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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes Programa de Pós-Graduação em Psicologia APOIO SOCIAL E NECESSIDADES DE MÃES DE NEONATOS HOSPITALIZADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL Brenda Albuquerque Adriano da Silva Natal 2020

Programa de Pós-Graduação em Psicologia...Artes, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientadora: Profa. Dra. Eulália Maria

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes

Programa de Pós-Graduação em Psicologia

APOIO SOCIAL E NECESSIDADES DE MÃES DE NEONATOS HOSPITALIZADOS NA

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Brenda Albuquerque Adriano da Silva

Natal

2020

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Brenda Albuquerque Adriano da Silva

APOIO SOCIAL E NECESSIDADES DE MÃES DE NEONATOS HOSPITALIZADOS NA

UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL

Dissertação elaborada sob orientação da Prof.

Dra. Eulália Maria Chaves Maia e apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em Psicologia da

Universidade Federal do Rio Grande do Norte,

como requisito parcial à obtenção do título de

Mestre em Psicologia.

Natal

2020

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN

Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes - CCHLA

Silva, Brenda Albuquerque Adriano da.

Apoio social e necessidades de mães de neonatos hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal / Brenda

Albuquerque Adriano da Silva. - Natal, 2020.

116f.

Dissertação (mestrado) - Centro de Ciências Humanas, Letras e

Artes, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

Orientadora: Profa. Dra. Eulália Maria Chaves Maia.

1. Mães - Dissertação. 2. Unidades de Terapia Intensiva

Neonatal - Dissertação. 3. Cuidados Paliativos - Dissertação. I.

Maia, Eulália Maria Chaves. II. Título.

RN/UF/BS-CCHLA CDU 316.6

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes

Programa de Pós-Graduação em Psicologia

A dissertação “APOIO SOCIAL E NECESSIDADES DE MÃES DE NEONATOS

HOSPITALIZADOS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL”, elaborada

por Brenda Albuquerque Adriano da Silva, foi considerada aprovada por todos os membros da

Banca Examinadora e aceita pelo Programa de Pós-Graduação em Psicologia, como requisito

parcial para à obtenção do título de MESTRE EM PSICOLOGIA.

Natal, 17 de fevereiro de 2020.

BANCA EXAMINADORA

Dra. Luciana Carla Barbosa de Oliveira, UNI-RN (Examinadora externa à instituição)

Dra. Neuciane Gomes da Silva, UFRN (Examinadora externa ao programa)

Dra. Eulália Maria Chaves Maia, UFRN (Presidente)

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Epígrafe

“Tudo tem seu tempo determinado,

E há tempo para todo o propósito debaixo do céu”

Eclesiastes 3:1

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Agradecimentos

Neste momento de finalização de um importante ciclo agradeço primeiramente a Deus

por sempre iluminar os meus caminhos e pelo dom de buscar o conhecimento.

À minha família, meus pais, que ao longo de toda minha trajetória incentivaram o meu

progresso pessoal, profissional e acadêmico. Ofereceram todo o suporte necessário para a

realização deste sonho, bem como desde os primeiros anos fomentaram meu interesse pelo

aprendizado. Além disso, transmitiram valores essenciais que permearam esta jornada, como

ética, respeito, empatia, determinação e disciplina.

Aos meus irmãos, por todo apoio e afeto oferecidos em todos os momentos. Um

agradecimento muito especial também ao meu cunhado/irmão Taffarel, que ao lado da minha

irmã, me inspiraram a seguir a carreira acadêmica e se disponibilizaram gentilmente a

compartilhar seus conhecimentos comigo. Aos amados Samuel e o aguardado bebê Bernardo,

por trazerem alegria e vida aos meus dias.

Às minhas queridas amigas Thaís, Malu, minha comadre Luíza, Luana, Josi, Mari e

Luanna, companheiras de todas as horas, o meu amado afilhado João Pedro, durante os anos

vocês formaram uma rede de apoio potente, ajudando e torcendo por cada conquista, como

também oferecendo conforto nos momentos de angústia. Minha gratidão para cada uma, o apoio

de vocês fez toda a diferença.

Aos amigos que conquistei durante a residência, especialmente Myrna, Zak, Joselita,

Dani e Fabiana, vocês incentivaram a concretização deste sonho. Muito obrigada pela ajuda,

cuidado e carinho, eles foram essenciais nesta conquista.

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À minha orientadora Eulália Maia, por confiar no meu trabalho, auxiliar no

desenvolvimento das habilidades acadêmicas necessárias, além de apoiar carinhosamente as

minhas escolhas durante o mestrado. Muito obrigada por essa oportunidade de crescimento.

Aos integrantes do GEPS, coordenado pela professora Eulália, uma base de pesquisa

composta por alunos e alunas competentes e sempre disponíveis a ajudar, Mônica, Alessandra,

Karina, Bárbara e Rodrigo, meu grande parceiro Elan, cada um gentilmente contribuiu de forma

substancial para a realização desta pesquisa. As bolsistas e voluntárias Luana, Maria Eduarda,

Ana Flávia, Lídia e Ananda, muito obrigada pelas valiosas contribuições e ajuda.

À minha querida turma do mestrado que compartilhou comigo os altos e baixos desta

caminhada, e em especial as minhas amigas e amigo Juliana, Carol, Kelly e Burnier. Ter a

amizade de vocês foi um grande presente. Gratidão pelo companherismo e afeto. As amigas

Hedyanne, por todos os momentos de escuta, acolhimento e troca de conhecimentos e Maihana,

sempre disponível a auxiliar durante esta trajetória, foi uma grande alegria ter vocês ao meu

lado.

Às psicólogas Tati e Élida, respectivamente da Maternidade Escola Januário Cicco e

Santa Catarina, ambas se disponibilizaram e prontamente acolheram o desenvolvimento da

pesquisa em seus setores de trabalho, a construção desta dissertação só foi possível pelo auxílio

de vocês. Aos estagiários e residentes das instituições, que manifestaram interesse e ajuda

essenciais ao longo da coleta de dados.

Um agradecimento muito especial para as mães participantes desta pesquisa, que

pacientemente compartilharam suas histórias e confiaram no meu trabalho. Suas histórias me

inspiraram e ensinaram de diferentes formas. Aos pequenos bebês, os quais foram a motivação

inicial para o desenvolvimento deste trabalho, alguns permaneceram pouco tempo junto de nós,

mas contagiaram pela sua força e luta constantes.

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Lista de Tabelas

Tabela 1- Comparação das necessidades entre mães de neonatos em Cuidados

Paliativos e mães de bebês hospitalizados.................................................. 55

Tabela 2- Comparação do apoio social percebido entre mães de neonatos em

Cuidados Paliativos e mães de bebês hospitalizados.................................. 57

Tabela 3- Variáveis sociodemográficas e de saúde das mães de neonatos em

Cuidados Paliativos (grupo A) e mães de recém-nascidos hospitalizados

na UTIN (grupo B)..................................................................................... 60

Tabela 4- Variáveis da gestação atual das mães de neonatos em Cuidados Paliativos

(grupo A) e mães de recém-nascidos hospitalizados na UTIN (grupo

B)................................................................................................................. 63

Tabela 5- Comparação das dimensões das necessidades entre mães de neonatos em

Cuidados Paliativos e mães de bebês hospitalizados.................................. 66

Tabela 6- Comparação das dimensões do apoio social percebido entre mães de

neonatos em Cuidados Paliativos e mães de bebês hospitalizados............. 74

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Lista de Siglas

CCFNI Critical Care Family Needs Inventory

CP Cuidados Paliativos

INEFTI Inventário de Necessidades e Estressores de Familiares de Terapia Intensiva

MC Método Canguru

RN Recém-nascido

SUS Sistema Único de Saúde

UCINCa Unidade de Cuidados Intermediários Canguru

UCINCo Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal Convencional

UFRN Universidade Federal do Rio Grande do Norte

UNICEF Fundo das Nações Unidas para Infância

UTI Unidade de Terapia Intensiva

UTIN Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

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Resumo

Quando ocorre a hospitalização do neonato na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, as

puérperas precisam de cuidados específicos, especialmente quando o bebê é submetido aos

Cuidados Paliativos Neonatais. Nesse cenário, as necessidades e apoio social percebido das

mães acompanhantes são aspectos importantes para a assistência ofertada. O objetivo desta

pesquisa é comparar os indicadores de necessidades e apoio social percebido em mães de

neonatos em Cuidados Paliativos e das mães de recém-nascidos hospitalizados na Unidade

Terapia Intensiva Neonatal. Trata-se de um estudo de caráter quantitativo, transversal e

comparativo. Sendo adotado uma amostra por conveniência, composta por trinta mães de cada

grupo. Os instrumentos utilizados foram: o questionário sociodemográfico e de saúde, o

Inventário de Necessidades e Estressores de Familiares de Terapia Intensiva e a Escala para

avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros hospitalizados. Os resultados

obtidos demonstraram não existir diferença significativa entre os grupos em relação as

necessidades, contudo no tocante ao apoio social houve diferença, as mães de neonatos em

Cuidados Paliativos perceberam menor apoio social. Sendo assim, observa-se a importância de

se ter um olhar diferenciado e estratégias específicas para as puérperas com filhos em Cuidados

Paliativos, tais resultados podem contribuir ainda para construção de intervenções pela equipe

de saúde.

Palavras-chave: Mães. Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Cuidados Paliativos.

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Abstract

When neonates are hospitalized in the Neonatal Intensive Care Unit, puerperal women need

specific care, especially when the baby is submitted to Neonatal Palliative Care. In this scenario,

the needs and perceived social support of the accompanying mothers are important aspects for

the assistance offered. The objective of this research is to compare the indicators of needs and

social support perceived in mothers of neonates in Palliative Care and of mothers of newborns

hospitalized in the Neonatal Intensive Care Unit. It is a quantitative, transversal and

comparative study. A sample was adopted for convenience, consisting of thirty mothers from

each group. The instruments used were: the sociodemographic and health questionnaire, the

Inventory of Needs and Stressors of Family Members of Intensive Care and the Scale to assess

the social support perceived by mothers of premature babies hospitalized. The results obtained

demonstrated that there was no significant difference between the groups in relation to the

needs, however with regard to social support there was a difference, mothers of newborns in

Palliative Care perceived less social support. Thus, it is observed the importance of having a

different look and specific strategies for the mothers with children in Palliative Care, such

results can also contribute to the construction of interventions by the health team.

Key words: Mothers. Intensive Care Unit. Palliative Care.

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Sumário

Lista de Tabelas ................................................................................................................... vii

Lista de siglas ..................................................................................................................... viii

Resumo ................................................................................................................................. ix

Abstract ................................................................................................................................. x

1. Introdução ........................................................................................................................ 13

2. Referencial teórico ........................................................................................................... 19

2.1. Aspectos psicológicos do ciclo gravídico-puerperal ................................................... 19

2.2. O puerpério no contexto da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ........................... 24

2.3. Cuidados Paliativos e neonatologia ............................................................................ 30

2.4. Necessidades de mães de neonatos hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva

Neonatal ........................................................................................................................... 36

2.5. Apoio social percebido de mães de neonatos hospitalizados na Unidade de Terapia

Intensiva Neonatal ............................................................................................................ 40

3. Objetivos.......................................................................................................................... 47

3.1. Geral ......................................................................................................................... 47

3.2. Específicos ................................................................................................................ 47

4. Método ............................................................................................................................ 48

4.1. Aspectos metodológicos ............................................................................................ 48

4.2. Participantes .............................................................................................................. 48

4.3. Locais da pesquisa ..................................................................................................... 49

4.4. Instrumentos ............................................................................................................. 49

4.4.1. Questionário Sociodemogáfico e de Saúde............................................................49

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4.4.2. Inventário de Necessidades e Estressores de Familiares de Terapia Intensiva

(INEFTI) ...................................................................................................................... 50

4.4.3. Escala para avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros

hospitalizados ............................................................................................................... 50

4.5. Aspectos éticos .......................................................................................................... 51

4.6. Procedimentos de coleta ............................................................................................ 51

4.7. Análise dos dados .................................................................................................... 522

5. Resultados e discussão ..................................................................................................... 55

5.1. Objetivo geral- Comparar os indicadores de necessidades e apoio social percebido em

mães de neonatos em Cuidados Paliativos e das mães de recém-nascidos hospitalizados na

UTI Neonatal.................................................................................................................... 55

5.2. Objetivo específico 1- Realizar a equivalência semântica do item 13 da Escala para

avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros hospitalizados ........... 59

5.3. Objetivo específico 2- Caracterizar os dados sociodemográficos e de saúde das mães de

neonatos em Cuidados Paliativos e mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI Neonatal

......................................................................................................................................... 60

5.4. Objetivo específico 3- Verificar as necessidades das mães de neonatos em Cuidados

Paliativos e mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI Neonatal ............................... 65

5.5. Objetivo específico 4- Identificar o apoio social percebido das mães de neonatos em

Cuidados Paliativos e mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI Neonatal ............... 73

6. Considerações finais......................................................................................................... 81

7. Referências ...................................................................................................................... 84

Apêndice A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) ................................. 106

Apêndice B - Questionário sociodemográfico e de saúde ............................................... 10909

Anexo A - Inventário das Necessidades e Estressores de Familiares em Terapia Intensiva

(INEFTI).......................................................................................................................... 1061

Anexo B - Escala para avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros

hospitalizados .................................................................................................................. 1133

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1. Introdução

O período da gravidez é caracterizado por intensas alterações na estrutura familiar, bem

como mudanças sociais, fisiológicas e psicológicas na gestante. É comum expectativas e

alegrias, estando também presentes ansiedades e incertezas, uma vez que a gestação avança de

formas distintas em cada mãe, podendo ainda ocorrer complicações (Ferreira, Sousa

Albuquerque, Aragão, & Rodrigues, 2018). Além disso, a gravidez e o puerpério são marcados

pela vulnerabilidade e transformações, por isso, as mães ficam mais susceptíveis a apresentar

algum tipo de transtorno (Silva et al., 2017).

Nesse cenário, quando o neonato necessita ser admitido na Unidade de Terapia Intensiva

Neonatal (UTIN), a mulher apresenta maiores dificuldades em manejar os momentos de

fragilidade característicos do período puerperal, uma vez que as alterações fisiológicas e

psicológicas do puerpério estão associadas com a internação do filho (Lamberte et al., 2019;

Maia, 2019). Sendo assim, a genitora vivencia um puerpério diferenciado, com momentos de

medo, vazio, solidão (Brasil, 2017).

Intercorrências na gestação, parto e/ou pós-parto ocasionam a admissão do neonato na

Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Kerr et al.,2017). A mesma ocorre devido a diferentes

situações que vão além da prematuridade, como nos casos de complicações em neonatos a termo

e pós-termo (Bravo, 2019). A UTIN é caracterizada como um setor de cuidados intensivos

complexos, voltada para recém-nascidos considerados graves, os quais frequentemente

precisam de um longo período de internação (Lopes & Brito, 2015).

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Os avanços médicos e tecnológicos viabilizaram o aumento da sobrevivência dos recém-

nascidos, porém nos dias atuais existe um número significativo de neonatos internados na UTIN

que apresentam um prognóstico desfavorável. Muitos desses pacientes desafiam os

profissionais, bem como apresentam condições que frequentemente as estratégias curativas não

terão os resultados almejados pela equipe e família. Apesar disso, os RNs continuam precisando

de tratamento. Por isso, frequentemente é necessário um plano de cuidados voltado para o

conforto do neonato (Inácio, Vollmann, Langaro, & Silva, 2015; Silva, 2018).

Dessa forma, nesses casos os Cuidados Paliativos são uma alternativa relevante, voltada

para o resgate do cuidado humanizado para todas as pessoas envolvidas no processo. A

intervenção busca oferecer a assistência adequada para as necessidades físicas, psíquicas,

sociais e espirituais. Além disso, visa controlar os sintomas como a dor, bem como investir na

qualidade de vida. Um dos conceitos importantes nos Cuidados Paliativos Neonatais é o suporte

a família, especialmente os pais, os quais ao enfrentam um momento crítico e a possibilidade

de morte (Inácio et al., 2015).

No que diz respeito ao exercício da maternidade no contexto da UTIN ela é caracterizada

por variados sentimentos. A hospitalização provoca a separação da díade (mãe- bebê) e rompe

os sonhos construídos na gestação. Grande parte das mães considera uma unidade assustadora,

representada pela angústia. Ao adentrar a UTIN as puérperas encontram um filho frágil, o qual

não tem maturidade biológica e que precisa de diferentes aparelhos. Essa realidade ocasiona

um descompasso entre o que era idealizado e o bebê que nasceu. Diferentes emoções surgem:

impotência, incapacidade (por não ser possível ofertar os cuidados que o bebê precisa) e a

incerteza da sobrevivência (Marchetti & Moreira, 2015; Veronez, Borghesan, Corrêa, &

Higarashi, 2017).

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Frequentemente a puérpera que acompanha seu bebê hospitalizado apresenta cansaço e

culpa, sendo os mesmos intensificados pela não amamentação do neonato (Lamberte et al.,

2019). É comum ainda sentir-se frustrada ou infeliz. Soma-se a isso o fato de que o

prolongamento da hospitalização promove o agravamento da impaciência, ansiedade e estresse

nas genitoras (Veronez et al., 2017); como também, o período de hospitalização desencadeia a

desorganização da dinâmica da família (Marchetti & Moreira, 2015). As mães sofrem com

elevados níveis de estresse, sendo o ambiente físico da UTIN e a alteração do seu papel de

cuidadora as principais fontes estressoras (Umasankar & Sathiadas, 2016). Além disso, existe

um aumento dos sintomas de ansiedade e depressão (Davila & Segre, 2018)

Nota-se que as intervenções que ocorrem na UTIN são mais complexas, tendo em vista

o risco de morte, assim, o cuidado materno, muitas vezes, não é priorizado, a genitora torna-se

uma observadora passiva e apenas em poucos momentos interage com o filho (Amaral, 2018).

Por isso, a puérpera sente-se uma simples visitante, associada ainda com as variadas restrições

em relação a maternagem do seu bebê (Marchetti & Moreira, 2015).

Em virtude da hospitalização, a rotina entre o seu lar e o hospital causam insegurança e

cansaço, o neonato geralmente é o foco da atenção da puérpera em comparação aos outros filhos

(Antunes et al., 2014). Destaca-se que o contexto vivenciado pelas mães promove o

esquecimento ou ausência da percepção de suas próprias necessidades de cuidados especiais;

elas também apresentam a necessidade de segurança, diálogo e informação (Rocha, Silva,

Castro Handem, & Figueiredo, 2004). Frente as perdas e adversidades, as genitoras necessitam

de cuidados específicos, semelhante a seus filhos (Sousa et al.,2011).

Nesse cenário, nota-se que o apoio social é essencial, principalmente em momentos de

transição e transformações, como na hospitalização de um bebê na Unidade de Terapia

Intensivo Neonatal (Custódio, Crepaldi, & Linhares, 2014). Sendo assim, o apoio social

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fornecido a puérpera auxilia na maternagem responsiva, especialmente em situações

estressantes e facilita a criação de um vínculo seguro entre a díade (Pontes & Cantillino, 2014).

