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PROGRAMA – CANDIDATURA JOSÉ JUNQUEIRO CANDIDATURA DO PARTIDO SOCIALISTA À CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU AUTÁRQUICAS 2013

Programa eleitoral autárquico. Versão consolidada

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Programa eleitoral autárquico. Versão consolidada.

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PROGRAMA – CANDIDATURA JOSÉ JUNQUEIRO

CANDIDATURA DO PARTIDO SOCIALISTA À CÂMARA MUNICIPAL DE VISEU

AUTÁRQUICAS 2013

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ÍNDICE

INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………...

I. ECONOMIA, CRESCIMENTO E EMPREGO…………………………………………….

II. POLÍTICAS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E SAÚDE…………………………………………

III. JUVENTUDE E DESPORTO……………………………………………………………..

IV. VISEU CIDADE SEGURA: SEGURANÇA E PROTEÇÃO CIVIL………………………

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V. TERRITÓRIO, PLANEAMENTO E AMBIENTE………………………………………..

VI. CULTURA, PATRIMÓNIO E CRIAÇÃO……………………………………………….

INTRODUÇÃO

A nossa candidatura e o programa que aqui apresentamos têm um propósito e uma ambição muito claros: construir com todos os viseenses um projeto político a pensar nas pessoas e para as pessoas e transformar o nosso concelho num modelo de desenvolvimento de referência a nível nacional. Um município coeso social e territorialmente, economicamente competitivo, criador de emprego sustentável, fomentador das boas práticas de solidariedade entre gerações e amigo do ambiente. Mas não temos apenas ambição, também temos uma estratégia e propostas coerentes com ela. A necessidade de captar investimento para novas atividades económicas criadoras de riqueza e de emprego são nucleares no modelo de desenvolvimento que propomos para o nosso concelho. Daí o lema orientador da nossa candidatura «Mais emprego, melhor futuro».Temos uma conceção do poder autárquico proactiva, onde o presidente do município deve ter um papel relevante fazendo «diplomacia económica», valorizando e promovendo o seu concelho, as suas potencialidades e as suas gentes, junto dos potenciais investidores. Não hesitaremos na escolha das

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melhores soluções para transformar o concelho de Viseu mais atrativo para os que nos procuram para aqui criar riqueza e emprego. O concelho de Viseu não pode resignar-se a um quase fatalismo histórico de dependência de alguns serviços, quando o seu futuro sustentável passa pelo desenvolvimento de uma economia local mais diversificada e flexível, onde todas as indústrias e atividades capazes de criar valor (fabris, comerciais, culturais, artísticas, lazer, novas tecnologias, agro-indústria, energias renováveis) serão bem-vindas. Comprometemo-nos, por isso, a criar junto da autarquia, em parceria com todas as forças vivas do concelho (associações empresariais, sindicatos, ensino superior, investigadores), um gabinete técnico especializado na captação de investimento nacional e estrangeiro. Promoveremos o empreendedorismo e desenvolveremos uma política de impostos amiga do investidor criador de mais e melhores empregos.Estamos bem cientes que a nova geração de políticas autárquicas exigem que os futuros atores políticos se deixem de concentrar nas grandes obras materiais, para se preocuparem em definir estratégias de desenvolvimento integradas, que incentivem o desenvolvimento de políticas que promovam o capital humano com qualidade e competências para responder aos desafios da inovação e das novas tecnologias. É por isso que o entendimento que fazemos da competitividade do nosso concelho passa por considerarmos que a criação das vantagens comparativas relativamente a outros municípios inclui, como parte importante, as políticas sociais, a educação e a formação ao longo da vida, os bons indicadores de qualidade de vida, em termos ambientais, culturais e sociais. O desenvolvimento de um modelo económico e social integrado, que contemple uma nova geração de políticas assentes na coesão territorial, potenciadora da criação de riqueza das freguesias rurais, apostando nos seus recursos endógenos, será objetivo prioritário. A mesma prioridade será dada à promoção de políticas sociais, de educação e de saúde, capazes de combater a exclusão social e todos os bloqueios à igualdade de oportunidades, assumindo esta candidatura a solidariedade social e a educação como investimentos estratégicos de competitividade do nosso concelho.

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Procuraremos inovar também na forma de governar o município, apostando numa visão estratégica, com capacidade para liderar as parcerias necessárias com os diferentes atores sociais. Assumiremos sem complexos e sem arrogância o papel natural que o concelho de Viseu sempre teve de liderar a região que historicamente polariza. Mas fá-lo-emos em diálogo construtivo com todos os municípios que compõem esta vasta região, seguros de que o desenvolvimento e o sucesso do nosso concelho será também o melhor para todos os concelhos da região de Viseu. A crescente complexidade das atribuições municipais, a exigência dos cidadãos por mais e melhores serviços, o avolumar das quebras de confiança nos políticos sem ética e com deficit de racionalidade na administração dos bens públicos e a crise económica e social instalada obrigam-nos a soluções de gestão autárquica criativas, sobretudo marcadas por uma cultura de exigência democrática, rigor e transparência. Todas as medidas propostas no nosso programa aos viseenses têm, por isso, subjacentes princípios e valores que exigem uma nova atitude na governação do concelho de Viseu: colocar o poder concedido pelos munícipes aos novos eleitos ao serviço das pessoas e dos seus problemas. A concretização deste exigente modelo de gestão autárquica passa por, antes de mais, administrar ouvindo os munícipes, colocando ao seu dispor fluxos de informação que promovam a sua participação política nos problemas do município. Iniciaremos um novo ciclo de políticas locais mais moderno assente numa cidadania ativa, pondo fim ao esgotado modelo de gestão autárquica centralizado e hierarquizado que tem vigorado em Viseu nas últimas décadas. Abriremos o concelho de Viseu a um novo tempo de governação autárquica que, aproveitando as capacidades administrativas trazidas pelas novas tecnologias de informação, possa também a este nível liderar a nível nacional e regional uma forma diferente de entender o governo local. Uma forma de governo municipal assente em relações horizontais com um maior e melhor envolvimento de todos os munícipes, dando lugar a um novo contrato político que visa não só uma melhor eficiência dos serviços prestados, como uma outra legitimação do exercício do poder baseada numa cidadania ativa e informada. A concretização deste moderno contrato social de

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governo do município, que tem como lema «Assumir a Política como um Serviço para as Pessoas», materializar-se-á politicamente nos seguintes compromissos:Descentralização e agilização administrativa com as freguesias em rede tecnológica- Criação de um «Balcão do Munícipe» em todas as Juntas de Freguesia com acesso à CMV, onde os residentes possam tratar de assuntos relacionados com a administração municipal.Desmaterialização dos Processos Administrativos -Implementação da desmaterialização dos processos administrativos com consequente consulta eletrónica (prazo, estado, decisão) dentro de prazos previamente estabelecidos e acordados.

Plataforma eletrónica Concelhia - Esta plataforma permite receber e enviar informação sobre projetos de desenvolvimento para o concelho, abrindo o município às boas ideias e práticas da sociedade civil. Pensamos poder vir a constituir uma janela aberta a todos os que queiram e possam contribuir com boas ideias para o governo do concelho, nomeadamente para os que residindo fora mantêm com Viseu laços fortes de pertença.

