Upload
others
View
2
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
1
2
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente
Cidades sustentáveis: Lidando com a urbanização de forma econômica,
ambiental e socialmente sustentável
Jaqueline Azevedo de Amorim Rego
João Paulo Melo Nacarate
Luísa Noleto Perna
Nelson Veras
Tarcísio Barbosa Pinhate
ÍNDICE
1. Introdução.................................................................................................................. 2
2. Mandato e Histórico do Comitê ................................................................................ 3
3. Posicionamento de Blocos ........................................................................................ 5
4. Questões que a Resolução Deve Responder ........................................................... 31
5. Links Úteis .............................................................................................................. 32
6. Referências Bibliográficas ...................................................................................... 33
1. INTRODUÇÃO
Esse é o Guia de Estudos Online do Programa das Nações Unidas para o Meio
Ambiente (PNUMA) da SiNUS 2013 – Trilhando Caminhos para a Dignidade Humana.
O principal objetivo desse guia é apresentar o contexto do comitê, fornecendo
informações úteis para os delegados que dele farão parte. A primeira seção contem o
mandato e o histórico do PNUMA, além da evolução estrutural do programa desde a sua
criação até a última reforma pela qual o órgão passou, na última seção da Assembleia
Geral das Nações Unidas (AGNU). Em seguida, há o posicionamento dos blocos. Nessa
parte, há informações importantes mas não exaustivas de todos os países que fazem
parte do comitê e da WWF, a ONG que também faz parte do comitê; deve, portanto,
servir como ponto de partida para o estudo da posição do país frente a tal tema. Por fim,
há uma seção com algumas questões que devem ser respondidas pela resolução do
comitê.
3
2. MANDATO E HISTÓRICO DO COMITÊ
A missão do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) é,
atualmente, definida como: “prover liderança e encorajar parcerias no cuidado do meio
ambiente, inspirando, informando e permitindo que as nações e povos melhorem sua
qualidade de vida sem comprometer as gerações futuras” (PNUMA, s. d., s.p.).
Para cumprir tal missão, o trabalho desenvolvido pelo Programa engloba a
avaliação das condições e tendências ambientais nos níveis global, regional e nacional,
o fortalecimento de instituições para manejo apropriado do meio ambiente, a facilitação
de transferência de conhecimento e tecnologia de desenvolvimento sustentável. E ainda
cabe ao Programa incentivar novas parcerias e mudança de mentalidades no seio da
sociedade civil e do setor privado (PMUMA, s.d).
Pelo próprio caráter do trabalho desenvolvido, o Programa conta com uma
ampla gama de parceiros como entidades das Nações Unidas, organizações
internacionais, governos nacionais, organizações não governamentais (ONGs), setor
privado e entidades da sociedade civil (PNUMA, s. d.).
A sede do PNUMA fica em Nairóbi, no Quênia1. O que foi uma grande vitória
para os países em desenvolvimento, haja vista que quase a totalidade das sedes de
organismos internacionais ficam na Europa ou nos Estados Unidos. Estar localizado na
África, argumentam alguns, facilita o entendimento dos problemas ambientais que os
países em desenvolvimento enfrentam (PNUMA, s.d.). Por outro lado, há quem defenda
que a localização na África levou a uma marginalização do Programa (WEISS;
FORSYTHE; COATE, 1997).
O Programa tem suas raízes na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente Humano, realizada em junho de 1972, em Estocolmo, Suécia. A Conferência
recomendou a criação de um órgão internacional e a Assembleia Geral das Nações
Unidas (AGNU) acatou a sugestão, criando o PNUMA em dezembro do mesmo ano,
através da resolução 2.997.
A resolução estabelece o Conselho de Administração, o Secretariado Ambiental,
o Fundo Voluntário de Meio Ambiente e o Conselho de Coordenação Ambiental
(ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU, 1972).
1 A sede do ONU-HABITAT também fica em Nairóbi.
4
O Conselho de Administração é composto por cinquenta e oito membros eleitos
pela AGNU para um mandato de três anos obedecendo a seguinte composição
geográfica: dezesseis Estados africanos, treze asiáticos, seis da Europa Oriental, dez
latino-americanos, e treze da Europa Ocidental e outros países.
Das funções e responsabilidades atribuídas ao Conselho de Administração
destacam-se: promover a cooperação internacional na área de meio ambiente e fazer
recomendações, quando apropriado, para esse fim; e prover diretrizes para a direção e
coordenação dos programas ambientais da ONU. A resolução também estabelece que o
Conselho de Administração deve se reportar anualmente à AGNU através do Conselho
Econômico e Social (ECOSOC, na sigla em inglês).
O Secretariado Ambiental é criado com o objetivo de ser um ponto focal para
coordenação e ações ambientais dentro do sistema ONU de forma a garantir alto grau de
efetividade de gestão. O Secretariado tem em seu comando o Diretor Executivo, que é
eleito pela AGNU, por meio de indicação do Secretário Geral, para um mandato de
quatro anos. A resolução estabelece que o Diretor Executivo é também a presidência do
Conselho de Coordenação Ambiental, cujo maior propósito é garantir a cooperação e a
coordenação de todos os organismos engajados na implementação de programas
ambientais. Esse conselho deve reportar anualmente ao Conselho de Administração.
Tanto os custos de serviços do Secretariado Ambiental quanto do Conselho de
Administração são supridos pelo orçamento regular da ONU.
Há, ainda, a criação de um fundo voluntário para ser usado, por exemplo, para
financiar programas de monitoramento regional e global, sistemas de mensuração e
coleta de dados, e programas implementados pelo Conselho de Administração.
A estrutura acima descrita é a criada pela resolução 2.997. Com o passar do
tempo, a estrutura do PNUMA foi crescendo. Atualmente, o programa conta com sete
divisões, nomeadamente: Alerta Imediato e Monitoramento (DEWA, na sigla em
inglês); Implementação de Políticas Ambientais (DEPI); Tecnologia, Indústria e
Economia (DTIE); Cooperação Regional (DRC); Leis e Convenções do Meio
Ambiente (DELC); Comunicação e Informação Pública (DCPI); e Coordenação do
Fundo Mundial para o Meio Ambiente (DGEF). Há ainda seis escritórios regionais para
África, Ásia e Pacífico, Ásia Ocidental, Europa, América Latina e Caribe e América do
Norte. Além disso, o PNUMA conta ainda com oito escritórios de articulação
localizados em Addis Ababa, Pequim, Brasília, Bruxelas, Cairo, Moscou, Nova York e
Viena, sete centros colaborativos e cinco grupos de aconselhamento científico.
5
Na última sessão da AGNU (67ª, de 2012), foi aprovada uma resolução que
promove a maior alteração estrutural do PNUMA nos seus 40 anos de história. O
Conselho de Administração, que até então possuía 58 membros, passa a ter adesão
universal. De forma que a partir da próxima reunião, qualquer Estado-membro da ONU
poderá fazer parte do Conselho de forma integral – com direito a voz e voto.
A resolução ainda provê aumento de recursos financeiros do orçamento regular
da ONU para o PNUMA e incentiva os doadores a aumentar as contribuições para o
fundo voluntário. Essa resolução tem sido interpretada como uma forma de reforçar o
papel do Programa como principal autoridade ambiental, capaz de estabelecer a agenda
ambiental global (PNUMA, s.d.).
3. POSICIONAMENTO DE BLOCOS
África do Sul
A África do Sul é a maior economia do continente africano e um dos países mais
urbanizados do mesmo, possuindo uma taxa de 62% de população urbana em 2011, o
que representava no mesmo ano cerca de 30 milhões de habitantes (BM, 2011). A
importância das cidades para o país é visível, as seis maiores cidades da África do Sul
concentram aproximadamente 30% da população total e são responsáveis pela produção
de 55% do produto interno bruto (PIB) sul-africano (SIEMENS).
No African Green City Index2, um índice que mede o desempenho de 15 grandes
centros urbanos africanos em sustentabilidade, três cidades sul-africanas obtiveram
resultados acima da média de outras cidades africanas. Enquanto a Cidade do Cabo
obteve um bom desempenho devido às políticas rígidas sobre meio ambiente e ao baixo
número de habitantes residindo em assentamentos informais, a cidade possui uma das
maiores taxas de emissão de CO2 e de produção de lixo. Já na cidade de Johanesburgo, a
maior do país, o que mais chama a atenção é a grande disparidade social entre os mais
ricos e aqueles mais pobres. Finalmente, a cidade de Durban se destacou por possuir o
maior sistema de transporte público do estudo além de ser abundante em espaços
verdes.
A África do Sul possui o South African Cities Network um importante canal de
2O índice analisou as várias cidades mais expressivas politicamente ou economicamente em cada
continente, as mesmas foram classificadas de acordo com oito categorias de desempenho: emissão de
dióxido de carbono, consumo e desperdício de água, gerenciamento de terra e resíduos, consumo de
energia e uso de fontes renováveis, qualidade do ar, mobilidade e políticas ambientais (CAIRES, 2011).
6
comunicação entre as cidades sul-africanas que encoraja a troca de informações e
experiências (boas práticas) para o desenvolvimento urbano. Além de ter como objetivo
a promoção da boa governança, essa ONG possui um programa voltado para a
sustentabilidade nas cidades, advogando o bom uso dos recursos naturais e investimento
em energia renovável, biodiversidade, construções verdes e transporte público
sustentável (SACTITIES, s.d.).
Alemanha
De acordo com as Nações Unidas (2009), a população urbana alemã, entre 2000
e 2010, é cerca de 70% de sua população total, com uma taxa de crescimento urbano
anual médio de aproximadamente 0,1% para esse mesmo período. No que concerne às
cidades sustentáveis, a Alemanha se mostra bastante similar à média europeia, levando
em consideração aspectos como tráfego, construções, uso de água, lixo, qualidade do ar,
dentre outros (ZIEGLER, 2011).
De forma geral, a maioria das cidades alemãs apresenta bons índices nas
categorias de uso de água e construções – o consumo per capita e a taxa de desperdício
de água são baixos em relação à média do continente, enquanto novos edifícios se
destacam por sua eficiência energética (ZIEGLER, 2011). Por outro lado, necessitam de
mais atenção e políticas públicas quanto às emissões de CO2 e qualidade do ar - devido
às altas taxas de emissão de CO2, as cidades alemãs possuem objetivos ambiciosos de
sua redução, assim como de melhora da qualidade do ar e controle da poluição
(ZIEGLER, 2011).
É importante refletir também sobre uma alta utilização de carros particulares
mesmo com um sistema de transporte público bastante desenvolvido, apresentando uma
rede articulada e o uso de veículos elétricos e movidos a biocombustíveis (ZIEGLER,
2011). Por fim, pode-se destacar a cidade alemã de Freiburg como exemplo de boa
prática, possuindo “mais painéis solares nas coberturas das casas do que em toda a
Inglaterra” (LEITE, 2012, p.139).
Angola
A população urbana na Angola vem crescendo em ritmo acelerado nos últimos
anos. Em 2011, cerca de 11 milhões de pessoas (59% da população total daquele país),
moravam em áreas urbanas (BM, 2011).
A Angola é um país que enfrenta sérios problemas com relação à infraestrutura
7
urbana. No país, apenas uma reduzida porcentagem da população possuía acesso à água
portável e ao sistema de saneamento básico. A questão da produção de lixo nas cidades
e sua remoção inadequada também é um fator agravante da qualidade de vida nas áreas
urbanas. Juntos, esses dois problemas representam riscos à saúde humana. Além disso, o
grande fluxo de pessoas que vem se deslocando da área rural para a urbana contribui
para a degradação ambiental. (PLANETAVIDA, s.d.).
A capital Luanda ficou abaixo da média de sustentabilidade no African Green
City Index. A cidade é uma das maiores metrópoles do continente africano, com cerca de
7 milhões de habitantes (BBC, 2010), e sua população convive com a falta de energia
elétrica e água potável. Além disso, a maioria da população da capital mora em
assentamentos informais. Segundo o relatório do índice: “essas questões aliadas à
ausência do governo da cidade estão dificultando melhorias nos setores de gestão de
resíduos, uso do solo, saneamento básico e transporte público, o que melhoraria as
condições de vida da população e reduziria impactos ambientais” (SIEMENS, n.d., s.p.)
