228
Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial PCDRS Desenvolvimento Tecnológico Regional DTR Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim ADRVALE Revisão 06 – Outubro/2004 Florianópolis, 2004

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Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial •

PCDRS

Desenvolvimento Tecnológico Regional •

DTR

Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim

• ADRVALE

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Florianópolis, 2004
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DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO REGIONAL

DIRETORIA

Presidente José Fernando Xavier Faraco

Diretoria Executiva

Diretor Superintendente Jaime Oltramari

Diretor Técnico Jaime Oltramari

Diretor Administrativo e Financeiro Carlos Henrique Ramos Fonseca

DIRETORIA

Presidente do Conselho Deliberativo Antônio Edmundo Pacheco

Diretoria Executiva

Diretor Superintendente Carlos Guilherme Ziggelli

Diretor Técnico Anacleto Angelo Ortigara

Diretor Administrativo Financeiro José Alaor Bernardes

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AADDRRVVAALLEE AAggêênncciiaa ddee DDeesseennvvoollvviimmeennttoo

Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim

ADRVALE

DIRETORIA

Presidente Pedro Micheluzzi

Vice-Presidente Francisco de Assis Mafezzolli

CORPO TÉCNICO

Superintendente Sérgio Zanella Júnior

CONSELHO FISCAL

Titulares Antônio Cotrim – APHB Moises Costa – ACEVALE

Fabio Soares Flor – Soares Flor Training

Suplentes Gilson J. Oliveira – ACIT

Alcides Cláudio Sgrott Filho – SEBRAE/SC

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AADDRRVVAALLEE AAggêênncciiaa ddee DDeesseennvvoollvviimmeennttoo

Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim

ADRVALE

Colaboradores Fundadores e Patrocinadores ACIT – Associação Comercial e Industrial de Tijucas

ACIPB – Associação Comercial e Industrial de Porto Belo ACITA – Associação Comercial e Industrial de Itapema

Sistema FIESC/IEL – Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

CDL – Câmara dos Dirigentes Lojistas de Itapema SEBRAE/SC – Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas de SC

UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí – Campi Tijucas SINCASJB – Sindicato das Indústrias do Calçado de São João Batista

CONVENTION BUREAU – Costa Esmeralda Convention e Visitors Bureau APHB – Associação de Pousadas e Hotéis de Bombinhas

ACEVALE – Associação das Cerâmicas do Vale do Rio Tijucas e Camboriú SOARES FLOR TRAINING

FAMPESC – Federação dos Micros e Pequenas Empresas INTELECTUS – Instituto de Desenvolvimento

CASAN – Companhia Catarinense de Águas e Saneamento SANTUÁRIO MADRE PAULINA

Municípios da região de abrangência da ADRVALE Prefeitura Municipal de São João Batista – Prefeito Jair Sebastião Amorim

Prefeitura Municipal de Brusque – Prefeito Ciro Marcial Roza Prefeitura Municipal de Nova Trento – Prefeito Godofredo Luiz Tonini Prefeitura Municipal de Major Gercino – Prefeito Lourival dos Santos

Prefeitura Municipal de Botuverá – Prefeito Nilo Barni Prefeitura Municipal de Tijucas – Prefeito Uilson Sgrott

Prefeitura Municipal de Canelinha – Prefeito Moacir Montibeller Prefeitura Municipal de Guabiruba – Prefeito Guido Antônio Kormann

Prefeitura Municipal de Itapema – Prefeito Clóvis José da Rocha Prefeitura Municipal de Porto Belo – Prefeito Sérgio Biehler

Prefeitura Municipal de Bombinhas – Prefeito Claudionor Carlos Pinheiro Prefeitura Municipal de Governador Celso Ramos – Prefeito Samuel Silva

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Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI

Reitor Roberto Provesi

Vice-Reitor Antonio Scatolin Pinheiro

Pró-reitoria de Pesquisa, Pós-graduação, Extensão e Cultura Amândia Maria de Borba

Pró-reitoria de Ensino Valdir Cechinel Filho

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EQUIPE TÉCNICA

Gerência de Projetos Regionais e Setoriais do SEBRAE/SC Marcondes da Silva Cândido

Coordenador da Unidade de Desenvolvimento Regional e Setorial do IEL/SC Osny Taborda Ribas Junior

Gestor da ADR/DTR – SEBRAE/SC Wilson Sanches Rodrigues

Agente de Articulação do SEBRAE/SC Alcides Cláudio Sgrott Filho – Brusque Sérgio Fernandes Cardoso – Tijucas

Colaboradores do IEL/SC Adriano de Medeiros Caldas

Ana Rúbia Dela Justina Becker André Arthur Dutra

Daniel Bloemer Evandro Minuce Mazo

Everaldo I. Levartoski de Araújo Fábio Miguel de Souza

Fátima Maria Franz Hermes Fausto Ricardo Keske Cassemiro

Jorge Alberto Saldanha Nasser Younes

Rafael Ernesto Kieckbusch Ronaldo Cimetta Sandra Grellmann

Sandro Wojcikiewicz da Silveira

Estagiários do IEL/SC Carolina Pereira Laurindo Fernando Machado Pereira

Herlon Fernandes Marcelo Santos Barboza Rodrigo Nicola Sehbe

Professores Envolvidos da UNIVALI – Campus Tijucas Profa. Isabela Regina F. Müller Prof. Homero Gustavo Calatzis

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SSSuuummmááárrriiiooo

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................XVIII

CAPÍTULO 1 – Caracterização Regional .................................................................. 01

1.1 Introdução ........................................................................................................... 03

1.2 Raízes Históricas .............................................................................................. 05

1.2.1 Botuverá ............................................................................................................. 05

1.2.2 Brusque ............................................................................................................ 07

1.2.3 Bombinhas ........................................................................................................ 09

1.2.4 Canelinha .......................................................................................................... 11

1.2.5 Governador Celso Ramos ................................................................................. 13

1.2.6 Guabiruba .......................................................................................................... 15

1.2.7 Itapema................................................................................................................ 17

1.2.8 Major Gercino .................................................................................................... 19

1.2.9 Nova Trento ...................................................................................................... 21

1.2.10 Porto belo ....................................................................................................... 23

1.2.11 São João Batista .............................................................................................. 25

1.2.12 Tijucas ............................................................................................................ 27

1.3 População Residente ........................................................................................ 29

1.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal .............................................. 39

1.5 Instituições de Cultura ........................................................................................ 49

1.6 Infra Estrutura ..................................................................................................... 51

1.6.1 Transporte Rodoviário ........................................................................................ 54

1.6.2 Transporte Ferroviário ....................................................................................... 57

1.6.3 Transporte Hidroviário ........................................................................................ 61

1.6.4 Transporte Aéreo ................................................................................................ 65

1.6.5 Energia Elétrica .................................................................................................. 67

1.6.6 Gás Natural ......................................................................................................... 71

1.6.7 Telecomunicações............................................................................................... 74

1.6.8 Água e Saneamento ........................................................................................... 76

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1. 7 Atividade Econômica ..........................................................................................78

1.7.1 Produto Interno Bruto – PIB .................................................................................78

1.7.2 Valor Adicionado .................................................................................................81

1.7.3 Recolhimento do ICMS ........................................................................................84

1.7.4 Empregados e Estabelecimentos.........................................................................85

1.8 Mapa de Conhecimento .......................................................................................93

1.8.1 Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI ...........................................................94

1.8.2 Associação Educacional do Vale do Itajaí -Mirim ................................................95

1.8.3 Centro Universitário de Brusque – Unifebe..........................................................95

1.8.4 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Tijucas ....................97

1.8.5 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Brusque ..................99

1.8.6 Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – SENAC de Brusque .........102

CAPÍTULO 2 – Segmentos Econômicos Estratégicos...........................................105

2.1 Introdução............................................................................................................107

2.2 Metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos Estratégicos ......108

2.3 Segmentos Econômicos Estratégicos Identificados.......................................111

2.3.1 Alojamento, Alimentação, Aluguel e Atividades Imobiliárias..............................113

2.3.2 Confecção e Fabricação de Produtos Têxteis ..................................................123

2.3.3 Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos .........................................136

2.3.4 Fabricação de Máquinas e Equipamentos ........................................................143

2.3.5 Fabricação de Artefatos de Couro e Calçados ..................................................159

CAPÍTULO 3 – Capacitações, Painéis Temáticos e Oficinas ................................105

3.1 Introdução............................................................................................................161

3.2 Capacitações ......................................................................................................162

3.2.1 Liderança & Motivação para o Desenvolvimento Regional................................162

3.2.2 Gerenciamento do Ciclo de Projetos..................................................................163

3.2.3 Oficina de Projetos .............................................................................................163

3.3 Painéis Temáticos ...............................................................................................164

3.3.1 Painel Temático de Turismo...............................................................................164

3.3.2 Painel Temático de Agricultura Familiar.............................................................168

3.3.3 Painel Temático de Confecções.........................................................................174

3.4 Oficinas de Projetos............................................................................................177

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3.4.1 Oficina de Projetos de Agronegócio .................................................................. 177

3.4.2 Oficina de Projetos de Confecções. .................................................................. 180

CAPÍTULO 4 – Plano de Ação de Turismo ............................................................. 187

4.1 Apresentação...................................................................................................... 190

4.2 Justificativa......................................................................................................... 192

4.3 Objetivos do Plano de Ação .............................................................................. 193

4.3.1 Objetivo Geral.................................................................................................... 193

4.3.2 Objetivos Específicos ........................................................................................ 193

4.4 Metodologia......................................................................................................... 194

4.5 Discussão dos Resultados ................................................................................ 197

4.5.1 Iniciativas de Organização entre os Empresários ............................................. 197

4.5.2 Relacionamento com o Poder Público............................................................... 198

4.5.3 Potenciais Turísticos da Região ........................................................................ 198

4.5.4 Relacionamento com Instituições de Ensino Superior e Técnico...................... 199

4.5.5 Árvore de Problemas......................................................................................... 199

4.6 Análise do Perfil das Pequenas Propriedades Rurais .................................... 202

4.7 Marco Lógico: Objetivos e Atividades.............................................................. 202

4.8 Nivelamento de Informações............................................................................. 204

4.8.1 SENAC/SC–Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Santa Catarina205

4.8.2 SEBRAE/SC – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de SC ........ 205

4.8.3 SANTUR – Órgão Oficial de Turismo do Estado de Santa Catarina................. 206

4. 9 Bibliografia ......................................................................................................... 206

4.10 ANEXO I – Análise do Perfil das Pequenas Propriedades Rurais ............... 206

4.10.1 Nova Trento ..................................................................................................... 206

4.10.2 São João Batista.............................................................................................. 207

4.10.3 Botuverá .......................................................................................................... 207

4.10.4 Canelinha......................................................................................................... 208

4.10.5 Guabiruba........................................................................................................ 208

4.10.6 Major Gercino .................................................................................................. 209

4.10.7 Porto Belo ........................................................................................................ 209

4.10.8 Tijucas ............................................................................................................. 209

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APRESENTAÇÃO • ADRVALE

XVII

AAAppprrreeessseeennntttaaaçççãããooo

Nos últimos anos ocorreram importantes mudanças no cenário mundial, principalmente

em países em desenvolvimento como o Brasil. Isto requer novas diretrizes

metodológicas e técnicas que sejam capazes de responder efetivamente às questões

relacionadas ao desenvolvimento em âmbito regional. O processo de crescimento

econômico deve ser promovido além do contexto puramente econômico, atentando para

os inevitáveis reflexos sociais, ambientais e políticos, para que se obtenha, efetivamente,

um desenvolvimento integrado na região. Para alcançá-lo, sustentavelmente, faz-se

necessário à existência de empresas bem sucedidas e comprometidas com a qualidade

de vida da população local. Entretanto, essas organizações devem buscar

constantemente a inovação e as maneiras de aumentar sua competitividade. Dessa

forma, é necessária uma nova forma de entender o desenvolvimento regional.

Através da aplicação da metodologia do Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR

criou-se a Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Tijucas, Costa Esmeralda e

Itajaí-Mirim – ADRVALE com abrangência em doze municípios. Os trabalhos tiveram

início em maio de 2003 sob a coordenação do Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina. A

figura 1 apresenta um mapa temático com o território de abrangência da agência.

Com o intuito de intervir no foco do desenvolvimento regional, o Serviço Brasileiro de

Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina – SEBRAE/SC, em conjunto

com o Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina – IEL/SC, desenvolvem o Programa

Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial – PCDRS. Deste programa, fazem

parte algumas metodologias, entre as quais, o Desenvolvimento Tecnológico Regional –

DTR e a Estruturação de Agência de Desenvolvimento Regional – ADR.

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APRESENTAÇÃO • ADRVALE

XVIII

Guabiruba Itapema

Brusque

Bombinhas Porto Belo

Botuverá CanelinhaTijucas

Nova Trento São João Batista

Governador Celso Ramos Major Gercino

Figura 1 - Mapa indicando a região da ADRVALE no território catarinense

Fonte: Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, 2004.

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CARACT L

CAPÍTULO 1

ERIZAÇÃO REGIONA

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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2004 • ADRVALE 3

1.1 Introdução

A região de abrangência da Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Rio

Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim é composta por doze municípios, que

corresponde a um percentual de 2,96% da área total do Estado de Santa Catarina,

constituindo-se num total de 2.827,1 km2. A população da região é de 210.026 habitantes,

segundo o Censo 2000 do IBGE, sendo 74,58% dos quais residentes na área urbana. O

PIB per capita foi de aproximadamente R$ 6.617,00 em 2000. Possuía 53.817 empregos

diretos formais em 2002 para 14.371 estabelecimentos.

Municípios que fazem parte da região da ADRVALE:

Bombinhas

Botuverá

Brusque

Canelinha

Governador Celso Ramos

Guabiruba

Itapema

Major Gercino

Nova Trento

Porto Belo

São João Batista

Tijucas

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CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO 2004 • ADRVALE 4

Tabela 1 - Dados gerais sobre os municípios da região da ADRVALE

Dados Gerais

Área (km2) 2.827,1

População (2000) 210.026

% urbano 74,58%

% rural 25,42%

Crescimento % populacional 1996/2000 16,94%

Crescimento % urbano 1996/2000 29,06%

Crescimento % rural 1996/2000 -27,74%

Postos de empregos (2002) 53.817

Valor adicionado R$ (2001) 926.427,14

Número de Empresas (2002) 14.371

PIB per capita R$ (2000) 6.617,00

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE

5

1.2 Raízes Históricas

A raiz histórica dos doze municípios da região de abrangência da ADRVALE é descrita a

seguir.

1.2.1 Botuverá

O município de Botuverá foi colonizado a partir de 1876,

quando 30 famílias de italianos fundaram o povoado de Porto

Franco. Na década de 1940, com a notícia de que havia ouro

na região, muito gente mudou-se para o então, distrito de

Brusque, instalando-se junto ao leito do rio Itajaí-Mirim. Com a

escassez de pepitas, muitas dessas pessoas acabaram

abandonando a região, que, quase 100 anos depois de sua

fundação, tornou-se o município de Botuverá. O principal

atrativo em Botuverá é a Caverna de Ourinhos. Seus salões,

vãos e galerias atraem turistas todos os anos, em busca de

aventura e conhecimento.

Data de fundação - 09 de junho de 1962.

Data festiva - 09 de junho (aniversário da cidade).

Principais atividades econômicas - Extração mineral, indústria têxtil e turismo.

Colonização - Italiana.

Principais etnias - Italiana.

Localização - Vale do Itajaí, a 19km de Brusque e a 125km de Florianópolis.

Clima - Temperado, com temperatura média de 20ºC.

Altitude - 85m acima do nível do mar.

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE

6

Cidades próximas - Brusque, Nova Trento, Gaspar, Presidente Nereu.

Como Chegar - Botuverá fica a 19km a oeste de Brusque, nas margens da rodovia BR-

486.

Tabela 2 - Dados Gerais sobre o Município de Botuverá

Área (km²) 317,2

População (2000) / Porcentagem região (%) 3.756 / 1,79%

% urbano 21,38

% rural 78,62

Crescimento % populacional 1996/2000 -6,85

Crescimento % urbano 1996/2000 30,36

Crescimento % rural 1996/2000 -13,55

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 6.839 / 5°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 61,47

Postos de emprego (2002) / Posição região 808 / 11°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,795 / 11° / 148°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 10.748.683,00 / 8°

Número de empresas (2002)/ Posição região 172 / 11°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE

7

1.2.2 Brusque

Em 1860, liderados pelo barão austríaco Maximilian von Schnéeburg, 55 alemães

chegam à região e fundam Itajahy. Nos anos seguintes chega outros imigrantes, na maior

parte originários do sul da Alemanha. Em

1881 a colônia torna-se o município de São

Luiz Gonzaga e, em 1890, recebe o nome

de Brusque. Anos depois chegam os

poloneses, trazendo seus teares manuais e

inaugurando o ramo das indústrias têxteis,

até hoje presentes na cidade e uma das

bases da economia local. Situada no Vale

do Itajaí e um dos locais de visitação religiosa mais procurados do Estado.

Data de fundação - 04 de agosto de 1860.

Data festiva - Terceiro final de semana de agosto (Festa de Nossa Senhora do

Azambuja).

Principais atividades econômicas - A indústria é a base da economia local,

especialmente o setor têxtil e metal-mecânico, mas o comércio de vestuário, cama, mesa

e banho, e o turismo religioso e de compras também se destacam, na geração de renda

da cidade.

Colonização - Alemã.

Principais etnias - Alemã, polonesa e italiana.

Localização - Vale do Itajaí-Mirim, a 40km de Blumenau e a 108km de Florianópolis.

Clima - Temperado quente, com temperatura média entre 16ºC e 27ºC.

Altitude - 36m acima do nível do mar.

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE

8

Cidades próximas - Blumenau, Nova Trento, Botuverá, Itajaí, Camboriú, Gaspar,

Balneário Camboriú, Guabiruba.

Tabela 3 - Dados Gerais sobre o município de Brusque

Área (km²) 280,2

População (2000) / Porcentagem região (%) 76.058 / 36,21%

% urbano 96,32

% rural 3,68

Crescimento % populacional 1996/2000 14,27

Crescimento % urbano 1996/2000 20,68

Crescimento % rural 1996/2000 -52,14

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 12.966 / 1°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 4,29

Postos de emprego (2002) / Posição região 28.602 / 1°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,842 / 1° / 21°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 563.145.080,00 / 1°

Número de empresas (2002)/ Posição região 6.268 / 1°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE

9

1.2.3 Bombinhas

Os portugueses açorianos, fugindo das freqüentes invasões piratas no Arquipélago de

Açores, chegaram à região no início do século XVIII e fundaram o povoado de Vila Nova

Ericeira, hoje Porto Belo. Os colonos

surpreenderam-se com a beleza do lugar e

com o barulho das ondas quebrando na

praia - a origem do nome atual de

Bombinhas. Mas, foi apenas na década de

1960, que a região foi "descoberta" pelos

turistas. Atraídos pelas belezas naturais do

município, eles passaram a freqüentar as

praias, ainda que os acessos fossem ruins. Os padres salesianos construíram o Retiro

dos Padres, hoje transformado em pousada.

A Reserva Marinha do Arvoredo, uma das três existentes no País e a única no sul do

Brasil, é o grande destaque de Bombinhas. É formada pelas Ilhas da Galé, Macuco,

Deserta (refúgio para alimentação e procriação de pássaros entre maio e junho) e

Arvoredo, a maior e mais atraente de todas, com fauna rica e variada, além do Calhau de

São Pedro - formação rochosa no meio do mar, sem vegetação. Nestas águas

transparentes e nas ilhas há espécimes raros da fauna e flora típicas da região. A reserva

situa-se a 3km da costa e, nos dias claros, a visibilidade alcança até 40m.

Data de fundação - 1º de abril de 1992.

Data festiva - 02 de fevereiro (Dia de Nossa Senhora dos Navegantes).

Principais atividades econômicas - Turismo, pesca e maricultura.

Colonização - Açoriana.

Principais etnias - Açoriana.

Localização - Litoral norte, a 60km de Florianópolis.

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE

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Clima - Temperado quente, com temperatura média entre 16ºC e 27ºC.

Altitude - 568m acima do nível do mar.

Cidades próximas - Porto Belo, Itapema, Tijucas, Balneário Camboriú, Governador

Celso Ramos, Florianópolis.

Tabela 4 - Dados Gerais sobre o Município de Bombinhas

Área (km²) 36,6

População (2000) / Porcentagem região (%) 8.716 / 4,15%

% urbano 100,00

% rural 0,00

Crescimento % populacional 1996/2000 48,31

Crescimento % urbano 1996/2000 48,31

Crescimento % rural 1996/2000 0,00

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 7.666 / 3°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 446,57

Postos de emprego (2002) / Posição região 1.870 / 7°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,810 / 7° / 92°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 3.489.008,00 / 10°

Número de empresas (2002) / Posição região 767 / 5°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2001 e DIEF 2001.

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE

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1.2.4 Canelinha

No final do Século XVIII, a Coroa

Portuguesa decidiu expandir a distribuição

de sesmarias do litoral para o Interior. Foi

criado um porto onde fica hoje o município

de São João Batista. Ali, colonos açorianos

cultivavam a terra e extraíam madeira. Em

1875 chegaram os primeiros imigrantes

italianos, completando a característica

étnica da população local. O nome Canelinha vem de uma árvore abundante na região.

Data de fundação - 03 de dezembro de 1962.

Data festiva - Julho (Festa do Colono e Festa de Sant’Ana, padroeira do município).

Principais atividades econômicas - Indústria cerâmica.

Colonização - Italiana e açoriana.

Principais etnias - Italiana e açoriana.

Localização - Grande Florianópolis, na microrregião de Tijucas, a 67km da capital.

Clima - Mesotérmico úmido, com verão quente e temperatura média de 20°C.

Altitude - 10m acima do nível do mar.

Cidades próximas - Brusque, Nova Trento, São João Batista, Tijucas.

Como Chegar - O acesso é pela BR-101 até Tijucas, quando se toma a SC-411.

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Tabela 5 - Dados gerais sobre o município de Canelinha

Área (km²) 151

População (2000) / Porcentagem região (%) 9.004 / 4,29%

% urbano 47,67

% rural 52,33

Crescimento % populacional 1996/2000 9,68

Crescimento % urbano 1996/2000 7,22

Crescimento % rural 1996/2000 12,03

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 4.310 / 11°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 60,26

Postos de emprego (2002) / Posição região 1.455 / 9°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,796 / 10° / 143°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 9.926.742,00 / 9°

Número de empresas (2002)/ Posição região 404 / 9°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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1.2.5 Governador Celso Ramos

A colonização de Governador Celso Ramos começou há mais de 200 anos, com a vinda

de portugueses atraídos pela pesca da baleia. Especializada em extração de moluscos, a

cidade é considerada uma das maiores produtoras de

marisco de cultivo de Santa Catarina e um importante

centro pesqueiro. Os mesmos açorianos que fundaram a

vizinha São Miguel, iniciaram o povoamento de

Governador Celso Ramos, que pertenceu a Biguaçu até

1963. As igrejas sempre foram ponto de encontro da

comunidade que, além do culto, discutia formas de se

defender dos índios. Como Armação da Piedade não

oferecia condições para o desenvolvimento do lugar, seus

fundadores se transferiram para a localidade de Ganchos,

onde hoje está a sede do município. Belas praias, baías e

penínsulas, reservas ecológicas. Destaque para as praias, de onde é possível avistar

baleias e golfinhos. Além disso, as duas reservas naturais do município - Arvoredo e

Anhatomirim.

Data de fundação - 06 de novembro de 1963.

Data festiva - 02 de fevereiro, dia de Nossa Senhora dos Navegantes.

Principais atividades econômicas - A principal fonte de renda do município são os

frutos-do-mar, com destaque também para o turismo.

Colonização - Açoriana.

Principais etnias - Açoriana.

Localização - No litoral, a 41km de Florianópolis por via rodoviária. A distância marítima

é de cerca de 15km.

Clima - Mesotérmico úmido, com temperatura média de 18ºC.

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Altitude - 35m acima do nível do mar.

Cidades próximas - Porto Belo, Bombinhas, Florianópolis, Tijucas, Biguaçu.

Tabela 6 - Dados gerais sobre o município de Governador Celso Ramos

Área (km²) 82

População (2000) / Porcentagem região (%) 11.598 / 5,52%

% urbano 93,48

% rural 6,52

Crescimento % populacional 1996/2000 6,76

Crescimento % urbano 1996/2000 37,78

Crescimento % rural 1996/2000 -74,76

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 3.716 / 12º

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 545,34

Postos de emprego (2002) / Posição região 943 / 10°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,791 / 12° / 170°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 3.252.932,00 / 11°

Número de empresas (2002)/ Posição região 318 / 10°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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1.2.6 Guabiruba

O município de Guabiruba foi colonizada por alemães a partir de 1862. Eram imigrantes

oriundos do Grão-Ducado de Baden e que enfrentaram no município catarinense o

mesmo problema que os levou a deixarem a terra

natal – era costume em Baden dividir as propriedades

para distribuí-las entre os descendentes, o que tornava

os lotes pequenos demais para qualquer produção

agrícola expressiva. Desde que os alemães, com

vocação essencialmente agrícola chegaram no local,

as terras em Guabiruba foram minguando, o que

obrigou os habitantes e a buscarem novas alternativas

de subsistência. A crise agrícola coincidiu com o

desenvolvimento industrial de Brusque e de Blumenau, o que atraiu muitos agricultores

para as fábricas. Durante a instalação das primeiras indústrias têxteis de Brusque, em

1892, a mão-de-obra guabirubense estava presente. Guabiruba foi distrito de Brusque

por quase um século, sendo emancipada em 1962. A indústria de confecções é o

principal pilar econômico do município, que vende toda sua produção para as lojas de

Brusque.

Data de fundação - 10 de junho de 1962.

Data festiva - 10 de junho (aniversário da cidade), julho (Festa do Colono), agosto (Festa

dos Motoristas) e setembro (Koloniefest).

Principais atividades econômicas - Indústria de confecções.

Colonização - Alemã e italiana.

Principais etnias - Alemã e italiana.

Localização - Médio Vale do Itajaí, na microrregião de Blumenau, a 116km de

Florianópolis.

Clima - Mesotérmico úmido, com verão quente e temperatura média de 20°C.

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Altitude - 21m acima do nível do mar.

Cidades próximas - Brusque, Gaspar, Blumenau, Botuverá.

Como Chegar - O acesso pode ser feito pelas rodovias SC-411 ou SC-486 até a entrada

para Brusque. Depois, seguir pela rodovia SC-420.

Tabela 7 - Dados gerais sobre o município de Guabiruba

Área (km²) 173

População (2000) / Porcentagem região (%) 12.978 / 6,18%

% urbano 92,85

% rural 7,15

Crescimento % populacional 1996/2000 12,45

Crescimento % urbano 1996/2000 78,86

Crescimento % rural 1996/2000 -80,68

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 5.954 / 7°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 54,52

Postos de emprego (2002) / Posição região 2.183 / 5°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,829 / 4° / 36°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 31.946.658,00 / 4°

Número de empresas (2002)/ Posição região 496 / 8°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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1.2.7 Itapema

O povoamento de Itapema iniciou-se em 1748, com a vinda de 461 imigrantes açorianos,

dos quais a cidade herdou o linguajar, as

crenças, o gosto pela música, o folclore e a

conduta ordeira e pacífica. Itapema

pertenceu a Camboriú e a Porto Belo até

ser emancipada, em 1962. Situada num dos

trechos mais bonitos do litoral catarinense,

Itapema é famosa por suas belas praias e

pela infra-estrutura hoteleira de primeiro

mundo. Destaque para a Meia Praia, a maior e mais bem equipada praia da cidade, e

para a Praia de Itapema, que oferece a melhor infra-estrutura turística e onde são

realizados eventos esportivos.

Data de fundação - 21 de abril de 1962.

Data festiva - 21 de abril (aniversário da cidade).

Principais atividades econômicas - O turismo é a principal atividade econômica do

município.

Colonização - Açoriana.

Principais etnias - Açoriana.

Localização - Litoral, a 60km de Florianópolis.

Clima - Mesotérmico úmido, com temperatura média entre 20ºC e 25ºC.

Altitude - 15m acima do nível do mar.

Cidades próximas - Itajaí, Florianópolis, Balneário Camboriú, Porto Belo.

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Tabela 8 - Dados gerais sobre o município de Itapema

Área (km²) 586

População (2000) / Porcentagem região (%) 25.869 / 12,32%

% urbano 95,79

% rural 4,21

Crescimento % populacional 1996/2000 41,97

Crescimento % urbano 1996/2000 43,92

Crescimento % rural 1996/2000 8,47

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 7.466 / 4°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 272,49

Postos de emprego (2002) / Posição região 4.950 / 3°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,836 / 2° / 26°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 19.941.079,00 / 6°

Número de empresas (2002)/ Posição região 2.784 / 2°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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1.2.8 Major Gercino

Os primeiros colonizadores da região onde se localiza o município de Major Gercino

chegaram entre 1870 e 1890. Eram luso-brasileiros, italianos, alemães e poloneses que

se instalaram próximo ao litoral. Quando foi elevada a distrito,

a localidade recebeu o nome de Major Alves Rodrigues, em

homenagem ao único homem com certa instrução no lugar e

a quem todos consultavam. Mais tarde, um dos moradores,

Gercino Gerson Gomes – que, além de major do Exército, era

também professor da Faculdade de Farmácia de

Florianópolis, trabalhou sem descanso pelo desenvolvimento

e pela emancipação do município, ocorrida em 1961, e foi

homenageado dando seu nome à cidade.

Data de fundação - 03 de novembro de 1961.

Data festiva - 03 de novembro (aniversário da cidade) e 06 de agosto (Festa do Senhor

Bom Jesus).

Principais atividades econômicas - Fruticultura.

Colonização - Alemã, portuguesa, italiana e polonesa.

Principais etnias - Alemã, portuguesa, italiana e polonesa.

Localização - Litoral, a 100km de Florianópolis.

Clima - Mesotérmico úmido, com verão quente e temperatura média de 20°C.

Altitude - 80m acima do nível do mar.

Cidades próximas - São João Batista, Nova Trento, Antônio Carlos, São Pedro de

Alcântara, Angelina. O principal acesso é pela SC-408, estrada de chão, a partir da

rodovia BR-101.

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Tabela 9 - Dados sobre o município de Major Gercino

Área (km²) 278,1

População (2000) / Porcentagem região (%) 3.143 / 1,50%

% urbano 31,08

% rural 68,92

Crescimento % populacional 1996/2000 -11,06

Crescimento % urbano 1996/2000 -4,22

Crescimento % rural 1996/2000 -13,84

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 5.385 / 8°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 168,91

Postos de emprego (2002) / Posição região 232 / 12°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,799 / 9° / 127°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 1.471.176,00 / 12°

Número de empresas (2002)/ Posição região 90 / 12°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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1.2.9 Nova Trento

Nova Trento começou a ser povoada a partir de 1875, com a chegada de 102 famílias de

imigrantes italianos, vindas, na sua maioria, de Vígolo

Vattaro, na região do Trento Italiano - daí os nomes de

Nova Trento e Vígolo. Foi emancipada em 1892. Terra

adotada por Santa Paulina, a primeira Santa do Brasil, Nova

Trento também tem natureza preservada, cultura italiana e

gastronomia.

Data de fundação - 08 de agosto de 1892.

Data festiva - 08 de agosto (aniversário da cidade) e 09 de

julho (Dia de Santa Paulina).

Principais atividades econômicas - A agricultura ainda é a principal atividade

econômica de Nova Trento, com predominância para o cultivo da uva, utilizada na

fabricação do vinho colonial neotrentino, vendido nas cantinas da cidade. Também o

turismo tem lugar de destaque.

Colonização - Italiana.

Principais etnias - Italiana.

Localização - Vale do Rio Tijucas a 75km de Florianópolis.

Clima - Temperado, com temperatura média entre 18ºC a 29ºC.

Altitude - 30m acima do nível do mar.

Cidades próximas - Tijucas, Brusque, Florianópolis, São João Batista, Canelinha.

Como Chegar - Acesso pela rodovia BR-101/SC-411, passando por Tijucas, Canelinha e

São João Batista. Para quem vem do oeste, o acesso é pela BR-470/SC-411, passando

por Brusque. O aeroporto mais próximo fica em Florianópolis, a 75km de distância.