Participação ativa nas políticas do Município - Maior participação dos munícipes em todos os documentos estratégicos para o concelho, como elaboração do orçamento municipal, revisões de PDM e outros, utilizando as modernas tecnologias de informação e comunicação.

Contratualização dos financiamentos com as Freguesias - Divulgação online dos critérios e montantes de contratualização e financiamento das freguesias.

Fundo de Apoio às Freguesias - Este fundo tem como objetivo dar autonomia e gestão própria às freguesias, sem subserviências políticas e financiamentos casuísticos, permitindo-lhes desenvolver projetos estratégicos de desenvolvimento das freguesias, sabendo antecipadamente com o que podem contar.

O poder ao serviço das pessoas - Transmissão direta via internet das reuniões da assembleia municipal e da Câmara Municipal.

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Via verde para a economia e o desenvolvimento - Agilizar e desburocratizar os processos administrativos dependentes da autarquia, com a criação de um gabinete especializado na promoção do empreendedorismo e na captação de investimento.

Observatório Económico e Social- A criar em estreita colaboração com as instituições de ensino superior, que produza informação de suporte às decisões dos agentes económicos e sociais do concelho.

I. ECONOMIA, CRESCIMENTO E EMPREGO

Um concelho amigo do investimento – Capacitar a autarquia para o desenvolvimento de políticas ativas de investimento, capazes de atrair novos empresários e empreendedores e de manter os que já aqui investem, diminuindo os custos de contexto da responsabilidade do município, contribuindo assim ativamente para a criação de uma cultura que premeie o risco de projetos inovadores geradores de mais emprego.

Diplomacia Económica – Ao Presidente do Município cabe a responsabilidade de desenvolver uma política ativa que promova e divulgue as potencialidades do concelho junto de potenciais investidores nacionais e internacionais. Esta política de captação de investimento deverá traduzir-se numa estratégica e inteligente diplomacia económica, em feiras nacionais e internacionais, em conferências e encontros de empresários, em todos os canais formais e informais de divulgação das potencialidades do município. Desta política, desta estratégia, deste empenho transversal a todos os setores da gestão municipal dependerá muito do êxito da estratégia de transformar Viseu num concelho competitivo na captação de investimento nacional e internacional.

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Cedência de metros quadrados de terreno por postos de trabalho – Desenvolveremos uma política baseada na disponibilização de metros quadrados de terreno, a valores tendencialmente gratuitos, para instalar novos projetos empresariais no Concelho, em troca da criação de novos postos de trabalho.

Uma Reforma Fiscal / Financeira Municipal – Esta será uma aposta sólida de racionalização da Carga Fiscal Municipal sobre as famílias e sobre as empresas: uma redução do IMI; um desagravamento do IRS e, para as empresas, uma redução direta nos valores da Derrama. A nossa proposta de racionalização de impostos será compensada, em termos de receitas municipais, pela melhoria de eficiência da gestão do município e ainda pelo aumento da capacidade de o Município gerar receitas próprias.

Uma política inovadora de incentivos ao crescimento e à criação de riqueza:

a) Centro de Apoio à Atividade Económica - Será o “rosto” da autarquia no relacionamento com as micro, pequenas e médias empresas, com sede social no concelho e com os atuais e futuros empresários do município. Este Centro de Apoio à atividade económica, para além de parceiro institucional com as associações empresariais do concelho, será estratégico na recolha e tratamento de informação económica relevante para a promoção do concelho junto de potenciais investidores.

b) Global Find Regional - serviço que identifica as alternativas de localização para a atividade industrial e logística, em parques industriais com lotes disponíveis, tendo como base critérios reconhecidos e definidos pelo cliente de localização empresarial.

c) Global Force Regional em parceria com a AICEP - consultoria no apoio ao investimento e à instalação de empresas. Disponibilizará também o apoio à gestão e promoção dos parques empresariais e o apoio ao planeamento e ordenamento do espaço. 

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Uma política económica potenciadora de recursos endógenos locais e regionais – Será prioridade política do futuro executivo liderado pelo partido socialista desenvolver políticas que potenciem os recursos endógenos de cada freguesia, diversificando as atividades económicas, inovando nos produtos, nos processos e nas formas de comercialização.

Centralidade económica de Viseu – Por razões históricas e geográficas Viseu beneficia de uma centralidade única muito subaproveitada em termos económicos. Será uma prioridade da nossa candidatura, em articulação com as associações empresarias e comerciais, instituições de ensino superior e associações de desenvolvimento, desenvolver projetos estratégicos que ajudem a diversificar o tecido económico do concelho e da região e a desenvolver possíveis clusters com grande potencial económico como o vinho do Dão, com rotas turísticas e o agroturismo, a floresta com todas as indústrias a ala associadas, o termalismo com todas as potencialidades de lazer e saúde.

Apoio financeiro nas empresas aos novos postos de trabalho – Apoio concedido através de uma majoração, com a colaboração e apoio de programas e projetos de interesse municipal, em articulação com entidades da administração central, nomeadamente o IEFP.Formação Profissional à Medida (articulação com IEFP) – Esta medida pressupõe uma relação mais estreita entre a Autarquia, o Instituto de Emprego e Formação Profissional, aproveitando as políticas previstas no Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN), ajustando a procura de futuros investimentos empresariais no Concelho à formação profissional a desenvolver.Aposta estratégica na Investigação e Desenvolvimento (I&D) – Dar prioridade à criação de um Pólo Tecnológico num dos parques industriais do Município, em parceria com empresas de referência, instituições do ensino superior e escolas tecno-profissionais da região.

II. POLÍTICAS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E SAÚDE

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Políticas sociais: solidariedade ativa – As nossas propostas de política social configuram uma viragem de atitude no desenvolvimento social do concelho de Viseu, pretendem ser, pela sua transversalidade, um instrumento decisivo para tornar o nosso Município mais solidário, mais coeso socialmente. A cidadania ativa, a solidariedade, a igualdade de oportunidades, a inovação e a proximidade nas políticas sociais serão as cinco grandes linhas de mobilização estratégica das políticas sociais definidas para o concelho.

A. Promover a inclusão social e a qualidade de vida da população sénior: Plano Municipal Sénior - Este Plano Municipal sistematizará o diagnóstico e o conjunto de políticas a desenvolver no combate à exclusão social, ao isolamento, às ideias feitas, com as seguintes medidas de intervenção:

Loja móvel da cidadania - viatura de atendimento móvel facilitadora do acesso das pessoas idosas de meios rurais, com dificuldades de deslocação, à resolução de assuntos administrativo-burocráticos vários, bem como de assuntos da autarquia.

Apoio no transporte aos mais idosos - Transporte semanal de pessoas idosas isoladas a consultas médicas e/ou a tratamentos médicos prescritos.

Serviço de Proximidade a Idosos - Teleassistência e contacto que juntará dispositivos eletrónicos de teleassistência, ao desenvolvimento de um sistema regular de visitas domiciliárias a idosos por rede de voluntariado, constituída em articulação com as escolas, instituições do ensino superior e IPSSs.

Serviço de bricolagem solidária - destinado à melhoria das condições de habitabilidade das pessoas idosas sem possibilidades económicas.

Cartão sénior municipal – com este cartão os aderentes poderão beneficiar de descontos nas tarifas municipais de água, na utilização das infraestruturas desportivas municipais.

