Upload
others
View
2
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
6anos
Realização
Programa ReDes
Publicação do Programa ReDes, uma iniciativa do BNDES e Instituto Votorantim Coordenação | Instituto Votorantim Apoio | BNDES Projeto editorial e realização | FMF – Serviços Editoriais Redação e produção: Rodrigo Bueno, Mariana Rodrigues e Luciana Cavalini Jornalista responsável | Fátima Falcão (Mtb 14.011) Projeto gráfico e diagramação | 107artedesign Ilustrações | Veridiana Scarpelli Fotos | arquivo Programa ReDesImpressão | Alphagraphics Site | www.programaredes.org.brE-mail | [email protected]
PuBlIcAção PRogRAMA REDES MARço 2017
6anos
Esta publicação
tem o propósito
de compartilhar
os aprendizados
e os resultados
gerados pelo
Programa ReDes
desde 2010
até o presente
momento.
EDIToRIAl
APRESENTAção
PRESENçA
METoDologIA
INVESTIMENTo
RESulTADoS
RAIo-X
4
compartilhando aprendizadosMultiplicando saberes, podemos abrir caminhos para outras organizações que apoiam o desenvolvimento social de comunidades brasileiras.
EDIToRIAl
tanto com o poder público
quanto com organizações
da sociedade civil. o trabalho
conduzido por essas empresas
teve um papel fundamental no
desenvolvimento do programa
porque percebemos que
este envolvimento faz toda
diferença, ao oferecer o apoio
e a articulação necessários
para fortalecer novos negócios
inclusivos em cada localidade.
Em nossa avaliação, outro
diferencial do ReDes é o
estímulo ao engajamento
das comunidades
nas escolhas e decisões
sobre os investimentos que
serão realizados naquele
local. A formação de grupos
de participação no início do
programa e, posteriormente,
a contribuição de
representantes da sociedade
civil na seleção dos projetos
possibilitaram que a cultura,
o conhecimento e as
melhores experiências de
cada comunidade fossem
considerados e priorizados
nos processos estratégicos
do ReDes.
Daniela Arantes Alves Lima
Chefe do departamento de Economia Solidária do BNDES
trabalho e renda. De acordo
com essa estratégia, o BNDES
se uniu ao Instituto Votorantim
com o objetivo de agregar
esforços e potencializar os
investimentos para promover
o desenvolvimento de
diferentes localidades no
Brasil. Foi assim que surgiu o
Programa ReDes.
Esse modelo gerou um efeito
multiplicador e, além de
conciliar e somar recursos,
deu fôlego à gestão e
ao acompanhamento de
processos para garantir
melhores resultados, graças
à presença local de parceiros
que atuam em diversas
regiões do país.
Desse modo, contamos com
a estrutura das empresas
do grupo Votorantim para
desenvolver articulações locais,
BNDES
É com muita
satisfação que
apresentamos esta
publicação na qual
o Programa ReDes
traz uma visão dos resultados
que já obteve desde sua
criação em 2010, e início de
implementação, em 2011.
Ao compartilhar os
aprendizados dessa trajetória,
temos a intenção de abrir
caminhos para outras
organizações que queiram
apoiar o desenvolvimento
social sustentável de
comunidades brasileiras.
o BNDES realiza, desde
2009, parcerias para investir
os recursos do Fundo
Social, buscando ampliar a
capilaridade e os impactos de
sua atuação, que tem como
foco principal a geração de
5
Trabalho em sinergia
INStItuto VotoRANtIM
um papel fundamental para
articular ações que, inclusive,
qualifiquem o relacionamento
de organizações do setor
privado com as comunidades
onde atuam.
Ao longo dos anos, temos
participado do processo de
evolução contínua da atuação
social das empresas do grupo
Votorantim, absorvendo
também suas expertises,
ao mesmo tempo em que
observamos essa dimensão
cada vez mais integrada à sua
estratégia corporativa. Assim,
acreditamos na geração de
valor compartilhado, ou seja,
nas soluções e projetos que
levam benefícios a toda a
sociedade, como é o caso do
ReDes, em cujos processos e
resultados se reconhece isso
na prática.
A Votorantim entende
a relação com o
desenvolvimento local
sustentável como uma
relação benéfica para
todos os atores: bom
para as comunidades
diretamente envolvidas,
para a sociedade e para
as empresas. Isso significa
a melhoria na qualidade
de vida das pessoas e da
oferta de serviços públicos,
a criação de um ambiente
de negócios dinâmico
e ao mesmo tempo
estável, o incremento de
mecanismos de preservação
e transformação qualificada
dos territórios.
Dessa forma, pensamos
nesta publicação como
uma oportunidade para
compartilhar aprendizados
e desafios, contribuindo
para disseminar
conhecimento e para
qualificar o investimento
social em projetos de
desenvolvimento local e
geração de trabalho e renda.
Boa leitura!
Cloves Carvalho
Diretor do Instituto Votorantim
Buscamos articular forças de diversos atores pelo bem comum: setor produtivo, sociedade civil e poder público.
No Instituto
Votorantim,
acreditamos
que o
trabalho
em sinergia potencializa
resultados nas comunidades
e possibilita que cada
parte agregue o que
tem de melhor para o
desenvolvimento social.
com certeza, o Programa
ReDes tem nos dado
oportunidades contínuas de
vivenciar isso na prática.
No campo da
sustentabilidade, a
integração da dimensão
social com áreas de
negócio de qualquer
empresa é uma realidade
em construção no Brasil.
Nesse sentido, os institutos
e fundações assumem
6
Fortalecendo negócios inclusivos
2010
2011
2012
• Assinatura do convênio entre o
Instituto Votorantim e o BNDES.
• Desenvolvimento
da metodologia.
• Início da atuação em
25 municípios.
• Mobilização dos envolvidos
e início da construção de
planos de negócios.
50% VoToRANTIM 50% BNDES
R$
84
milhões
2010-2020
lINhA Do TEMPo
R$
61
milhões
INVESTIMENToS
DE R$ 93 mil A R$1,5 milhão
(MÉDIA R$ 605 mil)
VAloR PoR PRojETo
APRESENTAção
oPrograma ReDes é resultado de uma parceria entre o Instituto
Votorantim, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social –
BNDES e as empresas do grupo Votorantim, com o objetivo de contribuir
com o desenvolvimento sustentável de municípios brasileiros. Iniciado
em 2010 – com entrada nos municípios em 2011 –, o programa passou
por 29 municípios brasileiros, em 11 estados e no Distrito Federal, com indicadores
socioeconômicos críticos e a presença de uma unidade da Votorantim na região.
Em 2015, essa parceria foi reforçada pela entrada do Banco Interamericano de
Desenvolvimento (BID-Fomin), que, por meio do seu laboratório de inovação social,
está contribuindo para o aprimoramento da metodologia do programa.
Estruturalmente, o ReDes apoia o fortalecimento de negócios inclusivos via
articulação de cadeias produtivas e investimento em planos de negócios inclusivos.
A metodologia contempla a participação da comunidade em todas as etapas do
programa, dando transparência e qualificando a relação entre os três setores da
sociedade – governo, iniciativa privada e organizações da sociedade civil. juntos, o
BNDES e a Votorantim investirão R$ 84 milhões (50% de cada) até 2020.
já APlIcADoS (ATÉ 2016)
720
13
2014
2016
2015
• Finalização dos planos de
negócios do primeiro ciclo,
avaliação local e seleção dos
projetos a serem apoiados.
• Início do investimento
do primeiro ciclo em 39
negócios inclusivos, com
atendimento de requisitos
legais e investimento em
infraestrutura.
• Inaugurações de fábricas e sedes de
negócios, início da comercialização
de 39 negócios inclusivos.
• Entrada em três novos municípios.
• Entrada em três novos municípios
e aprovação de mais uma localidade
para início em 2017.
• Início do investimento em cinco novos
projetos, totalizando 53 negócios
inclusivos apoiados.
• Ampliação da parceria entre
Instituto Votorantim e
BNDES até 2020.
• Parceria com BID-Fomin
para aprimoramento
metodológico do programa.
• Início do investimento em
nove projetos, totalizando
48 negócios inclusivos apoiados.
• Entrada em dois novos municípios.
• Finalização do investimento nos primeiros
projetos que atingiram nível de autonomia.
Conselho do Instituto Votorantim
Comitê do Programa
ReDes
Empresas do Grupo
Votorantim
Instituto Votorantim
Consultoria especializada em desenvolvimento
de negócios inclusivos
Negócios Inclusivos
A instância máxima de governança é o conselho
Deliberativo do Instituto Votorantim, que aprova
as recomendações do comitê do Programa ReDes,
formado pelo Instituto Votorantim, BNDES e executivos
das empresas do grupo Votorantim. o comitê é
responsável por tomar as decisões de investimentos e
realizar o acompanhamento dos resultados.
Seis empresas da Votorantim participam do ReDes:
Votorantim cimentos, Votorantim Metais,
Votorantim Siderurgia, Votorantim Energia,
companhia Brasileira de Alumínio (cBA) e Fibria.
o processo de planejamento do programa
está alinhado ao planejamento e atuação social
das empresas.
Para cada município, além do gerente da
unidade local, um ou mais funcionários são responsáveis
pelo diálogo com a comunidade, acompanhamento
da execução do programa e articulação de
parceiros estratégicos.
outro diferencial do programa é que, além do apoio
de consultores especializados, as organizações
contam com assessores locais que realizam o
acompanhamento semanal dos projetos.
governança
8
Mt
to
BA
MG
Go
PR
SC
MS
SE
ES
RJ
Mato grossoDiamantino
NobresVárzea Grande
Votorantim Cimentos5 PRoJEtoS
to
tocantinsAraguaína XambioáVotorantim Cimentos3 PRoJEtoS
Go
goiásColinas do Sul
Niquelândiauruaçu
Companhia Brasileira de Alumínio5 PRoJEtoS
PR
paranáItaperuçu
Rio Branco do SulVotorantim Cimentos
1 PRoJEtosanta catarinaVidal RamosVotorantim Cimentos3 PRoJEtoS
SE
segipeItabaiana
Laranjeiras Nossa Senhora do Socorro
Votorantim Cimentos4 PRoJEtoS
BahiaAlcobaça Caravelas Nova ViçosaFibria8 PRoJEtoS
MG
Minas geraisCurvelo
Fortaleza de Minas João Pinheiro
Juiz de Fora Paracatu
três Marias Vazante
Votorantim EnergiaVotorantim Metais
Votorantim Siderurgia14 PRoJEtoS
Mato grosso do sulBrasilândiatrês LagoasVotorantim Siderurgia Fibria6 PRoJEtoS
MS
ES
espírito santoConceição da Barra
São Mateus Vila Valério
Fibria3 PRoJEtoS
rio de janeiroCantagaloVotorantim Cimentos1 PRoJEto
capilaridade a serviço do programa
PRESENçA
Mt
SC
RJ
BA
DESDE SuA cRIAção, o PRogRAMA REDES já PASSou PoR 31 MuNIcíPIoS, EM 11 ESTADoS BRASIlEIRoS E DISTRITo FEDERAl, NAS cINco REgIõES Do PAíS.
DF
distrito FederalFercalVotorantim Cimentos 2 PRoJEtoS
DF
9
PREMIAçõES INSTITucIoNAIS
PRêMIo lATINo AMERIcANo DE DESENVolVIMENTo
DE BASEFundação interaMericana
e redeaMérica
Reconhece programas conduzidos por organizações empresariais focados no apoio ao
desenvolvimento sustentável de comunidades em países latino-americanos. Em 2015, o ReDes
foi uma das três experiências vencedoras devido à amplitude das ações de mobilização social
e à possibilidade de replicação da iniciativa para outros países da América Latina.
PRêMIo ABERjE/ REgIoNAl São PAulo
associação Brasileira de coMunicação eMpresarial
o programa venceu o Prêmio Aberje 2014/Regional São Paulo na categoria Comunicação
e Relacionamento com a Sociedade. A premiação, concedida pela Associação Brasileira de
Comunicação Empresarial (Aberje), está em sua 40ª edição e é o principal reconhecimento
a práticas de comunicação empresarial no país.
1° RElATóRIo BRASIlEIRo SoBRE
MERcADoS INcluSIVoSprograMa das nações unidas
para o desenvolviMento (pnud) e Fundação doM caBral
o ReDes foi selecionado por sua metodologia como um dos 19 destaques da área de
negócios sociais no Brasil no ano de 2015, que preza pelo apoio técnico e oferece aporte
financeiro para a criação de uma infraestrutura de funcionamento eficiente para os
empreendimentos envolvidos na iniciativa.
INoVAção EM DESENVolVIMENTo
locAl gVcEScentro de estudos de
sustentaBilidade da Fundação getúlio vargas (gvces)
Em setembro de 2014, o programa foi selecionado como uma das dez experiências inovadoras
de desenvolvimento local. A organização destacou características como a capilaridade do
programa, a metodologia de acompanhamento dos projetos e a capacidade de promover a
interconexão entre os diferentes negócios apoiados.
o PRoGRAMA REDES E oS NEGóCIoS INCLuSIVoS APoIADoS têM RECEBIDo IMPoRtANtES RECoNhECIMENtoS DE
oRGANIzAçõES NACIoNAIS E INtERNACIoNAIS PoR BoAS PRátICAS E RESuLtADoS oBtIDoS.
PRêMIoS coNquISTADoS PEloS PRojEToS E NEgócIoS INcluSIVoS
o reconhecimento foi concedido, em 2014, à Cooperativa dos Beneficiadores de
Castanha (Coobec) pelo case do negócio inclusivo Itacastanha, de Itabaiana (SE). o
empreendimento, apoiado pelo Programa ReDes e pela Votorantim Cimentos, foi
premiado na categoria “Empreendedorismo Sustentável”.
o projeto XambiArt, da Cooperativa das Artesãs de Biojoias de Xambioá (CooABX),
no tocantins, teve seu trabalho reconhecido pelo BNDES em 2015 devido aos
esforços em promover os princípios da economia solidária, fortalecendo valores
como autogestão, solidariedade e cooperação.
