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PLANO DE AULA� CONTEÚDO PROGRAMÁTICO� 1 - Origem, conceitos fundamentais, problemas e
temas relevantes da economia.� 2 - A evolução do pensamento econômico.� 3 - O conceito de economia e o funcionamento do
mercado.� – A lei da escassez e as necessidades humanas.
� – Oferta x procura, preços e equilíbrio de mercado.
� – Fatores de produção, produção e custos de produção.
� 4 - Economia e direito.� – Fundamentos jurídicos do mercado.
� – Estruturas de mercado (concorrência perfeita, oligopólio, monopólio, cartel) e o sistema brasileiro de defesa da concorrência.
� – A relação entre fornecedores e consumidores e o Código de Defesa do Consumidor.
� – Produção e recursos naturais: a legislação de proteção ao meio ambiente.
� 5 - A atividade econômica nacional. � – Conceitos básicos: PIB, renda, investimento. � – A distribuição da renda nacional.� – Objetivos e instrumentos de política econômica:
política fiscal, política monetária, política cambial.� – O setor público na economia.
� 6 - O desenvolvimento e o crescimento econômico.� 7 - Economia Internacional.
� – Comércio internacional.� – O balanço de pagamentos.� –O papel das instituições multilaterais: FMI, Banco
Mundial, OMC.� – A globalização como fenômeno multidimensional.
BIBLIOGRAFIA� Bibliografia Básica:� CASTRO, Antonio Barros de; LESSA, Carlos. Introdução à economia. 37ª ed.
Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2005. � ROSSETTI, José Paschoal. Introdução à economia. 20ª ed. São Paulo: Atlas,
2005.� VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval; GARCIA, Manuel E.
Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2005.
� Bibliografia Complementar:� CARDOSO, Eliana A. Economia brasileira ao alcance de todos. 17ª ed. São
Paulo: Brasiliense, 1996.� HUBERMAN, Leo. História da riqueza do homem. 21ª ed. São Paulo: LTC,
1987. � NUSDEO, F. Curso de economia: introdução ao direito econômico. São Paulo:
RT, 2002. � PINHO, Diva Benevides; VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval (Coord.)
Manual de economia: equipe de professores da USP. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2006.
� SINGER, Paul. Aprender economia. 22ª ed. São Paulo: Contexto, 2002. � TROSTER, R. L. Introdução à economia. 2ª ed. São Paulo: Makron Books,
1999.
Por quê estudar economia ?� No inicio o curso de direito, o aluno depara-se com
várias disciplinas que, aparentemente, nada tem a ver com o que pensava estudar, entre elas a antropologia, filosofia, psicologia, ética e sociologia. O mesmo acontece com economia.
� Estas matérias são chamadas de disciplinas do ciclo básico e objetivam fornecer aos alunos uma visão geral de temas que circunda o direito.
� As matérias fornecem subsídios para que se possamanipular conceitos mais sofisticados.
� A exemplo da economia, terá implicações para odireito tributário e direito econômico, matérias queserão estudadas ao fim do curso.
Economia - Ciência Social
� A economia tem caráter social, uma vez que ocupa-sedo comportamento humano e estuda como as pessoase as organizações na sociedade se empenham naprodução, na troca e no consumo de bens e serviços.
� A economia repousa sobre os atos humanos sendoquase impossível se fazer análises puramente frias enuméricas (concepção tendentes a ciências exatas),isolando as complexas reações do homem, sendoportanto por excelência uma ciência social.
Origem etimológica� A palavra economia, tem origem Grega, na expressãooikosnomos, junção das duas palavras:� oikos, cuja tradução é casa,
� nomos, que significa norma ou lei.
� Economia portanto significa a “lei da casa”. Pode-seencontrar uma gama de conceitos para o termo “economia”entre eles podemos mencionar como sendo aadministração de uma casa ou de um Estado.� E qual é a lei da casa ou do Estado?
� Sobreviver ou se manter com os recursos disponíveis.
