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Projeto de alfabetização 5 – Quais são os movimentos que minha boca faz quando falo?
Apresentação da proposta
Neste projeto, serão apresentadas a
caracterização e a organização dos fonemas
na língua portuguesa. Estes conhecimentos
são fundamentais para se fazer as
intervenções necessárias durante a
realização das atividades, auxiliando os
alunos na aquisição da consciência silábica
e fonêmica.
O FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos
elementos gregos fono ("som, voz")
e log, logia ("estudo", "conhecimento"). Significa, literalmente, "estudo dos sons" ou "estudo dos
sons da voz". O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem uma maneira própria de
realizar esses sons no ato da fala. As particularidades da pronúncia de cada falante são
estudadas pela Fonética.
Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer uma distinção
de significado entre as palavras. Observem, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a
distinção entre os pares de palavras:
amor - ator
morro - corro
vento - cento
Cada segmento sonoro refere-se a um dado da língua portuguesa que está em sua
memória: a imagem acústica que você, como falante de português, guarda de cada um deles. É
essa imagem acústica, esse referencial de padrão sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas
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formam os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre
barras. Assim: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
O ALFABETO
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras. Cada letra apresenta uma forma
minúscula e outra maiúscula. Veja:
a A (á)
b B (bê)
c C (cê)
d D (dê)
e E (é)
f F (efe)
g G (gê ou guê)
h H (agá)
i I (i)
j J (jota)
k K (cá)
l L (ele)
m M (eme)
n N (ene)
o O (ó)
p P (pê)
q Q (quê)
r R (erre)
s S (esse)
t T (tê)
u U (u)
v V (vê)
w W (dáblio)
x X (xis)
y Y (ípsilon)
z Z (zê)
Observação: emprega-se também o ç, que representa o fonema /s/ diante das letras: a, o, e u em determinadas palavras.
O FONEMA E A LETRA
O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua escrita, representamos os
fonemas por meio de sinais chamados letras. Portanto, letra é a representação gráfica do fonema.
Na palavra sapo, por exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a
letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê).
Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o
caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas letras z, s, x:
Exemplos:
zebra
casamento
exílio
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Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra x, por
exemplo, pode representar:
- o fonema sê: texto
- o fonema zê: exibir
-o fonema chê: enxame
- o grupo de sons ks: táxi
O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas.
Exemplos:
tóxico fonemas: /t/ó/k/s/i/c/o/ letras: t ó x i c o
1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 6
galho fonemas: /g/a/lh/o/ letras: g a l h o
1 2 3 4 1 2 3 4 5
As letras m e n, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os
exemplos:
compra conta
Nessas palavras, m e n indicam a nasalização das vogais que as antecedem.
Veja ainda:
nave: o /n/ é um fonema;
dança: o n não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras a e n.
A letra h, ao iniciar uma palavra, não representa fonema.
Exemplos:
hoje fonemas: ho / j / e / letras: h o j e
1 2 3 1 2 3 4
CLASSIFICAÇÃO DOS FONEMAS
Os fonemas da língua portuguesa são classificados em:
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1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que
passa livremente pela boca. Em nossa língua, desempenham o papel de núcleo das sílabas.
Assim, isto significa que, em toda sílaba, há necessariamente uma única vogal.
Na produção de vogais, a boca fica aberta ou entreaberta. As vogais podem ser:
a) Orais: quando o ar sai apenas pela boca.
Por Exemplo: /a/, /e/, /i/, /o/, /u/.
b) Nasais: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais.
Por Exemplo:
/ã/: fã, canto, tampa / /: dente, tempero / /: lindo, mim /õ/ bonde, tombo / / nunca, algum
c) Átonas: pronunciadas com menor intensidade.
Por Exemplo: até, bola
d)Tônicas: pronunciadas com maior intensidade.
Por Exemplo: até, bola
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
Abertas
Exemplos:
pé, lata, pó
Fechadas
Exemplos:
mês, luta, amor
Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das palavras.
Exemplos:
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dedo, ave, gente
Quanto à zona de articulação:
Anteriores ou Palatais - A língua eleva-se em direção ao palato duro (céu da boca).
Exemplos: é, ê, i
Posteriores ou Velares - A língua eleva-se em direção ao palato mole (véu palatino).
Exemplos: ó, ô, u
Médias - A língua fica baixa, quase em repouso.
