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23 LÍNGUA PORTUGUESA Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias Professor Hermeson Veras LÍNGUA LÍNGUA, LINGUAGEM E FALA A comunicação é uma característica inerente a todos os seres, permitindo-os viver em sociedade, compartilhando experiências, interagindo com as diferentes culturas e manifestando sentimentos diversos. Em se tratando da linguagem, ela está diretamente ligada à capacidade humana formada por leis combinatórias e signos linguísticos materializados pela mensagem. Contudo, há também outras formas de manifestarmos a linguagem, ou seja, por meio de gestos, por um olhar, pela música, pela dança, pelas obras de arte, pela a cultura, escultura e pelos símbolos. Quando nos referimos a eles, remetemo-nos à ideia da linguagem não verbal, constituída pelos sinais gráficos, cuja interpretação requer do interlocutor, conhecimentos linguísticos e conhecimentos adquiridos ao longo de sua existência. Eis a seguir alguns exemplos: De modo a tornar efetiva a linguagem verbalizada, esta condiciona-se a dois fatores: à língua e à fala. A língua é fator resultante da organização de palavras, segundo regras específicas e utilizadas por uma coletividade. Como código social, a língua não pode ser modificada arbitrariamente, em função destas regras preestabelecidas. Tal organização tende a corroborar para que o enunciado seja manifestado de forma clara, objetiva e precisa. Esta organização básica do pensamento, opiniões e ideias subsistem em uma capacidade proferida por um modo mais individual. Tal afirmativa parte do pressuposto de que cada ser humano é único e que, para ser compreendido, não precisa se expressar igual aos outros. Cada um expõe seus sentimentos e revela sua maneira de ver o mundo de forma subjetiva, caracterizando, desta forma, a fala. Enfim, todo este processo resulta no ato comunicativo como sendo uma experiência cotidiana, pois estamos a todo o momento remetendo e recebendo mensagens, as quais limitam-se a infinitas finalidades: informar, aconselhar, persuadir, entreter, expor opiniões, dentre outras. OS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO A comunicação manifesta-se de inúmeras formas, como, por exemplo, um gesto, um olhar, palavras, símbolos, pelas artes de uma forma geral, sinais sonoros, pela escrita, por contatos físicos, como um aperto de mão ou um abraço, entre outros. Ela condiciona-nos a desempenharmos determinadas funções enquanto seres sociais, expressando desejos e opiniões, trocando informações, aprimorando nossos conhecimentos, retratando sentimentos, enfim, participando efetivamente de uma coletividade. Seja qual for o tipo de comunicação utilizada, sempre há uma mensagem a ser transmitida e, sobretudo, uma finalidade específica que se deseja obter diante do ato comunicativo. Tendo em vista que, como dito anteriormente, a linguagem é estritamente social, ou seja, a não ser que se trate de um diário pessoal, sempre estamos dialogando com o “outro”. Para que esse diálogo se efetive de maneira plausível, alguns elementos são preponderantes diante deste propósito. Assim sendo, é importante familiarizarmo-nos com esses elementos, conhecendo cada uma de suas funções: Sinais Gestos Palavra Escrita Sons Cores Desenhos Receptor (interlocutor, leitor, ouvinte etc.) Emissor (Locutor, falante esccritor, etc.) Ideias, sentimentos, conceitos... Canal Código Mensagem Palavra Falada O emissor (ou locutor) – É a pessoa que emite a mensagem. Receptor (ou interlocutor) – É a pessoa a quem a mensagem é remetida. A mensagem – Constitui a essência do que se propõe a dizer, ou seja, o conteúdo contido na informação. O código – Representa o conjunto de signos linguísticos combinados entre si, de acordo com o conhecimento do falante em relação à língua materna. O canal – Trata-se do meio pelo qual a mensagem é transmitida, seja por livros, meios de comunicação de massa, entre outros. O contexto ou referente – É o objeto, assunto ou lugar a que a mensagem faz referência.

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nº23LÍNGUA PORTUGUESA

Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias

Professor Hermeson Veras

LÍNGUA

LÍNGUA, LINGUAGEM E FALA

A comunicação é uma característica inerente a todos os seres, permitindo-os viver em sociedade, compartilhando experiências, interagindo com as diferentes culturas e manifestando sentimentos diversos.

Em se tratando da linguagem, ela está diretamente ligada à capacidade humana formada por leis combinatórias e signos linguísticos materializados pela mensagem.