É relevante verificar se as puérperas percebem que seus familiares e/ou amigos estão

disponíveis para auxiliar ao longo do internamento, uma vez que o apoio social pode ter um

efeito protetor em momentos estressantes (Fonseca, 2016).

Levando em conta esses aspectos a equipe de saúde precisa desenvolver habilidades

comunicativas e escuta qualificada para viabilizar um cuidado humanizado. Deve-se observar

as especificidades adaptativas de cada genitora acompanhante, considerando as necessidades

de cada mulher (Antunes et al., 2014). Uma construção positiva do vínculo e apoio entre as

puérperas e a equipe multiprofissional é essencial para a interação no contexto da UTIN, uma

vez que promove a cumplicidade no ato de cuidar e previne traumas ocasionados pela

hospitalização (Cruz, Oliveira, Marques, & Souza, 2016). Portanto, é relevante ser realizado o

acolhimento adequado pelos profissionais, com o objetivo de minimizar possíveis medos e

ansiedades (Lopes & Brito, 2015).

A assistência humanizada também é essencial na vinculação entre mãe e filho, ao

esclarecer dúvidas e entender as questões vivenciadas por elas, viabiliza o reconhecimento e

identificação com o neonato (Marchetti & Moreira, 2015). O apoio focado no ensino-

aprendizagem é importante para resgatar a autoestima da mãe, e na construção da autonomia

do cuidado. Nesse sentido, é possível transformar a vivência de ter um filho internado em uma

experiência construtiva e de superação (Veronez et al., 2017).

O estudo de Roque, Lasiuk, Radunz e Hegadoren (2017) aponta a necessidade de

desenvolver suporte voltado para as puérperas que tem seus filhos admitidos na UTIN. Relatam

ainda a importância de estratégias para identificar as que estão em maior risco de

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desenvolvimento de transtornos psicológicos, os quais possam afetar sua capacidade de visitar

e nutrir o neonato.

A neonatologia é considerada uma área recente e em constante desenvolvimento no

campo da saúde. Apesar dos diferentes avanços, nota-se uma lacuna na construção do

conhecimento relacionado com as dificuldades vivenciadas pela equipe de saúde e familiares

(Klock & Erdmann, 2012). Já em relação aos Cuidados Paliativos em neonatologia, o mesmo é

uma temática que vem ganhando espaço em virtude da maior frequência de nascimentos com

síndromes incompatíveis com a vida e anormalidades congênitas. Sendo necessário

conhecimentos voltados para esse tipo de cuidado, uma vez que os profissionais, quando

vivenciam tais situações, podem ser incapazes de tomar decisões pela ausência de embasamento

teórico (Silva, Palmieri, Silva, & Rocha, 2019).

Além disso, pesquisas com puérperas são essenciais para a rastreamento de dados e

fatores de risco para o desenvolvimento de transtornos no puerpério. Assim, auxiliando no

planejamento de ações de prevenção, e na redução dos possíveis danos para mãe e bebê. Dessa

forma, percebe-se a necessidade de cuidados com a saúde mental das mulheres nesse período

(Silva et al., 2017).

Diante de tais aspectos esta pesquisa busca contribuir para a construção do

conhecimento em neonatologia, e especialmente em Cuidados Paliativos. Através dos

resultados obtidos espera-se auxiliar nas intervenções dos profissionais da saúde, tendo em vista

as peculiaridades das populações investigadas. E destacar a importância de olhar diferenciado

para as mães acompanhantes de bebês hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva

Neonatal, as quais muitas vezes são invisibilizadas frente ao adoecimento do seu filho.

Portanto, o presente estudo foi organizado em diferentes partes, a primeira diz respeito

ao referencial teórico discorrendo sobre os aspectos psicológicos do ciclo gravídico-puerperal,

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o puerpério na UTIN, Cuidados Paliativos e neonatologia, além dos construtos necessidades e

apoio social percebido. Posteriormente é apresentado os objetivos geral e específicos. Em

seguida o método, discorrendo sobre os aspectos metodológicos, participantes, locais da

pesquisa, instrumentos utilizados, aspectos éticos, procedimentos de coleta e análise de dados.

Ainda são explicitados os resultados e discussão, dispostos de acordo com o objetivo geral e

específicos, logo após são apresentadas as considerações finais desta pesquisa.

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2. Referencial teórico

Os capítulos presentes nesta etapa foram construídos a partir de revisões integrativas

referentes as temáticas apresentadas visando uma fundamentação teórica aprofundada. Tais

dados foram utilizados para a construção e submissão de artigos científicos.

2.1. Aspectos psicológicos do ciclo gravídico-puerperal

Ao longo da gestação, parto e pós-parto a mulher vivencia modificações fisiológicas,

psicológicas e sociais intensas, que caracterizam um dos períodos mais vulneráveis para o

desenvolvimento de crises psíquicas. Por isso, apresenta-se também como um momento

singular na vida da mãe (Arrais, Cabral, & Martins, 2015).

A gravidez é considerada como parte do processo normal do desenvolvimento, sendo

necessária a reestruturação e reajustamento em diferentes aspectos: alterações na identidade e

uma nova definição de papéis (Maldonado, 2017). Para se adaptar a essa realidade, é preciso

que a mãe faça uso de recursos intelectuais, emocionais e sociais (Pinto, Simões, & Miyazaki,

2015).

Em virtude da transição existencial marcada pela gestação, a mesma representa para a

mulher a possibilidade de alcançar novos níveis de integração e amadurecimento, ou de

intensificar tendências patológicas que podem afetar a relação entre a díade mãe-bebê

(Maldonado, 2017). Nesse sentido, algumas mulheres avaliam a gestação como uma fonte de

felicidade, satisfação e autorrealização; já outras, em oposição, apresentam alterações em sua

saúde mental. Diante desse cenário, é preciso que as gestantes sejam apoiadas emocionalmente

e socialmente (Yuksel, Akin, & Durna, 2014; Silva, Nogueira, Clapis, & Leite, 2017).

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Observa-se várias alterações no comportamento da mulher ao longo da gestação. Apesar

das transformações estarem presentes em todas as mães, a forma como cada uma lida com elas

varia conforme a personalidade, circunstâncias da gravidez, relação com o parceiro e

repercussões que a nova realidade desencadeou (Bortoletti et al., 2007). Assim, é relevante para

a discussão do ciclo gravídico-puerperal considerar a interação de alguns fatores durante a

gestação, como: a história pessoal da gestante; o contexto dessa gravidez; os aspectos

relacionados a evolução dessa gestação; a situação socioeconômica; e ainda a rede assistencial

disponível (Maldonado, 2017).

Outra característica presente no ciclo é a ambivalência afetiva que perpassa as vivências

desde o começo da gestação até o período puerperal, sendo possível manifestar-se até meses

após o parto. A gestante ao notar o atraso menstrual já apresenta sentimentos ambíguos diante

da possibilidade ou não da gravidez, do desejo de estar ou não gestante manifestando diferentes

emoções de alegria e tristeza, tendo em vista os ganhos e perdas ocasionadas (Bortoletti, Silva,

& Tirado, 2007).

Bassan, Barbosa e Párraga (2018) relatam que os aspectos psicológicos mais frequentes

na gestação são: ansiedade, medo, depressão, estresse, angústia, fantasia e ambivalência, os

quais podem desencadear algumas consequências, como: sofrimento psíquico ao longo da

gravidez, medo do parto e diferentes conflitos interpessoais em razão da labilidade emocional.

Essas características, segundo as referidas autoras, mostram como a gravidez toca a mãe em

sua totalidade, além de seu contexto familiar e as pessoas que se relacionam. Nesse sentido, as

gestantes apresentam demanda não somente para a psicologia, sendo necessária uma atuação

multiprofissional.

Já o parto, é considerado um acontecimento biopsicossocial e de extrema relevância na

vida da mãe. Tal momento será lembrado ao longo de sua trajetória com uma alta carga

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emocional (Pedreira & Leal, 2015). É visto como um período curto em tempo, contudo longo

em vivências e expectativas (Sarmento & Setúbal, 2003). É o momento em que a genitora vai

testar sua capacidade de dar à luz, sendo depositário de grande angústia. Ademais, é comum o

medo de parir, pois existe a insegurança de como vai ser sua vida após o nascimento, e ainda,

se conseguirá voltar a ser a mesma (Bortoletti et al., 2007).

A gestante leva para a hora do nascimento as inúmeras peculiaridades fisiológicas,

psicológicas e sociais. Pode ser considerado um momento crítico que marca o início de

diferentes transformações significativas e promove distintos níveis de simbolização. O parto é

uma passagem de um estado a outro, cujo principal aspecto é a inevitabilidade, ou seja, é

necessário ser enfrentado de qualquer maneira. Em oposição a gravidez, que é marcada pela

evolução lenta e gradual dos diferentes estágios, o parto é abrupto e desencadeia alterações

intensas. Existe uma nova mudança no esquema corporal da mulher, considerada rápida quando

comparada com as modificações gestacionais. Além disso, o nascimento da criança promove

mudanças profundas no ritmo e na rotina da família (Maldonado, 2017).

Em relação ao puerpério, semelhante a gravidez, é um período de vulnerabilidade às

crises, em virtude das diferentes mudanças desencadeadas pelo nascimento (Maldonado, 2017).

Tem-se o momento mais crítico do ciclo gravídico-puerperal, em função das alterações

hormonais e psicológicas (Bortoletti et al., 2007). De acordo com o Ministério da saúde (Brasil,

2001), o puerpério é definido como o período do ciclo gravídico-puerperal, no qual as

transformações ocorridas ao longo da gestação e parto no organismo feminino retornam ao

estado pré-gravídico. Essa etapa se inicia entre uma a duas horas após a expulsão da placenta,

podendo se prolongar até quando a genitora estiver amamentando, uma vez que ela ainda estará

sofrendo com as alterações da gravidez (lactância).

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Os primeiros dias posteriores ao nascimento são marcados por emoções intensas. Neles

a mãe precisa elaborar o luto pelo bebê imaginado para conseguir entrar em contato com o

neonato real. Soma-se a isso o fato de que as vinte e quatro horas iniciais existe o momento de

recuperação da fadiga provocada pelo trabalho de parto e parto, sendo comum as mulheres

estarem debilitadas e confusas. Ademais, apresentam a sensação de desconforto físico devido

as náuseas, dores e sangramento característicos do pós-parto, associados com a excitação pela

chegada do recém-nascido (RN). Destaca-se que a labilidade emocional é marcante na primeira

semana logo após dar à luz, tem-se a alternância rápida de alegria e tristeza, e a última pode se

apresentar de forma elevada (Maldonado, 2017).

O período puerperal é considerado um fenômeno familiar e social, que provoca uma

série de significados elaborados através das interações da genitora com seu mundo no decorrer

de toda sua vida (Santos, Brito, & Mazzo, 2013). Trata-se de uma etapa importante de

construção do psiquismo, no qual a mulher regride e dedica-se exclusivamente aos cuidados do

recém-nascido, por isso, é necessário se afastar provisoriamente seu interesse do social (Santos

& Motta, 2014).

Sendo assim, a preocupação materna primária permite a puérpera habituar-se as

necessidades do neonato, para conseguir, desse modo, atender adequadamente suas demandas,

de uma forma que seu filho passe a confiar no meio. Para o desenvolvimento dessa capacidade

de adaptação, é preciso que a mãe tenha um ambiente acolhedor e facilitador, até mesmo para

que seja possível focar seu interesse e afeto exclusivamente no neonato (Santos & Motta, 2014).

É uma etapa caracterizada por crenças e tabus transmitidos por gerações. Dessa forma,

o significado atribuído pela mulher ao puerpério, é considerado complexo, por isso ela necessita

de cuidados específicos. As intervenções dos profissionais de saúde precisam estar focadas aos

seus aspectos psicológicos, sociais, culturais e crenças religiosas (Santos et al., 2013).

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Nessa fase, a puérpera a se encontra vulnerável a maiores riscos de desenvolvimento de

transtornos mentais quando comparada com as demais fases da vida, visto que suas defesas

físicas e psicossociais estão voltadas para a proteção e vulnerabilidade do neonato (Silva &

Botti, 2005). Com as novas atribuições ocasionadas pela maternidade, é comum que a genitora

se afaste de suas atividades sociais (lazer e trabalho) para se dedicar aos cuidados do RN. Tal

momento associado com a adaptação aos novos papéis sociais, podem promover uma demanda

psicológica maior nas relações, como também nos recursos de enfrentamento existentes.

Destaca-se que o desenvolvimento de certa instabilidade emocional é esperado durante as

adaptações ao longo da vida, sendo o ciclo gravídico puerperal um período de transição (Lobato,

Moraes, & Reichenheim, 2011; Poles, Carvalheira, Carvalhaes, & Parada, 2018).

Assim, a maioria das puérperas apresentam o chamado baby blues, o mesmo tem caráter

transitório e reversível, caracterizado pela tristeza súbita e choro frequente. Tal estado permite

que a mulher elabore o momento de transição do parto para o período puerperal (Maldonado,

2017).

Ademais, cerca de um terço das genitoras que apresentam sintomas depressivos durante

o puerpério mantém o quadro após o primeiro ano posterior ao nascimento (Harris & Lancet,

2016). A depressão pós-parto é manifestada através de pelo menos duas semanas de humor

depressivo, culpa, autodesvalorização, além de dificuldade de concentração, irritabilidade e

isolamento social (Maldonado, 2017). Os fatores de risco associados com o surgimento de

quadros depressivos (pré e pós-parto) são: histórico anterior de depressão; falta de suporte

social, familiar ou marital; gestação não desejada; estresse elevado e ansiedade; dependência

de substâncias como álcool, tabaco ou outras; história de violência doméstica e situação de

pobreza (Poles et al., 2018).

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Outro transtorno que pode ocorrer ao longo do puerpério é a psicose puerperal, o surto

psicótico pode se manifestar logo depois do parto ou nos meses posteriores. Nesse quadro as

mulheres apresentam um grave prejuízo da capacidade funcional, frequentemente necessitando

ser hospitalizada. Geralmente esse transtorno tem um início agudo, com presença ainda de

confusão mental, delírios, alucinações, alterações no sono, angústia, danos na memória e

irritação (Júnior, Ribeiro & Ribeiro, 2010; Maldonado, 2017).

2.2. O puerpério no contexto da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

As puérperas e os bebês são mais vulneráreis durante e imediatamente após o parto. Os

dados apontam que aproximadamente 2,8 milhões de grávidas e RNs vão a óbito anualmente,

principalmente por causas evitáveis. As crianças que nascem muito prematuras ou muito

pequenas, que apresentam complicações no nascimento, defeitos congênitos ou infecções

adquiridas enfrentam um maior risco de falecer no primeiro mês de vida. Além disso, um terço

de tais mortes acontecem no primeiro dia, e cerca de três quartos na primeira semana (UNICEF,

2019).

No cenário mundial, a mortalidade neonatal é a mais frequente dos índices da

mortalidade infantil, em torno de 45 % das mortes infantis acontecem nos primeiros 28 dias de

vida. Apesar dos avanços em relação aos indicadores da mortalidade geral, a proporção de

neonatos que falecem ao longo do período neonatal ainda é considerada elevada (Paiva et al.,

2020; UNICEF, 2015). Destaca-se que no nosso país, a principal causa de mortalidade infantil

são as afecções perinatais, as mesmas são os problemas respiratórios, a asfixia ao nascer e as

infecções, frequentes em neonatos pré-termo e de baixo peso. Ademais, os RNs também são

acometidos de distúrbios metabólicos, problemas para se alimentar e para regular a própria

temperatura (Brasil, 2013).

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Diante de tal realidade, muitos neonatos necessitam ser hospitalizados na Unidade de

Terapia Intensiva Neonatal (UTIN), dentro do contexto das diferentes emoções provocadas pelo

nascimento de um bebê, algumas famílias vivenciam a necessidade de hospitalização do seu

filho, a qual promove muitas vezes o distanciamento do neonato e a sensação de perda, levando

os pais a um sentimento de luto (Brauner, 2015; Veronez, et al., 2017). Esse momento pode se

tornar estressante quando o neonato nasce com problemas determinados pela prematuridade,

por doenças ou malformações (Perosa, Canavez, Silveira, Padovani, & Peraçoli, 2009).

Na UTIN a assistência acontece continuamente proporcionando a sobrevida dos bebês.

É um local com recursos tecnológicos, humanos e terapêuticos especializados, que viabilizam

cuidados mais complexos (Cardoso et al., 2015; Santos, Ribeiro, & Santana, 2012). As

Unidades de Terapia Intensiva (UTI’S) se caracterizam por atender a demanda de pacientes que

precisam de cuidados de alta complexidade. Já a UTIN é responsável pela admissão de recém-

nascidos entre 0 e 28 dias (Resolução nº 7, 2010). O progresso científico na saúde acarretou

grandes benefícios para o tratamento e a recuperação de neonatos de alto risco, ao aumentar

suas chances de sobrevivência (Ferreira, Amaral, & Lopes, 2016; Gomes, Silva, Capellini, &

Santos, 2017).

Sendo assim, com o intuito de auxiliar na assistência ofertada ao recém-nascidos, o

Ministério da Saúde lançou, através da Portaria nº 693, de 5 de julho de 2000, a Norma de

Atenção Humanizada ao Recém-nascido de Baixo Peso (Método Canguru). A perspectiva de

humanização do nascimento contempla ações desde o pré-natal até a atenção ao recém-nascido.

Segundo as diretrizes da norma o desenvolvimento do Método Canguru (MC), o qual busca

associar as perspectivas mais modernas do cuidado ao neonato, além de incluir a atenção

psicoafetiva a puérpera e sua família (Brasil, 2013).

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O MC surgiu em 1979 como uma nova forma de cuidar do neonato de alto risco.

Anteriormente a implantação dele, os bebês hospitalizados na UTIN tinham contato

extremamente limitado tanto com suas mães quanto seus familiares. Por isso, o método tem

como objetivo maximizar o contato pele a pele do RN e sua família, associado com estrutura

física e recursos humanos para o acompanhamento dos bebês. Em virtude dos benefícios

atribuídos para o desenvolvimento do RN, o Método Canguru tem sido implementado em

diferentes países, bem como em maternidades brasileiras (Ely, Cavalcanti, Silveira, Klein, &

Soares, 2017).

Destaca-se que no Brasil o MC busca garantir a humanização do cuidado neonatal,

considerando os aspectos relacionados a integralidade e singularidade de cada bebê. Sendo

caracterizado como um modelo de atenção perinatal que apresenta estratégias de intervenção

biopsicossocial. Fomenta ainda a participação dos genitores e familiares nos cuidados ofertados

ao RN (Brasil, 2017).

O Método Canguru é composto por três etapas: a primeira pode se iniciar já no pré-natal

durante as gestações que precisam de atenção especializada, ao longo do parto/nascimento, e

com a hospitalização do bebê na UTI neonatal e/ou Unidade de Cuidado Intermediário Neonatal

Convencional (UCINCo); a segunda etapa ocorre na Unidade de Cuidados Intermediários

Canguru (UCINCa), na qual permanecem todos os processos de cuidado utilizados na etapa

anterior, sendo dedicada uma atenção especial ao aleitamento materno. O RN fica junto de sua

mãe de uma forma contínua, com a posição canguru realizada na maior parte do tempo. A

presença e participação paterna devem ser fomentadas; na terceira etapa os neonatos pré-termo

e/ou de baixo peso recebem alta hospitalar e são acompanhados de forma conjunta pela equipe

do hospital e da atenção básica do MC (Brasil, 2017).

