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PROJETO BÁSICO VISANDO A LICITAÇÃO PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ASSESSORIA TÉCNICA, SOCIAL E AMBIENTAL (ATES), E ELABORAÇÃO DE PDA OU PRA PARA AS FAMÍLIAS ASSENTADAS NO ESTADO DE MATO GROSSO.

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PROJETO BÁSICO VISANDO A LICITAÇÃO PARA A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE ASSESSORIA TÉCNICA,

SOCIAL E AMBIENTAL (ATES), E ELABORAÇÃO DE PDA OU PRA PARA

AS FAMÍLIAS ASSENTADAS NO ESTADO DE MATO GROSSO.

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SUMÁRIO

ASSUNTO PÁ

G.

1) OBJETO .................................................................................................... 01

2) APRESENTAÇÃO ..................................................................................... 01

3) INTRODUÇÃO ........................................................................................... 02

4) JUSTIFICATIVA ......................................................................................... 04

5) OBJETIVO GERAL .................................................................................... 05

6) OBJETIVOS ESPECÍFICOS ..................................................................... 05

7) DA DESCRIÇÃO DAS AÇÕES ................................................................. 08

7.1) Ações de PDA e PRA ............................................................................. 08

7.2) Ações de Assistência Técnica na esfera Produtiva ................................ 09

7.3) Ações de Assistência Técnica na esfera Social ..................................... 11

7.4) Ações de Assistência Técnica na esfera Ambiental ............................... 13

7.5) Ações de Integração de Políticas Públicas e Programas do INCRA ...... 14

8) DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS ................................................................. 15

8.1) Dos serviços de elaboração de PDA ou PRA ......................................... 15

8.2) Dos serviços de ATES ............................................................................ 17

8.2.1) Das Visitas Técnicas ........................................................................... 17

8.2.2) Das Ações de Caráter Coletivo ........................................................... 18

8.2.3) Das Atividades Não-Previsíveis ........................................................... 25

9) DAS ESTRUTURAS DE ACOMPANHAMENTO ....................................... 25

10) DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS .......................................................... 26

11) DA COMPOSIÇÃO DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS .......................... 28

12) COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS ............................................................... 28

13) MODALIDADE ........................................................................................ 30

14) TABELA DE PONTUAÇÃO TÉCNICA .................................................... 33

15) VISTORIA TÉCNICA ............................................................................... 34

16) DEVERES DA CONTRATADA E DA CONTRATANTE ......................... 34

17) PERÍODOS DE VIGÊNCIA E REPACTUAÇÃO ..................................... 39

18) DO PAGAMENTO ................................................................................. 39

19) FISCALIZAÇÃO ....................................................................................... 43

20) DAS PENALIDADES ............................................................................. 46

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21) DA RECISÃO ........................................................................................... 49

22) CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 50

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PROJETO BÁSICO VISANDO A LICITAÇÃO PARA A PRESTAÇÃO DE

SERVIÇOS DE ASSESSORIA TÉCNICA, SOCIAL E AMBIENTAL (ATES), E ELABORAÇÃO DE PDA OU PRA PARA AS FAMÍLIAS ASSENTADAS NO

ESTADO DE MATO GROSSO.

PROPONENTE: INSTITUTO NACIONAL DE COLONIZAÇÃO E REFORMA AGRÁRIA – INCRA/MT Superintendente: João Bosco de Moraes Chefe da Divisão de Desenvolvimento de Assentamentos: Joary Catarino Arantes

Endereço: Rua 8, quadra 15. Centro Político Administrativo Cuiabá (MT) 78050 – 970

1 OBJETO

Contratação de empresas para a prestação de serviços de Assessoria Técnica, Social e Ambiental (ATES), elaboração de PDA e elaboração de PRA, para Projetos de Assentamento criados ou reconhecidos pela Superintendência Regional do INCRA de Mato Grosso. 2 APRESENTAÇÃO

O presente documento apresenta o Projeto Básico elaborado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária do estado de Mato Grosso, para a execução do Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária – ATES, previsto no PPA 2008/2011 através do Programa 1427 e Ação 4470. O PPA caracteriza como produto a “Família Assistida”, tendo-a como unidade de medida. Na sua Finalidade, a Ação determina um serviço de forma integral e continuada. Em sua Descrição, caracteriza o serviço como permanente. Em seu detalhamento, determina que sua realização se dê por efetivação de convênio ou contrato com instituições públicas, unidades estaduais de assistência técnica ou entidades com e sem fins lucrativos credenciadas para prestação de serviços, capacitação e elaboração dos Planos de Desenvolvimento de Assentamentos – PDA ou Planos de Recuperação de Assentamentos – PRA, sob a supervisão e fiscalização do INCRA.

As ações de ATES serão desenvolvidas em 40 (quarenta) assentamentos da Reforma Agrária no estado de Mato Grosso, criados ou reconhecidos pelo INCRA/MT, em conformidade com o Mem. nº 944/CIRCULAR/DD/INCRA (de 30/09/2008), as Normas de Execução INCRA Nº 71 e Nº 72 (de 12/05/2008) e Nº 77 (de 29/09/2008), a Nota Técnica nº 03/DD/2008 e seus anexos (de 30/09/2008), o Manual Operacional de ATES vigente (no que couber) e demais legislações e orientações fornecidas pelo INCRA, por onde se pretende implantar uma ação descentralizada de apoio às famílias dos agricultores assentados em Projetos de Assentamento localizados no

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estado de Mato Grosso, abarcando os diversos aspectos inerentes ao desenvolvimento dos Projetos de Assentamento, tais como: crédito rural; capacitação; cooperação; organização rural; infra-estrutura e serviços sociais; infra-estrutura produtiva; extrativismo; pesca artesanal; cultura; sistemas de produção; mercado e comercialização; agroindustrialização e meio ambiente, dentre outros que se façam necessários.

O instrumento escolhido para formalização das ações é a Licitação, modalidade Concorrência Pública, conforme determina a Lei Nº 8.666 (de 21/06/1993) e a Instrução Normativa SLTI/MPOG N° 02 (de 30/04/2008).

3 INTRODUÇÃO

Dentre as iniciativas voltadas à ampliação das políticas públicas para Reforma Agrária, o Governo Federal vem implantando através do INCRA o Programa de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária – ATES. Criado em 2003, tem por objetivo assegurar uma ação de assistência técnica descentralizada e continuada de apoio às famílias dos assentados nos Projetos de Assentamento federais e naqueles reconhecidos pelo INCRA.

A ATES é uma ação desenvolvida sob a coordenação do INCRA, por meio da Diretoria de Desenvolvimento de Projetos de Assentamento. A sua execução ocorre através de parceria ou contrato com instituições públicas, privadas, entidades de representação e coordenação de trabalhadores rurais e organizações não governamentais ligadas à Reforma Agrária.

Visando assegurar de forma continuada e integral os serviços de assessoria técnica, a ação de ATES está prevista no PPA. Esse serviço inicia-se na implantação dos Projetos de Assentamento, com o objetivo de torná-los unidades de produção estruturadas, inseridas de forma competitiva no processo de produção, voltadas para o mercado e integradas à dinâmica do desenvolvimento municipal e regional.

Especificamente, as atividades de ATES tem os seguintes princípios: I - assegurar às famílias assentadas em Projetos de Assentamento federais ou reconhecidos pelo INCRA o acesso à Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária – ATES, pública, gratuita, de qualidade e em quantidade suficiente, visando o desenvolvimento dessas áreas e o apoio ao fortalecimento da agricultura familiar; II - contribuir para a promoção do desenvolvimento rural sustentável, com ênfase em processos de desenvolvimento endógeno, apoiando as famílias assentadas na potencialização do uso sustentável dos recursos naturais; III - adotar uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, estimulando a adoção de novos enfoques metodológicos participativos e de um paradigma tecnológico baseado nos princípios da Agroecologia; IV - estabelecer um modo de gestão capaz de democratizar as decisões, contribuir para a construção da cidadania e facilitar o processo de controle social no planejamento, monitoramento e avaliação das atividades, de modo a permitir a análise e melhoria no andamento das ações; V - desenvolver processos educativos permanentes e continuados, a partir de um enfoque dialético, humanista e construtivista, visando a formação de competências, mudanças de atitudes e procedimentos dos atores sociais, que potencializem os objetivos de melhoria da qualidade de vida e de promoção do desenvolvimento rural sustentável;

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VI - promover a viabilidade econômica, a segurança alimentar e nutricional e a sustentabilidade ambiental das áreas de assentamento, tendo em vista a efetivação dos direitos fundamentais do trabalhador rural e considerando a perspectiva do desenvolvimento territorial; VII - promover a igualdade entre trabalhadoras e trabalhadores rurais assentados da reforma agrária, favorecendo o protagonismo da mulher na construção e implementação dos projetos; e VIII - contribuir no fortalecimento das organizações sociais dos assentados.

O INCRA vem atuando no sentido de qualificar as ações do programa. No segundo semestre de 2007 iniciou um amplo processo de discussão das ações de ATES com todos os atores envolvidos, o que resultou nas alterações das normativas, em particular das Normas de Execução, proporcionando melhores condições para a execução das ações de Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária.

Este Projeto Básico para contrato de execução dos Serviços de ATES orientar-se-á pelas diretrizes e princípios da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural – PNATER do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, com intuito de organizar e sistematizar as propostas de ações nos assentamentos a serem atendidos pelo Programa. É a estratégia fundamental de implementação de políticas para o fortalecimento da Reforma Agrária e da Agricultura Familiar, para a promoção do desenvolvimento rural sustentável e solidário.

4 JUSTIFICATIVA

A Reforma Agrária é o programa de maior alcance social já idealizado pelo governo federal. Os processos inerentes para consecução de seus objetivos, que vão desde a criação dos Projetos de Assentamento até a sua efetiva consolidação, passam por fases específicas de desenvolvimento.

Provenientes de várias partes do Brasil, a clientela da reforma agrária apresenta inúmeras especificidades, com objetivo comum: criar uma opção de melhoria na qualidade de vida nos seus vários aspectos. A efetiva permanência do homem no campo proporciona uma segurança maior ao homem urbano: é a garantia da produção do alimento básico para consumo nas cidades.

A história dos assentamentos no Estado de Mato Grosso , assim como nos demais estados da Federação, revela que o acesso à terra possibilita geração de emprego e renda, moradia, alimentação, escola e melhoria na qualidade de vida das famílias beneficiadas. No entanto, em sua grande maioria, os Projetos estão localizados em regiões com pouca tradição na agricultura de base familiar e escassa infra-estrutura. Some-se a isso, a diversidade étnica-cultural e o fato de que inexiste qualquer tipo de relacionamento entre os assentados e a sociedade local, devido, em grande parte, às dificuldades regionais de acesso aos centros comerciais, o que mantém essas famílias em um ciclo de exclusão e afastamento social. A superação desses estágios de distanciamento somente poderão ser superados com a construção de níveis adequados de interação para que se obtenham sinergias que impulsionem o desenvolvimento territorial.

Nestas condições desfavoráveis, é fundamental que as famílias recebam apoio técnico qualificado, de forma que construam referenciais sociais, produtivos e tecnológicos ajustados ao novo ambiente, e que respeitem os recursos naturais

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locais, aperfeiçoem o trabalho na atividade de produção e elevem o nível de conhecimento técnico, através da apropriação compartilhada com outros agricultores e entre os próprios beneficiados. Trata-se de potencializar, com investimentos públicos, as iniciativas das famílias, dinamizando o tecido social juntamente com as iniciativas produtivas. Contempla-se, assim, a sustentabilidade ambiental, os agroecossistemas locais, as potencialidades e oportunidades de comercialização, dentro de um contexto de desenvolvimento local e regional.

Os investimentos no processo de formação permanente dos agricultores e dos profissionais que com eles interagem, permitirão a construção de formatos produtivos e tecnológicos adequados à realidade local, coerente com os princípios de uma comunidade sustentável sob os pontos de vista social, ambiental e econômico.