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Tabela 10 - Dados gerais sobre o município de Nova Trento

Área (km²) 398

População (2000) / Porcentagem região (%) 9.852 / 4,69%

% urbano 67,73

% rural 32,27

Crescimento % populacional 1996/2000 5,16

Crescimento % urbano 1996/2000 14,66

Crescimento % rural 1996/2000 -10,43

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 4.985 / 9°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 129,24

Postos de emprego (2002) / Posição região 2.144 / 6°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,815 / 6° / 69°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 15.792.117,00 / 7°

Número de empresas (2002)/ Posição região 508 / 7°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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1.2.10 Porto Belo

Apesar das incursões anteriores de marinheiros portugueses, espanhóis, franceses e

holandeses, foi só em 1753 que começou a

colonização de Porto Belo: a Coroa

Portuguesa, fundou ali um povoado e fixou

nele alguns casais de imigrantes açorianos.

Em 1818, o povoado – batizado de Enseada

das Garoupas – foi elevado à condição de

Colônia, com o nome de Nova Ericeira

(mais de 100 moradores tinham vindo da

localidade de Ericeira, em Portugal). Finalmente, em 13 de outubro de 1832, Nova

Ericeira passou a chamar-se Vila de Porto Belo, devido à beleza natural do lugar. O

grande atrativo de Porto Belo é a beleza de suas praias, que têm características únicas e

encantam os milhares de turistas que visitam a cidade todos os anos. Destaque para a

Ilha de Porto Belo, onde a Família Schürmann criou o seu "porto seguro", um lugar que

reúne as lembranças de suas viagens pelo mundo e para onde os Schürmann retornam

ao final de cada aventura.

Data de fundação - 13 de outubro de 1832.

Data festiva - 13 de outubro (aniversário da cidade), a segunda sexta-feira de junho

(Sagrado Coração de Jesus), 29 de junho (Consagração a São Pedro) e 06 de agosto

(Dia de Bom Jesus dos Aflitos, padroeiro da cidade).

Principais atividades econômicas - Pesca e turismo.

Colonização - Açoriana.

Principais etnias - Açoriana.

Localização - Litoral Norte, a 65km de Florianópolis.

Clima - Mesotérmico semi-úmido, com temperatura média de 18ºC.

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Altitude - 01m acima do nível do mar.

Cidades próximas - Itajaí, Bombinhas, Penha, Itapema, Florianópolis.

Tabela 11 - Dados gerais sobre o município de Porto Belo

Área (km²) 95

População (2000) / Porcentagem região (%) 10.704 / 6,83%

% urbano 93,17

% rural 6,83

Crescimento % populacional 1996/2000 40,73

Crescimento % urbano 1996/2000 43,70

Crescimento % rural 1996/2000 9,76

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 6.561 / 6°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 86,95

Postos de emprego (2002) / Posição região 1667 / 8°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,803 / 8° / 114°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 20.687525,00 / 5°

Número de empresas (2002)/ Posição região 659 / 6°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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1.2.11 São João Batista

São João do Sul foi fundada em 1834, com a chegada do capitão João de Amorim

Pereira. Em 1836, chega o primeiro grupo de imigrantes - 132

colonos vindos da Sardenha, Itália, trazidos por uma sociedade

particular de colonização. São João Batista tornou-se município

em julho de 1958, quando se desmembrou de Tijucas.

Data de fundação - 19 de julho de 1958.

Data festiva - 19 de julho (aniversário da cidade) e 24 de junho

(Dia de São João Batista, padroeiro da cidade).

Principais atividades econômicas - Indústria calçadista e

comércio de calçados.

Colonização - Açoriana e italiana.

Principais etnias - Açoriana e italiana.

Localização - Grande Florianópolis, a 70km da capital.

Clima - Temperado, com temperatura média entre 15ºC e 25ºC.

Altitude - 30m acima do nível do mar.

Cidades próximas - Tijucas, Nova Trento, Canelinha, Florianópolis.

Como Chegar - Acesso pela SC-411, que liga a BR-101 a Gaspar, passando por

Brusque. A entrada fica 24km depois de Tijucas, passando por Canelinha.

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Tabela 12 - Dados gerais sobre o município de São João Batista

Área (km²) 204

População (2000) / Porcentagem região (%) 14.861 / 7,08%

% urbano 75,83

% rural 24,17

Crescimento % populacional 1996/2000 8,98

Crescimento % urbano 1996/2000 26,14

Crescimento % rural 1996/2000 -23,66

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 4.332 / 10°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 2,31

Postos de emprego (2002) / Posição região 3.717 / 4°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,820 / 5° / 55°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 35.782.279,00 / 3°

Número de empresas (2002)/ Posição região 790 / 4°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE

27

1.2.12 Tijucas

A história de Tijucas começa em 1530, com a passagem do navegador europeu

Sebastião Caboto pela costa de Santa Catarina, a serviço da

Espanha. O povoamento da região, só se inicia de fato a

partir de 1788, quando um grupo de colonizadores decidiu

subir o rio Tijucas à procura de pinheiros. Localizada na

Grande Florianópolis, Tijucas é rica em História, diversidade

cultural e belezas naturais.

Data de fundação - 13 de junho de 1860.

Data festiva - Maio/junho (Festa do Divino Espírito Santo).

Principais atividades econômicas - Pesca e agricultura.

Colonização - Açoriana.

Principais etnias - Açoriana.

Localização - Grande Florianópolis, a 45km da capital.

Clima - Temperado quente, com temperatura média entre 18ºC e 29ºC.

Altitude - 2m acima do nível do mar.

Cidades próximas - Biguaçu, Itajaí, Florianópolis, Nova Trento.

Como Chegar - Acesso pela BR-101, 45km ao norte de Florianópolis.

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CAPÍTULO 1 – RAÍZES HISTÓRICAS 2004 • ADRVALE

28

Tabela 13 - Dados gerais sobre o município de Tijucas

Área (km²) 278

População (2000) / Porcentagem região (%) 23.499 / 20,38%

% urbano 79,62

% rural 20,38

Crescimento % populacional 1996/2000 16,56

Crescimento % urbano 1996/2000 20,39

Crescimento % rural 1996/2000 3,68

PIB per capita (2000) R$ / Posição região 9.223 / 2°

Crescimento % PIB per capita 1996/2000 -34,86

Postos de emprego (2002) / Posição região 5.246 / 2°

IDH-M (2000) / Posição região / Posição UF 0,836 / 3° / 27°

Valor adicionado (2001) R$ / Posição região 210.243.862,00 / 2°

Número de empresas (2002)/ Posição região 1.115 / 3°

Fonte: Censo IBGE 2000, RAIS 2002 e DIEF 2001.

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE

29

1.3 População Residente

A região da ADRVALE teve um crescimento populacional de 16.94 % de 2000 em relação

a 1996, atingindo um total de 210.036 habitantes. Desta população, 182.345 (74,58%)

encontram-se no meio urbano e 27.691 (25,42%) no rural em 2000.

A figura 2 apresenta um gráfico comparativo da população total de 1996 e 2000 da região

da ADRVALE a partir da tabela 14.

Figura 2 - Gráfico da população total em 1996 e 2000.

010.00020.00030.00040.00050.00060.00070.00080.000

Major G

ercino

Botuve

Bombin

has

Caneli

nha

Nova T

rento

Porto B

elo

Govern

ador

Celso R

amos

Guabir

uba

São Jo

ão B

atista

Tijuca

s

Itape

ma

Brusqu

e

1996 2000

Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996, IBGE - Censo Demográfico de 2000.

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE

30

Tabela 14 - Populações Residentes Total, Urbanas, Rurais e Participação Relativa em 1996 e 2000.

População 1996 População 2000

Urbana Rural Urbana Rural Municípios Total

Hab % s/ total Hab % s/

total Total

Hab % s/ total Hab % s/

total

Bombinhas 5.877 5.877 100,00 0 0,00 8.716 8.716 100,00% 0 0,00%

Botuverá 4.032 616 15,28 3.416 84,72 3.756 803 21,38% 2.953 78,62%

Brusque 66.558 60.703 91,20 5.855 8,80 76.058 73.256 96,32% 2.802 3,68%

Canelinha 8.209 4.003 48,76 4.206 51,24 9.004 4.292 47,67% 4.712 52,33%

Governador Celso Ramos

10.864 7.869 72,43 2.995 27,57 11.598 10.842 93,48% 756 6,52%

Guabiruba 11.539 6.736 58,38 4.803 41,62 12.976 12.048 92,85% 928 7,15%

Itapema 18.222 17.219 94,50 1.003 5,50 25.869 24.781 95,79% 1.088 4,21%

Major Gercino 3.534 1.020 28,86 2.514 71,14 3.143 977 31,08% 2.166 68,92%

Nova Trento 9.369 5.820 62,12 3.549 37,88 9.852 6.673 67,73% 3.179 32,27%

Porto Belo 7.606 6.940 91,24 666 8,76 10.704 9.973 93,17% 731 6,83%

São João Batista 13.637 8.937 65,53 4.700 34,47 14.861 11.273 75,86% 3.588 24,14%

Tijucas 20.160 15.542 77,09 4.618 22,91 23.499 18.711 79,62% 4.788 20,38%

Total ADRVALE 179.607 141.282 67,12 38.325 32,88 210 036 182 345 74,58% 27 691 25,42%

Total SC 4.875.244 3.565.130 73,13 1.310.267 26,87 5.356.360 4.217.931 78,75% 1.138.429 21,25%

%ADRVALE sobre SC 3,68% 3,96% 2,92% 3,92% 4,32% 2,43%

Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996 e IBGE - Censo Demográfico de 2000.

A tabela 14 apresenta a população residente total, urbana, rural e participação relativa da

região da ADRVALE de 1996 e 2000. Os municípios mais populosos em 2000 são

Brusque (76.058), Itapema (25.869) e Tijucas (23.499), e os menos populosos são Major

Gercino (3.146), Botuverá (3.756) e Bombinhas (8.716). Os municípios mais urbanizados

em 2000 são Bombinhas (100,00%), Brusque (96,32%) e Itapema (95,79%) e o município

que apresentou a maior porcentagem no meio rural foi Botuverá (78,62%), sendo que dez

dos outros onze apresentaram um decréscimo no meio rural.

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE

31

Tabela 15 - Dinâmica populacional da ADRVALE de 1996 e 2000

Dinâmica Populacional

Municípios Total

%

Urbano

%

Rural

%

Bombinhas 48,31% 48,31% -

Botuverá -6,85% 30,36% -13,55%

Brusque 14,27% 20,68% -52,14%

Canelinha 9,68% 7,22% 12,03%

Governador Celso Ramos 6,76% 37,78% -74,76%

Guabiruba 12,45% 78,86% -80,68%

Itapema 41,97% 43,92% 8,47%

Major Gercino -11,06% -4,22% -13,84%

Nova Trento 5,16% 14,66% -10,43%

Porto Belo 40,73% 43,70% 9,76%

São João Batista 8,98% 26,14% -23,66%

Tijucas 16,56% 20,39% 3,68%

Total ADRVALE 16,94% 29,06% -27,74%

Total SC 9,86% 18,31% -13.11%

Fonte: Adaptado de IBGE – Contagem Populacional de 1996 e IBGE - Censo Demográfico de 2000.

A tabela 15 apresenta a dinâmica populacional da região da ADRVALE, ou seja,

apresenta a evolução da população residente total, urbana e rural de 2000 em relação a

1996. Os municípios que apresentaram os maiores crescimentos da população residente

total são Bombinhas (48,31%), Itapema (41,97%) e Porto Belo (40,73), os municípios de

Guabiruba (78,86%), Bombinhas (48,31%) e Itapema (43,92%) apresentam os maiores

crescimentos da participação urbana e os municípios de Guabiruba (-80,68%),

Governador Celso Ramos (-74,76%) e Brusque (-52,14%) apresentaram os maiores

decréscimos da participação rural.

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3

A

2

1

CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE

2

BombinhasBotuverá

BrusqueCanelinha

Governador Celso Ramos

GuabirubaItapema

Major Gercino

Nova Trento

Porto Belo

São João Batista

Tijucas

De 0 Até 10.000 (5)

De 10.000 Até 50.000 (6)

De 50.000 Até 80.000 (1)

Figura 3 - Mapa Temático da População Residente Total da ADRVALE em 2000.

Fonte: Adaptado de Censo Demográfico de 2000.

figura 3 apresenta o mapa temático da população residente total da ADRVALE em

000. Destaca que nove municípios encontram-se a baixo de 10.000, quatro entre

0.000 e 20.000 e cinco acima de 20.000 habitantes.

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE

33

A figura 4 apresenta a participação relativa da população residente total dos municípios

da região da ADRVALE em 2000. Destacam-se os municípios de Brusque (36,21%),

Itapema (12,32%) e Tijucas (11,19%).

4,15%

36,21%

4,29%5,52%6,18%

5,10%7,08%

11,19% 1,79%

12,32%

1,50%

4,69%

Bombinhas BotuveráBrusque CanelinhaGovernador Celso Ramos GuabirubaItapema Major GercinoNova Trento Porto BeloSão João Batista Tijucas

Figura 4 - Gráfico da participação relativa da população residente total dos municípios da ADRVALE em 2000.

Fonte: IBGE – Contagem Populacional de 1996, IBGE - Censo Demográfico de 2000 e dados primários

A tabela 16 apresenta a população residente total e por sexo para os municípios da

região da ADRVALE em 2000. Comparando-se a porcentagem da participação masculina

e feminina da região com o Estado de Santa Catarina. Percebe-se que há mais homens

do que mulheres na região, diferente do que ocorre no estado, onde existe maior

participação feminina na população, embora essa diferença seja pouco significativa.

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE

34

Tabela 16 - População Residente Total e por Sexo para os municípios da ADRVALE em 2000.

Homens Mulheres Municípios Total Geral

Total % Total %

Bombinhas 8.716 4.470 51,28% 4.246 48,72%

Botuverá 3.756 1.944 51,76% 1.812 48,24%

Brusque 76.058 37.386 49,15% 38.672 50,85%

Canelinha 9.004 4.554 50,58% 4.450 49,42%

Governador Celso Ramos 11.598 6.015 51,86% 5.583 48,14%

Guabiruba 12.976 6.613 50,96% 6.363 49,04%

Itapema 25.869 12.822 49,57% 13.047 50,43%

Major Gercino 3.143 1.629 51,83% 1.514 48,17%

Nova Trento 9.852 5.047 51,23% 4.805 48,77%

Porto Belo 10.704 5.387 50,33% 5.317 49,67%

São João Batista 14.861 7.481 50,34% 7.380 49,66%

Tijucas 23.499 11.744 49,98% 11.755 50,02%

Total ADRVALE 210.036 105.092 50.03% 104.944 49.96%

Total SC 5.356.360 2.669.311 49.83% 2.687.049 50.16%

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000.

Dos doze municípios da região, três apresentaram mais mulheres do que homens, com

destaque para os municípios de Governador Celso Ramos (51,86%) e Major Gercino

(51,83%).

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE

35

50,04%49,96%

Homens Mulheres

Figura 5 - Gráfica da participação relativa por sexo da população residente total da ADRVALE em 2000.

Fonte: IBGE – Censo Demográfico 2000 e Dados primários

A figura 5 apresenta a participação relativa por sexo da população residente total da

ADRVALE em 2000. Percebe-se que os homens representam 50,04% da população e as

mulheres 49,96% do total, mostrando um relativo equilíbrio entre homens e mulheres na

região.

A tabela 17 apresenta a população residente por grupos de idade segundo os municípios

da ADRVALE em 2000. A divisão por grupos de idade da região, acompanha

percentualmente a divisão por grupos do Estado de Santa Catarina. A faixa de 60 anos

ou mais representam a maior participação (3,44%) e, a faixa de 20 a 29 anos possui a

menor participação com 2,48% cada.

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE

36

Tabela 17 - População Residente, por grupos de idade, segundo os municípios da ADRVALE em 2000.

População residente

Grupos de Idade Municípios Total 0 a 4

anos 5 a 9 anos

10 a 19 anos

20 a 29 anos

30 a 39 anos

40 a 49 anos

50 a 59 anos

60 anos ou mais

Bombinhas 8.716 819 897 1.678 1.589 1.434 1.108 594 597

Botuverá 3.756 244 326 689 566 680 492 353 406

Brusque 76.058 5.634 6.492 14.363 13.497 13.821 10.354 5.648 6.249

Canelinha 9.004 821 913 1.765 1.598 1.444 1.000 695 768

Governador Celso Ramos 11.598 999 1.120 2.157 2.085 2.009 1.430 852 946

Guabiruba 12.976 1.012 1.200 2.408 2.246 2.407 1.763 879 1.061

Itapema 25.869 2.421 2.517 5.259 4.400 4.244 3.272 1.886 1.870

Major Gercino 3.143 222 278 623 479 448 380 287 426

Nova Trento 9.852 725 820 1.881 1.563 1.696 1.291 797 1.079

Porto Belo 10.704 985 1.049 2.154 1.791 1.799 1.287 715 924

São João Batista 14.861 1.188 1.351 2.967 2.610 2.553 1.737 1.147 1.308

Tijucas 23.499 1.971 2.361 4.758 4.051 3.815 2.845 1.665 2.033

Total ADRVALE 210.036 17.041 19.324 40.702 36.475 36.350 26.959 15.518 17.667

% Total Grupo de Idade sobre Total ADRVALE

100% 8,11% 9,20% 19,37% 17,36% 17,30% 12,83% 7,38% 8,41%

Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2000.

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE

37

394714

344620

355016

394516

374816

364915

394615

364223

354619

394615

374617

394616

Faixa Etáriaanos

0 a 1920 a 4950 ou mais

Figura 6 - Mapa Temático percentual por faixas etárias da população residente total da região do ADRVALE.

Fonte: Adaptado de IBGE – Censo Demográfico, 2000.

A figura 6 apresenta o mapa temático percentual por faixas etárias da população

residente total da ADRVALE. O município de Tijucas, Bombinhas e Canelinha são os

municípios que apresentam o maior número de jovens, com 39% de sua população

abaixo dos 19 anos, o município de Brusque apresenta 50% da sua população entre 20 e

49 anos, e o município de Major Gercino apresenta 23% de sua população acima dos 50

anos de idade.

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CAPÍTULO 1 – POPULAÇÃO RESIDENTE 2004 • ADRVALE

38

A figura 7 apresenta a participação relativa dos grupos de idade da ADRVALE em 2000.

Analisando a figura, percebe-se que 39,43% da população encontram-se entre 0 e 19

anos e 47.46% encontram-se entre 20 e 49 anos.

8,11%9,20%

19,38%

17,37%17,31%

12,84%

7,39%8,41% 0 a 4 anos

5 a 9 anos10 a 19 anos20 a 29 anos30 a 39 anos40 a 49 anos50 a 59 anos60 anos ou mais

Figura 7 - Gráfico da participação relativa da população residente dos grupos de idade dos municípios da ADRVALE em 2000

Fonte: IBGE – Censo Demográfico, 2000.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

39

1.4 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

A educação e a qualificação não são apenas necessidades econômicas, constituem-se

em direitos fundamentais e inalienáveis do ser humano. Este direito pode ser garantido

pela educação formal e informal, em todos os níveis de ensino, com base nos princípios

éticos de liberdade, igualdade, diversidade, participação, tolerância e solidariedade. Para

isso é necessário formar e capacitar professores, ter escolas em boas condições para

todos, criar uma didática de alta qualidade, ter materiais adequados para os alunos,

construir uma abordagem contemporânea para a educação na visão de sustentabilidade,

ter um currículo conectado aos desafios dos novos tempos, estabelecer uma conexão

adequada entre a escola e a vida e que assegure o acesso de todas as pessoas1.

São apresentados a seguir os Índices de Desenvolvimento Humano Municipal – IDH-M2,

Índice de Longevidade – IDHM-L3, Índice de Educação – IDHM-E4 e Índice de Renda –

IDHM-R, além da Esperança de Vida ao Nascer5, Taxa de Alfabetização de Adultos6,

Taxa Bruta de Freqüência Escolar7 e a Renda per capita8 para os anos de 1991 e 2000.

Esses índices foram preparados pelo Programa das Nações Unidas para

Desenvolvimento – PNUD9, e retratam, em parte, a realidade da educação para a região

dos municípios da ADRVALE.

1 Agenda 21 Catarinense, Documento Preliminar, Outubro de 2002. 2 Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M): É obtido pela média aritmética simples de três índices, referentes às dimensões Longevidade (IDHM-Longevidade), Educação (IDHM-Educação) e Renda (IDHM-Renda). 3 Índice do IDHM relativo à dimensão Longevidade: É obtida a partir do indicador esperança de vida ao nascer, através da fórmula: (valor observado do indicador - limite inferior) / (limite superior - limite inferior), onde os limites inferiores e superior são. 4 Índice do IDHM relativo à Educação: Obtido a partir da taxa de alfabetização e da taxa bruta de freqüência à escola, convertidas em índices por: (valor observado - limite inferior) / (limite superior - limite inferior), com limites inferior e superior. 5 Esperança de vida ao nascer (em anos): Número médio de anos que as pessoas viveriam a partir do nascimento. 6 Taxa de alfabetização de adultos (%): Percentual de pessoas acima de 15 anos de idade que sabem ler e escrever. 7 Taxa bruta de freqüência escolar (%): Proporção entre o número total de pessoas em todas as faixas etárias que freqüentam os cursos fundamentais, segundo grau ou superior em relação ao total de pessoas na faixa etária de 7 a 22 anos. 8 Renda per capitã (em R$ de 2000): Razão entre o somatório da renda de todos os indivíduos (incluindo aqueles com renda nula) e a população total. 9 Para maiores informações, acesse http://www.pnud.org.br/ e/ou http://www.undp.org

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

40

O Brasil melhorou sua posição no Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M)

nos últimos nove anos, passando de 0,709 em 1991, para 0,764 em 2000. A mudança

demonstra avanços brasileiros nas três variáveis que compõe o IDH-M: renda,

longevidade e educação. Em comparação com 1991, o índice aumentou em todos os

estados e em quase todos os municípios brasileiros. No ano 2000 do total de 5.507

municípios, 23 foram classificados de baixo desenvolvimento, 4.910 de médio e 574 de

alto desenvolvimento humano. Na classificação internacional, o Brasil continua sendo um

país de médio desenvolvimento humano10.

O Índice de Desenvolvimento Humano foi criado originalmente para medir o nível de

desenvolvimento humano dos países a partir de indicadores de educação (alfabetização

e taxa de matrícula), longevidade (esperança de vida ao nascer) e renda (PIB per capita).

O índice varia de 0 (nenhum desenvolvimento humano) a 1 (desenvolvimento humano

total). Países com IDH até 0,499 têm desenvolvimento humano considerado baixo; os

países com índices entre 0,500 e 0,799 são considerados de médio desenvolvimento

humano; países com IDH maior que 0,800 têm desenvolvimento humano considerado

alto. Para aferir o nível de desenvolvimento humano de municípios as dimensões são as

mesmas – educação, longevidade e renda -, mas alguns dos indicadores usados são

diferentes. Embora meçam os mesmos fenômenos, os indicadores levados em conta no

IDH municipal (IDHM) são mais adequados para avaliar as condições de núcleos sociais

menores11.

A tabela 18 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em 1991

e 2000 para a região da ADRVALE. Em 1991 todos os municípios são classificados, de

acordo com o PNUD, como sendo de médio desenvolvimento humano. No ano 2000,

80% dos municípios da região passaram a um bom desenvolvimento regional, com

destaque para Brusque (0,842) e Itapema (0,836) que possuem os melhores índices da

região.

10 Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, disponível em http://www.undp.org.br, acesso em 27/06/2003. 11 Novo Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, Entenda o cálculo do IDH Municipal, disponível em http://www.undp.org.br, acesso em 27/06/2003.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

41

Tabela 18 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) em 1991 e 2000 dos municípios da ADRVALE.

1991 2000 Variações

Municípios C

lass

ifica

ção

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Cla

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o

A

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IDH

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IDH

-M

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1/00

IDH

-M

Posi

ções

Bombinhas 68 6 0,737 92 7 0,810 9,91% -1

Botuverá 72 7 0,735 148 11 0,795 8,13% -4

Brusque 14 1 0,774 21 1 0,842 8,75% 0

Canelinha 94 8 0,728 143 10 0,796 9,27% -2

Governador Celso Ramos 137 10 0,716 170 12 0,791 10,50% -2

Guabiruba 27 2 0,761 36 4 0,829 9,04% -2

Itapema 98 9 0,725 26 2 0,836 15,31% 7

Major Gercino 187 12 0,697 127 9 0,799 14,59% 3

Nova Trento 40 3 0,750 69 6 0,815 8,66% -3

Porto Belo 138 11 0,715 114 8 0,803 12,30% 3

São João Batista 42 5 0,748 55 5 0,820 9,57% 0

Tijucas 41 4 0,748 27 3 0,836 11,73% 1

SC 0,785 0,806 2,67%

Região SUL 0.737 0.808 9,63%

BRASIL

0,742

0,764 2,96%

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

O município de Itapema foi o que mais ganhou posições, sete no total, de 2000 em

relação a 1991, e o município de Nova Trento perdeu três posições de 2000 em relação a

1991. Em 1991, nenhum município estava acima da média do Estado (0,785), e em 2000,

os municípios Brusque (0,842), Tijucas (0,838), Itapema (0,836), Guabiruba (0,829), São

João Batista (0,820), Nova Trento (0,815) e Bombinhas (0,810) encontravam-se acima da

média estadual (0,806).

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4

A

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m

A

2

P

CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

2

BombinhasBotuverá

BrusqueCanelinha

Governador Celso Ramos

GuabirubaItapema

Major Gercino

Nova Trento

Porto Belo

São João Batista

Tijucas

IDH-M

De 0 Até0,499 (0)

De 0,499 Até0,799 (4)De 0.799 Até 1 (8)

BombinhasBotuverá

BrusqueCanelinha

Governador Celso Ramos

GuabirubaItapema

Major Gercino

Nova Trento

Porto Belo

São João Batista

Tijucas

IDH-M

De 0 Até0,499 (0)

De 0,499 Até0,799 (4)De 0.799 Até 1 (8)

Figura 8 - Mapa Temático do IDH-M da ADRVALE em 2000.

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

figura 8 apresenta o mapa temático do IDH-M da região da em 2000. Destaca-se que

enhum município encontra-se abaixo do 0,499, ou seja, de desenvolvimento baixo.

uatro municípios encontram-se entre 0,499 e 0,799, ou seja, de desenvolvimento

édio, e acima de 0,799 são oito municípios, ou seja, de desenvolvimento alto.

figura 9 apresenta o crescimento percentual dos municípios da ADRVALE no IDH-M de

000 em relação a 1991. Os municípios de Itapema (15,31%), Major Gercino (14,59%) e

orto Belo (12,30%) obtiveram os maiores crescimentos percentuais.

Page 61: Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial … · 2012. 12. 11. · Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial ... 204 4.8.1 SENAC/SC–Serviço

CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

43

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

16,00%

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Tiju

cas

Porto

Bel

o

Maj

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erci

no

Itape

ma

Figura 9 - Gráfico do crescimento percentual do IDH-M de 2000 em relação a 1991 dos municípios da ADRVALE.

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

A tabela 19 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade

(IDHM-L) em 1991 e 2000 para os municípios da ADRVALE. Os municípios de

Canelinha, Nova Trento e Major Gercino apresentam o mesmo índice (0,851) em 2000.

Todos os municípios da região melhoraram o IDHM-L, sendo Itapema o que teve o maior

crescimento percentual com 14,23%, porém não ganhou nenhuma posição. Destaca-se

negativamente que os municípios de Botuverá e Bombinhas caíram, respectivamente,

sete e cinco posições de 2000 em relação a 1991.

Destaca-se que nenhum dos municípios da região do Vale do Rio Tijucas apresentaram o

índice IDHM-L menor que a média do Estado e do Brasil em 1991 e 2000.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

44

Tabela 19 - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal – Longevidade (IDHM-L) em 1991 e 2000 dos municípios da ADRVALE.

1991 2000 Variações

Municípios C

lass

ifica

ção

A

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VALE

Índi

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lo

ngev

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(IDH

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(IDH

M-L

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da a

o na

scer

(e

m a

nos)

% 9

1/00

Posi

ções

Guabiruba 1 0,822 74,30 4 0,850 76,03 3,50% -3

Botuverá 2 0,818 74,08 9 0,825 74,50 0,85% -7

Canelinha 3 0,815 73,91 2 0,851 76,09 4,46% 1

São João Batista 4 0,815 73,91 5 0,846 75,78 3,83% -1

Nova Trento 5 0,815 73,91 1 0,851 76,09 4,46% 4

Bombinhas 6 0,787 72,23 11 0,809 73,55 2,78% -5

Governador Celso Ramos 7 0,786 72,15 8 0,831 74,84 5,71% -1

Tijucas 8 0,770 71,21 6 0,846 75,78 9,89% 2

Major Gercino 9 0,770 71,21 3 0,851 76,09 10,56% 6

Brusque 10 0,758 70,47 7 0,834 75,01 10,00% 3

Porto Belo 11 0,725 68,51 10 0,817 74,04 12,71% 1

Itapema 12 0,697 66,79 12 0,796 72,74 14,23% 0

SC 0,691 66,46 0,762 71,34 10,27%

Região SUL 0,720 68,20 0,781 71,88 8,47%

BRASIL

0,638 64,73

0,670 68,61 5,02%

Fonte: Novo Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br e Secretaria do Estado do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SDM.

A figura 10 apresenta o gráfico do crescimento percentual do IDHM-L dos municípios da

região do Vale do Rio Tijucas de 2000 em relação a 1991. Os municípios de Itapema

(14,23%), Porto Belo (12,71%) e Major Gercino (10,56%) tiveram os maiores

crescimentos percentuais.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

45

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

16,00%

Botu

verá

Bom

binh

as

Gua

biru

ba

Gov

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Cel

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amos

Can

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ha

Maj

or G

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Nov

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ento

São

João

Batis

ta

Tiju

cas

Brus

que

Porto

Bel

o

Itape

ma

Figura 10 - Gráfico do crescimento percentual do IDHM-L de 2000 em relação a 1991 dos municípios da ADRVALE.

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

A tabela 20 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – Educação (IDHM-E) em

1991 e 2000 para os municípios da ADRVALE. Comparando-se o IDHM-E de 1991 da

região com o Estado de Santa Catarina, nenhum município encontrava-se abaixo de

0,722. Com relação a 2000, dois municípios encontram-se acima de 0,906. Com

destaque para o município de Brusque (0,912). Isso demonstra que o Estado melhorou

muito mais que os municípios da região nesse índice.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

46

Tabela 20 - Índice de Desenvolvimento Humano – Educação (IDHM-E) em 1991 e 2000 dos municípios da ADRVALE.

1991 2000 Variações

Municípios

Cla

ssifi

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VALE

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(IDH

M-E

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Cla

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DR

VALE

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ão

(IDH

M-E

)

Taxa

bru

ta d

e fr

eqüê

ncia

es

cola

r (%

)

Taxa

de

alfa

betiz

ação

de

adu

ltos

(%)

% 9

1/00

Posi

ções

Brusque 1 0,835 63,69 93,46 1 0,912 81,40 96,07 9,14% 0

Itapema 2 0,797 58,37 90,37 2 0,906 81,59 95,13 13,70% 0

Guabiruba 3 0,792 50,17 93,64 3 0,897 78,40 95,41 13,32% 0

Bombinhas 4 0,788 58,98 88,75 5 0,889 78,82 93,95 12,78% -1

São João Batista 5 0,779 55,01 89,37 6 0,887 76,99 94,59 13,87% -1

Nova Trento 6 0,775 53,38 89,51 7 0,877 76,00 93,61 13,26% -1

Tijucas 7 0,770 61,41 84,84 4 0,892 83,51 91,97 15,74% 3

Porto Belo 8 0,766 56,90 86,45 10 0,859 73,75 92,04 12,19% -2

Major Gercino 9 0,750 50,52 87,31 11 0,850 75,58 89,64 13,20% -2

Botuverá 10 0,750 48,69 88,12 8 0,866 74,66 92,56 15,49% 2

Canelinha 11 0,734 53,87 83,12 12 0,834 73,83 88,21 13,70% -1

Governador Celso Ramos 12 0,734 54,99 82,54 9 0,860 78,12 89,97 17,26% 3

SC 0,722 62.16 90.09 0,906 84.36 93.67 12.12%

Região SUL 0.804 64.49 83.94 0,896 88.37 92.49 11.43%

BRASIL

0,745 63,62 79,93

0,849 81,89 86,37 13,95%

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

47

A figura 11 apresenta o gráfico do crescimento percentual do IDHM-E de 2000 em

relação a 1991 dos municípios da região da ADRVALE. Os municípios de Governador

Celso Ramos (17,26%), Tijucas (15,74%) e Botuverá (15,49%) foram os que mais

cresceram percentualmente.