Por Exemplo: a
2) Semivogais
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais, aparecem apoiados em uma vogal,
formando com ela uma só emissão de voz (uma sílaba). Nesse caso, esses fonemas são
chamados de semivogais. A diferença fundamental entre vogais e semivogais está no fato de que
estas últimas não desempenham o papel de núcleo silábico.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: pa-pai. Na última sílaba, o
fonema vocálico que se destaca é o a. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico i não é tão forte
quanto ele. É a semivogal.
Outros exemplos:
saudade, história, série.
Obs.: os fonemas /i/ e /u/ podem aparecer representados na escrita por" e", "o" ou "m".
Veja:
pães / pãis mão / mãu/ cem /c i/
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono34.php - Acesso em: 15 junho, 2015
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3) Consoantes
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expirada pelos pulmões encontra
obstáculos ao passar pela cavidade bucal. Isso faz com que as consoantes sejam verdadeiros
"ruídos", incapazes de atuar como núcleos silábicos. Seu nome provém justamente deste fato,
pois, em português, sempre consoam ("soam com") as vogais.
Exemplos: /b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc.
Classificação das consoantes:
Quanto ao modo de articulação, as consoantes caracterizam-se pelas seguintes
propriedades:
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Quanto ao ponto de articulação, as consoantes podem ser:
Professor, esses conhecimentos linguísticos são fundamentais para que você possa
auxiliar os alunos que apresentam mais dificuldades na compreensão dos fonemas.
Organização do projeto
Quais são os movimentos que minha boca faz quando falo?
Objetivos
Apresentar às crianças a natureza e a existência dos fonemas;
Reforçar, nas crianças, a capacidade de descobrirem que as palavras contêm fonemas e
que estes têm identidades separadas.
Habilidades:
Reconhecer que os fonemas têm identidades separadas;
Aprender a reconhecer e distinguir um fonema do outro.
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Competência:
Compreender que as palavras contêm fonemas e que eles têm identidades e
características distintas.
Desenvolvimento das atividades
1) Levantamento de conhecimentos prévios e contextualização da temática
Professor, a avaliação diagnóstica dos conhecimentos dos alunos sobre os fonemas
deverá ser feita antes de se iniciar este projeto, o que favorecerá suas intervenções,
contribuindo para que as crianças avancem no processo sobre a estrutura e organização da
língua portuguesa.
1.1. Jogo: De quem é o nome?
O objetivo deste jogo é trabalhar dois
conceitos-chave: como os fones soam
quando são ditos isoladamente, e como os
fones são partes da palavra.
Professor, inicie o trabalho com as
crianças assentadas no chão, em uma roda;
diga a elas: “Adivinhem o nome de quem eu
vou dizer agora”.
Escolha o nome de um dos alunos, em
segredo, e enuncie separadamente apenas
seu fonema inicial: “ [d] [d] [d] [d] [d]” Daniel.
Repitam o primeiro fonema “ [d] [d] [d] [d] [d]” Daniel.
Pergunte as crianças: Como ficou sua boca ao pronunciar o“ [d] [d] [d] [d] [d]” de Daniel? E
os seus lábios? E a sua língua?
Possivelmente, as crianças irão dizer que a língua ficou entre os dentes e os lábios se
separaram para o som sair. Deixe que elas se expressem como quiserem, o importante é que
estejam atentas ao movimento da boca.
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O fonema [d] tem o modo de articulação oclusiva (obstrução total à passagem do ar na
cavidade oral), e o ponto de articulação dental (ápice da língua junto da zona posterior dos dentes
do maxilar superior).
Em outros casos, como no nome da Sabrina, a consoante é fricativa e líquida; por isso, para
facilitar, deve ser pronunciada de forma bem alongada e repetida “ [s-s-s-s] [s-s-s-s] [s-s-s-s] [s-s-
s-s] Sabrina ”.
Se na turma houver nomes de mais crianças com o mesmo fonema inicial, estimule-as a
adivinhar todas as possibilidades do fonema, introduzindo, assim, a questão de que o mesmo
fonema aparece em muitas palavras diferentes.
Variação:
Depois que as crianças estiverem bem familiarizadas com os fonemas, elas poderão dar pista
para que os colegas descubram o próximo nome: “ Estou pensando no nome de alguém, que
começa com o som de …”
2) Problematizando o conteúdo
2.1. Palavras diferentes e mesmo fonema inicial...
Professor, para reforçar o conceito de que cada fonema aparece em muitas palavras
diferentes, a criança precisa prestar atenção em como sentimos os fonemas quando
pronunciamos os respectivos fones.
Escolha três ou quatro figuras com o mesmo fonema para as crianças explorarem.
