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PROFESSOR JUAN LUIZ SOUZA VAZQUEZ RECUPERAÇÃO JUDICIAL RECUPERAÇÃO JUDICIAL HABILITAÇÃO HABILITAÇÃO MEIOS RECUPERAÇÃO MEIOS RECUPERAÇÃO APRESENTAÇÃO DO PLANO APRESENTAÇÃO DO PLANO CREDORES TRABALHISTAS CREDORES TRABALHISTAS PRAZO DE HABILITAÇÃO PRAZO DE HABILITAÇÃO ASSEMBLÉIA DE CREDORES ASSEMBLÉIA DE CREDORES PROF.: JUAN LUIZ SOUZA VAZQUEZ

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RECUPERAÇÃO JUDICIALRECUPERAÇÃO JUDICIAL HABILITAÇÃOHABILITAÇÃO

MEIOS RECUPERAÇÃOMEIOS RECUPERAÇÃOAPRESENTAÇÃO DO PLANOAPRESENTAÇÃO DO PLANOCREDORES TRABALHISTASCREDORES TRABALHISTASPRAZO DE HABILITAÇÃOPRAZO DE HABILITAÇÃO

ASSEMBLÉIA DE CREDORESASSEMBLÉIA DE CREDORES

PROF.: JUAN LUIZ SOUZA VAZQUEZ

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HABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃOHABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃO

DECISÃO DE PROCESSAMENTO DA RECUPERAÇÃO: Determinará a expedição de um edital com a advertência acerca dos prazos de habilitação dos créditos.

Artigo 52, § 1, Inciso III: O juiz ordenará a expedição de edital, para publicação no órgão oficial, que conterá:

[...] III – a advertência acerca dos prazos para habilitação dos créditos, na forma do art. 7o, § 1º, desta Lei, e para que os credores apresentem objeção ao plano de recuperação judicial apresentado pelo devedor nos termos do art. 55 desta Lei. [...]

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HABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃOHABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃO HABILITAÇÃO E DIVERGÊNCIAS: Os credores que não estiveram

relacionados no rol apresentado pelo devedor em recuperação deverão apresentar suas habilitações no prazo de 15 dias ao administrador judicial. Da mesma maneira e no mesmo prazo, aqueles credores que não concordaram com o valor ou natureza do crédito apresentado pelo devedor, poderão apresentar divergência ao administrador judicial.

DECISÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL: O administrador judicial deverá julgar as habilitações e divergências apresentadas, no prazo de 45 dias. Após este prazo será publicado edital contendo o quadro geral de credores.

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HABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃOHABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃO HABILITAÇÃO E PROVA DA ORIGEM: O credor deverá

apresentar a prova da origem do crédito, com a apresentação dos documentos.

RESP 18.995/SP, Rel. Min Waldemar Zveiter. 3ª TURMACIVIL - CONCORDATA PREVENTIVA - HABILITAÇÃO - CHEQUE - ORDEM DE

PAGAMENTO - EFICACIA DE TITULO DE CREDITO - ART. 82, DO DECRETO-LEI N. 7.661/45. I - Consoante afirma a doutrina, "deve a declaração conter a origem do credito. Essa exigência e de suma importância e se acha consagrada nas legislações falimentares. É um meio fácil de controlar a legitimidade dos créditos. O credor que não explica satisfatoriamente a causa ou origem do seu crédito, ou lhe atribui causa diversa, deve ser excluído“. II - tem-se que, no caso, o cheque permaneceu com sua natureza e eficácia de titulo de credito integra, eis que, na fase instrutória, não logrou o recorrente desnaturá-la. Razão suficiente para que como ordem de pagamento de efeito cambiário fosse habilitado. Iii - recurso não conhecido. Julgado em 01/09/1992, DJ 03/11/1992 p. 19762)

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HABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃOHABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃO

PROCEDIMENTO DA IMPUGNAÇÃO: A impugnação será apresentada ao juízo da recuperação judicial, devendo seguir a regra do artigo 13 a 15 da LF.

CRÉDITO TRABALHISTA OU QUANTIA ILÍQUIDA: nestes casos, a impugnação deverá ser realizada no juízo de origem. Assim, por exemplo, o crédito trabalhista somente poderá ser impugnado na justiça do trabalho.

