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MBA EM GESTÃO DE TRIBUTOS FEDERAIS Direito Empresarial Leonardo Pessoa [email protected] PROGRAMA DA DISCIPLINA 1. Tributo Conceito e espécies de tributos 2. Sistema Tributário Constituição Tributária e o CTN 3. Limitações ao Poder de Tributar Princípios Constitucionais Tributários e Imunidades 4. Repartição das Receitas Tributárias Discriminação das rendas e a repartição das receitas entre os entes federados 5. Legislação Tributária Vigência, aplicação, interpretação e integração das normas 6. Obrigação Tributária Relação Jurídica Tributária e Sujeição Passiva 7. Crédito Tributário Constituição, Suspensão, Extinção e Exclusão 8. Administração Tributária Garantias, Privilégios, Fiscalização e Dívida Ativa APRESENTAÇÃO Currículo Nossos Objetivos Como será a avaliação

PROGRAMA DA DISCIPLINA · Contribuição de melhoria: É o tributo exigível em decorrência de obra pública (art. 145, III, da CF) que implique valorização imobiliária. Destina-se

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MBA EM GESTÃO DE TRIBUTOS

FEDERAIS

Direito Empresarial

Leonardo Pessoa

[email protected]

PROGRAMA DA DISCIPLINA

1. Tributo Conceito e espécies de tributos

2. Sistema Tributário Constituição Tributária e o CTN

3. Limitações ao Poder de TributarPrincípios Constitucionais Tributários e

Imunidades

4. Repartição das Receitas Tributárias

Discriminação das rendas e a repartição das receitas entre os entes

federados

5. Legislação TributáriaVigência, aplicação, interpretação e

integração das normas

6. Obrigação TributáriaRelação Jurídica Tributária e Sujeição

Passiva

7. Crédito TributárioConstituição, Suspensão, Extinção e

Exclusão

8. Administração TributáriaGarantias, Privilégios, Fiscalização e

Dívida Ativa

APRESENTAÇÃO

• Currículo

• Nossos Objetivos

• Como será a avaliação

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CURRÍCULO Advogado especializado em Direito Empresarial e Tributário (OAB/RJ 98.874)

Professor convidado do FGV Law Program FGV

Professor de Direito Tributário e Empresarial da IBMEC-RJ

Professor de Direito Tributário e Empresarial da IAG Escola de Negócios da PUC-Rio

Professor de Direito Tributário e Empresarial da Unigranrio

Coordenador do curso de MBA em Direito Tributário da Unisuam

Professor universitário inscrito no CNPQ/INEP/LATTES/MEC/SINAES

MBA em Gestão Empresarial em Tributação e Contabilidade (2006)

Mestre em Direito Empresarial e Tributário (2004)

Pós-Graduado em Direito Tributário e Legislação de Impostos (2001)

Pós-Graduado em Docência do Ensino Superior (2001)

Pós-Graduado em Direito Processual Civil – Medidas Liminares (2000)

Pós-Graduado em Direito Civil – Responsabilidade Civil (2000)

Bacharel em Direito (1998)

Membro da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/RJ (1999)

Conselheiro do Conselho Empresarial de Assuntos Jurídicos da Associação Comercial do Rio de Janeiro –

ACRJ

Membro da Academia Brasileira de Direito Tributário – ABDT

Afiliado à Associação Brasileira de Direito Tributário – ABRADT

Sócio-Pleno da Associação Brasileira de Direito Financeiro – ABDF

Associado Master da Associação Paulista de Estudos Tributários – APET

Sócio-Professor do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário – IBPT

Membro da International Fiscal Association – IFA

CURRÍCULO

LEONARDO PESSOA

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https://www.facebook.com/profleonardopessoa/

http://www.twitter.com/LeonardoPessoa_

https://br.linkedin.com/in/leonardoribeiropessoa

https://www.google.com/+LeonardoPessoa

http://instagram.com/pessoa_leonardo

https://www.youtube.com/channel/UC8QMHBn3WQK9OMK_kbPVqvw

https://www.Snapchat.com/add/lpessoa75

H lrpessoa

www.leonardopessoa.pro.br

[email protected]

https://www.facebook.com/groups/242552396155181/

APRESENTAÇÃO

• Currículo

• Nossos Objetivos

• Como será a avaliação

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NOSSOS OBJETIVOS

Prover aos alunos uma base de

conhecimentos práticos e teóricos sobre os

Principais Elementos do Sistema Tributário

Nacional, através de suas tendências

contemporâneas.

APRESENTAÇÃO

• Currículo

• Nossos Objetivos

• Como será a avaliação

COMO SERÁ NOSSA

AVALIAÇÃO

A avaliação dos alunos será realizada no

último dia de aula, mediante aplicação de

prova escrita discursiva.

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PROGRAMA DA

DISCIPLINA

• Apresentação

• Bibliografia recomendada

• Sistema Tributário Nacional

• Tributos: Conceito e Espécies

• Limitações ao Poder de Tributar

• Relação Jurídica Tributária

BIBLIOGRAFIA

RECOMENDADA• CARNEIRO, Claudio. Curso de Direito Tributário e

Financeiro. 6ª Ed. Saraiva: São Paulo. 2016.

• Código Tributário Nacional e Constituição Federal. 46ª Ed.Saraiva: São Paulo. 2017.

• KFOURI JUNIOR, Anis. Curso de Direito Tributário – 3ª Ed.2016. Saraiva: São Paulo. 2016.

• PAULSEN, Leandro. Curso de Direito Tributário Completo -8ª Ed. Saraiva: São Paulo. 2017.

• RICARDO, Alexandre. Direito Tributário Esquematizado. 10ªEd. Gen Editores: Rio de Janeiro. 2016.

PROGRAMA DA

DISCIPLINA

• Apresentação

• Bibliografia recomendada

• Sistema Tributário Nacional

• Tributos: Conceito e Espécies

• Limitações ao Poder de Tributar

• Relação Jurídica Tributária

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SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

• Tributo na Bíblia: “...tome a quintaparte da terra do Egito nos sete anosde fatura” (Gênesis, 41.34). “...tireum peixe e será encontrada umamoeda,através da qual será pago otributo.” (Mateus, 17.24/27). “Daí,pois, a César o que é de César e aDeus, o que é de Deus.” (Mateus,22.21)

• Grécia antiga: nascem asnecessidades públicas.

• Império Romano: fiscus Caesaris xaerarium populi romani. Fiscum.

• Idade Média: corvéia (trabalho forçado), talha (parte da produção),banalidades (pelo uso de fornos, moinhos etc.), taxa de casamento,mão-morta (herança), dízimo (10% da Igreja), péage (uso doscaminhos), gabela (taxa sobre o sal).

• Magna Charta: Inglaterra - 1215 - tributação com autorização dosbarões.

• Bill of Rights: Inglaterra – 1689

• Declaração de Virgínia: 1776 – tributação com autorização do povoou seus representantes. (Revolução Americana)

• Declaração dos Direitos do Homem e Cidadão: França - 1789 –direito a propriedade e igualdade. (Revolução Francesa)

• Declaração Universal dos Direitos Humanos: 1948 - respeito aosdireitos a vida e a liberdade (2º Guerra Mundial)

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

ELEVADA

CARGA

TRIBUTÁRIA

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O Sistema Tributário Nacional é formado por:

•Constituição Federal

•Emendas Constitucionais

•Leis Complementares

•Leis Ordinárias

•Medidas Provisórias

•Decretos

•Código Tributário Nacional

•Constituições Estaduais

•Códigos Tributários Estaduais

•Leis Orgânicas Municipais

•Códigos Tributários Municipais

•Leis, Decretos Estaduais, Instruções Normativas, Portarias etc. de todos osentes da federação.

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Limitações ao Poder de Tributar do Estado:

(verdadeiro Estatuto de Defesa do Contribuinte)

Princípios•Princípio da legalidade (art. 150, I, CF):

•Princípio da isonomia (art. 150, II, CF)

•Princípio da irretroatividade (art. 150, III, a, CF)

•Princípio da anterioridade anual (art. 150,III, b, CF)

•Princípio da anterioridade nonagesimal (art. 150, III, c, CF)

•Princípio do não confisco (art. 150, IV, CF)

•Princípio da liberdade de tráfego (art. 150, V, CF)

•Princípio da capacidade contributiva (art. 145, § 1º, CF)

Imunidades (art. 150, VI, CF)

•Imunidade recíproca entre U-E-DF-M de impostos s/ patrimônio, renda e serviços

•Imunidade de templos de qualquer culto

•Imunidade partidos políticos e suas fundações, entidades sindicais, instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos

•Imunidade de livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão

•Imunidade dos CDs e DVDs de conteúdo nacional

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

PROGRAMA DA

DISCIPLINA

• Apresentação

• Bibliografia recomendada

• Sistema Tributário Nacional

• Tributos: Conceito e Espécies

• Limitações ao Poder de Tributar

• Relação Jurídica Tributária

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CONCEITO DE TRIBUTO

RECEITA DERIVADA QUE O ESTADO

ARRECADA MEDIANTE EMPREGO DE

SUA SOBERANIA, NOS TERMOS

FIXADOS EM LEI, INDEPENDENTE DA

EXISTÊNCIA DE CONTRAPRESTAÇÃO,

DESTINANDO-SE AO CUSTEIO DAS

FINALIDADES QUE LHE SÃO

PRÓPRIAS. (Luiz Emygdio)

TRIBUTOS: CONCEITO E ESPÉCIES

NATUREZA DO TRIBUTO

Ingressos

Públicos

Entradas

Receitas Públicas

Receitas Públicas Originárias

(ou Voluntárias)

Receitas Públicas Derivadas

(ou Coercitivas)

Empréstimos

Cauções

Receitas Públicas Transferidas

Doações

Preços

Públicos

Multas

Tributos

Voluntárias

Obrigatórias

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

DEFINIÇÃO DE TRIBUTO

(ART. 3º CTN)

TRIBUTO É TODA PRESTAÇÃO

PECUNIÁRIA COMPULSÓRIA, EM

MOEDA OU CUJO VALOR NELA SE

POSSA EXPRIMIR, QUE NÃO SE

CONSTITUA SANÇÃO DE ATO ILÍCITO,

INSTITUÍDA EM LEI E COBRADA

MEDIANTE ATIVIDADE ADMINISTRATIVA

PLENAMENTE VINCULADA.

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

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DEFINIÇÃO DE TRIBUTO• Prestação Pecuniária: Não há mais nos

sistemas tributários modernos o tributo innatura ou in labore.

OBS 1:Não são tributos: Serviço Militarobrigatório, Mesário nas Eleições ou Júri noTribunal.

OBS 2: LC 104/01 acrescentou no artigo156, XI do CTN a possibilidade de dação empagamento em bens imóveis.

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

DEFINIÇÃO DE TRIBUTO• Prestação Compulsória: O dever de

pagar tributo nasce

independentemente da vontade. É uma

obrigação “ex lege”.

OBS: Não são tributos: Foro, Laudêmio,

Royalties, Compensação Financeira,

tarifa de água e esgoto (s. STJ 407 e 412),

DPVAT (s. STJ 405). As custas e

emolumentos SÃO tributo (ADI 1.378-

5/ES)

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

DEFINIÇÃO DE TRIBUTO• Não constitua sanção de ato ilícito: O

tributo se distingue da penalidade

exatamente porque esta tem como

hipótese de incidência um ato ilícito,

enquanto a hipótese de incidência do

tributo é sempre algo lícito.

OBS: Não se conclua, por isso, que um

rendimento auferido em atividade ilícita

não está sujeito ao tributo.

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

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DEFINIÇÃO DE TRIBUTO

• Instituída em Lei: Só a lei pode instituir

o tributo. Isto decorre do princípio da

legalidade, prevalente no Estado de

Direito.

OBS: Em princípio, a lei será ordinária,

mas o constituinte autoriza lei

complementar e medida provisória.

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

DEFINIÇÃO DE TRIBUTO

• Cobrada mediante atividade

administrativa plenamente vinculada:

A autoridade administrativa não pode

preencher com seu juízo pessoal,

subjetivo, o campo de indeterminação

normativa. Nada fica a critério da

autoridade.

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS

Teoria Tripartite (art. 5º CTN): Imposto (art. 16CTN e 145, I CF); Taxas (art. 77 CTN e 145, IICF) e Contribuição de Melhoria (art. 81 CTN e145, III CF)

Teoria Pentapartite: Além dos tributos elencadosno artigo 5º CTN e 145 CF, APÓS A CF/88,devem ser considerados tributos o EmpréstimoCompulsório (art. 148 CF) e ContribuiçõesEspeciais (art. 149 CF)

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

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ESPÉCIES TRIBUTÁRIASImposto: É o tributo exigível independentemente de qualquer atividade

estatal específica relativa ao contribuinte (art. 145, I, da CF e art. 16, doCTN). Sua receita não deve ter destinação específica (art. 167, IV, daCF).

Taxa: É o tributo exigível em razão do exercício do poder de polícia oupela utilização efetiva ou potencial de serviços públicos específicos edivisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição (art.145, II, da CF e art. 77, do CTN). A taxa destina-se a custear o relativoserviço público (art. 145, II, da CF). Não poderá ter base de cálculoprópria de impostos.

Contribuição de melhoria: É o tributo exigível em decorrência de obrapública (art. 145, III, da CF) que implique valorização imobiliária.Destina-se a custear a obra realizada (arts. 81 e 82 do CTN). Além dasregras do CTN, existem regras específicas no Decreto-lei n. 195/67.

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS• Empréstimo Compulsório: A União, mediante lei complementar, poderá instituir emprestimos

compulsórios: (I) para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, deguerra externa ou sua iminência e (II) no caso de investimento público de caráter urgente e derelevante interesse nacional. (art. 148 da CF c/c art. 15 do CTN)

• Contribuições especiais: (art. 149 CF)

• Contribuições sociais: Consistem em instrumentais gerais (FGTS, Salário Educação, SENAI,SENAC, SESC etc) e para a Seguridade Social (INSS, PIS, COFINS, CSLL, CPMF) - estas últimasdestinam-se a financiar a Seguridade Social. (art. 149, § 1º, 194, 195 CF e 74,75, 84 e 90 ADCT)

• Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE): Intervenção no Domínio Econômicoem razão do descompasso efetivo ou potencial do mercado. Serve para instrumentalizar aintervenção e dar efetividade às políticas econômicas. (art. 149, § 2º e 177 CF)

• Contribuição no interesse das categorias econômicas e profissionais: Pode ser profissional oueconômica; contribuição compulsória destinada às entidades privadas (sindicatos, CRM, CRO, CREA,CRC, OAB, etc.). (art. 149)

• Contribuição para o custeio da iluminação pública: Destinada ao custeio da iluminação pública, decompetência dos Municípios e do Distrito Federal. (art. 149-A)

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

Impostos

Tributos

Taxas

Contribuições de

Melhoria

Contribuições

para fiscais ou

especiais

Empréstimos

Compulsórios

Nominados (arts. 145, I e 153, 155 e 156)

Residuais (art. 154,I)

Extraordinários de guerra (art. 154, II)

De polícia (art. 145, II, primeiro parte)

De serviços (art. 145, II, segunda parte)

Obras públicas que valorizam imóveis (art. 145, III)

Sociais

Gerais (art. 149,

primeira parte)

CIPE (art. 149,

terceira parte)

COSIP - Municipais e

distritais (art. 149-A)

De seguridade social

(arts. 149 e 195)

Nominadas (art.

149, primeira parte,

c/cart. 195, I a IV)CIDE (art. 149,

terceira parte)

Calamidade ou guerra (art. 148, I)

De investimento (art. 148, II)

Residuais (art. 149,

primeira parte, c/c

art. 195, §4º)

De previdência

para os servidores

dos E, DF e M (art.

18, § 1º)

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

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NATUREZA JURÍDICA DO TRIBUTO

• A natureza jurídica específica do tributo édeterminada pelo fato gerador da respectivaobrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:

I. A denominação e demais característicasformais adotadas pela lei;

II. A destinação legal do produto da suaarrecadação.

(artigo 4º do CTN)

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

JURISPRUDÊNCIA

―EMENTA: TRIBUTÁRIO. TIP - TAXA DEILUMINAÇÃO PÚBLICA. MUNICÍPIO DE BELOHORIZONTE. INCONSTITUCIONALIDADE.Aorientação do Supremo Tribunal Federal é nosentido de que a Taxa de Iluminação Pública éinconstitucional, uma vez que seu fato geradortem caráter inespecífico e indivisível. Agravoregimental conhecido, mas ao qual se negaprovimento.” (AI 479587 AgR / MG - MINASGERAIS)

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

JURISPRUDÊNCIA

―EMENTA:PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO

REGIMENTAL.CONSTITUCIONAL.

TRIBUTÁRIO. ADMINISTRATIVO. PEDÁGIO.

CARACTERIZAÇÃO COMO TRIBUTO (TAXA)

OU PREÇO PÚBLICO....Para concluir que a

exação em exame era tributo da espécie taxa, o

acórdão recorrido foi categórico ao afirmar que

o motorista não tinha opção a não ser trafegar

pelas estradas com pedágio....” (AI 531529 AgR

/ RS - RIO GRANDE DO SUL)

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

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JURISPRUDÊNCIA DO STJ

• 412 - A ação de repetição de indébito de tarifasde água e esgoto sujeita-se ao prazoprescricional estabelecido no Código Civil.

• 407 - É legítima a cobrança da tarifa de águafixada de acordo com as categorias de usuáriose as faixas de consumo.

• 405 - A ação de cobrança do seguro obrigatório(DPVAT) prescreve em três anos.

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

JURISPRUDÊNCIA DO STF

• 666 – A contribuição confederativa de que tratao artigo 8º IV, da Constituição, só é exigível dosfiliados ao sindicato respectivo.

• 668 – É inconstitucional a lei municipal qeutenha estabelecido, antes da emendaconstitucional 29/2000, alíquotas progressivaspara o IPTU, salvo se destinada a assegurar ocumprimento da função social da propriedadeurbana.

• 670 - O serviço de iluminação pública não podeser remunerado mediante taxa.

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

SÚMULAS VINCULANTES• 12 - A cobrança de taxa de matrícula nas universidades

públicas viola o disposto no art. 206, IV, da ConstituiçãoFederal.

• 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razão dos serviçospúblicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação delixo ou resíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo145, II, da Constituição Federal.

• 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa, deum ou mais elementos da base de cálculo própria dedeterminado imposto, desde que não haja integral identidadeentre uma base e outra.

SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL

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PROGRAMA DA

DISCIPLINA

• Apresentação

• Bibliografia recomendada

• Sistema Tributário Nacional

• Tributos: Conceito e Espécies

• Limitações ao Poder de Tributar

• Relação Jurídica Tributária

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

Considerações IntrodutóriasDEFINIÇÃO

―Princípios em sua acepção jurídica significa umconjunto de regras que determinam um certo tipo decomportamento. São eles os responsáveis pelaharmonia do sistema normativo. Ou, diríamos, ainda, oseu alicerce. Os princípios podem vir implícitos nosistema constitucional vigente ou expresso, de formaclara na Lei Maior.‖ (CARNEIRO, Cláudio. Curso deDireito Tributário e Financeiro. Volume I, atualizado coma LC 128/08 e as MPs 449/08 e 451/08. Rio de Janeiro:Editora Lumen Juris, 2009, p. 307)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Considerações IntrodutóriasIMPORTÂNCIA

• Função informadora: servem de base para que os

legisladores possam criar normas jurídicas.

• Função normativa: quando funcionam como norma

aplicada, como, por exemplo, nos casos de lacuna da

legislação.

