186
ANÁLISE DOS REGISTROS PALINOLÓGICOS COSTEIROS QUATERNÁRIOS NA ÁREA DA LAGOA DE ITAIPU, ESTADO DO RIO DE JANEIRO, BRASIL ROBSON LUCAS BARTHOLOMEU TESE DE DOUTORADO ORIENTADORAS: Dr a . CLAUDIA GUTTERRES VILELA Dr a . ORTRUD MONIKA BARTH SCHATZMAYR Rio de Janeiro Abril de 2010 UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS MATEMÁTICAS E DA NATUREZA INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PALEONTOLOGIA E ESTRATIGRAFIA

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ANÁLISE DOS REGISTROS PALINOLÓGICOS COSTEIROS

QUATERNÁRIOS NA ÁREA DA LAGOA DE ITAIPU, ESTADO DO

RIO DE JANEIRO, BRASIL

ROBSON LUCAS BARTHOLOMEU

TESE DE DOUTORADO

ORIENTADORAS: Dra. CLAUDIA GUTTERRES VILELA

Dra. ORTRUD MONIKA BARTH SCHATZMAYR

Rio de Janeiro

Abril de 2010

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CENTRO DE CIÊNCIAS MATEMÁTICAS E DA NATUREZA

INSTITUTO DE GEOCIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM GEOLOGIA

ÁREA DE CONCENTRAÇÃO EM PALEONTOLOGIA E ESTRATIGRAFIA

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ii

UFRJ

Robson Lucas Bartholomeu

Análise dos Registros Palinológicos Costeiros Quaternários na Área da Lagoa de Itaipu,

Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Tese de Doutorado submetida ao Programa de

Pós-graduação em Geologia, Instituto de

Geociências, da Universidade Federal do Rio

de Janeiro – UFRJ, como requisito necessário

à obtenção do grau de Doutor em Ciências

(Geologia).

Área de concentração: III

Paleontologia e Estratigrafia

Orientadores:

Dra. Claudia Gutterres Vilela

Dra. Ortrud Monika Barth Schatzmayer

Rio de Janeiro

Abril de 2010

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iii

ROBSON, Lucas Bartholomeu

Análise dos Registros Palinológicos Costeiros Quaternários

na Área da Lagoa de Itaipu, Estado do Rio de Janeiro, Brasil/

Robson Lucas Bartholomeu - - Rio de Janeiro: UFRJ / IGeo,

2010.

xviii, 130 f. anexos; 29,7cm

Tese (Doutorado em Geologia) – Universidade Federal

do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Programa de Pós-

graduação em Geologia, 2010.

Orientador (es): Dra. Claudia Gutterres Vilela

Dra. Ortrud Monika Barth Schatzmayer

1. Geologia. 2. Paleontologia e Estratigrafia – Tese de

Doutorado. I. Claudia, Gutterres Vilela. II. Universidade Federal

do Rio de Janeiro, Instituto de Geociências, Programa de Pós-

graduação em Geologia. III. Análise dos Registros Palinológicos

Costeiros Quaternários na Área da Lagoa de Itaipu, Estado do

Rio de Janeiro, Brasil.

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iv

Robson Lucas Bartholomeu

Análise dos Registros Palinológicos Costeiros Quaternários na Área da Lagoa de Itaipu,

Estado do Rio de Janeiro, Brasil

Tese de Doutorado submetida ao Programa de

Pós-graduação em Geologia, Instituto de

Geociências, da Universidade Federal do Rio

de Janeiro – UFRJ, como requisito necessário

à obtenção do grau de Doutor em Ciências

(Geologia).

Área de concentração: III

Paleontologia e Estratigrafia

Orientadores:

Dra. Claudia Gutterres Vilela

Dra. Ortrud Monika Barth Schatzmayer

Aprovada em: 29.04.2010

Por:

_____________________________________

Cynthia Fernandes Pinto da Luz / IBT /São Paulo

_____________________________________

Cleverson Guizan Silva /UFF

_____________________________________

Marcia Aguiar de Barros /UFRJ

_____________________________________

Ismar de Souza Carvalho /UFRJ

_____________________________________

Marcelo Araujo de Carvalho /Museu Nacional/UFRJ

UFRJ

Rio de Janeiro

2010

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Dedico esta Tese

À minha esposa Fernanda Alves Melo, aos meus

pais Francisco Bartholomeu e Natalina Lucas

Bartholomeu.

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vi

Agradecimentos

À Dra. Ortrud Monika Barth pela orientação e incentivo, além de todo o opoio

acadêmico concedido desde a minha monografia de conclusão de curso, proporcionando ao

longo dos anos as bases para o meu crescimento acadêmico.

À Dra. Claudia Gutterres Vilela pelo apoio, confiança, pela leitura crítica desta tese,

pelas orientações e pela amizade construída ao longo do tempo.

À Dra. Marcia Aguiar de Barros, pelo apoio e acompanhamento técnico-científico

desde a minha graduação, pela paciência em muitos momentos, pelas cobranças apropriadas

que contribuíram para o meu crescimento acadêmico e pela grande amizade.

Ao Dr. Cleverson Guizan Silva por sua colaboração e apoio técnico na realização das

coletas das amostras de superfície de fundo e do testemunho da lagoa de Itaipu, além das

sugestões técnicas, discussões e descrição das amostras.

As Dras

. Cynthia Fernandes Pinto da Luz e Cristina do Socorro Fernandes Senna pela

ajuda na identificação de alguns tipos polínicos e pelo incentivo à pesquisa.

À graduanda em Biologia Roberta Milar Tarcsay pela ajuda na coleta das amostras e

na sua preparação química.

Ao Msc. Luiz Eduardo Uberti São Thiago pela ajuda na coleta das amostras, na sua

preparação química e pela amizade.

Ao biólogo Julio César de Magalhães pela ajuda e apoio na dinâmica do laboratório.

Ao professor Aristóteles Rios-Neto, por ter cedido as instalações do

LabMicro/IGEO/UFRJ, para a preparação química das amostras.

Ao doutorando Marcel Rocha Soares Lopes pelo apoio, amizade e incentivo desde a

minha graduação, que contribuíram para o meu crescimento acadêmico.

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vii

À mestranda Shana Yuri Misumi pela ajuda nas confecções das estampas, correção do

abstract, pelo apoio no dia a dia da dinâmica do laboratório de Palinologia e por sua amizade.

Ao geólogo Franco Borges Quadros pela ajuda nas coletas das amostras da lagoa de

Itaipu.

Ao geógrafo Vitor Cesar pela elaboração do mapa de localização.

Ao Dr. Fábio Ferreira Dias pela ajuda cartográfica, incentivo e amizade.

À secretária do Programa de Pós-Graduação em Geologia Cristina Barreto pela

gentileza e boa vontade com que sempre me atendeu.

Aos órgãos de apoio à pesquisa CAPES pela bolsa recebida, aos órgãos de apoio a

pesquisa CNPq e FAPERJ.

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“A alegria é um bom método de aprendizagem.”

(Madre Maria Helena Cavalcanti)

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Resumo

BARTHOLOMEU, R. L. Análise dos Registros Palinológicos Costeiros Quaternários na Área

da Lagoa de Itaipu, Estado do Rio de Janeiro, Brasil. Tese (Doutorado em Geologia) –

Programa de Pós-graduação em Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do

Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.

A lagoa de Itaipu, com cerca de 1,5 km2 de espelho d‟água, localizada no município de

Niterói, estado do Rio de Janeiro, entre as latitudes 22º57´S e 22º 59´S e as longitudes 43º

01´W e 43º 03´W, vem sofrendo forte influência da ação antrópica. Ela faz parte de um

conjunto de lagunas costeiras que se distribuem ao longo do litoral em direção norte, sendo

formada através das flutuações holocênicas. A presença humana na região é muito antiga,

surgindo a partir dos grupos nômades pré-históricos que percorriam o litoral em busca de

alimentos. As análises palinológicas feitas em sedimentos quaternários provenientes das

amostras de sedimento de fundo e do testemunho ITA /01, de 160 cm de comprimento,

forneceram informações sobre a vegetação atual e pretérita através da identificação dos tipos

polínicos caracterizadores de ambientes e formações vegetais. Foram obtidas 5 datações por 14

C, fornecidas pelas amostras do testemunho, sendo encontrado um intervalo geocronológico

de cerca de 38.490 ± 940 na base e 7.180 ± 60 anos A.P no topo. O predomínio da vegetação

de Campo em todas as amostras de superfície de fundo, a presença de táxons de Brejo

Herbáceo e os esporos de Pteridophyta/Bryophyta evidenciam a forte influência da vegetação

de borda da lagoa nas amostras. Os microforaminíferos encontrados nas amostras de

superfície de fundo caracterizam a presença da água marinha no sistema. A vegetação de

Campo também tem predomínio em todo o testemunho da base ao topo. Isto sugere que, no

intervalo entre 38.490 a 7.180 anos A.P., não houve o estabelecimento de uma vegetação de

Floresta Pluvial com grande biodiversidade, embora, este intervalo apresente expansão dessa

vegetação, ocorrendo a coexistência dessa formação vegetal com outras, devido às oscilações

climáticas ocorridas durante o Pleistoceno Tardio. O bom estado de preservação dos

palinomorfos sugere que os grãos não sofreram exposição ao ar, tendo a sedimentação

ocorrida em condições favoráveis de redução. De acordo com os dados obtidos neste trabalho

foi possível observar as mudanças ocorridas na vegetação da lagoa de Itaipu durante o

Pleistoceno no intervalo geocronológico estudado e inferir modificações na vegetação e no

ambiente.

Palavras-chave: Lagoa de Itaipu, Palinologia, Pleistoceno, variações ambientais.

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x

Abstract

BARTHOLOMEU, R. L. Analysis of Quaternary Coastal Palynological records in the area of

Itaipu Lagoon, Rio de Janeiro State, Brazil. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação

em Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2010.

The Itaipu Lagoon, located in the municipality of Niterói, Rio de Janeiro State

(22º57´S/43º01´W), has been strongly influenced by human actions. With a surface area of

approximately 1,5 km2, it is part of a coastal lagoon complex, formed by holocene

fluctuations. Human presence has been registered in this region, since prehistoric nomad

tribes explored the shore in search of food. Palynological analyses of sediment samples from

the surface of the lagoon bottom and from the ITA /01 core, with 160 cm of length, provided

information on the current and past vegetation through the identification of pollinic types

characterizing environments and vegetal formations. Five core samples were dated by the 14

C

method and a geochronological interval of 38.490 ± 940 yrs B.P. (at the bottom) to 7.180 ± 60

yrs B.P (at the top) was found. The predominance of grassland vegetation in all bottom

surface samples and the presence of herbaceous swamp taxa and Pteridophyta/Bryophyta

spores clearly show the strong influence of the lagoon margins vegetation on the samples.

Microforaminifera found in the bottom surface samples characterize the presence of salty

water in the system. Grassland vegetation was also dominant in all core levels. This suggests,

during the interval from 38.490 to 7.180 yrs BP, there was no establishment of a rain forest

vegetation with high biodiversity, although, this interlude presents an expansion of this

vegetation, occurring the coexistence of this vegetal formation with others, due to climatic

oscillations during the Late Pleistocene. The good state of preservation of palynomorphs

suggests the grains were not exposed to air and the sedimentation processes occurred within

favorable reduction conditions. According to the data obtained in the present work, it was

possible to observe the pleistocene vegetational changes of the Itaipu Lagoon, during the

studied geochronological lapse, and to infer the vegetational and environmental changes.

Key-Words: Itaipu Lagoon, Palynology, Pleistocene, environmental changes.

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SUMÁRIO

Agradecimentos...................................................................................................

Resumo................................................................................................................

Abstract...............................................................................................................

Lista de Figuras....................................................................................................

Lista de Tabelas....................................................................................................

Quadro.................................................................................................................

1. Introdução...............................................................................................................

2. Palinologia..............................................................................................................

2.1. Palinologia do Quaternário Costeiro do Rio de Janeiro e de Áreas

Adjacentes……………………………………………………………………

3. Evolução Litoral entre Cabo Frio e Angra dos Reis.............................................

4. Lagoas Costeiras ...........................................................................................

5. Área de Estudo...............................................................................................

5.1. Lagoa de Itaipu....................................................................................

5.2. Geologia e Geomorfologia....................................................................

5.3. Vegetação ...........................................................................................

5.4. Clima......................................................................................................

5.5. Histórico da Ocupação............................................................................

6. Objetivos e Justificativas ...............................................................................

6.1. Questões a serem verificadas.................................................................

7. Material e Métodos.........................................................................................

7.1. Material .................................................................................................

7.1.1. Amostras de Sedimentos de Superfície de Fundo da Lagoa de Itaipu.

1

4

5

15

19

21

21

25

26

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xii

7.1.2. Testemunho da Lagoa de Itaipu ...................................................

7.2. Métodos ............................................................................................

7.2.1. Coleta ............................................................................................

7.2.1.1. Amostras de Superfície de Fundo .................................................

7.2.1.2. Testemunho da Lagoa de Itaipu ............................................

7.2.2. Amostragem do Testemunho.......................................................

7.2.3. Datações Radiométricas .............................................................

7.2.4. Tratamento Químico ........................................................................

7.2.5. Leitura das Lâminas .......................................................................

7.2.6. Identificação e Contagem dos Palinomorfos ..................................

7.2.7. Apresentação dos Resultados .........................................................

7.2.8. Fotomicrografias ............................................................................

8. Resultados .....................................................................................................

8.1. Datações Radiométricas .............................................................................

8.2. Descrição Litológica ........................................................................

8.3. Palinologia ...................................................................................................

8.3.1. Amostras de Superfície dos Sedimentos de Fundo de um Transect

da Lagoa de Fundo da Lagoa de Itaipu ..........................................

8.3.2. Amostras de Sedimentos do Testemunho de Sondagem ITA /01

da Lagoa de Itaipu ..........................................................................

9.Interpretaçãoe Discussão..................................................................................

9.1. Amostras da Superfície dos Sedimentos de Fundo da Lagoa de Itaipu……

9.2. Amostras de Sedimentos do Testemunho ITA /01 da Lagoa de Itaipu…....

10. Conclusões ...................................................................................................

11. Bibliografia ..................................................................................................

34

35

35

35

36

36

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40

41

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Anexo I – Estampas.

Anexo II – Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e

Maricá, Rio de Janeiro, Brasil e Listagem de espécies ruderais encontradas no

Parque Estadual da Serra da Tiririca.

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xiv

Lista de Figuras

Página

Figura 1: Correlação cronoestratigráfica global dos últimos 2.7 milhões de

anos, modificada da edição 2009 da “International Stratigraphic Chart”

(Disponível no endereço: http://www.stratigraphy.org/. Obtida em 10/12/2009)

3

Figura 2: Curvas de variações do nível do mar dos últimos 7.000 anos

(SUGUIO et al., 1985).

18

Figura 3: Mapa de localização da lagoa de Itaipu, modificado (LAVENÈRE-

WANDERLEY, 1999).

22

Figura 4: Localização da área de estudo, evidenciando as amostragens

(disponível no site: http://earth.google.com/, acessado em 10/03/2008).

23

Figura 5: Mapa representativo da perda de espelho lagunar de 1972 a 2002

(KUCHLER et al, 2005).

24

Figura 6: Fotografia da laguna de Itaipu (obtida em 20/6/2005. Acervo do

Laboratório de Palinologia).

25

Figura 7: Fotografia da serra da Tiririca e ao fundo a lagoa de Itaipu

(disponível no site: http://guiserpa.multiply.com/photos/photo/125/14,

acessado em 30/9/2008).

25

Figura 8: Fotografia da vegetação atual de borda da lagoa (disponível no site:

http://guiserpa.multiply.com/photos/photo/125/ 30, acessado em 30/9/2008).

28

Figura 9: Fotografia da vegetação atual da encosta e de borda da lagoa

(disponível no site: http://guiserpa.multiply.com/photos/photo/125/41,

acessado em 30/9/2008).

28

Figura 10: Fotografia do testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu (Acervo do

Laboratório de Palinologia).

34

Figura 11: Testemunhador de fundo tipo Van-Veen utilizado na coleta das

amostras de superfície de fundo (FIGUEIREDO, 2000).

35

Figura 12: Fotografia da coleta do testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu em

julho de 2005 (Acervo do Laboratório de Palinologia).

36

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xv

Figura 13: Fotografia da abertura do testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu no

Laboratório de Geologia Marinha da UFF (LAGEMAR) em setembro de 2005

(Acervo do Laboratório de Palinologia).

37

Figura 14: Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu. 46

Figura 15: Diagrama de presença dos palinomorfos encontrados nas amostras

de superfície de fundo da lagoa de Itaipu. (Parte I)

55

Figura 16: Diagrama de presença dos palinomorfos encontrados nas amostras

de superfície de fundo da lagoa de Itaipu. (Parte II)

56

Figura 17: Diagrama de presença dos palinomorfos encontrados nas amostras

de superfície de fundo da lagoa de Itaipu. (Parte III)

57

Figura 18: Diagrama de percentagem dos grupos ecológicos encontrados nas

amostras de superfície de fundo da lagoa de Itaipu.

58

Figura 19: Diagrama de percentagem dos táxons mais representativos nas

vegetações de Floresta Pluvial e Pioneiras de Mata.

59

Figura 20: Diagrama de percentagem dos táxons mais representativos das

vegetações de Campo e Brejo Herbáceo.

60

Figura 21: Diagrama de percentagem dos táxons mais representativos dos

grupos ecológicos Ampla Distribuição e Pteridophyta/Bryophyta.

61

Figura 22: Diagrama de concentração dos grupos ecológicos das amostras de

Superfície de Fundo da lagoa de Itaipu.

62

Figura 23: Diagramas de concentração da vegetação Floresta Pluvial das

amostras de Superfície de Fundo da lagoa de Itaipu.

63

Figura 24: Diagrama de concentração dos principais táxons representativos da

vegetação Pioneiras de Mata.

64

Figura 25: Diagrama de concentração dos táxons mais representativos na

vegetação de Campo.

65

Figura 26: Diagrama de concentração dos táxons mais representativos da

vegetação Brejo Hérbáceo.

66

Figura 27: Diagrama de concentração dos táxons mais representativos do

grupo ecológico Ampla Distribuição.

67

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xvi

Figura 28: Diagrama de concentração dos palinomorfos mais representativos

do grupo Pteridophyta/Bryophyta.

68

Figura 29: Diagrama de presença dos palinomorfos encontrados no

Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

85

Figura 30: Diagrama de percentagem dos grupos ecológicos do Testemunho

ITA /01 da lagoa de Itaipu.

86

Figura 31: Diagrama de percentagem das vegetações Floresta Pluvial e

Pioneira de Mata do Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

87

Figura 32: Diagrama de percentagem das vegetações de Campo e Brejo

Herbáceo no Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

88

Figura 33: Diagrama de percentagem dos táxons mais represntativos dos

grupos ecológicos Ampla Distribuição, Pteridophyta/Bryophyta, Algas, Pólen

não Identificado e Palinomorfo Indeterminado no Testemunho ITA /01 da

lagoa de Itaipu.

