29

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

  • Upload
    leminh

  • View
    213

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,
Page 2: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL – SEED UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

MIRIAN ELISE MORAES PASSOS

UNIDADE DIDÁTICA

Fortalecimento dos adolescentes para uma efetiva autonomia em relação à promoção de saúde

CURITIBA 2011

Page 3: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

MIRIAN ELISE MORAES PASSOS

Fortalecimento dos adolescentes para uma efetiva autonomia em relação à promoção de saúde

Material didático pedagógico – Unidade didática apresentado ao programa de desenvolvimento Educacional – PDE da Secretaria Estadual de Educação do Paraná – SEED. Orientadora: Dulce Dirclair Huf Bais

CURITIBA 2011

Page 4: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

SUMÁRIO

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ........................................................................ 4

1 APRESENTAÇÃO ...................................................................................... 4

2 UNIDADE ................................................................................................... 5

2.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 5

2.2 TEMA ......................................................................................................... 6

2.3 OBJETIVO GERAL .................................................................................... 6

2.4 OBJETIVO ESPECÍFICO ........................................................................... 6

2.5 CONTEÚDOS ............................................................................................ 6

2.6 CONVERSANDOSOBRE ........................................................................... 6

2.7 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO ......................................................................... 8

2.8 ATIVIDADES .............................................................................................. 8

2.8.1 ATIVIDADE1 A Paz .................................................................................... 8 2.8.2 ATIVIDADE2 A História da Não Violência .................................................. 9 2.8.3 ATIVIDADE3 Os Grandes Pacifistas Mundiais ........................................... 10 2.8.4 ATIVIDADE4 Pacifistas Hoje! ..................................................................... 10 2.8.5 ATIVIDADE5 Mural da Paz ....................................................................... 11 2.8.6 ATIVIDADE6 Um Convite para Cultivar a a Paz........................................ 11 2.8.7 ATIVIDADE7 Conflitos & Soluções............................................................. 12 2.8.8 ATIVIDADE8 Resoluções de Conflitos ....................................................... 13

2.9 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES .............................................................. 13

2.10 SUGESTÕES PARA O PROFESSOR ........................................................ 13

2.11 AVALIAÇÃO ................................................................................................ 13

REFERÊNCIA ............................................................................................ 14

ANEXO ....................................................................................................... 15

Page 5: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professora PDE: Mirian Elise Moraes Passos

Área PDE: Biologia

NRE: Curitiba

Professora orientadora: Dulce Dirclair Huf Bais

IES vinculada: UFPR

Escola de Implementação: Colégio Estadual Hildebrando de Araújo

Público objeto da intervenção: Professor

Autora: Mirian Elise Moraes Passos

Editora: SEED

1 APRESENTAÇÃO

O crescente contingente de jovens envolvidos em conflitos escolares, insultos, ameaças,

intimidações entre alunos, escolas depredadas, formação de gangues, agressões físicas, ou ainda

psicológicas, como isolamento e rejeição, favorecem a existência de professores, pais e alunos

amedrontados diante dessas situações que torna clara a banalização da violência, como se esta,

fosse a única solução para resolução de conflitos.

Diariamente através dos meios de comunicação, ouvimos notícias envolvendo vários tipos

de violência dentro ou nos arredores de nossas escolas. A escola está deixando de ser local

prazeroso, e tornando-se um local de tensão e insegurança.

A violência é a quebra do princípio de convivência, é um sintoma, e quando reflete na

escola temos que contê-la. Não podemos deixar o problema tomar uma grande dimensão, ou pior,

ignorar a violência, deixando que ela se perpetue no ambiente escolar.

Nessa perspectiva é que foi elaborado esse material didático, a fim de trabalhar com

atividades de fomento à cultura de paz.

Esse material pedagógico consta de uma unidade didática que aborda o tema Cultura de

Paz e Não Violência, e foi elaborado na intenção de instrumentalizar professores com

metodologias que possam desenvolver no adolescente o interesse pela Cultura de Paz e não

Violência através da leitura e conhecimento da vida e ações de algumas personalidades pacifistas

mundiais.

A unidade didática é constituída de fichas que contém biografias curtas de alguns

pacificadores mundiais, a fim de que se tornem atraentes e que possibilitem ao adolescente

conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de

seu trabalho.

As fichas biográficas reforçam o conhecimento da ação de pessoas que se dedicaram a

Cultura de Paz, rejeitando a violência e resolvendo os mais diversos conflitos através de resolução

sem violência e disseminando os valores condizentes com uma cultura da paz. Apresentando suas

conquistas como exemplo para a construção da paz.

Não podendo relatar o nome de tantos pacifistas que se destacaram por todo o planeta,

foram selecionados alguns para que sua história sirva como inspiração e reflexão para os

adolescentes. Além das fichas biográficas, a unidade apresenta algumas atividades para facilitar os

educadores a incluírem o tema paz, conflito, e violência no seu trabalho em sala de aula.

Esse material pode ser utilizado por professores que acreditam na possibilidade de novas

relações no ambiente escolar através de processos que levem os estudantes a refletirem sobre a

importância da paz nos dias atuais, fazendo com que discutam e melhorem sua capacidade de se

comunicar, de conviver, de respeitar as diferenças individuais e culturais, de amar, de resolver

Page 6: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

conflitos de maneira não violenta, de lutar pela cidadania plena, e de que compreendam e se

comprometam com as questões referentes a paz.

As propostas apresentadas nessa unidade didática surgiram da vivência docente

fundamentadas pelo estudo sistemático e pesquisa exploratória desenvolvidas durante o processo

de formação continuada da autora, proporcionado pelo Programa de Desenvolvimento

Educacional da Secretaria do Estado da Educação do Paraná.

2 UNIDADE DIDÁTICA

2.1 INTRODUÇÃO

Na Carta de Ottawa, documento firmado em 1986, por ocasião da Conferência

Internacional de Promoção de Saúde no Canadá, representantes de 38 países assumiram o

compromisso de reconhecer como sendo condições fundamentais de saúde: a paz, a moradia, a

educação, a alimentação, o salário, a justiça social e a igualdade de direitos dos cidadãos.

A partir desse documento, as iniciativas para a prevenção da violência e a sedimentação de

uma cultura de paz passaram a ser entendidas como medidas fundamentais dos setores de

educação, assistência social, saúde e segurança pública.

Na perspectiva da promoção da saúde, a paz figura entre os pré-requisitos básicos para a

saúde. No Brasil, a apropriação do tema cultura de paz e não violência, pelo setor de saúde,

promoveu uma mudança do enfoque assistencial, passando do plano curativo para o preventivo.

Em 20 de novembro de 1997, a Assembléia Geral das Nações Unidas proclamou o ano

2000 como Ano Internacional por uma Cultura de Paz e, em 10 de novembro de 1998, por meio de

uma nova resolução foi proclamada a década de 2001-2010 como a Década Internacional para

uma Cultura de Paz e Não Violência para as Crianças do Mundo, delegando à UNESCO a

responsabilidade de promover a campanha mundial que hoje congrega milhares de iniciativas pelo

mundo todo.

O ano de 2000 foi o marco inicial de uma grande mobilização a favor da paz. Muitas

dessas mobilizações ocorreram em escolas as quais sempre estão em busca de novas formas de

convivência no ambiente escolar.

As Nações Unidas definem Cultura de Paz como ―um conjunto de valores, atitudes, modos

de comportamento e formas de vida que rejeitam a violência e previnem conflitos ao lidar com

suas causas e resolver problemas pelo diálogo e negociação entre os indivíduos, grupos e

nações.(Nações Unidas A/RES/52/13-1998-1999).

