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PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS DENIS LUIS BARROS DA SILVA TAMIRES DA SILVA BEZERRA CÁDMIO, CROMO E CHUMBO EXAMES DE PROFICIÊNCIA DO SETOR DE METAIS NO LABORATÓRIO DE PEDIATRIA DO HCFMRP - USP RIBEIRÃO PRETO 2017

PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

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Page 1: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

PROGRAMA DE APRIMORAMENTO

PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

DENIS LUIS BARROS DA SILVA

TAMIRES DA SILVA BEZERRA

CÁDMIO, CROMO E CHUMBO

EXAMES DE PROFICIÊNCIA DO SETOR DE METAIS NO

LABORATÓRIO DE PEDIATRIA DO HCFMRP - USP

RIBEIRÃO PRETO

2017

Page 2: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

2

PROGRAMA DE APRIMORAMENTO

PROFISSIONAL SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

DENIS LUIS BARROS DA SILVA

TAMIRES DA SILVA BEZERRA

CÁDMIO, CROMO E CHUMBO

EXAMES DE PROFICIÊNCIA DO SETOR DE METAIS NO

LABORATÓRIO DE PEDIATRIA DO HCFMRP - USP

Monografia apresentada ao Programa de Aprimora-

mento Profissional/CRH/SES-SP, elaborada no

Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo – USP/

Departamento de Apoio Médico.

Área: Programa de Aprimoramento

Profissional em Microtécnicas - Metais

Orientador(a): José Simon Camelo Junior

Supervisor(a) Titular: Tânia M. B. Trevilato

RIBEIRÃO PRETO

2017

Page 3: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente à Deus que é meu escudo, meu suporte, minha for-

ça, que me manteve com sua paz divina todo este ano, e foi a luz do meu caminho,

me trouxe até aqui e me deu vitória, pois imensa é sua misericórdia. À Ele é meu

maior agradecimento, pois só Ele conhece verdadeiramente meu coração.

Ao meu marido e aos meus pais, por nunca me deixarem desanimar e lutarem

tanto pela minha felicidade.

À minha irmã e aos meus avós que eu amo incondicionalmente.

Ao meu companheiro de aprimoramento Denis Luis Barros da Silva por mui-

tos obstáculos e lutas que enfrentamos juntos.

Ao Marcos Paulo de Souza Muniz, que compartilhou seu conhecimento co-

nosco de forma física, química e psicológica nos ensinando a pensar de forma multi-

diciplinar.

À Tânia M. B. Trevilato, por contribuir para a realização deste trabalho, nos

orientando e aconselhando, e por ter compartilhado conosco seu laboratório, equi-

pamentos e conhecimento.

Tamires da Silva Bezerra Brambilla

Page 4: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

4

AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pela força e oportunidade a mim concedida. Agradeço tam-

bém aos meus pais que sempre estiveram ao meu lado nesta caminhada, mesmo

estando longe.

Agradeço a minha supervisora Tânia Trevilato que sempre me incentivou e

me deu o suporte para que conseguisse alcançar mais esse objetivo.

Sou grato a todas minhas companheiras de Aprimoramento que de certo mo-

do fizeram parte dessa minha jornada e me fizeram dos meus dias melhores durante

esse ano que tive o privilegio de ter ao meu lado pessoas tão especiais.

Agradeço a toda equipe do Hospital da Clinica da Faculdade de Medicina de

Ribeirão Preto, por todo suporte que tive e pela oportunidade de poder aprender e

me aperfeiçoar convivendo com pessoas brilhantes.

Denis Luis Barros da Silva

Page 5: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

5

RESUMO

O laboratório clínico deve assegurar que os resultados produzidos reflitam, de

forma fidedigna e consistente, a situação clínica apresentada pelos pacientes, de

modo que não representem o resultado de alguma interferência no processo de aná-

lise. A melhoria contínua dos processos envolvidos deve representar o foco principal

de qualquer laboratório, tendo-se total e absoluto controle sobre todas as etapas do

processo de realização dos exames, que compreende as fases pré-analítica, analíti-

ca e pós-analítica. Para isso, o controle de qualidade tem o objetivo de assegurar

aos laboratórios um funcionamento confiável e eficiente, a fim de fornecer resultados

válidos, em tempo útil e auxiliar os médicos nas decisões diagnósticas. Todo labora-

tório deve estar preparado para agir prontamente a fim de evitar ou minimizar as

consequências e a recorrência de falhas. Isso tudo acaba por se traduzir em um pro-

cesso chamado: garantia da qualidade e se adquire com a participação em progra-

mas de proficiência clínica. Com o objetivo de analisar o perfil estatístico dos contro-

les de qualidade e avaliar o desempenho geral do laboratório nos últimos 5 anos, foi

realizado um levantamento de dados dos ensaios de proficiência para os metais:

Cádmio, Chumbo (PEP-Pbs – IAL/SP) do sangue total de boi contaminado e Cromo

(PICC –METU/ESPANHA) de urina liofilizada, no Setor de Metais do Laboratório de

Pediatria do HCFMRP-USP no período de 2012 à 2016. Podemos observar que das

20 amostras de controles para dosagem de Cádmio, os desvios foram de 0,1 a 3,6

ug/L acima dos valores designados e o desempenho do laboratório foi 100% ade-

quado (95% satisfatório e 5% questionável). O Chumbo teve 48 amostras enviadas,

retirando 4 com dosagens insatisfatórias obtivemos resultados com desvios de - 9,2

a - 2,1 ug% e observamos uma “Tendência à Esquerda” evidente com 92% das

amostras adequadas (80% satisfatório e 20% questionável). Das 42 amostras de

cromo, 31 tiveram desvios de 0,5 a 8,9 ug/L e 11 amostras de - 5,4 a - 0,2 ug/L indi-

cando uma “Tendência à Direita” com médias positiva em 74% e uma performance

do laboratório com 98% das dosagens adequadas (86% satisfatório e 12% questio-

nável).

Palavras-chave: Exame de Proficiência, Cádmio, Cromo e Chumbo

Page 6: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

6

LISTA DE ABREVIATURAS

ALA – D - Ácido Delta-Amino Levulínico Desidratase

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CQI – Controle de Qualidade Interno

Hb – Hemoglobina

HCFMRP- USP – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

da Universidade de São Paulo

IARC - International Agency for Research on Cancer

IAL – Instituto Adolfo Lutz

IRPTC - International Register of Potentially Toxic Chemical of United Nations Envi-

ronment Program

ISO – International Organization for Standardization

IT - Instruções de Trabalho

LIS – Sistema de Informatização Laboratorial

OMS – Organização Mundial da Saúde

PEP Pbs - IAL - Programa de Ensaio de Proficiência para Chumbo em Sangue do

Instituto Adolfo Lutz

PICC Espanha - Programa Interlaboratorios de Control de Calidad

POP – Procedimento Operacional Padrão

UNEP - United Nations Environment Programe

Page 7: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

7

LISTA DE SÍMBOLOS

% - Porcentagem

µg/dia – Micrograma por dia

µg/L – Micrograma por Litro

µg/m3 – Micrograma por metro cúbico

Cd – Cádmio

Cr, Cr2+, Cr3+, Cr6+ – Cromo

CrO2 - Dióxido de cromo

CrO3 - Óxido de cromo

FeCr2O4 – Cromita

g - Grama

g/cm3 – Grama por centímetro cúbico

g/L – Grama por Litro

h – Hora

Hg - Mercúrio

K2Cr2O7 - Dicromato de potássio

mA – Miliampère

mg/L – Miligrama por Litro

mL – Mililitro

MΩ/cm – Megaohm por centímetro

Ni - Níquel

Nm - Nanômetro

Page 8: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

8

Pb - Chumbo

pH – Potencial Hidrogeniônico

PSI – Libra-força por polegada quadrada

Page 9: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

9

LISTA DE FIGURAS

Figura 1......................................................................................................................26

Page 10: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

10

LISTA DE TABELAS

Tabela 1...............................................................................................................30

Tabela 2...............................................................................................................31

Tabela 3...............................................................................................................31

Tabela 4...............................................................................................................32

Tabela 5...............................................................................................................32

Tabela 6...............................................................................................................33

Tabela 7...............................................................................................................33

Tabela 8...............................................................................................................34

Tabela 9...............................................................................................................34

Tabela 10.............................................................................................................35

Tabela 11.............................................................................................................35

Tabela 12.............................................................................................................36

Tabela 13.............................................................................................................36

Tabela 14.............................................................................................................37

Page 11: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

11

SUMÁRIO

1.0 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 12

1.1 Controle de Qualidade no Laboratório de Análises Clínicas................................12

1.2 Metais no Nosso Organismo................................................................................14

1.3 Cádmio (Cd).........................................................................................................15

1.4 Cromo (Cr)...........................................................................................................18

1.5 Chumbo (Pb)........................................................................................................23

2.0 OBJETIVO .......................................................................................................... 28

3.0 MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................................. 29

3.1 Materiais...............................................................................................................29

3.2 Métodos................................................................................................................29

4.0 RESULTADOS .................................................................................................... 30

5.0 DISCUSSÃO/CONCLUSÃO ............................................................................... 38

6.0 REFERÊNCIAS....................................................................................................39

Page 12: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

12

1.0 INTRODUÇÃO

1.1 CONTROLE DE QUALIDADE NO LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS

Desde o século passado, percebe-se, em todas as situações, uma importante

evolução no conceito de qualidade, particularmente, diante das exigências dos clien-

tes. Em consequêcia disso, o “melhorar continuamente os processos” passou a ser

meta e conduta de toda instituição ou organização. Nos laboratórios clínicos, isso

não foi diferente. Em face dessas exigências, a melhoria da qualidade do produto

oferecido (resultado de exames) e seu controle foram às consequências naturais

desse processo.