As ações de ATES realizadas pelo INCRA construíram uma ação de assistência técnica descentralizada de apoio às famílias dos assentados nos Projetos de Reforma Agrária, com os seguintes instrumentos: - a presença dos técnicos nos assentamentos, que possibilita a leitura das diferentes realidades e a interação com as famílias, e estimula a busca de soluções criativas aos problemas que se apresentam; - a ATES demonstrou ser uma ação estruturante dentro do desenvolvimento de assentamentos de Reforma Agrária no estado, pois atua de forma transversal às demais políticas públicas do INCRA para o desenvolvimento dos assentamentos, possibilitando uma real articulação entre elas; - as alternativas de produção, que levam ao desenvolvimento econômico dos assentamentos, são experimentadas a partir das especificidades de cada realidade. 5 OBJETIVO GERAL A Assessoria Técnica, Social e Ambiental é um instrumento do INCRA para desenvolver os assentamentos criados ou reconhecidos pela Autarquia, tornando-os unidades produtivas com garantia de segurança alimentar, inseridas no processo de produção sob o viés do desenvolvimento sustentável, integradas à dinâmica do desenvolvimento municipal e regional. 6 PRINCÍPIOS E DIRETRIZES BÁSICAS

Este Projeto Básico deverá estar inserido dentro dos princípios e diretrizes da Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural - PNATER do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, sendo: 6.1 Princípios:

a) Assegurar, com exclusividade às famílias assentadas em Projetos de Reforma Agrária e Projetos de Assentamento reconhecidos pelo INCRA, o acesso à Assessoria Técnica, Social e Ambiental à Reforma Agrária - ATES, pública, gratuita, de qualidade e em quantidade suficiente, visando o desenvolvimento dessas áreas e o apoio ao fortalecimento da agricultura familiar;

b) Contribuir para a promoção do desenvolvimento rural sustentável, com ênfase em processos de desenvolvimento endógeno, apoiando as famílias assentadas na potencialização do uso sustentável dos recursos

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naturais; c) Adotar uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar,

estimulando a adoção de novos enfoques metodológicos participativos e de um paradigma tecnológico baseado nos princípios da Agroecologia;

d) Estabelecer um modo de gestão capaz de democratizar as decisões, contribuir para a construção da cidadania e facilitar o processo de controle social no planejamento, monitoramento e avaliação das atividades, de modo a permitir a análise e melhoria no andamento das ações;

e) Desenvolver processos educativos permanentes e continuados, a partir de um enfoque dialético, humanista e construtivista, visando a formação de competências, mudanças de atitudes e procedimentos dos atores sociais, que potencializem os objetivos de melhoria da qualidade de vida e de promoção do desenvolvimento rural sustentável;

f) Promover a viabilidade econômica, a segurança alimentar e a sustentabilidade ambiental das áreas de assentamento, tendo em vista a efetivação dos direitos fundamentais do trabalhador rural e considerando a perspectiva do desenvolvimento territorial;

g) Promover a igualdade de oportunidades entre trabalhadoras e trabalhadores rurais assentados (as) da reforma agrária, favorecendo o protagonismo da mulher na construção dos projetos. 6.2 Diretrizes Básicas:

a) Apoiar ações múltiplas e articuladas de ATES que viabilizem o desenvolvimento econômico equitativo e solidário dos assentamentos, levando em conta a dimensão ambiental;

b) Garantir a oferta permanente e contínua de serviços de ATES, que sejam presentes e atuantes em todas as regiões rurais brasileiras, de modo a atender a demanda de todos os assentados do país;

c) Apoiar as ações destinadas à qualificação e ao aumento da produção agropecuária, pesqueira e extrativista, com ênfase na produção de alimentos básicos;

d) Assegurar que as ações de ATES contemplem todas as fases das atividades econômicas, da produção à comercialização e abastecimento, observando as peculiaridades das diferentes cadeias produtivas;

e) Privilegiar as instâncias participativas como fóruns ativos e co-responsáveis pela gestão do Programa de ATES nos âmbitos Estadual e Federal, de modo a fortalecer a participação dos beneficiários, e de outros representantes da sociedade civil, na qualificação das atividades de ATES;

f) Desenvolver um Programa de capacitação participativo e continuado, conciliando os saberes adquiridos na escola e os obtidos pelos assentados, visando a preservação e integração das diversas manifestações, quer em termos técnicos, culturais e de vivências múltiplas;

g) Promover uma relação participativa e gestão compartilhada, pautada na co-responsabilidade entre os agentes do processo de desenvolvimento, estabelecendo interações efetivas e permanentes, com os assentamentos;

h) Desenvolver ações que levem à conservação e recuperação dos recursos naturais dos agroecossistemas e da biodiversidade;

i) Viabilizar serviços de ATES que promovam parcerias entre

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instituições federais, estaduais, municipais, organizações não governamentais e organizações de assentados, estimulando a inserção dos assentados na elaboração de planos de desenvolvimento municipal, territorial e/ou regional, assim como a formação de redes solidárias de cooperação interinstitucional;

j) Estimular a participação da ATES nos processos de geração de tecnologias e inovações organizacionais, em relação sistêmica com instituições de ensino e pesquisa, de modo a proporcionar um processo permanente e sustentável de fortalecimento da agricultura familiar e reforma agrária;

k) Orientar estratégias que permitam a construção e valorização de mercados locais e a inserção não subordinada dos assentados no mercado globalizado, visando gerar novas fontes de renda;

l) Garantir que o programa de ATES, adaptado aos diferentes territórios e realidades regionais, seja construído a partir do reconhecimento das diversidades e especificidades étnicas, de raça, de gênero, de geração e das condições socioeconômicas, culturais e ambientais presentes nos agroecossistemas;

m) Viabilizar ações de ATES dirigidas especificamente para a capacitação e orientação da juventude rural, visando estimular a permanência na produção familiar, de modo a assegurar o processo de sucessão;

n) Apoiar ações específicas voltadas à construção da equidade social e valorização da cidadania, visando a superação da discriminação, da opressão e da exclusão de categorias sociais. 7 DA DESCRIÇÃO DAS AÇÕES

Na perspectiva da execução do Programa foram concebidas ações para o

atendimento dos objetivos descritos acima. Essas ações deverão ser focadas nas realidades dos assentamentos atendidos, respeitando o grau de desenvolvimento em que se encontram, e buscando um aprimoramento nos aspectos que se fizerem menos assistidos. 7.1 Ações de PDA e PRA

Elaboração de PDA/PRA nos assentamentos contemplados, a partir de diagnóstico inicial, físico e sócio-econômico da área e entorno do projeto (Marco Zero), laudo de vistoria e avaliação e/ou Relatório Ambiental, e da Licença Prévia (LP) ou Licença de Instalação e Operação (LIO) vigentes, fornecidos pelo INCRA/MT quando disponível.

a) Elaborar, em caráter prioritário, o questionário do Perfil de Entrada com vistas ao diagnóstico sócio-econômico e ambiental do assentamento e de cada unidade familiar, a ser aplicado pela Equipe de ATES;

b) Incorporar os resultados obtidos com o Perfil de Entrada no diagnóstico sócio-econômico e ambiental do assentamento e das unidades familiares que, deverá estar refletido nas demais análises do PDA;

c) Descrever a metodologia a ser adotada e o prazo para cumprimento de cada um dos dispositivos do ANEXO II da NE 71;

d) Incluir e especificar na metodologia definida para cumprimento de cada um dos dispositivos do ANEXO II da NE 71 os estudos, técnicas de levantamento e pareceres técnicos que serão utilizados, como: análises laboratoriais de solo; sensoriamento remoto; análise cartográfica; levantamento

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topográfico; levantamento da fitofisionomia vegetal; levantamento das áreas de preservação permanente e de reserva legal, classificadas conforme o seu estado; levantamento da fauna; disponibilidade de recursos hídricos tanto superficiais quanto subterrâneas; climatologia; bibliografia científica, entre outros que se fizerem necessários;

e) Conceber o plano de exploração das parcelas e, das áreas de uso comunitário, com base em estudos de mercado, que por sua vez, deverão orientar a elaboração dos projetos técnicos de financiamento de investimento e custeio da produção pelo PRONAF ou, outras fontes de créditos existentes ou que venham a ser instituídas; f) Verificar a existência de projetos/programas de desenvolvimento regional e municipal, Conselho (e/ou Plano) Municipal de Desenvolvimento Rural ou similar, estrutura institucional, pública ou privada, de apoio técnico e financeiro e de regulação da produção e/ou comercialização que, possam vir a ser disponibilizados para o assentamento, adequando a elaboração do PDA ao contexto de desenvolvimento local; g) Elaborar planilha orçamentária, contendo todos os recursos necessários à implantação e consolidação do projeto de assentamento, no que se refere aos créditos para produção, de custeio e investimento, de instalações e infra-estruturas sociais e de serviços, bem como o custeio para prestação dos serviços públicos;

h) Caracterizar as potencialidades e limitações técnicas, sociais, econômicas, ambientais, organizacionais e operacionais ao desenvolvimento do assentamento e das unidades familiares, explicitando as necessidades e demandas sociais dos assistidos, como aquelas relativas à infra-estrutura física e de serviços;

i) Dentro de um enfoque agroecológico, propor técnicas que dependam menos de insumos externos e reflitam na redução/eliminação do uso de agrotóxicos;

j) Observar as condicionantes legais no processo de construção do PDA, prevendo as exigências do licenciamento ambiental;

k) Confrontar o quantitativo e localização das áreas de reserva legal e de preservação permanente remanescentes no assentamento com as exigências da legislação ambiental em vigência e, descrever os elementos necessários para a respectiva recuperação e conservação;

l) Elaborar projetos técnicos que assegurem a recuperação dos solos degradados do assentamento, prevendo sua incorporação na matriz produtiva e/ou sua revegetação, conforme proposta de estratificação ambiental;

m) Destacar as questões pertinentes à legislação ambiental que deverão ser transmitidas aos assentados, tendo em vista o respectivo processo de licenciamento ambiental;

n) Incorporar as diretrizes estabelecidas no Zoneamento Sócio-econômico ambiental do Estado de Mato Grosso, conforme localização do assentamento e sua respectiva categoria, zona ou sub-zona;

O PDA deverá ser construído para uma execução plurianual, e será avaliado com base no desenvolvimento da qualidade de vida das famílias assentadas. As seguintes etapa s são propostas para elaboração e monitoramento do andamento junto ao INCRA:

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a) Mobilização dos assentados + diagnóstico participativo;

b) Levantamento de campo + planejamento participativo;

c) Elaboração do relatório final + mapas.

Elaboração de PRA, conforme Modelo da Norma de Execução INCRA Nº

71/2008, nos assentamentos contemplados, a partir da revisão e readequação do PDA existente, e/ou laudo de vistoria e avaliação, e/ou Relatório Ambiental, e/ou Licença de Instalação e Operação (LIO) vigente, fornecidos pelo INCRA quando disponível. O PRA deverá ser construído para uma execução plurianual, e será avaliado com base no desenvolvimento da qualidade de vida das famílias assentadas. As seguintes etapas são propostas para elaboração e monitoramento do andamento junto ao INCRA: a) Mobilização dos assentados + diagnóstico participativo + Levantamento

de campo + planejamento participativo;

b) Elaboração do relatório final + mapas.

A elaboração do PDA e do PRA deverá buscar estratégias de

desenvolvimento de cada assentamento, de forma discutida e construída com as famílias assentadas, coordenações dos assentamentos e demais instituições parceiras. Também deverá identificar indicadores que possibilitem as entidades responsáveis pelo acompanhamento do trabalho, avaliar, monitorar e propor alternativas para superação dos desafios que surgirem no decorrer das ações. 7.2 Ações de Assistência Técnica na esfera Produtiva 1. Prestar assessoria técnica através de metodologias participativas, educativas e interativas, envolvendo os agricultores e suas famílias, valendo-se de processos de base sustentável, valorizando o conhecimento popular e fortalecendo iniciativas com vistas ao desenvolvimento da cooperação e da economia popular solidária. Considerar sempre o enfoque teórico e metodológico da Agroecologia nas ações da ATES, a fim de apoiar o processo de transição sustentável das atividades agropecuárias nos assentamentos. 2. Mobilizar as famílias assentadas, com vistas à elaboração e implementação do Projeto de Exploração Anual – PEA, em conformidade com o estabelecido no ANEXO III da NE 71, promovendo a sua capacitação, no objetivo de promover a segurança alimentar e nutricional das famílias assentadas em seu primeiro ano, bem como desenvolver processo educativo voltado para a preparação das famílias enquanto beneficiárias do Programa de Reforma Agrária; 3. Disponibilizar, aos agricultores assentados, informações sobre técnicas produtivas adequadas às características regionais, de forma a qualificar os resultados e a ampliar a produtividade de seu trabalho, valendo-se de demonstração de práticas de produção conservacionistas, manejo

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sustentável dos recursos naturais dos assentamentos, planejamento e outros temas pertinentes à realidade local. 4. Promover intercâmbios e trocas de conhecimentos envolvendo agricultores, agricultoras e técnicos de assentamentos, municípios e/ou regiões distintas, como estratégia de capacitação das famílias assentadas, proporcionando a apropriação do conhecimento pelo resgate e sistematização coletiva das experiências visitadas. 5. Difundir os conceitos básicos de desenvolvimento sustentável, valendo-se de métodos participativos para a organização de planos de desenvolvimento de propriedades sustentáveis. 6. Introduzir no assentamento técnicas adequadas ao manejo sustentável dos solos, levando em consideração os temas de química, fertilidade, aptidões dos diferentes tipos, degradação e recuperação, diferenciando as abordagens técnicas sustentáveis e uso de recursos. 7. Introduzir conhecimentos sobre o processo de produção de olerícolas com a finalidade de auto-sustento e comercialização, focando a importância do manejo e nutrição das plantas como promotoras de sanidade vegetal e segurança alimentar. 8. Introduzir nos assentamentos a discussão sobre a importância da diversidade de sementes, utilização de sementes crioulas e a armazenagem de sementes próprias dentro dos princípios da soberania alimentar. 9. Tratar da sustentabilidade ambiental e econômica, característica das produções agroecológicas, com ênfase na compreensão dos processos de ciclagem envolvidos e na identificação dos diversos recursos que podem ser utilizados dentro desses processos. 10. Estimular a estruturação de Sistemas Agroflorestais, através de capacitação e compreensão dos benefícios das interações ambientais, englobando a produção de árvores para obtenção de frutas, madeira e lenha, dirigidas ao mercado ou ao auto-sustento. 11. Introduzir técnicas de produção vegetal das diversas espécies adaptadas à região, relacionando-as ao mercado, ao tipo de agroecossistema e ao manejo adequado. 12. Disponibilizar informações técnicas sobre produção de animais de diversos portes, caracterizando as vantagens e cuidados inerentes aos diferentes sistemas digestivos, impacto do manejo e modos de consumo possíveis, considerando os recursos das unidades produtivas, tipo de agroecossistema e possibilidades de mercado. 13. Introduzir técnicas sustentáveis de produção animal, relacionando o manejo do bem-estar da criação e o manejo correto dos dejetos com o fortalecimento da imunidade e conseqüente prevenção de doenças dos animais e das pessoas que trabalham com eles. 14. Introduzir técnicas de adubação orgânica utilizando os dejetos gerados na produção animal em substituição aos insumos externos.

