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Versão preliminar para consulta pública do Programa Municipal de Educação Ambiental de Campinas, a ser finalizado em 2015
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PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
Educao Ambiental para uma Campinas Viva!
VERSO PRELIMINAR
O primeiro desafio o tico, coletivo.
indispensvel que o homem vivencie, sinta que
pertence a uma rede de vida e que esta rede se
sustenta pela participao de todos. () Ns no
somos muitos, ns somos um s.
Judith Corteso
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPINAS
JONAS DONIZETTE
PREFEITO
Henrique Magalhes Teixeira
VICE-PREFEITO
Rogrio Menezes
Secretrio Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel
PLANOMUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL
VERSO PRELIMINAR - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
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COORDENAO
Secretaria Municipal do Verde, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentvel
GRUPO TCNICO DE TRABALHO
Sueli A. Thomaziello
Lcia Helena Pegolo Gama
Juliano Pereira de Mello
Sandro Tonso
Cristiano Krepsky
Hugo de Godoy Urbine Telles
Roberto Santos Alberto
Maria Eugnia Mobrice
Mrcia C. P.D. Toledo
Ivie Emi Sakuma Kawatoko
Ricardo Simo Amon
Alethea Borsari Peraro
Mrcio Cristian Ferreira
Andrea Cristina de O. Struchel
Guilherme Lima
Isadora Salviano
Sylvia Teixeira
Cezar Capacle
Adriane Pianoswski
Myriam Nolandi Costa
Amanda Alves de Lima
Anita Mendes Aleixo Saran
Denise Soares Polydoro Coutinho
Fernando Roberto Martins
Maria do Carmo E. Amaral
Martha Mattosinho
Lino de Azevedo Junior
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
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GRUPO TCNICO MUNICIPAL DA POLTICA E DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL
Definido pelo Decreto Municipal:
18.317 de 31 de maro de 2014
Coordenao Geral
Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentvel
Coordenao Executiva
Secretaria Municipal de Educao
Coordenao Adjunta
Fundao Jos Pedro de Oliveira
Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMDEMA
Secretarias da Prefeitura Municipal de Campinas
Secretaria Municipal do Verde e do Desenvolvimento Sustentvel
Secretaria Municipal de Educao
Secretaria Municipal de Cultura
Secretaria Municipal de Habitao
Secretaria Municipal da Sade
Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficincia e Mobilidade Reduzida
Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano
Sub-prefeituras Municipais
Baro Geraldo
Joaquim Egdio
Nova Aparecida
Sousas
Conselhos Municipais
Conselho Municipal do Meio Ambiente
Conselho Gestor da APA Campinas
Conselho Municipal de Educao
Conselho Municipal de Cultura
Conselho Municipal da Pessoa com Deficincia
Conselho Municipal da Sade
Outras Entidades
SANASA Campinas
Fundao Jos Pedro de Oliveira
Parque Ecolgico Monsenhor Emlio Jos Salim
EMBRAPA
Instituto Agronmico de Campinas
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)
Pontifcia Universidade Catlica de Campinas (PUC Campinas)
Universidade de So Francisco
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
4
SUMRIO
SIGLAS E SIGNIFICADOS............................................................................................................................ 5
APRESENTAO....................................................................................................................................... 6
MISSO.................................................................................................................................................... 6
PARTE I - ORIENTAO TCNICA E CONCEITUAL............................................................................................7
1.1. Objetivos Fundamentais da Educao Ambiental........................................................................ 7
1.2. Diretrizes da Poltica Ambiental..................................................................................................
8
1.3. Princpios Bsicos da Educao Ambiental................................................................................ 11
1.4. Modelo Conceitual para a Conduo e Estruturao do PMEA................................................. 11
1.4.1 Eixo Institucional.............................................................................................................. 12
1.4.2 Eixo Estruturador............................................................................................................. 12
1.4.3 Eixo Articulador................................................................................................................ 14
PARTE II - ESTRATGIAS DE CONDUO DO PMEA...................................................................................... 16
2.1. Articulao Poltico e Institucional............................................................................................. 16
2.2. Diagnstico Estratgico.............................................................................................................. 20
2.3. Processo Participativo................................................................................................................ 25
2.4. Definio de Programas e Metas............................................................................................... 29
2.5. Cronograma de Elaborao PMEA........................................................................................... 31
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
5
SIGLAS E SIGNIFICADOS
CATI Coordenadoria de Assistncia Tcnica Integral
CEA Centro de Educao Ambiental
COMDEMA Conselho Municipal de Meio Ambiente
CONGEAPA Conselho Gestor da rea Proteo Ambiental Municipal de Campinas
DLU Departamento de Limpeza Urbana
DPJ Departamento de Parques e Jardins
EA Educao Ambiental
EGDS Escola do Governo e Desenvolvimento do Servidor
GAUC Guia de Arborizao Urbana de Campinas
CTeIA Coordenadoria Setorial de Tecnologia de Informaes Ambientais
PMSB Plano Municipal de Saneamento Bsico
PMRS Plano Municipal de Resduos Slidos
SWOT Strengths-Weaknesses-Opportunities-Threats
GTEA Grupo Tcnico de Educao Ambiental
IMG Indicadores de Metas do Governo
LUOS Lei de Uso e Ocupao do Solo
MEC Ministrio da Educao e Cultura
NAED Ncleos Administrativos de Educao
PLO Projeto de Lei Ordinria
PMC Prefeitura Municipal de Campinas
PMEA Plano Municipal de Educao Ambiental
PMRH Plano Municipal de Recursos Hdricos
PMV Plano Municipal do Verde
SM Secretaria Municipal
SISNAMA Sistema Nacional de Meio Ambiente
SVDS Secretaria do Verde, do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Sustentvel
SME Secretaria Municipal de Educao
SEPLAN Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano
PNC Parmetros Curriculares Nacionais
PNEA Poltica Nacional de Educao Ambiental
PPP Projeto Poltico Pedaggico
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
6
APRESENTAO
O Plano Municipal de Educao Ambiental
(PMEA) est sendo construdo dentro de
perspectivas de participao e de estruturao a
fim de efetivar a implantao da Poltica Municipal
de Educao Ambiental. Esse processo perpassa
pelas vrias instncias administrativas envolvidas,
mas principalmente busca incorporar e consolidar
os anseios e demandas dos diferentes atores
sociais do municpio de Campinas.
Na busca de dar continuidade ao processo
que deflagrou a elaborao do Projeto de Lei
Municipal de Educao Ambiental (Projeto de Lei
Ordinria - PLO n 287/2014), as Secretarias do
Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentvel e de Educao da Prefeitura Municipal
de Campinas trabalham em conjunto para que a
capilaridade, a flexibilidade e a continuidade das
aes de educao ambiental suplantem o status
de metas e se tornem condies intrnsecas desse
processo.
Para isso, entende-se importante resgatar o
acmulo de experincias no Municpio,
potencializar as interlocues territoriais, propiciar
a construo do coletivo, extrapolar para alm de
aes isoladas e pulverizadas, incentivar a criao
de fruns permanentes, construir indicadores de
monitoramento e, sobretudo, contribuir para a
construo de perspectivas inovadoras e
aprofundadas de educao ambiental na dimenso
das questes sociais e ambientais da regio de
Campinas.
Com o intuito de atingir o mais diversificado
e amplo nmero de atores, distribudos pelos trs
segmentos definidos pelo PLO n 287/2014 (formal,
no formal e informal), esse desafio foi abraado
por um Grupo Tcnico constitudo por diferentes
representaes da sociedade, da universidade, do
governo e do terceiro setor e pela sociedade, com
a significativa participao em diversas formas de
interao (caf mundial, oficinas, rodas de
conversa, dramatizaes, audincias e consultas
pblica, site, e-mail, facebook).