89

Figura 34: Diagrama de concentração dos grupos ecológicos do Testemunho

ITA /01 da lagoa de Itaipu.

90

Figura 35: Diagrama de concentração dos principais táxons da vegetação

Floresta Pluvial no Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

91

Figura 36: Diagrama de concentração dos principais táxons da vegetação

Pioneira de Mata no Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

92

Figura 37: Diagrama de concentração dos principais táxons da vegetação de

Campo no Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

93

Figura 38: Diagrama de concentração dos principais táxons da vegetação de

Brejo Herbáceo no Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

93

Figura 39: Diagrama de concentração dos principais táxons do grupo ecológico

Ampla Distribuição no Testemunho ITA /01 na lagoa de Itaipu.

94

Figura 40: Diagrama de concentração dos principais palinomorfos encontrados

nos grupos ecológicos Pteridophyta/Bryophyta, Algas, Pólen não Identificado

e Palinomorfo Indeterminado do Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

95

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xvii

Lista de Tabelas

Pág.

Tabela 1: Lista dos tipos palinológicos identificados nas amostras de superfície

de fundo (grãos de pólen, esporos e algas) e respectivos tipos de vegetação nos

quais foram enquadrados.

51

Tabela 2: Percentagem dos palinomorfos encontrados nas análises das

amostras de superfície de fundo (dados resumidos).

53

Tabela 3: Concentração de palinomorfos/cm3 encontrados nas amostras de

sedimentos de superfície de fundo (dados resumidos)

54

Tabela 4: Lista dos tipos palinológicos identificados nas amostras do

testemunho ITA/01 (grãos de pólen, esporos e algas) e respectivos tipos de

vegetação nos quais foram enquadrados.

79

Tabela 5: Percentagem dos palinomorfos encontrados nas análises das

amostras do testemunho (dados resumidos).

81

Tabela 6: Concentração dos palinomorfos encontrados nas análises das

amostras do testemunho - dados resumidos (palinomorfos/cm3).

83

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xviii

Quadro

Página

Quadro I: Datações realizadas no Laboratório Beta Analytic Inc 45

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1

1. INTRODUÇÃO

O Período Quaternário corresponde à última principal subdivisão da coluna de

tempo geológico (Figura 1). Entretanto, o uso do termo Quaternário é bastante

controverso, pois sua definição cronológica não é muito precisa, sendo proposta a

retirada deste termo da Escala de tempo Geológico, assim como do uso dos vocábulos

Primário, Secundário e Terciário (SUGUIO et al., 2005).

O Período Quaternário é subdivido em Pleistoceno, que teve início há cerca de

2,6 milhões de anos, e em Holoceno, que abrange os últimos 11.000 anos. No entanto, o

início do Pleistoceno e o limite Pleistoceno/Holoceno são passíveis de questionamentos.

Embora existam controvérsias quanto à geocronologia do Período Quaternário, a

presente tese tem como base as recomendações vigentes na INQUA (Associação

Internacional para a Pesquisa do Quaternário).

O Pleistoceno é caracterizado por 16 ciclos climáticos, entre os quais uma fase

fria e longa, com cerca de 100 mil anos, seguida por uma fase quente e mais curta, com

cerca de 20 mil anos. A maior parte do Quaternário teve um clima frio e apresentou

glaciações extensas (SALGADO-LABOURIAU, 2007).

No Brasil, os eventos glaciais estão relacionados a condições mais secas,

decorrentes de um declínio na precipitação ao nível mundial, ligados à retenção das

águas dos oceanos nos pólos terrestres. Nos episódios interglaciais, registra-se um

retorno às condições mais úmidas, tropicais (AB‟SABER, 1971 apud BARROS, 2003).

Durante o Período Quaternário, desenvolveu-se muito do que hoje representa a

superfície terrestre, refletindo-se assim, em um complexo mosaico de paisagens,

sequências sedimentares, vestígios de floras, faunas e artefatos humanos. Nesse período

as porções continentais já apresentavam a forma e a posição geográfica atual e toda a

flora moderna também já era existente (SALGADO-LABOURIAU, 1994).

Para a reconstrução dos ambientes físicos é necessária a utilização de

informações que vêm da geologia, da geografia física, da climatologia e da edafologia,

embora estas ciências não se preocupem com o ambiente como um todo, isto é, o

ecossistema, elas se limitam à descrição e análise dos processos físicos, químicos,

biológicos (SALGADO-LABOURIAU, 2007).

A Palinologia é uma ferramenta eficaz na reconstituição ambiental permitindo

um maior detalhamento acerca da evolução da paisagem (MOURA, 1990). Sendo

assim, a análise palinológica é uma das técnicas frequentemente usadas para esse tipo de

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reconstituição, sendo necessário que a interpretação dos dados palinológicos seja

constantemente refinada na escala temporal e espacial (BARROS et al., 2000).

Os estudos paleoecológicos visando a reconstituição paleoambiental do

Quaternário brasileiro através de palinomorfos vêm sendo desenvolvidos em diversas

regiões do país, apresentando resultados bastante significativos, permitindo a inferência

de variações climáticas, entre outras (ABSY & SUGUIO, 1975; ABSY, 1979; ABSY,

1982; ABSY et al., 1991; ABSY et al., 1993; BARROS et al., 1993; BARROS, 1996;

BARROS, 2003; BARTHOLOMEU, 2004; BEHLING, 1992; COELHO, 1999;

CHAVES, 1993; FERRAZ-VICENTINI, 1993; LEDRU, 1991; LEDRU, 1993;

LORSCHEITTER, 1983; LORSHEITTER & LEMOS, 1985; LORSCHEITTER, 1988;

LORSCHEITTER, 1989; LORSCHEITTER et al., 1990; LUZ, 1997; LUZ, 2003;

MODENESI, 1988; MODENESI & MELHEM, 1992; DE OLIVEIRA, 1992;

OVERLOOP, 1981; PARIZZI, 1993; PESSOA, 1987; TAKIYA & YBERT, 1991, entre

outros).

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Figura 1: Correlação cronoestratigráfica global dos últimos 2.7 milhões de anos,

modificada da edição 2009 da “International Stratigraphic Chart” (Disponível no

endereço: http://www.stratigraphy.org/. Obtida em 10/12/2009)

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2. PALINOLOGIA

A Palinologia é a ciência que estuda grãos de pólen, produzidos pelas plantas

superiores, e dos esporos das Cryptógamas (SALGADO-LABOURIAU, 2007). De

acordo com ERDTMAN (1952) esta ciência estuda grãos de pólen, esporos e

microfósseis baseando-se, sobretudo quanto às diferenças morfológicas que apresentam

no que diz respeito ao tamanho, formato, número de aberturas e ornamentação do

esporoderma. Abrange estudos sobre os mecanismos de dispersão, deposição e

preservação de palinomorfos (SALGADO-LABOURIAU, 1973; BARTH & MELHEM,

1988; PUNT et al. 1994; JANSONIUS & McGREGOR, 1996).

O grão de pólen é o gametófito masculino das Angiospermas e Gimnospermas.

Ele é formado nas anteras das flores de Monocotiledôneas e Dicotiledôneas e nos sacos

polínicos dos cones masculinos das Gimnospermas. Já o esporo é um propágulo das

plantas Criptógamas (algas, musgos, samambaias, etc.); é também constituído por uma

célula isolada e independente que leva dentro de si o genoma (SALGADO-

LABOURIAU, 2007).

Os grãos de pólen e esporos apresentam as seguintes características em comum:

1. Têm tamanhos semelhantes e podem ser estudados usando os mesmos

métodos de observação.

2. Ambos são cobertos por um envoltório externo que contem

esporopolinina, a qual confere grande resistência a ácidos e bases.

3. Necessitam geralmente de um agente dispersor, podendo este ser a água,

o vento, a gravidade ou os animais.

Os estudos palinológicos evoluíram à medida que os avanços tecnológicos

propiciaram a obtenção de microscópios com maior resolução refletindo diretamente o

conhecimento da morfologia polínica. Os avanços obtidos desde o século XVII até ao

final do século XIX geraram dados relativos às observações palinológicas realizadas por

pesquisadores e que progrediram à medida que se aperfeiçoavam os instrumentos

ópticos e as técnicas utilizadas para seu estudo (SALGADO-LABOURIAU, 1973;

BARTH, 1995).

A Paleopalinologia refere-se ao estudo dos organismos fósseis orgânicos

encontrados nos resíduos de matéria orgânica, em rochas sedimentares, geleiras, etc.,

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resistentes a tratamentos físicos e químicos, tais como os grãos de pólen, esporos,

acritarcas e quitinozoários (CRUZ, 2000).

A utilização de palinomorfos em estudos paleoambientais deve-se a diversas

características que facilitam sua identificação, assim como a sua interpretação em

sedimentos analisados. Possuem características morfológicas determinadas

geneticamente, tais como forma, número, tipo e posição de aberturas, ornamentação e

tamanhos variados, permitindo, muitas vezes, a identificação ao nível de hierarquias

taxonômicas das plantas que os originaram. A parede externa dos grãos de pólen e

esporos pode ser preservada sem alterações estruturais e de sua composição química por

ser constituída por esporopolenina, que é, provavelmente, a matéria orgânica mais

resistente a degradações químicas, microbiológicas e físicas, permitindo o

reconhecimento e a identificação dos palinomorfos em sedimentos diversos. O emprego

de palinomorfos em estudos paleoambientais apresenta, todavia, algumas limitações,

tais como dificuldade de preservação em depósitos arenosos, em sedimentos muito

oxidados e/ou em condições de alta alcalinidade, temperatura e pressão (BARROS,

1996).

2.1. PALINOLOGIA DO QUATERNÁRIO COSTEIRO DO RIO DE JANEIRO E

DE ÁREAS ADJACENTES

Pesquisas em Palinologia do Quaternário são desenvolvidas tanto em áreas

continentais quanto na região costeira em lagos, lagoas, lagunas e manguezais. Em

relação a estas áreas foram divulgados vários dados referentes a mudanças ambientais

durante o Quaternário.

BELÉM (1985) a partir de estudos palinológicos em sedimentos retirados do

manguezal de Guaratiba, no Rio de Janeiro, classificou os tipos polínicos observados e

estudou a dispersão dos grãos de pólen e sua relação com a sedimentação. A

classificação taxonômica dos tipos polínicos foi, quando possível, realizada até o nível

de espécie. Os sedimentos estudados apresentaram um intervalo de 4.000 anos,

correspondendo ao pós-glacial Flandriano. Através da análise palinológica, a autora

concluiu que a vegetação de mangue persiste, na área, desde o início do intervalo de

tempo citado até os dias atuais. Também foi observado que nos sedimentos de fração

mais fina, isto é, argila e sílte, há uma maior percentagem de grãos de pólen. Isto se

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deve ao fato do tamanho da litologia ser equivalente ao diâmetro médio dos grãos de

pólen.

LUZ (1997) analisou um testemunho de sondagem de 4,17m de comprimento,

obtido na lagoa de Cima, município de Campos dos Goitacazes, no Norte Fluminense.

As datações radiocarbônicas obtidas neste trabalho foram: 6.100 ± 100 anos A.P. aos

405-410 cm de profundidade; 6.500 ± 60 anos A.P. aos 247-257 cm de profundidade;

3.910 ± 50 anos A.P. aos 65-70 cm de profundidades; 5.470 ± 60 anos A.P. aos 24-30

cm de profundidade. Assumiu-se que as idades de 6.500 ± 60 anos A.P. e 5.470 ± 60

anos A.P. foram resultado de material alóctone retrabalhado. As análises palinológicas

indicaram a presença da mata paludosa nas áreas brejosas, assim como de formações

pioneiras de campo aberto seco bem desenvolvido nas planícies. A Mata Pluvial ficou

confinada às encostas e vales mais úmidos. A Floresta Tropical Estacional

Semidecidual, tolerante à seca, permaneceu em estágio adiantado na sucessão vegetal. A

lagoa progressivamente perdeu água, desenvolvendo-se ampla área pantanosa. No final

do período, a ingressão de sedimentos arenosos prejudicaram a deposição dos

palinomorfos. Pode-se concluir que, durante o período de tempo abordado no presente

estudo, o nível de espelho d‟água da lagoa de Cima oscilava em função das condições

ambientais variáveis, detectadas através da Palinologia, entretanto, segundo provaram as

associações vegetais, a lagoa nunca secou totalmente, embora várias vezes estivesse

reduzida com o desenvolvimento de ampla área paludosa.

TOLEDO (1998), analisando um testemunho da lagoa Salgada ao norte do

estado do Rio de Janeiro, no litoral do município de Campos dos Goytacazes, obteve

conchas datadas com uma idade de 3.050 ± 70 anos A.P. A análise palinológica de

sedimentos do fundo lagunar indicou um conjunto de palinomorfos característicos de

ambiente aberto e seco. A maior concentração de grãos de pólen e esporos foi localizada

na parte central da lagoa. A análise palinológica em conjunto com a isotópica, em um

testemunho de sondagem, permitiu caracterizar a alternância entre fases de clima úmido

e de clima seco na área de estudo.

COELHO (1999), através da análise palinológica em um testemunho de 5,30 m

de comprimento obtido na planície de maré inferior do manguezal de Guaratiba, Baía de

Sepetiba, pode identificar quatro mudanças climáticas ao longo dos últimos 6.300 anos,

podendo ser observado uma alternância de ambientes úmidos e secos, incluindo o

primeiro registro da Pequena Idade do Gelo no Brasil. Foram também observados dois

eventos transgressivos, o primeiro correspondendo ao máximo marinho mais antigo do

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chamado Nível Marinho Alto Holoceno. O segundo, entre cerca de 1.000 e 213 anos

A.P., aparentemente se restringe à área de estudo. Foi identificado neste mesmo trabalho

uma grande influência da Floresta Ombrófila Densa e da Formação Pioneira de

Restinga, onde atualmente se tem o domínio do manguezal. Foi possível através das

análises palinológicas marcar a intensa interferência antrópica na região devido à brusca

diminuição dos representantes polínicos arbóreos, principalmente da Floresta Ombrófila

Densa, no topo do testemunho.

SANTOS (2000) realizou estudos palinológicos em um testemunho de

sondagem de 510 cm de comprimento na fácies mangue-planície de maré inferior do

manguezal de Guaratiba, com o objetivo de fornecer informações sobre as variações

climáticas, ambientais e do nível médio do mar nos últimos seis mil anos. As análises

realizadas permitiram identificar seis oscilações climáticas nos últimos 6.300 anos A.P.,

com alternância de clima úmido a seco, fenômenos climáticos do tipo “El Nino”,

identificação da Pequena Idade do Gelo no Brasil, dois eventos transgressivos e

alterações climáticas associadas ao intenso e desordenado processo de ocupação da

Baixada de Sepetiba nos últimos 100 anos.

LUZ (2003) investigou a dinâmica da vegetação do norte do Estado do Rio de

Janeiro nos últimos 7.000 anos A.P. baseando-se nos resultados obtidos pelas análises

palinológicas de (1) sedimentos superficiais do fundo de duas lagoas situadas no

município de Campos dos Goytacazes, (2) sedimentos recentes de solos periféricos a

estas lagoas e (3) sedimentos de dois testemunhos, um coletado na Lagoa de Cima e

outro na Lagoa do Campelo. Foram considerados como palinomorfos os grãos de pólen,

os esporos de Pteridophyta e Bryophyta, zigósporos e cenóbios de algas verdes. De

acordo com os resultados obtidos foram caracterizados: 1. A dinâmica espacial na

deposição recente de palinomorfos na superfície de fundo das lagoas. Foram analisadas

15 amostras de um transect de direção nordeste/sudoeste pela Lagoa de Cima. Os grãos

de pólen em sua maioria refletiram a floresta que beira a lagoa e os afluentes Imbé e

Urubu, com contribuição expressiva dos taxa regionais, bem como a importante

contribuição de plantas hidrófitas e palustres e de plantas ruderais das vastas pastagens

encontradas na área. Indicaram que na atualidade a tendência deposicional dos

palinomorfos na Lagoa de Cima está condicionada pelos influxos dos rios Imbé e Urubu

ocasionando uma diferenciação espacial na sedimentação conforme o tamanho dos

palinomorfos, a proximidade do local de sedimentação em relação a desembocadura

desses rios e a batimetria do leito da lagoa. Já na Lagoa do Campelo as 4 amostras de

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superfície de fundo, também retiradas na direção nordeste/sudoeste, revelaram um

padrão diferenciado de deposição dos palinomorfos em relação à Lagoa de Cima. A

análise palinológica revelou alta deposição de pólen de plantas hidrófitas e palustres. Os

tipos arbóreos e arbustivos devem ter sua "área-fonte" de pólen em um pequeno

fragmento florestal contíguo à borda nordeste da lagoa. Os resultados indicaram que os

processos deposicionais dos palinomorfos nessa lagoa são muito influenciados pela ação

dos ventos NE sobre o espelho de água, pela batimetria do fundo da lagoa e pela

introdução de pólen e esporos previamente depositados em solos do entorno. 2. A

dinâmica espacial na deposição recente de palinomorfos na superfície de solos

periféricos às lagoas. Foi realizada a análise palinológica de 6 amostras de superfície de

solos retirados de formações vegetacionais distintas. A análise dessas amostras teve

como objetivo avaliar a variação espacial na sedimentação de grãos de pólen e esporos

de Pteridophyta e Bryophyta e o estado de preservação desses palinomorfos nos solos

da região. No entanto, todas as amostras de solos se mostraram estéreis revelando que as

condições ambientais atuais

nos pontos amostrados não são apropriadas a preservação dos palinomorfos. 3. A

dinâmica temporal holocênica da vegetação avaliada a partir da análise dos sedimentos

dos testemunhos de sondagem retirados das lagoas. Nos sedimentos analisados

verificou-se que a composição e a acumulação das assembléias de palinomorfos nas

lagoas apresentaram variações desde o Holoceno médio, relacionadas a fatores diversos

como se segue: Na Lagoa de Cima a análise palinológica do testemunho de sondagem

RJ93/1 demonstrou que antes de 7.000 anos A.P. (idade 14C) o nível do mar

encontrava-se ainda em uma posição abaixo do nível atual segundo a sequência arenosa

da parte inferior do testemunho. A sedimentação dos palinomorfos se deu

preferencialmente a jusante do local da perfuração. O intervalo areno-argiloso que cobre

a sequência arenosa testemunha uma fase de transição entre uma sedimentação

continental (possivelmente fluvial) e uma sedimentação lacustre indicada pela sequência

lamosa, que cobre a sequência areno-argilosa. As reconstruções paleogeográficas

efetuadas na planície costeira do rio Paraiba do Sul mostraram que a sedimentação

holocênica dessa planície iniciou-se pela formação de um sistema ilhas-barreiras/laguna.