Exemplo: palavras com /f/: foca, folha, fogão, fone e palavras com /m/: mola, macaco, mala,
mesa. Escolha um conjunto de figuras e peça para uma criança identificar o nome de cada
objeto. Depois que o nome de todas as figuras for dito, peça para escolherem uma figura e dizer o
nome, por exemplo: (foca); em seguida, peça para a criança isolar o som inicial (f-f-f-oca).
Proponha que todas as crianças repitam, observem e descrevam o que estão fazendo com suas
bocas ao emitirem o som do [f]: o som sai entre os dentes e os lábios. Em seguida, outra criança
poderá escolher uma figura com [f ] para isolar o som inicial. Quando tiverem falado o nome de
todo o conjunto de palavras com [ f], pergunte: “Essas palavras começam com o mesmo som?
Com que som começam?
Vamos falar outras que também começam com [ f ]: faca, fazenda, feira, fumaça, ficha, fome.
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No primeiro momento, escolha figuras que comecem com uma única consoante, de preferência
fricativa, nasal e líquida, evitando os encontros consonantais: fr, pl, ou pr, por serem mais difíceis.
2.2. Vamos encontrar coisas?
Para ampliar a consciência das
crianças acerca dos fonemas iniciais, peça
a elas para compararem, contrastarem e
identificarem os sons iniciais de uma série
de palavras.
Espalhe alguns cartões com figuras
no meio da roda. Proponha às crianças que
encontrem as figuras cujos nomes
começam com o som inicial, com o qual já
trabalharam [f-f-f-f-]. À medida que cada
som inicial for sendo encontrado, a criança
deverá dizer o nome do fonema, (f-f-f-faca,
f-f-f-faca).
Quando as crianças estiverem bem familiarizadas com um fonema, espalhe dois conjuntos
diferentes de fonemas ([f] e [m]. Peça que elas identifiquem o nome e o fonema inicial de cada
figura; em seguida, distribua uma figura para cada criança para que elas possam identificar o
fonema inicial e colocar na pilha correspondente.
2.2. Jogo da memória
Distribua para as crianças, em pequenos grupos, figuras de animais. Cada uma deve falar
o nome do animal e o fonema inicial em seguida, virar a figura para baixo, no chão. Para jogar, a
criança deverá desvirar aos pares as figuras, decidindo se os fonemas iniciais são os mesmos, se
forem, ela poderá continuar desvirando; se não forem, passa a vez para seu colega.
2.3. Jogo- Estou pensando em coisa...
Neste jogo, as crianças deverão citar palavras memorizadas com base no fonema inicial
para desenvolver as habilidades de raciocínio e de solução de problemas.
Em roda, diga aos alunos:
-Estou pensando em uma coisa, vocês deverão adivinhar o que é; vou dar pistas:
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A coisa em que estou pensando começa com “ [s-s-s-s].
Repitam: “ [s-s-s-s]”.
Essa coisa tem duas pernas e voa.
-As crianças podem dizer: S-s-s-s-s-uper-homem.
-S-s-s-s-s-uper-Homem! Boa ideia. Qual é o primeiro som de S-s-s-s-uper-homem?
“ [s-s-s-s]”.
-Ele tem pernas?
-Tem.
-Ele voa??
-Voa.
-Muito bem! Mas a coisa em que eu pensei também tem penas. Vocês acham que pode ser um
super-homem?
-Não!
Continue o jogo até as crianças descobrirem que pode ser uma ave que comece com “[s-s-s-s]”.
Sabiá, cisne.
Procure fazer o jogo com duas ou três palavras, perguntando: Pode ser isso? Isso corresponde a
todas as pistas?
Variação:
Use um saco com objetos para que elas possam adivinhar:
-Adivinhem o que tem neste saco: começa com [m-m-m-m] e voa.
-Morcego.
No final, revisar todos os fonemas iniciais dos objetos.
3) Desenvolvimento do conteúdo
3.1.Esclua um fonema...
Para ampliar o conceito dos fonemas, as crianças precisam perceber que, se o fonema
inicial for retirado da palavra, pode surgir uma outra palavra com significado diferente.
Sentadas em círculo, ajude as crianças a separarem os fonemas das palavras e explique a
elas que, às vezes, quando se exclui um som da palavra, acabamos encontrando uma palavra
totalmente diferente.
Diga a palavra ( m-m-m-m-m-m...mar), alongando a consoante inicial e peça que as crianças
repitam. A seguir diga “ar”, e peça que elas repitam. Pergunte: qual foi o som retirado?, ouçam
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(m-m-m-m...ar...ar...m-m-m-m-.ar...ar). Dessa forma, as crianças são desafiadas a prestar
atenção aos fonemas iniciais das palavras, ao mesmo tempo em que vêm a compreender que a
presença ou ausência desse fonema inicial resulta em duas palavras diferentes.MAR, AR.