PRêMIo VAloRES Do BRASIlBanco do Brasil
PRêMIo BNDES DE BoAS PRáTIcAS DE EcoNoMIA SolIDáRIABanco nacional de desenvolviMento econôMico e social
PRêMIo cAIXA DE MElhoRES PRáTIcAS EM gESTão locAlcaixa econôMica Federal
A APESAM (Associação de Pescadores de São Mateus), apoiada pelo ReDes na cidade de
São Mateus (ES), foi uma das 20 organizações brasileiras vencedoras do 8º Prêmio Caixa
de Melhores Práticas em Gestão Local, em 2013. Eles foram reconhecidos na categoria
“Desenvolvimento Econômico, Erradicação da Pobreza e Gestão Ambiental”.
A Central de Distribuição de Alimentos, Rio Branco do Sul e Itaperuçu (PR), foi
reconhecida pelo Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade – Nós Podemos
Paraná, articulado pelo Sesi-PR, que divulga boas práticas. A Central foi destaque em 2015
por contribuir para a profissionalização e fornecimento de alimentos com maior qualidade.
SElo oBjETIVoS DE DESENVolVIMENTo Do MIlêNIosesi-pr (serviço social da indústria)
10
METoDologIA Maria rossi da silva, da associação
de catadores de Materiais recicláveis
de várzea grande (asscavag),
no Mato grosso, que recebe apoio
da votorantim cimentos
Após seis anos de
caminhada, é possível
observar que a corresponsabilidade
pela promoção do desenvolvimento
nas localidades está pautada
em sólidos laços de
confiança.
11
PARcERIAS A articulação com parceiros institucionais é uma das premissas para o desenvolvimento do ReDes, em complemento ao trabalho dos realizadores do programa e ampliando o impacto social da iniciativa.
Em 2015, foi firmado um acordo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), por meio do Fundo de Investimento Multilateral (FuMIN). o objetivo da parceria é assegurar a autonomia dos negócios inclusivos apoiados para que eles tenham condições de dar continuidade às suas atividades após o término do apoio do ReDes. A organização destina uS$ 1,3 milhão para o aprimoramento da metodologia do programa e os recursos serão aplicados até 2019.
Além dessa parceria, há uma série de organizações que têm feito a diferença para o ReDes em cada uma das localidades, como é o caso de unidades do Sistema S (como SEBRAE, SENAR e Sescoop, por exemplo), universidades e administrações públicas.
o ReDes nasceu e permanece com um
compromisso, que é o principal elemento
da parceria entre os investidores: ser uma
tecnologia social orientada para a geração
de valor para todos os envolvidos,
garantindo a articulação de diferentes agentes sociais.
Após seis anos de caminhada, é possível observar que a
corresponsabilidade pela promoção do desenvolvimento
nas localidades está pautada em sólidos laços de
confiança. Nesse sentido, todos contribuíram e também
se beneficiaram com o processo: negócios inclusivos,
grupos de participação comunitária, poder público local,
BNDES e o grupo Votorantim.
Fundamentado na experiência concreta, o ReDes
tem a força da geração de valor compartilhado.
Michael Porter, professor da harvard Business
School, e um dos criadores do conceito de “geração
de Valor compartilhado”, sugere que as empresas
comprometidas em articular diversos agentes e
interesses da sociedade, com a perspectiva de
engajamento e diálogo, tendem a promover um círculo
virtuoso de benefícios socioeconômicos.
o Programa das Nações unidas para o Desenvolvimento
(PNuD), no relatório “Mercados Inclusivos no País”,
lançado em 2015, destaca que a articulação entre os
diversos atores é essencial para o desenvolvimento do
ecossistema de mercados inclusivos no Brasil.
A publicação também ressalta que esse ecossistema
ainda é pouco desenvolvido e que há potencial para
estimular inovações nas esferas pública e privada.
Nesse papel, o Instituto Votorantim articula-se com o
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES), empresas do grupo Votorantim e
demais parceiros do programa para buscar resultados
sociais de maior escala e eficácia, por meio de
investimentos compartilhados.
Papel dos investidores
PolíTIcAS PúBlIcASoutro grande aprendizado acumulado nestes anos de parceria é a articulação do investimento social com políticas públicas. A experiência tem mostrado que o alinhamento com as demandas públicas é um caminho para a geração de impacto, além de contribuir para a sustentabilidade e efetividade dos resultados no longo prazo.
Assim, vale lembrar que o ReDes nasceu amparado por políticas estruturantes como o Plano Brasil Sem Miséria e territórios da Cidadania do Governo Federal. Aos poucos, e ao longo dessa trajetória, outras iniciativas da administração pública passaram a compor a lógica de operação do programa. Entre elas, destaque para a Política Nacional de Resíduos Sólidos, para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA).
12
Diagnóstico participativo e escuta atenta da
comunidade foram estratégias do programa.
Para lidar com a complexidade de atuar
em localidades com contextos distintos e
capitais social e institucional em diferentes
estágios de maturidade, foi necessário criar
um modo muito particular de intervenção
nessas comunidades.
o processo de construção do ReDes
começou pela realização de mapeamento
de feixes produtivos, com a participação de
representantes da comunidade, para análise
de demandas e vocações econômicas locais.
Esse processo buscou garantir a legitimidade
das decisões, bem como a assertividade
quanto às atividades econômicas priorizadas.
A chegada às localidades
“Durante a chegada aos municípios
e mesmo ao longo do programa,
a participação comunitária foi uma
estratégia muito importante e talvez
seja o principal legado do ReDes porque
estamos estimulando os cidadãos a
construírem o futuro da comunidade
em parceria com os investidores que ali
estão. “Cloves Carvalho, diretor do Instituto Votorantim
Em 2012 foi desenvolvido e implementado
um modelo de avaliação de planos de
negócio para empreendimentos inclusivos,
com uma análise integrada de aspectos
sociais e econômicos. houve também
uma articulação das redes institucionais
que apoiam o desenvolvimento local,
contribuindo para alavancar parcerias
no município e regiões com os três
setores da sociedade.
“o fórum contribui muito porque
aglutina as cooperativas e associações da
região por um bem comum. ou seja, é
difícil produzir e comercializar sozinho e
o fórum faz essa integração. Além disso,
nas reuniões, a gente fica sabendo de
editais de chamadas públicas e outras
oportunidades em abastecimento
alimentar.“Josué Miknow, gestor da Central de Comercialização de Várzea Grande e participante do Fórum de Segurança Alimentar de Várzea Grande (Mt)
PARTIcIPAção coMuNITáRIA
No início do programa, todo o percurso de mobilização
social foi orientado a partir da formação dos grupos de
participação comunitária, instâncias participativas com
representantes dos três setores da sociedade – iniciativa
privada, poder público e organizações sociais. Após uma
longa caminhada estes grupos se consolidaram e, aos
poucos, alguns emanciparam-se para além do Programa
ReDes, assumindo a tarefa de atuar e contribuir para o
desenvolvimento sustentável das comunidades.
Desde 2011, essa trajetória dos grupos de participação
comunitária, baseada na mobilização social, foi marcada
por diferentes desafios em busca de fortalecimento
e autonomia. No processo de consolidação de um
protagonismo local que fizesse diferença, eles contaram
com suporte do programa, por meio de consultorias
especializadas em mobilização do capital social.
O efetivo protagonismo dessas instâncias é fruto da
vontade dos atores envolvidos, ou seja, só acontece
quando os agentes locais se reconhecem como sujeitos
do próprio destino e da comunidade em que estão
inseridos. Para fomentar esse processo e desenvolver
novas capacidades no campo social, os grupos formados
passaram por abordagens que foram desde a questão de
identidade e vocações locais até as parcerias estratégicas.
Um bom exemplo de mobilização, no qual se identificaram
os direitos do cidadão e a qualificação para o trabalho
como focos de atuação, é o Fórum da Mata, grupo
de participação comunitária apoiado pelo ReDes em
Nova Viçosa (BA). O grupo investiu na capacitação de
profissionais voltada a setores com demanda crescente
por mão de obra na cidade. Em 2014 e 2015, ofereceu
cursos de formação de soldadores e pedreiros após
identificar a necessidade por esses tipos de profissional
nas empresas locais.
Com a evolução da metodologia do programa, as
estratégias de chegada mudaram, incorporando
aprendizados do primeiro ciclo. Mesmo adotando um
modelo de diagnóstico mais ágil, o programa ainda tem
como pressuposto a escuta de atores locais, que apoiam a
priorização de frentes de atuação e a seleção de projetos.
13
14
Em 2015, o BNDES e o Instituto Votorantim renovaram o Acordo de cooperação
Técnica e Financeira para apoiar projetos de inclusão produtiva em municípios com
indicadores sociais críticos. A renovação ampliou o aporte em R$ 40 milhões, por
mais cinco anos, somando investimento total de R$ 110 milhões até 2020.
Do total investido entre 2010 e 2015, R$ 62 milhões foram para o Programa ReDes
e R$ 8 milhões para o Apoio à gestão Pública (AgP). juntas, as duas iniciativas levam resultados
práticos a mais de 50 municípios com oportunidade de geração de renda para a população e
melhorias de infraestrutura e serviços públicos.
Nesta segunda etapa do ReDes, vale destacar também a parceria institucional com o Banco
Interamericano de Desenvolvimento que, por meio do Fundo Multilateral de Investimentos,
passou a contribuir com a revisão da metodologia do Programa ReDes com o objetivo
específico de ampliar o acesso da população de baixa renda a negócios sustentáveis e também
de tornar a metodologia replicável por outras instituições ou parceiros.
A METoDologIAO Programa ReDes conta com ciclos
anuais que permitem a identificação
de prioridades locais, mapeamento
de organizações produtivas e
desenvolvimento de planos de
negócios em novos municípios. Todo o
processo busca sinergias com políticas
públicas voltadas para populações em
situação de vulnerabilidade.
A metodologia do ReDes
tem como destaques o apoio
técnico de consultores locais
em gestão de negócios,
além de assegurar recursos
financeiros para a instalação
de infraestrutura adequada
à operação eficiente dos
empreendimentos.
INVESTIMENTo
Ampliação da parceria
15“A metodologia do ReDes tem se mostrado adequada
para trabalhar em escala. um dos principais pilares que
garante nossa capilaridade é a adaptação da intensidade
de apoio aos diferentes contextos.“Carolina Jongh, gestora do Programa ReDes no Instituto Votorantim
Diagnóstico e
qualificação de
planos de negócio
DuRAção:1 ANo
ETAPA 1 ETAPA 2 ETAPA 3Implantação
de planos
de negócio
DuRAção: 2 A 4 ANoS
Estratégia
de autonomia
DuRAção: 1 ANo
Em linhas gerais, confira como a metodologia do ReDes é aplicada:
ETAPAS Do PRogRAMA
• Priorização de linhas de ação
(reciclagem, abastecimento
alimentar, economia criativa, etc.)
com maior potencial de impacto
• Identificação de organizações
produtivas aptas a receberem
apoio do programa
• Desenvolvimento de planos de
negócios com viabilidade social e
econômica
• Seleção de projetos para
receberem apoio
• Foco em quatro eixos
principais:
- Regularização, licenciamento
e documentação
- Infraestrutura, bens
e equipamentos
- Comercialização e ampliação
de mercados
- Autogestão, governança
e pessoas
• Fortalecimento de rede
de parceiros (técnicos e
financeiros) no município e
região
• Fortalecimento dos
processos financeiros e de
gestão
• Reforço do plano de
sucessão das lideranças
MAIS DE 80% uSAM SoluçõES AlTERNATIVAS Ao SANEAMENTo BáSIco.
90% DoS BENEFIcIáRIoS PoSSuEM RESIDêNcIA PRóPRIA.
71% PoSSuEM AcESSo à águA PoTáVEl cANAlIzADA.
84% DESTAS RESIDêNcIAS TêM PAREDES REVESTIDAS.
97% PoSSuEM IluMINAção ElÉTRIcA.
Uma pesquisa realizada
em 2014 para o ReDes
pela Fundação Getulio
Vargas detalhou o perfil
socioeconômico dos
beneficiários do programa:
PERFIl DoS BENEFIcIáRIoS
16
D esde a criação do ReDes, a comunicação
vem sendo uma ferramenta importante
para apoiar os objetivos do programa.
Para cumprir essa função, as estratégias e
veículos de comunicação têm evoluído a
fim de acompanhar cada nova etapa do programa.
Na chegada aos municípios, além de um folder
institucional, o programa contou com um jornal
comunitário, distribuído para atores locais que, de
alguma forma, se relacionavam com a iniciativa. como
ferramenta de apoio, o site do ReDes – no ar desde o
início do programa – também manteve-se no papel de
dar transparência, visibilidade e suporte para as ações.
Durante o período de constituição e maior demanda
dos grupos de participação comunitária nas localidades,
foi desenvolvido um guia periódico, em formato
de cartilha, com boas práticas e informações sobre
mobilização social.
Em uma segunda etapa, após a seleção dos negócios
inclusivos que seriam apoiados e a formação dos
grupos de participação, o foco da comunicação foi
direcionado para processos estratégicos. Foi assim
que, em 2014, criou-se o jornal Mural destinado
aos integrantes dos negócios inclusivos, aos quais
o programa vem apresentando até hoje novidades
e dicas de gestão com vistas à qualificação dos
empreendimentos, entre outros objetivos.
A revista “Programa ReDes – Resultados e
Aprendizados” consolidou uma estratégia de
comunicação pautada no propósito de informar,
disseminar conhecimentos, alinhar, prestar contas e
dar voz aos personagens que ajudaram a construir a
história desta iniciativa.
comunicação em evolução
Muralnovembro 2016
COMUNIQUE-SE
CaIxa dE MENSagENS
aNOTE aÍ
anotem aqui tudo o que for necessário para o
planejamento!
n https://endeavor.org.br/guia-essencial-planejamento-estrategico/
n http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/como-elaborar-um-planejamento-estrategic/
(*)Marcos são indicadores que traduzem os avanços do programa. Para este ano, 215 marcos precisam ser conquistados, entre eles: geração de renda, estruturação do negócio, prestação de contas, uso de recursos, inauguração, receita operacional e processos legais.
é necessário saber o que pode ajudar ou atrapalhar a alcançar metas. Na agricultura, por exemplo, é preciso ter cuidado em relação às estações e o ritmo de trabalho em cada época para produzir mais e estocar.
Refletir sobre oportunidades e ameaças externas
Definir, em um plano, quais as ações serão feitas para atingir metas
é importante também estabelecer quem será o responsável para cada uma dessas ações e, se possível, prazos.
