PROGRAMA DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS PSA ... · APA – Área de ... O Projeto Piloto de PSA de São José dos Campos está sendo desenvolvido na microbacia do Ribeirão

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PROGRAMA DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS – PSA

PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

Produto 10.2 – Projeto Executivo de Restauração – PER

(Fazenda Banco da Serra e RPPN O Primata)

1ª Versão Preliminar

São José dos Campos, Outubro/2017

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS

SECRETARIA DE URBANISMO E SUSTENTABILIDADE – SEURBS

Rua José de Alencar, n°123 – Centro

CEP: 12.209-904 – São José dos Campos/SP

Tel.: (12)3947-8188 E-mail: [email protected]

mailto:[email protected]

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE

2 Av. Olivo Gomes, Nº 100, Santana, Parque da Cidade - Casa do Café. CEP: 12.211-115 – São José dos Campos - SP

Tel (012) 3909 4500 E-mail: [email protected]

LISTA DE ABREVIAÇÕES

AGEVAP – Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do

Sul

APA – Área de Proteção Ambiental

APP – Área de Preservação Permanente

CAR – Cadastro Ambiental Rural

CATI – Coordenadoria de Assistência Técnica Integral

CEIVAP – Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul

PER – Projeto Executivo de Restauração

PIP – Plano ou Projeto Individual de Propriedade

PMSJC – Prefeitura Municipal de São José dos Campos

PSA – Pagamento por Serviços Ambientais

PT – Plantio total

RPPN – Reserva Particular do Patrimônio Natural

SIG – Sistema de Informação Geográfica

UTM – Universal Transversa de Mercator




SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 7

2. DESCRIÇÃO DO PRODUTO ................................................................................... 10

2.1. FAZENDA BANCO DA SERRA ............................................................................... 13

2.2. RPPN O PRIMATA................................................................................................... 40

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 44

ANEXO I – TABELA – PROJETO EXECUTIVO DE RESTAURAÇÃO .............................. 45




LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Carta imagem com indicação das áreas (setores de plantio) a serem restauradas. ................................................................................................................ 17

Figura 2. Vista geral do polígono P0. Coordenadas UTM: 400944/7466389. .................... 18








Figura 10. Vista geral do polígono P0. Coordenadas UTM: 400944/7466389. .................. 23



Figura 13 – Vista geral do polígono P5. Coordenadas UTM: 400514/7467304 ................. 25


Figura 15 – Imagem do polígono P6. Coordenadas UTM: 400414/7467249. .................... 26


Figura 17 – Imagem do polígono P7. Coordenadas UTM: 400257/7467200. .................... 27


Figura 19 – Imagem do polígono P11. Coordenadas UTM: 400610/7466848. .................. 28


Figura 21 – Imagem do polígono p9 Coordenadas UTM: 400610/7466848. ..................... 29
















Figura 34 – Imagem do polígono P14. Coordenadas UTM: 400610/7466848 ................... 35

Figura 35.Vista geral do polígono P0. Coordenadas UTM: 400944/7466389. ................... 36


Figura 37. Imagem ilustrativa da localização das cercas e aceiros na Fazenda Banco da Serra. .......................................................................................................................... 38

Figura 38. Imagem com delimitação das áreas com vegetação nativa conservada na propriedade. ............................................................................................................... 41

Figura 39. Vegetação conservada na propriedade, à margem de córrego interior. ........... 42

Figura 40. Imagem recente da propriedade RPPN O Primata (GoogleEarth, 2016). ........ 44

Figura 41 – Aspecto geral da vegetação na RPPN O Primata. ......................................... 45

Figura 42 - Uso do solo da RPPN O Primata. .................................................................... 45




LISTA DE QUADROS

Quadro 01 - Valores de desembolso das ações de restauração..........................................8

Quadro 02 - Métodos de restauração florestal, por propriedade........................................11

Quadro 03 - Quantitativo de ações de conservação florestal e restauração, por

propriedade.........................................................................................................................12

Quadro 04 - Dados iniciais do PER da Fazenda Banco da Serra (Fevereiro/2017) ..........13

Quadro 05 - Resumo PER Fazenda Banco da Serra (Outubro/2017) ................................14

Quadro 06 - Estimativa de insumos para o cercamento e plantio na propriedade.............35




1. INTRODUÇÃO

Produto nº 10.2 – PROJETO EXECUTIVO DE RESTAURAÇÃO - PER

Objetivo: Elaborar os PERs das propriedades

Fazenda Banco da Serra e RPPN O Primata

do Projeto Piloto de PSA (Pagamento por

Serviços Ambientais) da Microbacia Ribeirão

das Couves.

Meta: Entregar os PERs relativos a 2

(duas) propriedades participantes do

projeto.