Os sedimentos transportados pelo rio Paraíba do Sul começaram a depositar-se nessa

laguna o que deu inicio à construção de um delta intralagunar. Com a gradual elevação

do nível do mar, os sedimentos do delta intralagunar depositaram-se a uma altitude cada

vez maior, o que propiciou o represamento do vale do rio Imbé aumentando a deposição

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polínica de hidrófitas no local da perfuração. As florestas higrófilas instaladas desde o

início no entorno da lagoa conviveram em torno de 6.500 anos A.P. com vastas áreas

campestres. Na ocasião do máximo nível do mar holocênico (+ 5.100 anos A.P.) as

áreas alagadas se espalharam pelo baixo vale do Imbé com o grande desenvolvimento

das florestas higrófilas. Em torno de 4.000 anos A. P. a descida brusca do nível do mar

ocasionou a queda nos valores de acumulação dos palinomorfos no local da perfuração

indicando novamente a deposição preferencial a jusante dos limites da lagoa. Nessa fase

novamente a vegetação campestre se desenvolveu convivendo com a mata higrófila. A

segunda fase lagunar iniciada a cerca de 4.000 anos A.P. propiciou o pleno

desenvolvimento das florestas higrófilas. A taxa de sedimentação no local da perfuração

após 3.000 anos A. P. foi muito baixa provavelmente pela remoção dos sedimentos

finos devido ao aumento do fluxo pelo rio Ururaí em direção à Lagoa Feia.

Possivelmente as obras hidráulicas realizadas na região pelo Governo Brasileiro foram

responsáveis pelo ocorrido. É provável que a amostra do topo do testemunho

corresponda à sedimentação atual na lagoa, apresentando tipos polínicos de plantas

atualmente cultivadas na região e um possível processo de eutrofização de suas águas.

Na Lagoa do Campelo os sedimentos do testemunho Campelo 2001 abrangeram a

sedimentação de cerca de 500 anos cuja base corresponde a + 2.800 anos A.P. (idade

14C). A análise polínica reflete inicialmente

uma vegetação hidrófita bem representada, com baixa riqueza de tipos polínicos e alta

deposição de Pseudoschizaea caracterizando o desenvolvimento de um ambiente

encharcado com baixo nível de água. Esse período corresponde ao abaixamento do nível

do mar iniciado em 2.800 anos A.P. que acarretou a progradação da desembocadura do

rio Paraíba do Sul. O nível do mar permaneceu baixo por cerca de 100 anos e a

deposição dos palinomorfos se deu a jusante do local da perfuração. Vários brejos

interligados ao rio Paraíba do Sul abasteciam a lagoa, mas a água fluía para canais da

planície progradada, carregando consigo os sedimentos finos. Com a elevação do nível

do mar a partir de 2.700 anos A. P. se deu a erosão na desembocadura do rio Paraíba do

Sul e o progressivo represamento das águas na planície. Próximo ao período de pico

eustático positivo (em cerca de 2.500 anos A. P.) a deposição polínica no local foi

facilitada pela subida do nível de água da lagoa. A representatividade de tipos polínicos

de plantas pioneiras foi alta nesse período e a riqueza dos da mata mostrou aumento. Já

em cerca de 2.300 anos A. P. a Taxa de Acumulação Total dos palinomorfos foi muito

alta principalmente pelo aumento dos tipos herbáceos e de hidrófitas. A taxa de

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sedimentação após 2.300 anos A.P. foi muito baixa. Tendo em vista os resultados

obtidos, pôde ser constatada uma dinâmica deposicional que teve comportamento

diferente quanto às áreas relativas às duas lagoas estudadas. Os sedimentos da região da

Lagoa de Cima refletem a resposta da vegetação quanto à variação do nível do mar,

sempre apresentando forte influência, em conjunto, da vegetação de mata, campestre e

de alagados. Já os sedimentos da região da Lagoa do Campelo estão em íntima

dependência com o nível das águas do rio Paraíba do Sul. Em ambos os casos, a

influência antrópica causou, causa e deverá causar ainda mais o rebaixamento dos

espelhos de água das duas lagoas, bem como a sua eutrofização.

BARRETO (2004) realizou análises palinológicas em 27 amostras de

sedimentos superficiais coletadas ao longo da Baía de Guanabara, Rio de Janeiro, e em

um testemunho de sondagem retirado aproximadamente a 2 km ao norte da Ilha de

Paquetá. Pretende-se caracterizar os processos de deposição atual que controlam a

sedimentação de grãos de pólen e esporos de pteridófitas e briófitas, nos vários setores

da Baía e reconhecer as oscilações ambientais ocorridas na região da Baía nos últimos

4.210 anos A.P. Amostras de sedimentos superficiais foram caracterizadas pela maior

representatividade dos elementos da Vegetação Campestre e grande riqueza de tipos

polínicos da Floresta Ombrófila. A distribuição diferencial dos grãos de pólen e esporos

de pteridófitas e briófitas seguiu um padrão influenciado pela batimetria, associada ao

padrão de correntes geradas pelas marés, as quais promoveram a concentração dos

palinomorfos nas áreas mais profundas e em locais de obstrução topográfico. A

deposição diferencial em relação ao tamanho dos grãos de pólen e esporos seguiu um

padrão de acumulação de palinomorfos de tamanho pequeno nas áreas de maior

correnteza e o tamanho grande em áreas de menor batimetria. Os resultados obtidos na

análise do testemunho de sondagem 8 demonstraram que em 4.120 anos A.P. havia uma

Mata Atlântica exuberante, sob o domínio de um evento regressivo. Pode-se observar ao

longo das análises do testemunho uma fase mais seca, caracterizada pelo decréscimo

dos tipos polínicos de Floresta Ombrófila, Higrófitas, esporos de pteridófitas e briófitas,

e uma fase com condições ambientais mais úmidas atestada pela alta concentração de

Higrófitas. Próximo ao topo do testemunho ocorreu queda acentuada nas concentrações

com o predomínio da Vegetação Campestre e o aparecimento de espécies Exóticas

(Pinus, Casuarina), evidenciando a influência antrópica do entorno da Baía de

Guanabara.

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BARTH et al. (2004) estudaram uma amostra de sedimento obtida a 222 cm do

topo de um testemunho coletado na baía de Guanabara, Rio de Janeiro. O estudo teve

como objetivo obter um melhor conhecimento sobre o meio ambiente. A datação de 14

C

revelou a idade de 4.210 anos A.P. O pólen mais freqüentemente encontrado foi de

Alchornea (Euphorbiaceae), Celtis (Ulmaceae), Lecythidaceae, Meliaceae, Ochnaceae e

os esporos de Pteridophyta arborescentes. Atividades agrícolas não puderam ser

detectadas através dos estudos palinológicos e paleoambientais. A densa floresta pluvial

tropical era o tipo de cobertura vegetal dominante na região.

BARTHOLOMEU (2004), em seus estudos palinológicos em sedimentos

turfosos da Praia Vermelha, Rio de Janeiro, datados entre 4.520 ± 80 anos A.P. a 4.270

± 60 anos A.P, estudou variações ambientais ocorridos no Quaternário na entrada da

Baía de Guanabara. Neste trabalho foi constatado que durante o intervalo de tempo

citado havia inicialmente o domínio de vegetação similar à de restinga, apresentando

semelhanças com a que se encontra atualmente na retaguarda do segundo cordão

litorâneo e do primeiro cordão mais interno das restingas do litoral fluminense. Essa

vegetação passou a ser dominada pela vegetação de brejo de restinga. Foi proposto que

a idade de 4.520 ± 80 anos A.P. sugere a formação de um corpo lagunar/paludial nas

imediações da atual Praia Vermelha após a máxima elevação holocênica do nível médio

do mar em torno de 5.100 anos A.P. Sobre esta turfa foi depositada uma sequência de

areias lamosas e lamas arenosas. Estas últimas foram capeadas por uma turfa que estaria

relacionada à colmatação deste corpo paludial e que teve a idade de 4.270 ± 60 anos

A.P. A última fase, caracterizada por uma deposição de areias modernas

correspondendo ao ambiente de praia atual, estaria associada à transgressão marinha por

ocasião da segunda elevação do nível médio do mar entre 3.800 e 3.500 A.P.

SÃO-THIAGO (2005) analisou sedimentos quaternários provenientes do

testemunho T4, de 133 cm de comprimento, retirado dentro dos limites da APA de

Guapimirim, forneceram informações sobre a vegetação pretérita através da

identificação de tipos polínicos caracterizadores de ambientes e formações vegetais, e

sua evolução na bacia da Baía de Guanabara. Foram obtidos duas datações por 14

C, uma

a 122 cm de profundidade, do testemunho T4, de 1.760 50 anos A.P., e a outra a 90

cm de profundidade, de 530 25 anos A.P. Ficou evidente a grande influência dos tipos

polínicos da vegetação local que ocupa as margens dos rios das principais bacias da

região do Recôncavo da Guanabara, classificada como Mata Pluvial Tropical. O bom

estado de preservação dos palinomorfos sugere que os grãos não sofreram exposição ao

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ar, tendo a sedimentação ocorrida em condições de redução. A linha de costa, em torno

de 1.800 anos passados, provavelmente, deveria estar recuada em relação à dos dias

atuais, sofrendo ao longo do tempo processos de progradação, possibilitando a

aproximação da costa ao sítio de sedimentação do testemunho T4. Desde a base do

testemunho até o topo são observados tipos polínicos de mangue, indicando a existência

deste tipo de vegetação no entorno da Baía de Guanabara há 1.800 anos.

BARRETO (2008) estudou os sedimentos de um testemunho de sondagem na

Enseada de Jurujuba, Baía de Guanabara, litoral do Rio de Janeiro. A análise

palinológica mostrou que antes de 3.520 anos A.P. a região da Guanabara era coberta

predominantemente por uma Floresta Ombrófila. A partir de 3.520 anos A.P. os tipos

polínicos de floresta tem um decréscimo, enquanto o pólen de plantas higrófilas,

esporos de pteridófitas e algas apresentam um pequeno aumento. Esta mudança

ambiental foi associada ao evento transgressivo do nível médio do mar, que favoreceu a

expansão destes táxones nas áreas alagadas das planícies aluviais da Baía de Guanabara.

Por volta de 2.820 anos A.P. foi possível observar um pequeno aumento nos percentuais

dos representantes da vegetação Campestre e Pioneiras de Mata, resultado da retração

da vegetação de Floresta. Este fato pôde ser correlacionado ao evento regressivo do

nível médio do mar e à redução da precipitação atmosférica neste período. A intensa

ocupação humana na região da Guanabara foi claramente evidenciada no registro

polínico do topo do testemunho. A vegetação de Mata Atlântica foi fortemente reduzida,

associada a um aumento expressivo da vegetação Campestre e à ocorrência de táxones

exóticos introduzidos pelos europeus.

COELHO et al.(2008) estudaram na Reserva Biológica de Poço das Antas,

localizada no Estado do Rio de Janeiro, duas colunas de sedimentos e cinco amostras,

que foram selecionadas para datação pelo método de radiocarbono, revelando as

seguintes idades, da base ao topo dos estemunhos: coluna 1 – 1,20-1,16 m: 6080 ± 40

anos AP, 0,775-0,735 m: 4090 ± 40 anos AP e 0,38-0,34 m: 1880 ± 80 anos AP; coluna

2 – 1,22-1,18 m: 3520 ± 40 anos AP e 0,23-0,19 m, 1810 ± 40 anos AP. Foram retiradas

três amostras da coluna 1 e duas da coluna 2 para análise palinológica: 1,20 m, 0,77 e

0,37 m da coluna 1 e 1,22 m e 0,21 m da coluna 2. O tratamento químico foi baseado

em metodologia padrão de preparação de amostras palinológicas. A análise palinológica

indicou que em torno de 6.080 anos AP a área de estudo era dominada pela Floresta

Ombrófila e que, por volta de 4.090 anos AP, a vegetação tinha mudado para uma

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floresta fragmentada, restrita às baixas colinas circundadas por áreas de campo aberto,

pantanosas e turfosas. A permanência desse tipo de vegetação entre 4.000 anos AP e o

atual é sugerida pelas amostras datadas de 3.520, 1.880 e 1.810 anos AP.

Durante o Pleistoceno há escassez de trabalhos palinológicos na região costeira

do Rio de Janeiro, com exceção de MISUMI (2008). Entretanto alguns trabalhos

envolvendo esse intervalo de tempo merecem destaque, mesmo sendo desenvolvidos em

outras regiões.

DE OLIVEIRA (1992) estudou os registros palinológicos da lagoa da Serra

Negra em Minas Gerais, identificando três fases de resfriamento intenso no intervalo de

tempo de 39.930 até 14.340 anos A.P., com fases úmidas e secas. A floresta

inicialmente apresentava espécies tolerantes ao frio e à umidade. A partir de 34.000

anos A.P., teve início uma fase seca e o nível de umidade oscilava entre 30.453 e 14.340

anos A.P. com mais duas fases sazonais úmidas.

LEDRU et al. (1996) analisaram os registros palinológicos de Salitre (MG) e

interpretaram o paleoambiente entre 50.000 e 40.000 anos A.P. como seco, seguido por

um período úmido, entre 40.000 e 27.000 anos A.P.

BEHLING (1997), em seus estudos desenvolvidos no Morro de Itapeva, na

cidade de Campos do Jordão (S.P), encontrou uma vegetação de Campo e sem floresta

tropical atlântica entre 35.000 -17.000 anos A.P., indicando um clima mais frio e seco

nesse intervalo de tempo.

BEHLING & LICHTE (1997) estudaram sedimentos na vila de Catas Altas em

Minas Gerais no intervalo de 48.000 a ca. 26.500 anos A.P., encontrando um período

climático frio e seco.

BARROS (2003) analisou sedimentos quaternários provenientes de três

localidades situadas no médio vale do rio Paraíba do Sul, abrangendo um intervalo de

tempo entre cerca de 31.000 – 9.000 anos 14

C AP. Os resultados obtidos indicam que

durante o pré-último máximo glacial (cerca de 31.000 – 27.000 anos 14

C AP) e o último

máximo glacial (cerca de 27.000 – 13.000? anos 14

C AP), a vegetação encontrada na

região de estudo era composta de um mosaico floresta/savana, com a flora arbórea

apresentando elementos de floresta temperada e floresta tropical, suportando um clima

mais frio que o atual. Segundo a autora, a transição Pleistoceno/Holoceno glacial (cerca

de 13.000 – 9.000? anos 14

C AP) seria caracterizada por uma instabilidade vegetacional,

climática e hidrológica, alternando estações de estio e estações de alta pluviosidade,

com predomínio de savana/campo. Durante o intervalo de tempo analisado, não foram

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encontradas evidências da instalação definitiva da floresta pluvial tropical, semelhante à

Mata Atlântica atual, na região de estudo.

MISUMI (2008) estudou os registros palinológicos indicando a presença de uma

vegetação de restinga e uma floresta pluvial aberta, limitada à encosta da Serra do Mar

há 40.890 anos A.P. A baixa representatividade de grãos de pólen relacionados a

espécies hidrófilas e de esporos de Pteridophyta/Bryophyta indica um ambiente de

clima seco, porém com nível de umidade suficiente para o estabelecimento da

vegetação. Cerca de 2.000 anos depois, o clima fica mais úmido acarretando numa

maior freqüência de espécies hidrófilas. A vegetação de restinga sofre um leve recuo e

verifica-se um processo de expansão da floresta pluvial. Restinga, floresta pluvial e

campo coexistem sob um aparente equilíbrio. Há cerca de 35.200 anos A.P., o nível de

umidade no ar aumenta mais ainda, o que se reflete no crescimento expressivo da

vegetação hidrófila. A vegetação de campo e a floresta pluvial se mantêm. O clima frio

durante a glaciação pleistocênica não impediu o estabelecimento e desenvolvimento de

uma vegetação litorânea, porém foi o fator limitante da mesma.

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3. EVOLUÇÃO DO LITORAL ENTRE CABO FRIO E ANGRA DOS REIS

As flutuações do nível médio do mar ao longo do Quaternário constituem fator

de grande importância na evolução das planícies costeiras do Brasil (MARTIN &

SUGUIO, 1989). As evidências dessas flutuações do nível do mar no passado vêm

principalmente do estudo de antigos cordões litorâneos nos continentes, de cordões

atualmente submersos nas plataformas continentais, da presença de antigos bancos de

corais e de depósitos de conchas acima do nível do mar atual (SALGADO-

LABOURIAU, 2007).

A região costeira do Estado do Rio de Janeiro que vai de Cabo Frio a Angra dos

Reis é denominado por MUEHE (1998) como „macro-compartimento dos Cordões

Litorâneos‟. Segundo este mesmo autor, a brusca inflexão do litoral no sentido oeste,

por efeito da zona de fratura do Rio de Janeiro, fez com que alinhamentos estruturais do

embasamento de direção NE-SW, fossem truncados pela direção E-W do litoral. O que

marca a fisionomia da paisagem deste compartimento é o desenvolvimento de cordões

litorâneos, frequentemente ocorrendo na forma de duplos cordões, dispostos

paralelamente entre si e separados por uma depressão estreita. Esses cordões, em cuja

retaguarda se desenvolveu um conjunto de lagunas, imprimiram o aspecto retificado de

todo o litoral.

Em seus estudos sobre a baía de Guanabara, AMADOR & PONZI (1974)

identificaram dois níveis de terraço marinho nas suas imediações. De acordo com

AMADOR (1974, 1980), o nível de terraço marinho mais baixo (TM1) na praia de Mauá

desenvolveu-se na retaguarda de uma linha de praias „fósseis‟, que atestariam um nível

médio marinho cerca de 1,5 m acima do atual.

A datação pelo 14

C de fragmentos de madeira carbonizada coletados em

sedimentos argilo-sílticos (paleoestuarinos), situados na porção basal destes depósitos

de „paleopraias‟, revelou uma idade de 4.130±150 anos AP (Gx 3.180 - KE), indicando,

segundo o autor anteriormente citado que a construção do nível de terraço mais antigo

(TM2) seria anterior a esta idade e o nível mais recente (TM1) seria posterior,

provavelmente de cerca de 3.000 a 3.600 anos A.P.

Segundo AMADOR (1997) após a estabilização dos cordões litorâneos mais

recentes, há cerca de 3.000 anos A.P., formar-se-iam inúmeros pântanos na orla da baía

de Guanabara, entre os quais, um situado entre o cordão da praia Vermelha e da antiga

praia da Saudade, não mais existente devido aos aterros. Estes cordões ligavam o

conjunto de morros da Urca e do Pão de Açúcar ao continente.

