: osteogênico, no

máximo por 2 anos

Cálcio / Vitamina D

Prevenção

Pico de Massa Óssea: determinado por fatores genéticos e

ambientais (hábitos de vida)

Idade (anos)20 30

DMO

(mg/cm²)

Tratamento Objetivos

CONSENSO BRASILEIRO DE OSTEOPOROSE

(programa de diretrizes AMB / CFM)

Orientação dietética

Suplementação de Cálcio

Suplementação de Vitamina D

Atividades Físicas

Prevenção de quedas: “casa segura”

Tratamento farmacológico: interfere no metabolismo ósseo

Prevenção

Dieta

Hábitos de vida

Evitar quedas

Medicamentos

Conclusões:

É uma doença silenciosa mas nem tanto

É a doença osteoarticular mais frequente no idoso

Que determina um grave problema social e econômico

universal e aumente a morbidade e mortalidade a partir da 3º

idade

O melhor tratamento é a PREVENÇÃO Que deve ser

iniciado na Infância e permanecer por toda a vida

Se não consegue evitar a primeira fratura que pelo menos seja

a última

OBRIGADO