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HABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃOHABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃO

CONTESTAÇÃO: Os credores cujos créditos forem impugnados serão intimados para apresentarem contestação em 05 dias.

DEVEDOR E COMITÊ DE CREDORES: Após o prazo de contestação, o devedor e o comitê de credores poderão ser manifestar.

ADMINISTRADOR JUDICIAL: em seguida, o administrador judicial irá apresentar parecer no prazo de 05 dias.

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HABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃOHABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃO

MINISTÉRIO PÚBLICO: Não há previsão de manifestação do MP. Entendemos que o Parquet deverá se manifestar por último. Artigo 83, Inciso I, do CPC.

SENTENÇA: Cada impugnação será autuada em apartado e terá uma sentença julgando o pedido.

RECURSO CABÍVEL: De acordo com o artigo 17 da LF, o recurso cabível contra a sentença que julga a impugnação será o agravo de instrumento. O relator do agravo poderá conceder efeito ativo ao agravo, para que o agravante possa votar na assembléia de credores.

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HABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

AÇÃO RESCISÓRIA DO QUADRO GERAL DE CREDORES: Após a homologação do quadro geral de credores, ainda será possível postular a retificação, exclusão ou outra classificação de qualquer crédito, quando descoberta uma fraude, dolo, simulação, falsidade e documentos ignorados, conforme artigo 19 da LF.

COMPETÊNCIA DA AÇÃO RESCISÓRIA DO QUADRO GERAL DE CREDORES: de acordo com o parágrafo primeiro do artigo 19, a ação seria proposta no juízo da recuperação judicial ou, em se tratando de crédito de natureza trabalhista ou de quantia ilíquida, a competência será do juízo em que tramitou a ação e que tenha reconhecido o crédito.

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HABILITAÇÃO DE CRÉDITO NA RECUPERAÇÃO JUDICIAL

CRÉDITO RETARDATÁRIO: Findo o prazo do artigo 7, § 1º, qualquer habilitação recebida será considerada retardatária. O credor retardatário, no processo falimentar, sofrerá algumas consequências: poderá perder eventuais rateios, terá que pagar custas, não votará nas assembléias, salvo se for trabalhista. Na recuperação, a única restrição diz respeito ao direito de voto na assembléia, salvo se for trabalhista.

EFEITOS QUANTO AO MOMENTO: Se for recebida antes da homologação do quadro geral de credores, será processada como impugnação. E, quando for apresentado o crédito para habilitação após a formação do quadro geral de credores, deverá ser processada na forma da ação rescisória do artigo 19 da LF. Isso também será importante para definir o recurso cabível. No primeiro caso será o agravo de instrumento do artigo 17 da LF. Na segunda hipótese, o recurso será a apelação.

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2ª QUESTÃO: Júlio Ramalho, advogado, credor de honorários sucumbenciais provenientes de ação regressiva de sub-rogação de direitos promovida por Natural Seguros S.A., formulou pedido de habilitação de crédito retardatário na recuperação judicial de Plantel Telecomunicações Ltda. A sentença julgou extinto o processo, na forma do art. 267, inciso I, do CPC, sob o fundamento de que o crédito reclamado não pode ser admitido ao concurso de credores, pois constituído após o pedido de recuperação judicial. Apelou o habilitante, argumentando que o crédito já existia desde 25.10.1999, todavia ainda não tinha liquidez e certeza, pois com a apelação interposta pela Natural Seguros S.A., toda a matéria de fato e de direito foi direcionada ao E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, o que acarretou a reforma da sentença e decisão dos honorários de sucumbência cuja habilitação ele requer. Pleiteia, assim, o provimento do recurso, com a inclusão do crédito em habilitação no quadro geral de credores. Com efeito, o crédito que Júlio Ramalho pretende habilitar foi constituído em 29.06.2006, conforme acórdão do TJSP que julgou a Apelação nos autos da ação regressiva proposta pela Natural Seguros S.A., que somente transitou em julgado em 09.03.2007, data em que o crédito tornou-se definitivamente constituído. Pergunta-se: Está correto o juiz em julgar extinto o processo? Fundamente.