Arábia Saudita
A Arábia Saudita apresenta uma população de 28.08 milhões de habitantes, dos
quais 23.109.123 milhões estão em áreas urbanas (BM, 2011). O país tem a sua
economia baseada no petróleo com um forte controle estatal sob a maior parte das
atividades econômicas. Além disso, possui 1/5 das reservas de petróleo do mundo, é o
seu maior exportador e tem papel de destaque na Organização dos Países Exportadores
de Petróleo - OPEP (CIA, 2011).
Considerando que o petróleo é a base da economia, é inevitável a emissão de
poluentes na atmosfera. A Arábia Saudita é o maior emissor de gás carbônico pela
geração de energia no Oriente Médio (AGÊNCIA INTERNACIONAL DE ENERGIA,
2009). Entretanto, o desenvolvimento sustentável e a preocupação com o uso de
energias limpas estão se tornado pontos cada vez mais discutidos pelo governo. O
Príncipe Faisal bin Turki Al-Faisal, em um seminário no ano de 2010, organizado pela
universidade Real Estate Initiative, afirmou que uma reforma no setor da construção
civil é a chave para um futuro sustentável nas cidades sauditas. Além disso, acrescentou
que cidades densas com um eficiente sistema de transporte público e prédios
energeticamente eficientes são essenciais para uma estratégia urbana sustentável.
Finalizou dizendo que o desafio é como integrar métodos tradicionais de planejamento
com novas tecnologias, visto que essas não são a solução, mas apenas uma ferramenta
8
(COWLEY, 2010).
Há um projeto chamado Saudi Green Building Council (SGBC) que tem como
missão a promoção da prática da construção de prédios verdes na Arábia Saudita, isso
inclui: aumentar a consciência da população, fornecer treinamento e educação e ajudar a
indústria da construção civil a se adaptar às exigências dos prédios verdes (SGBC,
2010).
Na Conferência Rio+20 houve a premiação o “Fóssil do Dia” dada pela Rede de
Ações Climáticas, que premiou os países que mais trabalharam contra a
sustentabilidade. A Arábia Saudita ficou com o segundo lugar por tentar bloquear, em
negociações a portas fechadas, o progresso de um acordo que acabe com os subsídios a
combustíveis fósseis (CABRAL, 2012).
Argentina
A Argentina é um país altamente urbanizado, com 92% da sua população
vivendo em cidades, sendo o terceiro maior mercado consumidor de energia da América
Latina e o quarto país mais populoso da região (BM, 2011). Grandes cidades como a
capital Buenos Aires possuem um elevado acesso aos serviços públicos, em contraste
com as regiões mais afastadas dos centros urbanos (ENCUESTA..., 2004). Buenos Aires
também é palco de importantes iniciativas de sustentabilidade, tais como a recente
medida que reduz em até 20% os impostos dos edifícios que possuírem jardins em seus
telhados (BBC BRASIL, 2013).
A questão da água também é um tópico sério na Argentina. Com o aumento da
atividade industrial e o crescimento da população, muitas áreas do país já enfrentam
total escassez de água limpa pra se beber. Só a cidade de Buenos Aires já esgotou todos
os seus aquíferos e atualmente depende apenas do Rio da Prata para o abastecimento da
população (ENVIROMENTAL..., [s.d]). A bacia do Prata, por sua vez, é uma das mais
contaminadas do mundo, tanto pelo despejo de lixo industrial quanto pela presença das
chamadas villas miseria, bairros ou assentamentos miseráveis cada vez mais comuns na
Argentina (FORO..., 2007). Só a região de Buenos Aires possui 21 villas miseria, a
maior parte dela vivendo em condições insalubres à beira de rios contaminados. Mesmo
com todo esse problema, a Argentina possui alguns exemplos de sucesso na melhoria
das redes de fornecimento de água: ao privatizar temporariamente 30% da sua rede, o
país registrou uma queda de 8% na mortalidade infantil nas áreas onde o fornecimento
foi privatizado (PNUMA, 2011).
9
As tecnologias de energia renovável ainda são pouco difundidas na Argentina. O
caráter pouco sustentável do setor energético argentino, aliado ao desflorestamento
predatório do país reflete-se no aumento da porcentagem dos gases estufa na atmosfera:
desde 1985, a quantidade de dióxido de enxofre na atmosfera cresceu 140%, enquanto
as quantidades de dióxido de carbono e óxido de nitrogênio cresceram 60% e 56%,
respectivamente (ENVIROMENTAL..., [s.d.]).
Austrália
A Austrália é um dos países mais urbanizados em todo o mundo (cerca de 90%
da população reside em áreas urbanas) e possui muitas de suas cidades eleitas entre as
melhores para se viver, sendo que a cidade de Melbourne foi eleita em primeiro lugar
(ECONOMIST, 2012 apud CNN, 2012). Porém, embora o país seja reconhecido pela
sua qualidade de vida, também é um dos que possui uma das maiores taxa per capita de
emissão de gás carbônico na atmosfera; em 2009 essa taxa representava 18.2 trilhões de
metros cúbicos (BANCO MUNDIAL, 2011).
Existem no país iniciativas que visam à sustentabilidade urbana, tais como a
ONG Keep Australia Beautiful. Essa organização publica relatórios anuais sobre a
sustentabilidade no país, além de organizar uma premiação que encoraja a
sustentabilidade no nível local, o Australian Sustainable Cities Awards.
Outra ONG, a Australian Conservation Fund, desenvolveu um interessante instrumento,
o ACF Sustainable Cities Index. Esse índice é um estudo comparativo entre as 20
maiores cidades da Austrália medindo os níveis de sustentabilidade em cada uma. Tal
índice é composto por 15 indicadores divididos em três categorias: desempenho
ambiental, qualidade de vida e resiliência3. Além disso, esse instrumento motiva uma
competição saudável entre as cidades promovendo a sustentabilidade.
Bangladesh
O rápido crescimento econômico e populacional é o principal aspecto que coloca
em questão o desenvolvimento sustentável de Bangladesh. Dados das Nações Unidas
(2009) indicam uma taxa populacional urbana de 23,6% no ano de 2000, saltando para
25,7% em 2005 e 28,1% em 2010 nesse país. Desse modo, o gerenciamento do solo e
3 Para mais informações sobre o índice, acesse:
http://www.acfonline.org.au/sites/default/files/resources/2010_ACF_SCI_Report_Comparative-
Table_and_Fact-Sheets.pdf
10
um crescimento mais racional e organizado das zonas urbanas apresentam-se como
peças fundamentais para o desenvolvimento social e a redução da pobreza no país
(BANGLADESH, 2012).
Sua capital, Dhaka, enfrenta os problemas desse crescimento acelerado, como
condições adequadas de habitação e o controle da poluição do ar (CO.EXIST, s.d.).
Assim, com a ajuda de projetos de arquitetura canadense, Dhaka constitui um exemplo
de integração de construções e eficiência energética devido a sua alta densidade
populacional. Além disso, são previstas várias ações no âmbito de melhora na qualidade
da água e incorporação de cisternas com água das chuvas e painéis solares
(ARCHITECTURE SOURCE, 2011).
Brasil
O Brasil conta com uma grande população habitando as cidades,
aproximadamente 196 milhões de pessoas (cerca de 80% de sua população total), em
que se podem destacar as regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro, onde
existe uma maior densidade populacional (SIEMENS, 2012). A taxa de crescimento
urbano anual média, entre os anos de 2000 e 2010, foi de aproximadamente 1,7% de
acordo com a Organização das Nações Unidas (2009).
O que é importante destacar, no entanto, é que a intensa urbanização brasileira
urge por uma maior eficiência em sua infraestrutura urbana, por um fornecimento de
energia sustentável, por construções verdes, por maior mobilidade e por segurança
(tendo em vista, por exemplo, a realização de grandes eventos no país, como a Copa do
Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas em 2016) (SIEMENS, 2012).
Assim, embora tenha muito a avançar para o desenvolvimento de cidades
sustentáveis no país, a cidade de Curitiba já apresenta um exemplo de boa prática
sustentável na realidade urbana brasileira, sendo uma das cidades mais sustentáveis do
mundo. Segundo a Sustainable Cities Net (2007, s.p.),
“O catalisador dessa transformação [em Curitiba] ocorreu em 1970,
quando uma equipe de urbanistas, engenheiros, sociólogos liderados
por Jaime Lerner vieram juntos para fazer da ecologia parte da vida
cotidiana, incorporando transporte eficiente e de fácil utilização [deve-
se destacar o sistema de bus rapid transit (BRT)], espaços abertos,
coleta sistemática de resíduos, uma saúde e sistema educacional sem
precedentes no país, a participação ativa dos cidadãos e a criação de
11
postos de trabalho ligados a esses objetivos”.
Canadá
O Canadá tem uma população de 34.48 milhões de habitantes, dos quais
27.814.430 referem-se à população urbana (BANCO MUNDIAL, 2011). A cidade de
Vancouver, por exemplo, tem o menor índice de emissões de CO2 em termos
populacionais e de produto interno bruto (PIB) no Green City Index (SIEMENS, 2011).
O Canadá reconhece a importância de um ecossistema saudável para a
preservação de um meio ambiente sustentável no mundo inteiro, entretanto, muitos já
foram degradados e não podem mais se recuperar. Com o intuito de preservar o meio
ambiente remanescente, o governo canadense ajuda os países em desenvolvimento a
implementar os tratados que eles assinaram e a diminuir as emissões de carbono, de
poluentes e a desertificação (CIDA, 2011). Além disso, o Canadá avalia todos os seus
programas a fim de que sejam compatíveis com um meio ambiente sustentável e
trabalha para que os países parceiros tenham a capacidade de fazer o mesmo (CIDA,
2011).
Um exemplo do esforço canadense para tornar as cidades sustentáveis é o caso
da cidade de Calgary. Após a realização de um extenso mapeamento, descobriu-se que a
cidade possuía o índice de maior pegada ecológica4 do país. A má notícia foi trabalhada
pela gestão municipal como alavancagem para uma ampla estratégia de redução do
indicador (LEITE, 2012). “A cidade desenvolveu planos de desenvolvimento
sustentável de longo, médio e curto prazo amplamente divulgados junto à população,
que abraçou a causa. Uma das metas mais ousadas, já em andamento, é a redução de
80% do lixo não reciclado até 2020” (LEITE, 2012, p.139).
Outro exemplo do engajamento do país por uma sustentabilidade urbana é o
ranking das Cidades mais Sustentáveis do Canadá elaborado pela The Natural Step,
organização que auxilia indivíduos e outras organizações a caminharem rumo a
sustentabilidade, em parceria com a revista Corporate Knights em 2011. Foram
avaliadas cinco categorias: integridade ecológica, segurança econômica, governança e
empoderamento, infraestrutura e ambiente construído, e bem estar social. Toronto é a
4 A Pegada Ecológica é uma metodologia de contabilidade ambiental que avalia a pressão do consumo das
populações humanas sobre os recursos naturais. Expressada em hectares globais (gha), permite comparar
diferentes padrões de consumo e verificar se estão dentro da capacidade ecológica do planeta. Um hectare
global significa um hectare de produtividade média mundial para terras e águas produtivas em um ano
(WWF, n.d)
12
cidade mais sustentável entre as grandes, Vancouver entre as médias e Victoria entre as
pequenas (MARCHINGTON, 2011).
Chile
O Artigo 19 da Constituição chilena de 1980 afirma que é dever do Estado
prover o “direito à vida e o direito de viver em um ambiente livre de contaminação”,
além de estabelecer que os direitos dos indivíduos podem ser restringidos em nome da
proteção do meio ambiente (CHILE, 2005). Tendo o bem estar da população em relação
ao lugar onde vive e a preservação ambiental como deveres constitucionais do Estado, o
Chile não poderia deixar de ser uma referência em sustentabilidade na região. Mas
mesmo sendo historicamente um dos países mais estáveis e prósperos da América
Latina, os obstáculos que o Chile enfrenta para a adoção de um modelo sustentável para
suas cidades são os mesmos dos demais países latino americanos: a desigualdade social
e o desenvolvimento econômico incompleto (BM, 2011).