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O Método Canguru apresenta diferentes vantagens para as maternidades, uma vez que

tem baixo custo e bons resultados referentes a qualidade de vida da puérpera e do RN, reduz o

tempo de permanência nas UTINs, e consequentemente os riscos de infecções hospitalares,

viabiliza ainda uma recuperação mais rápida do neonato. Além disso, o MC melhora o

aleitamento materno exclusivo, o ganho de peso, o controle da temperatura, favorece o vínculo

afetivo entre a díade e a participação no cuidado seguro do bebê e reduz também a

morbimortalidade (Rocha & Chow- Castillo, 2020).

Apesar de tais progressos, o ambiente da UTIN promove uma experiência ao recém-

nascido consideravelmente diferente do ambiente uterino, o mesmo é o ideal para o crescimento

e desenvolvimento fetal, em virtude de ter uma temperatura constante, agradável, maciez,

aconchego, e os sons extra-uterinos serem filtrados e reduzidos. Nesse sentido, nem sempre os

avanços ocorridos na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal estão acompanhados da

perspectiva de humanização. Observa-se que permanece a necessidade de reduzir o impacto

negativo das variadas intervenções inerentes aos procedimentos considerados dolorosos e

invasivos para o bebê. Como também o estresse referente a ambiência neonatal, considerado

potencializador de sequelas para o neonato (Ferreira et al., 2016; Gomes et al., 2017).

Assim, embora a UTIN seja extremamente importante para os neonatos doentes, tal

unidade, que deveria favorecer o bem-estar do bebê em diferentes aspectos, é, por natureza, um

ambiente agitado e impessoal, que gera medo aos não familiarizados às suas rotinas.

Caracteriza-se, ainda, pela iluminação forte e constante, ruídos, modificações de temperatura e

interrupção do ciclo do sono, uma vez que ocorrem repetidas avaliações e procedimentos

(Reichert, Lins, & Collet, 2007).

Soma-se a isso, a privação dos cuidados parentais, com a separação abrupta da mãe,

tendo em vista que sua condição clínica necessita de assistência especializada imediata (Brasil,

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2013). Diante do cenário apresentado, iniciativas como a humanização em saúde são

importantes. A humanização do cuidado permite a introdução da família ao longo da

hospitalização do RN, a equipe de saúde precisa auxiliar os pais a participarem ativamente do

processo de cuidar do seu filho. Atitudes de empatia e respeito nos encontros com os

profissionais, neonatos e genitores mostram-se relevantes para a identificação das necessidades

e fortalecimento do vínculo afetivo; para viabilizar segurança e autonomia para cuidar do bebê

(Ferreira et al., 2016).

Com a hospitalização do bebê na UTIN, a genitora torna-se sua acompanhante, contudo

ela ainda precisa de um cuidado específico, sendo considerado um puerpério de alto risco,

caracterizado pela internação do neonato que pode influenciar diretamente no período

puerperal. O puerpério de alto risco está no limite entre saúde e doença. A genitora vivencia um

momento delicado em virtude da associação entre a recuperação das alterações provocadas pela

gestação e parto, além da preocupação com a condição de saúde do seu filho na UTIN (Roque

& Carraro, 2015).

Nota-se que tanto o neonato quanto a mãe necessitam de cuidados especializados, há

também limitações entre a interação da díade no período inicial posterior ao parto. A mulher

apresenta dor física, dificuldades para caminhar, fraqueza, e os efeitos dos medicamentos

utilizados; essas características inviabilizam que a mãe permaneça junto ao bebê na UTIN.

Portanto, a condição clínica e de internação da puérpera afetam diretamente a vivência da

maternidade no período inicial, frequentemente ela é enxergada como um objeto de cuidado do

que uma pessoa que tenha condições de cuidar do RN (Rocha, Silva Dittz, Duarte, & Costa,

2018).

Enfatiza-se que as mães que estão com seus filhos hospitalizados na UTIN estão mais

propicias a desenvolver alterações psíquicas ao logo do puerpério. Essas mulheres necessitam

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receber uma atenção especial, para que diante das angústias e sentimentos adversos provocados

pelo momento se sintam acolhidas e apoiadas (Aguiar et al., 2013; Brasil, 2001). Além da

tristeza ocasionada pelo quadro de saúde do RN, essas mulheres podem ter no período puerperal

sintomas depressivos leves, como no caso do baby blues, ou até mesmo patologias graves, como

por exemplo, a depressão pós-parto e a psicose puerperal (Silva, Menezes, Cardoso & França,

2016).

Nos hospitais, as mães que estão com seus bebês hospitalizados frequentemente

permanecem nos alojamentos conjuntos, buscando estar mais próximas de seus filhos ao longo

da internação. É comum que as puérperas permaneçam no hospital 24 horas por dia, estando à

disposição das necessidades do RN. Tal aspecto pode ser visto como uma vantagem, uma vez

que as mulheres podem ser ativas no processo de recuperação de seus bebês, e auxiliar na

promoção de uma melhor relação entre a díade. Ademais, devido a participação no cuidado

oferecido ao neonato, é possível que as genitoras exerçam a maternidade mesmo com os bebês

estando na UTIN (Rosa, Santa’na, Abrão, & Valente, 2016).

Apesar dos aspectos positivos, os alojamentos conjuntos demonstram não ser adequados

às necessidades das mães, muitas vezes as mesmas sentem-se prisioneiras e sofrem com a

ausência de materiais. Assim, esse momento tão singular na vida das genitoras torna-se ainda

mais difícil. A permanência no ambiente hospitalar ocasiona alterações na dinâmica familiar e

o distanciamento da puérpera. Nesse contexto, é possível manifestar sofrimento e tristeza, uma

vez que as genitoras sentem falta da presença e afeto dos familiares (Zanfolim, Cerchiari, &

Ganassin 2018).

Acrescenta-se a isso os diferentes desafios vividos pelas genitoras. Entre eles destacam-

se a modificação no curso da gravidez, tendo em vista a necessidade de precisar suportar o

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sentimento de frustração perante as idealizações não atendidas, associada com o processo de

elaboração da nova realidade, muitas vezes distinto da expectativa criada (Rocha et al., 2018).

Neste cenário, é comum que as mães sofram com o déficit e falta de informações

fornecidas pela equipe de saúde. As dúvidas apresentadas por elas frequentemente são

ignoradas pelos profissionais, e as puérperas não são enxergadas como um elemento integrante

do cuidado oferecido ao bebê. A ausência de conhecimento no que diz respeito ao diagnóstico

e consequências da doença provoca a não compreensão acerca do funcionamento e tratamento

desenvolvidos pela UTIN, consequentemente fortalece o significado social amedrontador

simbolizados pelas UTIs. Há também aquelas mães acompanhantes que têm elevada carência

de informação e acolhimento pelos profissionais, tal aspecto pode potencializar o

desenvolvimento de sofrimento psicoafetivo, provocados pela falta de conhecimento e sensação

de impotência frente a situação vivenciada (Aguiar et al., 2013).

Dessa forma, é relevante refletir sobre as ações que podem aliviar a ansiedade, medo,

tristeza e sentimento de impotência, como também construir intervenções que tragam benefícios

as mulheres e melhorem o acesso às informações. Faz-se necessária a sensibilização dos

profissionais de saúde no que diz respeito a humanização da assistência para, assim, reduzir as

chances de surgimento de transtornos psíquicos que afetem o vínculo entre a díade (Aguiar et

al., 2013).

2.3. Cuidados Paliativos e neonatologia

A morte muitas vezes está relacionada com sentimentos de incapacidade, fragilidade e

tristeza. Tal experiência se agrava potencialmente quando ela ocorre no ambiente da UTIN,

pela dificuldade de vivenciar o óbito no início da nossa história uma vez que, nesse contexto,

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entende-se como algo que modifica aquilo que acreditamos ser o curso natural da vida (Silva et

al., 2017).

A função da UTIN é curar os neonatos que estão doentes e/ou restaurar a saúde para que

consigam crescer e ter qualidade de vida. Contudo, nem sempre tais objetivos são alcançados,

portanto, esses bebês podem se beneficiar de uma combinação de intervenções terapêuticas e

paliativas. Apesar dessa intervenção integrada possibilitar a redução de custos, bem como seja

indicada, não é considerada norma nos serviços de saúde. Frequentemente os Cuidados

Paliativos (CP) são ofertados esporadicamente ou tardiamente (Wool & Catlin, 2019).

Os Cuidados Paliativos são definidos como uma abordagem que busca melhorar a

qualidade de vida dos pacientes, tanto adultos quanto crianças, e suas famílias, que enfrentam

problemas relacionados a doenças potencialmente fatais. Visa prevenir e aliviar o sofrimento

por meio da identificação precoce, avaliação correta e tratamento da dor, além de outros

problemas, sejam físicos, psicossociais ou espirituais. Compreende-se que o sofrimento abarca

cuidar de questões que vão além dos sintomas apresentados fisicamente. Nesse sentido, os CP

utilizam a atuação em equipe para apoiar os pacientes e seus cuidadores. Também inclui as

necessidades manifestadas e auxílio durante o luto (World Health Organization, 2018).

No contexto brasileiro a resolução no 41 de 31 de outubro de 2018 apresenta as diretrizes

para a organização dos CP através dos cuidados continuados integrados no Sistema Único de

Saúde (SUS). Segundo a resolução os CP devem fazer parte dos cuidados continuados

integrados ofertados pela Rede de Atenção à Saúde, caracterizam-se por ser uma assistência

oferecida através de uma equipe multidisciplinar, a qual busca melhorar a qualidade de vida

dos pacientes e seus familiares, tendo em vista um adoecimento que ameace a vida, através de

ações de prevenção e alívio do sofrimento, identificação precoce, avaliação e tratamento da dor

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e os outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Sendo elegível para esse cuidado

todo indivíduo que for diagnosticado com uma doença que ameace a vida (aguda ou crônica).

De acordo com American Academy of Pediatrics (2013), os Cuidados Paliativos

pediátricos atendem as necessidades dos bebês, crianças, adolescentes e adultos jovens. Busca

promover tratamentos que possam: aliviar o sofrimento nas suas diferentes dimensões;

melhorar a qualidade de vida das crianças, auxiliar as famílias a se adaptarem durante o

processo de adoecimento e luto; facilitar a tomada de decisão pelos pacientes, familiares e

profissionais; ajudar na coordenação contínua dos cuidados entre os médicos e em diferentes

locais de atendimento.

Nessa perspectiva, os CP Neonatais são uma intervenção focada no neonato e na sua

família, baseada em cuidados prestados em situações nas quais a cura é pouco provável, com a

finalidade de prevenir e aliviar o sofrimento, nos aspectos físico, emocional, social e espiritual.

O mesmo pode iniciar com o tratamento curativo e se prolongar após a morte, durante o

processo de luto da família (Soares, Rodrigues, Rocha, Martins, & Guimarães, 2013).

A partir de 1982, tem-se presenciado um considerável crescimento na área de

conhecimento de Cuidados Paliativos de uma forma geral e, mais especificamente, em

Cuidados Paliativos Pediátricos e Neonatais. Eles conquistaram reconhecimento na América do

Norte e internacionalmente, com o consequente crescimento de programas de treinamento nas

áreas clínicas e acadêmica (Carter, 2018). Enfatiza-se que ao longo dos últimos anos, os avanços

diagnóstico - terapêuticos da medicina fetal e neonatal alteraram profundamente o contexto

médico e ético de atuação (Rusalen, Cavicchiolo, Lago, Salvadori, & Benini, 2018).

No decorrer da história da neonatologia existiram momentos em que os médicos não

consideravam que os bebês sentiam dor; hoje, a avaliação e manejo da dor faz parte do

tratamento padrão. Na UTIN a ventilação assistida, as intervenções cirúrgicas e outras

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tecnologias permitiram a sobrevida neonatal e a melhora na qualidade de vida dos recém-

nascidos. Todavia, atualmente, quando os recursos tecnológicos se tornam mais prejudiciais do

que benéficos, nas situações em que o potencial relacional do RN encontra-se perdido em

virtude das lesões neurológicas graves, bem como o bebê é prematuro demais e muito pequeno,

apresentando inúmeras anomalias, os Cuidados Paliativos devem ser utilizados, ou já

incorporado a um modelo de cuidado concomitante (Carter, 2018).

Tendo em vista tais aspectos, alguns RNs apresentam condições de saúde que podem

abreviar suas vidas. Essas condições podem ser diagnosticadas intra-útero ou ocasionadas por

um trauma ou fenômeno que aconteça durante ou após o parto (SBP, 2017). Sendo assim,

recém-nascidos com prematuridade extrema e/ou com anomalias congênitas incompatíveis com

a sobrevivência em curto prazo e os que têm um prognóstico letal em médio ou longo prazo

considerados não viáveis, são candidatos aos Cuidados Paliativos (Soares et al., 2013). Na

atualidade, existem três áreas gerais nas quais os CP são necessários: fetos / recém-nascidos

com anomalias congênitas fatais, recém-nascidos pré-termo no limite da viabilidade e aqueles

que não respondem aos cuidados intensivos (Arnaez et al., 2017).

No contexto UTIN, tem havido um elevado número de neonatos que são tratados por

semanas a meses para alcançar somente uma estagnação diante do seu processo de melhora.

Esses neonatos continuam necessitando de ventilação, em alguns casos dependentes de nutrição

intravenosa, são acometidos também por variadas infecções, podem apresentar problemas

intestinais, seus fígados são afetados pela colestase e desenvolvem disfunções hepáticas em

virtude da nutrição parental. Alguns apresentam danos cerebrais. Em tal realidade, cada dia é

um novo desafio para quem está inserido nos seus cuidados, uma vez que os bebês podem sofrer

uma descompensação aguda e de forma inesperada, com qualquer infecção sofrida podendo

ocasionar o óbito dos pacientes (Carter, 2018).

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Para os neonatos que apresentam esse quadro considerado grave, uns podem sobreviver,

outros estão de fato morrendo; por isso, o CP Neonatal é um paradigma que pode ser

complementar aos cuidados intensivos continuados. Diante disso, o apoio psicossocial aos

familiares dos pacientes é imprescindível, auxiliar na possibilidade do luto antecipatório;

viabilizar o apoio espiritual; como também a decisão de limitar a utilização do suporte vital, é

considerada como uma alternativa a partir do redirecionamento do cuidado que visa uma melhor

qualidade de vida, com uma redução no monitoramento dos sinais vitais considerados

invasivos, flebotomias e exames de imagem. Os profissionais podem viabilizar que a família

ampliada, composta por pessoas que vão além do núcleo familiar, como parentes, amigos com

ligação afetiva, tenha um tempo significativo com o neonato e sejam permitidos os rituais de

despedida do neonato. Ou seja, cria-se um período voltado para a aplicação de Cuidados

Paliativos na UTIN (Carter, 2018; Correa, Minetto & Crepaldi, 2018).

Moura et al., (2011) apontam em seu estudo que mais da metade dos neonatos recém-

nascidos foram a óbito nos primeiros seis dias de vida, contudo os CP Neonatais raramente

foram utilizados na UTIN. Discutem que existe uma forte perspectiva de não acelerar o processo

de morte quando o neonato corre risco iminente, seja ao retirar ou evitar determinadas

intervenções médicas, tais cuidados fornecidos são muitas vezes agressivos. Consequentemente

geram mais danos do que benefícios aos bebês e seus familiares.

Nesse sentido, os mesmos autores apontam que é relevante uma nova atuação diante do

conceito de dor total em quadros de limitação de vida na UTIN, através da prevenção, redução

ou eliminação da dor e desconforto dos bebês por meio da utilização de abordagens ambientais,

comportamentais e farmacológicas adequadas (Moura et al., 2011). O manejo adequado da dor

é considerado um elemento importante na boa prática neonatal. Sendo assim, CP com ênfase

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no controle da dor e dos sintomas apresentados são benéficos durante a assistência prestada

(Dighe, Muckaden, Manerkar & Duraisamy, 2011).

A atuação dos profissionais com as famílias também é um elemento relevante. Os

primeiros devem desenvolver habilidades para atuar junto aos familiares enlutados. A UTIN

precisa apoiar e incentivar as famílias a passarem um tempo com o neonato durante as fases

finais da doença do filho. Além disso, a abordagem multidisciplinar em Cuidados Paliativos

pode auxiliar os genitores a encontrar suporte emocional e ter uma importante vinculação com

os profissionais (Dighe et al., 2011).

Apesar das vantagens, a integração dos CP Neonatais enfrenta várias dificuldades na

sua implantação, como a indefinição prognóstica, os imperativos tecnológicos e científicos

arraigados nas práticas dos profissionais de saúde (Soares et al., 2013). A equipe

frequentemente tem dificuldades em avaliar o limite para o investimento com condutas

terapêuticas e início dos Cuidados Paliativos (Sociedade Brasileira de Pediatria, 2017). Além

disso, destaca-se que as estruturas e logística do ambiente hospitalar, o temor por possíveis

consequências legais, e ainda as exigências, expectativas e sensibilidade dos pais são aspectos

que afetam o desenvolvimento dos CP nas UTINs (Soares et al., 2013).

Outros fatores são considerados entraves para a assistência desses casos, como a falta

de comunicação com a equipe médica e a ausência de preparo para lidar com essas situações.

Soma-se a isso a alta demanda e a necessidade de administrar as questões burocráticas das

instituições que se apresentam como uma barreira para que o cuidado seja fornecido de uma

maneira sensível e adequada, tendo em vista as necessidades e individualidades dos familiares

(Silva et al., 2017).

As regras das instituições são também consideradas um desafio para a atenção fornecida

aos neonatos que se encontram em final de vida e seus familiares, visto que muitas vezes

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inviabilizam uma atenção integral. É frequente os profissionais da saúde estarem entre o que

gostariam de fazer e o que é possível ser feito, muitas vezes é preciso “quebrar as regras” para

realizar o cuidado que ele acredita ser necessário (Silva et al., 2017).

Dessa forma, a UTIN se apresenta como um lugar que a atenção e o cuidado devem ser

para além das intervenções técnicas e científicas, sendo pertinente um olhar para a totalidade

de todos aqueles que estão envolvidos na experiência da assistência fornecida ao neonato de

alto risco. As práticas de cuidado desenvolvidas precisam ser capazes de refletir diretamente a

forma como o contexto familiar vivencia o processo de ter um bebê em final de vida (Silva et

al., 2017).

Destaca-se que a utilização dos recursos tecnológicos como um incremento da

racionalidade científica, usualmente representa uma realidade desumanizante, a qual

despersonaliza e objetifica as maneiras de cuidar, nos casos em que não é usada de forma

adequada. O próprio contexto da UTIN é caracterizado pelas máquinas, onde comumente a

tecnologia prevalece sobre as relações sociais, promovendo a impessoalidade, frieza e

desvalorização do cuidar em um momento de vulnerabilidade tanto dos recém-nascidos quanto

de suas famílias. Ao refletir sobre a utilização da tecnologia no contexto neonatal é preciso

discutir sobre as configurações do relacionamento entre bebês, profissionais da saúde e família.