Alguns fatores como a falta da família, o baixo poder aquisitivo, a exclusão social, a falta

de políticas públicas, fazem com que os jovens sintam-se desprotegidos e fragilizados, fazendo

opções incorretas na resolução de conflitos, permitindo o aumento da violência.

Nos dias atuais, o processo de desumanização, individualismo e intolerância que invade

nossa sociedade está refletido na escola e deve ser acompanhado com atenção pelos educadores, a

fim de que estes possam observar a importância de se discutir o tema paz e não violência no seu

trabalho em sala de aula. Educar para paz é fundamental para que os estudantes percebam que é

importante a resolução de conflitos de forma madura e saudável, visto que eles fazem parte do

cotidiano de todas as pessoas em todos os tempos e lugares.

A inserção da Cultura de Paz na escola estabelece um caminho que resgata valores

fundamentais como: solidariedade, humildade, generosidade, amor, respeito e tolerância.

É necessário mostrar aos estudantes que a Cultura da Paz se faz nas pequenas ações do dia

a dia, sendo revelada pelo jeito de nos comunicarmos com os outros, pela valorização de sermos

tolerantes, pela maneira com que lidamos com sentimentos e pela capacidade de reconhecer e

valorizar as diferenças.

Nesse contexto, a escola pública, instituição formadora do cidadão, é chamada a intervir, a

fim de minimizar a intolerância, a discriminação e o preconceito, contribuindo para o

desenvolvimento de uma sociedade humana. Deve rever suas práticas, trazer as questões do

Page 7: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

mundo para a sala de aula, propor atividades de enfrentamento às atitudes de violência e de

fomento a cultura de paz, para que, por meio de reflexões e mudanças de atitudes, seja

estabelecido um ambiente escolar sadio e prazeroso.

Ao longo de nossa história, identificam-se várias personalidades, tanto no ocidente como

no oriente, que viveram a paz e mudaram significativamente o rumo das sociedades de seu tempo,

através de ações do seu cotidiano. Trazer esses personagens, cujos ideais e histórias de vida foram

dedicados à busca pela paz, para a sala de aula, oportunizando aos estudantes conhecê-los e

descobrir o que essas personalidades fizeram na história da humanidade, pode inspirar e contribuir

para formação de uma consciência pacifista no ambiente escolar.

PARA LER E REFLETIR

DISKIN, Lia. ROIZMAN,G. Laura. Paz, como se Faz? Semeando cultura de paz nas escolas. 2.

ed. — Brasília: UNESCO, Associação Palas Athena, Fundação Vale, 2008. 108 p. Disponível em:

<http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130851por.pdf > acessado em 22 de julho de

2011.

2.2 TEMA

Construtores da paz

2.3 OBJETIVO GERAL

Sensibilizar os estudantes para a cultura da paz.

2.4 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Identificar ícones da paz mundial;

Pesquisar a biografia das personalidades ligadas a Cultura de Paz identificando, local e ano

de nascimento, formação e ações pela paz;

Correlacionar as ações de valorização da paz das personalidades à possíveis ações no

ambiente escolar;

Estimular os alunos a refletirem sobre as causas e conseqüências de conflitos e violência e

sobre pequenas e grandes mudanças de comportamentos que podem levar a uma cultura de

paz;

Contextualizar as ações de valorização da paz no ambiente escolar;

Identificar a escola como contexto de promoção da paz;

2.5 CONTEÚDOS

Dado a natureza do tema e o caráter transversal dos seus conteúdos, pode-se trabalhar nas

áreas, de, história, geografia, sociologia, filosofia, artes, língua portuguesa, conteúdos como

direitos humanos, valores como respeito, solidariedade, tolerância, cultura de paz e não violência.

2.6 CONVERSANDO SOBRE

O QUE É A CULTURA DE PAZ?

A Organização da Nações Unidas (ONU), definiu cultura da paz em 1999,

como um conjunto de valores, atitudes, modos de comportamento e

formas de vida que rejeitam a violência e previnem conflitos ao lidar com

Page 8: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

suas causas e resolver problemas pelo diálogo e negociação entre

indivíduos, grupos e nações.

Existem algumas datas chaves no esforço pela paz e pela não-violência: 1899, a

Conferência de Haia para a Paz; 1919, a Liga das Nações; 1945, a criação da Organização das

Nações Unidas e sua agência especializada para a educação, a ciência, a cultura e as

comunicações, UNESCO.

Desde sua criação ao final da Segunda Guerra Mundial, a UNESCO tem agido sempre de

acordo com os princípios delineados no preâmbulo de seu Ato Constitutivo: "Uma vez que as

guerras começam na mente dos homens, é na mente dos homens que as defesas da paz devem ser

construídas".

Mesmo trabalhando em uma variedade de campos de atuação, a missão exclusiva da

UNESCO é a construção da paz: "O propósito da Organização é contribuir para a paz e a

segurança, promovendo cooperação entre as nações por meio da educação, da ciência e da cultura,

visando a favorecer o respeito universal à justiça, ao estado de direito e aos direitos humanos e

liberdades fundamentais afirmados aos povos do mundo" (Artigo 1 do Ato Constitutivo).

No entanto, foi em 1989, alguns meses antes da queda do muro de Berlim, durante o

Congresso Internacional para a Paz na Mente dos Homens, em Yamassoukro (Costa do Marfim),

que, pela primeira vez, a noção de uma "Cultura de Paz" foi expressa. Desde então, essa idéia

tornou-se um movimento mundial. Em 20 de novembro de 1997, a Assembléia Geral das Nações

Unidas proclamou o ano 2000 o Ano Internacional da Cultura de Paz, sob a coordenação geral da

UNESCO. Tornando-se um marco para as mobilizações de paz.

Ao proclamar o ano 2000 o Ano Internacional da Cultura de Paz, e o período de 2001 a

2010 a "Década Internacional por uma Cultura de Paz e Não-Violência para as Crianças do

Mundo", a Assembléia Geral das Nações Unidas demonstrou total conformidade com essa

prioridade da UNESCO. Na preparação do Ano Internacional da Cultura de Paz, foi lançado em

04 de março de 1999, em Paris, o Manifesto 2000 por uma Cultura de Paz e Não-Violência,

elaborado por personalidades laureadas com o Prêmio Nobel da Paz conjuntamente com as

Nações Unidas e a UNESCO.

O mundo ainda se encontra diante do desafio de transformar a cultura de violência em

Cultura de Paz, esbarrando na dificuldade de encontrar meios de mudar atitudes, valores e

comportamentos, para que se promova a paz. O caminho para construção da cultura da paz é a

aprendizagem e um exercício diário de transformação e de mudanças de velhas posturas.

A Educação para a Paz é um processo pelo qual se promovem conhecimentos, habilidades,

atitudes e valores necessários para induzir mudanças de comportamento que possibilitam as

crianças, os jovens e os adultos a prevenir a violência (tanto em sua manifestação direta como em

sua forma estrutural); resolver conflitos de forma pacífica e criar condições que conduzam à paz

(na sua dimensão intrapessoal;interpessoal; ambiental; intergrupal; nacional e /ou internacional).

Referenciais interessantes emergem desta definição. A educação para a paz é um processo que

dura toda nossa vida, permeia todas as idades, seu campo de atuação é por essência complexo e

multifacetado. Além de acontecer nas escolas, tem que estar presente em nosso cotidiano: nos

meios de comunicação, nas relações pessoais, na organização das instituições, no meio da família

(DISKIN, ROIZMAN, 2008)

Assim, a escola é um local privilegiado para a construção da cultura de paz, muitos dos

alunos presenciam no seu cotidiano vários tipos de violência e acabam banalizando esses atos e

incorporando-os no seu dia-dia. Sendo necessário que o trabalho com os estudantes desenvolvam

melhor a capacidade de discernimento, preconceito, tolerância, autoestima, discriminação e

ausência de expectativa.

