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PROFESSORES PELA B AS E Vamos à greve! Com uma forte luta é possível vencer! Nós professores, que enfrentamos no cotidiano uma dura batalha para exercer nossa profissão, sabemos que é urgente uma mudança no curso da educação pública. Após 20 anos de governo tucano em SP, não restam dúvidas que qualquer melhoria só ocorrerá através da nossa própria mobilização e luta. Motivos para reivindicar não faltam. Nosso salário há muito tempo está defasado. Ser professor no Brasil significa trabalhar em uma das maiores jornadas de trabalho do mundo e com os piores salários; salas de aula superlotadas; escolas em péssimas condições estruturais; escassez de livros e materiais didáticos. Devido a tamanho descaso, a educação é um dos principais debates nacionais. A nefasta política educacional de Alckmin é amplamente contestada. No volta as aulas, explodiram nos jornais, sites e programas de tv inúmeras denúncias dos descasos provocados pelo governo tucano. A “pátria educadora” prometida pelo governo Dilma também já se corroeu em pouco tempo de segundo mandato. Contudo é possível reverter esse quadro com nossa força. Estamos cansados das mentiras, incompetências e corrupções dos governantes, seja na Cantareira com Alckmin, seja na Petrobrás com Dilma, enquanto nossa vida piora. Os trabalhadores saem a luta em SP e por todo o país para defender seus direitos. Os professores são parte disso, com uma forte no Paraná, mas também em Brasília e Santa Catarina. Uma grande greve em São Paulo poderia ser uma alavanca para um grande movimento nacional em defesa da educação pública. Todos à assembleia no dia 13/03 aprovar greve! Não podemos aceitar mais o corpo mole da diretoria do sindicato, que já quer começar nossa luta defendendo os corruptos da Petrobrás em ato da CUT logo após nossa assembleia no MASP. Essa greve não é de Bebel, mas dos professores, vamos tomar as ruas de SP no dia 13! Construindo comandos de greve locais podemos impulsionar uma forte mobilização que garanta uma greve efetiva e controlada pela base. É possível vencer, façamos como os professores do Paraná! QUEM SOMOS? Um movimento de professores que acredita que só pela base podemos mudar a educação. Lutamos por uma educação pública, de qualidade e emancipadora em nossas escolas junto com estudantes, seus familiares e funcionários, os únicos que de fato, juntos, podemos transformar a educação. Nem de Alckmin e nem de Dilma esperamos isso, mas apenas de nossas mãos. Somos uma corrente de Oposição a Bebel e sua turma, que hoje vivem de privilégios e encastelados. Fazemos parte da Oposição Alternativa junto a outros grupos, e apostamos no fortalecimento da base, unificando efetivos, Os e Fs, aqueles que dia-a-dia sujam a mão de giz, para devolver o sindicato aos professores, lutando contra dirigentes que já não representam nossos interesses e não sabem a muito tempo o que é a sala de aula. Mas sabemos que nossa luta deve ir muito além dos muros da escola, e junto a centenas de trabalhadores de outras categorias de nosso país construimos o Movimento Nossa Classe, que integra a CSP-Conlutas. Estamos presentes em várias regiões da capital e cidades do interior, venha conhecer e participar do Professores Pela Base! ------------------------------------------------ - FACEBOOK: Professores pela Base - Whatsapp: (19) 983248616 / (11)951312100 Março de 2015 Aumenta as contas, aumenta tudo... e o nosso salário? É de conhecimento de todos que o salário dos professores no Brasil é baixo. Um professor da escola pública recebe, em média, pouco mais da metade do que recebem outros profissionais com o mesmo nível de formação. O salário dos professores no Brasil, segundo a UNESCO, é um dos três piores entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, ficando na frente apenas da Indonésia e do Peru. Mesmo o piso salarial para os professores da educação pública, hoje em R$ 1.917,78 para 40 horas semanais, é insuficiente para suprir as necessidades básicas dos professores e não representou uma melhoria das condições efetivas para o trabalho educativo. Em São Paulo, um professor ganha R$ 2.415,89 por 40 horas, mas segundo o DIEESE, o salário mínimo deveria ser de R$ 3.118,62. Portanto tanto o salário estabelecido na Lei do Piso quanto o pago pelo Estado de São Paulo estão abaixo do mínimo estabelecido pelo DIEESE. Aí entendemos porque tantos professores dobram a jornada em mais de um cargo. A percepção cotidiana não permite nos enganarmos com a falácia de que a inflação está sob controle. Não está; a cada mês o salário dá pra comprar menos. Sobe a água, a luz, o ônibus, a gasolina, tudo. Apenas desde o nosso último reajuste, a inflação corroeu 5% do osso salário. Enquanto isso, Alckmin reajustou seu próprio salário e de seus secretários, agora o governador receberá R$ 21.631,00. Deu também aumento para os supervisores e diretores. Chega: reajuste salarial de 75% para repor as perdas dos professores nos últimos anos! Basta de privilegiados, que todos político ganhe o mesmo que um professor! #Reajuste salarial já de 75% para repor as perdas #Fim da duzentena e reabertura das salas fechadas # 25 alunos por sala para ensinar e aprender melhor #Implementação imediata da Lei do Piso, rumo a 50 % da jornada em sala e 50% extra-classe #Efetivação imediata de todos os professores categoria O e F