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Programa de capacitação de cuidadoras/es – Através de parcerias com instituições, serão desenvolvidos programas informais de formação para cuidadores de pessoas idosas/os dependentes e de pessoas com deficiência. Será também disponibilizado no site da Câmara municipal o espaço “cuidar de quem cuida” para divulgação de informação, instruções e partilha de experiências.

Programa +Alerta - programa de acompanhamento a população idosa isolada, em parceria com a GNR e IPSSs, que previnam as burlas, roubos e outras situações. Sensibilização e promoção para uma vizinhança responsável e solidária com pessoas isoladas.

Academia intergeracional das artes e tecnologias- Nesta «academia» serão desenvolvidos programas lúdicos e formativos, como representação em teatro sénior, programa de combate à infoexclusão, clubes de leitura intergeracional, entre outros.

Programa AtivaMente - Desporto sem idade - Programas que procuram estimular a participação em atividades desportivas por parte da população Sénior, em parceria com Associações desportivas do Concelho.

B. Reforçar a capacidade da sociedade civil, das instituições e promoção da inovação e sustentabilidade das iniciativas de desenvolvimento social:

Prémio prestígio Viseu inovação – distinção de instituições públicas e privadas com ação inovadora e com impacto na promoção da coesão social e da igualdade em vários domínios: saúde, intervenção social, economia, educação.

Otimização da Rede Social - promovendo uma dinâmica que rentabilize recursos, esforços e meios. Este trabalho deverá passar pelo estudo de soluções que resolvam a já diagnosticada dificuldade de conseguir um efetivo envolvimento e participação dos mais de 100 parceiros da Rede Social.

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Living lab para a inovação em tecnologia e serviços de bem-estar - uma plataforma colaborativa de inovação (em parceria com IPV e outros agentes de inovação) que desenvolva novos produtos, soluções ou serviços de bem-estar para a população idosa e outros grupos, enquadrado na dinâmica europeia das smart cities.

C) Promover a cidadania, a literacia de direitos e a igualdade de oportunidades e de género:Serviço de Informação, cidadania e igualdade de género – Tem como objetivo último contribuir para um município onde a igualdade de género e a conciliação entre a vida pessoal, profissional e familiar são valores transversais às políticas do Município e às pessoas que nele vivem.Plano para Igualdade (Interno e Externo): Adoção de um plano de igualdade transversal às diferentes políticas setoriais da autarquia com capacidade de combate à discriminação e desigualdade de género.

D) Tornar Viseu um concelho amigo das crianças e das famílias:Programa Almoço é connosco – promover o fornecimento de proximidade, pelas IPSSs, das refeições às crianças do pré-escolar e primeiro ciclo.

Acesso das crianças do meio rural ao desporto e à cultura- Procurar soluções para que as crianças mais carenciadas das freguesias rurais com menos possibilidade de acesso, por razões económicas ou de distância aos equipamentos de educação, cultura e lazer (piscina, teatro, biblioteca) da cidade o possam fazer.

Programa de Formação alargado sobre a Violência e Maus-tratos – Manter em permanência, em parceria com instituições credenciadas e com agrupamentos de escolas do Município, programas de formação sobre temas sociais mais problemáticos no concelho, como violência e maus tratos, ser criança em Viseu, literacia social; educação para a tolerância e cidadania; a igualdade de género, entre outros.

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2. DESENVOLVIMENTO DE UMA POLÍTICA GLOBAL, PARTILHADA E INTEGRADA DE EDUCAÇÃO

A Educação como Investimento Estratégico - Os problemas de exclusão social têm como base comum, entre outros, os baixos níveis de qualificação escolar e profissional e o abandono escolar prematuro. É um problema de natureza estrutural que se associa a outros de natureza económica, social, cultural e pessoal.Esta é, também, uma realidade do concelho de Viseu; uma realidade que exige à autarquia a adoção de uma política partilhada e integrada de educação, numa lógica de transversalidade, de parcerias e de dinâmicas locais de intervenção que promovam respostas de proximidade. Tendo presente que a educação é um dos pilares fundamentais para uma sociedade mais desenvolvida, base estrutural do crescimento, da modernização e da mobilidade social, a autarquia priorizará a educação como um investimento estratégico para o concelho de Viseu. No exercício das competências próprias e/ou delegadas, na educação pré-escolar e no 1.º ciclo, e de parceiro ativo, nos outros níveis de ensino, as propostas da nossa candidatura para a educação assentam em 6 Eixos de intervenção:

Valorização do Conselho Municipal de Educação - Valorizar o Conselho Municipal de Educação como órgão consultivo de suporte às propostas da autarquia, como espaço de diálogo construtivo e de concertação, na promoção de parcerias entre os diversos atores educativos e sociais, privilegiando a relação com os diretores dos agrupamentos e das escolas secundárias. Promovendo agendas participadas e reuniões gerais ou setoriais de acordo com a ordem de trabalhos, facilitando a participação e a apresentação de propostas, designadamente: i) na revisão da carta educativa, que se pretende que seja o instrumento orientador do planeamento estratégico do território educativo, na (re)definição da rede escolar e da oferta educativa adequada à realidade do concelho de Viseu;ii) na definição de medidas que promovam a

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inclusão social de pessoas com deficiência, designadamente, na acessibilidade e mobilidade, na educação, formação e emprego; iii) na construção de um Plano Anual para a Educação, que incorpore projetos que valorizem os níveis culturais da generalidade da população.

Redimensionar o Gabinete de Educação da Câmara Municipal de Viseu – A nossa candidatura propõe-se reorganizar o Gabinete de Educação da Câmara Municipal de Viseu, como estrutura de apoio e de operacionalização das medidas definidas pela autarquia, dotando-o de uma maior autonomia e com recursos próprios que lhe permitam executar com profissionalismo a política de educação da autarquia.

Promover o Sucesso Educativo Dentro e Fora da Escolaridade Obrigatória - Compete ao executivo municipal desenvolver políticas setoriais e transversais que contribuam para o combate aos baixos níveis de qualificação escolar e profissional, fomentando políticas de inclusão e de sucesso que permitam o desenvolvimento de competências sociais, pessoais e cognitivas; adequando os espaços escolares às exigências curriculares, ao contexto social, à criação de uma escola a tempo inteiro (acabando com os horários de funcionamento duplo, na parte urbana), à diversidade e à diferença que carateriza os alunos da escola pública.

Combater o Abandono Escolar Proporcionando a Igualdade de Oportunidades – O combate ao abandono escolar será uma prioridade da nossa política de educação. Encarando esta problemática na sua complexidade (económica, social, cultural) e definindo linhas estratégicas claras para a promoção da igualdade de oportunidades. Uma política de educação articulada com a rede social do concelho, privilegiando o apoio às famílias dos alunos em risco de abandono e em situação de exclusão social, assumindo a escola um papel fundamental na identificação das condições de carência e sociais dos alunos e no acompanhamento e na monitorização do apoio a conceder. Uma ação social que apoie os alunos do 1.º ciclo na aquisição dos manuais e materiais escolares, no acesso às novas tecnologias de informação; que

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garanta o almoço e/ou reforço alimentar durante o período de atividade e nas interrupções letivas.