Assim, o primeiro fruto desse trabalho
coletivo, materializado na Poltica Municipal de
Educao Ambiental, j trilhou o caminho do
dilogo e da transparncia por meio de um
profcuo processo.
Nessa linha, visamos nesse segundo
momento, ampliar o processo de oitiva da
comunidade e primar por estratgias que
garantiro que esse documento, mais do que um
testemunho material, tenha favorecido a gesto
participativa e democrtica.
Portanto, fica o convite a todos os atores
sociais envolvidos para que o presente texto-base
seja discutido, aprofundado, melhorado, mas
principalmente absorvido constantemente, quase
que diariamente, pelo poder pblico, sociedade
civil, entidades de classe, terceiro setor, escolas,
universidades e demais entidades de pesquisa e
ensino, empresas e setor produtivo, de forma que
tenhamos um processo legitimador e
transformador para a Poltica de Educao
Ambiental em Campinas.
Rogrio Menezes
Secretrio Municipal do Verde, Meio Ambiente e
Desenvolvimento Sustentvel
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
7
MISSO
Atingir as dimenses da participao, da capilaridade, da flexibilidade e da continuidade de um
processo articulado e democrtico de Educao Ambiental.
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
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PARTE I - ORIENTAO TCNICA E CONCEITUAL
Esse Plano compe, junto com o PLO n 287/2014, a Poltica Municipal de Educao Ambiental, todo
o processo de aes estruturadoras para a Educao Ambiental no Municpio de Campinas. Os objetivos,
diretrizes e princpios apresentados nesse documento resultam da construo e elaborao do prprio PLO.
Contudo, considerando, que o Plano Municipal tem como princpio a melhoria contnua, que no se
encerra em si, mas busca por meio do monitoramento dos programas retro alimentar no apenas as aes,
mas seus objetivos e diretrizes, possvel que o grupo de trabalho, durante o processo de elaborao e
implantao desse Plano, aprimore e detalhe tais orientaes.
Assim, espera-se que juntos possamos trabalhar nesse contexto e direo.
1.1. Objetivos Fundamentais da Educao Ambiental
i. O desenvolvimento da compreenso integrada do meio ambiente, nas suas mltiplas e complexas
relaes, envolvendo os aspectos ecolgicos, polticos, psicolgicos, da sade, sociais, econmicos,
cientficos, culturais e ticos.
ii. A garantia da democratizao na elaborao dos contedos e de acessibilidade e transparncia
das informaes ambientais.
iii. O estmulo e fortalecimento para o desenvolvimento e construo de uma conscincia crtica da
problemtica socioambiental.
iv. O incentivo participao individual e coletiva, permanente e responsvel, na preservao do
equilbrio do meio ambiente, entendendo-se defesa da qualidade ambiental como valor
inseparvel do exerccio da cidadania.
v. O estmulo cooperao entre as diversas regies do Municpio e da Regio Metropolitana de
Campinas nos nveis micro e macrorregional, com vistas construo de sociedade
ambientalmente equilibrada, fundamentada nos princpios da sustentabilidade e baseada nos
conceitos ecolgicos.
vi. O fomento e fortalecimento da integrao com a cincia e a tecnologia.
vii. O fortalecimento da cidadania, autodeterminao dos povos, a solidariedade e a cultura de paz
como fundamentos para o futuro da humanidade.
viii. A construo de viso holstica sobre a temtica ambiental, que propicie a complexa relao
dinmica de fatores como paisagem, bacia hidrogrfica, bioma, clima, processos geolgicos e
aes antrpicas em diferentes recortes territoriais, considerando os aspectos: socioeconmicos,
polticos, ticos e culturais.
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
9
ix. A promoo do cuidado com a vida, integridade dos ecossistemas, justia econmica, equidade
social, tnica e de gnero, o dilogo para a convivncia e a paz.
x. A promoo e a divulgao dos conhecimentos dos grupos sociais que utilizam e preservam a
biodiversidade.
xi. Promover prticas de conscientizao sobre os direitos e bem-estar dos animais, considerando a
preveno, a reduo e eliminao das causas de sofrimentos fsicos e mentais dos animais, a
defesa dos direitos dos animais e o bem-estar animal.
xii. Promover a transformao de indivduos e instituies, alterando seu cotidiano e melhorando sua
relao com o meio ambiente.
1.2. Diretrizes da Poltica Ambiental
i. Promover a participao da sociedade nos processos de educao ambiental.
ii. Estimular as parcerias entre os setores pblico e privado, Terceiro Setor, as entidades de classe,
meios de comunicao e demais segmentos da sociedade em projetos que promovam a melhoria
das condies socioambientais e da qualidade de vida da populao.
iii. Fomentar parcerias com o Terceiro Setor, Institutos de ensino e pesquisa, visando produo,
divulgao e disponibilizao do conhecimento cientfico e formulao de solues tecnolgicas
socioambientalmente adequadas s polticas pblicas de Educao Ambiental.
iv. Promover a inter-relao entre os processos e tecnologias da informao e da comunicao, e as
demais reas do conhecimento, ampliando as habilidades e competncias, envolvendo as diversas
linguagens e formas de expresso para a construo da cidadania.
v. Fomentar e viabilizar aes socioeducativas nas Unidades de Conservao, parques, outras reas
verdes, destinadas conservao ambiental para diferentes pblicos, respeitando as
potencialidades de cada rea.
vi. Promover a Educao Ambiental em todos os nveis de ensino de forma transversal,
interdisciplinar e transdisciplinar e o engajamento da sociedade na conservao, recuperao e
melhoria do meio ambiente.
vii. Propor e oferecer instrumentos para a eficcia e efetividade desta Lei.
viii. Promover a formao continuada, a instrumentalizao e o treinamento de professores e dos
educadores ambientais.
ix. Facilitar o acesso informao do inventrio dos recursos naturais, tecnolgicos, cientficos,
educacionais, equipamentos sociais e culturais do Municpio.
x. Desenvolver aes articuladas com cidades integrantes da Regio Metropolitana de Campinas,
com os governos estadual e federal, visando equacionar e buscar soluo de problemas de
interesse comum no quesito educao ambiental.
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
10
1.3. Princpios Bsicos da Educao Ambiental
i. Enfoque holstico, diplomtico e interativo.
ii. Concepo do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependncia entre o meio
natural, o socioeconmico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade.
iii. Pluralismo de ideias e concepes pedaggicas interdisciplinares e transdisciplinares, que
propiciem surgimento de novos paradigmas.
iv. Vinculao entre a tica, a educao, o trabalho, as prticas sociais e o meio ambiente.
v. Garantia da continuidade e permanncia do processo educativo.
vi. Permanente avaliao crtica do processo educativo.
vii. Abordagem articulada das questes ambientais locais, regionais, nacionais e globais.
viii. Reconhecimento e respeito pluralidade e diversidade individual, tnica, social e cultural.
1.4. Modelo Conceitual para a Conduo e Estruturao do PMEA
O arcabouo conceitual desse Plano Municipal se apoia em 3 principais eixos de orientao o
institucional, o estruturador e o articulador.
O primeiro deles o eixo institucional, consistente na base a fim de favorecer a articulao poltico-
institucional, financeira e material. Nesse eixo (por princpio,
horizontal) se sustenta o que necessrio para que a educao
ambiental se consolide, seja pelo comprometimento inter e
intra-institucional, pela identificao de fontes de recursos e
sua disponibilizao, pelas parcerias estabelecidas, potenciais e
futuras e pela estruturao dos espaos educadores e Centros
de Educao Ambiental que proporcionam o atendimento
fsico para tais aes. Sua posio horizontal indica a
potencialidade em se tornar mais espessa e slida a cada
processo concludo.
