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2.º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL PROGRAMA DE GEOMETRIA DESCRITIVA 11ª Classe (Artes Visuais) 12ª Classe (Ciências Físicas e Biológicas) ÁREAS DE ARTES VISUAIS E DE CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS C36

PROGRAMA DE CA C - inide.co.ao · projecção deste ponto no plano PH e no plano PV; depois, a projecção de E nos planos PH e PV, indicando a LT e o Diedro (Q); aqui, as projecções

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2.º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL

P R O G R A M A D E

GEOMETRIA DESCRITIVA11ª Classe

(Artes Visuais)

12ª Classe(Ciências Físicas e Biológicas)

C

M

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CM

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logo RepublicaAngola1.pdf 1 16/08/14 17:26

ÁREAS DE ARTES VISUAIS E DE CIÊNCIAS FÍSICAS E BIOLÓGICAS

C36

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Ficha Técnica

TítuloPrograma de Geometria Descritiva - 11ª Classe (Artes Visuais)e 12ª Classe (Ciências Físicas e Biológicas)

EditoraEditora Moderna, S.A.

Pré-impressão, Impressão e AcabamentoGestGráfica, S.A.

Ano / Edição / Tiragem2014 / 2.ª Edição / 2.000 Ex.

E-mail: [email protected]

© 2014 EDITORA MODERNAReservados todos os direitos. É proibida a reprodução desta obra por qualquer meio (fotocópia, offset, fotografia, etc.) sem o consentimento escrito da editora, abrangendo esta proibição o texto, as ilustrações e o arranjo gráfico. A violação destas regras será passível de procedimento judicial, de acordo com o estipulado no código dos direitos de autor.

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ÍNDICE

Introdução Geral à Disciplina no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral ---- 4

Objectivos Gerais da Disciplina no 2º Ciclo do Ensino Secundário Geral -- 6

Objectivos Gerais da Disciplina na 11ª Classe (Artes Visuais) ena 12ª Classe (Ciências Físicas e Biológicas) ---------------------------------- 7

Objectivos Específicos da Disciplina na 11ª Classe (Artes Visuais) ena 12ª Classe (Ciências Físicas e Biológicas) ---------------------------------- 8

Distribuição dos Temas por Trimestres e Horas ------------------------------ 9

Temas/Conteúdos/Sugestões Metodológicas por Temas -------------------- 10

Sugestões Metodológicas Gerais ---------------------------------------------- 16

Avaliação ----------------------------------------------------------------------- 18

Bibliografia --------------------------------------------------------------------- 23

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11ª CLASSE (A.V.) E 12ª CLASSE (C.F.B.)

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INTRODUÇÃO GERAL À DISCIPLINANO 2º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL

A disciplina de Geometria Descritiva contribui para a realização dos objectivos gerais da formação da jovem geração, através de meios específicos da ciência de Geometria Descritiva.

A Lei de Bases do Sistema da Educação define o Sistema Educativo como um conjunto de estruturas e modalidades. Através dessa lei realiza-se a educação tendente à formação harmoniosa e integral da personalidade, para a consolidação de uma sociedade progressiva e democrática.

Entre as disciplinas que constituem a reforma curricular e o fundamento da formação geral de engenheiros está a Geometria Descritiva.

O alcance formativo da Geometria Descritiva é extremamente necessário e amplo, pois trata-se da disciplina que desenvolve as capacidades de ver, perceber, organizar e catalogar o espaço envolvente, proporcionando instrumentos específicos para o trabalho em desenho e/ou para criar novos objectos ou situações.

A Geometria Descritiva é importante para a arquitectura, a engenharia, as artes plásticas ou o Design, áreas do saber humano que, indispensavelmente, tratam e representam o espaço. É importante ao nível de atitudes, ou seja, abre o espírito no auto-despojamento do falso saber e na disponibilidade afectiva que cria adesão com o processo de aprendizagem, dirigindo-se ao estudante, considerado globalmente enquanto pessoa humana.