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RESPOSTA:

TJRJ. 4ª Câmara Cível. Apelação nº 2008.001.20891. Rel. Des. Jair Pontes de Almeida. Recuperação Judicial - Habilitação de Crédito - Honorários Advocatícios - Improcedência. Estão sujeitos à recuperação judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos. Inteligência do disposto no artigo 49, da Lei nº 11.101/2005. O crédito do Apelante ainda não existia na data do pedido de recuperação judicial, pois ainda não constituído definitivamente. Decisão confirmada.

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1ª QUESTÃO: Wagner Consentino obrigou-se, em acordo de alimentos homologado por sentença, a pagar 35% do seu salário à sua ex-cônjuge e filhos menores. A sociedade empregadora, em recuperação judicial, não efetuou os pagamentos das pensões alimentícias referentes aos meses de maio, junho e Julho de 2006 e 13° salário de 2005, embora tenha realizado o respectivo desconto em folha do empregado. Wagner Consentino pleiteou ao Juízo a quo o pagamento das parcelas indevidamente retidas pelo empregador. O pedido foi indeferido ao argumento de que o eventual crédito deverá ser habilitado junto ao Juízo Falimentar, pois se está diante de um crédito trabalhista stricto sensu e que, em nome da preservação da empresa e da fonte produtora, não se pode permitir que se faça o pagamento imediato do repasse de verba alimentar. Foi correta a decisão de indeferir o pagamento dos valores descontados do empregado e não repassados aos alimentandos pelos argumentos invocados? Justifique.

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RESPOSTA: TJRJ. 5ª Câmara Cível. Agravo de Instrumento nº 2008.002.04129. Rel. Des. Roberto Wider. Acordo de alimentos homologado por sentença, onde o agravado, então empregado da Viação Aérea Rio Grandense - Varig, se obrigou a pagar 35% do seu salário a sua ex-cônjuge e filhos menores. Não tendo a Varig, em recuperação judicial, efetuado os pagamentos das pensões alimentícias referentes aos meses de maio, junho e julho de 2006 e 13° salário de 2005, embora tenha realizado o respectivo desconto em folha do agravado, pleiteou-se junto ao Juízo a quo, o pagamento das parcelas indevidamente retidas. Indeferido o pedido, ao argumento de que o eventual crédito deverá ser habilitado junto ao Juízo Falimentar, adveio este agravo. In casu, não se está diante de um crédito trabalhista stricto sensu, mas de verba alimentar, uma vez que se trata de pensionamento descontado em folha do empregado por determinação judicial e não repassado aos alimentandos. O Artigo 47, da Lei nº 11.101/2005, ao enumerar os objetivos da recuperação judicial, além de se reportar à superação da crise econômico-financeira do devedor e à preservação da empresa, não perde de vista a função social desta. Sendo assim, não se pode defender, em nome da preservação da empresa e da fonte produtora, a supressão da garantia de cumprimento das obrigações judiciais relacionadas ao repasse de verba alimentar, sob pena de privilegiar o direito de propriedade em contraposição à sua função social. Em se tratando de crédito alimentar, a regra é a garantia imediata (Artigo 4° da Lei n° 5.478/68), e nem poderia deixar de ser assim, porque única forma de evitar que os direitos constitucionalmente garantidos dos alimentandos sejam irremediavelmente lesados, inclusive o da própria sobrevivência digna e sem sacrifícios. Em que pesem as discussões doutrinária e jurisprudencial a respeito, há que se ter em conta que, se é grave a situação da empresa em recuperação judicial, muito mais grave deve ser a situação dos alimentandos, neste caso, menores, a depender do pagamento para obter os alimentos essenciais à subsistência. Recurso provido.

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MEIOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIALMEIOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

ROL ABERTO: o artigo 50 da LF traz uma lista contendo os meios que poderão ser empregados na recuperação do empresário.

EXEMPLOS: reorganização societária, alienação poder de controle, emissão de valores mobiliários, substituição dos administradores, trespasse, constituição de sociedade de propósito específico, etc.

EXEMPLOS: reorganização societária, alienação poder de controle, emissão de valores mobiliários, substituição dos administradores, trespasse, constituição de sociedade de propósito específico, etc.

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MEIOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL:MEIOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL: DUAS REGRAS ESPECIAIS

ALIENAÇÃO DE BEM OBJETO DE GARANTIA REAL: de acordo com o parágrafo primeiro do artigo 50, a supressão da garantia ou sua substituição somente serão admitidas mediante aprovação expressa do credor titular da respectiva garantia.