O eixo estruturador, por sua vez, indica o universo de atores sociais que esto e sero incorporados
no processo, seja por meio da educao formal, no formal ou informal, jovens, crianas ou adultos,
homens ou mulheres. Sua posio vertical indica uma condio para o crescimento, somando
continuamente cidados ao processo. Por princpio, rejeita-se a perspectiva hierrquica de atores sociais,
assim como o da segregao entre os diferentes tipos de grupos envolvidos.
Por ltimo, o eixo articulador, que compreende por meio dos programas, projetos ou aes todas as
estratgias que daro corpo e movimento a Educao Ambiental do Municpio de Campinas. Sua forma em
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
11
espiral indica que ele dever envolver todos os atores sociais compreendidos no eixo estrutural, e
pressupe que a continuidade de todo o processo depende da base oferecida pelo eixo institucional.
1.4.1 Eixo Institucional
O bom desempenho do Plano Municipal de Educao Ambiental depende de uma base que oferea o
suporte poltico, institucional, financeiro e mecanismos para envolver os diversos segmentos da sociedade
em todo o processo que envolve a educao ambiental municipal. Dessa forma, o eixo institucional dever
ser suficientemente resistente para suportar o eixo estruturador e fazer circular sobre ele o eixo
articulador.
No primeiro momento de fortalecimento de articulao poltico e institucional recomenda-se que se
trabalhe trs contextos: instituies, fontes de financiamento e espaos fsicos de atuao (espaos
educadores e Centros de Educao Ambiental). Entende-se que so esses contextos (quadro 1) que bem
estruturados podero fornecer condies adequadas para o desempenho de bom xito da Educao
Ambiental no municpio de Campinas.
Quadro 1 - Contextos do Eixo Institucional
Contextos Estratgias Encaminhamentos possveis conforme Lei
14.961 de 06/01/2015
Articulao Institucional (envolvendo
instituies de governo, de representao de
classes, terceiro setor, da iniciativa privada).
Identificar as principais instituiesenvolvidas.
Qualificar o grau de articulaointer-institucional.
Identificar estratgias de envolvimento efortalecimento para o processo.
Iniciar articulao ainda no processo deelaborao do Plano, buscando aconsolidao para registros documentais.
Orientada pela PLO participam da construo do
PMEA:
rgos e entidades integrantes do SISNAMA.
Instituies pblicas e privadas dos sistemasde ensino e pesquisa.
rgos pblicos da Unio, do Estado, doMunicpio (por meio das SME, SVDS, edemais Secretarias Municipais).
rgos pblicos do Municpio, envolvendoConselhos Municipais.
Entidades do Terceiro Setor.
Entidades de classe.
Meios de comunicao e demais segmentosda sociedade.
Nesse sentido, tem-se buscado aaproximao com segmentos ainda noatuantes no processo, como a Rede Estadualde Ensino, a Secretaria Municipal da Sade,o Departamento de Proteo e Bem EstarAnimal da SVDS e definidas estratgias deenvolvimento e aproximao.
Fontes de Financiamento Identificar as principais fontes definanciamento.
Identificar as formas e meios mnimosnecessrios para utilizao desses recursos.
O PL indica no 3 do art. 16, que "Os
programas, projetos e aes constantes do
Plano Municipal de Educao Ambiental sero
financiados pelos recursos do errio municipal,
atravs do Fundo de Recuperao, Manuteno
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
12
Montar um subgrupo para identificar novasfontes de recursos para aes de EducaoAmbiental.
Registrar no Plano Municipal todas as fontesidentificadas e os caminhos para a suautilizao
e Preservao do Meio Ambiente (PROAMB) e
do Fundo de Direitos Difusos (FUNDIF) ou de
outras fontes de financiamentos, desde que
projetos atendam a critrios e condies a
serem estabelecidos em Edital".
E no 3 do art. 16, que "os programas,
projetos e aes constantes do Plano Municipal
de Educao Ambiental sero financiados por
recursos da Secretaria Municipal de Educao,
quando se relacionarem com ensino pblico
municipal".
Espaos fsicos adequados para o
desenvolvimento de aes de Educao
Ambiental
Identificar todos os espaos fsicos em usosou potenciais para o desenvolvimento deaes, programas e projetos, independentede municipal, estadual ou particular.
Espacializar esses espaos para anlise dedisposio territorial.
Qualificar espaos educadores e CEA
Analisar quais grupos (eixo estruturador)utilizam essas reas, quais no as utilizam eos motivos para ambas as escolhas.
Propor aes de otimizao desses espaospara duas perspectivas: na melhordistribuio do territrio municipal e para asprincipais demandas aps anlise dainterao entre aes e atores sociais.
No foi indicado
Espaos Educadores e Centro de Educao Ambiental
A estruturao adequada de locais para o exerccio do trabalho de educao socioambiental tem
carter de urgncia no municpio. No h possibilidade de alcanar resultados significativos sem
infraestrutura adequada. Diversos podem ser esses espaos, de acesso pblico ou no, desde as mais
conhecidas como as unidades escolares, at centros de sade, bases de policiamento, praas e jardins,
museus, bibliotecas, centros culturais, etc. As aes ambientais podem acontecer em qualquer momento e
local, porm espaos estruturados e providos de equipamentos e pessoal para tanto proporcionaro
condies para o desenvolvimento de programas e aes continuadas.
Concedidos a populao, em geral, e a agentes multiplicadores, atores da mudana desejada, esses
locais e equipamentos podero estar dentro ou prximos a reas verdes como parques, bosques, e
adjacncias de reas de Preservao Permanente (APP) e Unidades de Conservao (UC). Podero ser
construdos ou instalados em espaos preexistentes e podero contemplar alm da temtica ambiental
outras demandas da comunidade e instituies, tendo assim um carter multiuso, servindo desde uma
sede para um grupo de teatro local como para reunies das associaes de moradores. Esses espaos,
ainda, podero ser utilizados para o atendimento aos animais domsticos tanto no trabalho de adoo
responsvel, como no processo de castrao e cadastramento dentro do sistema Arquimedes da SVDS.
Foi iniciado um trabalho de identificao de espaos educadores e CEA, atualmente destinados para
esse fim, e outros com potenciais usos, incluindo as Unidades de Conservao de Campinas. O objetivo
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
13
qualific-los a fim de reconhecer aes de reestruturao e adequao necessrias para que esses espaos
funcionem de forma socialmente equitativa sobre o territrio municipal.
Portanto, para a avaliao qualitativa dos espaos educadores est se contemplando tambm as
unidades de sade que podero funcionar como espao de suporte a aes, considerando o carter
educador no atendimento ao pblico quando se tratar de aes ou programas vinculados a sade
ambiental.
A Lei Municipal 14.961 instrui que a Educao Ambiental seja executada por instituies pblicas e
privadas do sistema de ensino e pesquisa, e rgos pblicos do Municpio, envolvendo Conselhos
Municipais, entidades do Terceiro Setor, entidades de classe, meios de comunicao e demais segmentos
da sociedade. Como parte de um processo educativo amplo, a Educao Ambiental se realizar pela
contribuio das vrias instituies, na forma desta Lei, incumbindo:
i. Ao poder pblico, promover a educao ambiental em todos os nveis de ensino e dos rgos da
administrao pblica, bem como o engajamento da sociedade nas questes socioambientais.
ii. s instituies educativas, promover a educao ambiental de maneira integrada aos projetos e
programas curriculares que desenvolvem.
iii. Aos conselhos municipais, promover um engajamento da sociedade nas aes da educao
ambiental, bem como atravs das suas deliberaes.
iv. s empresas e entidades de classe, promover os programas destinados aos profissionais para
incorporar o conceito da sustentabilidade ao ambiente de trabalho, nos processos produtivos e na
logstica reversa.
v. Aos rgos de comunicao, pblicos e privados, promover a educao ambiental atravs das
diversas mdias.