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15. Introduzir técnicas de manejo em saúde animal, diferenciando-as entre homeopáticas, fitoterápicas e alopáticas de prevenção e cura de doenças infecto-contagiosas e parasitárias.

16. Desenvolver ações de educação em economia e administração rural para diagnóstico da eficiência econômica e ecológica da propriedade.

17. Proporcionar a capacitação em técnicas de gestão da propriedade rural, desenvolvendo metodologias de planejamento, execução e monitoramento da evolução temporal da produção, com vistas a sustentabilidade econômica do empreendimento.

18. Desenvolver sistemas agrosilvipastoris de produção, com ênfase em modelos de manejo ecológico de pastagens, através de capacitações aos técnicos e aos assistidos, bem como da implantação de módulos experimentais nas parcelas;

19. Incorporar novas atividades da economia rural além da agropecuária, como a agroindústria, o artesanato, o turismo rural e outras que, adequadas à realidade e aos interesses dos assistidos, possibilitem a geração de emprego e renda aos homens, mulheres e jovens assentados;

20. Acompanhar e orientar a aplicação dos Créditos acessíveis aos assentados e necessários ao desenvolvimento de suas atividades e de suas organizações produtivas, bem como, elaborar os respectivos projetos quando for o caso, assegurando que estes estejam orientados conforme as diretrizes para estruturação do sistema produtivo constante no PDA, considerando cada parcela como um todo; 7.3 Ações de Assistência Técnica na esfera Social 1. Desenvolver ações de conscientização da importância da documentação pessoal e dos contratos firmados entre os beneficiários e o INCRA, com vistas à manutenção da situação de regularidade junto aos órgãos da administração pública.

2. Trabalhar a redução da pobreza rural fortalecendo a noção de Cidadania e suas implicações nos direitos e responsabilidades sociais, incluindo ações de valorização da documentação do indivíduo, da família e da unidade produtiva como instrumentos de inclusão social.

3. Estimular a compreensão dos direitos especiais de crianças, jovens e idosos, com focos de atenção à saúde, à segurança e ao lazer, buscando a consolidação da unidade familiar.

4. Conscientizar quanto à importância de uma boa alimentação para a manutenção da saúde, através do estímulo à instalação de horta caseira agroecológica e ao consumo de seus produtos, compostos por plantas medicinais, condimentares e olerícolas.

5. Encorajar mudanças nos hábitos e na compreensão das atitudes diárias como mecanismos de promoção do saneamento básico a baixo custo, manutenção da segurança dos alimentos consumidos, provimento de água potável segura através do acesso a fontes de água limpa, redução da incidência

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de doenças e infecções, em especial as zoonoses, através de educação sobre os mecanismos de disseminação de doenças e seu controle. 6. Estimular nas famílias a prática da coleta seletiva do lixo, o correto encaminhamento dos resíduos orgânicos através da compostagem, o destino adequado dos materiais não degradáveis e cumulativos (plásticos, metais, entre outros). 7. Trabalhar a gestão da unidade produtiva, conscientizando sobre a necessidade de manutenção de registros e anotações como instrumento de monitoramento e avaliação das diversas atividades produtivas. 8. Garantir a participação da comunidade e a utilização de metodologias participativas nas ações a serem desenvolvidas. 9. Encorajar os grupos a melhorarem suas comunicações e atividades, tornando-os eficazes no trabalho e na ação conjuntas. 10. Incentivar os membros da comunidade a compartilharem seus conhecimentos e experiências e a aprenderem mutuamente, melhorando a manutenção de registros e anotações como instrumento de monitoramento e avaliação das diversas atividades produtivas e de crédito. 11. Estimular o desenvolvimento de micro-empreendimentos como forma de ocupação rural, geração de renda e agregação de valor à produção, fortalecendo iniciativas de associação, cooperativismo e negociação coletiva; 12. Promover a compreensão do propósito de um grupo, introduzindo técnicas de planejamento, execução e monitoramento da evolução das propostas de desenvolvimento coletivo e comunitário. 13. Promover contato com grupos para intercâmbio de experiências, potencializando a formação de redes de cooperação entre as famílias assentadas, para inserção em cadeias produtivas. 14. Utilizar a Articulação Territorial de ATES como instrumento de inclusão social e regional, pela integração com as ações de outras entidades públicas ou privadas afins aos temas propostos nos objetivos da ATES. 15. Inserção da comunidade dos assentados em programas municipais que privilegiem os cuidados da saúde da família. 16. Incentivar a realização e apoiar a organização de eventos municipais e regionais das famílias assistidas, principalmente os relacionados a gênero, geração, etnia, desenvolvimento humano e social em sua área de ação; 17. Desenvolver ações específicas junto às mulheres, aos jovens e, o ao segmento da terceira idade, com a finalidade de inserí-los nos Programas Sociais do governo; 7.4 Ações de Assistência Técnica na esfera Ambiental 1. Designar 01 (um) Engenheiro Agrônomo como responsável pela área ambiental (orientação da Resolução CONAMA Nº 387/06) do Núcleo Operacional de ATES, para que possa ser capacitado pelo INCRA para desenvolver e orientar ações de capacitação ambiental junto às famílias beneficiadas e demais profissionais do Núcleo Operacional. 2. Potencializar as ações ambientais desenvolvidas pelo Setor Ambiental do INCRA, previstas no Programa Integrado de Recuperação e Conservação dos Recursos Naturais em Assentamentos. 3. Viabilizar o licenciamento ambiental de atividades produtivas voltadas aos lotes, como agricultura irrigada (Licença de Operação, outorga de uso de água e

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assessoria a associações de irrigantes), criações de animais domésticos confinados, piscicultura e silvicultura, em especial quanto a distanciamentos das instalações em relação a cursos hídricos, lindeiros, habitações e construções rurais. 4. Viabilizar o licenciamento do manejo de recursos florestais nativos de acordo com a legislação ambiental, com as normas e orientações do órgão ambiental competente, bem como assessorar as associações de gestão de espaços e recursos naturais coletivos. 5. Encaminhar para avaliação os projetos a serem licenciados a fim de obter a anuência do INCRA. 6. Incorporar no Plano de Capacitação dos técnicos e assistidos, bem como no conteúdo das visitas técnicas nas parcelas, a temática ambiental; 7. Capacitar os assistidos nas tecnologias mais adequadas relativas à recuperação e conservação dos recursos naturais, com ênfase em ações de contenção e prevenção de degradação ambiental, como o cercamento de áreas de proteção e a implantação de aceiros, potencializando as ações do Licenciamento Ambiental e do Projeto de Recuperação e Conservação de Recursos Naturais, quando houver; 8. Garantir o amplo conhecimento sobre a Legislação Ambiental, bem como, apoiar o processo de Licenciamento Ambiental e promover os compromissos através dele assumidos; 9. Orientar os assistidos quanto ao adequado uso de agrotóxicos, promovendo a sua redução e/ou eliminação, pela introdução de práticas agroecológicas; 10. Operar em conjunto com o INCRA e os órgãos ambientais no processo de prevenção de incêndios, por meio de educação ambiental e pela orientação aos assistidos sobre a formalização de denúncias de ocorrências; 11. Estimular e promover o monitoramento solidário de barragens, açudes e cursos d’água, com vistas ao gerenciamento dos impactos ambientais que o uso inadequado desses recursos pode provocar, junto aos órgãos ambientais de licenciamento.

7.5 Ações de Integração de Políticas Públicas e Programas do INCRA 1. Apoiar as ações do INCRA na resolução das pendências da documentação necessária à atualização cadastral dos beneficiários e candidatos da reforma agrária. 2. Apoiar as ações do INCRA na identificação de alterações das relações familiares como óbito, separação, inclusão de cônjuge, abandono, transferência de titularidade, entre outras. 3. Apoiar as ações do INCRA no encaminhamento de certidões, para fins de aposentadoria, auxílio-maternidade e acesso aos créditos. 4. Apoiar as ações do INCRA de identificação e atualização da Relação Ocupacional lote/beneficiário, possibilitando a constante atualização do Sistema de Informações dos Projetos de Reforma Agrária (SIPRA). 5. Executar a estratégia de organização prévia, divulgação e internalização das atividades de campo do INCRA, junto aos beneficiários, com vistas ao

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entendimento, sintonia e participação destes atores para o perfeito funcionamento das ações. 6. Realizar Seminário sobre a Matriz Produtiva a ser desenvolvida nos assentamentos, conforme indicação dos Planos (PDA ou PRA) elaborados de forma participativa na comunidade, debatendo e caracterizando suas principais linhas de atividades e as demandas estruturais por elas exigidas, planejando e orientando a correta aplicação dos Créditos a serem acessados, visando a construção de um Plano de Aplicação seqüencial para cada unidade familiar. 7. Executar e orientar a aplicação das modalidades do Crédito Instalação e outras linhas de crédito oficiais, com o envolvimento das famílias assentadas, em todo o processo de elaboração e implementação dos projetos de crédito, com elaboração de laudo de aplicação final, conforme previsto nas Normas de Execução específicas e demais orientações do INCRA. 8. Elaborar os projetos técnicos dos assentamentos que viabilizem o acesso dos agricultores as diferentes modalidades de crédito produtivo (custeio e investimento do PRONAF), bem como orientar e acompanhar a aplicação dos recursos e produzir relatórios técnicos a serem encaminhados ao INCRA/MT ou Banco, conforme preceitua o Manual de Crédito Rural e demais orientações do INCRA. 9. Potencializar a ação do Crédito Instalação, nas modalidades Aquisição Materiais de Construção e Recuperação Materiais de Construção, através da organização, divulgação e acompanhamento das ações desenvolvidas. 10. Sensibilizar os assentados para as vantagens da agroindustrialização na agricultura, capacitando-os em processos de transformação e comercialização da produção agropecuária. 11. Realizar ações que potencializem o desenvolvimento das estruturas do existentes nos assentamentos, auxiliando em seu planejamento de operação e correto funcionamento, além de criar estratégias de produção de matéria-prima junto às famílias assentadas, gerando assim mais uma oportunidade de agregação de valor aos produtos e, conseqüentemente, do acréscimo de renda.

8 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS 8.1 Dos serviços de elaboração de PDA ou PRA

A Norma de Execução INCRA Nº 71/2008 estabelece critérios e procedimentos referentes à elaboração de PDA e PRA. É nessa Norma que está contido, em seu Anexo II, o Roteiro Básico para elaboração de PDA, e no Anexo III, o Roteiro Básico para a elaboração de PRA. A elaboração de ambos os planos deverá seguir rigorosamente os roteiros pré-estabelecidos. Para facilitar o acompanhamento e a fiscalização das ações de elaboração dos planos, dividimos a execução do PDA em três etapas e do PRA em duas etapas, conforme descrito abaixo:

Para PDA: 1. Mobilização dos assentados + diagnóstico participativo: relatório bimestral parcial + lista de atividades e de presenças correspondentes;

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2. Levantamento de campo + planejamento participativo: relatório bimestral + lista de atividades e de presenças correspondentes; 3. Elaboração do relatório final + mapas: apresentação do Plano de Desenvolvimento finalizado. Para PRA: 1. Mobilização dos assentados + diagnóstico participativo + levantamento de campo + planejamento participativo: relatório bimestral parcial + lista de atividades e de presenças correspondentes; 2. Elaboração do relatório final + mapas: apresentação do Plano de Recuperação finalizado. O pagamento dos valores referentes à execução das atividades de elaboração do PDA e do PRA irá obedecer ao cumprimento de suas respectivas etapas. Sendo assim, seu pagamento será realizado bimestralmente, obedecendo a entrega dos produtos e seu respectivo aceite.

Os valores máximos de PDA e PRA estão definidos na Norma de Execução INCRA Nº 72/2008, e estão expressos na tabela abaixo: Tabela de valores máximos praticados para PDA e PRA

Ação Relação Valor (R$) Plano de Desenvolvimento do Assentamento – PDA Família assentada 300,00

Plano de Recuperação do Assentamento – PRA Família assentada 150,00

A relação de assentamentos, assim como o número de famílias beneficiadas e o valor máximo para a elaboração dos Planos, estão descritos no ANEXO I (para PDA) e no ANEXO II (para PRA) integrantes deste Projeto Básico. 8.2 Dos serviços de ATES

A ATES deverá atuar em três eixos: o cumprimento de metas de caráter

individual; as metas de caráter coletivo; e as atividades não previsíveis. Sendo assim, o cumprimento do contrato será avaliado conforme a

execução dos três eixos, devendo a prestadora organizar o tempo disponível na seguinte proporção:

Ação Porcentagem

Atendimento da Unidade Familiar através de Visitas Técnicas 40%

Ações de caráter coletivo 40%

Comprovação de Ações Não-Previsíveis 20%

Total 100%

8.2.1 Das Visitas Técnicas A ATES tem por finalidade o fortalecimento da unidade familiar na sua

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relação com a unidade produtiva no espaço físico do lote. Nesse sentido, as visitas técnicas serão um dos instrumentos mais importantes, pois permitem o levantamento pormenorizado dos elementos psicossociais, ambientais, de produção e de auto consumo, formando o contexto de cada unidade do assentamento. Essa contextualização resultará na busca das estratégias de ação coletiva, ao mesmo tempo em que possibilita a construção da tomada de decisão para a superação dos problemas específicos de cada família assentada. As visitas técnicas deverão ser realizadas, dividindo-se o período proporcionalmente, de maneira que se possa garantir um mínimo de cinco visitas por ano para cada família assentada, sem contar as repetições. Elas não se confundem com outras ações desenvolvidas pela assistência técnica, como laudos, elaboração de projetos, avisos para reuniões, entre outras. Esta atividade está diretamente ligada às ações de cunho produtivo, social ou ambiental. A ação da visita técnica pretende garantir que a ATES não perca contato com as unidades familiares, ao mesmo tempo em que aproxima o serviço das famílias que têm maior dificuldade de acessar ações coletivas.