• Função Interpretativa: são usados como fonte

acessória de interpretação da legislação.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

―O poder de tributar decorre diretamente da Constituição e é

inerente a toda pessoa jurídica de direito público. Todavia, no

regime federativo adotado pela CF de 1988 gozam de autonomia

política e capacidade para legislar não só o poder central mas

também as entidades periféricas. Assim, o próprio texto

constitucional reparte parcela do poder de tributar entre os entes

políticos, atribuindo a cada um deles competência tributária para

criar determinados tributos (competência tributária legislativa)‖

(Luiz Emygdio)

―Competência tributária é a aptidão para criar tributos‖ (Luciano

Amaro)

―Essa atribuição de impostos a cada uma das entidades políticas,

de forma privativa, estabelecida na Carta Política, denomina-se

discriminação constitucional de rendas tributárias.‖ (Kiyoshi

Harada)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Características da Competência Tributária

• Indelegabilidade — (art. 7° do CTN)

• Irrenunciabilidade — (art. 8º do CTN)

• Incaducabilidade — (art. 8°, do CTN)

• Capacidade tributária ativa - (art. 7°, § 3°, do CTN)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Classificação doutrinária da Competência Tributária

• Competência comum — taxas e contribuições de melhoria (arts. 145, II e III daCRFB c/c arts. 77 e 81 do CTN)

• Competência cumulativa – A União , nos territórios e o Distrito Federalcumulam a competência para instituir impostos em sua base territorial (art. 147da CRFB)

• Competência privativa — Impostos instituídos pela União, Estados, DistritoFederal e Municípios (arts. 153, 155 e 156 da CRFB)

• Competência especial — contribuições especiais e empréstimo compulsório daUnião. (arts. 148 e 149 da CRFB)

• Competência residual — União pode instituir novos impostos (art. 154, I, daCRFB) e novas contribuições sociais (art. 195, § 4°, da CRFB)

• Competência extraordinária — Na iminência ou no caso de guerra, a Uniãopoderá instituir o Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154,II da CRFB c/c 76do CTN)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

BITRIBUTAÇÃO E BIS IN IDEM X INVASÃO DE COMPETÊNCIA

• Bitributação: ocorre quanto duas entidades federadas, ambas com competênciaconstitucional para o exercício do poder impositivo, decretam ,contemporaneamente, imposto idêntico ao mesmo contribuinte, com fundamentono mesmo fato gerador. Assim, a bitributação exige identidade de impostosconcorrentes, que não mais existem no nosso sistema tributário desde a EC18/65. Entretanto, o art. 145, § 2º da CF, ao vedar que as taxas tenham base decálculo própria de impostos, está vedando a bitributação.

• Bis in Idem: é a exigência por uma única entidade tributante, do mesmocontribuinte, de dois ou mais tributos, com base no mesmo fato gerador e atravésde normas jurídicas distintas. Exemplificando: O Município cobra IPTU e uma taxasobre o valor do mesmo imóvel, que seria inconstitucional porque feriria a normado artigo 145, § 2º da CF, considerando que a base de cálculo do IPTU é o valorvenal do imóvel (CTN, art. 33). Assim, o artigo 154, I, da CF visa a evitar não sóa bitributação, como também o bis in idem.

• Invasão de Competência: o desrespeito ao princípio da exclusividade dacompetência tributária acarreta a inconstitucionalidade do ato praticado pelaentidade infratora por invasão da esfera de competência exclusiva do entebeneficiado pela Constituição.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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JURISPRUDÊNCIA―CONTRIBUIÇÃO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA. MUNICÍPIO DE DUQUE DE CAXIAS. LEIMUNICIPAL 1.715/03. A CIP INSTITUÍDA INCIDE SOBRE O MESMO FATO GERADORDO ICMS, QUE É O CONSUMO DE ENERGIA, JÁ TRIBUTADO PELO ESTADO DO RIODE JANEIRO. BITRIBUTAÇÃO. INCIDENTE DE INCONSTITUCIONALIDADESUSCITADO, SUBMETENDO-SE A QUESTÃO PREJUDICIAL AO E. ÓRGÃO

ESPECIAL.‖ (0025652-78.2005.8.19.0021 (2007.001.63937)- APELACAO - 1ª Ementa.

DES. ANDRE ANDRADE - Julgamento: 26/03/2008 - SETIMA CAMARA CIVEL)

―APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO TRIBUTÁRIO. IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSAMORTIS E DOAÇÃO - ITCMD. AÇÃO DECLARATÓRIA DE NÃO INCIDÊNCIA DEIMPOSTO CUMULADA COM PEDIDO DE REPETIÇÃO DE INDÉBITO. ESCRITURA DEDOAÇÃO NÃO RESGITRADA NO CARTÓRIO IMOBILIÁRIO. TRANSMISSÃO DO BEMNÃO APERFEIÇOADA. TRIBUTO, TODAVIA, RECOLHIDO. IMÓVEL QUE FOI OBJETODE SOBREPARTILHA POSTERIORMENTE. NOVO RECOLHIMENTO DO TRIBUTO.OCORRÊNCIA DE BIS IN IDEM. RESTITUIÇÃO DEVIDA. HONORÁRIOSADVOCATÍCIOS ARBITRADOS COM FUNDAMENTO NO § 3º, DO ART. 20, DO CPC.SUCUMBÊNCIA DO ENTE PÚBLICO. REGRA APLICÁVEL DO § 4º, DO REFERIDOARTIGO. PEDIDO DE FIXAÇÃO EM VALOR. CABIMENTO. RECURSO PARCIALMENTEPROVIDO‖ (TJPR. Apelação n. 0601394-3. 12/01/2010 )

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da capacidade contributiva

“§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão

caráter pessoal e serão graduados segundo a

capacidade econômica do contribuinte,

facultado à administração tributária,

especialmente para conferir efetividade a

esses objetivos, identificar, respeitados os

direitos individuais e nos termos da lei, o

patrimônio, os rendimentos e as atividades

econômicas do contribuinte.”

– artigo 145, § 1º da CF

LIMITAÇÕES AO PODER

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Princípio da capacidade contributiva

• ―É inconstitucional a lei que estabelece alíquotasprogressivas para o imposto de transmissão intervivos de bens imóveis – ITBI com base no valorvenal do imóvel.‖ (Súmula 656)

• "É inconstitucional a lei municipal que tenhaestabelecido, antes da EC 29/2000, alíquotasprogressivas para o IPTU, salvo se destinada aassegurar o cumprimento da função social dapropriedade urbana." (Súmula 668)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da capacidade contributiva

―IPVA. Lei estadual. Alíquotas diferenciadas em

razão do tipo do veículo. Os Estados-membros

estão legitimados a editar normas gerais

referentes ao IPVA, no exercício da competência

concorrente prevista no art. 24, § 3º, da

Constituição do Brasil. Não há tributo

progressivo quando as alíquotas são

diferenciadas segundo critérios que não levam

em consideração a capacidade contributiva.‖ (RE

414.259-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento

em 24-6-2008, 2ª Turma, DJE de 15-8-2008.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da capacidade contributiva"Lei que restringe os contribuintes da Cosip aosconsumidores de energia elétrica do município não ofende oprincípio da isonomia, ante a impossibilidade de seidentificar e tributar todos os beneficiários do serviço deiluminação pública. A progressividade da alíquota, queresulta do rateio do custo da iluminação pública entre osconsumidores de energia elétrica, não afronta o princípio dacapacidade contributiva. Tributo de caráter sui generis, quenão se confunde com um imposto, porque sua receita sedestina a finalidade específica, nem com uma taxa, por nãoexigir a contraprestação individualizada de um serviço aocontribuinte. Exação que, ademais, se amolda aos princípiosda razoabilidade e da proporcionalidade." (RE 573.675, Rel.Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 25-3-2009,Plenário, DJE de 22-5-2009.)

LIMITAÇÕES AO PODER

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Princípio da capacidade contributiva

―A multa moratória de 20% (vinte por cento) dovalor do imposto devido, não se mostra abusivaou desarrazoada, inexistindo ofensa aosprincípios da capacidade contributiva e davedação ao confisco.‖ (RE 239.964, Rel. Min.Ellen Gracie, julgamento em 15-4-2003, Primeira Turma, DJ de 9-5-2003.) Nomesmo sentido: AI 755.741-AgR, Rel. Min.Cezar Peluso, julgamento em 29-9-2009, Segunda Turma, DJE de 29-10-2009.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da capacidade contributiva

―O fato de um dos elementos utilizados na fixação da base de cálculo

do IPTU – a metragem da área construída do imóvel – que é o valor do

imóvel (CTN, art. 33), ser tomado em linha de conta na determinação

da alíquota da taxa de coleta de lixo, não quer dizer que teria essa taxa

base de cálculo igual à do IPTU: o custo do serviço constitui a base

imponível da taxa. Todavia, para o fim de aferir, em cada caso

concreto, a alíquota, utiliza-se a metragem da área construída do

imóvel, certo que a alíquota não se confunde com a base imponível do

tributo. Tem-se, com isto, também, forma de realização da isonomia

tributária e do princípio da capacidade contributiva: CF, arts. 150, II,

145, § 1º.‖ (RE 232.393, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 12-8-

1999, Plenário, DJ de 5-4-2002.) No mesmo sentido: RE 232.577-

EDv, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 17-2-10, Plenário, DJE de

9-4-10; RE 336.782-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 26-5-

2009, Primeira Turma, DJE de 1º-7-2009.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

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Princípio da NORMA GERAL

HIERARQUIA X TEMÁTICA

JOSÉ AFONSO DA SILVA: ―lei ordinária que ofenda uma lei

complementar estará vulnerando a própria Constituição, visto que

disciplinará interesses que esta determina sejam regulados por ela.

Tratar-se-á, então, de conflito de normas, subordinado ao princípio da

compatibilidade vertical, entroncando, pois, na norma de maior

superioridade hierárquica, que é a que ficou ofendida – a Constituição.‖

Súmula STJ n° 276 – “As sociedades civis de prestação de serviços

profissionais são isentas da Cofins, irrelevante o regime tributário

adotado. (*) Julgando a AR 3.761-PR, na sessão de 12/11/2008, a

Primeira Seção deliberou pelo CANCELAMENTO da Súmula n. 276.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da NORMA GERAL

HIERARQUIA X TEMÁTICA

―EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. CONSTITUCIONAL.TRIBUTÁRIO. COFINS. ISENÇÃO. POSSIBILIDADE DEREVOGAÇÃO POR LEI ORDINÁRIA. PRECEDENTES.AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. I - A revogação, por leiordinária, da isenção da COFINS concedida pela LC 70/91 àssociedades civis de prestação de serviços profissionais, éconstitucionalmente válida, porquanto a Lei 9.430/96 veiculoumatéria constitucionalmente reservada à legislação ordinária.Precedentes. II - Ausência de violação ao princípio da hierarquiadas leis, consoante orientação fixada desde o julgamento daADC 1/DF, Rel. Min. Moreira Alves. III - Agravo regimentaldesprovido.‖ (AgRg no AI 602.756/RS)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da NORMA GERAL

Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federallegislar concorrentemente sobre:

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico eurbanístico;

(...)

§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência daUnião limitar-se-á a estabelecer normas gerais.

§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas geraisnão exclui a competência suplementar dos Estados.

§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estadosexercerão a competência legislativa plena, para atender a suaspeculiaridades.

§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas geraissuspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Princípio da NORMA GERAL

(art. 146 da CF)

Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderáinstituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União,dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: (Incluído pelaEmenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

I - será opcional para o contribuinte; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de19.12.2003)

II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas porEstado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela derecursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedadaqualquer retenção ou condicionamento; (Incluído pela Emenda Constitucionalnº 42, de 19.12.2003)

IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelosentes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. (Incluídopela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da NORMA GERAL

Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer

critérios especiais de tributação, com o objetivo de

prevenir desequilíbrios da concorrência, sem prejuízo

da competência de a União, por lei, estabelecer

normas de igual objetivo. (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Princípio da ESTRITA LEGALIDADEArt. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, évedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

(...)

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

I - importação de produtos estrangeiros;

II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;

(...)

IV - produtos industrializados;

V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valoresmobiliários;

(...)

§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limitesestabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos enumerados nos incisosI, II, IV e V.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ESTRITA LEGALIDADEArt. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: (Redação dada pela EmendaConstitucional nº 3, de 1993)

(...)

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem noexterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

(...)

§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3,de 1993)

(...)

XII - cabe à lei complementar:

(...)

h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o imposto incidirá uma única vez, qualquer que seja asua finalidade, hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b; (Incluída pela EmendaConstitucional nº 33, de 2001)

(...)

§ 4º Na hipótese do inciso XII, h, observar-se-á o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de2001)

(...)

IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante deliberação dos Estados e Distrito Federal, nos termosdo § 2º, XII, g, observando-se o seguinte: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

(...)

c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplicando o disposto no art. 150, III, b.(Incluído pelaEmenda Constitucional nº 33, de 2001)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ESTRITA LEGALIDADE

Art. 177. Constituem monopólio da União:

(...)

§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio

econômico relativa às atividades de importação ou

comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus

derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes

requisitos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

I - a alíquota da contribuição poderá ser: (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 33, de 2001)

(...)

b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se

lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b; (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 33, de 2001)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Princípio da ESTRITA LEGALIDADE

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente

da República poderá adotar medidas provisórias, com

força de lei, devendo submetê-las de imediato ao

Congresso Nacional. (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 32, de 2001)

(...)

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou

majoração de impostos, exceto os previstos nos arts.

153, I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no

exercício financeiro seguinte se houver sido convertida

em lei até o último dia daquele em que foi

editada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de

2001)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ESTRITA LEGALIDADEArt. 97. Somente a lei pode estabelecer:

I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21,26, 39, 57 e 65;

III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado odisposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu sujeito passivo;

IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado odisposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seusdispositivos, ou para outras infrações nela definidas;

VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou dedispensa ou redução de penalidades.

§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, queimporte em torná-lo mais oneroso.

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II desteartigo, a atualização do valor monetário da respectiva base de cálculo.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ESTRITA LEGALIDADE

Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais

revogam ou modificam a legislação tributária interna, e

serão observados pela que lhes sobrevenha.

Art. 99. O conteúdo e o alcance dos decretos restringem-se

aos das leis em função das quais sejam expedidos,

determinados com observância das regras de interpretação

estabelecidas nesta Lei.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Princípio da ESTRITA LEGALIDADE

"As Leis 7.787/89, art. 3º, II, e 8.212/91, art. 22, II, definem,satisfatoriamente, todos os elementos capazes de fazernascer a obrigação tributária válida. O fato de a lei deixar parao regulamento a complementação dos conceitos de ‗atividadepreponderante‘ e ‗grau de risco leve, médio e grave‘, nãoimplica

ofensa ao princípio da legalidade genérica, CF, art. 5º, II, e dalegalidade tributária, CF, art. 150, I." (RE 343.446, Rel. Min.Carlos Velloso, julgamento em 20-3-03, Plenário, DJ de 4-4-03). No mesmo sentido: AI 744.295-AgR, Rel. Min. CármenLúcia, julgamento em 27-10-09, 1ª Turma, DJE de 27-11-09;RE 567.544-AgR, Rel. Min. Carlos Britto, julgamento em 28-10-08, 1ª

Turma, DJE de 27-2-09.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ESTRITA LEGALIDADE

―Tributo – Regência – Princípio da legalidade estrita –

Garantia constitucional do cidadão. Tanto a Carta em vigor,

quanto – na feliz expressão do Ministro Sepúlveda Pertence

– a decaída encerram homenagem ao princípio da 38

legalidade tributária estrita. Mostra-se inconstitucional,

porque conflitante com o artigo 6º da Constituição Federal

de 1969, o artigo 1º do Decreto-lei n. 1.724, de 7 de

dezembro de 1979, no que implicou a exdrúxula delegação

ao Ministro de Estado da Fazenda de suspender – no que

possível até mesmo a extinção – ‗estímulos fiscais de que

tratam os artigos 1º e 5º do Decreto-lei n. 491, de 5 de

março de 1969‘.‖ (RE 250.288, Rel. Min. Marco Aurélio,

julgamento em 12-12- 01, Plenário, DJ de 19-4-02)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Princípio da ISONOMIA

“II - instituir tratamento desigual entre

contribuintes que se encontrem em

situação equivalente, proibida qualquer

distinção em razão de ocupação

profissional ou função por eles exercida,

independentemente da denominação

jurídica dos rendimentos, títulos ou

direitos;”

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ISONOMIA

―Tem direito de inscrever-se no Sistema Integrado

de Pagamento de Impostos e Contribuição de

Microempresas e Empresas de Pequeno Porte –

SIMPLES, a cooperativa dedicada à direção de

unidades de ensino e educação, mediante curso

completo em qualquer grau e curso técnico

profissionalizante.‖ (RE 436.017-AgR-ED, Rel. Min.

Cezar Peluso, julgamento em 27-10-09, 2ª Turma,

DJE de 11-12-09)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ISONOMIA

―Tributário. PIS/PASEP e COFINS. Extensão de tratamentodiferenciado. Isonomia. Impossibilidade jurídica do pedido. Oacolhimento da postulação da autora --- extensão do tratamentotributário diferenciado concedido às instituições financeiras, àscooperativas e às revendedoras de carros usados, a título doPIS/PASEP e da COFINS --- implicaria converter-se o STF emlegislador positivo. Isso porque se pretende, dado ser ínsita apretensão de ver reconhecida a inconstitucionalidade do preceito, nãopara eliminá-lo do mundo jurídico, mas com a intenção de, corrigindoeventual tratamento adverso à isonomia, estender os efeitos da normacontida no preceito legal a universo de destinatários nele nãocontemplados. Precedentes.‖ (RE 402.748-AgR e RE 418.994-AgR,Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 22-4-08, 2ª Turma, DJE de 16-5-08). No mesmo sentido: RE 410.515-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia,julgamento em 26-5-09, 1ª Turma, DJE de 1º-7-09.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Princípio da ISONOMIA

―Sistema ‗SIMPLES‘. Art. 9º da Lei n. 9.317/96. Ofensa ao

princípio da isonomia. Inocorrência. Precedente.‖ (RE

476.106-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 1º-4-

08, 2ª Turma, DJE de 25-4-08)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ISONOMIA

"A lei complementar estadual que isenta os membros doMinistério Público do pagamento de custas judiciais,notariais, cartorárias e quaisquer taxas ou emolumentos fereo disposto no artigo 150, inciso II, da Constituição do Brasil.O texto constitucional consagra o princípio da igualdade detratamento aos contribuintes. Precedentes. Ação diretajulgada procedente para declarar a inconstitucionalidade doartigo 271 da Lei Orgânica e Estatuto do Ministério Públicodo Estado do Rio Grande do Norte – Lei Complementar n.141/96.‖ (ADI 3.260, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29-3-07, Plenário, DJ de 29-6- 07)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Princípio da Irretroatividade

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos

antes do início da vigência da lei que os

houver instituído ou aumentado;

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da Irretroatividade

"O Plenário desta Corte, ao julgar o RE 213.396 (DJ de1º-12-2000), assentou a constitucionalidade do sistemade substituição tributária ‗para frente‘, mesmo antes dapromulgação da EC n. 03/93. Alegação de que aaplicação do sistema de substituição tributária no mês demarço de 1989 ofenderia o princípio da irretroatividade.Procedência. Embora a instituição deste sistema nãorepresente a criação de um novo tributo, há substancialalteração no sujeito passivo da obrigação tributária." (RE266.602, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 14-9-06,Plenário, DJ de 2-2-07)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da Irretroatividade

"A circunstância de o fato disciplinado pela norma –

isto é, o pagamento do tributo – haver de ocorrer

após a sua edição é suficiente para afastar a

alegada violação ao princípio da irretroatividade

(CF, art. 150, III, a)." (RE 219.878, Rel. Min.

Sepúlveda Pertence, julgamento em 13-6-00, 1ª

Turma, DJ de 4-8-00)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Princípio da Irretroatividade

EXCEÇÕES:

Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa,excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivosinterpretados;

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:

a) quando deixe de defini-lo como infração;

b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência deação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não tenhaimplicado em falta de pagamento de tributo;

c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na leivigente ao tempo da sua prática.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da Irretroatividade

EXCEÇÕES:

Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fatogerador da obrigação e rege-se pela lei então vigente, aindaque posteriormente modificada ou revogada.

§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormenteà ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituídonovos critérios de apuração ou processos de fiscalização,ampliado os poderes de investigação das autoridadesadministrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ouprivilégios, exceto, neste último caso, para o efeito de atribuirresponsabilidade tributária a terceiros.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Princípio da ANTERIORIDADE E

ANUALIDADE

b) no mesmo exercício financeiro em que hajasido publicada a lei que os instituiu ouaumentou;

c) antes de decorridos noventa dias da dataem que haja sido publicada a lei que osinstituiu ou aumentou, observado o dispostona alínea b;(EC nº 42/03)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ANTERIORIDADE E

ANUALIDADE

―Contribuições instituídas pela Lei Complementar n.110/2001. Legitimidade. Princípio da anterioridade. Pacíficoo entendimento deste Tribunal quanto à legitimidade dascontribuições instituídas pela Lei Complementar n.110/2001, sendo inexigíveis, contudo, no mesmo exercícioem que publicada a lei que as instituiu [ADI n. 2.556-MC,Pleno, Relator o Ministro Moreira Alves, DJ de 8-8- 03]."(RE 456.187-AgR-ED, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em4-12-07, 2ª Turma, DJE de 1º-2-08). No mesmo sentido:RE 591.452-AgR, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em10-3-09, 2ª Turma,DJE de 17-4-09.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ANTERIORIDADE e

ANUALIDADE

"Revogada a isenção, o tributo torna-se

imediatamente exigível. Em caso assim, não há

que se observar o princípio da anterioridade, dado

que o tributo já é existente." (RE 204.062, Rel.