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DIAS & QUARESMA (1996), a partir da análise do fundo da Baía de

Guanabara, encontraram afloramentos de arenito ferruginoso relacionados a

paleossolos. Estes afloramentos encontravam-se a 20m abaixo do nível do mar atual,

(15.000 anos A.P.) no alinhamento das ilhas Pai-Mãe-Cagarras-Tijucas, que

possivelmente estariam incorporadas a antigos cordões litorâneos.

Uma laguna de grandes dimensões teria se formado entre Itaipu e a Ponta do

Arpoador. O canal de maré (inlet), ligação da laguna com o mar aberto, estaria no

mesmo alinhamento do atual canal balizado, de acesso dos navios de maior porte,

passando entre a ilha de Cotunduba e a ponta do Leme e ao largo da Ponta do Arpoador.

A Baía de Guanabara propriamente dita, nesta época, seria de dimensões bem menores,

porém seu canal central já teria pelo menos 10 m de profundidade estendendo-se até as

imediações do alinhamento atual da ponte (DIAS & QUARESMA, 1996).

Segundo DIAS & QUARESMA (1996), em função do afogamento produzido

pela transgressão marinha holocênica, houve progressivamente migração dos cordões

litorâneos até ocuparem as posições atuais.

Em seus estudos sobre as praias a leste da baía de Guanabara, MUEHE (1982,

1984) sugere que os cordões mais interiorizados teriam sido formados durante a

primeira transgressão holocênica (5.100 anos A. P.) e os cordões mais externos

corresponderiam às flutuações do nível médio marinho posteriores.

Com base em estudos geológicos anteriores elaborados por RONCARATI e

NEVES (1976) foi realizado por MAIA et al. (1984) um estudo da evolução geológica

da baixada de Jacarepaguá, através de inúmeras datações por 14

C, apresentadas a seguir.

Durante a fase final da transgressão entre 6.000 e 7000 anos A. P. teria se

formado uma ilha-barreira isolando do mar aberto uma ampla laguna. Com a elevação

contínua do nível marinho, a ilha-barreira migrou em direção ao continente,

estabilizando-se no máximo de 5.100 anos A. P.

Os segmentos de cordões litorâneos que afloram na planície se formaram em

torno do máximo transgressivo e na regressão posterior, conforme apontam as idades

obtidas de sedimentos lagunares situados sob estes cordões, 5.065±120 e 4.845±150

anos A. P.

Após o máximo de 5.100 anos A. P., iniciou-se uma nova fase regressiva durante

a qual a ilha barreira sofreu progradação, formando a restinga interna. Segundo os

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mesmos autores as areias de fundo da laguna interna revelaram idades que variaram de

5.740±150 a 4.090±110 anos A. P., indicando que a fase lagunar já se havia iniciado

antes do máximo nível marinho holocênico. Amostras de cúspides da laguna interna

mostraram idades oscilando entre 4.890±100 e 4.130± 110 anos A. P. formadas no

período do máximo e na regressão posterior.

Por volta de 3.800 anos A. P., o nível médio marinho elevou-se novamente

atingindo o máximo em 3.500 A. P. Durante esta transgressão a restinga interna foi

parcialmente erodida e a restinga externa começou a se formar antes do máximo

transgressivo. Idades obtidas de amostras de vasa orgânica da laguna externa oscilam

entre 3.670±90 e 3.130±130 anos A. P.

A análise de testemunhos realizada por IRELAND (1987) nas lagunas a leste da

baía de Guanabara (do Padre, Itaipu e Itaipuaçu), datações pelo 14

C de turfas,

combinadas com estudo de algas apontaram que a barreira interna e os sedimentos

subjacentes à mesma são de idade pleistocênica e que somente os sedimentos

superficiais na área à retaguarda e à frente da barreira seriam retrabalhados durante do

Holoceno, contrariando as suposições de MUEHE (1982, 1984) e as evidências de

MAIA et al. (1984) de que as lagunas teriam idade holocênica.

Segundo IRELAND (op. cit) as evidências antes de 7.100 anos A.P., tanto da

laguna de Itaipu quanto a do Padre, indicaram um nível médio marinho com tendências

negativas, sendo que as tendências positivas somente se iniciaram após 7.100 anos A. P.

Após 3.600 anos A. P. há evidências nestas lagunas de queda do nível médio marinho

que corrobora com os resultados obtidos por BITTENCOURT et al. (1979) para o

Estado da Bahia entre 2.600 e 2.700 anos A. P., porém indicando um padrão mais

complexo.

Novos estudos no sistema lagunar de Araruama e adjacências, relacionados à

sedimentação lagunar e algumas peculiaridades do cordão interno, realizados por

TURCQ et al. (1999), fizeram com que estes autores reconsiderassem a cronologia

elaborada anteriormente por MAIA et al. (1984).

De acordo com os mesmos, testemunhos coletados dentro de um sistema lagunar

externo, localizado na depressão intercordão, revelaram que este iniciou sua formação

entre 7.000 e 5.000 anos A. P.

Estas idades forçaram os autores a relacionar a formação do cordão interno a um

episódio de nível marinho anterior ao Holoceno. Como o primeiro nível anterior, bem

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representado na porção central da costa brasileira é datado de 123.000 anos A.P,

conclui-se que as lagunas maiores, localizadas entre o cordão interno e o continente se

desenvolveram durante o Pleistoceno e foram novamente submersas durante a

transgressão holocênica, que, por sua vez originou o cordão litorâneo e a laguna externa.

Isto vai ao encontro das evidências de IRELAND (1987).

TURCQ et al. (1999) indicam ainda que o desmembramento do sistema lagunar

externo em pequenas lagunas isoladas ocorreu durante as oscilações do nível marinho

de 5.000 A. P. até o presente.

Foram elaboradas importantes curvas de variações dos níveis relativos do mar

nos últimos 7.000 anos ao longo de vários trechos do litoral brasileiro e do Rio de

Janeiro, evidenciando as transformações ambientais ocorridas durante o período. A

curva de Salvador (BA) foi utilizada como parâmetro para esta tese (Figura 2).

Figura 2: Curvas de variações dos níveis relativos do mar nos últimos 7.000

anos (SUGUIO et al., 1985).

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4. LAGOAS COSTEIRAS

As lagoas costeiras são extensões rasas de água, situadas em planícies costeiras

separadas do mar aberto por bancos arenosos ou ilhas barreiras, entretanto com canais

de comunicação mais ou menos eficientes (SUGUIO, 2003). Elas representam 15% da

zona costeira do mundo. Ao longo da costa brasileira são encontrados diferentes

ecossistemas lacustres costeiros, tais como, lagunas, lagos, lagoas e brejos,

diferenciados geologicamente e, sobretudo, ecologicamente (PHLEGER, 1969). De

acordo com ESTEVES et al. (1984), há grande necessidade de direcionar pesquisas para

preservar tanto as lagoas fluminenses, quanto as demais lagoas brasileiras.

Os sistemas lagunares encontram-se sujeitos a complexos processos de erosão e

sedimentação sendo assim bastante instáveis e possuindo um hidrodinamismo peculiar

(MUZAVOR, 1986). A dispersão dos sedimentos no sistema processa-se através das

correntes, incluindo zonas estreitas de maior agitação e de entrada e saída de grande

volume de água, a cada ciclo de maré (MUZAVOR et al., 1993).

As lagoas costeiras são de grande importância, constituindo-se em regiões de

interface entre zonas costeiras, águas interiores e águas costeiras marinhas (ESTEVES

1998). Elas constituem ecossistemas de grande produtividade, podendo estar sob

influência de ambientes terrestres, marinhos e de águas doces. Em função da interação

direta ou indireta com o mar, dos aportes de água doce e do balanço hidrológico de

precipitação e de evaporação, em geral exibem gradientes longitudinais e temporais de

salinidade (KJERFVE, 1994; SMITH, 1994).

Segundo SUGUIO (2003) as lagoas costeiras apresentam em comum as

seguintes características:

1. Foram originadas durante o Holoceno, entre 4.000 e 7.000 A.P, em condições de

abundante suprimento de areia para a zona costeira.

2. Estão situadas em planícies costeiras adjacentes a amplas plataformas

continentais de baixa declividade, onde a velocidade de transgressão marinha,

em época pós-glacial, tenha sido muito lenta.

3. Situam-se predominantemente ao longo de margens continentais, onde o mar

atingiu só recentemente o atual nível relativo.

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De acordo com ESTEVES (1998), tanto lagunas quanto lagoas costeiras têm sua

origem vinculada aos processos transgressivos do mar, que ocorreram a partir do

Pleistoceno e se prolongaram até os últimos dois mil anos do Holoceno, quanto ocorreu

a gênese da grande maioria das lagoas costeiras do Brasil. A gênese desses ecossistemas

evidenciou que nas suas formações participaram tanto processos fluviais, marinhos

como fluvio-marinhos e eólicos.

Segundo ESTEVES (1998), as lagoas também podem ser classificadas quanto à

coloração.

Lagoas costeiras de águas claras. – são na maioria dos casos lagunas, cujas águas

provêm do oceano e/ou de rios.

Lagoas costeiras de águas escuras – têm suas águas originadas, principalmente,

do lençol freático de áreas arenosas, ou de rios cujas bacias de drenagem

percorrem terrenos arenosos, como aqueles típicos de restinga.

As lagunas costeiras podem ainda serem classificadas segundo os processos

marinhos que influenciam sua morfologia em: dominadas por ondas, caracterizadas por

extensas barreiras arenosas com poucos ou até nenhum canal de maré, ou lagunas de

dominação mista, por ondas e marés.

A sedimentação lagunar é controlada pelas condições hidrográficas e pela

disponibilidade de sedimentos. Os sedimentos são depositados em subambientes no

sistema barreira/laguna, sendo os principais: Leques de Sobrelavagem, Canais de Maré,

Deltas de Maré, Planícies de Maré e o Fundo Lagunar (LAVENÉRE-WANDERLEY,

1999).

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5. ÁREA DE ESTUDO

5.1. LAGOA DE ITAIPU

A lagoa de Itaipu é um corpo costeiro semifechado, com cerca de 1,5 km2 de

espelho d‟água. Está localizada no município de Niterói, estado do Rio de Janeiro, entre

as latitudes 22º57´S e 22º 59´S e as longitudes 43º 01´W e 43º 03´W e faz parte de um

conjunto de lagunas costeiras que se distribuem ao longo do litoral em direção norte

(LAVENÈRE-WANDERLEY, 1999). (Figuras 3 a 7).

De acordo com KJERFVE (1986), LAVENÈRE-WANDERLEY (1999) e

SALVADOR (1999), a lagoa de Itaipu possui um canal de maré que lhe permite uma

comunicação com o oceano de caráter restrito, constituindo-se assim, em uma laguna

costeira do tipo “Choked Lagoon”. Este tipo de laguna geralmente é encontrado em

regiões da costa com alta energia de onda, deriva litorânea significativa e marés com

alturas máximas inferiores a 2 metros.

A batimetria e o espelho d‟água da lagoa de Itaipu foram bastante alterados,

fruto de ações antrópicas que ela sofreu ao longo dos anos (KUCHLER et al., 2005)

(Figura 5). O mapa batimétrico revelou um fundo plano de superfície suavizada na sua

parte mais interior e junto às margens, apresentando profundidades inferiores a 1 metro

(LAVENÈRE-WANDERLEY, 1999). A lagoa está sujeita ao efeito de micromarés com

altura média de cerca de 0,71m, chegando a um avanço de 10 metros, lateralmente sobre

seu entorno, durante as marés de sizígia.

A lagoa de Itaipu foi formada através das flutuações holocênicas do nível do

mar, ocorridas em torno de 7.000 anos A.P. Esta comprovação foi estabelecida pelas

datações de sambaquis existentes neste trecho do litoral em 7.958 anos A.P. (KNEIP et

al., 1980) e pelos registros que marcam a transgressão marinha nos testemunhos datados

na lagoa de Itaipu em 7.100 anos (IRELAND, 1987).

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Figura 3. Mapa de localização da lagoa de Itaipu, modificado (LAVENÈRE-

WANDERLEY, 1999).

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Figura 6: Fotografia da laguna de Itaipu (obtida em 20/6/2005. Acervo do

Laboratório de Palinologia).

Figura 7: Fotografia da serra da Tiririca e ao fundo a lagoa de Itaipu (disponível no

site: http://guiserpa.multiply.com/photos/photo/125/14, acessado em 30/9/2008).

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5.2. GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA.

A paisagem da área de estudo apresenta uma série de alinhamentos montanhosos

de direção SW / NE, concordantes com a estrutura geológica do litoral fluminense de

formação pré-Cambriana. O embasamento pré-cambriano cristalino se apresenta em

forma de montanhas rochosas notando-se pontões (FRANCISCO et al., 1982). O

embasamento cristalino é representado pela unidade Cassorotiba, composta por

migmatito-diatexito com abundantes porfiroblastos k-feldspato pouco deformados,

envoltos em matriz granoblástica, composta de biotita, quartzo e plagioclásio. A

subunidade Itaipu apresenta gd-bi-qz-fd-gnaisses, claros, bastantes marcantes na região.

Outro representante do domínio no pré-Cambriano é o Gnaisse Facoidal, composto por

migmatito-diatexito com uma estrutura dada por abundantes porfiroblastos de feldspato

(rosa e cinza), contornados por matriz composta dos elementos quartzo, biotita e

plagioclásio (FRANCISCO et al., 1982).

De acordo com LAVENÈRE-WANDERLEY (1999), os sedimentos que

constituem a bacia de drenagem e a região litorânea podem ser subdivididos em:

Sedimentos Fluviais: compostos por areias grossas, médias e finas, mal

selecionadas, apresentando quartzo, feldspato e máficos, grãos subangulares a

angulares, geralmente com matriz argilosa a síltica exibindo cores creme-

amarelada, acastanhada, esbranquiçada, esverdeada e acinzentada de leques

aluviais e argila cinza a cinza-amarelada, geralmente micácea.

Sedimentos Paludiais: compostos por argilas de coloração cinza e depósitos de

turfa de ambientes de lagos, pântanos ou brejos. Argilas de coloração negra,

bioturbadas de mangues.

Sedimentos Litorâneos: compostos por areias quartzosas, bem selecionadas,

podendo apresentar feldspato e matriz argilosa, com coloração esbranquiçada, de

origem marinha de cordões litorâneos. Os grãos de quartzo exibem muitas vezes,

efeitos de abrasão, aos quais pode ser atribuída origem eólica. (FRANCISCO et

al., 1982).

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Segundo a PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI (1995), a Região

Oceânica de Niterói possui dois domínios geomorfológicos característicos: os maciços

costeiros e a baixada litorânea, sendo esta formada pela planície costeira e depressões

lagunares, barradas por restingas, cobertas ou não por dunas.

5.3. VEGETAÇÃO

A riqueza que possuía o litoral fluminense em termos de flora, fauna e belezas

naturais até o século XIX está bem documentada nos livros que contam as viagens dos

naturalistas estrangeiros que passaram por essa região. Entretanto, o cultivo de cana-de-

açúcar nas baixadas, de café e, mais tarde, de laranjas nos morros, além da exploração

madeireira, eliminaram as florestas primitivas e até grande parte das matas secundárias

KNEIP et at., (1980). A bacia de drenagem da lagoa de Itaipu e os morros que a

circundam não escaparam a este processo de degradação ao meio ambiente.

A vegetação existente na região está condicionada a vários fatores como o clima,

relevo, drenagem e a litologia. Na sua bacia de drenagem são identificados quatro tipos

principais de vegetação (LAVENÈRE-WANDERLEY, 1999).

1. A vegetação típica de restingas desenvolveu-se sobre o cordão arenoso que

separa a laguna do oceano, exibindo espécies xerófitas adaptadas ao solo

arenoso, salobro e sujeito ao dessecamento pela brisa marinha.

2. A vegetação de mangue desenvolveu-se na porção marginal da laguna, associada

a locais de sensível influência marinha, onde o solo permanece saturado de água

salobra ou salgada, e onde a litologia é fina e impregnada de matéria orgânica.

(Figuras 8 e 9).

3. Nas baixadas, associadas à deposição de sedimento fluvial, onde o solo

encontra-se livre da influência da água salobra, desenvolve-se a vegetação que

está associada a regiões de altitudes de até 3 metros e concentra grandes

quantidades de matéria orgânica vindo a desenvolver depósitos de turfa sob

solos arenosos permanentemente encharcados.

4. Na região montanhosa, recoberta por solos derivados da decomposição de rochas

metamórficas, desenvolveu-se a mata tropical úmida, característica do litoral

brasileiro (LAVENÈRE-WANDERLEY, 1999).

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Os primeiros levantamentos florísticos na área de estudo e adjacências foram

publicados a partir da década de 1980 com os trabalhos de ARAUJO & HENRIQUE

(1984) na restinga de Itaipu, LOPES (1992) no Alto Mourão, MEIRELLES et al. (1999)

no Costão de Itacoatiara, FEVEREIRO & SANTOS (2001) na restinga de Itacoatiara e

BARROS (2008) na serra da Tiririca. Embora ainda existam outras áreas florestadas, as

informações florísticas estão disponíveis apenas em coleções de herbários que são muito

pobres em relação à flora do município de Niterói (BARROS, 2008).

Figura 8: Fotografia da vegetação atual de borda da lagoa (disponível no site:

http://guiserpa.multiply.com/photos/photo/125/ 30, acessado em 30/9/2008).

Figura 9: Fotografia da vegetação atual da encosta e de borda da lagoa (disponível

no site: http://guiserpa.multiply.com/photos/photo/125/41, acessado em 30/9/2008).

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5.4. CLIMA

O clima do município de Niterói, assim como de todo o estado do Rio de

Janeiro, é influenciado pela presença das massas de ar Equatorial Continental no verão e

Tropical Atlântico durante o restante do ano, além da passagem frequente de frentes

polares, principalmente durante a primavera. É enquadrado na zona climática das

planícies e maciços costeiros com precipitação média entre 1.000 e 1.500 mm/ano

(BARBIÉRE & COE-NETO 1999). A altitude, o relevo e a proximidade com o mar

influem sobre o comportamento dos fatores climáticos, proporcionando variações

localizadas (PREFEITURA MUNICIPAL DE NITERÓI, 1992).

De acordo com a classificação de Köppen, o clima é do tipo Aw, ou seja, quente

e úmido, com estação chuvosa no verão e seca no inverno. A direção predominante dos

ventos é NE podendo ter variações locais. Entretanto, ventos associados à entrada de

frentes frias, de maior intensidade e com direção SW exercem também grande

influência sobre os processos marinhos atuantes no sistema. (PREFEITURA

MUNICIPAL DE NITERÓI, 1992).

5.5. HISTÓRICO DE OCUPAÇÃO

A presença do homem na região é muita antiga surgindo a partir dos grupos

nômades pré-históricos que percorriam o litoral em busca de alimentos. Os primeiros

dados geocronológicos na região foram datados em cerca de 7.000 anos A.P (KNEIP &

PALLESTRINI 1984). O registro de sambaquis na região de Itaipu é um testemunho

dessa presença na área (KNEIP et al. 1980).