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

16,00%

18,00%

Brus

que

Porto

Bel

o

Bom

binh

as

Nov

a Tr

ento

Gua

biru

ba

Maj

or G

erci

no

Can

elin

ha

Itape

ma

São

João

Batis

ta

Botu

verá

Tiju

cas

Gov

erna

dor

Cel

so R

amos

Figura 11 - Gráfico do crescimento percentual do IDHM-E de 2000 em relação a 1991 dos municípios da região da ADRVALE.

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

A tabela 21 apresenta o Índice de Desenvolvimento Humano – Renda (IDHM-R) em 1991

e 2000 dos municípios da ADRVALE. Os municípios de Itapema (0,806), Brusque (0,780)

e Tijucas (0,769) possuem os melhores índices em 2000. O município de Major Gercino

(21,87) teve o maior crescimento percentual e subiu doze posições comparando 2000 em

relação a 1991. Na segunda série histórica três municípios tiveram um índice superior a

média do Estado de Santa Catarina. O índice do Brasil, assim como o Estado de Snata

Catarina, tiveram um acréscimo de (9,97%) e (6,16%), respectivamente, na renda per

capita, de 2000 em relação a 1991.

Page 66: Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial … · 2012. 12. 11. · Programa Catarinense de Desenvolvimento Regional e Setorial ... 204 4.8.1 SENAC/SC–Serviço

CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

48

Tabela 21 - Índice de Desenvolvimento Humano – Renda (IDHM-R) em 1991 e 2000 dos municípios da ADRVALE.

1991 2000 Variações

Municípios C

lass

ifica

ção

AD

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LE

Índi

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(IDH

M-R

)

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VALE

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(IDH

M-R

)

Ren

da p

er c

apita

(e

m R

$ de

200

0)

% 9

1/00

Posi

ções

Brusque 1 0,729 306,86 2 0,780 416,42 6,99% -1

Tijucas 2 0,703 263,99 3 0,769 391,48 9,35% -1

Itapema 3 0,681 230,53 1 0,806 486,66 18,32% 2

Guabiruba 4 0,669 214,21 4 0,741 329,97 10,79% 0

Nova Trento 5 0,660 203,15 8 0,715 283,63 8,44% -3

Porto Belo 6 0,655 197,61 5 0,733 316,01 11,96% 1

São João Batista 7 0,650 191,18 7 0,725 300,33 11,60% 0

Botuverá 8 0,638 178,74 11 0,695 250,29 8,80% -3

Canelinha 9 0,636 175,75 9 0,701 260,27 10,31% 0

Bombinhas 10 0,635 174,84 6 0,731 311,56 15,19% 4

Governador Celso Ramos 11 0,627 167,34 12 0,681 231,23 8,60% -1

Major Gercino 12 0,571 119,30 10 0,696 252,06 21,87% 2

SC 0,682 232,26 0,750 348,72 9,97%

Região SUL 0,687 239,95 0,746 342,61 8,58%

BRASIL

0,681 230,30

0,723 297,23 6,16%

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

A figura 12 apresenta o gráfico do crescimento percentual do IDHM-R de 2000 em

relação a 1991 dos municípios da ADRVALE. Os municípios de Major Gercino (21,87%),

Itapema (18,32%) e Bombinhas (15,19%) obtiveram os maiores crescimentos

percentuais.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

49

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

Brus

que

Gov

Cel

so R

amos

Nov

a Tr

ento

Botu

verá

Tiju

cas

Gua

biru

ba

Can

elin

ha

São

João

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Porto

Bel

o

Bom

binh

as

Itape

ma

Maj

or G

erci

no

Figura 12 - Gráfico do crescimento percentual do IDHM-R de 2000 em relação a 1991 dos municípios da ADRVALE.

Fonte: Atlas de Desenvolvimento Humano Municipal, disponível em http://www.undp.org.br.

1.5 Instituições de Cultura

Para a cultura, a premissa básica é a de inserir - através do diálogo entre os saberes

populares, os saberes tradicionais e os saberes científicos - os movimentos, atividades e

ações da cultura popular, num contexto mais amplo, onde se possa obter apoio para a

sua valorização como postura identificatória de grupos tradicionais. O maior obstáculo é a

falta de investimento e de reconhecimento do valor de suas manifestações para ajudar na

solução de problemas sociais12.

A tabela 22 apresenta as instituições ligadas à cultura segundo os municípios da

ADRVALE em 1999. O município de Brusque é o que apresenta o maior número de

instituições ligadas a cultura. Com um grande apoio à cultura, Brusque oferece aos seus

moradores e visitantes uma biblioteca pública, dois museus, três teatros e um cinema.

12 Agenda 21 Catarinense, Documento Preliminar, Outubro de 2002.

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CAPÍTULO 1 – IDH-M 2004 • ADRVALE

50

Tabela 22 - Instituições ligadas à cultura, por tipo de instituições, segundo os municípios da ADRVALE em 1999.

Tipo de Instituições

Municípios Total Bibliotecas Públicas Museus

Teatros/ Casa de

Espetáculos Cinemas

Bombinhas 2 1 1 -

Botuverá 1 1 - - -

Brusque 7 1 2 3 1

Canelinha - - - - -

Governador Celso Ramos 1 1 - - -

Guabiruba 1 1 - - -

Itapema 2 1 1 - -

Major Gercino 1 1 - - -

Nova Trento - - - - -

Porto Belo 2 1 - - 1

São João Batista 1 1 - - -

Tijucas 1 1 - - -

Total ADRVALE 19 10 4 3 2

Total SC 540 345 109 37 49

% ADRVALE sobre SC 3,51% 2,89% 3,66% 8,10% 4,08%

Fonte: Anuário Estatístico de Santa Catarina, 2000.

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C

1.6 Infra-Estrutura

Um dos fatores externos que influenciam a competitividade das empresas é a infra-

estrutura pública. A deterioração da base física e da qualidade dessa infra-estrutura no

Brasil, após mais de uma década de instabilidade macroeconômica, colapso do

financiamento e do investimento públicos, constitui um grande entrave ao esforço de

reestruturação competitiva da indústria3.

3 P

APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

51

Figura 13 - Mapa de Santa Catarina com as principais rodovias, aeroportos e portos.

Fonte: Ministério dos Transportes. Acesso em 18 de junho de 2003. http://www.transportes.gov.br

COUTINHO, Luciano; FERRAZ, João Carlos. Estudo da Competitividade da Indústria Brasileira. Campinas, SP: apirus, 1994. P. 145.

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5

São apresentadas a seguir informações sobre o sistema rodoviário, ferroviário, hidroviário

e aeroviário da região dos municípios da ADRVALE. A figura 13 mostra o Estado de

Santa Catarina e as principais rodovias federais e estaduais, aeroportos e portos.

A

D

c

C

p

d

C

r

d

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

2

Figura 14 - Mapa das Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina.

Fonte: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.

figura 14 apresenta o mapa com as Oportunidades de Negócios para o

esenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina – ONDEE-SC, elaborado

om suporte técnico e a co-supervisão da Federação das Indústrias do Estado de Santa

atarina (FIESC), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL). O ONDEE-SC foi preparado

ela ADTP – Agência de Desenvolvimento Tietê Paraná. Vale ressaltar que o conteúdo

o ONDEE-SC não representa, necessariamente, a visão do governo do Estado de Santa

atarina, da FIESC, do IEL ou dos patrocinadores. É uma visão integrada e orientada,

epresentando o contexto atual e os projetos de infra-estrutura para o mercado de uma

eterminada região.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

53

Trata-se de um processo de identificação de oportunidades para investimento em

projetos estruturantes de infra-estrutura, aqueles empreendimentos-chave que permitam

promover ou estimular o desenvolvimento, particularmente nos setores em que Santa

Catarina goza de vantagens naturais. Busca oferecer visão prospectiva e dentro dela

levantar os projetos essenciais para sua efetiva realização. Entre os projetos âncoras

são:

Gasoduto TransCatarinense: construção de um gasoduto com aproximadamente

650 quilômetros, 32 polegadas, capacidade para transportar 30 milhões de m3/dia,

que, entrando pela região Oeste do Estado conecta-se com a região de Joinville. Com

intuito de formar um importante elo estratégico na emergente rede brasileira de

gasodutos. Entre os benefícios para o Estado está um forte estímulo ao

desenvolvimento econômico e social no interior do Estado; aumento de

competitividade para segmentos industriais importantes; aumento da segurança

energética no Estado inteiro. O valor aproximado é de R$ 1,25 bilhão.

Ferrovia TransCatarinense: ligação ferroviária do interior até o litoral de Santa

Catarina. A Ferrovia TransCatarinense será, potencialmente, trecho integrante da

Ferrovia Bioceânica.

Complexo Portuário de Babitonga: ampliação do complexo do porto de São

Francisco do Sul.

Reflorestamento em Escala Comercial: proposta ousada, que visa transformar o

Estado de Santa Catarina em um dos principais pólos nacionais que fornecem

matéria-prima florestal, com possibilidade para atender todos os integrantes da cadeia

produtiva do setor madeireiro. Estima-se reflorestar um milhão de hectares com

espécies do gênero pinus em regiões apropriadas do território catarinense,

eliminando o déficit de madeira para uso industrial, além de contribuir para elevação

da renda rural e para preservação do meio ambiente no Estado. Ampliação da renda,

dos empregos e da arrecadação de impostos para o governo estadual e municipal;

fixação do proprietário rural e sua família no campo; uso de terras inaptas à

agricultura; segurança no fornecimento de matéria-prima, garantindo a ampliação da

cadeia produtiva do setor madeireiro. Valor aproximado de R$ 1,5 bilhão ao longo de

20 anos.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

54

1.6.1 Transporte Rodoviário

A região da ADRVALE é servida pelas rodovias estaduais: SC 413, SC 470, SC 412,

além da rodovia federal BR-101, BR 470 e BR 486 (pavimentadas).

Tabela 23 - Principais distâncias (em km)

Município Florianópolis Curitiba Porto Alegre

Brusque 108 250 585

Tijucas 90 230 566

Itapema 110 190 586

Fonte: www.dnit.gov.br. DNIT - Departamento Nacional de Infra-Estrutura Terrestre. Distâncias entre as cidades.

A duplicação do trecho sul da BR-101, de Palhoça (SC) a Osório (RS) representa 288,9

quilômetros, a fim de solucionar o gargalo rodoviário do sul do país. O trecho foi projetado

para um fluxo de 4,6 mil veículos/dia quando atualmente, o fluxo é de 18.000

veículos/dia. Este trecho representa um importante eixo de ligação do sul do Brasil e dos

países do MERCOSUL com o restante do país e vice e versa, além de ser a ligação da

região sul com os principais portos e aeroportos do país. O seu custo é estimado em US$

800 milhões. A figura 15 apresenta o mapa com os pontos mais perigosos do trecho sul

da BR-101, de Palhoça/SC até Osório/RS.

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C

A

APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

55

Figura 15 - Pontos mais perigosos da BR-101 Sul – Palhoça/SC a Osório/RS.

Fonte: ClicRBS. Especial 101. Internet: http://www.clicrbs.com.br/br101

figura 16 apresenta o mapa da região do ADRVALE, com as principais rodovias.

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CAP

ÍTU

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56

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out/2

003

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C

1.6.2 Transporte Ferroviário

O transporte ferroviário do Estado de Santa Catarina é operado através da empresa

concessionária América Latina Logística – ALL. A ALL foi fundada em março de 1997,

quando a Ferrovia Sul Atlântico venceu o processo de privatização da malha sul da Rede

Ferroviária Federal, passando a operar a malha nos estados do Paraná, Santa Catarina e

Rio Grande do Sul. A figura 17 apresenta o mapa das linhas férreas que a América Latina

Logística tem concessão, o qual duas de suas linhas cortam o Estado de Santa Catarina.

São as ferrovias Mafra-Lages a leste, e Porto União-União da Vitória-Uruguai a oeste.

O

u

E

APÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

57

Figura 17 - Mapa Geral das linhas férreas da América Latina Logística – ALL

Fonte: Ministério dos Transportes – Internet: http://www.transportes.gov.br/bit/ferro/all/mapa-all.jpg acesso em 30/06/03

mapa da Ferrovia TransCatarinense, figura 18, apresenta a construção e operação de

ma ferrovia destinada ao transporte de carga, principalmente entre o centro e oeste do

stado e os portos. Uma nova ferrovia que, certamente, vai oferecer condições

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58

interessantes de operação. Pode ser construída como projeto privado, público ou misto,

dependendo do resultado de um estudo de viabilidade econômica. Grande potencial para

promover o crescimento econômico e a melhoria das condições sociais no interior do

Estado, com impacto significativo nos setores de aves, suínos, madeira reflorestada e

seus derivados. O valor aproximado é de R$ 1 bilhão.

Fon

A fig

cons

cata

Inclu

dese

inter

por

obra

proje

cruz

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

Figura 18 - Mapa da Ferrovia TransCatarinense.

te: ONDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.

ura 19 apresenta o mapa com o projeto da ferrovia litorânea, com o objetivo da

trução e/ou operação de uma ferrovia de carga, com 235,6km, percorrendo o litoral

rinense e interligando os principais portos às grandes cidades da faixa litorânea.

i conexões com a rede ferroviária existente. Com grande potencial para promover o

nvolvimento, não somente na faixa litorânea, mas também em regiões produtoras do

ior. Potencial para aumentar as cargas de outros Estados, exportadas ou importadas

meio dos portos catarinenses, aumentando, desta forma, a receita fiscal do Estado. A

tem valor aproximado de R$ 415 milhões. A figura 20 apresenta o mapa com o

to em estado embrionário visando à construção e a operação de uma ferrovia que

a o continente sul-americano, ligando os oceanos Atlântico e Pacífico. Poderá

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CAPÍTULO

aproveitar os trechos ferroviários existentes, conforme for apropriado. Deve ser analisada

conjuntamente com o projeto Ferrovia TransCatarinense. Pode ser construída como

projeto privado, público ou misto, dependendo do resultado de estudo de viabilidade

econômica.

Fonte: O

Embora

Bioceân

regiões

condiçõ

de aves

compet

cerâmic

1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

59

Figura 19 - Mapa da Ferrovia Litorânea.

NDEE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.

não se trate de um projeto catarinense, em termos geográficos, a Ferrovia

ica teria, potencialmente, enorme impacto para a economia do Estado e para as

Sul e Sudeste do Brasil. Estimularia o crescimento econômico e melhoraria as

es sociais no interior de Santa Catarina, com impacto, principalmente, nos setores

, suínos, madeira reflorestada e seus derivados. Poderia melhorar também a

itividade dos setores de manufaturados do leste catarinense, principalmente

a e metal-mecânico, nos mercados asiáticos.

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60

Fonte: OND

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

Figura 20 - Mapa da Ferrovia Bioceânica.

EE-SC. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-EST

1.6.3 Transporte Hidroviário

Fonte: S

A região dos mun

Santa Catarina:

Porto de ImbituDesembarque de f

acostagem estão d

extensão:

Cais velho ou

compreendend

1.600m2 e capa

Cais novo, com

É atendido po

25.000m2, perm

Cais ro-ro, de 2

retaguarda, de

RUTURA 2004 • ADRVALE

61

Figura 21 - Portos Catarinenses

ANTUR. Internet: http://www.santur.sc.gov.br Acesso em: 04/set/2003.

icípios da ADRVALE tem a sua disposição três portos no Estado de

ba – As principais atividades desempenhadas pelo porto são:

ertilizante e soda cáustica e embarque de açúcar. As instalações de

istribuídas em quatro trechos distintos de cais, totalizando 582m de

cais de carvão, com 160m de comprimento e 9,5m de profundidade,

o um berço, servido por um pátio descoberto, para coque, com

cidade de 5.000t, e dois berços para carga geral.

250m de comprimento, contendo três berços e 10m de profundidade.

r um pátio descoberto, para contêineres e carvão, com área de

itindo a estocagem de 90.000t.

4m, com profundidade de 7,5m, servido por um pátio descoberto, de

5.000m2.

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62

O porto possui, ainda, dois tanques para soda cáustica, com capacidade de 8.760t. Os

armazéns junto à Indústria Carboquímica Catarinense S.A. (ICC), com 19 módulos, estão

arrendados a Biogran Produtos Agrícolas e Naturais Ltda. e são utilizados para salitre.

Porto de São Fprodutos movime

serrada, milho, fr

motocompressore

Joinville, a maio

regiões economi

Mafra. Podendo

Paraná, bem com

infra-estrutura de

76.500 m3, numa

sólido da Comp

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

Figura 22 - Porto de Imbituba

Fonte: Porto de Imbituba.http://www.cdiport.com.br

rancisco do Sul – essencialmente exportador tem como principais

ntados em seu cais a soja (grãos, farelo e óleo), azulejos, madeira

angos congelados, papel Kraft, motores elétricos, móveis de madeira,

s, autopeças e têxteis, entre outros. O porto está situado a 40 Km de

r cidade do Estado. A malha ferroviária conecta o porto com várias

camente importantes através da estrada de ferro 485, na cidade de

deste ponto ser acessada com São Paulo, Porto Alegre e o oeste do

o todo o Mercosul, interligando os oceanos Pacíficos e Atlântico. Sua

armazenagem conta com três armazéns internos com capacidade de

área total de 13.500m2. Existem na retaguarda os armazéns de granel

anhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (CIDASC), que tem

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTU

capacidade estática total de 120 mil toneladas, e tanque para óleo vegetal com

capacidade nominal para 9 mil m³. 4

Figu

Fonte:

Porto de Itajaí – Os

madeiras, móveis, fran

papel, entre outros. S

estocagem de produt

contêineres. Os usuá

equipamentos, com ca

suas mercadorias. A

informatizadas. O Port

(porto seco), totalment

armazenagem coberta

m² de área. Esse por

igualando-se aos princi

4 SANTA CATARINA. Adminhttp://www.apsfs.sc.gov.br/ 5 PORTO DE ITAJAÍ. Instalaç

http://www.portoitajai.com.br/

RA 2004 • ADRVALE

63

ra 23 - Foto do Porto São Francisco do Sul

Porto de São Francisco do Sul. http://www1.apsfs.sc.gov.br

principais produtos movimentados são têxteis, motores elétricos,

gos congelados, azulejos e pisos, açúcar e derivados de petróleo,

uas instalações têm mais de 15.000 m² de área coberta para

os e 38.000 m² de área descoberta para armazenagem de

rios do Porto de Itajaí têm a sua disposição mais de 70

pacidade de 1 a 37 toneladas para auxílio na carga e descarga de

s unidades operacionais do Porto de Itajaí são totalmente

o de Itajaí conta ainda com uma Estação Aduaneira de Interior

e alfandegada e sincronizada com o Porto, com 31.500 m² para

e pátios de armazenagem de contêineres com mais de 120.000

to chega a movimentar uma média de 10 contêineres por hora,

pais portos do mundo.5

istração do Porto de São Francisco do Sul. Acesso em 20 de junho de 2003.

ões e Maquinários. Capturado em 13 de outubro. 2000. On-line. Disponível na Internet instal.htm

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

64

Figura 24 - Foto do Porto de Itajaí

Fonte: Porto de Itajaí. http://www.transportes.gov.br/bit/portos/itajai/poitajai.htm

Tabela 24 - Distância Rodoviária em Km, dos municípios da região da ADRVALE, aos municípios onde estão localizados os portos de Itajaí e São Francisco do Sul.

Município Imbituba Itajaí São Francisco do Sul

Brusque 183 39 136

Tijucas 126 24 230

Itapema 140 38 244

Fonte: SANTA CATARINA. Departamento de Infra-Estrutura. Distâncias entre as cidades.

PORTO DE ITAJAÍ. Sobre o Porto. Capturado em 20 de junho. 2003. On-line. Disponível na Internet http://www.portoitajai.com.br/institucional/sobre.php

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CAPÍTULO 1 – INFRA-E

1.6.4 Transporte Aeroviário

O estado de Santa Catarina dispõe de 32 aeroportos. Dentre os públicos, 16 têm pistas

pavimentadas, sendo que seis estão capacitados para operações de pousos e

decolagens por instrumento e noturna.

Fonte

A região da ADR

Navegantes e Flo

Aeroporto Apistas asfalta

grandes pólo

Jaraguá do S

Aeroporto dpossui pistas

aeroporto de

cidades situa

Tijucas, Pom

Balneário Ca

STRUTURA 2004 • ADRVALE

65

Figura 25 - Aeroportos Catarinenses

: SANTUR. Internet: http://www.santur.sc.gov.br Acesso em: 04/set/2003.

VALE tem a sua disposição os aeroportos polarizadores de Joinville,

rianópolis.

fonso Pena – localizado no município de Joinville, este aeroporto possui

das, dimensões de 1.640m x 45m e uma altitude de 4 metros. Atende a

s regionais, como a região de Joinville, Blumenau e à própria região de

ul.

e Navegantes – Localiza-se no município de Navegantes. O aeroporto

asfaltadas, dimensões de 1.700m x 45m e altitude de 5 metros. O

Navegantes foi inaugurado em 19/10/1978. Atende principalmente, as

das no vale do Itajaí, como Blumenau, Brusque, Gaspar, Porto Belo,

erode, Penha e Piçarras e as cidades turísticas litorâneas, como

mboriu, Itajaí e o parque do Beto Carrero World em Penha. O acesso ao

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

66

aeroporto pela cidade de Blumenau é por meio da BR 101 e BR 470; por Itajaí o

acesso deverá ser feito pelo ferry boat, na travessia do rio Itajaí-Açu, que separa as

duas cidades.

Aeroporto Internacional Hercílio Luz – Localiza-se no município de Florianópolis. É

um aeroporto internacional compartilhado, com dimensões de 2.300m x 45m e

1.500m x 45m e altitude de 6 metros. Atende principalmente à demanda do turismo,

em especial no verão, de pessoas vindas da Argentina.

Tabela 25 - Distância Rodoviária em Km, dos municípios da região da ADRVALE, aos municípios onde estão localizados os aeroportos.

Município Joinville Navegantes Florianópolis

Brusque 120 59 108

Tijucas 101 44 90

Itapema 87 58 110

Fonte: SANTA CATARINA. Departamento de Estradas e Rodagens. Distâncias entre as cidades.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

67

1.6.5 Energia Elétrica

Conforme a figura 26 o maior consumo de energia elétrica encontram-se no setor

industrial com 58,47% e o residencial, com 25,99%.

25,99%

58,47%

13,33% 2,21%

Residencial

Industrial

Comercial

Rural

Figura 26 - Consumo Anual de Energia Elétrica (mercado CELESC), por classe de consumidores, da ADRVALE em 2001.

Fonte: CELESC, 2001 apud Anuário Estatístico de Santa Catarina, 2001.

A tabela 26 apresenta o consumo de energia elétrica por classes de consumidores e

municípios da ADRVALE em 2001. Os municípios de Laguna e Tubarão são os maiores

consumidores de energia elétrica da ADRVALE.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

68

Tabela 26 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região e classe de consumidores da ADRVALE em 2001

Classe de Consumidores (kw/h) Municípios Total

Residencial Industrial Comercial Rural

Bombinhas 23.937.115 14.005.622 2.036.081 5.793.954 9.665

Botuverá 17.301.328 1.494.632 13.459.062 464.452 1.522.621

Brusque 381.331.661 65.076.180 255.928.723 47.719.091 1.364.359

Canelinha 16.040.416 4.516.937 8.277.701 1.051.292 1.160.762

Governador Celso Ramos 14.515.891 8.646.324 1.175.233 2.030.576 952.658

Guabiruba 33.046.747 9.914.659 16.327.502 4.714.700 780.267

Itapema 59.692.684 34.882.733 4.517.839 15.259.012 448.215

Major Gercino 4.052.915 520.768 43.998 213.520 3.040.386

Nova Trento 15.405.602 4.493.106 5.644.669 1.768.758 2.021.848

Porto Belo 26.998.816 10.346.119 8.254.682 3.980.323 125.355

São João Batista 24.536.092 9.078.321 8.833.386 2.411.054 2.239.140

Tijucas 106.173.739 16.036.024 78.187.322 6.373.645 1.554.664

Total ADRVALE 723.033.006 179.011.425 402.686.198 91.780.377 15.219.940

Total SC 12.633.300.853 2.976.195.291 5.652.084.908 1.652.457.119 1.288.636.687

% ADRVALE sobre SC 5,72% 6,01% 7,12% 5,55% 1,18%

Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.

A tabela 27 apresenta o consumo de energia elétrica por municípios da classe industrial

da ADRVALE de 1999 a 2001. Os municípios de Brusque e Tijucas são os principais

consumidores da região. A média de crescimento da região de 2000 em relação a 1999

foi de 9,03%. O município de Nova Trento teve um crescimento de 36,53% no consumo

de 2000 em relação a 1999.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

69

Tabela 27 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região da classe industrial da ADRVALE em 1999 a 2001

Industrial (kWh) Municípios

1999 2000 Variação 99/00 2001 Variação

00/01

Bombinhas 1.401.243 1.645.505 17,43% 2.036.081 23,74%

Botuverá 9.155.058 11.330.001 23,76% 13.459.062 18,79%

Brusque 222.980.941 237.427.917 6,48% 255.928.723 7,79%

Canelinha 7.206.553 7.466.460 3,61% 8.277.701 10,87%

Governador Celso Ramos 771.088 996.472 29,23% 1.175.233 17,94%

Guabiruba 14.144.695 16.011.879 13,20% 16.327.502 1,97%

Itapema 3.501.465 3.665.968 4,70% 4.517.839 23,24%

Major Gercino 36.873 46.824 26,99% 43.998 -6,04%

Nova Trento 3.843.341 5.247.165 36,53% 5.644.669 7,58%

Porto Belo 7.071.766 7.324.636 3,58% 8.254.682 12,70%

São João Batista 6.324.757 7.842.948 24,00% 8.833.386 12,63%

Tijucas 62.513.912 70.548.160 12,85% 78.187.322 10,83%

Total ADRVALE 338.951.692 369.553.935 9,03% 402.686.198 8,97%

Total SC 4.974.569.138 5.405.468.541 8,66% 5.652.084.908 4,56%

% ADRVALE sobre SC 6,81% 6,83% 7,12%

Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.

A tabela 28 apresenta o consumo de energia elétrica por municípios da região da classe

rural da ADRVALE de 1999 a 2001. A média de crescimento de 2000 em relação a 1999

foi de 7,73%. Os municípios de Major Gercino, e São João Batista são os maiores

consumidores da região. O município de Bombinhas teve um crescimento de 31,55% de

2000 em relação a 2001.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

70

Tabela 28 - Consumo de Energia Elétrica por municípios da região da classe rural da ADRVALE em 1999 a 2001

Rural (kWh) Municípios

1999 2000 Variação 99/00 2001 Variação

00/01

Bombinhas - 7.347 - 9.665 31,55%

Botuverá 1.558.057 1.652.163 6,04% 1.522.621 -7,84%

Brusque 1.197.791 1.324.442 10,57% 1.364.359 3,01%

Canelinha 918.168 925.800 0,83% 1.160.762 25,38%

Governador Celso Ramos 831.113 878.793 5,74% 952.658 8,41%

Guabiruba 753.011 783.581 4,06% 780.267 -0,42%

Itapema 367.298 417.022 13,54% 448.215 7,48%

Major Gercino 2.656.628 2.767.224 4,16% 3.040.386 9,87%

Nova Trento 1.946.051 2.007.132 3,14% 2.021.848 0,73%

Porto Belo 88.003 115.546 31,30% 125.355 8,49%

São João Batista 1.567.147 1.941.166 23,87% 2.239.140 15,35%

Tijucas 1.221.306 1.297.011 6,20% 1.554.664 19,87%

Total ADRVALE 13.104.573 14.117.227 7,73% 15.219.940 7,81%

Total SC 1.152.294.307 1.241.001.426 7,69% 1.288.636.687 3,83%

% ADRVALE sobre SC 1,13% 1,13% 1,18%

Fonte: CELESC – Centrais Elétricas de Santa Catarina.

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CAPÍTULO 1 – INFR

1.6.6 Gás Natural

O Gasoduto Bolívia-Brasil transporta para o Brasil o gás natural proveniente da Bolívia.

Em Santa Catarina (ver figura 27), o gasoduto cruza o estado a partir de Guaruva, divisa

com o Paraná, até a cidade de Timbó do Sul, na divisa com o Rio Grande do Sul,

passando a leste de Blumenau.

O gás natura

modernização

Entre as princi

Menor cus

Maior vida

Inexistênci

A-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

71

Figura 27 - Mapa da rede de distribuição da SCGás.

Fonte: SCGás. Internet: http://www.scgas.com.br Acesso em: 11/jul/2003.

l deve contribuir para o aumento da produtividade, competitividade e

da indústria local, substituindo o carvão, a lenha e o óleo combustível.

pais vantagens do gás natural estão:

to de manutenção;

útil dos equipamentos;

a de custo de estocagem;

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

72

Melhoria dos padrões ambientais, pois a combustão completa evita impurezas e

resíduos poluentes, além disso, não necessita de frete rodoviário.

Figura 28 - Mapa de distribuição da SCGás na região da ADRVALE próximo ao município de Brusque.

Fonte: SCGás. Internet: http://www.scgas.com.br Acesso em: 27/abr/2004.

A rede de distribuição é a forma como a SCGÁS transporta o gás natural até o

consumidor. Atravessa todo o Estado de Santa Catarina, com 480 km de extensão e

atendendo 25 municípios do Estado. Dessa forma, entre as 23 distribuidoras de gás

natural, a SCGÁS é a 2ª distribuidora do país em número de municípios atendidos e a 3ª

em extensão de rede de distribuição. Os segmentos industriais que já estão consumindo

o Gás Natural são Têxtil, Metal-mecânico, Cerâmica Vermelha, Vidros, Cristais e

Cerâmico.

A disseminação do uso do gás natural pressupõe a necessidade da divulgação de seus

benefícios (inclusive para médias e pequenas empresas) e a existência de profissionais e

equipamentos adequados aos seus diferentes contextos de utilização.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

73

Figura 29 - Mapa de distribuição da SCGás na região da ADRVALE próximo ao município de Tijucas.

Fonte: SCGás. Internet: http://www.scgas.com.br Acesso em: 27/abr/2004.

A figura 29 apresenta o mapa do Gasoduto da Integração – GASIN com

aproximadamente 5.250 quilômetros em seu traçado total — ver detalhamento abaixo —

e capacidade para transportar cerca de 60 milhões de m3/dia de gás natural, ligando os

campos produtores da Argentina e Bolívia com os mercados consumidores das Regiões

Sul, Sudoeste e Centro-Oeste do Brasil, constituindo-se em mais um elo da emergente

rede brasileira gasodutos — conhecer também o projeto Gasoduto TransCatarinense no

ONDEE-SC. Viabilizando o desenvolvimento de usinas termelétricas próximas a centros

consumidores e em locais estratégicos do sistema de transmissão; diversificar as

potencialidades da matriz energética do Estado; promover o desenvolvimento econômico

e social nos municípios da área de influência do traçado do gasoduto; incrementar a

receita fiscal. Com valor aproximado de US$ 5 bilhões.

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74

Fonte: ONDEE-S

1.6.7 Teleco

O Estado de

eficiente, que

som e imagem

marítimo, perm

planeta.

CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

Figura 30 - Mapa do Gasoduto da Integração – GASIN

C. Oportunidades de Negócios para o Desenvolvimento Econômico e Estratégico de Santa Catarina. Instituto Euvaldo Lodi de Santa Catarina, Setembro de 2002.

municações

Santa Catarina dispõe de um sistema de comunicações relativamente

permite contatos com qualquer localidade do país e do exterior por meio de

, texto, dados e voz. Além disso, o estado está interligado ao serviço móvel

itindo contato por telefone ou envio de mensagem para qualquer ponto do

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

75

Tabela 29 - Linhas telefônicas instaladas na ADRVALE em 2000.