Min. Carlos Velloso, julgamento em 27-9-96, 2ª

Turma, DJ de 19-12-96)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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Princípio da

ANTERIORIDADE e ANUALIDADE

―A Lei paulista 11.813/04 apenas prorrogou a cobrançado ICMS com a alíquota majorada de 17% para 18%,criada pela Lei paulista 11.601/2003. O prazononagesimal previsto no art. 150, III, c, da ConstituiçãoFederal somente deve ser utilizado nos casos decriação ou majoração de tributos, não na hipótese desimples prorrogação de alíquota já aplicadaanteriormente.‖ (RE 584.100, Rel. Min. Ellen Gracie,julgamento em 25-11-09, Plenário, DJE de 5-2- 10)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da ANTERIORIDADE e

ANUALIDADE

―Art. 3º da Lei 15.747, de 24 de dezembro de 2007, do Estado doParaná, que estabelece como data inicial de vigência da lei a data desua publicação. Alteração de dispositivos da Lei 14.260/2003, doEstado do Paraná, a qual dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedadede Veículos Automotores – IPVA. Alegada violação ao art. 150, III, c,da CF. A redução ou a extinção de desconto para pagamento detributo sob determinadas condições previstas em lei, como opagamento antecipado em parcela única, não pode ser equiparada àmajoração do tributo em questão, no caso, o IPVA. Não incidência doprincípio da anterioridade tributária. Vencida a tese de que a reduçãoou supressão de desconto previsto em lei implica, automática earitmeticamente, aumento do valor do tributo devido. Medida cautelarindeferida.‖ (ADI 4.016-MC, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em1º-8-2008, Plenário, DJE de 24-4-2009.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

Princípio da

ANTERIORIDADE e ANUALIDADE

Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente daRepública poderá adotar medidas provisórias, com força de lei,devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

(...)

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração deimpostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, e 154, II,só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houversido convertida em lei até o último dia daquele em que foieditada.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO

CONFISCATÓRIO

IV - utilizar tributo com efeito de

confisco;

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO

CONFISCATÓRIO

―(...) O Supremo Tribunal Federal, em casosanálogos, decidiu que a instituição de alíquotasprogressivas para a contribuição previdenciáriados servidores públicos ofende o princípio davedação de utilização de qualquer tributo comefeito confiscatório, nos termos do art. 150, inc.IV, da Constituição da República.‖ (AI 701.192-AgR, voto da Min. Cármen Lúcia, julgamentoem 19-5- 09, 1ª Turma, DJE de 26-6-09)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO

CONFISCATÓRIO

"Fixação de valores mínimos para multas pelo não-recolhimento e sonegação de tributos estaduais.Violação ao inciso IV do art. 150 da Carta da República.A desproporção entre o desrespeito à norma tributária esua conseqüência jurídica, a multa, evidencia o caráterconfiscatório desta, atentando contra o patrimônio docontribuinte, em contrariedade ao mencionadodispositivo do texto constitucional federal." (ADI 551,Rel. Min. Ilmar Galvão, julgamento em 21-10-02,Plenário, DJ de 14-2-03)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E

BENS

V - estabelecer limitações ao tráfego de

pessoas ou bens, por meio de tributos

interestaduais ou intermunicipais, ressalvada

a cobrança de pedágio pela utilização de

vias conservadas pelo Poder Público;

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E

BENS

―Tributário. Pedágio. Lei n. 7.712, de

22/12/88. Pedágio: natureza jurídica: taxa:

CF, art. 145, II, art. 150, V. Legitimidade

constitucional do pedágio instituído pela Lei

n. 7.712, de 1988.‖ (RE 181.475, Rel. Min.

Carlos Velloso, julgamento em 4-5-99, 2ª

Turma, DJ de 25-6-99)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

Art. 151. É vedado à União:

I - instituir tributo que não seja uniformeem todo o território nacional ou queimplique distinção ou preferência emrelação a Estado, ao Distrito Federal ou aMunicípio, em detrimento de outro,admitida a concessão de incentivos fiscaisdestinados a promover o equilíbrio dodesenvolvimento sócio-econômico entre asdiferentes regiões do País;

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

"Decreto 420/1992. Lei 8.393/1991. IPI. Alíquota regionalizadaincidente sobre o açúcar. Alegada ofensa ao disposto nos arts.150, I, II e § 3º, e 151, I, da Constituição do Brasil.Constitucionalidade. O Decreto 420/1992 estabeleceu alíquotasdiferenciadas – incentivo fiscal – visando dar concreção aopreceito veiculado pelo art. 3º da Constituição, ao objetivo daredução das desigualdades regionais e de desenvolvimentonacional. Autoriza-o o art. 151, I da Constituição. A alíquota de18% para o açúcar de cana não afronta o princípio daessencialidade. Precedente. A concessão do benefício daisenção fiscal é ato discricionário, fundado em juízo deconveniência e oportunidade do Poder Público, cujo controle évedado ao Judiciário. Precedentes." (AI 630.997-AgR, Rel. Min.Eros Grau, julgamento em 24-4- 2007, Segunda Turma, DJ de18-5-2007.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA

TRIBUTAÇÃO FEDERAL

II - tributar a renda das obrigações da

dívida pública dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios, bem como a

remuneração e os proventos dos

respectivos agentes públicos, em níveis

superiores aos que fixar para suas

obrigações e para seus agentes;

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

III - instituir isenções de tributos

da competência dos Estados, do

Distrito Federal ou dos

Municípios.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

A isenção de tributos estaduais prevista no Acordo Geral de Tarifas eComércio para as mercadorias importadas dos países signatários quandoo similar nacional tiver o mesmo benefício foi recepcionada pelaConstituição da República de 1988. O artigo 98 do Código TributárioNacional ‗possui caráter nacional, com eficácia para a União, os Estados eos Municípios‘ (voto do eminente Ministro Ilmar Galvão). No direitointernacional apenas a República Federativa do Brasil tem competênciapara firmar tratados (art. 52, § 2º, da Constituição da República), dela nãodispondo a União, os Estados-membros ou os Municípios. O Presidente daRepública não subscreve tratados como Chefe de Governo, mas comoChefe de Estado, o que descaracteriza a existência de uma isençãoheterônoma, vedada pelo art. 151, inc. III, da Constituição.‖ (RE 229.096,Rel. p/ o ac. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 16-8-07, Plenário, DJEde11-4-08). No mesmo sentido: RE 234.662-AgR, Rel. Min. Carlos Britto,julgamento em 13-10-09, 1ª Turma, DJE de 20-11- 09; AI 223.336-AgR,Rel. Joaquim Barbosa, julgamento em 21-10-08, 2ª Turma, DJE de 28-11-08; RE 385.311-AgR, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 12-8-08, 1ªTurma, DJE de 26-9-08.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

Art. 152. É vedado aos Estados, ao

Distrito Federal e aos Municípios

estabelecer diferença tributária entre

bens e serviços, de qualquer natureza,

em razão de sua procedência ou destino.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

"Tributário. ICMS. Benefício fiscal. Redução da carga tributáriacondicionada à origem da industrialização da mercadoria. Saídasinternas com café torrado ou moído. Decreto 35.528/2004 doEstado do Rio de Janeiro. Violação do art. 152 da Constituição.O Decreto 35.528/2004, do Estado do Rio de Janeiro, aoestabelecer um regime diferenciado de tributação para asoperações das quais resultem a saída interna de café torrado oumoído, em função da procedência ou do destino de tal operação,viola o art. 152 da Constituição." (ADI 3.389 e ADI 3.673, Rel.Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-9-07, Plenário, DJ de1º-2-08). No mesmo sentido: ADI 2.377-MC, Rel. Min.Sepúlveda Pertence, julgamento em 22-2-01, Plenário, DJ de 7-11-03.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS

Art. 167. São vedados:

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou

despesa, ressalvadas a repartição do produto da

arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 e

159, a destinação de recursos para as ações e serviços

públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do

ensino e para realização de atividades da administração

tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts.

198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às

operações de crédito por antecipação de receita, previstas

no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;

(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de

19.12.2003)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS

"Observe-se, ainda, que o art. 7º da Lei estadual impugnadadeterminou que do valor do crédito fiscal previsto no seu art. 3º40% (quarenta por cento) deverá ser recolhido para apoiar osprodutores e 10% (dez por cento), para a pesquisa do algodão.Tem-se aqui inequívoca afronta ao disposto no art. 167, IV, daConstituição, que veda a vinculação de receita de impostos aórgão, fundo ou despesas. Ressalte-se que esta Corte houve porbem declarar a inconstitucionalidade de lei paulista que destinou1% do ICMS ao fornecimento de programas habitacionais, porafronta ao dispositivo constitucional mencionado (RE n.183.906/SP, RTJ 167, p. 287/295)." (ADI 2.722, voto do Rel. Min.Gilmar Mendes, julgamento em 15-9-05, Plenário, DJ de 19-12-06). Vide:AI 463.587-AgR, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,julgamento em 23- 6-09, 1ª Turma,DJE de 14-8-09.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

Art. 153 - [...]

§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:

II - será não-cumulativo, compensando-se o que for

devido em cada operação com o montante cobrado nas

anteriores;

(...)

Art. 154. A União poderá instituir:

I - mediante lei complementar, impostos não previstos no

artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não

tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos

discriminados nesta Constituição;

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

―Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir

impostos sobre:

(...)

II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre

prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal

e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se

iniciem no exterior;

§ 2º. O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:

I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em

cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação

de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo

ou por outro Estado ou pelo Distrito Federal;‖

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE―Correção monetária. Créditos escriturais não utilizados no

tempo devido por ilegítima resistência do Estado. (...)

Correção monetária devida durante o período de oposição do

Estado. Entendimentos aplicáveis ao ICMS e ao IPI.‖ (RE

411.861-AgR-ED, Rel. Min. Ricardo Lewandowski,

julgamento em 1º-6-2010, Primeira Turma, DJE de 25-6-

2010.)

―Esta Corte entende que a atualização monetária do tributo,

tal como previsto na Lei 8.383/1991, não ofende o princípio

da não cumulatividade.‖ (RE 248.725-AgR, Rel. Min. Cezar

Peluso, julgamento em 15-12-2009, Segunda Turma, DJE de

19-2-2010.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÁRIAS

2. PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA

3. PRINCÍPIO DA CAPACIDADE CONTRIBUTIVA

4. PRINCÍPIO DA NORMA GERAL

5. PRINCÍPIO DA ESTRITA LEGALIDADE

6. PRINCÍPIO DA ISONOMIA

7. PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE

8. PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE E DA ANUALIDADE9. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DO EFEITO CONFISCATÓRIO

10. PRINCÍPIO DA NÃO LIMITAÇÃO AO TRÁFEGO DE PESSOAS E BENS

11. PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE GEOGRÁFICA

12. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DA DIFERENCIAÇÃO NA TRIBUTAÇÃO FEDERAL

13. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DAS ISENÇÕES HETERÔNOMAS

14. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE DIFERENCIAÇÃO DA TRIBUTAÇÃO

15. PRINCÍPIO DA VEDAÇÃO DE VINCULAÇÃO DAS RECEITAS16. PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

17. PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE

ICMS: III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade

IPI: I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;

―TRIBUTÁRIO, IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS. PRICÍPIOSDASELETIVIDADE E DA IGUALDADE. CONSTITUIÇÃO FEDERAL. ARTIGOS 43,PÁRAGRAFO2º III E 151, I. DECRETO Nº 420, DE 13/01/92, ARTIGO 1º.1. Não há inconstitucionalidade nafixação da alíquota de18% (dezoito por cento) do IPI incidente sobre açúcar, de vez que, emconsonância com o princípio da seletividade, revela o caráter essencial do produto.2. Permitindoa Constituição Federal o tratamento fiscal desigual para redução das desigualdades regionais,não há inconstitucionalidade por infringência do preceito isonômico, na distinção tributária emrazão da procedência ou destino do produto, com este objetivo.3. O desaparecimento do teto daalíquota, por força da não subsistência do preço unificado do açúcar, significa que, à falta detexto de lei específico (CF, art. 153 parágrafo 1º), deve o Governo, na dosagem da carga do IPI,nortear-se pelo princípio daseletividade.4. Apelação a que se nega provimento.‖ (Apelação emMandado de Segurança n. 9301173840. 3ª Turma. Tribunal Regional Federal da 1ª Região.Publicado em 20/02/1998.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADES

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

2. IMUNIDADE RECÍPROCA

3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS

4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

5. IMUNIDADE DOS LIVROS

6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais

7. OUTRAS IMUNIDADES

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

―A imunidade é, assim, a qualidade da situação que

não pode ser atingida pelo tributo, em razão de

norma constitucional que, à vista de alguma

especificidade pessoal ou material dessa situação,

deixou-a fora do campo sobre que é autorizada a

instituição de tributo.‖ (LUCIANO DA SILVA

AMARO)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

IMUNIDADE X NÃO-INCIDÊNCIA X ISENÇÃO X ALÍQUOTA ZERO

CLASSIFICAÇÃO:

A) SUBJETIVAS E OBJETIVAS

B) EXPRESSAS E IMPLÍCITAS

C) INCONDICIONAIS E CONDICIONAIS

D) GENÉRICAS E ESPECÍFICAS

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

As IMUNIDADES do artigo 150, VI, da CF só afastam a

incidência de IMPOSTOS:

"A imunidade prevista no art. 150, VI da CF não alcança a

contribuição para o PIS, mas somente os impostos

incidentes sobre a venda de livros, jornais e periódicos." (RE

211.388-ED, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 10-2-

1998, Segunda Turma, DJ de 8-5-1998.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADES

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

2. IMUNIDADE RECÍPROCA

3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS

4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

5. IMUNIDADE DOS LIVROS

6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais

7. OUTRAS IMUNIDADES

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE RECÍPROCA

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços, uns

dos outros;

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADE RECÍPROCA

―A imunidade tributária prevista no art. 150, VI, a, da

Constituição, aplica-se às operações de importação de bens

realizadas por municípios, quando o ente público for o

importador do bem (identidade entre o ‗contribuinte de direito‘

e o ‗contribuinte de fato‘). Compete ao ente tributante provar

que as operações de importação desoneradas estão influindo

negativamente no mercado, a ponto de violar o art. 170 da

Constituição. Impossibilidade de presumir risco à livre-

iniciativa e à concorrência.‖ (AI 518.325-AgR, Rel. Min.

Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma,

DJE de 30-4-2010.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE RECÍPROCA

―A imunidade tributária gozada pela Ordem dos Advogados do Brasil é daespécie recíproca (art. 150, VI, a, da Constituição), na medida em que aOAB desempenha atividade própria de Estado (defesa da Constituição, daordem jurídica do Estado democrático de direito, dos direitos humanos, dajustiça social, bem como a seleção e controle disciplinar dos advogados). Aimunidade tributária recíproca alcança apenas as finalidades essenciais daentidade protegida. O reconhecimento da imunidade tributária às operaçõesfinanceiras não impede a autoridade fiscal de examinar a correção doprocedimento adotado pela entidade imune. Constatado desvio definalidade, a autoridade fiscal tem o poder-dever de constituir o créditotributário e de tomar as demais medidas legais cabíveis. Naturezaplenamente vinculada do lançamento tributário, que não admite excesso decarga.‖ (RE 259.976-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 23-3-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.) Vide: RE 233.843, Rel. Min.Joaquim Barbosa, julgamento em 1º-12-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE RECÍPROCA

―Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária –INFRAERO. Empresa pública. Imunidade recíproca.Art. 150, VI, a, da CF/1988. A Infraero, empresa públicaprestadora de serviço público, está abrangida pelaimunidade tributária prevista no art. 150, VI, a, daConstituição. Não incide ISS sobre a atividadedesempenhada pela Infraero na execução de serviçosde infra-estrutura aeroportuária, atividade que lhe foiatribuída pela União.‖ (RE 524.615-AgR, Rel. Min. ErosGrau, julgamento em 9-9-2008, Segunda Turma, DJEde 3-10-2008.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADE RECÍPROCA

"Decisão que deferiu o pedido de tutela antecipada, nos termos do RE

407.099-5/RS, Segunda Turma, Rel. Min. Carlos Velloso, DJ de 6-8-

2004. Suspensão da exigibilidade da cobrança de IPVA sobre os

veículos da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT). Este

Tribunal possui firme entendimento no sentido de que a imunidade

recíproca, prevista no art. 150, VI, a, da CF, estende-se à ECT (ACO-

AgRg 765-1/RJ, Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, Informativo

STF 443). A controvérsia sobre a natureza jurídica e a amplitude do

conceito dos serviços postais prestados pela ECT está em debate na

ADPF 46." (ACO 811-AgR, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em

26-4-2007, Plenário, DJ de 14-12-2007.) No mesmo sentido: RE

443.648-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 20-4-2010,

Segunda Turma, DJE de 28-5-2010.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE RECÍPROCA―A jurisprudência do Supremo firmou-se no sentido de que a imunidade

de que trata o art. 150, VI, a, da CF/1988, somente se aplica a imposto

incidente sobre serviço, patrimônio ou renda do próprio Município. Esta

Corte firmou entendimento no sentido de que o Município não é

contribuinte de direito do ICMS, descabendo confundi-lo com a figura

do contribuinte de fato e a imunidade recíproca não beneficia o

contribuinte de fato.‖ (AI 671.412-AgR, Rel. Min. Eros Grau,

julgamento em 1º-4-2008, Segunda Turma, DJE de 25-4-2008.) No

mesmo sentido: AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa,

julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010; AI

574.042-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 6-10-

2009, Segunda Turma, DJE de 29-10-2009; AI 634.050-AgR, Rel. Min.

Ricardo Lewandowski, julgamento em 23-6-2009, Primeira Turma, DJE

de 14-8-2009. Vide: AI 518.325-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa,

julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE RECÍPROCA

"IPTU. Imóveis que compõem o acervo patrimonial do Porto de Santos,

integrantes do domínio da União. Impossibilidade de tributação pela

municipalidade, independentemente de encontrarem-se tais bens

ocupados pela empresa delegatária dos serviços portuários, em face

da imunidade prevista no art. 150, VI, a, da CF." (RE 253.394, Rel.

Min. Ilmar Galvão, julgamento em 26-11-2002, Primeira Turma, DJ de

11-4-2003.) No mesmo sentido: RE 597.563-AgR, Rel. Min. Eros

Grau, julgamento em 12-5-2009, Segunda Turma, DJE de 29-5-2009;

RE 318.185-AgR, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento em 9-3-

2004, Segunda Turma, DJ de 7-5-2004; RE 357.447-AgR, Rel. Min.

Ellen Gracie, julgamento em 2-3-2004, Segunda Turma, DJ de 26-3-

2004; RE 265.749, Rel. Min. Maurício Corrêa, julgamento em 27-5-

2003, Segunda Turma, DJ de 12-9-2003.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADE RECÍPROCA

§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às

autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo

Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda

e aos serviços, vinculados a suas finalidades

essenciais ou às delas decorrentes.

―Promitente comprador de imóvel residencial transcrito em

nome de autarquia é contribuinte do imposto predial

territorial urbano.‖ (Súmula 583.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE RECÍPROCA―Incra. Imunidade tributária. Exploração de unidade agroindustrial.

Ausência de configuração de atividade econômica capaz de impor o

regime tributário próprio das empresas privadas. A atividade exercida

pelo Incra, autarquia federal, não se enquadra entre aquelas sujeitas ao

regime tributário próprio das empresas privadas, considerando que a

eventual exploração de unidade agroindustrial, desapropriada, em área

de conflito social, está no âmbito de sua destinação social em setor

relevante para a vida nacional. A imunidade tributária só deixa de operar

quando a natureza jurídica da entidade estatal é de exploração de

atividade econômica.‖ (RE 242.827, Rel. Min. Menezes Direito,

julgamento em 2-9-2008, Primeira Turma, DJE de 24-10-2008.) No

mesmo sentido: RE 248.824-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento

em 13-10-2009, Primeira Turma, DJE de 13-11-2009.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE RECÍPROCA

§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se

aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com

exploração de atividades econômicas regidas pelas normas

aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja

contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário,

nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar

imposto relativamente ao bem imóvel.