Esses encontros podem ajudar com alternativas e podem encontrar saídas caso o grupo não esteja satisfeito com os resultados alcançados.
Fazer reuniões periódicas para discutir avanços ou problemas
Conhecer e avaliar seu empreendimento
Discutir em grupo os pontos fortes e fracos do negócio é um excelente ponto de partida.
gIrO PElOS MUNICÍPIOS
Visitas• agricultores do empreendimento apoiado pela Votorantim Cimentos,
Central de Distribuição de Alimentos de Rio Branco do sul e itaperuçu (PR),
receberam alunos de Educação Infantil de uma escola local que foram até
o galpão conhecer de onde vem e como é feito o processamento do lanche que
recebem diariamente.
Definir quais os objetivos e metas deseja alcançar
Metas atingíveis, relevantes, temporais e específicas. Exemplo: ao invés de dizer “queremos crescer no mercado”, estabeleça “queremos crescer 8% no mercado, durante o primeiro semestre”. O estabelecimento de metas deve ser participativo.
ComERCIAlIzAção• após a inauguração do galpão para pré-
beneficiamento de produtos in natura, o negócio “Da Roça à Mesa”, apoiado
pela Fibria em Caravelas (BA), já tem o que comemorar: estão entregando
para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) os grãos,
vegetais e hortaliças que saem do novo estabelecimento.
A tarefa de gerenciar um negócio, seja de pequeno ou grande porte, exige do empreendedor um olhar estratégico frente às exigências do dia a dia.
Planejamentos podem mudar e, por isso, é importante um plano B para os imprevistos. até mesmo grandes empresas passam por isso. Quem fala sobre o
tema, nessa troca de mensagens, são os representantes de duas unidades Votorantim:
Se prepare: Neste fim de ano, consultores do ReDes entrarão em contato para verificar e apoiar o
seu planejamento para 2017.
FIQUE dE OlHO
Saiba mais sobre construção
do planejamento“Planejamento tem a ver com visão de futuro”.
Falamos com Lars Diederichsen, consultor do Instituto Meio,
para entender como fazer um bom planejamento. Ele explica
que para construir esse processo é preciso saber onde se quer chegar e
como caminhar até lá. Acompanhe ao lado o que é necessário para
um bom planejamento:
Para saber mais:
CAPACItAção• Os produtores da associação da Fazendinha
Comunitária (Asfaz), do negócio mãos que Germinam, apoiado pela Votorantim Metais
em três Marias (MG), participaram de um curso de produção orgânica e outro de
irrigação de baixo custo para se prepararem para o trabalho nas estufas, que serão
construídas na sede a partir de novembro.
POr dENTrO dO rEdES
Ter um bom planejamento e cumpri-lo ao longo do ano é importante para gerar bons resultados em
diferentes momentos do negócio: em sua implantação, desenvolvimento específico de um setor ou busca por
sustentabilidade e novos mercados. Em qualquer etapa, isso pode fazer a diferença com os ganhos e também
frente aos possíveis imprevistos. Os empreendimentos do ReDes estão justamente na fase de planejamento
e o objetivo é fortalecer e facilitar a prática da construção e de cumprimento desse “combinado”, afinal,
2017 já está próximo! O Programa ReDes como um todo também conta com um planejamento com
marcos específicos. Veja, abaixo, como estamos na reta final deste ano e se inspire para melhorar seu
empreendimento.
O tema é: planejamento
“Aqui na CBA funcionamos com um planejamento anual
para toda a unidade e as áreas específicas fazem o seu
individualmente. Como sou da comunicação e responsabilidade
social fico atento às datas comemorativas,
eventos tradicionais que acontecem todo
ano, custos e parceiros para determinadas
ações. Pensamos em cada detalhe para que
tudo seja assertivo e sem falhas, mas nem
sempre esse planejamento acontece como
imaginamos. Quando algo sai do esperado,
geralmente, é porque envolve muita gente.
O que está sob meu controle é mais fácil de gerir. Por isso
é importante definir papéis na hora de se planejar.”
João Borges lacet montenegro, Comunicação e Responsabilidade
Social da Companhia Brasileira de Alumínio, unidade Niquelândia (GO)
DEsAFIos DO PROGRaMa Em 2016
até
mar
ço
Até julho Até outubro
Dezembro
10%
47%60%
100%
9%
35% 43%
“Só é possível administrar aquilo que a gente controla. Então, eu acho que é essencial para qualquer tipo de planejamento o conhecimento e o controle sobre o que acontece, entra e sai do negócio. Aqui na unidade, para fazer o planejamento, começamos a nos organizar pela produção. A área comercial informa o volume que pretende vender e, em cima disso, nós pensamos o quanto é necessário produzir para atender essa demanda. Nesse processo, entra considerar as máquinas que serão utilizadas, insumos e divisão de horários entre funcionários. Essa linha de pensamento pode ser levada para os negócios de pesca do ReDes. Por exemplo: qual a capacidade de produção no entreposto, quem são os fornecedores de peixe e qual a capacidade máxima de produção? Atender o cliente é a preocupação maior e, em um planejamento, o estoque deve ser levado em consideração para essa finalidade porque às vezes alguém falta, o equipamento para e o estoque pode cobrir” murrib moussa, Gerente Geral Votorantim Cimentos, unidade Várzea Grande (MT)
M
Et
a M
E t a M E t a M
Et
a
a
ti
NG
iD
O atiNGiD O atiNGiD
O
Realização Apoio
FoRmAlIzAção• O empreendimento Desenvolvimento sustentável do Agronegócio leiteiro de Vazante (MG), apoiado pela Votorantim siderurgia, formalizou recentemente sua associação. agora, o grupo de 33 produtores atende o mercado por meio da associação de Produtores de leite e Derivados (APRolEItE).
17
participaçãoGuia de
comunitária 5volume
Guia-5ªedição.indd 1 3/6/14 3:54 PM
participaçãoGuia de
comunitária 6volumevolume
Guia-6ªedição.indd 1 6/16/14 12:06 PM
coNEcTANDo PESSoAS
A partir de 2014, o programa foi além da
comunicação comunitária e institucional.
A ideia foi investir em formatos que
possibilitassem aproximar e fomentar a
troca de experiências entre os diferentes
atores, ampliando a circulação de
conhecimentos gerados na trajetória de
cada projeto. Para isso, foram criados os
Grupos de Afinidades, encontros virtuais
entre integrantes e lideranças de negócios
inclusivos de diferentes regiões do país.
A realização dos Grupos de Afinidades
tem como objetivo promover a troca de
conhecimento e a discussão de desafios
comuns e boas práticas
tanto no campo da atividade produtiva
quanto nas relações dos projetos com
seus públicos estratégicos. Além disso,
também lançou mão das redes sociais
para aproximar os envolvidos diretos no
programa e fomentar o
intercâmbio de ideias e ações.
Desse modo, o programa consolidou
um conjunto de meios e ferramentas
adequados aos contextos e estágios
de implementação, que respondem à
dimensão territorial dos investimentos
e dos impactos de escala que se propõe a
alcançar, sendo premiado e reconhecido por
isso também no âmbito da comunicação.
Ao longo desses anos, também foram
produzidos vídeos para explicar a estratégia
e os resultados alcançados pelo programa
como um todo ou em temas específicos,
como o empoderamento de mulheres e a
agricultura familiar.
Todos os materiais já desenvolvidos
pelo programa podem ser acessados em
programaredes.org.br.
Muralnovembro 2016
COMUNIQUE-SE
CaIxa dE MENSagENS
aNOTE aÍ
anotem aqui tudo o que for necessário para o
planejamento!
n https://endeavor.org.br/guia-essencial-planejamento-estrategico/
n http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/bis/como-elaborar-um-planejamento-estrategic/
(*)Marcos são indicadores que traduzem os avanços do programa. Para este ano, 215 marcos precisam ser conquistados, entre eles: geração de renda, estruturação do negócio, prestação de contas, uso de recursos, inauguração, receita operacional e processos legais.
é necessário saber o que pode ajudar ou atrapalhar a alcançar metas. Na agricultura, por exemplo, é preciso ter cuidado em relação às estações e o ritmo de trabalho em cada época para produzir mais e estocar.
Refletir sobre oportunidades e ameaças externas
Definir, em um plano, quais as ações serão feitas para atingir metas
é importante também estabelecer quem será o responsável para cada uma dessas ações e, se possível, prazos.
Esses encontros podem ajudar com alternativas e podem encontrar saídas caso o grupo não esteja satisfeito com os resultados alcançados.
Fazer reuniões periódicas para discutir avanços ou problemas
Conhecer e avaliar seu empreendimento
Discutir em grupo os pontos fortes e fracos do negócio é um excelente ponto de partida.
gIrO PElOS MUNICÍPIOS
Visitas• agricultores do empreendimento apoiado pela Votorantim Cimentos,
Central de Distribuição de Alimentos de Rio Branco do sul e itaperuçu (PR),
receberam alunos de Educação Infantil de uma escola local que foram até
o galpão conhecer de onde vem e como é feito o processamento do lanche que
recebem diariamente.
Definir quais os objetivos e metas deseja alcançar
Metas atingíveis, relevantes, temporais e específicas. Exemplo: ao invés de dizer “queremos crescer no mercado”, estabeleça “queremos crescer 8% no mercado, durante o primeiro semestre”. O estabelecimento de metas deve ser participativo.
ComERCIAlIzAção• após a inauguração do galpão para pré-
beneficiamento de produtos in natura, o negócio “Da Roça à Mesa”, apoiado
pela Fibria em Caravelas (BA), já tem o que comemorar: estão entregando
para o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) os grãos,
vegetais e hortaliças que saem do novo estabelecimento.
A tarefa de gerenciar um negócio, seja de pequeno ou grande porte, exige do empreendedor um olhar estratégico frente às exigências do dia a dia.
Planejamentos podem mudar e, por isso, é importante um plano B para os imprevistos. até mesmo grandes empresas passam por isso. Quem fala sobre o
tema, nessa troca de mensagens, são os representantes de duas unidades Votorantim:
Se prepare: Neste fim de ano, consultores do ReDes entrarão em contato para verificar e apoiar o
seu planejamento para 2017.
FIQUE dE OlHO
Saiba mais sobre construção
do planejamento“Planejamento tem a ver com visão de futuro”.
Falamos com Lars Diederichsen, consultor do Instituto Meio,
para entender como fazer um bom planejamento. Ele explica
que para construir esse processo é preciso saber onde se quer chegar e
como caminhar até lá. Acompanhe ao lado o que é necessário para
um bom planejamento:
Para saber mais:
CAPACItAção• Os produtores da associação da Fazendinha
Comunitária (Asfaz), do negócio mãos que Germinam, apoiado pela Votorantim Metais
em três Marias (MG), participaram de um curso de produção orgânica e outro de
irrigação de baixo custo para se prepararem para o trabalho nas estufas, que serão
construídas na sede a partir de novembro.
POr dENTrO dO rEdES
Ter um bom planejamento e cumpri-lo ao longo do ano é importante para gerar bons resultados em
diferentes momentos do negócio: em sua implantação, desenvolvimento específico de um setor ou busca por
sustentabilidade e novos mercados. Em qualquer etapa, isso pode fazer a diferença com os ganhos e também
frente aos possíveis imprevistos. Os empreendimentos do ReDes estão justamente na fase de planejamento
e o objetivo é fortalecer e facilitar a prática da construção e de cumprimento desse “combinado”, afinal,
2017 já está próximo! O Programa ReDes como um todo também conta com um planejamento com
marcos específicos. Veja, abaixo, como estamos na reta final deste ano e se inspire para melhorar seu
empreendimento.
O tema é: planejamento
“Aqui na CBA funcionamos com um planejamento anual
para toda a unidade e as áreas específicas fazem o seu
individualmente. Como sou da comunicação e responsabilidade
social fico atento às datas comemorativas,
eventos tradicionais que acontecem todo
ano, custos e parceiros para determinadas
ações. Pensamos em cada detalhe para que
tudo seja assertivo e sem falhas, mas nem
sempre esse planejamento acontece como
imaginamos. Quando algo sai do esperado,
geralmente, é porque envolve muita gente.
O que está sob meu controle é mais fácil de gerir. Por isso
é importante definir papéis na hora de se planejar.”
João Borges lacet montenegro, Comunicação e Responsabilidade
Social da Companhia Brasileira de Alumínio, unidade Niquelândia (GO)
DEsAFIos DO PROGRaMa Em 2016
até
mar
ço
Até julho Até outubro
Dezembro
10%
47%60%
100%
9%
35% 43%
“Só é possível administrar aquilo que a gente controla. Então, eu acho que é essencial para qualquer tipo de planejamento o conhecimento e o controle sobre o que acontece, entra e sai do negócio. Aqui na unidade, para fazer o planejamento, começamos a nos organizar pela produção. A área comercial informa o volume que pretende vender e, em cima disso, nós pensamos o quanto é necessário produzir para atender essa demanda. Nesse processo, entra considerar as máquinas que serão utilizadas, insumos e divisão de horários entre funcionários. Essa linha de pensamento pode ser levada para os negócios de pesca do ReDes. Por exemplo: qual a capacidade de produção no entreposto, quem são os fornecedores de peixe e qual a capacidade máxima de produção? Atender o cliente é a preocupação maior e, em um planejamento, o estoque deve ser levado em consideração para essa finalidade porque às vezes alguém falta, o equipamento para e o estoque pode cobrir” murrib moussa, Gerente Geral Votorantim Cimentos, unidade Várzea Grande (MT)
M
Et
a M
E t a M E t a M
Et
a
a
ti
NG
iD
O atiNGiD O atiNGiD
O
Realização Apoio
FoRmAlIzAção• O empreendimento Desenvolvimento sustentável do Agronegócio leiteiro de Vazante (MG), apoiado pela Votorantim siderurgia, formalizou recentemente sua associação. agora, o grupo de 33 produtores atende o mercado por meio da associação de Produtores de leite e Derivados (APRolEItE).
programa ReDes REsULtADOs E ApREND iZADOsEDiçãO iV o JANEiRO 2015
Realização
Boletim Instituto4ªedição dez 2014-FE.indd 1
1/7/15 6:32 PM
participaçãoGuia de
comunitária 7volume
Guia-7ªediçãosil.indd 1 9/17/14 10:50 AM
participaçãoGuia de
comunitária
volum
e8volume8
Guia-8ªedição.indd 1 11/10/14 4:56 PM
maio 2015
Realização
INOVAÇÃO EM NEGÓCIOS INCLUSIVOS
Boa Prosa
Boa Prosa_Nº3.indd 1 11/16/16 4:58 PM
18
RESulTADoS trabalho na cooperativa dos
pescadores e artesãos de pai andré
(coorimbatá) de várzea grande
(Mt), apoiada pela votorantim cimentos
conquistas e aprendizados do processo
A avaliação considera,
fundamentalmente, indicadores de
geração de renda e melhoria
das condições de vida dos
beneficiários.