Com um grande potencial para energias renováveis, o Chile teve 32% de sua
energia elétrica gerada por fontes renováveis no ano de 2012 (BUNSTER, 2013 apud
Ministério de Energia do Chile). As excelentes condições para a produção de energia
solar no deserto do Atacama se refletem na inauguração da planta solar de 2,5 hectares
Tambo Real em janeiro de 2013, a terceira do país. A parceria entre o governo e a
iniciativa privada é um caso de sucesso no país, cujo sistema de fornecimento de água
possui uma forte participação privada, sendo capaz de obter uma melhoria de até 25%
na eficiência da irrigação das áreas agrícolas. O Sistema Nacional de Certificación de
Leña, é mais um exemplo bem sucedido desse tipo de parceria, a qual reduziu o
desmatamento das florestas nativas através da certificação da madeira vendida por todo
o país (SISTEMA..., [s.d.]). Um dos maiores desafios do Chile é a minimização dos
efeitos dos desastres naturais recorrentes no país, como abalos sísmicos e consequentes
maremotos. O terremoto de 2010 foi uma grande prova de que boa governança,
regulamentos de construção e o design moderno das cidades chilenas salvam vidas
(ONLINE DIRECTORY, [s.d.]).
China
Embora a China possua uma taxa de urbanização de apenas 51% (BM, 2011), a
população que reside em áreas urbanas representa cerca de 670 milhões de pessoas, a
maior população urbana em termos absolutos de todo o planeta (BM, 2011).
13
De acordo com a The Urban China Initiative (UCI):
a urbanização na China está ocorrendo a uma taxa jamais vista.
A população urbana chinesa deve crescer em 260 milhões de
pessoas até 2025. Também em 2025, 202 cidades chinesas terão
mais de um milhão de residentes, comparado com 35 cidades de
mesmo porte na Europa. Além disso, a proporção do PIB gerado
pelas cidades deve crescer cerca de 80% no mesmo período...
(UCI. 2011, p. 4, tradução nossa).
O crescimento urbano chinês possui um viés negativo e outro positivo.
Primeiramente, a sustentabilidade urbana é importante no contexto chinês devido ao
crescimento sem precedentes da população urbana. O crescimento do PIB pode vir
aliado à degradação ambiental, e a decadência da provisão de serviços públicos básicos.
Além disso, o grande movimento migratório em direção às cidades representa grande
pressão na capacidade das cidades de absorver a demanda por moradia. Ademais, esse
crescimento já traz problemas como a poluição do ar e da água, o que representa uma
ameaça para a saúde dos seres humanos (UCI, 2011).
O desafio da urbanização na China também fornece àquele país oportunidades
para o desenvolvimento de soluções políticas inovadoras para reduzir os reveses
trazidos pelo crescimento acelerado das cidades (UCI, 2011).
Nesse contexto, a ONG UCI desenvolveu o Urban Sustainability Index, com o
objetivo de avaliar a sustentabilidade urbana nas cidades chinesas e encontrar soluções à
questão do desenvolvimento urbano acelerado5. Já no Asian Sustainability Index, a
cidade de, Xangai ficou na média asiática de sustentabilidade. Segundo os resultados, a
cidade possui políticas efetivas sobre a questão da poluição no ar, embora possua uma
grande emissão de CO2. Outras importantes metrópoles chinesas como Pequim também
ficaram na média de sustentabilidade. Ademais, esse crescimento já traz problemas
como a poluição do ar e da água, o que representa uma ameaça para a saúde dos seres
humanos (UCI, 2011).
O desafio da urbanização na China também fornece àquele país oportunidades
para o desenvolvimento de soluções políticas inovadoras para reduzir os reveses
trazidos pelo crescimento acelerado das cidades (UCI, 2011).
Nesse contexto, a ONG UCI desenvolveu o Urban Sustainability Index, com o
5 http://www.urbanchinainitiative.org/wp-content/uploads/2012/05/McKinsey-2011-Urban-
Sustainability-Index.pdf
14
objetivo de avaliar a sustentabilidade urbana nas cidades chinesas e encontrar soluções à
questão do desenvolvimento urbano acelerado6. Já no Asian Sustainability Index, a
cidade de , Xangai ficou na média asiática de sustentabilidade. Segundo os resultados, a
cidade possui políticas efetivas sobre a questão da poluição no ar, embora possua uma
grande emissão de CO2. Outras importantes metrópoles chinesas como Pequim também
ficaram na média de sustentabilidade.
Colômbia
Contando com um crescimento urbano anual em torno de 2%, a Colômbia
apresentou a porcentagem de 75,1% de sua população, no ano de 2010, habitante de
cidades (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2009). Entre seus principais
aglomerados urbanos, e como maior número populacional, estão as cidades de Bogotá,
Medellín, Cali, Bucaramanga e Barranquilla (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES
UNIDAS, 2009). Bogotá, capital da Colômbia, é conhecida mundialmente como
exemplo de cidade sustentável no que tange ao seu sistema de transporte público. Com a
criação de ciclovias, o uso de bicicletas tornou-se um hábito da população e se constitui
como parte integrante de sua identidade urbana, reduzindo significativamente a
utilização de carros.
Outro aspecto a ser destacado nesse sentido é sua rede de transporte público com
um sistema rápido de ônibus de alta capacidade, o TransMilenio. Por meio de tais
práticas, portanto, Bogotá apresenta uma boa reputação quanto à inovação e
sustentabilidade, contribuindo para a redução da segregação social ao longo da cidade
(UN GLOBAL COMPACT CITIES PROGRAMME, s.d.). Tal cenário tornou-se
possível, assim como inspiração para muitas outras cidades no mundo em questão de
mobilidade urbana, por meio da revitalização de espaços públicos e campanhas
conscientizadoras. (THIS BIG CITY, 2012).
Coreia do Sul
A Coreia do Sul tem uma população total de 49.78 milhões sendo que
41.416.526 milhões estão em áreas urbanas (BM, 2011). Seoul, a capital sul coreana, de
acordo com o Green City Index possui o mais denso sistema metroviário e o mais rápido
sistema de ônibus de todas as cidades analisadas. Além disso, apresenta políticas firmes
6http://www.urbanchinainitiative.org/wp-content/uploads/2012/05/McKinsey-2011-Urban-Sustainability-
Index.pdf
15
para manter e melhorar o meio ambiente urbano (SIEMENS). A cidade, porém, enfrenta
grandes desafios quando se trata da qualidade do ar, uma vez que é rodeada por
províncias que abrigam diversas indústrias (SIEMENS).
Em 2008, o presidente Lee Myung-bak anunciou uma nova visão para o
desenvolvimento nacional, o “Low Carbon, Green Growth” (Pouco Carbono,
Crescimento Verde – tradução nossa). A Coreia almeja se tornar uma sociedade com
baixo uso de carbono através de um crescimento verde que possa ser alcançado pelo uso
de tecnologias e indústrias verdes. Além disso, o governo se esforça para diminuir os
impactos das mudanças climáticas (KOREA.NET, n.d).
A iniciativa privada sul coreana pretende construir a cidade mais sustentável do
mundo. Chamada de Songdo, ela será construída sobre uma ilha artificial e grande parte
do investimento vai ser na comunicação para interligar pessoas e seus bens. Serão
instalados sensores no asfalto, nas ruas e nos edifícios para o monitoramento de
informações sobre os prédios, demanda por energia, temperatura externa, condições do
trânsito. Haverá monitoramento de ruas e de circulação de pessoas para a economia de
energia sempre que possível. Também existirá um sistema de reaproveitamento da água
da chuva e o tratamento da água utilizada para trabalhos domésticos (GREENSTYLE,
2012).
Em maio de 2012, a Coreia do Sul se tornou o primeiro país da Ásia a aprovar
uma legislação de regime de comércio para a emissão de gases fósseis. Pretende-se
reduzir as emissões em 30% até o ano de 2020. A intenção do governo é diminuir a
dependência das indústrias sul coreanas na utilização de gases fósseis e torná-las mais
verdes, assim como promover inovações tecnológicas limpas (YOO, 2012).
Dinamarca
A Dinamarca apresenta uma população de 5.574 milhões de habitantes, dos
quais 4.845.532 milhões estão em áreas urbanas (BM, 2011). O país emitiu 8.3
toneladas de gás carbônico per capita em 2009, um índice bem menor do que os das
maiores médias mundiais (BM, 2011).
A Dinamarca é popularmente conhecida pelos ótimos índices de qualidade de
vida, pela maciça utilização de bicicletas pela população e por já ter sediado algumas
conferências ambientais. Além disso, a sua capital, Copenhague, foi eleita a cidade mais
verde da Europa pelo Green City Index, um estudo realizado pela The Economist
Intelligence Unit em parceria com a Siemens.
16
Copenhague se saiu bem nos oito quesitos. A cidade tem procurado diminuir sua
dependência do carvão e óleo, apostando no gás natural e na energia renovável. O
governo pretende que, até 2025, 30% da energia consumida no país provenha de fontes
verdes, atualmente são 17%. Por fim, os edifícios dinamarqueses estão entre os mais
eficientes ambientalmente (CAIRES, 2011).
O Ministério do Meio Ambiente Dinamarquês lançou em 2009 um projeto
estratégico chamado: Estratégia para o Desenvolvimento Sustentável que tem como
pontos principais motivar todos os atores a se responsabilizarem pelo desenvolvimento
sustentável, desenvolver soluções inovadoras e compatíveis com o meio ambiente e
sempre levar em consideração as consequências globais de qualquer decisão
(MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, 2009).
Estados Unidos
Os Estados Unidos possuem uma população urbana de aproximadamente 250
milhões de habitantes, o que equivale a uma taxa de urbanização de 82%. Uma das
questões mais importantes a serem mencionadas ao se analisar esse país em termos de
sustentabilidade urbana é o seu próprio modelo de planejamento urbano. As cidades
americanas crescem baseadas naquilo que é denominado Urban Sprawl, extensos
subúrbios com grandes casas e uma baixa densidade demográfica. Esse modelo de
crescimento é responsável por um grande consumo de recursos, energia e alta emissão
de carbono (LEITE, 2012).
Assim como outros países desenvolvidos, os Estados Unidos possui uma das
mais altas taxas de emissão de CO2 per capita do mundo, 17 toneladas por pessoa.
O Green City Index possui um índice específico para os Estados Unidos e o
Canadá. As cidades americanas consideradas mais sustentáveis pelo índice são San
Francisco, Nova York, Seattle e Denver (SIEMENS, s.d.). Além disso, Os Estados
Unidos possuem outros diversos indicadores que medem as cidades mais verdes e mais
inteligentes do país desenvolvidos por organizações como a Smarter Cities. IBM. Além
de possuir uma infraestrutura de pesquisa bem avançada nesse tema (IBM, s.d.).
Além dessas cidades, vários exemplos de boas práticas podem ser encontrados
em outros centros urbanos norte-americanos, como é o exemplo da cidade de Portland
que vem investindo no transporte público nos últimos anos e desenvolvendo um
ambiente mais amigável aos ciclistas. A estratégia de Crescimento Inteligente, como
ficou conhecida, tem como objetivo reduzir em 80% das emissões de CO2 da cidade
17
(PROGRAMA CIDADES SUSTENÁVEIS, s.d.).
Emirados Árabes Unidos
Dono do maior índice de desenvolvimento humano do Oriente Médio, além da
sétima maior reserva de petróleo e gás natural do mundo, as quais impulsionaram o
impressionante crescimento econômico do país nas últimas duas décadas; os Emirados
Árabes Unidos tornaram-se os mecenas de inúmeros projetos arquitetônicos e
urbanísticos inovadores (FOLHA DE S. PAULO, 2007). O país é altamente urbanizado,
com 84% da população vivendo em ambientes urbanos. Suas duas maiores cidades,
Dubai e Abu Dhabi, são as cidades mais ricas do mundo árabe e também figuram entre
as mais ricas do mundo (FORTUNE, 2007). O país, no entanto, se preocupa em preparar
seu setor energético e suas cidades para o inevitável dia em que não puder mais contar
com suas reservas de combustíveis fósseis, por meio da diversificação da sua economia
e do investimento em fontes de energia limpas e renováveis (ONU-HABITAT, 2009).