Municípios Domicílios Totais Linhas telefônicas Instaladas

Part % no total de domicílios

Bombinhas 2.470 677 27,41%

Botuverá 1.091 302 27,68%

Brusque 22.017 10.813 49,11%

Canelinha 2.481 789 31,80%

Governador Celso Ramos 3.340 1.190 35,63%

Guabiruba 3.648 792 21,71%

Itapema 7.533 1.633 21,68%

Major Gercino 904 138 15,27%

Nova Trento 2.775 775 27,93%

Porto Belo 3.096 878 28,36%

São João Batista 4.296 1.468 34,17%

Tijucas 6.596 2.570 38,96%

Total 60.247 22.025 36,56% Fonte: SDE – Anuários Estatística de Santa Catarina – 2001.

A principal concessionária dos serviços de telecomunicações de SC, TELESC Brasil

Telecom S.A., atende aos 293 municípios do estado. No âmbito nacional, o atendimento

é feito através da Embratel – Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A., da Intelig

Telecomunicações Ltda. e da GVT – Global Village Telecom.

A tabela 29 apresenta o número de linhas telefônicas instaladas em 2000. A média da

participação percentual de residências com linhas telefônicas é de 36,56 % em 2000. Os

municípios de Brusque (49,11%), Tijucas (38,96%) e Governador Celso Ramos (35,63%)

possuem as maiores participações relativas de linhas instaladas. O município de Major

Gercino possui a menor participação com 11,50%.

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

76

1.6.8 Água e Saneamento

Em Santa Catarina os Sistemas de Abastecimento de Água, operados pela Casan,

beneficiam 322 localidades e um Município do Estado do Paraná. Além do abastecimento

de água, os 27 sistemas de Esgotos Sanitários operados pela Casan, atendem a 16

Municípios e 2 Distritos.6

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente de

Santa Catarina, “com relação ao abastecimento de água o Estado possui uma cobertura

de aproximadamente 90% da população urbana em água tratada, não se podendo

garantir, no entanto, que a quantidade de água oferecida à população possua um

controle da qualidade adequado”. Em termos de esgotamento sanitário no estado,

apenas 6,85% da população urbana possui coleta de esgoto e apenas parte desse

volume coletado consegue ter tratamento satisfatório. De acordo com estudos realizados,

Santa Catarina, a fim de resgatar o déficit sanitário em coleta e tratamento de esgoto

sanitário, necessitaria investir em média 0,37% de seu PIB por ano para atingir uma meta

de atendimento de 41% da população urbana do estado em 10 anos.7

De acordo com dados da Secretaria do Desenvolvimento Municipal – SDM, referente ao

lançamento de esgotos industriais, tem-se que:

27,47% lançam na rede pública com tratamento e 72,53% sem tratamento; e.

26,08% lançam diretamente em cursos d’água com tratamento e 73,92% sem

tratamento.

Em nível estadual, são disponibilizadas pela SDM as seguintes informações:

aproximadamente 50% dos municípios utilizam o sistema individual de tratamento;

28,11% dos municípios utilizam o sistema de coleta de águas pluviais com um

sistema unitário de coleta;

6 SANTA CATARINA. Companhia Catarinense de Águas e Saneamento. Capturado em 18 de junho de 2003. On-line. Disponível na Internet http://www.casan.com.br 7 SANTA CATARINA. Secretaria de Estado do Desenvolvimento Social, Urbano e Meio Ambiente. Capturado em 18 de junho de 2003. On-line. Disponível na Internet: http://www.sds.sc.gov.br/

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CAPÍTULO 1 – INFRA-ESTRUTURA 2004 • ADRVALE

77

25,91% utilizam vala negra8 para dispor os dejetos; e.

22,72% lança diretamente nos cursos d’água a carga orgânica proveniente do

esgotamento sanitário doméstico.

A população atendida na região da ADRVALE por serviços de coleta de resíduos sólidos

corresponde a 82,58% da população urbana da Região (173.448 habitantes), ficando

sem atendimento 17,42% da população (36.558 habitantes). Tomando como referência a

média per capita de resíduos sólidos gerados de 1,00 kg/habitantes/dia, estima-se que

são gerados na Região 210,9 ton/dia. Na área urbana são produzidas 178 ton/dia

(88,40% do total).

Tabela 30 - Resíduos sólidos por municípios da ADRVALE em 1999

Municípios

Popu

laçã

o co

m

cole

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% A

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Adm

Col

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Sele

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Des

tino

Dom

éstic

o

Bombinhas - - - - - - - -

Botuverá 357 44,44 - - - Adm. Direta Não possui Lixão

Brusque 73.167 100,00 1,14 86.824 83.619 Adm. Direta Não possui Ater. Sanit.

Canelinha 5.997 66,57 1,18 10.629 5.063 Adm. Direta Não possui Lixão

Governador Celso Ramos 8.118 70,00 2,11 24.491 22.896 Adm. Direta Não possui Ater. Sanit.

Guabiruba 12.058 - - - - - - Lixão

Itapema 24.769 100,00 0,5 12.929 12.385 Adm. Direta Não possui Lixão

Major Gercino 790 25,14 0,59 1.845 574 Adm. Direta Não possui Lixão

Nova Trento 5.899 59,87 4,45 43.893 29.731 Adm. Direta Não possui Lixão

Porto Belo 8.458 85,00 - - - - - Ater. Sanit.

São João Batista 8.915 60,00 1 14.858 11.269 Adm. Direta Não possui Lixão

Tijucas 16.222 69,23 0,44 10.284 8.184 Adm Indireta Possui Ater. Sanit.

Total ADRVALE 173.448 210.972

Fonte: Diagnóstico do levantamento de dados dos resíduos sólidos nos municípios do Estado, com revisão das diretrizes para a formulação da política estadual dos resíduos sólidos. Secretaria de Estado do

Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente – SDM, Florianópolis, Outubro de 2001.

8 A vala negra é uma solução sanitária condenável para a disposição de dejetos.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

78

1.7 Atividade Econômica

O perfil da estrutura industrial de Santa Catarina é marcado pela forte presença de

setores tradicionais têxtil-vestuário e alimentos, mas com um setor eletro-metal-mecânico

ganhando importância e contribuindo, em grande parte, para o crescimento do produto

industrial do estado nos anos recentes.

Os principais setores industriais do estado encontram-se concentrados em regiões

específicas, registrando-se evidentes especializações regionais, resultado de um

processo histórico e descentralizado de formação industrial. Essa caracterização regional

alia-se, em cada indústria, a uma estrutura constituída por algumas grandes empresas,

muitas delas líderes nacionais, e por uma infinidade de empresas de pequeno e médio

porte, de origem tipicamente familiar.

É na região do litoral, na qual se insere a ADRVALE, que estão localizadas as empresas

de venda e produção de cerâmica, calçados, vestuário-têxtil e maricultura.

A primeira parte deste item apresenta o PIB dos municípios da região da ADRVALE,

seguido do valor adicionado, recolhimento de ICMS, empregado e estabelecimento e por

último, as exportações da região.

1.7.1 Produto Interno Bruto – PIB

O PIB per capita municipal é o valor aproximado do produto interno bruto, originado do

valor adicionado. Compreende o valor global que as unidades econômicas de produção

industrial, da agropecuária, do comércio e dos serviços agregam aos seus produtos.

Desde o setor primário até os consumidores finais.

A tabela 31 apresenta o PIB per capita para a região da ADRVALE de 1996 a 2000, ela

se encontra classificada em ordem decrescente do PIB per capita para o ano 2000. A

região apresenta um PIB per capita inferior à média do Estado de Santa Catarina,

apresentando uma média de R$ 6.617,00 contra R$ 7.406,60 (no período compreendido

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

79

entre os anos de 1996 a 2000). O Estado de Santa Catarina apresentou uma queda de

2,10% neste indicador no período analisado contra um crescimento de 50,39% da região.

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

14.000

16.000

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erna

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elo

Botu

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Itape

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Bom

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as

Tiju

cas

Bru

sque

19962000

Figura 31 - Gráfico comparativo do PIB per capita de 1996 em relação a 2000.

Fonte: DURB/SDM – SC

A figura 31 apresenta um gráfico comparativo do PIB per capita de 1996 em relação a

2000. Dos doze municípios, onze apresentaram um acréscimo do PIB per capita e

apenas um decréscimo. Os municípios de Governador Celso Ramos (545,34%),

Bombinhas (446,57%) e Itapema (272,49%) apresentaram os maiores crescimentos.

Apenas o município de Tijucas apresentou decréscimo (-34,86%).

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

80

Tabela 31 - Estimativa do PIB per Capita, Segundo Valor Adicionado Fiscal a Preços de 1999 (IGP/DI FGV) - 1996-2000.

PIB per capita - R$ por Hab Classificação (Base 2000)

Municípios 1996 1997 1998 1999 2000 Crescimento do PIB 96/00

268 Governador Celso Ramos 576 540 680 576 3.716 545,34%

236 Canelinha 2.689 2.279 2.389 2.492 4.310 60,26%

234 São João Batista 4.234 4.497 3.782 4.182 4.332 2,31%

190 Nova Trento 2.175 2.393 2.220 2.269 4.985 129,24%

163 Major Gercino 2.003 2.049 1.624 2.021 5.385 168,91%

116 GUABIRUBA 3.853 4.020 3.812 3.746 5.954 54,52%

85 Porto Belo 3.510 3.642 4.218 3.622 6.561 86,95%

70 Botuverá 4.236 4.572 4.059 4.665 6.839 61,47%

55 Itapema 2.004 2.300 2.676 2.240 7.466 272,49%

49 Bombinhas 1.403 1.667 2.087 1.647 7.666 446,57%

26 Tijucas 14.160 12.878 13.196 13.428 9.223 -34,86%

3 Brusque 12.432 12.973 13.773 12.542 12.966 4,29%

Média ADRVALE 4.439 4.484 4.543 4.452 6.616 50,39% Média SC 7.540 7.378 7.364 7.370 7.381 -2,10%

Fonte: Elaboração: DURB/SDM – SC OBS: O PIB de 1996 a 1998 foi calculado a partir do valor adicionado; O PIB de 1999 foi calculado levando-se em consideração a média aritmética do Valor Adicionado dos anos de 1996 a 1998. (PIP PER CAPITA = VALOR ADICIONADO MUNICIPAL X PIB SC / VALOR ADICIONADO SC / POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO)

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

81

1.7.2 Valor Adicionado

A tabela 32 apresenta o valor adicionado10 por municípios da região da ADRVALE de

1999 a 2001. Os municípios de Brusque, Tijucas e São João Batista são os principais

arrecadadores do valor adicionado das regiões em 2001, responsáveis, respectivamente

por 60,8%, 22,7% e 3,82% do total da arrecadação. A região obteve um aumento de

arrecadação de 4,42% de 1999 para 2000 e um aumento ainda mais significativo de 2000

para 2001, atingindo 20,50%.

-

100.000.000,00

200.000.000,00

300.000.000,00

400.000.000,00

500.000.000,00

600.000.000,00

1999 2000 2001

Brusque Tijucas São João Batista

Figura 32 - Valor Adicionado de 1999, 2000 e 2001 dos municípios de Brusque, Tijucas e São João Batista.

Fonte: Valor Adicionado (DIEF) 1999 a 2001.

10 Valor Adicionado corresponde, para cada Município, ao valor das mercadorias saídas acrescido do valor das prestações de serviços (da incidência do ICMS), no seu território, deduzido o valor das mercadorias entradas, em cada ano civil, computando-se, inclusive: a) as operações e prestações que constituam fato gerador do imposto, mesmo quando o pagamento for antecipado ou diferido, ou quando o crédito tributário for diferido, reduzido ou excluído em virtude de isenção ou outros benefícios, incentivos ou favores fiscais; b) as operações imunes do imposto.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

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A figura 32 apresenta o valor adicionado de 1999 a 2001 dos municípios de Brusque,

Tijucas e São João Batista da região do Vale do Rio Tijucas. Percebe-se que o município

de Brusque vem aumentando a arrecadação e se mantendo como uma potência regional.

Tabela 32 - Valor Adicionado por municípios da região da ADRVALE de 1999 a 2001 (1000,00 R$)

1999 2000 2001 Municípios

Total R$ %

Total R$ %

% 99/00 Total R$ % %

00/01

Bombinhas 3.805,03 0,52% 5.377,29 0,70% 41,32% 3.489,01 0,38% -35,12%

Botuverá 5.069,50 0,69% 8.883,86 1,16% 75,24% 10.748,68 1,16% 20,99%

Brusque 486.440,67 66,07% 498.972,01 64,90% 2,58% 563.145,08 60,79% 12,86%

Canelinha 8.004,11 1,09% 7.060,61 0,92% -11,79% 9.926,74 1,07% 40,59%

Governador Celso Ramos 2.333,59 0,32% 2.836,39 0,37% 21,55% 3.252,93 0,35% 14,69%

Guabiruba 20.432,21 2,77% 24.382,91 3,17% 19,34% 31.946,66 3,45% 31,02%

Itapema 9.646,74 1,31% 11.911,16 1,55% 23,47% 19.941,08 2,15% 67,42%

Major Gercino 570,92 0,08% 791,38 0,10% 38,62% 1.471,18 0,16% 85,90%

Nova Trento 10.984,55 1,49% 11.677,96 1,52% 6,31% 15.792,12 1,70% 35,23%

Porto Belo 14.145,38 1,92% 16.008,21 2,08% 13,17% 20.687,53 2,23% 29,23%

São João Batista 26.170,15 3,55% 37.514,81 4,88% 43,35% 35.782,28 3,86% -4,62%

Tijucas 148.700,89 20,20% 143.424,87 18,65% -3,55% 210.243,86 22,69% 46,59%

Total ADR Vale 736.303,73 100% 768.841,45 100% 4,42% 926.427,14 100% 20,50%

Total SC 15.612.567,01 18.287.574,23 17,13% 21.644.699,50 18,36%

% ADR Vale sobre SC 4,72% 4,20% 4,28%

Fonte: Valor Adicionado (DIEF) 1999 a 2001 e dados primários.

A região apresentou um crescimento percentual maior em 2000/2001 e menor de

1999/2000, comparando-se com o Estado de Santa Catarina. O município de Brusque

que em 1999 e 2000 vinha sendo o principal arrecadador se manteve em primeiro lugar

com uma arrecadação de mais de 60% do total arrecadado pela região.

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C

A

A

e

a

APÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

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BombinhasBotuverá

BrusqueCanelinha

Governador Celso Ramos

GuabirubaItapema

Major Gercino

Nova Trento

Porto Belo

São João Batista

Tijucas

Valor AdicionadoR$ 1.000,00

De 0 Até 5.000 (3)

De 5.000 Até 25.000 (5)

De 25.000 Até100.000 (2)

De 100.000 Até600.000 (2)

Figura 33 - Mapa Temático do Valor Adicionado por municípios da região da ADRVALE em 2001 (R$ 1.000,00).

Fonte: adaptado de DIEF em 2001.

figura 33 apresenta o mapa temático do Valor Adicionado por municípios da região da

DRVALE em 2001 (R$ 1.000,00). Percebe-se que há uma grande distorção financeira

ntre os municípios, destacando-se o município de Brusque com 60,79% do montante

rrecadado.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

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1.7.3 Recolhimento do ICMS

Embora o imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) seja considerado

na determinação do valor adicionado, demonstrado anteriormente, ele constitui-se num

importante instrumento para a observação do volume da atividade econômica

desenvolvida. Na tabela 33 consta o valor da contribuição sobre as mercadorias e

serviços dos municípios da região do Vale do Rio Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-Mirim,

onde se constata o município de Brusque, seguido por Tijucas em arrecadação.

Tabela 33 - Contribuição do ICMS - 1995 a 2002

Município 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002

Bombinhas 50.254 71.655 80.287 75.426 71.810 121.855 169.936 197.333

Botuverá 377.778 298.970 282.111 285.355 522.064 779.291 676.156 835.200

Brusque 30.743.658 33.736.170 38.454.439 40.721.708 42.248.322 44.488.547 42.866.730 44.276.285

Canelinha 312.647 463.259 526.996 399.643 359.025 498.754 792.044 921.161

Governador Celso Ramos 25.273 52.542 90.722 153.328 184.589 148.000 176.040 285.848

Guabiruba 890.236 1.186.864 1.389.505 1.361.642 1.810.114 2.604.687 2.954.253 2.857.963

Itapema 602.489 1.141.247 1.178.008 1.504.267 1.477.437 1.925.398 2.456.743 2.500.992

Major Gercino 34.771 62.667 30.830 8.709 55.041 31.103 159.267 176.939

Nova Trento 411.415 558.436 719.138 719.781 684.741 642.769 756.484 776.611

Porto Belo 208.793 149.847 163.019 173.665 257.947 414.481 565.394 694.776

São João Batista 824.647 1.286.531 1.541.838 1.010.343 1.067.879 1.688.878 2.110.062 2.239.797

Tijucas 7.757.272 9.265.739 8.207.752 13.422.167 13.304.694 12.741.246 11.805.181 10.531.397

Total ADRVALE 42.239.233 48.273.927 52.664.645 59.836.034 62.043.663 66.085.009 65.488.290 66.294.302

Total SC (R$ 1.000) 1.420.409 1.629.289 1.762.384 1.607.844 1.850.502 2.213.992 2.616.521 3.217.492

% ADRVALE sobre SC 2,97% 2,96% 2,98% 3,72% 3,35% 2,98% 2,50% 2,06%

Fonte: Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

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1.7.4 Empregados e Estabelecimentos

Esse tópico apresenta informações sobre o número de empregados, número de

estabelecimento, grau de instrução e o tamanho dos estabelecimentos dos municípios

que compõem a região da ADRVALE. Essas informações foram extraídas da RAIS11 e

são baseadas apenas em dados formais. Isto é, não estão computados profissionais que

trabalham em setores informais.

3,47%

53,15%4,06%

9,20%

6,91%9,75% 1,50%

3,10%

0,43%

3,98%

1,75%2,70%

Bombinhas Botuvera BrusqueCanelinha Governador Celso Ramos GuabirubaItapema Major Gercino Nova TrentoPorto Belo Sao Joao Batista Tijucas

Figura 34 - Gráfico da participação relativa do número de empregados dos municípios da região da ADRVALE em 2002.

Fonte: RAIS 2002.

O número de empregados registrados na região aumentou em 10,14% no período de

2001 a 2002 e o número de empresas cresceu na importância de 7,32% no mesmo

período.

11 RAIS (Relatório Anual de Informações Sociais) - tem por objetivo o suprimento às necessidades de controle da atividade trabalhista no País, e ainda, o provimento de dados para a elaboração de estatísticas do trabalho e a disponibilização de informações do mercado de trabalho às entidades governamentais. As informações são repassadas pelas empresas para o Ministério do Trabalho e Emprego. Internet: http://www.mte.gov.br Acesso em: 01/07/03.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

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Conforme a figura 34, os municípios de Brusque (53%), Tijucas (10%) e Itapema (9%)

têm as maiores participações no número de empregos formais da região da ADRVALE. A

tabela 34 apresenta o número de empregados por municípios da região do Vale do rio

Tijucas de 1999 a 2001.

Tabela 34 - Número de Empregados por municípios da região do ADRVALE 2000-2002.

Municípios 2000 2001 % 01/00 2002 % 02/01

Bombinhas 841 1.668 98,34 1.870 12,11

Botuverá 620 726 17,10 808 11,29

Brusque 24.666 26.746 8,43 28.602 6,94

Canelinha 1.236 1.329 7,52 1.455 9,48

Governador Celso Ramos 585 897 53,33 943 5,13

Guabiruba 1.702 2.009 18,04 2.183 8,66

Itapema 3.697 4.152 12,31 4.950 19,22

Major Gercino 255 205 -19,61 232 13,17

Nova Trento 2.095 2.094 -0,05 2.144 2,39

Porto Belo 1.251 1.356 8,39 1.667 22,94

São João Batista 2.704 3.038 12,35 3.717 22,35

Tijucas 3.842 4.644 20,87 5.246 12,96

Total ADRVALE 43.494 48.864 12,35 53.817 10,14

Total SC 1.077.877 1.155.712 7,22% 1.235.612 6,91%

% ADRVALE sobre SC 4,03% 4,22% 4,35%

Fonte: RAIS 2000, 2001 e 2002.

A tabela 35 apresenta o número de empregados por setores econômicos e municípios da

região da ADRVALE em 2002. O município de Brusque possui o maior número de

empregados registrados na indústria, construção civil, serviços, agropecuária e comércio

nos três anos analisados, no entanto o município de Bombinhas foi o que apresentou

maior taxa porcentual de crescimento do número de empregados de 2000 para 2001,

atingindo a marca de 98,34%, caindo novamente para 12,11% em 2002.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

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Tabela 35 - Número de empregados por setores econômicos e municípios d ADRVALE em 2002.

Municípios Industria Construção Civil Comércio Serviços Agropecuária Total

Bombinhas 41 61 482 1.232 54 1.870

Botuverá 593 3 51 161 0 808

Brusque 16.489 625 5.488 5.964 36 28.602

Canelinha 895 0 215 337 8 1.455

Governador Celso Ramos 132 8 226 554 23 943

Guabiruba 1.423 86 235 417 22 2.183

Itapema 388 666 1.506 2.380 10 4.950

Major Gercino 20 0 20 190 2 232

Nova Trento 795 589 228 521 11 2.144

Porto Belo 540 14 381 624 108 1.667

São João Batista 2.471 8 542 687 9 3.717

Tijucas 2.393 179 896 1.662 116 5.246

Total ADRVALE 26.180 2.239 10.270 14.729 399 53.817

Total SC 435.385 42.779 214.045 507.298 36.105 1.235.612

% ADRVALE sobre SC 6,01% 5,23% 4,79% 2,90% 1,10% 4,35%

Fonte: RAIS 2002.

A tabela 36 apresenta o número de empregados por setores nos municípios da região do

Vale do Rio Tijucas, costa Esmeralda e Itajaí-Mirim em 2002. O município de Brusque

apresenta o maior número de empregos da região, destacando-se nos setores industrial,

de comércio e serviços, perdendo, significativamente, apenas no setor agropecuário para

o município de Porto Belo.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

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Tabela 36 - Número de Estabelecimentos por municípios da região da ADRVALE 2000/2002.

Municípios 2000 2001 %00/01 2002 %02/01

Bombinhas 636 723 13,68 767 6,09

Botuverá 147 167 13,61 172 2,99

Brusque 5.584 6.013 7,68 6.268 4,24

Canelinha 351 360 2,56 404 12,22

Governador Celso Ramos 271 256 -5,54 318 24,22

Guabiruba 453 474 4,64 496 4,64

Itapema 2.080 2.498 20,10 2.784 11,45

Major Gercino 93 74 -20,43 90 21,62

Nova Trento 403 458 13,65 508 10,92

Porto Belo 558 627 12,37 659 5,10

São João Batista 599 686 14,52 790 15,16

Tijucas 969 1.055 8,88 1.115 5,69

Total ADRVALE 12.144 13.391 10,27 14.371 7,32

Total SC 263.474 284.228 7,87% 299.295 5,30%

% ADRVALE sobre SC 4,60% 4,71% 4,80%

Fonte: RAIS 2000, 2001 e 2002.

5,34%

43,62%19,37%

4,59%7,76%5,50%

0,63%

3,53%

3,45% 2,21% 2,81%

1,20%

Bombinhas BotuveraBrusque CanelinhaGovernador Celso Ramos GuabirubaItapema Major GercinoNova Trento Porto BeloSao Joao Batista Tijucas

Figura 35 - Gráfico da participação relativa do número de estabelecimentos dos municípios da região da ADRVALE em 2002.

Fonte: RAIS 2002.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

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A figura 35 apresenta o gráfico da participação relativa do número de estabelecimentos

dos municípios da região da ADRVALE em 2002. Os municípios de Brusque (44%),

Itapema (19%) possuem as maiores participações relativas ao número de

estabelecimentos da região.

A tabela 37 apresenta o número de estabelecimentos por setores econômicos e

municípios da região da ADRVALE em 2002. Dos cinco setores analisados o município

de Brusque só não possui o maior número de estabelecimentos no Agropecuário, onde

estão empatados Porto Belo e Tijucas com 18 estabelecimentos, contra 15 de Brusque.

Tabela 37 - Número de estabelecimentos por setores econômicos e municípios da região da ADRVALE em 2002.

Municípios Indústria Construção Civil Comércio Serviços Agropecuária Total

Bombinhas 36 25 283 411 12 767

Botuverá 63 3 45 60 1 172

Brusque 1.810 183 2.524 1.736 15 6.268

Canelinha 215 2 109 75 3 404

Governador Celso Ramos 18 14 162 111 13 318

Guabiruba 203 18 152 119 4 496

Itapema 221 186 1.157 1.216 4 2.784

Major Gercino 14 1 31 40 4 90

Nova Trento 112 65 149 174 8 508

Porto Belo 82 14 304 241 18 659

São João Batista 346 13 251 174 6 790

Tijucas 182 20 517 378 18 1.115

Total ADRVALE 3.302 544 5.684 4.735 106 14.371

Total SC 42.679 9.366 121.801 117.774 7.675 299.295

% ADRVALE sobre SC 7,73% 5,80% 4,66% 4,02% 1,38 4,80%

Fonte: RAIS 2002

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

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A tabela 38 apresenta a média salarial (em R$) de 2000 a 2002 por municípios da região

do ADRVALE. O município de Tijucas possui a maior média registrada na região nos três

anos analisados. A maior taxa de crescimento de 2001 a 2002 verificou-se em

Canelinha.

Tabela 38 - Média Salarial de 2000 a 2002 por municípios da região da ADRVALE em R$.

Municípios 2000 2001 % 00/01 2002 % 01/02

Bombinhas 365,74 419,20 14,62% 483,79 15,41%

Botuverá 464,71 488,75 5,17% 518,37 6,06%

Brusque 629,74 651,53 3,46% 676,93 3,90%

Canelinha 356,21 367,19 3,08% 426,50 16,15%

Governador Celso Ramos 325,38 361,74 11,17% 411,10 13,65%

Guabiruba 484,89 480,66 -0,87% 539,24 12,19%

Itapema 495,54 504,28 1,76% 527,33 4,57%

Major Gercino 518,44 414,93 -19,97% 449,13 8,24%

Nova Trento 352,07 379,41 7,76% 407,23 7,33%

Porto Belo 421,67 415,20 -1,53% 462,46 11,38%

São João Batista 388,62 369,57 -4,90% 398,24 7,76%

Tijucas 700,71 709,54 1,26% 768,48 8,31%

Média ADRVALE 561,85 577,36 2,76% 608,37 5,37%

Média SC 644,51 702,90 9,05% 765,77 8,94%

Fonte: RAIS 2000, 2001, 2002.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

91

0,00

100,00

200,00

300,00

400,00

500,00 600,00

700,00 800,00

Bom

binh

as

Bot

uver

á

Bru

sque

Can

elin

ha

Gov

erna

dor C

elso

Ram

os

Gua

biru

ba

Itape

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no

Nov

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ento

Por

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elo

São

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o B

atis

ta

Tiju

cas

2001 2002

Figura 36 - Gráfico comparativo da média salarial de 2001 e 2002 da região da ADRVALE.

Fonte: RAIS 2000, 2001 e 2002.

A figura 36 apresenta um gráfico comparativo da média salarial do período de 2001 e

2002. Os municípios de Tijucas e Brusque tiveram as maiores médias salariais da região,

os municípios de São João Batista e Nova Trento tiveram os menores índices de média

salarial no período analisado.

A tabela 39 apresenta o grau de instrução por municípios da região do Vale do Rio

Tijucas em 2002. Os municípios de Brusque e Tijucas possuem o maior número de

empregados que concluíram ou estão cursando o ensino superior. Os municípios de

Brusque, Itapema e Guabiruba possuem a maior número de empregados com até a

quarta série completa.

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CAPÍTULO 1 – ATIVIDADE ECONÔMICA 2004 • ADRVALE

92

Tabela 39 - Grau de instrução por municípios da região da ADRVALE 2002. M

unic

ípio

s

Ana

lfabe

to

4 Sé

rie

Inco

mpl

eta

4.Sé

rie

Com

plet

a 8.

Série

In

com

plet

a

8.Sé

rie

Inco

mpl

eta

2.G

rau

Inco

mpl

eto

2.G

rau

Com

plet

o

Supe

rior

Inco

mpl

eto

Supe

rior

Com

plet

o

Tota

l

Bombinhas 25 77 184 129 427 563 300 61 104 1.870

Botuverá 2 11 312 144 191 32 86 8 22 808

Brusque 83 469 4.164 3.997 8.884 3.506 5.202 772 1.525 28.602

Canelinha 8 344 284 165 303 98 172 34 47 1.455

Governador Celso Ramos 12 55 123 90 280 74 264 13 32 943

Guabiruba 10 20 553 292 496 366 317 48 81 2.183

Itapema 48 79 564 748 1.438 695 970 125 283 4.950

Major Gercino 11 50 50 34 37 8 31 1 10 232

Nova Trento 3 15 292 149 554 748 272 31 80 2.144

Porto Belo 43 57 140 426 492 127 301 32 49 1.667

São João Batista 16 124 403 640 1.460 425 439 88 122 3.717

Tijucas 54 187 308 758 945 398 1.882 290 424 5.246

Total 315 1.488 7.377 7.572 15.507 7.040 10.236 1.503 2.779 53.817

Fonte: RAIS 2002.

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

93

1.8 Mapa de Oferta Tecnológica

A eficiência da aprendizagem tecnológica depende do nível de inteligência social

resultante do esforço educacional e da formação profissional dos trabalhadores. Assim

sendo, o sistema precisa formar profissionais polivalentes, com capacidade de aprender

continuamente. Não basta apenas o mero domínio da leitura e da escrita, “a capacidade

de entendimento de informações mais complexas e de comunicação é essencial. No

processo de apropriação de tecnologia, são necessários profissionais, em todos os

níveis, com capacidade de aprender e de tomar decisões”. 1

A análise da quantidade de estabelecimentos de ensino, de cursos técnicos,

profissionalizantes e de universidades em cada região, revela o cenário de possíveis

potencialidades e deficiências em relação ao desenvolvimento tecnológico, quando

analisado juntamente com outros dados, como índice de desenvolvimento humano,

número de empresas que essa mão-de-obra qualificada tem que atender, etc. Outro

ponto fundamental para avaliação deste item é a percepção que as lideranças

empresariais locais têm sobre a qualidade desta mão-de-obra.

Há três universidades na região da ADRVALE: a Universidade do Vale do Itajaí –

UNIVALI – com um campus no município de Tijucas, o Centro Universitário de Brusque –

UNIFEBE e a Associação Educacional do Vale do Itajaí-Mirim. Além disso, apresenta as

unidades do SENAI em Tijucas e Brusque e do SENAC.

1 SEBRAE; CNPq; IEL; EMBRAPA. Agropolo: uma proposta metodológica. Brasília: ABIPTI, 1999. 364 p. P. 36.

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

94

1.8.1 Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI

Com uma estrutura multicampi, a Universidade do Vale do Itajaí (Univali) com os seus

seis campi, localizados nas cidades de Itajaí (sede), Balneário Camboriu, Biguaçu,

Piçarras, São José e Tijucas. Entre as modalidades de ingresso aos cursos de

graduação, a Univali oferece o Vestibular Acafe, o Seletivo Especial, o Exame Nacional

do Ensino Médio. O endereço Internet pode ser acesso por: http://www.tj.univali.br/

Os cursos de graduação oferecidos pelo campus de Tijucas são:

Ciências Sociais:

Administração;

Direito.

Ciências Humanas:

Licenciatura de Graduação Plena em Ciências Agrícolas.

Ciências Tecnológicas:

Tecnológico em Manutenção Industrial.

Atualmente, o Centro de Educação da Univali em Tijucas oferece o seguinte curso de

especialização:

Administração de Vendas;

Psicopedagogia;

Educação, Comunicação e Tecnologia.

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

95

1.8.2 Associação Educacional do Vale do Itajaí-Mirim

A região de Brusque tem a Associação Educacional do Vale do Itajaí-Mirim – ASSEVIM

que oferece cursos de graduação, especialização e MBA através do Instituto Catarinense

de Pós-Graduação – ICPG. O endereço Internet pode ser acesso em:

http://www.assevim.com.br/

Os cursos de graduação oferecidos:

Administração;

Ciências Contábeis;

Design – Moda;

Turismo;

Sistemas de Informação.