Executores

Nome Função Atividade Período

Paula Cabral Responsável técnica Elaboração do Produto Outubro/2017

Henrique Augusto Eng. Agrônomo Elaboração do Produto Outubro/2017

Histórico do Convênio

O Programa Municipal de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) da Prefeitura de São

José dos Campos – Programa São José Mais Água - incentiva a restauração e

conservação das áreas de vegetação nativa do Município e a adoção de práticas

sustentáveis na zona rural para proteção dos recursos hídricos e manutenção da

qualidade e produção de água.

A primeira fase do “Programa Mais Água” está formalmente registrada no Plano Plurianual

para o período 2014-2017 (Lei n°9.070/2013). Os marcos legais do Programa são: Lei

Municipal nº 8703/12, que institui o Programa Municipal de Pagamento por Serviços

Ambientais; Lei Municipal nº 8905/13, que cria o Fundo Municipal de Serviços

Ecossistêmicos; Decreto Municipal nº 15.922/14, que regulamenta a Lei nº 8905/13 e

Decreto Municipal nº 16.086/14, que regulamenta a Lei nº 8703/12.

O Programa Mais Água elegeu a microbacia do Ribeirão das Couves como prioritária por

sua posição estratégica, a montante da rede de drenagem, na cabeceira da Bacia do Rio




Quadro 1.0. Valores de desembolso das ações de restauração.

do Peixe, altitude elevada, vulnerabilidade ambiental, declividade acentuada e manancial

de abastecimento público do Distrito de São Francisco Xavier.

Após a habilitação e adesão dos proprietários rurais interessados, foram realizadas visitas

técnicas, preparados os Sistemas de Informação Geográfica - SIGs das propriedades e

elaborados os PERs, cujos dados resultaram na bonificação pela conservação de 494,41

hectares (número resultante do refinamento dos vetores de vegetação nativa), com

vegetação nativa nos estágios médio e avançado de regeneração, existentes nas

propriedades e 50,48 hectares de áreas a serem restaurados.

ETAPA

PR

OD

UT

O

DESCRIÇÃO

DESEMBOLSO

Situação VALOR PREVISTO VALOR PAGO

% R$ % R$

1 1 Plano de

Trabalho - - - -

Recursos da

Contrapartida

2 2 Reunião de

alinhamento - - - -

Recursos da

Contrapartida

3 3 Edital de

Chamamento - - - -

Recursos da

Contrapartida

4 4

Est.

divulgação,

mobilização e

participação

social

- - - -

Recursos da

Contrapartida

5 5

Rel evento

mobilização

PSA

- - - -

Recursos da

Contrapartida

6 6

Rel análise

documental

propriedades

- - - -

Recursos da

Contrapartida




7 7 Visita técnica

propriedades - - - -

Recursos da

Contrapartida

8 8

Rel

propriedades

hierarquizadas

- - - -

Recursos da

Contrapartida

9 9

Rel evento

assinatura

contratos

- - - -

Recursos da

Contrapartida

10 10 Elaboração

PER - - - -

Recursos da

Contrapartida

11 11

Documento

consolidado

das áreas

- - - -

Recursos da

Contrapartida

12 12 Placa de

identificação - - - -

Recursos da

Contrapartida

13 13-1

Relatório de

Isolamento de

áreas

1,55% 13.291,43 - - Aprovado

13 13-2

Relatório de

Isolamento de

áreas

3,53% 30.296,98 - - Entregue

para análise

13 13-3

Relatório de

Isolamento de

áreas

1,18% 10.088,46 - - -

14 14-1

Relatório de

Restauração

Florestal

1,16% 9.958,40 - - Aprovado

14 14-2

Relatório de

Restauração

Florestal

9,19% 78.832,37 - - Entregue

para análise




2. DESCRIÇÃO DO PRODUTO

Este Projeto Executivo de Restauração contempla duas propriedades com a descrição dos

polígonos ou setores de plantio, na Fazenda Banco da Serra e características gerais da

14 14-3

Relatório de

Restauração

Florestal

7,78% 66.730,14 - - -

14 14-4

Relatório de

Restauração

Florestal

5,74% 49.245,19 - - -

14 14-5

Relatório de

Restauração

Florestal

8,37% 71.774,84 - - -

14 14-6

Relatório de

Restauração

Florestal

8,37% 71.774,84 - - -

15

15-1

a 15-

18

Relatório de

Conservação e

Manutenção

53,13% 455.745,12 - - -

16 16

Relatório de

Monitoramento

Hidrológico

- - - - Recursos da

Contrapartida

17 17 Relatório Final

de Atividades - - -

Recursos da

Contrapartida

18 18

Apresentação

dos resultados

em evento

- - - - Recursos da

Contrapartida

19 19

Pagamento

aos

provedores

- - - - Recursos da

Contrapartida

100% 857.738,13 - - -




Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN O Primata. Ele foi elaborado com base

nos dados dos SIG das propriedades, visitas técnicas, discussões da Unidade Gestora de

Projeto - UGP e em atendimento ao Manual do PSA Hídrico do Comitê de Integração da

Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul - CEIVAP.