É o estudo detalhado de todos os erros ocorridos no laboratório, desde a pre-

paração do paciente até a entrega do laudo. Tem como objetivo, assegurar ao labo-

rátorio um funcionamento confiável e eficiente, a fim de fornecer resultados válidos,

em tempo util, para auxiliar os médicos nas decisões diagnósticas. A partir do ano de

1990 o movimento em prol da qualidade teve um crescimento avassalador no país,

que remonta à década de 80, onde foram lançadas as bases deste movimento. Até o

início da década de 90 ainda não havia um movimento coordenado e global, mas

sim ações isoladas de alguns segmentos da sociedade. Em 1987, um conjuto de

normas chamada ISO 9000 se tornou oficial, baseado em normas britânicas e desde

então vem sofrendo revisões. A ISO 9000 é composta pelas normas ISO 9000,

9001, 9004 e 19011, e podem ser aplicadas em diversos tipos de organização e se

refere apenas à qualidade do processo da organização e não dos produtos ou servi-

ços. Já em setembro de 2003 foi elaborado um regulamento técnico de Funciona-

mento do Laboratório Clínico pela ANVISA pela Portaria nº. 864, e tinha o intuito de

definir os requisitos para o funcionamento dos laboratórios clínicos e postos de cole-

ta laboratorial públicos ou privados na área de análises clínicas, patologia clínica e

citologia. Para obter o alvará de funcionamento, o estabelecimento deve seguir uma

lista de exigências, inclusive utilizar amostras controle comerciais, regularizados jun-

to a ANVISA/MS de acordo com a legislação vigente, para realizar o Controle de

Qualidade Interno (CQI).

O laboratório clínico deve assegurar que os resultados produzidos reflitam, de

forma fidedigna e consistente, a situação clínica apresentada pelos pacientes, asse-

Page 13: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

13

gurando que não representem o resultado de alguma interferência no processo. A

informação produzida deve satisfazer as necessidades de seus clientes e possibilitar

a determinação e a realização correta de diagnóstico, tratamento e prognóstico das

doenças.

A melhoria contínua dos processos envolvidos deve representar o foco princi-

pal de qualquer laboratório. Para isso, procura-se oferecer, cada vez mais, os melho-

res produtos ou serviços para os clientes. Entretanto, para que as inovações e me-

lhorias deem certo, torna-se imprescindível o controle desses processos, que deve

ser capaz de identificar possíveis falhas que possam vir a acontecer ou as que já

aconteceram. Além disso, o laboratório deverá estar preparado para agir prontamen-

te para evitar ou minimizar as consequências e a recorrência dessas falhas. Isso

tudo acaba por se traduzir em um processo chamado: garantia da qualidade.

Em um laboratório de análises clínicas, a garantia da qualidade é alcançada

tendo-se total e absoluto controle sobre todas as etapas do processo, o qual pode

ser denominado de ‘realizar exame’, que compreende as fases pré-analítica, analíti-

ca e pós-analítica.

A gestão da qualidade, por sua vez, abrange as ações utilizadas para produ-

zir, dirigir e controlar essa qualidade, incluindo a determinação de uma política e de

objetivos da qualidade, com o uso de indicadores e metas.

A garantia da qualidade de todas as fases pode ser conseguida por meio da

padronização de cada uma das atividades envolvidas, desde o atendimento ao paci-

ente até a liberação do laudo. Com isso, pode-se alcançar a qualidade que se alme-

ja e, com a gestão da qualidade, garanti-la.

Todas essas atividades no laboratório devem ser documentadas por meio de

procedimentos operacionais padrão (POP) ou instruções de trabalho (IT), que deve-

rão estar sempre acessíveis aos funcionários envolvidos nas atividades.

Com a qualidade melhorada, os desperdícios podem ser evitados, reduzin-

do-se os custos e aumentando-se a produtividade, e, com isso, haverá melhora da

competitividade no mercado (CHAVES, 2010).

Page 14: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

14

1.2 METAIS NO NOSSO ORGANISMO

O organismo humano é composto por diversas substâncias, entre as quais

água, gases, vitaminas, proteínas, sais minerais, gorduras, açúcares, etc. Dentre

estas inúmeras substâncias, encontram-se os metais, aqueles mesmos constantes

na tabela periódica, objeto de estudos da área química. Alguns desses metais de-

sempenham funções essenciais no organismo do homem, contudo, as concentra-

ções em índices acima de valores recomendados, podem tornar-se prejudiciais.

O estudo dos metais informa que tais elementos integram um grupo de subs-

tâncias químicas sólidas em seu estado puro, com exceção do mercúrio (líquido a

temperatura ambiente); caracterizam-se por seu brilho, dureza, cor – que vai da

amarelada à prata –, além de boa condutividade elétrica e de calor, maleabilidade,

ductibilidade e elevados pontos de fusão e de ebulição (KURODA, 2011). Dentre tais

elementos, existem outros que apresentam densidade mais elevada que os demais

e, por isso, denominam-se metais pesados. A densidade destes últimos encontra em

nível maior que 4,0 g/cm3. Os metais pesados também apresentam valores altos de

número atômico, massa específica e massa atômica (PAGANINI; SOUZA; BOC-

CHIGLIERI, 2004).

As propriedades dos metais também são denominadas de elementos-traço;

nos metais pesados, como elementos-traço, têm-se os elevados níveis de reativida-

de e de bioacumulação, o que significa que tais substâncias são capazes de desen-

cadear inúmeras reações químicas e não são metabolizáveis, indicando, portanto,

que organismos vivos não conseguem degradá-las, levando ao caráter biocumulati-

vo dos metais ao longo da cadeia alimentar (SILVA; VITTI; TREVIZAN, 2007).

Conforme já mencionado, os metais pesados não são metabolizáveis, entre-

tanto, eles participam – em quantidades muito pequenas – de determinadas ativida-

des metabólicas, como o cobalto, o cobre e o vanádio que, respectivamente, auxili-

am na produção de hemácias, compõem diversas enzimas e auxiliam na síntese da

hemoglobina, interferindo, ainda, na atividade da insulina; no entanto, é importante

reforçar que se ultrapassadas as doses essenciais, tais metais passam a oferecer

danos à saúde (PAGANINI; SOUZA; BOCCHIGLIERI, 2004).

Silva et al. (2007) referem-se a outros desses elementos, que apresentam

altos níveis de toxidade, como o cádmio e cromo, objetos do presente estudo. Na

natureza, estes elementos, praticamente, não são encontrados de modo isolado,

Page 15: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

15

uma vez que são extremamente reativos; são largamente empregados nas indústrias

e lançados ao meio ambiente com os demais resíduos industriais, os quais podem

ser absorvidos por animais e vegetais, provocando intoxicações ao longo da cadeia

alimentar. É o caso do mercúrio, do chumbo, do alumínio, do arsênio, entre outros.

1.3 CÁDMIO (Cd)

De acordo com Virga et al. (2007), o cádmio está entre os metais pesados

que frequentemente são associados às intoxicações. Apresenta alto risco à saúde,

pois altera as estruturas celulares, as enzimas e substitue os metais cofatores em

atividades enzimáticas. O Cd é um metal de transição, que se localiza no grupo 12

da tabela periódica; é encontrado na natureza no estado sólido, sendo de cor bran-

co-prateada, maleável e dúctil, apresentando resistência química e mecânica. Foi

descoberto no ano de 1817, pelo químico alemão Friedrich Stromeyer, que extraiu o

Cd ao aquecer o minério calamita – carbonato de zinco (ZnCO3) –, o que originou o

nome do metal (a expressão em latim “cadmia”, que significa calamita) (SHRIVER;

ATKINS, 2008).