Professores Pela Base

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Boletim de Março de 2015: mobilização dos professores em SP. Gostou do material? Enviamos impresso pra você levar até sua escola!

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Page 1: Professores Pela Base

PROFESSORES PELA BASEVamos à greve! Com uma forte luta é possível vencer!

Nós professores, que enfrentamos no cotidiano uma dura batalha para exercer nossa profissão, sabemos que é urgente uma mudança no curso da educação pública. Após 20 anos de governo tucano em SP, não restam dúvidas que qualquer melhoria só ocorrerá através da nossa própria mobilização e luta.

Motivos para reivindicar não faltam. Nosso salário há muito tempo está defasado. Ser professor no Brasil significa trabalhar em uma das maiores jornadas de trabalho do mundo e com os piores salários; salas de aula superlotadas; escolas em péssimas condições estruturais; escassez de livros e materiais didáticos.

Devido a tamanho descaso, a educação é um dos principais debates nacionais. A nefasta política educacional de Alckmin é amplamente contestada. No volta as aulas, explodiram nos jornais, sites e programas de tv inúmeras denúncias dos descasos provocados pelo governo tucano. A “pátria educadora” prometida pelo governo Dilma também já se corroeu em pouco tempo de segundo mandato.

Contudo é possível reverter esse quadro com nossa força. Estamos cansados das mentiras, incompetências e corrupções dos governantes, seja na Cantareira com Alckmin, seja na Petrobrás com Dilma, enquanto nossa vida piora. Os trabalhadores saem a luta em SP e por todo o país para defender seus direitos. Os professores são parte disso, com uma forte no Paraná, mas também em Brasília e Santa Catarina. Uma grande greve em São Paulo poderia ser uma alavanca para um grande movimento nacional em defesa da educação pública.

Todos à assembleia no dia 13/03 aprovar greve! Não podemos aceitar mais o corpo mole da diretoria do sindicato, que já quer começar nossa luta defendendo os corruptos da Petrobrás em ato da CUT logo após nossa assembleia no MASP. Essa greve não é de Bebel, mas dos professores, vamos tomar as ruas de SP no dia 13! Construindo comandos de greve locais podemos impulsionar uma forte mobilização que garanta uma greve efetiva e controlada pela base. É possível vencer, façamos como os professores do Paraná!

QUEM SOMOS? Um movimento de professores que acredita que só pela base

podemos mudar a educação.

Lutamos por uma educação pública, de qualidade e emancipadora em nossas escolas junto com estudantes, seus familiares e funcionários, os únicos que de fato, juntos, podemos transformar a educação. Nem de Alckmin e nem de Dilma esperamos isso, mas apenas de nossas mãos.