Mesmo possuindo esses dois grandes polos inovadores em questão de
sustentabilidade, os Emirados Árabes têm em andamento um ambicioso projeto de
construção de um polo de inovação, pesquisa, desenvolvimento e fabricação para os
campos da energia renovável e tecnologias sustentáveis. A cidade de Masdar, cuja
inauguração está marcada para o ano de 2025, promete ser a primeira cidade do mundo
completamente livre de emissões de carbono, produção de lixo e circulação de veículos;
além de abrigar a sede da Agência Internacional de Energia Renovável, o Instituto
Masdar de Ciência e Tecnologia e inúmeras outras companhias de energia limpa
(PNUMA, 2012).
França
No ano de 2010, a Organização das Nações Unidas (2009) verificou que 85,3%
da população francesa se encontravam nas cidades, tendo em sua capital, Paris, seu
maior conglomerado urbano, com mais de 10,4 milhões de habitantes. Dentro do
contexto de urbanização sustentável francesa, destaca-se a cidade de Nantes - sexta
maior cidade francesa, situada na região de Pays de la Loire - com o título de capital
verde em 2011, sendo líder no discurso internacional em preocupação ambiental e
possuindo sua própria meta de redução de emissões de carbono.
Na área de mobilidade, Nantes implementou um moderno sistema de transporte
público, com ênfase na utilização de ônibus e um extensivo sistema de
18
compartilhamento de bicicletas. Um ambicioso objetivo da cidade, desse modo, é o Ile
de Nantes, a transformação de um conglomerado de brownfields7 em uma área
ecológica que abrigará 20 mil habitantes no coração da cidade (SUSTAINABLE
CITIES COLLECTIVE, 2012).
Com isso, pode-se ver a intensa implementação de políticas em busca de um
desenvolvimento sustentável urbano, além de uma preocupação com a reciclagem de
zonas na cidade, tornando-a mais compacta, segundo o pensamento de Carlos Leite
(2012).
Haiti
As cidades no Haiti são caracterizadas pelos grandes bairros com precárias
residências, montanhas de lixo, canais com água poluída e propagadora de doenças.
Além disso, milhões de pessoas com acesso não limitado ou inexistente à infraestrutura
básica como água potável, moradia segura, eletricidade e saneamento (SIGMON, 2012).
A situação sofreu uma mudança drástica com o grande terremoto de 2009,
piorando a situação já precária da população. De acordo com Sigmon (2012, o atual
governo enfrenta dois desafios: a falta de recursos para e reconstrução das cidades
atingidas pelo terremoto e a difícil decisão sobre qual área o investimento deve ir
primeiro: infraestrutura (hospitais e educação), resíduos sólidos, drenagem, acesso à
água potável ou uma melhor gestão do uso do solo, normas de construção mais robustas
ou prédios resistentes a terremotos?
Especialistas em sustentabilidade urbana consideram que no Haiti as construções
verdes e o fortalecimento das normas de construção são essenciais para a mitigação dos
impactos dos desastres no espaço urbano (Sigmon, 2012). Ademais, organizações como
o Architecture for Humanity coordenam programas de reconstrução da infraestrutura
urbana no Haiti, como é o caso do Haiti Rebuilding Center.
Honduras
Honduras é um país com cerca de oito milhões de habitantes, sendo que 52%
deles vive em ambientes urbanos (BM, 2011). Situado numa região de florestas
tropicais de grande biodiversidade, o país vem enfrentando dificuldades em conciliar o
crescimento de suas cidades e zonas rurais com a preservação do meio ambiente. E as
7 Também denominados como vazios urbanos ou wastelands (LEITE, 2012).
19
estatísticas demonstram o quão difícil é para o país assumir o controle da situação:
Honduras é um dos países pobres mais endividados do mundo, figurando como o sexto
país mais pobre da América Latina (BM, 2005). Com um Estado financeiramente
incapaz de financiar soluções renováveis para o país, somente pessoas ricas e grandes
corporações são capazes de tocar projetos dessa natureza atualmente (CARIBBEAN
PROPERTY MAGAZINE, 2007).
A iniciativa privada exerce um papel significativo no quadro hondurenho,
possuindo metade do setor energético do país. Esse contexto favoreceu o surgimento de
uma medida bastante polêmica proposta pelo governo: a criação de zonas urbanas
abertas a investidores privados, as quais possuiriam suas próprias leis, sistema de
impostos, polícia e judiciário; com o objetivo de criar milhares de empregos e
impulsionar a economia do país (THE GUARDIAN, 2012). A medida, no entanto, já
enfrenta forte oposição. Enquanto isso, Tegucigalpa, a capital hondurenha, possui uma
topografia desfavorável e uma infraestrutura incapaz de suportar eficientemente seu
crescimento populacional, fazendo com que cresçam o número de invasões e
construções em áreas de risco. A situação do trânsito nas grandes cidades é igualmente
ruim, fazendo dos congestionamentos parte do cotidiano hondurenho
(CRESCIMIENTO..., 2009).
Índia
De acordo com o Banco Mundial (2011), a Índia possui 1,241 bilhão de
habitantes sendo que 388.524.909 milhões correspondem à população urbana. Com uma
população tão grande, são inevitáveis problemas de trânsito, eficiência energética e
poluição. Preocupado com essa situação, o Ministério do Desenvolvimento Urbano
aprovou o programa National Mission on Sustainable Habitat (NMSH), que almeja
promover a sustentabilidade dos hábitats por meio de melhoramentos na eficiência
energética dos prédios, planejamento urbano, melhorias nos sistemas de saneamento
básico e promoção do transporte público (NMSH, 2010).
Diversos estudos analisando as dificuldades das cidades indianas e os
melhoramentos necessários para que elas se tornem sustentáveis vem sendo feitos há
algum tempo. Um exemplo disso é o relatório “India’s Urban Awakening” do
McKinsey Global Institute (MGI). Nele, há o estudo dos maiores desafios encontrados
nas cidades indianas, assim como uma agenda para implementar melhorias. Deixando
sempre claro que as mudanças vão ter que ocorrer nos níveis local, estadual e nacional e
20
será necessária a ativa participação da população e do setor privado (MGI, 2010).
O MGI estima que a Índia precisa investir 1.2 trilhão de dólares em suas cidades
nos próximos 20 anos, o que equivale a 134 dólares per capita por ano, quase oito vezes
o que é gasto atualmente. Assim, as melhorias necessárias, principalmente, nos
transportes poderiam ser feitas, ao mesmo tempo em que o país teria condições de
crescer economicamente (MGI, 2010).
A cidade de Mumbai, que tem aproximadamente 12.7 milhões de habitantes, e
que é a capital financeira da Índia, fez parte do Green City Index. Nele, a cidade
apresenta as melhores performances em energia e CO2, utilização de terras e
construções, e água. Além disso, Mumbai tem a segunda menor emissão de CO2 per
capita e se beneficia do compartilhamento, relativamente alto, de energia renovável
para a produção de eletricidade (SIEMENS, 2011). Nova Délhi, a capital indiana e
importante cidade, também apresenta uma baixa emissão de CO2 e gera a menor
quantidade de lixo per capita das 22 cidades asiáticas analisadas (SIEMENS, 2011).
Indonésia
Tendo mais de 40 milhões de pessoas vivendo com menos de dois dólares por
dia, numa população que totaliza 238 milhões de habitantes, quase 60% dela apenas na
ilha de Java; o principal desafio da Indonésia é aliar seu crescimento econômico à
distribuição de renda e às práticas sustentáveis, tanto no que diz respeito às suas
populosas cidades, as quais abrigam 51% da população do país (BM, 2011), quanto às
suas vastas áreas de floresta tropical. Sua localização em meio ao anel de fogo do
Pacífico torna o país palco constante de erupções vulcânicas, abalos sísmicos e
tsunamis, tal qual a que atingiu a ilha de Sumatra em 2004, matando e desabrigando
dezenas de milhares de pessoas. A prevenção e a minimização dos efeitos das
catástrofes naturais são dois grandes princípios norteadores do esforço sustentável
indonésio.
A principal necessidade da numerosa e concentrada população da Indonésia é a
expansão dos serviços públicos, os quais atendem uma parcela mínima da população,
principalmente no que diz respeito ao fornecimento de água potável e ao saneamento
básico. Os dados são preocupantes: apenas 3% dos habitantes da capital, Jacarta,
possuem acesso às redes de esgoto, enquanto que os prejuízos causados pelo
saneamento precário em todo o país consomem cerca de 2,3% do total do PIB da
Indonésia em gastos com saúde, combate a enchentes e etc (PNUMA, 2011). Desde
21
2006, o Programa de Desenvolvimento do Setor Sanitário Indonésio tem desenvolvido
estratégias para a expansão do saneamento básico nas grandes cidades e aumentado o
financiamento do governo nessa área. Outro problema enfrentado pelas autoridades é o
grande número de moradias informais e, muitas vezes, irregulares, com uma alta
concentração de moradores em condições precárias. Em 1969, foi lançado o Programa
de Melhoria dos Kampungs (vilas ou aldeias, em malaio), um projeto inovador cujo
caráter de aprimoramento de comunidades pobres era inédito no terceiro mundo. O
objetivo do programa era proporcionar serviços urbanos básicos, como estradas,
fornecimento de água, postos de saúde e escolas; e logo ele se tornou um modelo para a
transformação de comunidades periféricas em parte integrante do meio urbano (ONU-
HABITAT, 2011).
Israel
Israel possui cerca de 90% de sua população residindo em áreas urbanas, o que
representa aproximadamente sete milhões de pessoas e o torna um dos Estados mais
urbanizados do mundo. O país é reconhecido por ser líder em pesquisa de tecnologias
verdes, reutilização e dessalinização da água (BM, 2011).
Uma importante organização israelense que trata da questão de sustentabilidade
urbana é a Life & Environment. Está é uma ONG que representa mais de 100 outras
organizações e inciativas que tratam sobre a questão de sustentabilidade em geral (LIFE
& ENVIRONMENT, s.d.). Além desta, tem-se também a Jewish National Fund, que
inclui em suas ações o desenvolvimento de comunidades urbanas no país (JEWISH
NATIONAL FUND, s.d.).
A cidade de Tel Aviv é um exemplo de boas práticas de sustentabilidade urbana,
centro financeiro do país possui a sustentabilidade urbana como um de seus objetivos
primários. A cidade vem promovendo a implementação de espaços verdes (cerca de
20% da cidade é composto por áreas verdes) e encoraja as construções verdes e possui
mais de 100 quilômetros de ciclovias (TEL AVIV-YAFO MUNICIPALITY, s.d.).
Maldivas
As Maldivas possuem uma taxa de urbanização de 41%, o que equivale a cerca
de 150 mil pessoas residindo em áreas urbanas (BM, 2011). Como uma pequena ilha, as
Maldivas enfrentam diversos desafios em relação ao desenvolvimento urbano
sustentável, tais como: dependência econômica da exploração de poucos recursos
22
naturais, dependência energética, epidemia de AIDS/HIV e desemprego da população
jovem. Além disso, o país sofre com a questão das mudanças climáticas, o que
representa uma ameaça para sua própria sobrevivência com o aumento do nível dos
oceanos (PLANNING RESOURCE, 2012)
Maurício
As Ilhas Maurício são um país do Oceano Índico constituído pela ilha
Mascarenhas orientais e por dois arquipélagos de ilhotas mais ao norte: as ilhas
Cargados Carajos e Agalega. O país têm apenas 1.286 milhão de habitantes dos quais
537.536 vivem em áreas urbanas (BM, 2011).
Em janeiro de 2005, houve uma reunião nas Ilhas Maurício que aprovou a
Estratégia de Maurício, que aborda pontos como as questões climáticas e a elevação do
nível do mar; desastres naturais e ambientais; gestão de resíduos; recursos naturais;
transporte e comunicação; ciência e tecnologia; produção e consumo sustentável;
desenvolvimento de capacidade e educação para o desenvolvimento sustentável; saúde;
cultura; gestão de conhecimento para a tomada de decisão (ONU BRASIL, n.d).