1.4.2 Eixo Estruturador
Capilarizar a Educao Ambiental uma das mais importantes metas da Poltica, onde cada indivduo
e a coletividade em qualquer parte do territrio do Municpio de Campinas possa ser capaz de construir
valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competncias voltadas conservao do meio
ambiente. Dessa forma, imprescindvel que aes estejam ou sejam legitimadas pela comunidade
envolvida, visando o bem comum e a melhoria da qualidade de vida.
Assim como indica a Poltica Nacional de Educao Ambiental (PNEA) a EA deve estar presente, de
forma articulada, em todos os nveis e modalidades do processo educativo, seja em carter formal, no
formal e informal. Por esses segmentos entende-se:
Educao ambiental no ensino formal
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
14
Entende-se por Educao Ambiental no ensino formal a desenvolvida no mbito dos currculos das
instituies escolares pblicas e privada, englobando:
I. Educao Bsica:
I1. Educao Infantil
I2. Ensino Fundamental
I3. Ensino Mdio
I4. Educao de Jovens e Adultos
I5. Educao Especial
I6. Educao para as populaes tradicionais
II. Educao Profissional e Tecnolgica
III. Educao Superior:
III1. Graduao
III2. Ps-graduao
III3. Extenso
Educao ambiental no formal
No desenvolvimento da Educao Ambiental no formal e na sua organizao, o poder pblico, em
mbito municipal, incentivar:
i. A difuso, atravs dos meios de comunicao, de programas educativos e das informaes
acerca dos temas relacionados ao meio ambiente.
ii. A participao das escolas, universidades, instituies de pesquisa, organizaes
governamentais e no governamentais na formulao e execuo de programas e atividades da
Educao Ambiental no formal.
iii. A participao das empresas pblicas e privadas no desenvolvimento dos programas de
Educao Ambiental em parceria com escolas, universidades, instituies de pesquisa,
organizaes governamentais e no governamentais, as cooperativas e associaes legalmente
constitudas.
iv. O trabalho de sensibilizao junto populao.
v. A participao das empresas privadas no desenvolvimento de aes, projetos e programas
internos de educao ambiental, de forma a promover entre os seus funcionrios diretos,
indiretos e demais colaboradores prticas adequadas sustentabilidade.
Educao ambiental Informal
A educao informal ocorre de forma espontnea na vida cotidiana atravs de conversas e vivncias
com familiares, amigos, colegas, interlocutores ocasionais e da mdia. Tais experincias e vivncias
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
15
acontecem inclusive nos espaos institucionalizados, formais e no formais, e a apreenso se d de forma
individualizada, podendo ser posteriormente socializada.
Educao informal pode ocorrer, por exemplo, quando um pescador ensina ao filho tranar uma rede;
isso no ocorre de forma homognea e sistemtica num territrio, o que torna difcil (se no impossvel)
identificar, quantificar, qualificar e mapear tais aes. Decorre desse processo um alto grau de
subjetividade, pois no se pode institucionalizar esse tipo de evento. Uma das formas de potencializar
esse processo oferecendo espaos pblicos de vivncia e meios ou ainda favorecendo aos multiplicadores
o empoderamento a fim de potencializar tais vivncias.
1.4.3 Eixo Articulador
Considerando que os dois primeiros eixos (institucional e estruturador) fornecem as bases
necessrias para favorecer e promover estratgias, meios e atores no processo, o terceiro eixo tem a
funo de efetivar e consolidar as aes de educao ambiental, na perspectiva de ser retroalimentado
constantemente. Assim, espera-se que esse eixo favorea os seguintes processos:
Continuidade
Capilaridade
Democracia
Transparncia
Flexibilidade
Inovao
Monitoramento
A Lei Municipal 14.961 de 06/01/2015 considerou como linhas de atuao inter-relacionadas da
educao formal e no formal:
Formao permanente e continuada dos recursos humanos.
Desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentaes.
Produo de material educativo.
Acompanhamento e avaliao.
Desenvolvimento de Projeto Interdisciplinar e transdisciplinar de Educao Ambiental, com a
anuncia do corpo docente, coordenao e direo e dever estar disposio de todo
muncipe que solicite vista.
A Lei Municipal 14.961 de 06/01/2015 indica para a consecuo da Poltica Municipal de Educao
Ambiental utilizar os seguintes instrumentos de gesto:
Acompanhamento e avaliao, por meio de indicadores.
Desenvolvimento de estudos, pesquisas e experimentaes.
Inventrio e diagnstico das aes.
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
16
Produo e divulgao do material educativo.
Mecanismos de incentivos.
Fontes de financiamento.
Parcerias.
Capacitao de recursos humanos.
Por ltimo, para a construo desse eixo, considerou-se que a Lei Municipal 14.961 de 06/01/2015
os planos, programas e aes devem identificar os problemas ambientais do municpio em relao a:
reas verdes, prprios pblicos, inclusive nas escolas e na regio.
Conhecimento e combate poluio em todas as suas formas (ar, solo, gua, eletromagntica,
visual e sonora).
Adensamento populacional na regio.
Grau de incluso e excluso social.
Saneamento bsico na escola e na regio.
Trnsito e transporte pblico na regio.
Proteo dos bens ambientais e construdos (solo, subsolo, fauna, flora, ar, gua, edifcios
histricos).
Polticas de urbanizao da cidade e da regio.
Conhecer as aes ambientais previstas no Plano Diretor e as principais normas sobre o meio
ambiente em todas as suas formas.
Avaliar aes ambientais propostas pelos movimentos em defesa do meio ambiente, em
especial as previstas na Agenda 21.
Aes relacionadas gesto de resduos.
Proteo das guas e medidas para o combate escassez hdrica.
Sensibilizao aos modelos de consumo e padro civilizatrio da sociedade.
Outras questes ou fatores scio e ambientais.
Conclui-se que os Programas, Projetos e Aes que sero incorporados ao PMEA devero admitir
essa orbe de consideraes contidas na Lei Municipal 14.961 de 06/01/2015 alm de outras que surgiro
durante o processo de participao que ser promovido durante a elaborao do PMEA, em momentos
oportunos.
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
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PARTE II - ESTRATGIAS DE CONDUO DO PMEA
Todo processo de planejamento envolve a definio prvia de como a conduo se dar, bem como
requer fazer escolhas sobre qual a melhor metodologia, objetivos, estratgias, parcerias, ferramentas e
meios. Em tempo, ao compreender o contexto de trabalho, definir o recorte espacial e temporal, para alm
das interfaces, em que o esforo da implantao do que foi planejado se d de forma eficaz e eficiente. O
recorte espacial e temporal, em que o tcnico pese na escolha, pode ser orientado tambm por limitaes
de recursos financeiros, materiais e humanos, como pela conjuntura social e poltica em que o processo
est inserido.
Ainda no fim da dcada de 1980 a meados de 2000, primava-se por processos de planejamento onde
os diagnsticos compunham a parte mais importante do documento, em muitos casos, tomando mais de
dois anos para sua elaborao. Consumia-se cerca de 80% dos recursos e 90% do tempo para a elaborao
do diagnstico, do total dos recursos e prazos de todo o processo de planejamento.