Segundo Chasin e Cardoso (2003), o Cd é encontrado na natureza normal-

mente associado ao zinco, em proporções que variam de 1:100 a 1:1000, em grande

parte dos minérios e solos; pode ser obtido, ainda, a partir da refinação do zinco e

de outros minérios (chumbo/zinco e cobre/chumbo/zinco), como subproduto. O seu

uso comercial de maior demanda é o processo da galvanoplastia – recoberta de um

metal com outro –, que visa aumentar a resistência à corrosão atmosférica. Entretan-

to, o Cd também é empregado na fabricação de pilhas e baterias de níquel-cádmio

(Ni-Cd), que possuem maior índice de vida útil em relação às tradicionais. Este me-

tal, associado à prata, ao cobre e ao zinco, forma ligas que são utilizadas em traba-

lhos de soldagem, em condutores elétricos e na fabricação de joias; o Cd está pre-

sente, ainda, em telas de televisão, em dispositivos de detecção de radiação, entre

outros.

Klaassem e Watkins (2012) informam que a exposição ocupacional do ho-

mem ao Cd ocorre durante o processo da fabricação de ligas e varetas utilizadas em

soldagens, de baterias Ni-Cd, de varetas para reatores, de tubos para televisores, de

diversos tipos de pigmentos, de esmaltes, tinturas têxteis, fotografia, retificadores,

entre outros produtos. Cardoso e Chasin (2001) relatam que a exposição do traba-

Page 16: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

16

lhador ao cádmio pode se dar, ainda, em setores de fundição e refino do zinco, do

chumbo e do cobre e de eletrodeposição. A exposição ocupacional pode ocorrer pe-

la inalação dos fumos do metal; embora a via respiratória seja a mais comum em

exposições ocupacionais, uma vez que geralmente o Cd se apresenta na forma de

material particulado fino – poeira e fumo – em suspensão, podendo as partículas

maiores (em torno de 10 mm) depositarem-se no trato aéreo superior e as menores

(em torno de 0,1 mm) penetrarem pelos alvéolos pulmonares, estudos sugerem

também absorção pelas vias dérmica (de forma mais lenta) e gastrointestinal.

Ainda de acordo com os autores, no caso da exposição ao Cd, os primeiros

sintomas de intoxicação são verificados em curto espaço de tempo, geralmente de

uma a oitos horas após a exposição: dores e calafrios; febre e dor de cabeça. O con-

tato do trabalhador das indústrias com altas concentrações de Cd pode fazer com

que este sinta irritações na garganta, tosse e edema de pulmão, em casos conside-

rados graves. Geralmente, o período de latência para as primeiras verificações des-

tes sintomas pode ser acima de 24 horas e a morte pode se dar entre quatro e sete

dias após a exposição ao Cd (CARDOSO; CHASIN, 2001).

Fernandes e Mainiera (2014) citam casos de exposição ocupacional ao Cd: a)

Um trabalhador de 68 anos, de acordo com relatos da revista americana da área

médica Medical Management, em 2000, após dois dias exposto a fumos de Cd, em

virtude de soldagem de uma chapa galvanizada, começou a apresentar desconforto

abdominal; no terceiro dia, apareceram febre, tosse e piora nas dores abdominais, o

que levou à hospitalização daquele trabalhador. Em seguida, desenvolveu-se um

quadro de peritonite e hipoxia e o agravamento levou o trabalhador a óbito. O exame

necrópsico revelou cardiomegalia congestiva e edema pulmonar; no sangue do pa-

ciente, foi encontrada alta dose do metal Cd; b) 39 trabalhadores de uma fábrica de

baterias em Salvador, na Bahia, tiveram o seu sangue coletado e analisado: 38

apresentavam altas concentrações de Cd no plasma.

A toxidade de uma substância é medida de acordo com o potencial que esta

apresenta para causar danos à saúde, em caso de interação com o organismo. O

estudo dos efeitos do Cd no homem, animais e plantas mostra aspectos indesejá-

veis, o que confirma a sua propriedade tóxica. Conforme já citado, a toxidade de um

metal está relacionada às doses ou ao tempo de exposição, bem como à forma físi-

ca e química pelas quais o metal é caracterizado e às vias de administração e ab-

sorção. A interação deste elemento com o organismo ocorre em três estágios, quais

Page 17: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

17

sejam: 1. Entrada e absorção pelo corpo; 2. Transporte, distribuição, acumulação e

biotransformação; 3. Efeito e saída do corpo. No caso do Cd, segundo já citado, a

entrada no organismo ocorre, normalmente, por meio da inalação do fumo do ele-

mento. Após ser absorvido, o Cd se distribui pelo organismo e se aloja nas células

sanguíneas do soro plasmático ou, ainda, nas chamadas metaloproteínas, produzi-

das pelo fígado (KLAASSEN; ATKINS, 2012).

O Cd é considerado um elemento persistente, por causa de sua capacidade

de acumular-se em organismos vivos (plantas e animais) e atingir os seres huma-

nos, podendo acumular-se nesse organismo por um período muito longo, em órgãos

como os rins e fígado (FERNANDES; MAINIERA, 2014). Chasin e Cardoso (2003)

observam que no organismo humano o Cd é capaz de provocar inúmeros efeitos

tóxicos, assim como em animais de experimentação, como o carcinogênico; esta

toxicidade pode se manifestar em diferentes órgãos e tecidos, sendo, pois, os mais

atingidos os rins e o fígado. Contudo, análises encontraram presença de altas con-

centrações de Cd nos testículos, pâncreas, tireoide, nos ossos, sistema nervoso

central, nos pulmões e nas glândulas adrenais.

Em longo prazo, os efeitos consequentes da baixa exposição ao metal são

danos renais, doenças obstrutivas nos pulmões, osteoporose e as doenças cardio-

vasculares. Nos rins, o Cd intoxica as células tubulares e os glomérulos, o que afeta

a função desse órgão e acarreta a proteinúria, que são lesões ou degeneração pro-

venientes da necrose das células tubulares, podendo progredir para uma inflamação

intersticial e fibrose (CHASIN; CARDOSO, 2003).

Conforme alguns estudos supõem, o Cd também pode afetar as células ós-

seas, interferindo no metabolismo da vitamina D e do cálcio, produzindo efeitos dire-

tos na reabsorção/formação dos ossos. O itai-itai é uma doença de característica

endêmica, prevalecendo na bacia do Rio Jinzu, localizada no centro-oeste do Japão

e causada pelo consumo do arroz contaminado com Cd; suas características são as

múltiplas fraturas que ocorrem nos osso, de modo espontâneo, principalmente em

pessoas do sexo feminino e em faixa etária maior (CHASIN; CARDOSO, 2003).

O Cd em altas concentrações no organismo humano também afeta o sistema

respiratório, provocando doença pulmonar grave: a doença obstrutiva, que pode ini-

ciar-se de forma lenta, resultando de uma bronquite crônica e ou fibrose das vias

aéreas inferiores, acompanhada de danos alveolares, o que pode acarretar o enfi-

Page 18: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

18

sema; há uma redução da função pulmonar, da capacidade vital e um aumento no

volume residual dos órgãos respiratórios (CHASIN; CARDOSO, 2003).

Há outras formas de exposição dos organismos vivos ao Cd, diferentes da

ocupacional. Cardoso e Chasin (2001) informam que este metal, presente também

na atmosfera, se precipita e se deposita no solo, em uma relação de três gra-

mas/hectare/ano. Outra forma de contaminação por Cd é a utilização dos fertilizan-

tes fosfatados na agricultura, uma vez que à medida que o pH do solo diminui os

seus índices, aumenta a captação do Cd pelos vegetais. Nesse sentido, as chuvas

ácidas são fatores determinantes para o aumento da concentração deste metal nos

produtos agrícolas. A água também pode ser uma fonte de contaminação pelo me-

tal; a água potável possui baixíssimos teores de Cd – cerca de 1 g/L, sendo conside-

rada a ideal para o consumo e também para o uso na fabricação de bebidas e ali-

mentos.