No 2º ciclo do ensino secundário, no âmbito da reforma curricular, a Geometria Descritiva é disciplina de:

› Formação específica na Área de Artes Visuais (artes plásticas, arquitectura, Desenho e afins) que começa na 10ª classe (manual do aluno) e termina na 11ª classe (manual do aluno).

› Opção na Área de Ciências Físicas e Biológicas que começa na 11ª classe (manual do aluno) e termina na 12ª classe (manual do aluno).

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PROGRAMA DE GEOMETRIA DESCRITIVA

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Embora seja dada em três classes diferentes deste ciclo (10ª, 11ª e 12ª), a Geometria Descritiva apenas possui dois programas com os seus respectivos manuais: 10ª classe (Manual do Aluno) e 11ª classe (Manual do Aluno).

Cada um desses programas dos manuais, apresentados por temas, proporciona ao professor uma visão geral, seguida de uma planificação, isto é, pré-requisitos, objectivos, conteúdos, meios, sugestões metodológicas, tempo e instrumentos de avaliação para cada subtema de um tema.

A título de modelo, em cada tema deste programa desenvolveu-se um só subtema básico na planificação, para que o professor tenha a ideia de como desenvolver a planificação da sua aula de Geometria Descritiva.

Das sugestões dadas, cabe ao professor escolher as que lhe apareçam mais oportunas e adequadas.

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11ª CLASSE (A.V.) E 12ª CLASSE (C.F.B.)

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OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINANO 2º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO GERAL

O ensino da Geometria Descritiva no 2º ciclo deverá desenvolver nos alunos os seguintes objectivos:

› Consolidar e alargar os conhecimentos e capacidades adquiridas sobre Desenho Geométrico no primeiro ano de estudo da disciplina;

› Consolidar as normas e as convenções do desenho técnico e da Geometria Descritiva;

› Consolidar o sistema de representação técnica de formas;

› Consolidar desenhos técnicos de formas;

› Consolidar desenhos técnicos;

› Desenvolver a capacidade de percepção dos espaços, das formas e das suas posições relativas;

› Compreender a sombra e os seus diferentes tipos;

› Conhecer e compreender a representação de sombras próprias e projectadas;

› Ter um excelente poder de imaginação de objectos no espaço;

› Contribuir para a criação de condições científicas e intelectuais, necessárias para o subsistema do Ensino Superior;

› Introduzir intensamente nos alunos os métodos para pensamento no trabalho científico;

› Apreciar o contributo da Geometria Descritiva na evolução científica;

› Aperfeiçoar as capacidades de definir, demonstrar, reconhecer e sistematizar problemas de Geometria Descritiva;

› Criar no aluno as bases para o hábito da pesquisa científica;

› Desenvolver a capacidade de sentido crítico.

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PROGRAMA DE GEOMETRIA DESCRITIVA

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OBJECTIVOS GERAIS DA DISCIPLINANA 11ª CLASSE (ARTES VISUAIS) E

NA 12ª CLASSE (CIêNCIAS FÍSICAS E BIOLóGICAS)

O ensino da Geometria Descritiva no 2º ciclo do ensino secundário geral deverá desenvolver os seguintes objectivos:

› Assegurar o perfil de saída do aluno de 12ª classe do 2º ciclo geral;

› Consolidar as normas e convenções do Desenho Técnico e de Geometria Descritiva estudadas na 10ª e 11ª classes (Geometria Descritiva Introdutória);

› Concluir as normas e convenções do Desenho Técnico e de Geometria Descritiva estudadas na 10ª e 11ª classes (Geometria Descritiva Introdutória);

› Concluir o asseguramento de bases necessárias ao aluno que estudou a Geometria Descritiva em dois anos consecutivos;

› Executar correctamente os traçados (*), isto é, o cumprimento das normas, o rigor gráfico, a qualidade do traçado, a legibilidade das notações e o respeito rigoroso das convenções sobre rectas, pontos e planos, iniciados na Geometria Descritiva Introdutória;

› Introduzir o novo conceito “sombra”, nunca estudado na Geometria Descritiva Introdutória;

› Criar as bases necessárias e suficientes de Geometria Descritiva ao aluno, preparando-o para ingressar no mercado de trabalho e/ou no subsistema do Ensino Superior.