Partindo dessa estratégia, pretende-se, posteriormente, implementar um plano de ação
para que pequenas ilhas se desenvolvam sustentavelmente (ONUBR, n.d).
O Primeiro Ministro, Dr the Hon Navinchandra Ramgoolam, declarou, em maio
de 2012, que o seu país segue o caminho da sustentabilidade desde o início da década de
90; e que o desenvolvimento sustentável só é atingido se existir diminuição da pobreza,
um meio ambiente saudável, uma população educada, prosperidade e equidade. O
governo acredita na parceria entre os setores público e privado e na colaboração da
sociedade civil para a construção de uma nação.
Em 2008, foi desenvolvido o Programa Nacional para Consumo e Produção
Sustentáveis8 de Maurício (National Programme on Sustainable Consumption and
Production for Mauritius). O Programa engloba 44 projetos para serem implementados
por 14 agências num período de 5 anos (2008-2013) com o objetivo geral de: mudar os
padrões de consumo de energia e comportamento; melhorar a eficiência dos recursos;
aumentar a demanda e o fornecimento de produtos e serviços sustentáveis no mercado;
e promover e/ou adotar estilos de vida sustentáveis (MINISTÉRIO DO MEIO
AMBIENTE, 2008).
8 Conceito definido na Conferência de Johanesburgo, 2002: abordagem holística para minimizar os
impactos negativos produzidos pelo consumo e produção no meio ambiente.
23
México
Possuindo onze áreas metropolitanas com mais de um milhão de habitantes, as
quais reúnem 78% da população, o México é o segundo país mais populoso da América
Latina, assim como o segundo mais desenvolvido (BM, 2011). Além dos desafios
naturais que um país de suas dimensões e índices populacionais enfrenta para a
construção de espaços urbanos mais sustentáveis, o México precisa lidar com problemas
característicos da região, em especial a desigualdade social.
Com mais de 40% de sua população abaixo da linha da pobreza (BM, 2011), a
questão da moradia não pode deixar de constar em qualquer planejamento sustentável
levado a cabo nas cidades mexicanas. Dentre as iniciativas mais interessantes nessa
área, figuram o projeto privado Patrimonio Hoy, responsável pela construção de casas
para mais de trezentas mil famílias de baixa renda através de assistência financeira,
técnica e profissional (ONU-HABITAT, 2011). Outro projeto importante é a CONAVI
(Comisión Nacional de Vivienda), o qual subsidia a compra e construção de casas com
uso eficiente de energia e/ou métodos renováveis de geração de energia para a redução
das emissões de gases estufa (PNUMA, 2012).
A redução das emissões de gases estufa também é o alvo de medidas tais como a
desativação do aterro de 927 acres de Bordo Poniente, na Cidade do México. A
utilização dos gases provenientes do aterro para a produção de energia elétrica vem
sendo analisada, visto que a cidade de Monterrey já utiliza a queima dos gases do aterro
municipal para a geração de eletricidade para a iluminação pública e o metrô da cidade
(PNUMA, 2012).
Nigéria
A Nigéria possui uma população urbana de aproximadamente 80 milhões de
habitantes, o que representa 50% de sua população total (BM, 2011).
A maior cidade Nigeriana, Lagos, é também a maior metrópole africana, com 14
milhões de habitantes (BBC, 2010). No African Green City Index, Lagos foi alocada na
média de sustentabilidade do continente africano. Segundo o relatório do índice, a
rápida urbanização e crescimento populacional trouxeram desafios ao uso da água,
saneamento, e põem pressões no abastecimento e energia e no tráfego da cidade
(SIEMENS, n.d.).
As iniciativas de desenvolvimento sustentável na Nigéria possuem grande apoio
24
de agências e programas da Organização das Nações Unidas (ONU). Um exemplo disso
é a Agência das Nações Unidas para Assentamos Humanos (ONU-HABITAT), que
agência implementou no país, em 1995, o SUSTAINABLE CITIES PROGRAMME.
Além disso, a agência vem trabalhando em conjunto com órgãos governamentais
daquele país para aumentar o acesso da população à água e assistência técnica para a
formulação do City Development Strategy. Outro instrumento importante a ser
mencionado é o State of Nigerian Cities Report, com o objetivo de implementar um
órgão no país para a promoção da boa governança nas cidades e sua integração
econômica (UNSN, s.d).
Noruega
De acordo com as Nações Unidas (2009), a população urbana norueguesa, entre
2000 e 2010, é cerca de 77,6% de sua população total, com uma taxa de crescimento
urbano anual média de aproximadamente 1,2% para esse mesmo período. Oslo, a capital
da Noruega, é um bom exemplo no que tange às boas práticas de urbanização
sustentável no país. Autodeclarada como uma cidade sustentável, a capital norueguesa
apresenta políticas significativas nesse campo, ganhando, em 2003, o prêmio de cidade
sustentável europeia.
São várias as medidas implementadas que possibilitaram tal situação, a redução
de gases do efeito estufa, a oferta de postos de carregamento de carros elétricos e a
melhora do transporte público. Pode-se destacar atividades turísticas na capital
norueguesa que envolvem a difusão de práticas sustentáveis, como a existência de
hotéis verdes, passeios de bicicleta pela cidade e mesmo um festival ambiental durante o
mês de setembro (PLANET GREEN, 2008).
Países Baixos
Com uma porcentagem de 82,9% de população urbana, os Países Baixos
apresentaram uma taxa de crescimento urbano anual de 1,3% entre os anos de 2000 e
2005 e 1% entre 2005 e 2010. Entre seus principais aglomerados urbanos, e como maior
número populacional, estão as cidades de Amsterdã e a Haia (ORGANIZAÇÃO DAS
NAÇÕES UNIDAS, 2009). Em suas políticas urbanas atuais, nos Países Baixos se
busca combinar habitação, trabalho e outros serviços. Por um lado, em uma cidade
compacta são pressionadas as suas áreas verdes urbanas.
Assim, uma grande concentração e inter-relação de funções na escala das
25
cidades9 gera oportunidades para a redução de poluição gerada pelo trânsito para um
transporte público de alta qualidade, consumo mais eficiente de energia e padrões de
consumo sustentáveis (EOLSS, s.d.). Mais um ponto a ser pensado, no entanto, é a sua
extensiva rede de ciclovias, contribuindo para as políticas no transporte e infraestrutura
urbanos. No que concerne à participação da sociedade na promoção de práticas
sustentáveis, por exemplo, pode-se destacar tais ciclovias, fruto de protestos massivos e
uma política deliberada de tomada de decisão (SUSTAINABLE CITIES NET, 2011).
Palestina
O Fundo para o Desenvolvimento Internacional da OPEP (The OPEC Fund for
International Development – OFID) e o Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento (PNUD) assinaram um acordo em 2012 para co-finaciarem um
projeto de geração de energia renovável através do uso de placas solares na Faixa de
Gaza. O projeto implementado pelo PNUD em parceria com a Autoridade Palestina de
Energia e Recursos Naturais (PENRA – em inglês), vai fornecer fontes de energia
renováveis como uma solução sustentável para o setor energético na Faixa de Gaza.
Serão usadas placas solares fotovoltaicas para reduzir o consumo de energia elétrica,
economizar energia e custos, ao mesmo tempo em que mantém um meio ambiente verde
em quatro escolas, um poço de água e duas clínicas maternas (PNUD, 2012).
Entretanto, apesar do que vem sendo feito, as fontes de eletricidade existentes
em Gaza cobrem apenas 75% da demanda. O abastecimento de eletricidade e
combustível é insuficiente para operar os poços e bombas d’água e causa a redução na
disponibilidade de água encanada nas casas. A qualidade da água na Faixa de Gaza é
baixa, uma vez que 90% da água do aquífero de Gaza não é potável (PNUD, 2012).
Outra iniciativa na região é a construção de até 20 “escolas verdes” com luz e
energia provenientes de fontes solares e geotérmicas. As escolas também colherão água
da chuva e reciclarão a água utilizada em pias, máquinas de lavar, chuveiros, para
diminuir a dependência de água nas áreas mais escassas. O projeto é uma parceria do
arquiteto italiano Mario Cucinella e da Agência das Nações Unidas de Assistência aos
Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, sigla em inglês) (GREEN
FUTURES MAGAZINE, 2012).
9 Pode-se pensar no conceito de compactação das cidades.
26
Qatar
O Qatar é um pequeno país peninsular, com pouco menos de dois milhões de
habitantes, sendo que 99% deles vive em ambientes urbanos, principalmente na capital,
Doha. No que se refere às questões de sustentabilidade, a postura do Qatar e dos demais
países do Golfo é, no mínimo, dúbia. Por um lado, o Qatar lidera o ranking de emissões
de dióxido de carbono per capita, tendo uma taxa duas vezes superior ao segundo
colocado (os Emirados Árabes) e três vezes à do terceiro (os Estados Unidos), além de
possuir a reputação de ter táticas obstrucionistas nas sucessivas rodadas das negociações
acerca das mudanças climáticas (ULRICHSEN, 2010).
Por outro, o Qatar figura em sexto lugar no ranking de construções ecológicas,
tendo sua capital, Doha, entre as dez cidades com o maior potencial sustentável de
2012, além de ser um verdadeiro laboratório de inovação nessa questão, como parte do
esforço (bem sucedido) dos países do Golfo em assumirem a liderança mundial em
energias alternativas e renováveis (DOHA..., 2012).
Em outro caso de dualidade na postura sustentável, Doha, sede de inúmeros
encontros internacionais sobre questões ambientais, revela-se uma cidade hostil aos
pedestres, os quais contam com poucas calçadas para se protegerem do domínio quase
absoluto dos carros esportivos e utilitários sobre as ruas qataris, apoiados pelo
baixíssimo preço dos combustíveis e pela cultura do esbanjamento, predominante no
país (THE GUARDIAN, 2012).
Dentre as medidas mais concretas em direção à amenização das suas emissões
de carbono e sua dependência energética dos combustíveis fósseis, o Qatar anunciou a
instalação de uma fábrica de silicone policristalino para a construção de células
fotoelétricas, fundamentais para a produção de energia solar, com capacidade de
construir 8 mil toneladas métricas por ano de células de alta pureza (DOHA..., 2012).
Outra providência interessante é a construção de uma área de 31 hectares no centro de
Doha formada por edifícios com certificado platina do LEED (Leadership in Energy and
Enviromental Design), a classificação máxima para construções sustentáveis dadas por
esse ranking (THE GUARDIAN, 2012).
Reino Unido
O Reino Unido possui uma alta taxa de urbanização, 80%. Isso representa cerca
de 50 milhões de pessoas vivendo em áreas urbanas (BM, 2011).
O país é avançado em termos de desenvolvimento de indicadores e
27
implementação de projetos para a sustentabilidade urbana. Um dos indicadores
importantes é o Forum for the Future’s annual Sustainable Cities Index que mensura o
progresso na sustentabilidade das 20 maiores cidades da Grã-Bretanha, envolvendo
questões sobre preservação do meio ambiente natural, qualidade de vida e preparação
para lidar com os desafios urbanos futuros. Esse índice é desenvolvido pela ONG de
mesmo nome, uma das maiores no campo de desenvolvimento urbano sustentável. No
European Green City Index, a maior cidade inglesa, a capital Londres, foi posicionada
em 11º lugar como a mais sustentável.
Além dos indicadores, outros projetos existem na área de desenvolvimento
urbano sustentável, tais como o Sustainable Urban Environment Programme, um
programa que investe na pesquisa nas áreas de resíduos sólidos, uso da água,
planejamento de transporte e planejamento urbano (THE ISSUES PROJECT, s.d.).
Rússia
Em 2010, 73,2% da população russa era habitante de cidades, apresentando entre
os anos de 2000 e 2010, taxas negativas de crescimento populacional, em torno de 0,4%
nas cidades (ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS, 2009). A Rússia apresenta
uma série de experiências interessantes no que tange às práticas de urbanização
sustentável.