O Projeto Piloto de PSA de São José dos Campos está sendo desenvolvido na microbacia

do Ribeirão das Couves que tem, aproximadamente, 780 hectares. A soma das áreas totais

das 4 (quatro) propriedades que aderiram ao projeto é de, aproximadamente, 540,45

hectares ou 69% da microbacia. Trata-se de microbacia inserida na Área de Proteção

Ambiental – APA de São Francisco Xavier, em sua Zona de Conservação de Recursos

Hídricos – ZCRH, e na qual é realizada a captação para abastecimento público do Distrito

de São Francisco Xavier, no Ribeirão das Couves.

Em apenas três propriedades serão executadas ações de restauração, uma vez que a

RPPN O Primata apresenta área total coberta por vegetação nativa e participa do projeto

somente com ações de conservação.

Quadro 2.0. Métodos de restauração florestal, por propriedade.

Para escolha das áreas destinadas à conservação foram considerados fatores como

existência de cobertura vegetal nativa em estágios médio e avançado de regeneração,

maior declividade, menor potencial de uso agrícola, maior suscetibilidade ou com maior

risco de erosão e maior proximidade a córregos e nascentes. Em duas propriedades esses

fatores apontaram, principalmente, para aquelas áreas em faixas de preservação

permanente, ao longo de cursos d’água e que, no Cadastro Ambiental Rural - CAR, foram

inclusive indicadas para constituição da Reserva Legal nas propriedades.

No quadro a seguir estão apresentados os quantitativos das áreas que são conservadas e

aquelas destinadas à restauração florestal, indicadas por polígonos ou setores de plantio e

que correspondem até 15 polígonos, no caso da Fazenda Banco da Serra.

Propriedade Método de Restauração %

Fazenda Banco da Serra Plantio Total (PT) 100

RPPN O Primata - -




Quadro 3.0. Quantitativo de ações de conservação e restauração florestal, por propriedade.

As áreas que serão restauradas foram acordadas com os proprietários e constam dos

documentos denominados Planos ou Projetos Individuais de Propriedade - PIPs, exigidos

logo no início da aprovação do projeto pela Associação Pró-Gestão das Águas da Bacia

Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul - AGEVAP e constantes no Programa de PSA Hídrico,

os quais foram, posteriormente, renomeados para PER.

Os contratos foram assinados com base nos quantitativos levantados de áreas conservadas

e a serem restauradas. Cabe ressaltar que, inicialmente, haviam sido definidos os polígonos

por meio de reunião realizada exclusivamente com os donos dos imóveis. Após visitas

técnicas, com o acompanhamento dos responsáveis, foi observado por eles que algumas

áreas importantes para a atividade produtiva desenvolvida estavam situadas dentro dos

polígonos eleitos para restauração. Em razão disso, realizou-se vistoria, na companhia de

técnicos da CATI, com os responsáveis por duas propriedades, durante a qual foram

esclarecidos os critérios de escolha dos polígonos de restauração e apresentados pelos

Propriedade Conservação florestal (ha) Restauração florestal (ha) por Setor de Plantio

Fazenda Banco da Serra

45,93 - grandes corredores de floresta ciliar que se comunicam

6,25 - P0

10,33 - longa faixa de mata ciliar 0,27 - P1

0,19 pequeno fragmento isolado dos demais

1,81 - P2

- 0,20 - P3

- 6,91 - P4

- 0,64 - P5

- 1,67 - P6

- 9,93 - P7

- 1,79 - P8

- 0,34 - P9

- 0,55 - P10

- 3,24 - P11

- 3,47 - P12

- 3,15 - P13

- 1,01 - P14

- 1,16 - P15

RPPN O Primata

352,86 - área única -

Total 409,31 42,39




produtores suas demandas. Como exemplo, as áreas de topografia mais plana ou platôs

existentes na propriedade foram excluídos de locais de plantio, por solicitação do Dr.

Wander, proprietário da Fazenda Banco da Serra, o qual pretende utilizá-los para

construção de pequenos chalés e explorá-los para turismo rural. Dessa forma, foram feitas

pequenas alterações nas áreas inicialmente definidas, sem alteração dos quantitativos

totais acordados.