Promover o Desenvolvimento de Novas Oportunidades de Formação e a Aprendizagem Ativa ao longo da Vida- A nossa candidatura desenvolverá políticas integradas de educação capazes de adequar as condições da oferta de novas oportunidades educativas à população adulta de acordo com as necessidades. Daremos prioridade à criação de uma rede de atividades de caráter social e desportivo, educacional e lúdico de proximidade a todas as gerações que não frequentam a escola, aproveitando o parque escolar não utilizado nas freguesias, transformando-os em espaços culturais e educativos das populações de acordo com as necessidades concretas de cada povoação;Potenciar o Ensino Superior Existente em Viseu como Agente de Desenvolvimento Local - Respeitando a autonomia do ensino superior público, concordatário e privado existente no concelho de Viseu, a autarquia pretende acabar com um certo divórcio existente até aqui nas relações com as instituições de ensino superior há muito existentes em Viseu, assumindo um papel importante de parceiro promotor da valorização de cada uma das Instituições, numa estratégia global que reforce a coesão entre elas e potencie as sinergias existentes. A autarquia recorrerá à massa crítica que cada uma possui, para capacitar o desenvolvimento do concelho e da região de Viseu.

VISEU NA REDE DAS CIDADES SAUDÁVEISA autarquia deve assumir-se na área da saúde como líder de influência na criação de uma responsabilidade coletiva e na otimização dos recursos existentes, na promoção ativa de práticas saudáveis que possibilitem a integração de Viseu, na rede das cidades saudáveis.

No exercício dessa magistratura de influência, a autarquia orientará a sua ação em 4 eixos de intervenção:

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Estabelecimento de Parcerias com as Estruturas Locais – A autarquia deve assumir um papel mais ativo na defesa da sua politica de saúde para o concelho, estabelecendo parcerias com as instituições regionais e nacionais do ministério da saúde, em conjugação com outras instituições do município, designadamente IPSS, rede social e agrupamentos de escolas.

Diagnósticos Atualizados da Situação da Saúde no Concelho – A definição em cada momento das prioridades e estratégias das políticas de saúde a definir exige da autarquia, em primeiro lugar que tenha uma política de saúde, e depois que reúna competências para realizar diagnósticos atualizados das principais carências existentes no concelho. Será com base nisso que mais facilmente se podem e devem reivindicar serviços para Viseu, como o Centro Oncológico, incluindo o Serviço de Radioterapia no Hospital de S. Teotónio, as evidentes carências estruturais e de funcionamento nas extensões de saúde, a ausência de cuidados continuados, a falta de um Serviço de Neurocirurgia de Urgência durante 24 horas.

Reforço das Dinâmicas de Intervenção da Rede Social, na área da Saúde – Numa intervenção conjunta com as diferentes instituições públicas e privadas da área social e da educação, compete à autarquia dinamizar e liderar programas de intervenção na área da saúde, apoiando projetos de saúde oral e de combate à obesidade infantil e a outras doenças associadas, nomeadamente em instituições sociais com serviço de refeições, associações locais e Juntas de Freguesia. Criar equipas multidisciplinares para respostas de proximidade nas escolas e nas famílias em risco e colaborar com iniciativas de promoção da saúde e de estilos de vida saudáveis. Criação junto da autarquia de um «banco de ajuda técnica a pacientes», uma estrutura conjunta de apoio especializado e pluridisciplinar na prestação de cuidados aos doentes dependentes, potenciando os recursos existentes, facilitando o acesso aos cuidados de saúde, proporcionando apoios nos transporte dos idosos e dependentes e disponibilizando ajudas técnicas: camas articuladas, cadeiras de rodas, auxiliares de marcha e outros acessórios desta natureza. Desenvolvimento de uma rede de voluntariado municipal, promovida

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e apoiada pela autarquia, para o apoio a cuidados informais de doentes dependentes.

Promoção de Políticas Ativas de Prevenção na Saúde- É da competência da autarquia promover junto dos munícipes uma cultura de hábitos saudáveis, definindo políticas transversais nas áreas da educação, desporto e ambiente capazes de colocar Viseu na Rede dos Concelhos Saudáveis. Propomos que a autarquia, em parceria com as instituições públicas e privadas do concelho, mantenha sempre vivos programas de «Educação para a Saúde» que promovam as práticas de vida saudáveis, a oferta de uma alimentação saudável e hábitos de desporto. Criar, em colaboração com as instituições de saúde, uma Loja móvel da saúde, que consistirá num reforço das unidades de saúde móvel para fazer rastreios (pressão arterial, diabetes, colesterol, etc.), como forma de atenuar as dificuldades de alguma população das freguesias rurais em conseguir consultas nas extensões de saúde local;

III. JUVENTUDE E DESPORTO

1. VISEU CIDADE INTEGRADORA DA JUVENTUDE

Uma Autarquia Atenta aos Problemas dos Jovens - No contexto atual, os jovens enfrentam a opressão de um futuro incerto que os atinge, particularmente. É neste quadro que importa que o poder central e local potenciem as condições que permitam a afirmação dos jovens na escola, no mercado de trabalho e na sociedade. É cada vez mais premente a exigência de políticas de juventude, também no domínio municipal. Esta é também uma realidade de Viseu, onde o número de jovens sem emprego aumentou, nos últimos anos exponencialmente. À autarquia exige-se a adoção de uma política para a juventude que se desenvolva numa lógica de transversalidade, de parcerias e de dinâmicas locais desenvolvida em 3 eixos de ação:

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Prioridade à Criação de um Conselho Consultivo de Jovens - Numa aposta clara das potencialidades dos jovens de Viseu, criar este espaço de participação cívica que lhes permita a sua afirmação na proposta e na discussão das medidas autárquicas a si direcionadas;

Desenvolvimento de políticas facilitadoras do Emprego e da habitação - Assegurar que os jovens tenham apoio personalizado e acesso a informações que os possam ajudar a encontrar um percurso profissional que lhes permita fixar a sua vida pessoal e profissional em Viseu: i) criando um serviço próprio para a juventude, com informações sobre o mercado de trabalho, apoio técnico para a elaboração de um curriculum vitae e de procura de emprego, sobretudo para os que procuram o 1.º emprego;ii) promovendo a criação de emprego pelas empresas sediadas em Viseu, concedendo-lhes compensações fiscais e outras, desde que estas potenciem a contratação de jovens; iii) oferecendo incentivos fiscais, à habitação para jovens, direcionando, também, nesse sentido, a regeneração urbana e rural, a preços controlados.

Uma Autarquia amiga da Inovação e do empreendedorismo - A autarquia deve, também, nesta área promover parcerias, designadamente, com as Instituições de Ensino Superior e a Associação Empresarial, para permitir um primeiro contacto dos jovens com o mercado, promovendo estágios, no âmbito da autarquia e de outros serviços e empresas, do concelho de Viseu. criar uma “ incubadora de empresas” no concelho para fomentar a iniciativa, a inovação e o empreendedorismo jovem e potenciar o trabalho e a dinâmica de jovens qualificados. Disponibilizar espaços municipais, que a preços reduzidos, facilite a materialização de projetos e ideias empresariais. Criar fundos de apoio ao empreendedorismo, concretizável com a celebração de contratos programas.