―Preços de serviços públicos e taxas não se confundem, porque estas,

diferentemente daqueles, são compulsórias e têm sua cobrança

condicionada à prévia autorização orçamentária, em relação à lei que as

instituiu.‖ (Súmula 545.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADE RECÍPROCA―É aplicável a imunidade tributária recíproca às autarquias e empresas

públicas que prestem inequívoco serviço público, desde que, entre outros

requisitos constitucionais e legais não distribuam lucros ou resultados

direta ou indiretamente a particulares, ou tenham por objetivo principal

conceder acréscimo patrimonial ao poder público (ausência de

capacidade contributiva) e não desempenhem atividade econômica, de

modo a conferir vantagem não extensível às empresas privadas (livre

iniciativa e concorrência). O Serviço Autônomo de Água e Esgoto é

imune à tributação por impostos (art. 150, VI, a e § 2º e § 3º da

Constituição). A cobrança de tarifas, isoladamente considerada, não

altera a conclusão.‖ (RE 399.307-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa,

julgamento em 16-3-2010, Segunda Turma, DJE de 30-4-2010.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE RECÍPROCA"Incidência do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN sobre

serviços de registros públicos, cartorários e notariais. Constitucionalidade.

Ação direta de inconstitucionalidade ajuizada contra os itens 21 e 21.1 da Lista

Anexa à LC 116/2003, que permitem a tributação dos serviços de registros

públicos, cartorários e notariais pelo ISSQN. (...) As pessoas que exercem

atividade notarial não são imunes à tributação, porquanto a circunstância de

desenvolverem os respectivos serviços com intuito lucrativo invoca a exceção

prevista no art. 150, § 3º da Constituição. O recebimento de remuneração pela

prestação dos serviços confirma, ainda, capacidade contributiva. A imunidade

recíproca é uma garantia ou prerrogativa imediata de entidades políticas

federativas, e não de particulares que executem, com inequívoco intuito

lucrativo, serviços públicos mediante concessão ou delegação, devidamente

remunerados. Não há diferenciação que justifique a tributação dos serviços

públicos concedidos e a não tributação das atividades delegadas." (ADI 3.089,

Rel. p/ o ac. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 13-2-2008, Plenário, DJE

de 1º-8-2008.) No mesmo sentido: RE 557.643-AgR, Rel. Min. Eros Grau,

julgamento em 10-2-2009, Segunda Turma, DJE de 13-3-2009.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADES

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

2. IMUNIDADE RECÍPROCA

3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS

4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

5. IMUNIDADE DOS LIVROS

6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais

7. OUTRAS IMUNIDADES

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADE DOS TEMPLOS

b) templos de qualquer culto;

―Recurso extraordinário. Constitucional. Imunidade Tributária. IPTU. Art.

150, VI, b, CF/1988. Cemitério. Extensão de entidade de cunho

religioso. Os cemitérios que consubstanciam extensões de entidades de

cunho religioso estão abrangidos pela garantia contemplada no art. 150

da Constituição do Brasil. Impossibilidade da incidência de IPTU em

relação a eles. A imunidade aos tributos de que gozam os templos de

qualquer culto é projetada a partir da interpretação da totalidade que o

texto da Constituição é, sobretudo do disposto nos arts. 5º, VI, 19, I, e

150, VI, b. As áreas da incidência e da imunidade tributária são

antípodas.‖ (RE 578.562, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 21-5-

2008, Plenário, DJE de 12-9-2008.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DOS TEMPLOS

"Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade quese encontram alugados. A imunidade prevista no art. 150, VI, b,CF, deve abranger não somente os prédios destinados ao culto,mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços ‗relacionadoscom as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas‘.O § 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo dasalíneas b e c do inciso VI do art. 150 da CF. Equiparação entre ashipóteses das alíneas referidas." (RE 325.822, Rel. p/ o ac. Min.Gilmar Mendes, julgamento em 15-12-2002, Plenário, DJ de 14-5-2004.) No mesmo sentido: AI 690.712-AgR, Rel. Min. RicardoLewandowski, julgamento em 23-6-2009, Primeira Turma, DJE de14-8-2009; AI 651.138-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em26-6-2007, Segunda Turma, DJ de 17-8-2007.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DOS TEMPLOS

§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e

"c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os

serviços, relacionados com as finalidades essenciais das

entidades nelas mencionadas.

"À luz da plena vinculação da atividade administrativa da

constituição do crédito tributário, eventual e hipotético desvio

de finalidade na aplicação do bem não pode ser pura e

simplesmente pressuposta." (AI 409.806-AgR, Rel. Min.

Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda Turma,

DJE de 7-5-2010.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADES

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

2. IMUNIDADE RECÍPROCA

3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS

4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

5. IMUNIDADE DOS LIVROS

6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais

7. OUTRAS IMUNIDADES

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusivesuas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, dasinstituições de educação e de assistência social, sem finslucrativos, atendidos os requisitos da lei;

―Ainda quando alugado a terceiros, permanece imune ao IPTU o imóvelpertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, c, daConstituição, desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nasatividades essenciais de tais entidades.‖ (Súmula 724)

―A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social semfins lucrativos pelo art. 150, VI, c, da Constituição, somente alcança asentidades fechadas de previdência social privada se não houvercontribuição dos beneficiários.‖ (Súmula 730)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

"Na tributação das operações de importação, o contribuinte

por excelência do tributo é o importador (que tende a ser o

adquirente da mercadoria) e não o vendedor. Há confusão

entre as figuras do contribuinte de direito e do contribuinte de

fato. Assim, não faz sentido argumentar que a imunidade

tributária não se aplica à entidade beneficente de assistência

social nas operações de importação, em razão de a regra

constitucional não se prestar à proteção de terceiros que

arquem com o ônus da tributação." (AI 476.664-AgR, Rel.

Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-2010, Segunda

Turma, DJE de 7-5-2010.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

―Imunidade. (...) Inaplicabilidade às hipóteses de responsabilidade ou

substituição tributária. (...) Recurso extraordinário interposto de acórdão

que considerou válida a responsabilização tributária do Serviço Social da

Indústria – SESI pelo recolhimento de ICMS devido em operação de

circulação de mercadoria, sob o regime de diferimento. Alegada violação

do art. 150, IV, c, da Constituição, que dispõe sobre a imunidade das

entidades assistenciais sem fins lucrativos. A responsabilidade ou a

substituição tributária não alteram as premissas centrais da tributação, cuja

regra-matriz continua a incidir sobre a operação realizada pelo contribuinte.

Portanto, a imunidade tributária não afeta, tão somente por si, a relação de

responsabilidade tributária ou de substituição e não exonera o responsável

tributário ou o substituto.‖ (RE 202.987, Rel. Min. Joaquim Barbosa,

julgamento em 30-6-2009, Segunda Turma, DJE de 25-9-2009.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

―ICMS. Imunidade. (...) Aquisição de mercadorias e serviços

no mercado interno. Entidade beneficente. A imunidade

tributária prevista no art. 150, VI, c, da Constituição,

compreende as aquisições de produtos no mercado interno,

desde que os bens adquiridos integrem o patrimônio dessas

entidades beneficentes.‖ (AI 535.922-AgR, Rel. Min. Ellen

Gracie, julgamento em 30-9-2008, Segunda Turma, DJE de

14-11-2008.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

"Sindicato. Colônia de férias. Inexistência de imunidade

tributária por não ser o patrimônio ligado às finalidades

essenciais do sindicato. Recurso extraordinário:

descabimento." (RE 245.093-AgR, Rel. Min. Sepúlveda

Pertence, julgamento em 14-11-2006, Primeira Turma, DJ de

7-12-2006.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

"Senac. Instituição de educação sem finalidade lucrativa. ITBI. Imunidade.

(...) Esta Corte, por seu Plenário, ao julgar o RE 237.718, firmou o

entendimento de que a imunidade tributária do patrimônio das instituições

de assistência social (art.150, VI, c, da Constituição) se aplica para afastar

a incidência do IPTU sobre imóveis de propriedade dessas instituições,

ainda quando alugados a terceiros, desde que os aluguéis sejam aplicados

em suas finalidades institucionais. Por identidade de razão, a mesma

fundamentação em que se baseou esse precedente se aplica a instituições

de educação, como a presente, sem fins lucrativos, para ver reconhecida,

em seu favor, a imunidade relativamente ao ITBI referente à aquisição por

ela de imóvel locado a terceiro, destinando-se os aluguéis a ser aplicados

em suas finalidades institucionais." (RE 235.737, Rel. Min. Moreira Alves,

julgamento em 13-11-2002, Primeira Turma, DJ de 17-5-2002.) No mesmo

sentido: AI 409.806-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 6-4-

2010, Segunda Turma, DJE de 7-5-2010.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c",

compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços,

relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas

mencionadas.

―Imunidade tributária. IPTU. Finalidade do bem. A utilização do imóvel para

atividade de lazer e recreação não configura desvio de finalidade com

relação aos objetivos da fundação caracterizada como entidade de

assistência social. A decisão que afasta o desvio de finalidade para o fim

de assegurar a imunidade tributária com base no reconhecimento de que a

atividade de recreação e lazer está no alcance dos objetivos da fundação

não agride o art. 150, § 4º, VI, da CF.‖ (RE 236.174, Rel. Min. Menezes

Direito, julgamento em 2-9-2008, Primeira Turma, DJE de 24-10-2008.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

―Imunidade – Instituições de educação e assistência social sem fins

lucrativos (...). O fato de os imóveis estarem sendo utilizados como

escritório e residência de membros da entidade não afasta a imunidade

prevista no art. 150, VI, alínea c, § 4º, da CF.‖ (RE 221.395, Rel. Min.

Marco Aurélio, julgamento em 8-2-2000, Segunda Turma, DJ de 12-5-

2000.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADES

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

2. IMUNIDADE RECÍPROCA

3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS

4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

5. IMUNIDADE DOS LIVROS

6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais

7. OUTRAS IMUNIDADES

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DOS LIVROS

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

―A imunidade prevista no art. 150, VI, d, da CF, abrange os filmes e papéis

fotográficos necessários à publicação de jornais e periódicos.‖ (Súmula

657)

"Imunidade tributária (livros, jornais e periódicos): listas telefônicas.

Firmou-se a jurisprudência do STF no sentido de que a imunidade

constitucional assegurada à publicação de periódicos impede a cobrança

de ISS sobre a edição de listas telefônicas." (RE 114.790, Rel. Min.

Sepúlveda Pertence, julgamento em 12-8-97, 1ª Turma, DJ de 3-10-97)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DOS LIVROS

"‗Álbum de figurinhas‘. Admissibilidade. A imunidade tributária sobre

livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão tem por

escopo evitar embaraços ao exercício da liberdade de expressão

intelectual, artística, científica e de comunicação, bem como facilitar o

acesso da população à cultura, à informação e à educação. O

Constituinte, ao instituir esta benesse, não fez ressalvas quanto ao valor

artístico ou didático, à relevância das informações divulgadas ou à

qualidade cultural de uma publicação. Não cabe ao aplicador da norma

constitucional em tela afastar este benefício fiscal instituído para

proteger direito tão importante ao exercício da democracia, por força de

um juízo subjetivo acerca da qualidade cultural ou do valor pedagógico

de uma publicação destinada ao público infanto-juvenil." (RE 221.239,

Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 25-5-2004, Segunda Turma, DJ

de 6-8-2004.) No mesmo sentido: RE 179.893, Rel. Min. Menezes

Direito, julgamento em 15-4-2008, Primeira Turma, DJE de 30-5-2008.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADE DOS LIVROS

"Imunidade conferida pelo art. 150, VI, d, da Constituição.

Impossibilidade de ser estendida a outros insumos não compreendidos

no significado da expressão ‗papel destinado à sua impressão‘.

Precedentes do Tribunal." (RE 324.600-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie,

julgamento em 3-9-2002, Primeira Turma, DJ de 25-10-2002.) No

mesmo sentido: RE 372.645-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento

em 20-10-2009, Primeira Turma, DJE de 13-11-2009.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DOS LIVROS

―Jornal. Imunidade tributária. CF, art. 150, VI, d. O STF decidiu que apenas

os materiais relacionados com papel (papel fotográfico, papel telefoto,

filmes fotográficos, sensibilizados, não impressionados, para imagens

monocromáticas, papel fotográfico p/ fotocomposição por laser) é que

estão abrangidos pela imunidade tributária do art. 150, VI, d, da CF.‖ (RE

178.863, Rel. Min. Carlos Velloso, julgamento em 25-3-1997, Segunda

Turma, DJ de 30-5-1997.) No mesmo sentido: RE 495.385-AgR, Rel.

Min. Eros Grau, julgamento em 29-9-2009, Segunda Turma, DJE de 23-10-

2009.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADE DOS LIVROS

"Encartes de propaganda distribuídos com jornais e

periódicos. ISS. Art. 150, VI, d, da Constituição. Veículo

publicitário que, em face de sua natureza propagandística, de

exclusiva índole comercial, não pode ser considerado como

destinado à cultura e à educação, razão pela qual não está

abrangido pela imunidade de impostos prevista no dispositivo

constitucional sob referência, a qual, ademais, não se

estenderia, de qualquer forma, às empresas por eles

responsáveis, no que concerne à renda bruta auferida pelo

serviço prestado e ao lucro líquido obtido." (RE 213.094, Rel.

Min. Ilmar Galvão, julgamento em 3-8-99, 1ª Turma, DJ de

15-10-99)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADE DOS LIVROS―(...) Decido. Anote-se, inicialmente, que o acórdão recorrido

foi publicado em 15/9/2000, conforme expresso na certidão

de folha 96, não sendo exigível a demonstração da existência

de repercussão geral das questões constitucionais trazidas

no recurso extraordinário, conforme decidido na Questão de

Ordem no Agravo de Instrumento nº 664.567/RS, Pleno,

Relator o Ministro Sepúlveda Pertence, DJ de 6/9/07. A

irresignação merece prosperar, haja vista que a

jurisprudência da Corte é no sentido de que a imunidade

prevista no artigo 150, inciso VI, alínea ―d‖, da Constituição

Federal, conferida a livros, jornais e periódicos, não abrange

outros insumos que não os compreendidos na acepção da

expressão ―papel destinado a sua impressão‖. (RE

330817/RJ. Ministro Dias Toffoli. Decisão em 04.02.2010)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADES

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

2. IMUNIDADE RECÍPROCA

3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS

4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

5. IMUNIDADE DOS LIVROS

6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais

7. OUTRAS IMUNIDADES

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

IMUNIDADES DOS CDs e DVDs Nacionais

e) fonogramas e videofonogramas musicais

produzidos no Brasil contendo obras musicais ou

literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em

geral interpretadas por artistas brasileiros bem

como os suportes materiais ou arquivos digitais

que os contenham, salvo na etapa de replicação

industrial de mídias ópticas de leitura a

laser. (Incluída pela Emenda Constitucional

nº 75, de 15.10.2013)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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IMUNIDADES

1. CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS

2. IMUNIDADE RECÍPROCA

3. IMUNIDADE DOS TEMPLOS

4. IMUNIDADE DAS ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS

5. IMUNIDADE DOS LIVROS

6. IMUNIDADE DOS CDs e DVDs nacionais

7. OUTRAS IMUNIDADES

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

OUTRAS IMUNIDADES

•Imunidade de produtos industrializados destinados ao exterior (art. 153,

§ 3º, III, da CF)

•Imunidade das pequenas glebas rurais (art. 153, § 4º, II da CF),

desde que o proprietário não possua outro imóvel e mantenha atividade

exploradora

•Imunidade do ICMS quanto a mercadorias e serviços destinados ao

exterior (art. 155, § 2º, X, ―a‖, da CF) : ―A imunidade do ICMS relativa à

exportação de produtos industrializados abrange todas as operações

que contribuíram para a exportação, independentemente da natureza da

moeda empregada.‖ (RE 248.499, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento

em 27-10-2009, Segunda Turma, DJE de 20-11-2009.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

OUTRAS IMUNIDADES

•Imunidade do ICMS quanto a operações que destinem a outros

Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e

gasosos dele derivados, e energia elétrica (art. 155, § 2º, X, ―b‖, da

CF) :

―Recurso Extraordinário. Decisão do Tribunal de Justiça do Estado

do Rio de Janeiro que reconheceu a imunidade prevista no art. 155,

§ 2º, X, b, da CF. Incidência do ICMS sobre a operação de

bombeamento e tancagem de combustível. Não comprovação de

venda do produto em outros Estados. Não caracterização da

operação tancagem como operação de destinação. Afronta ao art.

155, § 2º, X, b, CF/1988 por má aplicação.‖ (RE 358.956, Rel. p/ o

ac. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 20-9-2005, Segunda Turma,

DJE de 27-6-2008.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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OUTRAS IMUNIDADES

Imunidade do ICMS sobre o ouro quando definido em lei

como ativo financeiro ou instrumento cambial (art. 155, § 2º,

X, ―c‖, da CF):

"O ouro, definido como ativo financeiro ou instrumento

cambial, sujeita-se, exclusivamente, ao IOF, devido na

operação de origem: CF, art. 153, § 5º.

Inconstitucionalidade do inciso II do art. 1º da Lei

8.033/1990." (RE 190.363, Rel. Min. Carlos Velloso,

julgamento em 13-5-1998, Plenário, DJ de 12-6-1998.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

OUTRAS IMUNIDADES

Imunidade do ICMS nas operações de serviços de comunicação

nas modalidades de radiodifusão sonora e de sons e imagens de

recepção livre e gratuita (art. 155, § 2º, X, ―d‖, da CF)

Imunidade do ITBI em relação a direitos reais de garantia (art. 156,

II, da CF)

Imunidade do ITBI sobre a transmissão de bens ou direitos

incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de

capital (art. 156, § 2º, I, da CF)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

OUTRAS IMUNIDADES

•Imunidade da CIDE sobre as receitas decorrentes de exportação (art. 149, § 2º,

I, da CF):

"Tributo. Contribuição Social sobre Lucro Líquido – CSLL. Incidência sobre as

receitas e o lucro decorrentes de exportação. Inadmissibilidade. Ofensa

aparente ao disposto no art. 149, § 2º, I, da CF, incluído pela EC 33/2001.

Pretensão de inexigibilidade. Razoabilidade jurídica, acrescida de perigo de

dano de reparação dificultosa. Efeito suspensivo ao recurso extraordinário

admitido na origem. Liminar cautelar concedida para esse fim." (AC 1.738-MC,

Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 17-9-2007, Plenário, DJ de 19-10-2007.)

No mesmo sentido: AC 1.890-MC, Rel. Min. Menezes Direito, julgamento em

16-12-2008, Primeira Turma, DJE de 27-2-2009; AC 2.073-QO, Rel. Min. Celso

de Mello, julgamento em 26-6-2008, Informativo 512. Em sentido contrário: RE

474.132, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento em 12-8-2010, Plenário,

Informativo 595; RE 564.413, Rel. Min. Marco Aurélio, julgamento em 12-8-

2010, Plenário, Informativo 595.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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OUTRAS IMUNIDADES

•Imunidade das Contribuições Sociais para a Seguridade Social relativas às entidades

beneficentes de assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei. (art.

195, § 7º da CRFB):

―Constitucional. Tributário. Contribuições Sociais. Imunidade. Certificado de Entidade

Beneficente de Assistência Social – CEBAS. Renovação periódica. Constitucionalidade.

Direito adquirido. Inexistência. Ofensa aos arts. 146, II e 195, § 7º, da CF/1988.

Inocorrência. A imunidade das entidades beneficentes de assistência social às

contribuições sociais obedece a regime jurídico definido na Constituição. O inciso II do

art. 55 da Lei 8.212/1991 estabelece como uma das condições da isenção tributária das

entidades filantrópicas a exigência de que possuam o certificado de Entidade Beneficente

de Assistência Social – CEBAS, renovável a cada três anos. A jurisprudência desta Corte

é firme no sentido de afirmar a inexistência de direito adquirido a regime jurídico, razão

motivo pelo qual não há razão para falar-se em direito à imunidade por prazo

indeterminado. A exigência de renovação periódica do CEBAS não ofende os arts. 146,

II, e 195, § 7º, da Constituição. Precedente (...). Hipótese em que a recorrente não

cumpriu os requisitos legais de renovação do certificado.‖ (RMS 27.093, Rel. Min. Eros

Grau, julgamento em 2-9-2008, Segunda Turma, DJE de 14-11-2008.) No mesmo

sentido: RMS 26.932, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 1-12-2009, Segunda

Turma, DJE de 5-2-2010.

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

OUTRAS IMUNIDADES

•Imunidade de taxas decorrentes do direito de petição (art. 5º.

XXXIV, a, da CF):

―É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento

prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso

administrativo.‖ (Súmula Vinculante 21.)

