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SUGESTÃO DE PAUTA

PROGRAMA DE REINTRODUÇÃO DE PEIXES-BOIS DA AMAZÔNIA CRIADOS EM CATIVEIRO. 2016.

Etapa 1

O quê? Pré-soltura de Peixe-boi da Amazônia.

Quando? 16 e 17 de fevereiro, terça e quarta-feira.

Onde? Saída do Inpa, Campus 1, Aleixo / Destino Manacapuru (via terrestre) .

Que horas? Às 3h30, no Inpa.

Resumo: Seis peixes-bois que vivem em cativeiro no Inpa serão levados para um lago (semi-cativeiro) em Manacapuru, para futuramente serem soltos na natureza.

Etapa 2

O quê? Reintrodução de Quatro Peixes-bois da Amazônia.

Quando? 26 de fevereiro, sexta-feira.

Onde? Saída do Inpa, Campus 1, Aleixo / Destino Manacapuru (via terrestre), depois Beruri e Reserva Piagaçu-Purus (via fluvial).

Que horas? Às 4h, no Inpa.

Resumo: Quatro, dos onze peixes-bois do plantel do Inpa, que vivem há quatro

anos no semi-cativeiro em Manacapuru, serão soltos na RDS Piagaçu-Purus, distante 70 km da cidade de Beruri. A equipe do projeto sairá na sexta (26) e retornará na

segunda (29). A soltura ocorrerá no domingo, 28, pela manhã.

*As equipes interessadas em participar dos eventos deverão entrar em contato com Jone César, diretor-executivo da Ampa. jonecesar@gmail.com (92) 3236-2739. VAGAS LIMITADAS.

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RELEASE

Peixes-bois que vivem em cativeiro voltarão a nadar nos rios da Amazônia

Quatro, dos onze animais que estão em semi-cativeiro serão reintroduzidos. Os peixes-bois chegaram filhotes ao Inpa, todos foram vítimas da caça ilegal.

Por Séfora Antela – Ascom Ampa

O retorno dos peixes-bois para natureza é fruto de um trabalho de mais de quatro décadas de pesquisadores do Laboratório de Mamíferos Aquáticos - LMA do Instituto

Nacional de Pesquisas da Amazônia – Inpa/MCTI. Os estudiosos ampliaram o conhecimento sobre a biologia dessa espécie endêmica da Amazônia e

desenvolveram técnicas para tentar conservá-la.

Para encerrar o ciclo, resgate e reabilitação; a reintrodução desse animal foi um

desafio, enfrentado por esses cientistas, já com a ajuda da Associação Amigos do Peixe-boi – Ampa, organização criada para fomentar as atividades para a

preservação dos mamíferos aquáticos da região.

Em 2008 e 2009 ocorreram as primeiras tentativas de reintrodução, com a soltura

de quatro machos adultos, dois em cada ano. No primeiro ano, nenhum sobreviveu.

No seguinte, os animais foram encontrados muito debilitados. Apenas um resistiu e voltou para o Inpa, adaptando-se novamente às condições do cativeiro.

Nos anos seguintes, o Programa de Reintrodução de Peixes-bois da Amazônia sofreu mudanças e houve a necessidade da criação de uma etapa de semi-cativeiro, um

lago fechado de 13 hectares.

“Por se tratar de um projeto em longo prazo, as experiências e resultados

acumulados até o momento são extremamente importantes para traçar as diretrizes de manejo e conservação dessa espécie endêmica e vulnerável da Amazônia. A fase

de pré-soltura (semi-cativeiro) mostra-se como requisito fundamental para auxiliar a readaptação gradual de peixes-bois da Amazônia, criados em cativeiro, às condições

dos rios amazônicos”, explica Diogo Souza, biólogo.

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Onze animais do plantel do Inpa já se encontram nesse ambiente e, segundo

pesquisas, estão aptos para retornar à natureza. Nos dias 16 e 17 de fevereiro mais seis animais serão levados dos tanques do Parque Aquático Robin Best do Instituto

para também passarem por esse estágio.

Já no dia 26 de fevereiro, quatro, dos peixes-bois que já vivem no semi-cativeiro há

quatro anos, terão a oportunidade de voltar a nadar nos rios da Amazônia. Eles

serão levados para a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Piagaçu-Purus, no município de Beruri, distante 173 km de Manaus. São três jovens machos e uma

fêmea. Um deles é o peixe-boi chamado Mapixari.

