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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE DIREITO DE RIBEIRÃO PRETO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO - FDRP/USP PROCESSO SELETIVO – MESTRADO 2017 Prova de Proficiência em Francês 25/03/2017 – das 13h às 15h30 Instruções para realização da prova 1. Esta prova contém 30 (trinta) questões em forma de teste de múltipla escolha, com 4 (quatro) alternativas, sendo correta apenas uma; 2. Cada candidato receberá uma folha definitiva de respostas, na qual deverá indicar a senha recebida. Não faça qualquer outra marca ou identificação na folha. A senha também deverá ser indicada na lista de presença, que será lacrada e reaberta somente após a correção das provas; 3. Use somente caneta azul ou preta, preenchendo totalmente o espaço correspondente à resposta que julgar correta para cada questão; 4. Não será permitido o uso de qualquer material de consulta ou de equipamentos eletrônicos; 5. O resultado será divulgado no dia 07/04/2017. GABARITO PROVISÓRIO QUESTÃO OPÇÃO QUESTÃO OPÇÃO 01 16 02 17 03 18 04 19 05 20 06 21 07 22 08 23 09 24 10 25 11 26 12 27 13 28 14 29 15 30

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO - FDRP/USP … · Texto para questões de 01 a 06 L’obligation essentielle dans le contrat Bien que l'occasion de mieux définir la notion

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

FACULDADE DE DIREITO

DE RIBEIRÃO PRETO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO - FDRP/USP

PROCESSO SELETIVO – MESTRADO 2017

Prova de Proficiência em Francês

25/03/2017 – das 13h às 15h30

Instruções para realização da prova

1. Esta prova contém 30 (trinta) questões em forma de teste de múltipla escolha,

com 4 (quatro) alternativas, sendo correta apenas uma;

2. Cada candidato receberá uma folha definitiva de respostas, na qual deverá

indicar a senha recebida. Não faça qualquer outra marca ou identificação na

folha. A senha também deverá ser indicada na lista de presença, que será

lacrada e reaberta somente após a correção das provas;

3. Use somente caneta azul ou preta, preenchendo totalmente o espaço

correspondente à resposta que julgar correta para cada questão;

4. Não será permitido o uso de qualquer material de consulta ou de equipamentos

eletrônicos;

5. O resultado será divulgado no dia 07/04/2017.

GABARITO PROVISÓRIO

QUESTÃO

OPÇÃO

QUESTÃO

OPÇÃO

01 16

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PROVA DE PROFICIÊNCIA EM FRANCÊS

25/03/2017

Texto para questões de 01 a 06

L’obligation essentielle dans le contrat

Bien que l'occasion de mieux définir la notion d'obligation essentielle se présente chaque fois qu'elle

est mise en avant, ses adeptes restent souvent expéditifs, si ce n'est muets, sur la définition qu'ils lui

donnent. Heureusement, des auteurs français, qui ont davantage développé la notion, et quelques

auteurs québécois, se sont certaines fois risqués à esquisser une définition autonome de l'obligation

essentielle. Il nous paraît pertinent d'en présenter ici quelques-unes. Soulignons d'abord que le

concept d'obligation essentielle n'est pas sans rappeler la distinction que proposait Pothier entre les

essentialia, les naturalia et les accidentalia. Il définissait les essentialia comme ceci: « Les choses

qui sont de l'essence du contrat sont celles sans lesquelles ce contrat ne peut subsister, faute de l'une

de ces choses, ou il n'y a pas du tout de contrat, ou c'est une autre espèce de contrat . »