Vamos formas duas frases com cada uma dessas palavras: MAR e AR.
Variação:
Chame as crianças para fazerem uma fila, chamando-as pelo primeiro nome, sem o fonema
inicial, por exemplo, [M]-arta. As crianças devem descobrir de quem é o nome que foi chamado e
qual o fonema que falta.Se alguma criança tiver o nome que inicie com o encontro consonantal,
exemplo: Priscila, você deverá excluir o [Pr] e chamar iscila.
3.2.Acrescente um fonema...
O desafio deste jogo é ajudar a criança a sintetizar palavras a partir de seus fonemas
isolados.
Professor, com as crianças sentadas em um círculo, explique a elas que, às vezes, uma
nova palavra pode ser formada, acrescentando-se um fonema. Exemplo: “oca”; peça que as
crianças repitam e pergunte o que acontecerá, se acrescentarmos um outro som no ninício dela,
como [f-f-f-f-f]: “[f-f-f-f-f...oca, f-f-f...oca,f-f-f...oca”] Qual foi a nova palavra formada? “foca”
Vamos dizer outras palavras: “vela...v-v-v-v-...ela...v-v-v-v...vela” [d-d-d...ela; [b-b-b-..bela; [c-c-c-
c...] cela; [g-g-g-g...gela]
Trabalhe gradualmente as dificuldades das consoantes mais fáceis às mais difíceis, e depois
passe para os encontros consonantais. ( rato – prato). Convide as crianças para trabalharem
cada palavra em uma frase, para enfatizar a diferença de significados.
3.3. Palavras diferentes, mesmo fonema final...
O objetivo do jogo é identificar palavras que terminam com o mesmo fonema. Para isso, elas
terão que juntar conjuntos de três ou quatro cartões com figuras que apresentem objetos que
terminem com o mesmo fonema. Exemplo: o conjunto /a/ pode conter figuras de bola, casa,
mesa, faca, todas essas palavras terminam em /a/.
Para as crianças descobrirem as identidades de fonemas finais das palavras, elas precisam
explorar a articulação do fone. Os fones correspondentes aos fonemas finais são mais difíceis de
se ouvir - ou de se sentir - do que os iniciais; por isso, o trabalho com os fonemas finais deve ser
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adiado, até que as crianças estejam confortáveis com as atividades com os fonemas iniciais.
Entretanto não deixe de dar uma atenção aos fonemas finais, pois eles são uma porta de entrada
importante para o nível da consciência fonêmica que dá sustentação às habilidades de
decodificação e e soletração.
3.4. Encontrando coisas com fonemas finais...
Professor, para ampliar a consciência das
crianças sobre os fonemas finais, você pode
pedir-lhes que comparem, contrastem e depois
identifiquem os fonemas finais de uma série de
palavras. Espalhe alguns cartões com figuras no
chão; a seguir, peça às crianças que encontrem
as figuras que terminem com um determinado
fonema. Na medida em que forem encontrando,
as crianças deverão dizer o nome e o fonema final
– exemplo : “lápis-s-s- s-s...s-s-s-s”.
Variação:
Dê algumas dicas extras dos fonemas iniciais e o número de sílabas. Por exemplo:’Estou
pensando em algo que começa com [m-m-m-] : tem duas sílabas e termina com [a-a-a-a]’
Resposta: mala.
Em pequenos grupos, espalhe as figuras para as crianças organizarem pilhas de figuras de
acordo com o som final.
4.Vivenciando e socializando
4. 1.“A teia de aranha”
Em roda, com um novelo de lã ou barbante,
as crianças deverão rolar o novelo de lã de
uma para a outra, à medida que cada uma
vai falando pares de palavras e
acrescentando um fonema.
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Diga um par de palavras “r-r-r- rema...ema...[r-r-r]”, peça que todos repitam, segurando a
ponta do novelo de lã role até uma criança e pergunte: “Que som eu retirei?” A criança deve
pegar o novelo e dizer: “r-r-r- rema...ema...[r-r-r]”. Se ela estiver insegura, repita e auxilie, se
necessário. A seguir, diga uma nova palavra para que as criaças repitam, e a que estiver com
o novelo de lã deverá rolar para uma outra e segurar uma parte do fio, até se formar uma teia.