Somos uma corrente de Oposição a Bebel e sua turma, que hoje vivem de privilégios e encastelados. Fazemos parte da Oposição Alternativa junto a outros grupos, e apostamos no fortalecimento da base, unificando efetivos, Os e Fs, aqueles que dia-a-dia sujam a mão de giz, para devolver o sindicato aos professores, lutando contra dirigentes que já não representam nossos interesses e não sabem a muito tempo o que é a sala de aula.

Mas sabemos que nossa luta deve ir muito além dos muros da escola, e junto a centenas de trabalhadores de outras categorias de nosso país construimos o Movimento Nossa Classe, que integra a CSP-Conlutas.

Estamos presentes em várias regiões da capital e cidades do interior, venha conhecer e participar do Professores Pela Base!

------------------------------------------------

- FACEBOOK: Professores pela Base

- Whatsapp: (19) 983248616 / (11)951312100

Março de 2015

Aumenta as contas, aumenta tudo... e o nosso salário?

É de conhecimento de todos que o salário dos professores no Brasil é baixo. Um professor da escola pública recebe, em média, pouco mais da metade do que recebem outros profissionais com o mesmo nível de formação. O salário dos professores no Brasil, segundo a UNESCO, é um dos três piores entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento, ficando na frente apenas da Indonésia e do Peru.

Mesmo o piso salarial para os professores da educação pública, hoje em R$ 1.917,78 para 40 horas semanais, é insuficiente para suprir as necessidades básicas dos professores e não representou uma melhoria das condições efetivas para o trabalho educativo. Em São Paulo, um professor ganha R$ 2.415,89 por 40 horas, mas segundo o DIEESE, o salário mínimo deveria ser de R$ 3.118,62. Portanto tanto o salário estabelecido na Lei do Piso quanto o pago pelo Estado de São Paulo estão abaixo do mínimo estabelecido pelo DIEESE. Aí entendemos porque tantos professores dobram a jornada em mais de um cargo.

A percepção cotidiana não permite nos enganarmos com a falácia de que a inflação está sob controle. Não está; a cada mês o salário dá pra comprar menos. Sobe a água, a luz, o ônibus, a gasolina, tudo. Apenas desde o nosso último reajuste, a inflação corroeu 5% do osso salário. Enquanto isso, Alckmin reajustou seu próprio salário e de seus secretários, agora o governador receberá R$ 21.631,00. Deu também aumento para os supervisores e diretores. Chega: reajuste salarial de 75% para repor as perdas dos professores nos últimos anos! Basta de privilegiados, que todos político ganhe o mesmo que um professor!

#Reajuste salarial já de 75% para repor as perdas

#Fim da duzentena e reabertura das salas fechadas

# 25 alunos por sala para ensinar e aprender melhor

#Implementação imediata da Lei do Piso, rumo a 50 % da jornada em sala e 50% extra-classe

#Efetivação imediata de todos os professores categoria O e F

Page 2: Professores Pela Base

25 alunos por sala para aprender e ensinar melhor

Um dos grandes obstáculos à prática docente é o número de alunos por sala. É evidente que a quantidade de alunos, mesmo dentro dos módulos, impossibilita que os professores realizem seu trabalho adequadamente e com a qualidade que os alunos merecem. As quantidades fixadas pelo governo também estão longe de qualquer preocupação com a aprendizagem ou com a saúde do professor. Ao contrário, a lógica do governo é o puro cálculo mesquinho de economizar recursos, e isso ele faz bem, superexplorando os professores e superlotando as salas de aula.

No dia 25/02, milhares de professores tomaram as ruas de Curitiba realizando

uma marcha histórica. Estão em uma greve que já dura mais de duas semanas,

com duas ocupações da Assembleia Legislativa do Paraná, onde hoje os

professores se mantem acampados em frente.