Imunidade de taxas para obtenção de certidões em

repartições públicas (art. 5º. XXXIV, b, da CF):

"Ação direta de inconstitucionalidade. Art. 178 da LC 19, de 29 de

dezembro de 1997, do Estado do Amazonas. Extração de certidões, em

repartições públicas, condicionada ao recolhimento da ‗taxa de segurança

pública‘. violação à alínea b do inciso XXXIV do 5º da CF. Ação julgada

procedente." (ADI 2.969, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 29-3-2007,

Plenário, DJ de 22-6-2007.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

OUTRAS IMUNIDADES

•Imunidade de custas judiciais na ação popular (art. 5º.

LXXIII, da CF):

"Honorários advocatícios e custas por conta dos réus,

apenas, dado que não cabe condenação do autor em tais

parcelas, na forma do disposto no art. 5º, LXXIII, da

Constituição." (AO 188, Rel. Min. Carlos Velloso,

julgamento em 29-9-1993, Plenário, DJ de 29-10-1993.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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OUTRAS IMUNIDADES

•Imunidade das custas judiciais para os hipossuficientes (art. 5º. LXXIV, da CF):

"Custas: condenação do beneficiário da justiça gratuita. O beneficiário da

justiça gratuita, que sucumbe, é condenado ao pagamento das custas, que,

entretanto, só lhe serão exigidas, se até cinco anos contados da decisão final,

puder satisfazê-las sem prejuízo do sustento próprio ou da família: incidência

do art. 12 da Lei 1.060/1950, que não é incompatível com o art. 5º, LXXIV, da

CF." (RE 184.841, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 21-3-

1995, Primeira Turma, DJ de 8-9-1995.) No mesmo sentido: RE 482.367-

AgR-AgR, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgamento em 15-12-2009, Primeira

Turma, DJE de 5-2-2010; RE 528.030-AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento

em 1º-12-2009, Segunda Turma, DJE de 18-12-2009; RE 495.498-AgR, Rel.

Min. Eros Grau, julgamento em 26-6-2007, Segunda Turma, DJ de 17-8-2007.

―A demonstração do estado de miserabilidade pode resultar de quaisquer

outros meios probatórios idôneos, além do atestado de pobreza fornecido por

autoridade policial competente.‖ (HC 72.328, Rel. Min. Celso de Mello,

julgamento em 21-3-1995, Primeira Turma, DJE de 11-12-2009.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

OUTRAS IMUNIDADES

•Imunidade do registro civil e da certidão de óbito para os

reconhecidamente pobres (art. 5º. LXXVI, a e b, da CF):

"Constitucional. Declaração de constitucionalidade. Atividade notarial.

Natureza. Lei 9.534/1997. Registros públicos. Atos relacionados ao

exercício da cidadania. Gratuidade. Princípio da proporcionalidade.

Violação não observada. Precedentes. Procedência da ação. A

atividade desenvolvida pelos titulares das serventias de notas e

registros, embora seja análoga à atividade empresarial, sujeita-se a

um regime de direito público. Não ofende o princípio da

proporcionalidade lei que isenta os ‗reconhecidamente pobres‘ do

pagamento dos emolumentos devidos pela expedição de registro civil

de nascimento e de óbito, bem como a primeira certidão respectiva."

(ADC 5, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 11-6-2007,

Plenário, DJ de 5-10-2007.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

OUTRAS IMUNIDADES

•Imunidade das ações de habeas-corpus e habeas-data (art. 5º. LXXVII,

da CF):

―Constitucional. Atividade notarial. Natureza. Lei 9.534/1997. Registros

públicos. Atos relacionados ao exercício da cidadania. Gratuidade.

Princípio da proporcionalidade. Violação não observada. Precedentes.

Improcedência da ação. A atividade desenvolvida pelos titulares das

serventias de notas e registros, embora seja análoga à atividade

empresarial, sujeita-se a um regime de direito público. Não ofende o

princípio da proporcionalidade lei que isenta os ‗reconhecidamente

pobres‘ do pagamento dos emolumentos devidos pela expedição de

registro civil de nascimento e de óbito, bem como a primeira certidão

respectiva. Precedentes. Ação julgada improcedente.‖ (ADI 1.800, Rel. p/

o ac. Min. Ricardo Lewandowski, julgamento em 11-6-2007, Plenário, DJE

de 28-9-2007.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

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OUTRAS IMUNIDADES

Imunidade do ensino fundamental e médio

(art. 208, I, II, §1º da CF)

Imunidade da celebração do casamento (art. 226, § 1º da CF):

"Na Instrução Normativa 218/1993, impugna-se a inclusão do termo

casamento, no item 1, sustentando-se que a Constituição assegura

gratuidade às pessoas reconhecidamente pobres, quanto a certidões de

registro civil de nascimento e óbito, não, assim, no que concerne às

certidões de casamento. Está no art. 226, § 1º, da Constituição, que o

casamento é civil e gratuita a celebração. Falta de relevância jurídica ao

pedido de cautelar, na espécie, em ordem a autorizar, desde logo, a

suspensão de vigência da Instrução Normativa 218/1993, não havendo,

além disso a autora demonstrado o periculum in mora, in casu." (ADI

1.364-MC, Rel. Min. Néri da Silveira, julgamento em 19-12-1995,

Plenário, DJ de 11-4-1997.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

OUTRAS IMUNIDADES

•Imunidade na distribuição da edição popular da Constituição Federal (art. 64 do ADCT)

•Imunidade de impostos federais, estaduais e municipais sobre operações de transferência

de imóveis desapropriados para fins dereforma agrária. (art. 184, § 5º da CF):

―Alcance da imunidade tributária relativa aos títulos da dívida agrária. Há pouco, em 28-9-

1999, a Segunda Turma desta Corte, ao julgar o RE 169.628, Relator o eminente Ministro

Maurício Corrêa, decidiu, por unanimidade de votos, que o § 5º do art. 184 da Constituição,

embora aluda à isenção de tributos com relação às operações de transferência de imóveis

desapropriados para fins de reforma agrária, não concede isenção, mas, sim, imunidade,

que por sua vez tem por fim não onerar o procedimento expropriatório ou dificultar a

realização da reforma agrária, sendo que os títulos da dívida agrária constituem moeda de

pagamento da justa indenização devida pela desapropriação de imóveis por interesse social

e, dado o seu caráter indenizatório, não podem ser tributados. Essa imunidade, no entanto,

não alcança terceiro adquirente desses títulos, o qual, na verdade, realiza com o

expropriado negócio jurídico estranho à reforma agrária, não sendo assim também

destinatário da norma constitucional em causa.‖ (RE 168.110, Rel. Min. Moreira Alves,

julgamento em 4-4-2000, Primeira Turma, DJ de 19-5-2000.)

LIMITAÇÕES AO PODER

DE TRIBUTAR

PROGRAMA DA DISCIPLINA

• Apresentação

• Bibliografia recomendada

• Sistema Tributário Nacional

• Tributos: Conceito e Espécies

• Limitações ao Poder de Tributar

• Relação Jurídica Tributária

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• Obrigação Tributária

• Fato Gerador

• Sujeitos da Relação Tributária

• Crédito Tributário

• Administração Tributária

Relação Jurídica Tributária

RELAÇÃO JURÍDICA TRIBUTÁRIA

Conceito de OBRIGAÇÃO

TRIBUTÁRIA

CLÁUDIO CARNEIRO resume: ―a obrigação

tributária é a relação jurídica existente entre

a Fazenda Pública (sujeito ativo) e o

contribuinte (sujeito passivo), que nasce

com a ocorrência do fato gerador.

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Espécies de OBRIGAÇÃO

TRIBUTÁRIA

RICARDO LOBO TORRRES afirma que : ―a obrigação

tributária principal é o vínculo jurídico que une o sujeito ativo

(Fazenda Pública) ao sujeito passivo (contribuinte ou

responsável) em torno do pagamento de um tributo.‖ Para

TORRES ―a prestação objeto da obrigação principal será,

portanto, ou um imposto, ou uma taxa, ou uma contribuição

ou um empréstimo compulsório, que constituem as quatro

espécies do gênero tributo‖

―A obrigação acessória decorre da legislação tributária e

tem por objeto as prestações, positivas ou negativas, nela

previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos

tributos.‖ (§ 2º, do artigo 113, do CTN)

Espécies de OBRIGAÇÃO

TRIBUTÁRIA

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.

§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do

fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou

penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o

crédito dela decorrente.

§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação

tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou

negativas, nela previstas no interesse da arrecadação

ou da fiscalização dos tributos.

§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua

inobservância, converte-se em obrigação principal

relativamente à penalidade pecuniária.

JURISPRUDÊNCIA

―EXECUÇÃO FISCAL – AUTO DE INFRAÇÃO E IMPOSIÇÃO DE MULTA

(AIIM) – ELEVADO VALOR – RAZOABILIDADE DA MEDIDA – LEI

LOCAL. 1. A obrigação acessória desenvolve um "importante papel

como mecanismo garantidor do cumprimento da obrigação

principal", a partir do "aumento do sentimento de risco por parte dos

contribuintes e responsáveis", pois os contribuintes acabam por

municiar o fisco com uma série de informações que serão usadas

para aumentar a eficiência da fiscalização tributária (MARTINS, Iágaro

Jung. Obrigações acessórias: livros e declarações. Porto Alegre: TRF - 4ª

Região apud Leandro Paulsen, 11ª ed. - Porto Alegre: Livraria do

Advogado, 2009. Direito Tributário à luz da doutrina e da jurisprudência).

2. O elevado valor da multa decorrente do não cumprimento da

obrigação tributária acessória, em comparação com a penalidade

pelo descumprimento da obrigação principal, não significa, por si só,

a desproporcionalidade ou desarrazoabilidade da medida prevista

em lei. (...)‖ (AgRg no REsp 982582 / RJ de 15/06/2010)

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JURISPRUDÊNCIA

―(...) 3. Hipótese em que foram aplicadas quatro multas, cujos fatos geradores são: a)ausência de entrega de declaração dos valores pagos a clubes de futebol, decorrentesde contratos de publicidade; b) inadimplemento das respectivas contribuiçõesprevidenciárias incidentes; c) ausência de declaração, na GFIP, dos salários pagosaos empregados do recorrido; e d) inadimplemento do tributo incidente sobre a referidafolha de salários. 4. Não se confundem as multas impostas em razão dodescumprimento das obrigações tributárias principal (recolher tributos) e acessória(inobservância da legislação tributária que impõe prestações positivas – como entregardeclarações sobre a ocorrência de situações tributáveis – ou negativas, instituídas nointeresse da arrecadação ou fiscalização). 5. A título exemplificativo, são plenamentecumuláveis as multas impostas pelo inadimplemento do Imposto de Renda (obrigaçãoprincipal) e pelo atraso na entrega da Declaração Anual de Ajuste (obrigaçãoacessória). 6. Em conseqüência, merece reforma o acórdão que se fundamentouna vedação do bis in idem para excluir as multas cominadas pelodescumprimento das obrigações acessórias. 7. Em relação à multa deR$105.490,15, contudo, deve ser mantido o acórdão hostilizado, porque ofundamento adotado para sua exclusão (desproporcionalidade, em função dovalor da obrigação principal – cujo valor aproximado é de R$20.000,00) não foiimpugnado no presente apelo. Aplicação da Súmula 283/STF.― (RESP200901734755 de 30/06/2010)

JURISPRUDÊNCIA

―(...) AÇÃO ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL. MULTA POR DESCUMPRIMENTO DE

OBRIGAÇÃO ACESSÓRIA (EXPEDIÇÃO DE NOTAS FISCAIS). IRRELEVÂNCIA DA

INCIDÊNCIA OU NÃO DO ICMS. ARTIGOS 113, §2º, 115, 175 PARÁGRAFO ÚNICO, E 194,

DO CTN. 1. O interesse público na arrecadação e na fiscalização tributária legitima o ente

federado a instituir obrigações, aos contribuintes, que tenham por objeto prestações,

positivas ou negativas, que visem guarnecer o fisco do maior número de informações

possíveis acerca do universo das atividades desenvolvidas pelos sujeitos passivos

(artigo 113, do CTN). 2. É cediço que, entre os deveres instrumentais ou formais, encontram-

se "o de escriturar livros, prestar informações, expedir notas fiscais, fazer declarações,

promover levantamentos físicos, econômicos ou financeiros, manter dados e documentos à

disposição das autoridades administrativas, aceitar a fiscalização periódica de suas atividades,

tudo com o objetivo de propiciar ao ente que tributa a verificação do adequado cumprimento da

obrigação tributária" (Paulo de Barros Carvalho, in "Curso de Direito Tributário", Ed. Saraiva,

16ª ed., 2004, págs. 288/289). 3. A relação jurídica tributária refere-se não só à obrigação

tributária stricto sensu (obrigação tributária principal), como ao conjunto de deveres

instrumentais (positivos ou negativos) que a viabilizam. 4. A obrigação acessória

prevista no artigo 113, § 2º c/c 115, do CTN, constitui dever instrumental, independente

da obrigação principal, e subsiste, ainda que o tributo seja declarado inconstitucional,

principalmente para os fins de fiscalização da Administração Tributária. 5. Os deveres

instrumentais (obrigações acessórias) são autônomos em relação à regra matriz de

incidência tributária, aos quais devem se submeter, até mesmo, as pessoas físicas ou

jurídicas que gozem de imunidade ou outro benefício fiscal, ex vi dos artigos 175,

parágrafo único, e 194, parágrafo único, do CTN. 6. Agravo regimental desprovido. (AGA

200802641195. STJ de 06/10/2009)

JURISPRUDÊNCIA

• Súmula 669 do STF – Norma legal que altera o prazo de

recolhimento da obrigação tributária não se sujeita ao princípio da

anterioridade. (24/09/2003)

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• Obrigação Tributária

• Fato Gerador

• Sujeitos da Relação Tributária

• Crédito Tributário

• Administração Tributária

Relação Jurídica Tributária

CONCEITO DE FATO

GERADOR

O fato gerador é um instituto típico do

Direito Tributário, que se origina como uma

situação hipotética prevista pelo legislador

(transformada em lei), que, uma vez

ocorrida, deixa de ser abstrata para ser

concreta, enquadrando-se na tipicidade

tributária, e gerando para quem a praticou o

dever de pagar tributos.

CONCEITO DE FATO

GERADOR

―Art. 114. Fato gerador da obrigação

principal é a situação definida em lei como

necessária e suficiente à sua ocorrência.

Art. 115. Fato gerador da obrigação

acessória é qualquer situação que, na

forma da legislação aplicável, impõe a

prática ou a abstenção de ato que não

configure obrigação principal.‖

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CLASSIFICAÇÃO DO FATO

GERADOR

Simples e Complexo: ICMS X IR

Instantâneo e Complexivo: ICMS X IR

Condicional e Incondicional: art. 117 do CTN

Causal e Formal: IR X Imposto sobre o selo (extinto)

Típico e Complementar: ICMS e ICMS na exportação

Genérico e Específico: ITBI X ISSQN (fatos específicos)

Elementos do fato gerador

Elemento Material: Hipótese de Incidência

Elemento Subjetivo: Sujeitos da relação jurídica

Elemento Temporal: Momento da ocorrência do FG

Elemento Espacial: Local da ocorrência do FG

Elemento Quantitativo: Base de cálculo e alíquota

Elisão, evasão e elusão Elisão fiscal: Lícita

Evasão fiscal: Ilícita

Elusão fiscal: Instrumento lícito sem propósito

negocial

Abuso de Forma, Simulação e Abuso de Direito

Norma Antielisiva: art. 116 do CTN X LC 105/2001

(Sigilo Bancácio)

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Fato gerados dos atos inválidos e ilícitos

• Atos Válidos e Inválidos: art. 118 do CTN

• Atos Lícitos e Ilícitos: Pecunia non olet

JURISPRUDÊNCIA―TRIBUTÁRIO. ANULATÓRIA DE DÉBITO FISCAL. IRPJ. IRREGULARIDADE NADECLARAÇÃO DAS RECEITAS. INOCORRÊNCIA. PERÍCIA COMPROBATÓRIA. PRESTAÇÃODE SERVIÇOS. ELISÃO FISCAL. 1. Discute-se a validade do lançamento fiscal, quedesconsiderou as declarações de rendimentos da autora, por ter ela debitado despesas, nãocomprovadas, lastreadas em notas fiscais de prestação de serviços emitidas por suacontroladora. 2. O laudo elaborado ateve-se, especialmente, aos documentos contábeis daautora e da prestadora de serviços, cuja análise possibilitou aferir se o procedimento adotado poraquela estaria a revelar subtração de tributos. 3. A estruturação da pessoa jurídica, pela qualhá uma controladora, por si só não pode evidenciar uma atuação fraudulenta, em face deprestação de serviços entre si, quando demonstrado por documentos a efetividade dessarelação comercial entre ambas. 4. Confunde-se a ré ao considerar esse fato ilegal, tidocomo elisão fiscal, glosando parcela das despesas apresentadas pela autora, apenas porcompartilharem, controlada e controladora, serviços entre si. A evasão fiscal sim, seriapassível dessa prática, quando verificado que os atos perpetrados são fraudados comesse objetivo, o que não ocorreu, conforme determinado pela perícia levada a efeito. 5.Prevalece o periciamento técnico, com a constatação de não ter havido elisão fiscal, nãopodendo subsistir a glosa efetuada, pois não constatada a sonegação de receita ao Fisco,pela suposta transferência de recursos à coligada. 6. Ilegítima a glosa levada a efeito peloFisco, com a lavratura do auto de infração, quando comprovado por documentos quetodas as receitas auferidas e pagas foram declaradas e oferecidas à tributação. 7. Aregularidade das escritas fiscais deve encontrar suporte em todos os haveres docontribuinte, entendidos nestes, o recebimento e o pagamento pelos serviços prestados, edemais registros. 8. Precedentes. 9. Apelação e remessa oficial improvidas.‖ (AC95030450349. TRF 3 de 17/05/2007)

JURISPRUDÊNCIA

―EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL - IMPORTAÇÃO DE VEÍCULOS USADOS

ALBERGADA POR SENTENÇA EM MANDADO DE SEGURANÇA,

POSTERIORMENTE CASSADA - RECOLHIMENTO DE IPI CUMULADO COM

APLICAÇÃO DA PENA DE PERDIMENTO - IMPOSSIBILIDADE. 1 - A cassação

da segurança concedida em ação mandamental tem efeitos ex tunc,

restabelecendo-se o direito da Receita Federal de aplicar a pena de perdimento

sobre os veículos importados usados, de modo que é incabível o recolhimento do

IPI devido por ocasião da saída das mercadorias do estabelecimento, pois elas,

em verdade, sequer poderiam ter sido importadas. 2 - Não é razoável admitir que

a retroação dos efeitos da cassação da segurança se prestasse apenas para

possibilitar a aplicação da pena de perdimento e não para invalidar a relação

tributária, que existiu temporariamente em decorrência daquelas

importações. 3 - O art. 118 do CTN, que prevê que a definição legal do fato

gerador é interpretada abstraindo-se a validade jurídica dos atos

efetivamente praticados pelos contribuintes e dos efeitos dos fatos

efetivamente ocorridos deve ser lido em conjunto com o art. 85 do

Regulamento Aduaneiro (Decreto nº 91.030/85), que prevê a não incidência de

tributos sobre mercadoria estrangeira objeto da pena de perdimento.‖ (AC

200504010407416. TRF 4 de 26/09/2006)

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JURISPRUDÊNCIA

―PENAL. HABEAS CORPUS. ART. 1º, I, DA LEI Nº 8.137/90. SONEGAÇÃO FISCALDE LUCRO ADVINDO DE ATIVIDADES ILÍCITAS. "NON OLET". Segundo aorientação jurisprudencial firmada nesta Corte e no Pretório Excelso, é possível atributação sobre rendimentos auferidos de atividade ilícita, seja de natureza civilou penal; o pagamento de tributo não é uma sanção (art. 4º do CTN - "que nãoconstitui sanção por ato ilícito"), mas uma arrecadação decorrente de renda oulucro percebidos, mesmo que obtidos de forma ilícita (STJ: HC 7.444/RS, 5ªTurma, Rel. Min. Edson Vidigal, DJ de 03.08.1998). A exoneração tributária dosresultados econômicos de fato criminoso - antes de ser corolário do princípio damoralidade - constitui violação do princípio de isonomia fiscal, de manifesta inspiraçãoética (STF: HC 77.530/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, DJU de18/09/1998). Ainda, de acordo com o art. 118 do Código Tributário Nacional a definiçãolegal do fato gerador é interpretada com abstração da validade jurídica dos atosefetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis ou terceiros, bem como danatureza do seu objeto ou dos seus efeitos (STJ: REsp 182.563/RJ, 5ª Turma, Rel. MinJosé Arnaldo da Fonseca, DJU de 23/11/1998). Habeas corpus denegado.‖ (HC200701148850. STJ de 28/11/2007)