Mais recentemente, na ltima dcada, direcionamentos conceituais e tcnicos que fundamentam
planejamentos evoluram em direo a buscar pelo processo contnuo de melhoramento. Isso significa que
mais significativo que exaurir em informaes tcnicas sobre o universo que o envolve, ainda no primeiro
momento de sua elaborao, definir questes estratgicas de conduo e instituir o monitoramento e
avaliao das aes. por meio do monitoramento sobre as aes implantadas, atravs de indicadores de
desempenho, que o ciclo do sistema de gesto poder ter continuidade, e o planejar passa a compor o
sistema e no mais uma etapa que se inicia e se encerra em si mesma.
Portanto, para o Plano Municipal de Educao Ambiental, primou-se por definir trs linhas
condutoras que sero orientadas com a ajuda de ferramentas do planejamento estratgico:
1. Articulao Poltico-institucional. Considerando o momento de construo de trs outros processos
de planejamento dentro dessa prpria Secretaria (SVDS) e da Secretaria de Planejamento e
Desenvolvimento Urbano (Seplan) com interface direta com o PMEA.
2. Diagnstico Estratgico. Considerando o aspecto dinmico e o universo de atores envolvidos no
processo, a definio de questes estratgicas e orientadoras, com a aplicao da tcnica do SWOT,
favorece o direcionamento na conduo eficiente do processo.
3. Processo Participativo. Considerando o compromisso assumido desde o seu nascimento, na
construo da poltica, por ser um valoroso processo de planejamento atinente a participao pblica em
todas as suas instncias e interfaces.
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
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2.1 Articulao Poltico e Institucional
O Plano Municipal de Educao Ambiental compe o IMG (Indicadores de Metas do Governo) para
2014, assim como o Plano Municipal de Recursos Hdricos e o Plano Municipal do Verde. Sendo essas, trs
significativas ferramentas de gesto da SVDS, cujo tempo de elaborao se sobrepe, o alinhamento sobre
as decises e articulaes institucionais ganham notoriedade no processo.
Concomitante aos trs planos de responsabilidade da SVDS, a Prefeitura Municipal de Campinas, por
meio da Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvimento Urbano, est revisando a Lei de Uso e
Ocupao do Solo (LUOS) e o Plano Diretor do Municpio. Esses processos possuem ampla
interdependncia (figura 1).
Figura 1. Diagrama de interao dos Planos Municipais de Interface Ambiental com as leis mestras
Diante desse desafio, a SVDS constituiu uma equipe para o alinhamento institucional entre esses
planos, outra equipe base para cada plano e elementos que promovero a interface entre os planos. A
equipe tcnica e interfaces entre os grupos esto dispostos na figura 2.
Nessa direo, na busca ela integrao, foi elaborado um cronograma em conjunto em que os 3
planos da SVDS (Verde, Recursos Hdricos e Educao Ambiental), que buscam compatibilizar suas
atividades com a elaborao dos outros dois documentos de gesto da PMC (Lei de Uso e Ocupao do Solo
e Plano Diretor). Tal compatibilizao no somente oportuna, mas necessria, eis que os diagnsticos e
prognsticos de ordem ambiental so basilares e preliminares ao traado de usos, restries, diretrizes e
vocaes do territrio municipal.
O Grupo Tcnico do PMEA avaliou o grau de articulao institucional percebido pelo prprio GTEA,
num primeiro momento, entre a SVDS e as instituies que compem o GTEA (Decreto Municipal n 18.317
de 31 de maro de 2014) e, num segundo momento, entre essas mesmas instituies e o processo de
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elaborao do PMEA. As figuras 3 e 4a-b apresentam graficamente esse grau de articulao, em apenas 3
nveis: forte, mdio e fraco. Para as instituies sem conexo concluiu-se ausncia de articulao.
Figura 3. Grau de articulao Institucional entre SVDS e instituies do GTEA, segundo GTEA.
Uma observao apontada pelo GTEA para registro foi sobre a relao com o Parque Ecolgico, que
era forte at iniciar a transio de sua gesto do Estado para o Municpio, mas como esse processo no foi
concludo totalmente ainda, essa articulao foi reduzida. Outras instituies no contempladas no Decreto
n 18.317/2014 foram incorporadas nessa avaliao porque apresentam interao importante com as
demais atividades da SVDS, por meio da Coordenadoria Setorial de Projetos e Educao Ambiental. Dessa
forma, foram incorporadas: CATI, SM Assistncia Social, SM Servios Pblicos e SM Comunicao. Outras
instituies cuja atribuies incorporam aes de educao ambiental, como a Rede Estadual de Ensino e
Sistema de Ensino da Rede Privada, EGDS, SM Desenvolvimento Econmico, Social e Turismo e SM Trabalho
e Renda foram incorporadas a avaliao.
A SM de Relaes Institucionais foi apontada como a principal e mais importante forma de fazer a
interligao necessria entre o processo do PMEA e as demais secretarias municipais.
A mesma estratgia foi usada para avaliar as instituies que compem o Decreto Municipal n
18.317/2014 e o processo de construo do Plano Municipal de Educao Ambiental. Nessa avaliao o
GTEA pediu que fosse registrada a necessidade urgente de envolver a SM de Relaes Institucionais, por
intermdio do Secretrio da SVDS, para viabilizar e efetivar a participao de importantes Pastas Municipais
no processo, como: Servios Pblicos (em especial, DLU e DPJ), Comunicao, Assistncia Social,
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Desenvolvimento Econmico, Social Turismo e a de Trabalho e Renda. Essas Secretarias no compem o
GTEA, mas a participao ativa dessas essencial para o bom andamento do processo. A SM da Sade
ainda no nomeou um representante, at o momento, porm j se estabeleceu uma articulao inicial
entre o GTEA e a Sade, por meio de parcerias j estabelecidas em outros processos.
A avaliao considerou que no h necessidade de ampliar o corpo de representaes do GTEA, mas
fortalecer a articulao e o apoio entre as instituies indicadas na figura 4. Por ltimo, essa avaliao
indicou que se for necessrio redigir um novo Decreto de composio do GTEA que seja indicado um
representante de cada Subprefeitura, antecipando a criao das duas novas: Campo Grande e Ouro Verde
(aps consulta jurdica).
Figura 4a. Grau de articulao Institucional entre instituies do GTEA e o processo de planejamento do PMEA, segundo
GTEA.
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Figura 4b. Formas que fazem representar as instituies no PMEA.
Nessa orientao de buscar o fortalecimento da articulao institucional, em conformidade ao
Decreto Municipal n 18.317/2014, em que no artigo 4 dada a composio de coordenao do PMEA,
acordou-se entre os representantes das instituies indicadas para a coordenao que o processo de
elaborao do PMEA primar por cumprir o Decreto supra citado:
Art. 4-A O Grupo Tcnico Municipal ter:
I - a Coordenao Geral da Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e do
Desenvolvimento Sustentvel;
II - uma Coordenao Adjunta, composta por um representante do Conselho Municipal
do Meio Ambiente - COMDEMA, um representante da Fundao Jos Pedro de Oliveira e
um representante da Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP; e
III - a Coordenao Executiva da Secretaria Municipal de Educao.
Com relao a implantao do PMEA ser definido um Grupo Gestor com tal responsabilidade, e SME
caber responder pelas atividades que envolve a educao do ensino municipal.
