Programas de PCMAT adotados na Construção Civil - Análise de não conformidades

8/6/2019 Programas de PCMAT adotados na Construo Civil - Anlise de no conformidades

1/25

1 de25 Por que os Programas de PCMAT no so adotados na Construo Civil: LevantamentoEstatstico

Antonio Fernando de Arajo Navarro Pereira

Eng. Antonio Fernando Navarro Professor da Universidade

Federal Fluminense, Engenheiro de Segurana do Trabalho eEspecialista em Gesto de Riscos Industriais por mais de 30 anos,tendo atuado na rea de Qualidade, Segurana, Meio Ambiente eSade em empresa de grande porte na rea leo e Gs.

Por que os Programas de PCMAT no so adotados na Construo Civil:Levantamentos Estatsticos


2/25


Resumo:

A Indstria da Construo , seguramente, comparativamente s demais

atividades industriais, aquela onde os riscos abundam em quantidade e diversidade, expondosobremaneira os trabalhadores. Cobra-se muitas vezes das empresas atendimentos pontuais,quando a grande questo no essa, e sim, o do cumprimento legal, ou melhor, o atendimentointotum da legislao, que apenas explicita os quesitos mnimos.

No se pretende discutir neste artigo questes como: Cultura Organizacional,Ambientes de Trabalho Seguro, Polticas de Zero Acidentes, Prticas de SMS, Sistemas deGesto Integrada, Culturas Prevencionistas e outras, apesar dessas estarem intimamente

associadas e aderentes aos programas legais de proteo dos trabalhadores, apesar de reconhecer-se serem importantes tais conceitos, no s para a implantao de qualquer programa, mastambm para a solidificao do mesmo. Mister se faz destacar que o sucesso desses planos um processo que deve migrar de cima para baixo da pirmide gerencial da empresa, assim como de baixo para cima, ou seja, os movimentos devem se encontrar nas faixas gerenciais, para que osucesso se complete.

No se pode implantar, com sucesso, uma norma de segurana, se aorganizao e os trabalhadores no se encontram preparados para tal.

Dentre todos os programas de segurana o PCMAT, ou Programa deCondies e Meio Ambiente de Trabalho da Indstria da Construo, tambm conhecido como Norma Regulamentadora n 18, ou NR-18, pode ser considerado um dos mais completos e oucomplexos, visto legislar sobre inmeros temas atividades - abrangidos pela indstria daConstruo.

O fato de conter em sua nominao questes como Meio Ambiente e Indstriada Construo propiciou inmeros questionamentos, assim tambm o de conter regulamentos eobrigatoriedades acobertadas por normas mais especficas. Em funo disso, percebe-se quemuitas empresas de construo civil no se do conta da importncia da aplicao dos conceitosnele contidos, da mesma forma que no os aplicam corretamente.

Entre os anos de 2000 a 2008 avaliou-se mais de 600 documentos apresentados por empresas prestadoras de servios, em obras nos Estados de Santa Catarina, Paran, SoPaulo e Rio de Janeiro, extraindo dessas anlises uma srie de questionamentos, repassados aseguir.


3/25


Palavras-Chave: Regulamentos de Segurana, Normas de Segurana, Segurana do Trabalhador, NR-18

Resumen:

La industria de la construccin, sin duda, se compara con otras actividadesindustriales, uno donde abundan los riesgos en cantidad y diversidad, particularmente exponer alos trabajadores. Cobra es a menudo consultas ad hoc, las empresas cuando la gran pregunta esno y s, los aspectos jurdicos, cumplimiento o mejor, la asistencia en la legislacin de totum, queslo especifica los requisitos mnimos.

No se si desea discutir cuestiones de artculo como: cultura organizacional,entornos de seguridad en el trabajo, las polticas de cero accidentes, prcticas de SMS, integrado

de sistemas de gestin, Prevencionistas y otras culturas, aunque stos estn ntimamente ligadasy cumplimiento de programas legales para la proteccin de los trabajadores, aunque reconoceque importantes conceptos, no slo para la implementacin de cualquier programa, sino tambin para la solidificacin de la misma.

Mister resaltar que el xito de estos planes es un proceso que debe migrar dearriba a abajo de la empresa de gestin de la pirmide, as como de abajo arriba, es decir,movimientos deben reunirse en pistas gestin xito si completa. No se puede implementar, conxito, un estndar de seguridad, si su organizacin y sus empleados no estn dispuestos ahacerlo.