JURISPRUDÊNCIA

• Súmula Vinculante 19 - A taxa cobrada exclusivamente em razão dosserviços públicos de coleta, remoção e tratamento ou destinação de lixo ouresíduos provenientes de imóveis, não viola o artigo 145, II, daConstituição Federal. (10/11/2009)

• Súmula Vinculante 31 - É inconstitucional a incidência do Imposto sobreServiços de Qualquer Natureza – ISS sobre operações de locação de bensmóveis. (17/02/2010)

• Súmula 135 do STJ – O ICMS não incide na gravação e distribuição defilmes e videoteipes. (16/05/1995)

• Súmula 136 do STJ – O pagamento de licença-premio não gozada pornecessidade do serviço não está sujeito ao imposto de renda. (16/05/1995)

• Súmula 138 do STJ – O ISS incide na operação de arrendamento mercantil de coisas móveis. (19/05/1995)

• Súmula 156 do STJ – A prestação de serviço de composição gráfica,personalizada e sob encomenda, ainda que envolva fornecimento demercadorias, está sujeita, apenas, ao ISS. (15/04/1996)

JURISPRUDÊNCIA

• Súmula 163 do STJ – O fornecimento de mercadorias com a simultâneaprestação de serviços em bares, restaurantes e estabelecimentos similaresconstitui fato gerador do ICMS a incidir sobre o valor total da operação.(19/06/1996)

• Súmula 166 do STJ – Não constitui fato gerador do ICMS o simplesdeslocamento de mercadoria de um para outro estabelecimento do mesmocontribuinte. (23/08/1996)

• Súmula 167 do STJ – O fornecimento de concreto, por empreitada, paraconstrução civil, preparado no trajeto até a obra em betoneiras acopladas acaminhões, é prestação de serviço, sujeitando-se apenas a incidência doISS. (19/09/1996)

• Súmula 185 do STJ – Nos depósitos judiciais não incide o Imposto sobreOperações Financeiras. (31/03/1997)

• Súmula 198 do STJ – Na importação de veículo por pessoa física,destinado a uso próprio incide o ICMS. (21/10/1997)

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JURISPRUDÊNCIA

• Súmula 215 do STJ – A indenização recebida pela adesão a programa deincentivo à demissão voluntária não está sujeita à incidência do imposto derenda. (04/12/1998)

• Súmula 334 do STJ – O ICMS não incide no serviço dos provedores deacesso à Internet. (14/02/2007)

• Súmula 350 do STJ – O ICMS não incide sobre o serviço de habilitação detelefone celular. (19/06/2008)

• Súmula 351 do STJ – A alíquota de contribuição para o Seguro deAcidente do Trabalho (SAT) é aferida pelo grau de risco desenvolvido emcada empresa, individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau de risco daatividade preponderante quando houver apenas um registro. (19/06/2008)

• Súmula 391 do STJ - O ICMS incide sobre o valor da tarifa de energiaelétrica correspondente à demanda de potência efetivamente utilizada.(07/10/2009)

• Súmula 395 do STJ - O ICMS incide sobre o valor da venda a prazoconstante da nota fiscal. (07/10/2009)

JURISPRUDÊNCIA• Súmula 423 do STJ - A Contribuição para Financiamento da Seguridade

Social – Cofins incide sobre as receitas provenientes das operações de locaçãode bens móveis. (13/05/2010)

• Súmula 424 do STJ - É legítima a incidência de ISS sobre os serviçosbancários congêneres da lista anexa ao DL n. 406/1968 e à LC n. 56/1987.(13/05/2010)

• Súmula 431 do STJ - É ilegal a cobrança de ICMS com base no valor damercadoria submetido ao regime de pauta fiscal. (13/05/2010)

• Súmula 432 do STJ - As empresas de construção civil não estão obrigadas apagar ICMS sobre mercadorias adquiridas como insumos em operaçõesinterestaduais. (13/05/2010)

• Súmula 433 do STJ - O produto semi-elaborado, para fins de incidência deICMS, é aquele que preenche cumulativamente os três requisitos do art. 1º daLei Complementar n. 65/1991. (13/05/2010)

• Súmula 436 do STJ - A entrega de declaração pelo contribuinte reconhecendodébito fiscal constitui o crédito tributário, dispensada qualquer outra providênciapor parte do fisco. (13/05/2010)

JURISPRUDÊNCIA• Súmula 458 do STJ - A contribuição previdenciária incide sobre a comissão

paga ao corretor de seguros. (08/09/2010)

• Súmula 463 do STJ - Incide imposto de renda sobre os valores percebidos atítulo de indenização por horas extraordinárias trabalhadas, ainda quedecorrentes de acordo coletivo. (08/09/2010)

• Súmula 468 do STJ - A base de cálculo do PIS, até a edição da MP n.1.212/1995, era o faturamento ocorrido no sexto mês anterior ao do fatogerador. (25/10/2010)

• Súmula 656 do STF – É inconstitucional a lei que estabelece alíquotasprogressivas para o imposto de transmissão ―inter vivos‖ de bens imóveis – ITBIcom base no valor venal do imóvel. (24/09/2003)

• Súmula 668 do STF – É inconstitucional a lei municipal que tenhaestabelecido, antes da Emenda Constitucional 29/2000, alíquotas progressivaspara o IPTU, salvo se destinada a assegurar o cumprimento da função social dapropriedade urbana. (24/09/2003)

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JURISPRUDÊNCIA

• Súmula 670 do STF – O serviço de iluminação pública não pode ser

remunerado mediante taxa. (24/09/2003)

• Súmula 688 do STF – É legítima a incidência da contribuição previdenciária

sobre o 13º salário. (24/09/2003)

• Obrigação Tributária

• Fato Gerador

• Sujeitos da Relação Tributária

• Crédito Tributário

• Administração Tributária

Relação Jurídica Tributária

Sujeitos da relação tributária

• Sujeito Ativo (art. 119 do CTN): Diretos

(entes federados) e Indiretos (entes

parafiscais)

• Sucessão do Sujeito Ativo (art. 120 do

CTN)

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JURISPRUDÊNCIA ―O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem legitimidade

passiva ad causam para figurar no pólo passivo das ações em que sediscute a legalidade da contribuição para o Sesc e o Senac, visto que éseu agente fiscalizador e arrecadador.‖ (REsp 521802 / PR, em06/02/2007)

―No rastro da jurisprudência desta Corte as concessionárias deenergia elétrica são parte ilegítima para figurar no pólo passivo dasações que versam sobre legalidade da taxa de iluminação pública,dada sua condição de meras arrecadadoras do tributo. 5. Estecolendo Superior Tribunal de Justiça detém jurisprudência orientada nosentido de que são os municípios parte legítima para figurarpassivamente nas ações onde se discute a legitimidade da cobrança dataxa de iluminação pública.‖ (REsp 960604 / RS, em 06/11/2007)

SUJEITOS DA RELAÇÃO

TRIBUTÁRIA

• Sujeito Passivo (art. 121 do CTN):

a) Contribuinte (relação direta com o FG)

b) Responsável (sem relação direta) – art.

128 do CTN

OBS: As Convenções Particulares não

podem alterar a sujeição passiva

tributária (art. 123 do CTN)

SUJEITOS DA RELAÇÃO

TRIBUTÁRIA

• Solidariedade Tributária (art. 124):

a) Natural

b) Legal

OBS: Não se aplica Benefício de Ordem (art.124, parágrafo único do CTN)

OBS: Efeitos da solidariedade (art. 125 doCTN)

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SUJEITOS DA RELAÇÃO

TRIBUTÁRIA

• Capacidade Tributária (art. 126 do CTN):

―Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:

I - da capacidade civil das pessoas naturais;

II - de achar-se a pessoa natural sujeita a medidas que

importem privação ou limitação do exercício de

atividades civis, comerciais ou profissionais, ou da

administração direta de seus bens ou negócios;

III - de estar a pessoa jurídica regularmente constituída,

bastando que configure uma unidade econômica ou

profissional.‖

SUJEITOS DA RELAÇÃO

TRIBUTÁRIA

• Domicílio Tributário (art. 70 do Ccivil c/c127 do CTN):

―Art. 127. Na falta de eleição, pelo contribuinte ou

responsável, de domicílio tributário, na forma da legislação

aplicável, considera-se como tal:

I - quanto às pessoas naturais, a sua residência habitual, ou,

sendo esta incerta ou desconhecida, o centro habitual de

sua atividade;

II - quanto às pessoas jurídicas de direito privado ou às

firmas individuais, o lugar da sua sede, ou, em relação aos

atos ou fatos que derem origem à obrigação, o de cada

estabelecimento;

III - quanto às pessoas jurídicas de direito público, qualquer

de suas repartições no território da entidade tributante.‖

SUJEITOS DA RELAÇÃO

TRIBUTÁRIA

• Responsabilidade Tributária (art. 128 do CTN):

a) Por Substituição (art. 128 do CTN c/c art. 150, § 7º da CF)

b) Por Transferência (art. 129/138): (por sucessão, de

terceiros por imputação legal e por infrações)

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SUJEITOS DA RELAÇÃO

TRIBUTÁRIA

• Modalidades de responsabilidade por Substituição:

a) Substituição Tributária para trás (postergação)

b) Substituição Tributária para frente (antecipação) – art.

150, § 7º, da CF (incluído pela EC n. 03/93)

SUJEITOS DA RELAÇÃO

TRIBUTÁRIA

• Modalidades de responsabilidade por Transferência:

• Responsabilidade dos Sucessores: Sucessão imobiliária(art. 130); Sucessão inter vivos de bens adquiridos ouremidos (art. 131, I); Sucessão causa mortis (art. 131, II eIII); Sucessão de empresa e de pessoa jurídica de direitoprivado (art. 132), e Sucessão empresarial (art. 133)

• Responsabilidade de Terceiros: Subsidiária (art. 134) eSolidária (art. 135)

• Responsabilidade por Infração: ResponsabilidadeObjetiva (art. 136) e Personalização (art. 137)

SUJEITOS DA RELAÇÃO

TRIBUTÁRIA• Denúncia Espontânea (art. 138 do CTN):

―Súmula 360 do STJ

DJe 08/09/2008

O benefício da denúncia espontânea não se aplica aos

tributos sujeitos a lançamento por homologação

regularmente declarados, mas pagos a destempo.‖

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JURISPRUDÊNCIA

• Súmula 58 do STJ – Proposta Execução Fiscal, posterior mudança de

domicilio do executado não desloca a competência já fixada. (06/10/1992)

• Súmula 66 do STJ – Compete a Justiça Federal processar e julgar

execução fiscal promovida por Conselho de Fiscalização Profissional.

(04/02/1993)

• Súmula 77 do STJ – A Caixa Econômica Federal é parte ilegítima para

figurar no pólo passivo das ações relativas as contribuições para o fundo

PIS/PASEP. (12/05/1993)

• Súmula 139 do STJ – Cabe a Procuradoria da Fazenda Nacional propor

Execução Fiscal para cobrança de crédito relativo ao ITR. (19/05/1995)

• Súmula 396 do STJ - A Confederação Nacional da Agricultura tem

legitimidade ativa para a cobrança da contribuição sindical rural.

(07/10/2009)

• Súmula 399 do STJ - Cabe à legislação municipal estabelecer o sujeito

passivo do IPTU. (07/10/2009)

JURISPRUDÊNCIA

• Súmula 430 do STJ - O inadimplemento da obrigação tributária pela

sociedade não gera, por si só, a responsabilidade solidária do sócio-

gerente. (3/05/2010)

• Súmula 435 do STJ - Presume-se dissolvida irregularmente a empresa que

deixar de funcionar no seu domicílio fiscal, sem comunicação aos órgãos

competentes, legitimando o redirecionamento da execução fiscal para o

sócio-gerente. (13/05/2010)

• Súmula 447 do STJ - Os Estados e o Distrito Federal são partes legítimas

na ação de restituição de imposto de renda retido na fonte proposta por

seus servidores. (13/05/2010)

JURISPRUDÊNCIA

―TRIBUTÁRIO. DOMICÍLIO FISCAL. DIFICULDADE DE

ARRECADAÇÃO E/OU LOCALIZAÇÃO. POSSIBILIDADE DE ELEIÇÃO

OU REVISÃO PELO FISCO. ART. 127, § 2º, DO CTN. 1. O sujeito ativo

tributante, enfrentando dificuldades para arrecadar ou localizar o

domicílio tributário do contribuinte, poderá fixá-lo nos limites

estabelecidos por lei (art. 127, § 2º, do CTN). 2. Esse princípio não afeta

direito subjetivo do contribuinte. 3. Inexistência de prova de mudança de

domicílio do contribuinte para outro Município que não o eleito pelo

Fisco, cidade na qual se localiza a sua residência, a sede da pessoa

jurídica da qual é sócio, e praticamente a quase totalidade de seu

patrimônio, não tendo outra conotação, a eleição de outro domicílio para

fins de arrecadação tributária, que a de criar embaraço à fiscalização. No

mandado de segurança, a prova é pré-constituída. 4. Recurso não

provido.‖ (RESP 200200678279, em 27/08/2002)

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JURISPRUDÊNCIA

• ―STF declara inconstitucional a Lei que obriga quitação de dívidas deseguridade social com bens pessoais de sócios - O Plenário do SupremoTribunal Federal (STF), por unanimidade, negou provimento ao RecursoExtraordinário (RE) 562276, na sessão desta quarta-feira (3), e mantevedecisão que considerou inconstitucional a responsabilização, perante aSeguridade Social, dos gerentes de empresas, ou o redirecionamento deexecução fiscal, quando ausentes os elementos que caracterizem a atuaçãodolosa dos sócios. O recurso foi interposto pela União, questionandodecisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região, que considerouinconstitucional a aplicação do artigo 13 da Lei nº 8.620/93. Para a União, ―oartigo 13 da Lei nº 8.620/93, ao estabelecer a responsabilidade solidária dossócios das empresas por quotas de responsabilidade limitadas pelasdívidas junto à Seguridade Social, não está invadindo área reservada à leicomplementar, mas apenas e tão somente integrando o que dispõe o artigo124, II, do Código Tributário Nacional, que tem força de lei complementar‖.(05.11.2010)

JURISPRUDÊNCIA

REPETITIVO. RESPONSABILIDADE. SÓCIOS. SEGURIDADE

SOCIAL.

Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C

do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seção asseverou que os sócios

das empresas por cotas de responsabilidade limitada não respondem

pessoalmente pelos débitos da sociedade junto à seguridade social,

em conformidade com a decisão do STF que declarou a

inconstitucionalidade do art. 13 da Lei n. 8.620/1993, posteriormente

revogado pelo art. 79, VII, da Lei n. 11.941/2009. Precedentes citados

do STF: RE 562.276-PR; do STJ: REsp 717.717-SP, DJ 8/5/2006;

REsp 833.977-RS, DJ 30/6/2006, e REsp 796.613-RS, DJ 26/5/2006.

REsp 1.153.119-MG, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, julgado em

24/11/2010.

JURISPRUDÊNCIA

REPETITIVO. CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA.

RESPONSABILIDADE.

Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C

do CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seção assentou que, a partir da

vigência da Lei n. 9.711/1998, que conferiu nova redação ao art. 31 da

Lei n. 8.212/1991, a responsabilidade pelo recolhimento da

contribuição previdenciária retida na fonte incidente sobre a mão de

obra utilizada na prestação de serviços contratados é exclusiva do

tomador do serviço, nos termos do art. 33, § 5º, da Lei n. 8.212/1991,

não havendo falar em responsabilidade supletiva da empresa cedente.

Precedentes citados: EREsp 446.955-SC, DJe 19/5/2008; REsp

1.068.362-PR, DJe 24/2/2010; AgRg nos EDcl no REsp 1.177.895-RS,

DJe 17/8/2010; MC 15.410-RJ, DJe 8/10/2009, e AgRg no REsp

916.914-RS, DJe 6/8/2009. REsp 1.131.047-MA, Rel. Min. Teori

Albino Zavascki, julgado em 24/11/2010.

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JURISPRUDÊNCIA

REPETITIVO. SALÁRIO-EDUCAÇÃO. SUJEITO PASSIVO.

Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C do

CPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seção reiterou a orientação de que o

sujeito passivo da contribuição para o salário-educação é a empresa,

assim entendida em seu conceito amplo – firma individual ou sociedade

que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e

dirige a prestação pessoal de serviço, bem como qualquer entidade pública

ou privada vinculada à Previdência Social, com ou sem fins lucrativos,

excetuados os entes da administração direta –, nos termos do art. 15 da

Lei n. 9.424/1996, regulamentado pelo Dec. n. 6.003/2006, e dos arts. 1º, §

5º, do DL n. 1.422/1975 (recepcionado pela CF/1988), 2º da CLT e 4º da

Lei n. 3.807/1960, com redação dada pela Lei n. 5.890/1973. Precedentes

citados do STF: RE 290.079-SC, DJ 4/4/2003; do STJ: REsp 272.671-ES,

DJe 25/8/2009; REsp 842.781-PR, DJ 10/12/2007, e REsp 711.166-PR, DJ

16/5/2006. REsp 1.162.307-RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em

24/11/2010.

JURISPRUDÊNCIA

REPETITIVO. IMPOSTO. IMPORTAÇÃO. AGENTE MARÍTIMO.

Em julgamento de recurso especial submetido ao regime do art. 543-C doCPC c/c a Res. n. 8/2008-STJ, a Seção consignou que, no tocante aoimposto de importação, só há responsabilidade tributária solidária doagente marítimo representante de transportadora a partir da vigência do DLn. 2.472/1988, que conferiu nova redação ao art. 32 do DL n. 37/1966. Nashipóteses em que o fato gerador ocorreu em momento anterior a essaalteração, incide a Súm. n. 192-TFR, ainda que o agente tenha firmadotermo de compromisso. Precedentes citados: AgRg no Ag 904.335-SP,DJe 23/10/2008; REsp 361.324-RS, DJ 14/8/2007; REsp 223.836-RS, DJ5/9/2005; REsp 170.997-SP, DJ 4/4/2005; REsp 319.184-RS, DJ 6/9/2004;REsp 90.191-RS, DJ 10/2/2003; REsp 252.457-RS, DJ 9/9/2002; REsp410.172-RS, DJ 29/4/2002; REsp 132.624-SP, DJ 20/11/2000, e REsp176.932-SP, DJ 14/12/1998. REsp 1.129.430-SP, Rel. Min. Luiz Fux,julgado em 24/11/2010.

JURISPRUDÊNCIA

1. "A Primeira Seção do Superior Tribunal de Justiça, por suas duas Turmasde Direito Público, consolidou o entendimento de que, não obstante a citaçãoválida da pessoa jurídica interrompa a prescrição em relação aosresponsáveis solidários, no caso de redirecionamento da execução fiscal, háprescrição intercorrente se decorridos mais de cinco anos entre a citação daempresa e a citação pessoal dos sócios, de modo a não tornar imprescritível adívida fiscal" (AgRg nos EREsp 761.488/SC, Rel. Ministro HamiltonCarvalhido, Primeira Seção, DJe 07/12/2009). Ainda, no mesmo sentido: REsp1.022.929/SC, Rel. Ministro Carlos Fernando Mathias, Segunda Turma, DJe29/4/2008; AgRg no Ag 406.313/SP, Rel. Ministro Humberto Martins, SegundaTurma, DJ 21/2/2008; REsp 975.691/RS, Segunda Turma, DJ 26/10/2007;REsp 740.292/RS, Rel. Ministro Denise Arruda, Primeira Turma, DJ17/3/2008; REsp 682.782/SC, Rel. Ministro Teori Albino Zavascki, PrimeiraTurma, DJ 3/4/2006. 2. Assim, o acórdão recorrido está em conformidade ajurisprudência do STJ, não merecendo reparos, pois, in casu, a empresaexecutada foi citada em 31/12/1992 e o pedido de inclusão dos sócios no pólopassivo ocorreu em 29/04/2008 (fl. 205), ou seja: não houve a citação dossócios dentro do prazo prescricional de cinco anos contados da citação daempresa.