18
19
os resultados alcançados ao longo da implantação do programa
demonstram o potencial da tecnologia social desenvolvida.
Desde a mobilização local até sua capacidade de articular
diversos agentes e processos para a estruturação e o
fortalecimento de negócios inclusivos, o ReDes tem sido uma
experiência repleta de aprendizados.
o acompanhamento dos resultados do programa é pautado na cadeia de
impacto do programa, observando prioritariamente indicadores de geração de
renda e melhoria das condições de vida dos beneficiários.
FAMílIAS BENEFIcIADAS.
1.900
70% DoS PRojEToS ESTão PRoDuzINDo E coMERcIAlIzANDo SEuS PRoDuToS E SERVIçoS.
50% DoS NEgócIoS coNquISTARAM AMPlIAção DA RENDA logo No 1° ANo DE IMPlANTAção Do PRojETo APóS A INAuguRAção DAS NoVAS SEDES E A EFETIVAção DAS MElhoRIAS NoS PRocESSoS PRoDuTIVoS.
60% DoS EMPREENDIMENToS coNquISTARAM lIcENçAS E SEloS NEcESSáRIoS PARA PlENA oPERAção.
APRoXIMADAMENTE
28% DoS NEgócIoS uTIlIzAM PRáTIcAS SuSTENTáVEIS, coMo uSo DE TIjoloS EcológIcoS NAS coNSTRuçõES E IMPlANTAção DE SISTEMAS DE REuTIlIzAção DE águA DAS chuVAS.
51% DoS PRojEToS INAuguRARAM NoVAS SEDES.
AlguNS DESTAquES uMA SéRIE DE CoNquIStAS PoDE SER ANALISADA APóS SEIS ANoS
DE tRABALho, ENtRE ELES:
20
IMPAcToS Do INVESTIMENTo
todos os empreendimentos melhoraram suas condições
de trabalho, com impacto positivo na saúde e na
satisfação dos beneficiários. Destaque para estruturação
do ambiente produtivo e instalação de equipamentos
apropriados para a produção.
o PRogRAMA REDES AuMENTou EM
8,2% A SATISFAção DoS BENEFIcIáRIoS coM SEuS TRABAlhoS. o cREScIMENTo DA SATISFAção É AINDA MAIS ElEVADo NoS gRuPoS quE TêM No EMPREENDIMENTo SuA PRINcIPAl FoNTE DE RENDA: EVolução DE
11,8%.
A MAIoRIA DoS EMPREENDIMENToS cARAcTERIzA-SE PElA PluRIATIVIDADE E 90% DoS BENEFIcIáRIoS goSTARIAM DE SE DEDIcAR INTEgRAlMENTE Ao EMPREENDIMENTo No PRESENTE E No FuTuRo.
EM 2014 FoI REALIzADA A AVALIAção DE IMPACto INtERMEDIáRIA
PELA FuNDAção GEtúLIo VARGAS (FGV), quE MoStRou GANhoS SoCIAIS E EM quALIDADE DE VIDA ENtRE oS BENEFICIADoS:
21
Sempre com interesse na apropriação de conhecimentos,
com melhores retornos do investimento na forma de
impactos socioeconômicos relevantes, o ReDes tem
produzido análises que contribuem não só com a sua
evolução, mas com outras iniciativas similares.
o quADRo A SEGuIR APRESENtA oS PRINCIPAIS AtIVoS E DESAFIoS Do REDES, A PARtIR DE EStuDoS Do BID, DA FGV E DE RELAtóRIoS DE ACoMPANhAMENto Do PRoGRAMA.
AtIVoS DESAFIoS
a presença local das empresas do grupo
votorantim, com toda sua força produtiva e reputação, tem sido
elemento fundamental para encorajamento
da comunidade e condução do processo
de trabalho
a metodologia focada na busca por autonomia e
construção coletiva – do diagnóstico ao planejamento dos
projetos – fortalece o trabalho e articulação
local dos grupos
o aparato técnico-instrumental apoiado
em indicadores, marcos, ferramentas
de controle e avaliação favorece uma visão
comum no grupo
a orientação das ações para políticas públicas, buscando formalização
para negócios gera oportunidades de
crescimento a partir de investimentos governamentais
a prática metodológica voltada para a
consolidação de uma tecnologia
replicável garante compartilhamento
de saberes
a construção de parcerias institucionais
(do programa) e locais (com atores da
comunidade) fortalece a perenidade dos
resultados
para garantir a perenidade dos
resultados, é necessário
transferir conhecimento
técnico e de gestão dos negócios para o público beneficiado
contar com especialistas temáticos para apoio direto aos
negócios é importante para a implantação
dos projetos, mas nem sempre há equipe
qualificada disponível nas localidades
é importante garantir um processo de
sucessão de lideranças para evitar que
parte dos negócios fique dependente
da ação de líderes já consolidados
a complexidade de procedimentos
internos e dos projetos apoiados
deve estar alinhada ao nível de maturidade de cada organização
executora
é preciso haver um plano de trabalho
que permita lidar com eventuais mudanças de ordem política e econômica – como,
por exemplo, a crise que afetou
os mercados a partir de 2014
PoNToS DE REFlEXão: ATIVoS E DESAFIoS
cAMINhoS PARA AuToNoMIA
ALéM Do oLhAR PARA AtIVoS E DESAFIoS, o PRoGRAMA DIVIDE oS EMPREENDIMENtoS EM DIFERENtES FASES DE IMPLANtAção, GARANtINDo uM SuPoRtE ESPECíFICo PARA AS NECESSIDADES
DE CADA EtAPA. CoNFIRA ABAIXo A quANtIDADE DE PRoJEtoS DA CARtEIRA AtuAL quE EStão EM CADA uMA DAS FASES.
projetos que estão iniciando obras, adquirindo 8
PRÉ-oPERAção
projetos que estão finalizando obras, 15
IMPlANTAção
inaugurando espaços e conquistando licenças para início da operação.
projetos que estão alcançando todos os 17
coNSolIDAção
registros necessários para produção e início da comercialização.
projetos que já passaram por ajustes 15
AuToNoMIA
na operação e estão finalizando o investimento.
novos equipamentos e licenças necessárias para construção.
22
A geração de renda está condicionada ao
status de cada projeto. Dos 55 apoiados,
35 negócios já passaram do grau de
consolidação, condição mínima para um
estágio de geração de renda. Dentre essas
iniciativas, 70% já estão distribuindo recursos
entre seus associados ou cooperados.
geração de Renda
AMPlIAção DE FRENTES DE TRABAlhoEm João Pinheiro, na região
noroeste de Minas Gerais, a Central
de Comercialização da Agricultura
Familiar surgiu com o objetivo de
oferecer uma renda alternativa para as
famílias, com foco especial nos jovens
e nas mulheres. Na região, a grande
maioria dos pequenos produtores
cria gado leiteiro e o projeto passou
a incentivar o cultivo de frutas para
beneficiamento e comercialização de
polpas pasteurizadas e congeladas.
Astolfo Moreira da Silva, representante
do negócio, explica que a renda
gerada com a agroindústria vem
ganhando importância entre as
famílias do assentamento. “Temos
muitos casos de produtores que estão
deixando a produção de leite para
ter a fruticultura como a principal
atividade”, afirma.
contribuir para a geração de renda a partir da inclusão produtiva de pessoas em municípios com baixos indicadores socioeconômicos foi o grande desafio a que o Programa ReDes se lançou desde o início, tendo como consequência a melhoria da qualidade de vida.
A gERAção DE RENDA No REDES (DADoS DE 2016)
36 NEgócIoS INcluSIVoS gERANDo RENDA
RENDA MÉDIA ADIcIoNAl PoR FAMílIA
DE R$ 445RENDA ToTAl DISTRIBuíDA ENTRE 2015 E 2016 FoI DE R$ 6,7 MIlhõES
FATuRAMENTo ToTAl DoS PRojEToS ENTRE 2015 E 2016 FoI DE R$ 10,5 MIlhõES
23
Parte dos beneficiários tem nos
projetos do ReDes uma renda
complementar. Porém, em função
da condição de trabalho gerada e do
senso de pertencimento promovido,
90% apontam que pretendem
se dedicar integralmente ao
empreendimento no futuro, de acordo
com a avaliação feita pela FgV em 2014.
As mulheres participantes do
programa relatam que a renda obtida,
além de melhorar sua autoestima e
promover sua emancipação, ajudou
a cobrir investimentos na educação
dos filhos. ou seja, o programa tem
efeitos indiretos que impactam novas
gerações, com expectativa de futuros
benefícios.
“Depois que a gente começou nosso negócio, muitas
mulheres puderam investir na educação dos filhos. Isso antes
dependia dos maridos e muitos não tinham essa vontade.“Eliene Ribeiro Espíndola Pereira, do Empreendimento Comunitário Sabores da Fazenda, de Niquelândia (Go), apoiado pela CBA
24
Dos projetos apoiados, 60% já conquistaram as licenças necessárias para construção, operação e comercialização.
Entre os principais desafios enfrentados
pelos negócios inclusivos apoiados pelo ReDes
está a conquista da formalização e a obtenção
de licenças para operar. Estar em acordo com
a legislação e regularizar a organização desde
os processos de obras até a comercialização
são passos fundamentais para os negócios
crescerem e avançarem de status.
o investimento na formalização e
licenciamento dos empreendimentos e
produtos tira os negócios da informalidade
e amplia os canais de comercialização, além
de abrir a possibilidade de acesso a compras
públicas. A adequação às exigências legais
aumenta a segurança do trabalho, impulsiona
inovações e melhorias no processo produtivo
e impacta a satisfação dos trabalhadores.
licenças e formalização
“Até 2013 a questão da formalização da associação era
um problema e nos impedia de crescer. Para trabalhar
com resíduos precisamos estar licenciados e agora tudo
é possível. o ReDes mudou o olhar das pessoas em
relação ao nosso trabalho. Somos bem recebidos e o
poder público e as empresas de Várzea grande e região
estão vendo que fazemos um bom trabalho.“Isaias Pereira, Associação de Catadores de Materiais Recicláveis de Várzea Grande (Mt), apoiada pela VC
FoRMAlIzAR PARA cREScEREm 2011, quando o Programa
ReDes chegou a Três Marias
(MG), um grupo de agricultores
locais viu uma boa oportunidade
para alavancar seus negócios.
Entusiasmados, elaboraram um
projeto para fortalecer a produção
e a comercialização de seus
produtos agrícolas. Assim surgia
a Cooperafa. Hoje, as licenças das
propriedades dos cooperados
foram formalizadas e 21 sistemas
completos de irrigação já estão
instalados. Com a formalização,
o grupo criou uma rede de
comercialização, agrupando a
produção para ganhar volume
e escala na venda de verduras,
frutas e grãos.
25FáBRIcA DE PolPA DE FRuTASA agroindústria do negócio Rede
Regional de Fruticultura, construída
com o apoio do programa,
representou um salto para um grupo
de 44 agricultores de Paracatu (MG),
que saíram da produção da polpa de
fruta caseira e individual e passaram
a processar as frutas na instalação.
A fábrica, inaugurada em outubro de
2014, conta maquinário completo e
selo do Serviço de Inspeção Federal
(SIF), que permite a comercialização
do produto em todo o território
nacional. Esse avanço vai permitir
a ampliação do atendimento ao
Programa Nacional de Alimentação
Escolar (PNAE) e a venda do produto
também para supermercados.
NA REcIclAgEM A Associação Curvelana de Catadores
de Recicláveis (Asccare) de Curvelo
(MG) realizou, a partir do apoio do
programa e de outros parceiros,
uma mudança estratégica em seu
espaço e no modo de operar. Quando
tudo começou eram 12 associados
que recebiam entregas voluntárias e
triavam o material no galpão cedido
pelo poder público. Por meio do
ReDes, o espaço foi reformado, assim
como as prensas e balanças, e uma
empilhadeira nova foi adquirida. As
capacitações deram aos associados a
confiança e a identidade que faltava:
hoje, 17 catadores compõem o grupo
que se organiza em escala para
atender 12 bairros da cidade com a
coleta seletiva.
Fator fundamental para o crescimento de um
empreendimento, a infraestrutura corresponde às
obras, construção ou melhoria de estruturas físicas
e aquisição de maquinário. Do total de investimento
do ReDes até 2015, 67% foi aplicado nessa frente.
com isso, até o fim do mesmo ano, 51% dos
projetos já haviam inaugurado novas sedes.
Nas quatro linhas de ação do programa houve
uma evolução da produção artesanal para um
processo industrial. Na frente de abastecimento
alimentar, por exemplo, como o objetivo do ReDes
é aumentar o valor agregado dos produtos, na
maior parte dos negócios apoiados a produção
deixa de ser vendida in natura e passa por, pelo
menos, um processo de pré-beneficiamento.
Infraestrutura
“Nós tínhamos várias cooperadas, mulheres, que trabalhavam
com machado, de forma manual. Passavam dois ou três dias para
produzir três litros de óleo de babaçu. Agora, com a instalação
da fábrica, este trabalho manual foi reduzido e além de maior
segurança, passamos a produzir entre 20 a 30 litros de óleo por
dia. A expectativa é chegar a 100 litros por dia.“Carleon da Silva, Inclusão Socioprodutiva de Mulheres na Ecosol, de Xambioá (to), apoiado pela VC
26
70% dos negócios apoiados iniciou ou ampliou a comercialização de seus produtos ou serviços
o esforço de capacitação do ReDes é
significativo e, no conjunto de atividades
desenvolvidas, tem destaque a preparação
dos grupos produtivos para a comercialização
dos produtos e serviços. Definir o que será
vendido, como estabelecer políticas de
preço, em quais pontos de venda e como
farão a divulgação são decisões fundamentais
para a autonomia e sustentabilidade dos
negócios inclusivos.
