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Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde PRÓ-SAÚDE

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Page 1: Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde PRÓ-SAÚDE

Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde

PRÓ-SAÚDE

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PRÓ-SAÚDE

• Promover transformações do processo de geração de

conhecimentos e prestação de serviços à população para, em

função dos mesmos, reorientar a formação profissional

assegurando uma abordagem integral do processo saúde-

doença.

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APOIO AO PROGRAMA DE SAÚDE DA FAMÍLIA

• INÍCIO EM 1994: fugindo ao padrão internacional da

Medicina de Família com uma composição multi-profissional;

[Médico + Enfermeira + Dentista + Agentes de saúde]

• PRESENTEMENTE: com 25.000 equipes, cobrindo cerca de

60% da população;

• OFERECENDO: Atenção básica de saúde;

• GERANDO: Um novo mercado laboral que rompe com a

tendência à especialização.

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Nº de equipes de saúde bucal no PSF:

2002 – 4.000

2005 – 13.000

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EVOLUÇÃO DA EXPERIENCIA DO PROMED

• Equilíbrio no desenvolvimento dos 3 eixos, evitando a concentração no eixo

pedagógico;

• Melhor articulação entre gestores e pessoal dos serviços e o pessoal docente;

• Na diversificação dos cenários de prática envolver aspectos relativos à

regulação, referência e contra-referência, assim como o grau de

resolutividade;

• Reorientar a aplicação do orçamento, compartilhando com os serviços de

saúde;

• Articulação entre Escolas de diferentes profissões;

• Ampla flexibilidade na implementação, com ajustes no curso da mesma.

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OBJETIVO GERAL

• Incentivar transformações do processo de formação, geração

de conhecimentos e prestação de serviços à população, para

abordagem integral do processo de saúde doença, tendo

como eixo central a inserção dos estudantes na rede pública

de serviços de saúde.

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• I -reorientar o processo de formação em medicina, enfermagem e odontologia de modo a oferecer à sociedade profissionais habilitados para responder às necessidades da população brasileira e à operacionalização do SUS;

• II - estabelecer mecanismos de cooperação entre os gestores do SUS e as escolas de medicina, enfermagem e odontologia, visando tanto à melhoria da qualidade e resolubilidade da atenção prestada ao cidadão quanto à integração da rede pública de serviços de saúde à formação dos profissionais de saúde na graduação e na educação permanente;

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OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• III - incorporar, no processo de formação da medicina,

enfermagem e odontologia a abordagem integral do processo

saúde-doença e da promoção de saúde;

• IV -ampliar a duração da prática educacional na rede pública

de serviços básicos de saúde.

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EIXO A – ORIENTAÇÃO TEÓRICA

• Esse eixo comporta três vetores, que dizem respeito,

respectivamente, à determinação da saúde e da doença, à

produção de conhecimentos e à oferta de pós-graduação e de

educação permanente.

Vetor 1: determinantes de saúde e doença

Vetor 2: produção de conhecimentos segundo as

necessidades do SUS

Vetor 3: pós-graduação e educação permanente

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CONTEÚDO TEÓRICO

• Priorizar os determinantes de saúde e os aspectos biológicos e

sociais da doença

• Utilizar a pesquisa clínico-epidemiológica baseada em evidências

para uma avaliação crítica do processo de atenção básica

• Orientação sobre melhores práticas gerenciais que facilitem o

relacionamento com o Sistema Único de Saúde-SUS

• Atenção especial à educação permanente, não restrita à pós-

graduação especializada

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EIXO B – CENÁRIO DE PRÁTICAS

• Esse eixo compõe-se de três vetores: a integração docente

assistencial, a diversificação dos cenários de prática e o seu

corolário, que é a articulação dos serviços próprios das

instituições acadêmicas no contexto do SUS. É o eixo central

do Pró-Saúde.

Vetor 4: integração docente assistencial

Vetor 5: diversificação de cenários do processo de ensino

Vetor 6: articulação dos serviços universitários com o SUS

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CENÁRIOS DE PRÁTICAS

• Diversificação, incluindo vários ambientes e níveis de atenção

• Maior ênfase no nível básico com possibilidade de referência e contra referência

• Importância da excelência técnica e relevância social

• Ampla cobertura da patologia prevalente

• Interação com a comunidade,assumindo os alunos responsabilidade crescente com a evolução do aprendizado

• Contacto e envolvimento no processo de participação social

• Importância do trabalho conjunto das equipes multi-profissionais

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EIXO C – ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

• Esse eixo comporta também três vetores, que são a análise crítica da atenção básica, a integração básico-clínica e a mudança metodológica.

Vetor 7: análise crítica da atenção básica

Vetor 8: integração ciclo básico/ciclo profissional

Vetor 9: mudança metodológica

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ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

• Utilização de processos de aprendizado ativo

• Aprender fazendo e com sentido crítico na análise da prática

clínica

• Para isto, o eixo do aprendizado deve ser a própria

atividade dos serviços

• Ênfase no aprendizado baseado na solução de problemas

• Avaliação formativa e somativa.

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O PROCESSO DE SELEÇÃO DO PRO-SAÚDE

• 185 ESCOLAS APRESENTARAM PROJETOS

Equipe de Avaliadores externos, estabelecendo, a priori,

critérios gerais de aceitação de todo o grupo, dividindo-se

posteriormente 3 sub-grupos em função das áreas

profissionais distintas: Medicina / Enfermagem /

Odontologia.