A violência na escola não é fato novo, por isso fazem-se necessárias novas formas de

intervenção para o enfrentamento de conflitos que são cada vez mais freqüentes. Educar para a

paz na escola envolve mudanças na nossa maneira de pensar e no nosso sistema de ensino, pois se

Page 9: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

preocupa, além de transmitir saberes, com a formação de uma nova maneira de ser.

Cada escola pode promover sua Cultura de Paz, com o auxílio da comunidade, dos

estudantes, dos professores e funcionários. A comunidade e a família são importantes nessa

interação, pois fortalecem a escola. A busca por novas formas de convivência e pela construção de

uma cultura de paz na escola devem estar embasadas na conciliação, solidariedade, amor,

humildade, respeito, generosidade.

Para despertar em nossos estudantes ações de bem-estar e que contribuam para a paz

global é necessário que a escola inicie trabalhando com a formação de valores e atitudes do

cotidiano escolar, quer seja na hora do intervalo, na formação da fila, ou em trabalhos em sala. O

educador também tem que rever se seus procedimentos em sala de aula são condizentes com a

construção de uma cultura de paz.

São necessárias, novas estratégias para facilitar a convivência situando o diálogo e

resolução dos conflitos em sala de aula. Uma dessas estratégias é o conhecimento da ação de

pessoas que dedicaram suas vidas a cultura de paz, e ao bem das pessoas, esses exemplos

apresentam conquistas que podem inspirar os estudantes a ações de paz.

2.7 ESTRATÉGIAS DE AÇÃO

As atividades pedagógicas propostas para se trabalhar com Cultura da Paz e não violência

sugerem interpretação de imagens, textos, filmes, e atividades que estimulem a reflexão, a revisão

de valores, atitudes e comportamentos que levem os adolescentes a novas formas de ser e

conviver.

A metodologia participativa será utilizada como forma de trabalho.

Esta unidade apresenta várias atividades que deverão ser realizadas na seqüência proposta:

1. Apresentação e interpretação da letra do clipe da música ―paz‖ do grupo musical Roupa

Nova. Para apresentar o assunto ―Cultura de Paz‖. E debate para que os estudantes

verbalizem o que sabem sobre o assunto, podendo o professor fazer perguntas norteadoras.

2. Apresentação de documentário sobre a história da não violência. Duração total: 27

minutos.

3. Reflexão sobre não violência e cultura de paz.

4. Entrega de fichas biográficas de grandes pacificadores para análise.

5. Elaboração de fichas com outras personalidades da atualidade escolhidos pelos grupos

como pessoas que fazem o bem para a humanidade.

6. Confecção de um mural da paz.

7. Uso da dinâmica como cultivar a paz- trabalhando com valores

8. Uso de dinâmica para descrever conflitos e elaboração de propostas de ação.

2.8 ATIVIDADES

2.8.1. ATIVIDADE 1

Nome: A paz

Clipe da música ―Paz‖, do grupo Roupa Nova. Disponível em:

http://www.youtube.com/watch?v=CU_IRKoF8Ns. Acessado em 23 de julho de 2011.

Objetivo:

Apresentar o clipe para os estudantes a fim de sensibilizá-los sobre a importância da paz

nos dias de hoje e abrir discussões sobre o tema.

Material utilizado:

TV multimídia, letra da música impressa em papel sulfite para os estudantes.

Page 10: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

Tempo:

Essa atividade deve ser aplicada em uma aula de 50 minutos.

Descrição de atividades:

Apresentar o clipe da música. Após a apresentação lançar perguntas para investigar a visão

dos estudantes sobre a paz. Levar os estudantes a verbalizarem o que sentiram ao ver o clipe e

refletirem sobre as causas e conseqüências de conflitos e violência e sobre as pequenas e grandes

mudanças de comportamento que podem gerar paz. O professor pode fazer perguntas para um

debate como: Qual o principal tema da música? Que emoções afloram ao ver o Clipe? Como as

pessoas enxergam a Paz? Qual é o apelo principal que faz a música? O que falta na nossa vida

pessoal e coletiva para atingir a Paz? O que é cultura de paz? No final do debate solicitar a

produção de um texto coletivo sobre o tema Paz.

2.8.2 ATIVIDADE 2

Nome: ―A história da não violência‖.

Objetivo: Conhecer os ícones da paz mundial.

Áreas envolvidas: História, Sociologia.

Material:

TV Multimídia, documentário ―A história da não violência‖.

Tempo: Essa atividade deve ser aplicada em uma aula de 50 minutos.

Descrição da atividade:

O professor apresentará o documentário sobre a história da não violência, de duração

aproximada de 27 minutos, que retrata a vida de vários pacificadores, para introduzir a idéia de

que a paz é resultante da ação de homens determinados que buscaram solucionar graves conflitos

de seu tempo.

A história da não violência. Disponível em:

Parte 1< http://www.youtube.com/watch?v=pWbzlcRpDPg >.Acessado em 19 de julho de 2011.

Parte 2 < http://www.youtube.com/watch?v=VPJUWI8S5K8 >. Acessado em 19 de julho de 2011.

Parte 3 < http://www.youtube.com/watch?v=K5gtz4Nugpo >. Acessado em 19 de julho de 2011.

Parte 4 < http://www.youtube.com/watch?v=YzAq8IF4X_I >. Acessado em 19 de julho de 2011.

Após a exibição do documentário o professor deverá buscar informações pessoais,

contextualizar a época em que viviam os pacifistas, as ações que culminaram na construção da não

violência e o resultado da afirmação de suas convicções, a fim de propor aos estudantes atividades

para identificar novos nomes que atuaram e atuarão em benefício da paz.

O professor pode levantar algumas questões para discussão com os estudantes como por

exemplo: O que entendem sobre não violência? Os conflitos só são resolvidos com

violência?Conhecem a história de algum dos pacifistas do documentário? Essas pessoas tinham

histórias de vida muito diferentes das nossas? Podemos aprender alguma coisa com as histórias de

vida dos pacificadores?

Sugestão para o professor:

Essa atividade pode ser iniciada com outros filmes como ―Gandhi‖, ou o filme ―Invictus‖.

O filme ―GANDHI‖, trata da história de Gandhi, um homem que lutou por uma existência

pacífica, uma história intrigante sobre o ativismo, política, tolerância religiosa, e liberdade.

Outro interessante filme é ―INVICTUS‖, que retrata a vida de Nelson Mandela, e a sua luta contra

Page 11: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

a segregação racial.

2.8.3 ATIVIDADE 3

Nome: Os grandes pacifistas mundiais.

Objetivos: Conhecer as contribuições de grandes pacifistas para a paz mundial.

Áreas envolvidas: Diversas áreas podem ser envolvidas nessa atividade, entre elas, história,

sociologia, filosofia, português, geografia.

Material utilizado:

Fichas biográficas (Anexo 1), folhas de papel sulfite, canetas.

Tempo:Essa atividade deverá ser desenvolvida em duas aulas de 50 minutos.

Descrição da atividade:

Os estudantes deverão formar equipes de quatro componentes que receberão fichas

biográficas de dois ou mais pacifistas para análise e identificação de alguns dados como: local e

ano de nascimento e morte, formação contexto histórico e contribuições deixadas para a cultura da

paz mundial. Depois da análise, cada equipe deverá apresentar de forma resumida para todo o

grupo os aspectos mais interessantes observados sobre a vida do pacifista estudado.

Avaliação:

Os estudantes serão avaliados valorizando suas atitudes em salas de aula, sua dedicação ao

estudo e trabalho em equipe.