Nos dias atuais, o Cd é considerado um poluente importante para o mundo,

tendo sido revisado pelo International Register of Potentially Toxic Chemical of Uni-

ted Nations Environment Program (IRPTC), documento oficial do United Nations En-

vironment Programe (UNEP), e incluído na lista das substâncias que são declaradas

potencialmente perigosas ao planeta; também a Agência Internacional de Pesquisa

sobre Câncer, ou International Agency for Research on Cancer (IARC) listou o metal

como carcinogênico aos seres humanos, a partir de pesquisas com trabalhadores

expostos por períodos longos ao Cd, que desenvolveram câncer pulmonar.

1.4 CROMO (Cr)

Outros metais pesados, a exemplo do cromo, encontrados na natureza em

concentrações no ar, na água, no solo, nos alimentos etc. são considerados microe-

lementos indispensáveis ao metabolismo dos organismos vivos. Contudo, níveis

muito baixos ou muito altos de absorção destes elementos podem acarretar em dis-

túrbios no organismo e, em caso mais graves, em óbitos. Tais microelementos – ou

oligoelementos – são essenciais e podem ser introduzidos nos tecidos vivos por

meio da água, alimentos, pela respiração ou absorvidos pela pele; entretanto, pes-

quisas informam que 90% da ingestão dos metais e de outros nutrientes é feita por

meio do consumo de alimentos (VIRGA; GERALDO; SANTOS, 2007).

Page 19: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

19

De acordo com Kuroda (2011), o cromo é um metal localizado no grupo 6 da

tabela periódica, no grupo dos metais de transição. Apresenta-se na cor prateada,

brilhante, com alto grau de dureza, ponto de fusão muito elevado e baixa volatilida-

de. No ano de 1766, Johann Gottlob Lehmann, um geólogo e mineralogista alemão,

descobriu na região da Sibéria um novo mineral; trinta e um anos mais tarde, Louis

Nicholas Vanquelin, um farmacêutico e químico francês demonstrou que o chumbo

que continha o mineral descoberto por Lehmann apresentava o óxido de um novo

metal; no ano de 1830, o químico sueco Nills Gabriel Sefstrom batizou o metal de

chroma, em razão de sua estrutura multicolorida; finalmente, em 1867, o químico

inglês Henry Enfield Roscoe conseguiu isolar o metal em sua forma quase pura, por

meio da redução do cloreto associado ao hidrogênio.

Na natureza, o Cr é encontrado na forma de cromita, um óxido duplo de ferro

associado ao cromo de cor amarelo-ocre, sob a fórmula FeCr2O4, de onde é extraído

o Cr por meio de processos térmicos ou eletrolíticos, nas indústrias. Este metal

apresenta resistência quando em contato com o ácido clorídrico (e outros) em tem-

peratura ambiente, daí ser largamente empregado na indústria no processo da gal-

vanoplastia, para a fabricação de maçanetas e estruturas metálicas mais complexas,

além da fabricação de ligas metálicas que contém ferro e níquel, dois metais bastan-

te resistentes à corrosão (KURODA, 2011).

Russel (2004) escreve que os sais do elemento Cr formam soluções que

apresentam um interessante espectro colorido: os íons Cr2+, Cr3+ possuem coloração

verde e violeta, conforme o meio em que se dá a reação. O uso industrial e laborato-

rial do Cr relacionam-se a tais compostos: produção do ferrocromo, da eletroplatina,

em pigmentação e curtimento. O ferrocromo é utilizado na metalurgia, na produção

do aço inoxidável; em um segundo plano, é usado no processamento de refratários,

obtendo-se o tijolo de cromo; nos processos químicos, os compostos de cromo pro-

duzem os ácidos de cromo e os cromatos, esses últimos largamente empregados na

oxidação de diversos materiais orgânicos, purificação de produtos químicos, na oxi-

dação inorgânica, na produção de produtos utilizados para pigmentação e em reves-

timentos.

O elemento químico Cr é empregado na metalurgia, visando oferecer maior

resistência à corrosão por parte de diversos materiais, devido ao seu baixíssimo ín-

dice de oxidação; na produção de ligas metálicas; em processos de cromagem, que

consistem na deposição de capa protetora cromática sobre uma peça geralmente

Page 20: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

20

metálica. O dicromato de potássio (K2Cr2O7) é um dos compostos do cromo larga-

mente empregado em laboratórios, para a limpeza de materiais de vidro e em análi-

ses volumétricas; o óxido de cromo (CrO3) é utilizado na preservação da madeira e o

dióxido de cromo (CrO2), na produção de material magnético (RUSSEL, 2004).

Na natureza, os compostos de Cr se encontram em rochas, no solo, em poei-

ras e névoas de vulcão, também na água, nos animais e nas plantas. Em ambientes

não contaminados pela presença do homem, o teor de Cr é de cerca de 1 µg/L e 0,1

µg/m3, respectivamente na água e no ar. Em regiões onde ocorrem a deposição do

metal, as fontes de água podem conter teores de Cr superiores aos índices reco-

mendados pelas agências nacionais e internacionais para a água potável. Quanto ao

ar atmosférico, considera-se de origem antropogênica a maior parte de emissões de

cromo – emissões industriais, na produção, refino e tratamento químico do ferrocro-

mo. Cerca de 40% do Cr disponível é em sua forma hexavalente, advindo de ativi-

dades humanas – mineração, queima de combustíveis fósseis, de madeira e papel

(SILVA, 2003).

Daudt e Weber (1995) observam que o Cr surge em diferentes estados de

oxidação, que vão do -2 ao +6; porém, só os estados 0, +2, +3 e +6 são comuns: os

compostos de Cr com oxidação abaixo de +3 são reduzidos, enquanto os maiores

de +3 são oxidados. Desse modo, na natureza apenas dois estados são verificados,

o Cr (III) e o Cr (VI), com funções e características bastante díspares entre si: o Cr

(III), Cr3+ ou trivalente atua como um oligoelemento essencial para o metabolismo de

carboidratos e lipídios; já o Cr (VI), Cr6+ ou hexavalente é um agente altamente tóxi-

co e carcinogênico.

O Cr (III) classifica-se como um mineral-traço – microelemento de baixo peso

molecular e que funciona como catalisador no metabolismo das reações enzimáticas

nos seres vivos –, possuindo participação ativa e essencial no metabolismo dos car-

boidratos. Em geral, este elemento age em colaboração com a insulina e melhora a

tolerância do organismo à glicose. Todavia, como elemento que estimula a sensibili-

dade à insulina, o Cr tem a capacidade de influenciar, ainda, o metabolismo proteico,

podendo acarretar o maior estímulo da captação dos aminoácidos e, consequente-

mente, aumentar o índice da síntese proteica. A atuação do cromo parece não estar

resumida somente à participação coadjuvante com a insulina: mesmo que ainda não

tenham sido identificadas quaisquer enzimas dependentes de cromo, este elemento

parece ter uma ação inibidora sobre a enzima hepática hidroximetilglutaril-CoA-

Page 21: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

21

redutase, provocando a diminuição dos índices de concentração plasmática de co-

lesterol. Além disso, é reconhecida a ação do cromo como efeito lipolítico, somada

aos possíveis efeitos anabólicos, os quais estimulam os praticantes de esportes a

introduzirem em sua dieta alimentar tal substância, como forma suplementar para a

obtenção de efeitos desejados para a compleição do corpo físico (KREIDER, 1999;

ZILMA et al., 1998).

O Cr (III) encontra-se presente nas fontes de alimentos como oleaginosas,

aspargo, cerveja, cogumelo, ameixa, cereais integrais, carnes, vísceras, legumino-

sas e vegetais, cuja ingestão diária e recomendada do elemento na alimentação de

adultos é da ordem de 50 e 200 microgramas por dia (µg/dia). Ainda que não exista

uma recomendação precisa da ingestão diária de cromo na alimentação, existe um

valor adequado, baseando-se em estudos nutricionais realizados com homens e mu-

lheres adultos: entre 25 e 35 µg/dia; ainda, que não tenha sido imposto qualquer li-

mite máximo para a ingestão diária do Cr (III), ou seja, o valor mais alto de ingestão

de um nutriente, de modo que esta não traga quaisquer danos à saúde de seres

humanos, em determinadas faixas etárias e classificação quanto ao gênero (KREI-

DER, 1999; ZILMA et al., 1998).

A IARC tem classificado o Cr (III) e os seus compostos no Grupo 3, ou seja,

dos elementos não classificáveis quanto à carcinogenicidade. Tal categoria é nor-

malmente utilizada para agentes em que a evidência de câncer é inadequada em

seres humanos e inadequada/limitada em animais de experimentação (SILVA,

2003).