2.1. FAZENDA BANCO DA SERRA

Esse imóvel tem 156,29 hectares e pertence ao Sr. Wander Nogueira, confrontando-se ao

sul com o Sítio Santa Clara e fazendo divisa, em sua porção noroeste, com a Fazenda da

Serra. Há uma sede como área construída de 2,15 hectares englobando residência, jardins

e mangueiro. A atividade econômica predominante é a pecuária bovina e, atualmente, o

rebanho se limita a, aproximadamente, 70 (setenta) animais. O pasto, com poucos

indivíduos arbóreos isolados, ocupa atualmente mais de 60% da propriedade, porém,

existem áreas no extremo norte da propriedade que os animais raramente frequentam. São

áreas de maior declividade e onde algumas manchas de “capoeira” com baixa diversidade

e presença de exóticas podem ser vistas. Algumas áreas de nascentes encontram-se

degradadas, cobertas por vegetação exótica abundante e parte do curso d’água originado

segue sem vegetação ciliar nativa.

As áreas eleitas para restauração estão ocupadas por pastagem, localizadas,

principalmente, ao redor de nascentes, nas áreas de contribuição dinâmica, e em bolsões

na borda de faixas ciliares desnudas de vegetação nativa como aquelas ao longo do

Ribeirão das Couves. Após a reunião com o Sr. Wander e, posteriormente, após vistoria

que foi acompanhada pelo Luciano, responsável pela propriedade, foram gerados os

polígonos de restauração, que totalizaram 16 áreas, com faixas dentro e fora de APP.

É importante ressaltar que, em Agosto de 2017, quando do início das ações de isolamento

e durante vistoria para implantação das cercas, fomos informados pelo responsável pela

Fazenda – Luciano – que três grandes polígonos na região oeste da Fazenda faziam parte

da propriedade, como consta na matrícula do imóvel, mas eram de uso da cunhada do




proprietário, o que foi, em seguida, confirmado pelo Sr. Wander. Com isso e a negativa da

Sra. Sheila em permitir o plantio em suas áreas, o projeto teve que ser reformulado, visando

à manutenção do contrato pelo proprietário, que tem sido bonificado. O quadro 4.0

apresenta os dados anteriores às alterações realizadas:

Quadro 4.0. Dados iniciais do PER da Fazenda Banco da Serra (Fevereiro/2017).

No quadro 5.0 é possível observar que a área total de restauração prevista, de 42,39

hectares, foi mantida e, a restauração, que antes ocupava considerável parte da parte oeste

da Fazenda, passou a incorporar áreas de pasto situadas, sobretudo, regiões mais

inclinadas, mais suscetíveis à erosão e menos indicadas à atividade pecuária. Nota-se que

a restauração destas áreas deve propiciar a formação de uma grande faixa de vegetação

nativa na paisagem ao longo dos córregos, que coincidem com encostas de morros e áreas

declivosas. Assim, com o aumento da cobertura vegetal devem ser protegidas diretamente

quatro nascentes internas perenes e pelo menos cinco cursos d’água.

Polígono Método Área (ha) Cercamento (m) N° de mudas

W1 PT 8,460 0,0 14094

W2 PT 8,237 205,0 13722

W3 PT 8,114 241,0 13517

W4 PT 0,190 0,0 316

W5 PT 0,804 0,0 1338

W6 PT 0,460 0,0 766

W7 PT 1,949 0,0 3246

W8 PT 2,317 0,0 3860

W9 PT 0,290 0,0 482

W10 PT 0,707 0,0 1177

W11 PT 1,514 515,0 2522

W12 PT 0,310 227,0 517

W13 PT 0,516 208,0 858

W14 PT 7,880 1300,0 13128

W15 PT 0,367 0,0 611

W16 PT 0,275 209,0 458

TOTAL PROPRIEDADE 42,389 2905,0 70612




Quadro 5.0. Resumo PER Fazenda Banco da Serra (Outubro/2017).

Com base no uso atual e histórico de ocupação da propriedade, deve ser realizado o plantio

em área total de mudas de espécies florestais nativas da fisionomia vegetal de Floresta

Ombrófila Densa, considerando suas características sucessionais, em todos os polígonos

demarcados, em razão do longo período com utilização de pastagem, uso intensivo do solo

e presença abundante de gramíneas exóticas invasoras.

Apesar de alguns polígonos estarem próximos a fragmentos florestais, a intensidade de

gramíneas e o pastejo têm inviabilizado a regeneração natural da vegetação nativa. Com o

isolamento da área e tratos culturais ou ações de restauração, a vegetação nativa existente,

fonte de propágulos, deve contribuir para a restauração daquelas áreas próximas à mata

existente. A presença de indivíduos regenerantes na área implica no tratamento destes

como parte do plantio (plantio conjugado com condução da regeneração natural).