2.8.4 ATIVIDADE 4

Nome: Pacifistas, hoje!

Objetivo: Conhecer e identificar personalidades dos dias atuais que promovam a paz e o bem para

a humanidade.

Áreas envolvidas: história, geografia, português, artes, sociologia, filosofia

Material utilizado:

Laboratório de informática, fichas biográficas para serem preenchidas (Anexo 2),lista de algumas

personalidades que podem ser sugeridas para a pesquisa.

Tempo: Essa atividade deve ser realizada em duas ou três aulas de 50 minutos.

Descrição da atividade:

Como primeiro momento da atividade, no laboratório de informática, entregar para as

equipes uma lista de personalidades da atualidade que são solidários e realizam o bem para a

humanidade. Os estudantes devem buscar informações sobre as ações dessas personalidades e

correlacioná-las a ações de paz. No segundo momento após a pesquisa as equipes deverão

preencher a ficha biográfica (anexo 2) com os dados das personalidades. No terceiro momento

ocorre a socialização dessas fichas com uma breve apresentação das equipes para todo o grupo.

Para finalizar o professor pode pedir para os estudantes que identifiquem em sua comunidade uma

personalidade que pratique ações que fazem o bem para a comunidade e relacionar essa ações com

a construção da cultura de paz.

Page 12: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

Avaliação: A avaliação deve ser feita tomando como base o comprometimento e a participação

das equipes na produção das fichas e apresentações feitas ao grupo.

2.8.5 ATIVIDADE 5

Nome: Mural da Paz

Objetivo: Refletir sobre o tema paz e posterior confecção de um mural sobre o tema.

Áreas envolvidas:

Português, artes.

Material utilizado:

Folha de papel kraft, tintas, recortes de revista, pincel atômico, cola, fita adesiva.

Tempo: A atividade deve ser desenvolvida em 3 aulas de 50 minutos.

Descrição da atividade:

Os estudantes devem fazer um mural de papel para representar o que entendem por Cultura

de Paz. Utilizando revistas, desenhos, frases sobre o que acha necessário para atingir a Paz. Esse

trabalho deve ser mantido em exposição.

Avaliação:

Serão avaliados pela participação e responsabilidade na confecção do mural.

2.8.6 ATIVIDADE 6

Nome: Um convite para cultivar a paz

Objetivos:

Propor uma reflexão em grupo ou individual sobre valores.

Áreas envolvidas:

sociologia, filosofia, português.

Material utilizado:

Caixa de papel, folhas de papel sulfite, folhas de papel kraft, pincel atômicos.

Tempo: Essa atividade deve levar de duas a três aulas para ser desenvolvida.

Desenvolvimento:

Cada grupo ou estudante recebe uma folha com perguntas, uma caixa com um conjunto de

valores escritos em folha de papel e folhas de papel kraft. As perguntas que constam na folha

devem ser respondidas utilizando os valores apresentados na caixa e fixados no papel kraft. Cada

grupo deverá apresentar as suas respostas. Após a apresentação de todos os grupos abrir discussão

sobre valores.

Perguntas que devem ser respondidas pelos os alunos:

1) Quais os valores você considera mais significativos hoje em dia e por quê?

2) Quais os valores tem o poder de aproximar, congregar, aglutinar?

3) Quais deles, pelo contrário, são desagregadores, causadores de sofrimento e isolamento?

4) Quais acredita possuir e quais desejaria conquistar?

Page 13: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

Quadro de valores que serão utilizados pelo estudantes como resposta.

SÁUDE MISÉRIA VÍCIO

IGNORÂNCIA JUSTIÇA LIBERDADE

SOLIDÃO FADIGA AMOR

DEPENDÊNCIA SOFRIMENTO CONHECIMENTO

COVARDIA ÓCIO SANTIDADE

POBREZA FAMA TRABALHO

SEGURANÇA RIQUEZA INTELIGÊNCIA

ÓDIO FELICIDADE PECADO

INDEPENDÊNCIA BELEZA DESGRAÇA

COMPREENSÃO FRAQUEZA DOENÇA

DESONESTIDADE

Sugestão para o professor:

Usar cartolinas para fazer as tarjas e escrever os valores com letras grandes para que todos

possam visualizar. As tarjas com os valores escritos podem ser acondicionadas em caixas para que

fiquem mais organizadas.

Avaliação:

Serão avaliados pela participação nas atividades.

2.8.7 ATIVIDADE 7

Nome: Conflitos & Soluções

Objetivo: Aprender a explicar os detalhes de um conflito e estimular a imaginação e criatividade

na busca de soluções.

Material: Quadro de giz, giz, lápis, folhas de sulfite e canetas.

Tempo: A atividade deve ser desenvolvida em duas aulas de 50 minutos.

Desenvolvimento:

Formar grupos de 5 pessoas. Todos começam dizendo em voz alta todos os problemas que

cada um tem na sua mente, sem discutir. Depois, cada pessoa escreve os seus problemas de forma

que todos do grupo leiam. O grupo escolhe uma situação problema e a pessoa que o escreveu

explica detalhadamente o conflito para que todos possam entender os fatos. Após cada um dá uma

solução, prática e realista, que pode solucionar o problema. Essas soluções são escritas e entregues

à pessoa que apresentou o problema. O processo se repete para cada participante. Após abre-se

discussão:Como cada um se sentiu? O que contribui aos demais? É possível solucionar o

problema a partir da proposta feita pelos colegas?

Avaliação:

A avaliação das atividades será feita pela participação dos estudantes nas atividades.

Page 14: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

2.8.8 ATIVIDADE 8

Nome: Resolução de conflitos

Objetivo: Identificar na escola situações de conflitos e buscar soluções.

Material: papel kraft, pincel atômico, folhas de sulfite,canetas

Tempo:A atividade deve ser desenvolvida em três aulas de 50 minutos.

Desenvolvimento:

Os estudantes devem fazer um levantamento no setor de orientação educacional da escola

das ocorrências de violência ou depredação ocorridos durante o ano. Em equipe os estudantes

devem analisar as ocorrências, na tentativa de buscar informações para responder questões como:

como a situação começou? Por que começou e quais fatos a desencadearam? Como poderia ser

evitada? Como foi resolvida? O objetivo é procurar compreender o que se passa, quem está

envolvido, se há ou não diferentes soluções e diferentes modos de atuar. Após deverão planejar

ações que apontem possíveis soluções para os problemas apresentados no sentido de reverter a

situação de depredação e violência seguindo os conceitos da cultura de paz. Essas propostas de

resolução devem ser registradas e com elas confeccionar um painel contendo, de um lado as

causas dos conflitos e do outro, as propostas de ações para resolução. Esse painel deverá ficar

exposto para que todos possam perceber que existem maneiras de se resolver conflitos por meios

não violentos.

Avaliação: A avaliação será feita através da participação do aluno na atividade.

2.9 OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

É importante assistir os documentários e filmes na sua totalidade e fazer algumas

anotações que julgue importante.

Verifique as condições do aparelho de TV a ser utilizado em sala de aula com antecedência.

Passar o documentário sugerido em partes e comentá-las em seguida.

2.10 SUGESTÕES PARA O PROFESSOR

As músicas, geralmente tem letras cheias de significados, cantando a liberdade e a paz, e

podem ser usadas como recurso didático para sensibilizar os estudantes através da interpretação de

algumas delas. Algumas sugestões:

Quando o sol bater na janela do seu quarto – Legião Urbana

Imagine- John Lennon tradução - Fábio Júnior

Minha Alma – O Rappa

Palavras repetidas – Gabriel o Pensador

Pensamentos – Cidade Negra

Para saber mais sobre Cultura de Paz:

<http://unesdoc.unesco.org/images/0017/001785/178540por.pdf>

2.11 AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados valorizando suas atitudes em sala,sua dedicação ao estudo, sua

responsabilidade com as atividades desenvolvidas.