Entre todos los programas de seguridad PCMAT, o las condiciones del programa y medio ambiente de trabajo de la industria de la construccin, tambin conocidocomo estndar reglamentario n 18, o NR-18, puede considerarse uno de los ms amplio ycomplejo o visto a legislar sobre innumerables temas: las actividades comprendidas en laindustria de la construccin. Si se mantenga en sus cuestiones de nominacin como medioambiente y construccin tiene innumerables preguntas, as tambin contienen normas yobligaciones contempladas en las normas ms especficas. En consecuencia, muchas empresas deconstruccin no darse cuenta de la importancia de aplicar los conceptos contenidos en l, no seaplican correctamente.

Entre los aos 2000 a 2008 ha evaluado ms de 600 documentos presentados por empresas que prestan servicios, trabaja en los Estados de Santa Catarina, Paran, Sao Paulo yRo de Janeiro, extraer estos anlisis una serie de preguntas, figura a continuacin.


4/25


Palabras clave: las normas de seguridad, normas de seguridad, seguridad de los trabajadores, NR-18

1. INTRODUO:

Ao longo de nossas vidas, em algum momento iremos passar na frente de umaobra, ou quem sabe teremos uma obra em nossos lares. Ser que nessas atividades os operriossabem o que PCMAT? Ser que as empresas contratadas elaboraram o seu PCMA e ossubmeteram ao contratante dos servios?

O PCMAT ser que conhecido por todos? Inicialmente, o que um PCMAT?

O PCMAT, ou Programa de Condies e Meio Ambiente de Trabalho naIndstria da Construo, inserido no captulo 18.3, da Norma NR-18 Condies e MeioAmbiente de Trabalho na Indstria da Construo, publicado pela Portaria Ministerial n 3.214,de 08/06/1978, publicada no Dirio Oficial da Unio em 06/07/1978, um programaobrigatrio,que deve ser executado por profissional legalmente habilitado na rea de seguranado trabalho, entendendo-se como tal aquele que atende plenamente o disposto no sub item18.37.4, com o seguinte texto:

Para fins da aplicao desta NR, so considerados trabalhadores habilitados

aqueles que comprovem perante o empregador e a inspeo do trabalho uma

das seguintes condies:

a) capacitao, mediante curso especfico do sistema oficial de ensino;

b) capacitao, mediante curso especializado ministrado por centros de

treinamento e reconhecido pelo sistema oficial de ensino.

No item seguinte quando a norma trata da questo dos trabalhadoresqualificados, adiciona a exigncia desses terem que comprovar uma experincia em Carteira deTrabalho de pelo menos seis meses na funo.

Avelar e Duarte possuem uma definio peculiar sobre o que seja um programa: Programa um grupo de projetos relacionados entre si e coordenados de maneiraarticulada.


5/25


A gesto e o controle centralizados do conjunto de projetos facilitam aoperacionalizao de cada um e a manuteno da viso em conjunto dos seus objetivos.

Os programas podem ser estruturados de duas maneiras:

Pela fragmentao de uma ao muito abrangente em diversos projetos, gerenciados um aum de modo que, quando todos forem finalizados, realizem um plano geral.

Pelo agrupamento de muitos projetos executados em paralelo que acabam revelando algunsobjetivos comuns, de modo a criar resultados coordenados e convergentes.

A estrutura geral dos programas tem alguma similaridade com a dos projetos embora estejamfocados em objetivos mais amplos. No entanto, diferentes dos projetos, os programas noincluem aspectos operacionais e a descrio detalhada de atividades. Alm disso, podem

tambm envolver atividades cclicas, repetitivas e sua finalizao pode no prever datas precisas.

Alm disso, os programas, por inclurem maior nmero de variveis, so maiscomplexos e geram maior nmero de produtos que os projetos comportamentais envolvidos,tentando-se trazer luz informaes que possibilitem uma melhor compreenso do tema, no sequestionando, como se ver adiante, as causas ambientais e outras relacionadas a procedimentos,capacitaes, equipamentos ou ferramentas.

De modo geral, os programas dependem dos projetos a eles subordinados: so formalmentefinalizados apenas quando todos os projetos que incluem so completados.

(http://www.avellareduarte.com.br/projeto/conceitos/projeto/projeto_programaPortfolio.htm#ixzz1POhHlj5z)

Assim, pela definio apresentada, um Programa deve estar articulado comtodos os demais implementados na empresa, sob o risco de ser ineficaz, e aqui se tem o primeiro

problema, da ausncia de articulaes, ou conexes, importantes. No sub captulo 18.3.4 Documentos que integram o PCMAT a norma relacionao que deve constar minimamente do programa:a) memorial sobre condies e meio ambiente de trabalho nas atividades e operaes, levando-seem considerao riscos de acidentes e de doenas do trabalho e suas respectivas medidas preventivas; b) projeto de execuo das protees coletivas em conformidade com as etapas de execuo daobra;


6/25


c) especificao tcnica das protees coletivas e individuais a serem utilizadas;d) cronograma de implantao das medidas preventivas definidas no PCMAT;e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previso de dimensionamento dasreas de vivncia;

f) programa educativo contemplando a temtica de preveno de acidentes e doenas dotrabalho, com sua carga horria.

