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MBA EM GESTÃO DE TRIBUTOS
FEDERAIS
Direito Empresarial
Leonardo Pessoa
PROGRAMA DA DISCIPLINA
1. Tributo Conceito e espécies de tributos
2. Sistema Tributário Constituição Tributária e o CTN
3. Limitações ao Poder de TributarPrincípios Constitucionais Tributários e
Imunidades
4. Repartição das Receitas Tributárias
Discriminação das rendas e a repartição das receitas entre os entes
federados
5. Legislação TributáriaVigência, aplicação, interpretação e
integração das normas
6. Obrigação TributáriaRelação Jurídica Tributária e Sujeição
Passiva
7. Crédito TributárioConstituição, Suspensão, Extinção e
Exclusão
8. Administração TributáriaGarantias, Privilégios, Fiscalização e
Dívida Ativa
APRESENTAÇÃO
• Currículo
• Nossos Objetivos
• Como será a avaliação
CURRÍCULO Advogado especializado em Direito Empresarial e Tributário (OAB/RJ 98.874)
Professor convidado do FGV Law Program FGV
Professor de Direito Tributário e Empresarial da IBMEC-RJ
Professor de Direito Tributário e Empresarial da IAG Escola de Negócios da PUC-Rio
Professor de Direito Tributário e Empresarial da Unigranrio
Coordenador do curso de MBA em Direito Tributário da Unisuam
Professor universitário inscrito no CNPQ/INEP/LATTES/MEC/SINAES
MBA em Gestão Empresarial em Tributação e Contabilidade (2006)
Mestre em Direito Empresarial e Tributário (2004)
Pós-Graduado em Direito Tributário e Legislação de Impostos (2001)
Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior (2001)
Pós-Graduado em Direito Processual Civil – Medidas Liminares (2000)
Pós-Graduado em Direito Civil – Responsabilidade Civil (2000)
Bacharel em Direito (1998)
Membro da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/RJ (1999)
Conselheiro do Conselho Empresarial de Assuntos Jurídicos da Associação Comercial do Rio de Janeiro –
ACRJ
Membro da Academia Brasileira de Direito Tributário – ABDT
Afiliado à Associação Brasileira de Direito Tributário – ABRADT
Sócio-Pleno da Associação Brasileira de Direito Financeiro – ABDF
Associado Master da Associação Paulista de Estudos Tributários – APET
Sócio-Professor do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT
Membro da International Fiscal Association – IFA
CURRÍCULO
LEONARDO PESSOA
c
i
e
d
f
l
m
https://www.facebook.com/profleonardopessoa/
http://www.twitter.com/LeonardoPessoa_
https://br.linkedin.com/in/leonardoribeiropessoa
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H lrpessoa
www.leonardopessoa.pro.br
https://www.facebook.com/groups/242552396155181/
APRESENTAÇÃO
• Currículo
• Nossos Objetivos
• Como será a avaliação
NOSSOS OBJETIVOS
Prover aos alunos uma base de
conhecimentos práticos e teóricos sobre os
Principais Elementos do Sistema Tributário
Nacional, através de suas tendências
contemporâneas.
APRESENTAÇÃO
• Currículo
• Nossos Objetivos
• Como será a avaliação
COMO SERÁ NOSSA
AVALIAÇÃO
A avaliação dos alunos será realizada no
último dia de aula, mediante aplicação de
prova escrita discursiva.
PROGRAMA DA
DISCIPLINA
• Apresentação
• Bibliografia recomendada
• Sistema Tributário Nacional
• Tributos: Conceito e Espécies
• Limitações ao Poder de Tributar
• Relação Jurídica Tributária
BIBLIOGRAFIA
RECOMENDADA• CARNEIRO, Claudio. Curso de Direito Tributário e
Financeiro. 6ª Ed. Saraiva: São Paulo. 2016.
• Código Tributário Nacional e Constituição Federal. 46ª Ed.Saraiva: São Paulo. 2017.
• KFOURI JUNIOR, Anis. Curso de Direito Tributário – 3ª Ed.2016. Saraiva: São Paulo. 2016.
• PAULSEN, Leandro. Curso de Direito Tributário Completo -8ª Ed. Saraiva: São Paulo. 2017.
• RICARDO, Alexandre. Direito Tributário Esquematizado. 10ªEd. Gen Editores: Rio de Janeiro. 2016.
PROGRAMA DA
DISCIPLINA
• Apresentação
• Bibliografia recomendada
• Sistema Tributário Nacional
• Tributos: Conceito e Espécies
• Limitações ao Poder de Tributar
• Relação Jurídica Tributária
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
• Tributo na Bíblia: “...tome a quintaparte da terra do Egito nos sete anosde fatura” (Gênesis, 41.34). “...tireum peixe e será encontrada umamoeda,através da qual será pago otributo.” (Mateus, 17.24/27). “Daí,pois, a César o que é de César e aDeus, o que é de Deus.” (Mateus,22.21)
• Grécia antiga: nascem asnecessidades públicas.
• Império Romano: fiscus Caesaris xaerarium populi romani. Fiscum.
• Idade Média: corvéia (trabalho forçado), talha (parte da produção),banalidades (pelo uso de fornos, moinhos etc.), taxa de casamento,mão-morta (herança), dízimo (10% da Igreja), péage (uso doscaminhos), gabela (taxa sobre o sal).
• Magna Charta: Inglaterra - 1215 - tributação com autorização dosbarões.
• Bill of Rights: Inglaterra – 1689
• Declaração de Virgínia: 1776 – tributação com autorização do povoou seus representantes. (Revolução Americana)
• Declaração dos Direitos do Homem e Cidadão: França - 1789 –direito a propriedade e igualdade. (Revolução Francesa)
• Declaração Universal dos Direitos Humanos: 1948 - respeito aosdireitos a vida e a liberdade (2º Guerra Mundial)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
ELEVADA
CARGA
TRIBUTÁRIA
O Sistema Tributário Nacional é formado por:
•Constituição Federal
•Emendas Constitucionais
•Leis Complementares
•Leis Ordinárias
•Medidas Provisórias
•Decretos
•Código Tributário Nacional
•Constituições Estaduais
•Códigos Tributários Estaduais
•Leis Orgânicas Municipais
•Códigos Tributários Municipais
•Leis, Decretos Estaduais, Instruções Normativas, Portarias etc. de todos osentes da federação.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Limitações ao Poder de Tributar do Estado:
(verdadeiro Estatuto de Defesa do Contribuinte)
Princípios•Princípio da legalidade (art. 150, I, CF):
•Princípio da isonomia (art. 150, II, CF)
•Princípio da irretroatividade (art. 150, III, a, CF)
•Princípio da anterioridade anual (art. 150,III, b, CF)
•Princípio da anterioridade nonagesimal (art. 150, III, c, CF)
•Princípio do não confisco (art. 150, IV, CF)
•Princípio da liberdade de tráfego (art. 150, V, CF)
•Princípio da capacidade contributiva (art. 145, § 1º, CF)
Imunidades (art. 150, VI, CF)
•Imunidade recíproca entre U-E-DF-M de impostos s/ patrimônio, renda e serviços
•Imunidade de templos de qualquer culto
•Imunidade partidos políticos e suas fundações, entidades sindicais, instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos
•Imunidade de livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão
•Imunidade dos CDs e DVDs de conteúdo nacional
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
PROGRAMA DA
DISCIPLINA
• Apresentação
• Bibliografia recomendada
• Sistema Tributário Nacional
• Tributos: Conceito e Espécies
• Limitações ao Poder de Tributar
• Relação Jurídica Tributária
CONCEITO DE TRIBUTO
RECEITA DERIVADA QUE O ESTADO
ARRECADA MEDIANTE EMPREGO DE
SUA SOBERANIA, NOS TERMOS
FIXADOS EM LEI, INDEPENDENTE DA
EXISTÊNCIA DE CONTRAPRESTAÇÃO,
DESTINANDO-SE AO CUSTEIO DAS
FINALIDADES QUE LHE SÃO
PRÓPRIAS. (Luiz Emygdio)
TRIBUTOS: CONCEITO E ESPÉCIES
NATUREZA DO TRIBUTO
Ingressos
Públicos
Entradas
Receitas Públicas
Receitas Públicas Originárias
(ou Voluntárias)
Receitas Públicas Derivadas
(ou Coercitivas)
Empréstimos
Cauções
Receitas Públicas Transferidas
Doações
Preços
Públicos
Multas
Tributos
Voluntárias
Obrigatórias
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO
(ART. 3º CTN)
TRIBUTO É TODA PRESTAÇÃO
PECUNIÁRIA COMPULSÓRIA, EM
MOEDA OU CUJO VALOR NELA SE
POSSA EXPRIMIR, QUE NÃO SE
CONSTITUA SANÇÃO DE ATO ILÍCITO,
INSTITUÍDA EM LEI E COBRADA
MEDIANTE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA
PLENAMENTE VINCULADA.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO• Prestação Pecuniária: Não há mais nos
sistemas tributários modernos o tributo innatura ou in labore.
OBS 1:Não são tributos: Serviço Militarobrigatório, Mesário nas Eleições ou Júri noTribunal.
OBS 2: LC 104/01 acrescentou no artigo156, XI do CTN a possibilidade de dação empagamento em bens imóveis.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO• Prestação Compulsória: O dever de
pagar tributo nasce
independentemente da vontade. É uma
obrigação “ex lege”.
OBS: Não são tributos: Foro, Laudêmio,
Royalties, Compensação Financeira,
tarifa de água e esgoto (s. STJ 407 e 412),
DPVAT (s. STJ 405). As custas e
emolumentos SÃO tributo (ADI 1.378-
5/ES)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO• Não constitua sanção de ato ilícito: O
tributo se distingue da penalidade
exatamente porque esta tem como
hipótese de incidência um ato ilícito,
enquanto a hipótese de incidência do
tributo é sempre algo lícito.
OBS: Não se conclua, por isso, que um
rendimento auferido em atividade ilícita
não está sujeito ao tributo.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO
• Instituída em Lei: Só a lei pode instituir
o tributo. Isto decorre do princípio da
legalidade, prevalente no Estado de
Direito.
OBS: Em princípio, a lei será ordinária,
mas o constituinte autoriza lei
complementar e medida provisória.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
DEFINIÇÃO DE TRIBUTO
• Cobrada mediante atividade
administrativa plenamente vinculada:
A autoridade administrativa não pode
preencher com seu juízo pessoal,
subjetivo, o campo de indeterminação
normativa. Nada fica a critério da
autoridade.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS
Teoria Tripartite (art. 5º CTN): Imposto (art. 16CTN e 145, I CF); Taxas (art. 77 CTN e 145, IICF) e Contribuição de Melhoria (art. 81 CTN e145, III CF)
Teoria Pentapartite: Além dos tributos elencadosno artigo 5º CTN e 145 CF, APÓS A CF/88,devem ser considerados tributos o EmpréstimoCompulsório (art. 148 CF) e ContribuiçõesEspeciais (art. 149 CF)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
ESPÉCIES TRIBUTÁRIASImposto: É o tributo exigível independentemente de qualquer atividade
estatal específica relativa ao contribuinte (art. 145, I, da CF e art. 16, doCTN). Sua receita não deve ter destinação específica (art. 167, IV, daCF).
Taxa: É o tributo exigível em razão do exercício do poder de polícia oupela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos edivisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição (art.145, II, da CF e art. 77, do CTN). A taxa destina-se a custear o relativoserviço público (art. 145, II, da CF). Não poderá ter base de cálculoprópria de impostos.
Contribuição de melhoria: É o tributo exigível em decorrência de obrapública (art. 145, III, da CF) que implique valorização imobiliária.Destina-se a custear a obra realizada (arts. 81 e 82 do CTN). Além dasregras do CTN, existem regras específicas no Decreto-lei n. 195/67.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS• Empréstimo Compulsório: A União, mediante lei complementar, poderá instituir emprestimos
compulsórios: (I) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, deguerra externa ou sua iminência e (II) no caso de investimento público de caráter urgente e derelevante interesse nacional. (art. 148 da CF c/c art. 15 do CTN)
• Contribuições especiais: (art. 149 CF)
• Contribuições sociais: Consistem em instrumentais gerais (FGTS, Salário Educação, SENAI,SENAC, SESC etc) e para a Seguridade Social (INSS, PIS, COFINS, CSLL, CPMF) - estas últimasdestinam-se a financiar a Seguridade Social. (art. 149, § 1º, 194, 195 CF e 74,75, 84 e 90 ADCT)
• Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE): Intervenção no Domínio Econômicoem razão do descompasso efetivo ou potencial do mercado. Serve para instrumentalizar aintervenção e dar efetividade às políticas econômicas. (art. 149, § 2º e 177 CF)
• Contribuição no interesse das categorias econômicas e profissionais: Pode ser profissional oueconômica; contribuição compulsória destinada às entidades privadas (sindicatos, CRM, CRO, CREA,CRC, OAB, etc.). (art. 149)
• Contribuição para o custeio da iluminação pública: Destinada ao custeio da iluminação pública, decompetência dos Municípios e do Distrito Federal. (art. 149-A)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Impostos
Tributos
Taxas
Contribuições de
Melhoria
Contribuições
para fiscais ou
especiais
Empréstimos
Compulsórios
Nominados (arts. 145, I e 153, 155 e 156)
Residuais (art. 154,I)
Extraordinários de guerra (art. 154, II)
De polícia (art. 145, II, primeiro parte)
De serviços (art. 145, II, segunda parte)
Obras públicas que valorizam imóveis (art. 145, III)
Sociais
Gerais (art. 149,
primeira parte)
CIPE (art. 149,
terceira parte)
COSIP - Municipais e
distritais (art. 149-A)
De seguridade social
(arts. 149 e 195)
Nominadas (art.
149, primeira parte,
c/cart. 195, I a IV)CIDE (art. 149,
terceira parte)
Calamidade ou guerra (art. 148, I)
De investimento (art. 148, II)
Residuais (art. 149,
primeira parte, c/c
art. 195, §4º)
De previdência
para os servidores
dos E, DF e M (art.
18, § 1º)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO
• A natureza jurídica específica do tributo édeterminada pelo fato gerador da respectivaobrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:
I. A denominação e demais característicasformais adotadas pela lei;
II. A destinação legal do produto da suaarrecadação.
(artigo 4º do CTN)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
JURISPRUDÊNCIA
―EMENTA: TRIBUTÁRIO. TIP - TAXA DEILUMINAÇÃO PÚBLICA. MUNICÍPIO DE BELOHORIZONTE. INCONSTITUCIONALIDADE.Aorientação do Supremo Tribunal Federal é nosentido de que a Taxa de Iluminação Pública éinconstitucional, uma vez que seu fato geradortem caráter inespecífico e indivisível. Agravoregimental conhecido, mas ao qual se negaprovimento.” (AI 479587 AgR / MG - MINASGERAIS)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
JURISPRUDÊNCIA
―EMENTA:PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO
REGIMENTAL.CONSTITUCIONAL.
TRIBUTÁRIO. ADMINISTRATIVO. PEDÁGIO.
CARACTERIZAÇÃO COMO TRIBUTO (TAXA)
OU PREÇO PÚBLICO....Para concluir que a
exação em exame era tributo da espécie taxa, o
acórdão recorrido foi categórico ao afirmar que
o motorista não tinha opção a não ser trafegar
pelas estradas com pedágio....” (AI 531529 AgR
/ RS - RIO GRANDE DO SUL)
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
JURISPRUDÊNCIA DO STJ
• 412 - A ação de repetição de indébito de tarifasde água e esgoto sujeita-se ao prazoprescricional estabelecido no Código Civil.
• 407 - É legítima a cobrança da tarifa de águafixada de acordo com as categorias de usuáriose as faixas de consumo.
• 405 - A ação de cobrança do seguro obrigatório(DPVAT) prescreve em três anos.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
JURISPRUDÊNCIA DO STF
• 666 – A contribuição confederativa de que tratao artigo 8º IV, da Constituição, só é exigível dosfiliados ao sindicato respectivo.
• 668 – É inconstitucional a lei municipal qeutenha estabelecido, antes da emendaconstitucional 29/2000, alíquotas progressivaspara o IPTU, salvo se destinada a assegurar ocumprimento da função social da propriedadeurbana.
• 670 - O serviço de iluminação pública não podeser remunerado mediante taxa.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
SÚMULAS VINCULANTES• 12 - A cobrança de taxa de matrícula nas universidades
públicas viola o disposto no art. 206, IV, da ConstituiçãoFederal.
• 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviçospúblicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação delixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo145, II, da Constituição Federal.
• 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, deum ou mais elementos da base de cálculo própria dedeterminado imposto, desde que não haja integral identidadeentre uma base e outra.
SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
PROGRAMA DA
DISCIPLINA
• Apresentação
• Bibliografia recomendada
• Sistema Tributário Nacional
• Tributos: Conceito e Espécies
• Limitações ao Poder de Tributar
• Relação Jurídica Tributária
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR
Considerações IntrodutóriasDEFINIÇÃO
―Princípios em sua acepção jurídica significa umconjunto de regras que determinam um certo tipo decomportamento. São eles os responsáveis pelaharmonia do sistema normativo. Ou, diríamos, ainda, oseu alicerce. Os princípios podem vir implícitos nosistema constitucional vigente ou expresso, de formaclara na Lei Maior.‖ (CARNEIRO, Cláudio. Curso deDireito Tributário e Financeiro. Volume I, atualizado coma LC 128/08 e as MPs 449/08 e 451/08. Rio de Janeiro:Editora Lumen Juris, 2009, p. 307)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Considerações IntrodutóriasIMPORTÂNCIA
• Função informadora: servem de base para que os
legisladores possam criar normas jurídicas.
