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Prof. Dr. Flávio Caetano da Silva (DEd/UFSCar)

Prof. Dr. Flávio Caetano da Silva (DEd/UFSCar) JornadaTAC - Flavio.pdf · qualitativa “Pensar em pesquisa quantitativa e em pesquisa qualitativa significa, sobretudo, pensar em

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Prof. Dr. Flvio Caetano da Silva (DEd/UFSCar)

Questo inicial

Por onde se comea a pesquisa? As definies bsicas do projeto:

Temtica Objetivo Justificativa (Relevncias) Problemtica Problemtica Problema Objeto

Pergunta inevitvel: h referencial terico suficiente e disponvel?

Que tipo de pesquisa pretendo realizar?

Tipologia de pesquisa:

Algumas possibilidades Etnogrfica Qualitativa Quantitativa Pesquisa-AoPesquisa-Ao Histrica

Documental Oral

Com o cotidiano Que procedimentos cada uma delas

suporta?

Etnografia e qualidade

Pesquisas qualitativas possuem base etnogrfica em grande parte dos estudos realizados.

Conhecer os sujeitos, suas trajetrias de vida, suas prticas, suas concepes, seus valores e crenas...e crenas...

Afastaram-se dos estudos com base positivista (realistas) e aproximaram-se de paradigmas etnogrficos-subjetivistas

Alguns apontam para a ruptura paradigmtica entre qualitativo e quantitativo, outros indicam complementaridade entre ambos tipos de pesquisa

Procedimentos

Estratgias e mtodos Estudos de caso Estudos do cotidiano Estudos da relevncia cultural Estudos da relevncia cultural Biografias Interveno Anlise documental

Pesquisa Quantitativa e

qualitativa Pensar em pesquisa quantitativa e em

pesquisa qualitativa significa, sobretudo,pensar em duas correntes paradigmticasque tm norteado a pesquisa cientfica nodecorrer de sua histria. Tais correntes secaracterizam por duas vises centrais quecaracterizam por duas vises centrais quealiceram as definies metodolgicas dapesquisa em cincias humanas nosltimos tempos. So elas: a visorealista/objetivista (quantitativa) e a visoidealista/subjetivista (qualitativa) (Queiroz,2006, p.88).

Pesquisa Quantitativa

Quantitativo-realista herana positivista (Comte, Mill e Durkheim; Wundt, Stanley, Hall, Thorndike e Claparde);Claparde);

Construir uma cincia social, reproduzindo os passos das cincias naturais (Gentil, 2011, p.177).

Trataremos hoje as pesquisas

qualitativas em cincias sociaisqualitativas em cincias sociais

Pesquisa Qualitativa I

A definio do objeto de pesquisa assim como a opo metodolgica constituem um processo to importante para o pesquisador quanto o texto que ele elabora ao final. De acordo com Brando (...), a to ao final. De acordo com Brando (...), a to afirmada, mas nem sempre praticada, construo do objeto diz respeito, entre outras coisas, capacidade de optar pela alternativa metodolgica mais adequada anlise daquele objeto (Duarte, 2002, p.140).

Pesquisa Qualitativa II

De modo geral, ao final de um trabalho de campo relativamente extenso, pode-se ter em mos em torno de trinta entrevistas semi-estruturadas, de uma hora e meia cada (cuja transcrio d, em mdia, vinte a vinte e cinco laudas); registros escritos de conversas no gravadas; eventuais mensagens trocadas por correio eletrnico; notas de campo; materiais audiovisuais; textos e/ou reportagens sobre o tema, publicados em jornais e notas de campo; materiais audiovisuais; textos e/ou reportagens sobre o tema, publicados em jornais e revistas; notas biogrficas e, ainda, dados de outras pesquisas sobre o mesmo tema ou temas afins. Esse material precisa ser organizado e categorizado segundo critrios relativamente flexveis e previamente definidos, de acordo com os objetivos da pesquisa. um trabalho rduo e, numa primeira etapa, mais braal do que propriamente analtico (Duarte, 2002, p.151).

Pesquisa-Ao I

Ciclo da investigao-ao. importante que se reconhea a pesquisa-

ao como um dos inmeros tipos deinvestigao-ao, que um termo genricopara qualquer processo que siga um ciclo noqual se aprimora a prtica pela oscilaoqual se aprimora a prtica pela oscilaosistemtica entre agir no campo da prtica einvestigar a respeito dela. Planeja-se,implementa-se, descreve-se e avalia-se umamudana para a melhora de sua prtica,aprendendo mais, no correr do processo,tanto a respeito da prtica quanto da prpriainvestigao (Tripp, 2005, p.445).

Pesquisa-ao II

La Investigacin Accin en la enseanza esuna estrategia que contribuye al desarrollo dela prctica pedaggica de los docentes yfacilita innovaciones educativas. Implica unprimer momento de identificacin y anlisisde un problema que, mediante determinadasde un problema que, mediante determinadasestrategias de cambio, se busca resolver omejorar (Elliot, 2005).