2. FORMULAO DA SITUAO PROBLEMA:

Todas as empresas que compem o rol daquelas classificadas como da

Indstria da Construo, desenvolvem suas atividades para ou na construo de um bem, que pode ser uma simples casa, ponte ou viaduto, tnel, porto ou per, prdio industrial, comercial ouresidencial, calada, lanamento de duto de gs sob uma rua, para a alimentao predial, enfim,uma empresa, que obtendo os insumos especficos, dos mais variados matizes, e com tecnologiae mo de obra apropriada, e segundo procedimentos regulamentares, os transforma em bens, paraos mais variados fins. Assim, existe a Indstria da Construo Civil, de Construo e Montagem,Metalrgica ou Siderrgica, entre outras tantas.

De comum h os perigos dessas transformaes ou dos manuseios. Muitos sedo com o emprego de temperaturas ou presses elevadas, outras, com o excessivo manuseio por pessoas, aqueles com repetitividade mpar, em resumo, apresentando situaes que no soaquelas nas quais o trabalhador encontra-se usualmente envolvido. Dos perigos surgem os riscos,alguns no to explcitos assim. Para cada uma dessas manifestaes podem ocorrer acidentes,abrangendo trabalhadores, meio ambiente, o prprio objeto do contrato ou terceiros (aqui osacidentes relativos a responsabilidades civis).

O legislador (Ministrio do Trabalho e Emprego), por meio de suas comissestcnicas, onde a FUNDACENTRO se situa, por exemplo, apresenta as condies mnimasnecessrias proteo do trabalhador, prioritariamente. Por serem normas que apresentamcondies mnimas, h espao para que as empresas possam desenvolver planos mais ambiciososde proteo.

Contudo, o que se observa, que nem o mnimo feito, no por todas asempresas, claro. Em algumas situaes contratuais, as exigncias suplantam em muito que


7/25


previsto em norma. Aqui surge o conflito, notadamente a que associa a relao custo deimplantao e implementao, com os benefcios auferidos.

Assim, entende-se ser aplicvel apresentar o resultado da anlise de nmeroexpressivo de laudos, e a relao que guardam entre si, sobretudo quando os vcuos de

atendimento se chocam com as medidas de preveno.Destarte o fato de que preveno tem conceito oposto do de correo, pelo fato

do primeiro apresentar caractersticas pr ativas, enquanto o segundo apenas registra asocorrncias.

3. OBJETIVO:

Apresentar os resultados das anlises documentais realizadas e de entrevistas,complementadas com visitas a obras, no perodo informado, com o objetivo de no s ressaltar os descumprimentos ou no conformidades mais comuns, assim como os impactos que esses poderiam causar s empresas.

4. METODOLOGIA:

A metodologia empregada no desenvolvimento deste artigo baseou-se naanlise crtica de 600 documentos emitidos por empresas de diversos portes e especificidades,tendo como elemento comum o fato de encontrarem-se atuando para construtora, seja atravs dofornecimento de equipamentos, instalaes, construes e projetos. No acompanhamento diriode uma obra de 5 pavimentos, com aproximadamente 6.000m de rea, e na entrevista com

aproximadamente 100 empregados, que trabalhavam para a obra acompanhada, que ser motivode exposio fotogrfica complementar.

O resultado foi transformado em planilhas especficas apresentadas por ocasioda discusso dos problemas.

5. REVISO BIBLIOGRFICA:


8/25


Riscos so todos os insucessos ocorridos em uma determinada fase ou poca e no de todoesperados. (Navarro 1996)

A partir dessa primeira abordagem ser estabelecida correlao entre osmtodos tradicionais de Gesto de Riscos, baseados em pesquisa, coleta de dados, anlises, etc.,a percepo, pura e simples, baseada nos sentimentos das pessoas, na sua informao anterior,nos seus medos e receios, nos seus comprometimentos, etc.

Mais uma vez entra em choque as aes dos seres humanos baseados em sua busca incessante pela modernidade a qualquer custo e os gravames abandonados nos colosdos indivduos que co-habitam os mesmos espaos. Mais uma vez cabe a reflexo sobre ofuturo ou o amanh. Projetos de hoje tm que levar em considerao o amanh, como nomuito distante.