Representantes de todos os empreendimentos
passam por formações sobre esses temas e
também contam com apoio de consultores
especializados nos primeiros anos para apoiar
seu desenvolvimento. os resultados têm
sido surpreendentes: alguns negócios, em
pouco mais de um ano de formalização, já
coordenam sozinhos suas estratégias de
venda e vivenciam atualmente o desafio da
diversificação de mercados.
comercialização
“o Viveiro é um projeto antigo, mas de produção é recente.
Para comercializar nossas mudas, geramos os cartões e saímos
para os escritórios. Visitamos os engenheiros para entender
onde precisam de reposição de plantas nativas. Eu preciso provar
que meu produto é bom, por isso, indo para o campo com o
cliente, e dando as orientações, passo mais credibilidade.“Vilmar Arantes, coordenador do Viveiro JCM, de três Lagoas (MS), apoiado pela Fibria
27
quAlIFIcANDo PRocESSoS PARA VENDER MAISHá mais de 50 anos a comunidade
do Carrilho, em Itabaiana (SE),
trabalha no beneficiamento
da castanha de caju de forma
artesanal. Com o apoio do
programa, esse cenário começou
a mudar: a Cooperativa dos
Beneficiadores de Castanha
(Coobec) foi formalizada com 25
cooperados e a sede foi reformada
e equipada com maquinário.
Esses avanços mostraram que a
maneira de embalar e comercializar
precisava ser repensada. Segundo
Maria Cristina da Silva, presidente
da Coobec, a castanha era quebrada
em casa e vendida somente a
granel, ou seja, em sacos de 25
quilos. Uma pesquisa identificou
a demanda para dois diferentes
segmentos: hotéis e varejo.
“Aí veio a reviravolta”, disse
Cristina. Eles passaram a produzir,
além da castanha a granel, sacos de
40 gramas e 100 gramas do
produto, o que possibilitou o
atendimento a grandes varejistas.
clIENTElA DIVERSIFIcADA
clIENTES PRIVADoS | São representados pelos
supermercados, redes de atacado e varejo, lojas de pequeno e
médio porte, feiras livres e demais estabelecimentos comerciais
como restaurantes, bares/lanchonetes e hotéis. Indústrias
também são consumidoras cada vez mais fortes no mercado de
produtos e serviços de negócios inclusivos.
clIENTES PúBlIcoS | As compras governamentais
representam hoje um mercado decisivo para empreendimentos
inclusivos, graças a políticas públicas indutoras, que dão
oportunidades, por exemplo, a de produtos da agricultura
familiar, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
uMA DAS EStRAtéGIAS ADotADAS PELA MAIoRIA DoS NEGóCIoS INCLuSIVoS é A DIVERSIFICAção DA CARtEIRA DE CLIENtES.
27
josé Firmino teodoro de souza, do negócio
Fortalecendo uma nova ruralidade
apoiado pela Fibria, em são Matheus (es)
RAIo X
28
conheça os negócios apoiados
pelo ReDes e os principais resultados já
obtidos por cada um deles.
Raio X dos projetos e linhas de ação
29
Em 2013, 39 grupos produtivos estrearam no Programa ReDes
com seus projetos. Atualmente o programa soma 55 negócios
inclusivos e, diante da trajetória de expansão, com as capacitações e
melhorias estruturais dos últimos anos, parte deles já se firma como
empreendimento autônomo, ganhando escala em vendas, adaptando o
modelo de trabalho para atender novos mercados e gerando renda.
Para que esse trabalho fosse feito, logo no início do programa, quatro
linhas de ação foram definidas a partir da identificação de oportunidades nos
municípios e de uma análise estratégica de prioridades locais e dos grupos
produtivos atuantes. São elas: abastecimento alimentar, comércio e serviços,
reciclagem e economia criativa.
considerando peculiaridades e cenários de cada linha, a metodologia
foi aplicada e vem produzindo aprendizados e transformações, que se evidenciam
em cada projeto. Exemplos mostram como foi o processo de passagem de um
modo de trabalho artesanal para uma produção de caráter industrial e o que
isso representou, tanto em termos de avanços econômicos, como também de
melhorias sociais nas comunidades.
REcIclAgEM
MAPA DE PRojEToS PoR lINhA DE Ação
coMÉRcIo E SERVIçoS14
35ABASTEcIMENTo
AlIMENTAR3
EcoNoMIA cRIATIVA3
30
PEScA/ AquIculTuRA
lEITE AVESFARINhA DE MANDIocA
hoRTIFRúTI E PANIFIcADoS
6 8 11115
hoRTIFRúTI
os negócios dessa frente demandam grande atenção do programa, afinal, entre as 55 associações e cooperativas envolvidas, 35 entram nessa categoria, o que corresponde a 64% da carteira de projetos. o cenário do ReDes fortalece e justifica a importância desses números: 1200 famílias beneficiadas vivem na área rural e geram renda por meio das atividades do campo, representando mais de 67% do total de beneficiados.
abastecimento alimentar
Esta linha de ação é ampla e reúne os empreendimentos dos setores de
pesca, hortifrúti, avicultura, laticínio e apicultura. o objetivo principal do
ReDes em Abastecimento Alimentar é aumentar a qualidade e o valor
agregado dos produtos e, consequentemente, expandir e diversificar
mercados para atuação dos grupos produtivos. como já foi dito, na
maior parte dos negócios apoiados, a produção deixa de ser vendida
in natura e passa por, pelo menos, um pré-beneficiamento.
De olho nessa transformação, 80% dos empreendimentos desta linha
reformaram ou construíram agroindústrias. Assim, os produtos dos
agricultores chegam ao estabelecimento para ser processados e só
depois de embalados seguem para a comercialização.
35ApiculturA
3
DISTRIBuIção DoS NEgócIoS DE ABASTEcIMENTo AlIMENTAR EM cADEIAS
31
“Todos saem ganhando com o
crescimento dos empreendimentos
ligados ao Abastecimento Alimentar.
ganha o produtor do campo que
planta e colhe para abastecer
a fábrica. ganha o filho desse
agricultor que está na escola e
recebe um alimento de qualidade
da agricultura familiar. Por fim,
ganha o mercado público e privado
da região com bons fornecedores.
começa no campo, passa por nós,
chega à cidade e movimenta a
economia local.“Expedito Monteiro Rezende Junior, Cooperativa dos Fruticultores da Agricultura Familiar do Noroeste de Minas Gerais (Cooperfruta), de Paracatu (MG), apoiado pela VMh e VS.
35 ABASTEcIMENTo AlIMENTAR
32
Na estradaAo longo dos anos, o programa procurou
atender as especificidades de cada grupo
e produtos desta frente. com apoio
técnico e investimento em infraestrutura,
leva em consideração não só pré-
requisitos básicos para cada fase de
implantação do negócio (como licenças
ambientais e sanitárias para obras, alvará
para funcionamento, selos de inspeção
e outros), mas também características
típicas dos grupos produtores e da região
em que estão inseridos.
Muitas conquistas mostram a força e o
desenvolvimento dos negócios deste
agrupamento. Atualmente diversos
grupos produtivos participam de
feiras livres; outros negócios já estão
abastecendo grandes redes varejistas; e
alguns empreendimentos organizaram
seu processo produtivo para incluir novos
cooperados e associados.
um ponto de destaque é que o
apoio oferecido para a organização
dos agricultores em associações e
cooperativas já é visto como um salto
para os negócios dessa frente, desde
que passaram a se entender melhor
como grupo e a trabalhar questões de
gestão interna. No processo de escuta
dos beneficiários percebeu-se uma
preocupação em garantir, por meio do
apoio do ReDes, qualidade de vida para
melhorar a estrutura do campo e, assim,
oferecer condições para os jovens ali se
fixarem para assumir a continuidade dos
empreendimentos no futuro.
PNAE (PRogRAMA NAcIoNAl DE AlIMENTAção EScolAR) | é regulamentado por uma lei que determina
a utilização de, no mínimo, 30% dos recursos repassados
pelo Fundo Nacional de Educação para alimentação
escolar na compra de produtos da agricultura familiar e
do empreendedor familiar rural ou de suas organizações,
priorizando os assentamentos de reforma agrária,
comunidades tradicionais indígenas e comunidades
quilombolas.
PAA (PRogRAMA DE AquISIção DE AlIMENToS) | é uma ação do Governo Federal para colaborar com
o enfrentamento da fome e da pobreza e, ao mesmo
tempo, fortalecer a agricultura familiar. Parte dos
alimentos é adquirida diretamente dos agricultores
familiares, assentados da reforma agrária, comunidades
indígenas e demais povos e comunidades tradicionais
para a formação de estoques estratégicos e distribuição
à população em maior vulnerabilidade social. A compra
pode ser feita sem licitação.
cADASTRo DE TERRAS E REgulARIzAção FuNDIáRIA | atende áreas rurais devolutas de domínio
estadual e consiste em uma ação social de regularização
fundiária garantindo segurança jurídica aos agricultores
familiares e acesso às demais políticas públicas do
governo, entre elas crédito rural e assistência técnica.
PRoNAF (PRogRAMA NAcIoNAl DE FoRTAlEcIMENTo DA AgRIculTuRA FAMIlIAR) | financia projetos individuais ou coletivos que
gerem renda aos agricultores familiares e assentados
da reforma agrária.
PRINcIPAIS PolíTIcAS PúBlIcAS
coNTEXTo BRASIlEIRo:
REDE BRASIl RuRAl | aproxima segmentos que
fortalecem os arranjos produtivos da agricultura
familiar brasileira. Pelo portal, agricultores familiares,
por meio de suas associações e cooperativas,
negociam com fornecedores e empresas de transporte
a compra e a entrega de insumos necessários para
qualificar a produção.
33
cadeia: hoRtIFRútI apoio: VotoRANtIM SIDERuRGIA E VotoRANtIM MEtAIS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 50
investiMento: R$ 768 MIL
objetivo: Incentivar a produção de fruta da agricultura familiar
tradicional da região, para a produção de polpas de fruta
pasteurizadas e congeladas.
resultados: o grupo formalizou a cooperativa com o apoio do
ReDes e finalizou a construção da agroindústria que funciona com
maquinário novo. Passaram por processo de capacitações para o
trabalho na fábrica e gestão, além de terem concluído o processo de
criação da identidade visual e da marca que compõem a embalagem
dos produtos.
REDE REGIoNAL DE FRutICuLtuRA pr
ojeto
s de a
ba
steciem
nto
alim
enta
r
EStRutuRAção DA CoMERCIALIzAção Do PESCADo No MuNICíPIo LARANJEIRAS
objetivo: Criar uma rede de
comercialização do pescado no
município, fortalecendo o associativismo
local e assegurando um preço justo de
comercialização do produto.
resultados: o empreendimento
inaugurou seu entreposto para
manipulação e comercialização dos
produtos. o grupo vem se fortalecendo
com capacitações em gestão do
negócio e comercialização. Além disso,
está buscando fortalecer a cadeia
do pescado local para aumentar o
abastecimento do entreposto.
cadeia: PESCA
apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013
FaMílias BeneFiciadas: 36
investiMento: R$ 556 MIL
organização executora: ASSoCIAção DoS PESCADoRES E AMIGoS Do BAIRRo PEDRA BRANCA, LARANJEIRAS (SE)
RENASCER
objetivo: o projeto visa a incrementação
dos processos de piscicultura
desenvolvidos na região de Xambioá por
meio da implantação de uma central de
beneficiamento do pescado, com foco
na geração de renda complementar.
resultados: o grupo de pescadores
reformou a sede da colônia e finalizou
a construção de um entreposto para
beneficiamento do pescado. Além
disso, está mobilizando piscicultores
locais para garantir o abastecimento
do entreposto. A Empresa Brasileira
de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) é
parceira para a parte tecnológica.
cadeia: PESCA
apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013
FaMílias BeneFiciadas: 107
investiMento: R$ 1.561 MIL
organização executora: CoLôNIA DE PESCADoRES Do EStADo Do toCANtINS, XAMBIoá (to)
organização executora: ASSoCIAção CENtRAL DE CoMERCIALIzAção DoS AGRICuLtoRES (ACCAF), PARACAtu (MG)
cadeia: AVES apoio: VotoRANtIM SIDERuRGIA E VotoRANtIM MEtAIS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 47
investiMento: R$ 918 MIL
objetivo: o projeto tem por objetivo produzir frangos do tipo caipira
e colonial abatidos e congelados, para abastecimento do mercado
regional e Minas Gerais e Brasília, além de compras públicas nas
mesmas áreas.
resultados: os produtores se formalizaram como cooperativa,
firmaram convênios com a prefeitura municipal para garantir
maquinário e conseguiram o terreno para construção do
abatedouro. Estão com a licença prévia e de instalação liberadas pela
Superintendências Regionais de Meio Ambiente (SuPRAM).
CooPERFRANGo
organização executora: CooPERAtIVA MIStA ASSENtAMENto E AGRICuLtuRA FAMILIAR – NoRoEStE DE MINAS, PARACAtu (MG)
cadeia: hoRtIFRútI apoio: VotoRANtIM SIDERuRGIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 37
investiMento: R$ 675 MIL
objetivo: Incentivar o cultivo de frutas para beneficiamento e
comercialização no formato de polpas pasteurizadas e congeladas por
meio de uma agroindústria e um entreposto para comercialização.
resultados: A fábrica foi construída para a produção de polpa de
frutas pasteurizada e congelada e com um anexo que funciona como
entreposto. Novos equipamentos foram adquiridos e o grupo está
acessando programas de compras públicas e mercado privado.
CENtRAL DE CoMERCIALIzAção DA AGRICuLtuRA FAMILIAR
organização executora: INStItuto ALFA – INStItuto DE DESENVoLVIMENto INtEGRADo SuStENtáVEL, João PINhEIRo (MG)
34
cadeia: hoRtIFRútI apoio: VotoRANtIM SIDERuRGIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 40
investiMento: R$ 998 MIL
objetivo: o projeto tem por meta desenvolver a fruticultura na terra
comunal do PA Diamante para abastecer uma agroindústria de polpa
de fruta pasteurizada e congelada.
resultados: o grupo inaugurou a agroindústria, formalizou-se como
cooperativa e fortaleceu a rotação de plantio entre os produtores
envolvidos para o abastecimento da fábrica.