A comprovação da execução desse eixo deverá ser feita através de dois instrumentos: 1. O primeiro será o Relatório Diário de Atividades, composto por uma planilha síntese das atividades diárias desenvolvidas pelo técnico, e servirá para demonstrar individualmente as principais ações desenvolvidas por cada técnico do Núcleo Operacional. 2. O segundo será a Caderneta de Campo, onde constarão informações básicas sobre a atividade que foi desenvolvida, a data, hora e locais (município e assentamento), o nome do técnico e do agricultor assentado que está recebendo a visita, além do apontamento do caráter da mesma (se é visita repetida ou não). Para que a informação prestada na caderneta de campo tenha validade, será obrigatória a assinatura do nome, de modo visível, do agricultor beneficiado.

O Relatório Diário de Atividades e a Caderneta de Campo deverão ser entregues para a Divisão de Desenvolvimento do INCRA/MT até o quinto dia útil do mês subseqüente para análise.

8.2.2 Das Ações de Caráter Coletivo

Este eixo de avaliação está relacionado com as metas estabelecidas para

as ações técnicas, sociais, ambientais e de integração das políticas públicas e programas do INCRA. Nele, estão relacionadas as atividades de cunho coletivo, que possibilitam a participação de todas as famílias dos assentamentos assistidos.

Essas ações estão apresentadas na tabela síntese das metas e deverão ser amplamente divulgadas nos assentamentos onde serão executadas. Ficará a cargo da prestadora de ATES definir a data para a realização das atividades, o que deverá acontecer até o quinto dia útil de cada mês, permitindo assim o planejamento do fiscal do contrato ou de outro servidor do INCRA para acompanhar o evento. Não serão aceitas atividades realizadas sem o conhecimento prévio do INCRA.

Da mesma forma que no item anterior, os relatórios das metas desenvolvidas deverão ser entregues ao INCRA na Divisão de Desenvolvimento,

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juntamente com o planejamento das atividades do mês seguinte, até o quinto dia útil do mês. METAS DO PROJETO

A partir dos princípios e das diretrizes básicas apresentadas, devem ser estabelecidas metas mensuráveis, ou seja, ações ou atividades claramente definidas, associadas cada uma a um indicador, que serão utilizados para monitorar o andamento do Programa.

As metas poderão ser desdobradas em etapas visando a sua quantificação precisa, a atribuição de responsabilidades e a definição de prazos. Ademais, sabe-se que, cada princípio ou diretriz básica poderá ser articulada por uma ou mais metas, da mesma forma que, uma mesma meta poderá contribuir para a realização de mais de uma diretriz básica.

Ressalta-se que, as ações da ATES e do PDA/PRA compreendem aquelas voltadas para cada família assistida em específico e aquelas voltadas para o desenvolvimento e recuperação do assentamento como um todo, conceituadas nas formas abaixo:

a) o conjunto de técnicas e métodos, constitutivos de um processo educativo, de natureza solidária, continuada, pública e gratuita, voltadas à promoção da igualdade entre homens e mulheres, construção do conhecimento e das ações direcionadas à melhoria da qualidade de vida das famílias assentadas nos projetos de reforma agrária, tomando por base a qualificação das pessoas, das comunidades e de suas organizações, visando a sua promoção em termos técnicos, econômicos, ambientais, sociais e culturais, no âmbito local, territorial e regional, dentro do que enseja o conceito de desenvolvimento rural sustentável e;

b) ações de natureza multidimensional, em termos técnico-ambientais, econômicos, culturais e sociais, voltadas para a construção do processo de desenvolvimento dos projetos de assentamento, criados e a serem recuperados, segundo o contexto de desenvolvimento rural integrado, a envolver os diversos territórios e biomas, compreendidos pelos diferentes grupos sociais existentes no meio rural;

Salienta-se ademais que, o cumprimento destas disposições é de grande relevância, pois, o adequado dimensionamento das metas é fundamental para a execução e acompanhamento dos serviços com eficácia, respectivamente pela entidade contratada e pelo INCRA. DETALHAMENTO DAS METAS

Considerando os princípios e diretrizes básicas previstas na NE 71 e, aquelas apresentadas neste documento, bem como as particularidades regionais e locais, caberá à entidade contratada incorporar as ações e atividades na forma de metas, contendo duração, indicadores mensuráveis e, resultados esperados, devidamente descritas no Projeto Executivo Inicial, bem como, nos Projetos Executivos subseqüentes, atualizados e submetidos à aprovação do INCRA.

As metas contidas nos Projetos Executivos deverão estar classificadas de acordo com o serviço e a dimensão do trabalho a que correspondem: PDA/PRA ou ATES.

Meta ZERO: Conforme art. 32 da Instrução Normativa SLTI/MPOG N° 02/2008, em serviços de natureza intelectual, após a assinatura do contrato, a entidade

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contratante deve promover reunião inicial, devidamente registrada em ata, para dar início à execução do serviço, com o estabelecimento das obrigações contratuais, em que estejam presentes os técnicos responsáveis pela elaboração do termo de referência ou projeto básico, o fiscal ou gestor do contrato, os técnicos da área requisitante, o preposto da empresa e os gerentes das áreas que executarão os serviços contratados.

Após essa etapa junto ao contratante (INCRA), serão realizadas reuniões com esse mesmo objetivo junto aos assentados, pois eles são os beneficiários diretos da ação da ATES. Na ocasião, os beneficiários serão informados sobre as condições dos serviços a serem prestados, conhecerão os técnicos que atenderão o Núcleo Operacional e será firmado um Termo de Compromisso de Prestação de Serviços por todos os participantes das reuniões. Meta 01: Aplicar em caráter prioritário, o questionário denominado Perfil de Entrada formulado a partir das necessidades do PDA, a cada unidade familiar do assentamento independente de sua situação ocupacional, o que subsidiará a elaboração do PDA e o acompanhamento da evolução dos serviços de ATES; Meta 02: Mobilizar as famílias assentadas, com vistas à elaboração e implementação do Projeto de Exploração Anual – PEA, em conformidade com o estabelecido no ANEXO III da NE 71, promovendo a sua capacitação, no objetivo de promover a segurança alimentar e nutricional das famílias assentadas em seu primeiro ano, bem como desenvolver processo educativo voltado para a preparação das famílias enquanto beneficiárias do Programa de Reforma Agrária; Meta 03: Elaborar o PDA nos assentamentos contemplados, a partir de Diagnóstico Inicial, que engloba os aspectos físicos, sócio-econômicos e produtivos da área e entorno do assentamento (Marco Zero), Laudo de Vistoria e Avaliação e/ou Relatório Ambiental, Plano de Desenvolvimento já elaborado, e LIO vigente, documentos estes fornecidos pelo INCRA/MT quando disponível. Meta 04: Elaborar o PRA nos assentamentos contemplados, a partir de Diagnóstico Inicial, que engloba os aspectos físicos, sócio-econômicos e produtivos da área e entorno do assentamento (Marco Zero), Laudo de Vistoria e Avaliação e/ou Relatório Ambiental, Plano de Desenvolvimento já elaborado, e LIO vigente, documentos estes fornecidos pelo INCRA/MT quando disponível. Meta 05: Realizar reuniões bimestrais nos assentamentos de cada Núcleo Operacional, de modo a garantir a qualidade da execução e o domínio dos resultados e processos já desenvolvidos por parte do corpo técnico. Meta 06: Capacitar a comunidade para a ação de instalação e manejo de unidades demonstrativas de adubação verde e adubação orgânica no assentamento, que sejam utilizadas com fim didático-pedagógico para o acompanhamento da evolução do perfil do solo nas suas características físicas, biológicas e químicas, promovida pelo manejo adequado da ciclagem de nutrientes e de energia no sistema. Meta 07: Viabilizar a interação efetiva entre os assentados de cada Núcleo Operacional, através da proposição de atividades multidisciplinares, onde serão

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discutidas as questões de alimentação adequada e pirâmide dos alimentos, culminando com o planejamento e instalação de uma horta coletiva. Esse contexto será utilizado para desenvolver atividades de compreensão do ciclo das plantas (anuais e perenes) a serem cultivadas, métodos de propagação, manejo do solo para manutenção da fertilidade e umidade, importância de cultivos intercalares e rotação de culturas para potencializar os efeitos de alelopatia e controle de infestações de insetos e doenças, importância do planejamento da rotação e registro dos cultivos, importância da habilidade de reprodução de sementes próprias e critérios de seleção, desenvolvimento de habilidades de reconhecimento do estado sanitário e nutricional das plantas, bem como da identificação de diferentes substratos e insumos orgânicos utilizáveis como adubação. Contemplar a diversidade de funções das plantas selecionadas (alimentares, condimentares, medicinais, ornamentais, etc.), além de técnicas de produção de mudas e solarização de substratos. Meta 08: Realizar estudos coletivos para a formação de um catálogo de sementes crioulas pertencentes à região do assentamento e da região de origem das famílias, para avaliação da possibilidade de aproveitamento nas unidades produtivas, bem como identificação das interações com o solo e com cultivos consorciados. Identificar espécies e variedades de plantas com potencial de uso como cobertura de solo, recicladoras de nutrientes e descompactadoras de solo. Meta 09: Realizar, no ano, um ciclo de palestras sobre a linha produtiva predominante identificada pelo assentamento na elaboração do PDA/PRA. Meta 10: Realizar, em cada assentamento do Núcleo Operacional e em conformidade com a realidade local, um curso sobre manejo para produção hortigranjeira contribuindo para a melhoria da segurança alimentar. Meta 11: Realizar a campanha “Documentação da Família Assentada”, com material de divulgação (cartazes), realizando uma palestra por escola, nos assentamentos que possuírem escola, e uma reunião geral por assentamento sobre o tema “A Importância da Documentação Pessoal para a Família Assentada”, esclarecendo a importância da documentação pessoal de toda a família, homens, mulheres e crianças, possibilitando o cumprimento das obrigações legais e fiscais para acesso aos créditos e outros benefícios. Meta 12: Realizar, no primeiro semestre do ano, oficina que contemple a totalidade dos assistidos, com um mínimo, por evento, de 20 e máximo de 30 famílias, dos assentamentos que compõe o Núcleo Operacional sobre doenças infecto-contagiosas, boas práticas para a preparação higiênica dos alimentos, proteção de fontes de água, e manejo do entorno da residência. Meta 13: Realizar, no segundo semestre de cada ano, uma oficina para cada 30 famílias dos assentamentos que compõe o Núcleo Operacional, capacitando as famílias em temas como saneamento básico, destinação final dos resíduos sólidos (lixo doméstico), destinação das embalagens de agrotóxicos, compostagem e encaminhamento para reciclagem de resíduos sólidos cumulativos.

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Meta 14: Realizar o levantamento de todas as associações, cooperativas, grupos coletivos ou de interesses presentes no Núcleo Operacional, proporcionando vivências para o fortalecimento dos mesmos, bem como potencializar a busca de objetivos comuns na comunidade, estimulando a criação de novos grupos por afinidades para atividades produtivas ou de lazer. Meta 15: Manter um engenheiro agrônomo responsável pelas ações produtivas e ambientais por Núcleo Operacional, cujo plano de trabalho será baseado nas condições e restrições da LP e/ou LIO do assentamento. Meta 16: Realizar palestras em cada assentamento do Núcleo Operacional sobre a utilização das fontes de água existentes no assentamento e técnicas para sua proteção, com entrega de material de apoio e cartazes, realizando uma experiência de práticas de proteção de fontes por assentamento. Meta 17: Elaborar um projeto por assentamento para recuperação de solos degradados, através de unidades demonstrativas. Meta 18: Realizar uma reunião para cada assentamento com o tema legislação ambiental (Licenças), esclarecendo suas possibilidades, potencialidades e os impedimentos legais para atividades produtivas, entregando material explicativo e enviando cópia ao INCRA. Também, realizar atividades nos assentamentos para debater a gestão coletiva dos recursos naturais, Reservas Legais (RLs) e Áreas de Preservação Permanente (APPs). Nos assentamentos que possuem RLs que possam ser manejadas, propor a elaboração de projeto de manejo dessas áreas e cronograma de execução. Meta 19 – Realizar em cada Núcleo Operacional, com, no mínimo, 50% (cinqüenta por cento) dos assentados,uma pesquisa continuada sobre saneamento básico e destinação final dos resíduos sólidos (lixo doméstico), coletando dados a cada 3 meses e apresentando-os no Relatório de Atividades. Meta 20: Realizar uma atividade por assentamento com representantes da Polícia Ambiental sobre prevenção, controle e combate a incêndios rurais, bem como sobre Legislação Ambiental e responsabilidades administrativas e civis cabíveis a quem comete danos ambientais. Meta 21: Gerar uma planilha a cada 4 meses, para cada assentamento do Núcleo Operacional, contendo informações sobre todas as famílias assentadas, com os dados da família, o número do lote que ocupa e se possui alguma pendência junto ao INCRA. A planilha número 1 deverá ser elaborada no primeiro mês de contrato, a planilha número 2 será gerada no quarto mês de contrato, e a planilha número 3 no oitavo mês de contrato. Para finalizar, a elaboração da planilha número 4 será realizada no final do contrato. Meta 22: Realizar um Seminário em cada assentamento do Núcleo Operacional sobre a Matriz Produtiva apontada pelo PDA ou PRA, debatendo e caracterizando suas principais linhas de atividades e as demandas por elas exigidas, planejando e orientando a correta aplicação dos Créditos a serem acessados, propiciando a construção de um Plano de Aplicação seqüencial para cada família assentada.