Deve haver a separação das mudas em dois grupos de espécies de diversidade e de

preenchimento, que formarão linhas intercaladas ao longo do plantio, no espaçamento 3m

X 2m. Considerando a opção de não utilização de herbicidas, o combate às gramíneas será

Polígono Método Área (ha) Cercamento

(m) N° de mudas

P0 PT 6,25 910,27 10413

P1 PT 0,27 131,49 450

P2 PT 1,81 373,80 3016

P3 PT 0,20 410,60 333

P4 PT 6,91 1454,54 11512

P5 PT 0,64 0,0 1066

P6 PT 1,67 0,0 2782

P7 PT 9,93 0,0 16543

P8 PT 1,79 0,0 2982

P9 PT 0,34 0,0 566

P10 PT 0,55 0,0 916

P11 PT 3,24 0,0 5398

P12 PT 3,47 0,0 5781

P13 PT 3,15 0,0 5247

P14 PT 1,01 0,0 1683

P15 PT 1,16 0,0 1933

TOTAL PROPRIEDADE 42,39 3280,70 70622




feito somente com roçadas e coroamentos, dessa forma, optou-se pelo plantio inicial de

espécies pioneiras visando ao maior e mais rápido recobrimento das áreas de plantio. Em

seguida, num segundo momento, serão implantadas as espécies de diversidade nas

entrelinhas, assegurando a riqueza do plantio e seu adensamento.

Este plantio intercalado permite a distribuição das espécies pertencentes aos grupos finais

de sucessão ao longo da área evitando seu isolamento reprodutivo, considerando que

muitas delas apresentam alogamia e distribuição agrupada na floresta além de evitar a

formação de aglomerados ou reboleiras de uma só espécie que são mais sensíveis a

ataques e retardam a sustentabilidade do plantio.

Deve ser realizado o isolamento das áreas de plantio por meio do cercamento para evitar

o pisoteio pelo gado e destruição das mudas somente em cinco polígonos ou próximo a

eles. As cercas maiores estão localizadas em dois grandes morros cujos platôs foram

mantidos para o pastoreio do gado, formando dois grandes piquetes e as áreas de encosta

foram reservadas para plantio. Os outros trechos de cercamento visam isolar a APP do

córrego principal da propriedade e impedir o acesso dos animais evitando a contaminação

por fezes e presença de coliformes na água.

Nos demais polígonos não haverá necessidade de cercamento uma vez que o gado não

terá acesso a essas áreas e, assim, o principal fator de degradação motivador de

isolamento pode ser desconsiderado. O acesso por pessoas ou veículos também não se

dá diretamente nas áreas, apenas por estradas, que estão sendo reformadas visando à

melhoria do acesso pelos trabalhadores da empresa para execução dos serviços e

disposição dos materiais.




Figura 1. Carta imagem com indicação das áreas (setores de plantio) a serem restauradas.

O acesso dos animais aos pastos foi assegurado por meio de duas passagens que cruzam

os córregos e que foram delimitadas por cerca para evitar o pisoteio excessivo das

margens. O plantio deve ser feito com espécies arbóreas típicas de áreas de nascentes. A

seguir são apresentadas imagens e fotos tomadas dos polígonos de restauração.

O Setor de plantio ou polígono P0 consiste na parte mais íngreme do antigo pasto próximo

à Estrada, do qual apenas o trecho plano foi mantido como área de pastagem.




Figura 2. Vista geral do polígono P0.




Figura 3. Vista geral do polígono P0. Coordenadas UTM: 400926/7466731.

O Setor de plantio P1 corresponde à parte final do pasto próximo à estrada e é também a

área mais próxima ao mangueiro. O cercamento nesse polígono foi feito em formato de

zigue zague par aproveitar o caminho existente, feito pelo gado, que é também aquele que

possibilita a subida do morro sem estranhamento por parte dos animais.









Essa área, polígono P2, é uma extensão da faixa de APP do córrego principal da

propriedade que deve ser expandida com o plantio.






O Setor de Plantio P3 também corresponde a uma faixa de expansão da APP do córrego.






A área P4 faz o isolamento do pasto do para raio, que está na parte plana, no platô, restando

aquelas de maior inclinação e próximas às matas ciliares existentes para restauração.






O polígono P5 corresponde à área em volta da nascente que está degradada, cuja

drenagem segue em direção à propriedade vizinha, Sítio Santa Clara.





Figura 13 – Vista geral do polígono P5. Coordenadas UTM: 400670/7466759.

Próximo à nascente está o polígono P6, inteiramente cercado que engloba área com

declive, cuja restauração deve contribuir para a conservação da mata ciliar.