2.2 Diagnstico Estratgico
A leitura sobre os vrios documentos, registros e materiais oficiais sobre as aes municipais de
educao ambiental e a insero orientada pelos diversos atores envolvidos, direta ou indiretamente, no
processo de elaborao do PMEA possibilitaram que fosse elaborada uma anlise qualitativa preliminar
sobre o cenrio atual na qual est inserida a Educao Ambiental no municpio de Campinas. Um trabalho
junto ao GTEA para validao, complementando e corrigindo essa avaliao preliminar foi realizado,
resultando em uma matriz, organizada pela ferramenta do SWOT (Strengths-Weaknesses-Opportunities-
Threats). Nesse trabalho com o GTEA tambm foi realizada uma ordenao por ordem de importncia.
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Avaliao Estratgica com o uso do SWOT
Os principais objetivos que determinaram a escolha dessa ferramenta foram:
Efetuar uma sntese das anlises internas e externas.
Identificar elementos chave para a conduo do processo, o que implica estabelecer prioridades
de atuao.
Pensar em opes estratgicas: entraves para o desempenho do processo e problemas a
resolver.
Dar incio ao diagnstico nesse contexto, no que se pode: fortalecer os pontos positivos, indicar
quais os pontos negativos que devem melhorar, mostrar as chances de crescimento,
aumentando as oportunidades e deixar em alerta as ameaas anunciadas.
As anlises de cenrio se dividem em:
Ambiente interno
Definiu-se como aquilo que pode ser controlado pela coordenao executiva do Plano Municipal, nas
figuras das SVDS e da SME, uma vez que resultado das estratgias de atuao definidas pelos prprios
membros do processo. Desta forma, todo ponto forte deve ser ressaltado ao mximo nas aes definidas
pelo PMEA. E para cada ponto fraco a ao executiva dever ser no sentido de control-lo ou, pelo menos,
minimizar seu efeito.
Fazer gesto sobre as principais Foras (Strengths) e Fraquezas (Weaknesses) que potencializam ou
interferem no bom desempenho das aes de educao ambiental municipal tem o objetivo de alcanar: a
integrao dos processos e a reduo de aes pulverizadas e desconectadas.
Ambiente externo
Definiu-se por ambiente externo todas as situaes e ingerncias que fogem da competncia da
coordenao executiva ou do Grupo Gestor do PMEA. Mesmo no possuindo um certo "controle" sobre
esse contexto, o executivo deve conhec-lo e monitor-lo com freqncia de forma a aproveitar as
oportunidades (Opportunities) e evitar as ameaas (Threats). Evitar ameaas nem sempre possvel, no
entanto, pode-se fazer um planejamento para enfrent-las, minimizando seus efeitos.
Conhecer e fazer gesto sobre as principais oportunidades e ameaas de um contexto que poder
favorecer ou reduzir o bom desempenho das aes municipais de educao ambiental pode resultar na
maior confiabilidade e confiana nos processos, na obteno de informao imediata de apoio Gesto,
favorecendo a tomadas de decises estratgicas.
A combinao destes dois ambientes, interno e externo, e das suas variveis, Foras e Fraquezas,
Oportunidades e Ameaas ir facilitar a anlise e a procura para tomada de decises na definio das
estratgias de implantao do Plano Municipal de Educao Ambiental de Campinas.
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O PMEA determinar um prazo para reviso das aes contidas e nessa oportunidade, tanto o
ambiente interno como o externo podero ser redimensionados, considerando que as metas de
fortalecimento institucional resultam na ampliao das competncias das instituies que compem a
coordenao do PMEA. Com a implantao das estratgias, programas, projetos e aes do PMEA,
espera-se que a articulao interinstitucional seja ampliada e solidificada, de forma que o ambiente interno
seja ampliado.
As foras e fraquezas so determinadas pela situao atual e relacionam-se, quase sempre, a fatores
internos. Estas so particularidades importantes para que a anlise indique o que h de positivo e reduza,
atravs da aplicao do plano a melhoria sobre seuspontos fracos. J as oportunidades e ameaas so
antecipaes do futuro e esto relacionadas a fatores externos, que permitem a identificao de aspectos
que podem constituir constrangimentos (ameaas) implementao de determinadas estratgias, e de
outros que podem constituir-se como apoios (oportunidades) para alcanar os objetivos delineados para a
Educao Ambiental.
O ambiente interno pode ser controlado pela coordenao executiva do Plano Municipal, uma vez
que ele resultado das estratgias de atuao definidas pelos prprios membros do processo. Desta forma,
durante a anlise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao mximo. Quando for
percebido um ponto fraco, a coordenao executiva deve agir para control-lo ou, pelo menos, minimizar
seu efeito. J o ambiente externo est fora do controle da coordenao executiva do Plano Municipal. Mas,
apesar de no poder control-lo, o Executivo deve conhec-lo e monitor-lo com frequncia de forma a
aproveitar as oportunidades e evitar as ameaas. Evitar ameaas nem sempre possvel, no entanto,
pode-se fazer um planejamento para enfrent-las, minimizando seus efeitos.
A combinao destes dois ambientes, interno e externo, e das suas variveis, Foras e Fraquezas;
Oportunidades e Ameaas ir facilitar a anlise e a procura para tomada de decises na definio das
estratgias de implantao do Plano Municipal de Educao Ambiental de Campinas.
A anlise dos resultados feita sobre a combinao dos dois elementos preponderantes (figura 5).
Podendo-se obter um dos seguintes cenrios:
Foras + Oportunidades = Desenvolvimento: obter o melhor benefcio dos pontos fortes para
aproveitar ao mximo as oportunidades detectadas.
Foras + Ameaas = Manuteno: obter o melhor benefcio dos pontos fortes para minimizar os
efeitos das ameaas detectadas.
Fraquezas + Oportunidades = Crescimento: desenvolver estratgias que minimizem os efeitos
negativos dos pontos fracos e que em simultneo aproveitem as oportunidades detectadas.
Fraquezas + Ameaas = Sobrevivncia: as estratgias adotadas devem minimizar ou ultrapassar os
pontos fracos e, tanto quanto possvel, fazer face s ameaas.
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A anlise se complementa com uma matriz com a ponderao de cada situao identificada, de
forma a reconhecer o impacto (elevado, mdio e fraco) que os fatores podem ter no processo e
a tendncia (melhorar, manter e piorar) futura que estes fatores tm no processo.
A aplicao da Anlise SWOT num processo de planejamento pode representar um impulso para a
mudana cultural da(s) instituio(es) ou do processo de elaborao e implantao do Plano Municipal de
Educao Ambiental.
Figura 5.Modelo Conceitual da matriz de anlise SWOT
A aplicao dessa ferramenta no contexto do PMEA junto ao GTEA resultou na matriz apresentada na
tabela 1, indicando que os cenrios correspondem ao da Sobrevivncia, transitando para o do Crescimento.
A predominncia se deu para os pontos fracos.