Quando trata do impacto que os riscos relacionados s atividades de construocausam atividade seguradora, Navarro (1984) assim se expressava: Um dos problemas com osquais os tcnicos do Mercado Segurador se defrontam o da Anlise de Riscos, ou a Avaliaode Riscos, na construo civil, principalmente quanto aos seguros de Responsabilidade CivilGeral e Riscos de Engenharia.

Algumas vezes surgem perguntas dessa ordem: O que mais perigoso: Aconstruo de um viaduto ou a abertura de valas para assentamento de adutoras? O querepresenta maior risco: A abertura de galerias subterrneas ou o rebaixamento de lenis de guasubterrnea?

Em geral, as construes podem ser divididas em alguns grupos perfeitamente,distintos. Dentre eles destacamos:

Obras de arte especiais (portos, tuneis, viadutos, pontes); Obras de terra (muros de conteno, escavaes, aterros); Construes de edifcios; Obras ferrovirias e rodovirias; Obras martimas (cais, dolfins, "piers"; quebra-mar).

Para cada um destes grupos relacionados, entre outros, existe um grande,desenvolvimento de atividades, cada uma com suas particularidades. Alem do fato dasconstrues poderem ser grupadas para fins de estudo tambm o podem ser para divises detarefas e para a execuo. - A primeira diviso corresponde a infra-estrutura, ou a parte invisvel,


9/25


ou a parte inferior da estrutura. Esto includos na infra-estrutura os servios de escavao,rebaixamento de lenis freticos e fundaes.

A segunda diviso conhecida como mesoestrutura, ou estrutura intermediria. No caso de pontes e viadutos a parcela correspondente aos pilares. Em construes de edifcios

podemos dizer que a parte relativa ao esqueleto ou estrutura do prdio.Finalmente, a terceira e ultima parte denominada de superestrutura. Na construo de pontes eviadutos a parcela correspondente ao tabuleiro ou pista de rolamento. No nosso caso especificode edificaes, a superestrutura representa a complementao da estrutura do prdio (alvenaria,acabamento).

Para fins de anlise de riscos, podem-se dividir essas vrias fases e grupos emgraus de riscos. Esses graus de riscos podem envolver terceiros no interior da obra e fora da obra.

Em se tratando de anlise para fins de seguros, os que podem ser atingidos fora da obra merecemmaiores atenes....... Nas pesquisas realizadas durante inspees para a regulao de sinistros

percebeu-se que as ocorrncias diferenciavam-se em funo das atividades desenvolvidas, mas,com a peculiaridade de eventos causados por distintos fatores, exemplo das metodologias deanlise: Efeito Domin, Teoria do Queijo Suo. No geral, a possibi1idade de danos, em termos percentuais, relativa a cada etapa de trabalho, quanto ao risco de acidentes pode ser assimdistribuda:

Locao da obra 15%Escavaes 35%Fundaes diretas 40%Fundaes profundas 60%Estruturas pr-moldadas 50%Estrutura concretada "in situ" 45%Alvenaria 30%Acabamento 35%Servios de limpeza 25%

Tambm cabe esclarecer que nessa anlise, procurou-se comentar, de maneirasuperficial, os acidentes com maior incidncia (freqncia) na construo civil. Existe umainfindvel possibilidade de ocorrncias de acidentes no catalogadas, que mereciam estudos maiscuidadosos com fins de anlise de riscos.1

1 NAVARRO, A.F.. Anlise de Riscos na Construo Civil, Boletim Informativo da FENASEG, n. 783, ano XVI,PP 1 e 2, o8/10/1984, Rio de Janeiro/RJ


10/25

Por que os Programas de PEstatstico

Em anliseapresenta a associao entre ade ocorrncia de acidentes ass

A Tabela I

sinistros de imveis.

Quando os r o Homem ou suas reaes noseguir 3:

Tabela II Fatores Principais

Fatores Principais Fa

Fome MFal

Doena MUs

Drogadio Us

Pressa T

2 NAVARRO, A.F.. O Seguro e os28, maio/junho de 1986, PP 26/29,3 NAVARRO, A.F. et all. Preven

MAT no so adotados na Construo Ci

de riscos, quanto expectativa de perds caractersticas das obras e as perdas, bemociadas.Resultados das anlises, estabelecidas ap

scos so devidos ao comportamento humanambientes de trabalho, NAVARRO (2011)

Contributrios para a ocorrncia de acidente

ores Contributrios

alimentaota de alimentaol estar o de medicamentos que prejudiquem o equilbrio ou co de drogas que prejudiquem a compreenso ou dese

mino da jornada

Riscos do Construtor Consideraes, Revista Cadeio de JaneiroAmpla, Revista Proteo, Rio de Janeiro, n. 232, a.