Page 15: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

REFERÊNCIAS

AMBROVAY, M (org.) Escola e violência. Brasília: UNESCO, U.C.B., 2002.

AMBROVAY, M.; RUA, M. G. Violências nas escolas. Brasília: Editora UNESCO, 2002.

ARAÚJO,C. A violência desce para a escola. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.

ARRUDA, A. S. Cultura de paz e não violência: escola como transformadora do ser humano.

Disponível em: < http:www.webartigos.com> Acessado em 29/07/2011.

BRANDÃO, C. R. Em campo aberto:escritos sobre educação e a cultura popular. São Paulo:

Cortês ,1995.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.

Por uma cultura da paz, a promoção da saúde e a prevenção da violência. Brasília: Ministério

da Saúde, 2009.

BREITMAN, S.; PORTO, A. C. Mediação familiar: uma intervenção em busca da paz . Porto

Alegre: Criação Humana, 2001.

CANDAU, V. M. Direitos Humanos, violência e cotidiano escolar. In: CANDAU, V. M.

Reinventar a Escola. Petrópolis: Vozes, 2000.

CHALITA,G. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2001.

DISKIN, L. Vamos ubuntar? um convite para cultivar a paz. Brasília: UNESCO, Fundação Vale,

Fundação Palas Athena, 2008. Disponível em:

<http://unesdoc.unesco.org/images/0017/001785/178540por.pdf> Acessado em 22/07/2011.

DISKIN, L.; ROIZMAN, L. G. Paz, como se faz? semeando cultura de paz nas escolas. 4. ed.

Brasília: UNESCO, Associação Palas Athena, Fundação Vale, 2008. Disponível em:

<http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001308/130851por.pdf > acessado em 22/07/2011.

GONÇALVEZ, S. Crescer sem violência, um desafio para os educadores. Brasília: Fundação

Oswaldo Cruz, 1997.

JARES, X. R. Educação para a paz: sua teoria e sua prática. 2 ed. rev. e ampl. Porto Alegre:

Artmed, 2002.

SILVA, J. M. A. P. Cultura escolar, autoridade, hierarquia e participação:alguns elementos para

reflexão. In: Cadernos de Pesquisa. v. 112, p. 125-136. São Paulo, 2001.

SPOSITO, M. P. A instituição escolar e a violência. In: Cadernos de Pesquisa. n. 104. São Paulo,

1998.

OLIVEIRA, Wagner. Violência: um assunto dentro e fora da escola. Disponível em:

<http://www.webartigos.com> Acessado em 28 de julho de 2011.

UNESCO. Cultura de paz: da reflexão à ação; balanço da Década Internacional da Promoção da

Cultura de Paz e Não Violência em Benefício das Crianças do Mundo. Brasília: UNESCO; São

Paulo: Associação Palas Athena, 2010.

Page 16: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

ANEXOS

Page 17: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

ANEXO 1 FICHAS BIOGRÁFICAS

CONSTRUTORES DA PAZ Nome: Madre Teresa de Calcutá Data e local de nascimento: 27/8/1910, Skopje, Macedônia Data e local de morte: 5/9/1997, Calcutá, Índia História de vida: Agnes Gonxha Bojaxhiu nasceu numa família católica da comunidade albanesa do sul da antiga Iugoslávia. Foi educada numa escola pública e, ainda jovem, tornou-se solista no coro da igreja. Determinada a seguir sua vocação religiosa, Agnes ingressou na Congregação Mariana. Em setembro de 1928, ingressou na Casa das Irmãs de Nossa Senhora do Loreto, em Dublin, na Irlanda. De lá partiu para a cidade de Darjeeling, na Índia. Lá fez noviciado e finalmente fez os votos de obediência, pobreza e castidade, tomando o nome de Teresa. De Darjeeling, Teresa partiu para Calcutá.

Ações para a paz:

Em 1948, autorizada pelo Papa Pio XII, Teresa foi "viver só, fora do claustro, tendo Deus como único protetor e guia, no meio dos mais pobres de Calcutá". Em dezembro do mesmo ano, conseguiu a nacionalidade indiana.Teresa passou a usar um traje indiano, um sári branco com debruns azuis e uma pequena cruz no ombro. Pedindo ajuda nas ruas, auxiliava pobres, doentes e famintos. Pouco a pouco, foi angariando adeptas para sua causa entre as antigas alunas. Em 1950, fundou uma congregação de religiosas.

Depois de dedicar toda uma vida aos pobres, Madre Teresa de Calcutá morreu aos 87 anos de parada cardíaca.

Consequências mundiais:

Madre Teresa fundou casas religiosas por toda a Índia e, depois, no exterior. Seu trabalho obteve grande repercussão. Em 1979, Madre Teresa recebeu o prêmio Nobel da Paz, pelos serviços prestados à humanidade. Em outubro de 2003 foi beatificada pelo Papa João Paulo II.

A falta de amor é a maior de todas as pobrezas. Disponível em:<http://educacao.uol.com.br/biografias/madre-teresa-de-calcuta.jhtm

Page 18: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

FICHAS BIOGRÁFICAS CONSTRUTORES DA PAZ

Nome:Herbert José de Sousa (Betinho) Data e local de nascimento:3/11/1935, Bocaiúva (MG) Data e local de morte:9/8/1997, Rio de Janeiro (RJ) História de vida: Herbert José de Souza foi o quarto filho de uma família de 8 irmãos.Sua infância foi marcada por fatos incomuns. Já nos primeiros dia de vida teve hemofilia. Passou oito anos morando numa penitenciária, onde seu pai trabalhava. Herbert de Sousa começou a sua militância política na Juventude Católica, em Belo Horizonte. Estudou na Universidade de Minas Gerais e formou-se em sociologia em 1962. Trabalhou depois no Ministério da Educação e Cultura e na Superintendência de Reforma Agrária. Contexto histórico:Depois do golpe militar de 1964 na resistência contra a ditadura. Passou sete meses no Uruguai e depois, de volta ao Brasil, foi trabalhar como operário na cidade paulista de Mauá. Em 1971, Herbert de Sousa partiu para o exílio. Morou em diversos países. Com a anistia política, em 1979, Herbert José de Sousa retornou ao Brasil. Herbert de Sousa teve confirmado o diagnóstico de sua contaminação pelo HIV, o vírus causador da AIDS, em 1985, contraído numa de suas inúmeras transfusões de sangue no tratamento da hemofilia. No ano seguinte, fundou a ABIA, uma associação para lutar pelos direitos das pessoas portadoras do HIV ou dos doentes com AIDS. Betinho dirigiu essa organização por onze anos. A doença atingiu também sua família: no período de um ano, Betinho perdeu dois irmãos vítimas da AIDS. A maneira de lidar com a doença foi falar sobre ela. Herbert de Sousa iniciou uma grande campanha para esclarecer as pessoas sobre a doença. Ações para a paz:Em 1992, Betinho liderou o movimento pela Ética na Política, esse movimento plantou os alicerces do movimento Ação da Cidadania contra a Miséria e pela Vida. A partir da participação de Betinho, o problema da fome e da miséria tornou-se visível e concreto para todos os brasileiros. Depois de muito lutar contra a doença, Betinho faleceu em 1997, aos 61 anos, em sua casa, no bairro do Botafogo.