NoVoS ARRANJoS PARA o DESENVoLVIMENto DA AGRICuLtuRA FAMILIAR
organização executora: AGêNCIA DE DESENVoLVIMENto LoCAL INtEGRADo SuStENtáVEL DE João PINhEIRo (ADESJoP), João PINhEIRo (MG)
cadeia: hoRtIFRútI apoio: VotoRANtIM MEtAIS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 26
investiMento: R$ 851 MIL
objetivo: o objetivo é criar uma cooperativa que se torne uma rede de
apoio ao agricultor familiar e de comercialização dos seus produtos.
resultados: o grupo formalizou a cooperativa e finalizou a instalação
de sistemas de irrigação nas propriedades de 21 famílias. A compra de
maquinários e do caminhão facilitou a logística para comercialização
dos produtos. Conquistaram espaço no Ceasa em Belo horizonte (MG)
e focam em compras públicas, vendas individuais, em sacolões e outros
pontos comerciais de três Marias.
ALIMENtAção E RENDA
organização executora: CooPERAtIVA DoS AGRICuLtoRES FAMILIARES DE tRêS MARIAS E REGIão (CooPERAFA), tRêS MARIAS (MG)
cadeia: hoRtIFRútI apoio: VotoRANtIM MEtAIS
ano de contratação: 2015 FaMílias BeneFiciadas: 32
investiMento: R$ 298 MIL
objetivo: Instalação de estufas para aumentar volume e qualidade
das hortaliças cultivadas, fortalecimento da cadeia local com esse
tipo de produto.
resultados: Formaram equipe de trabalho e escolheram as duplas
para trabalhar nas estufas. A Empresa de Assistência técnica e
Extensão Rural (Emater) aprovou o modelo das estufas, que passa por
ajustes para continuar o processo de construção. Foram realizados
cursos de capacitação.
MãoS quE GERMINAM
organização executora: ASFAz – ASSoCIAção DA FAzENDINhA CoMuNItáRIA, tRêS MARIAS (MG)
DESENVoLVIMENto SuStENtáVEL Do AGRoNEGóCIo LEItEIRo
objetivo: Implantar a metodologia
do Balde Cheio e assim gerar um
aumento da lucratividade da atividade
leiteira na região.
resultados: A metodologia Balde Cheio
solucionou problemas no processo
produtivo. um diagnóstico foi realizado
nas propriedades apontando o que era
necessário para aumentar a qualidade do
leite e a produtividade do rebanho, o que
já contribuiu para um aumento médio
anual na produção leiteria do grupo.
cadeia: LEItE
apoio: VotoRANtIM SIDERuRGIA E VotoRANtIM MEtAIS
ano de contratação: 2013
FaMílias BeneFiciadas: 33
investiMento: R$ 770 MIL
organização executora: AGêNCIA PARA o DESENVoLVIMENto LoCAL INtEGRADo (ADVAz), VAzANtE (MG)
tANquE ChEIo
objetivo: o objetivo do projeto é
aumentar a produtividade e qualidade do
leite em relação aos números atuais por
meio de novos tanques de resfriamento e
outras melhorias internas.
resultados: Estão iniciando reuniões para
divisão de tarefas e tomada de decisões
importantes como orçamentos para
compras e instalação dos tanques.
cadeia: LEItE
apoio: VotoRANtIM ENERGIA
ano de contratação: 2017
FaMílias BeneFiciadas: 43
investiMento: R$ 329 MIL
organização executora: ASSoCIAção DoS PRoDutoRES DE LEItE DE toRRõES, JuIz DE FoRA (MG)
35
pr
ojeto
s de a
ba
steciem
nto
alim
enta
r
cadeia: hoRtIFRútI apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 260
investiMento: R$ 1.535 MIL
objetivo: Criação de uma Central de Distribuição para realizar o
processamento e a comercialização de alimentos. os produtos serão
direcionados para programas de compras públicas.
resultados: A central de abastecimento alimentar foi inaugurada. o
grupo atende principalmente compras públicas e está em fase de
melhorias no processo de comercialização e gestão.
CENtRAL DE DIStRIBuIção DE ALIMENtoS MuLtIPLICANDo ESPERANçA
objetivo: o objetivo do projeto é
aumentar a produtividade e qualidade
do leite por meio de novos tanques de
resfriamento e assistência técnica.
resultados: Estão iniciando reuniões
para divisão de tarefas e tomada
de decisões importantes como
orçamentos para compras e instalação
dos tanques.
cadeia: LEItE
apoio: VotoRANtIM ENERGIA
ano de contratação: 2017
FaMílias BeneFiciadas: 43
investiMento: R$ 210 MIL
organização executora: ASSoCIAção DoS PRoDutoRES RuRAIS DE PIRES, JuIz DE FoRA (MG)
organização executora: ASSoCIAção Do CoNSELho AGRíCoLA DE RIo BRANCo Do SuL (ACARS), RIo BRANCo Do SuL E ItAPERuçu (PR)
cadeia: LEItE apoio: CoMPANhIA BRASILEIRA DE ALuMíNIo - CBA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 35
investiMento: R$ 546 MIL
objetivo: Aumentar a renda de famílias produtoras de leite,
agregando valor ao produto por meio do queijo muçarela.
A iniciativa prevê transferência de tecnologia e capacitação e
estruturação do Centro Comunitário de Produção.
resultados: A cooperativa obteve licença ambiental simplificada
para realizar adequações das instalações e consultoria para
possibilitar aumento da produtividade do leite.
FoRtALECIMENto DA CADEIA PRoDutIVA LEItEIRA
organização executora: CooPERAtIVA DoS PRoDutoRES RuRAIS DE VILA BoRBA, CoLINAS Do SuL (Go)
VACA FELIz Do RIBEIRão MuNIz
objetivo: o objetivo do projeto
é aumentar o preço de leite
comercializado pelos pequenos
produtores a partir de um melhor
atendimento às exigências dos
laticínios da região.
resultados: Por meio do ReDes,
os produtores conquistaram uma
sede reformada adequada com as
boas práticas agropecuárias e de
higiene, e dois novos tanques de
resfriamento de leite. o grupo está
recebendo assistência técnica regular
para melhorar a qualidade sanitária e
nutricional do leite.
cadeia: LEItE
apoio: VotoRANtIM MEtAIS
ano de contratação: 2016
FaMílias BeneFiciadas: 15
investiMento: R$ 94 MIL
organização executora: ASSoCIAção CoMuNItáRIA RuRAL Do RIBEIRão MuNIz, FoRtALEzA DE MINAS (MG)
cadeia: PESCA apoio: CoMPANhIA BRASILEIRA DE ALuMíNIo - CBA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 32
investiMento: R$ 687 MIL
organização executora: CooPERAtIVA DoS PISCICuLtoRES Do LAGo SERRA DA MESA, uRuAçu (Go)
objetivo: Estruturar a cadeia produtiva do pescado, com tanques-
redes, de forma eficiente e rentável, funcionando como ponto de
partida para o estabelecimento de uma indústria alimentícia do
pescado na região.
resultados: A cooperativa obteve o licenciamento do parque
aquícola e do entreposto, além do pleno atendimento aos processos
legais da vigilância sanitária.
CooPERPESCA – CENtRAL PISCíCoLA INtEGRADA DE uRuAçu
36
PLANALto RuRAL SuStENtáVEL
objetivo: Estabelecer-se como
entreposto comercial para ampliar
a participação em compras
governamentais e vendas
institucionais.
resultados: o grupo já conquistou
novos equipamentos e máquinas
agrícolas. Além disso, já conta com
apoio de assessoria técnica para
aumento da produção dos associados.
cadeia: hoRtIFRútI
apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2016
FaMílias BeneFiciadas: 42
investiMento: R$ 612 MIL
organização executora: ASSoCIAção DoS PRoDutoRES RuRAIS E AGRíCoLAS FAMILIARES DE SoBRADINho (ASPRAF), FERCAL (DF)
cadeia: PESCA apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 11
investiMento: R$ 779 MIL
objetivo: Estruturação do entreposto de pescado da cooperativa
para beneficiamento de peixe fresco.
resultados: Novos equipamentos foram adquiridos e o entreposto
foi inaugurado. As licenças ambientais e de operação foram
obtidas para a comercialização do pescado no atacado em Várzea
Grande e Cuiabá.
CoNEXão PEIXE NA ALIMENtAção ESCoLAR
organização executora: CooPERAtIVA DoS PESCADoRES E ARtESãoS DE PAI ANDRé (CooRIMBAtá), VáRzEA GRANDE (Mt)
cadeia: LEItE apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 50
investiMento: R$ 933 MIL
objetivo: Estruturar o laticínio da Coopergrande para produzir e
comercializar queijo muçarela em Várzea Grande e região.
resultados: o grupo adquiriu novos equipamentos, um caminhão
e reformou o laticínio. Foi obtido o selo do Serviço de Inspeção
Federal (SIF) para operação. os cooperados receberam capacitações
para aprimoramento de todos os processos, desde a produção até a
logística e comercialização.
REDE LEItEIRA DA BAIXADA CuIABANA
organização executora: CooPERAtIVA AGRoPECuáRIA VARzEAGRANDENSE (CooPERGRANDE), VáRzEA GRANDE (Mt
cadeia: hoRtIFRútI apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2016 FaMílias BeneFiciadas: 15
investiMento: R$ 194 MIL
objetivo: Conquistar a diversificação da matriz econômica
do assentamento, a partir da implementação de roças
agroecológicas de policultivo de 1 hectare por beneficiário, para
abastecimento das compras públicas e varejistas da região.
resultados: A organização implantou novo regimento interno,
iniciou a assistência técnica para o plantio e está melhorando
processos internos de gestão.
RESGAtANDo o SIStEMA DE PoLICuLtuRA
organização executora: ASSoCIAção DE PRoDutoRES DA AGRICuLtuRA FAMILIAR Do ASSENtAMENto CAEté (CEIBA), DIAMANtINo (Mt)
objetivo: Instalar uma fábrica para
produção de biscoitos e bolos
utilizando receitas tradicionais
trazidas da Alemanha pelos primeiros
colonizadores da região.
resultados: o grupo concluiu a
instalação da fábrica para produção
de biscoitos e bolos. Eles passaram
por diversas capacitações para
qualificação do produto e de gestão e
já comercializam.
cadeia: hoRtIFRútI
apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2015
FaMílias BeneFiciadas: 15
investiMento: R$ 396 MIL
organização executora: ASSoCIAção DE MãES NoSSA SENhoRA DE LuRDES, VIDAL RAMoS (SC)
FáBRICA DE BISCoItoS
37
cadeia: APICuLtuRA apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2015 FaMílias BeneFiciadas: 26
investiMento: R$ 214 MIL
objetivo: Profissionalizar a atividade por meio da capacitação dos
produtores, da otimização da colheita do mel e da organização da
produção.
resultados: o grupo reformou o entreposto e adquiriu mais colmeias
e abelhas, melhorando a produtividade. Além disso, tem investido em
capacitações e trabalha na divulgação da associação em feiras regionais.
PRoFISSIoNALIzAção DA APICuLtuRA DE VIDAL RAMoS
organização executora: ASSoCIAção DE APICuLtoRES DE VIDAL RAMoS, VIDAL RAMoS (SC)
cadeia: hoRtIFRútI apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 38
investiMento: R$ 960 MIL
objetivo: A construção de um galpão de pré-beneficiamento de
produtos in natura, produzidos pela comunidade.
resultados: A construção do galpão foi concluída. o grupo está
recebendo capacitações para o processo industrial e trabalhando na
implantação de práticas agroecológicas no cultivo.
NoVoS RuMoS PARA NoVoS tEMPoS
organização executora: ASSoCIAção DoS PEquENoS PRoDutoRES RuRAIS DE tAquARI, ALCoBAçA (BA)
cadeia: FARINhA DE MANDIoCA apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 31
investiMento: R$ 535 MIL
objetivo: Potencializar a cadeia de produção de farinha de mandioca,
por meio da construção de uma unidade de empacotamento.
resultados: Com o apoio do ReDes, o grupo se formalizou como
cooperativa, adequou a estrutura da unidade de produção e
instaurou um processo de fornecimento para programas de compras
públicas (PAA e PNAE).
MANDIoCA: PRoDução E CoMERCIALIzAção DA FARINhA
organização executora: ASSoCIAção DoS PEquENoS PRoDutoRES Do PRoJEto CoNStELAção, ALCoBAçA (BA)
pr
ojeto
s de a
ba
steciem
nto
alim
enta
r
áGuAS quE BRotAM EM NoVo DEStINo
cadeia: hoRtIFRútI apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013
FaMílias BeneFiciadas: 27
investiMento: R$ 966 MIL
organização executora: ASSoCIAção DoS PEquENoS AGRICuLtoRES RuRAIS NoVo DEStINo, ALCoBAçA (BA)
objetivo: o projeto prevê a construção
de um galpão de pré-beneficiamento
de produtos in natura, produzidos pela
comunidade.
resultados: o grupo adquiriu
implementos agrícolas e passou
a utilizar práticas agroecológicas
no processo de cultivo. Além do
desenvolvimento técnico, a construção
do galpão para o beneficiamento da
produção foi concluída.
FoRtALECENDo uMA NoVA RuRALIDADE
objetivo: Implantar uma fábrica
de polpa de frutas, pães, bolos e
biscoitos para melhorar qualidade
e padronização dos produtos,
potencializando as vendas e aumento
de renda para a comunidade.
resultados: A fábrica foi construída
e os produtores estão trabalhando
de forma articulada para atender
PNAE e PAA. um dos diferenciais para
o desenvolvimento do grupo é a
assistência técnica rural para todos os
associados.
cadeia: hoRtIFRútI E PANIFICADoS
apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013
FaMílias BeneFiciadas: 26
investiMento: R$ 829 MIL
organização executora: ASSoCIAção DE AGRICuLtoRES Do CóRREGo JuERANA 1 E ARREDoRES (AFAGIR), São MAtEuS (ES)
38FoRtALECIMENto DA CADEIA
PRoDutIVA AGRíCoLA
objetivo: o projeto prevê a construção
de um galpão de pré-beneficiamento
de produtos in natura, produzidos pela
comunidade.
resultados: A associação conseguiu
implantar práticas agroecológicas em
todo o processo de produção. Finalizou
a construção do galpão para beneficiar
os produtos que vêm do campo.
cadeia: hoRtIFRútI
apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013
FaMílias BeneFiciadas: 52
investiMento: R$ 1.055 MIL
organização executora: ASSoCIAção quILoMBoLA DE RIo Do SuL, NoVA VIçoSA (BA)
cadeia: hoRtIFRútI apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 35
investiMento: R$ 775 MIL
objetivo: o projeto prevê a construção de um galpão de pré-
beneficiamento de produtos in natura, produzidos pela comunidade.
resultados: o grupo implantou práticas agroecológicas no processo de
cultivo e garantiu a assinatura de dois contratos de fornecimento para
programas de compras públicas (PAA/PNAE). A construção do galpão
para beneficiamento desses produtos foi concluída.