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A seguir encontra-se a Tabela Resumo de Metas, onde podem ser visualizadas todas as metas descritas acima e a sua distribuição no período do Contrato (12 meses). Tabela Resumo de Metas:

Metas

Período de Realização De z

Jan

Fev

Ma r

Ab r

Ma i

Jun

Ju l

Ago

Se t

Ou t

Nov

Meta Zero – Reunião geral e nos assentamentos X X

1) Aplicação do Perfil de Entrada X X 2) Mobilização para implementação do PEA X X

3) Elaboração de PDA X X X X X X

4) Elaboração de PRA X X X X

5) Reuniões bimestrais X X X X X 6) Capacitação para instalação de Unidade Demonstrativa X X X X X X X X X X X

7) Capacitação nos PA X X X X X X X X X X X

8) Formação de catálogo de sementes X X X X X X X 9) Ciclo de palestras sobre linhas produtivas X

10) Capacitação sobre manejo para produção hortigranjeiro X X X

11) Campanha documentação da família X X X X

12) Oficinas de boas práticas de higiene e outros assuntos X

13) Oficinas sobre saneamento e destino do lixo X

14) Levantamentos das estruturas organizativas X

15) Engenheiro Agrônomo para área ambiental X X X X X X X X X X X

16) Palestras sobre fontes de água X X X X X X X X X X X 17) Elaboração de projeto de recuperação de solos X

18) Reuniões sobre Licenças ambientais X

19) Pesquisa continuada de saneamento e destino do lixo X X X

20) Atividade com a Polícia Ambiental X X X X X X X X X X 21) Planilha Quadrimestral de acompanhamento dos lotes X X X X

22) Seminário sobre matriz produtiva principal PDA/PRA X

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A tabela acima corresponde ao primeiro ano do contrato. Antes do fim de sua vigência, no mínimo 30 (trinta) dias antes, será

realizada uma reunião entre o INCRA e a empresa contratada para, no caso de renovação (inciso II, art. 57 da Lei Nº 8.666/93), preparar as metas para o ano seguinte.

As metas não cumpridas deverão ser devidamente justificadas e poderão ser realizadas no mês imediatamente subseqüente, desde que inseridas no calendário do mês e com autorização do INCRA. Caso não sejam realizadas, será efetivado o desconto do valor correspondente no pagamento da Fatura/Nota Fiscal. 8.2.3 Das Atividades Não-Previsíveis

Este eixo de avaliação está relacionado às ações de organização, de planejamento interno e de articulação territorial. As atividades de organização e planejamento deverão ser previstas, sendo a garantia de um trabalho sincronizado e eficaz. A articulação se dará através de ações desenvolvidas com o poder público local, com as entidades sociais representativas, as instituições de ensino e pesquisa, entre outras, e que não estão sob controle da Autarquia, mas são de fundamental importância na inserção das famílias assentadas na dinâmica do desenvolvimento territorial.

A mensuração dessas ações será realizada através do número de atividades deste tipo realizadas por mês, por Núcleo Operacional. Para cada Núcleo Operacional com até 500 famílias deverão ser realizadas, no mínimo, dez atividades. Aqueles Núcleos Operacionais com mais de 500 famílias deverão realizar, no mínimo, vinte atividades por mês. Estas atividades deverão ser comprovadas através de relatório escrito e fotográfico, e enviadas ao INCRA/MT em conjunto com os outros documentos comprobatórios até o 5º dia útil do mês subseqüente. 9 DAS ESTRUTURAS DE ACOMPANHAMENTO

Será criado em cada Núcleo Operacional o Conselho Regional de ATES do Núcleo Operacional. Este Conselho será composto pelo INCRA, através de seu fiscal de contrato do Núcleo Operacional, devidamente nomeado por Ordem de Serviço, de um membro da prestadora de ATES e de um representante dos beneficiários por assentamento, escolhido em assembléia. A coordenação do Conselho ficará a cargo do INCRA e a representação deverá ser sempre de um titular e um suplente, garantindo assim a participação do conjunto.

As reuniões do Conselho deverão ser mensais e terão duas importantes funções: 1. A primeira função é a de discutir as ações de ATES desenvolvidas durante o mês, trazendo contribuições das famílias e nivelando informações. É neste espaço que as avaliações serão feitas e as correções de rumo deverão ser discutidas e implementadas quando necessárias.

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2. A segunda é a de gerar um documento, que chamaremos de “ATA da Reunião do Conselho Regional de ATES”, que ajudará a avaliar as atividades desenvolvidas pela prestadora. Esta ATA será mais um instrumento a constar no relatório de aceite dos serviços. Segue abaixo o organograma do Conselho Regional de ATES do Núcleo Operacional.

Está prevista, também, a constituição do Conselho Estadual de ATES.

Este Conselho será composto por representantes do governo federal, do governo

estadual, universidades, entidades e órgãos de pesquisa em desenvolvimento rural sustentável e de representações sociais, com o objetivo de aperfeiçoar as diretrizes e as ações do Programa.

O INCRA/MT realizará a fiscalização das atividades da prestadora de ATES através dos Fiscais do Contrato, que serão servidores do quadro da Autarquia, nomeados por Ordem de Serviço, sendo um titular e um suplente em cada Núcleo Operacional, que serão responsáveis pelo acompanhamento, verificação e fiscalização das atividades individuais, por amostragem, e das atividades coletivas, quando possível. 10 DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS

Em conformidade com o Manual Operacional de ATES, os Núcleos

Operacionais serão constituídos em função das especificidades de cada região, como as características de clima e relevo, o número de famílias da região, o desenvolvimento das ações de crédito, o tamanho da equipe técnica, e considerando-se que a base física do Núcleo respeite a infra-estrutura operacional mínima, bem como a distância máxima de 200 Km até os projetos de Reforma Agrária. Soma-se a isso, a regionalização utilizada pelo Setor de Desenvolvimento de Projetos desta Superintendência.

Assim, foram estabelecidos 6 Núcleos Operacionais, conforme tabela abaixo, os quais serão considerados como ITENS da Licitação. Tabela dos Núcleos Operacionais

N°°°° Núcleo Operacional Região

01 NO Cáceres Sudoeste

02 NO Tangará da Serra Norte

03 NO Campo Verde Sul

Coordenação Regional de ATES

Coordenador INCRAFiscal do Contrato

1 Representante daPrestadora

1 Representante do PúblicoBeneficiário por Assentamento

Coordenação ATESNúcleo Operacional

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04 NO Rondonópolis Sul

05 NO Várzea Grande Baixada Cuiabana

06 NO Cláudia Norte

A composição de cada Núcleo Operacional para os serviços de ATES

(municípios, assentamentos e número de famílias) está descrita no ANEXO III integrante deste Projeto Básico.

11 DA COMPOSIÇÃO DOS NÚCLEOS OPERACIONAIS Os Núcleos Operacionais serão compostos em seu Quadro Técnico conforme orientações contidas na Nota Técnica INCRA N° 03/DD/2008, conforme tabela abaixo:

Variável Referência

Numero de famílias atendidas por técnico 1:85 famílias

Proporção técnicos de nível superior 1/3

Proporção Ciências Agrárias 1:125 famílias

Proporção Ciências Sociais, Ambientais e Econômicas 1:250 famílias

Proporção de profissionais com experiência comprovada de mais de 02 (dois) anos em trabalhos técnicos com agricultura familiar, preferencialmente em Projetos de Assentamento de Reforma Agrária.

1/3

Nos exemplos de composição trazidos pela referida Nota Técnica, os

cálculos realizados nos mostram a possibilidade de realizarmos ajustes nas composições, variando o número de famílias atendidas pelos técnicos para mais ou para menos.

Inserimos na composição técnica dos Núcleos Operacionais, a contratação obrigatória de pelo menos 01 Engenheiro Agrônomo, que será responsável pela elaboração e acompanhamento das atividades ambientais previstas no Contrato.

As referências utilizadas na composição da infra-estrutura mínima, assim como a composição técnica e de infra-estrutura necessária para atendimento das ações em cada Núcleo Operacional, estão detalhadas no ANEXO IV integrante deste Projeto Básico. 12. METODOLOGIA DE EXECUÇÃO

A operacionalização dos serviços deverá atender às seguintes orientações: a) Encaminhar à Superintendência Regional de Mato Grosso – SR-13, no decorrer da execução dos serviços, os produtos intemediários e finais, dentro dos

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prazos fixados, conforme Item a seguir, para fins de acompanhamento, controle e avaliação, contendo, entre outros fatos relevantes e fundamentais, os pontos positivos alcançados e as dificuldades encontradas;

b) Submeter-se a supervisões e acompanhamentos sistemáticos dos trabalhos, por técnicos designados pelo INCRA e pela(s) Associação(ões) dos Produtores;

c) Obedecer aos critérios de Corpo Técnico, Localização e Infra-estrutura, referentes à constituição do Núcleo Operacional;

d) Manter um supervisor responsável pelo gerenciamento dos serviços, com poderes de representação ou preposto para tratar com a Superintendência Regional do INCRA, com a Coordenação Regional de ATES ou articuladores, quando o caso;

e) Seguir rigorosamente a NE 71; f) Assegurar o atendimento ao Art.21 da NE 71 no Assentamento; g) Comunicar à Superintendência Regional do INCRA imediatamente, em

havendo qualquer impedimento que possa comprometer a execução dos serviços durante a vigência do contrato; 12.1 PDA/PRA

a) Submeter o Projeto Executivo Inicial à aprovação e alterações por parte

da Superintendência Regional do INCRA – MT; b) Assegurar a elaboração do PDA na égide de um processo participativo,

pela adoção das seguintes formas de condução dos trabalhos: manter as famílias assentadas informadas sobre o andamento do PDA; discutir e replanejar em conjunto com os assentados as ações e os investimentos; incorporar a visão dos assentados sobre o contexto sócio-econômico em que vivem; eliminar a prática de paternalismo/assistencialismo; criar condições para que os técnicos ajudem os assentados na identificação de suas necessidades concretas e superação de seus problemas;

c) Seguir rigorosamente a metodologia definida, após aprovação do INCRA, para cumprimento de cada um dos dispositivos do ANEXO II da NE 71 e, realizar os estudos, levantamentos e pareceres técnicos previstos;

d) Elaborar os Programas e Subprogramas do PDA sintonizados com a situação constatada no diagnóstico sócio-econômico e ambiental, de forma que sejam exeqüíveis e, atendam aos requerimentos exigidos pelas diversas fontes de financiamento, contendo cada um, objetivos, lógica e estratégias próprias, assim como as metas, os resultados esperados e os recursos necessários para sua efetivação.

e) Submeter o anteprojeto de parcelamento para manifestação de profissional habilitado, quanto à viabilidade técnica e legal das obras de infra-estrutura propostas e/ou projetadas; 12.2 ATES

a) Manter fisicamente no Núcleo Operacional uma pasta para cada beneficiário do Assentamento, contendo o perfil de entrada, o plano de exploração da unidade familiar, projeto de crédito e cédula rural, laudos técnicos, receituário e demais informações sobre a unidade familiar e outros serviços que tenha recebido. Este material deverá estar sempre à disposição do INCRA;

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b) Prover apoio técnico, social e ambiental diretamente aos assistidos, através de visitas técnicas nas parcelas acompanhadas pelos mesmos, obedecendo às seguintes exigências:

• Freqüência média mínima mensal por unidade familiar assistida, para recomendação e acompanhamento;

• Registro em forma de receituário de toda recomendação técnica/social/ambiental relativa à unidade familiar/produtiva, em pelo menos duas vias, devidamente assinadas pelo técnico e pelo assistido, ficando uma com este último e a outra arquivada na pasta do mesmo;

• Realizar demonstrações práticas das recomendações prescritas, quando pertinente, para a melhor assimilação das mesmas por parte do assistido;

• Consulta à pasta do assistido por parte do técnico antes do atendimento, visando à coerência dos serviços;

c) Divulgar o Projeto Executivo aos assistidos, afixando-o em local acessível na sede da Associação ou outro(s) locais adequados;

d) Prover igual oportunidade a todos os assistidos do Programa, convidando-os em tempo hábil para participar de: palestras, cursos, reuniões e demais capacitações e eventos organizados dentro do Programa de ATES, obedecendo às seguintes exigências:

• Gerar lista de convite em formato padronizado para todos os eventos realizados, contendo declaração de concordância com a data e local do evento por parte do parceleiro assistido, bem como, o seu nome e respectivo código no SIPRA, impreterivelmente com a assinatura dos mesmos com antecedência de 7 (sete) dias do evento;

• Manter ata e lista de presença em formato padronizado para todos os eventos realizados, contendo o nome do assistido e respectivo código no SIPRA e, o nome do familiar residente na parcela e respectivo grau de parentesco com o assistido quando for este o participante, impreterivelmente com a assinatura dos mesmos;

• Oferecer capacitações aos assistidos, na forma de cursos, palestras e/ou dias de campo, garantindo o acesso a no mínimo 3 (três) eventos anuais por assistido;

• Assegurar relevância dos eventos realizados e garantir a integração dos mesmos com as visitas técnicas;

e) Para efeito do projeto de crédito deverão ser feitas, no mínimo, três supervisões creditícias, por ciclo da cultura principal ou por ano, em épocas oportunas, acompanhadas de recomendação técnica, para encaminhamento ao agente financeiro, dando conta do andamento do projeto, dentro do contexto da unidade produtiva como um todo.

f) Estabelecer relações as profissionais previstas nas normas do Programa com os articuladores e especialistas eventualmente contratados; 13. FISCALIZAÇÃO DAS EXECUÇÕES

A aferição dos serviços executados dar-se-á com base no Projeto Executivo em vigência, levando em consideração as orientações e diretrizes

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contidas no Manual Operacional de ATES, na NE 71 e, demais normas que venham a substituir e/ou complementar as mencionadas.