Por sua vez, o Cr (VI) é considerada a forma mais tóxica do metal. A sua utili-

zação tem sido verificada na indústria de eletrônicos, como tratamento anticorrosivo

em peças fabricadas com banho de zinco, em painéis de circuitos integrados, tubos

de rádios catódicos e para blindar componentes elétricos, entre outros. O elemento

faz parte da listagem da Environmental Protection Agency, órgão americano, como

um dos 129 poluentes mais críticos (KLAASSEN; WATKINS, 2012).

Conforme já mencionado, a toxidade do Cr se limita aos seus compostos he-

xavalentes, que apresentam propriedades irritante e corrosiva nos organismos vivos.

A exposição ao Cr (VI) pode ocorrer por meio de inalação, do contato com a pele e

pela ingestão. A inalação desse metal é bastante preocupante, pois além de acarre-

tar graves complicações às vias respiratórias, o seu efeito carcinogênico já foi reco-

nhecido pelas agências internacionais. Ainda que a Organização Mundial da Saúde

Page 22: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

22

(OMS) tenha estabelecido limites para o consumo humano na ordem de 0,05 mg/l,

não existem estudos científicos que comprovem com exatidão a taxa de Cr (VI) que

pode vir causar câncer (SILVA, 2003).

Os potenciais efeitos do Cr (VI) apresentam uma variação em razão das es-

pécies e quantidades absorvidas pela corrente sanguínea, a rota e o tempo de ex-

posição ao elemento. Em consequência, o Cr (VI) figura na maior parte das listagens

dos órgãos competentes nacionais e internacionais, no rol dos materiais que apre-

sentam um nível elevado de toxicidade, aos quais são aplicados rígidos procedimen-

tos e padrões de controle (KLAASSEN; WATKINS, 2012).

Os EUA possuem leis e regulamentações robustas a respeito da utilização do

Cr (VI); tal composto é considerado como substância perigosa, potencial poluente do

ar, substância tóxica e poluente que se submete à lei de salubridade da água. A

União Europeia também mantém rígidas normas em relação à utilização de substân-

cias perigosas, em acordo com as restrições em nível mundial, que buscam a elimi-

nação do emprego do Cr (VI) na produção de bens de consumo (KLAASSEN; WAT-

KINS, 2012).

Silva (2003) argumenta que o Cr (VI), mesmo sendo tóxico para seres huma-

nos e inúmeros outros organismos vivos, encontra uma dificuldade de implementa-

ção de regras e normas concisas, por conta da imprecisão das estimativas de inges-

tão do metal, de sua reduzida concentração e da contaminação do meio ambiente.

Isso porque a presença do Cr está correlacionada ao local, à região, em termos de

contaminação antrópica e ou natural. Desse modo, caberá aos órgãos competentes

a fiscalização para a abertura de novos poços, com o objetivo de fiscalização em

relação à qualidade da água.

As principais atividades profissionais que obrigam a uma exposição maior ao

Cr (VI), são aquelas em que o trabalhador encontra-se mais suscetível aos fumos de

solda de aço inox, às névoas de ácido crômico, no processo da galvanoplastia ou

cromação e, ainda, na fabricação de pigmentos a base de dicromatos e na fundição

do zinco; na fundição do ferro e do aço, principalmente o inoxidável (ALGRANTI et

al., 2010). Os efeitos tóxicos induzidos pelo cromo são, em sua maioria, verificados

no trato respiratório, quando a via de penetração são os pulmões. Outros sintomas

também são relatados, como ulcerações e perfuração de septo nasal, irritações do

trato respiratório, efeitos cardiovasculares, gastrointestinais, hematológicos, hepáti-

cos, renais e, em casos mais severos, câncer pulmonar. A exposição oral ao Cr (VI)

Page 23: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

23

e aos seus compostos produzem efeitos mais notáveis em nível hepático e renal

(SILVA, 2003).

Segundo já mencionado, a carcinogenicidade também encontra-se correlaci-

onada ao Cr, assim como a outros metais pesados, como o Cd. Em sua grande mai-

oria, o câncer está associado ao trato respiratório, porém casos de câncer gastroin-

testinal e nos olhos também foram relatados por trabalhadores da indústria de cro-

matos, da produção de pigmentos e de ferrocromo (SILVA; PEDROSO, 2001).

1.5 CHUMBO (Pb)

O chumbo é um elemento de ocorrência natural, amplamente utilizado há mi-

lhares de anos. Atualmente, é um dos contaminantes mais comuns do ambiente,

devido às inúmeras atividades industriais que favorecem a sua grande distribuição.

Assim, todos os seres humanos têm chumbo em seus organismos como resultado

da exposição às fontes exógenas (Saryan e Zenz, 1994). No entanto, este metal não

possui nenhuma função fisiológica conhecida no organismo, e seus efeitos tóxicos

sobre os homens e animais já são conhecidos há muito tempo por afetarem pratica-

mente todos os órgãos e sistemas do corpo humano (Xie et al., 1998).

O chumbo é um metal cinza-azulado, sem odor, maleavel, sensível ao ar. Per-

tence ao grupo IVB da tabela periódica de classificação de elementos. Possui 4 isó-

topos de ocorrencia natural, com as seguintes abundâncias: ²º4Pb (1,4%); 206Pb

(24,1%), 207Pb (22,1%) e 208Pb (52,4%) (IUPAC, 1998).

O Pb é um elemento encontrado com relativa abundância na crosta terrestre,

quase sempre como sulfeto de chumbo (galena), e em todos os compartimentos da

biosfera em diversas formas químicas (ATSDR, 1999).

O principal uso industrial do chumbo é na produção de baterias. O chumbo

não tem papel fisiológico no organismo humano. O chumbo afeta o sistema hemato-

poiético, renal e o sistema nervoso central. Além disso, inibe a biossíntese do ‘heme’

através da inibição de duas enzimas importantes: ácido delta-amino levulínico desi-

dratase (ALA-D) e a ferroquelatase. A toxicidade do chumbo sobre o sistema imuno-

lógico é semelhante à produzida em outros tecidos e orgãos, sendo assim, o metal

não causa uma única alteração patológica (McCABE, 1998).

Page 24: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

24

A exposição exagerada ao chumbo pode ser perigosa pelas diversas formas

de inserção no corpo humano. Ele pode ser admitido pela boca, nariz ou pele e atin-

gir pulmões, estômago intestinos e entrar na corrente sanguínea. O corpo normal-

mente elimina o chumbo através das fezes e urina, quando em quantidades tolerá-

veis, como a que ocorre nos alimentos e no ar que respiramos. Se esta quantidade

for superior à capacidade de eliminação do corpo, começam os problemas de saúde.

Estes problemas se apresentam como anemia, fadiga, dores de cabeça, perda de

peso e constipação. Se a taxa de chumbo atingir níveis exageradamente elevados,

pode causar dano cerebral ou mesmo a morte. A doença gerada pela intoxicação

por chumbo é o Saturnismo (Chumbo e a Sua Saúde, 1990).

A maior parte do chumbo entra no organismo humano pelas vias respiratória

e gastrointestinal. Após absorção, o chumbo pode ser encontrado no sangue, teci-

dos moles e mineralizados (ATSDR, 1999). O sítio primário de armazenamento de

Pb no organismo é o osso, que contém aproximadamente 95% do conteúdo corpó-

reo total do metal em adultos, porém o significado toxicológico deste fato só foi en-

tendido recentemente (Sanín et al., 1998). Historicamente considerado como um

depósito inerte de chumbo, hoje o esqueleto é reconhecido como sendo tão impor-

tante quanto as influências da exposição, absorção e eliminação para o comporta-

mento toxicocinético do chumbo no organismo humano (Smith et al., 1996).

No organismo humano, o chumbo não é metabolizado, e sim, complexado por

macromoléculas, sendo diretamente absorvido, distribuído e excretado. Os compos-

tos de chumbo inorgânico entram no organismo por inalação (rota mais importante

na exposição ocupacional) ou ingestão (via predominante para a população em ge-

ral). Somente os compostos orgânicos de chumbo são capazes de penetrar através

da pele íntegra. Os compostos de chumbo tetra alquila (chumbo tetra etila, etc.), por

exemplo, são absorvidos rapidamente pelos pulmões, trato gastrointestinal e tam-

bém pela pele (Tsalev e Zaprianov, 1985).

A absorção do chumbo no organismo é influenciada pela rota de exposição,

espécie química formada, tamanho da partícula (no caso de particulado), solubilida-

de em água, e variações individuais fisiológicas e patológicas. A absorção do chum-

bo no sangue pode ser superior a 50% da dose inalada/ingerida para gases de exa-

ustão e sais altamente solúveis, assim como para fumantes e pessoas com doenças

das vias respiratórias superiores, que têm a atividade ciliar prejudicada, favorecendo

Page 25: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

25

assim uma maior deposição das partículas de chumbo no trato respiratório (Saryan e

Zenz, 1994).