› Assegurar o desenvolvimento de capacidades de observação e de análise crítica em Geometria Descritiva.

(*) A execução correcta dos traçados significa o cumprimento das normas, o rigor gráfico, a qualidade do traçado, a legibilidade das notações e o respeito rigoroso das convenções sobre rectas, pontos e planos, iniciados na Geometria Descritiva.

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11ª CLASSE (A.V.) E 12ª CLASSE (C.F.B.)

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OBJECTIVOS ESPECÍFICOS DA DISCIPLINANA 11ª CLASSE (ARTES VISUAIS) E

NA 12ª CLASSE (CIêNCIAS FÍSICAS E BIOLóGICAS)

› Compreender a organização dos elementos básicos da Geometria Descritiva no espaço (pontos, rectas, planos e sólidos);

› Resolver certos problemas de Geometria Descritiva, seleccionando o método geométrico auxiliar mais adequado;

› Determinar secções planas de formas tridimensionais e representar as formas tridimensionais dos sólidos truncados;

› Determinar a intersecção de rectas com sólidos;

› Determinar sombra própria, espacial, projectada, real e virtual de um objecto e de um ponto;

› Determinar as sombras (própria e projectada) no sistema duplo de projecção ortogonal;

› Determinar as sombras (própria e projectada) de projecção cónica;

› Determinar as sombras do ponto e rectas em planos interpostos.

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PROGRAMA DE GEOMETRIA DESCRITIVA

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DISTRIBUIÇÃO DOS TEMAS POR TRIMESTRES E HORAS

Dois (2) tempos semanais na Área de Ciências Físicas e Biológicas.Três (3) tempos semanais na Área das Artes Visuais.

1º TRIMESTRE

Tema 1 - Sistemas de Projecção .......................................... 30 horas

2º TRIMESTRE

Tema 2 - Secções Planas ...................................................... 14 horas

Tema 3 - Intersecção de Rectas com Sólidos ....................... 16 horas

3º TRIMESTRE

Tema 4 - Sombras ............................................................... 30 horas

Total Anual ............................................................................ 90 horas

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11ª CLASSE (A.V.) E 12ª CLASSE (C.F.B.)

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TEMAS/CONTEÚDOS/SUGESTÕES METODOLóGICAS POR TEMAS

Tema 1 - Sistemas de Projecção ....................................... 30 aulas

Nota histórica.Nomenclatura.Formatos e dobragens nos sistemas de projecção.

1.1. Organização do espaço nos sistemas de projecção ....................... 4 aulas1.2. Sistemas de projecção ................................................................ 1 aula1.3. Dupla projecção ortogonal ........................................... 2 aulas teóricas1.4. Estruturas do sistema. Elementos de organização. Coordenadas. 1.5. Representação e projecções de recta .............................. 2 aulas teóricas1.6. Trabalhos de aplicação ................................................. 3 aulas práticas1.7. Representação e projecções do plano ............................. 2 aulas teóricas1.8. Intersecção de planos ................................................................ 1 aula1.9. Trabalhos de aplicação ................................................. 2 aulas práticas1.10. Métodos geométricos auxiliares .................................. 2 aulas teóricas1.11. Trabalhos de aplicação ............................................... 2 aulas práticas1.12. Representação de figuras planas ..................................... 1 aula teórica1.13.Trabalhos de aplicação ................................................ 2 aulas práticas1.14. Representação de sólidos ............................................... 1 aula teórica1.15. Projecções de sólidos ................................................. 2 aulas teóricas1.16. Trabalhos de aplicação .................................................. 1 aula teórica

Sugestões Metodológicas do Tema 1

Ao abordar o Tema 1: Sistemas de Projecção o professor deve considerar os pré-requisitos do aluno. Este tema é o maior dos temas deste manual. Embora seja o mais vasto, a maioria dos assuntos tratados são do conhecimento do aluno. O tema é subdividido em subtemas (alguns básicos, outros não). O subtema básico seleccionado para a planificação modelo da aula, Organização do Espaço, está apresentado com um asterisco * . É um subtema de revisão e de introdução para o aluno. Sugere-se por isso que, através de “perguntas orais”, o aluno seja

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PROGRAMA DE GEOMETRIA DESCRITIVA

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levado a “recordar-se” dos conceitos já conhecidos. Assim, o professor saberá os conhecimentos e quais as dificuldades de aprendizagem, para dali introduzir o desconhecido (nova matéria).