Desenvolver a participação cívica e o associativismo jovem - A valorização da participação dos jovens na sociedade, das suas ideias e formas de intervenção individual e coletiva, deve materializar-se, no seio da família, da escola e da comunidade, cabendo à autarquia criar condições que lhe dê expressão e visibilidade social. Para isso, deve fomentar o acesso à informação e à internet, criando em cada Junta de Freguesia “Espaços Jovens” que funcionem como centros lúdicos de informação, formação e

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aconselhamento. Disponibilizar espaços que permitam que as Associações Juvenis e Grupos Informais de jovens desenvolvam a sua atividade, apoiando material e tecnicamente no desenvolvimento de atividades desportivas, culturais e de intervenção social;

2. O DESPORTO: UMA RESPONSABILIDADE PARTILHADA

O atividade física e o desporto atravessam todos os segmentos da política social que propomos, numa oferta concreta direcionada a todas as gerações; uma prática da atividade física e desportiva que, nos tempos de hoje, tem, na população jovem, um papel de prevenção e de combate a desvios comportamentais que a sociedade lhe coloca.Neste quadro, a política a adotar pela autarquia assenta em 3 eixos estratégicos: formação integral dos jovens, promoção de atividades promotoras de uma vida mais saudável, em geral, e a criação de infraestruturas adequadas para a prática desportiva.

Plano Municipal Anual para a Atividade Física e Desportiva – Este Plano Municipal deve formular os objetivos a atingir e as atividades a realizar, garantindo a existência de uma estrutura com recursos humanos e materiais capazes de operacionalizar o Plano Anual e investir na formação dos diversos parceiros que constituem esta rede social. Teremos como prioridade à formação dos jovens, estabelecendo protocolos com estes parceiros para a promoção da formação nas camadas jovens, em articulação com as escolas, clubes e associações.Valorização do papel Social e Desportivo Desempenhado pelos Clubes no Concelho – A autarquia tem o dever de apoiar e acompanhar os clubes desportivos do concelho, valorizando o seu papel social e desportivo, nomeadamente reconhecendo o seu contributo junto dos mais jovens, bem como a sua contribuição para o desenvolvimento do associativismo no município.A importância do Desporto de Competição – A nossa candidatura valorizará o desporto de competição e de rendimento e os resultados coletivos e individuais, reforçando os apoios e dando uma visibilidade social que possa ser

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potenciada como incentivo à prática desportiva e como afirmação do município de Viseu no contexto regional, nacional e internacional.

IV. VISEU CONCELHO SEGURO: SEGURANÇA E PROTEÇÃO CIVIL

1. SEGURANÇA

Espaço Público Municipal Seguro - O espaço público do concelho de Viseu tem de ser seguro, iluminado e com vigilância conveniente. A estratégia municipal de segurança, tem de apostar em políticas de policiamento de proximidade e de inclusão social, através da redefinição ativa dos meios de prevenção e repressão da criminalidade e do vandalismo, consentânea em cada momento com as particularidades de uso/ocupação de cada espaço ou infraestrutura na perspetiva humana.

Conselho Municipal de Segurança Dinâmico e Ativo - O Conselho Municipal da Segurança de Viseu tem de ser uma entidade verdadeiramente ativa, reunindo periodicamente (ordinariamente uma vez por trimestre), com a concretização efetiva dos seus objetivos, através da interação das diversas entidades, sempre numa ótica de proximidade junto da população e dos agentes económicos.

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Melhor Intervenção e Maior Raio de Ação da Polícia Municipal - a Polícia Municipal tem de ser mais interventiva no seu raio de ação; incluindo a adoção de uma política de policiamento de visibilidade e um maior esforço na divulgação das suas funções e competências; sendo para isso fundamental a sua infraestruturação adequada, propondo-se a saída das atuais instalações precárias no Pavilhão Multiusos e a sua instalação definitiva no Centro Histórico da Cidade, numa localização estratégica, num edifício devidamente requalificado para o efeito.Combate Inteligente à Pequena Criminalidade - Num diálogo com instituições da sociedade civil têm de ser apuradas políticas de combate inteligente à pequena criminalidade e ao vandalismo, que contribuem para a degradação do espaço público e propiciam sentimentos de insegurança.

Programa Viseu «Noite Clara» - Especialmente dirigido aos polos de atração noturna da Cidade, desenvolver o Programa «Viseu Noite Clara», em colaboração com a PSP, a GNR e envolvendo as associações académicas e os empresários do sector de restauração e bebidas e espaços de diversão noturna, no sentido da cooperação para a garantia das condições de segurança desta atividade, que contribui positivamente para a vida e economia da Cidade.

Segurança na Cidade e nas Aldeias - para além do Centro Histórico, a segurança deverá ser reforçada em diversos pontos da Cidade e das aldeias. A via mais adequada para garantir a segurança na Cidade e nas aldeias é o combate à solidão, em especial dos mais idosos, e à desertificação humana, implementando políticas que promovam o repovoamento e movimento, para que possam ser restaurados valores de comunidade e relações de vizinhança, como é apanágio das políticas sociais que se pretende implementar.

2. PROTEÇÃO CIVIL

Coordenação e Comunicação Entre os Diversos Atores da Proteção Civil - O Centro Municipal de Operações de Emergência de Proteção Civil tem

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manifestamente de promover uma maior operacionalização das suas infraestruturas e serviços; incluindo a implementação de um sistema de comunicações compatível entre todos os agentes da proteção civil.A Importância de um Gabinete de Proteção Civil Municipal - O Plano Municipal de Emergência de Proteção Civil tem de merecer uma atualização permanente, com a sua concretização no terreno, articulada dinamicamente entre os diversos agentes que direta e indiretamente se relacionam com a proteção civil e a segurança. Para concretização deste desiderato importa criar o Gabinete de Proteção Civil Municipal.

Plano de Emergência Ativo Para o Centro Histórico Municipal - O Centro Histórico de Viseu tem de ter um Plano de Emergência moldado às suas especificidades, como o valor patrimonial sensível, os arruamentos de difícil acesso e a elevada carga térmica resultante da sua construção antiga e desordenada. Em colaborações com outras entidades, é vital promover de forma regular mais simulacros, exercícios e treinos dos agentes municipais ligados à proteção civil, realizando um grande exercício bianualmente.

Melhores Condições Para os Bombeiros Municipais - É necessário investir urgentemente nas condições de serviço, instalações, central de comunicações, material de proteção individual, viaturas e outros equipamentos dos Bombeiros Municipais de Viseu. No concelho de Viseu tem de ser ampliada a atividade de equipas de sapadores florestais, seja através da sua promoção por parte da autarquia e/ou de associações florestais.

V. TERRITÓRIO, PLANEAMENTO E AMBIENTE

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1. PLANEAMENTO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

As Políticas de Planeamento e Ordenamento do Território a desenvolver pelo governo municipal serão consideradas estratégicas para a coesão territorial e bem-estar das populações do concelho. E, neste sentido, propomo-nos dar prioridade às seguintes medidas.

Agenda 21 Local – Será desenvolvida, atualizada e alargada nos seus conceitos, tendo em conta os pontos fortes e oportunidades e os pontos fracos e ameaças do concelho (Análise SWOT), culminando num conjunto de atuações efetivas priorizadas e calendarizadas, com capacidades para minimizar os problemas existentes e sobretudo impulsionar as potencialidades do Concelho.