Pour Picard et Prudhomme, l'obligation essentielle était celle dont l'existence s'avérait nécessaire à la

formation du contrat. Ces auteurs mentionnaient en outre que les obligations essentielles au contrat

avaient comme fonction de « jouer l'une vis-à-vis de l'autre le rôle d'équivalent juridique, de se faire

contrepoids, bref de se servir mutuellement de cause. La notion de cause, voilà dans un contrat

synallagmatique le critérium précis de l'obligation essentielle.» Pour eux,_________(1), il semble

que l'obligation essentielle ait été une ramification de la notion de cause, plutôt qu'une notion

pleinement autonome. Plus récemment, Nélia Cardoso-Roulot suggérait dans sa thèse que l'obligation

essentielle compte trois caractères principaux: son caractère objectif, abstrait et multiple . À ses

yeux, l'obligation essentielle est dictée par la nature du contrat (son caractère objectif). Elle

s'apprécie, d'autre part, de manière isolée, c'est-à-dire «indépendamment du sujet ou de la personne

concernée, ou encore des circonstances, ce qui lui assure une permanence et invariabilité' » (son

caractère abstrait). Selon cette auteure, le même contrat pourrait renfermer plusieurs obligations

essentielles (son caractère multiple). Elle suggère en définitive que l'obligation essentielle est

«l'obligation indispensable à la fois à l'existence même dudit contrat, c'est-à-dire en dehors de

laquelle il ne saurait y avoir de contrat, en d'autres termes à sa définition, et à sa qualification ou

classification, c'est-à-dire en dehors de laquelle il serait un tout autre contrat » (DESLAURIERS-

GOULET, Charlotte. L’obligation essentielle dans le contrat. In Les Cahiers de Droit, vol. 55, n. 4,

dec/2014, p. 923-950).

1. Assinale a alternativa que expressa o melhor sentido referente ao seguinte trecho: « Bien que

l'occasion de mieux définir la notion d'obligation essentielle se présente chaque fois qu'elle

est mise en avant, ses adeptes restent souvent expéditifs, si ce n'est muets, sur la définition

qu'ils lui donnent ».

a) A autora visa a destacar que a definição de “l’obligation essentielle” é muito debatida

pela doutrina, existindo muitos juristas adeptos ao posicionamento relativo a ser a

“l’obligation essentielle” um elemento fundamental no âmbito da discussão sobre

contratos.

b) A autora visa a criticar o fato de muitos autores serem breves ou silenciarem-se acerca da

definição de “l’obligation essentielle”.

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c) A autora visa a salientar a existência de um vasto debate doutrinário referente à definição

da noção de “l’obligation essentielle”, sendo esta a razão do estudo realizado no artigo

desenvolvido por ela.

d) A autora visa a alertar que a melhor ocasião para melhor definir a noção de “l’obligation

essentielle” apresenta-se no momento que os doutrinadores são assertivos e expedem

apenas um sentido possível para o conceito de “l’ obligation essentielle”.

2. Indique a alternativa que fornece a melhor compreensão da seguinte passagem do texto:

«Heureusement, des auteurs français, qui ont davantage développé la notion, et quelques

auteurs québécois, se sont certaines fois risqués à esquisser une définition autonome de

l'obligation essentielle » :

a) Autores franceses e qualquer autor de Quebec possuem o risco de se esquecerem de

definir o conceito de “l’obligation essentielle”.

b) Autores franceses, em sua minoria, e, autores de Quebec, em sua maioria, buscam

fornecer um conceito autônomo para o termo “l’obligation essentielle”.

c) Autores francês, que possuem a desvantagem de terem desenvolvido menos do que

qualquer autor de Quebec, arriscam-se a definir “l’obligation essentielle” de forma

precisa e autônoma.

d) Autores franceses, que desenvolveram mais o conceito, e, alguns autores de Quebec,

arriscaram-se, algumas vezes, a esboçar uma definição autônoma de “l’obligation

essentielle”.

3. Conforme se pode depreender do texto, marque a alternativa que traz a melhor compreensão

do assunto discutido:

a) Para a autora, não parece adequado indicar algumas tentativas de definição do que é

“l’obligation essentielle” dos contratos, pois, tratam-se de rascunhos elaborados de forma

apressada.

b) Para a autora, parece adequado apresentar algumas definições autônomas de “l’obligation

essentielle” de um contrato, devendo-se lembrar da distinção proposta por Pothier:

essentialia, naturalia e accidentalia.

c) Para a autora, parece adequado apresentar algumas definições autônomas de “l’obligation

essentielle”, devendo-se lembrar do que fora proposto por Pothier, o qual considera que

os requisitos essenciais (essentialia) do contrato são, tão somente, aqueles sem as quais o

contrato não pode existir.

d) Para a autora, parece adequado apresentar algumas definições autônomas de “l’obligation

essentielle”, sendo que a melhor definição foi a dada por Pothier, o qual assevera que os

requisitos essenciais (essentialia) de um contrato são aqueles que, ao serem retirados do

contrato, transformam-no em outra espécie contratual.