Além disso, é necessário fomentar novas formas cuidar através do uso da sensibilidade e a

criatividade; buscar o ajustamento dos diversos saberes, para assim ofertar intervenções mais

individualizadas, seguras e humanas (Sá & Rodrigues, 2010).

2.4. Necessidades de mães de neonatos hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva

Neonatal

As mudanças que ocorrem com a puérpera ao longo da internação do neonato na UTIN

demonstram a necessidade de um cuidado direcionado para elas, permitindo sinalizar que as

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intervenções não devem se limitar ao RN (Estevam & Silva, 2016). É preciso construir uma

relação baseada no acolhimento e confiança, olhando essas mães como uma pessoa que também

necessita de cuidado, escuta sensível, e ainda, que precisam ser participantes ativas no processo

de hospitalização, para assim elaborar a nova realidade (Almeida, Moraes, Lima, & Silva,

2018).

Necessidade é um construto compreendido como algo essencial, exigido pelas pessoas,

quando supridas, aliviam ou diminuem a aflição e a angústia imediatas e ajudam a melhor a

percepção de bem-estar (Freitas, Kimura, & Ferreira, 2007). Nessa perspectiva, as necessidades

manifestadas, quando não atendidas, ou supridas inadequadamente causam desconforto,

podendo até mesmo provocar o adoecimento para as pessoas que estão inseridas no processo

de cuidado (Ribeiro et al., 2012).

Nesse sentido, o pós-parto é um período estressante para as genitoras, em tal contexto,

aquelas que têm seus filhos hospitalizados na UTIN apresentam muitas necessidades de saúde

(Verbiest, McClain, Stuebe, & Menard, 2016). Quando a mulher decide acompanhar o RN na

UTIN, ela consequentemente vivencia uma ruptura com seu cotidiano, bem como com sua

rotina de cuidados (Silva, Silva, & Rocha, 2018). Isto leva-a ter uma experiência peculiar do

puerpério, uma vez que precisa estar fisicamente separada de seu filho, como também não

experimenta um período de autocuidado, principalmente em relação as suas condições físicas,

em virtude das constantes visitas ao hospital (Silva et al., 2016). Por isso, é relevante que os

profissionais se mostrem atentos as necessidades das puérperas, em virtude de ser possível

viabilizar estratégias de cuidados que possam satisfazer suas necessidades, e reduzir os danos

causados pela hospitalização (Silva et al., 2018).

Tais cuidados de saúde que essas mulheres apresentam geralmente estão relacionados

com a assistência primária de saúde, tendo como principais preocupações: o monitoramento

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da pressão arterial, resfriados, tosses, dores de garganta, insônia e enxaqueca. Além disso, as

puérperas demandam avaliação e apoio em saúde mental, cuidados obstétricos, tratamento de

infecções sexualmente transmissíveis, abandono do cigarro, assistência ao aleitamento

materno, visitas pós-parto e métodos contraceptivos (Verbiest et al., 2016).

Barbosa et al., (2018) apontam que as necessidades das puérperas estão relacionadas

principalmente com o repouso, cuidado com as suturas, alimentação e higiene. Esses aspectos

estão vinculados com a atenção com o corpo, que visa garantir a recuperação física e evitar

complicações do puerpério. Apesar da importância de as mulheres receberem esses cuidados,

os estudos de Dittz, Mota e Sena (2008) e Alves, Severo, Amorim, Grande e Silva (2016),

relatam que as mães geralmente abdicam das suas próprias necessidades de saúde pelo

investimento em relação ao filho hospitalizado. Assim, o risco apresentado pelo neonato,

inviabiliza o atendimento de suas necessidades de alimentação, descanso e sono, passando

então a manifestar cansaço físico e mental (Dittz et al., 2008).

As genitoras frequentemente demonstram satisfação com a assistência oferecida ao

bebê, contudo, em relação ao próprio atendimento de suas questões de saúde não tem

assistência da equipe, mesmo necessitando deles. Algumas mães destacam a ausência de

atendimento para a retirada de pontos da cesariana e para outros problemas de saúde, como

“febre” e “mal-estar” (Martins & Oliveira, 2010).

Já o trabalho de Alves et al., (2016) afirma que as mães atribuem maior importância

as necessidades dos pais e do bebê. De acordo com esses autores, esses achados eram

esperados, uma vez que as mulheres assumem a assistência ao filho com maior frequência,

bem como esse tipo de comportamento é reforçado na própria UTIN, na perspectiva do

exercício da maternidade exclusiva e totalmente focada no recém-nascido, emocionalmente

vinculada e ocupada durante todo o tempo. Nesse sentido, observa-se a necessidade de

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incentivar a puérpera que permanece longos períodos no ambiente hospitalar a visitar sua

casa, família e amigos, para assim, aliviar a saudade das suas relações habituais (Almeida et

al., 2018).

Destaca-se que quando a puérpera não recebe o suporte familiar adequado durante o

pós-parto, as suas responsabilidades aumentam consideravelmente. Consequentemente ela deve

prover o cuidado a sua casa, ao marido e ao neonato, além do autocuidado. Portanto, a mãe fica

sobrecarregada e não se dedica a sua própria saúde (Barbosa et al., 2018).

Souza, Araújo e Costa (2013) relatam sobre a fragmentação do atendimento pelos

profissionais frente as necessidades maternas, em virtude deles se voltarem para as demandas

biológicas do neonato. Os autores afirmam a importância de uma assistência integral, baseada

nas necessidades das puérperas, fornecendo subsídios para a adaptação à nova realidade e

enfrentamento. Tal intervenção pode ser fundamentada no acolhimento, para que as mães se

sintam mais seguras e valorizadas. Esse resultado está de acordo com o trabalho de Williams et

al., (2018), o qual refere a importância da equipe médica da UTIN ser sensível as necessidades

e sentimentos das genitoras, dessa forma, auxiliando na diminuição do estresse materno por

meio da comunicação e empatia.

Confirmando esses dados, no estudo de Costa, Arantes e Brito (2010) notou-se que as

necessidades das genitoras não são percebidas pela equipe, pois parte dos profissionais

apresentam uma postura tecnicista e reducionista, limitando-se apenas ao tratamento das

patologias dos neonatos, o que contribui para o sofrimento da mãe. Zanfolim et al., (2018)

também apresentam as dificuldades vivenciadas entre a equipe e as puérperas, discutindo que

as mães notam a ausência de empatia dos profissionais no período pós-parto, no qual estão

sensíveis física e emocionalmente.

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Percebe-se pelos estudos encontrados as peculiaridades vivenciadas pelas mães de

neonatos hospitalizados na UTIN, bem como a relevância de ter um olhar diferenciado para as

necessidades dessas mulheres. Tais demandas podem ser diferentes devido ao contexto de vida

de cada mãe. Sendo importante que a equipe esteja sensível a essas necessidades permitindo

um cuidado integral e humanizado. Destaca-se que a maioria dos trabalhos encontrados estavam

voltados para necessidades do neonato. Sendo pertinente refletir sobre o papel desempenhado

pela sua principal cuidadora, a mãe, a qual muitas vezes é esquecida e suas necessidades

minimizadas diante do adoecimento do seu filho.

2.5. Apoio social percebido de mães de neonatos hospitalizados na Unidade de Terapia

Intensiva Neonatal

Ter um filho hospitalizado na UTIN gera nas puérperas sentimentos de perda e

impotência (Estevam & Silva, 2016). Além disso, as genitoras manifestam angustia diante do

sofrimento do neonato (Rolim et al., 2016). Por isso, se faz necessário que os serviços de saúde

materno e neonatal atuem disponibilizando apoio social às mães, através de um olhar

abrangente sobre processo saúde/doença (Andrade, Santos, Maia, & Mello, 2015). O apoio

social é compreendido como um construto multidimensional, sendo expresso através de suas

dimensões: apoio de informação, apoio emocional, apoio material e apoio afetivo. Ele está

relacionado a percepção que o indivíduo tem do apoio posto à disposição pela sua rede social

(Fonseca, 2016; Griep, Chor, Faerstein, Werneck, & Lopes 2005; Sherbourne & Stewart, 1991).

No contexto de hospitalização na UTIN, as redes intrafamiliares são essenciais para

fornecer as puérperas segurança e tranquilidade durante os períodos de fragilidade. Além desses

benefícios, as trocas de experiências e compartilhamento das possíveis dificuldades com seus

familiares permitem que as mães possam manifestar emoções mais positivas frente a vivência

da maternidade em situação de risco (Anjos et al., 2012).

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O apoio da família (caracterizada pelo cônjuge, pais, outros filhos ou amigos) são

considerados pelas genitoras como imprescindíveis (Brites et al., 2015). A participação dos

familiares permite fortalecer as puérperas ao longo da hospitalização, especialmente em

momentos adversos, muitas vezes eles oferecem apoio emocional, espiritual e até mesmo

financeiro (Almeida et al., 2018).

Ademais, outras pessoas são relevantes além dos familiares ao longo da hospitalização,

segundo Williams et al., (2018) o compartilhamento e comunicação com outras mães e famílias

que estão com seus bebês na UTIN ajuda a aliviar o estresse, e permite o conforto. Caracterizado

como um apoio importante para as mulheres, as mesmas ainda manifestam ser positivo ter o

apoio dos outros pais (Hagen, Iversen, & Svindseth, 2016).

Preyde e Ardal (2003) destacam que o apoio dos pares é fundamental, principalmente

para aquelas mães que apresentam uma renda relativamente baixa. Rossman, Greene e Meier

(2015) igualmente discorrem a importância do apoio entre as puérperas, enfatizando como o

mais relevante para o desenvolvimento do papel materno na UTIN, uma vez que nem sempre

os amigos e familiares são capazes de atender as necessidades das puérperas. Assim, elas

buscam as outras mães acompanhantes da UTIN para auxiliá-las a lidar com o período

estressor.

Quando as genitoras acompanham seus filhos em leitos individuais, tem uma redução

do apoio social fornecido pelas outras mães, passando a relatar mais estresse. Em virtude de se

sentirem isoladas, apresentam ainda um aumento do sentimento de obrigação e

responsabilidade por seu RN (Pineda et al., 2012). Dessa forma, segundo Almeida et al., (2018)

as relações de amizade estabelecidas entre as colegas de quarto, permite a criação de uma rede

de solidariedade, caracterizada pela ajuda recíproca. Soma a isso, o fato de que o apoio entre

pares permite o compartilhamento de sentimentos e experiências, e as mães podem aprender

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novas habilidades a respeito de como cuidar do neonato através dessas trocas (Arzani,

Valizadeh, Zamanzadeh, & Mohammdi, 2015).

Considerando esses aspectos, destaca-se a importância das redes internas, as quais são

compostas pelas mães e pais de neonatos igualmente hospitalizados, exercendo diferentes

papéis. Sendo assim, as puérperas fornecem apoio entre si através da companhia social, apoio

emocional, como também são guias de conselhos, principalmente nas situações em que a

hospitalização acontece fora da cidade de moradia (Lima, 2017).

Eutrope et al., (2014) apontam que o apoio social percebido pela mãe, relacionado com

o número de pessoas disponíveis para auxiliar e a qualidade do suporte, mostram-se essenciais.

Ademais, tal apoio é um elemento protetor em relação ao desenvolvimento de sintomas

depressivos. Ballantyne, Benzies e Trute (2013) apresentam dados análogos, evidencia o baixo

apoio social como um preditor significativo para sintomas depressivos e enfatiza que os

diferentes tipos de apoio necessitam ser avaliados com o objetivo de reduzir o risco para o

desenvolvimento da depressão.

Já Poehlmann, Schwichtenberg, Bolt e Dilworth-Bart (2009) confirmam esses achados

afirmando que existe uma relação entre apoio social e sintomas depressivos, quando ocorre uma

redução do apoio social percebe-se um aumento dos sintomas depressivos. Cherry et al., (2016)

também indicam a correlação entre o apoio social material e a depressão pós-parto.

Enfatiza-se que a vivência de ter um bebê hospitalizado na UTIN pode trazer elevado

estresse, ausência de sono e sensação de bem-estar ruim, sendo as mães particularmente

vulneráveis aos sintomas depressivos (Shelton, Meaney- Delman, Margie, & Lee, 2014). Por

isso, essas mulheres necessitam de mais apoio do que uma mãe com o neonato a termo. Segundo

Morais et al., (2017, p. 3), "O apoio social é de extrema importância para a manutenção da

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saúde mental e enfrentamento de situações estressantes, além da adequação de comportamentos

maternos em relação aos filhos".

Em relação aos sintomas de ansiedade, o estudo de Dantas, Araújo, Revorêdo, Pereira e

Maia (2015) descreve a associação entre o apoio social e a sintomatologia ansiogênica ao longo

do nascimento pré-termo. A mesma representa um fator de risco para a estabilidade emocional

da puérpera, bem como para a relação mãe-bebê.

Além disso, a maneira como a puérpera é acolhida na UTIN pode influenciar a sua saúde

mental (Prado, 2013). As genitoras que participam de intervenções de apoio apresentam

menores índices de sintomas depressivos e ansiogênicos (Melnyk et al., 2006). Os grupos de

apoio são estratégias relevantes, uma vez que eles podem oferecer apoio emocional, e

consequentemente reduzir os sintomas de ansiedade e depressão. Balbino, Yamanaka, Balieiro,

& Mandetta (2015) ressaltam a importância de existir metas para o cuidado na UTIN, o que

pode ocasionar na redução desses sintomas, através de práticas como o oferecimento de apoio,

esclarecimento de dúvidas e auxiliando-os a expressarem seus sentimentos.

Quando a equipe de saúde demonstra cuidado, apoio e interesse pelas puérperas

utilizando a troca de experiências pessoais, é uma forma de envolvê-las, fomentar a confiança

e a interação com o bebê. Apesar do diálogo reduzir as possíveis diferenças hierárquicas

presentes no modelo médico tradicional, é necessário estar atento aos limites profissionais e

pessoais manifestados pela equipe (Sanders & Hall, 2018).

O apoio dos profissionais permite a participação das puérperas nos cuidados oferecidos

ao seu filho, bem como aumentam a sua confiança, sendo essencial para ajudá-las a lidar com

as demandas dos bebês. Porém quando a relação entre profissionais e mães se desenvolve de

forma negativa, associada com a falta de apoio emocional e aconselhamento da equipe, as

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genitoras sentem-se mais ansiosas, frustradas e até mesmo desrespeitadas (Ncube, Barlow, &

Mayers, 2016).

Estevam e Silva (2016) indicam que os profissionais da enfermagem são fundamentais

na oferta do apoio e na promoção da autonomia das puérperas, devendo buscar atender a díade

de forma integral, não somente as necessidades do neonato. Tais atitudes ajudam a reduzir a

angústia das genitoras. Wernet, Ayres, Viera, Leite, e Mello (2015) discutem que quando a

equipe de saúde manifesta sensibilidade e interesse pelas vivências e sofrimentos da mãe, o

profissional é enxergado como alguém que vai além da sua função.

A maneira como a equipe se relaciona pode influenciar a forma como a mãe cuida do

seu bebê. Em alguns casos, o acolhimento manifestado pelos profissionais é caracterizado por

desconfortos, sofrimentos e incertezas, consequentemente afetando a autonomia e autoestima

das genitoras (Wernet et al., 2015). O apoio dos profissionais também foi destacado no estudo

de Lilo, Shaw, Corcoran, Storfer-Isser, & Horwitz (2016), nele as genitoras expressaram a

necessidade de se relacionar com a equipe da enfermagem, os quais forneceram o apoio

emocional, bem como construíram uma relação baseada na confiança, o que permite que as

mães fiquem confortáveis em deixar seus bebês no hospital, retornando para seus lares quando

era necessário.

As percepções da puérpera a respeito do apoio da equipe, além da comunicação,

promovem sensações de poder, de sentir bem-vinda na UTIN, assim como de se perceber útil,

influenciando na satisfação das mães acompanhantes. Outros benefícios são observados no que

se refere as puérperas se vincularem melhor aos neonatos e administrar com mais facilidade o

estresse relacionado com a vivência na UTIN. Já quando os profissionais são ausentes ou

constroem interações negativas, as genitoras apresentam raiva, estresse, culpa e frustração (Lilo

et al., 2016).

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Dadalto e Rosa (2016) relatam a importância do apoio dos profissionais para a

amamentação, destacando que a qualidade das relações com a equipe e sua percepção do apoio

são fundamentais para o estabelecimento do aleitamento materno. Além disso, o mesmo

apresenta-se como um desafio no contexto da UTIN, caracterizado como um processo

complexo, que demanda cuidado da equipe e da rede de apoio social da nutriz (Bezerra et al.,

2017). Enfatiza-se que os neonatos que estão na UTIN são influenciados de forma negativa em

relação a amamentação, em virtude da separação mãe/bebê (Cunha & Siqueira, 2016).

As rotinas do hospital e as intervenções da equipe podem ser um facilitador, quando

utilizam medidas eficientes e contínuas de apoio tanto para a mãe quanto sua família. Os

diferentes momentos considerados difíceis durante o aleitamento materno, geralmente se

apresentam quando o apoio dos profissionais é insuficiente ou desfavorável (Pereira, Abrão,

Ohara, & Ribeiro, 2015). Destaca-se que um dos principais fatores que provocam o desmame

precoce é a desinformação e ausência de apoio para as mães. Nesse sentido, a equipe deve

auxiliar e criar uma relação de confiança, identificar, o mais cedo possível, adversidades e

sentimentos em relação ao aleitamento, através da orientação, auxílio, suporte psicológico ao

longo do período de hospitalização neonatal (Pereira, Garcia & Grandim, 2017).

Gerstein, Poehlmann-Tynan e Clark (2015) apresentam que o comportamento

insensível e intrusivo de algumas mães na UTIN, pode ser ocasionado por elas não perceberem

a disponibilidade emocional de pessoas significativas em suas vidas. Sendo assim, as mesmas

se sentem mais ansiosas e manifestam mais dificuldades em serem sensíveis a seus filhos

durante a alimentação, momento em que é necessária sintonia emocional.

Cartaxo et al., (2014) ressalta que conhecer os aspectos emocionais e sociais vivenciados

por elas e oferecer suporte para o desempenho do papel materno nesse momento deve fortalecer

o vínculo mãe-filho. Dessa forma, nota-se a importância do apoio para o desenvolvimento e

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promoção do vínculo através das relações estabelecidas no processo de cuidado da mãe para

com o seu bebê, como também por meio de ferramentas que aproximam os indivíduos

estimulando as relações e o envolvimento entre si no período de hospitalização. A formação do

vínculo pode ser trabalhada através de uma convivência harmoniosa e de apoio (Cartaxo et al.,

2014).

Diante do que foi exposto, percebe-se a relevância do apoio social para as puérperas que

estão com seus filhos hospitalizados, tendo em vista o momento de fragilidade dessas mulheres.