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JURISPRUDÊNCIA

―I - Na hipótese de arrematação em hasta pública, dispõe oparágrafo único do art.130 do Código Tributário Nacional que asub-rogação do crédito tributário, decorrente de impostos cujo fatogerador seja a propriedade do imóvel, ocorre sobre o respectivopreço, que por eles responde. Esses créditos, até entãoassegurados pelo bem, passam a ser garantidos pelo referidopreço da arrematação, recebendo o adquirente o imóveldesonerado dos ônus tributários devidos até a data da realizaçãoda hasta. II - Se o preço alcançado na arrematação em hastapública não for suficiente para cobrir o débito tributário, não fica oarrematante responsável pelo eventual saldo devedor. Aarrematação tem o efeito de extinguir os ônus que incidem sobre obem imóvel arrematado, passando este ao arrematante livre edesembaraçado dos encargos tributários.‖ (REsp 166975 / SP, em24/08/1999)

JURISPRUDÊNCIA

―EXECUÇÃO. ARREMATAÇÃO. ADJUDICAÇÃO. CREDOR. ÔNUS

RECAÍDOS SOBRE O BEM. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. (CTN -

ART. 130, parágrafo único). I - O credor que arremata veículo em relação

ao qual pendia débito de IPVA não responde pelo tributo em atraso. O

crédito proveniente do IPVA subroga-se no preço pago pelo arrematante.

Alcance do Art. 130, parágrafo único, do CTN). II - Se, entretanto, o bem

foi adjudicado ao credor, é encargo deste, depositar o valor

correspondente ao débito por IPVA.‖ (REsp 905208 / SP, em 18/10/2007)

JURISPRUDÊNCIA

―1. A responsabilidade tributária do sucessor abrange, além dos tributosdevidos pelo sucedido, as multas moratórias ou punitivas, que, porrepresentarem dívida de valor, acompanham o passivo do patrimônioadquirido pelo sucessor, desde que seu fato gerador tenha ocorrido até adata da sucessão. 2. "(...) A hipótese de sucessão empresarial (fusão, cisão,incorporação), assim como nos casos de aquisição de fundo de comércio ouestabelecimento comercial e, principalmente, nas configurações de sucessãopor transformação do tipo societário (sociedade anônima transformando-seem sociedade por cotas de responsabilidade limitada, v.g.), em verdade, nãoencarta sucessão real, mas apenas legal. O sujeito passivo é a pessoajurídica que continua total ou parcialmente a existir juridicamente sob outra"roupagem institucional". Portanto, a multa fiscal não se transfere,simplesmente continua a integrar o passivo da empresa que é: a) fusionada;b) incorporada; c) dividida pela cisão; d) adquirida; e) transformada. (SachaCalmon Navarro Coêlho, in Curso de Direito Tributário Brasileiro, Ed.Forense, 9ª ed., p. 701)‖ (REsp 923012 / MG, em 09/06/2010)

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JURISPRUDÊNCIA―1.A orientação da Primeira Seção desta Corte firmou-se no sentido de que,se a execução foi ajuizada apenas contra a pessoa jurídica, mas o nome dosócio consta da CDA, a ele incumbe o ônus da prova de que não ficoucaracterizada nenhuma das circunstâncias previstas no art. 135 do CTN, ouseja, não houve a prática de atos "com excesso de poderes ou infração delei, contrato social ou estatutos".

2.Por outro lado, é certo que, malgrado serem os embargos à execução omeio de defesa próprio da execução fiscal, a orientação desta Corte firmou-se no sentido de admitir a exceção de pré-executividade nas situações emque não se faz necessária dilação probatória ou em que as questõespossam ser conhecidas de ofício pelo magistrado, como as condições daação, os pressupostos processuais, a decadência, a prescrição, entreoutras.

3.Contudo, no caso concreto, como bem observado pelas instânciasordinárias, o exame da responsabilidade dos representantes da empresaexecutada requer dilação probatória, razão pela qual a matéria de defesadeve ser aduzida na via própria (embargos à execução), e não por meio doincidente em comento.‖ (Resp 1.104.900 - ES , em 01/04/2009)

JURISPRUDÊNCIA―1. O impetrante, adquirente do veículo, é terceiro de boa-fé, ante ainexistência de qualquer restrição de domínio, fato este confirmado pelalivre aquisição e transferência da propriedade, chancelada pelo órgão detrânsito - DETRAN. 2. Não altera a situação fática do adquirente de boa-fé a superveniência de decisão judicial favorável ao Fisco, se o órgãocompetente não cuidou de restringir, durante a posse do bem porterceiros, o domínio do bem importado. 3. A responsabilidade porinfração dolosa, no caso do tipo penal do crime de contrabando e/oudescaminho, é pessoal, não havendo falar em responsabilidade solidária,sobretudo porque o impetrante não conhecia o suposto envolvimento doveículo no delito de descaminho, sendo certo que nenhuma penalidadepode lhe ser imposta, notadamente, porque, no caso, existe restrição daresponsabilidade tributária na pessoa do agente da infração (art. 137, doCTN). 4. Apelação e remessa oficial não providas. 5. Peças liberadaspelo Relator, em 22/02/2010, para publicação do acórdão.‖ (AMS199938000227651, em22/02/2010)

JURISPRUDÊNCIA―PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DENÚNCIA ESPONTÂNEA.

PARCELAMENTO. INAPLICABILIDADE. ENTENDIMENTO FIRMADO

PELA PRIMEIRA SEÇÃO SOB O REGIME PREVISTO NO ART. 543-

C DO CPC. VIOLAÇÃO DO ART. 535, II, DO CPC. ALEGAÇÕES

GENÉRICAS. SÚMULA 284/STF. INCIDÊNCIA. 1. Incide a Súmula

284 do STF quando são apresentadas alegações genéricas sobre a

negativa de vigência do art. 535, II, do CPC. Precedentes. 2.

Entendimento da Primeira Seção deste Tribunal, firmado por ocasião

do julgamento do REsp 1.102.577/DF, feito submetido ao regime do

art. 543-C, do CPC, no sentido de que o instituto da denúncia

espontânea (art. 138 do CTN) não se aplica nos casos de

parcelamento de débito tributário. (Rel. Min. Castro Meira, DJ de

18/5/2009). 3. Agravo regimental não provido.‖ (AGA 201000891921,

em 07/10/2010)

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• Obrigação Tributária

• Fato Gerador

• Sujeitos da Relação Tributária

• Crédito Tributário

• Administração Tributária

Relação Jurídica Tributária

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Conceito:

O credito tributário é o valor patrimonialdevidamente quantificado da obrigaçãotributária, que pode ser cobrado pelo Fisco(sujeito ativo) do devedor (sujeito passivo) noexercício do seu direito subjetivo, sob pena deprescrição. Vejamos o que diz o artigo 139 doCTN: ―Art. 139. O crédito tributário decorre daobrigação principal e tem a mesma naturezadesta.‖

CRÉDITO TRIBUTÁRIOConstituição do CT: O CTN intitula de

―constituição do crédito tributário‖ o capítulo em

que cuida do lançamento (arts. 142 até 150).

• RICARDO LOBO TORRES entende que a

―constituição‖ deve ser entendida como o

primeiro grau de concreção do crédito, eis que

este, a rigor, se constitui com a ocorrência do

fato gerador e não com o lançamento.

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CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Lançamento (art. 142 do CTN):―Art. 142. Competeprivativamente à autoridade administrativaconstituir o crédito tributário pelo lançamento,assim entendido o procedimento administrativotendente a verificar a ocorrência do fato geradorda obrigação correspondente, determinar amatéria tributável, calcular o montante do tributodevido, identificar o sujeito passivo e, sendo caso,propor a aplicação da penalidade cabível.

Parágrafo único. A atividade administrativa delançamento é vinculada e obrigatória, sob pena deresponsabilidade funcional.‖

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Moeda do Lançamento (art. 143 do CTN):

―Art. 143. Salvo disposição de lei em contrário,quando o valor tributário esteja expresso emmoeda estrangeira, no lançamento far-se-á suaconversão em moeda nacional ao câmbio do diada ocorrência do fato gerador da obrigação.‖

CRÉDITO TRIBUTÁRIOLei aplicável ao lançamento (art. 144 do CTN):

―Art. 144. O lançamento reporta-se à data da ocorrência do fato gerador

da obrigação e rege-se pela lei então vigente, ainda que

posteriormente modificada ou revogada.

§ 1º Aplica-se ao lançamento a legislação que, posteriormente à

ocorrência do fato gerador da obrigação, tenha instituído novos

critérios de apuração ou processos de fiscalização, ampliado os

poderes de investigação das autoridades administrativas, ou outorgado

ao crédito maiores garantias ou privilégios, exceto, neste último caso,

para o efeito de atribuir responsabilidade tributária a terceiros.

§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos impostos lançados por

períodos certos de tempo, desde que a respectiva lei fixe

expressamente a data em que o fato gerador se considera ocorrido.‖

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CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Inalterabilidade do lançamento (art. 145 do CTN):

―Art. 145. O lançamento regularmente notificado ao

sujeito passivo só pode ser alterado em virtude

de:

I - impugnação do sujeito passivo;

II - recurso de ofício;

III - iniciativa de ofício da autoridade administrativa,

nos casos previstos no artigo 149.‖

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Modificação dos critérios jurídicos de lançamento(art. 146 do CTN):

―Art. 146. A modificação introduzida, de ofício ou emconseqüência de decisão administrativa oujudicial, nos critérios jurídicos adotados pelaautoridade administrativa no exercício dolançamento somente pode ser efetivada, emrelação a um mesmo sujeito passivo, quanto a fatogerador ocorrido posteriormente à sua introdução.‖

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Modalidades de lançamento (art. 147/150 do CTN):

• Lançamento por Declaração ou Misto – artigo 147 do CTN

• Lançamento por Arbitramento – artigo 148 do CTN

• Lançamento Direto ou de Ofício – artigo 149 do CTN

• Lançamento por Homologação – artigo 150 do CTN

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CRÉDITO TRIBUTÁRIOSuspensão da exegibilidade do CT (art. 151 do CTN):

―Art. 151. Suspendem a exigibilidade do crédito tributário:

I - moratória;

II - o depósito do seu montante integral;

III - as reclamações e os recursos, nos termos das leis reguladoras do

processo tributário administrativo;

IV - a concessão de medida liminar em mandado de segurança.

V – a concessão de medida liminar ou de tutela antecipada, em outras

espécies de ação judicial; (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

VI – o parcelamento. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não dispensa o cumprimento das

obrigações assessórios dependentes da obrigação principal cujo crédito

seja suspenso, ou dela consequentes.‖

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Extinção do Crédito Tributário (art. 156 do CTN):―Art. 156. Extinguem o crédito tributário:

I - o pagamento;

II - a compensação;

III - a transação;

IV - remissão;

V - a prescrição e a decadência;

VI - a conversão de depósito em renda;

VII - o pagamento antecipado e a homologação do lançamento nos termos do disposto no artigo150 e seus §§ 1º e 4º;

VIII - a consignação em pagamento, nos termos do disposto no § 2º do artigo 164;

IX - a decisão administrativa irreformável, assim entendida a definitiva na órbita administrativa,que não mais possa ser objeto de ação anulatória;

X - a decisão judicial passada em julgado.

XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições estabelecidas emlei. (Incluído pela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

Parágrafo único. A lei disporá quanto aos efeitos da extinção total ou parcial do crédito sobre aulterior verificação da irregularidade da sua constituição, observado o disposto nos artigos144 e 149.‖

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Exclusão do Crédito Tributário (art. 175 do CTN):

―Art. 175. Excluem o crédito tributário:

I - a isenção;

II - a anistia.

Parágrafo único. A exclusão do crédito tributário não

dispensa o cumprimento das obrigações

acessórias dependentes da obrigação principal

cujo crédito seja excluído, ou dela conseqüente.‖

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CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Garantias e Privilégios do Crédito Tributário

(art. 183/193 do CTN):

RICARDO LOBO TORRES afirma que o direito ao crédito

tributário necessita de certas garantias para que possa

valer contra os créditos pertencentes a outras pessoas ou

sobre o patrimônio das empresas e dos cidadãos. Pelo

sistema do CTN as garantias se consubstanciam nos

privilégios e preferências, que, entretanto, não se esgotam

nos dispositivos codificados.

As garantias, sendo forma de proteção do direito, não se

confundem com o próprio crédito tributário nem lhe

alteram a natureza.

CRÉDITO TRIBUTÁRIOUniversalidade dos Bens e Impenhorabilidade―Art. 184. Sem prejuízo dos privilégios especiais sobre determinados bens, que

sejam previstos em lei, responde pelo pagamento do crédito tributário a totalidade

dos bens e das rendas, de qualquer origem ou natureza, do sujeito passivo, seu

espólio ou sua massa falida, inclusive os gravados por ônus real ou cláusula de

inalienabilidade ou impenhorabilidade, seja qual for a data da constituição do ônus

ou da cláusula, excetuados unicamente os bens e rendas que a lei declare

absolutamente impenhoráveis.‖

O princípio da universalidade dos bens se encontra

implícito no art. 184 do CTN, que prevê que todos os

bens do devedor respondem pelo crédito tributário,

mesmo aqueles gravados por ônus real ou cláusula

de inalienabilidade ou impenhorabilidade. Contudo,

excepciona os bens absolutamente impenhoráveis

(art. 649 do CPC, art. 10 da Lei n. 6.830/80 e nos

arts. 3º e 4º da Lei n. 8.009/90).

CRÉDITO TRIBUTÁRIO

A presunção de fraude―Art. 185. Presume-se fraudulenta a alienação ou oneração de bens ou rendas, ou

seu começo, por sujeito passivo em débito para com a Fazenda Pública, por

crédito tributário regularmente inscrito como dívida ativa.(Redação dada pela Lcp

nº 118, de 2005)

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica na hipótese de terem sido

reservados, pelo devedor, bens ou rendas suficientes ao total pagamento da dívida

inscrita.‖

Constitui garantia importante para o Fisco, contudo,

o mesmo deve comprovar que o contribuinte tinha

conhecimento da inscrição na Dívida Ativa.

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CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Penhora on line

―Art. 185-A. Na hipótese de o devedor tributário, devidamente citado, nãopagar nem apresentar bens à penhora no prazo legal e não foremencontrados bens penhoráveis, o juiz determinará a indisponibilidade de seusbens e direitos, comunicando a decisão, preferencialmente por meioeletrônico, aos órgãos e entidades que promovem registros de transferênciade bens, especialmente ao registro público de imóveis e às autoridadessupervisoras do mercado bancário e do mercado de capitais, a fim de que, noâmbito de suas atribuições, façam cumprir a ordem judicial. (Incluído pela Lcpnº 118, de 2005)

§ 1o A indisponibilidade de que trata o caput deste artigo limitar-se-á ao valortotal exigível, devendo o juiz determinar o imediato levantamento daindisponibilidade dos bens ou valores que excederem esse limite.

§ 2o Os órgãos e entidades aos quais se fizer a comunicação de que trata ocaput deste artigo enviarão imediatamente ao juízo a relação discriminadados bens e direitos cuja indisponibilidade houverem promovido.‖

CRÉDITO TRIBUTÁRIOPreferências

―Art. 186. O crédito tributário prefere a qualquer outro, seja qual for sua natureza ou otempo de sua constituição, ressalvados os créditos decorrentes da legislação dotrabalho ou do acidente de trabalho. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)Parágrafo único. Na falência:

I – o crédito tributário não prefere aos créditos extraconcursais ou às importânciaspassíveis de restituição, nos termos da lei falimentar, nem aos créditos com garantiareal, no limite do valor do bem gravado;

II – a lei poderá estabelecer limites e condições para a preferência dos créditosdecorrentes da legislação do trabalho; e

III – a multa tributária prefere apenas aos créditos subordinados.‖

―Art. 188. São extraconcursais os créditos tributários decorrentes de fatos geradores ocorridos no curso do processo de falência. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)

§ 1º Contestado o crédito tributário, o juiz remeterá as partes ao processo competente, mandando reservar bens suficientes à extinção total do crédito e seus acrescidos, se a massa não puder efetuar a garantia da instância por outra forma, ouvido, quanto à natureza e valor dos bens reservados, o representante da Fazenda Pública interessada.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos processos de concordata.‖

CRÉDITO TRIBUTÁRIOPreferências

―Art. 187. A cobrança judicial do crédito tributário não é sujeita a concurso de

credores ou habilitação em falência, recuperação judicial, concordata, inventário ou

arrolamento. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)

Parágrafo único. O concurso de preferência somente se verifica entre pessoas

jurídicas de direito público, na seguinte ordem:

I - União;

II - Estados, Distrito Federal e Territórios, conjuntamente e pró rata;

III - Municípios, conjuntamente e pró rata.‖

Embora parte da doutrina questione a

constitucionalidade do dispositivo, o STF já

reconheceu a constitucionalidade na súmula 563.

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CRÉDITO TRIBUTÁRIO

Preferências

―Art. 189. São pagos preferencialmente a quaisquer créditos habilitados

em inventário ou arrolamento, ou a outros encargos do monte, os créditos

tributários vencidos ou vincendos, a cargo do de cujus ou de seu espólio,

exigíveis no decurso do processo de inventário ou arrolamento.

Parágrafo único. Contestado o crédito tributário, proceder-se-á na forma

do disposto no § 1º do artigo anterior.

Art. 190. São pagos preferencialmente a quaisquer outros os créditos

tributários vencidos ou vincendos, a cargo de pessoas jurídicas de direito

privado em liquidação judicial ou voluntária, exigíveis no decurso da

liquidação.‖

CRÉDITO TRIBUTÁRIOPreferências - Exigência de certidões e quitações

―Art. 191. A extinção das obrigações do falido requer prova de quitação de

todos os tributos. (Redação dada pela Lcp nº 118, de 2005)

Art. 191-A. A concessão de recuperação judicial depende da

apresentação da prova de quitação de todos os tributos, observado o

disposto nos arts. 151, 205 e 206 desta Lei. (Incluído pela Lcp nº 118, de

2005)

Art. 192. Nenhuma sentença de julgamento de partilha ou adjudicação

será proferida sem prova da quitação de todos os tributos relativos aos

bens do espólio, ou às suas rendas.

Art. 193. Salvo quando expressamente autorizado por lei, nenhum

departamento da administração pública da União, dos Estados, do Distrito

Federal, ou dos Municípios, ou sua autarquia, celebrará contrato ou

aceitará proposta em concorrência pública sem que o contratante ou

proponente faça prova da quitação de todos os tributos devidos à

Fazenda Pública interessada, relativos à atividade em cujo exercício

contrata ou concorre.‖

JURISPRUDÊNCIA• Súmula Vinculante 8 - São inconstitucionais o parágrafo único do artigo 5º do

Decreto-Lei nº 1.569/1977 e os artigos 45 e 46 da Lei nº 8.212/1991, que tratam de prescrição e decadência de crédito tributário. (20/6/2008)

• Súmula Vinculante 24 - Não se tipifica crime material contra a ordem tributária,previsto no art. 1o, incisos I a IV, da Lei no 8.137/90, antes do lançamentodefinitivo do tributo. (11/12/2009)

• Súmula Vinculante 29 - É constitucional a adoção, no cálculo do valor de taxa,de um ou mais elementos da base de cálculo própria de determinado imposto,desde que não haja integral identidade entre uma base e outra. (17/02/2010)

• Súmula 112 do STJ – O depósito somente suspende a exigibilidade do créditotributário se for integral e em dinheiro. (03/11/1994)

• Súmula 397 do STJ - O contribuinte do IPTU é notificado do lançamento peloenvio do carnê ao seu endereço. (07/10/2009)

• Súmula 409 do STJ - Em execução fiscal, a prescrição ocorrida antes dapropositura da ação pode ser decretada de ofício (art. 210, § 5º, do CPC).(24/11/2009)

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JURISPRUDÊNCIA

• Súmula 437 do STJ - A suspensão da exigibilidade do crédito tributário

superior a quinhentos mil reais para opção pelo Refis pressupõe a

homologação expressa do comitê gestor e a constituição de garantia por

meio do arrolamento de bens. (13/05/2010)

• Súmula 446 do STJ - Declarado e não pago o débito tributário pelo

contribuinte, é legítima a recusa de expedição de certidão negativa ou

positiva com efeito de negativa. (13/05/2010)

• Súmula 451 do STJ - É legítima a penhora da sede do estabelecimento

comercial. (21/06/2010)

• Súmula 457 do STJ - Os descontos incondicionais nas operações

mercantis não se incluem na base de cálculo do ICMS. (08/09/2010)

• Súmula 464 do STJ - A regra de imputação de pagamentos estabelecida

no art. 354 do Código Civil não se aplica às hipóteses de compensação

tributária. (08/09/2010)

JURISPRUDÊNCIA

EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. TRIBUTÁRIO. DENÚNCIA

ESPONTÂNEA. MULTA MORATÓRIA. COMPENSAÇÃO COM

VALORES RELATIVOS A TRIBUTO. POSSIBILIDADE. EMBARGOS

PROVIDOS. 1. Na atual sistemática de compensação tributária, não há

como preponderar a tese da impossibilidade de compensação entre

tributo e multa. 2. Considerando a amplitude conferida à expressão

"crédito relativo a tributo ou contribuição" (art. 74 da Lei 9.430/96),

deve-se entender que ela abarca qualquer pagamento indevido feito

pelo contribuinte a título de crédito tributário. Por outro lado, do exame

sistemático das normas insertas no Código Tributário Nacional (arts.