CRÉDITOS EM MOEDA ESTRANGEIRA: de acordo com o parágrafo segundo do artigo 50, nos créditos em moeda estrangeira, a variação cambial será conservada como parâmetro de indexação da correspondente obrigação e só poderá ser afastada se o credor titular do respectivo crédito aprovar expressamente previsão diversa no plano de recuperação judicial.

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PROCEDIMENTO RECUPERAÇÃO

PETIÇÃO INICIAL: deverá ser apresentada a causa da situação da crise econômico-financeira. Além disso, serão apresentados os documentos contábeis relativos aos três últimos anos, o rol de credores, a certidão de regularidade, os extratos bancários, a relação de bens dos administradores e controladores, o rol das ações judiciais. O juiz não verificará se há viabilidade econômico-financeira da recuperação, cabendo à assembléia de credores decidir. Neste sentido: TJSP AGRAVO DE INSTRUMENTO n° 612.654-4/6-00. (CASO AGRENCO)

DECISÃO DE PROCESSAMENTO: estando em termos, o juiz deferirá a recuperação judicial. A possibilidade de ser apresentado recurso contra esta decisão (ou seria despacho?) é bastante controvertida. Em São Paulo tem sido admitido o agravo de instrumento! Neste sentido: TJSP AGRAVO DE INSTRUMENTO n° 612.654-4/6-00. (CASO AGRENCO)

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PROCEDIMENTO RECUPERAÇÃO

CONTESTAÇÃO: JORGE LOBO admite a possibilidade dos credores apresentarem contestação ao pedido de recupração judicial, por força do artigo 5º, Incisos XXXIV, “a” e XXXV da CR/1988.

APLICAÇÃO DO CPC: Se houver contestação, na forma do artigo 189 da LF, deverá seguir o procedimento previsto no CPC.

NÃO HÁ DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA: Se for acolhida a contestação, não deverá ser decretada a falência.

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PROCEDIMENTO RECUPERAÇÃO

APRESENTAÇÃO DO PLANO: Após deferimento do processamento, o devedor terá o prazo de 60 dias, improrrogáveis, para a apresentação do plano de recuperação.

CRÉDITOS TRABALHISTAS DE ACIDENTE DO TRABALHO: O crédito trabalhista deverá obedecer a regra contida no artigo 54 da LF. Não poderá ser, portanto, modificado pelo plano.

OBJEÇÃO DOS CREDORES: Os credores poderão se opor à recuperação através da contestação e da objeção ao plano. Neste último caso, o prazo será de 30 dias, contados da publicação da relação de credores (artigo 7º, § 2º) ou da publicação do aviso aos credores (53, p. único), o que ocorrer por último.

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ASSEMBLÉIA DE CREDORES: Se houver alguma objeção, deverá ser convocada assembléia de credores, cujo prazo de realização não poderá exceder 150 dias, contados da decisão que deferiu o processamento da recuperação.

FUNÇÕES DA ASSEMBLÉIA: estão contidas no artigo 35 da LF.

CONVOCAÇÃO: conforme determinação contida no artigo 36 da LF, a assembléia-geral de credores será convocada pelo juiz por edital publicado no órgão oficial e em jornais de grande circulação nas localidades da sede e filiais, com antecedência mínima de 15 (quinze) dias, o qual conterá... A Convocação poderá ser realizada pelos credores, conforme artigo 36, § 2: Além dos casos expressamente previstos nesta Lei, credores que representem no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) do valor total dos créditos de uma determinada classe poderão requerer ao juiz a convocação de assembléia-geral.

DESPESAS: Artigo 36 § 3: As despesas com a convocação e a realização da assembléia-geral correm por conta do devedor ou da massa falida, salvo se convocada em virtude de requerimento do Comitê de Credores ou na hipótese do § 2o deste artigo. 20

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QUORUM DE INSTALAÇÃO: artigo 37, § 2: A assembléia instalar-se-á, em 1a (primeira) convocação, com a presença de credores titulares de mais da metade dos créditos de cada classe, computados pelo valor, e, em 2a (segunda) convocação, com qualquer número.

PRESIDÊNCIA: Art. 37: cabe ao administrador, salvo se a assembléia for para sua destituição.