História de Mapixari

Ele chegou ao Inpa/MCTI em 2000, com aproximadamente cinco meses de idade, vindo da comunidade Jacitara, município de Maraã (distante da capital do Amazonas

920 km). Ele foi vítima da caça ilegal. Estava magro e com alguns ferimentos, mas logo aceitou a mamadeira e todas as condições do cativeiro, reabilitando-se

totalmente. Em 2009, foi selecionado como um dos candidatos aptos para retornar à vida livre. Em abril do mesmo ano da seleção, Mapixari e Xibó (outro peixe-boi solto)

foram levados ao Rio Cuieiras (afluente da margem esquerda do Rio Negro), local escolhido para reintrodução. Quatro meses após a soltura, foi avistado dentro do

igapó (ambiente característico da Floresta Amazônica, também conhecido como Floresta Alagada). Estava bastante debilitado e abaixo do peso. Ele foi capturado e

trazido de volta ao Inpa, onde foi novamente reabilitado e, atualmente, encontra-se bem, saudável e com excelente potencial para as próximas atividades de

reintroduções.

"A história de vida do Mapixari é um exemplo e reflete a dificuldade de uma espécie com sérios riscos de extinção sobreviver às ameaças do homem. Nossa sociedade

tem a obrigação de preservar o peixe-boi da Amazônia e garantir o futuro dessa espécie, para que as próximas gerações desfrutem de um meio ambiente saudável e

equilibrado, respeitando todas as formas de vida. Estamos felizes por novamente proporcionar ao Mapixari mais essa experiência. Ele lutou pela sobrevivência e

merece voltar a viver livre nos rios da Amazônia", reflete Souza.

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Cronograma ETAPA I

16 e 17/02/2016 (terça e quarta-feira)

03:30h – Chegada da equipe no INPA

04:30h – Saída do INPA, com destino ao semi-cativeiro em Manacapuru

07:00h - Liberação dos animais no lago

10:00h - Chegada prevista em Manaus

ETAPA II

26/02/2016 (sexta-feira)

04:00h - Saída da equipe para Manacapuru

06:00h – Captura dos peixes-bois no lago do semi-cativeiro

11:00h – Saída de Manacapuru (barco regional), com destino a RDS Piagaçu-Purus

23:00h – Chegada na cidade de Beruri, baixo Purus

27/02/2016 (sábado)

06:00h – Chegada na comunidade Cuiuanã, RDS Piagaçu-Purus

07:00h – Visita de Boas Vindas aos peixes-bois e café da manhã na sede da comunidade

13:00h – Chegada no Lago e liberação dos peixes-bois no tanque-rede

Tarde e noite: Monitoramento comportamental dos peixes-bois e teste dos equipamentos de

telemetria

28/02/2016 (domingo)

07:00h – Soltura definitiva dos peixes-bois no Lago e início do monitoramento por telemetria

11:00h – Saída do barco da RDS Piagaçu-Purus, com destino a Manacapuru

29/02/2016 (segunda-feira)

07:00h – Chegada prevista em Manacapuru (barco)

08:00h – Chegada prevista em Manaus (carro)

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O projeto possui vagas limitadas para alguns veículos de comunicação no próprio barco onde serão transportados os animais.

Caso o veículo de comunicação não possa acompanhar a equipe no barco, seguem as informações

sobre a logística para ir até a Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Piagaçu-Purus, local

onde serão reintroduzidos os animais.

Melhor dia para viagem de ida: Dia 26 de fevereiro de 2016 (Partindo de Manacapuru, 80 km de

Manaus, via terrestre).

Horário de partida: 12:00 horas -Saída de Manacapuru em barco “Ajato” até Beruri. (4 horas de viagem)

Horário de chegada: 16:00 horas - Chegada em Beruri

O deslocamento de Beruri para a RDS Piagaçu-Purus precisa ser feito de voadeira fretada. Esta viagem

pode ser feita no próprio dia 26, ou se preferir no dia 27 pela madrugada (sugerimos dia 26). Caso a

equipe opte viajar na madrugada do dia 27, existe a possibilidade de pernoitar no hotel em Beruri.

A viagem de Beruri para a reserva em um barco fretado com motor 40Hp é estimada em 1hora e 30

minutos. Lembrando que os barcos com os peixes-bois chegarão na comunidade Cuiuanã às 06:00h do

dia 27/02.

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ARQUIVO FOTOGRÁFICO DE OUTRAS REINTRODUÇÕES DE PEIXES-BOIS

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