4. De acordo com o texto, assinale a alternativa que melhor extrai o sentido do texto:

a) Para Picard e Prudhomme, o sentido de “l’obligation essentielle” constitui uma

ramificação da noção de causa dos contratos, sendo este o motivo de se poder fornecer

uma definição autônoma desta (“l’obligation essentielle”).

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b) Para Nélia Cardoso-Roulot, a “l’obligation essentielle” é ditada pela natureza do contrato

(critério objetivo), sendo esta a razão de existir uma única “l’obligation essentielle” para

cada contrato.

c) Para Picard e Prudhomme, a noção de “l’obligation essentielle” não é plenamente

autônoma, assemelhando-se mais a uma ramificação da noção de causa contratual.

d) Para Nélia Cardoso-Roulot, um mesmo contrato pode conter múltiplas “obligations

essentielles” quando o contratante deixa expresso por escrito no contrato.

5. Qual é a conjunção que melhor se adequa para preencher o espaço (1) indicado no corpo do

texto:

a) Néanmoins.

b) Pourtant.

c) Quoique.

d) Donc.

6. Tendo em vista que a voz passiva deve seguir o mesmo tempo verbal da voz ativa, marque a

alternativa correta quanto à conversão da seguinte voz passiva em ativa:

“l'obligation essentielle est dictée par la nature du contrat (son caractère objectif)”:

a) La nature du contrat (son caractere objectif) avait dicté l’obligation essentielle.

b) La nature du contrat (son caractere objectif) a dicté l’obligation essentielle.

c) La nature du contrat (son caractere objectif) dicte l’obligation essentielle.

d) La nature du contrat (son caractere objectif) dictait l’obligation essentielle.

Texto para questões de 07 a 18

Droit au juge et saine contestation

Le contentieux civil et pénal occupe une place plus importante en droit de l'environnement (cf. contentieux de

la responsabilité du fait des entreprises privées) qu'en droit de l'urbanisme. La crédibilité et l'effet dissuasif des

dispositifs répressifs furent longtemps compromis par l'éparpillement et la technicité de réglementations trop

indépendantes mais le nouveau code pénal donne une certaine unité à de nouvelles incriminations telles que

celle de l'article 421-2, qualifiée par certains de délit de « terrorisme écologique », celle de la « mise en danger

d'autrui » (art. 223-1), celle du manquement délibéré ou non à l'obligation de prudence, celle de la non-

assistance en cas de sinistre... répression renforcée par l'admission de la responsabilité des personnes morales.

Ce contentieux, assorti d'un nouvel éventail de peines plus diversifiées et plus sévères, devrait se renforcer à

l'avenir de même que celui de la responsabilité civile des entreprises, le juge étant conduit à faire preuve

d'imagination créatrice face à des questions qu'il n'avait pas l'habitude de traiter : on pense, en particulier, à la

recherche des responsabilités dans le cas des sols pollués.

Le contentieux civil de l'urbanisme a un objet surtout limité aux troubles anormaux de voisinage et à la

responsabilité civile des constructeurs et rien n'indique qu'il doive se développer. Quant au contentieux pénal,

les incriminations et les sanctions se sont renforcées et il apparaît de plus en plus comme l'indispensable

complément du contentieux administratif susceptible, face au mauvais vouloir du contrevenant, de le

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25/03/2017 contraindre, au besoin par la force, au respect du droit et de la chose jugée. Ainsi des mesures conservatoires,

telle que l'interruption des travaux doivent (s'il s'agit du maire) ou peuvent (s'il s'agit du juge) être ordonnées,

et l'exécution des mesures de restitution, y compris les démolitions est, à titre de sanction mais aussi

d'exemplarité, de moins en moins rare.