Com a chegada dos portugueses por volta de 500 anos atrás teve início um longo

período de exploração na região iniciada com pau-brasil, para extração do corante

vermelho brasilina. As regiões circunvizinhas à lagoa de Itaipu começaram a sofrer

transformações ambientais significativas com os ciclos da cana-de-açúcar no século

XVII e do café do século XVIII, que promoveram grande devastação da vegetação

nativa. O processo de devastação e agravamento ambiental continuou pelos séculos

seguintes, culminando com os empreendimentos imobiliários realizados pela VEPLAN

a partir de 1973 (BARROS, 2008).

Na década de 1970, a urbanização foi acelerada pela construção da Ponte Rio-

Niterói, ligando os municípios do Rio de Janeiro a Niterói, intensificando os fluxos

migratórios para a região e para a Região dos Lagos (BARROS & SEOANE 1999). A

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criação do canal permanente ligando a lagoa de Itaipu ao mar em 1975 modificou

ambientalmente e socialmente a região. A praia de Itaipu foi separada em duas porções,

a área denominada Camboinhas, ocupada por condomínios de alto padrão e uma

segunda porção denominada praia de Itaipu (BARROS & SEOANE 1999).

A falência da empresa imobiliária VEPLAN e a sua posterior incorporação pela

empresa imobiliária Mattos & Mattos trouxe inúmeros conflitos quanto ao uso do solo

na região, principalmente quanto a ocupação das áreas protegidas por Unidade de

Conservação na Região Oceânica de Niterói (BARROS et al., 2003).

Nas décadas seguintes, 80 e 90, do século XX a região apresentou as maiores

taxas de crescimento populacional, aumentando consideravelmente os problemas

ambientais e sociais, pela ocupação desordenada na área. As áreas onde a Mata

Atlântica resistiu passaram a sofrer com a pressão antrópica e a especulação imobiliária

cada vez mais evidente (BARROS et al., 2003).

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6. OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS

Esta tese de doutorado tem como objetivo contribuir para o conhecimento dos eventos

ambientais ocorridos durante a evolução da lagoa de Itaipu, refletindo-se na paisagem

do litoral do estado do Rio de Janeiro.

Com o auxílio das análises palinológicas foi possível:

Conhecer a vegetação pretérita e respectivas condições ambientais através da

identificação e das assembléias de tipos polínicos.

Correlacionar os resultados obtidos pelas análises palinológicas na área de estudo,

visando reconhecer semelhanças entre os processos ambientais encontrados ao

longo do tempo.

Estabelecer parâmetros comparativos entre a vegetação atual ocorrente no entorno

da lagoa e áreas adjacentes com as assembléias pretéritas do testemunho.

A escolha da lagoa de Itaipu se deu em função das transformações ocorridas no

litoral do Rio de Janeiro durante o Quaternário comprovadas por vários pesquisadores,

principalmente, por serem áreas sujeitas a possíveis variações de elevação do nível

médio do mar ao longo do tempo.

A vegetação do entorno, faz parte de um complexo lagunar, que ao ser

compreendido em sua dinâmica, elucidará processos de evolução do litoral. Além disso,

dados pleistocênicos costeiros de dinâmica de vegetação no Rio de Janeiro e no Brasil

são raros.

A lagoa de Itaipu se encontra em uma área abrigada, além de ser uma área

propícia a sedimentação e a deposição polínica.

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6.1. QUESTÕES A SEREM VERIFICADAS.

Existiriam mudanças na composição da vegetação da área de estudo no período

entre 38.490 anos A.P. até 7.180 anos A.P. quando a lagoa ficou definitivamente

instalada?

Existiriam alterações na composição da vegetação da área de estudo, como

consequência das oscilações climáticas e do nível do mar no intervalo de tempo

38.490 a 7.180 anos A.P?

Existiriam alterações na composição da vegetação da área de estudo, como

consequência da influência antrópica na região?

Existiriam semelhanças entre a vegetação encontrada nas amostras de superfície

de fundo e as vegetações identificadas ao longo do testemunho de sondagem?

Existiriam diferenças na deposição de palinomorfos nos sedimentos de

superfície de fundo de acordo com os ventos, batimetria e os fluxos aquáticos?

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7. MATERIAL E MÉTODOS

Os estudos palinológicos utilizam métodos de coleta e preparação de amostras

bem específicos. As técnicas a serem utilizadas irão depender da natureza das amostras

(solos, sedimentos lacustres, sedimentos marinhos, etc.).

Para as análises palinológicas foi utilizada a metodologia padrão proposta por

YBERT et al (1992) com modificações, a qual inclui procedimentos para a coleta,

amostragem, tratamento químico, contagem dos palinomorfos e apresentação dos

diagramas palinológicos.

7.1. MATERIAL

7.1.1. AMOSTRAS DE SEDIMENTOS DE SUPERFICIE DE FUNDO DA

LAGOA DE ITAIPU.

Foram estudadas seis amostras de superfície de fundo da lagoa de Itaipu,

alinhadas num “transect” conforme ilustrado na figura 4 e descritas como lamas fluídas.

Localização da amostras de superfície de fundo:

Amostra 1 (22º 96‟ 39‟‟ S e 43º 03‟ 75‟‟ W). Profundidade (0,70m).

Amostra 2 (22º 96‟ 22‟‟ S e 43º 03‟ 87‟‟ W). Profundidade (1,30m).

Amostra 3 (22º 95‟ 78‟‟ S e 43º 05‟ 23‟‟ W). Profundidade (1,50m).

Amostra 4 (22º 95‟ 86‟‟ S e 43º 04‟ 07‟‟ W). Profundidade (1,90m).

Amostra 5 (22º 95‟ 71‟‟ S e 43º 04‟ 14‟‟ W). Profundidade (1,50m).

Amostra 6 (22º 95‟ 57‟‟ S e 43º 04‟ 36‟‟ W). Profundidade (0,70m).

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7.1.2. TESTEMUNHO DA LAGOA DE ITAIPU

O testemunho (ITA /01) da lagoa de Itaipu foi coletado nas coordenadas

22º 95‟ 93‟‟ S e 43º 04‟ 38‟‟ W, sendo obtidas 16 amostras (Figura 10).

Figura 10: Fotografia do testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu

(Acervo do Laboratório de Palinologia).

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7.2. MÉTODOS

7.2.1. COLETA

Este procedimento foi realizado em duas etapas distintas: a coleta de sedimentos

de superfície de fundo e a coleta do testemunho de sondagem. Cada etapa apresenta um

objetivo específico: a coleta de sedimentos superficiais de fundo visa conhecer a

vegetação que ocorre atualmente na área de estudo. Já a coleta de um testemunho visa

conhecer a evolução vegetacional ocorrida ao longo do tempo geológico.

7.2.1.1. AMOSTRAS DE SUPERFÍCIE DE FUNDO

As amostras foram coletas ao longo de um “transect” com o auxílio de um

testemunhador de fundo do tipo Van-Veen (Figura 11) cedido pelo Laboratório de

Geologia Marinha da UFF (LAGEMAR) e distam uma das outras aproximadamente

100 m. Após a coleta com o testemunhador, as amostras foram colocadas em sacos

plásticos e devidamente identificadas para análise em laboratório.

Figura 11: Testemunhador de fundo tipo Van-Veen utilizado na

coleta das amostras de superfície de fundo (FIGUEIREDO, 2000).

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7.2.1.2. TESTEMUNHO DA LAGOA DE ITAIPU

A coleta do testemunho foi realizada com tubo de alumínio de 3,0m de

comprimento e 3,0 polegadas de diâmetro (Figura 12). O tubo de alumínio foi

devidamente preparado e inserido manualmente no fundo lagoa, sendo posteriormente

retido e devidamente vedado.

Figura 12: Fotografia da coleta do testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu em julho de 2005. (Acervo do Laboratório de Palinologia).

7.2.2. AMOSTRAGEM DO TESTEMUNHO

O testemunho foi aberto e descrito litologicamente em laboratório para posterior

retirada de amostras para análises palinológicas e cronológicas. (Figura 13).

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Figura 13: Fotografia da abertura do testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu no

Laboratório de Geologia Marinha da UFF (LAGEMAR) em setembro

de 2005 (Acervo do Laboratório de Palinologia).

7.2.3. DATAÇÕES RADIOMÉTRICAS

De acordo com MENDES (1984) chama-se datação, em Estratigrafia, ao

estabelecimento de idade de uma camada ou de uma associação de camadas e de

discordâncias ou outros vestígios de eventos geológicos que afetaram bacias

sedimentares. Em um sentido mais amplo a datação constitui o objeto de estudo da

Geocronologia.

Um dos problemas deste método diz respeito ao fato de terem ocorridas

modificações no equilíbrio de 14

C após as primeiras explosões atômicas impedindo,

assim, a utilização do método em idades mais recentes que o ano de 1950. Por isto,

todas as idades radiocarbônicas se referem a certo número de anos antes do presente

(A.P.), em que o presente é o ano de 1950 (MENDES, 1984; SALGADO-LABORIAU,

1994; 2007).

Foram escolhidos para esta tese níveis estratigráficos contendo matéria orgânica,

que foram amostrados e enviados para datação radiométrica ao laboratório Beta

Analytic (Flórida USA). Os resultados obtidos foram fundamentais para relacionar

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cronologicamente as variações ambientais interpretadas com base nas análises

palinológicas.

Objetivando obter as idades de sedimentos do testemunho ITA /01, foram

selecionadas para datação radiométrica (14

C) as seguintes amostras.

Sedimento a 160 cm de profundidade, correspondendo ao nível 1 do testemunho

ITA /01.

Sedimento a 130 cm de profundidade, correspondendo ao nível 4 do testemunho

ITA /01.

Sedimento a 110 cm de profundidade, correspondendo ao nível 6 do testemunho

ITA /01.

Sedimento a 75 cm de profundidade, entre os níveis 9 e 10 do testemunho ITA /01.

Sedimento a 30 cm de profundidade, correspondendo ao nível 14 do testemunho

ITA /01.

7.2.4. TRATAMENTO QUÍMICO

Para a recuperação de grãos de pólen e esporos, foi realizado um tratamento

químico complexo. De acordo com BARROS (2003), as técnicas empregadas no

tratamento químico visam eliminar parte da matéria orgânica, silicatos e carbonatos, que

poderiam interferir na identificação dos palinomorfos.

As amostras de superfície de fundo e as do testemunho de sondagem receberam

o tratamento químico especificado a seguir.

Colocação de 8,0 cm3 de sedimento em um béquer e introdução de 2 pastilhas de

esporo exótico (Lycopodium clavatum), contendo cada uma 12.100 esporos (amostras

de superfície de fundo) e 18.583 esporos (amostras do testemunho de sondagem), com o

objetivo de calcular a frequência absoluta dos palinomorfos (STOCKMARR, 1971);

Adição de água destilada ao sedimento, para dissolução das pastilhas de Lycopodium

clavatum;

Tamisação do material em malha de 250 µm, (para retirada de restos vegetais, areias

e outros materiais); transferência do material peneirado para tubo plástico de centrífuga;

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Adição de ácido fluorídrico a 40%, para eliminação de silicatos; manutenção em

repouso durante um período de 24 horas;

Adição de ácido clorídrico a 10%, para solubilização dos fluossilicatos formados na

reação anterior; fervura por 15 min;

Lavagem do material contido no tubo com 10 ml de água destilada (repetição desta

etapa);

Adição de ácido acético, para desidratação do material (repetição desta etapa);

Adição de 5 ml de mistura de acetólise: 4,5 ml de anidrido acético e 0,5 ml de ácido

sulfúrico, para dissolução de parte da matéria orgânica, em especial da celulose, e

acetilação da exina (Erdtman, 1952); fervura por 4 min.;

Lavagem do material contido no tubo com 10 ml de água destilada (repetição desta

etapa);

Tamisação em malha de 5µm por ultra-som durante 3 minutos e posterior

transferência do material retirado para tubos de centrífuga;

Adição de água glicerinada (1:1), mantendo em repouso por 30 min;

Ao final de cada etapa, centrifuga-se por 3 min com velocidade de 1.500 rpm.

Para cada amostra de superfície de fundo e do testemunho de sondagem foram

montadas 3 lâminas permanentes, utilizando-se gelatina glicerinada (KISSER, 1935

apud ERDTMAN, 1952) como segue:

- Retirada de material esporopolínico contido no fundo do tubo de centrífuga,

com o auxílio de um pedaço de gelatina glicerinada (cerca de meio milímetro cúbico)

espetado na ponta de um estilete, previamente flambado para evitar contaminação por

uso anterior;

- Transferência da gelatina glicerinada com os palinomorfos para uma lâmina de

microscopia;

- Aquecimento da lâmina em placa térmica para derreter a gelatina glicerinada,

homogeneizando-a com os palinomorfos, com o auxílio do estilete;

- Colocação de uma lamínula sobre a gelatina glicerinada; lutagem com parafina,

aquecendo a lâmina lentamente na placa térmica, fazendo com que a parafina penetre

por capilaridade entre a lâmina e a lamínula, sem que a gelatina glicerinada ferva;

- Deposição da lâmina, com a lamínula para baixo, sobre um papel de filtro e

posterior limpeza da lâmina com algodão embebido em álcool.

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- As lâminas montadas foram etiquetadas com as seguintes informações: nome

da localidade de estudo e data da preparação e o número da lâmina. O material

encontra-se arquivado na palinoteca do Laboratório de Palinologia (IGEO/UFRJ).

- Após a confecção das lâminas é adicionada glicerina ao sedimento restante no

tubo de centrífuga transferindo-o para um tubo Eppendorf, sendo os tubos devidamente

etiquetados com os dados das respectivas amostras. Este procedimento tem como

finalidade permitir, se necessário, a montagem de novas lâminas para leitura

palinológica.

7.2.5. LEITURA DAS LÂMINAS

A leitura das lâminas tem como finalidade identificar e contar os grãos de pólen e

esporos presentes nos sedimentos de superfície de fundo e dos níveis do testemunho

analisados. As contagens dos palinomorfos foram efetuadas, para cada amostra, em três

lâminas. Foram contados, no mínimo, e sempre que possível 300 grãos de pólen por

amostra (as do transect também). A leitura das lâminas foi realizada em microscópio de

luz transmitida Zeiss com objetivas de 10x, 20x e 40x para a contagem dos

palinomorfos e com a objetiva de 100x, como uso de óleo de imersão, para a

identificação dos palinomorfos.

A interpretação dos dados foi realizada através da análise das associações de

palinomorfos e não através de tipos polínicos isoladamente.

7.2.6. IDENTIFICAÇÃO E CONTAGEM DOS PALINOMORFOS

Os palinomorfos foram identificados baseando-se em suas características

morfológicas (número, tipo e posição de aberturas, tamanho, forma, tipo de superfície e

estratificação da exina), através da comparação com lâminas da coleção de referência

existente no Laboratório de Palinologia, ou seja, lâminas de grãos de pólen e esporos

acetolisados (em sua maioria já estudados morfologicamente) de espécies vegetais

taxonomicamente definidas. Foram também utilizadas, no processo de identificação,

publicações especializadas: BARROS, 1996, 2003; BARROS & BARTH, 1994;

BARROS et al., 1999; BARTH, 1980, 1982, 1989; BARTH et al., 1962-1976, 1975-

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1976, 1998; BEHLING, 1992; BOVE, 1993a, 1993b, 1994; BOVE & BARTH, 1992;

CARREIRA et al., 1996; CARREIRA & BARTH, 2003; COELHO, 1999;

COLINVAUX et al., 1999; GARCIA, 1994, 1997, 1998; HOOGHIEMSTRA, 1984;

LORSCHEITTER, 1988, 1989; LORSCHEITTER et al., 1998, 1999; LUZ, 1997; LUZ

& BARTH, 1999; 2000, MELHEM et al., 2003; MORETI et al., 2007; ROUBIK &

MORENO, 1991; SALGADO-LABOURIAU, 1973; SCHEEL & BARTH, 1995;

SCHEEL et al., 1996.

A demarcação dos palinomorfos encontrados nas lâminas, visando observações e

fotomicrografias posteriores, foi feita com o uso de uma lâmina marcadora, England

Finder, que apresenta em sua superfície coordenadas com associações alfanuméricas

(LUZ, 2003).

Muitas vezes, a identificação deu-se apenas ao nível de gênero ou de família,

sendo que o tipo polínico, isto é, a caracterização morfológica de um grão de pólen ou

esporo, pode compreender todas as espécies de um gênero, família, ou qualquer

agrupamento de espécies (BARTH & MELHEM, 1988). Entretanto, a interpretação dos

dados não ficou comprometida, pois esta foi realizada através da análise das associações

de palinomorfos e não através de tipos polínicos isolados.

7.2.7. APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS

Os resultados das análises palinológicas estão apresentados sob a forma de

diagramas de presença, percentagem e concentração (Figuras 15 a 40) sendo utilizados

para este fim os programas Tilia e Tilia-graph (GRIMM, 1987). Os diagramas

apresentam as colunas litológicas à esquerda, seguidas das curvas de cada tipo polínico

considerado importante para a interpretação dos dados. Os diagramas palinológicos

obtidos foram compostos de todas as amostras (superfície de fundo) e de todos os níveis

(testemunho de sondagem ITA /01) analisados, apresentando as curvas dos tipos

polínicos identificados.

O diagrama de pólen é uma técnica gráfica convencional iniciada por Von Post

no início do século XX e que é utilizado até hoje com adaptações e melhoramentos

(FAEGRI & IVERSEN, 1950 apud SALGADO-LABORIAU, 2007).

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DIAGRAMAS DE PRESENÇA

O diagrama expressa a presença dos tipos polínicos encontrados em cada amostra

e nível do testemunho evidenciando em qual deles houve maior riqueza de

palinomorfos.

DIAGRAMAS DE PERCENTAGEM

Os diagramas de percentagem fornecem informações sobre a frequência relativa dos

diferentes tipos de formações vegetais e seus representantes, em função de uma soma

polínica correspondente a 100%. A interpretação desses diagramas permite uma

visão geral da vegetação, ressaltando as mudanças do predomínio de um táxon para

outro em um determinado intervalo de tempo.

Nesta tese, a soma polínica inclui todos os grãos de pólen arbóreos e não-arbóreos e

excluiu os esporos de Pteridophyta e Bryophyta, Algas e Palinomorfos

Indeterminados.

Nos diagramas de percentagem, a ordenada representa a profundidade do nível

analisado e a abscissa corresponde à percentagem de cada tipo polínico

(COLINVAUX, 1993).