A absorção do chumbo no trato gastrointestinal varia de 2% a 16% se ingerido

com refeição, mas pode chegar a 60-80%, quando administrado em jejum. Mulheres

grávidas e crianças absorvem 45% a 50% do chumbo presente na dieta. Esta absor-

ção ocorre originalmente no duodeno por mecanismos ainda indefinidos, podendo,

porém, envolver transporte ativo e/ou difusão trans ou paracelular, tanto do chumbo

ionizado quanto dos complexos inorgânicos ou orgânicos deste elemento (ATSDR,

1999). No entanto, os resultados de um estudo publicado por Gulson et al. (1997b)

sugerem que a absorção do chumbo ingerido por crianças de 6 a 11 anos é compa-

rável com os padrões de absorção observados em mulheres na faixa de 29 a 37

anos de idade.

O organismo acumula chumbo durante toda a vida e o libera de forma extre-

mamente lenta, devido à sua grande afinidade pelo sistema ósseo. Conseqüente-

mente, após uma única exposição, o nível de chumbo no sangue de uma pessoa

pode retornar ao normal e, no entanto, o conteúdo corpóreo total pode ainda ser ele-

vado. Mesmo doses pequenas, por um tempo determinado, podem causar intoxica-

ção. Assim, grandes exposições agudas não precisam ocorrer para que uma intoxi-

cação por chumbo se desenvolva. O conteúdo total de chumbo no corpo é que está

relacionado com o risco de efeitos adversos (ATSDR, 1992).

Page 26: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

26

Figura 1

O chumbo é um elemento tóxico não essencial que se acumula no organismo.

Na sua interação com a matéria viva, o chumbo apresenta tanto características co-

muns a outros metais pesados quanto algumas peculiaridades. Como esse metal

afeta virtualmente todos os órgãos e sistemas do organismo, os mecanismos de to-

xicidade propostos envolvem processos bioquímicos fundamentais, que incluem a

habilidade do chumbo de inibir ou imitar a ação do cálcio e de interagir com proteí-

nas. Em níveis de exposição moderada (ambiental e ocupacional), um importante

Page 27: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

27

aspecto dos efeitos tóxicos do chumbo é a reversibilidade das mudanças bioquími-

cas e funcionais induzidas (ATSDR, 1999)

A anemia é uma descoberta extraordinária no envenenamento por chumbo,

não estando necessariamente associada com deficiência de ferro. Geralmente, é de

leve a moderada em adultos (os valores de hemoglobina variam de 8 a 12 g/100

mL–1) e, algumas vezes, é severa em crianças (Saryan, 1994).

Os desvios hematológicos que levam à anemia pelo chumbo são considera-

dos como resultado de sua ação tóxica sobre as células vermelhas e eritropoiéticas

na medula óssea. Esses efeitos incluem inibição da síntese da hemoglobina (Hb) e

diminuição do tempo de vida dos eritrócitos circulantes, resultando na estimulação

da eritropoese. Entretanto, a anemia não é uma manifestação precoce do envene-

namento por chumbo, sendo rara sem outros efeitos detectáveis, e só é evidente

quando o nível de Pb-S é significativamente elevado por períodos prolongados (AT-

SDR, 1992).

O chumbo afeta adversamente vários órgãos e sistemas, sendo que as alte-

rações subcelulares e os efeitos neurológicos sobre o desenvolvimento parecem ser

os mais críticos. Esse metal produz efeitos sobre muitos processos bioquímicos; em

particular, afeta a síntese do ‘heme’, o sistema hematopoético e a homeostase do

cálcio, interferindo em outros processos celulares. Embora os ossos sejam os maio-

res depósitos de chumbo do organismo, os dados disponíveis sobre seu efeito e me-

canismo de ação nesses depósitos são poucos e inconclusivos (Moreira, 2004).

O estudo dos testes de proficiência no presente trabalho levarão a indicado-

res da qualidade dos exames realizados nesse laboratório, garantindo a qualidade

do trabalho dos analistas e a maior confiabilidade dos resultados fornecidos pelo

Laborótario de Pediatria - Metais do HCFMRP - USP.

Page 28: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

28

2.0 OBJETIVO

Analisar o perfil estatístico dos Controles de Qualidade para Cádmio, Chumbo

e Cromo realizados no Setor de Metais do Laboratório de Pediatria do HCFMRP-

USP. Avaliar a performance dos últimos 5 anos.

Page 29: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

29

3.0 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS

Foi realizado um levantamento de dados a partir dos Relatórios de Avaliação

dos Programas dos Provedores dos Ensaios de Proficiência no Setor de Metais do

Laboratório de Pediatria do HCFMRP-USP no período de 5 anos (2012 a 2016).

O Cr é realizado pelo Programa Interlaboratorios de Control de Calidad,

PICC – MetU originário de Madrid na Espanha e subsidiado pelo Centro Nacional de

Nuevas Tecnologías do Instituto Nacional de Seguridad e Higiene em el Trabajo .

Enviam trimestralmente, aos laboratórios participantes, 3 amostras de urina liofiliza-

da para ensaios de proficiência de mercúrio e cromo.

O Pb e Cd, realizados através do Programa de Ensaio de Proficiência para

Chumbo em Sangue-IAL, PEP Pbs ligado a Secretaria de Estado da Saúde, Coor-

denadoria de Controle de Doenças do Instituto Adolfo Lutz, Centro de Contaminan-

tes Inorgânicos, de São Paulo. Enviam trimestralmente, aos laboratórios participan-

tes, 4 ou 6 amostras de sangue total de boi, contaminado. Os itens de ensaios con-

tendo Pb e Cd, são de quatro amostras para Pb e apenas 2 para Cd, separadas

com número de identificação acima de 7000.

3.2 MÉTODOS

Foi utilizado Espectrômetro de Absorção Atômica em Forno de Grafite com

corretor baseado no efeito Zeeman para correção de fundo (EAA 640Z) e lâmpada

de cátodo oco de Pb (5 mA), Cd (4 mA) e Cr (7 mA), no comprimento de onda de

283.3 nm, 228,8 nm, 357.9 nm respectivamente. A fenda de 0,5 nm para Pb e 0,2

nm para Cr e Cd; tubo de grafite Plateau para Cr e tubo de grafite Partition para Pb e

Cd recobertos piroliticamente. Vazão de 15 PSI de gás argônio.

As cubetas reservadas para colocação das amostras foram previamente

desmineralizada em banho de ácido nítrico 30%, “over night”, e depois enxaguadas

com água ultrapura a 18,2 MΩ/cm (Sistema MILLI-Q).

A curva de calibração e metodologia de preparo prévio das amostras obede-

ceram Procedimento Operacional Padronizado (POP) do Setor.

Page 30: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

30

4.0 RESULTADOS

Os dados dos Programas de Proficiência estudados foram compilados do

próprio Setor de Metais do Laboratório de Pediatria do HCFMRP-USP e as rodadas

anuais são mostradas nas 14 tabelas a seguir. O elemento Cadmio iniciou avaliação

pelo IAL a partir de 2013.

Analisamos em porcentagem, o desempenho deste laboratório no decorrer

das rodadas dos últimos 5 anos (jan/2012 à dez/2016). Foram avaliados os valores

dosados de cada exame com relação à média robusta, calculada a partir dos resul-

tados enviados por todos os laboratórios participantes de cada programa, através

dos relatórios dos Programas dos Provedores. Calculamos a variação e a porcenta-

gem do desvio em relação à mediana, podendo ele ser positivo ou negativo.

O desempenho do laboratório também foi mostrado para que possamos ana-

lisar o nosso índice de qualidade, deixando documentado a performance do labora-

tório, que é o objetivo deste estudo.

TABELAS INDICADORAS DO DESEMPENHO DO CQI

Tabela 1 Pb

Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação

à mediana

159 22,9 31,1 Questionável -8,2 -26,4%160 39,5 55,1 Insatisfatório -15,6 -28,3%161 49,7 55,0 Satisfatório -5,3 -9,6%162 22,0 30,0 Questionável -8,0 -26,7%163 55,4 60,6 Satisfatório -5,2 -8,6%164 18,8 21,7 Satisfatório -2,9 -13,4%165 54,9 59,9 Satisfatório -5,0 -8,3%166 18,5 21,9 Satisfatório -3,4 -15,5%

Média Anual -17,1%

Mediana Anual -14,4%

Média Positiva 0,0% 0 Amostras - 0,0%

Média Negativa -17,1% 8 Amostras - 100%

Avaliação de desempenho do Chumbo 2012

51ª

52ª

Page 31: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

31

A Tabela 1 mostra que no ano de 2012, das 8 amostras que recebemos do Pro-

grama de Proficiência, tivemos o resultado Satisfatório em 5 (62,5%), 2 (25,0%) com

resultados Questionáveis e 1 (12,5%) com resultado Insatisfatório. Nas 8 amostras

obtivemos uma media negativa com relação ao valor designado.