DA RoçA à MESA
organização executora: ASSoCIAção DE APICuLtoRES E PRoDutoRES RuRAIS, CARAVELAS (BA)
cadeia: hoRtIFRútI apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 24
investiMento: R$ 899 MIL
objetivo: o projeto prevê a construção de um galpão de pré-
beneficiamento de produtos in natura, produzidos pela comunidade.
resultados: Implantação de práticas agroecológicas no processo
de cultivo e a assinatura de dois contratos para fornecimento a
programas de compras públicas (PAA/PNAE). A construção do galpão
para beneficiamento dos produtos vindos do campo foi finalizada.
DESENVoLVIMENto, FoRçA E uNIão
organização executora: ASSoCIAção DoS PRoDutoRES RuRAIS DA CoMuNIDADE RIBEIRão, ALCoBAçA (BA)
cadeia: hoRtIFRútI apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 47
investiMento: R$ 1.278 MIL
objetivo: o projeto prevê a construção de um galpão de pré-
beneficiamento de produtos in natura, produzidos pela comunidade.
resultados: os associados já iniciaram o cultivo e a implantação de
práticas agroecológicas no processo de produção. A construção do
galpão para beneficiamento dos produtos que vem da agricultura
familiar foi concluído.
VoLtA A CRESCER
organização executora: ASSoCIAção PEquENoS PRoDutoRES RuRAIS DE VoLtA MIúDA, CARAVELAS (BA)
LAtICíNIoS DE ARAPuá
cadeia: LEItE apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013
FaMílias BeneFiciadas: 28
investiMento: R$ 995 MIL
organização executora: CENtRAL RuRAL ARAPuá, tRêS LAGoAS (MS)
objetivo: Construção de um
minilaticínio com máquinas,
equipamentos e licenças para
beneficiamento de leite.
resultados: o grupo formalizou
a cooperativa e construiu um
laticínio. Parceria com o Sebrae
e o IBS (Instituto BioSistêmico)
está garantindo acesso a novas
tecnologias e melhores técnicas
produtivas.
39
pr
ojeto
s de a
ba
steciem
nto
alim
enta
r
cadeia: LEItE apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2015 FaMílias BeneFiciadas: 90
investiMento: R$ 1.084 MIL
objetivo: Promover a melhoria do manejo das pastagens, com
implantação de rotação de áreas, e da produção de mandioca,
plantando variedades resistentes às condições climáticas da região.
resultados: o projeto foi iniciado com a aquisição de insumos,
equipamentos e implementos agrícolas. os beneficiados estão
participando de capacitações e firmando novas parcerias.
INtEGRAção LEItE E MANDIoCA AMPLIAção Do CuLtIVo DE PEIXES EM tANquES-REDE
objetivo: Renovar a licença ambiental,
ampliar número de tanques-redes
para cultivo de tilápias e promover
capacitações (beneficiamento,
administração e vendas).
resultados: A sede da associação
passou por reforma e estão sendo
realizadas capacitações com foco
em administração e vendas. Foram
vencedores do 8º Prêmio Caixa de
Melhores Práticas em Gestão Local.
cadeia: PESCA
apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013
FaMílias BeneFiciadas: 34
investiMento: R$ 619 MIL
organização executora: ASSoCIAção DoS PESCADoRES DE São MAtEuS (APESAM), São MAtEuS (ES)
MAIS MEL
objetivo: Comprar equipamentos,
capacitar os apicultores para utilizar
o entreposto e ampliar a produção
de mel.
resultados: o negócio finalizou a
construção de novo prédio para
possibilitar o aumento da produção.
os apicultores ainda estão passando
por capacitações para obter
melhorias no processo de produção
e comercialização.
cadeia: APICuLtuRA
apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013
FaMílias BeneFiciadas: 14
investiMento: R$ 623 MIL
organização executora: ASSoCIAção BRASILANDENSE DE APICuLtoRES (ABA), BRASILâNDIA (MS)
organização executora: ASSoCIAção DE PEquENoS PRoDutoRES RuRAIS Do PEDRA BoNItA, BRASILâNDIA (MS)
cadeia: PESCA apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 35
investiMento: R$ 1.537 MIL
objetivo: Promover obras de adequação no entreposto já existente,
adequações de ordens técnicas na produção e sanitárias para
melhorar a produção de tilápias em tanques rede.
resultados: o grupo formalizou a cooperativa, obteve as licenças
dos tanques-redes e conseguiu melhorias na governança. Foi
realizado um estudo de abastecimento do entreposto e obras para
adequação das instalações.
ENtREPoSto DE PESCADoS JuPIá
organização executora: CoLôNIA DoS PESCADoRES PRoFISSIoNAIS z-03, tRêS LAGoAS (MS)
cadeia: APICuLtuRA apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 19
investiMento: R$ 659 MIL
objetivo: Construção da Casa do Mel e aquisição de maquinários
para extração e envase de mel com certificação orgânica e
rastreabilidade.
resultados: o grupo finalizou a construção da Casa do Mel e, com
todas as licenças obtidas, os apicultores estão trabalhando para a
diversificação dos produtos para venda e melhorias na produção e
comercialização na região
CAMINhoS Do MEL
organização executora: ASSoCIAção tRESLAGoENSE DE APICuLtoRES (AtLA), tRêS LAGoAS (MS)
40
Nessa linha de ação, o ReDes atua especialmente na melhoria do processo de comercialização e no esforço de ampliação do acesso ao mercado. 14 negócios se encaixam nesse perfil e são bem variados: vão desde serviços de venda de flores e sementes, passando por negócios no segmento de costura, beneficiamento de castanhas, até o aluguel de tratores e outros maquinários essenciais para serviços rurais.
comércio e serviços
São 285 famílias beneficiadas pelo investimento feito nessa linha de
ação. Aqui as capacitações e adequações ambientais e sanitárias fazem
a diferença para atender todas as demandas dos clientes e isso inclui
o cuidado com atendimento, o desenvolvimento das embalagens (no
caso dos pães e das castanhas, informações como valores nutricionais
e manuseio dos alimentos são exigidas por lei) e a logística de entrega e
abastecimento.
Nesses casos, o planejamento requer muita atenção pois envolve
diferentes fornecedores para oferecer as matérias-primas que irão
compor o produto. As 16 mulheres participantes do Sabores da Fazenda,
negócio de Niquelândia (go), precisam estar sempre atentas ao estoque
e preferem comprar nos mercados da região. já as castanhas in natura
que abastecem a cooperativa de Beneficiários de castanha de carrilho
(coobec), em Itabaiana (SE), vêm de outros estados e não podem faltar
para não prejudicar as entregas. Toda a economia local e regional acaba
sendo movimentada com esses empreendimentos.
41
comércio e serviços
“com o ReDes tivemos
que pensar na nossa marca.
Primeiro pensamos em Delícias
da Fazenda, mas já havia outros
empreendimentos com esse nome.
Acabou ficando Sabores da Fazenda,
que combina com a gente, com
o que oferecemos na cidade.
Nós passamos com o caminhão
pela cidade e as pessoas param e
querem nossos produtos. Melhorou
muito a vida das cooperadas, de
todos que nos cercam porque
valorizamos nossas origens, a nossa
história.“Edivânia Ribeiro Espíndola, Sabores da Fazenda, de Niquelândia (Go)
14coMÉRcIo E SERVIçoS
42
objetivo: oferecer à comunidade autonomia no sistema de beneficiamento
da castanha por meio da mecanização e otimização de processos.
resultados: A construção da sede e o maquinário adequado melhoraram
as condições de trabalho. Com capacitações, diversificação de produtos,
construção da marca e embalagens, eles conquistaram contratos com hotéis,
redes de supermercado e outros clientes em Sergipe, Bahia e Alagoas.
cadeia: CAStANhAS apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 25
investiMento: R$ 1.055 MIL
organização executora: ASSoCIAção DoS BENEFICIADoRES E VENDEDoRAS DE CAStANhA CARRILho, ItABAIANA (SE)
objetivo: Implementar o plantio de flores e folhagens para
comercialização de mudas, hastes e buquês para decoração.
resultados: o grupo recebeu capacitações, adotou práticas sustentáveis na
operação e, com identidade visual própria, conquistou mercado na região.
cadeia: SEMENtES apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 15
investiMento: R$ 921 MIL
organização executora: CooPERAtIVA DE PRoDutoRES DE FLoRES Do PoVoADo oItEIRo Do CAPIM (CooFLoR), ItABAIANA (SE)
objetivo: Consolidar a cooperativa a partir da estruturação da
produção e comercialização do seu principal produto, o biscoito, e da
profissionalização de serviços de coffee break.
resultados: Após a reforma, as cooperadas passaram a trabalhar em uma
cozinha equipada com novo maquinário. A cartela de produtos cresceu e
ganhou em qualidade e padronização, conquistando mais clientes.
cadeia: PANIFICADoS apoio: VotoRANtIM MEtAIS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 9
investiMento: R$ 369 MIL
organização executora: CooPERAtIVA VItóRIA DAS MARIAS PRoDutoS CASEIRoS E MANuFAtuRADoS, tRêS MARIAS (MG)
objetivo: Construção da sede, aquisição
de máquinas de costura especiais e
capacitação para apoiar a busca de clientes.
resultados: o grupo se formalizou como
associação e, durante a construção da
unidade de costura, se capacitou em gestão,
produção e vendas.
ano de contratação: 2016
cadeia: ARtESANAtoFaMílias BeneFiciadas: 23
apoio: VotoRANtIM MEtAIS
investiMento: R$ 300 MIL
organização executora: ASSoCIAção DoS ARtESãoS E PRoDutoRES CASEIRoS DE FoRtALEzA DE MINAS – ASSoCIARt, FoRtALEzA DE MINAS (MG)
cadeia: SERVIçoS apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2015 FaMílias BeneFiciadas: 20
investiMento: R$ 344 MIL
organização executora: CooPERAtIVA DoS tRABALhADoRES RuRAIS E AGRICuLtoRES DA CoMuNIDADE quILoMBoLA Do CóRREGo DE São DoMINGoS, CoNCEIção DA BARRA (ES)
objetivo: Expandir a carteira de clientes dos serviços para preparo do solo.
Capacitar a comunidade quilombola do Córrego de São Domingos para
manejo da terra e recuperação de florestas.
resultados: o grupo iniciou as capacitações e adquiriu um ônibus. Essa
aquisição já está contribuindo para ampliação da renda dos beneficiários.
ItACAStANhA
oItEIRo DAS FLoRES
CRESCER MARIAS
AGuLhAS DE ouRo
GERAção DE RENDA E RESGAtE DE CIDADANIA
AGRoINDúStRIA DE GELEIAS E DoCES DE FRutAS
objetivo: Reduzir a perda de frutas em
pequenas propriedades no Molungu, Alto
Vale do Itajaí, produzindo geleias e doces.
resultados: A agroindústria foi inaugurada
e o grupo está passando por capacitações e
consultorias em gestão e em parcerias.
cadeia: DoCES E GELEIAS apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2015
FaMílias BeneFiciadas: 10
investiMento: R$ 287 MIL
organização executora: ASSoCIAção DE AGRotuRISMo DoCE ACoLhIDA, VIDAL RAMoS (SC)
objetivo: Atuar com mulheres na produção
de alimentos a partir da sua capacitação e
construção de uma cozinha industrial.
Destinar produção a clientes institucionais.
resultados: o grupo está iniciando a
construção da agroindústria, participando
das capacitações e buscando parcerias.
cadeia: PANIFICADoS
apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2015
FaMílias BeneFiciadas: 18
investiMento: R$ 409 MIL
organização executora: ASSoCIAção Do GRuPo DE MuLhERES PRoDutoRAS Do ASSENtAMENto CoNtAGEM, FERCAL (DF)
FLoRES Do PA CoNtAGEM
43
pr
ojeto
s de c
om
éric
io e ser
viç
os
cadeia: ARtESANAto
objetivo: Reduzir custos e aumentar a
produtividade das unidades agrícolas
familiares pela locação de maquinas agrícolas.
resultados: Compra de dois tratores e imple-
mentos agrícolas, além da criação de meios de
gestão para aluguel desse maquinário.
ano de contratação: 2013cadeia: SERVIçoSFaMílias BeneFiciadas: 161
apoio: CoMPANhIA BRASILEIRA DE ALuMíNIo - CBA
investiMento: R$ 348 MIL
organização executora: CENtRAL DE ASSoCIAçõES DoS MINI E PEquENoS PRoDutoRES RuRAIS DE NIquELâNDIA (CAMPRuN), NIquELâNDIA (Go)
objetivo: Fomentar a capacidade associativista
das mulheres. Ampliar a produção e venda de
panificados. Ser referência na comunidade.
resultados: Conquistaram a sede, maquinário
e veículo para distribuição. A produção
supera 400 kg/dia e vai para merenda escolar
e supermercados. Aumento da renda em
mais de 100% em relação ao início do projeto.
ano de contratação: 2013
cadeia: SERVIçoSFaMílias BeneFiciadas: 16
apoio: CoMPANhIA BRASILEIRA DE ALuMíNIo - CBA
investiMento: R$ 290 MIL
organização executora: ASSoCIAção PRoDutoRES RuRAIS DA REGIão Do CRIMINoSo, NIquELâNDIA (Go)
objetivo: Estruturar uma oficina de costura para atuar com
capacitação de costureiras, aumentar a produtividade, melhorar a
qualidade dos produtos e desenvolver novas peças.