DIAGRAMAS DE CONCENTRAÇÃO

Os diagramas de concentração expressam o número de grãos de pólen e esporos por

centímetro cúbico ou grama de sedimento. Para a construção do diagrama, foram

adicionados tabletes com 18.583 unidades de esporos exóticos (Lycopodium

clavatum), ao volume de 8cm3 do sedimento. Após a montagem das lâminas, foram

contados os palinomorfos e os esporos exóticos marcadores, sendo, então,

estabelecida a concentração de cada palinomorfo a partir da seguinte equação

(COLINVAUX, 1993):

[ ] PM = ( nº PM contados X nº EE introduzidos

) ÷Volume de

sedimento nº EE contados

Onde:

PM = palinomorfos

EE = esporos exóticos

A grande vantagem da utilização da concentração é a eliminação da super-

representação e sub-representação dos palinomorfos, sendo então possível avaliar cada

tipo de palinomorfo de forma independente. Isto gera maior precisão na informação

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sobre o aporte dos palinomorfos no sedimento de cada localidade de estudo (BARROS,

2003).

Para melhor representar e interpretar os dados encontrados, os palinomorfos

identificados e contados foram classificados em formações vegetais (Floresta Pluvial,

Pioneiras de Mata, Campo, Brejo Herbáceo e Ampla Distribuição) de acordo com

as características ecológicas e com base nos levantamentos florísticos realizados por

BARROS (2008) para a serra da Tiririca no Município de Niterói, R.J, ou em grupos

taxonômicos (Pólen não Identificado, Palinomorfo Indeterminado,

Pteridophyta/Bryophyta e Algas).

Descrição dos grupos ecológicos e taxonômicos:

1- Floresta Pluvial – também chamada de Floresta Ombrófila Densa Atlântica, é

uma floresta sempre verde (perenifolia) que se situa em elevações montanhosas.

2- Pioneiras de Mata – são também conhecidas como primárias, tem crescimento

rápido, se desenvolvem bem a céu aberto e tem tempo de vida curto na floresta

entre 6 a 15 anos. Elas formam uma camada de sombra que servirá como

proteção ao crescimento das plantas secundárias.

3- Campo – compreende os taxa de comportamento oportunista, que infestam

áreas degradadas.

4- Brejo Herbáceo – compreende taxa adaptados a terrenos planos encharcados

que aparecem em zonas de alagamento dos rios. Sua vegetação é representada

por plantas herbáceas e de baixo porte.

5- Ampla Distribuição – compreende os taxa cujos tipos polínicos identificados

ao nível de família ou gênero podem pertencer a diversos ambientes.

6- Espécie Exótica – compreende as espécies introduzidas no ambiente.

7- Pteridophyta/Bryophyta – neste grupo foram incluídos esporos aletes,

monoletes e triletes, sem que houvesse identificação ao nível de

família/gênero/espécie.

8- Algas – foram incluídos neste grupo as algas que não foram identificadas a nível

de espécie, além de Botryococcus, Mougeotia e Zignemataceae.

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9- Microforaminíferos – são representados pelos revestimentos orgânicos internos

de testas de organismos marinhos encontrados em sedimentos tratados para

estudos palinológicos.

10- Pólen não Identificado – neste grupo foram reunidos os grãos de pólen que não

foram identificados em hierarquias taxonômicas inferiores a Classe, em função

da má preservação ou do desconhecimento do enquadramento taxonômico.

11- Palinomorfo Indeterminado – neste grupo foram reunidos os microfósseis não

identificados em hierarquias taxonômicas inferiores a Divisão, principalmente

em função da má preservação.

O termo zona palinológica foi usado informalmente para nomear biozonas cujos

limites foram definidos com base em condições ambientais, fornecidas pelo conjunto

palinológico. Em conseqüência, os limites destas biozonas são correlacionáveis apenas a

condições ecológicas e não a intervalos de tempo, não sendo necessariamente isócronas

(BARROS, 2003).

7.2.8. FOTOMICROGRAFIAS

As fotomicrografias foram obtidas em câmera digital Canon PowerShot A 640,

acoplada a um microscópio PrimoStar (Zeiss). Foi utilizado um aumento constante de

1.000x. Os palinomorfos mais representativos dos níveis e amostras analisadas foram

ilustrados em pranchas (Anexo I).

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8. RESULTADOS

8.1. DATAÇÕES RADIOMÉTRICAS.

A análise cronológica (Quadro I) foi obtida através de datações por radiocarbono

(14

C) de amostras retiradas de cinco diferentes profundidades do testemunho ITA /01.

As datações foram realizadas no Laboratório Beta Analytic Inc. (Flórida, Estados

Unidos da América). Foram encontrados os seguintes resultados:

Quadro I: Datações realizadas no Laboratório Beta Analytic Inc.

Código/referência

do Laboratório

Idade 14

C

Profundidade no

Testemunho ITA /01

Natureza da

Amostra

Beta 212780 7.180 ± 60 anos A.P 030 – 033 cm Lama com matéria

orgânica vegetal.

Beta 215781 29.350 ± 590 anos A.P 075 – 078 cm Lama cinza escuro

Beta 215782 31.100 ± 310 anos A.P 110 – 113 cm Lama bioturbada

Beta 215783

31.440 ± 530 anos A.P 130 – 133 cm Turfa

Beta 215784 38.490 ± 940 anos A.P

160 – 166 cm Lama com matéria

orgânica vegetal.

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8.2. DESCRIÇÃO LITOLÓGICA

A descrição litológica do testemunho ITA /01 (Figura 14) foi realizada pelo

professor Cleverson Guizan Silva no LAGEMAR/UFF.

Figura 14: Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

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8.3. PALINOLOGIA

8.3.1. AMOSTRAS DA SUPERFÍCIE DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DE UM

“TRANSECT” DA LAGOA DE ITAIPU (Tabelas 1 a 3; Figuras 15 a 28).

Foram analisadas 6 amostras de um “transect” efetuado segundo a direção SE-

NW na lagoa de Itaipu.

Nas amostras de superfície, os palinomorfos encontrados estão bem preservados

em sua maioria. Os tipos palinológicos e os tipos de vegetação respectivos identificados

estão discriminados na Tabela 1.

Amostra 1 (localizada a 43º03‟75‟‟W e 22º96‟39‟‟S).

Foram encontrados nesta amostra 42 tipos polínicos. A vegetação de Campo

(38,2% - 6.565 grãos de pólen de pólen/cm3) foi a predominante constando de 6 tipos

polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae 0,4%, Asteraceae 2,8%, Poaceae 33%, Borreria

1,6%, Lindernia 0,2%, Urticaceae 0,2%.

A vegetação de Mata Pluvial (19,4% - 3334.4 grãos de pólen de pólen/cm3) tem

como representantes: Schinus, Annonaceae, Araceae, Arecaceae, Bauhinia forficata,

Clethra, Sebastiania, Machaerium, Flacourtiaceae, Lecythidaceae, Rapanea,

Myrtaceae, Sapotaceae e Chrysophyllum.

Nas Pioneiras de Mata (4,2% - 721.9 grãos de pólen/cm3), foram encontrados 4

tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae, Mimosa e Trema.

Na vegetação de Brejo Herbáceo foram identificados (16.0% - 2750.0 grãos de

pólen/cm3) 5 tipos polínicos: Cyperaceae, Desmodium, Scrophulariaceae, Smilax e

Typha.

A vegetação de Ampla Distribuição (6,0% - 1031.2 grãos de pólen/cm3) aparece

nesta amostra com 13 tipos polínicos: Apocynaceae, Bignoniaceae, Euphorbiaceae,

Sapium, Fabaceae, Malpighiaceae, Mimosaceae, Oxalidaceae, Rubiaceae, Randia,

Rutaceae, Solanaceae e Turnera.

O Pólen não Identificado corresponde a 16,2%, Pteridophyta/Bryophyta 36,2%,

Microforaminífero 1,0% e Palinomorfo não Identificado 7,2%.

Amostra 2, localizada a (43º03’87’’W e 22º96’22’’S).

Dentre as amostras analisadas, esta possui a maior riqueza de tipos polínicos de

todas as amostras de superfície de fundo, compreendendo 51 tipos polínicos. A

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vegetação de Campo (39,9% - 7.700 grãos de pólen/cm3) é representada nesta amostra

por: Gomphrena 0,3%, Asteraceae 3,4%, Poaceae 30,7%, Polygonum 0,1%, Borreria

5,1% e Spermacoce tenuir 0,1%.

A vegetação de Mata Pluvial (17,0% - 3.275 grãos de pólen/cm3) é representada

por 15 tipos polínicos: Anacardiaceae, Lithrea, Ilex, Arecaceae, Cassia, Peltogyne,

Hedyosmum, Sebastiania, Machaerium, Flacourtiaceae, Lecythidaceae, Rapanea,

Myrtaceae, Sapotaceae e Symplocos nitens.

Foram encontrados em Pioneiras de Mata (5,1% - 975 grãos de pólen/cm3) 9

tipos polínicos: Cecropia, Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae, Mimosa,

Pithecolobium, Piperaceae, Piper, Celtis e Trema.

Na vegetação de Brejo Herbáceo (20.3% - 3925.0 grãos de pólen/cm3) foram

identificados 5 tipos polínicos: Apiaceae, Cyperaceae, Onagraceae, Scrophulariaceae e

Typha.

No grupo ecológico Ampla Distribuição (7.0% - 1350.0 grãos de pólen/cm3),

foram encontrados 15 tipos polínicos: Apocynaceae, Prestonia, Bignoniaceae,

Caesalpiniaceae, Cassia, Convolvulaceae, Euphorbiaceae, Cleidion, Sapium, Fabaceae,

Malphighiaceae, Mimosa, Rubiaceae, Solanaceae e Verbenaceae.

Espécie Exótica (0,1% - 25.0 grãos de pólen/cm3) aparece pela primeira e única

vez nas amostras analisadas, sendo representada pelo tipo polínico Leucaena

pertencente à família Fabaceae.

Pólen não Identificado 10,6%, Pteridophyta/Bryophyta 19,2%,

Microforaminífero 0,6% e Palinomorfo Indeterminado 1,2% também foram encontrados

nesta amostra.

Amostra 3, localizada a (43º05’23’’W e 22º05’78’’S).

A vegetação de Campo (39,9% - 4.932 grãos de pólen/cm3) continua com

domínio nessa amostra tendo 5 tipos polínicos identificados: Asteraceae 4,7%, Poaceae

32,1% e Borreria 2,1%.

Foram encontrados nesta amostra 30 tipos polínicos, entre eles 14 tipos polínicos

de Mata Pluvial (28,5% - 3.616 grãos de pólen/cm3): Anacardiaceae, Schinus, Tapirira,

Philodendron, Arecaceae, Arrabidae, Protium, Cassia, Peltogyne, Hedyosmum,

Sebastiania, Lecythidaceae, Rapanea e Myrtaceae.

No grupo ecológico Pioneiras de Mata (5,7% - 723.4 grãos de pólen/cm3) foram

encontrados 3 tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae e Piperaceae.

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Na vegetação de Brejo Herbáceo (14.5% - 1841.3 grãos de pólen/cm3), foram

encontrados 2 tipos polínicos: Cyperaceae e Typha.

Ampla Distribuição (7.3% - 920.7 grãos de pólen/cm3) aparece nessa amostra

com 6 tipos polínicos: Apocynaceae, Caesalpiniaceae, Convolvulaceae, Euphorbiaceae,

Fabaceae e Rubiaceae.

Pólen não Identificado 5,2%, Pteridophyta/Bryophyta 16,1%, Algas 1,6%, que

aparecem pela primeira vez nas amostras e Palinomorfo não Identificado 2,1% também

são grupos constituintes desta amostra.

Amostra 4, localizada a (43º04’07’’W e 22º95’86’’S).

Nesta amostra, foram identificados 36 tipos polínicos. A vegetação de Campo

(49,3% - 19.925 grãos de pólen/cm3) domina e tem os maiores valores de percentagem e

concentração de todas as amostras analisadas tendo como tipos representantes nessa

amostras: Amaranthus/Chenopodiaceae 0,2%, Asteraceae 3,3%, Poaceae 43,3% e

Borreria 2,6%.

A vegetação de Mata Pluvial (18,9% -7.628.3 grãos de pólen/cm3) aparece com

15 tipos polínicos: Anacardiaceae, Schinus, Philodendron, Arecaceae, Bauhinia, Clusia,

Rheedia, Machaerium, Lecythidaceae, Meliaceae, Rapanea, Myrtaceae, Podocarpus,

Polygonaceae e Zanthoxylum.

No grupo Pioneiras de Mata (4,1% - 1.644 grãos de pólen/cm3), foram

encontrados os tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae, Mimosa,

Piperaceae e Trema.

Na vegetação de Brejo Herbáceo (13.3% - 5392.4 grãos de pólen/cm3) foram

encontrados identificados os seguintes tipos polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae,

Cyperaceae, Onagraceae e Typha.

Em Ampla Distribuição (4.4% - 1775.5 grãos de pólen/cm3) foram identificados

os seguintes tipos polínicos. Apocynaceae, Philodendron, Bignoniaceae, Euphorbiaceae,

Fabaceae, Malpighiaceae, Mimosa, Phytolaccaceae, Polygonaceae, Rubiaceae e

Solanaceae. Pólen não Identificado 10,1%, Pteridophyta/Bryophyta, 12,2% e

Palinomorfo não Identificado 1,3% estão presentes nessa amostra.

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Amostra 5, localizada a (43º04’14’’W e 22º95’71’’S).

Foram identificados nesta amostra 32 tipos polínicos. O grupo ecológico Campo

(48,0% - 11.612 grãos de pólen/cm3) mantém o domínio sobre os demais grupos

ecológicos, alcançando nesta amostra a maior percentagem dentre as demais amostras.

A vegetação de Mata Pluvial (13,3% - 3.220 grãos/cm3) é representada por 15

tipos polínicos: Schinus, Ilex, Araceae, Dendropanax, Arecaceae, Cassia, Clethra,

Machaerium, Lecythidaceae, Lecythis, Meliaceae, Myristicaceae, Rapanea, Myrtaceae e

Coccoloba.

Em Pioneiras de Mata (6,0% -1.463 grãos de pólen/cm3) foram identificados os

tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae, Mimosa, Piperaceae e

Trema.

Na vegetação de Brejo foram identificados os tipos polínicos Cyperaceae,

Scrophulariaceae e Typha.

Nesta amostra, foram identificados em Ampla Distribuição 4 tipos polínicos:

Apocynaceae, Caesalpiniaceae, Euphorbiaceae e Fabaceae.

Pólen não Identificado 7,7%, Pteridophyta/Bryophyta 20,6% e Palinomorfo não

Identificado 0,4% também são grupos ecológicos presentes nesta amostra.

Amostra 6, localizada a (43º04’36’’W e 22º95’57’S).

Nesta amostra, foram encontrados 37 tipos polínicos. Em Campo (40,3% - 3.840

grãos de pólen/cm3) foram encontrados: Gomphrena 0,7%,

Amaranthus/Chenopodiaceae 0,5%, Asteraceae 7,0%, Poaceae 27,3% e Borreira 5,0%.

A vegetação de Mata Pluvial (14,4% -1.373 grãos de pólen/cm3) tem nesta

amostra maior riqueza de espécies, sendo encontrados: Anacardiaceae, Lithrea,

Tapirira, Ilex, Araceae, Arecaceae, Bromeliaceae, Hedyosmum, Machaerium,

Lecythidaceae, Meliaceae, Fleurya, Ardisia, Rapanea, Myrtaceae, Podocarpus,

Zanthoxylum e Cupania.

Em Pioneiras de Mata (2,9% - 278,9 grãos de pólen de pólen/cm3) foram

identificados os seguintes tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae,

Mimosa e Piptadenia.

A vegetação de Brejo Herbáceo (31.3% - 2.982 grãos de pólen/cm3) tem seu

maior percentual de todas as amostras analisadas, sendo encontrados os tipos polínicos:

Apiaceae, Cyperaceae, Onagraceae, e Typha.A vegetação de Ampla Distribuição (1.8%

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- 171.6 grãos de pólen/cm3) é representada pelos tipos polínicos: Apocynaceae,

Araliaceae, Caesalpiniaceae, Iridaceae, Moraceae e Rubiaceae.

Pólen não Identificado 9,2%, Pteridophyta/Bryophyta 16,0% e Palinomorfo não

Identificado 2,3% também são encontrados nesta amostra.

Tabela 1: Lista dos tipos palinológicos identificados nas amostras de superfície de fundo (grãos

de pólen, esporos e algas) e respectivos tipos de vegetação nos quais foram enquadrados.

FLORESTA PLUVIAL

Anacardiaceae FLORESTA PLUVIAL

CAMPO

Lithrea (Anacardiaceae) Rapanea (Myrsinaceae) Gomphrena (Amaranthaceae)

Schinus (Anacardiaceae) Myrtaceae Amaranthus/Chenopodiaceae

Tapirira (Anacardiaceae) Podocarpus (Podocarpaceae) Asteraceae

Annonaceae Coccoloba (Polygonaceae) Poaceae

Ilex (Aquifoliaceae) Zanthoxylum (Rutaceae) Polygonum (Polygonaceae)

Araceae Cupania (Sapindaceae) Borreria (Rubiaceae)

Philodendron (Araceae) Chrysophyllum (Sapotaceae) Spermacoce tenuir

(Rubiaceae)

Dendropanax (Araliaceae) Simplocos nitens

(Symplocaceae)

Lindernia (Scrophulariaceae)

Arecaceae Turnera (Turneraceae) Urticaceae

Arrabidea (Bignoniaceae) Fleurya (Urticaceae)

Bromeliaceae

Protium (Burseraceae)

Hedyosmum (Chloranthaceae) PIONEIRAS DE MATA BREJO HERBÁCEO Clethra (Clethraceae) Cecropia (Cecropiaceae) Apiaceae

Clusia (Clusiaceae) Alchornea (Euphorbiaceae) Cyperaceae

Rheedia (Clusiaceae) Pithecolobium (Fabaceae-

Mimosoideae)

Desmodium (Fabaceae-

Faboideae)

Sebastiania (Euphorbiaceae) Mimosa (Fabaceae-

Mimosoideae)

Onagraceae

Bauhnia (Fabaceae-

Caesalpinioideae)

Piptadenia (Fabaceae-

Mimosoideae)

Scrophulariaceae

Bauhnia forficata (Fabaceae-

Caesalpinioideae)

Piperaceae Bacopa (Scrophulariaceae)

Machaerium (Fabaceae-

Caesalpinioideae)

Piper (Piperaceae) Scoparia (Scrophulariaceae)

Peltogyne (Fabaceae-

Caesalpinioideae)

Melastomataceae/Combretaceae Smilax (Smilacaceae)

Flacourtiaceae Celtis (Ulmaceae) Typha (Typhaceae)

Lecythidaceae Trema (Ulmaceae)

Lecythis (Lecythidaceae)

Meliaceae

Myristicaceae

Ardisia (Myrsinaceae)

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Tabela 1: (Continuação).