10de25 vil: Levantamento

s, Navarro (1986)2 ,omo suas freqncias

a avaliao de 1.400

ou tendo como causaapresenta a tabela II a

ompreenso penho

r nos de Seguros, ano V, n.

XIV, abril 2011.


11/25


Trmino do servioFomeMal estar fsico ou emocionalPresso pelo trmino da atividadeJornadas excessivasSituaes anormais no ambiente do trabalho (proximidade do corte de

energia eltrica, necessidade imediata de ajustes ou reparos deequipamentos, interrupo momentnea de setor da empresa, etc..

Desateno

DoenaFomeMal estar fsico ou emocionalPossibilidade do time de futebol vir a ganhar ou perder logo maisExpectativa de receber algum telefonemaProblemas familiaresProblemas financeirosCondies fsicas do ambiente do trabalhoCondies ambientais adversas

Conversas excessivas ao redor Jornadas excessivas

Stress

DoenaFomeDemisses, corte de pessoas ou reduo das atividadesAmbiente do trabalhoRelacionamento interpessoal no trabalhoCondies ambientais adversasJornadas excessivasLocal escuro, mal iluminado ou excessivamente iluminadoPresso pela concluso das tarefasPresso pelas chefias ou colegas

Falta de treinamentoou capacitao

No realizao de treinamentoTreinamento mal transmitidoBaixa capacidade de assimilao

Falta de habilidadeCompreenso do treinamentoCompreenso da atividadeFalta de habilidade

Falta de conhecimento CulturaFormao escolar

Problemas

psicolgicos

Doenas / transtornos

Transtornos motivados por pressoFatores motivacionais

Problemas familiares Doenas em famliaPresses financeiras

Condies ambientaisadversas

FrioCalor UmidadeVibraoMovimentao de mquinas e equipamentos

Aspectos ergonmicos Posto de trabalho


12/25

12de25 Por que os Programas de PCMAT no so adotados na Construo Civil: LevantamentoEstatstico

Ambiente de trabalhoRudoFrio ou Calor VibraoInsolao excessivaFalta ou excesso de iluminaoConversas excessivas ao redor

Condies de trabalho (salubre, insalubre, penoso ou perigoso)Tabela elaborada por AFANP

II) Meio Ambiente

O PCMAT explicita a frase Meio Ambiente, quando se quer verdadeiramenteavaliar o ambiente do trabalho ou o ambiente que cerca o trabalhador. Com o estudo do ambiente

natural o conceito ficou to amplo que distorceu alguns conceitos. Que o Ambiente Naturalexerce influncia sobre as condies de trabalho isso inquestionvel. Mas, em um modelomenor, o ambiente do trabalho ainda o grande causador de problemas traduzidos que so por ocorrncias de acidentes. Inmeros so os fatores relativos ao meio que rodeia o trabalhador, ouest no seu entorno, que podem propiciar a ocorrncia de um acidente. Alguns desses so:

No indicao dos locais de riscos; No proteo dos locais de riscos; Trnsito de equipamentos ou veculos nas proximidades do local de trabalho; Realizao de atividades perigosas nas proximidades (cravao de estacas, execuo de

montagens industriais, realizao de soldas e corte, entre outras); Falta de visibilidade plena de todos os riscos no entorno; Local quente ou poeirento; Local desarrumado ou sujo; Baixa iluminao ou excesso de luminosidade.

III) Documentos que integram o PCMAT

Os documentos que integram um PCMAT, e que devem estar perfeitamenteinterligados e especficos s atividades desenvolvidas pela empresa so:

a) memorial sobre condies e meio ambiente de trabalho nas atividades e operaes,levando-se em considerao riscos de acidentes e de doenas do trabalho e suasrespectivas medidas preventivas;


13/25


b) projeto de execuo das protees coletivas em conformidade com as etapas de execuoda obra;

c) especificao tcnica das protees coletivas e individuais a serem utilizadas;d) cronograma de implantao das medidas preventivas definidas no PCMAT;

e) layout inicial do canteiro de obras, contemplando, inclusive, previso dedimensionamento das reas de vivncia;

f) programa educativo contemplando a temtica de preveno de acidentes e doenas dotrabalho, com sua carga horria.

Seguindo o que determina o Programa, avaliaram-se os documentos enviadosesclarecendo se os mesmos atendiam ao que a norma preconiza. O resultado a que se chegouencontra-se demonstrado em tabela a seguir.