Planeamento e Ordenamento Estratégico do Concelho - Aproveitando as ímpares condições naturais e geográficas, histórico-culturais, económicas e sociais do concelho, o planeamento do território terá de assumir um papel estratégico na construção de um município mais coeso e competitivo, baseado num desenvolvimento harmonioso e sustentável

As nossas Prioridades no Planeamento do Território do Concelho passam por promover a coesão territorial; a revitalização do Centro Histórico; a valorização dos bairros; o desenvolvimento rural; o aproveitamento e fruição cabal dos espaços públicos, infraestruturas e equipamentos; a facilitação das atividades económicas; a preservação do ambiente; as boas acessibilidades a partir de todos os pontos do Concelho e, acima de tudo, pela prioridade absoluta ao bem-estar das pessoas nas suas múltiplas valências e condições.

Ordenamento Equilibrado e harmonioso dos Espaços - No ordenamento do território procuraremos conciliar equilibradamente o ordenamento e a urbanização do espaços com os valores paisagísticos, ambientais, patrimoniais e socioculturais, reforçando a identidade de Viseu, com uma marca forte de contemporaneidade.

Um Concelho Amigo da Requalificação - Privilegiaremos a requalificação dos espaços e dos edifícios, sobretudo no Centro Histórico e centros das aldeias, adaptando-os às novas exigências de segurança, salubridade,

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funcionalidade e conforto. Assumiremos a paisagem urbana com gosto e atenção às pessoas, reduzindo ao máximo as barreiras arquitetónicas que dificultam a mobilidade às crianças, aos idosos e cidadãos com necessidades especiais no apoio à mobilidade.

2. INFRAESTRUTURAS, EQUIPAMENTOS E HABITAÇÃO

Eliminar os Problemas Infraestruturais de 1.ª Geração – A nossa candidatura coloca como prioridade absoluta solucionar de vez os graves problemas ainda existentes no nosso concelho de saneamento básico, nomeadamente ao nível da supressão de «esgotos a céu-aberto», drenagem dos esgotos e respetivo tratamento que ainda afetam algumas freguesias rurais.

Nova ETAR Viseu Sul – É urgente a sua entrada em funcionamento, obedecendo às mais modernas condições de operação, manutenção e controlo, de modo a proporcionar um reforço das políticas de investimento na qualidade das águas residuais, ao nível da reutilização dos efluentes das ETAR para a lavagem de arruamentos e rega de parques e jardins; diminuindo os custos do consumo de água.Racionalização das Taxas do IMI, IMT – esta medida aplica-se aos prédios a reabilitar no Centro Histórico e nas freguesias rurais. Os prédios urbanos reabilitados e colocados no mercado de arrendamento para fins habitacionais terão por via da racionalização proposta uma redução das taxas e impostos aplicáveis.

Valorização da Cava de Viriato – a requalificação realizada no âmbito do Programa Polis está longe de ter alcançado a valorização desejada. Propomos transformar a Cava de Viriato, com a eventual colaboração do arquiteto Gonçalo Byrne, num símbolo patrimonial único, abrindo-se à cidade e às pessoas, dando-lhe finalmente o significado simbólico e histórico que merece a nível nacional e internacional.

Intervenção no Mercado 2 de Maio - Em eventual concertação com o Arquiteto Siza Vieira, é urgente transformar o Mercado 2 de Maio num

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importante Pólo de atração de pessoas e atividades para o centro urbano da cidade, potenciando este espaço com novas valências económicas, culturais e recreativas.Novo Rosto e Nova Vida para a Feira Semanal de Viseu – É urgente encontrar uma solução definitiva para a Feira Semanal de Viseu no atual local ou noutro lugar alternativo, mas com infraestruturas modernas e dignas da cidade de Viseu.

Infraestruturação do Tecnopolis de Lordosa – dados os desafios que se colocam hoje ao concelho de Viseu na criação das melhores condições para captar investimento, é urgente criar neste parque industrial infraestruturas para tecnologias de ponta, potenciando assim o seu poder de atração para a instalação de empresas de serviços e industriais com intensidade tecnológica.

Parque Industrial de Coimbrões e Parque Empresarial do Mundão – é urgente equacionar a necessidade de alargamento do Parque Industrial de Coimbrões, valorizando a sua atratividade e competitividade com infraestruturas modernas. Também para o Parque Empresarial do Mundão, em concertação com a GestinViseu e outros agentes interessados, tem de ser encontrada uma solução que o torne mais atrativo, com uma eventual ampliação a terrenos anexos, para empresas industriais de elevada empregabilidade.

Modernização do Aeródromo Municipal Gonçalves Lobato – A modernização do Aeródromo Municipal Gonçalves Lobato afigura-se como um investimento estratégico para o concelho e a região, potenciando o seu interesse económico e turístico. A modernização do Aeródromo beneficia também o desenvolvimento de outras atividades, como a escola de pilotagem, o paraquedismo, a aviação ultraleve ou o aeromodelismo. Podendo, ainda, servir melhor como centro de prevenção de deteção de incêndios florestais, ou mesmo o seu alargamento a uma possível utilização voos nacionais regulares.Novo Parque de Campismo - é fundamental encontrar uma solução para a construção de um novo parque de campismo com infraestruturas dignas de uma cidade como Viseu, seja no anterior espaço, seja noutro local entendido como mais estratégico e apropriado.

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Alargamento das Redes e Hotspots - Para além do Centro Histórico, é necessário que progressivamente se vão criando as condições para a instalação de redes e hotspots noutros pontos do Concelho. Os espaços públicos que se pretendem mais atrativos e movimentados – como por exemplo a Praça do Rossio (amplificando o fraco sinal instalado), o Mercado 2 de Maio ou a “requalificada” Cava de Viriato – merecerão uma atenção mais célere.

3. CENTRO HISTÓRICO E BAIRROS

Nova Vida à Viseu Novo-SRU - A Sociedade de Reabilitação Urbana de Viseu para cumprir a sua missão enquanto empresa de reabilitação urbana deverá obedecer a uma política de intervenção mais proactiva na busca de soluções concretas para as áreas mais críticas de recuperação e recuperação de Viseu.

“Via Verde” no Licenciamento para intervenções no Centro Histórico- As intervenções no Centro Histórico devidamente aprovadas devem beneficiar de uma agilização administrativa que torne mais célere a realização de obras de reabilitação-reconstrução, de forma a reduzir os tempos de apreciação e respetiva concretização da obra.

Guia de Boas Práticas Para a Reabilitação do Centro Histórico - Criar com outras entidades públicas uma plataforma que disponibilize, a promotores e investidores, todo o histórico de pareceres e informação técnica relacionados com processos de reabilitação no Centro Histórico; para além de haver uma clarificação das regras por parte da CMV, através de um Guia de “Boas Práticas” para a reabilitação no Centro Histórico.