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Tabela 1.Matriz de Avaliao estratgica de cenrio por meio do SWOT
PRED
OMINNCIA
DE
AMEA
AS
1. Falta de articulao e integrao entre osdiversos atores na rea de educaoambiental.
2. Desconhecimento sobre as fontes e formas deobteno de recursos e financiamentospotenciais para desenvolver aes de EA
3. Ausncia de continuidade de programas deeducao ambiental nas instituies
4. Falta de profissionais nas instituies paraatuao na educao ambiental.
5. Atividades econmicas desvinculadas dosprincpios de sustentabilidade eresponsabilidade scio ambiental.
6. Atividades miditicas desvinculadas das aesde educao ambiental.
7. Falta de identificao da sociedade com oambiente natural local.
8. Atividades de educao ambiental com poucoembasamento terico
9. Formao e atualizao insuficientes deeducadores.
10. M distribuio geogrfica de equipamentos ede ofertas de aes no municpio de Campinas.
11. Baixa oferta de atividades de educaoambiental.
12. Ausncia de avaliao sistemtica e peridicasobre programas, projetos e aes.
Sobrevivncia
PREDOMINNCIA DE
PONTOS FRACOS PONTOS FORTES
1. Desconhecimento do que feitonas diversas unidadesadministrativas da gestomunicipal.
2. Comunicao e articulaoinsuficientes entre aesdesenvolvidas pela gestomunicipal.
3. Aes isoladas e pulverizadas porfalta de articulao edesconhecimento das aes.
4. Descontinuidade de aes,projetos e programas.
5. Falta de recursos financeiros etecnolgicos.
6. Falta de um grupo gestor dosrecursos financeiros.
7. Formao, orientao eestruturao insuficientes.
8. Ausncia de Centros de EA.9. Espaos educadores
desestruturados.
1. PLO n 287/2014 em reviso naCmara dos vereadores.
2. Existncia de Centro de Formaoda SME (CSF/Cefortepe).
3. Existncia de recursos financeirospelo PROAMB e FUNDIF.
4. Construo articulada dosprocessos de elaborao de planosdentro da SVDS.
5. Possibilidade de interao diretaquando da elaborao do Programade Educao Ambiental nos Planosde Manejo das UC previstos para2015.
6. Comprometimento das equipes daSME e SVDS.
7. GTEA Decreto n 18.317 de31/03/2014 constitudo comramificaes importantes.
Manuteno
OPORTU
NIDADES
1. Plano Diretor e LUOS em elaborao.2. Demanda crescente por aes e programas
pela comunidade em geral.3. Existncia de Escola do Governo para
contribuir com a formao de educadores.4. Existncia de coletivos educadores.5. Existncia de Programas do governo estadual,
como o Municpio Verde Azul, comoincentivador de implantao de aesmunicipais.
6. Presena de importantes instituies e centrosde ensino e pesquisa com potencial deformao de parcerias.
7. Existncia de instituies engajadas daadministrao direta e indireta.
8. Existncia de conselhos intersetoriais emunicipais organizados e atuantes, comoCOMDEMA, CONGEAPA e CONDEPACC.
9. Existncia de Programas do governo federal,como Escolas Sustentveis, Mais Educao,Salas Verdes, como incentivadores efomentadores de implantao de aesmunicipais.
10. Existncia de terceiro setor atuante em aesde educao ambiental.
11. Existncia de iniciativas como economiasolidria, agricultura familiar, comrcio justo.
12. Programa de Extenso Universitria(MEC/SESu) Alternativas para o tratamentode esgoto em propriedades rurais deCampinas/SP: Educao, aplicao e difuso detecnologias sociais aprovado para incio em2015, com potencial para se tornar piloto.
Crescim
ento
10. Insuficincia de avaliaosistemtica e peridica sobreprogramas, projetos e aes.
11. Parcerias e convniosinsuficientes com rgos dediferentes esferas governamentaise ou sociedade civil.
12. Deficincia da gesto publicadificultando articulao, obtenode recursos e implantao deaes.
13. Falta de servidores capacitadosdentro das secretarias.
14. Falta de um grupo gestor paraacompanhar e integrar a definiode polticas pblicas municipaisque possuem interface com asaes de Educao Ambiental.
15. Ausncia de produosistemtica, orientada eintegradora de material educativo.
16. M distribuio geogrfica deequipamentos e de ofertas deaes no municpio de Campinas.
17. Falta de articulao com osmunicpios que compem a RMC.
18. Insuficincia de divulgao dasaes e resultados.
Desenvolvimento
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2.3 Processo Participativo
Garantir a participao social um dos princpios adotados para o processo de construo do PMEA,
assim como indicado pelo PLO n 287/2014. O prprio processo que deflagrou a sua redao considerou
importantes elementos de um processo participativo, resultando em vrias chamadas para o mesmo em
seu escopo. Portanto, o PMEA tem o principio de fazer efetivar essa participao. Entende-se que um
processo que busca conhecer o contexto de uma comunidade, por meio de diversas fontes de informao e
de vrios atores oferece a possibilidade de reconhecer as prioridades e as reas de interveno indicadas
por quem realmente compe a realidade, tornando-o prximo do real.
A importncia do diagnstico participativo dada, principalmente, por favorecer importantes
processos sociais, como o empoderamento e o pertencimento. Elementos indispensveis na construo de
um cenrio real, na qual o xito das aes projetadas est de fato consorciadas com o contexto dos atores
sociais envolvidos.
Algumas informaes sobre a comunidade so importantes, como:
Analisar o entorno em que vivem ou desenvolvem relaes sociais, econmicas, culturais
Reconhecer a diversidade cultural e as condies de vida da comunidade
Identificar as tecnologias disponveis
A conscincia ambiental que elas tm: o que meio ambiente? Elas se enxergam numa unidade
ambiental? Como a relao com o meio?
A fim de iniciar o processo de reconhecimento das interaes sociais e os principais atores do
processo, optou-se por comear as leituras com as comunidades das unidades escolares (municipal,
estadual e particulares), unidades de sade e espaos culturais. Sero priorizadas, num primeiro momento,
as unidades que j desenvolvem atividades de educao ambiental, com o objetivo de atingir toda a rede
mapeada emmomentos posteriores do processo.
Para isso, foram identificados e georeferenciados todas as unidades citadas. Para cada unidade foi
criado um cdigo, com o objetivo de qualificaes posteriores. As figuras 6 a 11 indicam as unidades
mapeadas. Um questionrio direcionado as unidades de ensino encontra-se postado no site da SME. Alguns
resultados j podem ser obtidos dessa primeira interao com as escolas municipais. Alm das entrevistas,
outras estratgias podero ser utilizadas nesse processo, como:
Interaes sociais: entrevistas, dilogos, discusses em grupo, grupos focais, debates
problematizadores (maiutica), emisses de juzo em grupo (consenso e dissenso e
desdobramentos.
Atores e papis: simulao de situaes, representao de papis, dramatizaes.
Mensagens escritas em mltiplas linguagens: cinema, vdeo, teatro, Internet, multimdia e
hipermdia.
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Leituras e discursos: exposies orais, leitura de textos e observao de situaes, reflexo
introspectiva individual, emisso individual de juzos redao de textos.
Uma primeira triagem para dar incio aos trabalhos na rede de ensino municipal foi feita, as primeiras
unidades escolhidas podem ser visualizadas na figura 12.
Um questionrio para preenchimento on line est no stio da Secretaria Municipal da Educao para
que o coletivo das unidades de ensino municipal possam participar e auxiliar na compreenso do cenrio
de como se desenvolve a Educao Ambiental na rede de ensino municipal. A mesma estratgia ser
desenvolvida nas unidades de ensino estadual e privada.
Figura 6. Unidades de Ensino da Rede Municipal
Figura 7. Unidades de Ensino da Rede Estadual
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Figura 8. Unidades de Ensino da Rede Privada
Figura 9. Cursos de Graduao que possuem interfaces com Educao Ambiental
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Figura 10. Unidades de Sade de Atendimento da Rede Municipal
Figura 11. Espaos Culturais e Educadores que possuem interfaces com Educao Ambiental
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Figura 12. Unidades de Ensino da Rede Municipal selecionadas para a primeira fase do processo de participao
2.4. Definio de Programas e Metas
O GTEA definiu 4 Programas que sero desenvolvidos durante a elaborao do PMEA, em 2015, so
eles: Educomunicao, Formao de Multiplicadores, Espaos Educadores e Monitoramento e Avaliao:
construo de indicadores. Alm desses Programas, projetos e aes reconhecidos durante o diagnstico
preliminar das aes de EA podero ser trabalhados no Plano.