Entre as megalópoles europeias em desenvolvimento, Moscou ganha bastante
destaque no tema. Para tanto, a capital russa conta com base em acordos internacionais
em sustentabilidade, planejamento urbano e recriação de zonas nas grandes cidades,
entre outros. São de grande relevância as mudanças já comprovadas na cidade, como a
restruturação das políticas russas de meio-ambiente por meio de atos legislativos
(LEAD CIS PROGRAM, 2000).
Segundo o LEAD CIS PROGRAM (2000), os objetivos da cidade até 2020
constituem a melhora da qualidade de vida, redução de impactos no meio-ambiente com
atividades industriais e de habitação, preservação da herança arquitetônica e histórica e
o desenvolvimento de todos os ramos de transporte. Para isso, se busca a
implementação de políticas de proteção e reabilitação de áreas em crise ambiental,
como também a promoção de condições de moradia, construções e políticas que
busquem o desenvolvimento sustentável da capital russa.
Senegal
28
De acordo com Francois Seguin (2011), a cidade de Dakar, capital do Senegal,
sofre com o congestionamento e um sobrecarregamento e sua infraestrutura. Além
disso, a cidade enfrenta problemas com alagamentos. Para Clara Ganemtrore (2012), o
investimento na resistência urbana à desastres é um instrumento importante tanto para
garantir a funcionalidade do espaço urbano quanto para garantir o bem-estar da
população.
O governo do Senegal é o responsável pelo Senegal National Local agenda 21
Programme. O objetivo do programa é apoiar em algumas cidades senegalesas a
urbanização e a implementação dos objetivos da Agenda 21, através do fortalecimento
da capacidade técnica de autoridades locais e no diálogo entre as mesmas e o governo
do país. O programa tem como parceiro o Instituto Africano de Gestão Urbana e o
ONU-Habitat (ONU HABITAT, s.d.).
Singapura
Singapura tem uma população de 5.184 milhões de habitantes sendo que quase
toda a totalidade da sua população, 5.183.700, vive em áreas urbanas (BM, 2011). Na
avaliação do Green City Index, Singapura ficou acima da média em todos os quesitos
analisados, o que representa a adoção de políticas fortes para manter e melhorar o meio
ambiente urbano. Desde 1965, quando o país alcançou a independência, o governo vem
enfatizado a importância da sustentabilidade (SIEMENS, 2011).
O governo de Singapura se preocupa em alto grau com planejamento urbano.
Por isso, alguns problemas comuns às cidades contemporâneas não são encontrados no
país. Um exemplo disso é a inexistência de congestionamentos, porque a frota da cidade
de Singapura10
é apenas de 900 000 veículos e comprar e manter um carro é muito caro.
Os carros não passam mais do que dez anos circulando nas ruas e são dadas licenças
para a sua compra, logo, pretende-se que não se ultrapasse a frota atual de carros. Além
disso, existem pedágios espalhados pela região central, que funcionam como mais uma
forma de desestímulo ao uso de carros. Para suprir o uso dos automóveis individuais, o
sistema de transporte público é eficiente com 3300 ônibus em circulação e 129,7
quilômetros de metrô, com trens que chegam a cada três minutos (PLANETA
10
“A cidade-estado de Singapura é composta pela ilha do mesmo nome e por 54 outras pequenas ilhas,
abrangendo uma superfície de 640 quilômetros quadrados.”
PORTAL SÃO FRANCISCO. História de Singapura. s.d.
<http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/singapura/historia-de-singapura.php> Acesso em: 06 fev
2013.
29
SUSTENTÁVEL, 2011).
O governo vai adotar medidas para seguir os princípios do desenvolvimento
sustentável e promover a iniciativa para toda a população. Entre as iniciativas, está
investir um bilhão de dólares em 5 anos para incentivar e ajudar programas de
desenvolvimento sustentável, além de investir em pesquisas e testar novas tecnologias
que possam ajudar Singapura a se desenvolver de maneira sustentável. O governo
também pretende construir prédios públicos e habitações que sejam verdes, diminuindo
o consumo de água e energia. As escolas também ganharão atividades que ensinarão aos
alunos sobre sustentabilidade. E por fim, o governo vai encorajar o setor público e
privado a construir tetos verdes em prédios e residências (GOVERNO DE
SINGAPURA, 2012).
Singapura tem recursos naturais limitados e quantidade de terra reduzida, por
isso vem trabalhando para gerenciar o lixo, o uso de terras e da água, utilizar a energia
eficientemente e tornar e/ou construir edifícios sustentáveis. Todas essas medidas fazem
parte do programa Singapura Sustentável lançado em 2012 (CROSTON, 2012).
Suécia
Com um histórico invejável de altos índices econômicos e sociais, a Suécia é,
também, um dos países mais avançados no que diz respeito à redução do impacto
ambiental de suas cidades e à sustentabilidade de suas estruturas, levando em conta que
85% da população sueca vive em ambientes urbanos (BM, 2011). Enquanto muitos
países lutavam para aproximar-se das metas estabelecidas pela REN21 (Renewable
Energy Policy Network for the 21st Century) para o ano de 2011, a Suécia já havia
cumprido as metas do ano de 2020 (REN21, 2011). Esse pioneirismo foi possível graças
às políticas públicas do país, as quais destinam significativas somas do seu orçamento
para projetos de sustentabilidade, além de taxar os focos de poluição e estimular o uso
de energias renováveis através de incentivos fiscais. Um programa local de
investimentos, que durou de 1998 a 2002, foi capaz de alocar 671 milhões de euros
destinados ao financiamento de 1814 projetos espalhados por 161 municípios (BM,
2010).
Inúmeras cidades suecas são modelos de sustentabilidade para o mundo inteiro.
A começar pela capital Estocolmo, cidade sustentável por excelência, a qual é palco de
inovadores projetos, tais como os parques nacionais urbanos, a Vision 2030 (City of
Stockholm, 2012) e o inovador e ambicioso Modelo Hammarby, que visa a criação de
30
um eco-ciclo otimizador dos recursos urbanos. Na cidade de Linkoping, o sistema de
transporte é composto inteiramente por ônibus movidos à biogás. A cidade de Malmö,
por sua vez, construiu no ano 2000 um sistema de energia composto 100% por energia
renovável no setor portuário da cidade. Por fim, a cidade de Växnö foi capaz de reduzir
seu consumo de energia em 50% com a troca do sistema de iluminação pública, além de
reduzir suas emissões de carbono em 35% num período de 10 anos, aliado a um
espantoso crescimento econômico de 69% no mesmo período (União Europeia, 2011).
Tailândia
A Tailândia possui uma população urbana de 22 milhões de habitantes, o que
representa uma taxa de urbanização de 33% (BM, 2011). O país vem passando por um
rápido processo de urbanização o que trouxe vários problemas relacionados ao
congestionamento do tráfego, insuficiência na provisão de serviços públicos, problemas
sociais e habitacionais, além de poluição ambiental (CODI).
Sua capital e maior cidade, Bancoc, concentra cerca de 5.7 milhões de pessoas e
foi alocada como cidade de desenvolvimento urbano sustentável médio no Asian Green
City Index. O relatório indica que o governo da capital implementou medidas para
combater os efeitos das mudanças climáticas e que a cidade tem feito progresso nos
padrões de emissão de gases poluentes provenientes de automóveis. Além disso, a
cidade apresentou um bom desempenho na área de governança ambiental e qualidade do
ar (SIEMENS, s.d.).
Na Tailândia em geral, programas de auxílio encabeçados por agências e
programas da ONU como o ONU-HABITAT e o PNUD que visam à promoção da boa
governança no país.
Turquia
Há 63 anos, 25% da população turca vivia em zonas urbanas, hoje são 70% que
vivem nas cidades desse país. Assim, o que se pode ver é o desafio de construção das
cidades turcas com o crescimento urbano acelerado que se deu nesses últimos anos, uma
vez que com uma população cada vez maior nas cidades, as políticas de sustentabilidade
e infraestrutura se tornam grandes desafios (WORLD BANK, 2012).
Segundo Simone Peskelma (2011), políticas de incentivo à construção de uma
sustentabilidade urbana, assim como práticas nesse sentido estão longe de serem vistas
no contexto urbano da Turquia. Um exemplo desse fato é a cidade de Istambul, sua
31
capital, que não possui um sistema de reciclagem implementada adequadamente e
permite o trânsito de ônibus e caminhões sujos e poluidores na cidade (PESKELMA,
2011). Nesse sentido, as dificuldades encontradas de acordo com Peskelma (2011)
decorrem de alguns aspectos como a falta de engajamento da população em torno do
tema de práticas sustentáveis, no duelo entre interesses locais e medidas em âmbito
nacional e a falta de uma visão mais holística de desenvolvimento.
WWF
O World Wide Fund for Nature é uma organização internacional não-
governamental fundada na Suíça em 1961 cujo objetivo inicial era zelar pela
preservação de espécies animais ameaçadas de extinção. Com o crescimento da
organização, seu objetivo ampliou-se para a preservação do meio ambiente como um
todo, e sua representação espalhou-se pela maioria dos países do globo. Desde 1985, o
WWF investiu cerca de 1 bilhão de dólares em mais de doze mil projetos de
conservação ambiental espalhados pelo mundo (WWF, [s.d.]).
O trabalho internacional do WWF possui dois focos principais, o primeiro sendo
a manutenção da biodiversidade através da proteção de zonas críticas do planeta,
enquanto o segundo é a luta pela redução do impacto humano na natureza, a chamada
pegada ecológica, através de medidas que equilibrem o impacto do uso (bom ou ruim)
dos recursos naturais pelo ser humano (WWF, [s.d.]).
A Floresta Amazônica, em especial, tem sido uma área a qual o WWF dedica
boa parte de seus recursos e atenção nos últimos 40. Por meio do investimento de mais
de 30 milhões de dólares na região, a organização foi capaz de formar inúmeras
parcerias que possibilitaram, por exemplo, a criação de mais de 20 hectares de áreas
protegidas; além de estabelecer na região os princípios da boa governança, da posse
regularizada da terra, a produção sustentável de commodities, o desenvolvimento de
infraestrutura não prejudicial à floresta e a conservação da biodiversidade (WWF,
[s.d.]).
4. QUESTÕES QUE A RESOLUÇÃO DEVE RESPONDER
1. Qual é a importância da ação do governo local na promoção de cidades
sustentáveis e como ela deve ser feita?
2. Como implementar políticas sustentáveis, mas controversas, como medidas de
desincentivo ao uso do carro?
32
3. Como a comunidade internacional deveria se comportar para que os países
desenvolvidos e os em desenvolvimento tenham condições semelhantes de
construir/reformar cidades sustentáveis?
4. Levando em consideração a importância do consumo de recursos e a eficiência
para a ideia de cidades sustentáveis. Como tornar eficiente e sustentável a produção e o
consumo de recursos tanto em países desenvolvidos quanto nos subdesenvolvidos?
5. Como financiar iniciativas urbanas sustentáveis em países que não possuem
recursos financeiros para tal?
6. Qual é o papel da governança, considerando a cooperação entre os países, para a
promoção das cidades sustentáveis?
7. Levando em consideração que os desafios e empecilhos à urbanização
sustentável em cada país são diversos, quais devem ser as políticas comuns adotadas a
nível internacional?
8. Quais instrumentos podem ser criados/implementados para medir o desempenho
das cidades em termos de sustentabilidade?
9. Quais são as medidas mais viáveis que podem ser estabelecidas nas cidades nas
áreas de: transporte, energia, uso do solo e resíduos sólidos?
10. Como promover as boas práticas de diversas cidades em relação à
sustentabilidade urbana?