• Função normativa: quando funcionam como norma
aplicada, como, por exemplo, nos casos de lacuna da
legislação.
• Função Interpretativa: são usados como fonte
acessória de interpretação da legislação.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
―O poder de tributar decorre diretamente da Constituição e é
inerente a toda pessoa jurídica de direito público. Todavia, no
regime federativo adotado pela CF de 1988 gozam de autonomia
política e capacidade para legislar não só o poder central mas
também as entidades periféricas. Assim, o próprio texto
constitucional reparte parcela do poder de tributar entre os entes
políticos, atribuindo a cada um deles competência tributária para
criar determinados tributos (competência tributária legislativa)‖
(Luiz Emygdio)
―Competência tributária é a aptidão para criar tributos‖ (Luciano
Amaro)
―Essa atribuição de impostos a cada uma das entidades políticas,
de forma privativa, estabelecida na Carta Política, denomina-se
discriminação constitucional de rendas tributárias.‖ (Kiyoshi
Harada)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Características da Competência Tributária
• Indelegabilidade — (art. 7° do CTN)
• Irrenunciabilidade — (art. 8º do CTN)
• Incaducabilidade — (art. 8°, do CTN)
• Capacidade tributária ativa - (art. 7°, § 3°, do CTN)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Classificação doutrinária da Competência Tributária
• Competência comum — taxas e contribuições de melhoria (arts. 145, II e III daCRFB c/c arts. 77 e 81 do CTN)
• Competência cumulativa – A União , nos territórios e o Distrito Federalcumulam a competência para instituir impostos em sua base territorial (art. 147da CRFB)
• Competência privativa — Impostos instituídos pela União, Estados, DistritoFederal e Municípios (arts. 153, 155 e 156 da CRFB)
• Competência especial — contribuições especiais e empréstimo compulsório daUnião. (arts. 148 e 149 da CRFB)
• Competência residual — União pode instituir novos impostos (art. 154, I, daCRFB) e novas contribuições sociais (art. 195, § 4°, da CRFB)
• Competência extraordinária — Na iminência ou no caso de guerra, a Uniãopoderá instituir o Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154,II da CRFB c/c 76do CTN)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
BITRIBUTAÇÃO E BIS IN IDEM X INVASÃO DE COMPETÊNCIA
• Bitributação: ocorre quanto duas entidades federadas, ambas com competênciaconstitucional para o exercício do poder impositivo, decretam ,contemporaneamente, imposto idêntico ao mesmo contribuinte, com fundamentono mesmo fato gerador. Assim, a bitributação exige identidade de impostosconcorrentes, que não mais existem no nosso sistema tributário desde a EC18/65. Entretanto, o art. 145, § 2º da CF, ao vedar que as taxas tenham base decálculo própria de impostos, está vedando a bitributação.
• Bis in Idem: é a exigência por uma única entidade tributante, do mesmocontribuinte, de dois ou mais tributos, com base no mesmo fato gerador e atravésde normas jurídicas distintas. Exemplificando: O Município cobra IPTU e uma taxasobre o valor do mesmo imóvel, que seria inconstitucional porque feriria a normado artigo 145, § 2º da CF, considerando que a base de cálculo do IPTU é o valorvenal do imóvel (CTN, art. 33). Assim, o artigo 154, I, da CF visa a evitar não sóa bitributação, como também o bis in idem.
• Invasão de Competência: o desrespeito ao princípio da exclusividade dacompetência tributária acarreta a inconstitucionalidade do ato praticado pelaentidade infratora por invasão da esfera de competência exclusiva do entebeneficiado pela Constituição.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
JURISPRUDÊNCIA―CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS. LEIMUNICIPAL 1.715/03. A CIP INSTITUÍDA INCIDE SOBRE O MESMO FATO GERADORDO ICMS, QUE É O CONSUMO DE ENERGIA, JÁ TRIBUTADO PELO ESTADO DO RIODE JANEIRO. BITRIBUTAÇÃO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADESUSCITADO, SUBMETENDO-SE A QUESTÃO PREJUDICIAL AO E. ÓRGÃO
ESPECIAL.‖ (0025652-78.2005.8.19.0021 (2007.001.63937)- APELACAO - 1ª Ementa.
DES. ANDRE ANDRADE - Julgamento: 26/03/2008 - SETIMA CAMARA CIVEL)
―APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSAMORTIS E DOAÇÃO - ITCMD. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NÃO INCIDÊNCIA DEIMPOSTO CUMULADA COM PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. ESCRITURA DEDOAÇÃO NÃO RESGITRADA NO CARTÓRIO IMOBILIÁRIO. TRANSMISSÃO DO BEMNÃO APERFEIÇOADA. TRIBUTO, TODAVIA, RECOLHIDO. IMÓVEL QUE FOI OBJETODE SOBREPARTILHA POSTERIORMENTE. NOVO RECOLHIMENTO DO TRIBUTO.OCORRÊNCIA DE BIS IN IDEM. RESTITUIÇÃO DEVIDA. HONORÁRIOSADVOCATÍCIOS ARBITRADOS COM FUNDAMENTO NO § 3º, DO ART. 20, DO CPC.SUCUMBÊNCIA DO ENTE PÚBLICO. REGRA APLICÁVEL DO § 4º, DO REFERIDOARTIGO. PEDIDO DE FIXAÇÃO EM VALOR. CABIMENTO. RECURSO PARCIALMENTEPROVIDO‖ (TJPR. Apelação n. 0601394-3. 12/01/2010 )
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da capacidade contributiva
“§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão
caráter pessoal e serão graduados segundo a
capacidade econômica do contribuinte,
facultado à administração tributária,
especialmente para conferir efetividade a
esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, o
patrimônio, os rendimentos e as atividades
econômicas do contribuinte.”
– artigo 145, § 1º da CF
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da capacidade contributiva
• ―É inconstitucional a lei que estabelece alíquotasprogressivas para o imposto de transmissão intervivos de bens imóveis – ITBI com base no valorvenal do imóvel.‖ (Súmula 656)
• "É inconstitucional a lei municipal que tenhaestabelecido, antes da EC 29/2000, alíquotasprogressivas para o IPTU, salvo se destinada aassegurar o cumprimento da função social dapropriedade urbana." (Súmula 668)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da capacidade contributiva
―IPVA. Lei estadual. Alíquotas diferenciadas em
razão do tipo do veículo. Os Estados-membros
estão legitimados a editar normas gerais
referentes ao IPVA, no exercício da competência
concorrente prevista no art. 24, § 3º, da
Constituição do Brasil. Não há tributo
progressivo quando as alíquotas são
diferenciadas segundo critérios que não levam
em consideração a capacidade contributiva.‖ (RE
414.259-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento
em 24-6-2008, 2ª Turma, DJE de 15-8-2008.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da capacidade contributiva"Lei que restringe os contribuintes da Cosip aosconsumidores de energia elétrica do município não ofende oprincípio da isonomia, ante a impossibilidade de seidentificar e tributar todos os beneficiários do serviço deiluminação pública. A progressividade da alíquota, queresulta do rateio do custo da iluminação pública entre osconsumidores de energia elétrica, não afronta o princípio dacapacidade contributiva. Tributo de caráter sui generis, quenão se confunde com um imposto, porque sua receita sedestina a finalidade específica, nem com uma taxa, por nãoexigir a contraprestação individualizada de um serviço aocontribuinte. Exação que, ademais, se amolda aos princípiosda razoabilidade e da proporcionalidade." (RE 573.675, Rel.Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 25-3-2009,Plenário, DJE de 22-5-2009.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da capacidade contributiva
―A multa moratória de 20% (vinte por cento) dovalor do imposto devido, não se mostra abusivaou desarrazoada, inexistindo ofensa aosprincípios da capacidade contributiva e davedação ao confisco.‖ (RE 239.964, Rel. Min.Ellen Gracie, julgamento em 15-4-2003, Primeira Turma, DJ de 9-5-2003.) Nomesmo sentido: AI 755.741-AgR, Rel. Min.Cezar Peluso, julgamento em 29-9-2009, Segunda Turma, DJE de 29-10-2009.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da capacidade contributiva
―O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo
do IPTU – a metragem da área construída do imóvel – que é o valor do
imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na determinação
da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa
base de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço constitui a base
imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada caso
concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do
imóvel, certo que a alíquota não se confunde com a base imponível do
tributo. Tem-se, com isto, também, forma de realização da isonomia
tributária e do princípio da capacidade contributiva: CF, arts. 150, II,
145, § 1º.‖ (RE 232.393, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 12-8-
1999, Plenário, DJ de 5-4-2002.) No mesmo sentido: RE 232.577-
EDv, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 17-2-10, Plenário, DJE de
9-4-10; RE 336.782-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 26-5-
2009, Primeira Turma, DJE de 1º-7-2009.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da NORMA GERAL
HIERARQUIA X TEMÁTICA
JOSÉ AFONSO DA SILVA: ―lei ordinária que ofenda uma lei
complementar estará vulnerando a própria Constituição, visto que
disciplinará interesses que esta determina sejam regulados por ela.
Tratar-se-á, então, de conflito de normas, subordinado ao princípio da
compatibilidade vertical, entroncando, pois, na norma de maior
superioridade hierárquica, que é a que ficou ofendida – a Constituição.‖
Súmula STJ n° 276 – “As sociedades civis de prestação de serviços
profissionais são isentas da Cofins, irrelevante o regime tributário
adotado. (*) Julgando a AR 3.761-PR, na sessão de 12/11/2008, a
Primeira Seção deliberou pelo CANCELAMENTO da Súmula n. 276.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da NORMA GERAL
HIERARQUIA X TEMÁTICA
―EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL.TRIBUTÁRIO. COFINS. ISENÇÃO. POSSIBILIDADE DEREVOGAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA. PRECEDENTES.AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. I - A revogação, por leiordinária, da isenção da COFINS concedida pela LC 70/91 àssociedades civis de prestação de serviços profissionais, éconstitucionalmente válida, porquanto a Lei 9.430/96 veiculoumatéria constitucionalmente reservada à legislação ordinária.Precedentes. II - Ausência de violação ao princípio da hierarquiadas leis, consoante orientação fixada desde o julgamento daADC 1/DF, Rel. Min. Moreira Alves. III - Agravo regimentaldesprovido.‖ (AgRg no AI 602.756/RS)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da NORMA GERAL
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federallegislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico eurbanístico;
(...)
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência daUnião limitar-se-á a estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas geraisnão exclui a competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estadosexercerão a competência legislativa plena, para atender a suaspeculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas geraissuspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da NORMA GERAL
(art. 146 da CF)
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderáinstituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pelaEmenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de19.12.2003)
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas porEstado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela derecursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedadaqualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucionalnº 42, de 19.12.2003)
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelosentes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluídopela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da NORMA GERAL
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer
critérios especiais de tributação, com o objetivo de
prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo
da competência de a União, por lei, estabelecer
normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ESTRITA LEGALIDADEArt. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, évedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
(...)
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
(...)
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valoresmobiliários;
(...)
§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limitesestabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisosI, II, IV e V.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ESTRITA LEGALIDADEArt. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 3, de 1993)
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem noexterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
(...)
§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3,de 1993)
(...)
XII - cabe à lei complementar:
(...)
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja asua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela EmendaConstitucional nº 33, de 2001)
(...)
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de2001)
(...)
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termosdo § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
(...)
c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.(Incluído pelaEmenda Constitucional nº 33, de 2001)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
Art. 177. Constituem monopólio da União:
(...)
§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio
econômico relativa às atividades de importação ou
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus
derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes
requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001)
(...)
b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se
lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 33, de 2001)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente
da República poderá adotar medidas provisórias, com
força de lei, devendo submetê-las de imediato ao
Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
(...)
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou
majoração de impostos, exceto os previstos nos arts.
153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no
exercício financeiro seguinte se houver sido convertida
em lei até o último dia daquele em que foi
editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de
2001)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ESTRITA LEGALIDADEArt. 97. Somente a lei pode estabelecer:
I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;
II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21,26, 39, 57 e 65;
III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado odisposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;
IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado odisposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;
V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seusdispositivos, ou para outras infrações nela definidas;
VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou dedispensa ou redução de penalidades.
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, queimporte em torná-lo mais oneroso.
§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II desteartigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais
revogam ou modificam a legislação tributária interna, e
serão observados pela que lhes sobrevenha.
Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se
aos das leis em função das quais sejam expedidos,
determinados com observância das regras de interpretação
estabelecidas nesta Lei.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
"As Leis 7.787/89, art. 3º, II, e 8.212/91, art. 22, II, definem,satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazernascer a obrigação tributária válida. O fato de a lei deixar parao regulamento a complementação dos conceitos de ‗atividadepreponderante‘ e ‗grau de risco leve, médio e grave‘, nãoimplica
ofensa ao princípio da legalidade genérica, CF, art. 5º, II, e dalegalidade tributária, CF, art. 150, I." (RE 343.446, Rel. Min.Carlos Velloso, julgamento em 20-3-03, Plenário, DJ de 4-4-03). No mesmo sentido: AI 744.295-AgR, Rel. Min. CármenLúcia, julgamento em 27-10-09, 1ª Turma, DJE de 27-11-09;RE 567.544-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28-10-08, 1ª
Turma, DJE de 27-2-09.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ESTRITA LEGALIDADE
―Tributo – Regência – Princípio da legalidade estrita –
Garantia constitucional do cidadão. Tanto a Carta em vigor,
quanto – na feliz expressão do Ministro Sepúlveda Pertence
– a decaída encerram homenagem ao princípio da 38
legalidade tributária estrita. Mostra-se inconstitucional,
porque conflitante com o artigo 6º da Constituição Federal
de 1969, o artigo 1º do Decreto-lei n. 1.724, de 7 de
dezembro de 1979, no que implicou a exdrúxula delegação
ao Ministro de Estado da Fazenda de suspender – no que
possível até mesmo a extinção – ‗estímulos fiscais de que
tratam os artigos 1º e 5º do Decreto-lei n. 491, de 5 de
março de 1969‘.‖ (RE 250.288, Rel. Min. Marco Aurélio,
julgamento em 12-12- 01, Plenário, DJ de 19-4-02)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ISONOMIA
“II - instituir tratamento desigual entre
contribuintes que se encontrem em
situação equivalente, proibida qualquer
distinção em razão de ocupação
profissional ou função por eles exercida,
independentemente da denominação
jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;”
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ISONOMIA
―Tem direito de inscrever-se no Sistema Integrado
de Pagamento de Impostos e Contribuição de
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte –
SIMPLES, a cooperativa dedicada à direção de
unidades de ensino e educação, mediante curso
completo em qualquer grau e curso técnico
profissionalizante.‖ (RE 436.017-AgR-ED, Rel. Min.
Cezar Peluso, julgamento em 27-10-09, 2ª Turma,
DJE de 11-12-09)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ISONOMIA
―Tributário. PIS/PASEP e COFINS. Extensão de tratamentodiferenciado. Isonomia. Impossibilidade jurídica do pedido. Oacolhimento da postulação da autora --- extensão do tratamentotributário diferenciado concedido às instituições financeiras, àscooperativas e às revendedoras de carros usados, a título doPIS/PASEP e da COFINS --- implicaria converter-se o STF emlegislador positivo. Isso porque se pretende, dado ser ínsita apretensão de ver reconhecida a inconstitucionalidade do preceito, nãopara eliminá-lo do mundo jurídico, mas com a intenção de, corrigindoeventual tratamento adverso à isonomia, estender os efeitos da normacontida no preceito legal a universo de destinatários nele nãocontemplados. Precedentes.‖ (RE 402.748-AgR e RE 418.994-AgR,Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 22-4-08, 2ª Turma, DJE de 16-5-08). No mesmo sentido: RE 410.515-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia,julgamento em 26-5-09, 1ª Turma, DJE de 1º-7-09.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ISONOMIA
―Sistema ‗SIMPLES‘. Art. 9º da Lei n. 9.317/96. Ofensa ao
princípio da isonomia. Inocorrência. Precedente.‖ (RE
476.106-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 1º-4-
08, 2ª Turma, DJE de 25-4-08)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ISONOMIA
"A lei complementar estadual que isenta os membros doMinistério Público do pagamento de custas judiciais,notariais, cartorárias e quaisquer taxas ou emolumentos fereo disposto no artigo 150, inciso II, da Constituição do Brasil.O texto constitucional consagra o princípio da igualdade detratamento aos contribuintes. Precedentes. Ação diretajulgada procedente para declarar a inconstitucionalidade doartigo 271 da Lei Orgânica e Estatuto do Ministério Públicodo Estado do Rio Grande do Norte – Lei Complementar n.141/96.‖ (ADI 3.260, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29-3-07, Plenário, DJ de 29-6- 07)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da Irretroatividade
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos
antes do início da vigência da lei que os
houver instituído ou aumentado;
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da Irretroatividade
"O Plenário desta Corte, ao julgar o RE 213.396 (DJ de1º-12-2000), assentou a constitucionalidade do sistemade substituição tributária ‗para frente‘, mesmo antes dapromulgação da EC n. 03/93. Alegação de que aaplicação do sistema de substituição tributária no mês demarço de 1989 ofenderia o princípio da irretroatividade.Procedência. Embora a instituição deste sistema nãorepresente a criação de um novo tributo, há substancialalteração no sujeito passivo da obrigação tributária." (RE266.602, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 14-9-06,Plenário, DJ de 2-2-07)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da Irretroatividade
"A circunstância de o fato disciplinado pela norma –
isto é, o pagamento do tributo – haver de ocorrer
após a sua edição é suficiente para afastar a
alegada violação ao princípio da irretroatividade
(CF, art. 150, III, a)." (RE 219.878, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 13-6-00, 1ª
Turma, DJ de 4-8-00)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da Irretroatividade
EXCEÇÕES:
Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:
I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa,excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivosinterpretados;
II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:
a) quando deixe de defini-lo como infração;
b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência deação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenhaimplicado em falta de pagamento de tributo;
c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na leivigente ao tempo da sua prática.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da Irretroatividade
EXCEÇÕES:
Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fatogerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, aindaque posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormenteà ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituídonovos critérios de apuração ou processos de fiscalização,ampliado os poderes de investigação das autoridadesadministrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ouprivilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuirresponsabilidade tributária a terceiros.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ANTERIORIDADE E
ANUALIDADE
b) no mesmo exercício financeiro em que hajasido publicada a lei que os instituiu ouaumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da dataem que haja sido publicada a lei que osinstituiu ou aumentou, observado o dispostona alínea b;(EC nº 42/03)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ANTERIORIDADE E
ANUALIDADE
―Contribuições instituídas pela Lei Complementar n.110/2001. Legitimidade. Princípio da anterioridade. Pacíficoo entendimento deste Tribunal quanto à legitimidade dascontribuições instituídas pela Lei Complementar n.110/2001, sendo inexigíveis, contudo, no mesmo exercícioem que publicada a lei que as instituiu [ADI n. 2.556-MC,Pleno, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 8-8- 03]."(RE 456.187-AgR-ED, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em4-12-07, 2ª Turma, DJE de 1º-2-08). No mesmo sentido:RE 591.452-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em10-3-09, 2ª Turma,DJE de 17-4-09.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ANTERIORIDADE e
ANUALIDADE
"Revogada a isenção, o tributo torna-se
imediatamente exigível. Em caso assim, não há
que se observar o princípio da anterioridade, dado
que o tributo já é existente." (RE 204.062, Rel.