13.1 PDA/PRA

O monitoramento dos trabalhos de elaboração do PDA/PRA ocorrerá conforme os métodos abaixo descritos, que poderão ser executados em etapas ou simultaneamente, necessários à aprovação dos Produtos Apresentados (Intermediários e Finais) pela entidade contratada:

a) Acompanhamento das famílias assentadas: realização de reuniões do INCRA com os beneficiários conforme necessidade;

b) Acompanhamento da entidade contratada: os técnicos do INCRA realizarão fiscalizações, conforme necessidade, durante a execução das atividades, seguindo rigorosamente o cronograma previsto no Projeto Executivo e, havendo qualquer alteração na programação, o INCRA deverá ser comunicado em tempo hábil - com pelo menos 21 (vinte e um) dias de antecedência - para o pleno desempenho da fiscalização;

c) Análise Documental: verificação dos documentos comprobatórios de ações e atividades em andamento e/ou concluídas, bem como, demais informações encaminhadas durante a condução dos trabalhos;

d) Amostragem: realização de entrevistas diretamente com os beneficiários do assentamento, selecionados por meio de metodologia de amostragem, conforme necessidade. 13.2 ATES

O monitoramento dos serviços de ATES se dará com base nos Relatórios de Ações, sendo que estes deverão ser entregues 01 (um) mês antes das datas previstas para liberação das parcelas de pagamento, conforme os métodos a seguir:

a) Acompanhamento: este procedimento ocorrerá em havendo normalidade na apresentação de Relatórios de Ações e execução dos serviços, constituindo-se em análise de documentação e/ou vistoria “in-loco”, esta última contemplando amostras dirigidas de assistidos, podendo ser realizadas a critério do INCRA;

b) Fiscalização: esta se dará em função da necessidade de aprofundamento da avaliação dos serviços executados e/ou em havendo indícios de não atendimento às diretrizes básicas do Programa, podendo ocorrer por:

• amostragem aleatória (parcial): procede-se a vistoria por parte do INCRA, aos assistidos do Programa selecionados aleatoriamente por sorteio, prevendo a aplicação de questionário com base no Projeto Executivo em vigência, visando a qualificação e quantificação dos serviços recebidos por estes;

• vistoria integral: procede-se a vistoria por parte do INCRA a todos os assistidos do Programa, prevendo aplicação de questionário com base no Projeto Executivo em vigência, visando a qualificação e quantificação dos serviços recebidos por estes, bem como, o detalhamento do grau de disponibilização dos mesmos [serviços] e correção de eventuais discrepâncias;

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14 COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS

A composição dos custos de ATES está discriminada na Norma de Execução INCRA N° 77/2008 e na Nota Técnica INCRA Nº 03/DD/2008. Nestas normativas estão contidos os valores de salário e encargos que garantem, conforme a legislação e os acordos coletivos, o salário mínimo profissional para profissionais com formação técnica de nível superior (considerando o padrão do Engenheiro Agrônomo) e de nível médio (considerando o padrão do Técnico Agrícola). Também estão descritos os valores a serem praticados no custeio de ATES. Estes valores estão devidamente explicitados através das planilhas de custos, encargos e tributos.

Quanto aos valores praticados para a elaboração de PDA e PRA, estes continuam inalterados, conforme Norma de Execução INCRA Nº 72/2008, conforme explicitado no item 8.1 deste Projeto Básico. Ressalta-se que nestes valores máximos para PDA e PRA estão incluídos os valores para a elaboração dos Planos acrescidos dos valores referentes à tributação. A composição dos valores para os serviços de ATES nos Núcleos Operacionais estão discriminados no ANEXO V integrante deste Projeto Básico. Os valores sofrem alterações devido à composição de cada um dos Núcleos Operacionais (número de famílias e composição da Equipe Técnica).

A composição de custos para cada Núcleo Operacional, através de planilhas específicas contendo as respectivas memórias de cálculo, e os valores máximos admitidos na Concorrência Pública para os serviços de ATES, PDA e PRA estão apresentados no ANEXO VI integrante deste Projeto Básico.

Os valores máximos para cada Núcleo Operacional foram determinados levando-se em consideração a contratação de Pessoa Jurídica de Direito Privado com fins lucrativos e Tributada com base no Lucro Real. Também, foi considerado o valor máximo estabelecido pela Norma de Execução INCRA nº 77/2008 e discriminado na Nota Técnica nº 03/DD/2008 (R$ 746,19/família/ano, que corresponde ao valor de R$ 796,00 menos o valor previsto para os Articuladores). 15 MODALIDADE

Os critérios e procedimentos do serviço de ATES seguem a Política Nacional de ATER – PNATER, conforme descrito na Norma de Execução INCRA Nº 71/2008. Os valores para sua execução estão previstos nas Normas de Execução INCRA Nº 72/2008 e Nº 77/2008, e são descritos na Nota Técnica INCRA Nº 03/DD/2008. O serviço de ATES possui uma série de diretrizes básicas descritas no parágrafo 2º do art. 2º da Norma de Execução INCRA Nº 71/2008, que o diferencia de serviços comuns. O serviço de ATES não se enquadram para no que está disposto no art. 4º do Decreto Nº 5.450, de 31/05/2005. Além das diretrizes expostas na Norma de Execução INCRA Nº 71/2008, cabe destacar o 3º parágrafo do item 3 da Política Nacional de ATER:

“Para dar conta desses desafios, os serviços públicos de Ater (realizados por entidades estatais e não estatais) devem ser executados mediante o uso de metodologias participativas, devendo seus agentes desempenhar um papel educativo, atuando como animadores e facilitadores de processos de desenvolvimento rural sustentável. Ao mesmo tempo, as ações

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de Ater devem privilegiar o potencial endógeno das comunidades e territórios, resgatar e interagir com os conhecimentos dos agricultores familiares e demais povos que vivem e trabalham no campo em regime de economia familiar, e estimular o uso sustentável dos recursos locais. Ao contrário da prática extensionista convencional, estruturada para transferir pacotes tecnológicos, a nova Ater pública deve atuar partindo do conhecimento e análise dos agroecossistemas e dos ecossistemas aquáticos, adotando um enfoque holístico e integrador de estratégias de desenvolvimento, além de uma abordagem sistêmica capaz de privilegiar a busca de eqüidade e inclusão social, bem como a adoção de bases tecnológicas que aproximem os processos produtivos das dinâmicas ecológicas.“

Não sendo considerado serviço comum, recomenda-se a publicação de

Edital de Licitação com base na Lei Nº 8.666/93. O instrumento de contratação também ampliará a eficácia e eficiência do Programa, pois oportuniza aos cadastrados nos serviços de ATER disponibilizar para o INCRA suas práticas de fortalecimento da agricultura familiar, através dos conhecimentos e habilidades obtidas em suas outras ações de extensão rural compatíveis com os requisitos da Política Nacional de ATER.

Em atendimento da Lei Nº 8.666/93 a modalidade de licitação será a Concorrência Pública, levando-se em conta os valores previstos na Norma de Execução INCRA Nº 72/2008 e 77/2008 e o número de famílias assentadas no Mato Grosso.

O nível de complexidade do serviço de ATES, fartamente descrito pela Política Nacional e pelas normas do Programa, aponta para a necessidade de uma licitação do tipo Técnica e Preço. O jurista Marçal Justen Filho define espécies dentre as licitações do tipo técnica: as que licitam o “meio” e as que licitam o “fim”.

“Nas licitações de fim, o ato convocatório define o fim a ser atingido e alguns parâmetros a serem observados. Busca-se selecionar a melhor técnica propriamente dita. Em tal caso a licitação envolve a qualidade da técnica e adequação das soluções apresentadas para atingir o fim proposto. É uma licitação voltada ao exame da prestação, cujos contornos não se encontram precisamente fixados.” (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, pág. 439)

A PNATER define no segundo parágrafo do item 4.4:

“No processo de desenvolvimento rural sustentável atualmente desejado, o papel das instituições, bem como dos agentes de Ater, do ensino e da pesquisa, deverá ser exercido mediante uma relação dialética e dialógica com os agricultores e demais públicos da extensão, que parta da problematização sobre os fatos concretos da realidade. Dessa forma, é necessário adotar-se um enfoque metodológico que gere relações de co-responsabilidade entre os participantes, suas organizações e as

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instituições apoiadoras ou prestadoras de serviços, tanto na fase de planejamento como na execução, monitoramento e avaliação das ações. Logo, a obtenção de resultados esperados estará subordinada ao efetivo comprometimento dos assessores técnicos com as dinâmicas sociais locais, e dos diversos públicos da extensão, e suas organizações, com os objetivos individuais e coletivos que venham a ser estabelecidos (grifo nosso). Para que isto venha a ocorrer, os serviços de Ater devem incorporar, em sua forma de ação e intervenção, uma abordagem holística, e um enfoque sistêmico, articulando o local, a comunidade e/ou território às estratégias que levem a enfoques de desenvolvimento rural sustentável e, também, a transição a estilos sustentáveis de produção.”

Levando-se em consideração que “a obtenção dos resultados esperados

está subordinada ao efetivo comprometimento dos assessores técnicos”, a licitação do tipo Técnica e Preço é justificável, pois permite que o preço não seja o componente determinante do resultado da licitação. Conforme cita Marçal Justen Filho:

“Grande parte das regras sobre licitação de melhor técnica aplica-se à de técnica e preço. Na fase de exame das propostas técnicas, o procedimento é similar ao da licitação de melhor técnica, especificamente no tocante à atribuição de notas técnicas, desclassificação dos licitantes que não preencheram exigências mínimas etc. Por igual, na fase de julgamento das propostas de preço, verifica-se a atribuição de notas proporcionadas ao fator econômico. A grande diferença está em que será vencedor o licitante cuja proposta apresentar a melhor média (considerando as notas das propostas técnicas e das propostas de preço). O instrumento convocatório deverá estabelecer os critérios para atribuição das notas e para o cálculo da média, que será “ponderada”, segundo a Lei.” (Comentários à Lei de Licitações e Contratos Administrativos, pág. 440).

Para o INCRA, o mais importante é que a prestadora do serviço tenha um

quadro técnico composto por profissionais capacitados para desenvolver a atividade proposta, além de prezar pelo preceito da economicidade do erário público.

16 TABELA DE PONTUAÇÃO TÉCNICA

As entidades Licitantes devem apresentar na sua proposta técnica o currículo da entidade, a proposta metodológica de execução do serviço e o currículo dos profissionais que farão parte do quadro técnico para atuação em cada Núcleo Operacional.

Serão avaliados os seguintes itens:

1. A experiência da empresa licitante;

2. A proposta técnica da empresa; e

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3. A qualificação da Equipe Técnica, que será avaliada seguindo dois parâmetros: o grau de especialização e o tempo de experiência profissional, e os conhecimentos de ações de campo aplicáveis nas diretrizes do Programa de ATES.

A descrição dos critérios para análise técnica da proposta e as planilhas de pontuação técnica para cada Núcleo Operacional estão discriminadas no ANEXO VII integrante deste Projeto Básico. 17 VISTORIA TÉCNICA

A empresa interessada em participar da Licitação deverá apresentar

Declaração expressa de que conhece os locais onde estão localizados os Projetos de Assentamento que constituem os Núcleos Operacionais da qual esta apresentando propostas, e que assume total e absoluta responsabilidade no atendimento da solução de qualquer que seja o valor da mão-de-obra local, bem como que conhece os aspectos de acesso e climáticos de onde serão executados os serviços, nada havendo que impeça a plena execução dos mesmos. Esta declaração faz parte da documentação de habilitação da empresa na Licitação.

18 DEVERES DA CONTRATADA E DA CONTRATANTE

Para o alcance do objeto do Contrato que será firmado entre a Contratada (prestadora de ATES) e a Contratante (INCRA/MT), as partes se comprometerão a cumprir as seguintes obrigações: I) Constituem obrigações da CONTRATADA: 1. Executar os serviços, objeto da presente contratação, de acordo com os padrões de qualidade exigida pela Nota Técnica Nº 03/DD/2008, além das Norma de Execução INCRA Nº 71/2008, 72/2008 e 77/2008 e pelo Manual Operacional de ATES em vigência, no que couber, observando os prazos de inícios de execução, metas, etapas, resultados e outros constantes neste Projeto Básico, ficando ainda obrigada a reparar, corrigir, remover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, o objeto do Contrato quando nele se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou dos materiais empregados; 2. Manter um supervisor responsável pelo gerenciamento dos serviços em cada Núcleo Operacional, com poderes de representante ou preposto para tratar com o Fiscal do Contrato, Articulador, Coordenação Regional de ATES e demais servidores do INCRA; 3. Selecionar rigorosamente os empregados que prestarão os serviços contratados, encaminhando pessoas de boa conduta e demais referências e tendo suas funções profissionais legalmente registradas em seus conselhos profissionais, quando houver, e nas suas carteiras de trabalho; 4. Colocar, imediatamente, o pessoal necessário à execução do Contrato, após a sua assinatura, à disposição da Administração.

