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Cátedra UNESCO de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura Praça da Sé, 108, 3º andar - salas 307 e 308 - Centro – São Paulo - SP - CEP 01001-900 Fone: (11) 3105-7052 PROGRAMA DE DISCIPLINA Disciplina Código Cultura, identidade e organização social Semestre Ano Letivo Área de Concentração “Desenvolvimento Territorial” Linha de Pesquisa: Território, Educação e Cultura Curso: MESTRADO Número de créditos: 4 Carga Horária: 60 horas Professores responsáveis: Nashieli Ceclilia Rangel Loera, Bernadete Aparecida Caprioglio de Castro, Silvia Beatriz Adoue, Rafael Litvin Villas Boas. DISCIPLINA OFERECIDA NOS DIAS: Horário: Aulas teóricas: Aulas práticas: EMENTA O curso pretende fornecer instrumentos teóricos e metodológicos necessários à prática da investigação e familiarizar os estudantes com os conceitos básicos de identidade, cultura e organização social a partir de perspectivas teóricas da Antropologia, História e Sociologia. Tendo como foco empírico estudos sobre os territórios latino-americanos e caribenhos, o conteúdo deverá subsidiar a reflexão e prática do pesquisador para a compreensão da realidade sociocultural, de processos educativos e das práticas das comunidades locais. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO O programa estará estruturado em três unidades temáticas. A primeira unidade estará centrada no conceito de cultura e as conceituações e as desconstruções conceituais dessa categoria,

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Cátedra UNESCO de Educação do Campo

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Universidade Estadual Paulista

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Organização

das Nações Unidas

para a Educação,

a Ciência e a Cultura

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PROGRAMA DE DISCIPLINA

Disciplina Código Cultura, identidade e organização social

Semestre Ano Letivo

Área de Concentração

“Desenvolvimento Territorial”

Linha de Pesquisa: Território, Educação e Cultura

Curso: MESTRADO

Número de créditos: 4 Carga Horária: 60 horas

Professores responsáveis: Nashieli Ceclilia Rangel Loera, Bernadete Aparecida Caprioglio de Castro, Silvia Beatriz Adoue, Rafael Litvin Villas Boas.

DISCIPLINA OFERECIDA NOS DIAS:

Horário: Aulas teóricas: Aulas práticas:

EMENTA

O curso pretende fornecer instrumentos teóricos e metodológicos necessários à prática da investigação e familiarizar os estudantes com os conceitos básicos de identidade, cultura e organização social a partir de perspectivas teóricas da Antropologia, História e Sociologia. Tendo como foco empírico estudos sobre os territórios latino-americanos e caribenhos, o conteúdo deverá subsidiar a reflexão e prática do pesquisador para a compreensão da realidade sociocultural, de processos educativos e das práticas das comunidades locais.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

O programa estará estruturado em três unidades temáticas. A primeira unidade estará centrada no conceito de cultura e as conceituações e as desconstruções conceituais dessa categoria,

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assim como seus desdobramentos ou entrecruzamentos com outras categorias como raça e etnia. A segunda unidade, como desdobramento dos debates sobre o conceito de cultura estará centrada na discussão sobre identidade e processos indenitários tomando como exemplo etnográfico processos de demandas sociais coletivas na América Latina e o Caribe. Por fim, em uma terceira unidade, abordaremos os temas anteriormente colocados juntamente com uma discussão de diversas aproximações e conceituações teóricas e etnográficas principalmente desde a sociologia e antropologia em relação à noção de “organização social”. Estaremos contemplando no conteúdo das unidades temáticas contrapontos comparativos com distintas situações latino-americanas.

OBJETIVOS

1. Fornecer instrumentos teóricos e metodológicos necessários à prática da investigação social

2. Familiarizar os estudantes com os conceitos analíticos básicos de cultura, identidade e organização social

3. A partir de uma perspectiva comparativa de diversas situações latino-americanas, os alunos serão familiarizados com uma literatura ou estudos de caráter mais etnográfico para a compreensão das dinâmicas e processos indenitários e territoriais de diversas populações do campo na América Latina.