Através da projecção da borracha do lápis (sombra) sobre o tampo da carteira da sala de aulas, o professor introduz a projecção cónica (central ou polar), onde a luz é a fonte ou único ponto. Ainda neste exemplo, o aluno deverá identificar os elementos da projecção cónica (foco, figura original, recta projectante, figura projectada e plano de projecção).

Como pré-requisitos, o aluno deve recordar-se que, por convenção, os pontos são representados por letras maiúsculas do alfabeto português.

Assim, o professor introduz a projecção do ponto A no plano horizontal de projecção (PH), diferenciando o ponto original (A) e o ponto projectado (A’); o PH também se representa por ν0 (niú zero) .

Sugere-se que, para se introduzir a projecção do ponto A no plano vertical de projecção (PV), seja realizada uma actividade conjunta:

› O professor traça o ponto original (A), o plano vertical (sem designação) e o ponto A dentro deste plano;

› O aluno traça a recta projectante e designa A’’ e PV; concluir-se-á que o PV também se representa por ϕ0 (fi zero).

Importa demonstrar que os pontos A e B pertencentes à mesma recta e que têm projecções coincidentes no PH.

Devem introduzir-se as projecções do ponto A nos 2 planos de projecção (PH e PV); daí, introduz-se a linha de terra ( LT ) ; ainda neste sistema, apagando o ponto A e as suas duas projecções, introduz-se Diedro ou Quadrante (Q).

As projecções vertical e horizontal do ponto A e linha de Terra devem ter tonalidade e cor diferentes.

EXERCÍCIO: No caderno, o aluno pode repetir, utilizando o ponto E, a projecção deste ponto no plano PH e no plano PV; depois, a projecção de E nos planos PH e PV, indicando a LT e o Diedro (Q); aqui, as projecções vertical e horizontal do ponto E e Linha de Terra devem ter tonalidade e cor diferentes.

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Ainda na projecção do ponto A nos planos PH e PV e LT, o professor introduz a cota e o afastamento deste ponto; note que a cota do ponto projecta-se no PV e o afastamento desse ponto no PH. Para determinar a cota e afastamento do ponto A, deve executar-se correctamente estes traçados.

Depois deve efectuar o rebatimento do ponto A sobre PH e PV, para obter o mesmo afastamento e cota em ortogonal.

Importa ainda dividir os PH e PV em quatro semi-planos (SPHA, SPHP, SPVS e SPVI) e consequentemente em quatro Diedros (IQ, IIQ, IIIQ e IVQ); aqui, ao traçar os quatro semi-planos dos PH e PV, distinga o uso correcto das linhas ponteadas e linhas contínuas finas.

Determinar os sinais de cota e afastamento nos quatro Diedros:

› No IQ e IIQ: cota + e IIIQ e IVQ: cota - ;

› No IQ e IVQ: afastamento + e IIQ e IIIQ: afastamento - .

Explicar o processo de obtenção de planos bissectores (primeiro bissector e segundo bissector). Note que o primeiro bissector também se chama Beta1,3 ou β1,3 ou β13 e o segundo bissector se chama Beta2,4 ou β2,4 ou β24; aqui, também estes dois planos bissectores dividem os quatro quadrantes em oito octantes.

Em todo este processo, o professor leva o aluno a imaginar o ponto no espaço e a representar este ponto no plano.