Animação e Revitalização do Centro Histórico - De modo a trazer mais pessoas ao Centro Histórico, é urgente encontrar soluções de estacionamento, enquadradas com as características desta área de elevado valor patrimonial; estudar o modo de potenciar o uso do Funicular (já que existe) como meio de acesso a um Centro Histórico que se deseja mais movimentado na sua atividade económica, social e cultural de dia-a-dia ou em termos turísticos; preferencialmente amortizando com as receitas custos de operação e

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manutenção; analisar com as Instituições do Ensino Superior de Viseu a possibilidade de construção de residências universitárias no Centro Histórico ou mesmo outras formas mais individualizadas de alojamento; criar no Centro Histórico incentivos à instalação de serviços, ateliês, oficinas artísticas e de artesanato, consultórios médicos, atividades tradicionais numa ótica modernizada como cabeleireiros, barbeiros, sapateiros, costureiros, etc. ao nível da rua; cobrir finalmente com rede wi-fi o Centro Histórico; trazer para o Centro Histórico a Polícia Municipal e outros serviços públicos desconcentrados; Criação de uma Galeria de Arte Urbana – em circuito estruturado - em pontos nevrálgicos a estudar com artistas e historiadores, não conflituando com o património e moradores desta área.

4. ACESSIBILIDADES, TRÂNSITO E MOBILIDADE

A política dos transportes e da mobilidade é um vetor fundamental para a governação do território, incidindo cada vez mais na qualidade de vida das pessoas. Um Concelho com Boa Mobilidade – racionalidade na rede de transportes urbanos, com mobilidade acessível e rápida, com eficiência e horários compatíveis nas ligações entre a cidade e as freguesias do concelho. Os transportes públicos devem aproveitar as condições únicas em termos de uma rede viária rádio-concêntrica, reforçando a coesão territorial, através de uma maior mobilidade, com tempos e distâncias mais curtas e cómodas.

Eliminação de Constrangimentos rodoviários urbanos - Encontrar uma solução que elimine ou minimize os principais constrangimentos de entrada no centro da Cidade, como os acessos à Estrada da Circunvalação pela EN231 (Estrada de Nelas), pela N2 do norte e na Rotunda da Fonte Cibernética pela Avenida Europa.Viseu com Comboio - A ligação de Viseu à rede ferroviária nacional, através de infraestruturas modernas é relevante para a competitividade do Concelho e a mobilidade externa dos visienses. Exige-se a construção de um ramal de ligação à Linha da Beira Alta, tornando assim Viseu um importante nó ferroviário e logístico (conjugação com A24 e A25). Ficará assegurada a satisfação das necessidades de mobilidade das pessoas e das empresas, bem

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como a competitividade económica da Região. Caso se concretize a construção do corredor ferroviário em alta velocidade entre Aveiro e Vilar Formoso, a sua passagem por Viseu é prioritária e deve unir o concelho e a região na sua reivindicação.

Melhores Acessibilidades Rodoviárias - Em concertação com as entidades responsáveis, criar as condições para que se estabeleça com urgência uma ligação rodoviária expresso rápida - em transporte público - à Linha da Beira Alta em Mangualde. Defender intransigentemente o reforço das acessibilidades e mobilidades inter-regionais estruturantes, nomeadamente: a ligação Viseu–Coimbra por auto estrada, alternativa ao IP3; a ligação ao Sátão pela EN229; a ligação a Nelas e Seia pela IC37; as ligações da A24 à EN2 em Lordosa e Calde, para servir não só as áreas urbanas e rurais, mas também o Instituto Piaget e o futuro Parque Industrial de Lordosa; a ligação da A25 à área industrial de Boa Aldeia-Torredeita, facilitando igualmente o acesso ao campo de Golfe pela A25; o acesso à Cidade pela EN16 tem de ser duplicado até à A25. A maior prioridade será dada ao troço a partir da rotunda do Viso pela Avenida Pedro Álvares Cabral; reabertura da “Estrada Velha de Abraveses” na sua interceção com a Circular Norte.

Novos Traçados de Ecopistas – Aproveitando os corredores de algumas vias urbanas e o atravessamento de espaços/corredores verdes, a construção na cidade de novos traçados de ecopistas são possíveis e desejáveis. Propomos, por isso, a construção de duas novas ecopistas: uma que ligue o Instituto Politécnico de Viseu e a Universidade Católica, Polo de Viseu, atravessando a maior área residencial estudantil de Viseu e o Hospital, proporcionando o acesso clicável à maioria dos estudantes do Ensino Superior à sua instituição e outra paralela à do Parque Linear do rio Pavia, atravessando, a partir do Parque do Fontelo, a grande mancha verde proposta, até à Ecopista do Dão, atravessando a nova Ecopista do Vouga. Devem ainda ser estudadas as possibilidades de criação de centros de disponibilização de bicicletas em locais de utilização generalizada para pequenos percursos, como sejam o Politécnico, a Universidade Católica, as Escolas Secundárias.

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5. DESENVOLVIMENTO RURAL

Criação de um Gabinete para o Desenvolvimento Rural - Para impulsionar decisivamente o desenvolvimento da agricultura e do meio rural de forma integrada no Concelho, a nossa candidatura propõe-se criar um gabinete que, na dependência e coordenação direta do Presidente da Câmara e com o apoio de diversas instituições do concelho (instituições do Ensino Superior, Escola Superior Agrária, Associações de Desenvolvimento, Organismos de Turismo, Associações comerciais e industriais, Juntas de Freguesia) possa de forma estratégica e sustentável contribuir para um desenvolvimento integrado do mundo rural de Viseu.Desenvolvimento rural com inovação na política, nos processos e nos produtos - Em concertação com as Juntas de Freguesia, os agentes económicos e associativos e a participação direta dos munícipes devem ser estudados novos polos de desenvolvimento rural e incrementada a competitividade e a criação de emprego, com base na adição de valor acrescentado – através da inovação nos produtos, novas técnicas de produção, novos modelos comercialização e marketing - em produtos endógenos, atividades tradicionais, natureza e património, ecoturismo, agroturismo, turismo rural, trazendo investimento e gerando novos empregos.

Criação de um Parque Florestal - Como projeto estruturante e marca distintiva da sua estratégia de desenvolvimento sustentável para o concelho, esta candidatura pretende estudar a viabilidade de criação de um grande Parque Florestal, no centro do Concelho, abrangendo a Serra do Crasto e o Monte de Santa Luzia. Este será um espaço florestal emblemático, de relevância nacional, de múltiplas valências, dedicado ao património florestal, arqueológico e religioso, à educação, à ciência, ao lazer, ao desporto e ao ecoturismo. O Parque impulsionará de forma direta e indireta as diversas atividades económicas do setor primário, dos serviços, incluindo turismo e comércio.

Plataforma Municipal de Apoio à Atividade Agroflorestal de Viseu - Envolvendo os serviços regionais de agricultura, florestas e pecuária, associações diversas, instituições de ensino (incluindo a Escola Superior Agrária) e o Município criar uma plataforma municipal de Apoio à Atividade

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Agroflorestal de Viseu (AAA), promovendo as atividades agrícolas, pecuárias, agroalimentares e florestais no concelho de Viseu. Bolsa Municipal de Terras – No quadro do Gabinete de Desenvolvimento Rural deverá ser criada um Bolsa Municipal de Terras, contribuindo desta forma para o desenvolvimento da produção florestal ou agrícola e mesmo para a fixação de pessoas no mundo rural, seja ao nível de pequenas hortas familiares ou ao nível da agricultura intensiva; através de terrenos concelhios vinculados à bolsa de terra nacional, terrenos municipais, terrenos abandonados, áreas de baldio, disponibilização para arrendar ou vender por proprietários agrícolas.