Tabela 2 Cr

Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

335 22,3 21,4 Satisfatório 0,9 4,2%336 54,4 53,4 Satisfatório 1,0 1,9%337 31,4 29,9 Satisfatório 1,5 5,0%338 27,3 30,6 Satisfatório -3,4 -10,9%339 19,7 22,0 Satisfatório -2,3 -10,3%340 10,1 11,1 Satisfatório -1,0 -8,9%341 11,5 10,9 Satisfatório 0,6 5,5%342 43,1 45,4 Satisfatório -2,3 -5,1%343 55,4 60,8 Satisfatório -5,4 -8,9%344 63,5 ?

?345 27,5 ?

?346 6,1 ?

? Média Anual -3,1%

Mediana Anual -5,1%

Amostras extraviadas

Avaliação de desempenho do Cromo 2012

1º Trimestre

2º Trimestre

3º Trimestre

4º Trimestre

Apresenta que das 9 amostras que recebemos para o Ensaio de Proficiência, ti-

vemos o desempenho Satisfatório em todas (100,0%). Em 4 (44,4%) obtivemos mé-

dia positiva e 5 (66,6%) média negativa com relação ao valor designado.

Tabela 3 Cd

Estudo Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

3 52,5 48,9 Satisfatório 3,6 7,4%4 26,8 26,8 Satisfatório 0,0 0,0%5 5,4 4,9 Satisfatório 0,5 10,2%6 14,4 13,3 Satisfatório 1,1 8,3%7 5,2 4,5 Satisfatório 0,7 15,6%8 5,3 4,5 Satisfatório 0,8 17,8%

Média Anual 9,9%

Mediana Anual 9,2%

Média Positiva 9,9% 6 Amostras - 100%

Média Negativa 0,0% 0 Amostras - 0,0%

Avaliação de desempenho do Cádmio 2013

Page 32: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

32

A partir de 2013 temos os resultados do cádmio. Desempenho Satisfatório nas 6

amostras (100,0%). Em relação à nossa média, comparada com valor designado do

IAL, 83,3% das amostras tiveram desvio positivo e uma deu o valor designado exato.

Tabela 4 Pb

Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

167 17,5 24,0 Questionável -6,5 -27,1%168 25,2 34,0 Questionável -8,8 -25,9%169 31,6 41,9 Insatisfatório -10,3 -24,6%170 36,7 49,3 Insatisfatório -12,6 -25,6%171 ? ?

?172 ? ?

?173 ? ?

?174 ? ?

?175 31,4 40,0 Questionável -8,6 -21,5%176 69,6 74,9 Satisfatório -5,3 -7,1%177 69,2 75,0 Satisfatório -5,8 -7,7%178 31,8 41,0 Questionável -9,2 -22,4%

Média Anual -20,2%

Mediana Anual -23,5%

Média Positiva 0,0% 0 Amostras - 0,0%

Média Negativa -20,2% 8 Amostras - 100%

Avaliação de desempenho do Chumbo 2013

53ª

54ª

55ª

O laboratório não participou

Nas 8 amostras obtivemos uma média negativa com relação ao valor desig-

nado, Satisfatório em 25,0%, Questionável em 50,0% e Insatisfatório 25,0%.

Tabela 5 Cr

Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

347 ? 27,3

?348 ? 41,2

?349 ? 41,9

?350 17,8 16,5 Satisfatório 1,3 7,9%351 38,7 35,7 Satisfatório 3,0 8,4%352 37,9 36,5 Satisfatório 1,4 3,8%353 39,2 35,3 Satisfatório 3,9 11,0%354 18,1 16,0 Questionável 2,1 13,1%355 59,9 51,0 Insatisfatório 8,9 17,5%356 37,8 34,8 Satisfatório 3,0 8,6%357 35,2 26,4 Questionável 8,8 33,3%358 29,0 26,3 Satisfatório 2,7 10,3%

Média Anual 12,7%

Mediana Anual 10,3%

Média Positiva 12,7% 9 amostras - 100%

Média Negativa 0,0% 0 amostras - 0,0%

4º Trimestre

Amostras extraviadas

Avaliação de desempenho do Cromo 2013

1º Trimestre

2º Trimestre

3º Trimestre

Page 33: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

33

A tabela 5 nos indica que das 9 amostras recebidas no ano, em 6 (66,6%) ob-

tivemos desempenho Satisfatório, 2 (22,2%) desempenho Questionável e 1 (11,1%)

desempenho insatisfatório. Todas com média positiva em relação aos valores desig-

nados.

Tabela 6 Cd

Estudo Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

9 11,1 7,9 Questionável 3,2 40,5%10 5,6 4,3 Satisfatório 1,3 30,2%11 6,3 5,7 Satisfatório 0,6 10,5%12 3,2 3,1 Satisfatório 0,1 3,2%13 6,5 5,9 Satisfatório 0,6 10,2%14 5,8 5,6 Satisfatório 0,2 3,6%

Média Anual 16,4%

Mediana Anual 10,3%

Média Positiva 16,4% 6 Amostras - 100%

Média Negativa 0,0% 0 Amostras - 0,0%

Avaliação de desempenho do Cádmio 2014

No ano de 2014 das seis amostras recebidas, 5 (83,3%) foram Satisfatórias e

1 (16,7%) amostra obteve desempenho Questionável. Média positiva em 100% com

relação ao valor designado.

Tabela 7 Pb

Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

179 30,5 34,1 Satisfatório -3,6 -10,6%180 28,3 31,7 Satisfatório -3,4 -10,7%181 12,9 15,0 Satisfatório -2,1 -14,0%182 14,1 16,4 Satisfatório -2,3 -14,0%183 39,7 51,7 Insatisfatório -12,0 -23,2%184 12,1 14,7 Satisfatório -2,6 -17,7%185 46,4 52,1 Satisfatório -5,7 -10,9%186 12,0 14,1 Satisfatório -2,1 -14,9%187 18,3 22,9 Satisfatório -4,6 -20,1%188 11,4 13,8 Satisfatório -2,4 -17,4%189 11,3 14,5 Satisfatório -3,2 -22,1%190 18,3 22,7 Satisfatório -4,4 -19,4%

Média Anual -16,2%

Mediana Anual -16,1%

Média Positiva 0,0% 0 Amostras - 0,0%

Média Negativa -16,2% 12 Amostras - 100%

Avaliação de desempenho do Chumbo 2014

56ª

57ª

58ª

Page 34: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

34

Recebemos no decorrer do ano de 2014 12 amostras. Obtivemos desempe-

nho Satisfatório em 11 (91,7%) e Insatisfatório em 1 (8,3%). Desempenho negativo

em 100% com relação ao valor designado.

Tabela 8 CR

Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

359 11,4 10,4 Satisfatório 1,0 9,6%360 11,2 10,6 Satisfatório 0,6 5,7%361 63,2 68,9 Satisfatório -5,7 -8,3%362 7,4 6,9 Satisfatório 0,5 7,2%363 44,5 40,9 Satisfatório 3,6 8,8%364 33,2 32,2 Satisfatório 1,0 3,1%365 65,3 68,4 Satisfatório -3,1 -4,5%366 7,2 6,2 Satisfatório 1,0 16,1%367 41,1 40,6 Satisfatório 0,5 1,2%368 32,7 31,2 Satisfatório 1,5 4,8%369 16,6 16,4 Satisfatório 0,2 1,2%370 16,0 16,2 Satisfatório -0,2 -1,2%

Média Anual 3,6%

Mediana Anual 4,0%

Média Positiva 5,8% 9 amostras - 75%

Média Negativa -4,7% 3 amostras - 25%

Avaliação de desempenho do Cromo 2014

1º Trimestre

2º Trimestre

3º Trimestre

4º Trimestre

A tabela 8 nos indica que das 12 amostras recebidas, obtivemos desempe-

nho satisfatório em 100,0%. Com relação à comparação com o valor designado, 9

(75,0%) tiveram media positiva e 3 (25,0%) negativa.