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5. Apresentar a relação nominal dos empregados disponibilizados para a execução dos serviços, mencionando, inclusive, o endereço residencial de cada um deles, comunicando qualquer alteração; 6. Efetuar a reposição de pessoal, em caráter imediato, em eventual ausência, não sendo permitida a prorrogação da jornada de trabalho (dobra); 7. Prever o pessoal necessário para garantir a execução dos serviços, nos regimes contratados, sem interrupção, seja por motivos de férias, descanso semanal, licença, falta ao serviço, demissão e outros análogos, obedecidas às disposições da legislação trabalhista vigente; 8. Comunicar por escrito ao INCRA quando da necessidade de substituição dos técnicos diretamente vinculados ao Contrato de prestação dos serviços de ATES, para avaliação e autorização quanto à pertinência desta, ficando a prestadora obrigada, em caso de reposição, garantir no mínimo o mesmo Nível Técnico do técnico apresentado no momento da proposta; 9. Comunicar, por escrito, aos prepostos nomeados pela Contratante, quaisquer condições verificadas como inadequadas para execução dos serviços ou a iminência de fatos que possam prejudicar a perfeita execução do Contrato; 10. Prestar todos os esclarecimentos que forem solicitados pela fiscalização, cujas reclamações se obriga a atender prontamente, principalmente no tocante a eficácia e qualidade dos resultados a serem alcançados quando da execução do Contrato; 11. Diligenciar no sentido de que seus empregados cumpram rigorosamente os horários estabelecidos pela Administração, devendo, ainda, serem substituídos, nos casos de faltas, ausência legal ou férias, de maneira a não prejudicar o bom andamento e a boa execução dos serviços; 12. Manter, durante toda a execução contratual, em compatibilidade com as obrigações assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas no credenciamento; 13. Responsabilizar-se, em relação aos seus empregados, por todas as despesas decorrentes da execução dos serviços, tais como: salários; encargos previdenciários, trabalhistas, seguros de acidente; taxas, impostos e contribuições; indenizações; e outras que porventura venham a ser criadas e exigidas pelo governo; assumindo a responsabilidade por todos os encargos e obrigações trabalhistas, vez que seus empregados não manterão nenhum vínculo empregatício com a Contratante; 14. Assumir a responsabilidade por todas as providências e obrigações estabelecidas na legislação específica de acidentes de trabalho quando, em ocorrência da espécie, forem vítimas seus empregados no desempenho dos serviços ou em conexão com eles, ainda que ocorridos em dependências da Contratante;

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15. Assumir, ainda, a responsabilidade pelos encargos fiscais e comerciais resultantes da execução do Contrato; 16. Manter os seus empregados sujeitos às normas disciplinares da Contratante, porém sem qualquer vínculo empregatício; 17. Arcar com despesa decorrente de qualquer infração, desde que comprovada sua culpa ou dolo, salvo os casos de força maior ou caso fortuito, de acordo com o art. 393 do Código Civil Brasileiro; 18. Ter e manter atendidos, durante toda a execução contratual, os requisitos básicos previstos nos documentos integrantes do certame licitatório; 19. Apresentar ao INCRA todos os documentos comprobatórios, explicitados no item 19 (Fiscalização) deste Projeto Básico; 20. Participar, obrigatoriamente, no Conselho Regional de ATES do Núcleo Operacional, conforme item 9 (Das Estruturas de Acompanhamento) deste Projeto Básico; 21. Submeter-se aos mecanismos e procedimentos de acompanhamento, controle e avaliação dos resultados decorrentes das atividades desempenhadas, sem que isso caracterize uma relação de subordinação, vez que sendo decorrente do controle externo exercido sobre a atividade descentralizada, ora contratada; 22. Exigir e realizar a quitação geral do Contrato quando do término da vigência do mesmo, observado o disposto no art. 604 da Lei Nº 10.406/2002, bem como o disposto na Lei Nº 8.666/93, referente ao recebimento provisório e definitivo do objeto contratado. 23. Manter a estrutura de organização técnica e de infra-estrutura conforme item 11 (Da Composição dos Núcleos Operacionais) deste Projeto Básico, garantindo as condições para a realização dos serviços; 24. É expressamente proibida a contratação de servidor pertencente ao quadro de pessoal da Contratante durante a vigência deste Contrato; 25. É expressamente proibida a veiculação de publicidade acerca deste Contrato, salvo se houver prévia autorização da Contratante; 26. É vedada a subcontratação, sem autorização, de outra empresa para a prestação dos serviços objeto deste Contrato; 27. A subcontratação parcial dos serviços somente será admitida se previamente autorizada pelo Contratante. 28. A quantidade parcial ou a total de empregados estabelecida no Edital da Concorrência Pública para a contratação dos serviços de ATES poderá ser, no interesse do serviço e a critério da Contratante, flexionada;

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29. Os serviços especificados neste Contrato não excluem outros, de idêntica natureza, que porventura se façam necessários para a boa execução da tarefa estabelecida pelo Contratante, obrigando-se a Contratada a executá-los prontamente como parte integrante de suas obrigações; 30. Para os casos em que a entidade Contratada for uma cooperativa ou instituições sem fins lucrativos, o serviço contratado deverá ser executado obrigatoriamente pelos cooperados, no caso de cooperativa, ou pelos profissionais pertencentes aos quadros funcionais da instituição sem fins lucrativos, vedando-se qualquer intermediação ou subcontratação. II) Constituem obrigações do INCRA: 1. Acompanhar e fiscalizar os serviços contratados, tanto sob o aspecto quantitativo como qualitativo, anotando em registro próprio as falhas detectadas, e comunicar à empresa ocorrências de quaisquer fatos que exijam medidas corretivas por parte desta, para que assim se atinja os resultados prospectados nos planos e projetos objeto do Contrato; 2. Proporcionar todas as condições para que a Contratada possa desempenhar os trabalhos dentro das normas previstas no presente instrumento; 3. Proceder, a seu critério, a avaliação de todos os empregados apresentados pela empresa para a prestação dos serviços; 4. Efetuar o pagamento pelos serviços prestados pela empresa, após atestadas as faturas; 5. Assegurar o cumprimento dos dispositivos constantes na Nota Técnica INCRA Nº 03/DD/2008, além das Normas de Execução INCRA DD/Nº 71/2008, Nº 72/2008 e Nº 77/2008 e pelo Manual Operacional de ATES em vigência, no que couber; 6. Dar quitação geral quando do término da vigência do Contrato, observando-se o disposto no art. 604 da Lei Nº 10.406/2002. 19 PERÍODOS DE VIGÊNCIA E REPACTUAÇÃO A vigência do Contrato será de 12 (doze) meses, contados da data de sua assinatura, podendo ser prorrogado por iguais e sucessivos períodos até o limite de 60 (sessenta) meses, com fundamento no artigo 57, inciso II, da Lei Nº 8.666/93, tendo eficácia legal após a publicação do seu extrato no Diário Oficial da União, tendo início e vencimento em dia de expediente, devendo-se excluir o primeiro e incluir o último dia.

Quanto à repactuação, a mesma será admitida, desde que seja observado o interregno mínimo de um ano que será contado a partir da data limite para apresentação das propostas constantes do instrumento convocatório. As demais condições de repactuação estarão descritas no Contrato a ser assinado entre os entes, cujo modelo estará disponível como Anexo ao Edital da Concorrência Pública. 20 DO PAGAMENTO

O pagamento será efetuado pelo INCRA mensalmente, mediante depósito

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em conta corrente indicada pela Contratada, até o 7º (sétimo) dia útil do mês subseqüente ao da efetiva execução dos serviços, atestado por servidor designado para esse fim pelo INCRA, devendo a respectiva Fatura/Nota Fiscal discriminada ser entregue à Contratante até o dia 25 (vinte e cinco) de cada mês para a liberação dos respectivos valores, prorrogando-se o prazo de pagamento na mesma proporção, caso haja eventual atraso na apresentação da Fatura/Nota Fiscal.

A Fatura/Nota Fiscal deverá ser obrigatoriamente acompanhada das seguintes comprovações: a. Do pagamento da remuneração e das contribuições sociais (Fundo de

Garantia do Tempo de Serviço e Previdência Social), correspondentes ao mês da última Fatura/Nota Fiscal vencida, compatível com os empregados vinculados à execução contratual, nominalmente identificados, na forma do § 4º do art. 31 da Lei Nº 9.032, de 28 de abril de 1995, quando se tratar de mão-de-obra diretamente envolvida na execução dos serviços na contratação de serviços continuados;

b. Da regularidade fiscal, constatada através de consulta "on-line" ao Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores – SICAF, ou na impossibilidade de acesso ao referido sistema, mediante consulta aos sítios eletrônicos oficiais ou à documentação mencionada no art. 29 da Lei Nº 8.666/93;

c. Do cumprimento das obrigações trabalhistas, correspondentes à última Fatura/Nota Fiscal que tenha sido paga pela Administração; e

d. Verificação do cumprimento das fases do Contrato conforme atestado de servidor designado pelo INCRA.

O não cumprimento das exigências previstas anteriormente, acarretará na

suspensão imediata do referido pagamento, até a sua regularização, não cabendo a empresa solicitar indenização junto ao INCRA.

Será retido, no ato do pagamento, o Imposto de Renda Pessoa Jurídica, nos termos da Lei Nº 9.430/96, IN/SRF/STN/SFC/Nº 04/98, IN/SRF/Nº 028/99 e demais legislações que regem a matéria.

O pagamento somente será efetuado após o adimplemento de cada parcela, em conformidade com o cronograma de desembolso previsto neste Projeto Básico.

O INCRA reserva-se o direito de recusar o pagamento se, no ato da atestação, os serviços prestados não estiverem em perfeita consonância com as especificações contratadas.

Caso, eventualmente, as metas pactuadas não forem atingidas no prazo final do cronograma de atividades, será descontado o valor corrigido correspondente à parte atrasada ou ao Relatório não apresentado.

Quando da ocorrência de eventuais atrasos de pagamento provocados exclusivamente pela Administração, o valor devido deverá ser acrescido de atualização financeira, e sua apuração se fará desde a data de seu vencimento até a data do efetivo pagamento, em que os juros de mora serão calculados à taxa de 0,5% (meio por cento) ao mês, ou 6% (seis por cento) ao ano, mediante aplicação das seguintes formulas:

I = (TX/100) ---------------

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EM = I x N x VP, onde:

I = Índice de atualização financeira; TX = Percentual da taxa de juros de mora anual; EM = Encargos moratórios; N = Número de dias entre a data prevista para o pagamento e a do efetivo pagamento; VP = Valor da parcela em atraso.

Nenhum pagamento isentará a Contratada de suas responsabilidades e obrigações, nem implicará aceitação definitiva dos serviços. O INCRA poderá deduzir do montante a pagar os valores correspondentes às multas ou indenizações devidas pela Licitante vencedora, de acordo com os termos do presente instrumento. O descumprimento das obrigações trabalhistas, previdenciárias e as relativas ao FGTS por parte da Contratada ensejará o pagamento em juízo dos valores em débito, sem prejuízo das sanções cabíveis.

No caso da Contratada realizar rescisão contratual com um de seus empregados vinculados diretamente ao Contrato de serviços de ATES, a mesma deverá comprovar ao INCRA que cumpriu todas as obrigações trabalhistas atinentes ao Contrato de trabalho estabelecido com o empregado em questão, em conformidade com a legislação.

O pagamento somente será realizado após a apresentação da documentação comprobatória dos serviços prestados, conforme definido no item 19 (Fiscalização) deste Projeto Básico. Portanto, os pagamentos das ações de ATES, serão realizados mensalmente, enquanto que as ações de PDA e PRA, serão pagas conforme as etapas previstas neste Projeto Básico.

Para fiscalização do cumprimento das obrigações trabalhistas e sociais nas contratações continuadas com dedicação exclusiva dos trabalhadores da Contratada, exigir-se-á que seja apresentado ao INCRA, anualmente, as seguintes comprovações: I - no caso de empresas regidas pela Consolidação das Leis Trabalhistas: 1. Recolhimento da contribuição previdenciária estabelecida para o

empregador e de seus empregados, conforme dispõe o art. 195, § 3º da Constituição Federal, sob pena de rescisão contratual;

2. Recolhimento do FGTS, referente ao mês anterior; 3. Pagamento de salários no prazo previsto em Lei, referente ao mês anterior; 4. Fornecimento de vale transporte e auxílio alimentação, quando cabível; 5. Pagamento do 13º salário; 6. Concessão de férias e correspondente pagamento do adicional de férias,

na forma da Lei; 7. Realização de exames admissionais e demissionais periódicos, quando for

o caso; 8. Eventuais cursos de treinamento e reciclagem; 9. Encaminhamento das informações trabalhistas exigidas pela legislação,

tais como: a RAIS e a CAGED; 10. Cumprimento das obrigações contidas em convenção coletiva, acordo

coletivo ou sentença normativa em dissídio coletivo de trabalho;

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11. Cumprimento das demais obrigações dispostas na CLT em relação aos empregados vinculados ao Contrato; e

12. Comprovantes de registro dos profissionais nos respectivos Conselhos, se for o caso.

II - No caso de cooperativas: 1. Recolhimento da contribuição previdenciária do INSS em relação à parcela

de responsabilidade do cooperado; 2. Recolhimento da contribuição previdenciária em relação à parcela de

responsabilidade da Cooperativa; 3. Comprovante de distribuição de sobras e produção; 4. Comprovante da aplicação do FATES – Fundo Assistência Técnica

Educacional e Social; 5. Comprovante da aplicação em Fundo de Reserva; 6. Comprovação de criação do fundo para pagamento do 13º salário e férias;

e 7. Eventuais obrigações decorrentes da legislação que rege as sociedades

cooperativas. III - No caso de sociedades diversas, tais como as Organizações Sociais Civis de Interesse Público – OSCIP’s e as Organizações Sociais, será exigida a comprovação de atendimento a eventuais obrigações decorrentes da legislação que rege as respectivas organizações.