Figura 15 – Imagem do polígono P6. Coordenadas UTM: 400577/7466796.

O polígono P7 corresponde a uma grande área na porção oeste, divisa com o Sítio Santa

Clara e que, depois de reflorestado, deve formar um grande maciço de vegetação nativa.






O polígono P8 corresponde a toda a área abaixo da estrada que leva ao antigo mangueiro,

com alta declividade e que deve proteger definitivamente boa parte da drenagem naquela

região da fazenda.






O polígono P9 engloba área de importante declive em direção a córrego interior.





Figura 21 – Imagem do polígono P9 Coordenadas UTM: 400578/7467376.

O polígono P10 também equivale a área declivosa abaixo da estrada e em direção ao

córrego, que está em sua porção sul e apresenta falhas em sua mata ciliar.





Figura 23 – Imagem do polígono P10, de um ponto distante à frente. Coordenadas UTM:

400878/7467344.

Figura 24. Vista do polígono P10 de um ponto no polígono ao lado da área. Coordenadas UTM:

400494/7467277.




O polígono P11 está na porção norte da propriedade, próximo a fragmento florestal, mas

que usualmente tem sido área de pastagem. Apresenta algumas árvores isoladas e

reboleira de exóticas, sendo que os afloramentos e brejo ficaram fora do polígono.






O polígono P12 também está inserido em altitude maior e relevo mais declivoso, restando

apenas um platô que, posteriormente, será alvo de investimento pelo proprietário.








O polígono P13 absorveu as áreas de alta declividade, mas que estavam sendo utilizadas

para pastagem. Sua restauração contribuirá para proteção integral da encosta.






O polígono P14 tem as mesmas características dos dois anteriores como declividade alta,

possui árvores isoladas e enorme presença de exóticas.









O polígono P15 envolve toda a parte plana do morro, que foi dispensada da restauração,

restando os declives e áreas sujeitas a processos erosivos pelo pastoreio do gado.

Figura 35.Vista geral do polígono P15.





O acesso à água pelos animais, fora do mangueiro, será assegurado nos corredores de

passagem. O cercamento das áreas tem como objetivo eliminar o fator principal de

degradação, que é a presença de gado, evitando a compactação do solo e que as mudas

sejam degradadas. Ao final serão formadas três grandes áreas de pastagem, isolando

completamente a parte setentrional da fazenda que, apesar de não haver cercas não

sofrerá pastejo, em razão do rebanho ficar restrito às áreas cercadas.

Nas áreas em que não há presença de gado o cercamento é dispensável. As cercas não

atenderão precisamente ao padrão estabelecido no edital, principalmente, em razão da

declividade dos terrenos. Haverá redução do espaço entre mourões e dispensa do uso de

balancins. O espaçamento entre mourões deverá ser de 10 metros entre os espaçadores e

de 2 metros entre os mais finos. Deverão ser feitos reforços de esticadores (mourões

apoiados com calços e escoras) a cada 5 mourões e também nas mudanças de direção e

terminais. Para alguns locais, o limite a ser cercado será definido pela vegetação existente

em adjacência com o corpo d’água. Os mourões e escoras são de madeira de eucalipto

tratado, com diâmetro de 10 a 12 centímetros em sua porção mais fina (mourões

espaçadores) ou 08 a 10 centímetros nos demais mourões. O arame é de aço galvanizado.

As cercas terão quatro (4) fios de arame farpado galvanizado, esticados e fixados aos

mourões de madeira com grampos de cerca galvanizados.

Em determinados pontos da cerca serão construídas passagens, que deverão utilizar o

mesmo material disponível para a construção das mesmas. Passagens são sempre

necessárias em propriedades onde o há criação de animais, para que não adentrem as

áreas em restauração, visto que é caro e inviável o cercamento integral de todas as áreas

em restauração.




Figura 37.

Imagem ilustrativa da localização das cercas e aceiros na Fazenda Banco da Serra.

Ressalta-se que o dimensionamento da extensão linear das cercas foi realizado por meio

de software de geoprocessamento, desconsiderando declividade do terreno, o que pode

resultar em alteração no momento da implantação, em campo.

Quadro 6: Estimativa de insumos para o cercamento e plantio na propriedade.