Le contentieux administratif s'occupe la première place dans l'application de ces droits e devrait la conserver.

Il revient au juge, dans le respect des libertés individuelles, d'assurer la garantie des intérêts publics supérieurs

et au besoin leur révélation. Le rôle joué par le Conseil d'État dans la promotion de la qualité d'intérêt public

accordée à la protection de l'envi- ronnement a été déterminant. Ainsi de la jurisprudence en matière

d'expropriation. Peu de temps après le vote de la loi du 10 juillet 1976, dont l'article 1er proclame que la

protection des espaces... et des ressources naturels contre toutes les causes de dégradation qui les menacent

sont d'intérêt général -, la Haute juridiction attribue à cette protection un caractère d'intérêt public que le juge

doit prendre en compte pour tirer le bilan des avantages et des inconvénients d'une opération déclarée d'utilité

publique: ce 9 novembre 1997, « Weber » et ce 26 mars 1980, « Beau de Loménie ». Par la suite, il fera de la

protection de l'environnement un intérêt public justifiant une expropriation: ce 24 juillet 1981, « SA de l'Étang

de Berre », à propos d'une acquisition de terrains par le Conservatoire de l'espace littoral.

Gardien du temple de l'intérêt général et des grands mythes mobilisateurs, le juge administratif n'en demeure

pas moins, comme les autres juges, chargé de la stricte application des lois et juge des situations particulières.

Son aisance à se hisser vers les sommets des grands principes doit s'accompagner d'une égale habileté à

percevoir toutes les données concrètes de la situation de fait qu'il lui est demandé d'apprécier. La vérité du fait

ne peut être changée par le droit. Sa soumission à la lettre de la loi s'accompagne de sa perspicacité à

l’interpréter lorsque celle-ci est « silencieuse » ou « obscure » : les fameuses dispositions des articles 4 et 5 du

code civil ont définitivement précisé l'étendue de sa mission et plus personne n'oserait se ranger à la brutale

conclusion de Montesquieu, qu'il convient de nuancer et de replacer dans le contexte de l'époque, selon

laquelle le juge ne serait que la « bouche de la loi ». (MORAND-DEVILLER, Jacqueline. Où va le droit de

l'urbanisme et de l'environnement. In La Revue administrative, 51e Année, No. 301, janv.-fev., 1998, pp. 151-

163.)

7. Assinale a alternativa correta conforme o texto:

a) O direito urbanístico é mais relevante no direito do meio ambiente do que o contencioso

civil e penal.

b) O direito do meio ambiente é mais relevante no direito urbanístico do que o contencioso

civil e penal.

c) É no direito do meio ambiente e não no direito urbanístico que o contencioso civil e penal

são mais relevantes.

d) Está contido o direito urbanístico no direito do meio ambiente urbanístico, tal como, o

respectivo contencioso civil e penal.

8. Qual é o tempo verbal empregado no seguinte trecho destacado do texto “Par la suite, il fera

de la protection de l'environnement un intérêt public (… ) ” ?

a) Présent

b) Passé simple

c) Futur antérieur

d) Futur simple

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9. Em consonância com o texto, no que se refere ao desenvolvimento do contencioso do direito

urbanístico, assinale a alternativa correta:

a) Não há indicação de que o direito urbanístico se desenvolverá além da disciplina de

problemas de vizinhança e da responsabilidade civil dos construtores em relação ao

contencioso civil.

b) As sanções determinadas no contencioso penal são ignoradas no âmbito do contencioso

administrativo devido à prevalência do interesse da Administração.

c) Diferentemente dos contenciosos civil e penal, apenas o contencioso administrativo é útil

ao direito urbanístico.

d) É equivalente a importância dos contenciosos civil, penal e administrativo para o direito

urbanístico, especialmente em decorrência da possibilidade de cumulação de sanções.