Contudo, há também outras formas de manifestarmos a linguagem, ou seja, por meio de gestos, por um olhar, pela música, pela dança, pelas obras de arte, pela a cultura, escultura e pelos símbolos. Quando nos referimos a eles, remetemo-nos à ideia da linguagem não verbal, constituída pelos sinais gráfi cos, cuja interpretação requer do interlocutor, conhecimentos linguísticos e conhecimentos adquiridos ao longo de sua existência.

Eis a seguir alguns exemplos:

De modo a tornar efetiva a linguagem verbalizada, esta condiciona-se a dois fatores: à língua e à fala. A língua é fator resultante da organização de palavras, segundo regras específi cas e utilizadas por uma coletividade.

Como código social, a língua não pode ser modifi cada arbitrariamente, em função destas regras preestabelecidas. Tal organização tende a corroborar para que o enunciado seja manifestado de forma clara, objetiva e precisa.

Esta organização básica do pensamento, opiniões e ideias subsistem em uma capacidade proferida por um modo mais individual. Tal afi rmativa parte do pressuposto de que cada ser humano é único e que, para ser compreendido, não precisa se expressar igual aos outros. Cada um expõe seus sentimentos e revela sua maneira de ver o mundo de forma subjetiva, caracterizando, desta forma, a fala.

Enfi m, todo este processo resulta no ato comunicativo como sendo uma experiência cotidiana, pois estamos a todo o momento remetendo e recebendo mensagens, as quais limitam-se a infi nitas fi nalidades: informar, aconselhar, persuadir, entreter, expor opiniões, dentre outras.

OS ELEMENTOS DA COMUNICAÇÃO

A comunicação manifesta-se de inúmeras formas, como, por exemplo, um gesto, um olhar, palavras, símbolos, pelas artes de uma forma geral, sinais sonoros, pela escrita, por contatos físicos, como um aperto de mão ou um abraço, entre outros.

Ela condiciona-nos a desempenharmos determinadas funções enquanto seres sociais, expressando desejos e opiniões, trocando informações, aprimorando nossos conhecimentos, retratando sentimentos, enfi m, participando efetivamente de uma coletividade.

Seja qual for o tipo de comunicação utilizada, sempre há uma mensagem a ser transmitida e, sobretudo, uma fi nalidade específi ca que se deseja obter diante do ato comunicativo. Tendo em vista que, como dito anteriormente, a linguagem é estritamente social, ou seja, a não ser que se trate de um diário pessoal, sempre estamos dialogando com o “outro”.

Para que esse diálogo se efetive de maneira plausível, alguns elementos são preponderantes diante deste propósito. Assim sendo, é importante familiarizarmo-nos com esses elementos, conhecendo cada uma de suas funções:

Sinais

Gestos

Palavra Escrita

Sons

Cores

Desenhos

Receptor(interlocutor, leitor,

ouvinte etc.)

Emissor(Locutor, falanteesccritor, etc.)

Ideias,sentimentos,conceitos...

CanalCódigo

Mensagem

Palavra Falada

O emissor (ou locutor) – É a pessoa que emite a mensagem.Receptor (ou interlocutor) – É a pessoa a quem a mensagem é

remetida. A mensagem – Constitui a essência do que se propõe a dizer, ou

seja, o conteúdo contido na informação.O código – Representa o conjunto de signos linguísticos combinados

entre si, de acordo com o conhecimento do falante em relação à língua materna.

O canal – Trata-se do meio pelo qual a mensagem é transmitida, seja por livros, meios de comunicação de massa, entre outros.

O contexto ou referente – É o objeto, assunto ou lugar a que a mensagem faz referência.

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FUNÇÕES DA LINGUAGEM

Estamos imersos em um cotidiano estritamente social, no qual interagimos com nossos semelhantes por meio da linguagem, que nos permite revelar nossos sentimentos, expressar nossas opiniões, trocar informações no intuito de ampliar nossa visão de mundo, dentre outros benefícios.

A cada mensagem que enviamos ou recebemos, seja esta de natureza verbal ou não verbal, estamos compartilhando com um discurso que se pauta por fi nalidades distintas, ou seja, entreter, informar, persuadir, emocionar, instruir, aconselhar, entre outros propósitos.

O objetivo de qualquer ato comunicativo está vinculado à intenção de quem o envia, no caso, o emissor. Dessa forma, de acordo com a natureza do discurso presente na relação emissor × interlocutor, a linguagem assume diferentes funções, todas elas portando características específi cas, conforme analisaremos adiante.