Disponível em: < http://educacao.uol.com.br/biografias/herbert-jose-de-sousa-betinho.jhtm>

Page 19: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

FICHAS BIOGRÁFICAS CONSTRUTORES DA PAZ

Nome:Martin Luther King Data e local de nascimento:15 de janeiro de 1929, Atlanta (EUA) Data e local de morte:4 de abril de 1968, Memphis(EUA) História de vida:Martin Luther King Jr. era filho e neto de pastores protestantes batistas. Fez seus primeiros estudos em escolas públicas segregadas e graduou-se no prestigioso Morehouse College em 1948.Formou-se em teologia pelo Seminário Teológico Crozer e, em 1955, concluiu o doutorado em filosofia pela Universidade de Boston. Lá conheceu sua futura esposa, Coretta Scott, com quem teve quatro filhos. Em 1954 Martin Luther King iniciou suas atividades como pastor em Montgomery, capital do estado do Alabama Contexto histórico: Envolvendo-se no incidente em que Rosa Parkes se recusou a ceder seu lugar para um branco num ônibus, King liderou um forte boicote contra a segregação racial. O movimento durou quase um ano, King chegou a ser preso, mas ao final a Suprema Corte decidiu pelo fim da segregação racial nos transportes públicos. Em 1957 tornou-se presidente da Conferência da Liderança Cristã do Sul, intensificando sua atuação como defensor dos direitos civis por vias pacíficas, tendo como referência o líder indiano Mahatama Ghandi. Ações pela paz: Em 1963 Martin Luther King conseguiu que mais de 200.000 pessoas marchassem pelo fim da segregação racial em Washington. Nesta ocasião proferiu seu discurso mais conhecido, "Eu Tenho um Sonho". No início de 1967, King uniu-se aos movimentos contra a Guerra do Vietnã. Em abril de 1968, foi assassinado a tiros por um opositor, num hotel na cidade de Memphis, onde estava em apoio a uma greve de coletores de lixo Conseqüências mundiais Dessas manifestações nasceram a lei dos Direitos Civis, de 1964, e a lei dos Direitos de Voto, de 1965.Em 1964, Martin Luther King recebeu o Prêmio Nobel da Paz. "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados pelo caráter, e não

pela cor da pele." Martin Luther King

Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/martin-luther-king.jhtm>

Page 20: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

FICHAS BIOGRÁFICAS CONSTRUTORES DA PAZ

Nome: Mohandas K. Gandhi Data e local de nascimento: 2/10/1869, Porbandar, Gujarat, Índia Data e local de morte: 30 /1/1948, Nova Déli, Índia História de vida: Mohandas Karamchand Ghandi foi um líder espiritual e pacifista indiano. Nasceu na cidade indiana de Bombaim, no ano de 1869.Durante a infância e adolescência foi educado na Índia. Quando adulto foi estudou em Londres(Inglaterra), onde cursou Direito, formando-se advogado. Em 1893 mudou-se para a África para trabalhar como advogado. Atuou em defesa da minoria hindu que vivia neste país africano, lutando pelos direitos iguais. Passou a ser chamado de Mahatma (em sânscrito“grande alma”) Gandhi. Ações para a paz: Em 1914 retornou para a Índia, onde começou uma campanha pela paz entre hindus e muçulmanos. Atuou também contra o domínio britânico na Índia. Gandhi defendia a criação de um estado autônomo na Índia. Em função destas posições foi preso várias vezes pelos britânicos.Gandhi era contra a violência, defendendo as formas pacíficas de protesto como, por exemplo, greves, passeatas, retiros espirituais e jejuns. Mohandas Karamchand Gandhi, dito Mahatma, que em sânscrito significa "grande alma", foi um dos idealizadores e fundadores do moderno Estado indiano e um defensor do princípio da não violência como um meio de protesto.Sua trajetória política começou marcada por um acidente em um trem. Gandhi viajava na primeira classe quando solicitaram que se transferisse para a terceira classe, por ele não ser branco. Ao recusar-se, foi jogado para fora do trem. O episódio fez com que ele começasse a advogar contra as leis discriminatórias vigentes. Outra estratégia de Gandhi pela independência era o boicote aos produtos importados. Todos os indianos deveriam usar vestimentas caseiras, em vez de comprar os produtos têxteis britânicos. O tear manual, símbolo de afirmação, viria a ser incorporado à bandeira do Congresso Nacional Indiano e à própria bandeira indiana. Uma de suas mais eficientes ações foi a marcha do sal, que começou em 12 de março de 1930 e terminou em 5 de abril, quando Gandhi levou milhares de pessoas ao mar a fim de coletarem seu próprio sal, em vez de pagarem a taxa prevista sobre o sal comprado. Contexto histórico:Durante a Primeira Guerra Mundial retornou à Índia e, após o seu término, envolveu-se com o Congresso Nacional Indiano e com o movimento pela independência. Durante a Segunda Guerra Mundial Gandhi deixou claro que não apoiaria a causa britânica. Foi preso em Bombaim pelas forças britânicas em 9 de agosto de 1942 e mantido em cárcere por dois anos. No dia 20 de janeiro de 1948, após um jejum em protesto contra as violências cometidas por indianos e paquistaneses,Gandhi sofreu um atentado. Uma bomba foi lançada em sua direção, mas ninguém ficou ferido. Entretanto, no dia 30 de janeiro de 1948, ele foi assassinado a tiros, em Nova Déli, por um hindu radical. O corpo do Mahatma foi cremado e suas cinzas jogadas no rio Ganges.

“Não existe um caminho para a paz, a paz é o caminho.” Mahatma Gandhi

Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/mohandas-k-gandhi.jhtm> acessado 30 de julho de 2011

Page 21: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

FICHA BIOGRÁFICA CONSTRUTORES DA PAZ

Nome: Nelson Rolihlahla Mandela Data e local de nascimento: 18/07/1918, Qunu, Umtata (ou Transkei) História de vida: De etnia Xhosa, Mandela nasceu no pequeno vilarejo de Qunu, distrito de Umtata, na região do Transkei. Aos sete anos, Mandela tornou-se o primeiro membro da família a frequentar a escola, onde lhe foi dado o nome inglês "Nelson". Seu pai morreu logo depois, e Nelson seguiu para uma escola próxima ao palácio do Regente. Seguindo as tradições Xhosa, ele foi iniciado na sociedade aos 16 anos, seguindo para o Instituto Clarkebury, onde estudou cultura ocidental. Como jovem estudante do direito, Mandela se envolveu na oposição ao regime do apartheid, que negava aos negros (maioria da população), mestiços e indianos (uma expressiva colônia de imigrantes) direitos políticos, sociais e econômicos. Uniu-se ao Congresso Nacional Africano em 1942, e dois anos depois fundou com Walter Sisulu e Oliver Tambo, entre outros, a Liga Jovem do CNA. Ações pela paz:Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. Comprometido de início apenas com atos não-violentos, Mandela e seus colegas aceitaram recorrer às armas após o massacre de Sharpeville, em março de 1960, quando a polícia sul-africana atirou em manifestantes negros, matando 69 pessoas e ferindo 180. Em agosto de 1962 Nelson Mandela foi preso após informes da CIA à polícia sul-africana, sendo sentenciado a cinco anos de prisão por viajar ilegalmente ao exterior e incentivar greves. Em 1964 foi condenado a prisão perpétua por sabotagem (o que Mandela admitiu) e por conspirar para ajudar outros países a invadir a África do Sul (o que Mandela nega). Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. No decorrer dos 27 anos que ficou preso, Mandela se tornou de tal modo associado à oposição ao apartheid que o clamor "Libertem Nelson Mandela" se tornou o lema das campanhas antiapartheid em vários países. Durante os anos 1970, ele recusou uma revisão da pena e, em 1985, não aceitou a liberdade condicional em troca de não incentivar a luta armada. Mandela continuou na prisão até fevereiro de 1990, quando a campanha do CNA e a pressão internacional conseguiram que ele fosse libertado em 11 de fevereiro, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk. Nelson Mandela e Frederik de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da paz em 1993. Mandela, formado em direito, foi presidente da África do Sul entre os anos de 1994 e 1999. Como presidente do CNA (de julho de 1991 a dezembro de 1997) e primeiro presidente negro da África do Sul (de maio de 1994 a junho de 1999), Mandela comandou a transição do regime de minoria no comando, o apartheid, ganhando respeito internacional por sua luta em prol da reconciliação interna e externa. Após o fim do mandato de presidente, em 1999, Mandela voltou-se para a causa de diversas organizações sociais e de direitos humanos. Ele recebeu muitas distinções no