Tema 2 - Secções Planas ................................................... 14 aulas

2.1. Secções planas em formas poliédricas (paralelepípedos, prismas e pirâmides ................................................................. 2 aulas teóricas

2.2. Secções planas em formas cónicas e cilíndricas com base(s) situada(s) nos planos de projecções ou em planos paralelos a estes ... 2 aulas teóricas

2.3. Representação de formas tridimensionais que resultam da truncagem de sólidos (aplicação em projectos) ............................... 2 aulas teóricas

2.4. Secções planas e superfícies irregulares .......................... 2 aulas teóricas2.5. Trabalhos de Aplicação ................................................ 2 aulas práticas

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PROGRAMA DE GEOMETRIA DESCRITIVA

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Sugestões Metodológicas do Tema 2

Antes de determinar as secções planas em formas cónicas e cilíndricas, deve assegurar-se o conceito de secção.

Através do corte de uma laranja ao meio, pela faca, o professor introduz o conceito de secção, que também se aplica em Geometria Descritiva.

O professor deve levar o aluno a entender a diferença entre representar a secção no espaço e no plano.

Deve explicar o processo de produzir secções em figuras tridimensionais em que o plano secante (ou de corte) corta uma figura sólida (figura truncada) para identificar a secção plana.

Determinar a secção resultante de um plano de nível e determinar um paralelepípedo e sua projecção nos planos PH e PV; a Verdadeira Grandeza (VG) desta secção coincide com a base da figura; a VG desta secção deve ter tonalidade e cor diferentes.

Determinar a secção resultante de um plano de topo e determinar um prisma hexagonal e sua projecção nos planos PH e PV; recorrendo ao rebatimento nos planos PH e PV dos pontos projectados em PV, e unindo esses pontos, obtém-se a secção VG no plano horizontal que tem tonalidade e cor diferentes.

Determinar a secção resultante de um plano de topo e uma pirâmide hexagonal e sua projecção nos planos PH e PV; recorrendo ao rebatimento nos planos PH ou PV dos pontos projectados em PH, e unindo esses pontos, obtém-se a secção VG no plano horizontal, que tem tonalidade e cor diferentes.

Explicar porque a secção se representa em VG, quando é paralela ao plano de projecção.

Tema 3 - Intersecção de Rectas com Sólidos .................... 16 aulas

3.1. Intersecção de rectas com poliedros .............................. 4 aulas teóricas3.2. Intersecção de rectas com cones e cilindros de revolução (com bases situadas

nos planos de projecção ou em planos paralelos a estes) ... 4 aulas teóricas3.3. Trabalhos de Aplicação ................................................ 8 aulas práticas

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11ª CLASSE (A.V.) E 12ª CLASSE (C.F.B.)

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Sugestões Metodológicas do Tema 3

Através da introdução de um objecto pontiagudo na laranja, fazendo doisfuros (de entrada e de saída), o professor introduz a intersecção da recta com um poliedro.

Determinar a intersecção de uma recta oblíqua com uma pirâmide hexagonal assente no PH, recorrendo ao método geral; a VG desta figura é no plano PH, que tem tonalidade e cor diferentes.

Determinar a intersecção de uma recta de frente com um prisma quadrangular assente no PH, recorrendo ao método geral; a VG desta figura é no plano PH, que tem tonalidade e cor diferentes.

Finalmente, esclarecer a diferença entre intersecção das rectas com plano e intersecção de rectas com sólidos e porque o problema se resume em intersecção de rectas com planos.

Tema 4 - Sombras ............................................................ 30 aulas

4.1. Sistema de projecções de sombras: sistema projectivo, foco luminoso, raio luminoso, direcção luminosa convencional ................ 1 aula teórica

4.2. Sombra própria, espacial, projectada, real e virtual ............ 1 aula teórica4.3. Trabalhos de Aplicação ................................................ 2 aulas práticas

Sugestões Metodológicas do Tema 4

A sombra é um conceito novo nos nossos programas de Geometria Descritiva, pelo que uma atenção particular.

A introdução dos seus conteúdos, sobretudo os básicos, deve merecer uma boa preparação do professor, para que não se crie um desagrado que provoque o repúdio deste tema. Para motivar os alunos, o professor deve partir de situações reais para cada um dos conteúdos (sombra da árvore, sombra da pessoa de pé, etc).