(...) pesquisa-ao uma forma deinvestigao-ao que utiliza tcnicas depesquisa consagradas para informar a aoque se decide tomar para melhorar a prtica(Tripp, 2005, p.447).

Pesquisa Histrica Documental

- I

Estudos baseados em documentos como material primordial, sejam revises bibliogrficas, sejam pesquisas historiogrficas, extraem deles toda a historiogrficas, extraem deles toda a anlise, organizando-os e interpretando-os segundo os objetivos da investigao proposta (Pimentel, 2001, p.180).

Pesquisa Histrica Documental

- II Estudos baseados em documentos como material

primordial, sejam revises bibliogrficas, sejam pesquisas historiogrficas, extraem deles toda a anlise, organizando-os e interpretando-os segundo os objetivos da investigao proposta (Pimentel, 2001, p.180).

Como bem denomina Mitsuko Antunes, trata-se de Como bem denomina Mitsuko Antunes, trata-se de um processo de garimpagem; se as categorias de anlise dependem dos documentos, eles precisam ser encontrados, extrados das prateleiras, receber um tratamento que, orientado pelo problema proposto pela pesquisa, estabelea a montagem das peas, como num quebra-cabea (Pimentel, 2001, p.180).

Histria Oral

A histria oral uma metodologia de pesquisa que consiste em realizar entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar sobre acontecimentos, conjunturas, instituies, modos de vida ou outros aspectos da histria contempornea. Comeou a ser utilizada nos anos 1950, aps a inveno do gravador, nos Estados Unidos, na inveno do gravador, nos Estados Unidos, na Europa e no Mxico, e desde ento difundiu-se bastante. Ganhou tambm cada vez mais adeptos, ampliando-se o intercmbio entre os que a praticam: historiadores, antroplogos, cientistas polticos, socilogos, pedagogos, tericos da literatura, psiclogos e outros. (Site da FGV, 2012, p. inicial).

Pesquisa com o cotidiano

Desse modo, um primeiro aspecto que destacamos est no fato de consideramos como sujeitos das pesquisas com o cotidiano todos aqueles que, de modo mais visvel ou aqueles que, de modo mais visvel ou mais sutil, deixam suas marcas nesse cotidiano, isto , os sujeitos das pesquisas com o cotidiano so: alunos, professoras, mes, vigias, serventes e tantos outros que vivem as escolas (Ferrao, 2004, p.1)

Referncias

Duarte, Duarte. Pesquisa qualitativa: reflexes sobre o trabalho de campo. In: Cadernos de Pesquisa,n. 115, p. 139-154, maro/ 2002. Disponvel em: http://www.scielo.br/pdf/cp/n115/a05n115.pdf Acessoem 05-05-12.

Elliot, J. (2005). El Cambio Educativo desde la Investigacin Accin. (4Ed). Madrid: EdicionesMorata. Disponvel em:

http://rocaseso.wikispaces.com/file/view/El+Cambio+Educativo+desde+la+Investigaci%C3%B3n+Acci%C3%B3n.pdf Acesso em 07-05-12.

Ferrao, Carlos Eduardo. Pesquisa com o cotidiano. Disponvel em: http://www.anped.org.br/reunioes/27/diversos/te_ferraco.pdf Acesso em 05-05-12. FUNDAO GETLIO VARGAS FGV. Site: http://cpdoc.fgv.br/acervo/historiaoral Acesso em 06-

05-12.05-12. NOVAIS, Fernando. A Universidade e a pesquisa histrica: apontamentos. In: Palestra proferida no I

Encontro de Professores de Histria, promovido pelo Departamento de Histria, do Instituto deFilosofia e Cincias Sociais, da UFRJ, Rio de Janeiro. Vol. 4, n8. Disponvel em:http://www.scielo.br/pdf/ea/v4n8/v4n8a08.pdf Acesso em 06-05-12.

Pimentel, Alessandra. O mtodo da anlise documental: seu uso numa pesquisa historiogrfica. In:Cadernos de Pesquisa, n. 114, p. 179-195, novembro/2001. Disponvel:http://www.scielo.br/pdf/cp/n114/a08n114.pdf Acesso em 05-05-12. Acesso em 07-05-12.

Queiroz, Luis R. S. Pesquisa quantitativa e pesquisa qualitativa: Perspectivas para o campo daetnomusicologia. Claves, N 2, Nov. 2006 (UFPB). Disponvel em:http://www.ccta.ufpb.br/claves/pdf/claves02/claves_2_pesquisa_quantitativa.pdf

Tripp, D. Pesquisa-ao: uma introduo metodolgica. In: Educao e Pesquisa, So Paulo, v. 31,n. 3, p. 443-466, set./dez. 2005. Disponvel em: http://www.scielo.br/pdf/ep/v31n3/a09v31n3.pdfAcesso em 05-05-12.