O curso de pós-graduação oferecido:

Gestão Estratégica de Recursos Humanos.

1.8.3 Centro Universitário de Brusque – Unifebe

A Fundação Educacional de Brusque – FEBE - foi criada pela Lei Municipal Nº 527, de 15

de janeiro de 1973, tendo como idealizador o Prof. Pe. Orlando Maria Murphy que foi o

seu primeiro presidente. No ano da criação da FEBE foi instituída a Escola Superior de

Estudos Sociais (ESES) que habilitava professores para o ensino de Educação Moral e

Cívica através do Curso de Estudos Sociais. Em 1975, a ESES implantou o Curso de

Ciências, que habilitava professores de Ciências e Matemática para o Ensino

Fundamental. Em 1985, foi eleito Presidente da FEBE e o Diretor da Escola Superior de

Estudos Sociais, o Padre Pedro Canísio Rauber, que permaneceu no cargo até o ano de

1990. Nesta gestão, a Instituição ampliou significativamente os seus cursos. Em 1986 foi

criado o Curso de Filosofia e em 1987, na forma de convênios com a Universidade

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

96

Regional de Blumenau (FURB), a FEBE passou a oferecer dois novos cursos:

Administração e Pedagogia. Em 27 de outubro de 1990 foi eleito o terceiro Presidente da

FEBE e Diretor da Escola Superior de Estudos Sociais, Padre João Hülse, que exerceu

seu mandato até o ano de 1998. Neste período, dois novos convênios foram assinados

com a FURB, trazendo para Brusque, os Cursos de Ciências Contábeis e Direito, que

passaram a funcionar a partir do ano de 1992. Além disso, a FEBE passou a investir

também no campo da pós-graduação nas áreas de Administração, Pedagogia, Ciências,

Direito e Filosofia. A sucessora de Pe. João Hülse, Professora Maria de Lourdes

Busnardo Tridapalli, foi eleita em 1998. Ainda neste ano , através da Lei Complementar

Estadual nº 170/98, os quatro cursos conveniados com a FURB (Administração,

Pedagogia, Ciências Contábeis e Direito) foram transformados em cursos próprios da

FEBE.

No ano de 1999, visando adaptar a instituição aos novos cursos e a sua nova realidade,

nasceu o CENTRO DE EDUCAÇÃO SUPERIOR DE BRUSQUE - CESBE, aprovado pelo

Parecer nº 75/99 do Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina (CEE/SC), em

abril de 1999. Nesse mesmo ano, dois novos cursos foram criados no CESBE/FEBE: o

Curso de História (aprovado pelo Parecer do Conselho Estadual de Educação de Santa

Catarina nº 341/99 de 16/11/99) e o Curso de Tecnologia em Processos Industriais –

Eletromecânica (aprovado pelo parecer do Conselho Estadual de Educação de Santa

Catarina nº 013/2000 de 15/02/2000) - em Convênio com a Federação das Indústrias do

Estado de Santa Catarina através do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial –

SENAI - de Brusque. No ano 2000, foram ampliados os Cursos de Administração,

Ciências Contábeis e Pedagogia com mais uma entrada anual no segundo semestre

letivo. Foi autorizado também, o funcionamento do primeiro curso fora da sede: o Curso

de Pedagogia, em Nova Trento/SC.

No ano 2001, a Fundação Educacional de Brusque construiu o novo Campus

Universitário, buscando melhorar as condições físicas e estruturais para o ensino

oferecido pela instituição. Dessa forma, busca desenvolver as ações necessárias à

consolidação e ampliação de seus cursos, visando sua transformação jurídica e

institucional em “Centro Universitário”.

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

97

Os cursos de graduação oferecidos pela Unifebe são:

Administração;

Ciências contábeis;

Design de Moda;

Direito;

Educação Física;

Filosofia;

História;

Letras;

Pedagogia;

Sistemas de Informação;

Tecnologia em Cerâmica;

Tecnologia em Processos

Empresariais;

Tecnologia em Turismo.

Os cursos de pós-graduação:

Engenharia de processos industriais;

Gestão de Projetos e Obras de Edificação;

Agentes de Inovação de Difusão Tecnológica;

Gestão Estratégica de Empreendimentos Turísticos.

1.8.4 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Tijucas

O SENAI Tijucas iniciou seu trabalho na Região do Vale do Rio Tijucas em Santa

Catarina no ano de 1988. Desde então, desenvolve suas atividades em programas de

Educação e Serviços Técnicos e Tecnológicos, nas áreas de cerâmica, construção

civil, gases naturais, calçados, eletromecânicos e gestão empresarial.

A Unidade de Calçados de São João Batista foi fundada em 1º de abril de 1986 como

uma unidade móvel, e em 1º de setembro de 1993 passou a ser uma Unidade fixa,

integrante do SENAI Tijucas.

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

98

O SENAI Tijucas atua com destaque em Educação Profissional, sendo uma das

principais instituições da região. Sua visão é ser uma instituição de excelência em

Educação Profissional até 2005.

O SENAI Tijucas atua nos três níveis da Educação Profissional: básico, técnico e

tecnológico, oferecendo os seguintes cursos:

Nível Básico: cursos de aprendizagem e qualificação (listados no Mix de Produtos da

Unidade);

Nível Técnico:

Curso Técnico em Cerâmica;

Curso Técnico em Eletromecânica;

Curso Técnico de Revestimento Cerâmico.

Nível Tecnológico:

Curso Superior de Tecnologia em Cerâmica, desenvolvido em parceria com a

Fundação Educacional de Brusque – FEBE;

Curso Superior de Tecnologia em Manutenção Industrial, desenvolvido em parceria

com a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI com início previsto para fevereiro

de 2003.

O SENAI Tijucas também possui outras ações em Educação, como por exemplo:

Curso de Pós-Graduação em Gestão Estratégica de Organizações, realizado em

parceria com a FEBE (em andamento);

Curso de Pós-Graduação em Tecnologia em Gás, desenvolvido em parceria com a

UNIVALI (início previsto para abril de 2003).

Além de Educação, o SENAI Tijucas presta Serviços Técnicos e Tecnológicos às

empresas, praticando e interagindo de forma real com as atividades internas da

escola.

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

99

Os Serviços Técnicos e Tecnológicos abrangem a Assessoria Técnica e Tecnológica,

o Desenvolvimento Tecnológico, os Serviços Técnicos Especializados e a Informação

Tecnológica. Estes serviços estão relacionados com atividades de orientação e

solução de problemas técnicos, consultoria a empresas em assuntos ligados

diretamente ao processo produtivo e de gestão, difusão de informação de forma a

contribuir para o desenvolvimento industrial e a realização de pesquisa e

desenvolvimento de novos produtos.

1.8.5 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SENAI de Brusque

O Centro de Educação e Tecnologia Carlos Cid Renaux de Brusque tem suas

atividades voltadas para as áreas têxtil, confecção e eletromecânica. Foi inaugurado

em 02 de agosto de 1971 e, desde então tem participado ativamente do processo de

desenvolvimento econômico e social, através da educação profissional e atividades de

assessoria técnica e tecnológica. Possui as Certificações ISO 9001 e CEMEP, além do

Credenciamento pelo INMETRO dos Laboratórios de Ensaios Físicos e Químicos

Têxteis

Os cursos oferecidos em nível superior de tecnologia:

Curso Superior Tecnologia em Processos de Produção Mecânica;

Superior de Tecnologia em Processos Industriais – Eletromecânica.

Técnico:

Técnico em Eletrônica;

Técnico em Mecânica.

A listagem completa de cursos oferecidos é:

Análise de Tecido em Malha

Circular;

Aprendizagem Industrial Têxtil;

Assistente Técnico em Fiação;

CAD - para Confecção;

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

100

CNC – Fresamento;

Capacitação de Empreendedores

na Área de Serviços de

Eletricidade;

Comissão Interna de Prevenção de

Acidentes – CIPA;

Comunicação;

Costura Industrial;

Cronometragem Básica;

Desenho Assistido pelo

Computador (Auto CAD);

Desenho de moda;

Desenvolvimento Atráves do

Comprometimento;

Desenvolvimento Inter e

Intrapessoal;

Eletricista Geral – Aprendizagem;

Eletricista Geral – Qualificação;

Eletricista Instalador Predial;

Eletricista Reparador de

Eletrodomésticos;

Eletricista de Automóveis;

Eletricista instalador industrial;

Eletrônica Básica;

Equipes de Qualidade e

Produtividade – EPQ;

Especialização para Supervisores

de Confecção do Vestuário;

Excelência no Atendimento;

Formação de Equipes;

Hidráulica Básica;

Legislação de Trânsito e Direção

Defensiva;

Leitura e interpretação de desenho;

Liderança;

MOPP - Movimentação de Produtos

Perigosos;

Mecânica Geral (Operacional);

Mecânica Geral - Usinagem –

Aprendizagem;

Mecânica de Automóveis;

Mecânica de Manutenção de

Cardas;

Mecânica de Manutenção de

Filatório;

Mecânica de Manutenção de

Macaroqueira;

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

101

Mecânica de Manutenção de

Máquina de Costura;

Mecânica de Manutenção de

Máquina de Costura Industrial para

Costureira;

Mecânica de Manutenção de

Passador;

Mecânica de Manutenção de

Retorcedeira;

Mecânica de Máquina Jacquard;

Mecânica de Tear Ribeiro;

Mecânica de Tear de Pinca M3 e

M5;

Metrologia Básica;

Modelagem Avançada de Malha;

Modelagem Avançada de Tecido

Plano;

Modelagem Básica de Tecido

Plano;

Modelagem Básica em Malha;

Modelagem Sólida no Computador

(Sólid Works) Específico;

Operador de Caldeiras;

Operador de Empilhadeira;

Operador de Telemarketing;

Padronagem Básica;

Padronagem em Felpa;

Planejamento de Risco e Corte;

Planejamento e desenvolvimento

de coleções;

Pneumática Básica;

Programa 5S's gerencial;

Programador e Operador de CNC -

Centro de Usinagem;

Qualidade no Atendimento ao

Cliente;

Relações Humanas no Trabalho;

Retificador de Precisão;

Sensibilização para Qualidade;

Superior de Tecnologia em

Processos Industriais - Habilitação

em Eletromecânica;

TVC - Tecnologia de Vendas

Centrada no Cliente;

Tecelão para Malharia Circular;

Tecnologia em Soldagem;

Tintureiro;

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

102

Torneiro Mecânico; Técnico Industrial com Habilitação

em Mecânica; Treinamento Específico de

Condutores de Veículos

Rodoviários Transportadores de

Produtos Perigosos - Técnico

Industrial com Habilitação em

Eletromecânica;

Técnico Industrial com Habilitação

em Têxtil;

Técnico em Vestuário;

Urdidor.

1.8.6 Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio – SENAC de

Brusque

Nas décadas de 70 e 80, o SENAC não possuía estrutura física na cidade, sendo que

as ações educacionais realizadas, especialmente as de curta duração, eram

coordenadas diretamente pelo SENAC de Itajaí.

Na década de 90, com o apoio dos empresários do comércio, foi instalado em

Brusque, a Agência de Formação Profissional do SENAC, desenvolvendo cursos de

curta duração, mas, também, iniciando Ações de Qualificação Profissional. Nesta fase,

o SENAC estava sediado numa sala no prédio onde funcionava a Rádio Araguaia.

Já no ano de 1995, com a reforma do prédio onde funcionava o fórum de Brusque, a

Prefeitura Municipal buscou parceria com o SENAC com o objetivo de se dinamizar,

ainda mais, Ações Educacionais voltadas a preparar a comunidade para o comércio e

serviços.

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

103

O SENAC de Brusque oferece vários cursos, cursos técnicos e de pós-graduação. Os

cursos técnicos oferecidos são:

Técnico em Comércio Habilitação Vendas no Varejo;

Técnico em Design - Habilitação em Design de Interiores;

Suporte de redes;

Especialização de Nível Técnico em Enfermagem no Trabalho.

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CAPÍTULO 1 – MAPA DO CONHECIMENTO 2004 • ADRVALE

104

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SEGMENTOS E

CAPÍTULO 2

CONÔMICOS ESTRATÉGICOS

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

107

2.1 Introdução

Este capítulo apresenta os Segmentos Econômicos Estratégicos da região da

ADRVALE. A identificação e análise dos segmentos serão realizadas através de uma

metodologia específica, explanada no próximo tópico, identificando as principais

vocações econômicas existentes na região.

A execução desta metodologia ocorre em várias etapas, observando-se a relevância

de duas variáveis (número de empregados e número de estabelecimentos) em

comparação a média encontrada no Estado de Santa Catarina. Em seguida, verifica-

se a abrangência desses segmentos na região, levando-se em consideração os

segmentos integrantes e correlatos. Isto é, agrupam-se os segmentos econômicos de

maneira a formarem possíveis cadeias produtivas, ou seja, possíveis aglomerações

econômicas, baseados nos elos principais das mesmas. A próxima etapa, diz respeito,

aos possíveis elos das cadeias produtivas, com enfoque em outras variáveis (número

de empregados, número de estabelecimentos, média salarial, valor adicionado e

tamanho dos estabelecimentos).

Através da aplicação da metodologia verificou-se uma predominância econômica da

região da ADRVALE para as atividades de confecção e fabricação de produtos têxteis,

abordando a confecção de artigos de vestuário; fabricação de acessórios do vestuário

e de segurança profissional; beneficiamento de fibras têxteis naturais; fabricação de

artefatos têxteis a partir de tecidos – exclusive vestuário – e de outros artigos têxteis;

fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem; fabricação de tecidos e artigos de

malha; fiação; serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis; tecelagem –

inclusive fiação e tecelagem. O setor cerâmico, abordando a fabricação de produtos

de minerais e não metálicos também apresenta um relativo destaque, principalmente

se considerarmos o valor adicionado pelos setores econômicos. As atividades de

alojamento, alimentação, aluguel e atividades imobiliárias também apresentam uma

participação expressiva.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

108

2.2 Metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos

Estratégicos

A metodologia de Identificação de Segmentos Econômicos Estratégicos1 utiliza-se do

Quociente Locacional para identificar os segmentos econômicos mais relevantes na

região em comparação ao Estado de Santa Catarina e, do Gini Locacional para

apresentar a distribuição espacial das mesmas na região de aplicação da metodologia.

Primeiramente será apresentada uma breve classificação dos cinco segmentos

analisados, considerando, com base em dados secundários, os setores que mais

contribuem com o Valor Adicionado para a região, bem como o número de

empregados e de estabelecimentos, caracterizando, dessa forma a relevância de cada

um deles na região da ADRVALE.

Na etapa seguinte, calcula-se o Quociente Locacional – QL para as variáveis número

de empregados e número de estabelecimentos para três séries históricas da região de

aplicação em comparação ao Estado de Santa Catarina. Neste caso, utilizou-se a

base de informações da RAIS (Relação Anual de Informações Sociais) fornecida pelo

Ministério de Trabalho e Emprego para os anos de 1999 a 2001 no terceiro nível do

CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Como resultado têm-se os

segmentos econômicos que apresentam maior relevância em comparação ao Estado

de Santa Catarina.

O Quociente Locacional compara a participação percentual de uma região em um

setor particular com a participação percentual da mesma região no total da variável-

base da economia nacional (HADDAD, 1989, p. 232).

1 A metodologia utilizada é uma variação da proposta na dissertação de mestrado “Metodologia

de Identificação de Atividades Econômicas Potenciais” Florianópolis: PPGEP/UFSC, 2004, de

Rafael Ernesto Kieckbusch. Maiores informações sobre o Quociente Locacional e Gini

Locacional ver a referida dissertação.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

109

Quociente locacional do setor i na região j é dada pela seguinte fórmula:

..

.

.

EEEE

QLj

i

ij

ij =

Onde:

ijE Variável-base do setor i da região j.

.iE Somatório da variável-base dos setores da região j.

jE. Somatório da variável-base dos setores i da economia nacional.

..E Somatório da variável-base dos setores da economia nacional.

Se o valor do quociente locacional for maior do que 1 isto significa que a região é

relativamente mais importante, no contexto nacional, em termos de setor, do que em

termos gerais de todos os setores.

Em seguida, será apresentado o calculo do Gini Locacional – GL para a variável

número de empregados na região de aplicação numa três séries de três anos. Neste

caso, utilizou-se a base da RAIS como mencionado no QL.

Além do método gráfico, outra alternativa de se calcular o gini locacional é através de

uma fórmula, conforme (Traistaru & Iara, 2002, p. 7-8), é dada por::

⎥⎦

⎤⎢⎣

⎡−= ∑

=

m

jjj

Ci CC

CmGINI

12

2D

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

110

Onde:

j

Cij

j ss

C = ∑

=

=m

jjCm

C1

1

Além disso, entende-se:

j Região de aplicação da fórmula.

m Número de sub-regiões da região de aplicação da

fórmula.

jD Indica a posição da região em ordem decrescente de

, Calculado a partir da participação relativa de Cj

no total de Cj .

Cj

∑==

j

Cij Eij

EijEiEijS

Como a distribuição da variável-base do setor i na

região j no total da variável-base do setor i.

∑ ∑∑==i j

ijj Eij

EijEE

S Como a distribuição do total da variável-base da

região j no total da variável base.

A partir da equação do coeficiente de concentração industrial a partir do Gini é

possível calcular o Gini Locacional sem a necessidade do uso do gráfico. Isto é, esta

equação calcula o α. Desta forma, a aplicação da fórmula torna-se mais prática e

rápida, ou seja, basta multiplicar por dois o valor do α que se tem o Gini Locacional.

Os valores variam entre zero e um. Estando mais próximo de zero, menos

concentrado é aquele setor no território e, mais próximo de um, mais concentrado esta

atividade será. Após o calculo do Gini Locacional, fez-se o agrupamento dos

segmentos econômicos em setores, de forma a se ter uma análise por possível

aglomeração ou cadeia produtiva, utilizando-se um conjunto de variáveis (número de

empregados, número de estabelecimentos, valor adicionado e tamanho dos

estabelecimentos) em tabelas para os segmentos econômicos.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

111

Na última etapa, fez-se uma análise das informações obtidas de dados secundários e,

em alguns casos, utilizaram-se outras bases de dados para complementar as

informações identificadas.

Na tabela de tamanho dos estabelecimentos, adotou-se a seguinte divisão:

Micro: até quatro empregados;

Pequeno: de cinco a quarenta e nove empregados;

Médio: de cinqüenta e quatrocentos e noventa e nove empregados;

Grande: mais de quinhentos empregados.

2.3 Segmentos Econômicos Estratégicos Identificados

A partir da metodologia utilizada, identificaram-se os segmentos econômicos

estratégicos para a região da ADRVALE. Os segmentos econômicos de maior

relevância foram agrupados em cinco setores. Isto não significa que a totalidade dos

segmentos econômicos da região da ADRVALE foi identificada e analisada. Cabe

ressaltar que este capítulo faz parte metodologia de Desenvolvimento Tecnológico

Regional – DTR, com objetivo de contribuir como fonte de informações para a

realização de painéis temáticos e na análise tecnológica da cadeia produtiva

estratégica.

Os segmentos econômicos estratégicos identificados são apresentados a seguir:

Alojamento, Alimentação, Aluguel e Atividades Imobiliárias;

Confecção e Fabricação de Produtos Têxteis;

Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos

Fabricação de Máquinas e Equipamentos;

Fabricação de Artefatos de Couro e Calçado.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

112

Tabela 40 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos dos Segmentos Econômicos da ADRVALE em 2001.

Atividades Econômicas Valor Adicionado (R$) Empregados Estabelecimentos

Alojamento, Alimentação, Aluguel e Atividades Imobiliárias; 8.698.724,00 4.046 423

Confecção e Fabricação de Produtos Têxteis; 361.156.524,00 18.393 843

Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos 178.804.778,00 3.693 185

Fabricação de Máquinas e Equipamentos; 80.433.144,00 1.426 24

Fabricação de Artefatos de Couro e Calçados 27.402.956,00 3.151 140

Fonte: elaborado a partir do próprio documento.

Com base nos dados formais de emprego, estabelecimentos e valor adicionado

apresentado na tabela 40, pode-se considerar o setor de confecção e fabricação de

produtos têxteis o mais significativo na região, pelo montante de valor adicionado

gerado em cada um dos setores analisadas, que serão expostos no decorrer deste

trabalho. Esse setor incorpora 33% dos empregados e o maior número de

estabelecimentos da região da ADRVALE. A fabricação de minerais não metálicos

também é relevante para a região, principalmente se considerarmos a quantia de valor

adicionado em relação ao número de empregados e estabelecimentos, que são pouco

numerosos.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

113

2.3.1 Alojamento, Alimentação, Aluguel e Atividades Imobiliárias.

Em 1999, segundo a EMBRATUR, em relação à geração de postos de trabalho, a

atividade representou cerca de 1,6 milhões de empregos, responsável por cerca 2,3%

da população empregada em todo o Brasil. Em relação aos maiores percentuais de

gastos por segmento na atividade turística, estavam distribuídos 23% para

Alimentação, 18% para transporte 13% para hotelaria e 8% para recreação, cultura e

lazer. O percentual restante estava distribuído em outras atividades de suporte a esta

estrutura.

O Estado Santa Catarina no ano de 2003, segundo pesquisa de demanda turística,

apresentada pelo Governo do Estado, recebeu cerca de 2,5 milhões de visitantes,

movimentando cerca de 243 milhões de reais.

Tabela 41 - Quociente Locacional de Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Quociente Locacional de Empregados

Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas

1999 2000 2001 1999 2000 2001

Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário

1,9377 1,9889 2,0610 3,2210 3,4715 3,3508

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação

0,9547 1,0501 1,0500 1,7111 1,6880 1,7454

Aluguel de automóveis 0,2075 0,0951 0,0419 0,5874 0,4697 0,5164

Aluguel de outros meios de transporte 2,9777 1,2892 - 7,9001 3,6181 -

Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 1,0716 0,9974 0,9206 2,1866 2,0575 1,8127

Aluguel de imóveis 2,8809 3,0229 2,7911 3,3304 3,3961 3,2881

Atividades imobiliárias por conta de terceiros 1,2027 0,9363 1,2048 1,7272 1,6781 2,2278

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.

Na região da ADRVALE, verifica-se uma diversidade de atrativos, caracterizados

principalmente pelo turismo de balneário, turismo cultural, religioso, ecológico, de

compras e um potencial para o agroturismo. Possuem destaque nessas atividades os

municípios de Bombinhas, Brusque, Governador Celso Ramos e Nova Trento.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

114

Com base nos índices de Quociente Locacional, como se observa na tabela 41, pode-

se notar a relevância das atividades turísticas na região, apresentando uma

concentração que supera em mais de três vezes a média estadual. Os restaurantes e

demais serviços de alimentação da região, são os que geram maior valor adicionado

do segmento e são as que mais empregam, dentre as atividades ligadas ao turismo na

região.

Figura 37 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.

0

1

2

3

4

1999 2000 2001

Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporárioRestaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentaçãoAluguel de automóveisAluguel de outros meios de transporteAtividades de agências de viagens e organizadores de viagemAluguel de imóveisAtividades imobiliárias por conta de terceiros

Fonte: IEL/SC.

De acordo com o gráfico da figura 37, o aluguel de imóveis é uma atividade forte na

região, acompanhado de perto pelas atividades de hotelaria e afins. O aluguel de

outros meios de transporte vem decrescendo significativamente, tanto em relação aos

empregados ocupados quanto ao número de estabelecimentos presentes na região. A

atividade de aluguel de outros meios de transporte, embora tenha declinado

sensivelmente na região, como indica a figura 38, é a que apresenta maior

concentração de atuação na região, em relação ao Estado como um todo, como se

observa na tabela 42. As demais atividades estão distribuídas uniformemente.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

115

Figura 38 - Gráfico do QL de Estabelecimentos, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.

02468

10

1999 2000 2001

Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporárioRestaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentaçãoAluguel de automóveisAluguel de outros meios de transporteAtividades de agências de viagens e organizadores de viagemAluguel de imóveisAtividades imobiliárias por conta de terceiros

Fonte: IEL/SC.

A figura 39 apresenta o mapa temático com as sete atividades que compõe o

segmento em questão: Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento

temporário; Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação;

Aluguel de automóveis; Aluguel de outros meios de transporte; Atividades de agências

de viagens e organizadores de viagem; Aluguel de imóveis; Atividades imobiliárias por

conta de terceiros. Pode-se constatar que as atividades relacionadas ao turismo na

região da ADRVALE se concentram mais nas áreas litorâneas, especialmente

Bombinhas, que apresentam um grande número de estabelecimentos hoteleiros e

outras acomodações, bem como restaurantes e aluguel de imóveis, devido à posição

de destaque na prática de mergulho em âmbito nacional. O município de Governador

Celso Ramos também apresenta um número elevado desses estabelecimentos. O

procedimento de obtenção do mapa baseou-se na atividade e no número de

empregados para o ano de 2001.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

116

Tabela 42 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Gini Locacional Atividades Econômicas

1999 2000 2001 Distribuição Espacial

Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário 0,1035 0,1200 0,0750 Baixa concentração

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação 0,0497 0,0580 0,0413 Regular

Aluguel de automóveis - - -

Aluguel de outros meios de transporte 0,3459 0,8709 0,4786 Concentrado

Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 0,0980 0,0722 0,1503 Baixa concentração

Aluguel de imóveis 0,0382 0,1634 0,1632 Baixa concentração

Atividades imobiliárias por conta de terceiros 0,1920 0,2100 0,2035 Baixa concentração

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.

A faixas do mapa temático seguem o seguinte princípio:

Zero: nenhum emprego registro;

Super baixo: até 1% de empregados do município;

Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;

Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;

Alto: de 5% a 10% de empregados do município

Super alto: acima de 10% de empregados do município.

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119

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

120

Considerando a dificuldade de obtenção do valor adicionado de algumas atividades

deste segmento, pode-se afirmar, através dos dados levantados e expostos na tabela

43, que os restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação são as

atividades que mais contribuem com o valor adicionado. Esta atividade também é a

que apresenta o maior número de estabelecimentos, bem como a que apresenta um

crescimento mais acentuado entre 1999 a 2001.

Tabela 43 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Valor Adicionado Empregados

Atividades Econômicas

2001

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Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário 1.473.197,00 0,16 -1,90 1.775 2,40 1,049 107

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação 7.159.969,00 0,77 58,85 1.987 2,68 164,93 260

Aluguel de automóveis - - - 1 0,00 -50 1,00

Aluguel de outros meios de transporte - - - - - - -

Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 65.576,00 0,01 82,36 64 0,09 52,38 17

Aluguel de imóveis - - - 128 0,17 52,38 21

Atividades imobiliárias por conta de terceiros - - - 91 0,12 106,82 17

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

A tabela 44 nos mostra a diferença entre as médias salariais das diferentes atividades

que compõe o segmento turístico da região da ADRVALE, bem como o valor

adicionado per capita, onde se nota que os estabelecimentos hoteleiros e outros tipos

de alojamentos temporários possuem as maiores médias salariais da região, sendo as

atividades ligadas à alimentação as que geram o maior valor adicionado per capita.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

121

Tabela 44 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da ADRVALE em 2001.

Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)

Média Salarial

Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário 829,97 352,18

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação 3.603,41 191,46

Aluguel de automóveis - 258,02

Aluguel de outros meios de transporte -

Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 1.024,63 316,09

Aluguel de imóveis - -

Atividades imobiliárias por conta de terceiros - -

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

A tabela 45 apresenta o tamanho dos estabelecimentos por empregados e

estabelecimentos, das atividades econômicas da região da ADRVALE. Verifica-se que

a atividade de estabelecimentos hoteleiros e outros tipos possui 42,48% dos

empregados em 17,96% dos estabelecimentos de pequeno porte, ou seja, de cinco a

quarenta e nove empregados. Dos 95,15% dos estabelecimentos de agências de

viagem que são de micro empresas, empregam 54,38% dos trabalhadores. A quase

totalidade dos empregados das atividades do referido setor encontra-se em micro e

pequenas empresas, ou seja, em estabelecimentos que empregam até quarenta e

nove funcionários. Apenas o setor hoteleiro possui empresas com mais de cinqüenta

empregados.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

122

Tabela 45 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Empregados (%) Estabelecimentos (%)

Atividades Econômicas

Mic

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Pequ

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Méd

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Gra

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Mic

ro

Pequ

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Méd

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Gra

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Estabelecimentos hoteleiros e outros tipos de alojamento temporário 19,94 42,48 37,58 0,00 80,24 17,96 1,80 0,00

Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação 40,26 59,74 0,00 0,00 91,41 8,59 0,00 0,00

Aluguel de automóveis 100 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00

Aluguel de outros meios de transporte - - - - - - - -

Atividades de agências de viagens e organizadores de viagem 54,38 40,63 0,00 0,00 95,15 4,55 0,00 0,00

Aluguel de imóveis 14,84 85,16 0,00 0,00 89,83 10,17 0,00 0,00

Atividades imobiliárias por conta de terceiros 39,56 60,44 0,00 0,00 91,67 8,33 0,00 0,00

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2001.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

123

2.3.2 Confecção e Fabricação de Produtos Têxteis

O município de Brusque concentra em sua grande maioria as atividades de Fiação,

fiação e tecelagem e Tecelagem, apresentando um grande número de empresas.

Brusque possui dez empresas de médio porte, com número de empregados variando

entre 50 e 499. O município de Botuverá apresenta apenas duas pequenas empresas,

também relacionadas às atividades supra citadas. No município de Guabiruba

encontra-se uma empresa de porte médio, a Willrich Ind. e Com. Têxtil Ltda,

exercendo atividades de fabricação de tecidos e artigos de malha. Esses municípios

são os mais significativos no setor têxtil, sendo que as quatro grandes empresas da

região, que possuem mais de quinhentos funcionários, encontram-se em Brusque, são

elas:

Buettner S/A Indústria e Comércio: Confecções felpudas; tecido felpudo; outros

tecidos de malha de algodão

Cia Industrial Schlosser S/A: Tecido plano de Liovel 100%; tecido plano de

algodão 100%; tecido plano de algodão e outras fibras; outros tecidos de malha de

algodão

Fábrica de Tecidos Carlos Renaux S/A: Fio De Algodão

Têxtil Renaux S/A: Tecido de camisaria; outros tecidos de malha de algodão; fio

de algodão; flanela; sarja

O segmento de Confecção e Fabricação de Produtos Têxteis é o de maior relevância

na região da ADRVALE, é o que apresenta maior número de empregados, bem como

o de estabelecimentos. Este segmento também é o que mais contribui com o valor

adicionado, apresentando, no conjunto das atividades um total de R$ 361.156.524,00

reais, o que corresponde a 45% do total dos cinco segmentos analisados. A atividade

de Tecelagem – inclusive fiação e tecelagem é, dentro da região analisada, a que

possui maior valor adicionado, totalizando aproximadamente 50% do total do

segmento e a que apresenta maior média salarial (R$ 737,31), embora não seja a

atividade com mais empregados e estabelecimentos da região.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

124

Tabela 46 - Quociente Locacional de Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Quociente Locacional de Empregados

Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas

1999 2000 2001 1999 2000 2001

Confecção de artigos do vestuário 1,6236 1,7664 1,7767 4,8449 4,7403 4,6382

Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional

0,8373 0,9854 1,2003 6,4561 3,8533 4,0927

Beneficiamento de fibras têxteis naturais 3,3731 4,1907 1,9624 6,6710 10,2627 7,2265

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis

1,5857 0,9535 1,0277 6,7938 6,5466 5,2824

Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem 3,8011 3,9351 3,5999 10,7379 11,4525 10,9506

Fabricação de tecidos e artigos de malha 1,7165 1,9072 1,5184 7,2792 7,3654 7,5992

Fiação 4,5120 4,0528 4,8278 12,5531 11,3106 10,5229

Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis 3,3956 3,4598 3,6488 5,5789 5,5042 5,6627

Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem 7,8957 8,2593 7,8896 15,9507 16,5490 15,3548

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.

Em contrapartida, a atividade de confecção de artigos do vestuário é a de maior

número de empregados e possui aproximadamente 65% dos estabelecimentos do

setor, embora seja o de menor média salarial (R$ 276,59) e apenas o terceiro em valor

adicionado.