Min. Carlos Velloso, julgamento em 27-9-96, 2ª
Turma, DJ de 19-12-96)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da
ANTERIORIDADE e ANUALIDADE
―A Lei paulista 11.813/04 apenas prorrogou a cobrançado ICMS com a alíquota majorada de 17% para 18%,criada pela Lei paulista 11.601/2003. O prazononagesimal previsto no art. 150, III, c, da ConstituiçãoFederal somente deve ser utilizado nos casos decriação ou majoração de tributos, não na hipótese desimples prorrogação de alíquota já aplicadaanteriormente.‖ (RE 584.100, Rel. Min. Ellen Gracie,julgamento em 25-11-09, Plenário, DJE de 5-2- 10)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da ANTERIORIDADE e
ANUALIDADE
―Art. 3º da Lei 15.747, de 24 de dezembro de 2007, do Estado doParaná, que estabelece como data inicial de vigência da lei a data desua publicação. Alteração de dispositivos da Lei 14.260/2003, doEstado do Paraná, a qual dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedadede Veículos Automotores – IPVA. Alegada violação ao art. 150, III, c,da CF. A redução ou a extinção de desconto para pagamento detributo sob determinadas condições previstas em lei, como opagamento antecipado em parcela única, não pode ser equiparada àmajoração do tributo em questão, no caso, o IPVA. Não incidência doprincípio da anterioridade tributária. Vencida a tese de que a reduçãoou supressão de desconto previsto em lei implica, automática earitmeticamente, aumento do valor do tributo devido. Medida cautelarindeferida.‖ (ADI 4.016-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em1º-8-2008, Plenário, DJE de 24-4-2009.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
Princípio da
ANTERIORIDADE e ANUALIDADE
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente daRepública poderá adotar medidas provisórias, com força de lei,devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
(...)
§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração deimpostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II,só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houversido convertida em lei até o último dia daquele em que foieditada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO
CONFISCATÓRIO
IV - utilizar tributo com efeito de
confisco;
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO
CONFISCATÓRIO
―(...) O Supremo Tribunal Federal, em casosanálogos, decidiu que a instituição de alíquotasprogressivas para a contribuição previdenciáriados servidores públicos ofende o princípio davedação de utilização de qualquer tributo comefeito confiscatório, nos termos do art. 150, inc.IV, da Constituição da República.‖ (AI 701.192-AgR, voto da Min. Cármen Lúcia, julgamentoem 19-5- 09, 1ª Turma, DJE de 26-6-09)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO
CONFISCATÓRIO
"Fixação de valores mínimos para multas pelo não-recolhimento e sonegação de tributos estaduais.Violação ao inciso IV do art. 150 da Carta da República.A desproporção entre o desrespeito à norma tributária esua conseqüência jurídica, a multa, evidencia o caráterconfiscatório desta, atentando contra o patrimônio docontribuinte, em contrariedade ao mencionadodispositivo do texto constitucional federal." (ADI 551,Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 21-10-02,Plenário, DJ de 14-2-03)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E
BENS
V - estabelecer limitações ao tráfego de
pessoas ou bens, por meio de tributos
interestaduais ou intermunicipais, ressalvada
a cobrança de pedágio pela utilização de
vias conservadas pelo Poder Público;
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E
BENS
―Tributário. Pedágio. Lei n. 7.712, de
22/12/88. Pedágio: natureza jurídica: taxa:
CF, art. 145, II, art. 150, V. Legitimidade
constitucional do pedágio instituído pela Lei
n. 7.712, de 1988.‖ (RE 181.475, Rel. Min.
Carlos Velloso, julgamento em 4-5-99, 2ª
Turma, DJ de 25-6-99)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
Art. 151. É vedado à União:
I - instituir tributo que não seja uniformeem todo o território nacional ou queimplique distinção ou preferência emrelação a Estado, ao Distrito Federal ou aMunicípio, em detrimento de outro,admitida a concessão de incentivos fiscaisdestinados a promover o equilíbrio dodesenvolvimento sócio-econômico entre asdiferentes regiões do País;
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
"Decreto 420/1992. Lei 8.393/1991. IPI. Alíquota regionalizadaincidente sobre o açúcar. Alegada ofensa ao disposto nos arts.150, I, II e § 3º, e 151, I, da Constituição do Brasil.Constitucionalidade. O Decreto 420/1992 estabeleceu alíquotasdiferenciadas – incentivo fiscal – visando dar concreção aopreceito veiculado pelo art. 3º da Constituição, ao objetivo daredução das desigualdades regionais e de desenvolvimentonacional. Autoriza-o o art. 151, I da Constituição. A alíquota de18% para o açúcar de cana não afronta o princípio daessencialidade. Precedente. A concessão do benefício daisenção fiscal é ato discricionário, fundado em juízo deconveniência e oportunidade do Poder Público, cujo controle évedado ao Judiciário. Precedentes." (AI 630.997-AgR, Rel. Min.Eros Grau, julgamento em 24-4- 2007, Segunda Turma, DJ de18-5-2007.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA
TRIBUTAÇÃO FEDERAL
II - tributar a renda das obrigações da
dívida pública dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, bem como a
remuneração e os proventos dos
respectivos agentes públicos, em níveis
superiores aos que fixar para suas
obrigações e para seus agentes;
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
III - instituir isenções de tributos
da competência dos Estados, do
Distrito Federal ou dos
Municípios.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas eComércio para as mercadorias importadas dos países signatários quandoo similar nacional tiver o mesmo benefício foi recepcionada pelaConstituição da República de 1988. O artigo 98 do Código TributárioNacional ‗possui caráter nacional, com eficácia para a União, os Estados eos Municípios‘ (voto do eminente Ministro Ilmar Galvão). No direitointernacional apenas a República Federativa do Brasil tem competênciapara firmar tratados (art. 52, § 2º, da Constituição da República), dela nãodispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios. O Presidente daRepública não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas comoChefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isençãoheterônoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da Constituição.‖ (RE 229.096,Rel. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 16-8-07, Plenário, DJEde11-4-08). No mesmo sentido: RE 234.662-AgR, Rel. Min. Carlos Britto,julgamento em 13-10-09, 1ª Turma, DJE de 20-11- 09; AI 223.336-AgR,Rel. Joaquim Barbosa, julgamento em 21-10-08, 2ª Turma, DJE de 28-11-08; RE 385.311-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 12-8-08, 1ªTurma, DJE de 26-9-08.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
Art. 152. É vedado aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios
estabelecer diferença tributária entre
bens e serviços, de qualquer natureza,
em razão de sua procedência ou destino.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
"Tributário. ICMS. Benefício fiscal. Redução da carga tributáriacondicionada à origem da industrialização da mercadoria. Saídasinternas com café torrado ou moído. Decreto 35.528/2004 doEstado do Rio de Janeiro. Violação do art. 152 da Constituição.O Decreto 35.528/2004, do Estado do Rio de Janeiro, aoestabelecer um regime diferenciado de tributação para asoperações das quais resultem a saída interna de café torrado oumoído, em função da procedência ou do destino de tal operação,viola o art. 152 da Constituição." (ADI 3.389 e ADI 3.673, Rel.Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-9-07, Plenário, DJ de1º-2-08). No mesmo sentido: ADI 2.377-MC, Rel. Min.Sepúlveda Pertence, julgamento em 22-2-01, Plenário, DJ de 7-11-03.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
Art. 167. São vedados:
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da
arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e
159, a destinação de recursos para as ações e serviços
públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do
ensino e para realização de atividades da administração
tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts.
198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às
operações de crédito por antecipação de receita, previstas
no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de
19.12.2003)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS
"Observe-se, ainda, que o art. 7º da Lei estadual impugnadadeterminou que do valor do crédito fiscal previsto no seu art. 3º40% (quarenta por cento) deverá ser recolhido para apoiar osprodutores e 10% (dez por cento), para a pesquisa do algodão.Tem-se aqui inequívoca afronta ao disposto no art. 167, IV, daConstituição, que veda a vinculação de receita de impostos aórgão, fundo ou despesas. Ressalte-se que esta Corte houve porbem declarar a inconstitucionalidade de lei paulista que destinou1% do ICMS ao fornecimento de programas habitacionais, porafronta ao dispositivo constitucional mencionado (RE n.183.906/SP, RTJ 167, p. 287/295)." (ADI 2.722, voto do Rel. Min.Gilmar Mendes, julgamento em 15-9-05, Plenário, DJ de 19-12-06). Vide:AI 463.587-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,julgamento em 23- 6-09, 1ª Turma,DJE de 14-8-09.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
Art. 153 - [...]
§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for
devido em cada operação com o montante cobrado nas
anteriores;
(...)
Art. 154. A União poderá instituir:
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no
artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não
tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos
discriminados nesta Constituição;
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
―Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
impostos sobre:
(...)
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal
e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se
iniciem no exterior;
§ 2º. O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em
cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação
de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo
ou por outro Estado ou pelo Distrito Federal;‖
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE―Correção monetária. Créditos escriturais não utilizados no
tempo devido por ilegítima resistência do Estado. (...)
Correção monetária devida durante o período de oposição do
Estado. Entendimentos aplicáveis ao ICMS e ao IPI.‖ (RE
411.861-AgR-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,
julgamento em 1º-6-2010, Primeira Turma, DJE de 25-6-
2010.)
―Esta Corte entende que a atualização monetária do tributo,
tal como previsto na Lei 8.383/1991, não ofende o princípio
da não cumulatividade.‖ (RE 248.725-AgR, Rel. Min. Cezar
Peluso, julgamento em 15-12-2009, Segunda Turma, DJE de
19-2-2010.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS
2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA
4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL
5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE
6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA
7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE
8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO
10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS
11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA
12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL
13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS
14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO
15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE
17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
ICMS: III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade
IPI: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
―TRIBUTÁRIO, IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. PRICÍPIOSDASELETIVIDADE E DA IGUALDADE. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ARTIGOS 43,PÁRAGRAFO2º III E 151, I. DECRETO Nº 420, DE 13/01/92, ARTIGO 1º.1. Não há inconstitucionalidade nafixação da alíquota de18% (dezoito por cento) do IPI incidente sobre açúcar, de vez que, emconsonância com o princípio da seletividade, revela o caráter essencial do produto.2. Permitindoa Constituição Federal o tratamento fiscal desigual para redução das desigualdades regionais,não há inconstitucionalidade por infringência do preceito isonômico, na distinção tributária emrazão da procedência ou destino do produto, com este objetivo.3. O desaparecimento do teto daalíquota, por força da não subsistência do preço unificado do açúcar, significa que, à falta detexto de lei específico (CF, art. 153 parágrafo 1º), deve o Governo, na dosagem da carga do IPI,nortear-se pelo princípio daseletividade.4. Apelação a que se nega provimento.‖ (Apelação emMandado de Segurança n. 9301173840. 3ª Turma. Tribunal Regional Federal da 1ª Região.Publicado em 20/02/1998.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADES
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
2. IMUNIDADE RECÍPROCA
3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS
4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
5. IMUNIDADE DOS LIVROS
6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais
7. OUTRAS IMUNIDADES
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
―A imunidade é, assim, a qualidade da situação que
não pode ser atingida pelo tributo, em razão de
norma constitucional que, à vista de alguma
especificidade pessoal ou material dessa situação,
deixou-a fora do campo sobre que é autorizada a
instituição de tributo.‖ (LUCIANO DA SILVA
AMARO)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
IMUNIDADE X NÃO-INCIDÊNCIA X ISENÇÃO X ALÍQUOTA ZERO
CLASSIFICAÇÃO:
A) SUBJETIVAS E OBJETIVAS
B) EXPRESSAS E IMPLÍCITAS
C) INCONDICIONAIS E CONDICIONAIS
D) GENÉRICAS E ESPECÍFICAS
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
As IMUNIDADES do artigo 150, VI, da CF só afastam a
incidência de IMPOSTOS:
"A imunidade prevista no art. 150, VI da CF não alcança a
contribuição para o PIS, mas somente os impostos
incidentes sobre a venda de livros, jornais e periódicos." (RE
211.388-ED, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 10-2-
1998, Segunda Turma, DJ de 8-5-1998.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADES
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
2. IMUNIDADE RECÍPROCA
3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS
4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
5. IMUNIDADE DOS LIVROS
6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais
7. OUTRAS IMUNIDADES
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns
dos outros;
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA
―A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a, da
Constituição, aplica-se às operações de importação de bens
realizadas por municípios, quando o ente público for o
importador do bem (identidade entre o ‗contribuinte de direito‘
e o ‗contribuinte de fato‘). Compete ao ente tributante provar
que as operações de importação desoneradas estão influindo
negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da
Constituição. Impossibilidade de presumir risco à livre-
iniciativa e à concorrência.‖ (AI 518.325-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma,
DJE de 30-4-2010.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA
―A imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil é daespécie recíproca (art. 150, VI, a, da Constituição), na medida em que aOAB desempenha atividade própria de Estado (defesa da Constituição, daordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos humanos, dajustiça social, bem como a seleção e controle disciplinar dos advogados). Aimunidade tributária recíproca alcança apenas as finalidades essenciais daentidade protegida. O reconhecimento da imunidade tributária às operaçõesfinanceiras não impede a autoridade fiscal de examinar a correção doprocedimento adotado pela entidade imune. Constatado desvio definalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o créditotributário e de tomar as demais medidas legais cabíveis. Naturezaplenamente vinculada do lançamento tributário, que não admite excesso decarga.‖ (RE 259.976-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 23-3-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.) Vide: RE 233.843, Rel. Min.Joaquim Barbosa, julgamento em 1º-12-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA
―Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária –INFRAERO. Empresa pública. Imunidade recíproca.Art. 150, VI, a, da CF/1988. A Infraero, empresa públicaprestadora de serviço público, está abrangida pelaimunidade tributária prevista no art. 150, VI, a, daConstituição. Não incide ISS sobre a atividadedesempenhada pela Infraero na execução de serviçosde infra-estrutura aeroportuária, atividade que lhe foiatribuída pela União.‖ (RE 524.615-AgR, Rel. Min. ErosGrau, julgamento em 9-9-2008, Segunda Turma, DJEde 3-10-2008.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA
"Decisão que deferiu o pedido de tutela antecipada, nos termos do RE
407.099-5/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 6-8-
2004. Suspensão da exigibilidade da cobrança de IPVA sobre os
veículos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Este
Tribunal possui firme entendimento no sentido de que a imunidade
recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da CF, estende-se à ECT (ACO-
AgRg 765-1/RJ, Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, Informativo
STF 443). A controvérsia sobre a natureza jurídica e a amplitude do
conceito dos serviços postais prestados pela ECT está em debate na
ADPF 46." (ACO 811-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em
26-4-2007, Plenário, DJ de 14-12-2007.) No mesmo sentido: RE
443.648-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 20-4-2010,
Segunda Turma, DJE de 28-5-2010.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA―A jurisprudência do Supremo firmou-se no sentido de que a imunidade
de que trata o art. 150, VI, a, da CF/1988, somente se aplica a imposto
incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio Município. Esta
Corte firmou entendimento no sentido de que o Município não é
contribuinte de direito do ICMS, descabendo confundi-lo com a figura
do contribuinte de fato e a imunidade recíproca não beneficia o
contribuinte de fato.‖ (AI 671.412-AgR, Rel. Min. Eros Grau,
julgamento em 1º-4-2008, Segunda Turma, DJE de 25-4-2008.) No
mesmo sentido: AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa,
julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010; AI
574.042-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 6-10-
2009, Segunda Turma, DJE de 29-10-2009; AI 634.050-AgR, Rel. Min.