Convm esclarecer que na obra que foi acompanhada diariamente por um perodo de 18 meses, durante o qual realizaram-se vrias entrevistas, todas abertas, sintetizadasno resultado apresentado na Tabela III:

Tabela III resultado das perguntas formuladas a 100 empregados, ao longo de 18 meses sobre aimportncia do PCMAT

Pergunta RespostaSimplificada% das

entrevistas

Voc sabe significado de PCMAT? No 100%Voc foi orientado pela sua empresa sobre as questes constantes doPCMAT? No 100%Voc teve alguma orientao de segurana dada pela sua empresa? Sim 20%A empresa forneceu a voc todos os EPIs? Sim 100%Voc cobrado pelo uso dos EPIs? Sim 40% Na sua opinio, entre a produo e o emprego dos EPIs o que maisimportante para sua empresa? Produo 70% Na sua opinio, para voc mais importante o emprego dos EPIs ou produzir? Uso dos EPIs 40%Voc foi orientado para empregar corretamente os EPIs? Sim 50%Voc se sente seguro ao executar suas atividades? No 60%Voc j sofreu acidente? No 80%Vov6e relatou seu acidente? No 90%Voc j presenciou algum acidente? Sim 60%

Tomando-se cerca de 600 documentos analisados, provenientes de empresasque apresentavam propostas de trabalho e que realizavam atividades de construo civil e deconstruo e montagens industriais, de 2000 a 2008, em atividades nos estados de SantaCatarina, Paran e So Paulo distribudos como a seguir, identificaram-se falhas de


14/25


preenchimento das informaes, seja atravs da omisso de dados, falta completa de dados oudados no condizentes com as atividades realizadas, tratadas como desvios. Na Tabela IIapresenta-se a origem das informaes obtidas de acordo com os municpios onde estavam sendorealizadas as atividades no se levantando a questo com base da origem da empresa.

Origem das informaes Construtoras de Obras civis e de instalao e montagem

Estado Cidade Qde de Dtos

Santa Catarina

Balnerio Cambori 22Bigua 21Blumenau 13Garuva 14Itaja 22Itapo 13 Navegantes 15So Francisco do Sul 65

Paran Araucria 105Paranagu 68So Paulo So Jos dos Campos 132

Rio de Janeiro Itabora 58Duque de Caxias 52Total 600

Tabela IV Resultados das anlises dos documentos apresentados pelas empresas contratadas

Desvios observados quanto a: Qde dedoctos %

Falta de memorial descritivo das atividades e riscos do trabalho 520 86,7Falta de projeto de protees coletivas 490 81,7Falta das especificaes tcnicas das protees coletivas e individuais 585 97,5Falta do cronograma de implantao do PCMAT 600 100,0Falta do layout do canteiro de obras e da locao das instalaes, equipamentosde maior risco e reas de risco

600 100.0

Falta de informao do programa de instrues coletivas e do contedo dessasinstrues

580 96,7

Documento com as aes contidas no cronograma desatualizas 90 15,0Falta ou determinao de periodicidade e forma de avaliao do PCMAT que noatenda as caractersticas da obra

570 95,0

Antecipao e reconhecimento dos riscos sem atender a maioria dos riscos 382 63,7Avaliao dos riscos e da exposio dos trabalhadores frgeis 270 45,0Inexistncia ou precariedade de cronograma de aes 537 89,5Descumprimento dos itens proibidos 460 76,7


15/25


Permisso que pessoas no capacitadas legalmente operam equipamentos,ferramentas e mquinas

361 60,2

Falta de periodicidade de verificao do atendimento legal qto a documentao 495 82,5Falhas na identificao dos riscos por ambiente de trabalho 484 80,7Falhas ou falta de monitoramento da exposio aos riscos 597 99,5Indisponibilidade do documento nas frentes de servios 600 100,0

Falta de manuteno e divulgao dos dados aos empregados e ou contratadas esubcontratadas 600 100,0Estabelecimento de prioridades e metas de avaliao e controle ineficazes 595 99,2Inexistncia de implantao de medidas de controle e avaliao de suas eficcias 600 600,0Inexistncia de metodologia de ao para a eliminao ou mitigao dos riscos 600 600,0Falta de texto legal, ou texto incompleto 595 99,2Falta de determinao das fontes geradoras de riscos 600 600,0Falta de profissionais qualificados para o atendimento aos trabalhos de maior risco

300 50,0

Origem AFANP 2011Os elevados percentuais de descumprimentos so devidos a fatores como:

a) Falta de compreenso por parte das empresas contratantes da importncia do documento mais de 70% dos casos

b) Falta de compreenso por parte das empresas contratadas da necessidade de elaboraodo documento mais de 80% dos casos

c) Falta de fiscalizao dos Contratantes e do Ministrio do Trabalho 100% dos casos No PCMAT a empresa deve estabelecer as providncias que ir tomar para o

aumento dos nveis de segurana dos trabalhadores. A Norma, em seu primeiro captulo diz: Esta Norma Regulamentadora - NR estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento ede organizao, que objetivam a implementao de medidas de controle e sistemas preventivosde segurana nos processos, nas condies e no meio ambiente de trabalho na Indstria daConstruo.