� Essa composição explica bem o papel do estudoeconômico:
� analisar como a sociedade, trabalhando com a escassez de seus recursos, atende às suas próprias necessidades.
Definição
�Economia é uma ciência social que
estuda como o indivíduo e a sociedade
decidem utilizar recursos produtivos
escassos, na produção de bens e
serviços, de modo a distribuí-los entre
as várias pessoas e grupos da
sociedade, com a finalidade de
satisfazer às necessidades humanas.
Definição�Segundo Fabio #usdeo:
�“Economia é, assim, uma ciência social,
ou seja, ela pressupõe a escassez em
nível social, isto é, condicionando a vida
de todos os seres indistintamente, sem
se preocupar com o fenômeno em sua
dimensão individual, muito embora ela,
é claro, exista.”
�Sob a visão da produção, podemos dizerque:
�Economia é uma ciência social que estuda aprodução, a circulação e o consumo dos bense serviços que são utilizados para satisfazeras necessidades humanas.
� A ciência que estuda a escassez.
� A ciência que estuda o uso dos recursos escassos na produção de bens alternativos.
� O Estudo da forma pela qual a sociedade administra seus recursos escassos.
� Dos conceitos acima podemos destacar duas noçõesprimárias pertinentes à ciência econômica, retiradasda experiência e da própria vivência do cotidiano:
� as necessidades humanas
� a escassez dos bens produtivos .
As necessidades
� Quando se fala em necessidade, está implícita a ideia de vontade ou aspiração.
� Assim, o indivíduo tem necessidade de se alimentar, decuidar de si, de seus familiares entre outros anseios.
� Segundo Fábio Nusdeo é impossível estabelecer ouantever um limite para as necessidade humanas,portanto são infinitos.
� Maslow ilustra a hierarquia das necessidades humanas,mas antes vamos conhecer, quem ele é e um pouco deseu trabalho:
Quem foi Maslow?� ABRAHAM MASLOW:� O PAI DA PSICOLOGIA HUMANISTA
� Abraham Maslow nasceu em 1908, em Nova York e faleceu em 1970.
� Estudou Direito no City College of New York (CCNY), mas interessou-se pela psicologia, onde concluiu outra graduação vindo também fazer mestrado e doutorado.
� Uma das principais contribuições de Maslow foram seus estudos sobre a autorrealização,“... uma força interna que direciona o desenvolvimento humano rumo a seu potencial mais elevado”.
� Abraham Maslow desenvolveu sua teoria holística – dinâmica das motivaçõesna década de 1950, com base nos estudos de diversos psicólogos, psicanalistas efilósofos.
� Teoria que entre os estudantes de administração é conhecida como“Hierarquia das Necessidades de Maslow” que parte do princípio de que ocomportamento de um indivíduo em determinado momento é acionado a fimde buscar a satisfação de uma necessidade que, ainda que coexista com diversasoutras, está, naquele momento, se manifestando com mais intensidade
A pirâmide de Maslow� A pirâmide de Maslow ilustrada abaixo enfoca a
hierarquia das necessidades humanas:� Inicialmente, busca-se suprir as necessidades básicas
relacionadas à fisiologia humana.
� Mas, gradativamente, o ser humano deseja outrasnecessidades, como:
� segurança, amor/relacionamento, estima e realização pessoalaparecem sucessivamente nesta lista.
� Vamos verificar seu gráfico.
� A maioria das necessidades de que trata a economia selocalizam na base da pirâmide� Relacionando-se principalmente às necessidades
materiais.
� Para a economia, necessidade implica a sensação defalta de alguma coisa, sempre acompanhada do desejode satisfazê-la.
� Deste modo, quando alguém deseja um objeto deconsumo, procura uma maneira de obtê-lo, utilizandomeios de troca (moeda). Nesse sentido mais estrito, anecessidade terá implicações econômicas.
� Importante destacar que as necessidades humanas sãoilimitadas, isto é, podem ser vistas como tendentes ase reproduzirem até o infinito.
ESCASSEZ�Os bens econômicos e os recursos
produtivos
� Diferente do que ocorre com as necessidadeshumanas que são infinitas;
� Os recursos de que dispõe a humanidade parasatisfazer as suas necessidades são finitas.
� Tal limitação é insuperável, ainda que os recursostecnológicos e as estratégias de marketing vemdando alusão que estes bens são abundantes,mascarando o problema de saturação ouexaurimento do meio ambiente
ESCASSEZ� É importante não confundir
� Escassez com,
� Pobreza - - - - - - - - - - - ter poucos bens
� Limitação - - - - - - - - - - Mais desejo do que bens
� Um bem pode ter sua oferta limitada, entretanto se não for desejado ou se não for procurado, não será escasso.
Problemas Econômicos Fundamentais� PRODUÇÃO
� 1º O que e quanto produzir?� Mais bens de consumo,
� Mais bens de capital
� 2º Como produzir?� Capital intensivo - - - - - (capita = maquinas e equipamentos)
� Mão de obra intensiva - - (força de trabalho humana)
� 3º Para quem produzir?� Quais os setores serão beneficiados?
Bens econômicos e recursos
� Para entender melhor estes dois parâmetros:� Necessidade
� Escassez
� É preciso conhecer os conceitos de bens econômicos e recursos produtivos.
Bens econômicos
� Os bens econômicos são tangíveis e caracterizam-sepela utilidade
� Por exemplo, um alimento é um bem tangível, enquanto umcorte de cabelo é um serviço intangível.
� Eles supõem um esforço humano para seremconseguidos e, exatamente por isso, sãocomercializados.
� Além disso, os bens econômicos contrapõem-se aos bens livres, que, apesar de também serem úteis, não são escassos.
Bens Econômicos - Classificação� Os bens econômicos podem ser classificados de duas
maneiras:
� Quanto a natureza� Bens materiais - - - - - - alimentos, maquinas, etc.
� Bens imateriais - - - - - Serviços
� Quanto ao destino/finalidade� Bens de consumo - - - - atendem às necessidades
� Bens de capital/- - - - - -maquinas e equipamentos -produção (cadeia produtiva)
Classificação Jurídica� Observar que o conceito de bem econômico se
diferencia de qualquer conceito de bem contido em direito, o qual será estudado detalhadamente ao longo do curso de direito civil.
� Caso os alunos do Direito tenham interesses o tema é tratado no Código Civil.� Lei 10.406/2002
� Livro II – Dos Bens� Artigos 79 a 103
RECURSOS� Conhecidos como fatores de produção
� São os elementos básicos a partir dos quais se obtêm os bens e os serviços
� Os três principais recursos produtivos são:� Terra (áreas cultiváveis e mineradoras, florestas),
� Trabalho e
� Capital (bens de capital).
Sistemas econômicos
� São um conjunto de instituições destinado a permitir a qualquer grupo humano administrar seus recursos escassos com um mínimo de proficiência.� Tem por base as três perguntas distintas, acima vistas,
perguntas estas que delineiam um sistema econômico:
� o que produzir,
� como produzir e para
� quem produzir.� Como os recursos da sociedade são escassos, cada vez que uma
decisão é tomada, exclui-se automaticamente a outra alternativa disponível para a utilização daquele recurso escasso
Três formas de se organizar a produção num sistema econômico:� 1) Sistema de tradição: possui índole mágico-religiosa.
Caracteriza as sociedades arcaicas, como a antiga civilização egípcia.
� 2) Sistema de autoridade: baseia-se na crença na capacidade de previsão e execução dos órgãos centrais de direção (o Estado). Não acredita na autonomia como diretriz de solução para as questões econômicas. Um exemplo é o sistema socialista (modelo real).
� 3) Sistema de autonomia: fundamenta-se na capacidade coordenadora do mercado (“mão invisível”), bem como no princípio hedonista da “lei do menor esforço”. Seu motor principal é o agente racional. Corresponde ao sistema capitalista.