113, §§ 1º e 3º, e 139), observa-se que crédito tributário não diz

respeito apenas a tributo em sentido estrito, mas alcança, também, as

penalidades que incidam sobre ele. 3. Embargos de divergência

providos. (ERESP 200602005625, em 27/08/2008)

JURISPRUDÊNCIA

―Prazos de prescrição e de decadência em direito tributário. - Com a

lavratura do auto de infração, consuma-se o lançamento do crédito

tributário (art. 142 do C.T.N.). Por outro lado, a decadência só é

admissível no período anterior a essa lavratura; depois, entre a ocorrência

dela e até que flua o prazo para a interposição do recurso administrativo,

ou enquanto não for decidido o recurso dessa natureza de que se tenha

valido o contribuinte, não mais corre prazo para decadência, e ainda não

se iniciou a fluência de prazo para prescrição; decorrido o prazo para

interposição do recurso administrativo, sem que ela tenha ocorrido, ou

decidido o recurso administrativo interposto pelo contribuinte, há a

constituição definitiva do crédito tributário, a que alude o artigo 174,

começando a fluir, daí, o prazo de prescrição da pretensão do fisco. - É

esse o entendimento atual de ambas as turmas do S.T.F. Embargos de

divergência conhecidos e recebidos.‖ (RE-embargos 94462,

em17/05/1999)

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JURISPRUDÊNCIA

―O artigo 144, § 1º, do Codex Tributário, dispõe que se aplica imediatamenteao lançamento tributário a legislação que, após a ocorrência do fatoimponível, tenha instituído novos critérios de apuração ou processos defiscalização, ampliado os poderes de investigação das autoridadesadministrativas, ou outorgado ao crédito maiores garantias ou privilégios,exceto, neste último caso, para o efeito de atribuir responsabilidade tributáriaa terceiros. 10. Conseqüentemente, as leis tributárias procedimentais ouformais, conducentes à constituição do crédito tributário não alcançado peladecadência, são aplicáveis a fatos pretéritos, razão pela qual a Lei 8.021/90e a Lei Complementar 105/2001, por envergarem essa natureza, legitimam aatuação fiscalizatória/investigativa da Administração Tributária, ainda que osfatos imponíveis a serem apurados lhes sejam anteriores (Precedentes daPrimeira Seção: EREsp 806.753/RS, Rel. Ministro Herman Benjamin, julgadoem 22.08.2007, DJe 01.09.2008; EREsp 726.778/PR, Rel. Ministro CastroMeira, julgado em 14.02.2007, DJ 05.03.2007; e EREsp 608.053/RS, Rel.Ministro Teori Albino Zavascki, julgado em 09.08.2006, DJ 04.09.2006).‖(AEEAG 200900700706, em 19/10/2010)

JURISPRUDÊNCIA

―PROCESSUAL CIVIL - RECURSO ESPECIAL - TRIBUTO SUJEITO A

LANÇAMENTO POR HOMOLOGAÇÃO - CONTRIBUIÇÃO

PREVIDENCIÁRIA - INEXISTÊNCIA DE PAGAMENTO ANTECIPADO -

DECADÊNCIA DO DIREITO DE O FISCO CONSTITUIR O CRÉDITO

TRIBUTÁRIO - TERMO INICIAL - ARTIGO 173, I, DO CTN -

APLICAÇÃO CUMULATIVA DOS PRAZOS PREVISTOS NOS

ARTIGOS 150, § 4º, e 173, do CTN - IMPOSSIBILIDADE - REEXAME

DE PROVAS: SÚMULA 7/STJ. PRECEDENTE: REsp 973.733/SC. 1. O

prazo decadencial qüinqüenal para o Fisco constituir o crédito tributário

(lançamento de ofício) conta-se do primeiro dia do exercício seguinte

àquele em que o lançamento poderia ter sido efetuado, nos casos em

que a lei não prevê o pagamento antecipado da exação ou quando, a

despeito da previsão legal, o mesmo inocorre, sem a constatação de

dolo, fraude ou simulação do contribuinte, inexistindo declaração prévia

do débito. 2. É inadmissível o recurso especial se a análise da

pretensão da recorrente demanda o reexame de provas. 3. Recursos

especiais conhecidos e não providos.‖ (RESP 200702134298, em

01/09/2010)

JURISPRUDÊNCIA

―1. As causas suspensivas de exigibilidade do crédito tributário, enumeradasno artigo 151, do Código Tributário Nacional, advindas antes do decurso doprazo para pagamento do tributo (sujeito a lançamento por homologação oua lançamento de ofício direto), têm o condão de impedir a aplicação de multaou juros moratórios, por não restar configurada a demora no recolhimento daexação pelo contribuinte, pressuposto dos aludidos encargos (a multamoratória pune o descumprimento da obrigação principal no vencimento; eos juros de mora constituem compensação pela falta de disponibilidade dosrecursos pelo sujeito ativo pelo período correspondente ao atraso). 2. Odepósito do montante integral (inciso II, do artigo 151, do CTN) é causasuspensiva da exigibilidade que ostenta um plus: obsta o fluxo da correçãomonetária, constituindo garantia da satisfação da pretensão executiva dosujeito ativo, em favor de quem os valores depositados serão convertidos emrenda com a obtenção de decisão favorável definitiva legitimadora do créditotributário discutido (artigo 156, VI, do CTN). Em caso de vitória docontribuinte, os valores depositados serão por ele levantados após o trânsitoem julgado da demanda.‖ (RESP 200501381491, em 14/05/2008)

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JURISPRUDÊNCIA―PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE

DIVERGÊNCIA. COMPENSAÇÃO TRIBUTÁRIA. APLICAÇÃO DO

ART. 170-A DO CTN. REGIME JURÍDICO VIGENTE À ÉPOCA DA

PROPOSITURA DA DEMANDA. 1. A compensação, posto modalidade

extintiva do crédito tributário (artigo 156, do CTN), exsurge quando o

sujeito passivo da obrigação tributária é, ao mesmo tempo, credor e

devedor do erário público, sendo mister, para sua concretização,

autorização por lei específica e créditos líquidos e certos, vencidos e

vincendos, do contribuinte para com a Fazenda Pública (artigo 170, do

CTN). 2. Deveras, com o advento da Lei Complementar 104, de 10 de

janeiro de 2001, que acrescentou o artigo 170-A ao Código Tributário

Nacional, agregou-se mais um requisito à compensação tributária a

saber: "Art. 170-A. É vedada a compensação mediante o

aproveitamento de tributo, objeto de contestação judicial pelo sujeito

passivo, antes do trânsito em julgado da respectiva decisão judicial."

(PET 200701014937, em 20/04/2009)

JURISPRUDÊNCIA

―1. Discute-se nos autos o sentido e o alcance dos institutos da remissão

e da isenção, à luz do Código Tributário Nacional, contidos em lei

municipal, para fins de aferição da possibilidade de restituição dos

valores pagos a título de Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza.

(...) 3. O pagamento de tributo do qual o contribuinte é isento enseja a

repetição de indébito. Diversamente, o pagamento de tributo

posteriormente submetido a norma remissiva não enseja repetição de

indébito. Inteligência dos arts. 156, I e IV, e 175, I, do CTN. 4. O art. 111,

II, do CTN prevê que a lei tributária que trata de isenção deve ser

interpretada literalmente. Sendo assim, o caso dos autos não é daqueles

elencados no art. 165 do CTN que permitem a restituição de tributo,

tendo em vista que a exação era devida na época do seu pagamento

tendo sido somente em data posterior objeto de remissão. Inversão dos

ônus sucumbenciais. 5. Recurso especial provido.‖ (RESP

200802363528, em 06/08/2009)

JURISPRUDÊNCIA

―PROCESSUAL CIVIL. TRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL.

EXTINÇÃO DO CRÉDITO TRIBUTÁRIO. DAÇÃO EM PAGAMENTO

DE BEM IMÓVEL (CTN, ART. 156, XI). PRECEITO NORMATIVO DE

EFICÁCIA LIMITADA. 1. O inciso XI, do art. 156 do CTN (incluído pela

LC 104/2001), que prevê, como modalidade de extinção do crédito

tributário, "a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e

condições estabelecidas em lei", é preceito normativo de eficácia

limitada, subordinada à intermediação de norma regulamentadora. O

CTN, na sua condição de lei complementar destinada a "estabelecer

normas gerais em matéria de legislação tributária" (CF, art. 146, III),

autorizou aquela modalidade de extinção do crédito tributário, mas não

a impôs obrigatoriamente, cabendo assim a cada ente federativo, no

domínio de sua competência e segundo as conveniências de sua

política fiscal, editar norma própria para implementar a medida. 2.

Recurso especial improvido.‖ (RESP 200601956948, em 29/03/2007)

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JURISPRUDÊNCIA

―2. A Primeira Seção, quando do julgamento do REsp n. 1.002.932/SP (Rel.Min. Luiz Fux), pela sistemática do art. 543-C do CPC, introduzido pela Leidos Recurso Repetitivos, reafirmou a jurisprudência já adotada por estaCorte no sentido de que, em se tratando de tributo sujeito a lançamento porhomologação, o prazo prescricional de cinco anos previsto no art. 168 doCTN tem início, não na data do recolhimento do tributo indevido, mas sim nadata da homologação – expressa ou tácita – do lançamento. Nesse sentido,para que o crédito se considere extinto, não basta o pagamento, antes éindispensável a homologação do lançamento, hipótese de extinçãoalbergada pelo art. 156, VII, do CTN. 3. A partir do julgamento da Argüiçãode Inconstitucionalidade no EREsp n. 644.736/PE, de relatoria do MinistroTeori Albino Zavascki, a Corte Especial do Superior Tribunal de Justiçaadotou o entendimento no sentido de que o artigo 4º, segunda parte, da LCn. 118/05 (que determina a aplicação retroativa do seu art. 3º, para alcançarinclusive fatos passados) ofende o princípio constitucional da autonomia eindependência dos poderes (CF, art. 2º) e o da garantia do direito adquirido,do ato jurídico perfeito e da coisa julgada (CF, art. 5º, XXXVI). (RESP200900094658, em 15/10/2010)

JURISPRUDÊNCIA

―PROCESSO CIVIL E TRIBUTÁRIO – EXECUÇÃO FISCAL –

PRESCRIÇÃO – NÃO-OCORRÊNCIA - INTERRUPÇÃO - CITAÇÃO -

ARTIGO 174 DO CTN. 1. Consoante pacificado na Seção de Direito

Público, o redirecionamento da execução contra o sócio deve dar-se

no prazo de cinco anos da citação da pessoa jurídica. 2. Não obstante,

ainda que a citação válida da pessoa jurídica interrompa a prescrição

em relação aos responsáveis solidários, decorridos mais de cinco anos

após a citação da empresa, ocorre a prescrição intercorrente –

inclusive para os sócios. 3. "In casu", o acórdão do Tribunal "a quo"

reconheceu que a empresa foi regularmente citada para cobrança do

ICM declarado e não-pago (fl. 91), concluindo pela não-ocorrência da

prescrição qüinqüenal. Ademais, nos autos do agravo de instrumento,

ausente a cópia da documentação necessária para aferir a data da

citação da empresa, bem como dos sócios-gerentes. Agravo

regimental improvido.‖ (AGA 200100992167, em 21/02/2008)

JURISPRUDÊNCIA

―PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. EXECUÇÃO FISCAL.ALIENAÇÃO DE BEM ANTES DA CITAÇÃO VÁLIDA. FRAUDE ÀEXECUÇÃO NÃO-CONFIGURADA. 1. A jurisprudência do STJconsolidada anteriormente à vigência da LC n. 118/05 é no sentido deque a alienação do bem em data anterior à citação válida do devedorem execução fiscal não configura, por si só, fraude à execução,relativizando-se dessarte a regra do art. 185 do CTN. 2. Na espécie,verifica-se que a alienação do bem se deu em 22.3.1999, isto é, antesda citação válida do sócio, que se deu em 24.5.1999. Portanto,aplicável o entendimento adotado por esta Corte antes do advento daLC 118/05. 3. Agravo regimental não-provido. (AGRESP200600994148, em 17/02/2009)

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JURISPRUDÊNCIA―1. A Primeira Seção desta Corte tem entendido pela possibilidade do

uso da ferramenta BacenJud para efetuar o bloqueio de ativos

financeiros, em interpretação conjugada dos artigos 185-A do CTN, 11

da Lei n. 6.830/80 e 655 e 655-A, do CPC. Todavia, somente para as

decisões proferidas a partir de 20.1.2007 (data da entrada em vigor da

Lei n. 11.038/2006), em execução fiscal por crédito tributário ou não,

aplica-se o disposto no art. 655-A do Código de Processo Civil, não

sendo mais exigível o prévio esgotamento de diligências para encontrar

outros bens penhoráveis. 2. No caso, o despacho que deferiu a penhora

online ocorreu em 2008, ou seja, após a vigência da Lei n. 11.382/2006.

3. Acaso não observada a ordem disposta no art. 11 da Lei n.

6.830/1980, é lícito ao credor e ao julgador a não-aceitação da

nomeação à penhora. 4. Agravo regimental não provido.‖ (AGA

200900528930, em 02/06/2010)

• Obrigação Tributária

• Fato Gerador

• Sujeitos da Relação Tributária

• Crédito Tributário

• Administração Tributária

Relação Jurídica Tributária

Administração Tributária

Conceito

A Administração Tributária é uma

especialização da Administração Pública.

Cuida da constituição do crédito

tributário, das funções de arrecadar e

fiscalizar tributos, da organização e

funcionamento das repartições fazendárias,

bem como de toda a atividade fiscal.

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Administração TributáriaFiscalização – Abrangência

―Art. 194. A legislação tributária, observado o disposto nesta Lei, regulará,em caráter geral, ou especificamente em função da natureza do tributo deque se tratar, a competência e os poderes das autoridades administrativasem matéria de fiscalização da sua aplicação.

Parágrafo único. A legislação a que se refere este artigo aplica-se àspessoas naturais ou jurídicas, contribuintes ou não, inclusive às quegozem de imunidade tributária ou de isenção de caráter pessoal.

Art. 195. Para os efeitos da legislação tributária, não têm aplicaçãoquaisquer disposições legais excludentes ou limitativas do direito deexaminar mercadorias, livros, arquivos, documentos, papéis e efeitoscomerciais ou fiscais, dos comerciantes industriais ou produtores, ou daobrigação destes de exibi-los.

Parágrafo único. Os livros obrigatórios de escrituração comercial efiscal e os comprovantes dos lançamentos neles efetuados serãoconservados até que ocorra a prescrição dos créditos tributáriosdecorrentes das operações a que se refiram.‖

Administração Tributária

Fiscalização – Diligências

―Art. 196. A autoridade administrativa que proceder ou presidir a quaisquer diligênciasde fiscalização lavrará os termos necessários para que se documente o início doprocedimento, na forma da legislação aplicável, que fixará prazo máximo para aconclusão daquelas.

Parágrafo único. Os termos a que se refere este artigo serão lavrados, sempre quepossível, em um dos livros fiscais exibidos; quando lavrados em separado deles seentregará, à pessoa sujeita à fiscalização, cópia autenticada pela autoridade a que serefere este artigo.

Art. 197. Mediante intimação escrita, são obrigados a prestar à autoridadeadministrativa todas as informações de que disponham com relação aos bens,negócios ou atividades de terceiros: I - os tabeliães, escrivães e demaisserventuários de ofício; II - os bancos, casas bancárias, Caixas Econômicas e demaisinstituições financeiras; III - as empresas de administração de bens; IV - os corretores,leiloeiros e despachantes oficiais; V - os inventariantes; VI - os síndicos, comissários eliquidatários; VII - quaisquer outras entidades ou pessoas que a lei designe, em razãode seu cargo, ofício, função, ministério, atividade ou profissão.

Parágrafo único. A obrigação prevista neste artigo não abrange a prestação deinformações quanto a fatos sobre os quais o informante esteja legalmente obrigado aobservar segredo em razão de cargo, ofício, função, ministério, atividade ouprofissão.‖

Administração Tributária

Fiscalização – Divulgação das informações

―Art. 198. Sem prejuízo do disposto na legislação criminal, é vedada a divulgação, porparte da Fazenda Pública ou de seus servidores, de informação obtida em razãodo ofício sobre a situação econômica ou financeira do sujeito passivo ou deterceiros e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades. (Redação dadapela Lcp nº 104, de 10.1.2001)

§ 1o Excetuam-se do disposto neste artigo, além dos casos previstos no art. 199, osseguintes:

I – requisição de autoridade judiciária no interesse da justiça; II – solicitações deautoridade administrativa no interesse da Administração Pública, desde que sejacomprovada a instauração regular de processo administrativo, no órgão ou na entidaderespectiva, com o objetivo de investigar o sujeito passivo a que se refere a informação,por prática de infração administrativa.

§ 2o O intercâmbio de informação sigilosa, no âmbito da Administração Pública,será realizado mediante processo regularmente instaurado, e a entrega será feitapessoalmente à autoridade solicitante, mediante recibo, que formalize a transferência eassegure a preservação do sigilo.

§ 3o Não é vedada a divulgação de informações relativas a: I – representaçõesfiscais para fins penais; II – inscrições na Dívida Ativa da Fazenda Pública; III –parcelamento ou moratória.‖

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Administração Tributária

Dívida Ativa

―Art. 201. Constitui dívida ativa tributária a proveniente de crédito dessanatureza, regularmente inscrita na repartição administrativa competente,depois de esgotado o prazo fixado, para pagamento, pela lei ou pordecisão final proferida em processo regular.

Parágrafo único. A fluência de juros de mora não exclui, para os efeitos desteartigo, a liquidez do crédito.

Art. 202. O termo de inscrição da dívida ativa, autenticado pela autoridadecompetente, indicará obrigatoriamente:

I - o nome do devedor e, sendo caso, o dos co-responsavéis, bem como,sempre que possível, o domicílio ou a residência de um e de outros; II - aquantia devida e a maneira de calcular os juros de mora acrescidos; III - aorigem e natureza do crédito, mencionada especificamente a disposição da leiem que seja fundado; IV - a data em que foi inscrita; V - sendo caso, o númerodo processo administrativo de que se originar o crédito.

Parágrafo único. A certidão conterá, além dos requisitos deste artigo, aindicação do livro e da folha da inscrição.‖

Administração Tributária

Dívida Ativa

―Art. 203. A omissão de quaisquer dos requisitos previstos no artigo

anterior (art. 202), ou o erro a eles relativo, são causas de nulidade da

inscrição e do processo de cobrança dela decorrente, mas a nulidade

poderá ser sanada até a decisão de primeira instância, mediante

substituição da certidão nula, devolvido ao sujeito passivo, acusado ou

interessado o prazo para defesa, que somente poderá versar sobre a

parte modificada.

Art. 204. A dívida regularmente inscrita goza da presunção de

certeza e liquidez e tem o efeito de prova pré-constituída.

Parágrafo único. A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode

ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do sujeito passivo ou do terceiro

a que aproveite.‖

Administração Tributária

Certidões Negativas

―Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da quitação de determinado tributo, quandoexigível, seja feita por certidão negativa, expedida à vista de requerimento do interessado,que contenha todas as informações necessárias à identificação de sua pessoa, domicíliofiscal e ramo de negócio ou atividade e indique o período a que se refere o pedido.

Parágrafo único. A certidão negativa será sempre expedida nos termos em que tenhasido requerida e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da entrada dorequerimento na repartição.

Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no artigo anterior a certidão de que constea existência de créditos não vencidos, em curso de cobrança executiva em que tenhasido efetivada a penhora, ou cuja exigibilidade esteja suspensa.

Art. 207. Independentemente de disposição legal permissiva, será dispensada a prova dequitação de tributos, ou o seu suprimento, quando se tratar de prática de ato indispensávelpara evitar a caducidade de direito, respondendo, porém, todos os participantes no ato pelotributo porventura devido, juros de mora e penalidades cabíveis, exceto as relativas ainfrações cuja responsabilidade seja pessoal ao infrator.

Art. 208. A certidão negativa expedida com dolo ou fraude, que contenha erro contra aFazenda Pública, responsabiliza pessoalmente o funcionário que a expedir, pelocrédito tributário e juros de mora acrescidos.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não exclui a responsabilidade criminal e funcionalque no caso couber.‖

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LEONARDO PESSOA

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