10. Qual é a palavra equivalente ao feminino plural de “juge” empregada no texto?

a) jugés

b) jugees

c) jugées

d) juges

11. Depreende-se do texto que os artigos 4 e 5 do Código Civil Francês referidos no último

parágrafo tratam de qual assunto?

a) separação de poderes estudada por Montesquieu na obra o Espírito das Leis.

b) atuação do juiz diante de eventual lacuna ou não clareza do respectivo comando legal,

não permitindo que seja limitado a ser a “boca da lei”.

c) interpretação das normas diante das antinomias presentes no ordenamento civil francês.

d) responsabilização civil decorrente da integração normativa não autorizada, que foi

preconizada por Montesquieu.

12. Como a autora do texto considera a participação do Conselho de Estado em relação à defesa

do meio ambiente?

a) insuficiente

b) equivocada

c) decisiva

d) excessiva

13. Qual é o tempo verbal empregado no termo “furent” presente no texto?

a) Indicatif passé simple

b) Subjonctif imparfait

c) Indicatif passé antérieur

d) Indicatif passé composé

14. Assinale a alternativa que indica o singular do seguinte trecho do texto “peines plus

diversifiées et plus sévères”:

a) peine plus diversifiée et plus sévère

b) peine plus diversifié et plus sévère

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c) peines plus diversifié et plus sévère

d) peine plus diversifiée et plus sévères

15. Conforme o texto, os membros de qual instituição ou classe são os responsáveis pela proteção

do templo do interesse geral?

a) Ministério Público

b) Defensoria Pública

c) Magistratura

d) Advocacia

16. Indique a alternativa correta que está conforme o último parágrafo do texto:

a) A verdade do fato é diferente da verdade dos autos.

b) A verdade do fato deve ser conformada pelo direito.

c) O direito aplicado pelo Juiz deve ignorar as suas respectivas lacunas.

d) O direito não pode alterar a verdade do fato.

17. Em consonância com o texto, indique qual foi a conclusão alcançada por Montesquieu:

a) O Juiz deve agir conforme a sua consciência, ignorando a lei se necessário.

b) O Juiz não faz qualquer coisa além de dizer o direito.

c) O Juiz deve ser uma pessoa do seu tempo.

d) O juiz e a lei não podem se confundir, mas se complementam.

18. Sob o ponto de vista gramatical, como se classifica o termo “laquelle” empregado no final do

último parágrafo?

a) Pronome relativo

b) Pronome possessivo

c) Pronome demonstrativo

d) Pronome oblíquo

Texto para questões de 19 a 30

En 1869, Édouard Laboulaye fonde la Société de législation comparée (SLC). Il était alors inspiré par

le modèle américain de la « Société pour le progrès des sciences sociales », créée en 1866. Lors de

l’assemblée constitutive de la SLC, en présence d’une centaine de participants, dont beaucoup de «

jeunes » juristes à l’origine de l’initiative, Laboulaye relevait comme le moment était propice : « le

commerce et l’industrie ont réuni les peuples, les chemins de fer les ont rapprochés, les expositions

leur ont appris à se connaître ». Il ajoutait : « ici se réuniront, sur un terrain commun, tous les

hommes qu’anime l’amour de la justice et de la vérité ». À la fin du XIXe siècle, tandis que l’on

commençait, en France, à se libérer de l’École de l’exégèse, l’étude du droit comparé se limitait

souvent à celle de certaines législations étrangères. En témoignent les programmes des cours

dispensés à l’époque à la faculté de Paris par Mrs les Professeurs, encore affichés dans le long couloir

de la salle Goullencourt (12 place du Panthéon). Un enseignement de droit criminel et de législation

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comparée fut créé en 1846. D’autres suivirent, en droit civil, commercial, constitutionnel. L’étude

des législations étrangères (de préférence pas trop étrangères) conduisait à juxtaposer les droits, à

exposer les différences et les ressemblances, pour, éventuellement, améliorer sa propre législation.

