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Trabalho realizado por: Elsa Meira Fátima Lopes João Loureiro Susana Mó Taty Loureiro Março de 2010

Projecto de Preparação da Escola para o Sistema de Gestão Ambiental

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Projecto de Preparação da Escola para o Sistema de Gestão Ambiental

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Page 1: Projecto de Preparação da Escola para o Sistema de Gestão Ambiental

Trabalho realizado por: Elsa Meira

Fátima Lopes

João Loureiro

Susana Mó

Taty Loureiro

Março de 2010

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1. Fundamentação do trabalho..……………………………………………………………………………………………3

2. Introdução.……………………………………………………………………………………………………………………….3

3. Definição do Sistema de Gestão Ambiental……………………………………………………………………….4

4. Porquê o SGA?.......................................................................................................................5

5. Definição do Ciclo de Deming ..…………………………………………………………………………………………5

6. EMAS..……………………………………………………………………………………………………………………………….6

7. Planeamento do Sistema de Gestão Ambiental.…………………………………………………………………6

8. Execução e funcionamento………………………………………………………………………………………………..9

9. Vigilância e Avaliação do Sistema de Gestão Ambiental……………………………………………………11

10. Acção..……………………………………………………………………………………………………………………………12

11. Declaração Ambiental EMAS………………………………………………………………………………………….13

12. Nota Final………………………………………………………………………………………………………………………18

13. Referências Bibliográficas………………………………………………………………………………………………19

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Este projecto parte dos pressupostos definidos para a Tarefa de Lab Activity desta semana, ou

seja, este grupo de trabalho fará o papel de um Órgão de Gestão de uma Escola, que acabou de assumir

a direcção do Agrupamento há apenas 15 dias.

Este recentemente empossado Órgão de Gestão quer implementar um Sistema de Gestão

Ambiental (SGA), e optou por tornar pública a sua informação sobre prestações ambientais através da

criação de uma “Declaração Ambiental” (de acordo com o modelo EMAS).

Para tal, tem de organizar um Plano de Projecto onde possa definir os recursos que necessita, as

parcerias que tem de estabelecer, a duração das tarefas a realizar, a documentação que tem de

consultar e alterar, etc.

Ao regular a sua acção de acordo com as linhas de orientação de um Sistema de Gestão

Ambiental (SGA), o Agrupamento Vertical de Escolas de Lagos, com sede na Escola EB 2,3 n.º 1 de Lagos,

evidencia a sua postura perante as consequências ambientais causadas pelas suas actividades, servindo

de modelo à comunidade onde está edificado, no que diz respeito à eco-responsabilidade, e pretende

tornar-se um agrupamento ambientalmente pró-activo e mais eficiente.

Sendo a escola um dos pilares da sociedade e tendo em conta a sua função na formação de

cidadãos críticos e conscientes, é de extrema relevância a aplicação de um SGA.

Os condicionalismos inerentes a uma gestão do agrupamento extremamente burocratizada com

procedimentos há muito instituídos e resistentes à mudança, as limitações financeiras e os imperativos

temporais impostos pela actividade pedagógica podem condicionar a implementação do SGA. No

entanto, não devem ser encarados como obstáculos que impeçam a sua implementação, mas podem e

devem servir de motivação.

O projecto que se segue é uma abordagem voluntária e participada que pretende minimizar o

impacte da acção da escola no meio envolvente e optimizar boas práticas que o permitam, sempre na

óptica de uma melhoria constante.

A sua elaboração obedece às etapas do ciclo de Deming (Planeamento; Execução e

funcionamento; Vigilância e Avaliação; Acção), cuja aplicação conduz a um processo de melhoria

contínua que deve contemplar as aspirações de todas as partes interessadas (Lima, 2007).

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Um sistema de gestão ambiental é uma parte do sistema global de gestão de uma instituição

através da qual esta controla as actividades, produtos e processos que provocam, ou possam vir a

provocar impactes ambientais. Este controlo deve resultar numa melhoria do desempenho ambiental da

instituição.

No contexto escolar, através deste sistema, procuraremos implementar uma política ambiental

que determine as linhas de orientação para toda a comunidade escolar, tendo em conta a minimização

dos impactes ambientais da acção da escola.

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O ciclo de Deming é um modelo de abordagem ao sistema de gestão que se desenvolve em

quatro fases complementares e rotativas (Planeamento, Execução, Avaliação, Acção) e tem como

finalidade o melhoramento contínuo dos processos.

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O regulamento EMAS é um sistema global, integrado e voluntário de gestão, que visa a melhoria

ambiental contínua de uma organização. Envolve a adopção e implementação de: política ambiental,

revisão ambiental, sistema de gestão ambiental, plano de acção, auditorias e a declaração ambiental

(http://www.esac.pt/Emas@school/emasApre.html).

Análise Ambiental Inicial (AAI) da Escola

Esta etapa possibilita um diagnóstico da situação ambiental da escola, permitindo a definição

das linhas orientadoras que devem guiar as suas estratégias para a consecução da política ambiental a

ser definida, tendo em vista a melhoria do seu desempenho ambiental.

Campo de Aplicação do SGA

O Agrupamento Vertical de Escolas de Lagos serve a população de cinco das seis freguesias do

concelho de Lagos. A sua dimensão e dispersão geográfica permitem, desde logo, pressupor grande

diversidade em vários domínios e uma grande heterogeneidade sócio-económica e cultural.

O Agrupamento Vertical de Escolas de Lagos constituiu-se no ano lectivo de 2007/2008, tendo sido

eleita uma Comissão Instaladora para dar consecução à sua implementação.

O Agrupamento inclui, além da Escola Básica dos 2º e 3º ciclo, a Escola sede, dois Jardins-de-

Infância (JI de Santa Maria em Lagos e JI de Espiche), Pré – escolar Itinerante, e sete Escolas do 1ºciclo

(Santa Maria, Eb1 nº3, Eb 1 do Bairro Operário, Barão de São João, Bensafrim, Espiche e Luz), num total

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de 95 turmas e de 1913 alunos. Em termos de dimensão humana, é o maior Agrupamento do Distrito de

Faro e um dos maiores a nível nacional.

A Escola EB 2, 3 nº 1 de Lagos, sede do Agrupamento Vertical de Lagos, tem como actividade o

ensino, a educação onde forma cidadãos com capacidade crítica e como actores sociais onde participam

na construção de uma cidade e de uma sociedade global.

As preocupações ambientais estão presentes nesta escola. A preocupação pela qualidade de vida

desta geração e das próximas gerações são uma constante neste Agrupamento de Escolas.

Análise das Práticas Existentes no Âmbito Ambiental

A preocupação da escola no sentido de contribuir para uma mudança de mentalidades e atitudes

por parte dos elementos que a compõem, começando desde logo pelos alunos, está bem visível nos

diferentes projectos de cariz ambiental que promove: Eco-Escolas; Escola Electrão; Reciclagem de

embalagens, papel, tinteiros, pilhas, REEE’s (Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos); Hortas

Pedagógicas; Projectos sobre energias renováveis “Trabalhando com Boa Energia”.

Descrição de Aspectos Ambientais Significativos

Para formular objectivos monitorizáveis, e descrever aspectos ambientais significativos, temos de:

• Calcular a Pegada Ecológica da Escola (http://www.esb.ucp.pt/gea/myfiles/pegada/calcula.htm);

• Quantificar os níveis de Emissões de Ruído (realização de uma auditoria sonora);

• Quantificar os Consumos de Recursos Energéticos Não Renováveis (descritos na facturação de

consumo de energia eléctrica - EDP);

• Fazer uma estimativa credível da produção de Resíduos da escola (quantidades anuais de papel,

tinteiros, plástico, REEE’s, que são reciclados, resíduos compostados, lixo indiferenciado que é

deitado fora);

• Analisar a gestão das substâncias perigosas (lixívia, produtos químicos dos laboratórios de Físico-

Química, etc.), e do Plano de Segurança Escolar e de Contingência Para a Gripe A;

• Analisar os Impactos na Paisagem e nos Ecossistemas circundantes.

De uma rápida avaliação, já se pode verificar que existem os seguintes problemas:

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1 – Utilização inadequada de água;

2 – Utilização inadequada de energia eléctrica;

3 – Ausência de manejo quanto à produção de resíduos;

4 – Ausência de manejo quanto ao controle de materiais;

5 – Ausência de utilização de mecanismos baseados na sustentabilidade;

6 – Ausência de optimização dos recursos materiais;

7 – Percepção ecológica fraca.

Identificação e Avaliação de Aspectos Ambientais com Impacto no Ambiente

Política Ambiental

No decorrer das práticas inerentes à sua acção, assumindo como critério para a definição da

política ambiental o desenvolvimento sustentável apoiado nos seus quatro pilares, a Escola EB 2, 3 Nº 1

de Lagos de forma bastante responsável compromete-se trabalhar no sentido criar condições que

proporcionem:

• Promoção da melhoria contínua do desempenho ambiental das suas actividades,

perspectivando sempre a prevenção da poluição e o uso sustentável dos recursos.

• Cumprimento de requisitos legais relativos ao ambiente, tal como o Respeito pela lei do

Ruído, etc.

• Sensibilização e desenvolvimento de competências que permitam uma atitude responsável

por parte dos elementos da comunidade educativa.

• Envolvimento de todos os actores tendo em vista o aperfeiçoamento do seu desempenho

ambiental.

Objectivos e Processos para Alcançar os Compromissos da Política Ambiental:

Objectivos Ambientais:

• Aplicar a Educação Ambiental (Formações, Acções, Conferências para a Comunidade Escolar,

Professores, Alunos, Funcionários e Staff Administrativo);

• Reduzir o consumo de recursos naturais (gastos com energia eléctrica e água);

• Introduzir mecanismos que abracem o desenvolvimento sustentável;

• Optimizar a utilização de bens de consumo (diminuir despesas com papel e outros materiais de

consumo);

• Diminuir os resíduos gerados;

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• Reutilizar os resíduos possíveis;

• Incentivar empresas locais a adoptarem o SGA Escolar (exaltar a importância de um SGA

Escolar);

• Reduzir a poluição sonora, poluição luminosa, poluição visual;

• Aumentar as áreas verdes integradas e a cor do edifício, e dos canteiros

Implementação do Sistema de Gestão Ambiental

De acordo com Lima (2007), esta fase consiste em implementar as acções planeadas

modificando os processos. Pretende-se a implementação do SGA, de acordo com o Regulamento

Comunitário EMAS e a estrutura da norma ISO 14001.

- Implementação dos Processos para o Melhoramento das Prestações Ambientais:

A Implementação dos Processos para o Melhoramento das Prestações Ambientais, integra a fase DO ou

EXECUÇÃO e PLANEAMENTO do SGA que procura ir ao encontro das linhas definidas pela política,

metas e programas ambientais.

Assim, devem referir-se:

• Designação em termos de responsabilidade e autoridade de um representante da Direcção;

• Gestão de competências com base na formação e consciencialização das pessoas que

desempenham actividades com impactos ambientais relevantes;

• Construção de canais devidamente estruturados de comunicação no interior e exterior da

escola;

• Criação de mecanismos que consubstanciem o controlo operativo do SGA;

• Divulgação, no caso de registado o EMAS, da Declaração Ambiental que relacione objectivos

ambientais estabelecidos e respectivos graus de impacto.

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-Definição dos Recursos, Papéis, Responsabilidades e Autoridade:

• Selecção de um dos elementos do Órgão de Gestão ou outro elemento por este órgão

designado que assuma o cargo de “Eco-Gestor”, responsável pelo SGA.

• Criação de uma pequena equipa pró ambiente presidida pelo Eco-Gestor e constituída por um

representante dos docentes, dos discentes, assistentes técnicos e operacionais e autarquia. A

equipa deverá propor estratégias e actuações que visem, objectivamente, o melhoramento

contínuo do funcionamento do Sistema de Gestão Ambiental.

- Implementação/Manutenção de Processos de Gestão de Competências, Formação e

Consciencialização

• Palestras científicas dinamizadas pela Universidade do Algarve e Associações e Instituições

Ambientais.

• Formação do pessoal docente, discente, assistentes técnicos e operacionais.

• Estudo de casos inseridos na comunidade local e sua divulgação.

• Promoção das novas tecnologias em detrimento do formato em papel.

• Campanhas dos 3Rs.

- Implementação/Manutenção de Processos de Comunicação

Interior – Criação de Mailing List’s para Pessoal Docente, Alunos, Pessoal Não Docente, Associações

de Pais e Entidades Ligadas ao Processo de Gestão Sustentável (para divulgação de informação);

Aquisição de um Software de gestão documental (para agilização de comunicação e poupança de

papel/energia).

Exterior – Divulgação das iniciativas, relatórios, certificações, projectos, etc., através da Página da

Escola na Internet, oferta do Jornal Escolar à comunidade escolar e envolvente, assim como envio do

mesmo às entidades ligadas ao processo de Gestão Sustentável (órgãos autárquicos, empresas,

ministérios, etc.).

De Situações de Emergência – Divulgação através da Página da Escola na Internet do Dossier de

Segurança Escolar, do Plano de Contingência para a Gripe A, Plantas e Plano de Evacuação e Relatórios

enviados para o GCSE (Gabinete do Coordenador de Segurança Escolar).

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- Regulamentação das Actividades e Operações dos Aspectos Ambientais Significativos:

Criação de artigos em sede do Regulamento Interno da escola que se insiram neste âmbito, criação

de um grupo de trabalho que realize a monitorização do Sistema de Gestão Ambiental (recolha de

informação sobre consumos, quantidades de resíduos, etc.), tendo em vista inicialmente a elaboração

da “Declaração Ambiental”, e a posteriori do Relatório Ambiental Anual.

- Apresentação e Difusão da “Declaração Ambiental”:

Criação de um grupo de trabalho para elaborar uma “Declaração Ambiental”, posterior apresentação

para aprovação da mesma junto do Conselho Geral, do Conselho Pedagógico e do Órgão de Gestão.

Apresentação à comunidade num evento escolar que realize a ligação com a mesma (tipo festa de final

de ano lectivo, de final de período, reunião geral da escola com abertura à comunidade), acrescida da

divulgação através da Página da Escola na Internet.

Ao longo desta etapa, medir-se-á o impacto verificando a eficácia do plano de acordo com os

objectivos definidos e com os resultados obtidos. Procede-se à observação e avaliação dos resultados.

– Auditorias Ambientais

Eco-Escolas;

Auditorias - http://www.markelink.com/directorios/Amb2009/titulos/8.100.htm;

Empresa de consultadoria, diagnóstico, auditorias e apoio à implementação de sistema de

implementação ambiental - http://www.globalscore.pt/areas-de-actuacao/consultoria-e-

auditoria/ambiente.html

– Gestão de “Não Conformidades”

Uma não conformidade é uma não satisfação de uma necessidade ou expectativa expressa, geralmente

implícita ou obrigatória.

As figuras do Eco-Gestor, Direcção da Escola, Conselho Pedagógico e Conselho Geral devem dar uma

resposta, em tempo útil, ao não cumprimento de um objectivo fulcral da declaração ambiental.

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– Avaliação Face às Prescrições Legais

Jurisprudência, doutrinas e legislação – Agência Portuguesa do Ambiente

http://siddamb.apambiente.pt/publico/showResults.asp?searcher=d:"Conservação da natureza";

– Controlo do Registo de Actividades Previstas

Plano Anual de Actividades, na pessoa do seu coordenador; Conselho Pedagógico e Conselho Geral

Medição, Análise e Melhoria (E.S.E.Coimbra)- http://www.esec.pt/gq/sistemaqualidade/pdf/MQ/MSG-

IV-5-Medicao_analise_e_melhoria.pdf

Nesta última fase, fazem-se as alterações necessárias ao plano de acção inicial destinadas ao

melhoramento do SGA.

Início do Novo Ciclo do Sistema de Gestão Ambiental

– Exame da Adequação e Eficácia do Anterior SGA

Execução de um relatório crítico sobre a adequação e eficácia do SGA (pode ser provavelmente feito

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através da análise da “Declaração Ambiental”), envio deste para aprovação do relatório junto do

Conselho Geral, do Conselho Pedagógico e do Órgão de Gestão.

MANUAL DA QUALIDADE, AMBIENTE, SAÚDE OCUPACIONAL E SEGURANÇA

http://farb3.madetowork.pt/LinkClick.aspx?fileticket=YWVyx6jNxfA%3D&tabid=159&mid=511

– Definição de Acções de Melhoramento das Prestações do SGA

Após análise da monitorização regular do plano, e baseada nos resultados de novas auditorias do

SGA, a escola deve fazer uma análise crítica do Sistema de Gestão Ambiental e as devidas alterações,

para que atenda às exigências da comunidade local e escolar, e aos aspectos legais, na busca da

melhoria contínua.

Tem por objectivo tornar pública a informação sobre as prestações ambientais da organização.

Plano de Construção da Declaração Ambiental

Fase 1

Cronologia: Todo o mês de Outubro e metade do mês de Novembro;

Objectivos: Criar um documento com a descrição da Escola e um sumário das suas actividades e dos

seus produtos (níveis de sucesso/insucesso, números do abandono escolar, absentismo, etc.) e serviços

(Secretaria, Papelaria, Bufete, Refeitório, e por ai fora);

Actores Envolvidos: Uma Equipa constituída pelos Professores envolvidos em Projectos Ambientais, o

Eco-Gestor�, o Coordenador de Projectos, pelo menos um elemento da secretaria com conhecimento

do software de gestão de alunos, assim como todos os docentes que conheçam bem a escola e sua

envolvência;

Tarefas a Realizar:

1.1 Consultar o Plano Anual de Actividades, definir se existem actividades ligadas ao ambiente a

introduzir no documento, actualizá-lo e proceder ao levantamento de todas as actividades relevantes

para a Declaração Ambiental;

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1.2 Consultar o Projecto Educativo de Escola, os últimos relatórios de Avaliação Interna e Externa, e os

dados referentes às avaliações e faltas dos últimos anos lectivos, e retirar destes os dados para uma

primeira caracterização da escola;

1.3 Realizar o levantamento dos serviços existentes e respectivos horários;

1.4 Reunir toda a equipa para produzir um esboço da caracterização, submetê-la à apreciação dos

docentes que conheçam bem a escola e sua envolvência, do Conselho Pedagógico e do Conselho Geral.

Nota: Caso após esta apreciação existam aspectos a alterar, estes serão rectificados e as alterações

submetidas a uma nova apreciação, até se gerar um documento consensual.

Fase 2

Cronologia: Última quinzena do mês de Novembro e todo o mês de Dezembro;

Objectivos: Criar um resumo escrito da proposta de Sistema de Gestão Ambiental a ser implementado

pela escola;

Actores Envolvidos: Uma Equipa constituída pelos Professores envolvidos em Projectos Ambientais, o

Eco-Gestor e os Responsáveis pela Elaboração do Projecto Educativo, e Projecto Curricular de Escola;

Tarefas a Realizar:

2.1 Consultar o Projecto Educativo de Escola, caso não tenha a política ambiental definida deve ser

acrescentada;

2.2 Consultar o Projecto Curricular de Escola, e neste verificar a implementação da componente de

Educação Ambiental, e articulá-la à nova realidade do SGA;

2.3 O Eco-Gestor e os Professores envolvidos em Projecto Ambientais, reúnem-se e após debate e

definição consensual, transcrevem para papel a proposta de SGA.

Fase 3

Cronologia: Meses de Janeiro, Fevereiro e Março;

Objectivos: Realizar a descrição de todos os aspectos ambientais significativos, directos e indirectos, que

determinam impactos ambientais significativos da Escola e a explicação da natureza dos impactos

ligados a estes aspectos;

Actores Envolvidos: Professores envolvidos em Projectos Ambientais, Eco-Gestor, e pelo menos um

Professor de TIC (ou outro que saiba construir bases de dados informatizadas);

Legenda: � O cargo de Eco-Gestor é supostamente criado pelo Órgão Gestão e desempenhado por um dos seus membros.

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Tarefas a Realizar:

3.1 Fazer um levantamento dos aspectos ambientais significativos, directos e indirectos classificados por

grau de impacto (Baixo, Médio e Alto);

3.2 Realizar uma avaliação dos impactos ambientais por categoria (Desprezível, Marginal, Crítico e

Catastrófico);

3.3 Criação de uma base de dados informatizada para o registo destes aspectos e respectiva avaliação, e

posterior comparação de dados.

Fase 4

Cronologia: Fazer uma descrição escrita dos objectivos ambientais que estejam directamente

relacionados com os aspectos e impactos ambientais significativos;

Objectivos: Todo o mês de Abril;

Actores Envolvidos: Professores envolvidos em Projectos Ambientais e Eco-Gestor;

Tarefas a Realizar:

4.1 Utilizar os dados do levantamento realizado anteriormente (Fase 3), e cruzar a informação sobre os

aspectos e impactos ambientais com as actividades e linhas de conduta previstas nas fases 1 e 2, e

determinar que acções faltam ainda definir para combater os impactos negativos;

4.2 Criar uma adenda ao Projecto Educativo de Escola, com estratégias/acções definidas para

ultrapassar os impactos ambientais negativos classificados acima de Marginal (inclusive).

Nota: Se for necessário rescrever a proposta de SGA de forma a integrar as novas estratégias/acções.

Fase 5

Cronologia: Meses de Janeiro, Fevereiro e Março (a realizar simultaneamente com a Fase 3);

Objectivos: Realizar um resumo dos dados disponíveis sobre as prestações da Escola face aos seus

objectivos ambientais, no que diz respeito aos impactos ambientais significativos. Este resumo deve

incluir dados numéricos sobre: emissões poluentes, resíduos produzidos, consumo de matérias-primas,

energia e água, emissões sonoras e outros aspectos ambientais relevantes;

Actores Envolvidos: Pessoal Não Docente (Chefe de Secretaria, Técnico da Contabilidade, Pessoal

Auxiliar da Cozinha e pessoal responsável por colocar os resíduos indiferenciados no lixo), Pessoal

Docente (o Eco-Gestor e Docentes do Departamento de Ciências, Professor de TIC, etc.), e Entidade

Externa: (Algar - Valorização e Tratamento de resíduos sólidos, SA.);

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Tarefas a Realizar:

5.1a O Pessoal da secretaria realizará o levantamento dos consumos de água, gás e luz;

5.1b O restante pessoal não docente realizará a contabilização dos resíduos que não são enviados para a

reciclagem, ou seja resíduos mistos ou contaminados colocados directamente nos contentores

genéricos de lixo;

5.1c Os Funcionários da Cozinha contabilizarão os resíduos que são alvo de compostagem e os restos de

comida desperdiçados;

5.1d À Algar será pedida a contabilização dos resíduos enviados para a reciclagem;

5.2 A equipa de pessoal docente realizará a compilação dos dados (o Prof. de TIC prestará auxílio na

realização de uma base dados informatizada) e produzirá um relatório final com o balanço de pelo

menos um mês.

Nota: Os processos de contabilização iniciados nesta fase manter-se-ão ao longo do tempo, permitindo

actualização e comparação de dados no futuro.

Fase 6

Cronologia: Meses de Maio e Junho;

Objectivos: Criar um texto que saliente os factores respeitantes às prestações ambientais, incluindo as

prestações na sua relação com as disposições legais, em relação aos impactos ambientais significativos;

Actores Envolvidos: Eco-Gestor e responsáveis pelo Regulamento Interno da Escola;

Tarefas a Realizar:

6.1a Consultar a Lei de Bases do Ambiente (Lei n.º 11/87. DR 81/87 SÉRIE I de 1987-04-07);

6.1b Consultar a Lei da Água (Lei n.º 58//2005. DR 249 SÉRIE I-A de 2005-12-29 + Declaração de

Rectificação n.º 11-A/2006. DR 39 SÉRIE I-A 1º SUPLEMENTO de 2006-02-23);

6.1c Consultar a Lei do Ruído (Decreto-Lei 9 de 2007 + Decreto-Lei 278 de 2007);

6.2 Verificar se existe necessidade de consultar mais legislação ao nível nacional, europeu ou mundial

(nomeadamente recomendações da ONU), a ter em conta;

6.3 Verificar a conformidade e cumprimento desta legislação e recomendações nos procedimentos

internos da escola, se for necessário ajustar o Regulamento Interno da Escola ou criar-lhe adendas;

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6.4 Redigir o texto sobre os factores das prestações ambientais e a sua relação com as disposições

legais.

Nota: No final desta fase é compilada toda a informação recolhida anteriormente, e redigida a

Declaração Ambiental, ficando apenas em falta para a sua conclusão a introdução do nome e o número

de acreditação do inspector ambiental e a data de validação das certificações.

Fase 7

Cronologia: De Julho até ao Início do Ano Civil seguinte;

Objectivos: Fazer o pedido de certificação do SGA, de acordo com as normas ISSO 14001 e EMAS;

Actores Envolvidos: Eco-Gestor, Órgão de Gestão, Direcção Regional de Educação do Algarve (DREALG),

Ministério da Educação (Min-Edu) e Entidade Creditada pelo Instituto Português de Acreditação (IPAC);

Tarefas a Realizar:

7.1 Realizar através do Órgão de Gestão um pedido de financiamento extraordinário à Direcção Regional

de Educação do Algarve e Ministério da Educação, para ajudar a escola a suportar os custos das

certificações ISSO 14001 e EMAS;

7.2 Realizar o preenchimento da documentação de suporte à candidatura às certificações e enviá-las às

entidades competentes;

7.3 Aguardar pela inspecção e certificação da Escola (processo que dura em média de 4 a 6 meses).

Fase 8

Cronologia: No mês imediatamente após a validação das certificações;

Objectivos: Divulgar à comunidade o conteúdo e objectivos do nosso SGA e das certificações da Escola;

Actores Envolvidos: Toda a comunidade escolar, entidades autárquicas, órgãos de comunicação social,

Direcção Regional de Educação do Algarve e Ministério da Educação, etc;

Tarefas a Realizar:

8.1 Organizar uma Festa Escolar e convidar toda a comunidade, Órgãos Autárquicos, órgãos de

comunicação social, Direcção Regional de Educação do Algarve e Ministério da Educação, etc., para

apresentar o modelo de SGA e as Certificações da Escola a todos;

8.2 Publicar através da Página de Internet da Escola e do Jornal Escolar a notícia e dar a conhecer a

todos os diversos instrumentos de SGA e Desenvolvimento Sustentável que a Escola possui.

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Conclui-se a partir deste projecto que todo o processo de construção de uma Agenda Ambiental

de acordo com o Modelo EMAS é um processo que envolverá toda a comunidade escolar, e que não

será exequível se não pudermos contar com o auxílio de todos os actores externos mencionados.

A duração do processo é um pouco difícil de precisar, devendo oscilar entre os 12 e os 18 meses, devido

ao processo de certificação.

Os custos destas certificações também eles são impossíveis de determinar sem se iniciar efectivamente

o processo, pois das pesquisas realizadas pelo grupo não foi possível determinar valores aproximados de

nenhuma das certificações, sendo que só foi possível apurar que os custos variam de acordo com a

dimensão da entidade e número de estabelecimentos a inspeccionar.

O Processo em si não será muito difícil, mas implica muitas horas de trabalho e a criação de horários

adequados para que todo o pessoal envolvido se possa envolver devidamente em todo o processo.

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LIMA, H. (2007). Aplicação de Ferramentas da Gestão da Qualidade e na Resolução de Problemas.

Apontamentos da Disciplina de Sustentabilidade e Impactes Ambientais. Universidade da Madeira

(Portugal).

Lei de Bases do Ambiente:

Lei n.º 11/87. DR 81/87 SÉRIE I de 1987-04-07

Lei da Água:

Lei n.º 58//2005. DR 249 SÉRIE I-A de 2005-12-29

Declaração de Rectificação n.º 11-A/2006. DR 39 SÉRIE I-A 1º SUPLEMENTO de 2006-02-23

Lei do Ruído:

Decreto-Lei 9 de 2007 + Decreto-Lei 278 de 2007

Avaliação de Impacto Ambiental:

http://www2.apambiente.pt/IPAMB_DPP/

EMAS & EMAS II:

http://www.esac.pt/Emas@school/emasApre.html

http://ew.eea.europa.eu/ManagementConcepts/EMAS/

http://ec.europa.eu/environment/emas/index_en.htm

http://www.apambiente.pt/Instrumentos/GestaoAmbiental/emas/encontro/Documents/RevisaoEMAS.

pdf

Certificação ISO 14000 e ISO 14001:

http://pt.wikipedia.org/wiki/ISO_14000

http://www.iso.org/iso/pressrelease.htm?refid=Ref940

Obtenção de Certificações e Entidades Creditadas:

http://www.ipac.pt/