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PROCESSO SELETIVO

• Critérios gerais:

Tratamento equilibrado dos 3 eixos

Clareza na abordagem conceitual (determinantes sociais do binômio saúde-doença) e esquema curricular

Clara possibilidade de articulação com o serviço de saúde

Orientação quanto a regulação e sistema de referência

Possibilidade de compartilhar orçamento (Escola e Serviço)

Integração do Hospital de Ensino na rede de Serviços

Indicação de parâmetros de avaliação

• Dupla leitura: a análise dos projetos foi realizada por, no mínimo, dois examinadores e em caso de divergência, um 3º opinava

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CRITÉRIOS DE EXCELÊNCIA

QUALIDADE Excelência técnica Especialização Instalações sofisticadas Níveis e tipos de atenção Onipotência do

profissional de saúde

RELEVÂNCIA Acesso equitativo Acumulação

epidemiológica Abordagem integral Orientação ética e

humana Qualidade de vida

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Pró-Saúde: Projetos postados até o dia 09/12/2005Valores Absolutos e Percentuais dos cursos de

Enfermagem, Medicina e Odontologia.

Odontologia51

Medicina57

Enfermagem77

Total: 185

Fonte: Deges/SGTES/MS, 2005

31%

41%

28%

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35 42

2235

25 26

Enfermagem Medicina Odontologia

Pró-Saúde: Projetos postados até o dia 09/12/2005Valores Absolutos e percentuais por Unidade Administrativa

dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia

Privada Pública

45,5%

Fonte: Deges/SGTES/MS, 2005

38,6% 49%

54,5%61,4%

51%

77 57 51

Page 20: Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde PRÓ-SAÚDE

6

21

11

27

8

17

Enfermagem Medicina Odontologia

Pró-Saúde: Projetos SelecionadosValores Absolutos e percentuais por Unidade Administrativa

dos cursos de Enfermagem, Medicina e Odontologia

Privada Pública

22,2%

28,9%32%

77,8%

71,1%

68%

27 38 25

Fonte: Deges/SGTES/MS, 2005

Page 21: Programa Nacional de Reorientação da Formação Profissional em Saúde PRÓ-SAÚDE

5

15

35

20

2 1

10

29

15

2 57

2315

1

Enfermagem Medicina Odontologia

Projetos postados até o dia 09/12/2005Gráfico quantitativo por região do país

Centro Oeste Nordeste Sudeste Sul Norte

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2

7

14

31 1

8

19

9

1 13

14

7

0

Enfermagem Medicina Odontologia

Projetos SelecionadosGráfico quantitativo por região do país

Centro Oeste Nordeste Sudeste Sul Norte

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ACOMPANHAMENTO DO PRO-SAÚDE

• Autoctone:

mediante de um processo de auto-avaliação continuado integrando

pessoal docente, dos serviços e alunado;

• Externo:

Por meio de equipe técnica que deve atuar como um parceiro no

processo, facilitando o diálogo com os promotores do programa e entre as

diversas Escolas;

Pode ser agregada, ainda, a observação externa, menos sujeita às

pressões que enfrentam os atores locais;

• Obs.: é essencial que se desenvolva um processo em que os responsáveis

locais possam conduzir, evitando qualquer intento de padronização em todo o

país

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OBJETIVO DO ACOMPANHAMENTO

• Fundamental para facilitar que escolas, serviço e comunidade

possam se articular para implementar um projeto político de

transformação da sua prática, que lhe permita atingir os

objetivos propostos pelo projeto;

• Respeitar o quadro geral proposto - eixos e vetores

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OPERACIONALIZAÇÃO

• Visitação em duplas

• Participação aberta dos gestores, alunos, profissionais do

serviço, docentes e usuários/controle social

Apresentação do projeto (pelo coordenador) em

Assembléia

• Debates em grupos menores

• Entrevistas individuais com pessoas chaves

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OPERACIONALIZAÇÃO

• Reuniões com o grupo gestor local

• Elaboração conjunta pelos membros presentes (equipe

técnica, escola, profissionais do serviço, gestores,

usuários/controle social) de um Relatório de Visita

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PRÓXIMOS PASSOS PROPOSTOS:

• Atender à enorme pressão das escolas não selecionadas até

incluir todas as que desejem mudar

• Ampliar o escopo para as demais profissões da área da saúde

visando a atenção integral

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POSSIBILIDADES

• Interação com outros projetos na região

• Integração dos projetos de uma mesma escola (várias

profissões)

• Interação com escolas não selecionadas ou que não

apresentaram projetos, com interesse de participação futura

• Realização de encontros regionais

• Visitas programadas a outras Escolas

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

• A experiência do SUS brasileiro e a Atenção Básica no Brasil

oferecem oportunidade única para aprimorar a qualidade dos

serviços prestados de forma mais humana e integral.

• A Organização Mundial da Saúde (World Health Report) e a

Federação Mundial de Educação Médica (WFME) consideram

o PRO-SAÚDE o mais corajoso exemplo em curso no mundo

para vincular educação e saúde.

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DINÂMICA DA TRANSFORMAÇÃO

“Há eco nas escolas de formação de profissionais de saúde para as transformações requeridas? Estamos preparados para os desafios que representam o repensar a arte de ensinar as ciências da saúde? Uma autocrítica, com humildade, certamente nos levará a concluir pela necessidade de rever a arte de ensinar a ciência da vida”.

Benedictus Philadelpho de Siqueira