A primeira norma regulamentadora (NR-1), Matriz de todas as demais que seseguiram diz claramente que os riscos, em primeiro lugar devem ser eliminados. Se isso no for possvel, devem ser mitigados, podendo-se empregar equipamentos de proteo coletiva. Se

mesmo assim no for suficiente, os trabalhadores devem ser protegidos, com o fornecimento deequipamentos de proteo individual (EPIs) e a utilizao de protees especficas nosequipamentos, ferramentas e dispositivos com os quais o trabalhador possa ter contato.

Em uma anlise crtica nota-se que o risco antecede a ocorrncia do acidente.Sem o risco no h acidente. Para que o acidente se manifeste deve existir uma sucesso desituaes motivadoras, como:


16/25


Da mesma f

ocorrncia de um desvio, seg(ASA), Acidente com Afastamotivos ou razes dessas ocassociao como:

As caractertrabalho so bastante complenem sempre muito claras.

Houve poctrabalhador. Em outro momenachar-se um culpado. Assim, pouca coisa foi mudada. Muda quem atribuir-se a culpa.

Pode at paa de que, em no havendo uma um patamar mais seguro,tratava de grandes empreendi

Ao se deveriscos ladeados, com dezen barreiras de proteo especfi

Efetivamentquando essas so gerenciadocorrncia de acidentes. Tamlinguagem dita vulgar, seria prejudiciais para a segurana.


rma que se apresenta a seqncia das ocorr

indo de um incidente, passando para o Acidento (ACA) e Acidente Fatal, tem-se tamb

orrncias. Todo o perigo contempla riscos.

ticas e condies que conduzem a uma ocoas e quase sempre resultado da associao

em que o acidente tinha que ter um culpato a culpa era do empregador. Uma coisa, eenquanto no se voltavam os esforos nor-se, para que? Se todos j sabiam qual o fi

ecer uma afirmativa muito forte, mas a la tecnologia ou um plano de trabalho que coo acidente terminava sendo esperado, prinentos.esquecer que uma indstria da construs, centenas ou milhares de pessoas envoas.e, quando h um acmulo de atividades eas por pessoas distintas tem-se uma gram importante se ressaltar as intersees ea terra de ningum. Os excessos ou aEm todos os momentos os trabalhadores pr


ncias iniciando com a

ente sem Afastamentom que associ-los aosPode-se ilustrar essa

rrncia de acidente doe inmeras variveis,

o ou seja, o prpriotretanto, era comum sentido da preveno,al da histria, ou seja,

gica predominante eranduzisse as atividadescipalmente quando se

contempla inmeroslvidas, sem que haja

um mesmo local ede probabilidade de

ntre servios. Em umafalta de controle so

ecisam observar que o


17/25


processo de gesto foi implantado para proteg-los. Assim, devem contribuir para oaprimoramento do mesmo.

A cultura da organizao deve permear todos os processos de igual modo. Nose podem ter vrias culturas em uma mesma organizao, que sejam fruto das experincias

passadas de cada um dos gerentes ou encarregados. A cultura deve ser a mesma e deve ser entendida do mesmo modo, qualquer que seja a atividade ou o local onde essa se realize.

Foto do arquivo pessoal de AFANP, apresenta situao onde trabalhador sem supervisoencontra-se no interior de uma caixa separadora de gua leo amarrando as ferragens. Pela forma

como o trabalho estava sendo conduzido os riscos eram muito grandes para o trabalhador.Uma atividade como a desenvolvida acima, onde um trabalhador sem os EPIs

adequados e sozinho, corre srios riscos de sofrer acidentes sem que se perceba. A quem atribuir-se a responsabilidade? Ao trabalhador que iniciou seus servios, ao encarregado com muitasfrentes de servios, ao gerente que precisa ver a ferragem pronta para concretar logo? Realmentetrata-se de uma situao difcil de identificar as causas, porque as probabilidades de ocorrnciade acidentes so grandes e no h nenhuma medida mitigadora aparente, sequer uma escada deacesso. Situaes como essas so comuns e chegam a ser naturais, quando vistas pela primeiravs.


18/25


Foto do arquivo pessoal de Aforma, em trabalho

Analisando-que o encarregado pode aleg pronta antes da chegada da be

Foto de arquivo pessoal dequalq


ANP, onde observa-se carpinteiro concluinem altura, sem qualquer medida de proteose as responsabilidades, chega-se facilmentr que orientou o trabalhador e o gerente deoneira.