As atividades que compõe esse segmento apresentam uma concentração alta em

relação ao restante do Estado, como identifica o Quociente Locacional expresso na

figura 40, com destaque para as atividades de tecelagem – inclusive fiação e

tecelagem, tanto em relação aos empregados, que se apresenta oito vezes mais

intensa que no resto do Estado, como sobretudo em relação aos estabelecimentos,

que se apresentam dezesseis vezes mais concentrados na região em relação à Santa

Catarina como um todo.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

125

Figura 40 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.

0123456789

1999 2000 2001

Confecção de artigos do vestuário

Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional

Beneficiamento de f ibras têxteis naturais

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis

Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem

Fabricação de tecidos e artigos de malha

Fiação

Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis

Tecelagem - inclusive f iação e tecelagem

Fonte: IEL/SC.

As atividades de Tecelagem – inclusive fiação e tecelagem apresentam, na região,

uma concentração muito maior do que no Estado como um todo, tanto em relação ao

número de estabelecimentos quanto ao número de empregos gerados, segundo o

gráfico da figura 41. Cabe salientar que as quatro grandes empresas do setor têxtil na

região se dedicam a essa atividade.

Conforme indica o índice de Gini Locacional expresso na tabela 47, o segmento de

Confecção e Fabricação de produtos têxteis encontra-se concentrado na região,

especialmente a atividade de Fiação, que segundo a classificação do índice de Gini

Locacional adotada na metodologia, classifica-se em super concentrada na região da

ADRVALE.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

126

Figura 41 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.

0

5

10

15

20

1999 2000 2001Confecção de artigos do vestuário

Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional

Beneficiamento de fibras têxteis naturais

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis

Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem

Fabricação de tecidos e artigos de malha

Fiação

Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis

Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem

Fonte: IEL/SC.

A figura 42 apresenta o mapa temático com as nove atividades que compõem o setor

de confecção e fabricação de produtos têxteis segmentos econômicos, que são:

(Confecção de artigos do vestuário; Fabricação de acessórios do vestuário e de

segurança profissional; Beneficiamento de fibras têxteis naturais; Fabricação de

artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis;

Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem; Fabricação de tecidos e artigos

de malha; Fiação; Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis;

Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem). A confecção de artigos de vestuário é

muito forte na região noroeste da ADRVALE, que inclui os municípios de Guabiruba,

Brusque e Botuverá. O município de Brusque destaca-se na atividade de tecelagem,

Botuverá é expressivo nas atividades de fiação. Nota-se também a escassez das

atividades de beneficiamento de fibras naturais na região como um todo. O

procedimento de obtenção do mapa baseou-se na atividade e no número de

empregados para o ano de 2001.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

127

A faixas seguem o seguinte princípio:

Zero: nenhum emprego registro;

Super baixo: até 1% de empregados do município;

Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;

Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;

Alto: de 5% a 10% de empregados do município

Super alto: acima de 10% de empregados do município.

Tabela 47 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Gini Locacional Atividades Econômicas

1999 2000 2001 Distribuição Espacial

Confecção de artigos do vestuário 0,0304 0,0376 0,0469 Regular

Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional 0,1748 0,3773 0,1720 Baixa

concentração

Beneficiamento de fibras têxteis naturais - - - -

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis 0,2871 0,2703 0,3700 Concentrado

Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem 0,4170 0,1805 0,1622 Baixa concentração

Fabricação de tecidos e artigos de malha 0,7494 0,5001 0,3487 Concentrado

Fiação 0,4689 0,8017 0,5871 Super concentrado

Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis 0,1018 0,0605 0,0679 Baixa

concentração

Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem 0,6564 0,2418 0,3775 Concentrado

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.

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o B

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Empregados

Participação

Nulo

(1)

Super Baixo

(2)

Baixo

(3)

Médio

(2)

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(1)

Super Alto

(3)

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(5)

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2003

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128

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129

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Participação

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Super Baixo

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Médio

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Super Alto

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2003

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130

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Super Baixo

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Participação

Nulo

(6)

Super Baixo

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Baixo

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Médio

(2)

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Super Alto

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131

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2003

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DRV

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

133

Conforme indica a tabela 48, o valor adicionado gerado pelas atividades de tecelagem

– inclusive fiação e tecelagem é o que possui a maior participação na região (R$

179.248.145,00). No entanto, as atividades que mais cresceram no segmento têxtil

são as ligadas ao beneficiamento de fibras têxteis naturais, apresentando, de 1999 a

2001 a taxa de 367,67% de crescimento. Essas atividades se concentram mais no

município de Brusque. A principal empresa desse ramo de atividade é a Indústria e

Comércio de Malhas Mh Ltda e a Juritex Ind. e Com. Ltda, que atuam no

beneficiamento de fibras têxteis vegetais, artificiais e sintéticas, e de matérias têxteis

de origem animal, fabricação de estopa, de materiais para estofos, e recuperação de

resíduos têxteis.

Tabela 48 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Valor Adicionado Empregados

Atividades Econômicas

2001

(R

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2001

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Confecção de artigos do vestuário 75.968.266,00 8,15 34,41 7.195 9,72 113,69 547

Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional

Beneficiamento de fibras têxteis naturais 1.945.315,00 0,21 367,67 61 0,08 -54,14 4

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis

83.344.877,00 8,94 24,89 588 0,79 59.35 46

Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem 2.675 3,61 53.91 55

Fabricação de tecidos e artigos de malha 1.871.590,00 0,20 -23,37 1.069 1,44 31,49 79

Fiação 1.243.855,00 0,13 -34,88 1.382 1,87 89,32 13

Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis 17.534.476,00 1,88 40,93 1.208 1,63 141,60 28

Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem 179.248.145,00 19,23 14,92 4.215 5,69 41,63 71

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

134

A fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional é a atividade que

apresenta o maior valor adicionado per capita do segmento, conforme indica a tabela

49. Essa atividade possui a segunda maior média salarial (R$ 527,04), ficando atrás

apenas das atividades de Tecelagem, que apresentam a média salarial de (R$

737,31).

Tabela 49 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da ADRVALE em 2001.

Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)

Média Salarial

Confecção de artigos do vestuário 10.558,48 276,59

Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional

Beneficiamento de fibras têxteis naturais 31.890,41 527,04

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos – exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis 141.742,99 411,99

Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem

Fabricação de tecidos e artigos de malha 1.750,79 443,43

Fiação 900,04 437,20

Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis 14.515,29 463,95

Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem 42.526,25 737,31

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 200

Em todas as atividades relacionadas ao segmento têxtil da região da ADRVALE há um

predomínio de micro empresas e com exceção das atividades de Serviços de

acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis, Tecelagem – inclusive fiação e

tecelagem e Fiação, que possuem maior parcela de empregados nos

estabelecimentos de médio porte, em todas as outras há o predomínio de

trabalhadores nas pequenas empresas.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

135

Tabela 50 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Empregados (%) Estabelecimentos (%)

Atividades Econômicas

Mic

ro

Pequ

eno

Méd

io

Gra

nde

Mic

ro

Pequ

eno

Méd

io

Gra

nde

Confecção de artigos do vestuário 15,23 52,45 32,31 0,00 81,55 17,37 1,08 0,00

Fabricação de acessórios do vestuário e de segurança profissional 25,27 74,73 0,00 0,00 87,50 12,50 0,00 0,00

Beneficiamento de fibras têxteis naturais 6,56 93,44 0,00 0,00 57,14 42,86 0,00 0,00

Fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos - exclusive vestuário - e de outros artigos têxteis

10,20 70,75 19,05 0,00 65,33 33,33 1,33 0,000

Fabricação de artefatos têxteis, incluindo tecelagem 2,69 12,45 23,78 61,08 78,63 16,24 4,27 0,85

Fabricação de tecidos e artigos de malha 14,13 62,58 23,29 0,00 71,30 26,96 1,74 0,00

Fiação 20,84 17,66 61,51 0,00 54,55 22,73 22,73 0,00

Serviços de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis 1,99 32,20 65,81 0,00 47,37 31,58 21,05 0,00

Tecelagem - inclusive fiação e tecelagem 2,28 17,41 30,01 50,30 53,85 32,97 9,89 3,30

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2001.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

136

2.3.3 Fabricação de Produtos de Minerais não-Metálicos

A fabricação de produtos cerâmicos possui um destaque na região da ADRVALE, o

município de Tijucas possui seis empresas desse setor, com destaque para a

Portobello, que atua na área de revestimentos cerâmicos e conta com 700

funcionários. No município de Canelinha concentram-se dez empresas de pequeno

porte neste segmento, sendo a maior delas a Cerâmica Aurora, com 99 empregados,

atuando na fabricação de telhas, tijolos e outros artigos de barro cozido - exclusive

cerâmica.

Tabela 51 - Quociente Locacional de Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Quociente Locacional de Empregados

Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas

1999 2000 2001 1999 2000 2001

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque

0,7083 0,8481 1,0671 1,7430 1,7368 2,3146

Fabricação de produtos cerâmicos 2,9355 3,1963 3,0732 5,5904 6,0600 5,9274

Fabricação de vidro e de produtos do vidro 0,0857 - 0,1160 1,3707 - 1,2540

Extração de pedra, areia e argila 1,0430 1,5326 1,6151 4,2473 4,5658 3,9276

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.

A tabela 52 mostra que o segmento de fabricação de produtos minerais e não-

metálicos, a atividade de fabricação de produtos cerâmicos é quase seis vezes mais

intensa na região do que no restante do Estado. A extração de pedra, areia e argila é

super concentrado, segundo o índice de Gini Locacional. A extração de pedras, areia e

argila, segundo o cálculo do índice de Gini Locacional, super concentrada na região,

apresentando ainda um crescimento das atividades entre os anos de 1999 a 2001.

Observando a figura 43, pode-se observar que a fabricação de produtos cerâmicos é,

em média, três vezes mais intensa na região do que no restante do Estado, em

relação ao número de empregados ocupados em cada atividade que compõe o

segmento. É a atividade que mais contribui com o valor adicionado no segmento,

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

137

sendo também a atividade que possui maior número de trabalhadores, bem como de

estabelecimentos, além de apresentar a maior média salarial (R$ 710,64).

Tabela 52 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Gini Locacional Atividades Econômicas

1999 2000 2001 Distribuição Espacial

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 0,0821 0,1096 0,0765 Baixa

concentração

Fabricação de produtos cerâmicos 0,2162 0,2323 0,2558 Concentrado

Extração de pedra, areia e argila 1,0430 1,5326 1,6151 Super concentrado

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.

Figura 43 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.

00,5

11,5

22,5

33,5

1999 2000 2001

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque

Fabricação de produtos cerâmicos

Fabricação de vidro e de produtos do vidro

Extração de pedra, areia e argila

Fonte: IEL/SC.

A figura 45 apresenta o mapa temático com as quatro atividades que formam o

segmento de fabricação de minerais e não-metálicos: (Fabricação de artefatos de

concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque; Fabricação de produtos cerâmicos;

Fabricação de vidro e de produtos do vidro; Extração de pedra, areia e argila). O

procedimento de obtenção do mapa baseou-se na atividade e no número de

empregados para o ano de 2001.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

138

Figura 44 - Gráfico do QL de Estabelecimentos, por atividades econômicas, da região de ADRVALE de 1999 a 2001.

0

1

2

3

4

5

6

7

1999 2000 2001

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque

Fabricação de produtos cerâmicos

Fabricação de vidro e de produtos do vidro

Extração de pedra, areia e argila

Fonte: IEL/SC.

Segundo os mapas temáticos gerados para o setor de fabricação de produtos minerais

e não-metálicos, observa-se que as atividades de fabricação de produtos cerâmicos

concentram-se fortemente nos municípios de Tijucas e Canelinha e há escassez de

atividades relacionadas à fabricação de vidros e produtos de vidro na região.

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Figu

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5 -

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Empregados

Participação

Nulo

(2)

Super Baixo

(8)

Baixo

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Médio

(0)

Alto

(0)

Super Alto

(0)

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Empregados

Participação

Nulo

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139

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Empregados

Participação

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140

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

141

As atividades que mais contribuem com a formação do valor adicionado no segmento

de fabricação de produtos de minerais não-metálicos são as ligadas à fabricação de

produtos cerâmicos, que compõe aproximadamente 90 % do valor adicionado desse

segmento, é a atividade que mais emprega do setor, no entanto e a que apresenta

menor crescimento no período analisado, tanto em relação ao número de empregados

quanto ao de estabelecimentos.

Tabela 53 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Valor Adicionado Empregados

Atividades Econômicas

2001

(R

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2001

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Esta

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Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque

982.671,00 0,11 162,20 294 0,40 162,50 35

Fabricação de produtos cerâmicos 162.678.688,00 17,45 27,15 3.202 4,33 53,13 121

Fabricação de vidro e de produtos do vidro 82.271,00 0,01 184,41 7 0,01 133,33 1

Extração de pedra, areia e argila 15.061.148,00 1,62 70,13 190 0,26 167,61 28

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

Há na região, conforme indica a tabela 55, um predomínio de micro e pequenas

empresas. Com a exceção das atividades de fabricação de produtos cerâmicos, onde

a maioria dos trabalhadores concentra-se em grandes empresas, nas outras três

atividades mencionadas há um predomínio de trabalhadores em pequenas empresas.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

142

Tabela 54 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da ADRVALE em 2001.

Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)

Média Salarial

Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 3.342,42 296,40

Fabricação de produtos cerâmicos 50.805,34 710,64

Fabricação de vidro e de produtos do vidro 11.753,00 638,27

Extração de pedra, areia e argila 79.269,20 407,99

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

Tabela 55 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Empregados (%) Estabelecimentos (%)

Atividades Econômicas

Mic

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Gra

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Mic

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Pequ

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Méd

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Fabricação de artefatos de concreto, cimento, fibrocimento, gesso e estuque 32,99 67,01 0,00 0,00 83,64 16,36 0,00 0,00

Fabricação de produtos cerâmicos 6,37 33,85 8,90 50,87 61,33 37,02 1,10 0,55

Fabricação de vidro e de produtos do vidro 0,00 100,00 0,00 0,00 0,00 100,00 0,00 0,00

Extração de pedra, areia e argila 22,11 77,89 0,00 0,00 80,00 20,00 0,00 0,00

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2001.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

143

2.3.4 Fabricação de Máquinas e Equipamentos

Dentre as atividades que compõe o setor de fabricação de máquinas e equipamentos,

as relacionadas à fabricação de peças e acessórios para veículos automotores são as

que apresentam maior destaque na região, em relação ao restante do Estado,

classificando-se em super concentrados, conforme a distribuição espacial calculada

pelo índice de Gini Locacional. O município de Brusque possui três empresas de

médio porte deste setor na região da ADRVALE, que serão expostas a seguir.

Irmãos Fischer S/A Indústria e Comércio: esta empresa exerce suas atividades

a partir das atividades de fabricação de máquinas e equipamentos, conforme a

segmentação utilizada neste trabalho, mais detalhadamente atuando na fabricação

de máquinas, aparelhos para uso doméstico equipados ou não com motor elétrico,

máquinas de costura, refrigeradores, conservadoras e semelhantes, máquinas de

lavar e secar roupa. Entre eles estão: forno elétrico; revestimentos para

pavimentos e capachos; de borracha vulcanizada não endurecida; carrinho de

tração manual; betoneiras; bicicletas; churrasqueira elétrica.

Metalúrgica Siemsen Ltda: esta empresa atua na fabricação de máquinas e

equipamentos de uso específico, como a fabricação de máquinas, aparelhos e

equipamentos para instalações industriais e comerciais inclusive elevadores. Entre

eles: fatiador de carne; outros aparelhos eletromecânicos; com motor elétrico; de

uso doméstico; fritadeira elétrica; serra para cortar ossos; outros centrifugadores;

descascador de batatas; liquidificador industrial; outras preparações alimentícias;

máquinas e aparelhos para misturar; amassar; moer; separar.

Metalúrgica Visa Ltda: esta empresa se situa, conforme a segmentação utilizada,

nas atividades de fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a

agricultura, avicultura e obtenção de recursos naturais, especificamente a

fabricação de máquinas, aparelhos e materiais para agricultura, avicultura,

cunicultura, criação de outros pequenos animais e obtenção de produtos de origem

animal, e para beneficiamento ou preparação de produtos agrícolas inclusive

peças e acessórios. Entre eles: máquina para preparar carnes; máquina para

preparar frutas; máquina para indústria de cacau; máquinas e aparelhos para

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

144

preparação de carnes; trituradores e misturadores de alimentos; espremedores de

frutas ou produtos hortículas.

Tabela 56 - Quociente Locacional de Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Quociente Locacional de Empregados

Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas

1999 2000 2001 1999 2000 2001

Fabricação de máquinas-ferramenta - 0,2177 0,1787 - 0,6068 0,4620

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 1,8188 1,7425 1,5294 1,9004 1,6175 1,8686

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais

0,1757 0,0163 0,0391 0,7078 0,3796 0,6320

Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores 5,2453 5,5564 4,9607 4,8747 4,2542 3,8188

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.

Essa atividade é responsável por 65% do total do valor adicionado gerado pelo

segmento, possuindo também o maior número de empregados e a maior média

salarial do setor. Merece destaque, entretanto, as atividades de fabricação de tratores

e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos

animais, que apresentaram um crescimento de 238.42% de 1991 a 2001, possuindo

apenas dois estabelecimentos e possuindo um valor adicionado per capita de (R$

1.319.164,50), muito superior ao alcançado pela atividade de fabricação de peças

acessórios para veículos automotores, que apresentam a segunda melhor condição

neste item (R$ 57.503,97).

A figura 46 ilustra claramente o destaque para a fabricação de peças e acessórios

para veículos automotores na região, que se apresenta aproximadamente cinco vezes

mais intensa do que no restante do Estado de Santa Catarina, conforme indica o

Quociente Locacional de empregados na região da ADRVALE.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

145

Figura 46 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.

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1999 2000 2001

Fabricação de máquinas-ferramenta

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtosanimaisFabricação de peças e acessórios para veículos automotores

Fonte: IEL/SC.

A concentração de estabelecimentos, como indica a figura 47, se apresenta mais

concentrada na região do que no estado de Santa Catarina como um todo, no entanto

essa atividade vem decrescendo, como se pode observar no gráfico, de 1999 a 2001.

As demais atividades apresentam certa regularidade no decorrer dos anos analisados.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

146

Figura 47 - Gráfico do QL de Estabelecimentos, por atividades econômicas, da região de ADRVALE de 1999 a 2001.

0

1

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1999 2000 2001

Fabricação de máquinas-ferramenta

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtosanimaisFabricação de peças e acessórios para veículos automotores

Fonte: IEL/SC.

A tabela 57 apresenta a distribuição espacial, obtida a partir do cálculo do índice de

Gini Locacional onde podemos observar a alta concentração das atividades de

fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico e a fabricação de

peças e acessórios para veículos automotores.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

147

Tabela 57 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Gini Locacional Atividades Econômicas

1999 2000 2001 Distribuição Espacial

Fabricação de máquinas-ferramenta - 0,2177 0,1787 Baixa concentração

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 1,8188 1,7425 1,5294 Super

concentrado

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais

0,1757 0,0163 0,0391 Regular

Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores 5,2453 5,2564 4,9607 Super

concentrado

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.

A figura 48 apresenta o mapa temático com as quatro atividades do segmento de

fabricação de máquinas e equipamentos, que são: Fabricação de máquinas-

ferramenta; Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico;

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e

obtenção de produtos animais; Fabricação de peças e acessórios para veículos

automotores. O procedimento de obtenção do mapa baseou-se na atividade e no

número de empregados para o ano de 2001. A faixas seguem o seguinte princípio:

Zero: nenhum emprego registro;

Super baixo: até 1% de empregados do município;

Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;

Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;

Alto: de 5% a 10% de empregados do município

Super alto: acima de 10% de empregados do município.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

150

A tabela 58 indica que as atividades de fabricação de peças acessórias para veículos

automotores são as que geram o maior valor adicionado do segmento. Entretanto,

apesar de apresentar apenas duas empresas, a fabricação de tratores e de máquinas

e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais é a

atividade que mais cresceu de 1999 a 2001, apresentando uma taxa de 238,42% de

crescimento no período,

Tabela 58 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Valor Adicionado Empregados

Atividades Econômicas

2001

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Fabricação de máquinas-ferramenta 287.440,00 0,03 22,73 10 0,01 1

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 22.022.898,00 2,36 -28,67 493 0,67 65,99 14

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais

5.276.658,00 0,57 238,42 4 0,01 -63,64 2

Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores

52.846.148,00 5,67 21,14 919 1,24 45,87 7

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

A fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e

obtenção de produtos animais apresentam maior valor adicionado per capita do

segmento de fabricação de máquinas e equipamentos (R$ 1.319.164,50),

apresentando o valor que corresponde a mais que o dobro do valor referente às

atividades de fabricação de peças e acessórios para veículos automotores (R$

57.503,97). Essas duas atividades apresentam, segundo a tabela 58, praticamente a

mesma média salarial do segmento, apresentando uma pequena diferença, favorável

à fabricação de peças e acessórios para veículos automotores.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

151

Tabela 59 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da ADRVALE em 2001.

Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)

Média Salarial

Fabricação de máquinas-ferramenta 28.744,00 221,40

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 44.671,19 561,88

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais 1.319.164,50 882,06

Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores 57.503,97 894,97

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

A partir da tabela 60, nota-se um predomínio de micro empresas no setor para todas

as atividades. Já em relação à distribuição dos empregados nos estabelecimentos,

notamos que em cada atividade se observa o predomínio de empregados em

estabelecimentos de tamanhos distintos, de acordo com a tabela a seguir:

Tabela 60 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Empregados (%) Estabelecimentos (%)

Atividades Econômicas

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Mic

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Pequ

eno

Méd

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Fabricação de máquinas-ferramenta 0,00 100 0,00 0,00 75 25 0,00 0,00

Fabricação de outras máquinas e equipamentos de uso específico 3,85 21,50 74,65 0,00 50 33,33 16,67 0,00

Fabricação de tratores e de máquinas e equipamentos para a agricultura, avicultura e obtenção de produtos animais

100,00 0,00 0,00 0,00 100 0,00 0,00 0,00

Fabricação de peças e acessórios para veículos automotores

1,63 14,15 0,00 84,22 60 30,00 0,00 10

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2001.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

152

2.3.5 Fabricação de Artefatos de Couro e Calçados

Esse segmento engloba o setor calçadista e a fabricação de artefatos de couro. As

atividades calçadistas se concentram nos municípios de Nova Trento, que apresenta

duas empresas, uma pequena e uma de grande porte. O município de São João

Batista possui 28 empresas nesta atividade, sendo duas delas de médio porte, ou

seja, que apresentam o número de empregados variando entre 100 e 499. Em nova

Trento, possui destaque a:

Indústria e Comércio de Calçados Irmãos Soares Ltda: Sapatos femininos

Em São João Batista, as empresas mais significativas são:

Dirley Ind. e Com. de Calçados Ltda: calçados femininos; outros calçados de

borracha ou plástico; cobrindo o tornozelo; tênis

Indústria e Comércio de Calçados Tânia Ltda: outros calçados de borracha ou

plástico; cobrindo o tornozelo.

Verificou-se uma dificuldade na obtenção dos dados das atividades de curtimento e

outras preparações de couro, entretanto, pode-se concluir que a fabricação de

calçados são os que mais contribuem com o valor adicionado, registrando este (R$

27.402.956,00), extremamente superior aos (R$ 349.228,00) registrado na fabricação

de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro.

Tabela 61 - Quociente Locacional de Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Quociente Locacional de Empregados

Quociente Locacional de Estabelecimentos Atividades Econômicas

1999 2000 2001 1999 2000 2001

Curtimento e outras preparações de couro 1,0504 0,8288 0,7969 1,6933 2,6829 3,4382

Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro

2,2009 1,9582 1,8427 5,4602 3,8533 3,7997

Fabricação de calçados 7,5596 7,4335 7,3135 13,9159 13,9038 14,7668

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

153

Conforme indica o gráfico da figura 49, a região da ADRVALE, especialmente Nova

Trento e São João Batista é o principal pólo calçadista do Estado de Santa Catarina,

apresentando uma intensidade sete vezes mais intensa do que no restante do Estado.

Figura 49 - Gráfico do QL de Empregados, por atividades econômicas, da região da ADRVALE de 1999 a 2001.

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68

1999 2000 2001

Curtimento e outras preparações de couro

Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro

Fabricação de calçados

Fonte: IEL/SC.

A figura 50 a seguir mostra a intensidade desse segmento na região, por atividades

econômicas e mais uma vez destaca-se a fabricação de calçados, quatorze vezes

mais intensa do que no conjunto do Estado. O curtimento e outras preparações de

couro apresentaram um crescimento considerando os anos analisados.

Figura 50 - Gráfico do QL de Estabelecimentos, por atividades econômicas, da região de ADRVALE de 1999 a 2001.

0

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1999 2000 2001

Curtimento e outras preparações de couro

Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro

Fabricação de calçados

Fonte: IEL/SC.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

154

O setor de fabricação de Artefatos de Couro e Calçados possui uma relevância muito

grande para a região como um todo, destacando-se a fabricação de calçados, que em

2001 era quatorze vezes mais intensa na região do que no estado de Santa Catarina.

Essas atividades apresentam-se muito concentradas na região, conforme o índice de

Gini Locacional utilizados na análise.

Tabela 62 - Gini Locacional, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Gini Locacional Atividades Econômicas

1999 2000 2001 Distribuição Espacial

Curtimento e outras preparações de couro 1,0504 0,8288 0,7969 Baixa concentração

Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro 2,2009 1,9582 1,8427 Super concentrado

Fabricação de calçados 7,5596 7,4335 7,3135 Super concentrado

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001.

A figura 51 apresenta o mapa temático com as três atividades que formam o

segmento de artefatos de couro e calçados: Curtimento e outras preparações de

couro; Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro; Fabricação

de calçados. O procedimento de obtenção do mapa baseou-se na atividade e no

número de empregados para o ano de 2001. As atividades de fabricação de calçados

destacam-se nos municípios de Nova Trento e São João Batista, possuindo uma alta

participação de empregados na atividade. A faixas seguem o seguinte princípio:

Zero: nenhum emprego registro;

Super baixo: até 1% de empregados do município;

Baixo: de 1% a 2,5% de empregados do município;

Médio: de 2,5% a 5% de empregados do município;

Alto: de 5% a 10% de empregados do município

Super alto: acima de 10% de empregados do município.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2004 • ADRVALE

157

As atividades de fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro

apresentaram um crescimento de 413,56% de 1999 a 2001 e a fabricação de calçados

geram o maior valor adicionado do segmento (R$ 27.053.728,00).

Tabela 63 - Valor Adicionado, Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Valor Adicionado Empregados

Atividades Econômicas

2001

(R

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Curtimento e outras preparações de couro - - - 72 0,10 38,46 3

Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro 349.228,00 0,04 413,56 131 0,18 77,03 11

Fabricação de calçados 27.053.728,00 2,90 18,93 2,948 3,98 114,71 126

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

Tabela 64 - Valor Adicionado per capita e média salarial, por atividades econômicas, na região da ADRVALE em 2001.

Atividades Econômicas Valor Adicionado per capita (R$ 1,00)

Média Salarial

Curtimento e outras preparações de couro - -

Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro 2.665,86 233,93

Fabricação de calçados 9.176,98 199,39

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS de 1999 a 2001 e Secretaria de Estado da Fazenda de Santa Catarina de 1999 a 2001.

A tabela 65 apresenta o tamanho dos estabelecimentos por empregados e

estabelecimentos. Verifica-se que a atividade de fabricação de calçados possui

71,83% dos estabelecimentos de micro empresas (até quatro funcionários), que

respondem por 15,06% dos empregos.

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CAPÍTULO 2 – SEGMENTOS ECONÔMICOS ESTRATÉGICOS 2003 • ADRVALE

158

Tabela 65 - Tamanho dos Estabelecimentos por Empregados e Estabelecimentos, por atividades econômicas, na região da ADRVALE.

Empregados (%) Estabelecimentos (%)

Atividades Econômicas

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Mic

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Pequ

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Méd

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Curtimento e outras preparações de couro 13,90 86,10 0,00 0,00 33,33 66,67 0,00 0,00

Fabricação de artigos para viagem e de artefatos diversos de couro 15,06 47,22 37,72 0,00 71,83 25,35 2,82 0,00

Fabricação de calçados 15,06 47,22 37,72 0,00 71,83 25,35 2,82 0,00

Fonte: calculado pelo IEL/SC a partir das informações da MTB/RAIS em 2001.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁ

CAPACITAÇÕES, PA

CAPÍTULO 3

INÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE

PROJETOS

TICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

159

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

161

3.1 Introdução

Este capítulo aborda as capacitações, painéis temáticos e oficinas de projetos

realizados pela equipe técnica do IEL/SC na região da ADRVALE. Verifica-se que

essas ações fazem parte das metodologias de Estruturação de Agências de

Desenvolvimento Regional (ADR) e Desenvolvimento Tecnológico Regional (DTR).

São oferecidas, de acordo com a metodologia da ADR, as capacitações em Liderança

& Motivação para o Desenvolvimento Regional, Gerenciamento do Ciclo de Projetos

(que aborda a elaboração e gestão) e as Oficinas de Projetos. As três capacitações

são detalhadas mais adiante. Sendo que, a oficina de projetos é uma capacitação que

utiliza as informações geradas pelos respectivos painéis temáticos (agricultura familiar

e confecções). O painel temático tem como objetivo subsidiar o processo como um

todo através da análise parcial de determinados segmentos da economia que não

foram contemplados no estudo principal da cadeia produtiva estratégica, mas que são

de interesse da região.

A seqüência metodológica consiste na identificação, análise da situação atual e

propostas de projetos para determinados segmentos da economia regional, onde as

escolhas dos segmentos se dão através da indicação dos próprios atores regionais,

baseado na análise dos segmentos econômicos estratégicos.

A análise da situação atual e as propostas de projetos ocorrem em um evento

denominado “oficina de trabalho” na própria região, num período de 8 horas

consecutivas, com a participação de representantes dos principais grupos envolvidos

(produtores, fornecedores, distribuidores e fabricantes), conforme o nível de

abrangência exigido. Participam também desse evento representantes do grupo

técnico da ADRVALE, que acompanham o encaminhamento das propostas de projetos

que servirão como base para a realização da “Oficina de Projetos”.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

162

3.2 Capacitações

O objetivo das capacitações é instrumentalizar o grupo técnico da ADRVALE na

liderança e motivação regionais, na elaboração e na gestão de projetos. A metodologia

é composta por quatro capacitações vinculadas à estruturação da Agência, são elas:

Liderança & Motivação, Elaboração de Projetos, Gestão de Projetos e Oficina de

Projetos. Essas capacitações visam preparar seus participantes para identificar

necessidades, estruturar, executar e acompanhar projetos em seus ambientes de

trabalho. Entre os objetivos específicos estão:

Dominar técnicas de moderação de processos participativos no contexto de

programas e projetos;

Desenvolver habilidades para a análise de situações e o desenho de alternativas

de intervenção junto a pontos carentes de ação;

Dominar processos de estruturação de projetos – estratégico, operacional e

orçamentário;

Deter conhecimentos sobre os métodos e instrumentos adaptados para a monitoria

e avaliação dos impactos de programas e projetos.

3.2.1 Liderança & Motivação para o Desenvolvimento Regional

A oficina de Liderança e Motivação para o Desenvolvimento Regional, ministrado pelo

consultor Ronaldo Cimetta, apresentou ao corpo técnico da ADRVALE os principais

conceitos e os instrumentos e as informações sobre a liderança e a motivação, com

foco no desenvolvimento do relacionamento interpessoal para aprimorar as

competências adquiridas. Estiveram presente vinte e quatro pessoas na oficina que se

realizou de 11 a 12 de fevereiro de 2003 com uma carga horária de 16 horas na

UNIVALI de Tijucas.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

163

3.2.2 Gerenciamento do Ciclo de Projetos

O curso de Gerenciamento do Ciclo de Projetos foi oferecido de 15 a 19 de março de

2003 com uma carga de 40 horas a dezoito integrantes do grupo técnico da

ADRVALE. O curso foi ministrado pela consultora do IEL/SC Jucélia Cardoso Caetano,

no município de Itapema. O curso capacitou os integrantes em enfoque participativo

no trabalho e grupos, além de técnicas e instrumentos de planejamento. Entre eles:

• Moderação de processos participativos;

• Visualização móvel;

• Problematização;

• Coleta e estruturação de idéias;

• Planejamento participativo – princípios e elementos (Ciclo de Planejamento e de

Execução de um Projeto);

• Técnicas e instrumentos de planejamento participativo;

• Definição de objetivos;

• Elaboração de um planejamento operacional.