Mercado Moderno no Centro Histórico – Instituir um mercado semanal (sábado) no Centro Histórico, a exemplo do que acontece noutras cidades europeias, com uma estrutura moderna e com capacidade para promover a comercialização de produtos agrícolas, artesanais e outros produtos endógenos das freguesias rurais.

Viseu Como Centro de Cluster Florestal – Viseu-Região tem um potencial natural expressivo - histórico-patrimonial e socioeconómico - para se poder constituir como um Pólo nacional de desenvolvimento de um cluster florestal. O peso da floresta na economia regional e municipal deve merecer do futuro governo municipal um a prioridade absoluta no desenvolvimento de políticas que potenciem o desenvolvimento de um cluster florestal.

6. AMBIENTE, ESPAÇOS VERDES E ENERGIA

Viseu como Concelho Ambientalmente Exemplar numa Ótica de Sustentabilidade – O Concelho tem de verdadeiramente internalizar o Social, a Economia e o Ambiente – em interação dinâmica entre si – para que este não seja apenas uma “marca” urbana epidérmica de espaços públicos centrais alindados, mas que se dissemine matricialmente por todo o território e atividades que aí decorrem; salvaguardando a natureza e os espaço naturalizados, as linhas de água, a qualidade do ar, universalizando o

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saneamento básico e a recolha de resíduos e recicláveis, estimulando a eficiência energética e o uso de energia alternativas (com elevado potencial no nosso Concelho), promovendo a sensibilização ambiental dos munícipes, proporcionando turismo na natureza e o revigoramento da atividade agroflorestal, para além de outras atividades económicas que, de forma sustentável, podem adicionar valor aos nossos diversificados recursos naturais; protegendo assim o ambiente e amplificando a qualidade de vida das pessoas.

Revitalizar as Áreas Verdes do Concelho – Implementar infraestruturas e iniciativas diversas para aumentar a vivencialidade dos espaços verdes do Concelho; criando novas áreas devidamente equipadas e mantidas nas freguesias rurais e efetuando algumas requalificações nos jardins e parques da Cidade. Pretende-se ainda criar uma grande mancha verde “em meia-lua” na zona norte da Cidade, unindo o Parque do Fontelo; terrenos da Estação Agrária, a Cava de Viriato e terrenos anexos e o Parque da Aguieira.

VI. CULTURA, PATRIMÓNIO E CRIAÇÃO

A cultura é riqueza imaterial e riqueza material, riqueza que circula, riqueza que não conhece fronteiras nem limites, nem tão pouco os limites do tempo — é esse inconformismo com as leis do tempo que explica o rico património secular de Viseu. Esta candidatura está preocupada com a

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economia e com o emprego para os viseenses, mas sabe que a cultura e a indústria cultural têm um significado simbólico e identitário que estão para além das vista curtas dos contabilistas da economia e do desenvolvimento. Defendemos, por isso, a importância da Cultura, a preservação do nosso importante Património (paisagístico, arquitetónico, histórico, literário e culinário) e a liberdade de criar, tendo subjacente os seguintes pressupostos e objetivos estratégicos:

A Câmara Municipal não será “operadora de gosto”, o gosto é uma construção complexa, é uma dialética entre a criação e os públicos, e quanto mais espontânea for essa construção melhor;

A Câmara Municipal quer uma marca identitária para este território e para esta comunidade, respeitando e com orgulho a sua matriz cultural as suas raízes;

A Câmara Municipal assumirá sempre que essa marca identitária terá que ser descomplexada, atrativa, criativa, cosmopolita, sem fronteiras, assumindo, afinal, o que deve ser a cultura: estarmos civilizadamente uns com os outros.

A materialização política dos quatro pressupostos e objetivos estratégicos faz-se no respeito por três grandes princípios:

(i) liberdade — a criação e a cultura precisam de uma ecologia livre, não diretiva, que atraia talento, atividade económica e turismo;

(ii) supletividade — a iniciativa municipal não faz concorrência com a oferta dos criativos, das associações, das empresas e demais operadores culturais;

(iii) singularidade — o que é único, o que é de Viseu e de mais nenhum lugar, tem que ser realizado de forma a interessar ao país, a Espanha (especialmente à vizinha Castela), ao mundo.

Viseu singular – A Cava de Viriato, a Feira de S. Mateus e as Cavalhadas de VildeMoinhos são uma aposta desta candidatura. São marcas seculares, tradições a respeitar e a inscrever na nossa contemporaneidade e cosmopolitismo, para serem conhecidas e partilhadas como o país e o mundo.

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Programa “De museu a museu”- a rede municipal de museus, para além do aperfeiçoamento dos seus objetivos e melhoria de coleções, visa criar mecanismos de circulação de públicos e de colaboração com os Museus de Grão Vasco, da Misericórdia, Tesouro da Sé, de Silgueiros, de Torredeita (bem como com o Planetário), não esquecendo a focagem nos públicos escolares.

Circuitos monumentais – Serão criados programas de circuitos monumentais para divulgação e fruição do património histórico disseminado no território.

Bolsas de mérito artístico-: O município organizará anualmente um concurso para atribuição de Bolsas de Mérito artístico dirigido a alunos de artes excecionais que frequentam escolas de ensino artístico do concelho.

Criação de redes artísticas internacionais, nacionais e regionais -Apostando tanto para economias de escala em alguns projetos, como para o inverso: programações distintas a apostarem na circulação de públicos.

Requalificação do Multiusos para rececionar eventos de grande dimensão. Políticas ativas de atração de congressos e de eventos com escala.Procura ativa de produção de cinema e audiovisual europeia no concelho - Desenvolvimento de uma procura ativa de produção europeia de cinema e audiovisual no concelho, com a colaboração do AICEP e isenção de taxas e medidas de facilitação administrativa e logística.

Dinamização do movimento associativo - O movimento associativo do concelho, com a sua diversidade e distribuição por todo o território concelhio, é um ativo cívico e uma escola da democracia, e será apoiado pelo executivo municipal com critérios transparentes, conhecidos de todos, preferencialmente com contratualização plurianual para dar estabilidade aos seus projetos.

Preservação da memória histórica do concelho – Os municípios têm especiais responsabilidades na preservação da memória do concelho. Procuraremos, por isso, que a Secretaria de Estado da Cultura resolva o

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impasse no Arquivo Distrital. Quanto aos arquivos Municipal e Fundo Antigo da Biblioteca Municipal D. Miguel da Silva, será desenvolvido um programa de conservação e digitalização, que permita colocar on-line, ao dispor de todos, a documentação histórica da região, do concelho e das freguesias.

Apoio municipal à edição de obras sobre património cultural e histórico- O executivo Municipal deve ter uma política clara e regular de apoio a edições de interesse cultural relevante, sobretudo a autores e publicações que reconhecidamente têm o concelho de Viseu como objeto de estudo.

Manutenção do apoio ao Teatro Viriato – A nossa candidatura dará continuidade à política de apoio ao Teatro Viriato dentro da lógica tripartida CRAEB/Município/Secretaria de Estado da Cultura.