INSUMOS P0 P1 P2 P3

CE

RC

AM

EN

TO

Mourão Tratado 10-12 cm (Unid.) 91 13 37 41


Mourão Tratado 08-10 cm Escora 182 26 75 82

Arame Farpado Galvanizado (Rolo 400m) 9,10 1,30 3,74 4,11

Grampo (Kg) 4,55 0,66 1,87 2,05

PLA

NT

IO

Formicida/isca (Kg) 12,50 0,54 3,62 0,40

Calcário dolomítico (Kg) 520,7 22,5 150,8 16,7

Adubo orgânico (L) 20826 900 6032 666




Adubo N-P-K 04-14-8 (Kg) 2083 90 603 67

Tutor (Unid.) 10413 450 3016 333

Hidrogel (g) 41652 1800 12064 1332

Mudas (Unid.) 10413 450 3016 333

INSUMOS P4 P5 P6 P7

CE

RC

AM

EN

TO




Arame Farpado Galvanizado (Rolo 400m) 14,54 0 0 0

Grampo (Kg) 7,27 0 0 0

PLA

NT

IO



Adubo orgânico (Kg) 23024 2132 5564 33088

Adubo N-P-K 04-14-8 (Kg) 2302 213 556 3309

Tutor (Unid.) 11512 1066 2782 16544

Hidrogel (g) 46048 4264 11128 66172

Mudas (Unid.) 11512 1066 2782 16544

INSUMOS P8 P9 P10 P11

CE

RC

AM

EN

TO




Arame Farpado Galvanizado (Rolo 400m) 0 0 0 0

Grampo (Kg) 0 0 0 0

PLA

NT

IO



Adubo orgânico (Kg) 5964 1132 1832 10796

Adubo N-P-K 04-14-8 (Kg) 596 113 183 1086

Tutor (Unid.) 2982 566 916 5398

Hidrogel (g) 11928 2264 3664 21592




INSUMOS P12 P13 P14 P15 TOTAL

CE

RC

AM

EN

TO

Mourão Tratado 10-12 cm (Unid.) 0 0 0 0 327

Mourão Tratado 08-10 cm (Unid.) 0 0 0 0 1308

Mourão Tratado 08-10 cm Escora 0 0 0 0 656

Arame Farpado Galvanizado (Rolo 400m) 0 0 0 0

32,7

Grampo (Kg) 0 0 0 0 16,4

PLA

NT

IO

Formicida/isca (Kg) 6,94 6,30 2,02 2,32 84,78

Calcário dolomítico (Kg) 289,1 262,4 84,2 96,7 3531,40

Adubo orgânico (Kg) 11562 10494 3366 3866 141242

Adubo N-P-K 04-14-8 (Kg) 1156 1049 337 387 14130

Tutor (Unid.) 5781 5247 1683 1933 70622

Hidrogel (g) 23124 20988 6732 7732 282484

Mudas (Unid.) 5781 5247 1683 1933 70622

Em relação ao aceiramento é importante notar que as faixas de capina poderão sofrer

alterações de acordo com a situação existente, ou seja, será avaliado o risco de ocorrência

de incêndios em comparação à intensa presença de regenerantes ou gramíneas exóticas

nas áreas e a faixa a ser aceirada pode ser reduzida. Não serão realizados aceiros nos

corredores de passagem.

Os aceiros serão feitos ao longo das cercas e tem a mesma metragem linear e largura

correspondente a 5 metros, conforme pré-estabelecido, sendo que a faixa foi dividida em

1,5 metros na parte fora da cerca e 3,5 metros roçados ou limpos no interior da cerca. Por

erro de ausência de previsão, não haverá desconto dos aceiros em relação às áreas dos

polígonos porque será realizado o plantio nas áreas de aceiro; lembrando que, nessa faixa

interior de 3,5 metros o espaçamento inicial é de 2 metros (distância das entrelinhas), então

o plantio se dará em somente 1,5 metros de faixa de aceiro.

Mudas (Unid.) 2982 566 916 5398




Em relação às áreas de conservação, no caso da Fazenda Banco da Serra, correspondem

àquelas onde ainda pode ser constatada a existência de cobertura vegetal nativa (Figura

38), na maioria em estágios médio e avançado de regeneração, em sua forma de floresta

ciliar acompanhando os vários córregos que cortam a área. A vegetação original destas

áreas pertencia à fisionomia vegetal de Floresta Ombrófila Densa, em domínio de Mata

Atlântica (Sinbiota/FAPESP1).

Figura 38. Imagem com delimitação das áreas com vegetação nativa conservada na propriedade.

Essa vegetação apresenta enorme presença de palmeiras nativas (Euterpe edulis) e

espécies conhecidas localmente como capixingui, guaçatonga, tamanqueiro, ipê tabaco,

embaúba prateada, jacarandá bico-de-pato, pau jacaré e boleiro (Figura 39).

1 Disponível em http://sinbiota.biota.org.br/atlas/ Acesso em 20/08/2015.

http://sinbiota.biota.org.br/atlas/




Figura 39. Vegetação conservada na propriedade, à margem de córrego interior (Coordenadas 400169/7466871).