Tabela 9 Cd

Estudo Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

15 8,2 7,5 Satisfatório 0,7 9,3%16 4,5 4,1 Satisfatório 0,4 9,8%17 6,7 5,5 Satisfatório 1,2 21,8%18 6,7 4,9 Satisfatório 1,8 36,7%

Média Anual 19,4%

Mediana Anual 15,8%

Média Positiva 19,4% 4 Amostras - 100%

Média Negativa 0,0% 0 Amostras - 0,0%

Avaliação de desempenho do Cádmio 2015

Recebemos seis amostras para esse exame no ano de 2015 porém as duas

últimas estão na tabela 2016 por ter sido retornado resultados no início de janeiro ,

Page 35: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

35

Obtivemos desempenho Satisfatório em 100,0%. Todas com média positiva em rela-

ção ao valor designado.

Tabela 10 Pb

Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

191 45,2 49,2 Satisfatório -4,0 -8,1%192 48,5 47,6 Satisfatório 0,9 1,9%193 19,3 24,2 Satisfatório -4,9 -20,2%194 19,7 25,4 Satisfatório -5,7 -22,4%195 17,0 20,1 Satisfatório -3,1 -15,4%196 26,9 32,4 Questionável -5,5 -17,0%197 12,6 14,1 Satisfatório -1,5 -10,6%198 13,0 14,1 Satisfatório -1,1 -7,8%199 15,8 17,2 Satisfatório -1,4 -8,1%200 64,4 67,9 Satisfatório -3,5 -5,2%201 15,9 17,6 Satisfatório -1,7 -9,7%202 31,8 34,5 Satisfatório -2,7 -7,8%

Média Anual -10,9%

Mediana Anual -8,9%

Média Positiva 1,9% 1 Amostra - 8%

Média Negativa -12,0% 11 Amostras - 92%

Avaliação de desempenho do Chumbo 2015

59ª

60ª

61ª

Das 12 amostras para este exame no decorrer de 2015, obtivemos desempe-

nho Satisfatório em 11 e Questionável em 1. Tivemos 91,7% de média negativa e

8,3% positiva em relação ao valor designado.

Tabela 11 Cr

Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

371 47,8 46,4 Satisfatório 1,4 3,0%372 25,4 27,6 Satisfatório -2,2 -8,0%373 25,5 27,3 Satisfatório -1,8 -6,6%374 ? 10,5

?375 ? 43,8

?376 ? 35,4

?377 12,8 11,4 Satisfatório 1,4 12,3%378 39,2 36,4 Questionável 2,8 7,7%379 26,2 23,4 Questionável 2,8 12,0%

Média Anual 3,4%

Mediana Anual 5,4%

Média Positiva 7,0% 4 amostras - 67%

Média Negativa -7,3% 2 amostras - 33%

Amostras extraviadas

Não houve rodada

Avaliação de desempenho do Cromo 2015

1º Trimestre

2º Trimestre

3º Trimestre

4º Trimestre

Page 36: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

36

Recebemos 6 amostras para este exame no ano de 2015, resultado Satisfa-

tório em 4 (66,6%) e Questionável em 2 (33,3%). Obtivemos 66,7% de média positi-

va e 33,3% negativa em relação ao valor designado.

Tabela 12 Cd

Estudo Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

19 10,3 8,3 Satisfatório 2,0 24,1%20 3,0 2,9 Satisfatório 0,1 3,4%21 4,3 2,9 Satisfatório 1,4 48,3%22 8,2 5,6 Satisfatório 2,6 46,4%

Média Anual 30,6%

Mediana Anual 35,3%

Média Positiva 30,6% 4 Amostras - 100%

Média Negativa 0,0% 0 Amostras - 0,0%

Avaliação de desempenho do Cádmio 2016

10º

11°

Das 4 amostras que recebemos para este elemento no ano de 2016, obtive-

mos desempenho Satisfatório em 100% das análises com médias positivas em rela-

ção aos valores designados.

Tabela 13 Pb

Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

203 23,5 31,4 Questionável -7,9 -25,2%204 51,5 55,2 Satisfatório -3,7 -6,7%205 18,5 22,0 Satisfatório -3,5 -15,9%206 36,3 44,6 Questionável -8,3 -18,6%207 32,6 34,8 Satisfatório -2,2 -6,4%208 20,9 25,6 Satisfatório -4,7 -18,4%209 21,6 25,6 Satisfatório -4,0 -15,6%210 30,7 34,5 Satisfatório -3,8 -11,0%

Média Anual -14,7%

Mediana Anual -15,8%

Média Positiva 0,0% 0 Amostras - 0,0%

Média Negativa -14,7% 8 Amostras - 100%

Avaliação de desempenho do Chumbo 2016

62ª

63ª

Recebemos 8 amostras para chumbo em 2016, em 6 (75,0%) obtivemos

desepenho Satisfatório e em 2 (25,0%) desempenho Questionável. Todas tiveram

média negativa em relação ao valor designado.

Page 37: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

37

Tabela 14 Cr

Rodadas Amostra Resultados Valor Desig. Desempenho

Variação em

relação à

mediana

Porcentagem do

desvio em relação à

mediana

380 57,3 58,6 Satisfatório -1,3 -2,2%381 24,5 23,1 Satisfatório 1,4 6,1%382 59,8 58,8 Satisfatório 1,0 1,7%383 49,5 44,2 Questionável 5,3 12,0%384 44,1 43,3 Satisfatório 0,8 1,8%385 8,7 7,4 Satisfatório 1,3 17,6%386 23,5 ? ?

387 8,9 ? ?

388 38,6 ? ?

389 ? ?

?390 ? ?

?391 ? ?

? Média Anual 6,2%

Mediana Anual 4,0%

Média Positiva 7,8% 5 amostras - 83%

Média Negativa -2,2% 1 amostras - 17%

Amostras extraviadas

Aguardando resultado

Avaliação de desempenho do Cromo 2016

1º Trimestre

2º Trimestre

3º Trimestre

4º Trimestre

No ano de 2016 recebemos 9 amostras para análise de cromo porém temos

os retornos de resultados estatísticos do PICC apenas de 6, dos dois primeiros

trimestres. Obtivemos 83,3% de desempenho Satisfatório e 16,7% Questionável.

Com relação ao valor designado, 5 médias positivas e 1 amostra apresentou media

negativa.

Os resultados de Cádmio e Cromo são dados em microgramas por litro e os

de Chumbo em microgramas por cem ml.

Podemos observar que das 20 amostras de controles para dosagem de Cád-

mio, nos últimos cinco anos, os desvios foram de 0,1 a 3,6 ug/L acima dos valores

designados.

Das 42 dosagens de controles para o cromo, 31 amostras obtvemos resulta-

dos com desvios de 0,5 a 8,9 ug/L acima do valor designado e 11 amostras de - 5,4

a - 0,2 ug/L abaixo.

O Chumbo teve 48 amostras enviadas, retirando quatro com dosagens insa-

tisfatórias retornamos resultados com desvios de - 9,2 a - 2,1 ug% sempre abaixo

dos valores designados.

Page 38: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

38

5.0 DISCUSSÃO/CONCLUSÃO

Nas avaliações do exame de proficiência do IAL podemos observar que o

Cádmio tem resultados no período de janeiro de 2013 à dezembro de 2016, ainda

não temos cinco anos de encaminhamento para este controle de qualidade e o

desempenho do laboratório foi 100% adequado (95% satisfatório e 5%

questionável).

O grupo de laboratórios participantes do programa de proficiência é muito

adverso, dosando as amostras em Espectrofotômetros de Absorção Atômica com

Chama, Forno de Grafite e Forno de Grafite com efeito Zeeman, como tratamos os

dados com as médias robustas não houve essa diferenciação. Sugerimos que essas

discrepâncias tendenciosas a resultados até 10% menores que os valores

designados possam ser devidos as dosagens em equipamentos diferentes, com

maior ou menor sensibilidade para metodologia. Existe uma “Tendência á Esquerda”

evidente quando se trata de estatística para performance do Setor de Metais nas

dosagens de Chumbo no período estipulado, porém, 92% das amostras tiveram

suas dosagens adequadas (80% satisfatório e 20% questionável).

Pudemos observar com as tabelas e organização dos resultados pelos

últimos cinco anos que os Controles que vêm da Espanha têm uma recorrência em

extravios no envio das amostras, de pelo menos uma rodada ao ano. As avaliações

de desempenho do Cromo no período do 1° Trimestre de 2012 ao 2° Trimestre de

2016, mostram a performance do laboratório com uma “Tendência à Direita” média

positiva de 74% e 98% das dosagens adequadas (86% satisfatório e 12%

questionável).

Page 39: PROGRAMA DE APRIMORAMENTO PROFISSIONAL

39

6.0 REFERÊNCIAS

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