Page 22: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

exterior, incluindo a Ordem de St. John, da rainha Elizabeth 2ª., a medalha presidencial da Liberdade, de George W. Bush, o Bharat Ratna (a distinção mais alta da Índia) e a Ordem do Canadá. Com o fim do mandato de presidente, Mandela afastou-se da política dedicando-se a causas de várias organizações sociais em prol dos direito humanos. Já recebeu diversas homenagens e congratulações internacionais pelo reconhecimento de sua vida de luta pelos direitos sociais. Em junho de 2004, aos 85 anos, Mandela anunciou que se retiraria da vida pública. Fez uma exceção, no entanto, por seu compromisso em lutar contra a AIDS.A comemoração de seu aniversário de 90 anos foi um ato público com shows, que ocorreu em Londres, em julho de 2008, e contou com a presença de artistas e celebridades engajadas nessa luta.A partir de 2010, será celebrado em 18 de julho de cada ano o Dia Internacional de Nelson Mandela. A data foi definida pela Assembléia Geral da ONU e corresponde ao dia de seu nascimento. "Sonho com o dia em que todas as pessoas levantar-se-ão e compreenderão

que foram feitos para viverem como irmãos."

Nelson Mandela Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/nelson-mandela.jhtm>

Page 23: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

FICHAS BIOGRÁFICAS CONSTRUTORES DA PAZ

Nome: Dom Hélder Câmara Data e local de nascimento: 7/2/1909, Fortaleza (CE) Data e local de morte:27/8/1999, Recife (PE) História de vida: Décimo-primeiro filho de uma família de treze irmãos, Hélder Pessoa Câmara era filho de um jornalista e de uma professora. Aos quatorze anos entrou no Seminário da Prainha de São José, em Fortaleza, onde cursou filosofia e teologia. Em 1931 ordenou-se sacerdote. Foi nomeado logo depois diretor do Departamento de Educação do Estado do Ceará, exercendo este cargo por cinco anos. Mudou-se então para o Rio de Janeiro, onde se destacou no desempenho de atividades sociais. Fundou a Cruzada São Sebastião e o Banco da Providência, entidades destinadas ao amparo dos mais pobres. Contexto histórico:Em 12 de março de 1964, foi nomeado Arcebispo de Olinda e Recife, pouco antes do golpe militar. Dias depois, divulgou um manifesto apoiando a ação católica operária em Recife. O novo governo militar acusou-o de demagogo e comunista e dom Hélder foi proibido de se manifestar publicamente. No entanto, sua figura pública adquiria importância cada vez maior. Passou a fazer conferências e pregações no exterior, desenvolvendo intensa atividade contra a exploração e a favor dos mais pobres. Em 1970, fez um pronunciamento em Paris denunciando pela primeira vez a prática de tortura a presos políticos no Brasil. Em 1972 foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz. Dom Hélder aposentou-se em 1985, tendo organizado mais de 500 comunidades eclesiais de base. Ações pela paz:No final da década de 1990, lançou a campanha "Ano 2000 Sem Miséria". Dom Hélder Câmara deixou registrado seu pensamento em diversos livros que tiveram grande repercussão, sendo traduzidos em várias línguas. Conseqüências mundiais: Sua atividade política, social e religiosa foi reconhecida no mundo inteiro. Dom Hélder recebeu centenas de homenagens e condecorações, além de diversos prêmios, no Brasil e no Exterior. Faleceu aos 90 anos, de parada cardíaca. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/dom-helder-camara.jhtm> acessado 30 de julho de 2011

Page 24: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

FICHAS BIOGRÁFICAS CONSTRUTORES DA PAZ

Nome:Irmã Dulce Data e local de nascimento: 26-5-1914, Salvador (BA) Data e local de morte: 13-3-1992, Salvador (BA) História de vida: Nascida Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, com 13 anos manifestou o desejo de entrar para o convento. Na época, já inconformada com a pobreza, amparava miseráveis e carentes. Aos 18, recebeu o diploma de professora e entrou para a Congregação da Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, do Convento de São Cristóvão, em Sergipe. Com os votos de profissão de fé, a já então Irmã Dulce, em homenagem à mãe, voltou a Salvador, onde trabalhou como enfermeira voluntária e professora de Geografia. Ações para a paz: Sem vocação para lecionar, dedicou-e ao trabalho social nas ruas. Começou prestando assistência à comunidade favelada dos bairros de Alagados e de Itapagipe. Mais tarde,fundou a União Operária São Francisco, primeiro movimento cristão operário de Salvador, e depois o Círculo Operário da Bahia, que proporcionava atividades culturais e recreativas, além de uma escola de ofício. Criou, em 1939, o Colégio Santo Antônio, instituição pública para os operários e seus filhos. No mesmo ano, ocupando um barracão, passou a abrigar mendigos e doentes, levados depois ao Mercado do Peixe, nos Arcos do Bonfim. Desalojados pelo prefeito da cidade, acolheu-os, com a permissão da madre superiora, no galinheiro do Convento das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição, transformado em 1960, com o apoio do governador do Estado, que cedeu um terreno, em Albergue Santo Antônio, com 150 leitos (hoje o Hospital Santo Antônio). Inaugurou ainda um asilo, o Centro Geriátrico Júlia Magalhães, e um orfanato, o Centro Educacional Santo Antônio, que abriga atualmente 300 crianças de 3 a 17 anos e oferece cursos. A fragilidade de Irmã Dulce era apenas aparente. A miudinha freira, raro exemplo de bondade e amor, foi arquiteta de uma das mais notáveis obras sociais do Brasil. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/klick/0,5387,1398-biografia-9,00.jhtm> acessado 30 de julho de 2011.

Page 25: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

FICHAS BIOGRÁFICAS CONSTRUTORES DA PAZ

Nome:Chico Xavier Data e local de nascimento: 02/04/1910, Pedro Leopoldo, MG Data e local de morte: 30/06/2002, Uberaba, MG História de vida: Francisco de Paula Cândido Xavier era filho do operário João Cândido Xavier e da lavadeira Maria João de Deus, que morreu quando ele tinha apenas cinco anos. Chico e seus oito irmãos tiveram que ser distribuídos por vários familiares e amigos. Chico freqüentava a escola primária pública pela manhã e depois trabalhava numa indústria de fiação e tecelagem, mal tendo aprendido a ler e a escrever. Depois foi empregado como caixeiro numa loja e, mais tarde, como ajudante de cozinha. Chico freqüentava a escola primária pública pela manhã e depois trabalhava numa indústria de fiação e tecelagem, mal tendo aprendido a ler e a escrever. Depois foi empregado como caixeiro numa loja e, mais tarde, como ajudante de cozinha.Aos 17 anos, no grupo espírita Luiz Gonzaga, desenvolveu a psicografia. Foi nessa época que se desligou da Igreja Católica (onde não encontrava explicação para os fenômenos que se manifestavam nele) e procurou seguir os preceitos do espiritismo. Durante a vida, Chico recebeu mais de mil entidades espirituais, entre eles Emmanuel, que foi o seu protetor espiritual e manifestou-se pela primeira vez em 1931, o acompanhado desde então. Chico Xavier se considerava humildemente apenas uma ponte entre o mundo material e o espiritual. Todos os seus direitos autorais foram cedidos a instituições espíritas e de solidariedade social. O médium atendeu, no seu centro em Uberaba, multidões de pessoas que chegavam de todas as partes do Brasil e do exterior para ouvir conselhos, receber tratamentos e conforto espiritual. Em 1981, foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Morreu em 2002 aos 92 anos. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/chico-xavier.jhtm> acessado em 30 de julho de 2011.