A solidariedade que a greve recebe é imensa. Não param de chegar doações

para o acampamento, pois a população entende que a luta dos professores é

também sua. Os professores de Brasília fizeram uma importante greve nem

deixando as aulas começarem e em Santa Catarina, os professores também

ocuparam a Assembleia Legislativa contra um projeto de precarização da

educação.

As condições da educação paulista são muito semelhantes à desses estados.

Frente à crise de endividamento dos estados, a prioridade dos governos é manter

o lucro dos empresários e por isso os cortes no orçamento são nos setores

essenciais do serviço público, como saúde e educação.

Em São Paulo, milhares estão na esperança de que uma grande greve seja

construída e se some a esse grande movimento nacional contra os ataques à

educação! Essa é a tarefa dos professores de todo o país e deve ser impulsionada

pelo conjunto da esquerda. Unificando as lutas, somos mais fortes e poderemos

derrotar os ataques à educação pública que acontecem em todo o país.

PROFESSORES PELA BASE - Movimento Nossa ClasseIntegrando a Oposição Altenativa e a CSP-Conlutas

O QUE ESTAMOS FAZENDO PARA CONSTRUIR NOSSA LUTA?

Através da internet e em vários veículos televisivos e impressos, viemos desde o início do ano denunciando a precarização da educação pública. Diante disso, o governo se viu obrigado a reabrir algumas turmas em SP, e em Campinas o Ministério Público abriu um inquérito para apurar as condições de ensino e a falta de material didático. Além disso, desde o início do ano impulsionamos atos regionais para mobilizar a categoria, como fizemos em São Paulo e Campinas.

A situação já exigia ações contundentes da nossa categoria com a volta as aulas. Mesmo assim, a direção majoritária da Apeoesp, em uma manobra digna de Bebel, jogou a assembleia só para 13 de março. Não quis organizar a indignação dos professores, e no ato que ocorreu no dia 29/01, Bebel encerrou o ato sem sequer os professores saírem em passeata. Porém os professores não aceitaram calados: mais de 300 professores, juntos ao Professores Pela Base, subiram em ato para a Paulista, sendo recebidos efusivamente pelos jovens que estavam no vão do Masp para o ato contra o aumento do transporte.

Temos que nos apegar aos exemplos das lutas pela educação em todo o Brasil e construir uma forte greve, com atos regionais de pais, professores e alunos, comandos de greve votados em cada escola e com a mais alta democracia sindical, para que os rumos da nossa luta estejam nas mãos dos professores!

Precariedade e luta da Categoria O e FOs professores categoria O em São Paulo vem

sofrendo duros ataques do governo Alckmin. Cerca de 3.300 salas de aula foram fechadas no estado no inicio do ano letivo de 2015 e mais de 20 mil professores se encontram nos mais diversos empregos precários com as demissões no final de 2014. Muitos destes professores demitidos estão fazendo “bicos” para sobreviver, mesmo com vários já aprovados no concurso. Muitos professores estão tendo que cumprir o período de 200 dias sem lecionar, acumulando dívidas, num contexto estrutural de falta de professores nas escolas. Somos todos professores! Que todos nós tenhamos condições de trabalho e salário iguais! Estabilidade e efetivação de todos Os e Fs sem concurso público.

Façamos como o Paraná!Construir um grande movimento nacional

em defesa da educação pública

Aplicação imediata da Lei do Piso, rumo a 50% das atividades em sala e 50% extra-classe

Tanto o governo do PSDB em SP, como governos do PT país afora, descumprem a insuficiente Lei do Piso, nos negando o direito de trabalhar 1/3 fora em atividades extra-classe. Assim como em diversos países do mundo, é fundamental que os professores trabalhem somente metade da sua jornada em sala. A outra é essencial para aprimoramento de nossa formação, elaboração de aulas, correção de provas, preparação de atividades. Além disso, mais salas seriam abertas e nenhum professor ficaria sem aulas atribuídas. Medidas como essa, definitivamente contribuíriam para a melhoria da qualidade do ensino público.