Função emotiva ou expressiva

Por meio dessa função, há um envolvimento pessoal do emissor, que comunica seus sentimentos, emoções, inquietações e opiniões centradas na expressão do próprio “eu”, levando em consideração o seu mundo interior. Desse modo, são utilizados verbos e pronomes em 1ª pessoa, muitas vezes acompanhados de sinais de pontuação, como reticências, pontos de exclamação, bem como o uso de onomatopeias e interjeições.

Exemplo:

Função apelativa ou conativa

A ênfase está diretamente vinculada ao receptor, na qual o discurso visa persuadi-lo, conduzindo-o a assumir um determinado comportamento. A presente modalidade encontra-se presente na linguagem publicitária de uma forma geral e traz, como característica principal, o emprego dos verbos no modo imperativo.

Exemplo:

Função referencial ou denotativa

Ocorre quando o objetivo do emissor é traduzir a realidade visando à informação. Sua predominância atém-se a textos científi cos, técnicos ou didáticos, alguns gêneros do cotidiano jornalístico, documentos ofi ciais e correspondências comerciais. A linguagem, neste caso, é essencialmente objetiva, razão pela qual os verbos são retratados na 3ª pessoa do singular, conferindo-lhe total impessoalidade por parte do emissor.

Exemplo:

O MUNDO SEM PETRÓLEO

“Em breve, os seres humanos terão de aprender a viver sem o petróleo. Não porque ele vá acabar no futuro próximo-os especialistas garantem que as reservas mundiais são mais do que sufi cientes para satisfazer as necessidades do planeta por até 75 anos. Mas porque continuar usando o combustível que move a economia mundial com essa voracidade faz mal à saúde da Terra. [..]”

Almanaque 2003 – Superinteressante. São Paulo: Abril.

Função fática

O objetivo do emissor é estabelecer o contato, verifi car se o receptor está recebendo a mensagem de forma autêntica, ou ainda visando prolongar o contato. Há o predomínio de expressões usadas nos cumprimentos como: bom dia, Oi!. Ao telefone (Pronto! Alô!) e em outras situações em que se testa o canal de comunicação (Está me ouvindo?).

Exemplo:

ALÔ, QUEMESTÁ FALANDO?

Estabelece ou mantém ligações

É OCEBOLINHA!

DESCULPEFOI ENGANO!

Copyright © 2003 Maurício do Sousa Produções Ltda

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Função metalinguística

A linguagem tem função metalinguística quando o uso do código tem por fi nalidade explicar o próprio código.

Exemplo:

VOU FAZER UMAMETALINGUAGEM

QUASE...PRONTO!

Função poética

Nesta modalidade, a ênfase encontra-se centrada na elaboração da mensagem. Há um certo cuidado por parte do emissor ao elaborar a mensagem, no intuito de selecionar as palavras e recombiná-las de acordo com seu propósito. Encontra-se permeada nos poemas e, em alguns casos, na prosa e em anúncios publicitários.

Exemplo:

PARA NÃO ESQUECER

Ênfase no Fator

ReferenteEmissor

ReceptorCanal

MensagemCódigo

Função ReferencialFunção Emotiva

Função ConativaFunção FáticaFunção PoéticaFunção Metalinguística

DeterminaFunção da Linguagem

VARIAÇÕES LINGUÍSTICAS

Estamos inseridos em uma sociedade dinâmica, a qual se transforma com o passar do tempo e acaba transformando o modo pelo qual as pessoas estabelecem seus relacionamentos interpessoais. Um bom exemplo de tais mudanças é a linguagem dos internautas, que em meio a tantas abreviações e neologismos termina por criar um universo específi co, no qual somente os interlocutores são capazes de decifrar o vocabulário por eles utilizado.

Partindo dessa prerrogativa, ocupemo-nos em discorrer acerca dos tipos de variações que as línguas apresentam, os quais dependem de fatores específi cos, tais como condição social, faixa etária, diferenças existentes entre uma região e outra, enfi m...

Assim sendo, constatemos algumas elucidações e casos representativos de tais variações. Entre elas, destacamos:

Variações diafásicas

Representam as variações que se estabelecem em função do contexto comunicativo, ou seja, a ocasião é que determina a maneira como nos dirigimos ao nosso interlocutor, se deve ser formal ou informal.

Variações diatópicas

São as variações ocorridas em razão das diferenças regionais, como, por exemplo, a palavra “abóbora”, que pode adquirir acepções semânticas (relacionadas ao signifi cado) em algumas regiões, que divergem umas das outras, como é o caso de “jerimum”, por exemplo.

Variações diastráticas

São aquelas variações que ocorrem em virtude da convivência entre os grupos sociais. Como exemplo, podemos citar a linguagem dos advogados, dos surfi stas, da classe médica, entre outras.