FANP, onde trabalhador movimenta lingoteer tipo de equipamento de proteo eficaz.


o a montagem de umada empresa.

ao trabalhador, vistoque precisa da forma

de ao a 400C sem


19/25


Foto de arquivo pessoal de preoc

Foto de arquivo pessoal detrabalhador


AFANP, com trabalhadores movimento cad pao para com suas prprias seguranas.

FANP onde se tem, em rua com grande moontando andaime para obra em fachada de p


nhos sem qualquer

vimento de pessoas,dio.


20/25


Foto de arquivo pessoal d

Foto de arquivo pessoal deum


AFANP onde se destaca trabalhador orientguindaste sob a carga transportada.

FANP onde o encarregado de uma fbrica dlixadeira, fuma calmamente seu cigarro.


ndo o operador do

e mveis, ao lado de


21/25


Foto de arquivo pessoal de

ferragens, de uma la

Foto de arquivo pessoal deferragens, e o direcionament


FANP, onde se verifica o elevado grau de ri

e do 23 andar de um hotel, em meados da

FANP, onde se verifica o elevado grau de ridas mesmas, suspensas por cintas, de uma l

prdio, em meados de 2011.


co na amarrao das

cada de 80.

co na amarrao das je do 3 andar de um


22/25



Foto de arquivo pessoal dextremi



AFANP com indicaes e travessias sobre

e AFANP, com ferragens de blocos de fundadades das ferragens, para evitar-se acidentes.

AFANP, com as reas ao redor das escava passarelas.


bstrues de reas

o protegidas nas

es protegidas por


23/25


Foto de arquivo pessoal de A

Foto de arquivo pessoal de A


ANP, com o fornecimento de luvas contra ioperadores de martelete pneumtico.

FANP, com trabalhadores devidamente iden para o trabalho com serra circular.


pacto vibratrio para

ificados e protegidos


24/25


Foto de arquivo pessoal de AFANP coma indicao de rotas de fuga em ambiente aberto, atravsde bandeirolas vermelhas.

6. CONCLUSO:

Observou-se nas fotografias anteriores, uma srie de situaes onde o mpetodo profissional prevencionista seria o da imediata paralisao da atividade, para a correo dasirregularidades apresentadas. Em uma reflexo mais profunda, chega-se concluso que talvezesteja faltando s empresas a Cultura de Segurana. A indstria da Construo, notadamente a daconstruo civil tem algumas caractersticas desanimadoras quanto s questes de segurana:

elevada rotatividade; mo de obra no qualificada, pouco tempo de durao das obras, e asegue-se um corolrio de desculpas. Talvez por isso seja uma das atividades em que a mortemais se faz presente e a legio de mutilados grande.

Neste estudo de caso, onde foi fundamental a anlise de documentos entregues pelas empresas contratadas, percebeu-se que em sua grande maioria havia uma ntida preocupao das mesmas com a elaborao dos programas previstos nas NR-9 (PPRA), NR-7(PCMSO) e o atendimento NR-5 (CIPA), mais em funo de fiscalizaes especficas, ou

melhor, por serem normas mais cobradas pela fiscalizao e pelos Sindicatos. As empresasentrevistadas e visitadas no viam a NR-18 como um Programa e sim como uma norma a ser seguida, nem sempre totalmente.

Tanto os Tcnicos de Segurana quanto os Engenheiros de Segurana doTrabalho devem envidar todos os esforos no sentido de melhor conhecer e aplicar as normasnaquilo que se referem.

Algumas empresas, principalmente as de maior porte, possuam estruturas de

pessoal muito acima do previsto na NR-4 (SESMT) que voltavam-se mais para a permanncianas frentes de servios, acompanhando as atividades. Pouco percebe-se ao longo dos anos umamudana do foco de atuao dos profissionais, mais pr-ativa do que reativa. Quase sempre asmaiores interferncias identificadas nas empresas contratadas eram promovidas pelos fiscais deSMS das contratantes dos servios, interrompendo, muitas vezes, atividades que jamais deveriamter sido liberadas. Nessas condies, passa a ser natural que os desvios ocorram, que os quaseacidentes se manifestem, e, por fim, que os acidentes venham tona, com muitas subnotificaes.


25/25

25de25 Por que os Programas de PCMAT no so adotados na Construo Civil: Levantamento

Da mesma forma que se tem ferramentas de trabalho mal empregadas, comouma marreta usada para pregar um prego, tambm se tem normas de segurana, que, pelaamplitude de abordagens e pela interferncia com outras normas mais especficas, passam a noser levadas to a srio assim e no atingirem seus objetivos maiores a proteo dos

trabalhadores.

Documents

Programas de PCMAT adotados na Construção Civil - Análise de não conformidades