REPRESENTAÇÃO DO CREDOR: Art. 37, § 4: O credor poderá ser representado na assembléia-geral por mandatário ou representante legal, desde que entregue ao administrador judicial, até 24 (vinte e quatro) horas antes da data prevista no aviso de convocação, documento hábil que comprove seus poderes ou a indicação das folhas dos autos do processo em que se encontre o documento.

SINDICATOS: artigo 37,§ 5: Os sindicatos de trabalhadores poderão representar seus associados titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidente de trabalho que não comparecerem, pessoalmente ou por procurador, à assembléia.

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COMPOSIÇÃO DOS CREDORES: artigo 41: Os credores são divididos em três classes.

APROVAÇÃO DO PLANO: Art. 45: todas as classes deverão aceitar o plano.

FORMA DE VOTAÇÃO: Art. 45, §§ 1 E 2: nas classes II e III, do artigo 41 da LF, a aprovação dependerá da verificação de um duplo quórum: mais da metade dos créditos presentes e maioria simples dos presentes. Na classe I, deverá ser observada a maioria simples.

REJEIÇÃO DO PLANO: Art. 56, § 4: a recuperação será convolada em falência.

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QUESTÃO: A sociedade empresária THUNDER TRANSPORTES RODOVIÁRIOS S/A pediu a sua recuperação judicial, cujo deferimento foi acolhido pelo magistrado competente. Após apresentação do plano, o BANCO SANTA GRANA S/A, credor com garantia real, apresentou sua objeção no prazo legal. Em razão desta impugnação, foi determinada a convocação de uma assembléia de credores para deliberar o plano. Realizada a assembléia, apenas BANCO SANTA GRANA S/A, único integrante da classe dos credores com garantia real votou contrariamente à aprovação do plano. As demais classes aprovaram o plano dentro dos percentuais legais. Diante deste cenário, pergunta-se: O magistrado deve indeferir a concessão da recuperação da sociedade empresária ou poderá concedê-la, mesmo tendo sido o plano rejeitado?

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TJSP: AGRAVO DE INSTRUMENTO N.° 638.631.4/1-00EMENTA - Recuperação judicial - Plano aprovado pela unanimidade dos credores trabalhistas e pela maioria dos credores da classe III do art. 41 e rejeitado por credor único na classe com garantia real - Concessão da recuperação judicial pelo juiz - Agravo de instrumento interposto por credor, que não é aquele com garantia real — Preenchimento indiscutível do requisito do inciso II do § 1" do art. 58 (aprovação por duas classes) - Preenchimento, também, do requisito do inciso I do § 1" do art. 58 (voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos presentes à assembléia, independentemente de classes) - Requisito do inciso III do § 1" do art. 58 que jamais será preenchido, no caso de credor único que rejeite o plano, consagrando o abuso da minoria - Hipótese não cogitada pelo legislador e pelo cram down restritivo da lei brasileira - Juiz que, não obstante, não se exime de decidir, alegando lacuna na lei — Inteligência do disposto no art. 126 do CPC, aplicável supletivamente ao caso (art. 189 da nova LFR) - Decisão de concessão mantida - Agravo de instrumento não provido.

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CRAM DOWN[...] Como ensina ALBERTO CAMIÑA MOREIRA, "essa expressão - cram down - significa a possibilidade de o juiz impor aos credores discordantes o plano apresentado pelo devedor e já aceito por uma maioria", acrescentando que "o cram down brasileiro é legalista, fechado, e não dá margem ao juiz para a imposição de plano que possa recuperar a empresa a despeito da discordância dos credores", ou seja, "a lei brasileira não confere ao juiz nenhuma margem de discricionariedade para a imposição de um plano aos credores discordantes", bastando "verificação aritmética do resultado da assembléia" {Direito Falimentar e a Nova Lei de Falências e Recuperação de Empresas, coordenação de Luiz Fernando Valente de Paiva, São Paulo, Quartier Latin, 2005, pp. 257-259).