Cette approche, centrée sur l’information scientifique, limitée à l’étude de la législation, est

parfaitement reflétée dans l’article premier des statuts de la législation comparée : « L’association

dite SLC, fondée en 1869, a pour but l’étude et la comparaison des lois et du droit des différents pays

ainsi que la recherche et les moyens pratiques d’améliorer les diverses branches de la législation ».

L’Annuaire de législation étrangère, créé en 1872, informera les juristes des développements

législatifs dans les pays étrangers. En 1878, un comité de « législation étrangère » est créé afin que

soit constituée une collection de lois étrangères. Transformé en office de législation étrangère et de

droit international, il sera intégré au ministère de la Justice en 1934 (aujourd’hui remplacé par le

service des affaires européennes et internationales).

Tandis que les juristes français se libéraient de l’École de l’exégèse, que les idées et méthodes

évoluaient, cette « première phase, informative et pratique du droit comparé français » fut assez vite

remise en question. Un tournant important eut lieu, en 1900, lors du premier Congrès international de

droit comparé (le Congrès de Paris), organisé par la Société de législation comparée.

Au Congrès de Paris, Saleilles et Lambert ont défendu une nouvelle conception du droit comparé en

tant que science, au service du rapprochement des civilisations et du développement du droit

international par l’élaboration d’un « droit commun de l’humanité ». Ils ont appelé les comparatistes

à cesser de confondre le droit comparé avec les études de droit étranger et à le considérer comme une

discipline autonome et une science universaliste. D’après Lambert, le droit comparé devait permettre

de dégager des solutions objectives et le juge, pour combler les lacunes de son droit national, aurait

non seulement le pouvoir mais aussi le devoir de suivre les solutions communément admises, ce qu’il

appelait le « droit commun législatif ». Ce projet fit l’objet de vives critiques, tant sur le plan pratique

que théorique et méthodologique : Ph. Francescakis dénonça « le caractère tendancieux d’une

doctrine érigeant le droit comparé en méthode de solution des conflits de lois. De son côté, la

doctrine comparatiste a relevé l’erreur méthodologique qui consistait à considérer qu’il existerait

des principes universels de droit civil, susceptibles d’être appliqués comme des normes juridiques ».

Jean Carbonnier y voyait une « pathologie » de la comparaison.

Le XXe siècle fut pour le droit comparé, marqué par ce projet universaliste de droit commun de

l’humanité et par les critiques qu’il a suscitées, un siècle de contrastes, d’espoirs et de crises. La

première moitié du XXe siècle fut celle de l’« âge d’or du comparatisme français », orienté vers « le

rapprochement systématique des institutions juridiques des différents pays ». Ainsi que l’a relevé

Marc Ancel, « les illusions de 1919, celles de la paix de Versailles et de la Société des nations

fortifient les juristes dans leurs recherches des points communs entre les systèmes législatifs ». De

grandes controverses méthodologiques sur la nature, la fonction et les méthodes du droit comparé

virent le jour. L’étude du droit comparé se développa, en France et dans le monde. En 1921, Lambert

ouvrit, à Lyon, le premier Institut de droit comparé au monde. En 1924, l’Académie internationale de

droit comparé (dont l’objet est l’étude comparative des systèmes juridiques) fut fondée à La Haye.

La Seconde Guerre mondiale vint briser le rêve d’unité. Durant la deuxième moitié du XXe siècle, le

droit comparé traversa une crise d’identité. Beaucoup d’efforts furent aussi mis dans des entreprises

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de classification des droits par familles ou systèmes. Celle de René David, auteur du célèbre ouvrage

sur les « grands systèmes de droit contemporains », connut un succès mondial. Des œuvres majeures,

telle l’Encyclopédie internationale de droit comparé (qui porte sur le droit civil et commercial), furent

publiées (17 volumes, 16 000 pages, plus de 400 juristes impliqués). Le droit comparé, science

exigeante, fut mis au service de la connaissance des droits. La « comparaison bilatérale contrastée »

se développa. Le champ géographique de la comparaison s’est étendu tout au long du XXe siècle.