O contrato assinado com os produtores previa, como ações de conservação, zelar e cuidar

das áreas em processo de restauração e regeneração da vegetação nativa, agindo de

forma célere no combate a princípios de incêndio e alertando o Município a respeito disto e

de quaisquer ocorrências, tais como aparecimento de formigueiros e avarias em cercas,

durante o prazo de vigência do contrato e eventual aditamento.

Foram ainda estabelecidas as seguintes obrigações: a) fica proibida a utilização da

apontada área em atividades agrícolas, pecuárias, industriais e correlacionadas; b) fica

proibida a instalação de toda e qualquer construção, salvo nos casos em que a mesma

servir para a conservação da própria área, mediante a aprovação técnica do Município; c)

não serão permitidas quaisquer alterações topográficas, escavações, dragagens, depósito

de materiais, extrações minerais superficiais ou subterrâneas, bem assim quanto ao

despejo de lixo ou de substâncias tóxicas; d) fica proibido cortar, podar ou queimar os

espécimes vegetais existentes na referida área e também nela abrir ou construir estrada,

atalho em picada, estacionar, conduzir ou operar veículos atual ou potencialmente danosos

ao meio ambiente, salvo intervenções de baixo impacto, desde que previamente




autorizadas pelo Município; e) fica proibido introduzir, na mesma área, espécies animais

e/ou vegetais exóticas; f) não será permitido o desenvolvimento de quaisquer atividades

que propiciem a degradação ambiental da área natural a que se pretende proteger.

2.2. RPPN O PRIMATA A antiga Fazenda Mandala apresentava três matrículas: Fazenda Mandala, Sítio Mandala

e Reserva Mandala. A RPPN O Primata corresponde à área anteriormente reservada para

a Reserva Legal da Fazenda Mandala e esse imóvel individualizado tornou-se a RPPN O

Primata, que aderiu ao Projeto de PSA Municipal.

A área total da propriedade é de 352,86 hectares, abrangendo a porção mais setentrional

da microbacia do Ribeirão das Couves, inteiramente recoberta por vegetação nativa de

Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana (FODAM) em estágio avançado de regeneração,

razão pela qual tem sido bonificada. Possui algumas áreas de borda em estágio inicial,

devido provavelmente à dinâmica natural da bacia e processos ligados à alta erodibilidade

da região, sendo que as trilhas existentes estão fechadas para visitação (Trilha dos

Poncianos) há mais de sete anos.

Figura 40. Imagem do antigo início de trilha da RPPN O Primata.




Abaixo pode ser visualizada imagem da área, que fica no extremo norte do Distrito de São

Francisco Xavier e possui as maiores altitudes da microbacia do Ribeirão das Couves.

Figura 41. Imagem recente da propriedade RPPN O Primata (GoogleEarth, 2016).

A porção norte da propriedade faz divisa com terras do município de Camanducaia do

Estado de Minas. No período chuvoso a estrada torna-se de difícil acesso com veículo

comum. É possível caminhar, por alguns quilômetros até o ponto de início das trilhas (ainda

na antiga Fazenda Mandala), mas há carência de manutenção dos caminhos.

Figura 42. Ponto a partir da porteira de entrada para a Antiga Fazenda Mandala.




Não há atividade econômica executada na propriedade. O proprietário tem a intenção de

estruturar a Unidade de Conservação visando propiciar o desenvolvimento de ações de

turismo ecológico com trilhas e sensibilização ambiental.

Figura 43 – Aspecto geral da vegetação na RPPN O Primata.

A importante cobertura vegetal assegura a conservação de inúmeros córregos e nascentes

no interior da propriedade, além de conservar áreas de grande sensibilidade ambiental e

declividade acentuada.

Figura 44 – Mapa com limites e drenagem da RPPN O Primata.




Figura 45. Banner com carta imagem ilustrativa da RPPN.




3. Considerações Finais

Esse projeto executivo de restauração consiste na descrição das propriedades Fazenda

Banco da Serra e RPP O Primata, participantes do Projeto Piloto Municipal de PSA. Foram

apresentadas características gerais de uso do solo nas propriedades, as áreas de

conservação – com presença de vegetação nativa, os polígonos a serem restaurados, bem

como serviços e materiais relacionados às atividades de implantação e manutenção de

reflorestamento heterogêneo nos dezesseis setores de plantio na Fazenda Banco da Serra.

Data: 10/11/2017.

____________________________ Nome: Paula Cabral ____________________________ Nome: Henrique Robortella

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PROGRAMA DE PAGAMENTO POR SERVIÇOS AMBIENTAIS PSA ... · APA – Área de ... O Projeto Piloto de PSA de São José dos Campos está sendo desenvolvido na microbacia do Ribeirão