AMPLA DISTRIBUIÇÃO EXÓTICO

Apocynaceae

Prestonia (Apocynaceae) Fabaceae-Mimosoideae

Leucaena

Araliaceae

Bignoniaceae

Fabaceae-Caesalpiniodeae PÓLEN NÃO IDENTIFICADO

Convolvulaceae

Cleidium (Euphorbiaceae)

Sapium (Euphorbiaceae) PTERIDOPHYTA/BRYOPHYTA

Fabaceae Bryophyta

Iridaceae Monolete

Malphighiaceae Anemia (Schizaeaceae)

Fabaceae-Mimosoideae Trilete

Moraceae

Oxalidaceae

Phytolaccaceae ALGAS

Randia (Rubiaceae) Algae

Rutaceae

Solanaceae

Turnera (Turneraceae) MICROFORAMINÍFERO

Verbenaceae

PALINOMORFO INDETERMINADO

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Tabela 2: Percentagem dos palinomorfos encontrados nas análises das amostras

de superfície de fundo (dados resumidos)

Agrupamentos

Amostra

1

%

Amostra

2

%

Amostra

3

%

Amostra

4

%

Amostra

5

%

Amostra

6

%

Floresta Pluvial

19.4

17.0

28.5

18.9

13.3

14.4

Pioneiras de Mata

4.2 5.1 5.7 4.1 6.0 2.9

Campo 38.2 39.9 38.9 49.3 48.0 40.3

Brejo Herbáceo 16.0 20.3 14.5 13.3 20.6 31.3

Ampla Distribuição

6.0 7.0 7.3 4.4 4.4 1.8

Exótica

0.0 0.1 0.0 0.0 0.0 0.0

Algas

0.0 0.0 1.6 0.0 0.0 0.0

Microforaminífero

1.0 0.6 0.0 0.0 0.0 0.0

Pteridophyta/Bryophyta

36.2 19.2 16.1 12.2 20.6 16.0

Pólen não Identificado

16.2 10.6 5.2 10.1 7.7 9.2

Palinomorfo Indeterminado

7.2 1.2 2.1 1.3 0.4 2.3

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Tabela 3: Concentração dos palinomorfos/cm3 encontrados nas análises das

amostras de superfície de fundo (dados resumidos)

Agrupamentos

Amostra

1

Amostra

2

Amostra

3

Amostra

4

Amostra

5

Amostra

6

Floresta Pluvial

3334.4

3275.0

3616.8

7628.3

3220.2

1373.0

Pioneiras de Mata

721.9 975.0 723.4 1644.0 1463.7 278.9

Campo 6565.6 7700.0 4932.1 19925.5 11612.1 3840.2

Brejo Herbáceo 2750.0 3925.0 1841.3 5392.4 4976.6 2982.1

Ampla Distribuição

1031.2 1350.0 920.7 1775.5 1073.4 171.6

Exótica

0.0 25.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Algas

0.0 0.0 197.3 0.0 0.0 0.0

Microforaminífero

171.9 125.0 0.0 0.0 0.0 0.0

Pteridophyta/Bryophyta

6221.9 3700.0 2038.6 4932.1 4976.6 1523.2

Pólen não Identificado

2784.4 2050.0 657.6 4077.2 1854.0 879.6

Palinomorfo Indeterminado

1237.5 225.0 263.0 526.1 97.6 241.5

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55

Fig

ura

15:

Dia

gra

ma

de

pre

sen

ça d

os

pal

inom

orf

os

enco

ntr

ados

nas

am

ost

ras

de

super

fície

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lag

oa

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Itai

pu

(P

arte

I).

dd

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Fig

ura

16:

Dia

gra

ma

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pre

sença

dos

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os

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ados

nas

am

ost

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Itai

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arte

II)

.

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57

Fig

ura

17:

Dia

gra

ma

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pre

sen

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os

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orf

os

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ntr

ados

nas

am

ost

ras

de

super

fíci

e de

fun

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da

lag

oa

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Itai

pu

(P

arte

III

).

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Figura 18: Diagrama de percentagem dos grupos ecológicos encontrados nas amostras

de superfície de fundo da lagoa de Itaipu.

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59

Figura 19: Diagrama de percentagem dos táxons mais representativos nas vegetações de

Floresta Pluvial e Pioneiras de Mata.

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60

Figura 20: Diagrama de percentagem dos táxons mais representativos das vegetações

de Campo e Brejo Herbáceo.

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61

Figura 21: Diagrama de percentagem dos táxons mais representativos dos grupos

ecológicos Ampla Distribuição e Pteridophyta/Bryophyta.

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Figura 24: Diagrama de concentração dos principais táxons representativos da

vegetação Pioneiras de Mata.

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Figura 25: Diagrama de concentração dos táxons mais representativos na vegetação de

Campo.

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Figura 26: Diagrama de concentração dos táxons mais representativos da

vegetação Brejo Hérbáceo.

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Figura 27: Diagrama de concentração dos táxons mais representativos do grupo

ecológico Ampla Distribuição.

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Figura 28: Diagrama de concentração dos palinomorfos mais representativos do grupo

Pteridophyta/Bryophyta.

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69

8.3.2. AMOSTRAS DE SEDIMENTOS DO TESTEMUNHO DE SONDAGEM

ITA /01 DA LAGOA DE ITAIPU (Tabelas 4 a 6; Figuras 29 a 40).

Foram analisados os seguintes níveis do testemunho:

Nível 01 (160 a 162cm).

Foram encontrados neste nível 34 tipos polínicos. A vegetação de Floresta

Pluvial (15.5% - 13.616 grãos de pólen/cm3) tem como representantes 12 tipos

polínicos: Ilex, Hedyosmum, Machaerium, Xylosma, Lecythidaceae, Myrsinaceae,

Rapanea, Myrtaceae, Physalis, Rinorea e Callisthene.

Em Pioneira de Mata (3.3% - 2.883 grãos de pólen/cm3) foram identificados 3

tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae, Trema.

Na vegetação de Campo (49.5% - 43.413 grãos de pólen/cm3) foram encontrados

5 tipos polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae 0.2%, Asteraceae 6.6%, Chamaesyce

0.2%, Poaceae 40.4% e Borreria 2.2%.

Em Brejo Herbáceo (18.6 % - 16.340 grãos de pólen/cm3) foram identificados

neste nível 4 tipos polínicos: Cyperaceae, Scrophulariaceae, Scoparia e Typha.

O grupo ecológico Ampla Distribuição (3.7% - 3.204 grãos de pólen/cm3)

aparece neste nível com 4 tipos polínicos: Apocynaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae e

Rubiaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 9.3%, Pteridophyta/Bryophyta 11.9%,

Algas 0.2 % e Palinomorfo Indeterminado 3.5%.

Nível 02 (150 a 152cm).

Neste nível, foram encontrados 21 tipos polínicos, a vegetação de Mata (26% -

9.807 grãos de pólen/cm3) tem como representantes neste nível 7 tipos polínicos:

Tachigali, Machaerium, Lecythidaceae, Myrsinaceae, Rapanea, Myrtaceae e

Sapindaceae.

Pioneira de Mata (9.1% - 3.441 grãos de pólen/cm3) aparece neste nível com 3

tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae e Trema.

Em Campo (47.9% - 18.066 grãos de pólen/cm3) foram identificados 4 tipos

polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae 0,5%, Asteraceae 4.1%, Poaceae 41.1% e

Borreria 2.3%.

Na vegetação de Brejo Herbáceo (9.1% - 9.807 grãos de pólen/cm3) foram

encontrados 3 tipos polínicos: Cyperaceae, Scrophulariaceae e Typha.

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Ampla Distribuição (2.7% - 1.032 grãos de pólen/cm3) aparece neste nível com

12 tipos polínicos: Fabaceae, Liliaceae, Rubiaceae e Solanaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 5.0%, Pteridophyta/Bryophyta 6.4%,

Palinomorfo Indeterminado 1.4% também foram identificados neste nível.

Nível 03 (140 a 142cm).

Foram encontrados neste nível 36 tipos polínicos. A vegetação de Floresta

Pluvial (3.0% - 7.079 grãos de pólen/cm3) tem como representantes 17 tipos polínicos:

Arecaceae, Tabebuia, Hedyosmum, Lecythidaceae, Polygonaceae e Coccoloba.

Em Pioneira de Mata (0.7% - 1.548 grãos de pólen/cm3) foi identificado um tipo

polínico: Melastomataceae/Combretaceae.

Na vegetação de Campo (90.7% - 214.589 grãos de pólen/cm3) foram

identificados 2 tipos polínicos: Asteraceae 0.6% e Poaceae 90.1%.

Brejo Herbáceo (3.6% - 8.627 grãos de pólen/cm3) aparece neste nível com 3

tipos polínicos: Cyperaceae, Scrophulariaceae e Typha.

No grupo ecológico Ampla Distribuição (0.6% - 1.327 grãos de pólen/cm3)

foram identificados 5 tipos polínicos: Apocynaceae, Araliaceae, Bombacaceae,

Euphorbiaceae e Solanaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 1.5%, Pteridophyta/Bryophyta 54.1% e

Algas 0.1% foram encontrados neste nível.

Nível 04 (130 a 132cm).

Neste nível, foram encontrados 51 tipos polínicos, a vegetação de Mata (11.6% -

57.460 grãos de pólen/cm3) tem como representantes neste nível 26 tipos polínicos:

Herpetacanthus, Ilex, Araceae, Arecaceae, Tabebuia, Bromeliaceae, Bauhnia,

Capparidaceae, Hedyosmum, Cucurbitaceae, Weinmania, Machaerium, Lecythidaceae,

Meliaceae, Menispermaceae, Myrsinaceae, Rapanea, Myrtaceae, Nictaginaceae, Neea,

Polygonaceae, Coccoloba, Phytolacca, Psychotria, Sapindaceae e Thymeliaceae.

No grupo ecológico Pioneira de Mata (1.1% - 5.739 grãos de pólen/cm3)

apresenta neste nível como tipo polínico apenas Melastomataceae/Combretaceae.

Em Campo (78.2% - 378.775 grãos de pólen/cm3) foram identificados 5 tipos

polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae, Asteraceae 12.8%, Poaceae 64.5%, Borreria

0.8% e Urticaceae.

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Na vegetação de Brejo Herbáceo (3.6% - 17.849 grãos de pólen/cm3) foram

encontrados 6 tipos polínicos: Alismataceae, Cyperaceae, Onagraceae,

Scrophulariaceae, Scoparia e Typha.

Ampla Distribuição (3.3% - 16.382 grãos de pólen/cm3) aparece neste nível com

12 tipos polínicos: Apocynaceae, Bignoniaceae, Euphorbiaceae, Acalypha, Fabaceae,

Iridaceae, Malvaceae, Pavonia, Oxalidaceae, Rubiaceae, Rutaceae e Solanaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 2.3%, Pteridophyta/Bryophyta 3.8% e

Palinomorfo Indeterminado 0.7% foram identificados neste nível.

Nível 05 (120 a 122cm).

Foram encontrados neste nível 36 tipos polínicos. A vegetação de Floresta

Pluvial (13.7% - 204.413 grãos de pólen/cm3) tem como representantes 17 tipos

polínicos: Anacardiaceae, Ilex, Tabeluia, Bromeliaceae, Cleome, Hedyosmum,

Machaerium, Lecythidaceae, Rapanea, Myrtaceae, Neea, Phytolacca, Psychotria,

Sapindaceae, Rinorea.

Em Pioneira de Mata (0.5% - 7.742 grãos de pólen/cm3) foi identificado neste

nível apenas um tipo polínico: Melastomataceae/Combretaceae.

Na vegetação de Campo (74.6% - 1.113.431 grãos de pólen/cm3) foram

identificados 4 tipos polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae 0.1%, Asteraceae 19.6%,

Poaceae 54.1% e Borreria 0.7%.

Brejo Herbáceo (4.8% - 71.234 grãos de pólen/cm3) aparece neste nível com 5

tipos polínicos: Cyperaceae, Onagraceae, Scrophulariaceae, Scoparia e Typha.

No grupo ecológico Ampla Distribuição (3.1% - 46.457 grãos de pólen/cm3)

foram identificados 9 tipos polínicos: Apocynaceae, Secondatia, Araliaceae,

Bignoniaceae, Boraginaceae, Fabaceae, Malvaceae, Oxalidaceae e Rubiaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 3.3%, Pteridophyta/Bryophyta 9.3%,

Algas 0.4% e Palinomorfo Indeterminado 0.8% foram encontrados neste nível.

Nível 06 (110 a 112cm).

Neste nível, foram encontrados 51 tipos polínicos, a vegetação de Mata (17.7% -

2.873 grãos de pólen/cm3) tem como representantes neste nível 22 tipos polínicos: Ilex,

Araceae, Arecaceae, Arrabidea, Tabebuia, Bromeliaceae, Bauhnia, Caesalpinia,

Cleome, Cucurbitaceae, Machaerium, Lecythidaceae, Meliaceae, Rapanea, Myrtaceae,

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Nictaginaceae, Heisteria, Podocarpus, Polygonaceae, Psychotria, Sapindaceae e

Thymeliaceae.

Pioneiras de Mata (1.0% - 161 grãos de pólen/cm3) apresenta neste nível 4 tipos

polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae, Celtis e Trema.

Em Campo (65.9% - 10.714 grãos de pólen/cm3) foram identificados 5 tipos

polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae 0.1%, Asteraceae 15.6%, Hyptis 0.2%, Poaceae

48.9% e Borreria 1.2%.

Na vegetação de Brejo Herbáceo (1.0% - 161 grãos de pólen/cm3) apresentou

neste nível 7 tipos polínicos: Alismataceae, Cyperaceae, Onagraceae, Scrophulariaceae,

Bacopa, Scoparia e Typha.

Ampla Distribuição (% - 161 grãos de pólen/cm3) 13 tipos polínicos:

Apocynaceae, Bignoniaceae, Bombacaecae, Caesalpiniaceae, Convolvulaceae,

Euphorbiaceae, Fabaceae, Iridaceae, Malvaceae, Oxalidaceae, Rubiaceae, Solanaceae e

Tiliaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 4.2%, Pteridophyta/Bryophyta 14.1%,

Algas 0.2% e Palinomorfo Indeterminado 0.7% também foram identificados neste nível.

Nível 07 (100 a 102cm).

Foram identificados neste nível 53 tipos polínicos. A vegetação de Floresta

Pluvial (21.1% - 87.465 grãos de pólen/cm3) tem como representantes 25 tipos

polínicos: Lacmellea, Ilex, Araceae, Arecaceae, Mauritia, Cybistax, Bromeliaceae,

Bauhinia, Bauhia forficata, Cassia, Cleome, Hedyosmum, Clusiaceae, Cucurbitaceae,

Machaerium, Lecythidaceae, Loranthaceae, Rapanea, Myrtaceae, Nictaginaceae,

Podocarpus, Polygonaceae, Psychotria, Sapindaceae, Symplocos celastrinea.

Em Pioneira de Mata (1.2% - 4.824 grãos de pólen/cm3) foram identificados 4

tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae, Celtis e Trema.

A vegetação de Campo (72.3% - 300.276 grãos de pólen/cm3) apresenta neste

nível 6 tipos polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae, Asteraceae 15.4%, Dalechampia,

Poaceae 54.9%, Borreria 2.0% e Lindernia.

Brejo Herbáceo (2.2% - 8.934 grãos de pólen/cm3) aparece neste nível com 5

tipos polínicos: Cyperaceae, Onagraceae, Scrophulariaceae, Scoporia e Typha.

O grupo ecológico Ampla Distribuição (2.0% - 8.308 grãos de pólen/cm3)

aparece neste nível com 13 tipos polínicos: Amaryllidaceae, Apocynaceae, Araliaceae,

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Bignoniaceae, Convolculaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Iridaceae, Oxalidaceae,

Rubiaceae, Rutaceae, Solanaceae e Verbenaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 1.3%, Pteridophyta/Bryophyta 3.4%,

Algas 0.1% e Palinomorfo Indeterminado 0.2% também são encontrados neste nível.

Nível 8 (90 a 92cm).

Neste nível, foram encontrados 43 tipos polínicos, a vegetação de Mata (12.8% -

222.479 grãos de pólen/cm3) tem como representantes neste nível 18 tipos polínicos:

Anacardiaceae, Schinus, Ilex, Arecaceae, Cordia, Bauhnia forficata, Cassia, Cleome,

Hedyosmum, Weinmania, Machaerium, Lecythidaceae, Myrsinaceae, Rapanea,

Myrtaceae, Podocarpus, Sapindaceae, Symplocos celastrinea.

Em Pionerias de Mata (1.1% - 19.099 grãos de pólen/cm3) foram encontrados 3

tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae e Celtis.

A vegetação de Campo (80.5% - 1.399.403 grãos de pólen/cm3) apresentou 5

tipos polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae 0.1%, Asteraceae 7.9%, Lamiaceae 0,1%,

Poaceae 70.2% e Borreria 2.3%.

Em Brejo Herbáceo (1.9% - 33.036 grãos de pólen/cm3) foram identificados 6

tipos polínicos: Cyperaceae, Utricularia, Ludwigia, Scrophulariaceae, Scoparia e

Typha.

O grupo ecológico Ampla Distribuição (2.3% - 40.779 grãos de

pólen/cm3)apresenta neste nível 11 tipos polínicos: Apocynaceae, Bignoniaceae,

Caesalpiniaceae, Convolvulaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Malvaceae, Oxalidaceae,

Rubiaceae, Rutaceae e Solanaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 1.3%, Pteridophyta/Bryophyta 4.7% e

Palinomorfo Indeterminado 0.1% também são encontrados neste nível.

Nível 9 (80 a 82cm).

Neste nível, foram identificados 31 tipos polínicos. Em Mata Pluvial (6.2% -

248.547 grãos de pólen/cm3) foram identificados 16 tipos polínicos: Anacardiaceae,

Ilex, Arecaceae, Tabebuia, Bauhinia, Cleome, Hedyosmum, Machaerium,

Hippocrateaceae, Lecythidaceae, Myrsinaceae, Rapanea, Myrtaceae, Psychotria,

Sapindaceae e Sapotaceae.

O grupo ecológico Pioneiras de Mata (1.6% - 65.040 grãos de pólen/cm3)

apresenta neste nível 2 tipos polínicos: Alchornea e Melastomataceae/Combretaceae.

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A vegetação de Campo (88.5% - 3.528.447 grãos de pólen/cm3) apresentou neste

nível 3 tipos polínicos: Asteraceae 7.4%, Poaceae 79.8% e Borreria 1.3%.

Brejo Herbáceo (1.5% - 58.071 grãos de pólen/cm3) aparece neste nível com 4

tipos polínicos: Cyperaceae, Cuphea, Onagraceae e Srophulariaceae.

Em Ampla Distribuição (1.4% - 55.749 grãos de pólen/cm3) foram identificados

6 tipos polínicos: Apocynaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Oxalidaceae, Rubiaceae e

Solanaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 0.8% e Pteridophyta/Bryophyta 2.9%

também aparecem neste nível.