Les droits de la famille romano-germanique (désormais plus souvent désignée sous le nom « droit

continental ») furent d’abord comparés à ceux de common law. L’étude d’un droit de source

jurisprudentiel conduisit à s’intéresser aux cas concrets, à la réalité sociologique des décisions

judiciaires, à l’unification par la pratique (law in action et non law in the books) . Par la suite, la

comparaison s’étendit aux systèmes des pays socialistes et à d’« autres conceptions de l’ordre social

et du droit » dont le droit musulman, le droit de l’Inde, les droits de l’extrême-Orient, les droits de

l’Afrique. Les systèmes positifs furent analysés dans leurs structures et leur fonctionnement, à partir

d’une « approche différenciée », éloignée de l’universalisme prôné par Saleilles et Lambert. La

démarche comparatiste se rapprocha de celle du sociologue, ou de l’ethnologue.

Certains comparatistes dénoncèrent vivement les entreprises de rapprochement des droits. Ils louèrent

les mérites d’une approche culturelle, multidisciplinaire, au service de la recherche des oppositions

irréductibles entre les droits. (FAUVARQUE-COSSON, Bénédicte. Deux siècles d’évolution du droit

comparé. In Revue internationale de droit comparé, vol. 63, n. 3, 2011, pp. 527-540.)

19. Segundo o texto acima apresentado, pode-se asseverar que:

a) Laboulaye, na Assembleia Constitutiva da SLC (Sociedade de Legislação Comparada),

afirma que o momento é propício para a criação da SLC em razão do comércio, da

indústria, das ferrovias etc.

b) Laboulaye, na Assembleia Constitutiva da SLC (Sociedade de Legislação Comparada),

afirma que o momento é propício para a sua criação em razão do comércio, da indústria,

dos caminhos do ferro da industrialização que aproximam as pessoas e as feiras de arte

que viabilizam um intercâmbio cultural etc.

c) No final do século XIX, na França, a Escola de Exegese, dominante no cenário jurídico,

começa a liberar o estudo do direito comparado, restringindo-se às legislações

estrangeiras.

d) No final do século XIX, na França, a Escola de Exegese, dominante no cenário jurídico,

começa a liberar o estudo do direito comparado não restrito tão somente às legislações

estrangeiras.

20. De acordo com o texto, verifica-se que:

a) Em 1846, foi criado, conjuntamente, o ensino de direito criminal e legislação comparada;

direito civil; comercial e constitucional.

b) No período inicial do direito comparado, nota-se um trabalho centrado na informação

científica, limitando-se ao estudo da legislação comparada.

c) O Anuário de Legislação estrangeira, criado em 1872, fornecia um relatório de estudo

comparado das legislações estrangeiras desenvolvido por juristas.

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d) O estudo de legislações estrangeiras referia-se à comparação de direito, sendo apontadas

as diferenças e semelhanças entre os diversos ordenamentos jurídicos, com o intuito de

sempre melhorar a legislação nacional.

21. Com base no texto, marque a alternativa correta quanto ao Congresso de Paris de 1900:

a) Saleilles e Lambert defenderam uma nova concepção de direito comparado, nem tanto

como ciência, mas sim como um elemento de aproximação a serviço das civilizações e do

direito internacional.

b) Saleilles e Lambert passaram a denominar direito comparado como direito comum da

humanidade.

c) Saleilles e Lambert desejavam que os comparatistas não confundissem direito comparado

com o estudo de direito estrangeiro.

d) Saleilles e Lambert convidavam os comparatistas a pararem de considerar o direito

comparado como ciência e vissem-no como um direito da humanidade.

22. Pode-se depreender do texto que:

a) Para Lambert e Saleilles, direito comum legislativo é o resultado do direito comparado

aplicado tão somente por juízes.

b) O direito comparado deve permitir a extração de soluções objetivas com o escopo de

preencher as lacunas do direito nacional.

c) Conforme Lambert, o direito comum legislativo possui fundamentos pautados no direito

natural, sendo esta a razão de sua tendência universalista.

d) O direito comum legislativo, como constitui uma ferramenta para encontrar soluções

universais, não é passível de críticas.