O apoio percebido influencia positivamente nos mais diferentes aspectos, como o vínculo mãe-

bebê, no processo do aleitamento materno e na saúde mental. Além disso, destaca-se que a

equipe de saúde é um elemento importante diante do processo de hospitalização, a mesma é

fundamental, em virtude de auxiliar ao fortalecer e orientar que as demais fontes de apoio

(familiares e pares), para que eles possam atuar em conjunto diante das necessidades

demonstradas pelas mães, construindo assim, um ambiente mais saudável e que minimize os

diferentes danos causados pelo adoecimento do neonato.

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3. Objetivos

3.1. Geral

Comparar os indicadores de necessidades e apoio social percebido em mães de neonatos

em Cuidados Paliativos e das mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI Neonatal.

3.2. Específicos

Seguem objetivos específicos:

a) realizar a equivalência semântica do item 13 da Escala para avaliação do

apoio social percebido por mães de bebês prematuros hospitalizados;

b) caracterizar os dados sociodemográficos e de saúde das mães de neonatos

em Cuidados Paliativos e das mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI

Neonatal;

c) verificar as necessidades das mães de neonatos em Cuidados Paliativos e

das mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI Neonatal;

d) identificar o apoio social percebido das mães de neonatos em Cuidados

Paliativos e das mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI Neonatal.

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4. Método

4.1. Aspectos metodológicos:

Trata-se de um estudo de caráter quantitativo, transversal e comparativo. O corte

transversal caracteriza-se por obter informações apenas uma única vez, a partir de sujeitos em

uma série de diferentes condições, as quais, acredita-se, possam ser significativas para a

mudança (Breakwel, Fife- Schaw, Hammond, & Smith, 2010). Já o estudo comparativo é

voltado para investigar semelhança e diferenças entre grupos, com a finalidade de compreender

a causa ou a razão das possíveis diferenças no comportamento ou condição dos indivíduos dos

grupos (Bellucci, 2016; Lakatos & Marconi, 2007).

4.2. Participantes:

Os sujeitos desta pesquisa são mães de neonatos hospitalizados na UTIN divididos em

dois grupos. Um dos grupos foi composto pelas mães de neonatos em Cuidados Paliativos na

UTIN (grupo A) e o outro formado por mães de bebês hospitalizados na UTIN (grupo B). A

amostra foi definida pelo critério de conveniência, em virtude da dificuldade de acesso a

registros referentes à prevalência de neonatos hospitalizados em Cuidados Paliativos nos

hospitais pesquisados. Inicialmente, foram entrevistas 30 mães de neonatos em CP (grupo A),

e posteriormente, utilizando o espelhamento do n obtido, foram selecionadas outras 30 genitoras

para o grupo contraste (grupo B).

As mães foram selecionadas de acordo com os seguintes critérios de inclusão: a) Ter

um período mínimo de 24 horas hospitalização na UTIN; b)Ter condições de responder às

questões dos instrumentos (estar orientada em relação ao tempo e espaço); c)Ser mãe

acompanhante de recém-nascido internado em Cuidados Paliativos na UTIN; d) Ser mãe

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acompanhante de neonato hospitalizado na UTIN; e) Ter idade igual ou superior a 18 anos; f)

Manifestar o desejo de participar do estudo, assinando o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (Apêndice A). Sendo excluídas: a) Mães de neonatos que foram a óbito; b)

Genitoras hospitalizadas na UTI Materna.

4.3. Locais da pesquisa:

A pesquisa foi realizada nas UTINs da Maternidade Escola Januário Cicco e do Hospital

Dr. José Pedro Bezerra, ambos localizados no município de Natal (Rio Grande do Norte). Esses

hospitais são instituições públicas de referências no estado no atendimento de gestantes e

neonatos em situação de risco, sendo adeptos das diretrizes do Método Canguru preconizadas

pelo Ministério da Saúde e possuem a titulação de “Hospital Amigo da Criança”, atribuído pelo

Fundo das Nações Unidas para Infância (UNICEF), sendo uma iniciativa que busca incentivar

o aleitamento materno através de dez passos (Silva et al., 2018). Além disso, tais instituições

têm o maior número de leitos de UTIN, prestando assistência a pacientes de todo o estado do

Rio Grande do Norte (Dantas, 2012). E ainda os hospitais caracterizam-se por funcionar como

campo de pesquisa, ensino e prática na área da saúde, atendendo usuários do Sistema Único de

Saúde.

4.4. Instrumentos:

4.4.1 Questionário Sociodemográfico e de saúde

Trata-se de um questionário criado especificamente para a presente pesquisa. Este

instrumento possibilitou o registro de dados da mãe do neonato, investigando sua idade,

naturalidade, renda mensal, escolaridade, situação de trabalho, estado civil, religião, conforme

disposto no apêndice B. Além disso, foram coletadas características clínicas de saúde do

neonato, diagnóstico médico, gestação e parto (Fonseca, 2016; Scarabel, 2011).

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4.4.2. Inventário de Necessidades e Estressores de Familiares de Terapia Intensiva (INEFTI)

Instrumento originado do Critical Care Family Needs Inventory (CCFNI), o qual busca

medir o grau de importância que o familiar atribui a cada uma das necessidades do instrumento,

disponível no anexo 1. Este foi validado e adaptado para a população brasileira (Castro, 1999;

Morgon & Guirardello, 2004). Nele atribui-se escores em escala tipo Likert de quatro pontos:

(1) não importante, (2) pouco importante, (3) importante e (4) muito importante. Quanto maior

o valor atribuído ao item, maior o grau de importância das necessidades do familiar.

Os escores para as subescalas são obtidos a partir da média dos escores das respostas

dos participantes, variando de um a quatro pontos. Tal inventário contém 43 itens que se

organizam em cinco dimensões: informação (oito itens: 3, 4, 11, 13, 15, 16, 19, 36), segurança

(sete itens: 1, 5, 14, 17, 33, 40, 41), proximidade (nove itens: 6, 10, 29, 34, 37, 38, 39, 42, 43),

suporte (13 itens: 2, 7, 9, 12, 18, 22, 24, 25, 26, 27, 30, 31, 35) e conforto (seis itens: 8, 20, 21,

23, 28, 32) (Freitas, 2005). O escore total do instrumento apresenta uma variação entre 43 a

172, sendo as necessidades consideradas importantes aquelas com média ≥ 3 (Freitas, 2005;

Britto, 2018). A escala ainda apresenta perguntas relacionadas a avaliação da satisfação dos

participantes para com a UTI, porém estas respostas não foram utilizadas por não fazerem parte

dos objetivos desta pesquisa. Sem existir, contudo, prejuízos a análise da escala.

4.4.3. Escala para avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros

hospitalizados

É um instrumento voltado para avaliar o apoio social percebido em mães de bebês

prematuros hospitalizados, conforme o anexo 2. Este foi desenvolvido e validado para a

população brasileira. É composto por 36 perguntas fechadas, do tipo Likert de três pontos: (1)

tanto quanto gostaria; (2) quase tanto quanto gostaria; (3) menos do que gostaria. Nele, são

identificadas seis dimensões de apoio: apoio afetivo (nove itens: 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35

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e 36), material (nove itens: 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26 e 27), informação (seis itens: 1, 3, 4,

7, 13 e 15), emocional (sete itens: 2, 8, 9, 11, 12, 14 e 16), acolhimento (três itens: 10, 17 e 18)

e atenção (dois itens: 5 e 6) (Fonseca, 2016). Para esta pesquisa, foi realizada uma adaptação

do item 13 (que entende como é cuidar de um bebê prematuro), tendo em vista as

particularidades da amostra pesquisada.

4.5. Aspectos éticos

Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Federal

do Rio Grande do Norte (UFRN). Sendo emitidos os pareceres: 2.770.674 e 3.551.993, sob

respectivamente os números de CAAE: 89841018.9.0000.5537 e 17584519.0.0000.5537.

Estando de acordo com as diretrizes da Res. 466/12 e Res. 510/2016 do Conselho Nacional de

Saúde. A participação das mães foi voluntária, portanto, as mesmas formalizaram que

concordavam em participar deste estudo através da assinatura do Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido (Apêndice A).

4.6. Procedimentos de coleta

O estudo piloto foi realizado ao longo do mês de julho, foram entrevistadas cinco mães,

sendo notado que as mesmas apresentavam uma compreensão satisfatória dos instrumentos

utilizados. Ao fim do estudo piloto concluiu-se que os questionários estavam adequados para a

população investigada, não existindo a necessidade de alterar os instrumentos selecionados.

A coleta de dados do grupo A aconteceu de agosto de 2018 a agosto de 2019. Destaca-

se que a pesquisadora estava presente diariamente nas instituições pesquisadas visando obter o

maior número de participantes possível para o presente estudo. O contato com as puérperas

ocorreu nos próprios hospitais e foram selecionadas as mães de acordo com os critérios de

inclusão e exclusão, a partir dos mesmos as genitoras eram convidadas a participar do estudo.

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Posteriormente, a pesquisa era apresentada para as participantes, sendo explicados os

objetivos, os procedimentos e realizada a leitura do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (Apêndice A). Enfatizou-se que a participação era voluntária, sendo assim, aquelas

que aceitaram participar assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Além disso,

foram esclarecidos que as informações eram sigilosas e confidenciais.

Os instrumentos foram aplicados em um único encontro, em formato de entrevista e

individualmente, de acordo com a seguinte ordem: questionário sociodemográfico e de saúde,

Inventário de Necessidades e Estressores de Familiares de Terapia Intensiva (INEFTI) e a

Escala para avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros hospitalizados.

A pesquisadora realizou a leitura de todos os instrumentos utilizados para garantir a

padronização e aplicação homogênea das mães investigadas, como também algumas

participantes poderiam apresentar dificuldades em relação a leitura e interpretação, os quais

ocasionariam possíveis prejuízos para a pesquisa.

Em relação ao grupo B, devido a questões institucionais, a coleta não foi realizada no

Hospital Dr. José Pedro Bezerra. Contudo, não foram observados danos no desenvolvimento

do presente estudo, pois o mesmo hospital apresenta características e aspectos semelhantes a

Maternidade Escola Januário Cicco. A coleta do grupo B aconteceu de setembro de 2019 a

novembro de 2019, buscando entrevistar o mesmo número de mães entrevistadas no grupo A e

seguindo os critérios de inclusão e exclusão. Destaca-se que a aplicação dos questionários

seguiu as mesmas etapas do grupo A, visando a padronização das entrevistas.

4.7. Análise dos dados

Os dados obtidos foram analisados através do software de planilhas eletrônicas Excel

(2016) e o Statistical Packpage for the Social Science (SPSS). Inicialmente foram construídos

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os histogramas, curvas de normalidade e teste normalidade de Shapiro Wilk, com o intuito de

fundamentar as decisões em relação ao tratamento estatístico a ser utilizado, os resultados de

ambas as escalas utilizadas apresentaram uma distribuição não normal (p < 0,05), tal resultado

pode ter sido obtido em virtude do tamanho da amostra, por isso, fez-se uso de testes estatísticos

não paramétricos.

Nesse sentido, para responder o objetivo geral de comparar os indicadores de

necessidades e apoio social em mães de neonatos em Cuidados Paliativos e das mães de recém-

nascidos hospitalizados na UTI Neonatal, bem como os objetivos específicos: verificar as

necessidades das mães do grupo A e grupo B, e identificar o apoio social das mães do grupo A

e grupo B, os dados não paramétricos dos grupos foram organizados em mediana, quartil

inferior (percentil 25) e quartil superior (percentil 75). Sendo os mesmos comparados através

do teste de Mann- Whitney, usado para amostras independentes (Dancey & Reidy, 2013). Nas

amostras e variáveis foram considerados o nível de significância p ≤ 0,05.

A estatística descritiva foi utilizada para analisar os dados sociodemográficos e de saúde

utilizando o Excel. Já no objetivo específico relacionado com a adaptação do item 13 da Escala

para avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros hospitalizados, foi

utilizado o Coeficiente de Kappa de Fleiss buscando avaliar a confiabilidade das respostas dos

juízes. Tal coeficiente atribui as seguintes definições: os valores entre 0,81 e 1,00 são

considerados uma concordância quase perfeita; entre 0,61 e 0,80 são uma concordância

substancial; entre 0,41 e 0,60 concordância moderada; entre 0,21 e 0,40 concordância fraca;

entre 0 e 0,20 não existe concordância (Landis & Koch, 1977). A análise foi realizada através

da calculadora online gratuita criada por Geertzen.

No tocante a confiabilidade dos dados, foi utilizado o índice de alfa de Cronbach, em

relação o Inventário de Necessidades e Estressores de Familiares de Terapia Intensiva, nos

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grupos A e B, foram obtidos os seguintes valores respectivamente: α= 0,79 e α=0,88. Já a Escala

para avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros hospitalizados, ambos

os grupos apresentaram o α= 0, 94. Esses resultados demonstram a confiabilidade dos dados,

apresentando uma consistência interna satisfatória.

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5. Resultados e discussão

5.1. Objetivo geral- Comparar os indicadores de necessidades e apoio social percebido em

mães de neonatos em Cuidados Paliativos e das mães de recém-nascidos hospitalizados na

UTI Neonatal

De acordo com o objetivo geral da presente pesquisa, em relação ao construto de

necessidades, segundo os resultados obtidos na Tabela 1, não foram encontradas diferenças

significativas entre as mães de neonatos em Cuidados Paliativos (grupo A) e das mães de recém-

nascidos hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (grupo B).

Tabela 1 - Comparação das necessidades entre mães de neonatos em Cuidados Paliativos e

mães de bebês hospitalizados

Grupos Grupo A Grupo B

Mínimo 139 127

Máximo 172 172

25 % 161,5 161,75

Mediana 167 166

75% 169 170,25

Coeficiente de variação 5,029035 5,952823

Valor de -p 0,98817

Significância NS

Legenda: Análise comparativa das necessidades entre indivíduos do grupo A (mães de neonatos em Cuidados

Paliativos na UTIN) e grupo B (mães de bebês hospitalizados na UTIN). Diferença significativa calculada pelo teste de Mann-Whitney (p ≤ 0,05). NS= não significativo.

Tal resultado surpreende, uma vez que se espera que familiares de pacientes em

Cuidados Paliativos estejam mais fragilizados e precisem de mais atenção da equipe de saúde

(Neves et al., 2018), bem como podem apresentar necessidades importantes que não são

adequadamente reconhecidas pelos profissionais (Areia, Major, Gaspar, & Relvas, 2017). Além

disso, acredita-se que as necessidades biopsicossociais aumentam com o agravo da patologia

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(Sanches, Nascimento, & Lima, 2014). Esses aspectos não foram observados nos resultados

encontrados desta pesquisa.

Apesar disso, achados semelhantes a este estudo foram obtidos por Creutzfeldt et al.,

(2017), nele não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os

cuidadores de pacientes em Cuidados Paliativos em uma neuro- UTI e as demais famílias de

pacientes do serviço de UTI. Destaca-se que ambos os trabalhos têm natureza quantitativa,

como apontam Olding et al., (2016), alguns aspectos do contexto das UTIs não são bem

compreendidos através de instrumentos quantitativos, pois eles não focam nas vivenciais

pessoais individuais e nas características contextuais que permeiam as necessidades. Tais

questões são relevantes, especialmente para familiares de pacientes em Cuidados Paliativos.

É possível ainda que o tempo de permanência na UTIN tenha influenciado as

necessidades percebidas pelas genitoras, pois o elevado nível de estresse ocasionado pela

situação de crise nos primeiros dias de hospitalização dificultam expressar com precisão as suas

necessidades (Shorofi, Jannati, Moghaddam, & Yazdani-Charati, 2016). Outra possibilidade, é

que o ambiente da UTIN seja potencialmente mais ameaçador do que a admissão em Cuidados

Paliativos. Segundo Umasankar e Sathiadas (2016), a UTIN promove elevado níveis de estresse

nas puérperas ao ocasionar a mudança no papel de cuidadora.

Já em relação a comparação dos indicadores do apoio social percebido entre mães de

neonatos em Cuidados Paliativos (grupo A) e mães de recém-nascidos hospitalizados na

Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (grupo B) foi observado diferença significativa entre os

grupos (Tabela2). Nota-se pelos valores obtidos que as mães de neonatos em Cuidados

Paliativos percebem menor apoio social em comparação com as mães de bebês hospitalizados

na UTIN. Sendo assim, é relevante observar que frente a possibilidade de perda do neonato, o

sistema de apoio social é muitas vezes inacessível, em virtude do desconforto e a falta de rituais

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culturais que possam reconhecer as perdas antecipadas. O contexto familiar frequentemente

apresenta um vínculo diferenciado com o recém-nascido internado (Kenner, Press, & Ryan,

2015).

Tabela 2 - Comparação do apoio social percebido entre mães de neonatos em Cuidados

Paliativos e mães de bebês hospitalizados > 1,5 ou 2?

Grupos Grupo A Grupo B

Mínimo 54 67

Máximo 108 108

25 % 80 98,75

Mediana 93,5 102,5

75% 102,5 105,25

Coeficiente de

variação 17,11754 11,72312

Valor de -p 0,015738

Significância *

Legenda: Análise comparativa do apoio social percebido entre indivíduos do grupo A (mães de neonatos em

Cuidados Paliativos na UTIN) e grupo B (mães de bebês hospitalizados na UTIN). Diferença significativa

calculada pelo teste de Mann-Whitney (p ≤ 0,05).

Observa-se ainda um escore mínimo mais baixo nas mães do grupo A em comparação

com o grupo B, apresentando uma variação de 13 pontos entre os grupos. Esse resultado está

de acordo com a literatura, uma vez que durante o tratamento em Cuidados Paliativos, em

virtude do sofrimento emocional e o longo processo de hospitalização, frequentemente os pais

cuidadores tem dificuldades em receber o mesmo nível de apoio anterior ao adoecimento.

Nesse cenário, o apoio de familiares e amigos é muitas vezes inconsistente, os quais não estão

disponíveis (Gaveras, Kristiansen, Worth, Irshad, & Sheikh, 2014).

O familiar cuidador principal no contexto de Cuidados Paliativos geralmente passa a

maior parte do tempo dedicado ao paciente, bem como relata que o apoio social de outros

familiares ou amigos não é suficiente (Delalibera, Barbosa, & Leal, 2018). É notada ainda uma

sobrecarga dos cuidadores, por isso é relevante desenvolver intervenções de apoio para os

cuidadores de pacientes em CP (Delalibera, Presa, Barbosa, & Leal, 2015).

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Destaca-se que os cuidadores em Cuidados Paliativos apresentam menores

oportunidades de interações sociais. É comum ainda perceber a falta de apoio dos familiares,

bem como alterações nos padrões relacionais. Nas situações em que não existe contato com a

família imediata, é esperado apresentar o sentimento de isolamento social (Reis, Moré, Krenkel,

& Menezes, 2020). Além disso, o estudo de Falck, Moorthy, & Hussey-Gardner (2016) discorre

sobre a importância do apoio psicossocial para o alívio do sofrimento materno em relação a

hospitalização do neonato em Cuidados Paliativos.

Já em relação as mães de mães de recém-nascidos hospitalizados na Unidade de Terapia

Intensiva Neonatal (grupo B), apesar do contexto da UTIN apresentaram bons índices de apoio

social percebido, semelhante ao estudo de Dantas (2012). Nos dois estudos, mesmo

acompanhando o neonato na UTIN, e vivenciando momentos que tem pouca oportunidade de

contato com a rede de apoio, as mães acompanhantes perceberam um bom apoio social. Tal

resultado é importante, pois em situações adversas e estressoras características da

hospitalização, é relevante que as mulheres possam contar com pessoas importantes. Nesse

sentido, são minimizados os sentimentos negativos, e a situação torna-se menos traumática

(Exequiel et al., 2019).