Ricardo Lewandowski, julgamento em 23-6-2009, Primeira Turma, DJE
de 14-8-2009. Vide: AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa,
julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA
"IPTU. Imóveis que compõem o acervo patrimonial do Porto de Santos,
integrantes do domínio da União. Impossibilidade de tributação pela
municipalidade, independentemente de encontrarem-se tais bens
ocupados pela empresa delegatária dos serviços portuários, em face
da imunidade prevista no art. 150, VI, a, da CF." (RE 253.394, Rel.
Min. Ilmar Galvão, julgamento em 26-11-2002, Primeira Turma, DJ de
11-4-2003.) No mesmo sentido: RE 597.563-AgR, Rel. Min. Eros
Grau, julgamento em 12-5-2009, Segunda Turma, DJE de 29-5-2009;
RE 318.185-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 9-3-
2004, Segunda Turma, DJ de 7-5-2004; RE 357.447-AgR, Rel. Min.
Ellen Gracie, julgamento em 2-3-2004, Segunda Turma, DJ de 26-3-
2004; RE 265.749, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 27-5-
2003, Segunda Turma, DJ de 12-9-2003.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às
autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo
Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda
e aos serviços, vinculados a suas finalidades
essenciais ou às delas decorrentes.
―Promitente comprador de imóvel residencial transcrito em
nome de autarquia é contribuinte do imposto predial
territorial urbano.‖ (Súmula 583.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA―Incra. Imunidade tributária. Exploração de unidade agroindustrial.
Ausência de configuração de atividade econômica capaz de impor o
regime tributário próprio das empresas privadas. A atividade exercida
pelo Incra, autarquia federal, não se enquadra entre aquelas sujeitas ao
regime tributário próprio das empresas privadas, considerando que a
eventual exploração de unidade agroindustrial, desapropriada, em área
de conflito social, está no âmbito de sua destinação social em setor
relevante para a vida nacional. A imunidade tributária só deixa de operar
quando a natureza jurídica da entidade estatal é de exploração de
atividade econômica.‖ (RE 242.827, Rel. Min. Menezes Direito,
julgamento em 2-9-2008, Primeira Turma, DJE de 24-10-2008.) No
mesmo sentido: RE 248.824-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento
em 13-10-2009, Primeira Turma, DJE de 13-11-2009.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se
aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com
exploração de atividades econômicas regidas pelas normas
aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,
nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar
imposto relativamente ao bem imóvel.
―Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,
diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança
condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as
instituiu.‖ (Súmula 545.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA―É aplicável a imunidade tributária recíproca às autarquias e empresas
públicas que prestem inequívoco serviço público, desde que, entre outros
requisitos constitucionais e legais não distribuam lucros ou resultados
direta ou indiretamente a particulares, ou tenham por objetivo principal
conceder acréscimo patrimonial ao poder público (ausência de
capacidade contributiva) e não desempenhem atividade econômica, de
modo a conferir vantagem não extensível às empresas privadas (livre
iniciativa e concorrência). O Serviço Autônomo de Água e Esgoto é
imune à tributação por impostos (art. 150, VI, a e § 2º e § 3º da
Constituição). A cobrança de tarifas, isoladamente considerada, não
altera a conclusão.‖ (RE 399.307-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa,
julgamento em 16-3-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE RECÍPROCA"Incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN sobre
serviços de registros públicos, cartorários e notariais. Constitucionalidade.
Ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra os itens 21 e 21.1 da Lista
Anexa à LC 116/2003, que permitem a tributação dos serviços de registros
públicos, cartorários e notariais pelo ISSQN. (...) As pessoas que exercem
atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a circunstância de
desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção
prevista no art. 150, § 3º da Constituição. O recebimento de remuneração pela
prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva. A imunidade
recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de entidades políticas
federativas, e não de particulares que executem, com inequívoco intuito
lucrativo, serviços públicos mediante concessão ou delegação, devidamente
remunerados. Não há diferenciação que justifique a tributação dos serviços
públicos concedidos e a não tributação das atividades delegadas." (ADI 3.089,
Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 13-2-2008, Plenário, DJE
de 1º-8-2008.) No mesmo sentido: RE 557.643-AgR, Rel. Min. Eros Grau,
julgamento em 10-2-2009, Segunda Turma, DJE de 13-3-2009.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADES
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
2. IMUNIDADE RECÍPROCA
3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS
4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
5. IMUNIDADE DOS LIVROS
6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais
7. OUTRAS IMUNIDADES
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DOS TEMPLOS
b) templos de qualquer culto;
―Recurso extraordinário. Constitucional. Imunidade Tributária. IPTU. Art.
150, VI, b, CF/1988. Cemitério. Extensão de entidade de cunho
religioso. Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de
cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no art. 150
da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em
relação a eles. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de
qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o
texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos arts. 5º, VI, 19, I, e
150, VI, b. As áreas da incidência e da imunidade tributária são
antípodas.‖ (RE 578.562, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 21-5-
2008, Plenário, DJE de 12-9-2008.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DOS TEMPLOS
"Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade quese encontram alugados. A imunidade prevista no art. 150, VI, b,CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto,mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços ‗relacionadoscom as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas‘.O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo dasalíneas b e c do inciso VI do art. 150 da CF. Equiparação entre ashipóteses das alíneas referidas." (RE 325.822, Rel. p/ o ac. Min.Gilmar Mendes, julgamento em 15-12-2002, Plenário, DJ de 14-5-2004.) No mesmo sentido: AI 690.712-AgR, Rel. Min. RicardoLewandowski, julgamento em 23-6-2009, Primeira Turma, DJE de14-8-2009; AI 651.138-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em26-6-2007, Segunda Turma, DJ de 17-8-2007.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DOS TEMPLOS
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e
"c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os
serviços, relacionados com as finalidades essenciais das
entidades nelas mencionadas.
"À luz da plena vinculação da atividade administrativa da
constituição do crédito tributário, eventual e hipotético desvio
de finalidade na aplicação do bem não pode ser pura e
simplesmente pressuposta." (AI 409.806-AgR, Rel. Min.
Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma,
DJE de 7-5-2010.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADES
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
2. IMUNIDADE RECÍPROCA
3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS
4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
5. IMUNIDADE DOS LIVROS
6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais
7. OUTRAS IMUNIDADES
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusivesuas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, dasinstituições de educação e de assistência social, sem finslucrativos, atendidos os requisitos da lei;
―Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvelpertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, daConstituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nasatividades essenciais de tais entidades.‖ (Súmula 724)
―A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social semfins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança asentidades fechadas de previdência social privada se não houvercontribuição dos beneficiários.‖ (Súmula 730)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
"Na tributação das operações de importação, o contribuinte
por excelência do tributo é o importador (que tende a ser o
adquirente da mercadoria) e não o vendedor. Há confusão
entre as figuras do contribuinte de direito e do contribuinte de
fato. Assim, não faz sentido argumentar que a imunidade
tributária não se aplica à entidade beneficente de assistência
social nas operações de importação, em razão de a regra
constitucional não se prestar à proteção de terceiros que
arquem com o ônus da tributação." (AI 476.664-AgR, Rel.
Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda
Turma, DJE de 7-5-2010.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
―Imunidade. (...) Inaplicabilidade às hipóteses de responsabilidade ou
substituição tributária. (...) Recurso extraordinário interposto de acórdão
que considerou válida a responsabilização tributária do Serviço Social da
Indústria – SESI pelo recolhimento de ICMS devido em operação de
circulação de mercadoria, sob o regime de diferimento. Alegada violação
do art. 150, IV, c, da Constituição, que dispõe sobre a imunidade das
entidades assistenciais sem fins lucrativos. A responsabilidade ou a
substituição tributária não alteram as premissas centrais da tributação, cuja
regra-matriz continua a incidir sobre a operação realizada pelo contribuinte.
Portanto, a imunidade tributária não afeta, tão somente por si, a relação de
responsabilidade tributária ou de substituição e não exonera o responsável
tributário ou o substituto.‖ (RE 202.987, Rel. Min. Joaquim Barbosa,
julgamento em 30-6-2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
―ICMS. Imunidade. (...) Aquisição de mercadorias e serviços
no mercado interno. Entidade beneficente. A imunidade
tributária prevista no art. 150, VI, c, da Constituição,
compreende as aquisições de produtos no mercado interno,
desde que os bens adquiridos integrem o patrimônio dessas
entidades beneficentes.‖ (AI 535.922-AgR, Rel. Min. Ellen
Gracie, julgamento em 30-9-2008, Segunda Turma, DJE de
14-11-2008.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
"Sindicato. Colônia de férias. Inexistência de imunidade
tributária por não ser o patrimônio ligado às finalidades
essenciais do sindicato. Recurso extraordinário:
descabimento." (RE 245.093-AgR, Rel. Min. Sepúlveda
Pertence, julgamento em 14-11-2006, Primeira Turma, DJ de
7-12-2006.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
"Senac. Instituição de educação sem finalidade lucrativa. ITBI. Imunidade.
(...) Esta Corte, por seu Plenário, ao julgar o RE 237.718, firmou o
entendimento de que a imunidade tributária do patrimônio das instituições
de assistência social (art.150, VI, c, da Constituição) se aplica para afastar
a incidência do IPTU sobre imóveis de propriedade dessas instituições,
ainda quando alugados a terceiros, desde que os aluguéis sejam aplicados
em suas finalidades institucionais. Por identidade de razão, a mesma
fundamentação em que se baseou esse precedente se aplica a instituições
de educação, como a presente, sem fins lucrativos, para ver reconhecida,
em seu favor, a imunidade relativamente ao ITBI referente à aquisição por
ela de imóvel locado a terceiro, destinando-se os aluguéis a ser aplicados
em suas finalidades institucionais." (RE 235.737, Rel. Min. Moreira Alves,
julgamento em 13-11-2002, Primeira Turma, DJ de 17-5-2002.) No mesmo
sentido: AI 409.806-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-
2010, Segunda Turma, DJE de 7-5-2010.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c",
compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas
mencionadas.
―Imunidade tributária. IPTU. Finalidade do bem. A utilização do imóvel para
atividade de lazer e recreação não configura desvio de finalidade com
relação aos objetivos da fundação caracterizada como entidade de
assistência social. A decisão que afasta o desvio de finalidade para o fim
de assegurar a imunidade tributária com base no reconhecimento de que a
atividade de recreação e lazer está no alcance dos objetivos da fundação
não agride o art. 150, § 4º, VI, da CF.‖ (RE 236.174, Rel. Min. Menezes
Direito, julgamento em 2-9-2008, Primeira Turma, DJE de 24-10-2008.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
―Imunidade – Instituições de educação e assistência social sem fins
lucrativos (...). O fato de os imóveis estarem sendo utilizados como
escritório e residência de membros da entidade não afasta a imunidade
prevista no art. 150, VI, alínea c, § 4º, da CF.‖ (RE 221.395, Rel. Min.
Marco Aurélio, julgamento em 8-2-2000, Segunda Turma, DJ de 12-5-
2000.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADES
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
2. IMUNIDADE RECÍPROCA
3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS
4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
5. IMUNIDADE DOS LIVROS
6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais
7. OUTRAS IMUNIDADES
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DOS LIVROS
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
―A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF, abrange os filmes e papéis
fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.‖ (Súmula
657)
"Imunidade tributária (livros, jornais e periódicos): listas telefônicas.
Firmou-se a jurisprudência do STF no sentido de que a imunidade
constitucional assegurada à publicação de periódicos impede a cobrança
de ISS sobre a edição de listas telefônicas." (RE 114.790, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, julgamento em 12-8-97, 1ª Turma, DJ de 3-10-97)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DOS LIVROS
"‗Álbum de figurinhas‘. Admissibilidade. A imunidade tributária sobre
livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por
escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão
intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o
acesso da população à cultura, à informação e à educação. O
Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor
artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à
qualidade cultural de uma publicação. Não cabe ao aplicador da norma
constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para
proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de
um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico
de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil." (RE 221.239,
Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25-5-2004, Segunda Turma, DJ
de 6-8-2004.) No mesmo sentido: RE 179.893, Rel. Min. Menezes
Direito, julgamento em 15-4-2008, Primeira Turma, DJE de 30-5-2008.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DOS LIVROS
"Imunidade conferida pelo art. 150, VI, d, da Constituição.
Impossibilidade de ser estendida a outros insumos não compreendidos
no significado da expressão ‗papel destinado à sua impressão‘.
Precedentes do Tribunal." (RE 324.600-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie,
julgamento em 3-9-2002, Primeira Turma, DJ de 25-10-2002.) No
mesmo sentido: RE 372.645-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento
em 20-10-2009, Primeira Turma, DJE de 13-11-2009.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DOS LIVROS
―Jornal. Imunidade tributária. CF, art. 150, VI, d. O STF decidiu que apenas
os materiais relacionados com papel (papel fotográfico, papel telefoto,
filmes fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens
monocromáticas, papel fotográfico p/ fotocomposição por laser) é que
estão abrangidos pela imunidade tributária do art. 150, VI, d, da CF.‖ (RE
178.863, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 25-3-1997, Segunda
Turma, DJ de 30-5-1997.) No mesmo sentido: RE 495.385-AgR, Rel.
Min. Eros Grau, julgamento em 29-9-2009, Segunda Turma, DJE de 23-10-
2009.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DOS LIVROS
"Encartes de propaganda distribuídos com jornais e
periódicos. ISS. Art. 150, VI, d, da Constituição. Veículo
publicitário que, em face de sua natureza propagandística, de
exclusiva índole comercial, não pode ser considerado como
destinado à cultura e à educação, razão pela qual não está
abrangido pela imunidade de impostos prevista no dispositivo
constitucional sob referência, a qual, ademais, não se
estenderia, de qualquer forma, às empresas por eles
responsáveis, no que concerne à renda bruta auferida pelo
serviço prestado e ao lucro líquido obtido." (RE 213.094, Rel.
Min. Ilmar Galvão, julgamento em 3-8-99, 1ª Turma, DJ de
15-10-99)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADE DOS LIVROS―(...) Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido
foi publicado em 15/9/2000, conforme expresso na certidão
de folha 96, não sendo exigível a demonstração da existência
de repercussão geral das questões constitucionais trazidas
no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de
Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno,
Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. A
irresignação merece prosperar, haja vista que a
jurisprudência da Corte é no sentido de que a imunidade
prevista no artigo 150, inciso VI, alínea ―d‖, da Constituição
Federal, conferida a livros, jornais e periódicos, não abrange
outros insumos que não os compreendidos na acepção da
expressão ―papel destinado a sua impressão‖. (RE
330817/RJ. Ministro Dias Toffoli. Decisão em 04.02.2010)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADES
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
2. IMUNIDADE RECÍPROCA
3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS
4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
5. IMUNIDADE DOS LIVROS
6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais
7. OUTRAS IMUNIDADES
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADES DOS CDs e DVDs Nacionais
e) fonogramas e videofonogramas musicais
produzidos no Brasil contendo obras musicais ou
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em
geral interpretadas por artistas brasileiros bem
como os suportes materiais ou arquivos digitais
que os contenham, salvo na etapa de replicação
industrial de mídias ópticas de leitura a
laser. (Incluída pela Emenda Constitucional
nº 75, de 15.10.2013)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
IMUNIDADES
1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS
2. IMUNIDADE RECÍPROCA
3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS
4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS
5. IMUNIDADE DOS LIVROS
6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais
7. OUTRAS IMUNIDADES
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
•Imunidade de produtos industrializados destinados ao exterior (art. 153,
§ 3º, III, da CF)
•Imunidade das pequenas glebas rurais (art. 153, § 4º, II da CF),
desde que o proprietário não possua outro imóvel e mantenha atividade
exploradora
•Imunidade do ICMS quanto a mercadorias e serviços destinados ao
exterior (art. 155, § 2º, X, ―a‖, da CF) : ―A imunidade do ICMS relativa à
exportação de produtos industrializados abrange todas as operações
que contribuíram para a exportação, independentemente da natureza da
moeda empregada.‖ (RE 248.499, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento
em 27-10-2009, Segunda Turma, DJE de 20-11-2009.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
•Imunidade do ICMS quanto a operações que destinem a outros
Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e
gasosos dele derivados, e energia elétrica (art. 155, § 2º, X, ―b‖, da
CF) :
―Recurso Extraordinário. Decisão do Tribunal de Justiça do Estado
do Rio de Janeiro que reconheceu a imunidade prevista no art. 155,
§ 2º, X, b, da CF. Incidência do ICMS sobre a operação de
bombeamento e tancagem de combustível. Não comprovação de
venda do produto em outros Estados. Não caracterização da
operação tancagem como operação de destinação. Afronta ao art.
155, § 2º, X, b, CF/1988 por má aplicação.‖ (RE 358.956, Rel. p/ o
ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 20-9-2005, Segunda Turma,
DJE de 27-6-2008.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade do ICMS sobre o ouro quando definido em lei
como ativo financeiro ou instrumento cambial (art. 155, § 2º,
X, ―c‖, da CF):
"O ouro, definido como ativo financeiro ou instrumento
cambial, sujeita-se, exclusivamente, ao IOF, devido na
operação de origem: CF, art. 153, § 5º.