3.2.3 Oficina de Projetos

A oficina de projetos tem o propósito de exercitar os conceitos aprendidos durante as

capacitações em elaboração e gestão de projetos. A capacitação é voltada à equipe

técnica da ADRVALE, objetivando a elaboração de um pré-projeto que,

posteriormente, será adequado a um edital. A oficina de projetos terá como ponto de

partida os resultados do Painel Temático, os quais proporcionarão um levantamento

dos principais problemas enfrentados pelo segmento sob análise e, durante a

realização da oficina de projetos, serão planejadas ações que venham potencializar o

desenvolvimento do segmento sob análise. Foram realizadas duas oficinas de projetos

que estão detalhados em um tópico mais adiante.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

164

3.3 Painéis Temáticos

Na região da ADRVALE foram realizados três painéis temáticos com os temas:

turismo, agricultura familiar com foco em produtos coloniais e confecções com foco em

facções. Sendo que o primeiro foi realizado em 15 de agosto de 2003, o segundo em

25 de março de 2004 e o último, no dia 28 de junho de 2004.

O tema de Turismo foi escolhido e definido pelo comitê gestor da ADRVALE e pela

equipe técnica do IEL/SC como sendo o mais estratégico com o intuito de atender os

interesses dos mesmos. No decorrer do processo de estruturação da ADR e da

execução do DTR, acabou sendo o tema priorizado para o estudo da cadeia produtiva,

previsto na metodologia do DTR.

Os temas de agricultura familiar como foco em produtos coloniais e confecções com

foco em facções foram definidos a partir de uma reunião ocorrida na sede do IEL/SC,

no dia 11 de março de 2004, com a participação do Srs. Túlio Tavares Santos

(Secretário Adjunto da Secretaria de Estado do Desenvolvimento de Regional de

Brusque), Sérgio Zanella Jr (Superintendente da ADRVALE), Alcides Cláudio S. Filho

(Agente de articulação do SEBRAE/Brusque), Wilson Sanches Rodrigues (Gestor do

ADR/DTR do SEBRAE/SC) e Osny Taborda Ribas Jr. (Coordenador da Unidade de

Desenvolvimento Regional e Setorial do IEL/SC).

3.3.1 Painel Temático de Turismo

O painel temático do turismo foi definido pelo seu potencial econômico que representa

e pela abrangência que envolve os municípios da ADRVALE. É caracterizado por

vários tipos de turismo: o religioso, o de compras, sol & mar, o agro-turismo, entre

outros.

A região oferece inúmeros atrativos, dos quais pode-se citar a qualidade e diversidade

de atrativos naturais, como praias, cavernas, trilhas, e infra-estrutura turística,

principalmente na região de Bombinhas. O comércio de confecções e calçados. A

gastronomia diversificada. O turismo religioso. Enfim, há uma gama de características

em cada município.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

165

Durante a realização da oficina, os integrantes foram indagados sobre quais são os

principais fatores que interferem de forma a impulsionar e a dificultar o

desenvolvimento do turismo regional na região da ADRVALE. Foram considerandos os

seguintes itens:

Recursos Naturais;

Planejamento / Organização;

Produtos e Serviços;

Relacionamento entre Empresas e Entidades de Representação;

Políticas Públicas;

Cultura;

Educação;

Infra-Estrutura Turística;

Segurança.

Os fatores impulsionadores mencionados pelos participantes foram:

Existência de uma política de segurança;

As organizações públicas e privadas / Planejamento e organização do turismo;

Fortes tradições culturais;

Conhecimento da importância turística;

Produtos da área rural disponíveis;

Grande produção calçadista, vestuária e cerâmica, representativa no país;

Baixo índice de violência na região;

Turismo religioso;

Pontos turísticos em geral;

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

166

Existência de 6 faculdades com curso de Turismo;

Diferenças de etnias e tradições;

Pólo calçadista, têxtil e cerâmico;

Existência de associações e sindicatos;

Leis de incentivo municipais, estaduais e federais;

Existência de linhas de crédito;

Rede de alimentação variada e abundante;

Festas tradicionais;

Igrejas, artesanatos e cerâmica;

Esportes radicais;

Passeios náuticos de boa qualidade;

Recursos naturais abundantes (praias, rios, grutas, morros, Mata Atlântica);

COMTUR e Secretarias de Turismo;

Disponibilidade de rede hoteleira.

Entre os fatores dificultadores foram mencionados:

Forte influência da política partidária;

Não há conscientização turística;

Não possui infra-estrutura de vendas;

Falta de disciplina “Turismo” no currículo escolar;

Deficiências na infra-estrutura (telecomunicações, etc);

Falta de infra-estrutura na segurança;

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

167

Cultura e folclore pouco explorados;

Aumento da criminalidade;

Falta de sinalização / educação de trânsito;

Existência de borrachudo (vigolo);

Resistência às mudanças;

Amadorismo /falta de qualidade no atendimento;

Sazonalidade;

Visão imediatista;

Falta de educação ambiental;

Não implementação das políticas existentes;

Desmatamento e poluição;

Deficiência no saneamento básico;

Inexistência e não aplicação de um plano diretor;

Falta de mão-de-obra especializada;

A comunicação é individualizada;

Deficiência na malha viária;

Pouco resgate das tradições;

Falta de incentivo mais amplo;

Falta de conhecimento das leis existentes;

Desconhecimento da comunidade dos produtos turísticos e de sua potencialidade;

Organização dos COMTUR (Integração entre o público e o privado);

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

168

Falta de integração entre os municípios da região;

Poucas alternativas de hospedagem (exceto hotéis);

Carência de roteiros integrados;

Proibição do mergulho contemplativo na região do Arvoredo;

Desconhecimento e não exploração dos recursos naturais;

Falta de conscientização sobre a necessidade de preservação dos recursos

naturais;

Falta formatação dos produtos;

Falta infra-estrutura para o aproveitamento dos potenciais dos rios.

3.3.2 Painel Temático de Agricultura Familiar

O painel temático da agricultura familiar com foco em produtos coloniais (geléia, mel,

queijos, embutidos, cachaça, conservas, artesanato, vinho, entre outros) foi realizado

no dia 25 de março de 2004, no período das 14h15 e 20h00, na Pousada Museu e

Arte no município de Nova Trento. O objetivo deste painel é de resgatar projetos

correlacionados, existentes e em execução nas instituições, entidades e empresas da

região, bem como identificar e analisar o segmento de Agricultura Familiar

(agronegócio) para a posterior realização da Oficina de Projetos na região da

ADRVALE.

A participação da região neste painel acabou por restringir, principalmente, a técnicos

da EPAGRI (Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina

S.A) em virtude do baixo comparecimento dos produtos rurais convidados e

representantes da administração pública na área rural de alguns municípios.

Efetivamente, participaram cinco pessoas ligadas diretamente à área de interesse do

painel. Apesar disso, o painel identificou 18 ações prioritárias para melhoria na

dinâmica de agronegócio na região.

Após abertura realizada pelo Sr. Sérgio Zanella Jr, o Sr. Otto Schmidt, palestrante

convidado, iniciou sua explanação sobre os desafios do desenvolvimento do

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C

agronegócio nas pequenas propriedades rurais. O assunto serviu como provocação

para discussão que seguiria. Foram constituídas quatro equipes e em seguida foi feito

o questionamento: Quais são os principais fatores que interferem de forma a

impulsionar e a dificultar o desenvolvimento do agronegócio na região da ADRVALE?

O

P

APÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

169

Figura 52 - Participantes do painel temático da agricultura familiar.

foco desse questionamento foi direcionado para as seguintes áreas:

rodução:

Produção animal e vegetal;

Suporte Tecnológico;

Assistência Técnica / Consultorias;

Equipamentos;

Localização Geográfica;

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

170

Condições do Solo e Clima;

Resgate dos produtos culturais;

Segurança Alimentar.

Transformação / Processamento:

Disponibilidade produtiva / oferta;

Produtos de origem animal e vegetal;

Qualidade na produção;

Inovação tecnológica;

Aproveitamento de matérias-primas.

Distribuição / Comercialização:

Sustentabilidade do produtor;

Concorrência;

Rede de distribuidores;

Consumidor final / clientes;

Política de preços;

Legislação.

Com base na técnica METAPLAN (Visualização Móvel), as equipes produziram as

tarjetas contendo os fatores que impulsionavam e dificultavam o desenvolvimento da

atividade na região. Após a discussão, passaram a indicar ações alternativas para

minimizar os fatores dificultadores.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

173

Tabela 68 - Objetivos e Ações Alternativas a partir dos fatores impulsionadores e dificultadores

Fator Considerado Objetivo (Onde se Quer Chegar) Alternativa (Como Chegar)

1 B Manter mão-de-obra no campo Qualificar e valorizar a mão-de-obra

Vínculo empregatício permanente

2,3,4 B Sensibilizar o produtor para a cooperação

Criar núcleos associativos cooperativos

Promover excursões, palestras, visitas e debates

5 B Melhorar e manter boas condições das estradas Criar C.M.D.R e F.M.D.R. atuantes

6 B Assistir Tecnicamente Buscar parcerias

Ampliar e melhorar o quadro func. Técnico S.M.A.

7 B Motivar e sensibilizar produtores Subsidiar cursos / traçar parcerias

Articular com sindicatos e prefeituras

8 B Educar os jovens e crianças Promover palestras p/ APP´s

Ações com s S.M. Educação

9 B Captar recursos com juros baixos Elaborar projetos técnicos

Elaborar viabilidade econômica

10 B Rede eficiente Articular SRDR / Celesc,/Cooperativas e prefeitos

11 B Diminuir carga tributária Leis de incentivos fiscais

12 B Baixar preços Pesquisa de preços

Compras através de cooperativa

13 B Legislação diferencial Organizar produtores

Articular com representantes políticos, deputados, etc

14,15B Viabilizar meios de transporte Cooperativismo

Viabilizar linhas de crédito baratas

16 B Baratear custos nas embalagens Pesquisa, licitação

Compra em grupo c/ CNPJ

17 B Colocar produtos diferenciados no mercado a preços competitivos

Comercializar em grupo

Produtos diferenciados /escala de produção

18 B Manter agricultor informado

Criar central de informações nos municípios (sindicatos, prefeitura)

Agilização de informações

Criação de jornais rurais semanal

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

174

Fator Considerado Objetivo (Onde se Quer Chegar) Alternativa (Como Chegar)

19 B Aprimorar controle de qualidade Contratar e treinar fiscais

Criar condições de trabalho

20 B Aumentar a produção

Variedades mais produtivas

Fomentar assistência técnica

Aumento da área plantada

22 B Desenvolver organizações de produtores

Estímulo ao associativismo

Estabelecer mais parcerias

Contratação de técnicos

3.3.3 Painel Temático de Confecções

O painel temático de confecções da ADRVALE foi realizado no dia 28 de junho de

2004, no município de Brusque, com a presença do Sr. Sérgio Zanella, e dos

representantes da IEL/SC Daniel Bloemer, Evandro Minuce Mazo, Fábio Miguel de

Souza, além do Sr. Wilson Sanches representando o SEBRAE/SC e empresários do

ramo de confecções da região.

Após uma breve apresentação do projeto ADR/DTR, o consultor Evandro Minuce

Mazo fez uma sucinta explanação sobre o Segmento Econômico Estratégico de

Confecções e a metodologia de trabalho adotada. Foi feita uma avaliação do cenário

em que o segmento está inserido, dos Fatores Críticos de Sucesso e dos principais

problemas enfrentados pelos empresários da região. A seguir, organizados em grupos,

os participantes realizaram uma Coleta de Idéias, respondendo à pergunta: Quais as

principais dificuldades encontradas no negócio de confecções?

As respostas obtidas foram alocadas em 7 grupos afins, como se segue:

Acesso ao crédito: capital de giro a juros altos; escassez de recursos para

aumentar o capital de giro; faltam linhas de crédito para investimento em

tecnologia de produção.

Qualificação da mão de obra: falta de mão de obra qualificada (confecção); alto

custo de treinamento; falta de mão de obra especializada; falta qualificação de

pessoal (costura, talhação e no Audacis); a mão de obra é ineficiente; faltam

costureiras para tecido plano; falta promover cursos para organização dos

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

175

processos produtivos; falta treinamento / organizar central de treinamento; há uma

dependência de uma só pessoa para uma só função; falta modelista / molde / peça

piloto; há desconhecimento da composição dos custos das empresas; falta

treinamento de pessoal.

Altos custos: a mão de obra é muito cara; alto custo de produção em relação à

mão de obra; alto custo da matéria-prima; faltam cooperativas para compra de MP;

falta de compra conjunta de MP; alto custo de produção (em geral).

Marketing: baixo volume de vendas; falta a oportunidade de vendas em novos

mercados; deve-se mudar a visão que os compradores têm da nossa moda (preço

baixo e baixa qualidade).

Organização: demora na entrega aos clientes finais; demora de entrega do

produto que vem da facção; problemas com a organização da produção;

produtividade baixa. 6) FORNECEDORES Parcerias não fiéis; falta de

fornecedores (aviamentos em geral); Melhorar a qualidade dos terceirizados

(estamparias, bordados, costura).

Adequação de cursos e projetos às necessidades: baixa qualidade e eficácia

de cursos e instrutores; falta aplicação prática dos cursos fornecidos; falta botar em

prática os projetos já elaborados; faltam profissionais para ensinar costura e

modelagem; faltam cursos adequados à realidade específica (custos com a

realidade do mercado).

A seguir, os grupos elaboraram um conjunto de possíveis soluções para os problemas

supracitados, divididos da mesma forma:

Acesso ao crédito: facilitar o acesso às instituições com redução da burocracia;

formar uma cooperativa de crédito sem fins lucrativos; articular uma linha de

crédito específica para confecção a nível Estadual ou Federal.

Qualificação da mão de obra: formação de centros de treinamento

descentralizados; buscar maior envolvimento dos estagiários dos cursos de moda;

formar instrutores para acompanhar o desenvolvimento do trabalhador recém-

formado; Buscar maior qualificação dos instrutores; desenvolver um plano de

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

176

carreira (para empresas, costureiras / terceirizados); conscientizar o jovem da

importância da profissão da área têxtil; foco dos cursos mais voltado para a prática.

Altos custos: aumentar a oferta de costureiras avançadas; central de compras na

AMPE (tipo rodada); utilizar o sistema de compras em rede do SEBRAE (pregão).

Marketing: divulgação da cidade de Brusque a nível nacional (apoio político); abrir

novas regiões de vendas; exportação.

Organização: capacitação em 5S; utilizar PCP - Planejamento e Controle da

Produção.

Fornecedores: organizar um Núcleo de parceria verticalizada; constituir uma

cooperativa de compras (coopercompras).

Adequação de curtos e projetos às necessidades: buscar cursos adequados à

necessidade da região; fornecer treinamento e qualificação aos instrutores; buscar

estágio com acompanhamento.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

177

3.4 Oficinas de Projetos

Com o objetivo de exercitar os conhecimentos de elaboração e gestão de projetos

advindos da capacitação oferecida anteriormente à equipe técnica da ADRVALE e,

utilizar as informações obtidas pelos painéis temáticos, são feitos as “Oficinas de

Projetos”. Isto é, a partir das informações e dos conhecimentos recebidos a equipe

técnica elabora proposta de projetos com o acompanhamento da equipe técnica do

IEL/SC. Foram realizadas duas oficinas: agronegócio e confecções que são

detalhados a seguir.

3.4.1 Oficina de Projetos de Agronegócio

Baseado nos resultados obtidos com a realização do painel temático da agricultura

familiar realizado no município de Nova Trento no dia 25 de março de 2004, realizou-

se a Oficina de Projetos sobre Agronegócio nos dias 6 e 7 de abril de 2004. Através da

metodologia utilizada durante a realização do painel temático, foram levantados, junto

aos participantes, quais os objetivos necessários para o aumento da competitividade

do agronegócio na região. Entre eles destacam-se:

Legislação Adequada a Realidade da Pequena Propriedade Rural;

Mão de Obra Qualificada;

Êxodo Rural Diminuído;

Cooperação Entre Produtores Rurais Aumentada;

Assistência Técnica Adequada;

Aumentar a Disponibilidade de Microcrédito para os Pequenos Produtores Rurais;

Infra-estrutura Melhorada;

Produção Diversificada com Valor Agregado;

Custos de Produção das Pequenas Propriedades Diminuídos;

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

178

Estes objetivos foram organizados segundo uma relação de causa-efeito, dando

origem à árvore de objetivos.

Objetivos Específicos

Objetivo do Projeto

Objetivo Superior

ÊXODO RURAL DIMINUÍDO

QUALIDADE DE VIDA NO CAMPO

LEGISLAÇÃO ADEQUADA A REALIDADE DA PEQUENA

PROPRIEDADE RURAL

CUSTOS DIMINUÍDOS

PRODUÇÃO DIVERSIFICADA

COM VALOR

INFRAESTRUTURA MELHORADA

Disponibilidade de microcrédito

para aos pequenos

produtores rurais aumentados

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ADEQUADA

Mão de obra qualificada

Custos de produção das

pequenas propriedades diminuídos

Cooperação entre

produtores rurais

aumentada

ÁRVORE DE OBJETIVOS

Figura 53 - Árvore de problemas da Oficina de Projetos de Agronegócios da região da ADRVALE

O módulo de Oficina de Projetos tem como objetivo a estruturação de pré-projetos,

auxiliando especificamente no exercício de:

Princípios do planejamento participativo;

Princípios da moderação móvel;

Conceitos aprendidos no módulo de capacitação em gerenciamento do ciclo de

projetos;

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

179

Construção da árvore de objetivos;

Construção do Quadro Lógico.

De posse da árvore de objetivos, foi formado dois grupos de trabalho com propósito de

exercitar a construção do quadro lógico, ou seja, identificar quais as atividades

deverão ser realizadas para o alcance dos objetivos específicos contidos na árvore de

objetivos.

O grupo 1 formado pela Fernanda Dias e a Lívia da Silva trabalharam os temas:

infra-estrutura melhorada e produção diversificada com valor agregado;

O grupo 2, formado por Fabio Roberto Flor, Renata Simas Silva e Murilo Machado

trabalharam os temas: legislação adequada à realidade da pequena propriedade

rural e custos diminuídos.

Ao final do segundo dia da oficina, o quadro lógico resultante foi apresentado a um

grupo de empresários, Srs Alécio Batisti, Ivan C. Dalri e João Luiz Simão Filho. Os

empresários aprovaram os trabalhos realizados até então, no entanto solicitaram que

um outro objetivo fosse levado em consideração, que viabilizasse a disponibilidade de

mudas de uva, sendo estas uvas de uma espécie característica da região, pois

atualmente a oferta de tais mudas não atende a demanda dos produtores. O

diferencial desta espécie de uva é o excelente índice de produtividade, as condições

endafoclimáticas da região e algumas características proporcionadas ao produto final,

viabilizando a comercialização de produtos com características regionais.

Como os projetos estão em fase de elaboração, ficou sob a responsabilidade do grupo

técnico a finalização do mesmo, com o acompanhamento e assistência de consultores

do IEL/SC.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

180

3.4.2 Oficina de Projetos de Confecções

Foi realizada nos dias 18 a 19 de julho de 2004 a Oficina de Projeto sobre o tema -

Desenvolvimento da Mão de Obra e Melhoria da Gestão do Processo Produtivo para

Melhor Atender as Expectativas dos Clientes, focando o setor de Confecções. A

Oficina foi baseada nos resultados obtidos com a realização do Painel Temático,

realizado na cidade de Brusque, dia 28 de junho de 2004.

Tabela 69 - Metodologia utilizada para realização da Oficina de Projetos

Horário Atividades - 1o. dia Atividades - 2o. dia

08:30 – 09:30 Revisar conceitos de

planejamento e gestão de projetos

09:30 – 10:30 Revisar os resultados do

Painel Temático e/ou Seminário

10:30 – 10:45 café

10:45 – 12:00

Formar os grupos temáticos para discutirem entre si os

problemas e então apresentarem os objetivos que

deverão ser alcançados.

Redigir Objetivo geral, objetivos específicos. Bem

como definir as estratégias de ação, como por exemplo, os

resultados necessários para o alcance dos objetivos

desejados.

12:00 – 13:30 Almoço Almoço

13:30 – 15:15

Apresentação dos resultados 1: O grupo deverá apresentar

e justificar os objetivos elencados.

Trabalhar a justificativa do projeto, ou seja, porque o

projeto é importante para o desenvolvimento da região.

15:15 – 15:30 café café

15:30 – 17:30

Apresentação dos resultados 2: O grupo deverá apresentar uma pré-estruturação para o projeto Titulo do projeto, objetivo geral e objetivos

específicos.

Apresentar os resultados do trabalho desenvolvido até então para todo o grupo.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

181

O módulo Oficina de Projetos teve como objetivos:

Objetivo geral: Estruturar pré-projetos para aumentar a conpetitividade das

empresas do setor de confecções da região de abrangência da ADRVALE.

Objetivos específicos: Exercitar princípios do planejamento participativo;

Exercitar princípios da moderação móvel; Exercitar conceitos aprendidos no

módulo de capacitação em gerenciamento do ciclo de projetos.

A metodologia seguida para a execução da Oficina de Projetos está descrita na tabela

69. A partir dela, chegou-se a ante-projetos a serem concluídos pela equipe técnica da

ADRVALE. Elaboram-se quatro pré-projetos, a saber:

Pré Projeto 1 - ABORDAR

Justificativa: Incrementar as vendas a partir de uma nova abordagem, onde o atual

conceito de pronta entrega, seja ampliado para a moda, gerando a valorização da

profissional de costura e melhorando sua renda; bem como, criar novos desafios,

mercados e oportunidades dentro da própria profissão, visando crescimento sócio-

econômico.

Objetivo Principal: Melhorar a imagem dos produtos das confecções locais.

Objetivos Específicos:

1 Campanha de marketing elaborada (nova abordagem – polo têxtil p/polo de moda).

1.a Identificar agência de publicidade.

1.b Selecionar agência de publicidade.

1.c Contratar agência de publicidade.

1.d Definir calendário para lançamento de novos produtos.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

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2 Coleção de moda diferenciada desenvolvida.

2.a Contratar estilistas/modelistas.

3 Novos mercados desenvolvidos.

3.a Identificar mercados potenciais através de pesquisa.

3.b Realizar campanhas institucionais.

3.c Constituir representações comerciais locais.

4 Eventos existentes fortalecidos.

4.a Intensificar divulgação dos eventos existentes.

4.c Utilizar ferramentas a partir da nova abordagem.

5 Vendas locais incrementadas.

5.a Campanhas institucionais compartilhadas entre poderes públicos.

5.b Distribuição de material promocional em local de concentração turística.

5.c Mídia.

Pré Projeto 2. - ACREDITAR

Objetivo Principal: Capital de giro a juros baixos viabilizado

Objetivos Específicos

1. Avaliar a capacidade de endividamento individual

1.a Identificar as garantias disponíveis

2. Viabilizar parcerias com Sebrae / IEL

3. Disponibilizar linhas de créditos especiais

4. Eleger (identificar) um representante (lobista) para o pólo de confecções para

viabilizar junto as entidades financeiras capital de giro a juros baixo.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

183

Pré Projeto 3 – A SER DEFINIDO

Justificativa: O setor empresarial tem buscado aumentar a competitividade por meio

da melhoria de seus produtos, para tanto há necessidade de mão-de-obra qualificada,

que não é encontrada suficientemente na região, com isso a um deslocamento da

produção para outras regiões como Criciúma, Lages e até para cidades do interior do

estado do Paraná. Esta situação em um futuro próximo pode causar queda na renda e

até mesmo extinção de postos de trabalho, principalmente de mulheres chefes de

família. Outro agravante é a baixa valorização da profissão que gera desinteresse pelo

ingresso de novas costureiras. Devido a falta de qualificação dos serviços. A região

tem dificuldade em produzir seus produtos com maior qualidade, sendo a região

apenas conhecida como produtora de confecção de preço baixo.

Objetivo Principal: Mão de obra do setor de confecção qualificada.

Objetivos Específicos 1. Sensibilizar os parceiros do projetos (empresários e funcionários)

1.a Identificar públicos alvo do projeto

1.b Realizar divulgação dos cursos em rádios/jornais

1.c Realizar palestras em escolas

1.d Realizar palestras em empresas (motivação de costureiras)

1.e Realizar palestras sobre o objetivo do projeto aos empresários (na

AMPE/sindicatos).

2. Buscar parceiros para a realização da capacitação

2.a Identificar possíveis parceiros

2.b Identificar centros de formação para parceria

2.c Formalizar parcerias com centro de formação.

3. Realizar capacitações

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

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3.a Levantar as necessidades de qualificação para mão-de-obra por parte dos

empresários

3.b Definir estrutura dos cursos

3.c Definir corpo docente

3.d Divulgar o curso

3.e Realizar matrículas

3.f Realizar capacitação

Pré Projeto 4 - COSTURANDO PARCERIAS

Justificativa A ADRVALE abrange 12 municípios que fazem parte das microrregiões Vale do Rio

Tijucas, Costa esmeralda e Itajaí mirim situadas no litoral centro de Santa Catarina

com uma população de aprox 180.000 em uma área de XXXXKm . A região é

reconhecida como o berço da confecção tendo o apogeu na década de 80 com o setor

têxtil. Hoje passa por um período de retomada com os pequenos negócios do

segmento de confecções, alguns fatores como a logística de produção, compra

individualizada, e mão de obra volátil, tem como conseqüência direta o aumento do

custo de produção. O projeto visa implementar ações que reduzam estes custos, o

pólo é formado por micro e pequenas empresas, sendo a maioria formada por

pequenas associações de mulheres que trabalham com facções e confecções com

baixo valor de produto e qualidade. A cadeia é presente de forma espontânea em

cinco municípios chaves em ordem de representatividade seguem, Brusque,

Guabiruba, Canelinha, Nove Trento e Tijucas. Este visa organizar o setor para ações

como: Criar uma central de compras, realizarem capacitações e busquem certificações

de qualidade com o objetivo de aumentarem sua competitividade com a melhoria de

produto, redução dos seus custos para que a renda do trabalhador seja incrementada.

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

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Tabela 70 - Quadro Lógico do Projeto Costurando Parcerias

Lógica de Intervenção Indicadores Objetivamente Comprováveis

Objetivo Geral: Competitividade do projeto melhorada mediante redução dos custos de

produção e melhoria da qualidade.

Relatórios de produção comprovam uma queda de 15% nos custos.

Objetivo Especifico 1: Custos de compra das matérias-primas reduzido mediante a compra

conjunta.

Relatório da central de compras mostram uma economia de 20% na aquisição de

matéria prima.

Atividade 1: Sensibilizar os empresários do segmento para a formação de uma central de

compras.

Atividade 2: Realizar pesquisa de fornecedores.

Atividade 3: Formalizar juridicamente uma central de compras.

Atividade 4: Contratar RHs para trabalhar na central.

Sub-atividade 1: Capacitar os RHs contratados.

Objetivo Especifico 2: Ações para melhoria tecnologia da produção do setor implementadas

Certificados de qualidade adquiridos pelas empresas.

Atividade 1: Sensibilizar os empresários para importância da realização de consultoras e

treinamentos para melhoria da qualidade dos produtos

Atividade 2: Identificar necessidade de treinamentos e consultorias programas /

ferramentas necessárias para reduzir custos de produção.

Atividade 3: Contratar consultoria de PCP – Planejamento e Controle da Produção.

Atividade 4: Contratar consultoria para implantar programas de qualidade

Atividade 5: Contratar consultoria para organizar o chão de fábrica.

Atividade 6: Contratar consultoria para otimizar o fluxo de produção.

Objetivo Especifico 3: Segmento da confecção capacitados nas áreas afetas a melhoria do

produto.

Certificados de capacitação, listas de presenças.

Atividade 1: identificar as necessidades de treinamento

Atividade 2: Capacitar em costura industrial

Atividade 3: Capacitar em corte industrial

Atividade 4: Capacitar em Designe e desenvolvimento de marca

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CAPÍTULO 3 – CAPACITAÇÕES, PAINÉIS TEMÁTICOS E OFICINAS DE PROJETOS 2004 • ADRVALE

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Lógica de Intervenção Indicadores Objetivamente Comprováveis

Objetivo Geral: Competitividade do projeto melhorada mediante redução dos custos de

produção e melhoria da qualidade.

Relatórios de produção comprovam uma queda de 15% nos custos.

Atividade 5: Capacitar na área de criação de padronagens.

Objetivo Especifico 4: Pesquisa e Desenvolvimento para o setor da confecção

realizados

Relatórios e publicações das pesquisas realizadas.

Atividade 1: Pesquisar novas ferramentas para o desenvolvimento do produto

Atividade 2: Pesquisar novas tecnologias em tecido e novas tendências do mercado para o

setor de confecções

Atividade 3: Participar em eventos do setor nacionais e internacionais

Atividade 4: Divulgar o resultado das pesquisas realizadas.

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CAPÍTULO 4

PLANO DE AÇÃO DE TURISMO

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

189

4.1 Apresentação

O presente documento apresenta o plano de ação do setor de turismo, como parte

integrante da metodologia de Desenvolvimento Tecnológico Regional – DTR, e vem de

encontro aos anseios das lideranças locais, participantes do Comitê Executivo da

Agência de Desenvolvimento do Vale do Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí-mirim –

ADRVALE, que priorizaram o turismo como a atividade econômica com maior

potencial de crescimento e de maior abrangência regional. Outrossim, o turismo

apresenta uma excelente oportunidade de integrar os municípios da região. O Estado

de Santa Catarina tem hoje o potencial de desenvolver vários circuitos turísticos:

Caminho da Fé ou Circuito Religioso;

Circuito de Cultura Açoriana, Alemã, Italiana, Austríaca, Japonesa e Polonesa;

Circuito Litorâneo;

Circuito Ferroviário;

Eco-turismo;

Agro-turismo ou Turismo Rural;

Circuito da Neve;

Circuito das Águas Termais;

Circuito de Compras;

Aventuras;

Museus;

Circuito das Festas.

Ainda, o Estado apresenta famosas rotas turísticas elaboradas pela SANTUR1:

Capital da Natureza (Litoral Centro);

Rota do Sol (Litoral Norte);

1 Fonte: BRDE, 1998 - Análise Sistêmica da Competitividade do Setor de Turismo, em Santa

Catarina.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

190

Caminho dos Príncipes (Região Norte);

República Juliana (Região Sul);

Vale Europeu (Vale do Itajaí);

Serras Catarinenses (Região Serrana);

Contestado (Vale do Rio do Peixe);

Nova Rota das Termas (Região Oeste).

De posse destas informações e do anseio da comunidade local, entende-se que o

turismo organizado possui grande força impulsionadora no desenvolvimento social e

econômico de qualquer sociedade, na medida em que abrange os setores primários,

secundários e terciários, gerando emprego e renda para a região.

Os grupos técnicos do IEL/SC e do SEBRAE/SC elaboraram este plano de ação, a

partir de entrevistas realizadas junto às lideranças empresariais e o poder público.

Posteriormente, acordado e validado em oficinas de trabalho, com o propósito de

estabelecerem diretrizes, para que a região siga o caminho do desenvolvimento

contínuo, integrado e sustentável na área do turismo.

As estratégias das ações, advindas das diretrizes validadas pela comunidade local,

têm o objetivo de fomentar a cooperação e, conseqüentemente, a integração dos

empresários locais e dos municípios, visando unir esforços para o desenvolvimento

contínuo, integrado e sustentável. Podem-se citar exemplos de sucessos, as regiões

de Gramado, Canela, Nova Petrópolis e São Francisco de Paula (RS), Campos do

Jordão (SP), bem como as experiências da AGRECO2 – do projeto empreender, dos

consórcios de exportação e de produção do norte da Itália e outros, cuja cooperação e

a união dos empresários são os focos principais para o desenvolvimento contínuo e

integrado (Jornal do PNMT).