É pertinente ressaltar que na pesquisa de Britto (2018) não foi observada uma correlação

estatisticamente significativa entre as dimensões do apoio social percebido e necessidades de

familiares de pacientes hospitalizados em Cuidados Paliativos na Unidade de Terapia Intensiva.

Ou seja, segundo a mesma autora, o apoio social percebido não influencia as necessidades

manifestadas pelos familiares, uma vez que apesar do apoio social percebido e necessidades

avaliarem conceitos que se cruzam, eles não demonstram se influenciarem, destacando ainda a

subjetividade de cada indivíduo (Britto, 2018).

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5.2. Objetivo específico 1- Realizar a equivalência semântica do item 13 da Escala para

avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros hospitalizados

A equivalência semântica do item 13 (que entende como é cuidar de um bebê prematuro)

da Escala para avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros

hospitalizados, foi realizada através da alteração para: “que entende como é cuidar de um bebê

hospitalizado”. Sendo a equivalência definida como a manutenção do sentido dos conceitos

essenciais advindos do instrumento original para a versão adaptada. Por isso, cinco juízes

participantes avaliaram a inteligibilidade e a manutenção do sentido dos conceitos essenciais

advindos da escala original para a versão modificada. Levando em consideração que o efeito

da resposta na nova população deve ser o mesmo da população original (Maia, 2019).

Sendo assim, para avaliar a confiabilidade dos resultados obtidos pelos juízes foi

utilizado o Coeficiente de Kappa de Fleiss (k), o qual é indicado para avaliar medidas de

concordância entre juízes no campo da saúde. É caracterizado como uma medida de associação

que tem como finalidade descrever e testar o grau de concordância, ou seja, é a razão entre a

proporção de vezes que os juízes concordam com a proporção máxima de vezes que os juízes

poderiam concordar (Alexandre & Coluci, 2011; Pereira, Maia, Hazin, & Maia, 2016; Perroca

& Gaidzinski, 2003).

Dessa forma, a partir do cálculo do Coeficiente de Kappa de Fleiss obteve-se o

coeficiente 0,625; considerado uma concordância substancial (Landis & Koch, 1977). Portanto,

os resultados apresentados pela realização da equivalência semântica do item 13, demonstraram

ser satisfatórios. Assim, a Escala para avaliação do apoio social percebido por mães de bebês

prematuros hospitalizados com o item 13 modificado (que entende como é cuidar de um bebê

hospitalizado) foi aplicada na população pesquisada.

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5.3. Objetivo específico 2- Caracterizar os dados sociodemográficos e de saúde das mães

de neonatos em Cuidados Paliativos e mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI

Neonatal

A amostra foi composta por 30 mães em cada grupo, em relação a idade o grupo A

apresentou uma mediana de 26 anos (valor mínimo= 18 e valor máximo= 43), enquanto o grupo

B uma mediana de 25,5 anos (valor mínimo=18 e valor máximo= 36). Resultados semelhantes

foram encontrados nos estudos de Dantas (2012) e Fonseca (2016). Nota-se que pelas idades

das participantes não apresentavam riscos para o desenvolvimento da gravidez ou para o bebê

(Fonseca, 2016). Além disso, as genitoras com menos de 18 anos não participaram desta

pesquisa, de acordo com critérios de inclusão e exclusão da mesma.

Tabela 3 - Variáveis sociodemográficas e de saúde das mães de neonatos em Cuidados

Paliativos (grupo A) e mães de recém-nascidos hospitalizados na UTIN (grupo B)

Variáveis Grupo A Grupo B

N % N %

Mesorregião Leste potiguar 21 70% 20 67%

Oeste potiguar 2 7% 0 0

Agreste potiguar 5 17% 8 27%

Central potiguar 2 7% 2 7%

Estado civil Solteira 7 23% 6 20%

União estável/casada 23 77% 24 80%

Escolaridade E. fundamental

(completo ou

incompleto)

12 40% 13 43%

Ensino médio

(completo ou

incompleto)

14 47% 16 53%

Graduação (completo

ou incompleto)

1 3% 1 3%

Pós- graduação

(completo ou

incompleto)

3 10% 0 0

Ocupação Dona de casa 11 37% 10 33%

Agricultora 6 20% 7 23%

Empregada doméstica 0 0 4 13%

Outros 13 43% 9 30%

Renda Menos de 1 SM 14 47% 11 37%

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Entre 1 e 2 SM 13 43% 15 50%

Entre 2 e 3 SM 2 7% 2 7%

Maior que 3 SM 1 3% 2 7%

Religião Católica 14 47% 16 53%

Evangélica 11 37% 9 30%

Outras 2 7% 0 0

Sem religião 3 10% 4 13%

Gestações Primigesta 8 27% 11 37%

Multípara 22 73% 19 63%

Aborto/

Natimorto/OFIU

sim 11 37% 5 17%

não 19 63% 25 83%

Anomalias sim 3 10% 1 3%

não 27 90% 29 97%

Em relação a mesorregião de moradia, a maioria das mães de ambos os grupos residiam

na mesorregião leste potiguar (Tabela3), a qual é a mais importante do estado do Rio Grande

do Norte, caracteriza-se por ser a mais populosa, contendo a capital Natal e sua região

metropolitana (Freire, 2012). Os hospitais da presente pesquisa eram localizados na capital,

sendo assim percebe-se que a maioria das mães residiam em Natal ou na sua região

metropolitana, esse aspecto é relevante, pois facilita o acesso da rede de apoio das puérperas.

Quando as mães moram no interior, ou seja, distantes dos hospitais que o neonato está

hospitalizado, isso pode provocar o distanciamento com sua família (Vasconcelos, Almeida, &

Bezerra, 2006). Na pesquisa de Santos et al., (2018), também foi observado que as genitoras

eram moradoras do munícipio que se encontrava a UTIN ou residiam em cidades vizinhas.

No que diz respeito ao estado civil, a maioria das mães dos dois grupos afirmaram estar

em união estável ou casada, resultados semelhantes foram encontrados por Dantas (2012),

Fonseca (2016), Foch (2015), Molina, Higarashi e Marcon (2014), Scarabel (2011) e Zanfolim

et al., 2018). Esse dado é importante uma vez que as funções do companheiro são reconhecidas

em relação aos cuidados com os neonatos, existindo benefícios ainda em relação a participação

dele no parto, pós-parto e apoio a amamentação. Tais etapas são influenciadas pelas atitudes do

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genitor, o suporte emocional oferecido a companheira contribui para a melhor adaptação da

mulher (Brasil, 2017).

Já em relação a escolaridade grande parte das mães dos grupos A e B apresentaram

ensino médio (completo ou incompleto), dados similares foram apontados por Fonseca (2016)

e Scarabel (2011), nota-se ainda que três (10%) puérperas do grupo de mães de neonatos

hospitalizados em Cuidados Paliativos afirmaram ter pós-graduação (completa ou incompleta).

No tocante a ocupação, a mais frequente relatada pelos grupos foi dona de casa, tal

resultado também foi observado por Scarabel (2011) e Zanfolim et al., (2018). Ademais, as

mães de neonatos hospitalizados em CP relataram mais vezes uma renda menor que um salário

mínimo, enquanto que as mães do grupo B apresentam a renda entre 1 e 2 SM mais frequente.

Assim, ambos os grupos apresentam uma renda considerada baixa, esse aspecto é importante,

uma vez que ao longo da hospitalização as puérperas podem necessitar de assistência financeira

e apoio material (Fonseca, 2016). Soma-se a isso o fato de a pobreza é um fator que pode

contribuir para a prematuridade, baixo peso e mortalidade neonatal (Foch, 2015).

Em relação a religiosidade, uma quantidade substancial das mães dos dois grupos

relatou ser católica ou evangélica, semelhante ao estudo de Foch (2015) e Dantas (2012).

Fonseca (2016) discorre que a espiritualidade merece destaque, uma vez que pode auxiliar as

genitoras a apresentarem esperança em relação ao prognóstico dos filhos, especialmente em

situações de desânimo. Enfatiza-se que apoio espiritual, oferecido de acordo com as crenças

religiosas e/ou espirituais, viabiliza uma alteração na perspectiva subjetiva do processo saúde-

doença, tal apoio auxilia para que a família atribua outro significado para sua vivência, e muitas

vezes sendo uma relevante estratégia de enfrentamento (Brasil, 2017).

A maioria das puérperas dos grupos A e B relataram ser multíparas, esse resultado

também foi obtido nos estudos de Foch (2015), Dantas (2012) e Fonseca (2016). Grande parte

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das mães dos grupos afirmaram não ter apresentado anteriormente aborto/natimorto/Óbito Fetal

Intrauterino e anomalias, porém em relação as respostas afirmativas, as genitoras de neonatos

hospitalizados em CP (grupo A) manifestaram uma frequência maior (37% e 10%) quando

comparado com as mães de neonatos hospitalizados na UTIN (grupo B) (17% e 3%).

De acordo com os dados referentes a gestação atual, organizados na Tabela 4, notou-se

que a maioria das puérperas dos grupos A e B relataram que a gestação não foi planejada,

semelhante ao estudo de Zanfolim et al., (2018). Além disso, uma quantidade significativa das

mães de ambos os grupos afirmou ter apresentado intercorrências na gestação, porém grande

parte não manifestou intercorrências durante e após o parto. Soma-se a isso o fato de que a

maioria das mães afirmaram ter realizado acompanhamento pré-natal, esses achados são

similares ao encontrado na pesquisa de Fonseca (2016). Nesse sentido, apesar dos riscos

ocasionados pelas intercorrências na gravidez, uma quantidade substancial das mães realizou o

acompanhamento pré-natal necessário.

Tabela 4 - Variáveis da gestação atual das mães de neonatos em Cuidados Paliativos (grupo

A) e mães de recém-nascidos hospitalizados na UTIN (grupo B)

Variáveis Grupo A Grupo B

N % N %

Gestação planejada Sim 10 33% 12 40%

Não 20 67% 18 60%

Tipo de parto Normal 13 43% 3 10%

Césarea 17 57% 27 90%

Intercorrências na gestação Sim 23 77% 17 57%

Não 7 23% 13 43%

Intercorrências no parto Sim 7 23% 5 17%

Não 23 77% 25 83%

Intercorrências após o parto Sim 4 13% 5 17%

Não 26 87% 25 83%

Acompanhamento pré-natal Sim 30 100% 27 90%

Não 0 0 3 10%

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No que diz respeito ao tipo de parto, os dois grupos apresentaram a cesárea como o parto

mais frequente, fato também relatado por Fonseca (2016), Dantas (2012), Foch (2015) e

Zanfolim et al., (2018), faz se necessário destacar que os hospitais que sediaram a presente

pesquisa são referência para gestação de alto risco. Porém é relevante refletir sobre as elevadas

taxas desse tipo de parto, especialmente no grupo de mães de neonatos hospitalizados na UTIN,

o qual apresentou uma porcentagem de 90% (Fonseca, 2016).

Em relação a idade gestacional e peso, os neonatos hospitalizados em CP, apresentaram

uma idade mediana de 28 semanas (valor mínimo= 23 semanas e valor máximo=41 semanas)

e o peso de 1220 gramas (valor mínimo= 490 gramas e valor máximo= 4230 gramas); já os

bebês das mães do grupo B tiveram uma mediana de 33,5 semanas (valor mínimo= 29 semanas

e valor máximo= 41 semanas) e o peso de 1945 gramas (valor mínimo= 1000 gramas e valor

máximo= 4050 gramas). Ressalta-se que existiram dois pares de bebês gemelares em cada

grupo. A idade gestacional e o peso influenciam quais serão os cuidados indicados e as

intervenções. Essas necessidades demonstradas pelos neonatos podem causar um menor ou

maior atraso em receber os cuidados maternos diretos e contínuos (Brasil, 2017). Sendo assim,

observa-se uma condição de saúde mais frágil para os RNs em CP, demonstrando uma maior

necessidade de cuidados.

Logo, tendo em vista os resultados obtidos, nota-se que os grupos de mães de neonatos

hospitalizados em Cuidados Paliativos e mães de neonatos hospitalizados na UTIN

apresentaram semelhanças em relação a maioria das variáveis. Tal aspecto demostra a

homogeneidade da amostra, bem como é considerado relevante uma vez que o presente estudo

é comparativo.

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65

5.4. Objetivo específico 3- Verificar as necessidades das mães de neonatos em Cuidados

Paliativos e mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI Neonatal

No que diz respeito às necessidades apresentadas, inicialmente os resultados obtidos

pelo Inventário de Necessidades e Estressores de Familiares de Terapia Intensiva foram

organizados em suas dimensões: necessidade de informação, necessidade de segurança,

necessidade de proximidade, necessidade de suporte e necessidade de conforto. Após a análise

comparativa das dimensões entre os dois grupos foi possível constatar que não existe diferença

significativa entre as dimensões do construto necessidades dos grupos A e B (Tabela5).

Verificou-se que para ambos os grupos foi atribuído um alto grau de importância a todos as

dimensões, isso demonstra que é relevante no contexto de hospitalização na UTIN para as mães

as necessidades de informação, segurança, proximidade, suporte e conforto. Nenhuma

necessidade foi avaliada como não importante, semelhante ao que foi encontrado por Soares,

Santos e Gasparino (2010).

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66

Tabela 5 - Comparação das dimensões das necessidades entre mães de neonatos em Cuidados Paliativos e mães de bebês hospitalizados

Necessidade de

informação

Necessidade de

segurança

Necessidade de

proximidade

Necessidade de

suporte

Necessidade de

conforto

Grupos Grupo A Grupo B Grupo A Grupo B Grupo A Grupo B Grupo A Grupo B Grupo A Grupo B

Mínimo 26 23 26 21 28 25 36 39 14 12

Máximo 32 32 28 28 36 36 52 52 24 24

25 % 30,75 30 28 28 34 34 46 45,75 22 22,75

Mediana 32 31 28 28 36 36 49 49 24 24

75% 32 32 28 28 36 36 50,5 51,25 24 24

Coeficiente

de variação 4,899142 5,807969 1,656765 4,797454 5,735978 8,104434 9,072468 7,175631 12,05917 11,43034

Valor de -p 0,18738 0,96005 0,90945 0,87543 0,86057

Significância NS NS NS NS NS

Legenda: Análise comparativa das dimensões das necessidades entre indivíduos do grupo A (mães de neonatos em Cuidados Paliativos na UTIN) e grupo B (mães de bebês

hospitalizados na UTIN). Diferença significativa calculada pelo teste de Mann-Whitney (p ≤ 0,05). NS= não significativo.

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67

No estudo de Ribeiro et al., (2012) foi observado que os familiares avaliaram como

importantíssimo suporte, segurança, proximidade e informação, sendo atribuída menor

importância a dimensão conforto. Tal diferença pode ser justificada tendo em vista que o estudo

de Ribeiro et al., (2012) foi realizado com familiares de ambos os sexos, porém a presente

pesquisa entrevistou somente as puérperas, sendo a dimensão conforto também avaliada com

alto escore, é relevante destacar que as mães se encontram em recuperação do período pós-

parto, sendo assim elas devem apresentar particularidades em relação ao conforto. E ainda nas

pesquisas realizadas por Alves et al., (2016) e Baía, Alves, Amorim, Fraga e Silva (2015) todos

os itens do INEFTI foram avaliados como importantes.

A necessidade de informação, a qual apresentou elevado score, é relacionada com

informações claras e objetivas sobre o estado de saúde, as mesmas são essenciais, auxiliam a

comunicação entre familiares e equipe (Soares, Santos & Gasparin, 2010). Britto (2018) relata

a relevância da comunicação aberta, efetiva e afetiva entre os familiares e profissionais da

saúde. Através dela é possível que os profissionais instrumentalizem e se aproximem dos

familiares, por meio da empatia, apoio e escuta ativa (Moerschberger & Zimath, 2017). Sendo

assim, de acordo com os resultados, tanto as mães do grupo A quanto as do grupo B, necessitam

de informação adequada.

Tais elementos são imprescindíveis no contexto de hospitalização de um neonato na

UTIN. Sendo essencial a manutenção de uma via permanente de comunicação entre a equipe e

os genitores do neonato hospitalizado. Esclarecimentos de dúvidas geralmente são efetivos

quando se faz uso de um vocabulário simples e próximo da realidade dos indivíduos

(Moerschberger & Zimath, 2017; Oliveira et al.,2013). A comunicação implica em observar

no outro seus gestos e falas, considerar o que o indivíduo quer saber, bem como compartilhar

esforços e responsabilidades (Puggina et al., 2014). Além disso, as emoções de medo e perda,

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devem ser trabalhadas pela equipe, através do apoio e diálogo com a família. É no contexto de

enfrentamento das adversidades e no período de adaptação que é possível criar estratégias que

capacitem a elaboração da realidade vivenciada, a qual pode ter como desfecho a recuperação

ou óbito do RN (Oliveira et al., 2013).

A dimensão segurança é associada com o acolhimento vivenciado pelas mães ao chegar

na UTIN. Ela é associada com sentir-se seguro, ou seja, com menos ansiedade ou medo em

relação ao estado de saúde e prognóstico do paciente (Puggina et al., 2014). Moerschberger e

Zimath (2017) referem que para os familiares sentirem confiança nos cuidados ofertados pela

equipe, anteriormente necessitam ser amparados, informados em relação as regras e rotinas da

unidade, bem como ser enxergados como sujeitos; tais atitudes fortalecem o vínculo e

transmitem segurança. Os elevados índices nesta dimensão, demonstram a relevância dela para

os grupos investigados na presente pesquisa.

No cenário da UTIN, é considerado um constante desafio confiar os cuidados do seu

filho recém-nascido adoecido a alguém que não se conhece previamente. Muitas vezes

sentimentos de frustração, tristeza e medo são gerados pela percepção de falta de controle da

situação de internamento do neonato. Assim, as puérperas precisam construir vínculos de

confiança com os profissionais que ofertam o cuidado (Azevedo, 2016).

A necessidade de segurança está interligada com a informação, pois a ausência de

informações ocasiona medo e ansiedade (Soares, Santos & Gasparin, 2010). Portanto, nota-se

a importância de medidas que esclareçam sobre as rotinas da UTIN, enfatizando os cuidados

ofertados, dados da rotina do setor, através de informações claras (Britto, 2018), atendendo a

necessidade de segurança das mães acompanhantes dos dois grupos. O suporte dos

profissionais, realizado através da conversa e conforto, promove nos pais a sensação de

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tranquilidade por meio da segurança e palavras de auxílio (Oliveira, Lopes, Aguiar Lélis, Mota,

& Cardoso, 2014).

No contexto da neonatologia, a equipe também precisa observar o comportamento

parental, destaca-se os momentos de conversa e orientação dos genitores e familiares,

enfatizando a relevância do vínculo afetivo com o neonato, ressaltando a importância da

proximidade, toque e as vozes. Com intervenções da equipe facilitando o contato com o RN, os

genitores se sentem mais seguros para se aproximar afetivamente do filho (Brasil, 2017).