Inconstitucionalidade do inciso II do art. 1º da Lei
8.033/1990." (RE 190.363, Rel. Min. Carlos Velloso,
julgamento em 13-5-1998, Plenário, DJ de 12-6-1998.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade do ICMS nas operações de serviços de comunicação
nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de
recepção livre e gratuita (art. 155, § 2º, X, ―d‖, da CF)
Imunidade do ITBI em relação a direitos reais de garantia (art. 156,
II, da CF)
Imunidade do ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos
incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de
capital (art. 156, § 2º, I, da CF)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
•Imunidade da CIDE sobre as receitas decorrentes de exportação (art. 149, § 2º,
I, da CF):
"Tributo. Contribuição Social sobre Lucro Líquido – CSLL. Incidência sobre as
receitas e o lucro decorrentes de exportação. Inadmissibilidade. Ofensa
aparente ao disposto no art. 149, § 2º, I, da CF, incluído pela EC 33/2001.
Pretensão de inexigibilidade. Razoabilidade jurídica, acrescida de perigo de
dano de reparação dificultosa. Efeito suspensivo ao recurso extraordinário
admitido na origem. Liminar cautelar concedida para esse fim." (AC 1.738-MC,
Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 17-9-2007, Plenário, DJ de 19-10-2007.)
No mesmo sentido: AC 1.890-MC, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em
16-12-2008, Primeira Turma, DJE de 27-2-2009; AC 2.073-QO, Rel. Min. Celso
de Mello, julgamento em 26-6-2008, Informativo 512. Em sentido contrário: RE
474.132, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-8-2010, Plenário,
Informativo 595; RE 564.413, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 12-8-
2010, Plenário, Informativo 595.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
•Imunidade das Contribuições Sociais para a Seguridade Social relativas às entidades
beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. (art.
195, § 7º da CRFB):
―Constitucional. Tributário. Contribuições Sociais. Imunidade. Certificado de Entidade
Beneficente de Assistência Social – CEBAS. Renovação periódica. Constitucionalidade.
Direito adquirido. Inexistência. Ofensa aos arts. 146, II e 195, § 7º, da CF/1988.
Inocorrência. A imunidade das entidades beneficentes de assistência social às
contribuições sociais obedece a regime jurídico definido na Constituição. O inciso II do
art. 55 da Lei 8.212/1991 estabelece como uma das condições da isenção tributária das
entidades filantrópicas a exigência de que possuam o certificado de Entidade Beneficente
de Assistência Social – CEBAS, renovável a cada três anos. A jurisprudência desta Corte
é firme no sentido de afirmar a inexistência de direito adquirido a regime jurídico, razão
motivo pelo qual não há razão para falar-se em direito à imunidade por prazo
indeterminado. A exigência de renovação periódica do CEBAS não ofende os arts. 146,
II, e 195, § 7º, da Constituição. Precedente (...). Hipótese em que a recorrente não
cumpriu os requisitos legais de renovação do certificado.‖ (RMS 27.093, Rel. Min. Eros
Grau, julgamento em 2-9-2008, Segunda Turma, DJE de 14-11-2008.) No mesmo
sentido: RMS 26.932, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 1-12-2009, Segunda
Turma, DJE de 5-2-2010.
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
•Imunidade de taxas decorrentes do direito de petição (art. 5º.
XXXIV, a, da CF):
―É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento
prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso
administrativo.‖ (Súmula Vinculante 21.)
Imunidade de taxas para obtenção de certidões em
repartições públicas (art. 5º. XXXIV, b, da CF):
"Ação direta de inconstitucionalidade. Art. 178 da LC 19, de 29 de
dezembro de 1997, do Estado do Amazonas. Extração de certidões, em
repartições públicas, condicionada ao recolhimento da ‗taxa de segurança
pública‘. violação à alínea b do inciso XXXIV do 5º da CF. Ação julgada
procedente." (ADI 2.969, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 29-3-2007,
Plenário, DJ de 22-6-2007.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
•Imunidade de custas judiciais na ação popular (art. 5º.
LXXIII, da CF):
"Honorários advocatícios e custas por conta dos réus,
apenas, dado que não cabe condenação do autor em tais
parcelas, na forma do disposto no art. 5º, LXXIII, da
Constituição." (AO 188, Rel. Min. Carlos Velloso,
julgamento em 29-9-1993, Plenário, DJ de 29-10-1993.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
•Imunidade das custas judiciais para os hipossuficientes (art. 5º. LXXIV, da CF):
"Custas: condenação do beneficiário da justiça gratuita. O beneficiário da
justiça gratuita, que sucumbe, é condenado ao pagamento das custas, que,
entretanto, só lhe serão exigidas, se até cinco anos contados da decisão final,
puder satisfazê-las sem prejuízo do sustento próprio ou da família: incidência
do art. 12 da Lei 1.060/1950, que não é incompatível com o art. 5º, LXXIV, da
CF." (RE 184.841, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 21-3-
1995, Primeira Turma, DJ de 8-9-1995.) No mesmo sentido: RE 482.367-
AgR-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 15-12-2009, Primeira
Turma, DJE de 5-2-2010; RE 528.030-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento
em 1º-12-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009; RE 495.498-AgR, Rel.
Min. Eros Grau, julgamento em 26-6-2007, Segunda Turma, DJ de 17-8-2007.
―A demonstração do estado de miserabilidade pode resultar de quaisquer
outros meios probatórios idôneos, além do atestado de pobreza fornecido por
autoridade policial competente.‖ (HC 72.328, Rel. Min. Celso de Mello,
julgamento em 21-3-1995, Primeira Turma, DJE de 11-12-2009.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
•Imunidade do registro civil e da certidão de óbito para os
reconhecidamente pobres (art. 5º. LXXVI, a e b, da CF):
"Constitucional. Declaração de constitucionalidade. Atividade notarial.
Natureza. Lei 9.534/1997. Registros públicos. Atos relacionados ao
exercício da cidadania. Gratuidade. Princípio da proporcionalidade.
Violação não observada. Precedentes. Procedência da ação. A
atividade desenvolvida pelos titulares das serventias de notas e
registros, embora seja análoga à atividade empresarial, sujeita-se a
um regime de direito público. Não ofende o princípio da
proporcionalidade lei que isenta os ‗reconhecidamente pobres‘ do
pagamento dos emolumentos devidos pela expedição de registro civil
de nascimento e de óbito, bem como a primeira certidão respectiva."
(ADC 5, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 11-6-2007,
Plenário, DJ de 5-10-2007.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
•Imunidade das ações de habeas-corpus e habeas-data (art. 5º. LXXVII,
da CF):
―Constitucional. Atividade notarial. Natureza. Lei 9.534/1997. Registros
públicos. Atos relacionados ao exercício da cidadania. Gratuidade.
Princípio da proporcionalidade. Violação não observada. Precedentes.
Improcedência da ação. A atividade desenvolvida pelos titulares das
serventias de notas e registros, embora seja análoga à atividade
empresarial, sujeita-se a um regime de direito público. Não ofende o
princípio da proporcionalidade lei que isenta os ‗reconhecidamente
pobres‘ do pagamento dos emolumentos devidos pela expedição de
registro civil de nascimento e de óbito, bem como a primeira certidão
respectiva. Precedentes. Ação julgada improcedente.‖ (ADI 1.800, Rel. p/
o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 11-6-2007, Plenário, DJE
de 28-9-2007.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
Imunidade do ensino fundamental e médio
(art. 208, I, II, §1º da CF)
Imunidade da celebração do casamento (art. 226, § 1º da CF):
"Na Instrução Normativa 218/1993, impugna-se a inclusão do termo
casamento, no item 1, sustentando-se que a Constituição assegura
gratuidade às pessoas reconhecidamente pobres, quanto a certidões de
registro civil de nascimento e óbito, não, assim, no que concerne às
certidões de casamento. Está no art. 226, § 1º, da Constituição, que o
casamento é civil e gratuita a celebração. Falta de relevância jurídica ao
pedido de cautelar, na espécie, em ordem a autorizar, desde logo, a
suspensão de vigência da Instrução Normativa 218/1993, não havendo,
além disso a autora demonstrado o periculum in mora, in casu." (ADI
1.364-MC, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 19-12-1995,
Plenário, DJ de 11-4-1997.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
OUTRAS IMUNIDADES
•Imunidade na distribuição da edição popular da Constituição Federal (art. 64 do ADCT)
•Imunidade de impostos federais, estaduais e municipais sobre operações de transferência
de imóveis desapropriados para fins dereforma agrária. (art. 184, § 5º da CF):
―Alcance da imunidade tributária relativa aos títulos da dívida agrária. Há pouco, em 28-9-
1999, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar o RE 169.628, Relator o eminente Ministro
Maurício Corrêa, decidiu, por unanimidade de votos, que o § 5º do art. 184 da Constituição,
embora aluda à isenção de tributos com relação às operações de transferência de imóveis
desapropriados para fins de reforma agrária, não concede isenção, mas, sim, imunidade,
que por sua vez tem por fim não onerar o procedimento expropriatório ou dificultar a
realização da reforma agrária, sendo que os títulos da dívida agrária constituem moeda de
pagamento da justa indenização devida pela desapropriação de imóveis por interesse social
e, dado o seu caráter indenizatório, não podem ser tributados. Essa imunidade, no entanto,
não alcança terceiro adquirente desses títulos, o qual, na verdade, realiza com o
expropriado negócio jurídico estranho à reforma agrária, não sendo assim também
destinatário da norma constitucional em causa.‖ (RE 168.110, Rel. Min. Moreira Alves,
julgamento em 4-4-2000, Primeira Turma, DJ de 19-5-2000.)
LIMITAÇÕES AO PODER
DE TRIBUTAR
PROGRAMA DA DISCIPLINA
• Apresentação
• Bibliografia recomendada
• Sistema Tributário Nacional
• Tributos: Conceito e Espécies
• Limitações ao Poder de Tributar
• Relação Jurídica Tributária
• Obrigação Tributária
• Fato Gerador
• Sujeitos da Relação Tributária
• Crédito Tributário
• Administração Tributária
Relação Jurídica Tributária
RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA
Conceito de OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA
CLÁUDIO CARNEIRO resume: ―a obrigação
tributária é a relação jurídica existente entre
a Fazenda Pública (sujeito ativo) e o
contribuinte (sujeito passivo), que nasce
com a ocorrência do fato gerador.
Espécies de OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA
RICARDO LOBO TORRRES afirma que : ―a obrigação
tributária principal é o vínculo jurídico que une o sujeito ativo
(Fazenda Pública) ao sujeito passivo (contribuinte ou
responsável) em torno do pagamento de um tributo.‖ Para
TORRES ―a prestação objeto da obrigação principal será,
portanto, ou um imposto, ou uma taxa, ou uma contribuição
ou um empréstimo compulsório, que constituem as quatro
espécies do gênero tributo‖
―A obrigação acessória decorre da legislação tributária e
tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela
previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos
tributos.‖ (§ 2º, do artigo 113, do CTN)
Espécies de OBRIGAÇÃO
TRIBUTÁRIA
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do
fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o
crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação
tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação
ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua
inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária.
JURISPRUDÊNCIA
―EXECUÇÃO FISCAL – AUTO DE INFRAÇÃO E IMPOSIÇÃO DE MULTA
(AIIM) – ELEVADO VALOR – RAZOABILIDADE DA MEDIDA – LEI
LOCAL. 1. A obrigação acessória desenvolve um "importante papel
como mecanismo garantidor do cumprimento da obrigação
principal", a partir do "aumento do sentimento de risco por parte dos
contribuintes e responsáveis", pois os contribuintes acabam por
municiar o fisco com uma série de informações que serão usadas
para aumentar a eficiência da fiscalização tributária (MARTINS, Iágaro
Jung. Obrigações acessórias: livros e declarações. Porto Alegre: TRF - 4ª
Região apud Leandro Paulsen, 11ª ed. - Porto Alegre: Livraria do
Advogado, 2009. Direito Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência).
2. O elevado valor da multa decorrente do não cumprimento da
obrigação tributária acessória, em comparação com a penalidade
pelo descumprimento da obrigação principal, não significa, por si só,
a desproporcionalidade ou desarrazoabilidade da medida prevista
em lei. (...)‖ (AgRg no REsp 982582 / RJ de 15/06/2010)
JURISPRUDÊNCIA
―(...) 3. Hipótese em que foram aplicadas quatro multas, cujos fatos geradores são: a)ausência de entrega de declaração dos valores pagos a clubes de futebol, decorrentesde contratos de publicidade; b) inadimplemento das respectivas contribuiçõesprevidenciárias incidentes; c) ausência de declaração, na GFIP, dos salários pagosaos empregados do recorrido; e d) inadimplemento do tributo incidente sobre a referidafolha de salários. 4. Não se confundem as multas impostas em razão dodescumprimento das obrigações tributárias principal (recolher tributos) e acessória(inobservância da legislação tributária que impõe prestações positivas – como entregardeclarações sobre a ocorrência de situações tributáveis – ou negativas, instituídas nointeresse da arrecadação ou fiscalização). 5. A título exemplificativo, são plenamentecumuláveis as multas impostas pelo inadimplemento do Imposto de Renda (obrigaçãoprincipal) e pelo atraso na entrega da Declaração Anual de Ajuste (obrigaçãoacessória). 6. Em conseqüência, merece reforma o acórdão que se fundamentouna vedação do bis in idem para excluir as multas cominadas pelodescumprimento das obrigações acessórias. 7. Em relação à multa deR$105.490,15, contudo, deve ser mantido o acórdão hostilizado, porque ofundamento adotado para sua exclusão (desproporcionalidade, em função dovalor da obrigação principal – cujo valor aproximado é de R$20.000,00) não foiimpugnado no presente apelo. Aplicação da Súmula 283/STF.― (RESP200901734755 de 30/06/2010)
JURISPRUDÊNCIA
―(...) AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL. MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE
OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA (EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS). IRRELEVÂNCIA DA
INCIDÊNCIA OU NÃO DO ICMS. ARTIGOS 113, §2º, 115, 175 PARÁGRAFO ÚNICO, E 194,
DO CTN. 1. O interesse público na arrecadação e na fiscalização tributária legitima o ente
federado a instituir obrigações, aos contribuintes, que tenham por objeto prestações,
positivas ou negativas, que visem guarnecer o fisco do maior número de informações
possíveis acerca do universo das atividades desenvolvidas pelos sujeitos passivos
(artigo 113, do CTN). 2. É cediço que, entre os deveres instrumentais ou formais, encontram-
se "o de escriturar livros, prestar informações, expedir notas fiscais, fazer declarações,
promover levantamentos físicos, econômicos ou financeiros, manter dados e documentos à
disposição das autoridades administrativas, aceitar a fiscalização periódica de suas atividades,
tudo com o objetivo de propiciar ao ente que tributa a verificação do adequado cumprimento da
obrigação tributária" (Paulo de Barros Carvalho, in "Curso de Direito Tributário", Ed. Saraiva,
16ª ed., 2004, págs. 288/289). 3. A relação jurídica tributária refere-se não só à obrigação
tributária stricto sensu (obrigação tributária principal), como ao conjunto de deveres
instrumentais (positivos ou negativos) que a viabilizam. 4. A obrigação acessória
prevista no artigo 113, § 2º c/c 115, do CTN, constitui dever instrumental, independente
da obrigação principal, e subsiste, ainda que o tributo seja declarado inconstitucional,
principalmente para os fins de fiscalização da Administração Tributária. 5. Os deveres
instrumentais (obrigações acessórias) são autônomos em relação à regra matriz de
incidência tributária, aos quais devem se submeter, até mesmo, as pessoas físicas ou
jurídicas que gozem de imunidade ou outro benefício fiscal, ex vi dos artigos 175,
parágrafo único, e 194, parágrafo único, do CTN. 6. Agravo regimental desprovido. (AGA
200802641195. STJ de 06/10/2009)
JURISPRUDÊNCIA
• Súmula 669 do STF – Norma legal que altera o prazo de
recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da
anterioridade. (24/09/2003)
• Obrigação Tributária
• Fato Gerador
• Sujeitos da Relação Tributária
• Crédito Tributário
• Administração Tributária
Relação Jurídica Tributária
CONCEITO DE FATO
GERADOR
O fato gerador é um instituto típico do
Direito Tributário, que se origina como uma
situação hipotética prevista pelo legislador
(transformada em lei), que, uma vez
ocorrida, deixa de ser abstrata para ser
concreta, enquadrando-se na tipicidade
tributária, e gerando para quem a praticou o
dever de pagar tributos.
CONCEITO DE FATO
GERADOR
―Art. 114. Fato gerador da obrigação
principal é a situação definida em lei como
necessária e suficiente à sua ocorrência.