5. LINKS ÚTEIS
PNUMA: http://www.unep.org/ (inglês)
ONU-HABITAT: www.unhabitat.org (inglês)
Programa Cidades Sustentáveis: http://www.cidadessustentaveis.org.br/
Sustainable Cities net: http://sustainablecities.net/ (ingles)
Sustainable Cities network: http://www.sustainablecitynetwork.com/ (inglês)
PNUD: http://www.undp.org/content/undp/en/home.html (inglês)
Green City Index: http://www.siemens.com/entry/cc/en/greencityindex.htm (inglês)
Indicadores do Banco Mundial: http://data.worldbank.org/indicator (inglês)
Objetivos do Milênio: http://www.un.org/millenniumgoals/ (inglês)
RIO + 20 Sustainable Cities: http://www.un.org/en/sustainablefuture/cities.shtml
(inglês)
WWF Sustainable Cities: http://wwf.panda.org/what_we_do/footprint/cities/ (inglês)
33
Rede Social Brasileira por Cidades Justas e Sustentáveis:
http://rededecidades.ning.com/
Sustainable Cities Collective: http://sustainablecitiescollective.com/ (inglês)
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARCHITECTURE FOR HUMANITY. Haiti Rebuilding Center. s.d. Disponível em:
<http://architectureforhumanity.org/programs/haiti-rebuilding-center>. Acesso em: 22
fev. 2013
ARCHITECTURE SOURCE. Canadian Architecture Leads Bangladesh Sustainable
City. s.d. Disponível em: <http://designbuildsource.com.au/canadian-architecture-leads-
bangladesh-sustainable-city>. Acesso em: 12 de janeiro de 2013.
AUSTRALIAN CONSERVATION FOUNDATION. Sustainable City Index. 2010.
Disponível em:
<http://www.acfonline.org.au/sites/default/files/resources/2010_ACF_SCI_Report_Com
parative-Table_and_Fact-Sheets.pdf>. Acesso em: 13 jan. 2013.
BANCO MUNDIAL. Indicators. 2011. Disponível em:
<http://data.worldbank.org/indicator>. Acesso em: 13 jan. 2013.
______. Urban Population (% of total). 2011. Disponível em :
<http://data.worldbank.org/indicator/SP.URB.TOTL.IN.ZS>. Acesso em: 13 jan. 2013 .
______. Urban Population. 2011. Disponível em :
<http://data.worldbank.org/indicator/SP.URB.TOTL>. Acesso em: 13 jan. 2013.
______. On the way to sustainable cities in Turkey. Disponível em:
<http://www.worldbank.org.tr/WBSITE/EXTERNAL/COUNTRIES/ECAEXT/TURKE
YEXTN/0,,contentMDK:23099887~pagePK:1497618~piPK:217854~theSitePK:36171
2,00.html>. Acesso em: 12 de janeiro de 2013.
______. Study of Japanese Experiences on Sustainable Urban Development including
Pollution Control and Management, Resource/Energy Efficiency and GHG Reduction.
Disponível em :
<http://siteresources.worldbank.org/INTURBANDEVELOPMENT/Resources/336387-
1270074782769/69259441288991290394/Japanese_Experiences_Sustainable_Urban_D
evelopment.pdf>. Acesso em: 12 de janeiro de 2013.
BANGLADESH. Rio+20: National Report On Sustainable Development. Disponível
em: <//www.uncsd2012.org/content/documents/738Rio+20%20NRSD.pdf>. Acesso
em: 12 de janeiro de 2013.
BUENOS AIRES CIUDAD. Encuesta Anual de Hogares. 2004. Disponível em:
<http://www.buenosaires.gob.ar/areas/hacienda/sis_estadistico/tabulados_basicos_EAH
_2004_corregidos.pdf>. Acessado em 20/01/2013.
34
AFRICA’S CITIES to Triple in Size. BRITISH BROADCASTING CORPORATION
(BBC). Londres. 2010. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/news/world-africa-
11823146>. Acesso em: 13 jan. 2013.
CARIBBEAN PROPERTY MAGAZINE. Renewable energy in Honduras and
Sustainability in Panama. 2007. Disponível em:
http://www.caribpro.com/Caribbean_Property_Magazine/index.php?pageid=141
Acessado em 20 jan. 2013.
CANADIAN INTERNATIONAL DEVELOPMENT AGENCY (CIDA). Environmental
Sustainability. 2011. Disponível em: <http://www.acdi-cida.gc.ca/acdi-cida/acdi-
cida.nsf/eng/JUD-111814837-QFY > Acesso em: 09 jan. 2013.
______. Strategic Environmental Assessment. 2012. Disponível em: <http://www.acdi-
cida.gc.ca/acdi-cida/ACDI-CIDA.nsf/eng/JUD-4713514-N2T> Acesso em: 09 jan.
2013.
CANADIAN INTERNATIONAL DEVELOPMENT AGENCY (CIDA). Ensure
Environmental Sustainability (MDG 7). 2012. Disponível em: <http://www.acdi-
cida.gc.ca/acdi-cida/acdi-cida.nsf/eng/JUD-13181149-HGX> Acesso em: 09 jan. 2013.
CENTRAL INTELLIGENCE AGENCY. The World Fact Book. s.d. Disponível em
<https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/sa.html> Acesso em:
12 jan. 2013.
CHILE DESARROLLO SUSTENTABLE: Ministro de Energía inauguró la primera
Planta Solar conectada al Sic. 2013. Disponível em:
http://www.chiledesarrollosustentable.cl/noticias/ministro-de-energia-inaguro-la-
primera-planta-solar-conectada-al-sic/ Acessado em 20 jan. 2013.
CITY OF STOCKHOLM. Vision 2030 – Vision and reality. 2012. Disponível em:
http://international.stockholm.se/Future-Stockholm/Vision-2030/. Acesso em: 13 jan.
2013.
CNN. World’s most liveable city is... 2012. Disponível em:
<http://travel.cnn.com/explorations/life/worlds-most-livable-city-525619>. Acesso em:
13 jan. 2013.
CO.EXIST. Singapore: A Window on the Future of Sustainable Cities.
<http://www.fastcoexist.com/1679143/singapore-a-window-on-the-future-of-
sustainable-cities>. Acesso em: 13 jan. 2013.
CO.EXIST. A New Sustainable City Rises in Bangladesh. Disponível em:
<http://www.fastcoexist.com/1679171/a-new-sustainable-city-rises-in-bangladesh>.
Acesso em: 12 de janeiro de 2013.
CONSTRUCTION WEEK ONLINE. Doha ranked in top 10 emerging sustainable
cities. 2012. Disponível em: http://www.constructionweekonline.com/article-15200-
doha-ranked-in-top-10-emerging-sustainable-cities/#.UPtkKSdEE1F Acessado em 20
35
jan. 2013.
CORPORATE KNIGHTS. The 2011 Most Sustainable Cities in Canada. 2011
<http://corporateknights.com/report/2011-most-sustainable-cities-canada> Acesso em:
11 jan. 2013.
DANISH MINISTRY OF THE ENVIRONMENT. Danish Strategy for Sustainable
Development. 2009.
<http://www.mst.dk/English/Sustainability/sustainable_development/>. Acesso em: 12
jan. 2013.
ECO CIDADES. 10 Cidades Sustentáveis da Europa. 2011.
<http://www.ecocidades.com/2011/10/05/10-cidades-sustentaveis-da-europa/> Acesso
em: 12 jan. 2013.
EOLSS. The long road towards sustainable cities: the dutch case. Disponível em:
<http://www.eolss.net/Sample-Chapters/C14/E1-18-06.pdf>. Acesso em: 12 de janeiro
de 2013.
EL HERALDO. Crescimiento desordenado de la ciudad requiere de un 'hasta aquí'.
2009. Disponível em: <http://archivo.elheraldo.hn/Al%20Frente/listado-
nota/Ediciones/2009/11/18/Noticias/Crecimiento-desordenado-de-la-ciudad-requiere-
de-un-hasta-aqui>. Acesso em 20 jan. 2013.
FOLHA DE S. PAULO. Emirados Árabes: Dubai vira paraíso de arquitetos e
indinheirados. 2007. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/folha/turismo/noticias/ult338u335823.shtml>. Acesso
em 20 jan. 2013.
FORO REGIONAL EN DEFENSA DEL RÍO DE LA PLATA, LA SALUD Y EL
MEDIO AMBIENTE. Rio de la Plata: recurso hídrico o receptor de afluentes
cloacales, industriales u outros venenos. 2007. Disponível em:
>http://www.coepsa.com.ar/Proy%20cuencas/Contaminacion%20-
Rio%20de%20la%20Plata%20.html> Acesso em 20 jan. 2013.
FORTUNE. The richest City in the World. 2007. Disponível em:
<http://money.cnn.com/magazines/fortune/fortune_archive/2007/03/19/8402357/index.h
tm>. Acesso em 20 jan. 2013.
FORUM FOR THE FUTURE. Sustainable City Index. 2010. Disponível em:
<http://www.forumforthefuture.org/project/sustainable-cities-index/overview>. Acesso
em: 13 jan. 2013.
FOUNDATION FOR SUSTAINABLE DEVELOPMENT. Environmental sustainability
Issues in Argentina. s.d. Disponível em:
http://www.fsdinternational.org/country/argentina/envissues Acessado em 20 jan. 2013.
FUNDO MUNDIAL PARA A NATUREZA (WWF) What does WWF do? s.d.
Disponível em: <http://wwf.panda.org/what_we_do/>. Acesso em: 14 jan. 2013
36
FUNDO MUNDIAL PARA A NATUREZA (WWF) 50 years of envoronmental
conservation. s.d. Disponível em: <http://wwf.panda.org/who_we_are/history/>. Acesso
em: 14 jan. 2013.
FUNDO MUNDIAL PARA A NATUREZA (WWF) Global iniciatives. s.d. Disponível
em: <http://wwf.panda.org/what_we_do/how_we_work/key_initiatives/>. Acesso em:
14 jan. 2013.
FUNDO MUNDIAL PARA A NATUREZA (WWF BRASIL). Pegada Ecológica? O
que é isso?
<http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/o_que_e_pega
da_ecologica/> Acesso em: 11 jan. 2013.
GANEMTORE, C. Surviving in a Floodplain: Adapting to Risk and Vulnerability to
Dakar. Sustainable Cities. 2012. Disponível em:
<http://blog.sustainablecities.net/2012/09/19/surviving-in-a-floodplain-adapting-to-risk-
and-vulnerability-in-dakar/>. Acesso em: 22 fev. 2013.
GLOBAL COMPACT CITIES PROGRAMME. Colombia’s capital, Bogotá; New
global compact city and reporting on its sustainability. Disponível
em:<http://citiesprogramme.com/archives/3931>. Acesso em: 12 de janeiro de 2013.
GREENSTYLE. Conheça o futuro da cidade mais sustentável do mundo. 2012.
<http://style.greenvana.com/2012/confira-os-planos-para-o-futuro-da-cidade-mais-
sustentavel-do-mundo/>. Acesso em: 12 jan. 2013.
GREEN CITY INDEX. Vancouver. 2011.
<http://www.siemens.com/entry/cc/en/greencityindex.htm?section=index/nav/gci_africa
> Acesso em: 19 jan. 2013.
GREEN FUTURES MAGAZINE. Greening Gaza with eco schools. 2012.
<http://www.forumforthefuture.org/greenfutures/articles/greening-gaza-with-eco-
schools>. Acesso em: 12 jan. 2013.
GRIST. The 15 most sustainable U.S. cities. s.d. Disponível em:
<http://grist.org/article/2009-07-16-sustainable-green-us-cities/full/>. Acesso em: 13
jan. 2013.
GUARDIAN SUSTAINABLE BUSSINESS BLOG. Doha, the emerging green building
laboratory. 2012. Disponível em: http://www.guardian.co.uk/sustainable-business/doha-
green-building-laboratory Acessado em: 20 jan. 2013.
IBM. Smarter Cities. s.d. Disponível em:
<http://www.ibm.com/smarterplanet/us/en/smarter_cities/overview/index.html>. Acesso
em: 13 jan. 2013.
INDIA CLIMATE MISSIONS. National Mission on Sustainable Habitat.
<http://www.indiaclimatemissions.org/detailreport.php?mid=3&tabId=0> Acesso em:
12 jan. 2013.
37
JEWISH NATIONAL FUND. Community Development. s.d. Disponível em:
<http://www.jnf.org/work-we-do/our-projects/community-development/>. Acesso em:
13. Jan 2013.
KEEP AUSTRALIA BEAUTIFUL. Susteinable Cities. s.d. Disponível em:
<http://kab.org.au/sustainable-cities/>. Acesso em: 13 jan. 2013.
KOREA. NET. Green Korea. <http://www.korea.net/Government/Current-
Affairs/National-Affairs>. Acesso em: 12 jan. 2013.