Variação Diacrônica

A variação linguística diacrônica é a variação que se estabelece de acordo com o passar do tempo.

Os jovens de hoje não usam muitos vocábulos, ditos, e até mesmo gírias que seus pais e muito menos que seus avós usavam, e seus pais também não usam os vocábulos que seus avós e bisavós usavam. Isso quer dizer que a língua muda de geração para geração e isso ocorre devido a muitos motivos.

No século XX o Brasil era muito infl uenciado pelos franceses, o que refl etia diretamente na língua. Neste período foram incluídas no português, palavras como: chofer, menu, abajur, chique, charme dentre outras. Nos dias de hoje podemos notar que devido os Estados Unidos da América serem uma grande potência mundial, o inglês tem se incorporado nas diferentes línguas dos países de todo o mundo, e no Brasil não é diferente. Palavras como: Internet, Windows, hardware, mouse e muitas outras são palavras de origem inglesa que hoje fazem parte de nossa língua.

Além do estrangeirismo, a língua sofre mudanças por outros motivos também. Há pouco tempo, a língua portuguesa sofreu algumas mudanças, por exemplo: o trema que já não era muito usado, embora alguns escritores ainda o usassem, deixou de vez de existir no português, assim como algumas palavras que obtinham o “hífen” foram modifi cadas. Palavras que eram escritas com hífen, como: “anti-religioso”, agora é tudo junto; “antirreligioso”.

Esses são alguns exemplos que o vasto campo da linguística diacrônica estuda. Certo é que, hoje não falamos com a mesma linguagem que falávamos ontem, e amanhã não falaremos com a mesma linguagem que falamos hoje, e só perceberemos isto daqui a alguns anos.

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Exercícios

• Texto para a próxima questão.

PREFÁCIO

São os primeiros cantos de um pobre poeta. Desculpai-os. As primeiras vozes do sabiá não têm a doçura dos seus cânticos de amor.

É uma lira, mas sem cordas; uma primavera, mas sem fl ores; uma coroa de folhas, mas sem viço.

Cantos espontâneos do coração, vibrações doridas da lira interna que agitava um sonho, notas que o vento levou, – como isso dou a lume essas harmonias.

São as páginas despedaçadas de um livro não lido...E agora que despi a minha musa saudosa dos véus do mistério

do meu amor e da minha solidão, agora que ela vai seminua e tímida por entre vós, derramar em vossas almas os últimos perfumes de seu coração, ó meus amigos, recebei-a no peito, e amai-a como o consolo que foi de uma alma esperançosa, que depunha fé na poesia e no amor – esses dois raios luminosos do coração de Deus.

AZEVEDO, Álvares de. Lira dos vinte anos. In: Obra completa. Organização de Alexei Bueno. Rio de Janeiro:

Nova Aguilar, 2000. p. 120.

1. No prefácio, a cena enunciativa coloca o autor e o leitor em um mesmo tempo e espaço. Quais elementos linguísticos contribuem para esse efeito no diálogo? a) As vozes em terceira pessoa e a palavra “primavera”. b) Os enunciados negativos e o termo “lira”. c) As orações adversativas e o substantivo “poeta”. d) Os argumentos explicativos e o adjetivo “pobre”. e) As frases imperativas e o advérbio “agora”.

Texto I

A característica da oralidade radiofônica, então, seria aquela que propõe um diálogo com o ouvinte: a simplicidade, no sentido da escolha lexical; a concisão e coerência, que se traduzem em um texto curto, em linguagem coloquial e com organização direta; e o ritmo, marcado pelo locutor, que deve ser o mais natural (do diálogo). É esta a organização que vai “reger” a veiculação da mensagem, seja ela interpretada ou de improviso, com objetivo de dar melodia à transmissão oral, dar emoção, personalidade ao relato de fato.

VELHO, A.P.M. A linguagem do rádio multimídia. Disponível em www.bocc.ubi.ptAcesso em 27 de fev. 2012

Texto II A DOIS PASSOS DO PARAÍSO

A rádio Atividade leva até vocês Mais um programa da série “Dedique uma canção a quem você ama” Eu tenho aqui em minhas mãos uma carta Uma carta d’uma ouvinte que nos escreve

E assina com o singelo pseudônimo de “Mariposa Apaixonada de Guadalupe” Ela nos conta que no dia que seria O dia mais feliz da sua vida Arlindo Orlando, seu noivo Um caminhoneiro conhecido da pequena e Pacata cidade de Miracema do Norte Fugiu, desapareceu, escafedeu-se Oh! Arlindo Orlando volte Onde quer que você se encontre Volte para o seio de sua amada Ela espera ver aquele caminhão voltando De faróis baixos e para-choque duro...