Art. 115. Fato gerador da obrigação
acessória é qualquer situação que, na
forma da legislação aplicável, impõe a
prática ou a abstenção de ato que não
configure obrigação principal.‖
CLASSIFICAÇÃO DO FATO
GERADOR
Simples e Complexo: ICMS X IR
Instantâneo e Complexivo: ICMS X IR
Condicional e Incondicional: art. 117 do CTN
Causal e Formal: IR X Imposto sobre o selo (extinto)
Típico e Complementar: ICMS e ICMS na exportação
Genérico e Específico: ITBI X ISSQN (fatos específicos)
Elementos do fato gerador
Elemento Material: Hipótese de Incidência
Elemento Subjetivo: Sujeitos da relação jurídica
Elemento Temporal: Momento da ocorrência do FG
Elemento Espacial: Local da ocorrência do FG
Elemento Quantitativo: Base de cálculo e alíquota
Elisão, evasão e elusão Elisão fiscal: Lícita
Evasão fiscal: Ilícita
Elusão fiscal: Instrumento lícito sem propósito
negocial
Abuso de Forma, Simulação e Abuso de Direito
Norma Antielisiva: art. 116 do CTN X LC 105/2001
(Sigilo Bancácio)
Fato gerados dos atos inválidos e ilícitos
• Atos Válidos e Inválidos: art. 118 do CTN
• Atos Lícitos e Ilícitos: Pecunia non olet
JURISPRUDÊNCIA―TRIBUTÁRIO. ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL. IRPJ. IRREGULARIDADE NADECLARAÇÃO DAS RECEITAS. INOCORRÊNCIA. PERÍCIA COMPROBATÓRIA. PRESTAÇÃODE SERVIÇOS. ELISÃO FISCAL. 1. Discute-se a validade do lançamento fiscal, quedesconsiderou as declarações de rendimentos da autora, por ter ela debitado despesas, nãocomprovadas, lastreadas em notas fiscais de prestação de serviços emitidas por suacontroladora. 2. O laudo elaborado ateve-se, especialmente, aos documentos contábeis daautora e da prestadora de serviços, cuja análise possibilitou aferir se o procedimento adotado poraquela estaria a revelar subtração de tributos. 3. A estruturação da pessoa jurídica, pela qualhá uma controladora, por si só não pode evidenciar uma atuação fraudulenta, em face deprestação de serviços entre si, quando demonstrado por documentos a efetividade dessarelação comercial entre ambas. 4. Confunde-se a ré ao considerar esse fato ilegal, tidocomo elisão fiscal, glosando parcela das despesas apresentadas pela autora, apenas porcompartilharem, controlada e controladora, serviços entre si. A evasão fiscal sim, seriapassível dessa prática, quando verificado que os atos perpetrados são fraudados comesse objetivo, o que não ocorreu, conforme determinado pela perícia levada a efeito. 5.Prevalece o periciamento técnico, com a constatação de não ter havido elisão fiscal, nãopodendo subsistir a glosa efetuada, pois não constatada a sonegação de receita ao Fisco,pela suposta transferência de recursos à coligada. 6. Ilegítima a glosa levada a efeito peloFisco, com a lavratura do auto de infração, quando comprovado por documentos quetodas as receitas auferidas e pagas foram declaradas e oferecidas à tributação. 7. Aregularidade das escritas fiscais deve encontrar suporte em todos os haveres docontribuinte, entendidos nestes, o recebimento e o pagamento pelos serviços prestados, edemais registros. 8. Precedentes. 9. Apelação e remessa oficial improvidas.‖ (AC95030450349. TRF 3 de 17/05/2007)
JURISPRUDÊNCIA
―EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL - IMPORTAÇÃO DE VEÍCULOS USADOS
ALBERGADA POR SENTENÇA EM MANDADO DE SEGURANÇA,
POSTERIORMENTE CASSADA - RECOLHIMENTO DE IPI CUMULADO COM
APLICAÇÃO DA PENA DE PERDIMENTO - IMPOSSIBILIDADE. 1 - A cassação
da segurança concedida em ação mandamental tem efeitos ex tunc,
restabelecendo-se o direito da Receita Federal de aplicar a pena de perdimento
sobre os veículos importados usados, de modo que é incabível o recolhimento do
IPI devido por ocasião da saída das mercadorias do estabelecimento, pois elas,
em verdade, sequer poderiam ter sido importadas. 2 - Não é razoável admitir que
a retroação dos efeitos da cassação da segurança se prestasse apenas para
possibilitar a aplicação da pena de perdimento e não para invalidar a relação
tributária, que existiu temporariamente em decorrência daquelas
importações. 3 - O art. 118 do CTN, que prevê que a definição legal do fato
gerador é interpretada abstraindo-se a validade jurídica dos atos
efetivamente praticados pelos contribuintes e dos efeitos dos fatos
efetivamente ocorridos deve ser lido em conjunto com o art. 85 do
Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 91.030/85), que prevê a não incidência de
tributos sobre mercadoria estrangeira objeto da pena de perdimento.‖ (AC
200504010407416. TRF 4 de 26/09/2006)
JURISPRUDÊNCIA
―PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 1º, I, DA LEI Nº 8.137/90. SONEGAÇÃO FISCALDE LUCRO ADVINDO DE ATIVIDADES ILÍCITAS. "NON OLET". Segundo aorientação jurisprudencial firmada nesta Corte e no Pretório Excelso, é possível atributação sobre rendimentos auferidos de atividade ilícita, seja de natureza civilou penal; o pagamento de tributo não é uma sanção (art. 4º do CTN - "que nãoconstitui sanção por ato ilícito"), mas uma arrecadação decorrente de renda oulucro percebidos, mesmo que obtidos de forma ilícita (STJ: HC 7.444/RS, 5ªTurma, Rel. Min. Edson Vidigal, DJ de 03.08.1998). A exoneração tributária dosresultados econômicos de fato criminoso - antes de ser corolário do princípio damoralidade - constitui violação do princípio de isonomia fiscal, de manifesta inspiraçãoética (STF: HC 77.530/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJU de18/09/1998). Ainda, de acordo com o art. 118 do Código Tributário Nacional a definiçãolegal do fato gerador é interpretada com abstração da validade jurídica dos atosefetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis ou terceiros, bem como danatureza do seu objeto ou dos seus efeitos (STJ: REsp 182.563/RJ, 5ª Turma, Rel. MinJosé Arnaldo da Fonseca, DJU de 23/11/1998). Habeas corpus denegado.‖ (HC200701148850. STJ de 28/11/2007)
JURISPRUDÊNCIA
• Súmula Vinculante 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razão dosserviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ouresíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, daConstituição Federal. (10/11/2009)
• Súmula Vinculante 31 - É inconstitucional a incidência do Imposto sobreServiços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bensmóveis. (17/02/2010)
• Súmula 135 do STJ – O ICMS não incide na gravação e distribuição defilmes e videoteipes. (16/05/1995)
• Súmula 136 do STJ – O pagamento de licença-premio não gozada pornecessidade do serviço não está sujeito ao imposto de renda. (16/05/1995)
• Súmula 138 do STJ – O ISS incide na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis. (19/05/1995)
• Súmula 156 do STJ – A prestação de serviço de composição gráfica,personalizada e sob encomenda, ainda que envolva fornecimento demercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS. (15/04/1996)
JURISPRUDÊNCIA
• Súmula 163 do STJ – O fornecimento de mercadorias com a simultâneaprestação de serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos similaresconstitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação.(19/06/1996)
• Súmula 166 do STJ – Não constitui fato gerador do ICMS o simplesdeslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmocontribuinte. (23/08/1996)
• Súmula 167 do STJ – O fornecimento de concreto, por empreitada, paraconstrução civil, preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas acaminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se apenas a incidência doISS. (19/09/1996)
• Súmula 185 do STJ – Nos depósitos judiciais não incide o Imposto sobreOperações Financeiras. (31/03/1997)
• Súmula 198 do STJ – Na importação de veículo por pessoa física,destinado a uso próprio incide o ICMS. (21/10/1997)
JURISPRUDÊNCIA
• Súmula 215 do STJ – A indenização recebida pela adesão a programa deincentivo à demissão voluntária não está sujeita à incidência do imposto derenda. (04/12/1998)
• Súmula 334 do STJ – O ICMS não incide no serviço dos provedores deacesso à Internet. (14/02/2007)
• Súmula 350 do STJ – O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação detelefone celular. (19/06/2008)
• Súmula 351 do STJ – A alíquota de contribuição para o Seguro deAcidente do Trabalho (SAT) é aferida pelo grau de risco desenvolvido emcada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco daatividade preponderante quando houver apenas um registro. (19/06/2008)
• Súmula 391 do STJ - O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energiaelétrica correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada.(07/10/2009)
• Súmula 395 do STJ - O ICMS incide sobre o valor da venda a prazoconstante da nota fiscal. (07/10/2009)
JURISPRUDÊNCIA• Súmula 423 do STJ - A Contribuição para Financiamento da Seguridade
Social – Cofins incide sobre as receitas provenientes das operações de locaçãode bens móveis. (13/05/2010)
• Súmula 424 do STJ - É legítima a incidência de ISS sobre os serviçosbancários congêneres da lista anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n. 56/1987.(13/05/2010)
• Súmula 431 do STJ - É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor damercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. (13/05/2010)
• Súmula 432 do STJ - As empresas de construção civil não estão obrigadas apagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em operaçõesinterestaduais. (13/05/2010)
• Súmula 433 do STJ - O produto semi-elaborado, para fins de incidência deICMS, é aquele que preenche cumulativamente os três requisitos do art. 1º daLei Complementar n. 65/1991. (13/05/2010)
• Súmula 436 do STJ - A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendodébito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providênciapor parte do fisco. (13/05/2010)
JURISPRUDÊNCIA• Súmula 458 do STJ - A contribuição previdenciária incide sobre a comissão
paga ao corretor de seguros. (08/09/2010)
• Súmula 463 do STJ - Incide imposto de renda sobre os valores percebidos atítulo de indenização por horas extraordinárias trabalhadas, ainda quedecorrentes de acordo coletivo. (08/09/2010)
• Súmula 468 do STJ - A base de cálculo do PIS, até a edição da MP n.1.212/1995, era o faturamento ocorrido no sexto mês anterior ao do fatogerador. (25/10/2010)
• Súmula 656 do STF – É inconstitucional a lei que estabelece alíquotasprogressivas para o imposto de transmissão ―inter vivos‖ de bens imóveis – ITBIcom base no valor venal do imóvel. (24/09/2003)
• Súmula 668 do STF – É inconstitucional a lei municipal que tenhaestabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivaspara o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social dapropriedade urbana. (24/09/2003)
JURISPRUDÊNCIA
• Súmula 670 do STF – O serviço de iluminação pública não pode ser
remunerado mediante taxa. (24/09/2003)
• Súmula 688 do STF – É legítima a incidência da contribuição previdenciária
sobre o 13º salário. (24/09/2003)
• Obrigação Tributária
• Fato Gerador
• Sujeitos da Relação Tributária
• Crédito Tributário
• Administração Tributária
Relação Jurídica Tributária
Sujeitos da relação tributária
• Sujeito Ativo (art. 119 do CTN): Diretos
(entes federados) e Indiretos (entes
parafiscais)
• Sucessão do Sujeito Ativo (art. 120 do
CTN)
JURISPRUDÊNCIA ―O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem legitimidade
passiva ad causam para figurar no pólo passivo das ações em que sediscute a legalidade da contribuição para o Sesc e o Senac, visto que éseu agente fiscalizador e arrecadador.‖ (REsp 521802 / PR, em06/02/2007)
―No rastro da jurisprudência desta Corte as concessionárias deenergia elétrica são parte ilegítima para figurar no pólo passivo dasações que versam sobre legalidade da taxa de iluminação pública,dada sua condição de meras arrecadadoras do tributo. 5. Estecolendo Superior Tribunal de Justiça detém jurisprudência orientada nosentido de que são os municípios parte legítima para figurarpassivamente nas ações onde se discute a legitimidade da cobrança dataxa de iluminação pública.‖ (REsp 960604 / RS, em 06/11/2007)
SUJEITOS DA RELAÇÃO
TRIBUTÁRIA
• Sujeito Passivo (art. 121 do CTN):
a) Contribuinte (relação direta com o FG)
b) Responsável (sem relação direta) – art.
128 do CTN
OBS: As Convenções Particulares não
podem alterar a sujeição passiva
tributária (art. 123 do CTN)
SUJEITOS DA RELAÇÃO
TRIBUTÁRIA
• Solidariedade Tributária (art. 124):
a) Natural
b) Legal
OBS: Não se aplica Benefício de Ordem (art.124, parágrafo único do CTN)
OBS: Efeitos da solidariedade (art. 125 doCTN)
SUJEITOS DA RELAÇÃO
TRIBUTÁRIA
• Capacidade Tributária (art. 126 do CTN):
―Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:
I - da capacidade civil das pessoas naturais;
II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que
importem privação ou limitação do exercício de
atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da
administração direta de seus bens ou negócios;
III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída,
bastando que configure uma unidade econômica ou
profissional.‖
SUJEITOS DA RELAÇÃO
TRIBUTÁRIA
• Domicílio Tributário (art. 70 do Ccivil c/c127 do CTN):
―Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou
responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação
aplicável, considera-se como tal:
I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou,
sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de
sua atividade;
II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às
firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos
atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada
estabelecimento;
III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer
de suas repartições no território da entidade tributante.‖
SUJEITOS DA RELAÇÃO
TRIBUTÁRIA
• Responsabilidade Tributária (art. 128 do CTN):
a) Por Substituição (art. 128 do CTN c/c art. 150, § 7º da CF)
b) Por Transferência (art. 129/138): (por sucessão, de
terceiros por imputação legal e por infrações)
SUJEITOS DA RELAÇÃO
TRIBUTÁRIA
• Modalidades de responsabilidade por Substituição:
a) Substituição Tributária para trás (postergação)
b) Substituição Tributária para frente (antecipação) – art.
150, § 7º, da CF (incluído pela EC n. 03/93)
SUJEITOS DA RELAÇÃO
TRIBUTÁRIA
• Modalidades de responsabilidade por Transferência:
• Responsabilidade dos Sucessores: Sucessão imobiliária(art. 130); Sucessão inter vivos de bens adquiridos ouremidos (art. 131, I); Sucessão causa mortis (art. 131, II eIII); Sucessão de empresa e de pessoa jurídica de direitoprivado (art. 132), e Sucessão empresarial (art. 133)
• Responsabilidade de Terceiros: Subsidiária (art. 134) eSolidária (art. 135)
• Responsabilidade por Infração: ResponsabilidadeObjetiva (art. 136) e Personalização (art. 137)
SUJEITOS DA RELAÇÃO
TRIBUTÁRIA• Denúncia Espontânea (art. 138 do CTN):
―Súmula 360 do STJ
DJe 08/09/2008
O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos
tributos sujeitos a lançamento por homologação
regularmente declarados, mas pagos a destempo.‖
JURISPRUDÊNCIA
• Súmula 58 do STJ – Proposta Execução Fiscal, posterior mudança de
domicilio do executado não desloca a competência já fixada. (06/10/1992)
• Súmula 66 do STJ – Compete a Justiça Federal processar e julgar
execução fiscal promovida por Conselho de Fiscalização Profissional.
(04/02/1993)
• Súmula 77 do STJ – A Caixa Econômica Federal é parte ilegítima para
figurar no pólo passivo das ações relativas as contribuições para o fundo
PIS/PASEP. (12/05/1993)
• Súmula 139 do STJ – Cabe a Procuradoria da Fazenda Nacional propor
Execução Fiscal para cobrança de crédito relativo ao ITR. (19/05/1995)
• Súmula 396 do STJ - A Confederação Nacional da Agricultura tem
legitimidade ativa para a cobrança da contribuição sindical rural.
(07/10/2009)
• Súmula 399 do STJ - Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito
passivo do IPTU. (07/10/2009)
JURISPRUDÊNCIA
• Súmula 430 do STJ - O inadimplemento da obrigação tributária pela
sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-
gerente. (3/05/2010)
• Súmula 435 do STJ - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que
deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos
competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o
sócio-gerente. (13/05/2010)
• Súmula 447 do STJ - Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas
na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por
seus servidores. (13/05/2010)
JURISPRUDÊNCIA
―TRIBUTÁRIO. DOMICÍLIO FISCAL. DIFICULDADE DE
ARRECADAÇÃO E/OU LOCALIZAÇÃO. POSSIBILIDADE DE ELEIÇÃO
OU REVISÃO PELO FISCO. ART. 127, § 2º, DO CTN. 1. O sujeito ativo
tributante, enfrentando dificuldades para arrecadar ou localizar o
domicílio tributário do contribuinte, poderá fixá-lo nos limites
estabelecidos por lei (art. 127, § 2º, do CTN). 2. Esse princípio não afeta
direito subjetivo do contribuinte. 3. Inexistência de prova de mudança de
domicílio do contribuinte para outro Município que não o eleito pelo
Fisco, cidade na qual se localiza a sua residência, a sede da pessoa
jurídica da qual é sócio, e praticamente a quase totalidade de seu
patrimônio, não tendo outra conotação, a eleição de outro domicílio para
fins de arrecadação tributária, que a de criar embaraço à fiscalização. No
mandado de segurança, a prova é pré-constituída. 4. Recurso não
provido.‖ (RESP 200200678279, em 27/08/2002)
JURISPRUDÊNCIA
• ―STF declara inconstitucional a Lei que obriga quitação de dívidas deseguridade social com bens pessoais de sócios - O Plenário do SupremoTribunal Federal (STF), por unanimidade, negou provimento ao RecursoExtraordinário (RE) 562276, na sessão desta quarta-feira (3), e mantevedecisão que considerou inconstitucional a responsabilização, perante aSeguridade Social, dos gerentes de empresas, ou o redirecionamento deexecução fiscal, quando ausentes os elementos que caracterizem a atuaçãodolosa dos sócios. O recurso foi interposto pela União, questionandodecisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, que considerouinconstitucional a aplicação do artigo 13 da Lei nº 8.620/93. Para a União, ―oartigo 13 da Lei nº 8.620/93, ao estabelecer a responsabilidade solidária dossócios das empresas por quotas de responsabilidade limitadas pelasdívidas junto à Seguridade Social, não está invadindo área reservada à leicomplementar, mas apenas e tão somente integrando o que dispõe o artigo124, II, do Código Tributário Nacional, que tem força de lei complementar‖.(05.11.2010)
JURISPRUDÊNCIA
REPETITIVO. RESPONSABILIDADE. SÓCIOS. SEGURIDADE
SOCIAL.
Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C
do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seção asseverou que os sócios
das empresas por cotas de responsabilidade limitada não respondem
pessoalmente pelos débitos da sociedade junto à seguridade social,
em conformidade com a decisão do STF que declarou a
inconstitucionalidade do art. 13 da Lei n. 8.620/1993, posteriormente
revogado pelo art. 79, VII, da Lei n. 11.941/2009. Precedentes citados
do STF: RE 562.276-PR; do STJ: REsp 717.717-SP, DJ 8/5/2006;
REsp 833.977-RS, DJ 30/6/2006, e REsp 796.613-RS, DJ 26/5/2006.
REsp 1.153.119-MG, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em
24/11/2010.
JURISPRUDÊNCIA
REPETITIVO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.
RESPONSABILIDADE.
Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C
do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seção assentou que, a partir da
vigência da Lei n. 9.711/1998, que conferiu nova redação ao art. 31 da
Lei n. 8.212/1991, a responsabilidade pelo recolhimento da
contribuição previdenciária retida na fonte incidente sobre a mão de
obra utilizada na prestação de serviços contratados é exclusiva do
tomador do serviço, nos termos do art. 33, § 5º, da Lei n. 8.212/1991,
não havendo falar em responsabilidade supletiva da empresa cedente.
Precedentes citados: EREsp 446.955-SC, DJe 19/5/2008; REsp
1.068.362-PR, DJe 24/2/2010; AgRg nos EDcl no REsp 1.177.895-RS,
DJe 17/8/2010; MC 15.410-RJ, DJe 8/10/2009, e AgRg no REsp
916.914-RS, DJe 6/8/2009. REsp 1.131.047-MA, Rel. Min. Teori
Albino Zavascki, julgado em 24/11/2010.
JURISPRUDÊNCIA
REPETITIVO. SALÁRIO-EDUCAÇÃO. SUJEITO PASSIVO.
Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C do
CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seção reiterou a orientação de que o
sujeito passivo da contribuição para o salário-educação é a empresa,
assim entendida em seu conceito amplo – firma individual ou sociedade
que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e
dirige a prestação pessoal de serviço, bem como qualquer entidade pública
ou privada vinculada à Previdência Social, com ou sem fins lucrativos,
excetuados os entes da administração direta –, nos termos do art. 15 da
Lei n. 9.424/1996, regulamentado pelo Dec. n. 6.003/2006, e dos arts. 1º, §
5º, do DL n. 1.422/1975 (recepcionado pela CF/1988), 2º da CLT e 4º da
Lei n. 3.807/1960, com redação dada pela Lei n. 5.890/1973. Precedentes
citados do STF: RE 290.079-SC, DJ 4/4/2003; do STJ: REsp 272.671-ES,
DJe 25/8/2009; REsp 842.781-PR, DJ 10/12/2007, e REsp 711.166-PR, DJ
16/5/2006. REsp 1.162.307-RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em
24/11/2010.
JURISPRUDÊNCIA
REPETITIVO. IMPOSTO. IMPORTAÇÃO. AGENTE MARÍTIMO.
Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C doCPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seção consignou que, no tocante aoimposto de importação, só há responsabilidade tributária solidária doagente marítimo representante de transportadora a partir da vigência do DLn. 2.472/1988, que conferiu nova redação ao art. 32 do DL n. 37/1966. Nashipóteses em que o fato gerador ocorreu em momento anterior a essaalteração, incide a Súm. n. 192-TFR, ainda que o agente tenha firmadotermo de compromisso. Precedentes citados: AgRg no Ag 904.335-SP,DJe 23/10/2008; REsp 361.324-RS, DJ 14/8/2007; REsp 223.836-RS, DJ5/9/2005; REsp 170.997-SP, DJ 4/4/2005; REsp 319.184-RS, DJ 6/9/2004;REsp 90.191-RS, DJ 10/2/2003; REsp 252.457-RS, DJ 9/9/2002; REsp410.172-RS, DJ 29/4/2002; REsp 132.624-SP, DJ 20/11/2000, e REsp176.932-SP, DJ 14/12/1998. REsp 1.129.430-SP, Rel. Min. Luiz Fux,julgado em 24/11/2010.
JURISPRUDÊNCIA
1. "A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, por suas duas Turmasde Direito Público, consolidou o entendimento de que, não obstante a citaçãoválida da pessoa jurídica interrompa a prescrição em relação aosresponsáveis solidários, no caso de redirecionamento da execução fiscal, háprescrição intercorrente se decorridos mais de cinco anos entre a citação daempresa e a citação pessoal dos sócios, de modo a não tornar imprescritível adívida fiscal" (AgRg nos EREsp 761.488/SC, Rel. Ministro HamiltonCarvalhido, Primeira Seção, DJe 07/12/2009). Ainda, no mesmo sentido: REsp1.022.929/SC, Rel. Ministro Carlos Fernando Mathias, Segunda Turma, DJe29/4/2008; AgRg no Ag 406.313/SP, Rel. Ministro Humberto Martins, SegundaTurma, DJ 21/2/2008; REsp 975.691/RS, Segunda Turma, DJ 26/10/2007;REsp 740.292/RS, Rel. Ministro Denise Arruda, Primeira Turma, DJ17/3/2008; REsp 682.782/SC, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, PrimeiraTurma, DJ 3/4/2006. 2. Assim, o acórdão recorrido está em conformidade ajurisprudência do STJ, não merecendo reparos, pois, in casu, a empresaexecutada foi citada em 31/12/1992 e o pedido de inclusão dos sócios no pólopassivo ocorreu em 29/04/2008 (fl. 205), ou seja: não houve a citação dossócios dentro do prazo prescricional de cinco anos contados da citação daempresa.
JURISPRUDÊNCIA
―I - Na hipótese de arrematação em hasta pública, dispõe oparágrafo único do art.130 do Código Tributário Nacional que asub-rogação do crédito tributário, decorrente de impostos cujo fatogerador seja a propriedade do imóvel, ocorre sobre o respectivopreço, que por eles responde. Esses créditos, até entãoassegurados pelo bem, passam a ser garantidos pelo referidopreço da arrematação, recebendo o adquirente o imóveldesonerado dos ônus tributários devidos até a data da realizaçãoda hasta. II - Se o preço alcançado na arrematação em hastapública não for suficiente para cobrir o débito tributário, não fica oarrematante responsável pelo eventual saldo devedor. Aarrematação tem o efeito de extinguir os ônus que incidem sobre obem imóvel arrematado, passando este ao arrematante livre edesembaraçado dos encargos tributários.‖ (REsp 166975 / SP, em24/08/1999)
JURISPRUDÊNCIA
―EXECUÇÃO. ARREMATAÇÃO. ADJUDICAÇÃO. CREDOR. ÔNUS
RECAÍDOS SOBRE O BEM. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. (CTN -
ART. 130, parágrafo único). I - O credor que arremata veículo em relação
ao qual pendia débito de IPVA não responde pelo tributo em atraso. O
crédito proveniente do IPVA subroga-se no preço pago pelo arrematante.
Alcance do Art. 130, parágrafo único, do CTN). II - Se, entretanto, o bem
foi adjudicado ao credor, é encargo deste, depositar o valor
correspondente ao débito por IPVA.‖ (REsp 905208 / SP, em 18/10/2007)
JURISPRUDÊNCIA
―1. A responsabilidade tributária do sucessor abrange, além dos tributosdevidos pelo sucedido, as multas moratórias ou punitivas, que, porrepresentarem dívida de valor, acompanham o passivo do patrimônioadquirido pelo sucessor, desde que seu fato gerador tenha ocorrido até adata da sucessão. 2. "(...) A hipótese de sucessão empresarial (fusão, cisão,incorporação), assim como nos casos de aquisição de fundo de comércio ouestabelecimento comercial e, principalmente, nas configurações de sucessãopor transformação do tipo societário (sociedade anônima transformando-seem sociedade por cotas de responsabilidade limitada, v.g.), em verdade, nãoencarta sucessão real, mas apenas legal. O sujeito passivo é a pessoajurídica que continua total ou parcialmente a existir juridicamente sob outra"roupagem institucional". Portanto, a multa fiscal não se transfere,simplesmente continua a integrar o passivo da empresa que é: a) fusionada;b) incorporada; c) dividida pela cisão; d) adquirida; e) transformada. (SachaCalmon Navarro Coêlho, in Curso de Direito Tributário Brasileiro, Ed.Forense, 9ª ed., p. 701)‖ (REsp 923012 / MG, em 09/06/2010)
JURISPRUDÊNCIA―1.A orientação da Primeira Seção desta Corte firmou-se no sentido de que,se a execução foi ajuizada apenas contra a pessoa jurídica, mas o nome dosócio consta da CDA, a ele incumbe o ônus da prova de que não ficoucaracterizada nenhuma das circunstâncias previstas no art. 135 do CTN, ouseja, não houve a prática de atos "com excesso de poderes ou infração delei, contrato social ou estatutos".
2.Por outro lado, é certo que, malgrado serem os embargos à execução omeio de defesa próprio da execução fiscal, a orientação desta Corte firmou-se no sentido de admitir a exceção de pré-executividade nas situações emque não se faz necessária dilação probatória ou em que as questõespossam ser conhecidas de ofício pelo magistrado, como as condições daação, os pressupostos processuais, a decadência, a prescrição, entreoutras.
3.Contudo, no caso concreto, como bem observado pelas instânciasordinárias, o exame da responsabilidade dos representantes da empresaexecutada requer dilação probatória, razão pela qual a matéria de defesadeve ser aduzida na via própria (embargos à execução), e não por meio doincidente em comento.‖ (Resp 1.104.900 - ES , em 01/04/2009)
JURISPRUDÊNCIA―1. O impetrante, adquirente do veículo, é terceiro de boa-fé, ante ainexistência de qualquer restrição de domínio, fato este confirmado pelalivre aquisição e transferência da propriedade, chancelada pelo órgão detrânsito - DETRAN. 2. Não altera a situação fática do adquirente de boa-fé a superveniência de decisão judicial favorável ao Fisco, se o órgãocompetente não cuidou de restringir, durante a posse do bem porterceiros, o domínio do bem importado. 3. A responsabilidade porinfração dolosa, no caso do tipo penal do crime de contrabando e/oudescaminho, é pessoal, não havendo falar em responsabilidade solidária,sobretudo porque o impetrante não conhecia o suposto envolvimento doveículo no delito de descaminho, sendo certo que nenhuma penalidadepode lhe ser imposta, notadamente, porque, no caso, existe restrição daresponsabilidade tributária na pessoa do agente da infração (art. 137, doCTN). 4. Apelação e remessa oficial não providas. 5. Peças liberadaspelo Relator, em 22/02/2010, para publicação do acórdão.‖ (AMS199938000227651, em22/02/2010)
JURISPRUDÊNCIA―PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA.
PARCELAMENTO. INAPLICABILIDADE. ENTENDIMENTO FIRMADO
PELA PRIMEIRA SEÇÃO SOB O REGIME PREVISTO NO ART. 543-
C DO CPC. VIOLAÇÃO DO ART. 535, II, DO CPC. ALEGAÇÕES
GENÉRICAS. SÚMULA 284/STF. INCIDÊNCIA. 1. Incide a Súmula
284 do STF quando são apresentadas alegações genéricas sobre a
negativa de vigência do art. 535, II, do CPC. Precedentes. 2.
Entendimento da Primeira Seção deste Tribunal, firmado por ocasião
do julgamento do REsp 1.102.577/DF, feito submetido ao regime do
art. 543-C, do CPC, no sentido de que o instituto da denúncia
espontânea (art. 138 do CTN) não se aplica nos casos de
parcelamento de débito tributário. (Rel. Min. Castro Meira, DJ de
18/5/2009). 3. Agravo regimental não provido.‖ (AGA 201000891921,
em 07/10/2010)
• Obrigação Tributária
• Fato Gerador
• Sujeitos da Relação Tributária
• Crédito Tributário
• Administração Tributária
Relação Jurídica Tributária
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Conceito:
O credito tributário é o valor patrimonialdevidamente quantificado da obrigaçãotributária, que pode ser cobrado pelo Fisco(sujeito ativo) do devedor (sujeito passivo) noexercício do seu direito subjetivo, sob pena deprescrição. Vejamos o que diz o artigo 139 doCTN: ―Art. 139. O crédito tributário decorre daobrigação principal e tem a mesma naturezadesta.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIOConstituição do CT: O CTN intitula de
―constituição do crédito tributário‖ o capítulo em
que cuida do lançamento (arts. 142 até 150).
• RICARDO LOBO TORRES entende que a
―constituição‖ deve ser entendida como o
primeiro grau de concreção do crédito, eis que
este, a rigor, se constitui com a ocorrência do
fato gerador e não com o lançamento.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Lançamento (art. 142 do CTN):―Art. 142. Competeprivativamente à autoridade administrativaconstituir o crédito tributário pelo lançamento,assim entendido o procedimento administrativotendente a verificar a ocorrência do fato geradorda obrigação correspondente, determinar amatéria tributável, calcular o montante do tributodevido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,propor a aplicação da penalidade cabível.
Parágrafo único. A atividade administrativa delançamento é vinculada e obrigatória, sob pena deresponsabilidade funcional.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Moeda do Lançamento (art. 143 do CTN):
―Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário,quando o valor tributário esteja expresso emmoeda estrangeira, no lançamento far-se-á suaconversão em moeda nacional ao câmbio do diada ocorrência do fato gerador da obrigação.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIOLei aplicável ao lançamento (art. 144 do CTN):
―Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador
da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que
posteriormente modificada ou revogada.
§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à
ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos
critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os
poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado
ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso,
para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por
períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe
expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Inalterabilidade do lançamento (art. 145 do CTN):
―Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao
sujeito passivo só pode ser alterado em virtude
de:
I - impugnação do sujeito passivo;
II - recurso de ofício;
III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa,
nos casos previstos no artigo 149.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Modificação dos critérios jurídicos de lançamento(art. 146 do CTN):
―Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou emconseqüência de decisão administrativa oujudicial, nos critérios jurídicos adotados pelaautoridade administrativa no exercício dolançamento somente pode ser efetivada, emrelação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fatogerador ocorrido posteriormente à sua introdução.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Modalidades de lançamento (art. 147/150 do CTN):
• Lançamento por Declaração ou Misto – artigo 147 do CTN
• Lançamento por Arbitramento – artigo 148 do CTN
• Lançamento Direto ou de Ofício – artigo 149 do CTN
• Lançamento por Homologação – artigo 150 do CTN
CRÉDITO TRIBUTÁRIOSuspensão da exegibilidade do CT (art. 151 do CTN):
―Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:
I - moratória;
II - o depósito do seu montante integral;
III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do
processo tributário administrativo;
IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.
V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras
espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das
obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito
seja suspenso, ou dela consequentes.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Extinção do Crédito Tributário (art. 156 do CTN):―Art. 156. Extinguem o crédito tributário:
I - o pagamento;
II - a compensação;
III - a transação;
IV - remissão;
V - a prescrição e a decadência;
VI - a conversão de depósito em renda;
VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo150 e seus §§ 1º e 4º;
VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;
IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa,que não mais possa ser objeto de ação anulatória;
X - a decisão judicial passada em julgado.
XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas emlei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre aulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos144 e 149.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Exclusão do Crédito Tributário (art. 175 do CTN):
―Art. 175. Excluem o crédito tributário:
I - a isenção;
II - a anistia.
Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não
dispensa o cumprimento das obrigações
acessórias dependentes da obrigação principal
cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Garantias e Privilégios do Crédito Tributário
(art. 183/193 do CTN):
RICARDO LOBO TORRES afirma que o direito ao crédito
tributário necessita de certas garantias para que possa
valer contra os créditos pertencentes a outras pessoas ou
sobre o patrimônio das empresas e dos cidadãos. Pelo
sistema do CTN as garantias se consubstanciam nos
privilégios e preferências, que, entretanto, não se esgotam
nos dispositivos codificados.
As garantias, sendo forma de proteção do direito, não se
confundem com o próprio crédito tributário nem lhe
alteram a natureza.
CRÉDITO TRIBUTÁRIOUniversalidade dos Bens e Impenhorabilidade―Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que
sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade
dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu
espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de
inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus
ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare
absolutamente impenhoráveis.‖
O princípio da universalidade dos bens se encontra
implícito no art. 184 do CTN, que prevê que todos os
bens do devedor respondem pelo crédito tributário,
mesmo aqueles gravados por ônus real ou cláusula
de inalienabilidade ou impenhorabilidade. Contudo,
excepciona os bens absolutamente impenhoráveis
(art. 649 do CPC, art. 10 da Lei n. 6.830/80 e nos
arts. 3º e 4º da Lei n. 8.009/90).
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
A presunção de fraude―Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou
seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por
crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.(Redação dada pela Lcp
nº 118, de 2005)
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido
reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida
inscrita.‖
Constitui garantia importante para o Fisco, contudo,
o mesmo deve comprovar que o contribuinte tinha
conhecimento da inscrição na Dívida Ativa.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Penhora on line
―Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, nãopagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não foremencontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seusbens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meioeletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferênciade bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridadessupervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, noâmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído pela Lcpnº 118, de 2005)
§ 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valortotal exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento daindisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.
§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata ocaput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminadados bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIOPreferências
―Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou otempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação dotrabalho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)Parágrafo único. Na falência:
I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importânciaspassíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantiareal, no limite do valor do bem gravado;
II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditosdecorrentes da legislação do trabalho; e
III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.‖
―Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
§ 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de concordata.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIOPreferências
―Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de
credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou
arrolamento. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas
jurídicas de direito público, na seguinte ordem:
I - União;
II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;
III - Municípios, conjuntamente e pró rata.‖
Embora parte da doutrina questione a
constitucionalidade do dispositivo, o STF já
reconheceu a constitucionalidade na súmula 563.