Em um estudo realizado na Unidade de Terapia Pediátrica, foi demonstrado que as

necessidades de informação, segurança e suporte estão relacionadas, uma vez que informações

claras e objetivas reduzem a ansiedade dos familiares e auxiliam na comunicação com os

profissionais (Silva et al., 2014). Quando a equipe de saúde apresenta atitudes de apoio e

empatia para as puérperas, as quais vão além da comunicação, as mães passam a se sentir bem-

vindas na UTIN, bem como acreditam ser úteis e conseguem administrar melhor o estresse (Lilo

et al., 2016).

A dimensão de proximidade destaca a necessidade das mães tanto das mães de neonatos

em Cuidados Paliativos quanto das mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI Neonatal de

estarem próximas do filho física e emocionalmente. O estudo de Moerschberger e Zimath

(2017) aponta a importância de os familiares participarem do tratamento dos pacientes. Almeida

et al. (2018) enfatizam que as genitoras precisam ser participantes ativas no processo de

hospitalização do filho na UTIN, para ser possível elaborar a nova realidade. Quando as

genitoras conseguem gradativamente compreender a situação, e consequentemente são capazes

de reconhecer as necessidades e competências do filho, elas desenvolvem recursos, e assim

retornam ao estado de equilíbrio anterior da hospitalização (Brasil, 2017).

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Destaca-se que a equipe precisa oferecer o apoio necessário de acordo com as

necessidades de proximidade manifestadas pelas mães, ela deve fomentar a participação das

puérperas, que consequentemente aumenta a confiança e permite que as genitoras auxiliem

melhor as demandas dos filhos hospitalizados (Ncube et al., 2016). É importante perceber que

no puerpério, período que as mães participantes desta pesquisa estavam, a mulher também

necessita de cuidados, portanto, é relevante que ela seja valorizada quando ao ajudar nos

cuidados do neonato (Azevedo, 2016). Usualmente as regras rígidas das unidades de

neonatologia necessitam ser flexibilizadas, para que ocorra a participação ativa da família

(Santos et al., 2013).

Além disso, tendo em vista a fragilidade do bebê que está na UTIN, o paciente necessita

de relação afetiva segura e estável com seus pais, construída através de interações contínuas

entre eles (Brasil, 2017). Dessa forma, quando as puérperas são ativas no processo de cuidado

dos seus filhos, elas podem ter experiências positivas e prazerosas, bem como auxilia que se

percebam mães e exerçam a maternagem (Santos et al., 2017).

A necessidade de suporte significa reconhecer o familiar como alguém que sofre e

precisa de cuidados, o mesmo não é apenas um coadjuvante na assistência (Puggina et al.,

2014). Sendo assim, as mães de ambos os grupos demonstram ser importante estar próximo de

outros familiares, amigos e profissionais da saúde diante da hospitalização do bebê. Sentir-se

amparado em um momento de crise pode ocasionar conforto emocional, por isso, é pertinente

que a equipe identifique o seu papel no ato de cuidar, como também enxergue suas

necessidades. Com uma maior interação poderá haver um aumento na confiança, cooperação,

empatia; além da redução da ansiedade, promovendo uma assistência singular (Moerschberger

& Zimath, 2017).

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As manifestações de dor e sofrimento, especificamente dos genitores que acompanham

ou antecedem o processo de luto na UTIN podem se manifestar de diferentes formas, variando

desde manifestações intensas até a falta de qualquer demonstração explícita, as duas são

consideradas de difícil manejo. Sendo assim, a equipe precisa estar sensível a tais atitudes,

estando disponível para acolher os desejos e solicitações características de tal período. Alguns

pais relatam o desejo de dar banho, arrumar, escolher roupas que tenham um significado

especial. Outros manifestam o desejo de colocar os filhos nos braços, ninar, cantar, caminhar

com o neonato; existindo ainda aqueles que solicitam cerimônias e rituais religiosos na UTIN.

Por isso, faz-se necessário adotar atitudes flexíveis, especialmente antes do óbito, permitindo

que a família faça uso dos seus recursos de enfrentamento para manejar a dor e o sofrimento

(Brasil, 2017).

A dimensão de conforto refere a importância de reconhecer os cuidados de ambiência

como relevantes para o enfrentamento da hospitalização. O conforto é um aspecto que ameniza

o sofrimento ao longo do internamento (Moerschberger & Zimath, 2017). Destaca-se que no

contexto da UTIN o conforto é essencial, tendo esta dimensão apresentado elevados níveis nos

dois grupos, pois as mulheres encontram-se no período de recuperação do pós-parto. Ademais,

a maioria das participantes relatou ter realizado uma césarea, a qual geralmente demanda mais

cuidados em virtude de ser um procedimento cirúrgico. Por isso, as mães necessitam de repouso,

atenção com as suturas ocasionadas pelo parto e a alimentação em virtude da amamentação,

como também higiene. Tais cuidados permitem que elas possam se recuperar fisicamente, bem

como evitam complicações (Barbosa et al., 2018).

A ambiência tem a finalidade de organizar espaços saudáveis e acolhedores, de acordo

com a Política Nacional de Humanização, o espaço deve oferecer confortabilidade, ser um

instrumento facilitador do processo de trabalho e favorecer o encontro entre os sujeitos (Brasil,

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2013). Esses aspectos são essenciais, uma vez que torna o ambiente da UTIN menos estressante

(Brasil, 2017).

Santos et al. (2017) apontam que os hospitais precisam investir em recursos que criem

ambiências acolhedoras e harmônicas, potencializando a assistência ao neonato e família. A

oferta de alimentação e de uma sala voltada para o descanso e acolhimento das puérperas,

segundo os mesmos autores, foram considerados elementos relevantes frente a maternagem,

uma vez que auxilia a permanência das genitoras na UTIN, permitindo assim uma melhor

interação e construção do vínculo entre a díade.

Segundo Ribeiro et al. (2012) dois aspectos precisam ser considerados ao atender as

necessidades de familiares de bebês hospitalizados na UTIN, as diretrizes do Método Canguru,

que preconiza a permanência constante das puérperas, viabilizando que elas participem do

processo de cuidar, favorecendo, dessa forma, a formação do vínculo e redução da ansiedade.

E ainda entender a concepção do cuidado ampliado, em seus pressupostos objetivos e

subjetivos, valorizando tanto o neonato quanto sua família, especialmente sua mãe.

Nesse sentido, diante do momento de fragilidade e do período pós-parto vivenciado

pelas mães acompanhantes, de acordo com os dados obtidos nas dimensões, nota-se a

importância de uma assistência integral dos profissionais da equipe de saúde, frente as

necessidades das puérperas, auxiliando na adaptação tanto das mães de neonatos em Cuidados

Paliativos quanto das mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI Neonatal. O acolhimento

adequado, comunicação e empatia permitem que as mães se sintam mais seguras e valorizadas,

viabilizando a redução do estresse materno (Souza et al., 2013; Williams et al., 2018).

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5.5. Objetivo específico 4- Identificar o apoio social percebido das mães de neonatos em

Cuidados Paliativos e mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI Neonatal

Os resultados obtidos pela Escala para avaliação do apoio social percebido por mães de

bebês prematuros hospitalizados foram dispostos de acordo com as seguintes dimensões: apoio

afetivo, apoio material, apoio de informação, apoio emocional, apoio de acolhimento e apoio

de atenção. A análise comparativa das dimensões apresentou diferença significativa entre as

dimensões relacionadas com o apoio afetivo e apoio de acolhimento entre os grupos, as mães

de neonatos em Cuidados Paliativos apresentaram uma percepção menor de apoio nessas

dimensões. As demais dimensões não apresentaram diferença significativa (Tabela 6).

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Tabela 6 - Comparação das dimensões do apoio social percebido entre mães de neonatos em Cuidados Paliativos e mães de bebês hospitalizados

Apoio afetivo Apoio material Apoio de

informação Apoio emocional

Apoio de

acolhimento Apoio de atenção

Grupos Grupo

A

Grupo

B

Grupo

A

Grupo

B

Grupo

A

Grupo

B

Grupo

A

Grupo

B

Grupo

A

Grupo

B

Grupo

A

Grupo

B

Mínimo 9 16 9 10 10 13 11 8 3 3 2 2

Máximo 27 27 27 27 18 18 21 21 9 9 6 6

25 % 21,75 27 16,75 21,75 14 16 15,75 17,75 6 8 5 4,75

Mediana 26,5 27 23,5 26 16,5 17 18,5 20 7 9 5 6

75% 27 27 26,25 27 18 18 21 21 9 9 6 6

CV 22,1045

9 9,36559

25,4775

3 19,9103 15,5312 9,32314

18,9501

2

16,8609

4

28,5799

8

20,7613

7

22,6509

4

24,4298

4

Valor de -p 0,0087141 0,0769 0,095453 0,13073 0,015466 0,40496

Significância * NS NS NS * NS

Legenda: Análise comparativa das dimensões do apoio social percebido entre indivíduos do grupo A (mães de neonatos em Cuidados Paliativos na UTIN) e grupo B (mães de

bebês hospitalizados na UTIN). Diferença significativa calculada pelo teste de Mann-Whitney (p ≤ 0,05). NS= não significativo.

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Em relação as mães de recém-nascidos hospitalizados na UTIN (grupo B), é possível

notar que apresentaram bons escores de apoio social percebido, dado semelhante foi encontrado

por Dantas et al. (2015). O mesmo estudo realizado com mães de bebês prematuros

hospitalizados na UTIN destaca a relevância das mães em perceber o apoio social ao longo do

puerpério nessa unidade.

No tocante as puérperas do grupo A, o trabalho de Britto (2018) realizado com

familiares de pacientes em CP apresentou um bom score de apoio social percebido referente a

dimensão apoio afetivo, diferente do presente estudo que foi encontrado um valor

significativamente menor nessa dimensão entre as mães de neonatos em CP quando comparado

com mães de RNs hospitalizados na UTIN. Tal diferença pode ser justificada pelas

peculiaridades específicas das diferentes populações investigadas, destacando que as puérperas

se encontram em um período de fragilidade emocional que pode ser agravado com a

hospitalização do filho na UTIN em CP, portanto podem necessitar de mais afeto da sua rede

de apoio.

O apoio afetivo está relacionado com as manifestações da rede de apoio do indivíduo de

amor, carinho e afeição. Se a puérpera percebe ser uma pessoa querida e amada, que pode contar

com a ajuda das pessoas (Fonseca, 2016; Griep et al., 2005; Sherbourne, & Stewart, 1991). Esta

dimensão apresenta ainda o valor máximo de 27 e mínimo de 9 (Fonseca, 2016). Nesse sentido,

de acordo com os resultados obtidos, as mães de neonatos hospitalizados em Cuidados

Paliativos na UTIN percebem um apoio afetivo menor do que mães de recém-nascidos

hospitalizados na UTIN, apresentando uma variação de até 7 pontos entre os grupos.

É possível que a hospitalização do filho em Cuidados Paliativos tenha um impacto

negativo nas redes sociais. Muitas vezes a patologia tem caráter limitante e provoca restrições

em relação aos contatos sociais, os cuidadores também tendem a ativar menos as redes, e assim

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ocorre uma diminuição do intercâmbio interpessoal. Destaca-se que quando os familiares e

amigos não estão presentes, existe uma maior necessidade de apoio dos profissionais (Reis et

al., 2020).

Nesse sentido, diante da percepção de um menor apoio afetivo, é possível que as mães

se sintam privadas das relações de carinho e afeto da sua rede de apoio íntima, como outros

filhos e companheiro. Agravando a situação de vulnerabilidade. Soma-se a isso o fato de que a

família extensa pode ter dificuldades em manejar os sentimentos de medo característico da

situação (Molina et al., 2014). E destaca-se que a ausência da presença e afeto dos familiares é

experimentada com desprazer e tristeza pelas mães (Zanfolim et al., 2018).

Nota-se que o diagnóstico de uma doença incapacitante ou prognóstico ruim

desestabilizam os familiares, especialmente as mães, as quais encontram-se fragilizadas.

Observa-se que com a ameaça de perda, é esperado buscar o externo, com a finalidade de

reduzir os sentimentos de culpa, frequentes nessas situações (Brasil, 2017). Por isso, o apoio

percebido é essencial para as puérperas no contexto de CP neonatais.

Já a dimensão de apoio de acolhimento diz respeito a percepção da mãe que as pessoas

estão disponíveis para acolher e apoiar não somente em relação aos cuidados do bebê, mas em

diferentes momentos de sua vida. É fundamental que apesar da distância física as genitoras se

percebam acolhidas e que as pessoas íntimas ofereçam auxílio em qualquer situação. A presente

dimensão apresenta o valor máximo de 9 e mínimo de 3 (Fonseca, 2016), de acordo com os

resultados obtidos (Tabela 6) as mães de neonatos hospitalizados em Cuidados Paliativos na

UTIN percebem um menor apoio de acolhimento em comparação com as mães de recém-

nascidos hospitalizados na UTIN.

Entende-se o acolhimento como uma forma de aproximação, aceitação, estar com e dar

ouvidos ao outro (Zanfolim et al., 2018). No contexto da UTIN é importante o acolhimento

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adequado para a dor e sofrimento manifestados pelas mães. Destaca-se que quando ocorre o

diagnóstico de doença incapacitante ou um prognóstico ruim, os pais do neonato tendem a

buscar a sua relação afetiva inicial, com seus próprios genitores ou pessoas

significativas (Brasil, 2017). Enfatiza-se que quando a puérpera não percebe o apoio familiar

adequado durante o pós-parto, suas atribuições aumentam; a genitora fica sobrecarregada e em

muitos casos não se dedica a sua própria saúde (Barbosa et al., 2018). Sendo assim, torna-se

pertinente refletir sobre estratégias que favoreçam o acolhimento das mães de neonatos

hospitalizados em CP. Além disso, muitas vezes as mães com filhos hospitalizados oscilam

entre procurar a solidão para se dedicar exclusivamente aos cuidados dos pacientes, e em outras

ocasiões busca apoio no próprio hospital e fora dele. Logo, a equipe deve estar atenta as

diferentes demandas manifestadas por elas (Molina et al., 2014).

A dimensão apoio material é caracterizada pelas demonstrações de assistência

fornecidas por meio do comportamento ou material. Uma vez que usualmente as puérperas

manifestam precisar de materiais (roupas e fraldas), e ainda de auxílios comportamentais, como

ajuda para andar no hospital, em virtude da recuperação do período pós-parto (Fonseca, 2016;

Griep et al., 2005; Sherbourne, & Stewart, 1991). Esta dimensão está relacionada com o apoio

oferecido por meio do fornecimento ou encaminhamento de recursos materiais, como por

exemplo, ajuda financeira e condução para transportes (Brasil, 2017). Nela não existiu diferença

estatisticamente relevante entre os grupos A e B, ambos apresentaram escores próximos a

pontuação máxima da dimensão que é igual a 27. Assim, as mães percebem um elevado apoio

material das pessoas próximas.

Destaca-se a importância desse tipo de apoio, pois geralmente as puérperas relatam a

necessidade de diferentes materiais, como fraldas e banheira (Fonseca, 2016). Ademais, muitas

vezes a ausência de materiais pode levar as mães a passarem por momentos constrangedores

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(Zanfolim et al., 2018). Tendo vista a baixa renda relatada pelas participantes, esta dimensão

precisa ser considerada ao longo da hospitalização do neonato, para viabilizar minimamente a

construção de intervenções que possam assegurar a qualidade da assistência para a mãe e seu

bebê. Sendo necessária ainda a assistência comportamental, por exemplo, em virtude de ser

frequente a cirurgia cesárea, a genitora precisa de auxílio para visitar o RN na UTIN ou se

deslocar até o banco de leite. (Fonseca, 2016).

O apoio de informação é relacionado com a rede de apoio ser capaz de oferecer

conselhos e orientações para a puérpera (Fonseca, 2016; Griep et al., 2005; Sherbourne, &

Stewart, 1991). Tal dimensão promove a troca de informações pessoais e esclarecimentos de

dúvidas relacionadas com as rotinas do serviço e possíveis expectativas. A comunicação auxilia

na construção dos vínculos, facilita as intervenções necessárias, promovendo a humanização da

assistência (Brasil, 2017). Nesta dimensão tanto as mães de neonatos hospitalizados em

Cuidados Paliativos quanto as mães de recém-nascidos hospitalizados na UTIN apresentaram

escores próximos ao máximo permitido para a dimensão, que é o valor 18.

Quando a comunicação é efetiva ela auxilia na compreensão da real situação do neonato,

contribuindo assim na redução da ansiedade e sofrimento das mães, como também o trabalho

desenvolvido pelos profissionais propicia o processo de maternagem do bebê internado. Uma

escuta atenta, associada com o diálogo e comunicação terapêutica são considerados

instrumentos essenciais para o apoio e fortalecimento das puérperas com bebês hospitalizados

na UTIN, principalmente em virtude da fragilidade apresentada por elas (Santos et al., 2017).

Soma-se a isso o fato de que a falta de informação pode agravar o quadro de tristeza, desespero,

incertezas muitas vezes frequentes durante a hospitalização do RN (Oliveira et al., 2014).

O apoio emocional refere-se à disponibilidade da rede de apoio de compreender a

genitora, a mesma percebe que pode conversar sem ter medo de ser julgada, manifestando

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empatia e aceitação pela realidade apresentada por ela (Fonseca, 2016; Griep et al., 2005;

Sherbourne, & Stewart, 1991). Essa forma de apoio é oferecida através do estímulo, empatia e

boa vontade com o outro. Ao longo da hospitalização do neonato os profissionais da equipe

multidisciplinar podem oferecer apoio emocional, ajudando de forma prática e fornecendo

orientações (Brasil, 2017). Nesta dimensão também foi observado elevados escores nos dois

grupos pesquisados.

Os avós maternos e paternos demonstram ser os participantes mais estáveis da rede de

apoio, os mesmos geralmente abarcam variadas funções de apoio para as famílias com recém-

nascidos pré-termo e de baixo peso, portanto, eles são considerados um fator de proteção

(Brasil, 2017). O apoio emocional ofertado pelos familiares é enxergado como essencial,

auxiliando na redução do sofrimento, e consequentemente permitindo que a mãe esteja

psicologicamente e afetivamente disponível para o filho (Zanfolim et al., 2018).

Já a dimensão de apoio de atenção caracteriza-se pela rede de apoio estar atenta as

necessidades de cuidados em relação da própria puérpera, bem como as possíveis

inseguranças sobre os cuidados com o neonato depois da alta do hospital (Fonseca, 2016).

Assim, quando existe alguém que se disponibiliza a cuidar da genitora, ela consegue

desenvolver mais facilmente seu papel materno (Brasil, 2017). Nesse sentido, as redes

intrafamiliares são fundamentais para prover as mães segurança e tranquilidade (Anjos et al.,

2012). Nesta dimensão os grupos A e B apresentaram escores próximos ao valor máximo, que

é considerado 6 (Fonseca, 2016).