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1ª QUESTÃO: O Ministério Público interpôs agravo de instrumento contra a decisão que homologou o plano de reestruturação de Pomplex Indústrias Gráficas Ltda. e lhe concedeu a recuperação judicial. Sustenta o agravante sua legitimidade para opor objeção ao plano de recuperação, e argüi que "a documentação que instrui o pedido desatende o disposto no art. 51 da Lei nº 11.101/2005", bem como que "o plano de recuperação mostra-se inconsistente e não comprova a viabilidade econômica da empresa". O plano foi aprovado por 86,96% dos créditos quirografários e 96,50% dos créditos trabalhistas. Argumenta ainda o representante do Parquet que "o fato de os credores terem aprovado o plano apresentado, por si só, não pode tolher o Juízo de apreciar sua viabilidade e consistência, sob pena de transformar-se o Poder Judiciário em mero chancelador", ou seja, "embora soberana, a assembléia não está acima da Justiça“. Pergunta-se: Tem legitimidade o Ministério Público para formular objeções ao plano de recuperação? E para recorrer da decisão que concede o benefício legal?

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RESPOSTA: Art. 55, caput da Lei nº 11.101/05 (a legitimidade para formular objeção ao plano é conferida a qualquer credor). Art. 59, § 2º (legitimidade recursal para o M.P.).

Cf. acórdão da Câmara Especial de Falências e Recuperações Judiciais do TJSP. Agravo de Instrumento nº 500.624.4/8-00. Rel. Des. José Roberto Lino Machado. Agravo de instrumento - Recuperação judicial - Concessão - Legitimidade do Ministério Público para se opor ao plano de recuperação - Questão afeta diretamente aos credores. Cabe à Assembléia-Geral de Credores julgar eventuais oposições ao plano de recuperação judicial, o qual há de prevalecer se aquele órgão julgou melhor solução a concessão do benefício legal. Agravo improvido.

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AGRAVO DE INSTRUMENTO N° 612.654.4/6-00“CASO AGRENCO”

"Recuperação judicial. Decisão que apenas defere o processamento da recuperação judicial. Agravo interposto pelo Ministério Público, pretendendo a revogação da decisão e o decreto da falência das empresas-requerentes. Recurso conhecido. Inaplicabilidade da Súmula 264 do STJ. Inteligência do art. 52 da Lei n° 11.101/2005. Despacho que não tem natureza de "mero expediente“.Verificada a legitimidade e estando em termos a petição inicial, o juiz deve deferir o processamento da recuperação. O exame da documentação que instrui a inicial é formal e não material ou real. Eventual prática de ilícitos civis ou criminais por administradores de sociedade anônima não obstaculiza o processamento da recuperação judicial. Havendo indícios da prática de crimes pelos administradores da companhia, compete ao Ministério Público tomar as medidas processuais e penais pertinentes. Princípio constitucional da presunção de inocência. A irrecuperabilidade real da empresa ou a inviabilidade econômica da recuperação não podem fundamentar recurso contra o deferimento do processamento da recuperação judicial. O indeferimento do processamento da recuperação não acarreta o decreto de falência da requerente. Agravo conhecido e desprovido."

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2ª QUESTÃO: O juiz da recuperação judicial indeferiu requerimento formulado por credor com garantia real de suspensão da realização da assembléia geral de credores, já convocada nos termos do art. 36, postergando a apreciação das objeções levantadas contra o processamento da recuperação judicial para depois da realização da referida assembléia geral. Argui o requerente que a devedora está incapacitada de continuar a operar ou ser beneficiada com uma possível recuperação judicial ante sua insolvência, e por já estar totalmente falida. Pleiteia a não realização da assembléia, "uma vez que o plano apresentado pela recuperanda contempla ativos que não lhe pertencem, por estarem gravados em favor dos requerentes". Formulou o credor, alternativamente, pedido de indeferimento do plano de recuperação judicial. Merece reforma a decisão judicial? Fundamente e dê o amparo legal.

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RESPOSTA:

Cf. acórdão da Câmara Especial de Falências e Recuperações Judiciais do TJSP. Agravo de Instrumento nº 613.853.4/1-00. Rel. Des. José Roberto Lino Machado. Agravo de Instrumento - Recuperação Judicial - Assembleia-Geral de Credores. Apenas excepcionalmente se concederá 'provimento liminar, de caráter cautelar ou antecipatório dos efeitos da tutela, para a suspensão ou adiamento da assembleia- geral de credores', a qual não deve ser postergada, sem que sua realização implique ofensa ao direito dos credores. Agravo desprovido.

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