Ao abordar o Tema 4, Sombras, o professor deve considerar os pré-requisitos do aluno. Este tema é o menor dos temas deste manual. É um tema fundamentalmente

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PROGRAMA DE GEOMETRIA DESCRITIVA

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introdutório, quer ao novo conceito “Sombra”, quer ao desenvolvimento e compreensão dos temas seguintes (5 e 6) que tratarão das sombras.

Através da árvore sob acção do Sol, o professor introduz o conceito da sombra de um objecto. Esta sombra tem tonalidade e cor diferentes.

Determinar e destacar os elementos do sistema projectivo da sombra de um

triângulo (fonte luminosa, raios luminosos, zona iluminada, linha separatriz luz-sombra e sombra).

EXERCÍCIO: O aluno determina e destaca os elementos do sistema projectivo da sombra de um rectângulo, onde os raios luminosos saem da direita para a esquerda.

Para introduzir e determinar a direcção luminosa convencional (D.L.C), o professor destaca que tal só é possível se a fonte luminosa e a direcção dos raios luminosos não são indicados. Assim, convencionalmente, determina-se a direcção paralela à diagonal de um cubo. As projecções da recta r nos planos PH (r´) e PV (r´´) têm tonalidades e cores diferentes.

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SUGESTÕES METODOLóGICAS GERAIS

› A Geometria Descritiva pode ser, em grande parte, deduzida (e não apenas induzida), quando percorrida através uma sequência de problemas escolares;

› O processo de aprendizagem de Geometria Descritiva é abstrativo;

› Propõe-se por isso que durante o processo de ensino e aprendizagem o binómio teoria-prática seja a metodologia fundamental a ser usada pelo professor. Ou seja, que haja ligação entre a teoria e o concreto correspondente, por meio de recurso sistemático a modelos tradicionais através dos quais é possível assimilar, de maneira visual e palpável, as situações especiais que o aluno apresentará na folha de papel, depois de ver e compreender, sem decorar apenas os traçados, tendência essa que, irremediavelmente, impediria ao aluno de resolver problemas de carácter geométricos mais complexos;

› Note que o recurso a modelos é uma universalidade da Geometria Descritiva no seu processo de ensino e aprendizagem, quer dizer, é apenas um ponto de partida que assegura a fase inicial de aprendizagem. Progressivamente, o próprio aluno vai se afastando deste modelo, à medida que for alcançando maior capacidade de abstracção e maturidade na visualização a três e a duas dimensões e a dois planos de projecção (PH - Plano Horizontal e PV - Plano Vertical) e que seja capaz de interligá-los, se necessário, em situações pontuais.

1º) É importante ainda que o aluno, depois de estudar e resolver o correspondente exercício-modelo de cada teoria, crie um outro exercício quase similar ao resolvido, variando apenas alguns dos seus dados, e que o resolva imediatamente.

2º) A partir do primeiro dia, e até ao último dia de aulas de Geometria Descritiva, o professor deve ser auto-exigente e exigente com os seus alunos, na execução correcta dos traçados, ou seja, com o cumprimento das normas, o rigor gráfico, a qualidade do traçado e a legibilidade das notações, sem o AUTO-CAD.

3º) Nos Desenhos Geométricos, o professor deve fazer-se compreender aos seus alunos de modo a que estes respeitem rigorosamente as linhas contínuas grossas, linhas pontiadas, linhas contínuas finas, linhas mistas e linhas interrompidas, bem como as convenções usadas na designação de rectas, pontos e planos.

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4º) No Método Geral, o plano auxiliar introduzido deve ser traçado em traço-ponto-traço.

5º) O produto resultante de uma recta, ponto, plano, figura e a VG destes, deve ter uma tonalidade e cor diferentes, diferenciando-se, assim, dos seus respectivos elementos originais.

6º) É obrigatório o uso de régua, esquadro, compasso, transferidor, lápis, borracha e de tinta da china.

7º) Os trabalhos de casa e provas escritas devem ser feitos a tinta da china.