Nenhum pagamento será efetuado à Contratada enquanto pendente de liquidação qualquer obrigação financeira que lhe tiver sido imposta em decorrência de penalidade ou inadimplemento contratual, sem que isso gere direito à alteração dos preços, ou de atualização monetária por atraso de pagamento. O INCRA não efetuará pagamento de títulos descontados ou através de cobrança em bancos, bem como os que forem negociados com terceiros.

O INCRA só efetuará pagamentos via ordem bancária. As eventuais despesas decorrentes de transferências de valores para outras praças serão de responsabilidade da Contratada, e o INCRA não se responsabilizará por qualquer despesa que venha a ser efetuada sem que tenha sido prevista no Contrato.

21 FISCALIZAÇÃO

Nos termos do art. 67, § 1°, da Lei N° 8.666/93, a Superintendência Regional do INCRA/MT designará um gestor para acompanhar e fiscalizar a execução do Contrato em cada Núcleo Operacional, anotando em registro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução e determinando o que for necessário à regularização das falhas ou defeitos observados.

As decisões e providências que ultrapassarem a competência do gestor deverão ser solicitadas ao responsável pelo Programa de ATES da Divisão de Desenvolvimento do INCRA/MT, em tempo hábil para a adoção das medidas convenientes.

Da mesma forma, a Contratada deverá indicar um preposto para, se aceito pela Superintendência Regional do INCRA/MT, representá-la na execução do Contrato.

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Nos termos da Lei N° 8.666/93, constituirá documento de autorização para a execução dos serviços o Contrato assinado, acompanhado da Nota de Empenho.

A Superintendência Regional do INCRA/MT poderá rejeitar, no todo ou em parte, os serviços prestados, se em desacordo com o Contrato. Quaisquer exigências da fiscalização, inerentes ao objeto do Contrato, deverão ser prontamente atendidas pela Contratada, sem ônus para a Superintendência Regional do INCRA/MT. A metodologia a ser utilizada para fiscalizar o desenvolvimento do programa de ATES, será a soma da execução das ações e a conseqüente análise dos produtos e da fiscalização efetiva a campo. 1. PDA: efetiva execução das etapas e entrega dos produtos, conforme as três etapas previstas. 2. PRA: efetiva execução das etapas e entrega dos produtos, conforme as etapas previstas. 3. Serviços de ATES.

Para a execução dos serviços de ATES, está prevista uma composição de ações que contemplam atividades coletivas, expressas nas metas, as atividades individuais, expressas nas visitas técnicas e ações não previsíveis. Desse modo, também teremos 5 produtos a serem entregues mensalmente pela prestadora, e que irão identificar a execução das ações. São eles: 1. Relatório Síntese de Atividades do Núcleo Operacional; 2. Caderneta de Campo; 3. Relatório Técnico Individual Semanal; 4. Relatório das Ações Coletivas (cumprimento das metas), com fotos e listas de presenças; 5. Relatório das ações não previsíveis, com fotos e listas de presenças.

De posse dos produtos, a verificação “ In loco”, por amostragem, da efetiva execução das ações ficará a cargo do fiscal do contrato e dos demais servidores do INCRA, que poderão aferir mensalmente o desenvolvimento dos trabalhos e das ações coletivas desenvolvidas e previstas nas metas. A prestadora deverá apresentar, obrigatoriamente, o calendário de atividades do mês até o 5º dia útil do mês, garantindo que as ações possam ser acompanhadas. Caso o fiscal não tenha condições de acompanhar qualquer das ações no momento de sua execução, poderá realizar a verificação “a posteriori”. Esta situação coloca a possibilidade de punições e penalidades no mês subseqüente à fiscalização.

Da mesma forma, as visitas técnicas contarão com um importante instrumento de verificação, que é o atesto do beneficiário. A Caderneta de Campo será a ferramenta de verificação e deverá vir atestada. O fiscal irá realizar a verificação dos dados da Caderneta de Campo diretamente com os beneficiários, conferindo as informações prestadas.

Todos os produtos e informações geradas no Núcleo Operacional deverão ser entregues na Divisão de Desenvolvimento do INCRA, até o 5º dia útil do mês, para que se possa efetuar o pagamento.

Todas as planilhas de acompanhamento, assim como os roteiros para elaboração dos relatórios, o roteiro da elaboração do Diagnóstico “Perfil de entrada” previstos para o PDA e PRA, e demais roteiros de trabalho, serão

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disponibilizados às prestadoras no momento da reunião de apresentação chamada de “MARCO ZERO”.

Os produtos e informações gerados a campo deverão ser arquivados no escritório sede do Núcleo Operacional, e suas informações deverão ser disponibilizadas pelo INCRA sempre que forem requisitadas. Todos os documentos arquivados poderão ser objeto de análise. 22 DAS PENALIDADES

Pela inexecução parcial ou total das condições pactuadas, a qual será mensurada pela equipe técnica do INCRA de acordo com este Projeto Básico e com o Cronograma de Execução previsto, garantida prévia defesa, ficará a Contratada sujeita às seguintes sanções: a. Advertência; b. Multa de até 10% (dez por cento) do valor total anual do Contrato, na forma estabelecida no Parágrafo Primeiro desta Cláusula, no caso de inexecução parcial do Contrato, recolhida no prazo máximo de 15 (quinze) dias corridos, uma vez comunicada oficialmente; c. Suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com a Administração do INCRA/MT, pelo prazo de até 2 (dois) anos; d. Declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será concedida sempre que a Licitante ressarcir a Administração do INCRA/MT pelos prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no subitem anterior.

Para efeito de aplicação de multas, são atribuídos graus de importância às infrações, conforme a seguinte tabela:

GRAU CORRESPONDÊNCIA

1 0,25% do valor do CONTRATO 2 0,50% do valor do CONTRATO 3 0,75% do valor do CONTRATO 4 1,00% do valor do CONTRATO 5 2,00% do valor do CONTRATO 6 3,00% do valor do CONTRATO

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Descrição das infrações e seu grau de importância. Item DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO GRAU

1. Suspender ou interromper, salvo motivo de força maior ou caso fortuito, os serviços contratuais - por ocorrência 06

2. Não apresentar os documentos comprobatórios - por ocorrência 06 3. Não entregar o PDA - por ocorrência 06 4. Não entregar o PRA - por ocorrência 06 5. Não cumprir com as visitas técnicas - por ocorrência 06

6. Não cumprir com as ações e serviços determinados no Projeto Básico - por ocorrência 06

7. Recusar-se a executar serviço determinado pela FISCALIZAÇAO, sem motivo justificado - por ocorrência; 06

8. Permitir situação que crie a possibilidade de causar ou cause dano físico, lesão corporal ou conseqüências letais 05

9. Apresentar apenas 1 dos documentos comprobatórios previstos - por ocorrência 05

10. Não disponibilizar a infra-estrutura declarada no momento da licitação para a execução dos trabalhos - por ocorrência 05

11. Não disponibilizar equipamentos necessários à realização dos serviços do escopo do Contrato - por ocorrência 05

12. Apresentar apenas 2 documentos comprobatórios previstos - por ocorrência 04

13. Executar serviço incompleto ou de caráter paliativo ou deixar de providenciar recomposição complementar - por ocorrência 03

14. Apresentar apenas 3 documentos comprobatórios previstos - por ocorrência 03

15. Não providenciar substituto para componente da equipe de serviços - por ocorrência 03

16. Cumprir apenas 2 das etapas do PDA - por ocorrência 03 17. Cumprir apenas 2 das etapas do PRA - por ocorrência 03

18. Descumprir determinação formal ou instrução complementar da FISCALIZAÇÃO - por ocorrência 03

19. Manter funcionário sem qualificação para a execução dos serviços - por ocorrência 02

20. Não cumprir a programação periódica de Assistência Técnica - por ocorrência 02

21. Apresentar apenas 4 dos documentos comprobatórios previstos - por ocorrência 02

22. Não cumprir 1 das etapas do PDA - por ocorrência 02 23. Não cumprir 1 das etapas do PRA - por ocorrência 02

24. Não cumprir prazo previamente estabelecido com a FISCALIZAÇÃO para execução de serviços - por unidade de tempo definida para determinar o atraso e por ocorrência

02

25.

Não iniciar execução de serviço nos prazos estabelecidos pela FISCALIZAÇÃO, observados os limites mínimos estabelecidos por este Contrato, sem que haja justificativa plausível aceita pela Contratante - por ocorrência

02

26. Descumprir quaisquer dos itens do Edital e seus Anexos, mesmo que não previstos nesta tabela de multas, após reincidência formalmente 02

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notificada pela FISCALIZAÇÃO - por ocorrência

27. Não substituir empregado que tenha conduta inconveniente ou incompatível com suas atribuições - por empregado 01

28. Manter a documentação de habilitação desatualizada - por ocorrência 01 Além das penalidades citadas, a Contratada ficará sujeita, ainda, ao registro no cadastro do SICAF e, no que couber, às demais penalidades referidas no Capítulo IV da Lei N° 8.666/93. As sanções de advertência, suspensão temporária de participar em licitação e impedimento de contratar com o INCRA, e declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração Pública, poderão ser aplicadas à Contratada juntamente com as sanções de multa, descontando-a da garantia prestada.

A advertência de que trata a alínea “a” acima será aplicada nos seguintes casos: atraso ou cumprimento de alguma meta estipulada no projeto básico em desacordo com os padrões estipulados no Contrato, desde que não cause prejuízos aos assentados e danos ao erário.

A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da garantia do respectivo Contrato, se for o caso, ou cobrada por meio administrativo pertinente.

As sanções estabelecidas na alínea ”a” acima, poderão ser aplicadas juntamente com a da alínea "b" acima, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, no prazo de 05 (cinco) dias úteis.

A sanção estabelecida na alínea "d" acima é de competência exclusiva do Senhor Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário, facultada a defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de vistas, podendo a reabilitação ser requerida após 02 (dois) anos de sua aplicação.

A critério da Contratante, poderão ser suspensas as penalidades, no todo ou em parte, quando o atraso for devidamente justificado pela Contratada e aceito pelo INCRA, que fixará novo prazo, este improrrogável, para a completa execução das obrigações assumidas.

Na hipótese da aplicação das penalidades previstas nas alíneas "c" e "d" acima, ficará a Contratada sujeita à inativação do seu cadastro no Sistema Unificado de Cadastramento de Fornecedores - SICAF.

As penalidades serão aplicadas após regular processo administrativo e, no caso de multas, serão descontados do pagamento devido pelo INCRA, ou cobrados judicialmente, podendo ser relevada mediante justificativa fundamentada e conclusiva, quando aceita pela Contratante.

Para aplicação das penalidades aqui previstas, a Contratada será notificada para apresentação de defesa prévia, no prazo de 05 (cinco) dias úteis.

Além das penalidades citadas, a Contratada ficará sujeita às demais penas referidas no Capítulo IV da Lei Nº 8.666/93. 23 DA RESCISÃO

O Contrato poderá ser rescindido nas hipóteses: I. Por ato unilateral de qualquer das partes, nos casos enumerados no art. 78 da Lei Nº 8.666/93, notificando-se a parte contrária com antecedência mínima de 30 dias, sem prejuízo das indenizações pertinentes decorrentes da inexecução dos serviços pactuados;

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II. Por mútuo acordo entre as partes, mediante manifestação formal a ser feita no prazo constante no item “I” acima, judicialmente, nos termos da legislação vigente.

Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa, observado o art. 79 da Lei das licitações.

A rescisão, determinada por ato unilateral e escrito da Contratante, nos casos enumerados nos incisos I à XI, do Art. 78, da Lei Nº 8.666/93, acarreta as conseqüências previstas nos incisos II e IV, do art. 87, do mesmo diploma legal, sem prejuízo das demais sanções previstas.

A rescisão administrativa ou amigável será precedida de autorização escrita e fundamentada pela autoridade competente.

Na hipótese da rescisão ser procedida por culpa da Contratada, reconhecida após o devido processo legal, fica o INCRA autorizado a reter os créditos a que tem direito, até o limite do valor dos prejuízos comprovados.

A Contratada reconhece os direitos da Administração em caso de rescisão administrativa do Contrato, prevista no art. 77 da Lei Nº 8.666/93.

Somente serão indenizados os serviços efetivamente prestados e com base nos valores de referência fixados pelo INCRA. 24 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este projeto tem a pretensão de apresentar a proposta de Assistência Técnica, Social e Ambiental (Programa de ATES) da Superintendência Regional do INCRA do estado de Mato Grosso, para suprir as demandas dos assentamentos federais, estaduais e compartilhados. Ele busca possibilitar aos agricultores(as) o acesso ao conhecimento e às políticas públicas, gerando melhores condições de permanência no meio rural, através da constante qualificação da atividade produtiva, respeitando o meio ambiente e gerando o desenvolvimento social.

Cuiabá, 21 de outubro de 2008.