CRÉDITO TRIBUTÁRIO
Preferências
―Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados
em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos
tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio,
exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento.
Parágrafo único. Contestado o crédito tributário, proceder-se-á na forma
do disposto no § 1º do artigo anterior.
Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos
tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito
privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da
liquidação.‖
CRÉDITO TRIBUTÁRIOPreferências - Exigência de certidões e quitações
―Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de
todos os tributos. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)
Art. 191-A. A concessão de recuperação judicial depende da
apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o
disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei. (Incluído pela Lcp nº 118, de
2005)
Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação
será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos
bens do espólio, ou às suas rendas.
Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum
departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito
Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou
aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou
proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à
Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício
contrata ou concorre.‖
JURISPRUDÊNCIA• Súmula Vinculante 8 - São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do
Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. (20/6/2008)
• Súmula Vinculante 24 - Não se tipifica crime material contra a ordem tributária,previsto no art. 1o, incisos I a IV, da Lei no 8.137/90, antes do lançamentodefinitivo do tributo. (11/12/2009)
• Súmula Vinculante 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa,de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto,desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. (17/02/2010)
• Súmula 112 do STJ – O depósito somente suspende a exigibilidade do créditotributário se for integral e em dinheiro. (03/11/1994)
• Súmula 397 do STJ - O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento peloenvio do carnê ao seu endereço. (07/10/2009)
• Súmula 409 do STJ - Em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes dapropositura da ação pode ser decretada de ofício (art. 210, § 5º, do CPC).(24/11/2009)
JURISPRUDÊNCIA
• Súmula 437 do STJ - A suspensão da exigibilidade do crédito tributário
superior a quinhentos mil reais para opção pelo Refis pressupõe a
homologação expressa do comitê gestor e a constituição de garantia por
meio do arrolamento de bens. (13/05/2010)
• Súmula 446 do STJ - Declarado e não pago o débito tributário pelo
contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou
positiva com efeito de negativa. (13/05/2010)
• Súmula 451 do STJ - É legítima a penhora da sede do estabelecimento
comercial. (21/06/2010)
• Súmula 457 do STJ - Os descontos incondicionais nas operações
mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS. (08/09/2010)
• Súmula 464 do STJ - A regra de imputação de pagamentos estabelecida
no art. 354 do Código Civil não se aplica às hipóteses de compensação
tributária. (08/09/2010)
JURISPRUDÊNCIA
EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. TRIBUTÁRIO. DENÚNCIA
ESPONTÂNEA. MULTA MORATÓRIA. COMPENSAÇÃO COM
VALORES RELATIVOS A TRIBUTO. POSSIBILIDADE. EMBARGOS
PROVIDOS. 1. Na atual sistemática de compensação tributária, não há
como preponderar a tese da impossibilidade de compensação entre
tributo e multa. 2. Considerando a amplitude conferida à expressão
"crédito relativo a tributo ou contribuição" (art. 74 da Lei 9.430/96),
deve-se entender que ela abarca qualquer pagamento indevido feito
pelo contribuinte a título de crédito tributário. Por outro lado, do exame
sistemático das normas insertas no Código Tributário Nacional (arts.
113, §§ 1º e 3º, e 139), observa-se que crédito tributário não diz
respeito apenas a tributo em sentido estrito, mas alcança, também, as
penalidades que incidam sobre ele. 3. Embargos de divergência
providos. (ERESP 200602005625, em 27/08/2008)
JURISPRUDÊNCIA
―Prazos de prescrição e de decadência em direito tributário. - Com a
lavratura do auto de infração, consuma-se o lançamento do crédito
tributário (art. 142 do C.T.N.). Por outro lado, a decadência só é
admissível no período anterior a essa lavratura; depois, entre a ocorrência
dela e até que flua o prazo para a interposição do recurso administrativo,
ou enquanto não for decidido o recurso dessa natureza de que se tenha
valido o contribuinte, não mais corre prazo para decadência, e ainda não
se iniciou a fluência de prazo para prescrição; decorrido o prazo para
interposição do recurso administrativo, sem que ela tenha ocorrido, ou
decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, há a
constituição definitiva do crédito tributário, a que alude o artigo 174,
começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do fisco. - É
esse o entendimento atual de ambas as turmas do S.T.F. Embargos de
divergência conhecidos e recebidos.‖ (RE-embargos 94462,
em17/05/1999)
JURISPRUDÊNCIA
―O artigo 144, § 1º, do Codex Tributário, dispõe que se aplica imediatamenteao lançamento tributário a legislação que, após a ocorrência do fatoimponível, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos defiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridadesadministrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios,exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributáriaa terceiros. 10. Conseqüentemente, as leis tributárias procedimentais ouformais, conducentes à constituição do crédito tributário não alcançado peladecadência, são aplicáveis a fatos pretéritos, razão pela qual a Lei 8.021/90e a Lei Complementar 105/2001, por envergarem essa natureza, legitimam aatuação fiscalizatória/investigativa da Administração Tributária, ainda que osfatos imponíveis a serem apurados lhes sejam anteriores (Precedentes daPrimeira Seção: EREsp 806.753/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin, julgadoem 22.08.2007, DJe 01.09.2008; EREsp 726.778/PR, Rel. Ministro CastroMeira, julgado em 14.02.2007, DJ 05.03.2007; e EREsp 608.053/RS, Rel.Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 09.08.2006, DJ 04.09.2006).‖(AEEAG 200900700706, em 19/10/2010)
JURISPRUDÊNCIA
―PROCESSUAL CIVIL - RECURSO ESPECIAL - TRIBUTO SUJEITO A
LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - CONTRIBUIÇÃO
PREVIDENCIÁRIA - INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO -
DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO
TRIBUTÁRIO - TERMO INICIAL - ARTIGO 173, I, DO CTN -
APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS
ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN - IMPOSSIBILIDADE - REEXAME
DE PROVAS: SÚMULA 7/STJ. PRECEDENTE: REsp 973.733/SC. 1. O
prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário
(lançamento de ofício) conta-se do primeiro dia do exercício seguinte
àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em
que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a
despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de
dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia
do débito. 2. É inadmissível o recurso especial se a análise da
pretensão da recorrente demanda o reexame de provas. 3. Recursos
especiais conhecidos e não providos.‖ (RESP 200702134298, em
01/09/2010)
JURISPRUDÊNCIA
―1. As causas suspensivas de exigibilidade do crédito tributário, enumeradasno artigo 151, do Código Tributário Nacional, advindas antes do decurso doprazo para pagamento do tributo (sujeito a lançamento por homologação oua lançamento de ofício direto), têm o condão de impedir a aplicação de multaou juros moratórios, por não restar configurada a demora no recolhimento daexação pelo contribuinte, pressuposto dos aludidos encargos (a multamoratória pune o descumprimento da obrigação principal no vencimento; eos juros de mora constituem compensação pela falta de disponibilidade dosrecursos pelo sujeito ativo pelo período correspondente ao atraso). 2. Odepósito do montante integral (inciso II, do artigo 151, do CTN) é causasuspensiva da exigibilidade que ostenta um plus: obsta o fluxo da correçãomonetária, constituindo garantia da satisfação da pretensão executiva dosujeito ativo, em favor de quem os valores depositados serão convertidos emrenda com a obtenção de decisão favorável definitiva legitimadora do créditotributário discutido (artigo 156, VI, do CTN). Em caso de vitória docontribuinte, os valores depositados serão por ele levantados após o trânsitoem julgado da demanda.‖ (RESP 200501381491, em 14/05/2008)
JURISPRUDÊNCIA―PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE
DIVERGÊNCIA. COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA. APLICAÇÃO DO
ART. 170-A DO CTN. REGIME JURÍDICO VIGENTE À ÉPOCA DA
PROPOSITURA DA DEMANDA. 1. A compensação, posto modalidade
extintiva do crédito tributário (artigo 156, do CTN), exsurge quando o
sujeito passivo da obrigação tributária é, ao mesmo tempo, credor e
devedor do erário público, sendo mister, para sua concretização,
autorização por lei específica e créditos líquidos e certos, vencidos e
vincendos, do contribuinte para com a Fazenda Pública (artigo 170, do
CTN). 2. Deveras, com o advento da Lei Complementar 104, de 10 de
janeiro de 2001, que acrescentou o artigo 170-A ao Código Tributário
Nacional, agregou-se mais um requisito à compensação tributária a
saber: "Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o
aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito
passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial."
(PET 200701014937, em 20/04/2009)
JURISPRUDÊNCIA
―1. Discute-se nos autos o sentido e o alcance dos institutos da remissão
e da isenção, à luz do Código Tributário Nacional, contidos em lei
municipal, para fins de aferição da possibilidade de restituição dos
valores pagos a título de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.
(...) 3. O pagamento de tributo do qual o contribuinte é isento enseja a
repetição de indébito. Diversamente, o pagamento de tributo
posteriormente submetido a norma remissiva não enseja repetição de
indébito. Inteligência dos arts. 156, I e IV, e 175, I, do CTN. 4. O art. 111,
II, do CTN prevê que a lei tributária que trata de isenção deve ser
interpretada literalmente. Sendo assim, o caso dos autos não é daqueles
elencados no art. 165 do CTN que permitem a restituição de tributo,
tendo em vista que a exação era devida na época do seu pagamento
tendo sido somente em data posterior objeto de remissão. Inversão dos
ônus sucumbenciais. 5. Recurso especial provido.‖ (RESP
200802363528, em 06/08/2009)
JURISPRUDÊNCIA
―PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL.
EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DAÇÃO EM PAGAMENTO
DE BEM IMÓVEL (CTN, ART. 156, XI). PRECEITO NORMATIVO DE
EFICÁCIA LIMITADA. 1. O inciso XI, do art. 156 do CTN (incluído pela
LC 104/2001), que prevê, como modalidade de extinção do crédito
tributário, "a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e
condições estabelecidas em lei", é preceito normativo de eficácia
limitada, subordinada à intermediação de norma regulamentadora. O
CTN, na sua condição de lei complementar destinada a "estabelecer
normas gerais em matéria de legislação tributária" (CF, art. 146, III),
autorizou aquela modalidade de extinção do crédito tributário, mas não
a impôs obrigatoriamente, cabendo assim a cada ente federativo, no
domínio de sua competência e segundo as conveniências de sua
política fiscal, editar norma própria para implementar a medida. 2.
Recurso especial improvido.‖ (RESP 200601956948, em 29/03/2007)
JURISPRUDÊNCIA
―2. A Primeira Seção, quando do julgamento do REsp n. 1.002.932/SP (Rel.Min. Luiz Fux), pela sistemática do art. 543-C do CPC, introduzido pela Leidos Recurso Repetitivos, reafirmou a jurisprudência já adotada por estaCorte no sentido de que, em se tratando de tributo sujeito a lançamento porhomologação, o prazo prescricional de cinco anos previsto no art. 168 doCTN tem início, não na data do recolhimento do tributo indevido, mas sim nadata da homologação – expressa ou tácita – do lançamento. Nesse sentido,para que o crédito se considere extinto, não basta o pagamento, antes éindispensável a homologação do lançamento, hipótese de extinçãoalbergada pelo art. 156, VII, do CTN. 3. A partir do julgamento da Argüiçãode Inconstitucionalidade no EREsp n. 644.736/PE, de relatoria do MinistroTeori Albino Zavascki, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiçaadotou o entendimento no sentido de que o artigo 4º, segunda parte, da LCn. 118/05 (que determina a aplicação retroativa do seu art. 3º, para alcançarinclusive fatos passados) ofende o princípio constitucional da autonomia eindependência dos poderes (CF, art. 2º) e o da garantia do direito adquirido,do ato jurídico perfeito e da coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI). (RESP200900094658, em 15/10/2010)
JURISPRUDÊNCIA
―PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL –
PRESCRIÇÃO – NÃO-OCORRÊNCIA - INTERRUPÇÃO - CITAÇÃO -
ARTIGO 174 DO CTN. 1. Consoante pacificado na Seção de Direito
Público, o redirecionamento da execução contra o sócio deve dar-se
no prazo de cinco anos da citação da pessoa jurídica. 2. Não obstante,
ainda que a citação válida da pessoa jurídica interrompa a prescrição
em relação aos responsáveis solidários, decorridos mais de cinco anos
após a citação da empresa, ocorre a prescrição intercorrente –
inclusive para os sócios. 3. "In casu", o acórdão do Tribunal "a quo"
reconheceu que a empresa foi regularmente citada para cobrança do
ICM declarado e não-pago (fl. 91), concluindo pela não-ocorrência da
prescrição qüinqüenal. Ademais, nos autos do agravo de instrumento,
ausente a cópia da documentação necessária para aferir a data da
citação da empresa, bem como dos sócios-gerentes. Agravo
regimental improvido.‖ (AGA 200100992167, em 21/02/2008)
JURISPRUDÊNCIA
―PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.ALIENAÇÃO DE BEM ANTES DA CITAÇÃO VÁLIDA. FRAUDE ÀEXECUÇÃO NÃO-CONFIGURADA. 1. A jurisprudência do STJconsolidada anteriormente à vigência da LC n. 118/05 é no sentido deque a alienação do bem em data anterior à citação válida do devedorem execução fiscal não configura, por si só, fraude à execução,relativizando-se dessarte a regra do art. 185 do CTN. 2. Na espécie,verifica-se que a alienação do bem se deu em 22.3.1999, isto é, antesda citação válida do sócio, que se deu em 24.5.1999. Portanto,aplicável o entendimento adotado por esta Corte antes do advento daLC 118/05. 3. Agravo regimental não-provido. (AGRESP200600994148, em 17/02/2009)
JURISPRUDÊNCIA―1. A Primeira Seção desta Corte tem entendido pela possibilidade do
uso da ferramenta BacenJud para efetuar o bloqueio de ativos
financeiros, em interpretação conjugada dos artigos 185-A do CTN, 11
da Lei n. 6.830/80 e 655 e 655-A, do CPC. Todavia, somente para as
decisões proferidas a partir de 20.1.2007 (data da entrada em vigor da
Lei n. 11.038/2006), em execução fiscal por crédito tributário ou não,
aplica-se o disposto no art. 655-A do Código de Processo Civil, não
sendo mais exigível o prévio esgotamento de diligências para encontrar
outros bens penhoráveis. 2. No caso, o despacho que deferiu a penhora
online ocorreu em 2008, ou seja, após a vigência da Lei n. 11.382/2006.
3. Acaso não observada a ordem disposta no art. 11 da Lei n.
6.830/1980, é lícito ao credor e ao julgador a não-aceitação da
nomeação à penhora. 4. Agravo regimental não provido.‖ (AGA
200900528930, em 02/06/2010)
• Obrigação Tributária
• Fato Gerador
• Sujeitos da Relação Tributária
• Crédito Tributário
• Administração Tributária
Relação Jurídica Tributária
Administração Tributária
Conceito
A Administração Tributária é uma
especialização da Administração Pública.
Cuida da constituição do crédito
tributário, das funções de arrecadar e
fiscalizar tributos, da organização e
funcionamento das repartições fazendárias,
bem como de toda a atividade fiscal.
Administração TributáriaFiscalização – Abrangência
―Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará,em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo deque se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativasem matéria de fiscalização da sua aplicação.
Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se àspessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às quegozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.
Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicaçãoquaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito deexaminar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitoscomerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou daobrigação destes de exibi-los.
Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial efiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serãoconservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributáriosdecorrentes das operações a que se refiram.‖
Administração Tributária
Fiscalização – Diligências
―Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligênciasde fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início doprocedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para aconclusão daquelas.
Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre quepossível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles seentregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que serefere este artigo.
Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridadeadministrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens,negócios ou atividades de terceiros: I - os tabeliães, escrivães e demaisserventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demaisinstituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os corretores,leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos, comissários eliquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razãode seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.
Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação deinformações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado aobservar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ouprofissão.‖
Administração Tributária
Fiscalização – Divulgação das informações
―Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, porparte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razãodo ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou deterceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dadapela Lcp nº 104, de 10.1.2001)
§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, osseguintes:
I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; II – solicitações deautoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que sejacomprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidaderespectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação,por prática de infração administrativa.
§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública,será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feitapessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência eassegure a preservação do sigilo.
§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: I – representaçõesfiscais para fins penais; II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; III –parcelamento ou moratória.‖
Administração Tributária
Dívida Ativa
―Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessanatureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente,depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou pordecisão final proferida em processo regular.
Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos desteartigo, a liquidez do crédito.
Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridadecompetente, indicará obrigatoriamente:
I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsavéis, bem como,sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - aquantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - aorigem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da leiem que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o númerodo processo administrativo de que se originar o crédito.
Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, aindicação do livro e da folha da inscrição.‖
Administração Tributária
Dívida Ativa
―Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo
anterior (art. 202), ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da
inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade
poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante
substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou
interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a
parte modificada.
Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de
certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.
Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode
ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro
a que aproveite.‖
Administração Tributária
Certidões Negativas
―Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quandoexigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado,que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicíliofiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenhasido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada dorequerimento na repartição.
Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que constea existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenhasido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.
Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova dequitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensávelpara evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelotributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas ainfrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator.
Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra aFazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelocrédito tributário e juros de mora acrescidos.
Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcionalque no caso couber.‖
LEONARDO PESSOA
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