LEAD CIS PROGRAM. Moscow City Environmental Profile. Disponível em:
<http://www.leadnet.ru/mep/english/conclusion.htm>. Acesso em: 12 de janeiro de
2013.
LEITE, C. Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes: Desenvolvimento Sustentável
num Planeta Urbano. Porto Alegre: Bookman, 2012.
LIFE & ENVIRONMENT. About us. s.d. Disponível em:
<http://www.sviva.net/eng/Info.php?docId=new_aboutus>. Acesso em: 13 jan. 2013.
MCKINSEY GLOBAL INSTITUTE. India’s urban awakening : Building inclusive
cities, sustaining economic growth. 2010.
<http://www.mckinsey.com/Insights/MGI/Research/Urbanization/Urban_awakening_in
_India> Acesso em: 12 jan. 2013.
NATURE RESOURCES DEFENSE COUNCIL. Smarter Cities. s.d. Disponível em:
<http://smartercities.nrdc.org/topic/energy#tk-topic-articles>. Acesso em: 13 jan. 2013.
O GLOBO. Brasil é eleito o país que mais trabalha contra a sustentabilidade. 2012.
<http://oglobo.globo.com/rio20/brasil-eleito-pais-que-mais-trabalha-contra-
sustentabilidade-5235390> Acesso em: 12 jan. 2013.
ONLINE DIRECTORY: Precauções de segurança par o grande terremoto chileno. s.d.
Disponível em: <http://www.fuguitang.com/precaucoes-de-seguranca-para-o-grande-
terremoto-chileno.html>. Acessado em 20/01/2013.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. Coordenação Institucional e Financeira
para a Cooperação Ambiental Internacional. A/RES/2997, 15 dez. 1972. Disponível em:
<http://www.un.org/ga/search/view_doc.asp?symbol=A/RES/2997(XXVII)&Lang=E&
Area=RESOLUTION>. Acesso em: 12 jan. 2013.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS. World Urbanization Prospects: The 2009
Revision Population Database. Disponível em:
<http://esa.un.org/wup2009/unup/p2k0data.asp>. Acesso em: 19 de janeiro de 2013.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS (ONUBRASIL). A ONU e o meio
ambiente. <http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-o-meio-ambiente/>. Acesso
em: 12 jan. 2013.
PESKELMA. Sustainability in turkish cities: dream or reality?. Disponível em:
38
<http://simonepekelsma.nl/index.php/2011/10/25/sustainability-in-turkish-cities-dream-
or-reality/>. Acesso em: 12 de janeiro de 2013.
PLANET GREEN. Green City Guide: Oslo. Disponível em:
<http://planetgreen.discovery.com/travel-outdoors/oslo-green-city-guide.html>. Acesso
em: 12 de janeiro de 2013.
PLANETA SUSTENTÁVEL. Singapura: uma cidade que anda na linha. 2011.
<http://planetasustentavel.abril.com.br/noticia/cidade/singapura-cidade-anda-linha-
633030.shtml?func=1&pag=0&fnt=9pt> Acesso em: 12 jan. 2013.
PLANETA VIDA. Assegurar a Sustentabilidade Ambiental em Angola. s.d. Disponível
em: <http://vida1.planetavida.org/paises/angola/objectivos-do-milenio/assegurar-a-
sustentabilidade-ambiental/>. Acesso em: 13 jan 2013.
PLANNING RESOURCE. The Maldives – challenges for sustainable dvelopment in a
small island state. 2012. Disponível em:
<http://cliffhague.planningresource.co.uk/2012/02/13/the-maldives-challenges-for-
sustainable-development-in-a-small-island-state/>. Acesso em: 13. Jan. 2013.
PROGRAMA CIDADES SUSTENTÁVEIS. Crescimento Inteligente. 2011. Disponível
em: <http://www.cidadessustentaveis.org.br/boas_praticas/exibir/42>. Acesso em: 13
jan. 2013.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA ASSENTAMENTOS HUMANOS
(ONU-HABITAT). Supporting Descentralisation Through the Promotion of Good
Governance. s.d. Disponível em:
<http://www.unhabitat.org/content.asp?cid=4932&catid=369&typeid=13>. Acessso em:
13 jan. 2013.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA OS ASSENTAMENTOS HUMANOS
(ONU-HABITAT). Sustainable Urban Energy Planning. 2009. United Nations: Nairobi,
Quenia.
______. Bringing Blue Skies Back to our Cities. 2011. United Nations: Nairobi, Quenia.
______. Sustainable Urbanization in Asia. 2012. United Nations: Nairobi, Quenia.
______. Sustainable Cities and Localizing Agenda 21. s.d. Disponível em::
<http://www.unhabitat.org/content.asp?cid=2863&catid=540&typeid=13>. Acesso em:
22 fev. 2013
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O DESENVOLVIMENTO (PNUD).
Increasing access to sustainable energy – OFID contributes to UNDP’s initiative on
renewable energy in Gaza. 2012. <http://www.undp.ps/en/> Acesso em: 13 jan. 2013.
______. National Synthesis Report 2012.
<http://sustainabledevelopment.un.org/content/documents/563National%20Synthesis%2
0Report%20FINAL.pdf> Acesso em: 13 jan. 2013.
39
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE (PNUMA). Cities
and Carbon Finance. 2012
______. Sustainable Cities. 2012. United Nations: Nairobi, Quenia.
______. Towards a Green Economy: Pathways to Sustainable Development and Poverty
Eradication, 2011a. Disponível em: <www.unep.org/greeneconomy>. Acesso em: 20
jan. 2013.
______. Cities and Carbon Finance. 2012. United Nations: Nairobi, Quenia.
PWC. South Korea leads Asia on greenhouse gas legislation. 2012.
<http://www.pwc.com/gx/en/sustainability/publications/south-korea-leads-asia-on-
greenhouse-gas-legislation.jhtml>. Acesso em: 12 jan. 2013.
PROGRAMA DAS NAÇÕES UNIDAS PARA O MEIO AMBIENTE (PNUMA). s.d.
Disponível em:
http://www.unep.org/newscentre/Default.aspx?DocumentID=2700&ArticleID=9363&l=
en. Acesso em: 12 jan. 2013.
______. s.d. Disponível em:
http://www.unep.org/Documents.Multilingual/Default.asp?DocumentID=43&ArticleID
=3301&l=en .Acesso em: 12 jan. 2013.
REPUBLIC OF MAURITIUS. National Programme on Sustainable Consumption and
Production for Mauritius.
<http://www.gov.mu/portal/goc/menv/files/SCP_NationalSciencePortal.pdf> Acesso
em: 13 jan. 2013.
SAUDI GREEN BUILDING COUNCIL (SGBC). About SGBC. Disponível:
<http://www.saudigbc.com/about.htm> Acesso em: 12 jan. 2013.
SEGUIN, F. Dakar Public Transit: choose your way. Sustainable Cities. 2011.
Disponível em: <http://blog.sustainablecities.net/2011/06/14/dakar-public-transit-
choose-your-way/>. Acesso em: 22 fev. 2013.
SIEMENS. Sustainable Development of Megacities. Disponível em:
<http://www.siemens.com.br/sustainable-development-in-megacities/>. Acesso em: 12
de janeiro de 2013.
________. African Green City Index. s.d. Disponível em:
<http://www.siemens.com/entry/cc/en/greencityindex.htm?section=index/nav/gci_africa
>. Acesso em: 13 jan. 2013.
________. Susteinable Development in Cities. s.d. Disponível em:
<http://www.siemens.co.za/sustainable-development/sustainable-development.html>.
Acesso em: 13 jan 2013.
SIGMON, J. Resilient Buildings and Self-Reliance Will Strengthen Haiti Now.
40
Sustainable Cities Collective. 2012. Disponível em:
<http://sustainablecitiescollective.com/usgbc/37743/resilient-buildings-and-self-
reliance-will-strengthen-haiti-now-and-future>. Acesso em: 22 fev. 2013.
SINGAPORE GOVERMENT. Sustainable Singapore. 2012.
<http://app.mewr.gov.sg/web/contents/ContentsSSS.aspx?contid=128> Acesso em: 12
jan. 2013.
SISTEMA NACIONAL DE CERTIFICACIÓN DE LEÑA: Sistema Nacional de
Certificación de Leña. s.d. Disponível em: http://www.lena.cl/que-es-el-sncl/ Acessado
em 20/01/2013.
SUSTAINABLE CITIES NET. Sustainable City – Curitiba, Brazil. Disponível em:
<http://www.sustainablecitiesnet.com/models/sustainable-city-curitiba-brazil/>. Acesso
em: 12 de janeiro de 2013.
________. Insight: How the dutch got their cycling infrastructure. Disponível em:
<http://www.sustainablecitiesnet.com/tag/netherlands/>. Acesso em: 12 de janeiro de
2013.
SUSUKI, H. Eco2 Cities: ecological Cities as Economic Cities. Banco Mundial,
Washington, Estados Unidos, 2010. Disponível em:
<http://siteresources.worldbank.org/INTURBANDEVELOPMENT/Resources/336387-
1270074782769/Eco2_Cities_Book.pdf>. Acesso em: 20 jan. 2013.
SUSTAINABLE CITIES COLLECTIVE. From Elephant to Estuary: What Can US
Cities Learn From Europe's 2013 Green Capital?. Disponível em:
<http://sustainablecitiescollective.com/kaidbenfield/103626/elephant-estuary-does-
2013-european-green-capital-have-something-teach-us-cities>. Acesso em: 12 de
janeiro de 2013.
TEL AVIV-YAFO MUNICIPALITY. Sustainability. s.d. Disponível em:
<http://www.tel-aviv.gov.il/english/Environment.htm>. Acesso em: 13 jan. 2013.
THE GUARDIAN. Honduras to build new city with its own laws and tax system to
attract investidors. 2012. Disponível em:
http://www.guardian.co.uk/world/2012/sep/06/honduras-new-city-laws-investors
Acessado em 20 jan. 2013.
THE ISSUES PROJECT. The Project. s.d. Disponível em:
<http://www.urbansustainabilityexchange.org.uk/>. Acesso em: 13 jan. 2013.
THE JERUSALEM POST. Israel: a superpower of sustainability. 2012. Disponível em:
<http://www.jpost.com/Opinion/Op-EdContributors/Article.aspx?id=279457>. Acesso
em: 13 jan. 2013.
THE NATURAL STEP. About Us. <http://www.naturalstep.org/en/canada/>. Acesso
em: 11 jan. 2013.
THE URBAN CHINA INITIATIVE. About us. s.d. Disponível em:
<http://www.urbanchinainitiative.org/about-us/>. Acesso em: 13 jan. 2013.
________. 2011 Urban Sustainability Index. 2011. Disponível em:
41
<http://www.urbanchinainitiative.org/wp-content/uploads/2012/05/McKinsey-2011-
Urban-Sustainability-Index.pdf>. Acesso em: 13 jan. 2013.
THIS BIG CITY. How Bogotá inspired sustainable cities across the globe. Disponível
em: <http://thisbigcity.net/how-bogota-inspired-sustainable-cities-across-the-globe/>.
Acesso em: 12 de janeiro de 2013.
UNIÃO EUROPEIA. Cities of Tomorrow: Challenges, visions, ways forward. Comissão
Europeia, Bruxelas, Bélgica, 2011.
UNITED NATIONS SYSTEM IN NIGERIA. Programa das Nações Unidas para
Assentamentos Humanos. Disponível em: <http://www.un-
nigeria.org/unagencies/unhabitat.html>. Acesso em: 13 jan. 2013.
UNIVERSITY OF ULSTER. Prince speaks so Saudi Arabia’s quest for sustainability.
2010. <http://news.ulster.ac.uk/releases/2010/5355.html> Acesso em: 12 jan. 2013.
WEISS, Thomas G.; FORSYTHE, David P.; COATE, Roger A.. The United Nations
and Changing World Politics. Oxford: Westview Press, 1997.
ZIEGLER, Helmuth. German Cities Greener than Europe’s Average. Disponível em:
<http://sustainablecitiescollective.com/helmuthziegler/26663/german-cities-greener-
europes-average>. Acesso em: 12 de janeiro de 2013.