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AVALIAÇÃO

› A avaliação é um processo de tomada de decisões que abarca o aluno, o professor e o currículo.

› A avaliação em Geometria Descritiva é contínua, pois basear-se-á em duas modalidades:

1ª: Avaliação formativa (oral, trabalhos para casa e aulas práticas), para se ir determinando o grau do domínio alcançado, desde os primeiros ensaios aos produtos finais.

a) A aula prática é aplicada no fim de cada unidade temática.

b) Se a unidade temática (ou tema) for extenso, aplica-se a aula prática no meio e no fim desse tema.

Nota: A aula prática não tem carácter avaliativo.

2ª: Avaliação sumativa em prova escrita elaborada e aplicada pelo professor, no meio ou no fim de cada unidade temática, ou no fim de cada trimestre e no fim do ano escolar, quer dizer, antes de cada prova escolar, trimestral e final.

Sugestão: Toda a prova escrita elaborada pelo professor deve ter 70% de conteúdo ao alcance de todos alunos, 20% com exercícios de maior grau de dificuldade e 10% com exercícios complexos (para o melhor aluno).

› Na aplicação destas duas modalidades avaliativas é importante considerar os seguintes parâmetros:

Conceitos › Avaliar os conceitos teóricos fundamentais dos métodos de representação

diédrica, dos processos construtivos dessa representação e da sua normalização.

a) Avaliam-se os conceitos teóricos fundamentais, pedindo a definição destes ou perguntas de falso/verdadeiro, considerando:

› A interpretação da representação de formas;

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PROGRAMA DE GEOMETRIA DESCRITIVA

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› A identificação dos métodos utilizados na representação;

› A distribuição entre as aptidões específicas de cada método a escolher para resolver cada problema concreto de representação;

› A relação entre métodos e/ou processos.

b) Avaliam-se os processos construtivos de representação, pedindo a resolução gráfica de uma dada teoria ou correspondente problema, considerando:

› A interpretação de dados ou descrições verbais de procedimentos gráficos;

› Aplicação de processos construtivos na representação de formas;

› Economia nos processos usados;

› Descrição verbal dos procedimentos gráficos para realizar os traçados.

c) Avaliam-se as normas, pedindo a sua aplicação implícita na resolução gráfica dos exercícios e problemas, considerando:

› A interpretação de desenhos normalizados;

› A aplicação das normas nos traçados;

› A aplicação correcta das linhas nos desenhos;

› A aplicação correcta das convenções em rectas, pontos e planos.

Técnicas

› Avaliam-se as técnicas, utilizando instrumentos de desenho e a execução correcta dos traçados.

a) Avaliam-se as técnicas através do uso de instrumentos, considerando:

› A escolha acertada dos instrumentos para as operações desejadas;

› A manipulação desses instrumentos;

› O não derrame da tinta da china sobre a folha de papel onde se desenha;

› A manutenção dos instrumentos.

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11ª CLASSE (A.V.) E 12ª CLASSE (C.F.B.)

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b) Avaliam-se as técnicas através da execução correcta dos traçados, considerando:

› O cumprimento rigoroso das normas;

› O rigor gráfico;

› A qualidade do traçado;

› A legibilidade das anotações;

› O cumprimento rigoroso das convenções usadas na designação de rectas, pontos e planos.

Realização

› Avaliar a realização, utilizando imediatamente a Geometria Descritiva em situação de comunicação ou registo e a capacidade de percepção e visualização.

a) Avalia-se o uso imediato da Geometria Descritiva como um instrumento de comunicação ou de registo, considerando:

› O recurso à representação das formas para as descrever;

› A legibilidade e poder expressivo das representações;

› A perfeição dos desenhos realizados.

b) Avalia-se a capacidade de representação de formas imaginadas ou reais, considerando:

› A representação gráfica das ideias;

› A representação gráfica das formas memorizadas.

c) Para avaliar a capacidade de resolver problemas de Geometria Descritiva, o professor recolherá informações sobre os processos verificados nas diferentes fases a considerar durante o processo. Daí, o professor pedirá aos alunos que entreguem pequenos relatórios, onde descreverão a resolução de um dado problema de Geometria Descritiva, a descrição de todo o processo percorrido, abordagem seguida, dificuldades, avanços, recuos, razões justificativas das opções tomadas, etc.