A coordenao geral junto a executiva e a adjunta, conforme decreto de criao do GTEA, definiu
que cada Programa ser conduzido e coordenado por uma das coordenaes:
Programa de Educomunicao: Unicamp
Programa de Formao de Educadores: Secretria Municipal de Educao
Programa de Espaos Educadores: Fundao Jos Pedro de Oliveira
Programa de Monitoramento e Avaliao: SVDS
Recomenda-se que cada Programa contenha o seguinte contedo:
Objetivo
Atores sociais envolvidos
Parceiros
Estratgias de articulao e envolvimento (preparao e orientao para a atividade)
Estratgias de avaliao (registros, divulgao, retorno dos resultados aos atores e parceiros)
Indicadores de desempenho
Perodo de elaborao, durao e temporalidade
Aes operacionais
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Materiais e meios
Recomenda-se que sejam consideradas as boas prticas e experincias do GTEA no desenvolvimento
dos Programas, como exemplo:
Agente comunitrio ambiental
Os agentes podero ser selecionados nas prprias comunidades atendidas, sero favorecidos aqueles
com histrico de servios dedicados ao ambiente e sociedade, recebero treinamento e capacitao dos
rgos responsveis para atuar junto a populao no sentido de estimular e fortalecer o trabalho
socioambiental visando a integrao das comunidades atendidas por obras que visam a melhoria do seu
ambiente como a recuperao de APP, a implantao de parques e praas, a limpeza de terrenos e
crregos, o combate a doenas veiculadas por questes ambientais. As aes dos agentes comunitrios
ambientais sero acompanhadas e orientadas por profissionais das diversas reas como, por exemplo,
sociais, sade, infraestrutura e meio ambiente.
Agente Ambiental Jovem Aprendiz
A proposta do Programa Jovem Aprendiz poder ser desenvolvida com adolescentes com idades
entre 14 e 18 anos em parceria com as Secretarias da Prefeitura Municipal de Campinas, entidades do
Terceiro Setor e institutos de educao. A funo ser similar ao do Agente Comunitrio Adulto, mas
direcionada ao pblico jovem como nas escolas e ONGs que atendam esta demanda, com a atuao junto
aos profissionais das reas envolvidas ter a oportunidade de vislumbrar uma futura carreira. Estimular os
jovens nesta idade a se envolverem com causas sociais e remuner-los uma importante estratgia de
proteger o indivduo em momento de vulnerabilidade social, em que a ausncia de caminhos pode ser
suprida pelo crime organizado e as drogas.
2.5. Cronograma de Elaborao PMEA
A equipe de trabalho do PMEA definiu as prximas etapas de desenvolvimento e o seu tempo de
execuo, para facilitar sua apresentao apresentada na Tabela 2 e por meio de grficos 1 a 4, ento
avaliados junto a assessoria de planejamento da SVDS.
Acordou-se que o PMEA poder ser publicado na ltima semana de setembro de 2015. Para isso,
uma Audincia Pblica dever acontecer na ltima semana de agosto de 2015, para que se tenha os 30 dias
para incorporao das sugestes da Audincia. O GTEA acordou que seria necessria apenas uma Audincia
Pblica, devido a todo o processo que envolve sua realizao e a morosidade do mesmo. A fim de
proporcionar outros momentos nos moldes de ampla divulgao para participao dos muncipes poder
acontecer outros dois eventos que sero chamados de debate pblicoem momentos estratgicos de
elaborao do PMEA. O primeiro debate poderia ocorrer na ltima semana de maro com a apresentao
PLANO MUNICIPAL DE EDUCAO AMBIENTAL - DOCUMENTO SISTEMATIZADOR - VERSO PRELIMINAR
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dos resultados obtidos nas seguintes etapas: diagnstico estratgico (conclusivos), reconhecimento de
atores e conexes (dados parciais), anlise dos dados das plataformas de informao das unidades de
ensino (dados parciais), qualificao de espaos educadores (dados parciais), processo participativo (dados
parciais), programas, projetos e aes (dados parciais). Espera-se que com esse primeiro evento novas
contribuies possam ser inseridas ao processo. Um segundo momento ocorreria na ltima semana de
junho. Poderiam ser apresentados resultados das seguintes etapas: diagnstico participativo (dados
parciais), oficinas e reunies setoriais (dados parciais), programas, projetos e aes (dados parciais).
De acordo com a anlise dos resultados do SWOT o grupo entendeu que, diante do cenrio
encontrado, prximo ao da sobrevivncia em que pontos fracos e ameaas predominam sobre pontos
fortes e oportunidades, associado a anlise da articulao institucional, so urgentes aes para o
fortalecimento das articulaes institucionais, identificao dos principais atores, aes e fontes de
recursos materiais e financeiros. Assim, os 4 programas definidos sero desenvolvidos a partir de uma
ampla participao e primaro por oferecer as bases essenciais para a Educao Ambiental municipal, na
busca pela capilaridade, continuidade e flexibilidade, apontados como a misso desse Plano.
Esse processo tem como segundo produto, alm do prprio PMEA, a realizao de um primeiro
evento de porte municipal em Educao Ambiental. Concordou-se de realiz-lo no ms de julho, para tanto
ser definido um subgrupo de trabalho para decidir o tipo do encontro (Conferencia, Simpsio, Congresso,
Seminrios), o pblico e a durao.
Grfico 1 - Atividades e prazos para desenvolvimento da Etapa 1 - Planejamento estratgico
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33
Grfico 2 - Atividades e prazos para desenvolvimento da Etapa 2 - Processo Participativo
Grfico 3 - Atividades e prazos para desenvolvimento da Etapa 3 - Consolidao do Diagnstico e
Publicao do PMEA
Grfico 4 - Atividades e prazos para desenvolvimento da Etapa 4 - Programa de Monitoramento e Avaliao
34
2 SEMESTRE DE 2014 1 SEMESTRE DE 2015 2 SEMESTRE DE 2015
AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT
Etapa 1 Planejamento Estratgico
Modelo Conceitual: eixos estrutural, institucional earticulador
Elaborao do texto base: orientao para oprocesso participativo
Reconhecimento de agentes envolvidos nos 3segmentos
Diagnstico estratgico - SWOT
Construo da base de dados geogrfica: espaoseducadores, unidades de educao e de sade
Qualificao: espaos educadores, unidades deeducao e de sade
Reconhecimento de conexes entre atores e aes
Reconhecimento de lacunas de articulao edemandas
Priorizao de aes - avaliao e redefinio deestratgias
Definio do Cronograma do Processo Participativo
Etapa 2 Processo Participativo
Reunies setoriais e oficinas
Audincia Pblica
Debate Pblico
Plataforma de complementao continua pararegistro das aes de educao ambiental
Validao da Plataforma das unidades de ensino
Anlise de dados das Plataformas
Diagnstico participativo
Elaborao dos programas, projetos e aes
Etapa 3 Consolidao do Diagnstico
Organizao da I Conferncia Municipal deEducao Ambiental
I Conferencia Municipal de Educao Ambiental
Diagnstico Complementar - definio de rotina demelhoramento contnuo
Etapa 4 Publicao do Plano
Etapa 5Implantao do Programa de Monitoramento eAvaliao
Tabela 1 - Cronograma Desenvolvimento do Plano Municipal de Educao Ambiental