2 A Associação dos Agricultores Ecológicos das Encostas da Serra Geral – AGRECO é uma

organização solidária que atualmente conta com mais de 200 famílias filiadas em 11 municípios

e 15 agroindústrias comunitárias. A sede é em Santa Rosa de Lima e o objetivo é incentivar a

produção de alimentos sem o uso de agrotóxicos, bem como organizar a comercialização

desses produtos junto aos mercados da região, fomentando o desenvolvimento do agro-

turismo.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

191

O exemplo do desenvolvimento da região das Hortências, da qual pertencem as

cidades de Gramado, Canela, Nova Petrópolis e São Francisco de Paula é

significativo, porque com um pouco de conhecimento e entendimento da história

daquela região, verifica-se que o município de Caxias do Sul teve, na década de 60, a

mesma oportunidade que Gramado na década de 80, mas não soube aproveitá-la

corretamente, desconsiderando a possibilidade de planejar o seu futuro de forma

participativa, envolvendo a classe empresarial e instituições de apoio, almejando um

desenvolvimento regional integrado, equilibrado e permanente. Inclusive, partindo

deste enfoque, pode-se inferir que as cidades de Nova Petrópolis, Canela, São

Francisco de Paula e Gramado imitaram Caxias do Sul que já promovia a Festa da

Uva, tomando a iniciativa de estruturar uma festa popular anual importante – a Festa

das Hortências – de onde derivaram todas as outras belas festas que ocorrem em

Gramado atualmente – o Festival de Cinema, a Festa do Colono, o Natal Luz, dentre

outras – atraindo mais de 2,5 milhões de turistas por ano. Este exemplo mostra que os

planejamentos integrados, participativos, sob a direção da classe empresarial e com a

participação do poder público é um dos melhores e mais rápidos caminhos para o

desenvolvimento regional. Assim, no início dos anos 70, a maioria dos empresários

líderes já havia concluído que o turismo representava a vocação da região e que todos

os estabelecimentos comerciais e industriais deveriam estar voltados e integrados, de

forma direta ou indireta, ao negócio turismo. Logo, o sucesso da experiência da região

das Hortências ocorreu pelo fato dos empresários se organizarem de forma integrada

e cooperada, buscando a definição de uma visão comum para o desenvolvimento da

região, bem como o estabelecimento das estratégias que alcancem tal visão.

O resultado concreto das parcerias e envolvimento das principais lideranças

empresariais da Região das Hortências foi à constituição da Visão – Agência de

Desenvolvimento da Região das Hortências, criada para pensar o futuro da região. A

característica mais marcante desta entidade encontra-se no fato de que nas reuniões

participam somente as pessoas que efetivamente decidem pelas empresas

associadas, qualificando de sobremaneira o poder de decisão do grupo e a

importância da presença nas discussões dos assuntos de pauta. A partir das

estratégias definidas, são elaborados planos e projetos, com o intuito de induzir a

atitude dos líderes políticos – candidatos a prefeito, vereadores, deputados,

independente de partido – na direção traçada pelo grupo de investidores regionais.

Dentro deste contexto, faz-se importante salientar que a cooperação e a organização

das principais lideranças regionais é a principal estratégia do Plano de Ação para o

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

192

Desenvolvimento do Turismo na Região do Vale do Tijucas, Itajaí-Mirim e Costa

Esmeralda.

4.2 Justificativa

A área circunscrita no Vale do Tijucas, Costa Esmeralda e Itajaí Mirim apresenta

condição ímpar para trabalhar a Cadeia Produtiva do Turismo de forma profissional,

ordenada e integrada por um ou mais grupos de empresários líderes das diferentes

modalidades de turismo existentes na região – religioso, compras, aventura, esportes

radicais e náuticos, veraneio de férias, ecoturimos, agroturismos, etc..

O turismo vem assumindo uma posição de destaque depois da Segunda Guerra

Mundial, com a evolução do transporte aéreo de passageiros e dos meios de

comunicação em níveis globais. O turismo internacional em 1993 registrou 500

milhões de chegadas, o que gerou uma receita de 303 bilhões de dólares, colocando-o

à frente das receitas com exportação de setores tradicionais como petróleo,

automóveis e equipamentos eletrônicos. Considerando a produção bruta do turismo

em 1991, obtém-se uma receita de US$ 2,9 trilhões. A estimativa para 2005 é de 7,9

trilhões. Os números representam a realidade e o potencial do setor como sendo a

mais importante indústria deste final de século.3

Portanto, planejar e incrementar a atividade turística nas regiões do Vale do Tijucas,

Costa Esmeralda e Itajaí Mirim é necessário, tendo em vista, o grande potencial

apresentado por estas regiões. No entanto, é tarefa ousada e trabalhosa que requer a

colaboração e engajamento de líderes empresariais, de entidades de classe e do

poder público.

Atualmente o estado dispõe de organizações, instrumentos e técnicos suficientemente

experientes e capacitados que já projetaram, sugeriram e apontaram soluções,

inclusive indicando fontes de recursos financeiros para suportar a implantação e

montagem de equipamentos turísticos, roteiros especiais, organização de festas

anuais, dentre outros. Entretanto, todo este esforço tem resultado num

desenvolvimento econômico de pouca significância.

3 Fonte: BRDE, 1998 - Análise Sistêmica da Competitividade do Setor de Turismo, em Santa

Catarina.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

193

Os fatores que potencializam a realização dos trabalhos na região, é uma

característica regional extraordinária:

A qualidade e diversificação das atrações naturais – cavernas, praias, rios;

Diversos aparatos turísticos construídos por empreendedores locais;

Fabricação e venda de sapatos tipo exportação;

Fabricação e comércio de confecção;

Gastronomia diversificada;

Esportes radicais;

Introspecção religiosa;

Receptivo de grandes navios transoceânicos.

4.3 Objetivos do Plano de Ação

Entre os objetivos do plano de ação proposta estão o objetivo geral e os específicos.

4.3.1 Objetivo Geral

Planejar e incrementar a atividade econômica do turismo, de forma integrada e

sustentável.

4.3.2 Objetivos Específicos

Orientar, tecnicamente, o poder público para a importância do turismo como

alternativa econômica;

Identificar iniciativas de organização entre os empresários, relacionamento com o

Poder Público, potenciais turísticos da região, relacionamento com instituições de

ensino superior e técnico;

Sugerir e validar estratégias de ação para potencializar o desenvolvimento

integrado e sustentável da atividade econômica do turismo na região;

Sugerir roteiros turísticos integrados, visando promover a integração entre os

municípios e empresários;

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

194

Contribuir para o aumento do fluxo de turistas para região e também aumentar o

fluxo interno do turista, principalmente entre os municípios da região.

4.4 Metodologia

Como metodologia de trabalho foram realizados entrevistas semi-estruturadas com as

lideranças empresariais e poder público dos municípios sob abrangência da

ADRVALE. Os principais objetivos destas entrevistas foram avaliar as iniciativas de

organização entre os empresários, o relacionamento com o Poder Público, os

potenciais turísticos da região, relacionamento com instituições de ensino superior e

técnico e o levantamento da árvore de problemas. Para a concepção destas

entrevistas foi utilizado o referencial teórico que será apresentado sucintamente nesta

etapa do presente trabalho. Utilizou-se o conceito de cluster para avaliar o

relacionamento dos vários atores locais. Segundo Casarotto, 1999, Cluster

(Aglomeração competitiva) é um pólo consolidado onde haja forte interação entre as

empresas, estendendo-se verticalmente a jusante e a montante; e lateralmente

comportando entidades de suporte privadas e governamentais.

Desta forma, consideram-se as atividades do cluster (figura 54) segundo os seguintes

níveis de aproximação ao foco – o visitante:

Conjunto de atividades características que oferecem bens e/ou serviços que

deixariam de existir em quantidades significativas se não houvesse consumo

turístico – núcleo ou “Forte do Cluster” – como: o restaurante, a hospedagem, os

transportes, as agências de viagem e os operadores turísticos;

Conjunto de atividades correlatas que oferecem serviços ou produtos que são

afetados significativamente pelo turismo, ou são importantes para o turismo,

independentemente do nível de utilização do produto;

Atividades econômicas, não diretamente turísticas, notadamente, a construção civil

e outras de forte conteúdo local, potencializadas pelo turismo;

Outras atividades que influenciam o desenvolvimento do turismo.

Após a realização das entrevistas, os dados foram tabulados e serviu de subsídio para

a construção do Quadro Lógico, instrumento que tem ampla aceitação entre as

instituições internacionais de desenvolvimento e, que, na maioria delas, serve como

ferramenta de análise de propostas de projetos. Ainda, o Quadro Lógico, é o mapa

geral do projeto, servindo de ponto de partida para o planejamento operacional e

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C

oferecendo uma base prática para o estabelecimento do sistema de monitoramento e

avaliação do projeto.4

FOCO • Transportes

O

p

s

v

s

p

v

c

r

r

4

APÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

195

Potencializadas

• Comércio • Construção

Visitante

Forte do Cluster

• Restaurante • Alojamento • Agências Viagens • Operadores turísticos

Correlatas • Atividades culturais/recreativas • Aluguel de veículos • Atividades esportivas

Organização do Território

Financiamento

Promoção

Ensino/Formação

Preservação Ambiental

Figura 54 - Atividades do cluster do turismo e suas relações com o visitante

Fonte: GEPE, Revista Economia & Prospectiva, “Turismo uma Atividade Estratégica”, 1998.

Quadro Lógico elaborado foi apresentado para a liderança empresarial e poder

úblico, em entrevistas individuais, para que validassem e priorizassem as estratégias

ugeridas e, se necessário, apontassem outras que não haviam sido citadas. Após a

alidação e priorização das estratégias necessárias para promover o desenvolvimento

ustentável e integrado do turismo na região, foram realizados seminários, com o

ropósito de divulgar para a comunidade local, os resultados do trabalho e as ações

alidadas pelos líderes empresariais. O foco principal dos seminários foi obter

onsenso e engajamento dos atores locais para a implementação do Plano de Ação

esultante do trabalho. A figura 55 representa o fluxo metodológico utilizado para a

ealização do trabalho.

Fonte: Cardoso, 2002.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

196

Planejamento das atividades a serem realizadas pelo IEL/SC e SEBRAE/SC para a elaboração do Plano de Ação visando o desenvolvimento, integração e sustentabilidade do turismo na região.

Entrevistas para levantamento de dados primários realizadas com lideranças dos municípios

de GRAMADO, NOVA TRENTO, BOMBINHAS, PORTO BELO, ITAPEMA, BRUSQUE,

TIJUCAS, BOTUVERÁ.

Plano de Ação Preliminar

Iniciativas de Organização entre

os Empresários

Relacionamento com o Poder

Público

Potenciais Turísticos da

Região

Relacionamento com Instituições

de Ensino Superior e Técnico

Oficinas de trabalho para consenso do

Plano de Ação

PLANO DE AÇÃO CONSENSADO

Figura 55 - Fluxograma das atividades realizadas e apresentação dos resultados

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

197

4.5 Discussão dos Resultados

Nesta etapa do trabalho serão apresentados os resultados das entrevistas realizadas

com as principais lideranças da Cadeia Produtiva do Turismo, na região de

abrangência da ADRVALE. Estas entrevistas tiveram duração aproximada de uma

hora e objetivaram conhecer o estágio evolutivo atual da referida cadeia, através da

identificação de iniciativas de cooperação entre os líderes empresariais, do nível de

relacionamento com o poder público, do conhecimento dos potenciais turísticos da

região e da situação do capital social da região. Por fim, com os resultados das

entrevistas, foi elaborada a árvore de problemas (figura 56), ilustrando as principais

deficiências diagnosticadas. A escolha das lideranças visitadas partiu da identificação

dos atores locais que possuem negócios voltados ao turismo, nas cidades de

Bombinhas, Botuverá, Brusque, Itapema, Nova Trento, Porto Belo e Tijucas.

4.5.1 Iniciativas de Organização entre os Empresários

Como citado no presente trabalho, o desenvolvimento regional passa,

indiscutivelmente, pela organização da classe empresarial. Partindo desta premissa,

buscou-se, no decorrer das entrevistas, identificar as iniciativas de cooperação que

lograram êxito, bem como as que fracassaram.

É possível perceber que as iniciativas de organização empresarial da região estão em

fase embrionária, ainda obtendo poucos resultados. Entretanto, a maioria absoluta dos

entrevistados assegurou que há possibilidade efetiva de cooperação entre as

empresas, acenando, positivamente, em prol dos objetivos do Plano de Ação que está

sendo proposto.

Dentre as iniciativas existentes na região, destaca-se a Associação Neotrentina do

Turismo – NEOTUR, com quase dois anos de formação, composta por 32

empreendedores do município de Nova Trento. Como principais atividades da

NEOTUR estão: o cadastramento dos estabelecimentos da cidade, a campanha para

aumentar a segurança para os turistas e a elaboração de material para divulgação dos

produtos turísticos.

Na região de Bombinhas, há duas associações de empresários do turismo com pouco

relacionamento, existindo a possibilidade de se unirem para traçarem objetivos

comuns. Ainda, cabe ressaltar que os empresários não buscam desenvolver parcerias

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

198

com operadores de turismo, trabalhando de forma isolada. Outrossim, no mesmo

município há um Convention & Visitors Bureau que não consegue agregar os

empresários. Outra boa iniciativa regional é o núcleo de turismo da Associação

Comercial e Industrial de Porto Belo com 15 empresários, que consegue articulação

em âmbito municipal, realizando promoções e eventos.

4.5.2 Relacionamento com o Poder Público

Em todos os municípios visitados, foi perceptível o distanciamento entre os

empresários e o poder público. Existem algumas iniciativas de aproximação nas

cidades onde o turismo de sol e mar é o principal, mas apenas para planejamento e

execução das poucas ações pontuais para o período de veraneio. A explicação para

este quadro está na desorganização da classe empresarial, que não estrutura sua

demanda por serviços públicos.

Quando os empresários se organizarem, certamente estruturar-se-ão as demandas

por políticas públicas que potencializem o turismo como principal atividade econômica,

gerando mais emprego e renda regionalmente.

No município de Botuverá, há uma comissão que discute o futuro do Parque Municipal

das Grutas de Botuverá (cavernas), reunindo-se raras vezes, sendo, portanto, pouco

atuante.

4.5.3 Potenciais Turísticos da Região

Um dos objetivos mais importantes das entrevistas era obter informações dos

potenciais turísticos da região, considerando o ponto de vista dos atores locais e

identificando a propensão para o desenvolvimento de produtos turísticos regionais.

O resultado deste tópico foi extremamente positivo, encontrando o fato de que todas

as lideranças sentem a necessidade da integração dos vários tipos de turismo

encontrados na região, com o desenvolvimento de rotas que integrem, por exemplo, o

turismo de compras com o religioso, o agroturismo com o ecológico, etc. Outro ponto

destacável está no imenso potencial de desenvolvimento dos atrativos turísticos que

até o momento foram pouco explorados.

Os principais potenciais turísticos podem ser assim nomeados: ecológico, religioso, sol

e mar, cultural, compras e agroturismos, podendo ser explorados, juntando à venda de

artesanato local e produtos coloniais.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

199

4.5.4 Relacionamento com Instituições de Ensino Superior e Técnico

Faz-se importante salientar da necessidade de efetivação de uma parceria com três

vértices: iniciativas privada e pública e as universidades que acumulam uma reflexão

crítica sobre o turismo, enquanto atividade econômica. Atualmente, em função da

situação do turismo na região, a atividade sofre os efeitos da sazonalidade,

impossibilitando qualquer iniciativa de profissionalizar a mão-de-obra. O problema não

se encontra na oferta de profissionais capacitados, mas na demanda, pois no

município de Balneário Camboriú (muito próximo da região), está um centro de

referência na formação de profissionais do turismo.

4.5.5 Árvore de Problemas

• Problema Central

Turismo na região de abrangência da ADRVALE desenvolvido de forma desarticulada

entre as empresas e demais instituições.

• Causas

A. Organização da Classe Empresarial

Baixa integração dos empresários (nos municípios e região);

Desinteresse dos empresários em participar nos principais processos

decisórios relativos a atividade turística da região.

B. Serviços Básicos e Infra-estrutura Turística - Sinalizações precárias dos

produtos turísticos

Acessos precários para alguns produtos turísticos;

Muitas regiões com sombras na comunicação móvel;

Precariedade da coleta e destino final dos resíduos sólidos em alguns

municípios.

C. Gestão Integrada do Turismo

Pouco investimento em educação turística;

Conselhos Municipais de Turismo inoperantes;

Inexistência de planejamento do turismo;

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

200

Não há comprometimento do poder público para com o turismo;

Cluster turístico desarticulado.

D. Promoção do Turismo

Inexistência de Plano de Marketing Integrado

Marketing realizado de forma individualizada pelos municípios ou empresas

E. Formatação do Produto Turístico

Não há profissionalização do turismo;

Inexistência de roteiros integrados;

Atrativos Turísticos e Entretenimentos;

Deficiência de lazer para os turistas;

Pouca visão empreendedora dos proprietários;

Alguns atrativos pouco conservados (lixo, insegurança, etc.).

F. Equipamentos e Serviços Turísticos

Inexistência de informações turísticas em alguns municípios;

Empresário pouco qualificado.

• Efeitos

Baixo IDH.

Baixa geração de emprego e renda

Baixa arrecadação de tributos

Redução do fluxo de turistas

Queda de investimento no ramo turístico

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

202

4.6 Análise do Perfil das Pequenas Propriedades Rurais

Ainda, como resultado dos trabalhos realizados pelos consultores do IEL/SC, é

apresentado no anexo I um sucinto diagnóstico das pequenas propriedades rurais dos

municípios de abrangência da ADRVALE e uma descrição preliminar dos produtos

coloniais comercializados por estas, objetivando avaliar o potencial do agroturismo na

região.

4.7 Marco Lógico: Objetivos e Atividades

Neste item serão definidos os conjuntos de atividades necessários para o alcance de

cada objetivo estratégico, validados pelos empresários da região nos seminários de

validação do Plano de Ação. Os objetivos estratégicos foram traçados com base nas

entrevistas realizadas com as principais lideranças regionais ligadas ao turismo. Deve-

se observar, porém, que na etapa subseqüente do trabalho, as atividades deverão ser

desmembradas em sub-atividades, possibilitando o alcance dos objetivos.

Objetivo Geral: Turismo planejado e realizado de forma integrada pelas principais lideranças empresariais e públicas na região de abrangência da ADRVALE.

Objetivo 1. Produtos turísticos competitivos, diversificados e com qualidade.

1.1 Impulsionar a exploração do produto turístico com a qualidade desejada aos níveis de

competitividade do mercado.

1.2 Fomentar a prática do ecoturismo de forma qualificada nas pequenas propriedades.

1.3 Criar roteiros regionais de forma a agregar a viabilidade para a exploração de todo o produto

turístico existente.

1.4 Criar roteiros turísticos diversificados e integrados capazes de atingirem as quatro estações.

1.5 Estimular a implantação, pelas operadoras, de roteiros turísticos com valores agregados.

1.6 Desenvolver programa de especialização para a gastronomia típica da região.

1.7 Desenvolver novos produtos.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

203

Objetivo 2. “Trade” turístico atuando de forma integrada.

2.1 Criar um conselho regional de turismo com a participação dos agentes envolvidos.

2.2 Consolidar / Reestruturar a entidades que trabalham com o turismo na região

2.3 Promover programas de sensibilização sobre a importância do turismo.

2.4 Criar / adequar Planos Diretores municipais compatíveis com as diretrizes do turismo da região.

2.5 Atualizar o Plano de Turismo da região com o Plano Diretor de cada município.

2.6 Fortalecer a integração do turismo regional.

2.7 Fortalecer o Convention & Visitors Bureau.

Objetivo 3. Plano de Marketing regional (integrado) desenvolvido.

3.1 Identificar mercados para os produtos atuais e para novos produtos (atrativos culturais e

históricos e observação de pássaros).

3.2 Desenvolver plano de marketing integrado da região – Costa Esmeralda, Itajaí Mirim e Vale do

Rio Tijucas.

3.3 Participar, de maneira cooperada, em eventos turísticos e outros para divulgar a região.

3.4 Elaborar calendário com eventos da região.

3.5 Elaborar material promocional (folder, revista, catálogo, CDs, e outros) com todos os produtos da

região.

3.6 Disponibilizar informações às operadoras, agências de turismo e transportadoras, envolvendo-as

no processo de vendas.

Objetivo 4. Recursos humanos capacitados e sensibilizados para a importância do turismo.

4.1 Implementar na grade curricular das escolas municipais, disciplinas sobre o turismo.

4.2 Capacitar 70% das pessoas envolvidas diretamente com o turista, em cursos básico de inglês e

espanhol.

4.3 Capacitar os funcionários do comércio, em boas práticas de atendimento ao turista.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

204

4.4 Promover a formação de guias especializados para exploração da trilhas existentes na região.

4.5 Promover cursos, sobre quais e como disponibilizar informações para os turistas, direcionados

para toda comunidade.

Objetivo 5. Infra-estrutura básica, turística e apoio técnico-financeiro adequados ao desenvolvimento da atividade turística.

5.1 Implantar os portais da região com equipamentos de apoio.

5.2 Incrementar o sistema de informações turísticas.

5.3 Implantar sistema de sinalização turística regional.

5.4 Criar e melhorar vias de acesso aos municípios e aos atrativos turísticos.

5.5 Estimular a criação de linha de créditos.

5.6 Criar centros de eventos multiuso na região

Objetivo 6. Atividade Turística respeita o meio ambiente, conserva a memória histórico-cultural e gera oportunidades de emprego e de renda.

6.1 Propor a elaboração de um diagnóstico da conjuntura sócio econômica, ambiental e histórico

cultural da região.

6.2 Propor a criação de um programa de educação direcionado a sustentabilidade sócio cultural,

ambiental e econômica direcionada ao turismo.

6.3 Melhorar o programa de valorização, qualificação, produção, distribuição e comercialização do

artesanato regional.

6.4 Realizar estudo de capacidade de carga da região com a intenção de evitar a degradação

decorrente da atividade turística.

6.5 Implementar ações visando valorizar, resgatar e preservar a cultura regional, tornando-a um

componente turístico efetivo.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

205

4.8 Nivelamento de Informações

Após a elaboração do Plano de Ação, a equipe técnica do IEL buscou formar parcerias

com as entidades que trabalham e apóiam a atividade turística no Estado de Santa

Catarina. Em decorrência, foram realizados algumas reuniões com o SEBRAE/SC –

Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Santa Catarina, com a SANTUR

– Órgão Oficial de Turismo do Estado de Santa Catarina e com o SENAC – Serviço

Nacional de Aprendizagem Comercial, discutindo a concepção e os conceitos que

geraram o Plano de Ação. Como resultado, ficaram explícitos no decorrer destes

encontros os apoios decididos destes parceiros, no que tange ao seu respectivo foco

de atuação. A seguir será explicitado em quais objetivos do plano de ação cada

entidade poderá apoiar.

4.8.1 SENAC/SC – Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial de Santa

Catarina

O SENAC/SC atua na qualificação de mão-de-obra empregada em atividades

turísticas, e mais especificamente, na região de abrangência do presente trabalho

possui algumas ações em andamento, como: um curso de capacitação de guias

turísticos na cidade de Nova Trento. Portanto, ficou evidente que a entidade poderá

apoiar a execução do quarto objetivo do Plano de Ação – Recursos Humanos

Capacitados e Sensibilizados para a Importância do Turismo.

4.8.2 SEBRAE/SC – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de

Santa Catarina

O Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas poderá dar suporte a qualquer

tipo de atividade ligada à melhoria de gestão das empresas, pois tem seu foco

principal no implemento e aprimoramento do nível gerencial das micros e pequenas

empresas catarinenses. Atualmente, a entidade possui dois programas ligados ao

turismo: Arranjo Produtivo Local – APL e Serviço de Apoio Tecnológico –

SEBRAETEC, que poderiam apoiar o primeiro objetivo – Produtos Turísticos

Competitivos, Diversificados e com Qualidade, o segundo objetivo – “Trade” Turístico

Atuando de Forma Integrada e o sexto objetivo – Atividade Turística Respeita o Meio

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

206

Ambiente, Conserva a memória Histórico-cultural e Gera Oportunidades de Emprego e

de Renda.

4.8.3 SANTUR – Órgão Oficial de Turismo do Estado de Santa Catarina

A SANTUR está articulando alguns projetos na região. O principal é o

desenvolvimento de um projeto piloto para o desenvolvimento do agro-turismo em

Nova Trento e Major Gercino em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento

Regional de Brusque, o qual poderia ser ampliado para toda região. Outro projeto, já

tradicional, é a divulgação dos produtos turísticos formatados da região – turismo de

sol e mar, em Bombinhas, Porto Belo e Governador Celso Ramos.

Dentro do escopo do presente plano, a SANTUR poderia apoiar a realização do

terceiro objetivo – Plano de Marketing Regional (Integrado) Desenvolvido, bem como

do quinto objetivo – Infra-estrutura Básica, Turística e Apoio Técnico-financeiro

Adequado ao Desenvolvimento da Atividade Turística.

4.9 Bibliografia

CASAROTTO FILHO N., PIRES L. H., Redes de Pequenas e Médias Empresas e

Desenvolvimento Local – Estratégia para Conquista da Competitividade Global com

base na experiência Italiana. São Paulo: Atlas, 1999.

CAETANO Jucélia C., Gerenciamento do Ciclo de Projetos. Florianópolis, 2002.

4.10 ANEXO I – Análise do Perfil das Pequenas Propriedades

Rurais

4.10.1 Nova Trento

O município de Nova Trento tem conhecida tradição italiana mantida por seus

descendentes. A principal atividade ainda está ligada à vitivinicultura, ou seja, da

plantação da uva à produção do vinho. Em razão de ser uma atividade passada de pai

para filho, mantêm o modo artesanal de realização, sem qualquer tipo de controle mais

apurado na qualidade.

Segundo diagnósticos realizados pelo SEBRAE/SC, cerca de 70% destes produtores,

possuem a produção de vinho operacionalizada de modo artesanal, sem qualquer

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

207

tecnologia, formalização, rotulagem ou inspeção de produto por parte dos órgãos

competentes.

A produção de conservas de hortaliças e legumes é uma atividade bastante comum

entre as pequenas propriedades rurais. Também foram diagnosticadas algumas

propriedades que trabalham com agro-turismo, pesque e pague, produtores de pães e

bolos caseiros, bem como geléias e compotas de frutas.

Fatores como comercialização é um dos principais entraves do processo de

desenvolvimento da atividade rural na região. Isto devido à falta de um canal de

vendas estruturado e também pela deficiente política de marketing relacionada ao

agronegócio, tendo como objetivo aumentar o fluxo de turistas nas pequenas

propriedades rurais, fomentando o desenvolvimento do agro-turismo.

4.10.2 São João Batista

Esta localidade tem a produção focada, principalmente, na plantação e colheita de

fumo. A produção tem se destacado em razão da compra antecipada da safra por

parte dos beneficiadores da planta. A grande maioria das famílias produz o fumo em

grandes extensões de terra. Alguns produtores de fumo têm diversificado sua

produção, especialmente plantando gengibre, que tem um preço de venda mais

atraente que o fumo.

4.10.3 Botuverá

Esta cidade se destaca pela produção de mel. A grande maioria dos produtores é

filiada à Associação de Apicultores, abrangendo toda a região até Brusque. É

importante ressaltar que a produção de mel de Botuverá é exportada ou enviada à

Casa Colonial da Cidade, local onde os produtores da região comercializam os

produtos com apoio do município. Um fator a destacar é que o mel obteve um maior

impulso depois que muitos produtores deixaram de plantar o fumo.

Alguns produtores ainda produzem vinho colonial nos mesmos moldes realizados

pelos pequenos vitivinicultores de Nova Trento. No município encontramos também

uma empresa de produção de conservas, já formalizada juridicamente, que realiza o

plantio, colheita e beneficiamento da produção, bem como a transformação da matéria

prima em conservas. Possui rótulos e certificado da entidade fiscalizadora.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

208

Um aspecto no município a ressaltar é o surgimento de uma empresa produtora de

polpa de frutas, constituída por dois produtores rurais, ao qual sua produção é

comercializada em mercados e lanchonetes do município e região, e com matéria

prima da própria propriedade. Possuem ainda maquinário especifico para o processo

produtivo, sendo a empresa formalizada e regularizada no que diz respeito a aspectos

legais.

Também há propriedades que trabalham com agro-turismo, fornecendo alimentação e

hospedagem.

A atividade de ecoturismo apresenta um grande potencial de desenvolvimento na

região, devido às cachoeiras, ideais para prática do rapel, florestas, ideais para a

prática do arborismo e a existência de grutas localizadas no parque municipal de

Botuverá.

4.10.4 Canelinha

Em Canelinha não há uma característica específica. Destaque para o Sr. João Orides,

que cultiva palmeira real em grande escala, vendendo seu produto in-natura. A Sra.

Cecília Osaida, da Harmonia Natural que cultiva plantas bioativas, tem perfil

empreendedor e divulga seu trabalho através de eventos e parcerias. Existe ainda, na

região uma produtora de peixes “Catfish”

4.10.5 Guabiruba

O destaque deste Município são os produtores de nata e “queijinho”, todos de

pequeno porte.

Estes produtores são, na maioria, informais e suas propriedades apresentam

condições físicas de precárias a razoáveis. Devido ao baixo valor agregado aos

produtos e o baixo volume de produção, estes produtores rurais têm dificuldade de se

relacionar com o mercado.

É uma oportunidade de melhoria para que estes produtores se organizem através de

uma cooperativa, para poderem melhor se relacionar com o mercado, oferecendo

produtos em maior quantidade, e logo obtendo maior poder de barganha nas

negociações.

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

209

Destaque para o “Restaurante e Pesque Pague Vicentini”, com uma área de 135

hectares, num local estratégico, que atende eventos de diversos tipos e que tem

planos de transformá-lo num hotel fazenda.

4.10.6 Major Gercino

Não há nas propriedades locais um foco de atuação, ou seja, os tipos de produtos

oferecidos são bastante diversificados, havendo produção de uva, vinho, leite, queijo,

conservas, laranja, entre outros.

Um dos fatores que impede o desenvolvimento da região é o difícil acesso a outras

localidades, todas com estradas de chão batido. No momento se encontra em obras

de ligação ao município de São João Batista.

Destaque para esta região, no que se refere à produção de produtos coloniais, é dado

para as Conservas Santos, que tem o palmito como principal produto e um grande

potencial de crescimento, pois o empreendedor está organizado e formalizou os seus

produtos nos organismos especializados.

4.10.7 Porto Belo

Neste município foi realizado o diagnóstico, por técnicos do IEL/SC, em apenas quatro

propriedades, havendo um produtor de leite e queijo, dois produtores de verduras e

um produtor cachaça.

Este último possui um alambique tradicional chamado “Pedro Alemão”, herdado de

seu pai. Atualmente, busca viabilizar sua estratégia de agregação de valor, através da

reformulação do rótulo, produção de licores e desenvolvimento de uma marca, que

está em processo de registro junto ao ministério da agricultura.

4.10.8 Tijucas

Neste município não há destaque quanto às atividades econômicas relacionadas ao

agronegócio. Na localidade de Timbé, destaca-se a produção de doces e biscoitos

(broas, queijadinhas, cocadas, cuscuz, etc.) que apesar da informalidade, tem uma

produção considerável e atende atravessadores, feiras e mercados informais da região

(Costa Esmeralda e inclusive Florianópolis).

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CAPÍTULO 4 – PLANO DE AÇÃO DE TURISMO 2004 • ADRVALE

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Existe ainda uma fábrica de conservas chamada Saddai, que vem aumentando a

produção, pois, inclusive, está em andamento uma ampliação e reforma na sua

estrutura física com o objetivo de começar a comercializar o palmito. Esta empresa

também apresenta interesse em industrializar a couve-flor, no entanto, tem dificuldade

de encontrarem produtores.

Tabela 70 - Fatores que impulsionam a agricultura familiar da região da ADRVALE.

Atividades Nº de propriedades

Uva e vinho 19

Leite e derivados 15

Apicultura 12

Conservas 11

Equipam. Alimentação / hospedagem 7

Hortaliças / frutas in natura 7

Piscicultura 7

Fumo 5

Reflorestamento 3

Cachaça 3

Farinha 2

Gengibre 1

Polpa de frutas 1

Plantas bioativas 1

Doces e geléias 1