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PROGRAMA DE GEOMETRIA DESCRITIVA

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d) Avaliar a capacidade de comunicação do aluno em Geometria Descritiva, onde o professor observa o modo como o aluno descreve processos, enuncia propriedades, expressa conceitos, formula problemas, compreende e avalia ideias expressas em Geometria Descritiva; aqui o professor deve estar, ainda, atento ao desenvolvimento da clareza, precisão e adequação da linguagem utilizada.

e) Ao longo do ano, frequentemente, devem ser pedidas as argumentações /decisões escritas e orais relativas a processos geométricos, seguidos pelos alunos.

f) Os trabalhos desenvolvidos em grupos são avaliados considerando as produções utilizadas em grupos e os trabalhos complementares individuais.

Atitudes

› Avaliar as atitudes manifestadas em todo o trabalho avaliativo e no levantamento de dados para avaliação.

a) Avaliam-se as atitudes em todo o trabalho avaliativo, baseando-se em:

› Autonomia no desenvolvimento de actividades individuais;

› Cooperação em trabalhos colectivos;

› Organização.

b) Avaliam-se as atitudes, levantando os dados para a avaliação, através de:

› Trabalhos realizados nas actividades desenvolvidas nas aulas, ou delas decorrentes, dos produtos finais e dos materiais produzidos ao longo do processo;

› Observação directa das operações realizadas durante a execução dos trabalhos;

› Intervenções orais;

› Provas de avaliação sumativa, expressamente propostas.

› Atitude diante das actividades.

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11ª CLASSE (A.V.) E 12ª CLASSE (C.F.B.)

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Recursos

› O processo de ensino e aprendizagem da Geometria Descritiva exige que se manipulem materiais e equipamentos diversificados;

› Esses materiais e equipamentos são pertença da escola e de cada aluno;

› Os materiais e equipamentos da escola devem ser guardados numa sala específica da Geometria Descritiva, possuindo também armários e/ou cacifos para guardar o material de cada aluno;

› A sala específica de Geometria Descritiva da escola deverá possuir:

• Material de desenho para o quadro e para o trabalho individual do aluno (régua, compasso, esquadro, transferidor, tinta de china, …) ;

• Modelos tridimensionais;

• Vídeo didáctico de manipulação dos modelos;

• Sólidos geométricos construídos em diversos materiais (placas, arames, palhinhas, acetato, acrílico, plástico e madeira);

• Projector de luz;

• Meios audiovisuais (retroprojetor, acetatos e canetas, projectores de diapositivos, de vídeos e data show);

• Computador com programas de Geometria Descritiva ou de Auto – CAD.

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PROGRAMA DE GEOMETRIA DESCRITIVA

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BIBLIOGRAFIA

ALTUNAGA, Julian Zerquera, Currículo do 2º Ciclo do Ensino Secundário, Reforma Curricular. INIDE. 1ª Edição, 2005. Angola.

CARVALHO, Luís Filipe e SOARES, Óscar, Desenho e Geometria Descritiva B, 12º ano, 3ª edição. Lisboa: Texto Editora, 2003.

CARDOSO, Engº Armando, Elementos de Geometria Descritiva. 3ª Edição Lisboa: Nova Biblioteca da Instrução Profissional, Livraria Bertrand, S.A.R.L.

INIDE, Ministério da Educação, Programa de Matemática – 12ª Classe. Área de Ciências Físicas e Biológicas.

INIDE, Ministério da Educação, Matemática. Programas do 1º Ciclo do Ensino Secundário de Matemática – 7ª, 8ª e 9ª Classes.

RITA, José Fernando de Santa, Geometria Descritiva, 12º ano, 2ª Edição. Lisboa: Texto Editora, 2003.

RITA, José Fernando de Santa, GD – A/B, 10º e 11º anos. 1ª Edição. Lisboa: Texto Editora, 2007.