23. Conforme o texto, pode-se afirmar que:

a) Para o direito comparado, o século XX foi marcado por um projeto com características

universalistas e pelos críticos dele (direito comparado), um século de contrastes, de

esperanças e de crises.

b) A idade de ouro do direito comparado na França ocorreu no final do século XX quando

houve uma aproximação sistemática das diversas instituições jurídicas de variados países.

c) Marc Ancel demonstra grande otimismo em relação ao direito comparado, ressaltando

que a paz trazida por Versalhes e pela Sociedade das Nações Unidas fortaleceu a

atividade dos juristas no que tange às pesquisas voltadas para a obtenção de pontos em

comum entre os sistemas legislativos dos diversos países.

d) Apesar do pessimismo existente no mundo em razão da Primeira Guerra Mundial,

verifica-se que Lambert, lutando para preservar a autonomia científica do direito

comparado, abre em Lyon, em 1921, o primeiro Instituto de Direito Comparado e, em

1924, foi criada a Academia Internacional de Direito Comparado em Haia.

24. Tendo em vista o texto acima apresentado, assinale a alternativa correta:

a) Desde o início do século XX, o direito comparado estava desacreditado, sendo que, após

a Segunda Guerra Mundial, a produção científica neste campo não foi alterada.

PROCESSO SELETIVO – MESTRADO FDRP/2017

PROVA DE PROFICIÊNCIA EM FRANCÊS

25/03/2017

b) Devido à crise de identidade existente na segunda metade do século XX, pode-se afirmar

que pouco se estudou no campo de direito comparado, sendo este o fato de a obra de

René David ter se tornado um sucesso mundial.

c) Em razão da obra célebre de René David, Os grandes sistemas de direito contemporâneo,

em que se estudam os diversos direitos por famílias ou sistemas; o mercado editorial

verificou a existência ainda de interesse nestes temas de direito comparado e lançou a

Enciclopédia Internacional de Direito Comparado (17 volumes, 16.000 páginas, escrita

por mais de 400 juristas).

d) Para o autor do texto, pode-se constatar que o direito comparado é uma ciência.

25. Com base no texto, identifique a resposta incorreta:

a) Verifica-se, no século XX, a comparação entre os direitos da família romano-germânica

com os da família da common law.

b) Os sistemas positivos passaram a ser analisados em sua estrutura e funcionamento no

século XX, aproximando-se do universalismo proposto por Saleilles e Lambert.

c) Alguns comparatistas criticam a prática de aproximação de direitos, não se devendo

esquecer dos aspectos culturais e multidisciplinares.

d) A Segunda Guerra mundial quebrou o sonho de unidade. Nota-se, na segunda metade do

século XX, uma crise de identidade do direito comparado.

26. No texto, o termo tandis que está em negrito, esta expressão pode ser substituída sem

alteração do sentido por:

a) alors que

b) car

c) en admettant que

d) encore que

27. Na frase « Un enseignement de droit criminel et de législation comparée fut créé en 1846 », o

verbo auxiliar está em qual tempo verbal?

a) Passé Composé

b) Passé (Subjonctif)

c) Passé Simples

d) Passé antérieur

28. Qual é a alternativa que traz o antônimo de juxtaposer (destacado em negrito no texto) :

a) Accoler

b) Joindre

c) Adhérer

d) Extraire

29. Assinale a alternativa em que os verbos estão respectivamente no mesmo tempo verbal de

informera, fut e ont deféndu (destacados em negrito no texto), lembrando-se que está entre

parênteses o infinitivo do verbo conjugado nas alternativas:

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a) promènera (promener), chassa (chasser), ont comparé (comparer).

b) poursuivra (poursuivre), eusse (avoir), ont recouru (recourir).

c) réclamait (réclamer), témoignât (témoigner), ont accusa (accuser).

d) inculpait (inculper), saisit (saisir), ont garanté (garantir).

30. Assinale a alternativa que indica o sinônimo de espoir (destacado em negrito no texto):

a) Doute

b) Méfiance

c) Crainte

d) Dérangement