Page 26: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

FICHAS BIOGRÁFICAS CONSTRUTORES DA PAZ

Nome:Desmond Tutu Data e local de nascimento: 07/10/1931, Klerksdorp, Transvaal. História de vida: Desmond Tutu nasceu numa época em que os negros tinham que carregar uma identificação especial e apresentá-la aos policiais brancos quando fossem requisitados. Em 1948, houve eleições na África do Sul, mas como somente os brancos puderam votar, o partido eleito era abertamente racista. Desmond estudou na Escola Normal de Johannesburgo e, em 1954, na Universidade da África do Sul. Ainda aos 24 anos escreveu ao Primeiro ministro de seu país sobre o apartheid, que chamou de "uma política diabólica". Trabalhou como professor secundário e ordenou-se ministro anglicano em 1960. De 1967 a 1972, estudou teologia na Inglaterra. Enquanto estava ausente, a situação na África do Sul piorou e os negros eram presos somente por usar banheiros, beber nas fontes ou ir à praia. Em 1968, um protesto calmo feito por estudantes negros transformou-se em tragédia quando a polícia reagiu com um violento ataque, com carros armados, cães e gases. Ações para a paz:Sua proposta para a sociedade sul-africana incluía direitos civis iguais para todos, abolição das leis que limitavam a circulação dos negros, um sistema educacional comum e o fim das deportações forçadas de negros. Por sua firme posição contra a segregação racial ganhou, em 1984, o Prêmio Nobel da Paz. Na mesma época foi eleito arcebispo de Johannesburgo e depois, da Cidade do Cabo. Recebeu o título de doutor honoris causa de importantes universidades dos EUA, do Reino Unido e da Alemanha.Em 1977 divulgou o relatório final da Comissão, que acusava de violação dos direitos humanos tanto as autoridades do regime racista sul-africano como as organizações que lutavam contra o apartheid. Disponível em: <http://educacao.uol.com.br/biografias/desmond-tutu.jhtm> acessado em 30 de julho de 2011.

Page 27: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

FICHAS BIOGRÁFICAS CONSTRUTORES DA PAZ

Nome:Karol Józef Wojtyła é o nome do Papa João Paulo II. Data e local de nascimento: 18 de maio de 1920,Wadowice - Polônia Data e local de morte: 2 de abril de 2005,Vaticano. História de vida: Karol Józef Wojtyła é o nome do Papa João Paulo II. Seu papado durou 27 anos, tendo início com sua entronização no dia 22 de outubro de 1978 e terminando em 2 de abril de 2005. João Paulo II, um dos mais queridos, respeitados e populares papas das últimas décadas, nasceu na cidade polonesa de Wadowice (próxima a Cracóvia) no dia 18 de maio de 1920. Faleceu no Vaticano, aos 85 anos de idade, no dia 2 de abril de 2005. Ações para a paz: Buscou o diálogo e maior integração entre as diversas religiões (ecumenismo); Defendeu a modernização de vários aspectos da Igreja Católica Apostólica Romana; Posicionou-se contra os governos opressores e a violência por eles praticadas. Defendeu a justiça social e a paz entre os povos. No dia 13 de maio de 1981, João Paulo II sofreu uma tentativa de assassinato por parte de Ali Agca. Após tomar o tiro na Praça de São Pedro foi socorrido rapidamente. Recuperou-se e continuou seu pontificado. João Paulo II visitou o Brasil quatro vezes, nos anos de 1979, 1980, 1991 e 1997.

"O ser humano não pode viver sem amor. Sem amor, torna-se um

ser incompreensível para si mesmo."

João Paulo II Disponível em: <file:///mnt/home/Documents/papa_joao_paulo_2.htm> acessado em 30 de julho de 2011.

Page 28: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

FICHAS BIOGRÁFICAS CONSTRUTORES DA PAZ

Nome:Zilda Arns Data e local de nascimento: Forquilha 25 de 1934. Data e local de morte: Porto Príncipe,12 de janeiro 2010. História de vida: Zilda Arns Neumann foi uma importante médica sanitarista que teve sua vida ligada ao desenvolvimento de projetos sociais relacionados à saúde pública e à defesa das crianças. Zilda era formada em medicina e especializada nas áreas de educação física e pediatria. No início de sua vida profissional – entre os anos de 1955 e 1964 ela trabalhou com crianças no Hospital Cezar Pernetta, em Curitiba. Contexto histórico:Durante o Regime Militar, a sua preocupação com a juventude se acentuou mediante a convivência com seu irmão, Dom Paulo Evaristo Arns, cardeal arcebispo de São Paulo, uma das mais importantes vozes da Igreja que denunciou os abusos do governo militar. Nesse meio tempo, Zilda Arns desenvolveu outros trabalhos na Secretaria de Saúde do Estado do Paraná, atuando como diretora de Saúde Materno-Infantil, e se especializando nos campos da Saúde Pública (USP) e da Saúde Materno-Infantil (OMS). Ações para a paz:Em 1983, a convite da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Zilda Arns se lançou ao projeto de fundação da Pastoral da Criança, que se dedicaria a projetos de sobrevivência, proteção e desenvolvimento de crianças e adolescentes. A primeira ação desenvolvida pela Pastoral da Criança aconteceu na cidade paranaense de Florestópolis, onde o índice de mortalidade infantil atingia níveis alarmantes. Após um ano de trabalho, esse primeiro projeto conseguiu reduzir para 28 o número de crianças mortas a cada mil nascimentos. Mediante o sucesso, a ação da Pastoral chamou atenção da UNICEF, um órgão das Nações Unidas envolvido com a questão infanto-juvenil, e se disseminou por outros estados brasileiro. Após mais de duas décadas, o trabalho de Zilda Arns na Pastoral auxiliou milhares de comunidades carentes pelo Brasil e contou com o apoio de mais de 260 mil trabalhadores voluntários. Sem dúvida, os frutos desse trabalho foram de grande ajuda na promoção da saúde, educação e cidadania. Mediante tantas ações de cunho social e humanitário, Zilda recebeu várias honrarias e homenagens. Durante esse mesmo tempo, foi três vezes indicada ao Prêmio Nobel. No dia 11 janeiro de 2010, Zilda Arns foi até o Haiti para realizar uma palestra sobre a Pastoral da Criança na Conferência Nacional dos Religiosos do Caribe e participar de encontros com representantes de várias ONGs. No dia seguinte, durante uma palestra em uma igreja da capital Porto Príncipe, um terremoto de sete graus na escala Richter acabou destruindo o prédio e ceifando a sua vida, aos 75 anos de idade. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biografia/zilda-arns.htm> acessado em 30 de julho de 2011.

Page 29: PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL … · conhecer um pouco sobre as suas histórias de vida, sobre suas ações e sobre o contexto social de ... solidariedade, humildade, generosidade,

ANEXO 2

FICHAS BIOGRÁFICAS CONSTRUTORES DA PAZ

Nome: Data e local de nascimento: Data e local de morte: História de vida: Contexto histórico: Ações para a Paz/Bem: Conseqüências Mundiais: