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Projecto Mestrado Em Gestão De Sistemas De Informação Médica Projectos de Consultoria em SAP e Tecnologias Microsoft: Análise e desenvolvimento de soluções de software à medida Luís Filipe Leal Sismeiro Leiria, Setembro de 2014

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Projecto

Mestrado Em Gestão De Sistemas De Informação Médica

Projectos de Consultoria em SAP e Tecnologias

Microsoft: Análise e desenvolvimento de soluções de

software à medida

Luís Filipe Leal Sismeiro

Leiria, Setembro de 2014

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Projecto

Mestrado Em Gestão De Sistemas De Informação Médica

Projectos de Consultoria em SAP e Tecnologias

Microsoft: Análise e desenvolvimento de soluções de

software à medida

Luís Filipe Leal Sismeiro

Projecto de Mestrado realizado sob a orientação da Doutora Dulce Gonçalves

Professora da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Leiria

Leiria, Setembro de 2014

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Agradecimentos

Apesar de este trabalho ser de natureza individual, não queria deixar de agradecer a todos

os que deram o seu contributo e que tornaram esta etapa possível.

Agradeço aos meus colegas do primeiro ano do Mestrado em Gestão de Sistemas de

Informação Médica pela sua companhia e ajuda ao longo deste percurso.

Agradeço à professora Dulce Gonçalves pelo incentivo e interesse demonstrado em me

orientar na escrita deste documento.

Agradeço à comissão de curso do Mestrado por tornar este projecto possível, em particular

ao professor Rui Rijo que foi um dos grandes impulsionadores do Mestrado e da

possibilidade de ingressar na Deloitte.

Agradeço à Deloitte pela oportunidade para poder realizar os projectos que aqui apresento

e fazer parte de uma grande empresa mundial.

Agradeço ao IPL e à FMUP por me terem proporcionado grande conhecimento na área dos

Sistemas de Informação Médica

Agradeço a toda a minha família, em especial à Joana, que me apoiou e motivou durante

este período e que sem ela não teria sido possível a realização deste relatório.

A todos o meu muito obrigado.

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Resumo

À medida que a sociedade evolui, também as profissões evoluem com ela. Uma profissão

que tem crescido de forma notável é a de consultor na área das tecnologias de informação.

De facto, há alguns anos atrás, esta profissão não tinha o relevo que tem na actualidade,

pois com a evolução das tecnologias da informação, as ferramentas ao dispor das empresas

diversificaram-se e como tal, a mão-de-obra vai-se especializando nestas ferramentas. As

empresas, na impossibilidade de contratar mão-de-obra para instalar, manter e evoluir

todas as suas ferramentas, recorrem cada vez mais à experiência de consultores externos;

estes são contratados para realizar tarefas específicas que as empresas não têm capacidade

de executar com os próprios recursos e a sua ligação com estas entidades termina após a

conclusão destas tarefas.

Cada vez mais as empresas procuram tirar o máximo partido das ferramentas informáticas

à sua disposição e os sistemas de Enterprise Resource Planning não são excepção. À

medida que os utilizadores vão usufruindo dos sistemas, surgem novas necessidades que,

depois de colmatadas, permitem a sua optimização. Além disso, com a alteração das leis, é

preciso adaptar os sistemas para que estes evoluam e possam reflectir os novos requisitos

legais.

Com o aumento da regulação bancária, as entidades bancárias são obrigadas a comunicar

informação sobre as suas finanças ao Banco de Portugal, de modo a que o banco possa

analisar a saúde financeira das entidades e emitir recomendações sobre a sua forma de

actuar. Esta nova forma de comunicação será efectuada por meio de relatórios em

eXtended Business Reporting Language (XBRL).

Pretende-se caracterizar a profissão de consultor e apresentar alguns projectos realizados

enquanto consultor numa consultora de grande dimensão.

Palavras-chave: Consultoria, ERP, SAP, XBRL.

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Abstract

As society evolves, jobs evolve as well. A job which as been growing considerably is the

one of consultant in the field of information technologies. In fact, some years ago, this job

did not have the importance it has currently because, as information technologies develop,

the number of tools that can be used by companies keeps increasing and, due to that,

manpower becomes more and more specialized in these tools. Companies cannot hire

manpower to install, maintain and develop all their tools so they resort to external

consultants’ work experience; these workers are hired to accomplish specific tasks that

companies are not able to perform using their own resources and when the job is done,

they are dismissed.

Companies are increasingly looking forward to get the most out of the computer

applications at their disposal and Enterprise Resource Planning Systems are no exception.

As users take advantage of the systems, new needs arise which, after being solved, lead to

the optimization of the systems. Apart from that, laws are changing and therefore there is

an urge to adapt the systems so that they can fulfill the new legal requirements.

Due to the increase of banking regulation, banking entities are obliged to share information

regarding their finances with the Bank of Portugal so that it can assess their financial

health and issue recommendations about their modes of operation. This new way of

communication will be carried out using reports in eXtended Business Reporting Language

(XBRL).

It is intended to characterize the consulting job and to present some projects developed in a

large-scale consulting company.

Keywords: Consulting, ERP, SAP, XBRL.

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vii

Índice

AGRADECIMENTOS .................................................................................................................................. I

RESUMO .................................................................................................................................................... III

ABSTRACT .................................................................................................................................................. V

ÍNDICE ...................................................................................................................................................... VII

ÍNDICE DE FIGURAS .............................................................................................................................. IX

ÍNDICE DE TABELAS ............................................................................................................................ XII

ÍNDICE DE ACRÓNIMOS .................................................................................................................... XIII

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 1

1.1 ENQUADRAMENTO .......................................................................................................................... 1 1.2 MOTIVAÇÕES E OBJECTIVOS ........................................................................................................... 2 1.3 ORGANIZAÇÃO DO DOCUMENTO .................................................................................................... 2

2 CARACTERIZAÇÃO DA ENTIDADE RECEPTORA .................................................................. 5

2.1 CARACTERIZAÇÃO DA DELOITTE .................................................................................................... 5 2.2 CONCORRÊNCIA .............................................................................................................................. 7

2.2.1 PricewaterhouseCoopers 7 2.2.2 KPMG 8 2.2.3 Ernst & Young 8

2.3 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE NEGÓCIO .................................................................................... 10

3 FORMAÇÃO ..................................................................................................................................... 13

4 ÁREAS DE CONSULTORIA ........................................................................................................... 17

4.1 CONSULTORIA .............................................................................................................................. 17 4.2 SECTORES DA BANCA E RETALHO ................................................................................................ 18 4.3 SISTEMAS ENTERPRISE RESOURCE PLANNING ................................................................................ 19

4.3.1 Caracterização 20 4.3.2 Evolução 21 4.3.3 Sistemas ERP Existentes 23

4.4 CICLO DE VIDA DE UM ERP .......................................................................................................... 24 4.5 FACTORES CRÍTICOS NA IMPLEMENTAÇÃO DE UM ERP ................................................................ 25 4.6 CARACTERIZAÇÃO SAP ................................................................................................................ 26

4.6.1 Módulos SAP R/3 29 4.6.2 Metodologia de desenvolvimento SAP 32 4.6.3 Fluxo de desenvolvimento 33

5 PROJECTOS DE CONSULTORIA ................................................................................................ 37

5.1 PROJECTOS SAP ........................................................................................................................... 37 5.1.1 Programa de Etiquetas 37 5.1.2 Projecto de extracção de dados “JET” 42 5.1.3 Determinação automática do Centro de Custo para Pedido de Compra de Imobilizado 53 5.1.4 Fichiér des Écritures Comptables 58 5.1.5 Certificação de Guias de Remessa 62 5.1.6 Formulário de aprovação de Requisições de Compra 69 5.1.7 Implementação do programa RPFIEU_SAFT - SAF-T PT 74 5.1.8 Apoio funcional à certificação de facturas, guias de remessa e SAF-T PT 78

5.2 PROJECTOS TECNOLOGIAS MICROSOFT ........................................................................................ 79

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viii

5.2.1 Conversor eXtended Business Reporting Language – XBRL 80

6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 107

6.1 SÍNTESE DO RELATÓRIO .............................................................................................................. 107 6.2 RESULTADOS E PRINCIPAIS CONTRIBUTOS .................................................................................. 108 6.3 PROPOSTAS DE TRABALHO FUTURO ............................................................................................ 109 6.4 CONCLUSÃO ............................................................................................................................... 110

7 BIBLIOGRAFIA ............................................................................................................................. 111

8 ANEXOS .......................................................................................................................................... 115

8.1 ANEXO UM - PLANEAMENTO DO PROJECTO ................................................................................... 117 8.2 ANEXO DOIS - REQUISITOS DO PROJECTO DE EXTRACÇÃO DE DADOS “JET” ....................................... 121 8.3 ANEXO TRÊS - MANUAL DO PROGRAMA “JET” ............................................................................... 125 8.4 ANEXO QUATRO - ESPECIFICAÇÃO FUNCIONAL - PEDIDO DE COMPRA - CENTRO DE CUSTO ....... 131 8.5 ANEXO CINCO - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA - PEDIDO DE COMPRA - CENTRO DE CUSTO .............. 136 8.6 ANEXO SEIS - CERTIFICAÇÃO DE GUIAS DE REMESSA -EXCERTO DE CÓDIGO ABAP ................. 141 8.7 ANEXO SETE - ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA - GUIAS DE REMESSA ................................................. 143 8.8 ANEXO OITO - MANUAL UTILIZADOR SAF-T PT ....................................................................... 150 8.9 ANEXO NOVE - FORMAÇÃO PROGRAMA SAF-T PT ................................................................... 161 8.10 ANEXO DEZ - EXEMPLO DE INSTÂNCIA XBRL ........................................................................... 186 8.11 ANEXO ONZE - XBRL - COMUNICAÇÃO TROCADA COM O BANCO DE PORTUGAL ...................... 193

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ix

Índice de Figuras

Figura 1 - Deloitte 1830 - 1870 ............................................................................................. 5

Figura 2 - Deloitte 1880 - 1920 ............................................................................................. 6

Figura 3 - Deloitte 1930 – 1970 ............................................................................................ 6

Figura 4 - Deloitte 1980 - 2020 ............................................................................................. 6

Figura 5 - Quota de mercado em Auditoria PSI 20 ............................................................... 9

Figura 6 - Quota de Mercado em Consultoria Fiscal 250 Maiores Empresas em Portugal .. 9

Figura 7 - Quota de Mercado Big4 Volume de Negócios em 2012 ...................................... 9

Figura 8 - Hierarquia AMS .................................................................................................. 10

Figura 9 - Características ERP Uwizeyemungu e Raymond (2004) (Adaptado) ................. 21

Figura 10 - Anatomia de um Sistema de Informação Empresarial (Davenport 1998) ........ 22

Figura 11 - Ciclo de vida de ERP (Esteves, 1999) .............................................................. 24

Figura 12 - Arquitectura cliente-servidor SAP R/3 (SAP 2009) ......................................... 27

Figura 13 - Tecnologia SAP: Sistema Aberto (ISPGAYA s.d.) .......................................... 28

Figura 14 - Principais módulos SAP (ISPGAYA s.d.) ........................................................ 29

Figura 15 - Fluxo de desenvolvimento SAP R/3 ................................................................. 34

Figura 16 - Tela do programa de impressão de etiquetas .................................................... 39

Figura 17 - Principais relações entre as tabelas de Materiais .............................................. 40

Figura 18 - Tabela configuração impressoras...................................................................... 40

Figura 19 - Listagem de impressoras configuradas para o programa .................................. 40

Figura 20 - Layout da etiqueta em Smartforms ................................................................... 41

Figura 21 - Etiqueta impressa .............................................................................................. 41

Figura 22 - Consulta tabela CDHDR ................................................................................... 46

Figura 23 - Relação tabela CDPOS com contas do razão ................................................... 47

Figura 24 - Relacionamento CDPOS contas empresas seleccionadas ................................ 47

Figura 25 - Consulta tabela CDPOS .................................................................................... 48

Figura 26 - Construção do cabeçalho da tabela ................................................................... 48

Figura 27 - Concatenação valores ....................................................................................... 49

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x

Figura 28 - Exemplo extracção CSV ................................................................................... 50

Figura 29 - Exemplo extracção excel .................................................................................. 50

Figura 30 - Layout do ecrã do JET ...................................................................................... 52

Figura 31 - Dados mestre do imobilizado ........................................................................... 54

Figura 32 - Tela pedido de compra ..................................................................................... 54

Figura 33 - Criação intervalo numérico SNRO ................................................................... 64

Figura 34 - Tabela com os tipos de documento a assinar .................................................... 65

Figura 35 - Tabela SIPT_LIKP ............................................................................................ 66

Figura 36 - Perform de aquisição de dados da tabela de certificação ................................. 67

Figura 37 - Área da mensagem da certificação ................................................................... 67

Figura 38 - Chamada do perform get_sipt_likp_counter .................................................... 68

Figura 39 - Mensagem de certificação ................................................................................ 68

Figura 40 - Programa de impressão de requisições de compra ........................................... 71

Figura 41 - Tabela requisições de compra – EBAN ............................................................ 71

Figura 42 - Tabela ZMM_REQC_APP_LOG ...................................................................... 71

Figura 43 - Layout formulário de requisição de compra em smartforms ............................ 72

Figura 44 - Formulário de requisição de compra ................................................................ 73

Figura 45 - Exemplo de objecto a registar .......................................................................... 77

Figura 46 - Exemplo de data point ...................................................................................... 87

Figura 47 - Fluxo data point ............................................................................................... 88

Figura 48 - Exemplo Contexto em XBRL .......................................................................... 88

Figura 49 - Excel de configuração de intervalos ................................................................. 89

Figura 50 - Arquitectura de alto nível do funcionamento do programa .............................. 90

Figura 51 - Todos os módulos do programa Authority Connect ......................................... 91

Figura 52 - Módulo XBRL do programa Authority Connect .............................................. 91

Figura 53 - Estrutura de pastas da solução .......................................................................... 92

Figura 54 - Método excel_init ............................................................................................. 93

Figura 55 - Método excel_close .......................................................................................... 93

Figura 56 - Inclusão da biblioteca Microsoft.Office.Interop.Excel ..................................... 94

Figura 57 - Classe RangesExcel .......................................................................................... 94

Figura 58 - Declaração classe Contexto .............................................................................. 95

Figura 59 - Declaração classe Context ................................................................................ 95

Figura 60 - Declaração classe CelulaEXCL ........................................................................ 96

Figura 61 - Declaração método get_sheets_and_ranges ..................................................... 96

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xi

Figura 62 - Declaração do método excel_getRange ............................................................ 97

Figura 63 - Declaração método corep_by_sheet ................................................................. 97

Figura 64 - Declaração método get_datapoints_by_sheet ................................................... 97

Figura 65 - Declaração do método get_datapoints_excel ................................................... 97

Figura 66 - Declaração excel_getRangeCorep_by_sheet .................................................... 98

Figura 67 - Declaração método GetRangeCorepColumn_by_sheet .................................... 98

Figura 68 - Método trata_listas_celulas ............................................................................. 99

Figura 69 - Excerto método get_context_list_celulas_db (1) ............................................ 100

Figura 70 - Excerto método get_context_list_celulas_db (2) ............................................ 100

Figura 71 - Método get_trata_unitRef_precision .............................................................. 101

Figura 72 - Excerto método lista_contextos_por_sheet .................................................... 102

Figura 73 - Declaração método escreve_xbrl .................................................................... 102

Figura 74 - Ficheiro XBRL da folha C00.01 do excel template ........................................ 103

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xii

Índice de Tabelas

Tabela 1 - Fase Roadmap ASAP ......................................................................................... 33

Tabela 2 - Formatações gerais para ficheiros CSV ............................................................. 43

Tabela 3 - Tabelas e campos de SAP a exportar para CSV ................................................ 44

Tabela 4 - Campos RFSABL00 .......................................................................................... 45

Tabela 5- Campos tabela CDHDR ...................................................................................... 45

Tabela 6 - Campos tabela CDPOS ...................................................................................... 45

Tabela 7 - Campos RSUSR002 ........................................................................................... 50

Tabela 8 - Campos tabela USR02 ....................................................................................... 51

Tabela 9 - Campos tabela URS21 ....................................................................................... 51

Tabela 10 - Campos tabela ADRP ...................................................................................... 51

Tabela 11 - Campos Artigo 47 ............................................................................................ 60

Tabela 12 - Correspondência campos artigo 47 e SAP ....................................................... 61

Tabela 13 - Tipos documentos a assinar ............................................................................. 64

Tabela 14 - Notas SAF-T PT............................................................................................... 76

Tabela 15 - Tipo de relatório COREP ................................................................................. 81

Tabela 16 - Tipo de relatório FINREP ................................................................................ 81

Tabela 17 - Resumo principais métodos ........................................................................... 104

Tabela 18 - Resumo de conclusões dos projectos ............................................................. 108

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xiii

Índice de Acrónimos

Advanced Business Application Programming ABAP

Application Management Services AMS

Autoridade Tributária AT

Banco de Portugal BdP

Enterprise Resource Planning ERP

eXtended Business Reporting Language XBRL

eXtensible Markup Language XML

Sistemas, aplicações e produtos em processamento de dados SAP

Sistemas de Informação SI

Standard Audit File for Tax Purposes - Portuguese Version SAF-T - PT

Sistemas, Aplicações e Produtos SAP

Tecnologias de Informação TI

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1 Introdução

Vivemos num mundo em constante mudança, as Tecnologias de Informação (TI)

acompanham essa mudança fazendo-a reflectir nos Sistemas de Informação (SI). Com

exigências cada vez maiores, quer das autoridades legais, quer da melhoria constante dos

seus processos de negócio, quer dos proprietários que pretendem aumentar os lucros e

tornar as empresas mais competitivas, as organizações vêm nos seus SI a ferramenta ideal

para ajudar a vencer os obstáculos constantes.

À medida que as empresas se vão deparando com novos obstáculos, torna-se inevitável que

os seus SI sejam alvos de melhoria, ou sejam desenvolvidas novas ferramentas de forma a

existir uma resposta eficaz.

1.1 Enquadramento

Este documento mostra os projectos desenvolvidos na área de Application Management

Services da entidade associada da Deloitte, a Serviços Gerais de Gestão.

Este documento apresenta projectos de duas tecnologias: SAP e Microsoft.

Na área de SAP foram realizados projectos de curta duração onde foram analisadas e

desenvolvidas soluções de forma a responder aos requisitos legais e optimização dos

processos dos clientes. Foi também prestado apoio funcional a alguns clientes

internacionais que contrataram os serviços da Deloitte para os ajudarem com requisitos

legais de Portugal; Na vertente das tecnologias Microsoft foi criada uma ferramenta com

recurso à linguagem de programação C# e à framework .NET. Esta ferramenta foi criada

devido a novos requisitos legais de comunicação de informação financeira dos bancos

portugueses ao Banco de Portugal (BdP).

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2

1.2 Motivações e Objectivos

Em alguns projectos documentados, os clientes estavam em transgressão das leis

Portuguesas, as soluções apresentadas têm como principal objectivo colocar os clientes em

situação legal e assim evitar possíveis multas por parte das autoridades.

Foram desenvolvidas soluções com o objectivo de melhorar os processos dos clientes,

tornando assim as tarefas mais rápidas, uniformes e mais eficazes.

Quando se efectuam trabalhos de consultoria o foco primordial é a satisfação do cliente,

como tal a motivação principal é trabalhar de forma a resolver os desafios lançados pelos

clientes da maneira mais eficaz e eficiente possível que o leve a ter confiança no trabalho

desenvolvido sabendo que pode contar com a firma para o apoiar nas iniciativas actuais e

em iniciativas futuras.

1.3 Organização do Documento

Este documento está estruturado em sete capítulos. No Capítulo um está apresentada uma

breve descrição sobre os temas do relatório.

No Capítulo Dois é feita uma caracterização da entidade onde os projectos foram

desenvolvidos, são apresentadas as principais características, concorrentes, bem como a

área de negócio.

No Capítulo Três é descrita a formação recebida enquanto membro da equipa, sendo

abordados os principais assuntos da mesma.

No Capítulo Quatro é feita uma caracterização sobre o trabalho na área de consultoria. É

também feito um enquadramento em relação à tecnologia de Enterprise Resource Planning

(ERP), esta tecnologia é onde os projectos de consultoria são desenvolvidos. Neste capítulo

o ERP SAP é detalhado em mais pormenor pois, é nesta tecnologia que a actividade de

consultoria em SAP é prestada.

No capítulo Cinco são apresentados duas vertentes de consultoria em SAP: projectos de

análise e desenvolvimento; e projectos de consultoria, nestes últimos não há

desenvolvimento, há apenas apoio técnico e funcional como forma de ajudar clientes

estrangeiros que têm desconhecimento das leis portuguesas. Neste capítulo é apresentado

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3

também o projecto em tecnologias Microsoft, mais propriamente um conversor de ficheiros

excel com dados financeiros para eXtended Business Reporting Language (XBRL). A

comunicação de informação financeira em formato XBRL dos bancos ao Banco de

Portugal é um novo requisito legal.

Por fim, no Capítulo Seis é apresentada uma síntese do documento, bem como principais

pontos apresentados. São também deixadas algumas sugestões de trabalho futuro e

apresentada uma conclusão.

No final do documento encontram-se os anexos que complementam o relatório e que pela

sua importância não poderiam estar omissos. Nos anexos encontram-se:

Anexo Um - Planeamento do Projecto;

Anexo Dois - Requisitos do projecto de extracção de dados “JET”;

Anexo Três - Manual do programa “JET”;

Anexo Quatro - Especificação Funcional - Pedido de compra - Centro de custo;

Anexo Cinco - Especificação técnica - Pedido de Compra - Centro de custo;

Anexo Seis - Certificação de Guias de Remessa -Excerto de código ABAP;

Anexo Sete - Especificação Técnica - Guias de Remessa;

Anexo Oito - Manual Utilizador SAF-T PT;

Anexo Nove - Formação Programa SAF-T PT;

Anexo Dez - Exemplo de Instância XBRL;

Anexo Onze - XBRL - Comunicação trocada com o Banco de Portugal.

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5

2 Caracterização da Entidade Receptora

Neste capítulo será apresentada uma caracterização da entidade receptora dos projectos que

vão ser relatados neste documento.

Será apresentada uma breve história da Deloitte, com os marcos principais da sua

existência, áreas de negócio e concorrência.

2.1 Caracterização da Deloitte

A história da Deloitte remonta ao século XIX, e o seu nome internacional – Deloitte

Touche Tohmatsu – deriva dos três percursores William Welch Deloitte, George Touche e

Nobuzo Tohmatsu - líderes na área dos serviços profissionais.

Nas imagens seguintes podemos observar os principais marcos temporais da empresa ao

longo de quase duzentos anos (Deloitte 2014).

Figura 1 - Deloitte 1830 - 1870

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6

Figura 2 - Deloitte 1880 - 1920

Figura 3 - Deloitte 1930 – 1970

Figura 4 - Deloitte 1980 - 2020

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7

“Deloitte” é a marca sob a qual dezenas de milhares de profissionais, trabalhando em

firmas independentes espalhadas por todo o mundo, colaboram na prestação de serviços de

auditoria, consultoria fiscal, consultoria e corporate finance a clientes nos mais diversos

sectores de actividade. Estas entidades são firmas membro da Deloitte Touche Tohmatsu

Limited ("DTTL"), uma sociedade privada de responsabilidade limitada do Reino Unido.

Cada firma membro presta serviços numa determinada área geográfica e está sujeita às leis

e regulamentos profissionais do país ou dos países em que opera. A DTTL não presta

directamente serviços a clientes. A DTTL e as firmas membro são entidades separadas e

legalmente distintas, não podendo uma obrigar as outras. A DTTL e cada firma membro é

responsável pelos actos e omissões próprios não sendo responsável pelos dos outros. Cada

firma membro opera sob os nomes “Deloitte”, “Deloitte & Touche”, “Deloitte Touche

Tohmatsu”, ou outros nomes relacionados. Cada firma membro é estruturada de modo

diferenciado consoante as respectivas leis nacionais, regulamentos profissionais, costumes

e outros factores, podendo exercer a sua actividade nas respectivas áreas geográficas

através de subsidiárias, participadas ou outras entidades.

Em Portugal e Angola, a Deloitte tem escritórios em Lisboa, Porto e Luanda e conta com

cerca de 1.800 profissionais que assumem diariamente um compromisso com a excelência

e presta serviços de auditoria, consultoria fiscal, consultoria e corporate finance através

das seguintes entidades:

Deloitte & Associados, SROC S.A. (auditoria, consultoria fiscal e gestão de risco);

Deloitte Consultores, S.A. (consultoria e corporate finance);

SGG – Serviços Gerais de Gestão, S.A. (outsourcing de serviços financeiros);

Deloitte & Touche – Auditores Limitada (Angola) (auditoria, consultoria e

consultoria fiscal).

2.2 Concorrência

2.2.1 PricewaterhouseCoopers

A PwC está presente em Portugal há mais de 50 anos fazendo actualmente parte desta rede

as seguintes entidades:

PricewaterhouseCoopers & Associados - Sociedade de Revisores de Contas, Lda

(PwC SROC);

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PricewaterhouseCoopers / AG - Assessoria de Gestão, Lda (PwC AG);

PricewaterhouseCoopers / MFAS – Management, Finance & Accounting Services,

Lda.

PwC refere-se à rede de entidades que são membros da PricewaterhouseCoopers

International Limited, cada uma das quais uma entidade legal autónoma e independente.

A PwC em Portugal conta com 28 Partners, dos quais 21 no escritório de Lisboa e 7 no

Porto, e cerca de 940 colaboradores permanentes distribuídos pelos escritórios de Lisboa,

Porto e Cabo Verde. A PwC Portugal tem ainda uma joint-venture com a PwC Africa

Central para o desenvolvimento da sua actividade em Angola. A grande maioria dos

profissionais é licenciada em gestão de empresas, finanças, economia, contabilidade,

direito, engenharia ou ciências sociais, a todos sendo proporcionada a hipótese de

complementarem a sua formação académica, além de receberem frequentemente formação

profissional específica (PWC 2014).

2.2.2 KPMG

A KPMG International Cooperative (“KPMG International”) é uma entidade suíça. As

firmas membro da rede KPMG são filiais da KPMG International. A KPMG International

não presta qualquer tipo de serviços a clientes das suas firmas membro. Nenhuma firma

membro tem autoridade para obrigar ou comprometer a KPMG International ou outra das

suas firmas membro perante terceiros. Da mesma forma, a KPMG International não tem

autoridade para obrigar ou comprometer nenhuma firma membro. A rede adopta uma

abordagem global às necessidades dos clientes, abrangendo disciplinas profissionais,

sectores industriais e fronteiras nacionais.

A rede da KPMG International tem 155.000 profissionais nas firmas membro em 155

países. Na KPMG em Portugal, a sua actividade está organizada em torno dos serviços de

Auditoria, Fiscalidade e de Consultoria (KPMG 2014).

2.2.3 Ernst & Young

A Ernst & Young, conhecida actualmente como EY é uma das maiores empresas de

prestação de serviços profissionais no mundo, que inclui auditoria, impostos, finanças,

contabilidade e consultadoria. É uma empresa multinacional composta por mais de

145.000 profissionais e com presença em 140 países. As origens da empresa remontam a

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1903, quando Alwin Ernst cria Ernst & Ernst, e 1906 com Arthur Young a criar Arthur

Young & Company. A actual Ernst & Young nasce em 1989, momento que duas

importantes empresas, Ernst & Winney e Arthur Young se fundem.

A empresa EY encontra-se dividida 4 áreas geográficas: Américas; Ásia-Pacífico; Europa,

Médio Oriente, Índia, África; Japão (EY 2014).

A Deloitte, juntamente com as suas três grandes concorrentes são conhecidas como as Big4

(Big four) designação que tem origem no facto de serem consideradas como as quatro

grandes consultoras mundiais.

Em Portugal, a Deloitte é líder na prestação de serviços profissionais de auditoria e

consultoria em volume de facturação, e detém a maior quota de mercado na prestação de

serviços de auditoria às empresas do Índice PSI 20 e em consultoria fiscal às 250 maiores

empresas, nas imagens seguintes podemos observar a quota de mercado da Deloitte

(Deloitte 2014).

Figura 5 - Quota de mercado em Auditoria PSI 20

Figura 6 - Quota de Mercado em Consultoria Fiscal 250 Maiores Empresas em Portugal

Figura 7 - Quota de Mercado Big4 Volume de Negócios em 2012

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10

2.3 Caracterização da Área de Negócio

Os projectos foram desenvolvidos na SGG – Serviços Gerais de Gestão, esta empresa é

uma filiada da Deloitte e presta serviços de outsourcing nas áreas de:

Contabilidade administrativa;

Consultoria geral.

A SGG é constituída por diversas divisões:

Application Management Services;

Finance & Accounting;

Human Resources;

Tax Compliance.

Foi na área Application Management Services (AMS) que os projectos foram

desenvolvidos.

A divisão AMS é focada essencialmente na manutenção, correcção e evolução do software,

no entanto tem capacidade e conhecimento para implementações de raiz.

A AMS tem nos seus quadros cerca de 90 colaboradores, distribuídos por diferentes

cargos/funções consoante o desempenho e antiguidade, na imagem Figura 8 podemos

observar a sua hierarquia.

Figura 8 - Hierarquia AMS

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11

A AMS está dividida em duas grandes áreas, FSI - Financial Services Industry com

clientes nas áreas da Banca e Seguros e Manufacturing com clientes nas áreas da Indústria,

Banca e Retalho.

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13

3 Formação

No princípio da colaboração na Deloitte foi realizada uma apresentação da empresa,

apresentação individual das áreas de actividade da empresa, normas internas, dress code e

também uma formação sobre ética e independência.

Seguiu-se um mês de formação em sala com profissionais da AMS de forma a adquirir

competências sobre as tecnologias nas quais os colaboradores desta área trabalham

diariamente e que permitam uma boa integração nos projectos que a área tem a decorrer,

ou em projectos que venham a ser adjudicados.

A primeira formação, com duração aproximada de dez dias, foi sobre conceitos de bases de

dados com grande incidência no desenho de modelos Entidade-Relacionamento e da

linguagem Structured Query Language (SQL), foram abordados vários casos, desde os

mais simples com consultas imediatas, aos bastante complexos com várias consultas

encadeadas (subconsultas) e consultas de várias tabelas. Seguiu-se uma formação de

Procedural Language/Structured Query Language (PL/SQL) onde foram abordados vários

aspectos sobre esta linguagem de programação, entre eles, os procedimentos e as funções.

Estas formações constituíram uma revisão de conhecimentos previamente adquiridos de

forma a preparar a próxima formação que foi em Oracle Forms. Este software permite a

criação de formulários para interagir com a base de dados, possui um editor de PL/SQL e

um Integrated Development Environment (IDE).

No final das formações foi efectuado um teste com o objectivo de testar os conhecimentos

adquiridos. O teste foi composto por perguntas teóricas e práticas.

A formação continuou com Microsoft Excel, onde foram apresentados conceitos sobre a

importância do Branding na formatação dos documentos, efectuar médias, somatórios

entre outros cálculos, fórmulas condicionais, validação de dados, importação e exportação

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de dados de/para várias tipos de documentos, aplicados a casos próximos da realidade da

Banca e Seguradoras.

A formação seguinte foi em tecnologia SAP, na vertente técnica, ou seja, na vertente de

programação em sistemas SAP, com especial relevo para a linguagem ABAP (Advanced

Business Application Programming). Esta linguagem é uma linguagem de alto nível,

desenvolvida pela própria SAP e é a linguagem mais utilizada nos seus produtos.

Os aspectos focados nesta formação foram:

Dicionário de dados – Funciona como uma abstracção de um SGBD (Sistema de

Gestão de Base de Dados), permite a gestão de todas as definições de dados. No

dicionário de dados é permitido criar todos os tipos de dados para serem usados em

programas ABAP. Podem ser criados por exemplo:

o Domínios – Características que definem o tipo de dados (Date, String, Char) e o

seu tamanho.

o Elementos de dados – Descrevem o significado dos domínios, ou seja, a sua

semântica;

o Tabelas transparentes – são compostas por um conjunto de campos. Cada campo

possui uma definição semântica (Elemento de Dados), e uma definição técnica

(Domínio). Quando são criadas no Dicionário, automaticamente são criadas

espelhos, com a mesma estrutura, mesmos nomes, mesmos campos com o mesmo

nome, mas os dados de cada tipo são mapeados para os tipos de dados permitidos

pelo SGBD;

o Visões – são objectos que permitem visualizar o conteúdo das tabelas transparentes,

inserção, edição e eliminação de dados;

o Ajudas de Pesquisa – fornecem os valores possíveis para determinado campo

quando premida a tecla de atalho para o efeito.

ABAP Development Workbench – é um conjunto de ferramentas usadas para

desenvolver, testar e correr programas feitos em ABAP. Todas as ferramentas são

integradas. Quando se edita um objecto criado com outra ferramenta o Workbench

lança essa essa ferramenta para se poder proceder à edição do objecto. Ajuda a

organizar os desenvolvimentos pois oferece um navegador de objectos que fornece

uma navegação em forma de árvore (Ziegler 2011);

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ALV – tem origem em ABAP List Viewer, é uma ferramenta que apresenta os dados

em forma de tabela (linhas e colunas), tem integrado funções que permitem

manipular os dados (ordenar, totais, filtros, esconder, etc) e exportá-los para ficheiros

excel, CSV, entre outros. É também possível que as ALVs sejam editáveis e com isso

seja possível introduzir, apagar, editar informação directamente nas tabelas (Rossi

2010);

Sapscript – foi a primeira tecnologia de impressão de formulários da SAP ainda

largamente utilizada pois existem muitos programas baseados nesta tecnologia, o

layout é todo desenhado manualmente, sendo usadas coordenadas e unidades de

medida para posicionar a informação nas páginas (Heidecker 2013);

Smartforms – tecnologia mais recente de impressão de formulários que trouxe a

facilidade de criação dos formulários permitindo a modelação lógica e o desenho do

layout com recurso a ferramentas gráficas (Heidecker 2013);

Smartstyles – definição dos estilos dos elementos dos Smartforms e Sapscript, como

por exemplo criação de tipos de parágrafos e seus tipos de letra, tamanho e

espaçamento.

Ampliações – são pontos onde a SAP permite a alteração do sistema standard de

forma a customizar o mesmo para que este responda a requisitos de negócio dos

mesmos. Estas ampliações podem ser Exit, BADI (Business Add-ins), Enhancement e

BTE (Business Transaction Events).

BAPI (Business Application Programming Interface) – permite o acesso a funções

SAP por via de código efectuado nos programas ABAP, por exemplo podem ser

usadas para criar vários documentos de forma automática em vez de serem criados de

forma manual, poupando assim tempo e automatizando processos.

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17

4 Áreas de Consultoria

Neste capítulo é contextualizada a consultoria como actividade profissional bem como os

principais sectores onde os projectos foram desenvolvidos. São ainda abordados alguns

aspectos relacionados com sistemas Enterprise Resource Planning (ERP) de forma a

enquadrar uma das áreas do trabalho desenvolvido que inclui os projectos de consultoria

em tecnologias SAP. Devido ao facto dos projectos serem desenvolvidos na tecnologia

SAP, esta tecnologia será detalhada em mais pormenor. Estão presentes conceitos sobre

estes sistemas, a sua evolução ao longo do tempo, principais sistemas disponíveis no

mercado e aspectos sobre o seu ciclo de vida.

4.1 Consultoria

Nos dias que correm a maioria das empresas recorrem constantemente a serviços de

consultoria especializados que tragam valor acrescentado às empresas. Os consultores

tanto podem oferecer aconselhamento como apresentar um conjunto de soluções com vista

à resolução de problemas específicos.

A palavra consultor tem origem na língua Latim, palavra consultare, que significa “pensar

com”. Os consultores ajudam os clientes a pensar na melhor forma de resolver problemas

específicos e juntos determinam a melhor solução (Expresso 2014).

A consultoria pode ser dividida em duas categorias:

Consultoria interna: acontece quando um profissional é consultado por

colaboradores ou departamentos internos da sua empresa, sendo estes considerados

clientes;

Consultoria externa: acontece quando um profissional presta serviços aos clientes

externos da sua empresa. Os seus conhecimentos são fornecidos durante um

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período de tempo a troco de uma tarifa. Normalmente neste tipo de consultoria o

consultor tem a oportunidade de trabalhar com muitos clientes.

Os projectos foram desenvolvidos nestas duas categorias, tanto apoiando clientes internos

da instituição como apoiando clientes da instituição. Os projectos na categoria de

consultoria externa foram realizados tanto nas instalações dos clientes, como nas

instalações da Deloitte através de trabalho remoto, acedendo aos sistemas dos clientes via

Virtual Private Network (VPN). A ligação via VPN permite a ligação aos sistemas dos

clientes por meio da infra-estrutura pública usando mecanismos de criptografia para

manter seguros os dados da ligação.

Existem vários ramos da consultoria, consultoria de recursos humanos, consultoria de

gestão, consultoria legal, entre outro. Neste caso os projectos foram desenvolvidos na

consultoria de tecnologias de informação, mais exactamente em tecnologias SAP e

Microsoft.

4.2 Sectores da Banca e Retalho

Os clientes aos quais foram prestados serviços operam sobretudo nos sectores da Banca e

do retalho.

O sector da Banca desempenha um papel muito importante no papel da economia, os

bancos são o principal meio para a obtenção de crédito para o investimento por parte das

empresas. Os bancos são também os principais financiadores dos privados para a obtenção

de moradia própria, por outro lado, os depósitos dos clientes constituem uma parte

importante na estrutura de financiamento dos próprios bancos (APB 2013). Pode-se

afirmar que este sector desempenha um papel muito importante no motor da economia,

pois as empresas sem financiamento não podem investir na inovação e tecnologia de forma

a se tornarem cada vez mais competitivas em relação ao mercado, e se posicionarem como

grande impulsionadoras de criação de emprego e geração de riqueza no país.

O sector do Retalho é caracterizado pela venda de produtos em pequenas quantidades aos

consumidores finais, ao contrário do sector grossista que consiste na venda de produtos em

grandes quantidades aos intermediários, que depois podem vender em pequenas

quantidades, chamado o retalho. Os produtos podem ser vendidos em lojas físicas, lojas

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on-line, na rua, em mercados, entre outros. Podem-se considerar como exemplos da venda

a retalho os supermercados, lojas de conveniência, lojas de desporto, lojas de mobiliário e

lojas de ferragens.

4.3 Sistemas Enterprise Resource Planning

Num mundo empresarial em crescente competitividade as organizações necessitam cada

vez mais de obter informação em tempo quase real, não só sobre os competidores, mas

essencialmente do desempenho das suas operações. Tendo esta necessidade em mente as

organizações estão a optar pela adopção de sistemas de apoio à gestão como os ERPs.

No início dos anos noventa as empresas começaram a mudar a sua estratégia no campo das

Tecnologias da Informação (TI), deixaram de produzir internamente os seus softwares e

começaram a adquirir as aplicações de gestão, como os ERPs a empresas externas (Hong

2002).

Os ERPs são sistemas integrados que possibilitam o fluxo de informação entre os diversos

sectores do negócio, agregando a informação numa única base de dados consistente,

possibilitando a obtenção de um retracto em tempo real sobre o funcionamento das

organizações.

São ferramentas que melhoram os processos dos clientes, como por exemplo processos de

compras, recursos humanos, distribuição (Scott Buckhout 1999).

Segundo Davenport, um ERP é um software que integra toda a informação que circula pela

empresa, desde informação financeira, recursos humanos, clientes, compras e vendas

(Davenport 1998).

Estes sistemas são sistemas de informação configuráveis e que integram informação e

processos de negócio transversais a todas as áreas funcionais da organização (K. Kumar

2000).

Tadjer caracteriza os ERPs como sendo uma sistema que engloba uma única base de

dados, uma única aplicação e uma interface única transversal a toda a empresa (Tadjer

1998).

Segundo O’Leary, ERPs são sistemas informáticos desenhados para processar as operações

da organização, facilitar a integração, planeamento em tempo real, produção e resposta aos

utilizadores (O’Leary 2001).

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Os ERPs incorporam as melhores práticas, estas práticas surgem da comparação efectuada

a processos de organizações idênticas (Galpin 1996), e devem ser implementados sem

exagero nas alterações, sob pena da diminuição do desempenho do sistema, problemas em

caso de upgrades futuros do sistema e dificuldades de manutenção.

Frequentemente os ERPs são implementados em empresas com os seus processos de

negócio claramente definidos e podem não incluir algumas funcionalidades que permitam

a transposição dos respectivos processos para o sistema. Por vezes os sistemas são

customizados para abarcar os processos de negócio, com as condicionantes anteriormente

referidas, ou em alternativa a empresa altera a sua filosofia para que alguns dos seus

processos reflictam o comportamento do ERP adoptado. Podemos concluir que as

implementações dos ERPs tentam reflectir as boas práticas transversais a todas as

empresas, mas que nem sempre esse conceito pode ser totalmente implementado devido

aos processos pré-existentes nas empresas não serem suportados nativamente pelos ERPs.

Apesar dos ERPs contemplarem uma grande variedade de áreas de actuação e incluírem os

seus processos mais comuns, os ERPs não oferecem processos de negócio que se adeqúem

a todos os processos das empresas.

4.3.1 Caracterização

Os ERPs possuem uma estrutura modular, em que cada módulo corresponde a uma área

funcional do negócio, estes sistemas permitem a integração de processos e integração de

informação ao longo do domínio de uma organização. São sistemas passíveis de serem

adaptados de forma a corresponderem às necessidades dos clientes, pois apesar de serem

sistemas que reúnem as melhores práticas, são sistemas muito abrangentes que têm que ser

configurados de forma a serem adaptados à realidade de cada cliente.

Os ERP permitem o acesso, integração e processamento dados em tempo real consolidados

sobre uma base de dados única. Oferecem um fluxo de informação transversal às áreas

funcionais.

Com os ERPs é possível automatizar processos, facilitando as operações e a gestão do

negócio. Estes sistemas suportam processos críticos nas mais variadas áreas do negócio

(Vincent A. Mabert 2003).

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Na Figura 9 é apresentado um modelo, proposto por Uwizeyemungu e Raymond, das

principais características dos ERPs, que as divide em três áreas, área Técnica,

Organizacional e Informacional (Sylvestre Uwizeyemungu 2004).

Figura 9 - Características ERP Uwizeyemungu e Raymond (2004) (Adaptado)

4.3.2 Evolução

Pode-se afirmar que sistemas ERP têm origem na década de 70 nos sistemas Material

Resource Plannig (MRP), até então as aplicações existentes eram apenas para controlo de

stock, este tipo de sistemas permitiam gerir e planear inventários gerindo a procura dos

produtos pelo planeamento da produção. A estes sistemas na década de 80, foram

atribuídas mais funções sendo elas: funções de programação da produção; cálculo de

necessidades de capacidade de produção e controlo de compras e vendas.

Com estas funções os sistemas MRP alagaram as necessidades relacionadas ao cálculo de

necessidades de materiais, para incorporar também necessidades de informação para a

tomada de decisões relacionadas com a gestão de outras áreas da produção. O MRP

recebeu então a designação de MRP II.

Os fornecedores de software como forma de expandir a sua oferta depressa se apressaram a

desenvolver novos módulos para além dos relacionados com a produção, como por

exemplo: Gestão de recursos Humanos; Vendas e Distribuição; Financeiro.

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Estes sistemas cada vez mais abrangentes de quase todas as actividades do negócio das

empresas receberam o nome de ERP.

Na Figura 10 podemos observar uma anatomia de um sistema de informação empresarial,

de notar a base de dados central onde todas as aplicações vão consultar/escrever

informação. Podemos constatar que estes sistemas são vitais no funcionamento das

organizações pois interligam de maneira transversal as áreas de negócio, empregados,

gestores, funcionários e fornecedores (Davenport 1998).

Figura 10 - Anatomia de um Sistema de Informação Empresarial (Davenport 1998)

O conceito de ERP existe desde os anos 60. No entanto, até 1972 não tinha nome ou

classificação. Era um conceito no qual as organizações tentavam integrar os departamentos

e funções de forma a aumentar os proveitos e fortalecer o negócio. Em 1972, cinco

directores da IBM abandonaram a empresa e formaram uma nova empresa para

desenvolver o seu conceito de ERP. Essa empresa, então fundada, é conhecida actualmente

por SAP (Systems, Applications and Products). Esta empresa alemã (SAP) tornou-se

eventualmente na primeira empresa a desenvolver e implementar aplicações ERP, sendo

actualmente a líder mundial (Gøtze 2009).

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4.3.3 Sistemas ERP Existentes

SAP - Fundada em 1972 na Alemanha por cinco engenheiros da IBM. O seu sistema foi

optimizado para gerir os processos de produção e gestão, logística e recursos humanos. É

considerada a maior empresa fornecedora de ERP a nível mundial, contribuindo para isso

ter sido uma das pioneiras (Castro 2009).

Oracle - Produz e vende aplicações ERP desde 1987, sendo a maioria dos seus clientes

empresas ligadas à produção e consumo de dados, sendo assim um adversário directo da

SAP. Curiosamente em cerca de 80% dos casos, o software da SAP opera sobre uma base

de dados da Oracle (Castro 2009).

Primavera BSS - Empresa portuguesa de software, fundada em 1993. Desenvolve e

comercializa soluções de gestão e plataformas para integração de processos empresariais,

disponibilizando soluções para as Pequenas, Médias, Grandes Organizações e

Administração Pública (Castro 2009).

Microsoft Dynamics - Empresa multinacional norte americana fundada em 1975,

frequentemente abreviada como MS. Microsoft Dynamics é a linha da Microsoft destinada

a empresas. Era anteriormente conhecido pelo seu nome de projecto Green, e substitui a

família de aplicações da Microsoft Business Solutions. Esta família de produtos inclui

vários softwares como Microsoft Dymamics AX [ex-Axapta], direccionado para a gestão de

empresas – ERP (Castro 2009).

Sage – A empresa tem um produto de gestão integrado com o mesmo nome que cobre

todas as necessidades de gestão de uma empresa: Contabilidade e Gestão Financeira,

Gestão Comercial, CRM, Gestão de Produção, Gestão de Armazéns e logística. O grupo

Sage, fundado em 1981, é líder mundial em soluções de software de gestão para Pequenas

e Médias Empresas (PME), contando com mais de 5,5 milhões de clientes em todo o

mundo (SAGE 2014).

PHC – Fundada em 1989 possui sucursais em Portugal, Moçambique, Angola e Espanha.

A PHC oferece um ERP com o mesmo nome, possui uma carteira de mais de 29000

empresas, mais de 134 mil utilizadores, 420 Parceiros e cerca de 135 Colaboradores (PHC

2014).

Alidata – Com início da actividade em 1984, esta empresa oferece aos seus clientes o

Alidata® ERP, podendo ser Small Business ou Enterprise, conforme os módulos

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disponíveis, entre eles: Gestão Comercial, Gestão de Oficinas/Concessionários, Gestão de

Obras e Gestão de Produção. A empresa é especialista no sector industrial e automóvel,

onde tem o seu ERP implementado em mais de 5.000 empresas e mais de 30.000

utilizadores (Alidata 2014).

4.4 Ciclo de Vida de um ERP

A definição de ciclo de vida dos ERPs é difícil de ser consensual entre os autores, Esteves

propôs uma definição que apresenta seis fases como se pode observar na Figura 11

(Esteves 1999).

Figura 11 - Ciclo de vida de ERP (Esteves, 1999)

As fases podem ser caracterizadas como:

Decision Planning – Planear a decisão – é a fase onde são questionadas as

necessidades de ter um ERP e recolha de informação sobre qual sistema se adequa

melhor à criticidade do negócio da organização. Esta fase inclui a definição de

requisitos, metas, benefícios e análise de impacto que esta adopção pode ter a nível

organizacional;

Acquisition – Aquisição – é a fase onde é escolhido o produto que melhor

corresponde aos requisitos e que requer o mínimo de customização. É escolhida

também uma consultora para ajudar nas próximas fases do ciclo de vida do ERP.

São considerados os factores como o preço, a formação e a manutenção. É

celebrado um contracto e é importante analisar o retorno do investimento deste

produto.

Implementation phase – Fase de implementação – Consiste na customização,

parametrização e adaptação do ERP de acordo com as necessidades da organização,

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normalmente feita por consultores especializados que oferecem metodologias de

implementação, know-how e formação;

Use and maintenance phase – Uso e manutenção – Consiste no uso do produto para

que haja o benefício esperado. Nesta fase é necessário que o sistema seja mantido

de forma a corrigir maus funcionamentos e implementar pedidos de optimização

necessários de forma a garantir o correcto funcionamento dos sistemas;

Evolution phase – Fase de evolução – Corresponde à integração de novas

funcionalidades no ERP de forma a trazer mais e melhores benefícios como por

exemplo gestão de relação com o cliente (Customer Relationship Management),

gestão da cadeia de abastecimento (Supply-Chain Management);

Retirement phase – Fase de descontinuação – Esta fase acontece quando o ERP fica

obsoleto pelo aparecimento de novas tecnologias ou a incapacidade do ERP em

corresponder às novas necessidades do negócio.

4.5 Factores Críticos na implementação de um ERP

Quando se toma uma decisão de implementar um ERP há sempre dificuldades que se

encontram ao longo do percurso, mas a não consideração que um ERP poderá evoluir ao

longo do tempo conforme as necessidades, quer por verificação de que os processos podem

ser melhorados, quer por novas necessidades de negócio ou até obrigações legais poderá

ser a primeira dificuldade. O não reconhecer este facto poderá afectar o planeamento a

longo prazo, pois para estas alterações é preciso verba, que ao ser negligenciada poderá

faltar, ou em caso de não negociada com a empresa que fez a implementação poderá fazer

com que os custos de manutenção fiquem mais elevados que os custos de implementação

(Fernando Alexandre Rodrigues Gambôa 2004).

Outro factor crítico é a falta da clara definição por parte das pessoas chave da organização,

das metas estratégicas, e a forma que a companhia se deve posicionar no processo de

implementação do ERP de modo a satisfazer os clientes, desenvolver e dar poder aos

funcionários e facilitar a relação com os fornecedores. Deve existir uma ideia bastante

clara e cuidadosamente definida do porquê da implementação do ERP, bem como o que é

critico para o negócio e que o ERP tem que corresponder.

Para que uma implementação seja bem-sucedida é importantíssimo que a gestão de topo

esteja comprometida e participativa no projecto, porque se tal não acontecer os

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colaboradores podem colocar entraves e prolongar a implementação.

A gestão do projecto é outro factor crítico, se não for feita uma boa gestão os prazos e os

custos podem derrapar, por diversos motivos como definição do âmbito errada, alocação de

recursos com capacidades técnicas erradas para o projecto, prazos irrealistas para as tarefas

necessárias. A implementação deverá ser orientada para os casos de negócio da

organização e desenhada em conjunto com as pelas pessoas que lidam com os processos

directamente.

A volatilidade do negócio e as constantes mudanças organizacionais podem condenar uma

implementação na medida que prazos muito longos de implementação podem fica

obsoletos quando a implementação terminar, ou a gestão mudar e não se rever na estratégia

traçada pela anterior gestão, postos de trabalhos extintos. É recomendável que as

implementações sejam incrementais e em períodos de tempo relativamente curtos.

É essencial que os dados sejam correctos para garantir o bom funcionamento do sistema

dado que a natureza do ERP o torna transversal e agregador de informação a toda a

organização, um erro pode ter um efeito negativo em forma de dominó ao longo de toda a

organização.

Um factor talvez, o de mais importância é o factor da formação aos utilizadores, são eles

quem vão utilizar o sistema e é importante que o saibam fazer bem, e só com formação e

treino é que vão perceber o funcionamento do mesmo. Se os funcionários não perceberem

como o sistema de forma a tirarem o máximo partido dele, vão inventar os seus próprios

processos e desvirtuar o seu uso, poderão até deixar de usar o ERP e tentar fazer o seu

trabalho em sistemas paralelos (Elisabeth J. Umble 2002).

4.6 Caracterização SAP

A SAP (Systeme Anwendungen Produkte in der Datevenverarbeitung), que em português

significa “Sistemas, aplicações e produtos em processamento de dados”, foi fundada em

1972 por cinco engenheiros ex-trabalhadores da IBM, um dos três maiores fornecedores de

software de gestão empresarial, oferecendo diversas aplicações e serviços para todo o tipo

de organizações, quer ao nível da dimensão quer de sectores de actividade. Tem

aproximadamente 285 mil clientes em mais de 180 países, emprega mais de 51.500

pessoas num total de 50 países dispersas por 140.000 instalações e conta com um total de

12 milhões de utilizadores finais, está presente em 86% das empresas da Fortune 500 (SAP

2014).

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Em 1973 a empresa lança para o mercado o seu primeiro produto, um módulo de

contabilidade financeira. Este módulo é o ponto de partida para um desenvolvimento

contínuo de outros módulos de software de um sistema que mais tarde seria conhecido por

SAP R/1, sendo o R de real-time data processing.

Em 1979 a SAP começa a operar em servidores próprios e depois de uma inspecção a uma

base de dados IBM e da análise ao controlo do sistema em diálogo, a SAP começou a

repensar o seu software abrindo assim caminho para a nova geração chamada SAP R/2,

versão que ficou estável em 1981.

No início da década de 90, mais precisamente em 1992 a SAP lança a nova versão do seu

ERP, a versão R/3. Esta versão ao contrário das anteriores em que a sua arquitectura era de

servidor, esta versão apresenta uma arquitectura cliente/servidor, como se pode observar na

Figura 12

A arquitectura do R/3 consiste em servidores de aplicações e servidores de bases de dados

e computadores como clientes desses servidores numa rede, utilizando uma ferramenta

gráfica chamada SAP GUI ou o browser da internet podendo o utilizador navegar pelos

programas usando um menu ou inserindo as transacções destinadas os mesmos.

Figura 12 - Arquitectura cliente-servidor SAP R/3 (SAP 2009)

Os servidores de aplicações fornecem o software “aplicacional” enquanto os servidores de

bases de dados armazenam a informação, o SAP pode usar diversos sistemas de bases de

dados, entre eles ORACLE ou Microsoft SQL Server. O SAP possui uma camada

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28

transparente que mapeia o os campos do software aplicacional em campos e formatos

específicos para o motor de base de dados que está instalado para o sistema.

O sistema suporta um número variado de servidores em várias máquinas diferentes,

também não há restrição quanto ao número de utilizadores.

O SAP R/3 é um sistema que pode ser implementado módulo a módulo conforme as

necessidades do cliente, ou pode ser implementada a versão completa.

Estas características fazem do sistema R/3 um sistema adaptativo aos diferentes tipos e

tamanhos de empresas. Por ser um sistema que pode ser implementado em organizações de

qualquer tamanho, mas devido a ser um sistema bastante completo e dispendioso de

implementar, torna-se um sistema que não está ao alcance de todas as organizações.

Para além do SAP R/3 ser um pacote standard configurável, de forma a que este possa dar

resposta às especificidades dos clientes, uma vez que o SAP engloba as melhores práticas

de negócio, mas não consegue albergar todos os processos de negócio de todos os clientes,

seja customizado através da sua linguagem de programação chamada ABAP (SAP 2014).

Desta forma o sistema pode acompanhar o crescimento de uma organização de uma forma

simples e consistente.

Na Figura 13 podemos observar a arquitectura SAP R/3 baseada num sistema aberto, este

sistema permite a independência de plataformas, deixando ao cargo da organização a

escolha dos sistemas operativos e sistemas de gestão de bases de dados, reduzindo assim o

custo do SAP R/3 (ISPGAYA s.d.).

Figura 13 - Tecnologia SAP: Sistema Aberto (ISPGAYA s.d.)

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29

4.6.1 Módulos SAP R/3

O pacote base do SAP R/3 é constituído pelos módulos apresentados na Figura 14 e

caracterizados em baixo.

Figura 14 - Principais módulos SAP (ISPGAYA s.d.)

Contabilidade Financeira (Financial Accounting, FI)

O módulo de FI é o responsável pela gestão financeira da organização (contabilidade geral,

contas a pagar e contas a receber, tesouraria, consolidações), suporta o processo da tomada

de decisão estratégica. A integração deste módulo assegura o reflexo dos movimentos

logísticos de mercadorias.

Controlling (Controlling, CO)

A sua principal função é planear e controlar os custos internos do negócio da organização

(contabilidade de Classes de Custos, gestão de Centros de Custos, custos com projectos,

apuramento de resultados). Os cálculos apurados neste módulo são usados para controlar a

rentabilidade de áreas individuais e da organização como um todo. Como o módulo FI, este

módulo também apoia a tomada de decisões.

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30

Gestão de Activos Fixos (Asset Accounting, AA)

Módulo onde são efectuadas as operações relacionada com o imobilizado, como por

exemplo cálculos de juros, seguros, actividades de manutenção, depreciações, etc.

Complementa o módulo FI.

Gestão Projectos (Project Systems, PS)

Neste módulo é onde se efectua o planeamento, controlo e supervisão dos recursos e custos

associados aos projectos da empresa.

Fluxo de Trabalho (Workflow, WF)

O Workflow é uma ferramenta de suporte a todos os módulos, automatizando o processo

empresarial com base em procedimentos e regras predefinidas e efectuando a ligação entre

os vários módulos.

Soluções Industriais (Industry Solutions, IS)

O IS é um módulo complementar desenvolvido especificamente para indústrias tais como

petróleo e gás, farmacêutica, etc.

Vendas e distribuição (Sales e Distribution, SD)

O módulo SD é responsável pela área logística da empresa e cobre todos os processos

relacionados com vendas, expedição e facturação. Este módulo fornece informações

preciosas em tempo real, sendo um uma ferramenta importante na tomada de decisões.

Gestão de materiais (Materials Management, MM)

O módulo MM está directamente ligado a todas as áreas funcionais, dá suporte a todas as

fases de gestão de materiais: planeamento e controlo, compras, entrada de mercadorias,

gestão de stocks e verificação de facturas.

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31

Planeamento da Produção (Production Planning, PP)

No módulo PP é possível efectuar o controlo da produção, criação dos centros de trabalho,

criação de listas técnicas, planeamento de vendas, expedição e cálculo de custos de

produção.

Gestão da Qualidade (Quality Management, QM)

A Gestão da Qualidade permite efectuar o planeamento, execução e gestão das inspecções.

Neste módulo são estabelecidas as especificações de qualidade e procedimentos de ensaio,

controlo de criação de certificados. Permite o armazenamento de dados relacionados com a

qualidade das matérias primas bem como os dados dos produtos acabados.

Manutenção (Plant Maintenance, PM)

Este módulo permite o planeamento e programação de intervenções com intervalos de

tempo pré-definidos por forma a manter a operacionais as instalações, e preservação dos

equipamentos e materiais. Permite a criação de listas de materiais para serem gastos na

manutenção.

Recursos Humanos (Human Resources, HR)

Este módulo é o responsável pela gestão dos aspectos relacionados com os recursos

humanos da empresa, desde processamento de salários, registo do historial dos

colaboradores, planeamento da formação, recrutamento, gestão de carreias a indicadores de

análise como por exemplo desempenho e assiduidades (Oliveira 2009).

Para além dos módulos base ainda existem outros que são de instalação base, são os casos

dos módulos BASIS que é o módulo de administração do sistema, módulo ABAP que é

onde a customização é efectuada e sobre o qual o sistema efectua a compilação das

aplicações.

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32

Outros módulos disponíveis:

SAP BW – Business Data Warehouse;

SAP EC – Enterprise Controlling;

SAP TR – Treasury;

SAP IM – Investment Management;

SAP CRM – Customer Relationship Management;

SAP SCM – Supply Chain Management;

SAP PLM – Product Life Cycle Management;

SAP SRM – Supplier Relationship Management;

SAP CS – Customer Service;

SAP SEM – Strategic Enterprise Management;

SAP RE – Real Estate.

4.6.2 Metodologia de desenvolvimento SAP

Em 1996, com o objectivo de acelerar os tempos de implementação dos projectos desta

tecnologia, a SAP criou uma metodologia a que chamou de Accelerated SAP (ASAP). Esta

é uma metodologia estruturada que facilita a adesão dos utilizadores ao sistema, com um

roadmap de implementação bem definido e documentação para as várias fazes do que a

compõem. Esta metodologia disponibiliza aos clientes SAP a experiência e conhecimentos

adquiridos devidos a um sem número de implementações em todo o mundo. A ASAP

unifica assim todo um processo de implementação com o fim de alcançar um bom porto

nas implementações de forma a alcançar a missão crítica das funcionalidades do negócio

da organização (José Esteves 2001).

Na Tabela 1 estão presentes as fases do roadmap ASAP e a respectiva Descrição.

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33

Tabela 1 - Fase Roadmap ASAP

Fases de

Implementação

Descrição

Preparação do

Projecto

O objectivo desta fase é definir o início do projecto, identificando os elementos da

equipa e o desenvolvimento do plano de trabalho.

Oficialmente o preâmbulo dos trabalhos é marcado com uma reunião chamada de

Kickoff, onde estão presentes todos os intervenientes do projecto e se clarificam as

funções e responsabilidades de cada um dos elementos.

No preparar da implementação são definidos as metas e objectivos, esclarecimento

do âmbito e a estratégia de implementação, planeamento e sequência geral e o

estabelecimento da organização.

Análise dos

Processos de

Negócio

Consiste em criar uma análise de processos de negócio, que se caracteriza numa

descrição pormenorizada dos resultados das entrevistas (Workshops) entre os

consultores funcionais e os utilizadores chaves. Dessa forma são documentadas as

exigências do processo de negócio da organização através duma ferramenta de

perguntas e respostas, baseadas num fluxo de documentos. Tendo por base a

documentação compilada atinge-se um entendimento comum de como a organização

pretende gerir seus negócios no sistema SAP.

Realização Desenvolve-se um modelo de estado futuro, de uma forma integrada e de acordo com

as soluções documentadas nos processos de negócio do cliente. Cada um dos

processos analisados na fase anterior é parametrizado, testado, validado e

documentado de um modo cíclico. Conceptualmente o processo de refinamento é

interactivo, em que se obtém um resultado através das várias repetições, até à

obtenção de resultados satisfatórios das necessidades declaradas.

Preparação Final O intuito desta fase é concluir a preparação final, estratégia de arranque,

Migração dos dados de negócio, testes, treino dos utilizadores, administração do

sistema, preparação da saída dos consultores, de modo a finalizar os pendentes para o

início em produtivo. A preparação final serve para resolver todas as actividades

cruciais que estão pendentes. A conclusão bem-sucedida desta fase, irá permitir ao

utilizador as condições necessárias ao sistema activo SAP.

A SAP contempla um serviço de testes que permite que especialistas da própria SAP

inspeccionem remotamente o sistema e avalia potenciais problemas, disponibilizando

recomendações para a sua optimização.

Entrada em

Produtivo e Suporte

Esta etapa é marcada pelo culminar de um ambiente pré-produtivo para o início

oficial do sistema em produtivo. É chamada de Go-Live.

É necessário preparar uma organização de suporte para os utilizadores, não só nos

primeiros dias críticos das operações produtivas, mas para fornecer um suporte a

longo prazo. O principal produto do ASAP utilizado é a avaliação do desempenho do

sistema. Desta forma dá-se o projecto como concluído, passando a organização a ser

responsável pela sobrevivência do sistema onde poderão existir mudanças contínuas

de reengenharia de processos.

4.6.3 Fluxo de desenvolvimento

O fluxo de configuração e desenvolvimento dos sistemas SAP normalmente obedece a uma

sequência, a configuração e desenvolvimento em servidores próprios para o efeito, quando

o processo está concluído os trabalhos são enviados para um servidor de testes,

normalmente chamado de qualidade, para serem testados. Se os testes não tiverem sucesso,

os trabalhos são revistos e melhorados e novamente enviados para testes, se os testes

tiverem sucesso os trabalhos são enviados para o servidor de produção, é este servidor que

os utilizadores finais utilizam para o seu trabalho normal.

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34

Na Figura 15 podemos observar o fluxo anteriormente descrito, em que DEV é o servidor

de desenvolvimento, QAS é o servidor de testes/qualidade e PROD, o servidor de

produção.

Figura 15 - Fluxo de desenvolvimento SAP R/3

Qualquer trabalho que seja feito em SAP, quer seja de configuração, quer seja de

programação fica associado a uma ordem, que é transmitida ao administrador de sistemas.

Com o identificador da ordem, o administrador transporta-a de sistema em sistema. A

ordem para poder ser transportada tem que ser liberada, quando isto acontece deixa de ser

possível efectuar mais trabalhos nessa ordem; caso seja necessário terá que ser gerada uma

nova ordem e o transporte das ordens terá que ser efectuado por ordem, da mais antiga para

a mais nova.

Estas ordens passam de sistema em sistema, até chegar ao sistema de produção. Os

sistemas de qualidade e produção estão configurados de forma a que seja impossível alterar

ou criar novos programas, sendo obrigatório sempre que seja necessário efectuar

modificações ou criar novos programas, o processo se inicie no sistema de

desenvolvimento.

As ordens podem ainda ser transportadas para outras máquinas de desenvolvimento,

podendo assim ser reutilizado o desenvolvimento e replicado para outros clientes que

tenham os mesmos requisitos de negócio.

As ordens de desenvolvimento são agrupadas num pacote que engloba todos os objectos

que pertencem ao mesmo desenvolvimento e que partilham o mesmo sistema. Usualmente

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são criados pacotes que albergar os desenvolvimentos que fazem parte dos diferentes

módulos de SAP: SD, FI, MM.

Nestes sistemas é possível comparar as versões dos programas de sistema para sistema. Em

caso de erro consegue-se despistar as diferenças nas versões dos diversos sistemas. Em

caso de necessidade é possível reverter para versões anteriores, escolhendo assim a versão

onde o desenvolvimento se comporta como o desejado.

Podemos concluir que é um sistema bastante testado e maduro, reflexo de um processo

com grande maturação.

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5 Projectos de Consultoria

Neste capítulo estão apresentados os projectos realizados no âmbito de consultoria prestada

aos clientes internos e externos da Deloitte.

É feita uma caracterização dos clientes, dos desafios propostos, é apresentada a solução

concebida para os ajudar a superar as suas dificuldades. É ainda, efectuada uma pequena

conclusão sobre cada projecto.

5.1 Projectos SAP

Neste subcapítulo estão apresentados os projectos de consultoria realizados na tecnologia

SAP.

5.1.1 Programa de Etiquetas

Este projecto consistiu na criação de um programa de impressão de etiquetas para um

cliente da Deloitte.

Este projecto está relacionado com o módulo de Gestão de materiais e com o módulo

ABAP.

5.1.1.1 Caracterização do cliente

O cliente deste projecto é uma multinacional especializada no Trading, que através de uma

pesquisa mundial de soluções oferece aos seus clientes uma concentração dos melhores

fornecedores em termos de qualidade, preço e capacidade de resposta. Neste caso os seus

clientes são firmas do mesmo grupo que actuam em diferentes sectores de negócio, como

por exemplo: sector das bebidas, retalho, construção, alimentação.

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Este cliente opera principalmente no mercado Angolano onde factura anualmente valores

superiores a quinhentos milhões de euros anuais. Um estudo da Revista Exame, que

abrangeu 26 sectores de actividade, indica as melhores e maiores empresas portuguesas do

ano 2008, o cliente ficou posicionando em 137º no ranking das 500 empresas do topo.

5.1.1.2 Requisitos

O cliente lançou recentemente uma loja de mobiliário e necessitava de simplificar o

processo de etiquetagem dos seus produtos em exposição. O processo que estava

implementado consistia em desenhar o layout da etiqueta manualmente, colocar os dados a

constar na etiqueta no programa da impressora, gerar o código de barras manualmente e

juntar ao desenho.

Neste processo foram identificados vários problemas:

Processo demorado, pois o layout era desenhado totalmente de forma manual, e o

código de barras tinha que ser gerado manualmente;

Os empregados tinham que ter formação sobre o programa de desenho;

O layout apresentava inconsistências de produto para produto.

5.1.1.3 Implementação

Para esta implementação o cliente pretendia um programa simples de operar: os

funcionários do armazém efectuam a inserção do número do material em sistema e o

número de cópias pretendidas, para a obtenção das etiquetas.

As etiquetas deveriam conter as seguintes informações: preço, descrição, unidade de venda

(Kg, Litro, Metro, Caixa, Unidade, etc.), proveniência, logotipo da loja, número em

sistema e código de barras.

Como os produtos podem vir de vários armazéns, foi adicionado um terceiro campo na tela

do programa, com o número do centro, que corresponde ao armazém. Deste modo, só será

possível imprimir etiquetas que correspondam aos materiais que existem em cada

armazém.

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Na Figura 16 podemos observar a tela do programa, onde são visualizados os campos a

inserir. São todos de preenchimento obrigatório, caso não estejam preenchidos ou não

existam na base de dados, o programa gera uma mensagem de erro.

Figura 16 - Tela do programa de impressão de etiquetas

Os dados foram adquiridos a partir de consultas às respectivas tabelas da base de dados. Na

Figura 17 podemos observar as tabelas principais usadas e as suas relações. Neste caso as

principais tabelas são:

MARA contém os dados gerais dos materiais;

MAKT contém as descrições para cada língua;

MARC contém o centro para cada material.

As tabelas relacionam-se entre si através campo MATNR que corresponde ao número

de material.

De salientar que a tabela MARA contém um campo denominado EAN11 que corresponde

ao código de barras, que quando configurado em Smartforms, apresenta o código de barras.

Foi criada uma tabela auxiliar para configurar as impressoras por centro (Figura 18), com o

nome da impressora em sistema. Esta tabela permite que as etiquetas sejam impressas

apenas na impressora destinada para o efeito, eliminando o erro humano na escolha da

impressora. Só utilizadores com permissões podem aceder à configuração desta tabela. Na

Figura 19 podemos observar a lista de impressoras configuradas para o programa.

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Figura 17 - Principais relações entre as tabelas de Materiais

Figura 18 - Tabela configuração impressoras

Figura 19 - Listagem de impressoras configuradas para o programa

O layout foi desenhado em Smartforms, a ferramenta que permite desenhar formulários. Na

Figura 20 podemos observar o layout final e na Figura 21 podemos observar a etiqueta no

seu estado final depois de impressa. O campo BARCODE tem que ser configurado com a

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propriedade EAN11 de forma a que o código de barras possa ser visível com o formato de

código de barras, senão, será apresentado como número.

Figura 20 - Layout da etiqueta em Smartforms

Figura 21 - Etiqueta impressa

5.1.1.4 Conclusões

O programa de impressão de etiquetas permitiu reduzir o tempo do processo, uma vez que

o desenho manual do layout e geração do código de barras passou a ser automático,

bastando agora introduzir o número do material, o centro e a quantidade de etiquetas

desejadas. O layout ficou genérico para todos os materiais. Reduziu o desperdício de

etiquetas em testes. Houve poupança também ao nível dos recursos gastos com formação

de funcionários, uma vez que já não é preciso saber como operar o programa de desenho e

de geração de códigos de barras.

Seria uma mais-valia para o sistema SAP oferecer nativamente um processo de

etiquetagem semelhante ao que foi desenvolvido para este cliente de forma a que o mesmo

possa ser usado ou adaptado de acordo com as necessidades dos clientes.

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5.1.2 Projecto de extracção de dados “JET”

Este projecto consistiu num programa de extracção de dados para ajudar na detecção de

fraude nos sistemas SAP dos clientes da Deloitte Consultores. O programa recebeu a

denominação de JET devido às iniciais de Journal Entries Test.

O objectivo do programa consistia na extracção dos dados de lançamentos contabilísticos,

para serem analisados por ferramentas de auditoria de forma a conseguirem ser detectados

indícios de fraude nos documentos lançados em sistema tais como:

Lançamentos em dias de calendários suspeitos (Sábados, Domingos, feriados, etc.);

Lançamentos a horas suspeitas (fora do horário de trabalho);

Valores elevados comparativamente aos valores normais;

Valores certos (10,00; 10000,00);

Documentos lançados por pessoas que não as destinadas à tarefa;

Alterações a valores de documentos.

Até ao momento da criação do JET, os clientes auditados pela Deloitte tinham que fornecer

os dados em bruto e depois a equipa de auditoria conciliava os dados de forma a estes

poderem ser auditados. Este processo requer um esforço da equipa de TI dos clientes, pois

têm que percorrer tabela a tabela e retirar os dados necessários para o efeito. Muitos

clientes não têm os conhecimentos necessários para a execução desta tarefa.

Constitui, também, um processo bastante moroso para a equipa de auditoria, tendo em

conta que é necessário analisar uma grande quantidade de dados e a carteira de clientes é

elevada.

A nova solução foi desenvolvida no módulo de Contabilidade Financeira e módulo ABAP.

5.1.2.1 Caracterização do cliente

O cliente foi a divisão de auditoria da Deloitte Consultores, empresa que faz parte da

Deloitte, e que se encontra caracterizada no segundo capítulo.

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43

5.1.2.2 Requisitos

A divisão de auditoria forneceu os requisitos que podem ser consultados no Anexo Dois.

Neste ponto serão apresentados os requisitos mais relevantes para explicar o projecto.

O programa deverá considerar como entrada os seguintes parâmetros:

Período de análise:

Data de início e data de fim do ano em análise (n)

Data de início e data de fim do ano posterior (n+1)

Empresas:

Escolha múltipla com base na tabela T001 (esta tabela contém as empresas que

constam no sistema).

O programa deverá gerar um ficheiro CSV (Comma Separated Values – Ficheiros

separados por vírgulas) por cada tabela exportada, se possível agregados num ficheiro

compactado.

Deverão ser consideradas as formatações para os ficheiros CSV apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2 - Formatações gerais para ficheiros CSV

Descrição Formatação / caracter

Casas decimais Vírgula (,)

Milhares Ponto (.)

Separadores Ponto e vírgula (;)

Datas YYYYMMDD

Horas HHMMSS

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Na Tabela 3 estão apresentadas as tabelas e os campos a serem exportados.

Tabela 3 - Tabelas e campos de SAP a exportar para CSV

Tabela Campos necessários

BSEG BUKRS, BELNR, GJAHR, BUZEI, KOART,BSCHL, SHKZG, PSWBT, PSWSL, KOSTL, SGTXT, HKONT,

KUNNR, LIFNR

BKPF BUKRS, BELNR, GJAHR, BLART, MONAT, BLDAT, BUDAT, CPUDT, CPUTM, USNAM, KURSF, TCODE,

BKTXT

SKB1 BUKRS, SAKNR, XINTB

LFA1 LIFNR, NAME1, LAND1, ORT01, STRAS, PSTLZ, STCEG

LFBK LIFNR, BANKS, BANKL, BANKN, BKONT

UST04 Todos os campos

T001 BUKRS, BUTXT

RFSABL00 UDATE, UTIME, BUKRS, SAKNR, USERNAME, F_OLD, F_NEW

RSUSR002 Todos os campos

5.1.2.3 Implementação

Após a análise concluiu-se que as tabelas RFSABL00 e RSUSR002 apresentadas na

Tabela 3 não correspondiam a tabelas, mas sim a programas que depois de executados

devolviam os campos necessários para proceder à auditoria. Foi necessária uma análise

cuidada ao programa para encontrar as tabelas e os campos que eram consultadas pelos

mesmos, de forma a fazer a extracção dos dados. Durante esta análise foram requisitados

mais campos para o programa RFSABL00, na Tabela 4 podemos observar os requisitos

finais do mesmo.

O programa RFSABL00 fornece todas as alterações feitas em sistema, neste caso os

campos necessários a obter, provêem da consulta a três tabelas, a tabela CDHDR que

armazena os cabeçalhos dos objectos alterados, a tabela CDPOS que armazena os itens dos

objectos alterados, e a tabela SKB1 que armazena os dados das contas do razão. As contas

do razão são as contas de onde/para onde são movimentados os pagamentos/recebimentos,

por exemplo um pagamento de mil euros tem duas contas, a conta de onde é feito o

pagamento e a conta para onde é movimentado o dinheiro. Nas Tabela 5 e Tabela 6

podemos observar os campos necessários a consultar de cada tabela, e como se relacionam,

objectclas, objectid, changenr, são campos comuns e são campos chave.

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Tabela 4 - Campos RFSABL00

RFSABL00 Alterações às contas do razão durante o período contabilístico

Nomenclatura SAP

Nomenclatura ACL Formato Tamanho Descrição

BUKRS EMPRESA ASCII 4 Empresa

SAKNR CONTA ASCII 10 Conta de razão

UDATE DATA Date DD.MM.YYYY Data do movimento

UTIME HORA ASCII 6 Hora do movimento

USERNAME MODIF_POR ASCII 12 Utilizador que modificou a conta

N/A DATA_FECHO Date DD.MM.YYYY Data do fecho

N/A HORA_FECHO HHMMSS 8 Hora de fecho

VALUE_NEW VALOR_NOVO ASCII 254 Novo conteúdo do campo modificado

VALUE_OLD VALOR_ANTIGO ASCII 254 Conteúdo antigo do campo modificado

FÑAME NOME_CAMPO ASCII 30 Nome do campo

Tabela 5- Campos tabela CDHDR

CDHDR Campos necessários tabela CDHDR para RFSABL00

Nomenclatura SAP Formato Tamanho Descrição

OBJECTCLAS ASCII 15 Classe de objectos

OBJECTID ASCII 90 Valor do objecto

CHANGENR ASCII 10 Nº modificação do documento

USERNAME ASCII 12 Nome usuário que modificou documento de modificação

UDATE DATA DD.MM.YYYY Data do documento

UTIME HORA HHMMSS Hora lançamento

Tabela 6 - Campos tabela CDPOS

CDPOS Campos necessários tabela CDPOS para RFSABL00

Nomenclatura SAP Formato Tamanho Descrição

OBJECTCLAS ASCII 15 Classe de objectos

OBJECTID ASCII 90 Valor do objecto

CHANGENR ASCII 10 Nº modificação do documento

VALUE_NEW ASCII 254 Novo conteúdo do campo modificado

VALUE_OLD ASCII 254 Conteúdo antigo do campo modificado

FNAME ASCII 30 Nome do campo

De forma a podermos observar algumas particularidades da linguagem ABAP irá ser

descrita uma pequena parte técnica da implementação.

Primeiro foi feita uma consulta à tabela CDHDR dos campos apresentados na Tabela 5. Os

campos foram guardados numa tabela interna gt_cdhdr, que só existe em tempo de

execução, a instrução into corresponding fields of table apresentada na Figura 22 indica

que os campos serão guardados nos campos correspondentes da tabela interna, pois a

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mesma apresenta estrutura igual à tabela física, caso esta instrução não seja indicada os

campos serão preenchidos nas primeiras posições; se os tipos dos campos forem iguais não

será apresentado nenhum erro, mas os campos necessários não vão conter informação.

Na mesma figura estão apresentadas as restrições da cláusula where, objectclass representa

o tipo de objecto, neste caso ‘SACH’ corresponde ao tipo de objecto das contas do razão, a

consulta está restrita também ao espaço temporal, pelo campo udate, onde o in representa

um intervalo de valores contidos no parâmetro s_dat, parâmetro esse que é indicado pelo

utilizador na tela de selecção e era um requisito, o eq representa equal (igual).

Figura 22 - Consulta tabela CDHDR

Com esta tabela foram recolhidos todos os cabeçalhos dos itens alterados durante o período

de tempo indicado, mas nem todos os dados são relevantes, os mesmos têm que ser

filtrados por forma a que sejam descartados os dados relativos a contas que não pertençam

à(s) empresa(s) escolhidas pelo utilizador.

Para que tal aconteça é feita a instrução loop, como se pode observar na Figura 23, esta

instrução itera a tabela interna e coloca linha a linha para uma estrutura que representa uma

linha dessa tabela, neste caso para a estrutura gs_cdhdr. Á medida que esta instrução vai

ocorrendo o número de conta vai sendo extraído do campo objectid. O campo objectid

contém nas primeiras quatro posições o número da empresa em sistema e nas restantes dez

posições o número da conta, a linha gs_cdhdr-saknr = gs_cdhdr-objectid+4(10) significa

que o campo saknr da estrutura gs_cdhdr vai ser igual aos dez números (10) do objectid a

contar da quarta posição (+4).

Depois de preencher o campo saknr a linha actual é modificada nesse campo por forma à

tabela assumir o valor. Esta operação é efectuada com a instrução modify gt_cdhdr from

gs_cdhdr transporting saknr, significa que a tabela gt_cdhdr vai ser alterada na linha que

corresponde à estrutura gs_cdhdr alterando o valor do saknr.

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Figura 23 - Relação tabela CDPOS com contas do razão

Neste momento a tabela interna gt_cdhdr já tem o número de conta preenchido, agora é

necessário apurar apenas os registos das contas da(s) empresas seleccionadas pelo

utilizador.

Esse apuramento é realizado através da comparação das tabelas gt_cdhdr e da gt_skb1 que

contém os dados relativos às contas da(s) empresa(s) seleccionadas. A comparação é

efectuada pelo número de conta, o campo saknr e as linhas da tabela gt_cdhdr que têm o

número de conta na tabela gt_skb1 vão ser colocadas numa tabela auxiliar com o nome de

gt_cdhdr_aux, como se pode observar na Figura 24.

Figura 24 - Relacionamento CDPOS contas empresas seleccionadas

Para obter os dados dos itens relativos aos cabeçalhos já adquiridos foi feita uma pesquisa

à tabela CDPOS como apresentado na Figura 25. Com ABAP é possível fazer pesquisas a

tabelas filtrando por valores já existentes em tabelas internas com o comando for all

entries in. Neste caso foi feita uma pesquisa aos campos apresentados na Tabela 6

filtrando essa pesquisa pelos campos existentes na tabela gt_cdhdr_aux, adquirida na

consulta anterior. A pesquisa foi restringida pelas chaves objectclas, objectid, changenr.

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48

Figura 25 - Consulta tabela CDPOS

Depois de adquiridos os dados das tabelas foram efectuadas operações para juntar os

campos de forma a obter a saída necessária. Na Figura 26 está construída a primeira linha

da tabela, que será o cabeçalho. Os nomes a constar como cabeçalho de cada coluna são

fornecidos no campo “Nomenclatura ACL” nas especificações das tabelas e dos campos a

extrair.

Figura 26 - Construção do cabeçalho da tabela

O ABAP possui métodos internos para transformar tabelas internas em formato excel que

pode ser descarregado e guardado em formato CSV. Depois de feitos testes em alguns

clientes e devido ao grande volume de dados a extrair chegou-se à conclusão que os

métodos internos do ABAP exigiam muito tempo e recursos dos servidores.

Foi tomada a decisão de concatenar todos os valores de cada linha e separá-los por ‘;’ com

recurso a um ciclo loop, os valores foram guardados numa variável do tipo string e a cada

iteração foi feito um append a uma tabela de strings gt_str_tbl, como se pode observar na

Figura 27. Usando depois um outro método SAP para descarregar dados em formato bruto,

ou seja, sem estarem formatados como sendo ficheiros excel.

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49

Figura 27 - Concatenação valores

A opção de substituir o método SAP para formatar a informação pela concatenação de

campos e a utilização de um método SAP próprio para extrair dados, reduziu em cerca de

80% o tempo de extracção.

Esta substituição foi possível, pois o software que irá analisar os ficheiros resultantes da

extracção pode ser parametrizado de forma a poder reconhecer os valores sem tratamento,

por exemplo, a data no SAP é armazenada como AAAAMMDD, ou seja, 20140101

representa o dia 1 de Janeiro de 2014, os métodos internos da SAP efectuariam a

transformação para 01.01.2014. Os separadores dos milhares e das décimas são outro

exemplo que os métodos da SAP efectuariam uma transformação, os separadores dos

milhares em SAP são vírgulas (,) e o separador decimal são os pontos (.), os métodos

internos SAP transformariam o valor 1,000.00 em 1.000,00.

Nas figuras seguintes estão apresentados exemplos em CSV e excel dos valores que o

programa RFSABL00 extrai de SAP. Os campos DATA_FECHO e HORA_FECHO estão

em branco pois são para serem preenchidos mais tarde pela equipa de auditoria.

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50

Figura 28 - Exemplo extracção CSV

Figura 29 - Exemplo extracção excel

O programa RSUSR002 devolve dados dos utilizadores em sistema, este programa permite

a obtenção os campos que constam na Tabela 7. Os principais objectivos deste programa

são:

Obter o tipo de utilizador, através do campo ustyp, as possibilidades são: Diálogo,

Sistema, Comunicação, Referência e Serviço, a fraude é mais provável de ser

cometida por utilizadores de Diálogo (utilizador normal), sendo que os outros tipos

são usados de forma automática pelo SAP;

Caso os utilizadores estejam bloqueados, obter o motivo do bloqueio;

E a data até quando os utilizadores podem aceder ao sistema.

Tabela 7 - Campos RSUSR002

RSUSR002 Campos necessários RSUSR002

Nomenclatura SAP

Nomenclatura ACL

Formato Tamanho Descrição

BNAME USER ASCII 12 Nome do usuário no mestre de utilizador

USTYP TIPO_USER ASCII 1 Tipo de usuário

NAME_TEXT NOME ASCII 80 Nome completo da pessoa

UFLAG MOTIVO ASCII 8 Motivo de bloqueio do utilizador

GLTGB VALIDO_ATE DATE 8 Usuário válido até

À semelhança do programa RFSABL00, este também reúne informação de várias tabelas

para construir o relatório final. As tabelas usadas para recolher a informação necessária

foram: Tabela 8, Tabela 9 e Tabela 10.

Mais uma vez, foram usadas as características do ABAP evidenciadas na descrição do

método usado para adquirir os dados do programa RFSABL00.

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51

Tabela 8 - Campos tabela USR02

USR02 Campos necessários tabela USR02 para RFSABL00

Nomenclatura SAP Formato Tamanho Descrição

BNAME ASCII 12 Nome do usuário no mestre de usuários

USTYP ASCII 1 Tipo de usuário

UFLAG ASCII 3 Status bloqueio usuário

GLTGB DATE 8 Usuário válido até

Tabela 9 - Campos tabela URS21

USR21 Campos necessários tabela USR21 para RFSABL00

Nomenclatura SAP Formato Tamanho Descrição

BNAME ASCII 12 Nome do usuário no mestre de usuários

PERSNUMBER ASCII 10 Nº pessoa

Tabela 10 - Campos tabela ADRP

ADRP Campos necessários tabela ADRP para RFSABL00

Nomenclatura SAP Formato Tamanho Descrição

PERSNUMBER ASCII 10 Nº pessoa

NAME_TEXT ASCII 80 Nome completo da pessoa

Foi desenvolvido um ecrã de selecção de dados apresentado na Figura 30, onde é possível

ao utilizador escolher várias empresas, intervalos de datas, dados a extrair, e modo de

extracção.

Depois do programa entrar em produção, em alguns clientes começaram a ocorrer casos de

time-out dos utilizadores e de esgotamento de memória reservada aos utilizadores em

sistema. O problema de time-out relaciona-se com o facto da ligação do SAP GUI se fechar

depois de longos períodos de inactividade, o que acontecia quando os utilizadores

começavam a extracção dos dados e que devido à grande quantidade de dados, deixavam o

programa a executar e ausentavam-se do posto de trabalho. Já o problema do esgotamento

de memória ocorre quando os dados a extrair representam uma grande quantidade de

informação e mediante os parâmetros de cada sistema, que podem ser variáveis (mais ou

menos memória reservada para cada utilizador), a memória esgota-se e torna-se impossível

extrair os dados.

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52

A primeira solução indicada para este problema foi a forma de utilização do programa por

parte dos utilizadores. Foi pedido aos utilizadores para escolherem uma só empresa de cada

vez e indicar períodos de um mês apenas, para a extracção.

A solução apresentada resultou para a maioria dos clientes, mas persistiu em outros, que

diminuíram ainda mais os períodos de selecção. Esta solução resultou mas, a nível

operacional, era muito demorada para os utilizadores.

Consultou-se a área de administração de sistemas SAP da AMS que informou que, em vez

de se efectuar a extracção directamente para o computador pessoal do utilizador, essa

mesma extracção deveria ser efectuada para uma pasta do servidor; depois os ficheiros

deveriam ser descarregados dessa pasta com recurso ao programa CG3Y, que a SAP

fornece para transferir ficheiros de pastas do servidor para uma pasta local do computador

do utilizador, ou directamente na pasta do sistema operativo sobre o qual corre o SAP; com

este processo os problemas de time-out e de esgotamento de memória não aconteceriam.

Foi então adicionada a função de execução em Background que representa a solução

apontada pela administração de sistemas SAP da AMS.

Figura 30 - Layout do ecrã do JET

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Foi elaborado um manual de operação do programa, apresentado no Anexo Três, pois a

opção de execução em Background para quem não tem conhecimentos de administração de

sistemas SAP, mais propriamente no agendamento de jobs (agendamento de tarefas para

correr em background) poderá ter dificuldade em operar o programa.

5.1.2.4 Conclusões

O desenvolvimento deste programa permitiu uma centralização dos processos de extracção

dos dados, a partir do momento em que a versão final do programa foi colocada em

produção nos clientes, a extracção dos dados passou a ser feita num único lugar,

eliminando assim a execução de vários passos até se conseguir obter os dados desejados.

Eliminou também a conciliação dos dados por parte da equipa de auditoria, uma vez que as

tabelas finais já trazem os dados finais a analisar.

Este programa tornou todo o processo mais simples, mais rápido, mais eficaz e mais fácil

para os utilizadores.

As empresas que operam segundo regulação de entidades como o Banco de Portugal e

Comissão do Mercado de Valores Mobiliários são auditadas constantemente de forma a

poderem continuar com as suas operações, e devido a esse facto este desenvolvimento veio

facilitar a aquisição de dados de sistemas SAP para as tão necessárias auditorias.

Devido à complexidade do modelo relacional das tabelas em SAP, muitas vezes é difícil

conciliar a informação retirada de várias tabelas, no caso deste programa não foi excepção.

Os dados que este programa estrai são utilizados em programas comerciais de detecção de

fraude. Consideramos que poderia ser uma mais-valia para os sistemas SAP englobar um

programa como o que foi desenvolvido por forma a tornar mais simples a extracção de

dados para auditoria.

5.1.3 Determinação automática do Centro de Custo para Pedido de

Compra de Imobilizado

Este desenvolvimento consistiu na criação de uma funcionalidade que determinasse e

preenchesse o centro de custo no pedido de compra de imobilizado.

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54

O principal objectivo desta funcionalidade é assegurar a consistência e transversalidade do

valor do centro de custo ao longo de todas as etapas do processo logístico, desde a criação

do pedido de compra de imobilizado à respectiva entrada de factura, prevalecendo em cada

uma o valor definido ao nível dos dados mestre do imobilizado para este campo, como

pode ser observado Figura 31. Os dados mestre são os dados que compreendem as

características de um item, como por exemplo o nome, dimensões e número de

identificação. Estes dados são preenchidos quando se cria um item em sistema, quer seja

um colaborador, cliente, material ou imobilizado, todos eles têm características que são

especificas a que são chamados dados mestre.

O valor é preenchido num campo que permite ao utilizador preencher qualquer valor para o

centro de custo, como se pode observar na Figura 32, desde que esse valor esteja na base

de dados, ou seja, o utilizador pode preencher um centro de custo para o imobilizado que

não corresponda ao correcto.

Este desenvolvimento está relacionado com o módulo Gestão de materiais.

Figura 31 - Dados mestre do imobilizado

Figura 32 - Tela pedido de compra

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55

5.1.3.1 Caracterização do cliente

Esta funcionalidade foi desenvolvida para um banco Angolano. O banco tem cerca de 2000

colaboradores.

5.1.3.2 Requisitos

O levantamento de requisitos foi realizado pela equipa funcional que está responsável pela

manutenção e evolução do sistema SAP do banco.

A equipa forneceu os requisitos para esta funcionalidade que podem ser consultados no

Anexo Quatro , e onde constam os seguintes requisitos:

A criação de imobilizados em sistema é efectuada exclusivamente através da

transacção AS01;

O automatismo para preenchimento de forma automática do campo centro de custo

apenas se encontrará activo no momento de criação de pedidos de compra de

imobilizado (categoria de classificação contábil A – Imobilizado);

O centro de custo que prevalece em todas as etapas do processo logístico é aquele

que se encontra definido nos dados mestres do imobilizado, campo “ANLZ-

KOSTL”;

O desenvolvimento desta funcionalidade deve ser efectuado recorrendo à BADI

Z_ME_PROCESS_PO_COST já existente no BNA.

5.1.3.3 Implementação

Um dos requisitos foi a utilização da BADI Z_ME_PROCESS_PO_COST que já tinha sido

usada anteriormente na implementação de outras funcionalidades no sistema.

A palavra BADI tem origem em Business Add Ins, que são ampliações ao sistema

standard. As ampliações permitem acomodar requisitos de negócio que são demasiado

específicos para serem incluídos na solução standard.

Apesar da equipa funcional ter indicado a BADI a utilizar, não significa que se tenha que

utilizar a mesma uma vez o fluxo do programa pode não passar na BADI no momento no

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56

qual é preenchido o imobilizado na tela. Quando o fluxo do programa não passa pela BADI

indicada, é necessário procurar uma outra onde o fluxo do programa passe no momento

certo.

Após análise do processo de criação do pedido de compra, verificou-se que a BADI pode

ser utilizada neste desenvolvimento.

Foi verificado que a variável im_item continha a informação necessária e que esta podia

ser colocada em variáveis locais através dos métodos get_data() para a informação sobre o

item, e get_accountings() para a informação sobre as contas do razão.

Com a informação das contas numa tabela adquirida com a instrução lt_accountings =

im_item->get_accountings( ) foi realizado um ciclo loop para percorrer todas as contas, no

ciclo foi feita uma pesquisa à base de dados à tabela anlz de forma a determinar o centro de

custo para aquela conta e preencher o campo kostl, que corresponde ao campo do centro de

custo na tela do pedido de compra, com as instruções ls_mepoaccounting-kostl = lv_kostl

e ls_accounting-accounting->set_data( ls_mepoaccounting ), é necessário utilizar o

método set_data pois uma simples atribuição não resulta neste caso.

Teve que ser colocada uma protecção para impedir que esta BADI interferisse noutro

processo que não o dos pedidos de compra, por isso foi adicionada a instrução if sy-tcode

eq 'ME21N' or sy-tcode eq 'ME22N' or sy-tcode eq 'ME23N' que utiliza uma estrutura de

sistema que é o sy que contém entre outros, o campo correspondente às transacções dos

processos, as transacções relativas aos processos de compras são a ME21N para criação,

ME22N para alteração e ME23N para exibição de pedidos de compra.

No código seguinte podemos observar parte do código desenvolvido.

method if_ex_me_process_po_cust~process_item.

* LSismeiro Jan/Fev - 2014 - Automatismo KOSTL (INÍCIO)

data: ls_item type mepoitem,

ls_mepoitem type mepoitem,

ls_mepoaccounting type mepoaccounting,

lt_accountings type purchase_order_accountings,

ls_accounting type purchase_order_accounting,

lv_kostl type anlz-kostl.

* Apenas para Transacções Pedido Compra

if sy-tcode eq 'ME21N' or sy-tcode eq 'ME22N' or sy-tcode eq 'ME23N'.

* Retorna Item

ls_item = im_item->get_data( ).

authority-check object 'Z_EKPO_MAT'

for user sy-uname

id 'ACTVT' field '02'

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57

id 'MATKL' field ls_item-matkl.

if sy-subrc ne '0'.

message e398(00) with 'Sem autorização para o grupo de mercadorias'

.

else.

ls_mepoitem = im_item->get_data( ).

lt_accountings = im_item->get_accountings( ).

loop at lt_accountings into ls_accounting.

ls_mepoaccounting = ls_accounting-accounting->get_data( ).

if ls_mepoitem-knttp = 'A'.

select single kostl into lv_kostl

from anlz

where anln1 = ls_mepoaccounting-anln1.

if sy-subrc = 0.

ls_mepoaccounting-kostl = lv_kostl.

ls_accounting-accounting->set_data( ls_mepoaccounting ).

endif.

endif.

endloop.

endif.

endif.

endmethod.

* LSismeiro Jan/Fev -2014 - Automatismo KOSTL (FIM)

Como se pode observar o código tem comentários que indicam o autor do

desenvolvimento, a data e o motivo do desenvolvimento, assim se existirem erros que

tenham que ser corrigidos é mais fácil de chegar ao responsável pelo desenvolvimento e

qual foi o motivo da alteração do sistema standard.

Com o objectivo cumprido e ainda com algum tempo disponível para a disponibilização do

desenvolvimento, tentou-se acrescentar uma mais-valia ao desenvolvimento que passavam

pela protecção do campo de forma a não permitir alterar o valor, ou seja, tornar o campo

inactivo para edição. Depois de alguma investigação e testes, verificou-se que tal não seria

possível no tempo ainda disponível. É possível alterar o valor, mas sempre que se grava o

documento, o valor é novamente alterado para o valor do dado mestre.

Devido ao esforço envolvido e ao prazo para entregar a funcionalidade principal optou-se

por entregar o trabalho sem a protecção contra escrita, seria uma funcionalidade mais

estética e para ficar em conformidade com o campo Conta do Razão que está lado a lado

com o do Centro de custo, que é preenchido automaticamente como acontece agora com o

campo Centro de custo.

Depois dos testes no ambiente de desenvolvimento efectuados com sucesso, o

desenvolvimento foi transportado para o ambiente de qualidade para ser testado com o

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58

cliente. Os testes foram concluídos com sucesso e o mecanismo já se encontra no ambiente

produtivo.

5.1.3.4 Conclusões

O cliente ficou bastante satisfeito com o mecanismo pois eliminou o erro humano no

preenchimento deste campo, o que permitiu adquirir relatórios de custos com compras de

imobilizado por centro bastante mais precisos, com estes relatórios os gestores têm em seu

poder dados para efectuar uma melhor gestão das verbas para o investimento dos diversos

centros que a organização possuí e assim efectuar orçamentos e planeamentos futuros de

verbas, bem como apurar o valor investido em cada centro.

Esta funcionalidade pelos benefícios e pelo valor que acrescenta na gestão das

organizações poderia ser incluída na solução standard do sistema SAP à semelhança do

que acontece para outros campos como o da determinação automática das Contas do

Razão.

5.1.4 Fichiér des Écritures Comptables

Este trabalho foi um levantamento de requisitos para a evolução de um programa que o

cliente, Fujitsu, possui. O programa actual extrai dados sobre a facturação e contabilidade

da empresa portuguesa de forma a construir um ficheiro mensal em XML (eXtensible

Markup Language) chamado SAF-T PT (Standard Audit File for Tax Purposes -

Portuguese version). O ficheiro SAF-T PT não é mais do que um ficheiro normalizado

com o objectivo de auxiliar a Autoridade Tributária (AT) nas suas competências de

controlo da situação tributária. Este ficheiro permite a análise por parte da AT das

transacções de uma forma similar para todas as empresas, independentemente dos sistemas

utilizados, uma vez que a construção do mesmo ficheiro obedece a uma estrutura publicada

em Diário da República e actualmente encontra-se na versão 1.3 que corresponde à portaria

274/2013 (Républica 2013).

O cliente pretende que o programa contemple as obrigações legais em vigor em França

desde 1 de Janeiro de 2014 através do L'article L. 47 A I du livre des procédures fiscales,

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59

(Artigo Lei 47 A I do Código Fiscal). Este artigo estabelece os métodos de entrega do

ficheiro e a sua estrutura e informação que este deve conter.

A SAP costuma disponibilizar correcções e updates ao sistema por forma a estes

corresponderem aos requisitos legais em vigor nos seus países. A SAP costuma demorar

bastante tempo a lançar as correcções e updates nestes casos, segundo a experiência da

AMS em relação ao SAF-T PT foi cerca de um ano, sendo as multas bastante pesadas

podendo chegar aos quinhentos mil euros por cada cem milhões de receita, o cliente fruto

da boa experiência relativa ao desenvolvimento do programa para a extracção do SAF-T

PT pediu uma proposta para o ugrade do programa anteriormente desenvolvido, de modo a

ser poder fazer uma estimativa do esforço necessário para este desenvolvimento primeiro

teve que ser realizado um levantamento dos dados necessários a extrair e proveniência da

informação das tabelas.

Este trabalho está relacionado com o módulo de Contabilidade Financeira.

5.1.4.1 Caracterização do cliente

O cliente é um fornecedor global de Tecnologias de Informação para o mercado global.

Com cerca de 170.000 pessoas a apoiar clientes em mais de 100 países, o cliente combina

especialistas em serviços e sistemas com produtos na área da computação,

telecomunicações e micro electrónica avançada de modo a proporcionar valor acrescentado

aos clientes. Com sede em Tóquio, apresentou receitas consolidadas de 4,4 biliões de ienes

(47 mil milhões de dólares) para o ano fiscal que terminou a 31 de Março de 2013.

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60

5.1.4.2 Levantamento de requisitos

Primeiro foi necessário perceber quais os campos necessários a extrair da base de dados, o

artigo 47 fornece os campos necessários a reportar que podem ser observados na Tabela

11.

Tabela 11 - Campos Artigo 47

Nº Informação Nome do campo

1 The journal entry code JournalCode

2 The journal entry label JournalLib

3 The number of the accounting entry (follows a chronological and sequential

numbering) EcritureNum

4 The accounting entry date EcritureDate

5

The accounting number , which refers to the appropriate accounting

terminology – the first three characters three characters must meet the French

accounting standard

CompteNum

6 The account label, under the French Accounting Standard CompteLib

7 The sub ledger account number (field must be left empty if not used) CompAuxNum

8 The sub ledger account label (field must be left empty if not used) CompAuxLib

9 Reference of the relevant supporting document PieceRef

10 Date of the relevant supporting document PieceDate

11 Label of the accounting entry EcritureLib

12 The debit amount Debit

13 The credit amount Credit

14 The lettering/marking of the accounting entry (field must be left empty if not

used) EcritureLet

15 Lettering date (kept blank if not used) DateLet

16 Validation date for the journal entry Validdate

17 Amount in currency (blank if not used) Montantdevise

18 Code of the currency (leave blank if not used) Idevise

Depois de uma análise exaustiva verificou-se que os campos provêm maioritariamente de

duas tabelas, a tabela BKPF e a BSEG, tabelas já abordadas no ponto 5.1.2.

A correspondência entre os campos do artigo 47 e as tabelas SAP pode ser observada na

Tabela 12.

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61

Tabela 12 - Correspondência campos artigo 47 e SAP

Nº Informação Nome do campo

Descrição SAP Nome SAP

1 The journal entry code JournalCode Document Type BLART

2 The journal entry label JournalLib Description LTEXT

3

The number of the accounting entry

(follows a chronological and sequential

numbering)

EcritureNum

Document Number BELNR

4 The accounting entry date EcritureDate Posting Date BUDAT

5

The accounting number , which refers to

the appropriate accounting terminology –

the first three characters three characters

must meet the French accounting standard

CompteNum

ACC Number GACC_NUM

6 The account label, under the French

Accounting Standard CompteLib

ACCT Shot Text TXT20

7 The sub ledger account number (field must

be left empty if not used) CompAuxNum

ACC Number ACC_NUM

8 The sub ledger account label (field must be

left empty if not used) CompAuxLib

Name NAME1

9 Reference of the relevant supporting

document PieceRef

Reference XBLNR

10 Date of the relevant supporting document PieceDate Document Date BLDAT

11 Label of the accounting entry EcritureLib Text SGTXT

12 The debit amount Debit Debit/Credit Ind. SHKZG

13 The credit amount Credit Debit/Credit Ind. SHKZG

14 The lettering/marking of the accounting

entry (field must be left empty if not used) EcritureLet

Clearing Document AUGBL

15 Lettering date (kept blank if not used) DateLet Clearing Date AUGDT

16 Validation date for the journal entry Validdate Entry Date CPUDT

17 Amount in currency (blank if not used) Montantdevise TC Amount WBTR

18 Code of the currency (leave blank if not

used) Idevise

Currency WAERS

Depois deste levantamento de requisitos, o manager tem em seu poder os dados

necessários para realizar uma proposta ao cliente com a estimativa e custo do projecto.

5.1.4.3 Conclusões

Até ao momento este trabalho consistiu no levantamento de requisitos para dar suporte a

uma proposta para o cliente, a realizar pelo manager.

A proposta para a realização deste trabalho está em análise por parte do cliente, ainda não

há dados que permitam fazer uma análise detalhada do benefício para o cliente.

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62

A dificuldade deste trabalho relacionou-se com a falta de informação acerca deste assunto,

mesmo nos canais mais usuais da SAP e de fóruns oficiais utilizados por developers SAP.

A falta de informação no site da autoridade tributária de França, bem como a falta de

validadores de ficheiros XML para este caso foi também um entrave, pois a análise dos

ficheiros que validam o XML, normalmente ficheiros XSD (Xml Schema Definition), que

poderiam ajudar a realizar uma engenharia reversa.

Com estes requisitos a área da AMS está preparada para responder a solicitações de

clientes que também tenham operações em França e que precisem de entregar estes

relatórios.

Pode-se afirmar que este trabalho representa um investimento ao nível do conhecimento

deste tema e do qual se poderão colher frutos no futuro.

5.1.5 Certificação de Guias de Remessa

Devido aos requisitos legais em vigor em Portugal e segundo o art.º 8.º do Decreto-Lei n.º

198/2012, foi publicada a Portaria n.º 161/2013, de 23 de Abril, as guias de remessa têm

que ser processadas por programas certificados e apresentar na impressão da guia, o código

de controlo e uma mensagem com número do programa registado na AT e com a frase:

“Processado por programa certificado”.

O SAP é um programa certificado pela AT e está registado com o número 631, sendo um

programa certificado, deve aplicar as correcções disponibilizadas pela SAP para certificar

as guias de remessa e efectuar os desenvolvimentos necessários para mostrar a mensagem

obrigatória por lei na impressão das guias.

Este trabalho é desenvolvido no módulo de Vendas e distribuição.

5.1.5.1 Caracterização do cliente

O cliente é uma empresa internacional da área do retalho, foi fundada na década de 1940.

Está presente em 15 países a nível mundial com mais de 140 lojas e escritórios de vendas

nacionais.

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63

5.1.5.2 Requisitos

Os requisitos neste trabalho são:

Certificação das guias de remessa que implica a instalação de updates;

Parametrizações de tabelas;

Desenvolvimento de código para adquirir o código de controlo da base de dados;

Alteração dos formulários existentes de forma a contemplarem a mensagem que

indica ao consumidor e às autoridades que o programa e respectiva guia são

certificados.

5.1.5.3 Implementação

Durante o período de tempo em que foi feita a proposta para este desenvolvimento, o

departamento técnico do cliente instalou no sistema SAP os últimos updates disponíveis

que já contemplavam a certificação. Ficámos responsáveis por desenvolver o restante

trabalho mencionado no ponto anterior.

Foi criado um intervalo de numeração utilizando a transacção SNRO, como se pode

observar na Figura 33, este intervalo irá ser utilizado como intervalo externo, será

armazenado na tabela correspondente à certificação chamada SIPT_LIKP, e não será

visível ao utilizador. Este passo é necessário pois assim é garantido que há uma sequência

de numérica. O processo de certificação utiliza o número anterior juntamente com um

algoritmo para gerar uma cadeia de caracteres chamada hash, desta hash de 64 bits e as 1ª,

11ª, 21ª, e 31ª posições serão impressas na guia. Se alguma linha desta tabela for eliminada

o programa deixa de gerar as hash e interrompe o processo de certificação, ocorrendo

assim o cliente em transgressão, pois por lei não se podem eliminar guias depois de

certificadas. Os documentos podem ser apenas estornados, o que significa serem anulados.

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64

Figura 33 - Criação intervalo numérico SNRO

Depois deste intervalo ter sido criado foram inseridos na tabela SIPT_NUMBR_OBD_V os

tipos de documentos a assinar, presentes na Tabela 13.

Tabela 13 - Tipos documentos a assinar

Tipo Descrição Tipo Descrição

BV Cash Sale NLR Repl.delivery ret.

DIG Inb.Deliv.Gds Mvmnt RL Returns (pur.ord.)

DOG Outb.Deliv.Gds Mvmnt RLL Return Del.to Vendor

DTR Central Postng Chnge SRCL Requests + Returns

EG Rough GR SRNP New Parts Returns

EL Shipping Notificat SRTC SPE Outbound Deliv

HID Inbnd Dlv. HU Mvmnt SRTR Outbound Deliv.

HOD Outb.Deliv.GI Mvmnt SRUP Used Parts Returns

HTP Deliv.for Post.Chge UL Del.for stock trans

JF Outbound delivery IN VNL Replen.Deliv. Trsfr

LB Delivery for subcon WID WMS Inbound Delivery

LB2 DFPS: Reloc. Shpmnts WIG Other WMS Inb. Dely

LD Decentrl.Shipping WMPP WM-PP Delivery

LF Delivery WNL Replenishment WMS

LFKO Correction Delivery WOD WMS Outbound Dely

LO Delivery w/o Ref WOG Other WMS Outb. Dely

LP Delivery from proj WRD Cust. Returns WMS

LR Returns Delivery WTR Decentr. Pstng Chnge

NCR Ret.StTranspOrd CC ZC Delivery Cons. Issue

NK Replen.Del.Consignmt ZF Delivery (counter)

NKR Replen.Ret.Consignmt ZNL Repl.Dlv. w/o cons

NL Replenishment Dlv. ZNLC Repl.CC w/o cons

NLCC Replen.Cross-company

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65

Na Figura 34 pode observar-se a tabela SIPT_NUMBR_OBD_V preenchida com os tipos

de documento a assinar digitalmente. Os campos mais relevantes são:

NO: contém o nome do número do intervalo de numeração criado, neste caso ZD;

Doc. Type: contém o tipo de documento assinar;

Description: contém a descrição do tipo de documento a assinar;

Signature: é uma checkbox que deve ser checked para garantir que o tipo de

documento é assinado;

Series: se a empresa emitir guias de outros sistemas, deverá ser indicada uma série

por sistema, neste caso a empresa só emite guias de um sistema por isso tem o

número um;

Company Code: código da companhia em sistema, caso o sistema tenha outras

empresas que necessitem de guias certificadas, devem indicar o código

correspondente, isto acontece porque o SAP é multiempresa, e por isso os

processos são transversais, podendo ser utilizados por todas as empresas;

Company Name: nome da empresa correspondente ao Company Code.

Figura 34 - Tabela com os tipos de documento a assinar

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66

Depois desta parametrização efectuada foi necessário criar vários exemplos por forma a

certificar as guias e preencher a tabela SIPT_LIKP, na Figura 35 podemos encontrar um

exemplo parcial de uma entrada na tabela de certificação. Podemos observar os seguintes

campos:

Campo VBELN que corresponde ao número da guia de remessa a certificar;

Campo XBLNR que é preenchido automaticamente conforme o intervalo de

numeração criado anteriormente;

Campo BUKRS que corresponde ao código da empresa;

Campo NRRANGENR que corresponde ao intervalo de numeração criado

anteriormente com o nome ZD;

Campo LEAD_DOCTYPE com o valor ZF que foi parametrizado na tabela

SIPT_NUMBR_OBD_V juntamente com o campo SERIES e o campo

PRINT_CHAR que é o mecanismo de controlo que deverá constar na guia

acompanhado da mensagem de certificação.

Figura 35 - Tabela SIPT_LIKP

O cliente utiliza dois tipos de formulários distintos para a impressão das guias, sendo que o

processo de aquisição dos dados da tabela é semelhante. Irá ser apresentado o

desenvolvimento para a assinatura do tipo de documento ZF que representa as guias de

venda de produtos ao balcão. Na Figura 36 pode ser observada a declaração do perform de

aquisição de dados da tabela de certificação, perform é o nome técnico do ABAP

equivalente ao nome método da programação orientada, da tabela SIPT_LIKP. O perform é

criado num pool de módulos, que é um local onde são colocados outros performs para

serem chamados por programas externos, neste caso o perform get_sipt_likp_counter será

chamado pelo programa responsável pela impressão da guia.

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67

Figura 36 - Perform de aquisição de dados da tabela de certificação

Depois do código concluído foi necessário incluir uma nova área no layout dos formulários

de forma a que estes contenham a mensagem de certificação e assim estarem em

conformidade com os requisitos legais. Na Figura 37 pode ser observada a nova área no

layout do formulário com o nome CERTID.

Figura 37 - Área da mensagem da certificação

Na nova área é necessário colocar o perform criado anteriormente, o perform

get_sipt_likp_counter. Na Figura 38 está apresentada a chamada do perform juntamente

com as variáveis de entrada, que serão utilizadas no perform para consultar a tabela, que

são:

Variável VBDKA-VBELN que corresponde ao número da guia a certificar;

Variável VBDKA-VKORG que corresponde à organização de vendas, que neste

caso será a 1200, que corresponde ao número da empresa em sistema. Estas

variáveis são precedidas pela instrução USING que indica que são utilizadas no

perform;

Variável LV_PRINT_CHAR que corresponde ao campo PRINT_CHAR da tabela

SIPT_LIKP;

Variável LV_CERT_ID que corresponde ao número do programa certificado que

também está guardado numa tabela com o nome SIPT_CERT, assim se o número

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for alterado pela AT não será preciso alterar o formulário, uma vez que basta alterar

o número na tabela. Estas variáveis são precedidas da instrução CHANGING que

indica que o valor será alterado pelo perform.

Figura 38 - Chamada do perform get_sipt_likp_counter

Na Figura 39 podemos observar um exemplo de uma mensagem de certificação, esta figura

representa o documento assinado que está apresentado na Figura 35, podemos observar o

valor da variável LV_PRINT_CHAR que neste caso é PNcm, impresso na mensagem.

Figura 39 - Mensagem de certificação

No fim do desenvolvimento foi criado uma especificação técnica para entregar ao cliente

onde foi caracterizado o trabalho efectuado. Em caso de necessidade de manutenção futura

ou evolução deste desenvolvimento, o cliente conseguirá através da especificação inteirar-

se do trabalho efectuado e conseguirá perceber as alterações efectuadas. Esta especificação

está anexada a este trabalho no Anexo Seis.

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69

5.1.5.4 Conclusões

Com este desenvolvimento as guias de remessa do cliente passaram a estar de acordo com

os requisitos legais.

Este processo foi demorado pois estiveram envolvidos vários intervenientes no processo,

os utilizadores em Portugal, os responsáveis pelo SAP da empresa que se encontram na

Holanda e a Deloitte. Durante este processo, assistiu-se ainda a uma mudança de

tecnologia do acesso remoto aos sistemas do cliente. Esta alteração fez com que o processo

de credenciais de acesso tivesse que ser revisto.

Verificou-se que a equipa de TI do cliente não sabia quais os tipos de documentos a assinar

que seriam necessários parametrizar na tabela, e também desconheciam os formulários

alterar. Teve que ser feita uma análise com o lançamento de vários tipos de guias até serem

encontrados os tipos de documentos e de formulários a alterar. Concluiu-se que o esforço

inicial planeado era inferior ao necessário, mas este constrangimento não se reflectiu no

valor pago pelo cliente.

Concluiu-se que é importante analisar com pormenor o conhecimento do cliente em

relação aos seus sistemas por forma a elaborar propostas com esforço real.

O processo de emissão de guias de remessa tem um formulário standard, no último update

do sistema a SAP não colocou esta mensagem nos formulários. Apesar do cliente utilizar

formulários customizados, a utilização do código standard da SAP constituiria uma

vantagem para o desempenho dos sistemas, em vez de ser gerado mais um ficheiro com

código desenvolvido à medida. O código apesar de ser relativamente pequeno é guardado

em tabelas das bases de dados do SAP, o que implica o crescimento do tamanho das bases

de dados e a longo prazo pode comprometer o desempenho do sistema.

5.1.6 Formulário de aprovação de Requisições de Compra

A equipa de SAP da AMS implementou um processo de aprovação de requisições de

compra. Até à data, o processo era manual, o funcionário preenchia uma requisição de

compra em papel com a informação dos produtos que pretendia comprar. No fim de

preenchida essa folha transitava de aprovador em aprovador até a requisição ser aprovada

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70

ou rejeitada, se a requisição fosse aprovada, era então passada para o sistema SAP para ser

criada uma ordem de compra.

Este trabalho foi desenvolvido no módulo de Gestão de Materiais.

5.1.6.1 Caracterização do cliente

O cliente é uma empresa que possui várias cadeias de lojas relacionadas com relojoaria,

possuindo mais de quinze lojas em Portugal continental, Madeira e Açores.

5.1.6.2 Requisitos

A equipa da AMS implementou o processo de aprovação de requisições de compra

recorrendo a uma ferramenta SAP que permite a criação de workflows. Este workflow

funciona da seguinte forma: é criada uma requisição de compra e consoante a área de

compras (economato, imobilizado, serviços, etc), tem associada uma estratégia de

liberação. Esta estratégia contém os aprovadores para cada área de compra.

Depois da requisição de compra criada, é despoletado um evento que envia a requisição de

compra para o primeiro aprovador da estratégia, cabe a este aprovar ou rejeitar, se rejeitar a

requisição de compra é arquivada e o próximo aprovador nem chega a ter conhecimento.

Este processo repete-se até se esgotarem os aprovadores no caso de ser aprovada por todos,

ou até algum aprovador rejeitar.

À medida que o pedido vai sendo aprovado ou rejeitado essa informação é armazenada

numa tabela de logs criada para o efeito.

O requisito deste desenvolvimento é criar de raiz um formulário que, no fim do processo

estar completo, possa ser impresso e apresentado à direcção geral e à administração sendo

estes os aprovadores finais.

5.1.6.3 Implementação

Foi criado um programa para a impressão das requisições de compra, a tela apresentada na

Figura 40 corresponde à tela do programa de impressão. Para imprimir uma requisição

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71

basta indicar um número, ou um intervalo no caso de ser necessário imprimir várias, na

mesma operação.

As requisições são armazenadas na tabela EBAN, na Figura 41 podemos observar uma

requisição, onde podemos ver o número de requisição, o número do item, a descrição do

material, o número do material, o criador da requisição, a data, a quantidade, a unidade de

medida e o preço unitário.

Figura 40 - Programa de impressão de requisições de compra

Figura 41 - Tabela requisições de compra – EBAN

O programa de impressão com o número da requisição constrói as seguintes tabelas:

Tabela com os campos apresentados na Figura 41;

Tabela com os dados do fornecedor a quem poderá ser comprado o material;

Tabela com dados adicionais;

Tabela com os aprovadores e as datas de aprovação. Na Figura 42, são

apresentados os campos necessários para a construção da tabela dos aprovadores.

Figura 42 - Tabela ZMM_REQC_APP_LOG

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72

Depois de construído o código, o passo seguinte passou pelo desenho do layout do

formulário, que foi desenvolvido em smartforms. Na Figura 43 podemos observar o

desenho do layout. Alguns pontos importantes: na janela HEADER_LOGO será

apresentado o logotipo da empresa; Na janela ENDERECO serão colocados os dados

relativos ao fornecedor; Na janela MAIN serão apresentados os itens que constam no

pedido de compra; Na janela APROVADORES serão apresentados os nomes dos

aprovadores e as datas da aprovação.

Figura 43 - Layout formulário de requisição de compra em smartforms

Depois de concluído o desenvolvimento, o programa de impressão chamará o smartform e

apresentará ao utilizador um formulário semelhante ao apresentado na Figura 44.

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73

Figura 44 - Formulário de requisição de compra

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74

5.1.6.4 Conclusões

O desenvolvimento deste formulário permitiu o fecho da implementação do processo, uma

vez que o workflow implementado já estava testado e aprovado pelo cliente.

Este processo acrescenta uma mais-valia uma vez que, ao contrário do processo antigo em

papel, não fica retido ou esquecido por entre outros processos ou papéis. A eliminação do

papel até à aprovação final foi benéfica pois permite a poupança de tempo no

preenchimento manual dos impressos e no fluxo entre departamentos e na respectiva

transcrição para o sistema. Como o sistema SAP do cliente está acessível aos funcionários

fora da empresa, caso haja alguma aprovação urgente, o aprovador responsável pode

aprovar a requisição em instantes, evitando atrasos.

O processo de requisição de pedidos de compra não tem formulário standard em SAP,

seria uma mais-valia para o SAP disponibilizar este formulário como já faz para outros

processos relacionados com o processo de compras, como por exemplo, o pedido de

cotação a fornecedores.

5.1.7 Implementação do programa RPFIEU_SAFT - SAF-T PT

Este projecto consistiu na implementação do update que a SAP disponibilizou aos seus

clientes para que seja possível extraírem dos seus sistemas a informação contabilística e

financeira a reportar à AT. O programa que consta neste update chama-se RPFIEU_SAFT

e é através dele, que no fim de cada mês, o cliente extrairá um ficheiro contendo a

informação necessária a reportar. Até aqui eram necessários vários programas e algumas

operações até o ficheiro estar no formato aceite pela AT, este novo update vem por cobro a

esse trabalho e centralizar as operações num único local.

O ficheiro a reportar às instâncias competentes chama-se SAF-T PT e já foi abordado no

ponto 5.1.4 deste trabalho.

Este trabalho é transversal aos módulos Contabilidade Financeira e de Vendas e

distribuição.

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75

5.1.7.1 Caracterização do cliente

O cliente é uma empresa líder mundial em produtos farmacêuticos. As suas raízes

remontam aos inícios do século XIX. Tem actividades em mais de 60 países em todo o

mundo incluindo 12 países europeus e conta com mais de 32 mil colaboradores.

5.1.7.2 Requisitos

Os requisitos mínimos que a SAP indicava para que o sistema do cliente pudesse ser

actualizado estavam de acordo com os requisitos do sistema deste cliente, como tal foi só

necessário instalar todos as notas necessárias disponibilizadas pela SAP.

O termo nota em SAP refere-se às correcções ou evolução dos sistemas estão disponíveis

para serem consultadas no site da SAP. As correcções podem ser feitas de forma manual,

seguindo instruções de um manual, ou automáticas, ou seja, são descarregadas para o

sistema através de um programa chamado Snote e implementadas de forma automática.

5.1.7.3 Implementação

Depois de uma consulta no site da SAP, foram encontradas as notas apresentadas na

Tabela 14 - Notas SAF-T PT. Estas notas correspondem ao trabalho que tem que ser

efectuado para o cliente ter disponível no seu sistema o programa que lhe permita extrair o

ficheiro SAF-T PT.

Na coluna procedimento estão presentes os procedimentos Manual, que indicam que serão

efectuados os passos manualmente, snote que indicam que serão efectuadas instalações

automáticas e Documentação que fornece instruções em caso de necessidade de alterar o

programa standard.

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76

Tabela 14 - Notas SAF-T PT

Notas SAP Descrição Procedimento

1862600 RPFIEU_SAFT Solution :DDIC Note Manual

1860026 RPFIEU_SAFT Solution : Report Note Snote

1929066 SAFT-PT: Reversal Documents to be excluded from SAFT file Manual

1937556 RPFIEU_SAFT : SAF-T Framework Corrections (1_F) Manual

1972297 Documentation for report RPFIEU_SAFT for Portugal Documentação

1973052 RPFIEU_SAFT : SAF-T Framework Corrections (2_F) Manual

1987687 Documentation for BAdi methods for report RPFIEU_SAFT Documentação

1988029 RPFIEU_SAFT : SAF-T Framework Corrections (3_F) Snote

1933567 SAF-T(PT):Customer Master Enhancement Manual

1988434 RPFIEU_SAFT: 274/2013 changes in SAF-T file for Portugal Manual

1988662 RPFIEU_SAFT : SAF-T Framework Corrections (4_F) Snote

1993020 RPFIEU_SAFT : SAF-T Framework Corrections (5_F) Snote

1996135 RPFIEU_SAFT : SAF-T Framework Corrections (6_F) Manual

1997528 SAFT: G/L accounts are missing in file for Portugal (1_P) Snote

2005829 RPFIEU_SAFT : SAF-T Framework Corrections (7_F) Snote

2008508 SAFT: Missing Manual Change Manual

2010250 SAF-T:Section 4.3 -Working Documents Section for Portugal (2_P) Manual

2010809 RPFIEU_SAFT : SAF-T Framework Corrections (8_F) Manual

2017548 RPFIEU_SAFT : SAF-T Framework Corrections (9_F) Snote

Há medida que se vão efectuando os trabalhos deste projecto vai sendo necessário registar

objectos, este registo é feito no site da SAP com a conta do cliente, este registo permite a

criação ou alteração de novos objectos no sistema. Este registo é obrigatório, se não é

impossível instalar as notas no sistema, só clientes com a sua conta regularizada podem

usufruir deste serviço. Esta é a forma que a SAP tem de permitir a alteração ao sistema

standard sem ser em locais previamente disponibilizados para o efeito como as BADIs.

Na Figura 45 podemos observar um exemplo de um objecto ao qual o sistema pediu ao

utilizador para registar. No site é necessário indicar o número da instalação, o objecto a

registar e a versão da instalação, só com estes dados o site permite o registo e fornece uma

chave para ser inserida no campo Access key.

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77

Figura 45 - Exemplo de objecto a registar

Depois da implementação e parametrização do programa foi realizado um manual para

ajudar o cliente na operação do programa. O manual encontra-se no Anexo Oito deste

trabalho.

5.1.7.4 Conclusões

Com a conclusão deste projecto o cliente tem agora uma forma mais simples, rápida e

eficaz na tarefa de extracção do ficheiro, que apesar de ser uma vez por mês, da antiga

forma era necessário correr quatro programas de extracção dos dados, e um programa para

juntar esses dados e converter em XML, com esta melhoria implementada o processo

centralizado num único local.

O serviço de updates que a SAP oferece aos seus clientes é uma grande mais-valia, pois

com o constante evoluir das leis e dos consequentes requisitos legais os sistemas precisam

de ser actualizados para estarem em conformidade com a lei. Este serviço é um repositório

de informação que deve ser utilizado para pesquisa por parte dos técnicos de SAP e dos

administradores de sistemas SAP para resolver os problemas que vão ocorrendo nos

sistemas dos clientes. Caso não se encontre solução no repositório a SAP permite aos

utilizadores criar um incidente ao qual poderão surgir novas notas para implementar no

sistema, ou apenas instruções de configuração se os técnicos da própria SAP entrarem no

sistema e encontrarem erros de configuração.

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78

5.1.8 Apoio funcional à certificação de facturas, guias de remessa e SAF-T

PT

A área da AMS tem um grande conhecimento sobre certificação de facturas e guias de

transporte, um cliente estrangeiro a operar em Portugal contratou os serviços da área para

apoiarem o seu departamento técnico na implementação destas certificações. Estas

certificações são imperativos legais e as empresas que não os cumpram podem ser sujeitas

a coimas por parte da AT. A certificação das guias de remessa já foram abordadas neste

trabalho, a certificação das facturas foi pela primeira ver regulamentada pela Portaria n.º

363/2010, de 23 de Junho, estando em vigor actualmente a Portaria 340/2013 de 22 de

Novembro de 2013 que obriga a utilização de programas de facturação certificados pelos

sujeitos passivos que:

Utilizem um software produzido internamente ou por empresa no mesmo grupo

económico, do qual sejam detentores dos respectivos direitos de autor;

Tenham no período de tributação anterior, um volume de negócios superior a

100.000€ (cem mil euros);

Optem a partir de 1 de Janeiro de 2014, pela utilização de um programa informático

de facturação;

Utilizem um programa de facturação multiempresa;

Usem programas de facturação que emitam apenas guias de transporte ou de

remessa, que sirvam de documento de transporte, de acordo com o disposto no

regime de bens em circulação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 147/2003, de 11 de

Julho (República 2013).

Este trabalho é transversal aos módulos Contabilidade Financeira e de Vendas e

distribuição.

5.1.8.1 Caracterização do cliente

O cliente é um grupo de 229 empresas e possui mais de 70 mil colaboradores.

As operações globais do cliente incluem uma grande diversidade de produtos: materiais

avançados, componentes, dispositivos, equipamento, engenharia de redes e outros serviços.

Uma tão vasta experiência permite ao cliente integrar uma gama completa de processos

numa determinada linha de produtos – desde o desenvolvimento e produção às vendas e

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logística. Esta utilização eficaz de recursos gera sinergias ao nível do grupo, que

contribuem para produtos de desempenho, funcionalidade e valor superiores.

5.1.8.2 Trabalho desenvolvido

Como o cliente possui uma equipa de desenvolvimento mundial sediada na Alemanha que

foi responsável pelo desenvolvimento e implementação em sistemas SAP, o trabalho

passou por dar apoio funcional, ou seja, indicar os updates e as notas SAP necessárias para

a certificação, bem como a criação de manuais de utilização do programa que neste caso é

o RPFIEU_SAFT - SAF-T PT, já abordado no ponto 5.1.7 Implementação do programa

RPFIEU_SAFT - SAF-T PT, criação de um manual de treino para os colaboradores que

lidam com o processo de facturação e expedição, e também a criação dos casos de teste.

Esta documentação pode ser encontrada no Anexo Nove deste trabalho.

5.1.8.3 Conclusões

O apoio funcional a equipas estrangeiras de desenvolvimento em relação a aspectos legais

próprios do país, neste caso Portugal, é uma mais-valia pois, é difícil às empresas

estrangeiras terem nos seus quadros pessoal técnico qualificado que consiga perceber a

legislação dos outros países, um pouco à semelhança de outros trabalhos relatados durante

este trabalho as empresas têm técnicos SAP, mas é praticamente impossível que estes

consigam perceber todos os requisitos legais dos países onde as empresas operam. Neste

caso o apoio foi unicamente funcional, ao contrário dos outros desenvolvimentos ligados à

certificação, onde as empresas têm técnicos SAP, mas delegaram a implementação à AMS.

5.2 Projectos Tecnologias Microsoft

Neste subcapítulo encontra-se relatado o projecto de consultoria em tecnologias Microsoft.

Este foi um projecto de consultoria interna, a Deloitte foi requisitada pelos seus clientes

para a elaboração dos relatórios Common Reporting (COREP) e Financial Reporting

(FINREP) para comunicação de informação financeira ao Banco de Portugal (BdP). Foi

necessário desenvolver de raiz um conversor de ficheiros excel para eXtended Business

Reporting Language (XBRL).

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80

5.2.1 Conversor eXtended Business Reporting Language – XBRL

Em resposta à crise financeira que ainda está bem presente na nossa memória e para

promover o bom funcionamento do mercado interno, o Parlamento Europeu e o Conselho

da União Europeia aprovaram um conjunto único de requisitos prudenciais aplicáveis às

instituições de crédito e às empresas de investimento a partir de 1 de Janeiro de 2014 –

Regulamento (UE) n.º 575/2013, de 26 de Junho de 2013, comumente designado

“Regulamento de Requisitos de Capital” (CRR, na sigla inglesa).

A existência de um regulamento único para todos os participantes no mercado evita

distorções de mercado e arbitragens regulatórias. Este destina-se a implementar definições

e requisitos de reporte uniformes, que serão transpostos através das linhas orientadoras de

Common Reporting (COREP) e de Financial Reporting (FINREP) (Portugal, Banco de

Portugal 2013).

Estes relatórios terão que ser entregues, numa primeira fase apenas por bancos a operar em

Portugal ao Banco de Portugal (BdP), mais tarde serão estendidos a seguradoras e a

empresas cotadas em bolsa.

Os relatórios serão comunicados por meio de ficheiros XBRL, que são ficheiros XML

construídos com a linguagem XBRL, e submetidos na área do cliente no site do BdP.

Estes ficheiros XBRL terão que seguir normas da Autoridade Bancária Europeia (EBA), a

uniformização dos requisitos de comunicação garante condições de concorrência mais

equitativas entre grupos comparáveis de instituições de crédito e empresas de investimento,

aumentando, assim, a eficiência das instituições.

Ao garantirem uma maior convergência entre as práticas de supervisão dos Estados-

Membros, estes requisitos permitem também avaliar de forma consistente os riscos para a

estabilidade financeira em toda a União Europeia, tornando mais eficaz a comparação entre

bancos e facilitando a identificação de riscos sistémicos emergentes.

Este novo requisito fez com que os bancos, clientes da Deloitte, passem a comunicar os

dados dos relatórios COREP e FINREP, sendo o XBRL uma linguagem praticamente

desconhecida em Portugal e as ferramentas de conversão inexistentes, nasceu a

necessidade da Deloitte criar a sua própria ferramenta de conversão para satisfazer as

necessidades dos seus clientes.

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81

Os relatórios são entregues conforme periodicidade estipulada. Podem ser consultados na

Tabela 15 os dados para os relatórios do tipo COREP e na Tabela 16 os dados para os

relatórios do tipo FINREP.

Numa primeira fase apenas os bancos estão obrigados a elaborarem estes relatórios,

estando previsto, numa segunda fase as seguradoras, e numa terceira fase as empresas

cotadas em bolsa. Com estes relatórios pretende-se uniformizar a comunicação dos dados

às instâncias responsáveis, aumentar a transparência, e possibilitar uma fiscalização mais

efectiva das actividades das entidades pelos respectivos reguladores.

Tabela 15 - Tipo de relatório COREP

Código Descrição

COREP_Con Common Reporting - Own Funds and Leverage, Consolidated (Prudential scope)

IFRS or National GAAP

COREP_Ind Common Reporting - Own Funds and Leverage, Individual IFRS or National

GAAP

COREP_LCR_Con Liquidity Coverage - COREP, Consolidated (Prudential scope) IFRS or National

GAAP

COREP_LCR_Ind Liquidity Coverage - COREP, Individual IFRS or National GAAP

COREP_LE_Con Large Exposures - COREP, Consolidated (Prudential scope) IFRS or National

GAAP

COREP_LE_Ind Large Exposures - COREP, Individual IFRS or National GAAP

COREP_NSFR_Con Stable Funding - COREP, Consolidated (Prudential scope) IFRS or National

GAAP

COREP_NSFR_Ind Stable Funding - COREP, Individual IFRS or National GAAP

Tabela 16 - Tipo de relatório FINREP

Código Descrição

FINREP_Con_GAAP Financial Reporting, Consolidated (Prudential scope) National GAAP

FINREP_Con_IFRS Financial Reporting, Consolidated (Prudential scope) IFRS

5.2.1.1 O que é o XBRL

O XBRL é um acrónimo de eXtensible Business Reporting Language, é uma linguagem

criada para definir informação financeira. Esta linguagem é um standard e é baseada em

XML. O XBRL é mantido por um consórcio internacional e sem fins lucrativos, o XBRL

International Incorporated, é composto por mais de seiscentas organizações, entre elas

entidades reguladoras, agências governamentais e empresas de software. Os membros do

consórcio reúnem-se regularmente por forma a manter o standard actualizado.

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Este esforço colaborativo começou em 1998 e produziu uma variedade de especificações e

taxionomias de forma a fornecer um standard para o reporte de informação de acordo com

as regras em vigor em cada país (XBRL 2014).

O XBRL, standard aberto e livre derivado do XML, foi definido na sua génese para dar

resposta às necessidades de informação financeira e de negócio e assume-se como o

standard para a troca electrónica de dados nestes domínios. Permite a identificação

unívoca de conceitos financeiros, a relação entre eles e a sua agregação em agrupamentos

lógicos ou para efeitos de apresentação. Toda esta representação é formalizada numa

taxonomia (Portugal, Banco de Portugal 2013).

A EBA assumiu a responsabilidade no desenvolvimento e manutenção das taxonomias

para o COREP e FINREP estando o Banco de Portugal incumbido do processo de recolha

dos dados (instâncias) por parte das instituições em solo nacional assim como de assegurar

a qualidade da informação reportada.

Alguns benefícios do XBRL:

Reduz o encargo de realizar relatórios;

Reduz os custos;

Aumenta a qualidade dos dados;

Aumenta a transparência;

Uniformidade na comunicação de informação;

Maior facilidade de interpretação dos dados e fiscalização.

5.2.1.2 Taxonomia

Uma taxonomia XBRL é composta por schemas e linkbases, ambos ficheiros XML:

Os schemas servem para definir os componentes Item e Tuple através de elementos

<xsd:element>, que indicam se diz respeito a um valor único ou lista de valores,

tipo de dados, e outros meta-dados que lhe possam estar associados. Os Items e os

Tuples são implementações dos conceitos. Adicionalmente, os schemas fazem

referências a documentos linkbase usados na taxonomia;

Os linkbases são colecções de referências (links) que por sua vez contêm locators,

arcs e resources. Os locators são elementos que referenciam conceitos e atribuem-

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83

lhes etiquetas (labels) aleatórias. Os arcs são elementos que relacionam dois

conceitos entre si através das etiquetas geradas pelos locators. Os arcs podem

também associar conceitos a resources sendo o exemplo mais comum a criação de

etiquetas legíveis.

Segundo a especificação XBRL 2.1 existem os seguintes tipos de linkbases:

Label linkbase permite a criação de descrições para os conceitos mais amigáveis

para o utilizador de negócio. Um exemplo da sua utilização é a criação de

descrições em vários idiomas;

Reference linkbase associa aos conceitos referências a artigos ou legislação de

suporte, permitindo uma melhor compreensão do significado de cada elemento;

Calculation linkbase permite a associação de vários conceitos para que possam ser

definidos testes de consistência entre eles. Por exemplo, verificar se Revenue =

GrossProfit – CostOfSales;

Definition linkbase estabelece relações entre conceitos usando diferentes tipos de

arc roles para representar relações do tipo is-a ou whole-part;

Presentation linkbase permite a associação de conceitos da taxonomia de tal forma

que o resultado possa servir de base a uma interface de visualização ou geração de

um quadro. Os elementos de uma taxonomia podem ser organizados

hierarquicamente de modo a facilitar a leitura dos dados de negócio, como por

exemplo, a organização de rúbricas num balanço.

5.2.1.3 Instância

Uma instância XBRL contém a seguinte informação:

Factos reportados, que podem ser de dois tipos:

o Items são factos que contêm apenas um valor contido no elemento XML

que o representa;

o Tuples são factos que contêm vários valores, representados por items ou

tuples no elemento XML que o representa.

Associação entre factos e respectivo contexto constituído pelos seguintes itens:

o A entidade a que se referem os dados;

o A que períodos estão associados;

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84

o Opcionalmente, o cenário (scenario) poderá fornecer um contexto

semântico adicional para caracterização dos factos reportados.

As unidades em que são reportados os factos, sejam numéricos ou fracções, como

por exemplo, o número de acções de uma participação ou euros;

As footnotes permitem associar mais conteúdo aos factos reportados;

As references associam a instância a taxonomias XBRL através de referências de

schema ou a linkbases (Portugal, Implementação COREP e FINREP 2014).

5.2.1.3.1 Exemplo de Instância XBRL

As tabelas seguintes apresentam os dados de uma instância de exemplo contendo os

templates C00.01 e C05.02:

Template C00.01:

Nature of Report

Accounting framework National GAAP

Reporting Level Consolidated

Template C05.02 (Grandfathered instruments: Instruments not constituting State aid):

Amount of instruments plus related

share premium

Base for calculating

the limit Applicable percentage Limit

(-) Amount that exceeds the

limits for grandfathering

Total grandfathered

amount

1. Instruments that

qualified for point a) of

Article 57 of 2006/48/EC 100000000.00 60000000.00 0.80 48000000000.00 -52000000.00 48000000.00

2. Instruments that

qualified for point ca) of

Article 57 and Article

154(8) and (9) of

2006/48/EC, subject to the

limit of Article 467

57050000.00 450000.00 0.80 360000.00 -56690000.00 360000.00

2.1 Total instruments

without a call or an

incentive to redeem 1000000.00 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

2.2 Grandfathered instruments with a call

and incentive to

redeem

4050000.00 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

2.2.1 Instruments

with a call exercisable after

the reporting date,

2000000.00 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

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85

Amount of instruments plus related

share premium

Base for calculating

the limit Applicable percentage Limit

(-) Amount that exceeds the

limits for grandfathering

Total grandfathered

amount

and which meet the conditions in

Article 49 of CRR

after the date of effective maturity

2.2.2 Instruments with a call

exercisable after

the reporting date, and which do not

meet the

conditions in Article 49 of CRR

after the date of

effective maturity

1500000.00 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

2.2.3Instruments

with a call exercisable prior

to or on 20 July

2011, and which do not meet the

conditions in

Article 49 of CRR after the date of

effective maturity

551000.00 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

2.3 Excess on the limit

of CET1 grandfathered

instruments 52000000.00 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

3. Items that qualified for

points f), g) or h) of

Article 57 of 2006/48/EC,

subject to the limit of

Article 468

64775456.56 11403821.81 0.80 9123057.45 -55652399.11 9123057.45

3.1 Total items without

an incentive to redeem 3500000.00 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

3.2 Grandfathered

items with an incentive to redeem

4585456.56 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

3.2.1 Items with a call exercisable

after the reporting

date, and which meet the

conditions in

Article 60 of CRR after the date of

effective maturity

2100000.00 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

3.2.2 Items with a

call exercisable after the reporting

date, and which

do not meet the conditions in

Article 60 of CRR

after the date of

1250000.00 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

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86

Amount of instruments plus related

share premium

Base for calculating

the limit Applicable percentage Limit

(-) Amount that exceeds the

limits for grandfathering

Total grandfathered

amount

effective maturity

3.2.3 Items with a

call exercisable prior to or on 20

July 2011, and

which do not meet the conditions in

Article 60 of CRR

after the date of effective maturity

1235456.56 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

3.3 Excess on the limit of AT1 grandfathered

instruments 56690000.00 ------------- ------------ --------------- --------------- --------------

Devido ao facto do código que representa a instância em formato XBRL tem alguma

dimensão o mesmo pode ser consultado no Anexo Dez.

5.2.1.4 Tecnologia

Este projecto foi realizado em C# e com recurso ao programa de desenvolvimento de

software Visual Studio 2012, uma vez que será incorporado num programa que a AMS

possui e que comercializa aos seus clientes. O programa actual serve para os clientes

comunicarem guias de transporte à AT através da comunicação via webservice ou para

criar o SAF-P PT em casos de empresas que por lei não tenham que ter o seu programa

certificado.

O programa é modular, sendo que o cliente só tem acesso ao módulo que comprar, no

limite terá os três módulos.

5.2.1.5 Desenho da solução

A EBA fornece templates excel que devem ser preenchidos e depois convertidos em XBRL

conforme a taxionomia que consta numa base de dados em access. Os templates excel e a

taxionomia ainda não estão completamente definidos, com isso em mente a solução foi

pensada para ser o mais flexível possível.

Um dos templates excel contém os data points, cada um destes data points tem

correspondência no template access com a base de dados. Na Figura 46 podemos observar

um exemplo de um data point, existem cerca de 39 mil data points no template excel

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87

distribuídos por mais de 320 folhas do excel. O relatório com mais data points é o

COREP_Con com 24313 data points adquiridos de 218 folhas.

Figura 46 - Exemplo de data point

Depois da análise à documentação existente e ao estudo da base de dados chegou-se à

conclusão que o valor do data point do template excel está localizado na tabela

DataPointVersion no campo DataPointID. Com esse valor podemos adquirir o valor do

campo MemberID e desse modo pesquisar com esse campo chave na tabela Member o

valor da tag MemberXBRLCode necessária para a construção do campo do XBRL para o

data point. Com o ContextID podemos adquirir os valores do contexto na tabela

ContextDefinition, com o valor do ContextID chegamos aos valores do MemberID para a

tags XBRL da definição do contexto para o data point, com o MemberID voltamos à tabela

Member para adquirir o valor das tags XBRL. Na Figura 47 podemos observar um

diagrama que poderá ajudar a entender melhor os passos anteriormente descritos.

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88

Figura 47 - Fluxo data point

Figura 48 - Exemplo Contexto em XBRL

Como os data points podem sofrer alterações e com essas alterações seria necessário

alterar o código do programa, a solução idealizada foi: o cliente preenche um template

excel igual ao template com os data points; o programa percorre o excel com os dados do

cliente, encontra as células preenchidas e depois percorre o template excel com os data

points com o objectivo de encontrar o data point correspondente para cada célula do excel

para posterior pesquisa à base de dados.

Como a posição dos data points muda conforme o relatório, a forma desenhada para

seleccionar os data points foi criar um excel com o nome das folhas e os intervalos onde os

mesmos se encontram, assim, caso seja necessário alterar um intervalo, adicionar uma

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89

nova folha ou retirar uma nova folha, basta configurar o excel e o programa fica ajustado

para a nova revisão da taxionomia. Na Figura 49 podemos observar o excel de

configuração de intervalos, onde são preenchidas as seguintes colunas:

Coluna Sheet Name com o nome da folha do template excel dos data points;

Coluna Start Range (Columm) com o número da coluna onde começa o

preenchimento dos data points;

Coluna End Range (Columm) com a coluna onde acaba o preenchimento dos data

points;

Coluna Row com o número da linha onde começa o preenchimento dos data

points;

Coluna Generate que quando preenchida com X utiliza a folha dessa linha para

construir o ficheiro XBRL.

Figura 49 - Excel de configuração de intervalos

Foi definido que a interface do módulo teria as seguintes funcionalidades:

Permitir escolher um ou vários tipos de relatórios a entregar;

Ler um ficheiro excel com os dados a comunicar;

Permitir escolher uma pasta de destino dos relatórios;

Permitir inserir uma data.

Foi elaborada uma arquitectura conceptual de alto nível do funcionamento do programa,

com os dados de entrada e os dados de output do programa, a arquitectura pode ser

observada na Figura 50. O programa aceitará como input os ficheiros com os dados a

reportar, o ficheiro com os data points correspondentes, o ficheiro com a configuração dos

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90

intervalos e a base de dados com a taxionomia e como output o programa deverá produzir

um, ou mais ficheiros XBRL conforme a quantidade de relatórios seleccionados.

Figura 50 - Arquitectura de alto nível do funcionamento do programa

5.2.1.6 Implementação

Na implementação deste projecto não foi utilizada uma metodologia clássica de

desenvolvimento de software, partiu-se do desenho de alto nível da arquitectura e foi-se

desenvolvendo o código à medida das necessidades. Não existia uma data de entrega

definida, o BdP permite o envio de ficheiros em excel durante um ano, só depois será

obrigatório enviar os ficheiros em XBRL.

Durante a implementação foram colocadas várias questões ao BdP para tentar esclarecer

alguns pormenores, algumas perguntas foram respondidas e outras continuam sem

resposta. As perguntas e respostas podem ser lidas no Anexo deste trabalho.

Foi implementado uma nova tablatura no programa existente. Na Figura 51 estão

apresentadas as tablaturas do programa Authority Connect, ao qual foi acoplado o módulo

de XBRL. Na Figura 52 podemos ver a interface do programa apenas para o módulo

XBRL, nas duas imagens é possível observar os tipos de relatórios que o módulo consegue

gerar, basta entrar um template excel com os dados a converter e seleccionar o tipo de

relatório e pressionar o botão Convert.

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91

Figura 51 - Todos os módulos do programa Authority Connect

Figura 52 - Módulo XBRL do programa Authority Connect

Foram criadas novas pastas para conter os dados de entrada, foi criada a pasta Database

para albergar a base de dados com a taxionomia, a pasta DataPoints para conter o ficheiro

template excel com os data points e a pasta Ranges para conter o excel de configuração dos

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92

intervalos e das folhas de cada relatório. Esta estrutura de pastas pode ser observada na

Figura 53.

Figura 53 - Estrutura de pastas da solução

Como o programa irá ler os dados de ficheiros excel, foi criada uma classe para aceder aos

dados de ficheiros excel. Os primeiros métodos criados foram:

Método excel_init, que irá abrir o ficheiro conforme o caminho que é passado para

o método por argumento;

Método excel_close que termina a ligação com o excel, este método é invocado

sempre que a interacção entre o programa e os ficheiros excel termina de forma a

que não fiquem ligações abertas que possam interferir com ligações futuras e a

ocupar memória em sistema.

Os métodos podem ser observados na Figura 54 e Figura 55 respectivamente.

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93

Figura 54 - Método excel_init

Figura 55 - Método excel_close

A linguagem C# e Framework .Net já possuem métodos nativos que permitem a

manipulação destes ficheiros, devido a esse factor foi incluída uma biblioteca que permite

essa interacção chamada Microsoft.Office.Interop.Excel, como se pode observar na Figura

56.

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94

Figura 56 - Inclusão da biblioteca Microsoft.Office.Interop.Excel

Foi criada uma classe para adquirir os dados relativos ao ficheiro de configuração de

intervalos, guarda o nome da folha, a coluna de início do preenchimento com data points, a

coluna do fim do preenchimento dos data points, a linha onde começa o preenchimento

dos data points, o valor da flag usada para processar ou não folha do excel, uma lista de

contextos e uma lista com os valores das células do excel com dados do cliente.

Figura 57 - Classe RangesExcel

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95

Foram criadas as seguintes classes:

Classe Contexto para albergar os dados relativos aos contextos;

Classe Context para guardar os dados necessários para a construção do contexto,

uma vez que podem ser várias linhas a definir um contexto;

Classe CelulaEXCL para guardar os dados relativos à célula.

As declarações das classes podem ser observadas nas Figura 58, Figura 59 e Figura 60

respectivamente.

Figura 58 - Declaração classe Contexto

Figura 59 - Declaração classe Context

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96

Figura 60 - Declaração classe CelulaEXCL

Foi implementado um método para carregar os dados do excel de configuração de

intervalos, a sua declaração pode ser observada na Figura 61.

Figura 61 - Declaração método get_sheets_and_ranges

No início da execução do método anterior é chamado o método excel_getRange, este

método recebe as colunas de início e de fim, e a linha de início de onde a informação a ler

começa, devolve uma lista de strings que contém um array de strings em cada posição da

lista, o array por sua vez em cada posição tem a informação sobre as folhas e os intervalos

de cada folha. Na Figura 62 podemos ver a sua declaração.

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97

Figura 62 - Declaração do método excel_getRange

Depois da execução do método anterior é chamado o método corep_by_sheet dentro de um

ciclo que percorre a lista de strings e que recolhe os dados das células com dados do

cliente por todas as folhas que estão na lista. Na Figura 63 podemos observar a declaração

do método descrito anteriormente.

Figura 63 - Declaração método corep_by_sheet

Depois da obtenção da lista de células com dados do cliente é chamado o método

get_datapoints_by_sheet que através da lista de células preenchidas no excel do cliente

recolhe os respectivos data points. O método pode ser observado na Figura 64.

Figura 64 - Declaração método get_datapoints_by_sheet

Na execução o método anterior é invocado o método get_data_points_excel, este método é

responsável por adquirir o valor do data point do excel, recebe como entrada o nome da

folha e o Idexcel que é a posição da célula, e devolve o valor do data point para essa

posição.

Figura 65 - Declaração do método get_datapoints_excel

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98

O método corep_by_sheet referenciado anteriormente invoca um método em todo

semelhante ao método excel_getRange, chamado excel_getRangeCorep_by_sheet, que

pode ser observado na Figura 66. Este método recebe os parâmetros que entram no

excel_getRange e o nome da folha a recolher informação e devolve uma lista de células

sem valores vazios, os valores vazios são ignorados pois não terão valores correspondentes

no excel template de data points. Isto acontece por causa da configuração dos templates

onde as folhas podem ter intervalos que não podem ser preenchidos, o que faz com que

existam células sem preenchimento entre células preenchidas.

Figura 66 - Declaração excel_getRangeCorep_by_sheet

O método anterior invoca o método GetRangeCorepColumn_by_sheet para preencher os

valores dos campos Cellvalue, Idexcel, e Folha. Para preencher o campo Idexcel foi

necessário criar um novo método chamado ExcelColummFromNumber, este método

transforma o número da coluna em letra, esta transformação é feita para ser possível

trabalhar com métodos internos da classe nativa Microsoft.Office.Interop.Excel, que

permite trabalhar com intervalos constituídos por apenas uma célula, depois da

transformação é concatenado o número da linha e assim o Idexcel é formado pela letra da

coluna e o número da linha.

Este Idexcel é utilizado para encontrar o campo Datapoint através do método

get_datapoints_by_sheet, já referido anteriormente. Na Figura 66 pode ser observada a

declaração do método.

Figura 67 - Declaração método GetRangeCorepColumn_by_sheet

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99

Neste momento o programa já tem todos os dados necessários recolher em relação aos

ficheiros excel, dados relacionados com os intervalos, dados a reportar pelos clientes e os

data points correspondentes. O próximo passo é pesquisar a taxionomia para formar o

ficheiro XBRL na base de dados access.

Numa classe criada para tratar o acesso à base de dados, foi então criado um método

chamado trata_listas_celulas, ver Figura 68, para adquirir os dados da base de dados, por

cada folha da lista de RangesExcel o método invoca o método get_context_list_celulas_db,

ver Figura 69, que realiza as interacções com a base de dados e o método

get_trata_unitRef_precision, ver Figura 71, que trata os atributos UnitRef e Precision do

objecto CelulaEXCL.

Figura 68 - Método trata_listas_celulas

Durante a execução do método get_context_list_celulas_db a lista de células é percorrida

por um ciclo onde são feitas várias pesquisas à base de dados com o fim de preencher os

atributos DataTypeCode, FlowTypeCode, MemberCode e ContextID, dos elementos da

lista. Na Figura 69 podemos observar a declaração do método, a abertura da ligação à base

de dados, a construção da query string query_get_metric para a consulta do campo Metric,

na Figura 70, podemos observar a execução do comando com a query string e o

preenchimento do atributo Metric.

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100

Figura 69 - Excerto método get_context_list_celulas_db (1)

Figura 70 - Excerto método get_context_list_celulas_db (2)

O método get_trata_unitRef_precision, apresentado na Figura 71, preenche os atributos

Precision e UnitRef da lista de célula que recebe de entrada. A informação que a base de

dados fornece para estes atributos é caso a Metric seja igual a m, ou seja, monetário, a

precisão é de duas casas decimais e a sua referência é uEUR (euros), caso seja igual a p

(percentagem) ou i (inteiro), a precisão é de quatro casas decimais e a sua referência é

uPure (número puro), se a Metric for vazia os atributos serão vazios também.

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101

Na primeira abordagem estes atributos eram preenchidos com base em pesquisas à base de

dados, era necessário pesquisar várias tabelas e depois de analisadas as várias bases de

dados e documentação existente sobre as várias revisões da taxionomia verificou-se que

estes valores não sofriam alterações. Devido a este facto e para melhorar o desempenho

optou-se por fazer este método para preenchimento dos atributos.

Figura 71 - Método get_trata_unitRef_precision

Neste momento o programa já tem todos os dados necessários para construir o ficheiro

XBRL, só falta construir a lista de contextos por folha, este passo é talvez o mais

importante pois os contextos podem ser formados por várias células, estas tem que ser

agrupadas no contexto correspondente. Na Figura 72 podemos observar a declaração do

método e o ciclo foreach onde é feito o agrupamento das células por contexto.

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102

Figura 72 - Excerto método lista_contextos_por_sheet

Neste momento a lista lista_sheets_tipoRel tem todos os dados ordenados de forma a

poderem ser escritos para um ficheiro. Foi criada uma classe para tratar do output do

programa e escrever o ficheiro XBRL.

Nesta classe estão construídos os cabeçalhos dos ficheiros XRBL que se assemelham aos

ficheiros XML, como referido anteriormente neste trabalho.

Na Figura 73 podemos observar a declaração do método responsável pela escrita dos dados

em ficheiros.

Figura 73 - Declaração método escreve_xbrl

O relatório COREP_Con escrito em ficheiro com taxionomia XBRL ocupa cerca de

duzentas e oitenta mil linhas, este é o reporte com mais data points da totalidade dos tipos

de relatórios. Na Figura 74 está apresentado um exemplo da folha C00.01 do template

excel.

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103

Figura 74 - Ficheiro XBRL da folha C00.01 do excel template

Na Tabela 17 estão apresentados os principais métodos enunciados nesta descrição sobre a

implementação deste projecto, bem como um pequeno resumo relativo à sua função.

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104

Tabela 17 - Resumo principais métodos

Método Função Principal

excel_init Abre os ficheiros excel para leitura dos dados.

excel_close Termina a ligação do ficheiro excel aberta pelo

método excel_init de forma a que esta não interfira

com ligações futuras e ocupar memória em sistema.

get_sheets_and_ranges Carrega os dados do excel de configuração de

intervalos para uma Lista de Ranges

excel_getRange Devolve a informação e o intervalo de cada folha.

corep_by_sheet Recolhe os dados das células com dados do cliente por

todas as folhas que estão na lista de Ranges.

get_datapoints_by_sheet Recolhe os data points da lista de células preenchidas

com dados.

get_datapoints_excel Adquire o valor do data point do excel, recebe como

entrada o nome da folha e o Idexcel que é a posição da

célula.

excel_getRangeCorep_by_sheet Devolve uma lista de células sem valores vazios,

devido à estrutura do excel poderão existir células com

valores vazios, logo não têm data points

GetRangeCorepColumn_by_sheet Preenche os valores dos campos Cellvalue, Idexcel, e

Folha.

trata_listas_celulas Responsável por adquirir os dados da base de dados

MS access.

get_context_list_celulas_db Preenche os atributos DataTypeCode, FlowTypeCode,

MemberCode e ContextID, dos elementos da lista

get_trata_unitRef_precision Preenche os atributos Precision e UnitRef da lista de

célula que recebe de entrada

lista_contextos_por_sheet Agrupa as células por contexto.

escreve_xbrl Escreve o conteúdo da lista para um ficheiro XBRL.

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105

5.2.1.7 Testes

Neste momento aguardamos que o equipa da Deloitte que está encarregue de ajudar os

clientes a preencher os templates, nos forneça um ficheiro com dados reais para podermos

converter para XBRL e ser enviado para validação pelo BdP.

O BdP até à data ainda não disponibilizou um validador de ficheiros, nem um esquema

XSD que nos permita validar o nosso ficheiro global. Os ficheiros XSD que a EBA

disponibiliza permitem apenas testar o XBRL individual para cada folha, ou seja, apenas

temos garantias que se o BdP aceitar as folhas em separado, a sua construção está de

acordo com o XSD da EBA e por conseguinte o programa produz ficheiros válidos.

A solução foi testada dez vezes com o processamento do ficheiro com todas as sheets e

data points incluídos, numa máquina intel core i5 com 4 GB de memória volátil, máquina

standard dos colaboradores Deloitte, e a média de processamento foi cerca de 2 horas e 23

minutos. Mas numa utilização diária não levará tanto tempo de execução uma vez que os

vários tipos de reporte não utilizam a totalidade dos data points.

5.2.1.8 Conclusões

Esta primeira abordagem necessita da validação do ficheiro global, para se poderem tirar

conclusões mais profundas sobre o trabalho efectuado até aqui.

Este desenvolvimento foi o ponto de partida desta tecnologia, até agora desconhecida, na

AMS e na Deloitte Portugal. O conhecimento adquirido com o contacto e investigação

desta tecnologia poderá ser bastante útil no futuro uma vez que consolidado, poderão ser

estudadas propostas de consultoria para a implementação de funcionalidades nos sistemas

dos clientes que extraiam a informação necessária a reportar já em XBRL, eliminando o

preenchimento dos templates excel.

Esta solução poderá ajudar a Deloitte, a estar preparada para dar resposta imediata num

futuro próximo, aos seus clientes de outras áreas, como as seguradoras e empresas cotadas

em bolsa, uma vez que serão as próximas a serem obrigados a efectuar relatórios em

XBRL às entidades reguladoras.

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106

5.2.1.9 Trabalho futuro

O trabalho futuro, depois da validação do ficheiro global, seria a optimização do programa,

caso a Deloitte tenha que preencher muitos templates dos seus clientes o tempo de

execução na conversão pode tornar este processo impraticável.

Outa alternativa seria disponibilizar a solução num portal, com a tendência crescente da

nuvem, esta solução poderia ser integrada no portal de clientes da Deloitte, para que estes

possam interagir com uma plataforma onde descarreguem os templates a reportar, que os

preencham, submetam na plataforma e depois descarreguem o XBRL correspondente.

Assim os clientes teriam sempre disponível a última versão dos templates.

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107

6 Considerações Finais

Neste capítulo encontra-se uma síntese do trabalho desenvolvido, os resultados e principais

e principais contributos, propostas de trabalho futuro e conclusões.

6.1 Síntese do relatório

Conforme a sociedade evolui, as profissões vão evoluindo, as leis vão evoluindo, as

exigências competitivas vão sendo cada vez maiores.

São apresentados projectos em que a figura do consultor e a consultoria assumem um papel

preponderante, as empresas têm colaboradores que mantêm os sistemas core em

funcionamento, mas quando surgem novas necessidades, quer por requisitos de negócio,

quer por outros requisitos, como por exemplo, os legais, muitas vezes vêem-se na

necessidade de contratar pessoas com conhecimento específico no desafio que têm pela

frente. Quando o desafio é ultrapassado, o consultor deixa de ser necessário e a empresa

não terá que arcar com despesas futuras relacionadas com a sua contratação.

Neste relatório estão apresentados vários projectos de empresas com necessidade

optimizarem os seus sistemas ERP ao máximo, de forma a corresponderem às exigências

do mercado ou responderem aos requisitos legais que vão sendo incluídos na legislação.

Está também apresentado um projecto sobre XBRL, uma tecnologia que assumirá alguma

importância no futuro uma vez que vêm alterar a forma como as instituições financeiras

trocam informação entre si.

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108

6.2 Resultados e principais contributos

Na Tabela 18 estão apresentados os principais contributos em cada desenvolvimento

apresentado neste relatório.

Tabela 18 - Resumo de conclusões dos projectos

Projecto Principais Contributos

Programa de Etiquetas Redução de tempo;

Redução de desperdício;

Uniformização do processo;

Poupança na formação de recursos humanos.

Projecto de extracção de dados

“JET” Centralização de extracções;

Simplificação de processos de extracção;

Rapidez no processo de extracção;

Eliminação da necessidade de conciliação de dados.

Determinação automática do

Centro de Custo para Pedido de

Compra de Imobilizado

Eliminação do erro humano;

Melhor qualidade dos dados;

Melhor precisão dos gastos com cada imobilizado.

Fichiér des Écritures

Comptables Análise dos requisitos de forma a conseguir ajudar

o Manager a ganhar negócio para a área.

Certificação de Guias de

Remessa Ajudar o cliente a ter o seu sistema de emissão de

guias de remessa em conformidade com a Lei.

Formulário de aprovação de

Requisições de Compra Optimização do processo e compras.

Eliminação do Papel no processo de compras,

Implementação do programa

RPFIEU_SAFT - SAF-T PT Ajudar o cliente a satisfazer os requisitos legais de

Portugal

Apoio funcional à certificação de

Facturas e Guias de Remessa Ajudar o cliente a satisfazer os requisitos legais de

Portugal

Conversor eXtended Business

Reporting Language – XBRL Ajudar o cliente a satisfazer os requisitos legais de

Portugal;

Desenvolvimento de uma ferramenta inovadora.

Com a realização destes projectos foi possível chegar a algumas conclusões gerais. Em

relação à tecnologia SAP, pode-se afirmar que não basta instalar um sistema, é necessário

pensar na sua manutenção e evolução como forma de os manter com capacidade de

responder às novas necessidades de negócio, desempenhando um papel fundamental na sua

operação.

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109

Á medida que os sistemas vão evoluindo e ficando cada vez mais especializados e

complexos, também os profissionais vão ter que se qualificar de maneira a que consigam

manter os sistemas em bom funcionamento.

As alterações às leis podem muitas vezes acarretar problemas para as empresas, pois

muitas vezes os novos requisitos legais são dúbios em questões relacionadas com empresas

multinacionais e as autoridades competentes não são explícitas quando questionadas.

Em relação à tecnologia Microsoft, mais propriamente ao XBRL, podemos afirmar que é

uma tecnologia emergente em Portugal e na Europa, a primeira versão do conversor XBRL

ainda precisa que os ficheiros de saída sejam validados. Convém salientar que esta foi a

primeira abordagem à tecnologia e a disponibilidade do BdP para esclarecimentos tem sido

pouca. Esta falta de disponibilidade do BdP tem sido um entrave para a validação desta

primeira abordagem, pois é fundamental que a mesma seja validada antes de se prosseguir

com mais desenvolvimento.

6.3 Propostas de trabalho futuro

Todos os projectos foram implementados com sucesso, estando ainda um projecto

pendente de adjudicação por parte do cliente, tendo os clientes mostrado grande satisfação

pelo resultado dos mesmos, a proposta de trabalho futuro nesta área seria o

desenvolvimento/criação de processos, que permitam acompanhar as mudanças legislativas

em relação aos sistemas ERP, como forma a conseguir criar uma mais rápida e melhor

preparação na apresentação de soluções aos clientes quando eles nos requisitam para ajudar

na resolução de novos desafios.

O projecto que ainda está pendente de aprovação pelo cliente é o projecto relativo a

Fichiér des Écritures Comptables, caso a proposta seja adjudicada pelo cliente será

necessário analisar o programa existente e arquitectar as alterações necessárias de forma a

que este possa extrair a informação necessária.

Em relação ao desenvolvimento XBRL é necessário insistir na validação da primeira

abordagem, e desenhar uma solução mais optimizada, que permita a conversão mais rápida

dos templates excel.

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110

6.4 Conclusão

A actividade de consultoria informática enquanto profissão, torna-se cada vez mais

importante, quanto à especificidade dos sistemas. Nos projectos de SAP apresentados é

notória a importância do consultor como agente facilitador de conhecimento específico a

empresas que não possuem nos seus quadros este tipo de conhecimento. A tecnologia SAP

é uma tecnologia dispendiosa, só usada por grandes organizações. A formação de

consultores SAP é igualmente onerosa, deste modo as empresas preferem contratar

consultores especificamente para resolver estes desafios do que formarem recursos e

mantê-los, assim vão contratando consultores com conhecimentos específicos à medida

dos desafios com que se vão deparando.

Cada vez mais as organizações procuram usufruir ao máximo das capacidades dos seus

sistemas ERP, pode-se observar que o SAP é um ERP que permite grande adaptabilidade

para responder a esses desafios. A SAP disponibiliza constantes actualizações para resolver

eventuais problemas que vão surgindo, como o caso de alterações legislativas.

Com a obrigatoriedade dos bancos comunicarem os dados financeiros ao BdP poderá

surgir um nicho de mercado para este tipo de tecnologia, é uma tecnologia muito específica

onde os conhecimentos de finanças e de informática se aliam e complementam.

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111

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115

8 Anexos

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8.1 Anexo Um - Planeamento do Projecto

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120

Na figura seguinte é apresentado um diagrama com os projectos desenvolvidos ao longo do

tempo passado como consultor da área da AMS. Em alguns casos foi possível trabalhar em

mais que um projecto em simultâneo dado que se aguardava que outras tarefas se

concluíssem, como no caso de testes do conversor de XBRL.

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8.2 Anexo Dois - Requisitos do projecto de extracção de

dados “JET”

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8.3 Anexo Três - Manual do programa “JET”

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8.4 Anexo Quatro - Especificação Funcional - Pedido de

compra - Centro de custo

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8.5 Anexo Cinco - Especificação técnica - Pedido de Compra

- Centro de custo

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8.6 Anexo Seis - Certificação de Guias de Remessa -Excerto

de código ABAP *&---------------------------------------------------------------------*

*& Form get_sipt_likp_counter

*&---------------------------------------------------------------------*

* text

*----------------------------------------------------------------------*

* -->INPUT_TABLE text

* -->OUTPUT_TABLE text

*----------------------------------------------------------------------*

form get_sipt_likp_counter tables input_table structure itcsy

output_table structure itcsy.

data: ls_itcsy type itcsy,

lv_vbeln type vbeln_vl,

lv_vkorg type vkorg,

ls_sipt_likp type sipt_likp,

ls_zsd12n type zsd12n,

lv_cert_id type sipt_cert_id,

ls_vbfa type vbfa,

lt_sipt_likp type table of sipt_likp.

clear ls_itcsy.

read table input_table into ls_itcsy with key name = 'VBDKA-VBELN'.

if sy-subrc is initial.

call function 'CONVERSION_EXIT_ALPHA_INPUT'

exporting

input = ls_itcsy-value

importing

output = lv_vbeln.

clear ls_vbfa.

* Get actual document for order 'J' Document category of subsequent doc

ument

select single *

from vbfa

into ls_vbfa

where vbelv eq lv_vbeln

and vbtyp_n eq 'J'.

check ls_vbfa is not initial.

clear ls_itcsy.

read table input_table into ls_itcsy with key name = 'VBDKA-VKORG'.

if sy-subrc is initial.

call function 'CONVERSION_EXIT_ALPHA_INPUT'

exporting

input = ls_itcsy-value

importing

output = lv_vkorg.

select single *

from zsd12n

into ls_zsd12n

where vkorg = lv_vkorg.

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142

if sy-subrc is initial.

clear: ls_sipt_likp,

lt_sipt_likp[].

* sort lt_sipt_likp DESCENDING by creadate creatime.

* Get the last signed document.

select *

from sipt_likp

into corresponding fields of table lt_sipt_likp up to 1 rows

where vbeln = ls_vbfa-vbeln

and bukrs = ls_zsd12n-vkorg

order by creadate creatime descending.

check lt_sipt_likp[] is not initial.

read table lt_sipt_likp into ls_sipt_likp index 1.

check sy-subrc eq 0.

select single cert_id

from sipt_cert

into lv_cert_id.

if sy-subrc is initial.

clear ls_itcsy.

ls_itcsy-name = 'LV_PRINT_CHAR'.

ls_itcsy-value = ls_sipt_likp-print_char.

modify output_table from ls_itcsy

transporting value where name = ls_itcsy-name.

concatenate lv_cert_id '/AT' into lv_cert_id.

condense lv_cert_id no-gaps.

ls_itcsy-name = 'LV_CERT_ID'.

ls_itcsy-value = lv_cert_id.

modify output_table from ls_itcsy

transporting value where name = ls_itcsy-name.

endif.

endif.

endif.

endif.

endform. "get_sipt_likp_counter

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143

8.7 Anexo Sete - Especificação Técnica - Guias de Remessa

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148

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149

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8.8 Anexo Oito - Manual Utilizador SAF-T PT

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152

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8.9 Anexo Nove - Formação Programa SAF-T PT

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Manual de operações

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Caso de teste

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186

8.10 Anexo Dez - Exemplo de Instância XBRL

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<!--(C) EBA-->

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12-01/mod/corep_con.xsd" />

<xbrli:unit id="uEUR">

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<xbrli:measure>xbrli:pure</xbrli:measure>

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</xbrli:entity>

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<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

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<find:filingIndicator contextRef="c1">C_00.01</find:filingIndicator>

<find:filingIndicator contextRef="c1">C_05.02</find:filingIndicator>

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<xbrli:context id="c0">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

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</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<!-- table C 00.01 -->

<eba_met:ei4 contextRef="c0">eba_AS:x1</eba_met:ei4>

<eba_met:ei207 contextRef="c0">eba_SC:x7</eba_met:ei207>

<!-- table C 05.02 -->

<xbrli:context id="c2">

<xbrli:entity>

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187

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

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<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x5</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x2</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="INF"

contextRef="c2">100000000.00</eba_met:mi53>

<eba_met:mi57 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c2">60000000.00</eba_met:mi57>

<eba_met:pi188 unitRef="uPURE" decimals="4"

contextRef="c2">0.8000</eba_met:pi188>

<eba_met:mi160 unitRef="uEUR" decimals="INF"

contextRef="c2">48000000000.00</eba_met:mi160>

<eba_met:mi40 unitRef="uEUR" decimals="2" contextRef="c2">-

52000000.00</eba_met:mi40>

<xbrli:context id="c3">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

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<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x1</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c3">57050000.00</eba_met:mi53>

<eba_met:mi57 unitRef="uEUR" decimals="INF"

contextRef="c3">450000.00</eba_met:mi57>

<eba_met:pi188 unitRef="uPURE" decimals="4"

contextRef="c3">0.8000</eba_met:pi188>

<eba_met:mi160 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c3">360000.00</eba_met:mi160>

<eba_met:mi40 unitRef="uEUR" decimals="2" contextRef="c3">-

56690000.00</eba_met:mi40>

<xbrli:context id="c4">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

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<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x5</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x1</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

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188

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c4">1000000.00</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c5">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x342</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x4</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x1</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="-3"

contextRef="c5">4050000</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c6">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x342</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x2</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x1</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c6">2000000.00</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c7">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x342</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x1</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x1</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="INF"

contextRef="c7">1500000</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c8">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

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189

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x342</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x3</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x1</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="-3"

contextRef="c8">551000.00</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c9">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x397</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x1</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c9">52000000.00</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c10">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x342</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x9</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c10">64775456.56</eba_met:mi53>

<eba_met:mi57 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c10">11403821.81</eba_met:mi57>

<eba_met:pi188 unitRef="uPURE" decimals="INF"

contextRef="c10">0.8000</eba_met:pi188>

<eba_met:mi160 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c10">9123057.45</eba_met:mi160>

<eba_met:mi40 unitRef="uEUR" decimals="2" contextRef="c10">-

55652399.11</eba_met:mi40>

<xbrli:context id="c11">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x342</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x5</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x9</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

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190

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c11">3500000.00</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c12">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x342</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x4</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x9</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="INF"

contextRef="c12">4585456.56</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c13">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x342</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x2</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x9</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c13">2100000.00</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c14">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x342</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x1</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x9</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c14">1250000.00</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c15">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

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191

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x342</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:COI">eba_CI:x3</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x9</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c15">1235456.56</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c16">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

</xbrli:entity>

<xbrli:period>

<xbrli:instant>2014-03-31</xbrli:instant>

</xbrli:period>

<xbrli:scenario>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:MCY">eba_MC:x397</xbrldi:explicitMember>

<xbrldi:explicitMember

dimension="eba_dim:TOF">eba_OF:x9</xbrldi:explicitMember>

</xbrli:scenario>

</xbrli:context>

<eba_met:mi53 unitRef="uEUR" decimals="2"

contextRef="c16">56690000.00</eba_met:mi53>

<xbrli:context id="c17">

<xbrli:entity>

<xbrli:identifier

scheme="http://www.eba.europa.eu/fr/dummy">DUMMY</xbrli:identifier>

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8.11 Anexo Onze - XBRL - Comunicação trocada com o Banco

de Portugal

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