METODOLOGIA

Cada aula estará dividida em duas sessões, separadas por um pequeno intervalo. Na primeira parte da aula será feita uma introdução ao tema por parte do docente, de caráter expositivo. Incentivar-se-á intervenções dos alunos para realizarem comentários do tema ou do texto. Na segunda parte da aula haverá um seminário apresentado por uma equipe de alunos. O docente irá incentivar a partir dessa apresentação um fórum de debates para que os alunos estabeleçam comparações ou pontos em comum da temática abordada com situações referentes a seus espaços de vida ou territórios. Ou ainda, poderá ser feita a exibição de um vídeo para debate ou uma exposição feita por um pesquisador/professor convidado.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO

A avaliação levará em conta a participação dos alunos ao longo do curso e a apresentação de

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seminários e participação nos fóruns de debate. Poderá ser apresentado um trabalho escrito que aborde uma das temáticas tratadas na disciplina. Se o aluno tiver uma pesquisa em andamento ou o interesse em iniciar alguma durante o semestre sobre uma problemática específica, poderá apresentá-la como trabalho final desde que contemple a literatura trabalhada. Poderão ser solicitadas resenhas dos textos lidos ou da apresentação de seminários.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

Almeida A. W. B de. “Os quilombos e as novas etnias” In Eliane Cantarino O’Dwyer (org.) Identidade étnica e territorialidade. Rio de Janeiro: ABA-FGV, 2002. Pp. 43-81. Almeida, Alfredo.W.B de. “Terras de preto, terras de santo, terras de índio –uso comum e conflito” In Edna. Ramos de Castro e Jean Hébette (orgs.). Na trilha dos grandes projetos. Modernização e Conflito na Amazônia. Cadernos do NAEA. Belém: UFPA, 1989. Pp. 163-196. Almeida, Mauro.W.B. “Narrativas agrárias e a morte do campesinato”. Ruris Revista do Centro de Estudos Rurais, IFCH, Unicamp. vol.1 nº 2. Setembro de 2007. Pp. 157-188. Arruti, José Maurício P. A. 1997. “A emergência dos remanescentes: notas para o diálogo entre indígenas e ...quilombolas”. Mana estudos de antropologia social, n.3/2, outubro, p.7-38. Barth, Fredrik. Grupos étnicos e suas fronteiras. Em Poutignat Pphilippe e Jocelyne Fenart. Teorias da Etnicidade. São Paulo : Editora unesp, 1997. Brandão, C. R. “Cenários e momentos da vida camponesa: três dias de caderno de campo em uma pesquisa no Pretos de Baixo do Bairro dos Pretos em Joanópolis, São Paulo”. In Ana Maria de Niemeyer e Emília Pietrafesa de Godoi (Orgs.). Além dos territórios.Pp.133-166. Brandão, Carlos. A partilha da vida. Campinas: Cabral editora, 1995. Brubaker, Roger e Frederik Cooper. Beyond identity. Theory and society, 2000. Bulamah, Charafedinne, Rodrigo. O cultivo dos comuns: Parentesco e práticas sociais em Milot, Haiti. Dissertação de mestrado em Antropologia Social, Unicamp, 2013. Carlos Rodrigues Brandão - Identidade e Etnia: Construção da Pessoa e Resistência Cultural. Campinas, outono de 1982; verão de 1985. (p.1- 4). Texto disponível em http://www.sitiodarosadosventos.com.br/livro/images/stories/anexos/identidada_etnia.pdf Carneiro da Cunha, Manuela. Cultura com aspas. São Paulo: Cosac Naify, 2009. CAUDILLO, Félix Gloria Alicia. Perú: etnia, política y violencia. Latino América, v.25, 229-250. 1992. Darcy Ribeiro - “O Povo Brasileiro: a formação e o sentido do Brasil”- Cia. das Letras, SP, 1997. (p.42-63). Edward Thompson – A Formação da Classe Operária Inglesa. (tradução Denise Botmann); Paz e Terra; Rio de Janeiro. 1987. Vol.1 - A Árvore da Liberdade (Prefácio). Exteberria, Xabier et al. Pueblos indígenas, Estados y derechos humanos. Los Nasa en Colombia y los Tzeltales en México. México, DF: Universidad Iberoamericana, 2012. Firth, Raymond. Organização social e estrutura social. In: CARDOSO, F.H. & IANNI, O. (org.). Homem e Sociedade. São Paulo: Cia. Editora Nacional, 1971.