Ao longo da hospitalização do neonato e ao se aproximar da alta do hospital, é

necessário que os profissionais saibam com quem os pais podem contar. Pois a rede de apoio

social deve ser parte da história clínica do bebê e sua família, essas características devem

influenciar nos encaminhamentos e planejamento das intervenções (Brasil, 2017). Apesar da

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importância da família ampliada, geralmente ela encontra-se afastada do processo de cuidado

do neonato. Porém, ela desenvolve diferente estratégias para fornecer o apoio necessário a

puérpera, através de visitas diárias, palavras de conforto, orações ligações telefônicas. A rede

de apoio familiar visa incentivar as mães através de mensagens de fé e esperança (Santos et al.,

2013).

Diante dos resultados encontrados, nota-se a importância de a equipe de saúde

identificar as famílias que apresentam uma rede de apoio frágil e com a presença de riscos

associados, especialmente as mães de filhos em CP, avaliando os recursos pessoais e

institucionais, como também as estratégias de enfrentamento com a finalidade de planejamento

de ações que visem a redução dos danos e fortaleçam os fatores de proteção. Ao considerar as

divisões presentes nas redes de apoio, de acordo com a relevância e tipo, é possível escolher

qual a rede deve ser ativada, desativada ou modificada no contexto da hospitalização de um

neonato na UTIN (Brasil, 2017).

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6. Considerações finais

A presente dissertação teve seus objetivos alcançados, através dos resultados

encontrados, foi possível compreender as diferenças e semelhanças entre os grupos de mães de

neonatos em Cuidados Paliativos na UTIN e as mães de bebês hospitalizados na UTIN.

Observando as particularidades das puérperas que acompanham seus filhos na Unidade de

Terapia Intensiva Neonatal, especialmente aquelas que estão com os bebês em Cuidados

Paliativos.

Em relação aos aspectos sociodemográficos e de saúde, ambos os grupos apresentaram

homogeneidade nos dados analisados, apresentando diferenças nas variáveis de saúde dos

neonatos, os bebês em CP tiveram indicadores mais baixos, demonstrando uma condição de

saúde mais frágil. E ainda é interessante refletir sobre a baixa renda das mães investigadas em

ambos os grupos, sendo um aspecto importante, pois a vulnerabilidade social pode significar

um fator de risco, bem como agravar a crise vivenciada por elas.

No tocante as necessidades, todas presentes nas dimensões da escala INEFTI foram

classificadas com alto grau de importância nos dois grupos estudados. E também não foi

observada diferença estatisticamente relevante referente às necessidades, bem como suas

dimensões entre os grupos A e B. Assim, nota-se a pertinência do cuidado para essas mulheres,

uma vez que apresentem necessidades em todas as dimensões, por isso, intervenções específicas

voltadas para ambas populações se mostram importantes.

Já o construto apoio social, em relação a equivalência semântica realizada na escala de

Avaliação do apoio social percebido por mães de bebês prematuros hospitalizados, a mesma foi

considerada satisfatória. Logo, foi possível ampliar a utilização da escala para além de neonatos

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prematuros na UTIN, tal aspecto é pertinente uma vez que os RNs hospitalizados apresentam

atualmente diferentes patologias, como também no contexto brasileiro existe uma carência de

instrumentos adequados para avaliar especificamente o apoio social percebido das mães com

filhos hospitalizados na UTIN.

No que diz respeito a comparação do apoio social percebido entre os dois grupos, foram

encontradas diferenças significativas, as mães de neonatos em CP na UTIN apresentaram

escores mais baixos quando comparadas com as mães de bebês hospitalizados na UTIN. Em

relação as dimensões, as puérperas do grupo A perceberam um menor apoio nas dimensões

apoio afetivo e apoio de acolhimento. Destaca-se que o apoio social pode ter um efeito protetivo

em situações de crise. Diante de tais resultados é fundamental refletir sobre estratégias que

possam beneficiar a ativação da rede de apoio das genitoras com seus filhos hospitalizados em

Cuidados Paliativos na UTIN, especialmente em relação ao afeto e acolhimento, e ainda esses

achados podem auxiliar as equipes de saúde a criarem estratégias que avaliem as redes de apoio

e busquem a sua articulação, considerando os aspectos destacados.

Percebe-se a importância de considerar ao longo da hospitalização do neonato as

necessidades e apoio social percebido das mães, pensando em intervenções que vão além do

neonato, uma vez que na UTIN é frequente o foco ser somente no bebê. Tais medidas devem

fomentar a participação das puérperas, favorecer o vínculo entre a díade e consequentemente

auxiliar no desenvolvimento do RN hospitalizado.

Além disso, deve-se refletir sobre o papel mediador dos profissionais da equipe

multiprofissional, os mesmos são essenciais para ofertar um cuidado humanizado, auxiliar na

construção de um ambiente confortável e acolhedor, realizar uma comunicação efetiva, a qual

auxilia nas trocas, oferta de apoio, fortalece as redes de apoio, fomenta o vínculo mãe-bebê e

ajuda no processo de maternagem. Considerar essas características é essencial no contexto de

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neonatologia, especialmente para as mães que têm filhos em Cuidados Paliativos. Enfatiza-se a

importância de avaliar as particularidades de cada caso e o processo de adoecimento do neonato,

uma vez que foi observado nesta pesquisa um apoio percebido menor em mães de RNs em

Cuidados Paliativos.

É premente destacar que o presente estudo utilizou uma amostra por conveniência, a

mesma não permite generalizações, contudo é possível compreender a realidade investigada.

Outro aspecto a ser considerado foi um número pequeno de participantes. Sugere-se que

pesquisas futuras discutam os construtos necessidades e apoio social com uma amostra maior,

buscando generalizações.

Esta pesquisa trouxe dados importantes para o contexto da neonatologia e maternidade,

como também para os Cuidados Paliativos. Observa-se que o com o aumento de recém-nascidos

que apresentam um prognóstico ruim, os resultados encontrados podem auxiliar as equipes de

saúde e estudantes a pensarem estratégias diante dessa realidade, promovendo uma assistência

humanizada para o neonato, sua mãe e família.

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106

Apêndice A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN

Centro de Ciências Humanas Letras e Artes

Programa de Pós-Graduação em Psicologia – PPGPsi/UFRN

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO – TCLE

Esclarecimentos

Este é um convite para você participar da pesquisa: Mães de neonatos hospitalizados na

Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: necessidades e apoio social, que tem como orientadora a Profª

Drª Eulália Maria Chaves Maia, de autoria da psicóloga Brenda Albuquerque Adriano da Silva.

Esta pesquisa pretende comparar os indicadores de necessidades e apoio social em

mães de neonatos em cuidados paliativos e mães de recém-nascidos hospitalizados na UTI neonatal.

O motivo que nos leva a fazer este estudo é compreender o apoio social e as necessidades das mães

dos neonatos hospitalizados na UTIN, além da relação entre eles.

Caso você decida participar, você passará por uma entrevista individual, com o objetivo de

responder a um questionário sobre informações pessoais e de saúde; ao Inventário de Necessidades

e Estressores de Familiares de Terapia Intensiva (INEFTI), que busca medir o grau de importância

que o familiar atribui a cada uma das necessidades presentes no instrumento; a Escala para Avaliação

do Apoio Social em Mães de Bebês Prematuros Hospitalizados, que avalia o apoio social percebido

em mães de bebês prematuros hospitalizados. O tempo para preenchimento destes instrumentos é de

aproximadamente 30 minutos. A realização da pesquisa será em ambiente adequado e reservado para

garantir a sua privacidade, na sala da psicologia deste hospital.

Durante a realização da entrevista existem riscos em função do momento de fragilidade

emocional vivenciado por você, neste momento. Podendo também acontecer um desconforto ou

mobilização emocional em função do relato da vivência na UTIN, o qual será minimizado através de

medidas de apoio psicológico no momento da presente entrevista, através de escuta e acolhimento

realizados pela própria pesquisadora. E possíveis encaminhamentos para atendimento psicológico

no setor de psicologia do presente hospital, caso seja necessário, durante a própria entrevista. Além

disso, você pode se recusar a responder as perguntas que lhe causem constrangimento de qualquer

natureza e interromper a entrevista no momento que desejar.

__________________ (rubrica do Participante/Responsável legal) ___________________ (rubrica do Pesquisador)

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107

Quanto aos benefícios, as informações coletadas vão auxiliar no desenvolvimento do

levantamento das necessidades das mães acompanhantes em contexto de UTIN, como também na

compreensão de presença ou não de apoio social que possa influenciar essas necessidades. Além

de promover um espaço de escuta e acolhimento durante a entrevista. Sendo possível, ainda, com a

análise dos resultados contribuir para a melhoria da assistência e acolhimento às mães

acompanhantes de neonatos na UTIN, seja por parte da equipe de psicologia ou pelos profissionais

que estão envolvidos na assistência aos recém-nascidos da UTIN.

Em caso de algum problema que você possa ter relacionado com a pesquisa, você terá direito

à assistência gratuita que será prestada. Caso seja verificada a necessidade de acompanhamento

psicológico a partir da participação nesta pesquisa, você será encaminhada pela pesquisadora Brenda

Albuquerque para assistência por parte da equipe de psicologia do hospital durante o período em que

o neonato estiver internado na UTIN. Em qualquer momento, se você sofrer algum dano

comprovadamente causado por esta pesquisa, você terá direito a indenização.

Todas as informações obtidas serão sigilosas e os nomes não serão identificados em nenhum

momento. Os dados serão guardados pela pesquisadora responsável por essa pesquisa na sala do

Grupo de Estudos Psicologia e Saúde (GEPS), no Laboratório de Psicologia da Universidade Federal

do Rio Grande do Norte, por um período de 5 anos, e a divulgação dos resultados será feita de forma

a não identificar as participantes, apenas em congressos ou publicações científicas.

Você ficará com uma via deste Termo e qualquer dúvida que você tiver a respeito desta

pesquisa, poderá perguntar diretamente para Eulália Maria Chaves Maia, na Sala 616 do

Laboratório de Psicologia, Setor Verde do Campus Universitário Central da Universidade Federal

do Rio Grande do Norte ou pelo telefone 3215-3592, Ramal 220.

Você tem o direito de se recusar a participar ou retirar seu consentimento, em qualquer fase

da pesquisa, sem nenhum prejuízo para você.

Se você ou o seu acompanhante tiverem algum gasto pela sua participação nessa pesquisa,

eles serão assumidos pela pesquisadora e reembolsado para vocês.

Se você sofrer qualquer dano decorrente desta pesquisa, sendo ele imediato ou tardio, previsto

ou não, você será indenizada.

Qualquer dúvida sobre a ética desta pesquisa você deverá ligar para o Comitê de Ética em

Pesquisa – instituição que avalia a ética das pesquisas antes que elas comecem e fornece proteção

aos participantes das mesmas – da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, nos telefones (84)

3215-3135 / (84) 9.9193.6266, através do e-mail [email protected] ou pelo formulário de contato

do site <www.cep.propesq.ufrn.br>.

Este documento foi impresso em duas vias. Uma ficará com você e a outra com a pesquisadora

responsável Eulália Maria Chaves Maia.

__________________ (rubrica do Participante/Responsável legal) ___________________ (rubrica do Pesquisador)

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Consentimento Livre e Esclarecido

Após ter sido esclarecida sobre os objetivos, importância e o modo como os dados serão

coletados nessa pesquisa, além de conhecer os riscos, desconfortos e benefícios que ela trará para

mim e ter ficado ciente de todos os meus direitos, concordo em participar da pesquisa: Mães de

neonatos hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal: necessidades e apoio social, e

autorizo a divulgação das informações por mim fornecidas em congressos e/ou publicações científicas

desde que nenhum dado possa me identificar.

Natal, de de .

Assinatura da participante da pesquisa

Declaração da pesquisadora responsável

Como pesquisadora responsável pelo estudo: Mães de neonatos hospitalizados na Unidade de

Terapia Intensiva Neonatal: necessidades e apoio social, declaro que assumo a inteira

responsabilidade de cumprir fielmente os procedimentos metodologicamente e direitos que foram

esclarecidos e assegurados a participante desse estudo, assim como manter sigilo e confidencialidade

sobre a identidade da mesma.

Declaro ainda estar ciente que na inobservância do compromisso ora assumido estarei

infringindo as normas e diretrizes propostas pela Resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde –

CNS, que regulamenta as pesquisas envolvendo o ser humano.

Natal, de de .

Prof. Dra. Eulália Maria Chaves Maia

Impressão datiloscópica da

participante

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Apêndice B - Questionário sociodemográfico e de saúde

Informações Gerais da mãe

Nome (Iniciais): Idade:

Hospital:

Município onde mora atualmente:

Estado Civil: ( ) solteira ( ) casada/união estável ( ) viúva ( ) divorciada

Escolaridade: ( ) não estudou ( ) ensino fundamental ( ) ensino médio ( )graduação

( )pós-graduação

( )completo ( ) incompleto

Profissão:

Renda Familiar (em salários mínimos):

Religião: Você tem alguma religião? ( ) sim;( ) não Se sim, qual?

Antecedentes gestacionais

Número de Gestações:

Número de filhos vivos: Aborto: Natimorto:

Anomalias: Óbito fetal: Parto prematuro:

Gestação atual

Data de internação:

Planejada: ( ) sim ( ) não

Tipo de parto: ( ) normal ( ) com fórceps ( ) cesário

Intercorrências durante a gestação: ( ) sim ( ) não

Intercorrências durante o parto: ( ) sim ( ) não

Intercorrências após o parto: ( ) sim ( ) não

Acompanhamento pré-natal: ( ) sim ( ) não Se sim, quantas?

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Informações Gerais do Neonato

Nome (Iniciais): RN: ( ) masculino ( ) feminino

Data de nascimento:

Idade gestacional (IG): Peso (em gramas - nascimento):

Diagnóstico do RN: ______

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Anexo A - Inventário das Necessidades e Estressores de Familiares em

Terapia Intensiva (INEFTI)- Castro (1999)

Leia cada pergunta e faça um “X” no número à direita da afirmação que melhor indicar

como você se sente hoje com relação à importância e satisfação de suas necessidades.

Necessidades Importância Satisfação

1 2 3

4 1 2 3

4

1. Saber quais as chances de melhora do paciente

2. Ter orientações gerais sobre a UTI na primeira visita

3. Poder conversar com o medico todos os dias

4. Ter uma pessoa que possa dar informações por telefone

5. Ter perguntas respondidas com franqueza

6. Ter horário de visita modificado em casos especiais

7. Falar sobre sentimentos negativos relacionados ao que está

acontecendo

8. Ter uma boa lanchonete no hospital

9. Ser informado sobre o que fazer quando estiver ao lado do paciente

10. Ser permitido visitar o paciente a qualquer hora

11. Saber quem pode dar a informação que necessito

12. Ter amigos por perto para apoiá-lo

13. Saber porque determinados tratamentos foram realizados com o

paciente

14. Sentir que há esperança de melhora do paciente

15. Saber quais os profissionais que estão cuidando do paciente

16. Saber que tratamento médico está sendo dado ao paciente

17. Estar seguro que o melhor tratamento possível está sendo dado ao paciente

18. Ter um lugar em que possa ficar sozinho enquanto estiver no

hospital

19. Saber exatamente o que está sendo feito para o paciente

20. Ter móveis confortáveis na sala de espera da UTI

21. Sentir se aceito pelas pessoas do quadro de funcionários do hospital

22. Ter uma pessoa para orientar em caso de problemas financeiros

23. Ter um telefone perto da sala de espera

24. Ter a visita de alguém da religião a qual pertenço

25. Conversar sobre a possibilidade de morte do paciente

26. Ser acompanhado(a) por profissional, amigo ou familiar durante a

visita

27. Ter alguém que se preocupa com a minha saúde

28. Ter certeza que tudo está bem para deixar o hospital por algum

tempo

29. Conversar com a mesma enfermeira todos os dias

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30. Sentir se à vontade para demonstrar meus sentimentos e emoções

31. Saber quais os outros profissionais podem me ajudar

32. Ter um banheiro perto da sala de espera

33. Receber explicações que possam ser compreendidas

34. Começar a visita na hora marcada

35. Ser informado sobre serviços religiosos

36. Ajudar a cuidar do paciente na UTI

37. Ser comunicado sobre possíveis transferências

38. Ser avisado em casa sobre mudanças na condição do paciente

39. Receber informações sobre o paciente no mínimo uma vez ao dia

40. Sentir que o pessoal do hospital se interessa pelo paciente

41. Ser informado a respeito de tudo que se relacione a evolução do paciente

42. Ver o paciente freqüentemente

43. Ter sala de espera perto do paciente

*1 - não importante, 2 - pouco importante, 3 - muito importante, 4 -importantíssimo.

1 - insatisfeito, 2 - pouco satisfeito, 3- muito satisfeito, 4 - totalmente satisfeito

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Anexo B - Escala para avaliação do apoio social percebido por mães de bebês

prematuros hospitalizados

Fonseca (2016)

Esta escala é composta por uma lista de frases a respeito da ajuda e apoio que você percebe

receber desde o momento que chegou ao hospital. Marque a opção que melhor representa a sua

percepção.

Você percebe que pode contar com alguém...

1. Para dar informações sobre o estado de saúde do seu bebê

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

2.Que a escute quando você necessita conversar Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

3. Que lhe dê orientações sobre os cuidados que você deve ter com seu bebê

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

4. Para dar informações sobre como

funciona a UTI Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

5. Que a oriente em relação aos cuidados que você

deve ter com a sua saúde Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

6. Para lhe dar informações a respeito de como você

deve cuidar do seu bebê após

alta hospitalar.

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

7. Que lhe explique como o seu bebê está Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

8. Para falar sobre suas preocupações com a

hospitalização do seu bebê

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

9. Que a aceite como você é Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

10.Que a oriente a como resolver um problema Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

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11.Com quem você pode conversar sobre a

hospitalização do bebê

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

12.Que compreende quando você está

estressada com a rotina hospitalar

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

13.Que entende como é cuidar de um bebê

prematuro

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

14.Com quem você pode falar sinceramente, sem

medo de ser julgada

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

15. Que lhe dê informações que ajudem

você a compreender a situação de

hospitalização do seu bebê

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

16.Que lhe dê bons conselhos Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

17. Com quem você pode contar em

qualquer situação da sua vida Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

18.Para compartilhar seus medos mais

íntimos Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

19. Que a ajude se você adoecer Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

20. Para levá-la ao médico, caso você precise Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

21.Para fazer suas refeições, caso você não

possa prepará-las Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

22. Que a ajude financeiramente, caso você

precise Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

23.Que a ajude com materiais, como roupas e

fraldas para o seu bebê, caso você precise

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

24.Que a ajude a cuidar do seu bebê, caso você

precise

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

25. Que a ajude nas tarefas domésticas Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

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26. Que visite o seu bebê na UTI, se você não

puder visitá-lo Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

27.Que a ajude a caminhar no hospital, caso

você precise Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

28.Que demonstre que ama você Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria( ).

29. Que se importa com você Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

30.Que a faça sentir-se querida Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

31. Que lhe dê uma palavra de conforto Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

32. Que lhe dê uma palavra de ânimo Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

33. Que lhe dê atenção Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

34.Que demonstre que sente carinho por você

Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

35.Que demonstre afeto por você Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

36.Que goste de você Tanto quanto gostaria ( ); Quase tanto quanto

gostaria ( ); Menos do que gostaria ( ).

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