resultados: o grupo passou por diversas capacitações, desenvolveu
o design da marca, adquiriu maquinário novo e tem parceria
com lojas locais, participando regularmente das feiras de artesanato.
cadeia: CoStuRA apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2015 FaMílias BeneFiciadas: 6investiMento: R$ 151 MIL
organização executora: ASSoCIAção Do BAIRRo DE EuCLIDELâNDIA, CANtAGALo (RJ)
objetivo: Implantar uma oficina para manutenção e restauração de
embarcações. A expectativa é apoiar a comunidade na manutenção das
embarcações de acordo com os padrões exigidos pela Marinha do Brasil.
resultados: o grupo iniciou o processo para construção da oficina,
participando de capacitações e firmando parcerias com agentes locais.
cadeia: SERVIçoS apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2016 FaMílias BeneFiciadas: 180
investiMento: R$ 131 MIL
organização executora: CoLôNIA DE PESCADoRES z-29, NoVA VIçoSA (BA)
objetivo: Construir um viveiro de mudas frutíferas e nativas para gerar
renda e desenvolvimento local fornecendo mudas aos beneficiários.
resultados: o viveiro foi inaugurado e o grupo está se fortalecendo com
capacitações técnicas em planejamento, ferramentas de gestão e para
ampliação de conhecimento do mercado.
cadeia: MuDAS apoio: FIBRIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 23
investiMento: R$ 318 MIL
organização executora: ASSoCIAção DoS AGRICuLtoRES FAMILIARES Do ASSENtAMENto 20 DE MARço, tRêS LAGoAS (MS)
EMPREENDIMENto CoMuNItáRIo SABoRES DA FAzENDA
objetivo: Construção de sede e
reorganização visando profissionalização,
produtividade e geração de renda
para as mulheres.
resultados: Com a nova sede, houve
avanços na precificação, além da expansão
da carteira de clientes e da renda.
ano de contratação: 2013
cadeia: CoStuRAFaMílias BeneFiciadas: 10
apoio: VotoRANtIM MEtAIS
investiMento: R$ 331 MIL
organização executora: CooPERAtIVA CoStuREIRAS BoRDADEIRAS (CooPERMoDA), tRêS MARIAS (MG)
tRêS MARIAS EM EStAMPA
CENtRAL DE SERVIçoS à AGRICuLtuRA FAMILIAR CoStuRANDo o FutuRo
EMBARCAção RENoVADA
PRoDuzINDo FRutoS E ARBoRIzANDo A REGIão
cadeia: DoCES E GELEIAS
apoio: CoMPANhIA BRASILEIRA DE ALuMíNIo - CBA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 22
investiMento: R$ 443 MIL
objetivo: Inserir as mulheres no mercado de produção e
comercialização agroindustrial por meio do fornecimento de vegetais
e produtos beneficiados (polpa de frutas, geleias, conservas).
resultados: A construção de uma agroindústria comunitária, a organiza-
ção de hortas e aquisição de um caminhão contribuíram para aumentar
o número de clientes locais e o fornecimento para compras públicas.
AGRoINDúStRIA CoMuNItáRIA
organização executora: ASSoCIAção DAS MuLhERES Do RIo VERMELho (AMuRV), NIquELâNDIA (Go)apoio: VotoRANtIM
CIMENtoS
44
Três empreendimentos fazem parte dessa linha de ação. o foco aqui é fortalecer o patrimônio cultural local, com aprimoramento de técnicas e design dos produtos de artesanato, possibilitando que eles encantem consumidores de várias regiões do país. A valorização da matéria-prima local nesse processo também ganha destaque. Em dois exemplos dessa frente,negócios utilizam sementes e frutos da região que antes não eram considerados como algo rentável.
economia criativa
A cooperativa Multifuncional de Economia Solidária do Tocantins
(coomesol), composta pelos núcleos de Xambioá, Araguaína e Piraquê, no
estado do Tocantins, é um desses exemplos. Além do artesanato feito
com o coco babaçu, o grupo construiu com o apoio do ReDes uma fábrica
de óleo de babaçu, que é vendido para as indústrias de cosméticos e
culinária. Embora o babaçu seja tradicional na região, antes a planta era
vista como praga. Todo o projeto da fábrica foi inovador e sua construção
foi pensada especialmente para a coomesol, mas que pode ser replicável
em outras regiões.
Dentro dessa linha de ação, outro ponto que chama a atenção na
experiência do programa é a variedade de canais de vendas para as peças
artesanais. As mulheres do negócio XambiArt, também de Xambioá, no
Tocantins, vendem suas biojoias feitas com sementes da região por meio
do Facebook, site, feiras livres, lojas e hotéis. A resposta à divulgação feita
pela internet está sendo surpreendente para o grupo.
45
“começamos como projeto, mas
hoje nos vemos como um negócio.
Nós comercializamos, conseguimos
retorno financeiro e queremos ser
cada vez mais reconhecidas pelo
nosso trabalho. queremos que
a renda de todos os cooperados
melhore e que o grupo cresça.
o sonho é que o nome do nosso
município possa ser conhecido
não só no Brasil, mas no mundo.
Estamos vendendo peças que vão
para o japão, Espanha, Portugal. É
gratificante ver que estamos indo
tão longe.“Marivalda Martins Borges, XambiArt, Xambioá (to)
3EcoNoMIIA cRIATIVA
Esse é um modelo de economia que valoriza e promove a cultura, a tecnologia
e a criatividade e tem despontado no país e no mundo, promovendo mudanças
significativas no desenvolvimento de muitos territórios. Pesquisas apontam que,
mundialmente, esse setor movimenta cerca de uS$ 8 trilhões por ano, o que
representa de 8% a 10% do PIB (Produto Interno Bruto) global. No Brasil, segundo
dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), somente em 2010 os
segmentos criativos contribuíram com R$ 104 bilhões, o que significa 2,84% do PIB.
A FoRçA DA EcoNoMIA cRIATIVA
46
47
pr
ojeto
s de ec
on
om
ia c
riatiVa
objetivo: Fortalecer a cadeia produtiva do babaçu por meio do
artesanato e o processamento para a obtenção do óleo.
resultados: os três núcleos para produção de artesanato (Piraquê,
Araguaína e Xambioá) estão funcionando e comercializando na
região. Foram realizadas capacitações em gestão, governança e boas
práticas para garantir o desenvolvimento desses grupos. A fábrica de
óleo de babaçu, em Xambioá, foi construída. o projeto da fábrica foi
inovador e sua construção e aquisição do maquinário foram pensados
especialmente para a Coomesol (pode ser replicável em outras regiões).
cadeia: ARtESANAto apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 45
investiMento: R$ 750 MIL
INCLuSão SoCIoPRoDutIVA DE MuLhERES NA ECoSoL
organização executora: CooPERAtIVA MuLtIFuNCIoNAL DE ECoNoMIA SoLIDáRIA Do toCANtINS (CooMESoL), XAMBIoá, ARAGuAINA E PIRAquê (to)
objetivo: Realizar a capacitação social e profissional de mulheres
moradoras do setor Alto Bonito para a produção de biojoias, utilizando
sementes da região, criando uma oficina comunitária.
resultados: o empreendimento passou por uma série de capacitações
para melhorar gestão, governança e processos da linha de produção.
Conquistou novos mercados para venda das peças fora de Xambioá e
fornece para 12 lojas. o grupo utiliza a internet como canal de vendas,
além de participar de feiras de abrangência regional e nacional. o
negócio Xambiart foi reconhecido pelo prêmio Boas Práticas de
Economia Solidária do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social (BNDES) em 2015.
cadeia: ARtESANAto apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 14
investiMento: R$ 453 MIL
XAMBIARt – oFICINA DE BIoJoIAS
organização executora: ASSoCIAção DoS MoRADoRES Do ALto BoNIto, XAMBIoá (to)
objetivo: Valorizar a produção conectada com a cultura local nobrense,
oferecendo produtos atrativos da economia criativa para turistas. Com
foco na capacitação dos associados e a reforma do escritório e do ateliê.
resultados: o grupo adquiriu novo maquinário, recebeu capacitações
e reformou a loja e o escritório da associação. o ateliê para o
desenvolvimento de coletivos de artesanato foi construído e a associação
está buscando fortalecer parcerias públicas e privadas na região.
cadeia: ARtESANAto apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 16
investiMento: R$ 158 MIL
CASA Do ARtESANAto
organização executora: ASSoCIAção NoBRENSE DE CuLtuRA E ARtES (ANCA), NoBRES (Go)
48
Nessa frente, o programa apoia cooperativas e associações de catadores de materiais recicláveis, colaborando para a estruturação do setor e para a criação de canais de prestação de serviços. São três negócios que estão em processo de fortalecimento da gestão, articulação de parcerias e aprimoramento da visão de mercado, por meio de capacitações e de melhorias dos locais de produção.
reciclagem
um ponto importante dessa linha de ação é que os negócios de
reciclagem se desenvolvem a partir das relações que constroem com a
comunidade, o poder público e as empresas locais. Esses são alguns dos
pilares que compõem a base da Política Nacional de Resíduos Sólidos e do
ReDes, que vem estimular a instrumentalização da política pública.
A Associação curvelana catadores de Recicláveis, de curvelo, em
Minas gerais, é um exemplo de parceria com o poder público. com a
revitalização do galpão, além das novas máquinas e de um caminhão,
o grupo conseguiu garantir com a prefeitura a coleta de resíduos em
eventos da cidade, além do atendimento a 18 bairros. No Mato grosso, os
catadores da Adequação da coleta Seletiva de Várzea grande (Asscavag) se
tornaram a primeira associação 100% regularizada do estado. Isso rendeu
boas parcerias, que ajudaram na compra de um caminhão e no apoio de
25 empresas para fornecimento de resíduos recicláveis.
os negócios dessa linha de ação foram os primeiros do ReDes que
começaram a gerar renda e representam um salto na qualidade de
vida dos beneficiários por se tratar de uma mudança estrutural: muitos
catadores, dentro das 51 famílias beneficiadas, saíram das ruas ou de
condições precárias de coleta para um lugar adequado, seguro e com
preocupação em prover educação (existem programas de alfabetização
em alguns projetos) e qualidade de vida.
49
“Estamos crescendo, e ainda
temos pontos para melhorar. Nossa
atenção agora está voltada para
educação ambiental. As pessoas
precisam saber mais da importância
de separar o lixo reciclável. Parece
que não, mas isso ajuda muito para
a realização do trabalho de todos
os grupos que trabalham nesse
setor.“Rosilene dos Santos, Associação Curvelana Catadores de Recicláveis (MG)
3REcIclAgEM
A PNRS foi instituída em 2010 e trouxe uma série de princípios, objetivos e diretrizes
que, em seu conjunto, colocam o país em condições de enfrentar o desafio de
organizar a gestão dos resíduos sólidos e a destinação adequada dos rejeitos. Sua
aplicação ainda enfrenta desafios, porque para funcionar necessita de uma sinergia
entre poder público, iniciativa privada e comunidade – entrando nessa categoria
produtores de resíduos e catadores.
A grande questão da PNRS é agregar esses atores e trabalhar com a cadeia informal que
já está estabelecida e instalada no Brasil. A PNRS, além de olhar para a questão ambiental,
também tem vistas para o desenvolvimento social e qualificação da gestão pública. Afinal,
constitucionalmente, é o poder público municipal que deve dar condições e viabilizar
oportunidades de inclusão e geração de renda neste setor, com cuidado e prezando pela
qualidade dos serviços. A PNRS permite conscientizar, pensar no papel socioambiental do
catador e na logística reversa.
PolíTIcA NAcIoNAl DE RESíDuoS SólIDoS
50
51
pr
ojeto
s de r
eCIC
LAG
eM
objetivo: Gerar emprego e renda para os cooperados, a partir da
compra de equipamentos, implantação de processos de gestão,
definição e divulgação de rota de coleta seletiva no município.
resultados: o grupo já passou por capacitações em gestão e processos
internos, e está articulando parcerias com agentes locais para
aumentar o volume coletado. A cooperativa também está adquirindo
novos equipamentos para o galpão.
cadeia: RECICLAGEM apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2015 FaMílias BeneFiciadas: 16
investiMento: R$ 430 MIL
REVIRAVoLtA
organização executora: CooPERAtIVA DoS AGENtES AutôNoMoS DE RECICLAGEM DE NoSSA SENhoRA Do SoCoRR0, NoSSA SENhoRA Do SoCoRRo (SE)
objetivo: Estruturar e consolidar a Asccare, gerando trabalho, renda
e inclusão social, por meio da reciclagem advinda da coleta seletiva
municipal e da conscientização ambiental da população local.
resultados: Desde a chegada do ReDes, foram realizadas capacitações,
revitalização do galpão e compra de novas máquinas, garantindo
melhorias na gestão e segurança no local de trabalho. A aquisição
de um caminhão e a execução de um planejamento de rotas contribuiu
para o aumento no volume coletado. A parceria com a prefeitura
garantiu a coleta de resíduos em eventos da cidade, além dos 18
bairros que já atendem.
cadeia: RECICLAGEM apoio: VotoRANtIM SIDERuRGIA
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 14
investiMento: R$ 899 MIL
RECICLASCCARE
organização executora: ASSoCIAção CuRVELANA CAtADoRES DE RECICLáVEIS, CuRVELo (MG)
objetivo: Estruturar uma central de triagem de resíduos licenciada
ambientalmente com caminhão e equipamentos para realizar a coleta
seletiva em Várzea Grande e Cuiabá.
resultados: o galpão foi revitalizado, garantindo higiene no processo
e segurança aos associados. Com melhorias, a Asscavag se tornou a
primeira associação de catadores 100% regularizada do estado. As
orientações renderam bons contatos que ajudaram na compra de um
caminhão e na parceria com 25 empresas para fornecimento de resíduos.
cadeia: RECICLAGEM apoio: VotoRANtIM CIMENtoS
ano de contratação: 2013 FaMílias BeneFiciadas: 25investiMento: R$ 722 MIL
ADEquAção DA CoLEtA SELEtIVA DE VáRzEA GRANDE
organização executora: ADEquAção DA CoLEtA SELEtIVA DE VáRzEA GRANDE (ASSCAVAG), VáRzEA GRANDE
Para mais informações sobre o Programa ReDes, acesse:
www.programaredes.org.br ou www.facebook.com/institutovotorantim
Apoio