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Organização

das Nações Unidas

para a Educação,

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Geertz, Clifford – “O Impacto do Conceito de Cultura sobre o Conceito de Homem”. IN: Geertz, C. “A Interpretação das Culturas”. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. Pp. 25-40. Guedes, André Dumans. Lutas por terra e lutas por território nas Ciências Sociais brasileiras: fronteiras, conflitos e movimentos. In Henri Acselrad (org.) Cartografia social, terra e território. Rio de Janeiro: IPPUR/UFRJ, 2013. Hoffmann, O. “La movilización identitaria y el recurso de la memoria Nariño, Pacífico Colombiano”, Cristóbal Gnecco e Marta Zambrano (orgs.). Memorias Hegemónicas, memorias disidentes : el pasado como política de la historia Instituto Colombiano de antropología e historia, 2000. Huenchuleo, P. Jimena. Todavía sigo siendo Mapuche en otros espacios territoriales. Dissertação de mestrado em Antropologia Social, Unicamp, 2012. Leach, Edmund. Natureza e cultura. Enciclopedia Einaudi, 1989. LÉVI-STRAUSS, C. A organização social Kwakiutl. In A via das máscaras, pp. 143-167. Lisboa: Presença/Martins Fontes. 1979. LEVI-STRAUSS, Claude. Raça e história Em: Antropologia Estrutural II, Rio de Janeiro: Tempo universitário, 1993. Luiz Eduardo Soares. “O encontro” Em Campesinato: ideologia e política. Rio de Janeiro: Zahar editores, 1981. MAYER. Enrique. Ugly Stories form the Peruvian Agrarian Reform. Paper preparado para apresentar no Congresso da Latin American Studies Asociation (LASA, 2010). NEVES, Delma Peçanha - (Org.) - Processos de constituição e reprodução do campesinato no Brasil. Formas dirigidas de constituição do campesinato. Vol.II. São Paulo; Editora UNESP, 2008. Disponível em http://www.iicabr.iica.org.br/wp-content/uploads/2014/03/Proccampesinatovol2.pdf Paul E. Little - Territórios Sociais e Povos Tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade. Série Antropologia. Brasília: 2002. (p.1- 6). Disponível em http://nute.ufsc.br/bibliotecas/upload/paullittle.pdf Pietrafesa de Godoi, Emília. “O sistema do lugar: história, território e memória no sertão” In Ana Maria de Niemeyer e Emília Pietrafesa de Godoi (Orgs.). Além dos territórios. Campinas: Mercado de letras, 1998. Pp. 97-132. Roque de Barros Laraia - “Cultura: um conceito antropológico”, Zahar Editores, RJ, 1989 ( p.09-29). Sánchez Saldaña, Kim. “Introducción” e “Los capitanes: servicios, funciones y recursos” In Los capitanes de Tenextepango. Un estudio sobre intermediación cultural. México: Universidad autónoma del estado de Morelos; Porrúa, 2006. Pp. 7-14 e 197-254. Woortmann, E. “Com parente não se neguceia. O campesinato como ordem moral”, Anuário Antropológico/87, Rio de Janeiro, Ed. Tempo Brasileiro, 1988. pp. 11-71. Professor Responsável pela disciplina: Nashieli Ceclilia Rangel Loera, Bernadete Aparecida Caprioglio de Castro, Silvia Beatriz Adoue, Rafael Litvin Villas Boas Disciplina APROVADA no Conselho do Curso de Pós-Graduação ____/____/____