BLITZ. Disponível em http://letras.terra.com.brAcesso em 28 fev. 2012 (fragmento)

2. Em relação ao Texto I, que analisa a linguagem do rádio, oTexto II apresenta, em uma letra de canção, a) estilo simples e marcado pela interlocução com o receptor, típico

da comunicação radiofônica. b) lirismo na abordagem do problema, o que afasta de uma possível

situação real de comunicação radiofônica. c) marcação rítmica dos versos, o que evidencia o fato de o texto

pertencer a uma modalidade de comunicação diferente da radiofônica.

d) direcionamento do texto a um ouvinte específi co, divergindo da fi nalidade de comunicação do rádio, que é atingir as massas.

e) objetividade na linguagem caracterizada pela ocorrência rara de adjetivos, de modo a diminuir as marcas de subjetividade do locutor.

• Texto para a próxima questão.

A questão, a seguir, refere-se ao livro Quem matou o livro policial?, de Luiz Antonio Aguiar.

3. Analise a capa do livro.

Pode-se afi rmar, corretamente, que nela há a) paródia e metonímia. b) metáfora e metalinguagem. c) metonímia e intertextualidade. d) metalinguagem e intertextualidade.

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• Texto para a próxima questão.

TAMPE A PANELA

Parece conselho de mãe para a comida não esfriar, mas a ciência explica como é possível ser um cidadão ecossustentável adotando o simples ato de tampar a panela enquanto esquenta a água para o macarrão ou para o cafezinho. Segundo o físico Cláudio Furukawa, da USP, a cada minuto que a água ferve em uma panela sem tampa, cerca de 20 gramas do líquido evaporam.

Com o vapor, vão embora 11 mil calorias. Como o poder de conferir calor do GLP, aquele gás utilizado no botijão de cozinha, é de 11 mil calorias por grama, será preciso 1 grama a mais de gás por minuto para aquecer a mesma quantidade de água. Isso pode não parecer nada para você ou para um botijão de 13 quilos, mas imagine o potencial de devastação que um cafezinho despretensioso e sem os devidos cuidados pode provocar em uma população como a do Brasil: 54,6 toneladas de gás desperdiçado por minuto de aquecimento da água, considerando que cada família brasileira faça um cafezinho por dia. Ou 4200 botijões desperdiçados.

Superinteressante. São Paulo: Abril, n° 247, dez. 2007.

4. O contato com textos exercita a capacidade de reconhecer os fi ns para os quais este ou aquele texto é produzido. Esse texto tem por fi nalidade a) apresentar um conteúdo de natureza científi ca. b) divulgar informações da vida pessoal do pesquisador. c) anunciar um determinado tipo de botijão de gás. d) solicitar soluções para os problemas apresentados. e) instruir o leitor sobre como utilizar corretamente o botijão.

5. A HISTÓRIA DO GERENTE APRESSADO

Certa vez, um apressado gerente de uma grande empresa precisava ir ao Rio de Janeiro para tratar de alguns assuntos urgentes. Como tivesse muito medo de viajar, deixou o seguinte bilhete para sua recém-contratada secretária:

Maria: devo ir ao Rio amanhã sem falta. Quero que você me “reserve”, um lugar, “à noite”, no trem das 8 para o Rio. Sabe o leitor o que aconteceu? O gerente, simplesmente, perdeu o trem! Por quê?”

BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de comunicação escrita. São Paulo: Ática, 1990, p.05

O gerente perdeu o trem, porque a secretária não decodifi cou a problemática mensagem. Qual bilhete é mais adequado para que a comunicação se dê, de fato?a) Maria: devo ir ao Rio amanhã sem falta. Quero que você reserve

um lugar, à noite, no trem das 8 para o Rio. b) Maria: devo ir ao Rio amanhã. Quero que você me compre, um

lugar, à noite, no trem das 8 para o Rio. c) Maria: Compre, para mim, uma passagem, em cabina com leito,

no trem das 20 h de amanhã (4a feira), para o Rio de Janeiro. d) Maria: vou ao Rio amanhã impreterivelmente. Quero que você

me compre, à noite uma passagem para o Rio no trem das 8. e) Maria: devo ir no Rio amanhã. Quero que, à noite você me

reserve, sem falta, um, lugar, no trem das oito.

Anotações

FB no Enem – Nº 22 – Professor: Beto Aquino1 2 3 4 5B E D B B

72580/13 – Rejane – 20/07/13 Rev.: EC