Diga “m-m-m...anda”, as crianças repetem, e o novelo é rolado até uma criança que deve
responder “m...anda...manda”. Diga “x-x-x...ave...chave”, todas repetem, e a criança que tiver
com o novelo o rolará para outra, que pode dizer “c-c-c..asa...casa”
Confira exemplos de palavras excluindo os fonemas iniciais:
amar-mar; anão-não; barco-arco; boi-oi; caçada-assada; calça-alça;cama-ama; casa-asa;
chamada-amada, chuva-uva; Cida-ida; cidade-idade;dia-ia; dobra-obra;faixa-acha;fama-ama;
fera-era; foca-oca; fora-ora; fútil-útil;galho-alho;gela-ela;gema-ema;jaula-aula;laço-aço;leva-
eva; macho-acho; mana-Ana; mano-ano;massa-assa;mela-ela;molha-olha;molho-olho;nave-
ave;pano-ano;passa-assa;patada-atada;pé-é;pescada-escada;povo-ovo;puma-uma; risca-isca.
Depois, as crianças poderão ficar de pé e levantar a teia bem alta, e refletir sobre o que
fizeram; e a lã deverá ser enrolada.
Variação:
Crie outro jogo, acrescentando um fonema final.
Diga “só-l-l-l...l-l-l..solll” Todas as crianças deverão repetir e rolar o novelo de lã “só...l,sol”
Continue com outras palavras - ”má-rrr...r-r-r...marrr”; as crianças deverão repetir”má...rrr,mar”
Outros exemplos, se pares de palavras com consoantes finais:
Cá-cal; cru-cruz; dá-dar; da-das; fá-faz; lá-lar; má-mal; má-mar; mi-mil; na-nas; pá-par; pá-paz;
só-sol; vê-ver.
5) Avaliando o conteúdo:
Professor, a avaliação deverá ser feita ao longo do desenvolvimento do projeto, procurando
verificar se o aluno consegue:
reconhecer que os fonemas têm identidades separadas;
distinguir um fonema do outro.
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As atividades sugeridas, a seguir, devem ser orientadas e acompanhadas por você,
procurando favorecer o sucesso dos alunos. Elas poderão ser aplicadas para toda a turma, mas,
se os alunos apresentarem dificuldades, você deverá fazer as intervenções necessárias ou criar
outras de acordo com o desenvolvimento deles.
5.1. FALE BEM DEVAGAR O NOME DE CADA PALAVRA DOS RETÂNGULOS E PINTE PARA
CADA FONEMA UMA BOLINHA.
NO QUADRADINHO, ESCREVA O NUMERAL CORRESPONDENTE À QUANTIDADE DE
BOLINHAS QUE VOCÊ PINTOU.
5.2. QUAL PALAVRA QUE TEM MAIS FONEMAS? ESCREVA-A:
DADOS
RATO
FLOR
ELEFANTE
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5.3. OBSERVE AS ILUSTRAÇÕES E FALE O NOME DELAS; EM SEGUIDA, ESCREVA O FONEMA INICIAL DE CADA UMA NA LINHA ABAIXO.
5.4. SUBSTITUA OS DESENHOS POR LETRAS, DE ACORDO COM A TABELA A SEGUIR E
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5.4. DECIFRE ESTA MENSAGEM:
Á= O = E = C =
A = Q = Ê =
Resposta: “No final deste bilhete, você vai encontrar uma palavra com o fonema [a]- Abraços”
TABELA DE LETRAS E SÍMBOLOS
N FIN L D ST BILH T ,
V V I N N TR R
UM P L VR M
F N M .
BR ÇOS
20
Referências: ALVES, D. (em prep.). Questões de hierarquia fonêmica associadas à emergência e desenvolvimento da consciência segmental. Dissertação de Doutorado Faculdade de Letras de Universidade de Lisboa. 2010. ADAMS, M. J. Consciência fonológica em crianças pequenas. Porto Alegre: Artmed, 2006. BRASIL. Elementos Conceituais e Metodológicos para Definição dos Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento do Ciclo de Alfabetização 1.º, 2.º e 3º Anos do Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 2012: (mimeo). CAPOVILLA, Fernando; SEABRA, Alessandra G. Alfabetização: Método Fônico. 5. ed. São Paulo: Memmon, 2010. McGUINNESS, Diane. O ensino da leitura inicial: o que a ciência nos diz sobre como ensinar a ler. Porto Alegre: Artmed, 2006. MARCUSCHI, Luiz Antônio. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola Editorial, 2008. MAZZAROTTO, Luiz Fernando. Manual de Gramática: guia prático da língua portuguesa. São Paulo: DCL,2005.
Site consultado:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono34.php - Acesso em: 12/6/2015.
Ilustrações acessadas: 18/6/2015.
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