Nível 10 (70 a 72cm).

Foram identificados neste nível 47 tipos polínicos. O grupo ecológico Mata

Pluvial (26% - 101.802 grãos de pólen/cm3) apresentou 21 tipos polínicos:

Anacardiaceae, Schinus, Forsteromia, Ilex, Araceae, Arecaceae, Mauritia, Bauhnia,

Bauhnia forficata, Cleome, Hedyosmum, Clusiaceae, Machaerium, Lecythidaceae,

Meliaceae, Rapanea, Myrtaceae, Polygonaceae, Psichotria, Sapindaceae e Turnera.

Pioneira de Mata (3.8% - 14.745 grãos de pólen/cm3) apresentou, neste nível 3

tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae e Trema.

A vegetação de Campo (60.6% - 236.731 grãos de pólen/cm3) aparece neste

nível com 4 tipos polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae (0.1%), Asteraceae (12.1%),

Poaceae (46%) e Borreria (2.4%).

Em Brejo Herbáceo (3.9% - 15.149 grãos de pólen/cm3) foram identificados 6

tipos polínicos: Apiaceae, Cyperaceae, Desmodium, Onagraceae, Scrophulariaceae e

Typha.

Ampla Distribuição (3.9% - 15.149 grãos de pólen/cm3) apresenta 13 tipos

polínicos: Amaryllidaceae, Apocynaceae, Araliaceae, Bignoniaceae, Caesalpiniaceae,

Euphorbiaceae, Fabaceae, Malvaceae, Oxalidaceae, Rubiaceae, Rutaceae, Solanaceae e

Sollanum.

Neste nível foram encontrados Pólen não Identificado 1.9%,

Pteridophyta/Bryophyta 6.6% e Palinomorfo Indeterminado 0.4%.

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Nível 11 (60 a 62cm).

Neste nível, foram identificados 41 tipos polínicos. A vegetação de Mata (36.5%

- 198.218 grãos de pólen/cm3) obteve neste nível seu maior percentual dentre todos os

níveis analisados, sendo identificados 20 tipos polínicos: Anacardiaceae, Schinus, Ilex,

Araceae, Arecaceae, Annonaceae, Begoniaceae, Bromeliaceae, Bauhinia, Bauhinia

forficata, Cleome, Hedyosmum, Clethra, Machaerium, Flacourtiaceae, Lecythidaceae,

Rapanea, Myrtaceae, Olacaceae e Sapindaceae.

Em Pioneiras de Mata (6.2% - 33.552 grãos de pólen/cm3) foram identificados 4

tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae, Celtis e Violaceae.

Campo (44.6% - 251.902 grãos de pólen/cm3) apresentou apenas 3 tipos

polínicos: Asteraceae 5.4%, Poaceae 39.4% e Borreria 1.6%.

O grupo ecológico Brejo Herbáceo (2.2% - 11.872 grãos de pólen/cm3) tem

como tipos polínicos identificados: Cyperaceae, Onagraceae, Scrophulariaceae e Typha.

Em Ampla Distribuição (5.6% - 28.906 grãos de pólen/cm3) foram identificados

10 tipos polínicos: Amaryllidaceae, Apocynaceae, Bignoniaceae, Boraginaceae,

Campanulaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Mimosaceae, Oxalidaceae e Rubiaceae.

Pólen não Identificado corresponde 3.4%, Pteridophyta/Bryophyta 6.3%, Algas

0.1% e Palinomorfo Indeterminado 0.3% também aparecem neste nível.

Nível 12 (50 a 52cm).

Foram identificados neste nível, assim como no anterior 30 tipos polínicos. Mata

(35.5% - 2.936 grãos de pólen/cm3) apresenta 13 tipos polínicos: Anacardiaceae, Ilex,

Araceae, Arecaceae, Bromeliaceae, Bauhinia, Lecythidaceae, Meliaceae, Rapanea,

Myrtaceae, Olacaceae, Podocarpus e Sapindaceae.

Nas Pioneiras de Mata (3.2% - 261 grãos de pólen/cm3) foram encontrados

apenas 2 tipos polínicos: Alchornea e Melastomataceae/Combretaceae.

Em Campo (44.8% - 3.700 grãos de pólen/cm3) foram identificados 4 tipos

polínicos: Asteraceae 3.6%, Hyptis 0.2%, Poaceae 39.4% e Borreria 1.5%.

Brejo Herbáceo (2.7% - 221 grãos de pólen/cm3) aparece com apenas 3 tipos

polínicos: Cyperaceae, Onagraceae e Scrophulariaceae.

No grupo ecológico Ampla Distribuição (5.6% - 21.680 grãos de pólen/cm3)

foram encontrados 8 tipos polínicos: Apocynaceae, Secondatia, Bignoniaceae,

Bombacaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae, Oxalidaceae e Rubiaceae.

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Pólen não Identificado corresponde a 8.3%, Pteridophyta/Bryophyta 14.4%,

Algas 1.0% e Palinomorfo Indeterminado 1.9% também foram encontrados neste nível.

Nível 13 (40 a 42cm).

Neste nível, foram identificados 30 tipos polínico. A vegetação de Mata (10.1%

- 57.297 grãos de pólen/cm3) é representada neste por Ilex, Araceae, Arecaceae,

Cleome, Machaerium, Lecythidaceae e Myrtaceae.

Pioneiras de Mata (3.8% -21.680 grãos de pólen/cm3) aparecem neste nível com

4 tipos polínicos: Melastomataceae/Combretaceae, Piper, Trema e Violaceae.

A vegetação de Campo (65.1% - 370.111 grãos de pólen/cm3) apresentou 4 tipos

polínicos: Amaranthus/Chenopodiaceae, Asteraceae, Caryophylaceae e Poaceae.

No grupo ecológico Brejo Herbáceo (9.0% - 51.103 grãos de pólen/cm3) foram

identificados 7 tipos polínicos: Apiaceae, Cyperaceae, Cabomba, Onagraceae,

Scrophulariaceae, Smilax e Typha.

Em Ampla Distribuição (5.2% – 29.423 grãos de pólen/cm3) foram encontrados

8 tipos polínicos: Apocynaceae, Bignoniaceae, Caesalpiniaceae, Fabaceae, Mimosaceae,

Oxalidaceae, Rubiaceae e Solanaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 6.8%, Pteridophyta/Bryophyta 11.4%,

Algas 91% e Palinomorfo Indeterminado 0.3% também são encontrados neste nível.

Nível 14 (30 a 32cm).

Foram encontrados neste nível 23 tipos polínicos. Na vegetação de Floresta

Pluvial (7.5% -12.150 grãos de pólen/cm3) foram identificados 7 tipos polínicos:

Arecaceae, Cleome, Erythroxylum, Lecythidaceae, Rapanea, Myrtaceae e Sapindaceae.

Em Pioneiras de Mata (2.4% - 3.931 grãos de pólen/cm3) foram

encontrados 5 tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae, Mimosa,

Celtis e Trema.

A vegetação de Campo (84.1% - 136.513 grãos de pólen/cm3) teve 3 tipos

polínicos identificados: Amaranthus/Chenopodiaceae 0.4%, Asteraceae 0.4% e Poaceae

83%.

Brejo Herbáceo (1.1% - 1.786 grãos de pólen/cm3) tem seu menor percentual

encontrado dentre todos os níveis analisados, sendo identificados os tipos polínicos:

Cyperaceae, Onagraceae e Typha.

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77

Ampla Distribuição (54.5 – 3.573 grãos de pólen/cm3) tem como representantes

5 tipos polínicos: Apocynaceae, Bignoniaceae, Fabaceae, Mimosaceae, Oxalidaceae,

Rubiaceae, Solanaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 2.6%, Pteridophyta/Bryophyta 2.6%,

Algas 104% e Palinomorfo Indeterminado 1.5% também são encontrados neste nível.

Nível 15 (20 a 22cm).

Neste nível, foram encontrados 30 tipos polínicos, a vegetação de Mata (17.7% -

13.937 grãos de pólen/cm3) tem como representantes neste nível os seguintes tipos

polínicos: Arecaceae, Arrabidea, Tabebuia, Connarus, Lecythidaceae, Rapanea,

Myrtaceae, Nyctaginaceae, Neea, Podocarpus e Uncarea.

O grupo ecológico Pioneiras de Mata (9.5% - 7.504 grãos de pólen/cm3)

apresenta os seguintes tipos polínicos: Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae,

Celtis e Trema.

Em Campo (54.5% – 42.883 grãos de pólen/cm3) foram identificados 5 tipos

polínicos: Erygium 0.5%, Asteraceae 2.3%, Poaceae 50.9%, Borreria 0.5% e Urticaceae

0.5%.

A vegetação de Brejo Herbáceo (3.2% - 2.501 grãos de pólen/cm3) é composta

pelos seguintes tipos polínicos: Cyperaceae, Onagraceae, Smilax e Typha.

Em Ampla Distribuição (7.3% – 5.717 grãos de pólen/cm3) foram identificados

6 tipos polínicos: Apocynaceae, Caesalpiniaceae, Euphorbiaceae, Fabaceae,

Mimosaceae e Oxalidaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 7.7%, Pteridophyta/Bryophyta 13.2%,

Algas 205.5% e Palinomorfo Indeterminado 4.5% também são encontrados neste nível.

Nível 16 (10 a 12cm).

Foram identificados neste nível 30 tipos polínicos. A vegetação de Floresta

Pluvial (9,3% - 20.131 grãos de pólen/cm3) tem como representantes 11 tipos polínicos:

Ilex, Arecaceae, Bromeliaceae, Cassia, Machaerium, Lecythidaceae, Struthanthus,

Meliaceae, Rapanea, Myrtaceae, Peperomia.

Em Pioneiras de Mata (11.9% - 25.809 grãos de pólen/cm3) foram identificados

os seguintes tipos polínicos: Cecropia, Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae,

Piper, Celtis, Trema.

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78

A vegetação de Campo (54.4% - 118.208 grãos de pólen/cm3) apresenta neste

nível apenas 2 tipos polínicos: Asteraceae 1.7% e Poaceae 52.7%.

Em Brejo Herbáceo (6.7% - 14.453 grãos de pólen/cm3) foram identificados 4

tipos polínicos: Cabomba, Onagraceae, Ludwigia e Typha.

No grupo ecológico Ampla Distribuição (5.5% - 11872 grãos de pólen/cm3)

foram identificados 7 tipos polínicos: Apocynaceae, Convolvulaceae, Euphorbiaceae,

Fabaceae, Mimosaceae, Rubiaceae e Solanaceae.

Pólen não Identificado corresponde a 12.4%, Pteridophyta/Bryophyta 10%,

Algas 355.8% e Palinomorfo Indeterminado 29%.

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79

Tabela 4: Lista dos tipos palinológicos identificados nas amostras do testemunho

ITA /01 (grãos de pólen, esporos e algas) e respectivos tipos de vegetação nos quais foram

enquadrados.

FLORESTA PLUVIAL Meliaceae Lindernia (Scrophulariaceae)

Herpetacanthus (Acanthaceae) Menispermaceae Urticaceae

Anacardiaceae Myrsinaceae

Schinus (Anacardiaceae) Rapanea (Myrsinaceae)

Myrtaceae

Forsteronia (Apocynaceae) Nyctaginaceae BREJO HERBÁCEO

Lacmellea (Apocynaceae) Neea (Nyctaginaceae) Alismataceae

Ilex (Aquifoliaceae) Heisteria (Olacaceae) Apiaceae

Araceae Peperomia (Piperaceae) Cyperaceae

Arecaceae Podocarpus (Podocarpaceae) Cabomba (Cabombaceae)

Mauritia (Arecaceae) lambertii Desmodium (Fabaceae)

Annonaceae Coccoloba (Polygonaceae) Utricularia (Lentibulariaceae)

Begoniaceae Phytolacca (Phytolacaceae) Cuphea (Lytrhraceae)

Arrabidea (Bignoniaceae) Psychotria (Rubiaceae)

Uncaria (Rubiaceae) Onagraceae

Cybistax (Bignoniaceae) Sapindaceae Ludwigia (Onagraceae)

Tabebuia (Bignoniaceae) Sapotaceae Scrophulariaceae

Cordia (Boraginaceae) Physalis (Solanaceae) Bacopa (Scrophulariaceae)

Turnerfortia (Boraginaceae) Symplocos celastrinea (Symplocaceae) Smilax (Smilacaceae)

Bromeliaceae Thymeliaceae Typha (Typhaceae)

Bauhnia (Fabaceae-

Caesalpinioideae)

Turnera (Turneraceae)

Rinorea (Violaceae)

Callisthene (Vochysiaceae)

Bauhnia forficata (Fabaceae-

Caesalpinioideae)

Caesalpinia (Fabaceae-

Caesalpiniodeae)

Cassia (Fabaceae-

Caesalpinioideae)

Machaerium (Fabaceae-

Caesalpinioideae)

Tachigali (Fabaceae-

Caesalpinioideae)

Cleome (Capparaceae)

PIONEIRAS DE MATA

Cecropia (Cecropiaceae)

Alchornea (Euphorbiacea)

Melastomataceae/Combretaceae

Mimosa (Fabaceae-

Mimosoideae

Piper (Piperaceae)

Celtis (Ulmaceae)

AMPLA DISTRIBUIÇÃO

Amaryllidaceae

Apocynaceae

Secondatia (Apocynaceae)

Araliaceae

Bignoniaceae

Bombacaceae

Boraginaceae

Capparidaceae Trema (Ulmaceae) Fabaceae-Caesalpinioideae

Hedyosmum (Chloranthaceae) Campanulaceae

Clethra (Clethraceae) Brassicaceae

Clusiaceae Convolvulaceae

Connarus (Connaraceae) CAMPO Acalypha (Euphorbiaceae)

Cucurbitaceae Erygium (Apiaceae) Fabaceae

Weinmania (Cunoniaceae) Amaranthus/Chenopodiaceae Iridaceae

Erythroxylum (Erythroxylaceae) Asteraceae Liliaceae

Flacourtiaceae Caryopyllaceae Malvaceae

Xylosma (Flacourtiaceae) Chamaesyce (Euphorbiaceae) Pavonia (Malvaceae)

Hippocrateaceae Dalechampia (Euphorbiaceae) Fabaceae-Mimosoideae

Lecythidaceae

Loranthaceae

Struthanthus (Loranthaceae)

Lamiaceae

Hyptis (Lamiaceae)

Poaceae

Moraceae

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Tabela 4. (Continuação)

AMPLA DISTRIBUIÇÃO

Oxalidaceae

Rubiaceae

Rutaceae

Solanaceae

Solanun (Solanaceae)

Tiliaceae

Verbenaceae

ALGAS

Algae

Botryococcus

Mougeotia

Zignemataceae

PÓLEN NÃO IDENTIFICADO

PTERIDOPHYTA/BRYOPHYTA

Bryophyta PALINOMORFO

INDETERMINADO

Cyatheaceae

Monolete

Trilete

Pteridophyta

Polypodiaceae

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Tabela 5: Percentagem dos palinomorfos encontrados nas análises das amostras do

testemunho (dados resumidos).

Agrupamentos

Nivel

01

160 a 162 cm

(%)

Nivel

02

150 a 152 cm

(%)

Nivel

03

140 a 142 cm

(%)

Nivel

04

130 a 130 cm

(%)

Nivel

05

120 a 122 cm

(%)

Nivel

06

110 a 112 cm

(%)

Nivel

07

100 a 102 cm

(%)

Nivel

08

90 a 92 cm

(%)

Floresta Pluvial

15,5

26,0

3,0

11,6

13,7

17,7

12,8

6,2

Pioneiras de Mata

3,3 9,1 0,7 1,1 0,5 1,0 1,2 1,1

Campo 49,5 47,9 90,7 78,2 74,6 65,9 72,3 80,5

Brejo Herbáceo 18,6 9,1 3,6 3,6 4,8 4,1 2,2 1,9

Ampla Distribuição

3,7 2,7 0,6 3,3 3,1 7,1 2,0 2,3

Pteridophyta/Bryophyta

11,9 6,4 54,1 3,8 9,3 14,1 3,4 4,7

Algas

0,2 0,0 0,1 0,0 0,4 0,2 0,1 0,0

Pólen não Identificado

9,3 5,0 1,5 2,3 3,3 4,2 1,3 1,3

Palinomorfo

Indeterminado

3,5 1,4 0,0 0,7 0,8 0,7 0,2 0,1

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82

Tabela 5: (Continuação)

Agrupamentos

Nivel

09

80 a 82 cm

(%)

Nivel

10

70 a 72 cm

(%)

Nivel

11

60 a 62 cm

(%)

Nivel

12

50 a 52 cm

(%)

Nivel

13

40 a 42 cm

(%)

Nivel

14

30 a 32 cm

(%)

Nivel

15

20 a 22 cm

(%)

Nivel

16

10 a 12 cm

(%)

Floresta Pluvial

6,2

26,0

36,5

35,5

10,1

7,5

17,7

9,3

Pioneiras de Mata

1,6 3,8 6,2 3,2 3,8 2,4 9,5 11,9

Campo 88,5 60,6 46,4 44,8 65,1 84,1 54,5 54,4

Brejo Herbáceo 1,5 3,9 2,2 2,7 9,0 1,1 3,2 6,7

Ampla Distribuição

1,4 3,9 5,3 5,6 5,2 2,2 7,3 5,5

Algas

0,0 0,0 0,1 1,0 91 104 205 355

Pteridophyta/Bryophyta

2,9 6,6 6,3 14,4 11,4 2,6 13,2 10,0

Pólen não Identificado

0,8 1,9 3,4 8,3 6,8 2,6 7,7 12,6

Palinomorfo

Indeterminado

0,0 0,4 0,3 1,9 0,3 1,5 4,5 29,0

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83

Tabela 6: Concentração dos palinomorfos encontrados nas análises das amostras do

testemunho - dados resumidos (palinomorfos/cm3).

Agrupamentos

Nivel

01

160 a 162 cm

Nivel

02

150 a 152 cm

Nivel

03

140 a 142 cm

Nivel

04

130 a 130 cm

Nivel

05

120 a 122 cm

Nivel

06

110 a 112 cm

Nivel

07

100 a 102 cm

Nivel

08

90 a 92 cm

Floresta Pluvial

13.616

9.807

7.079

57.460

204.413

2.873

87.465

222.479

Pioneiras de Mata

2.883 3.441 1.548 5.379 7.742 161 4.824 19.099

Campo 43.413 18.066 214.589 388.775 1.113.431 10.714 300.276 1.399.403

Brejo Herbáceo 16.340 3.441 8.627 17.849 71.234 671 8.934 33.036

Ampla Distribuição

3.204 1.032 1.327 16.382 46.457 1.154 8.308 40.779

Pteridophyta/Bryophyta

10.412 2.408 128.090 19.072 139.372 2.296 14.115 82.074

Algas

160 0,0 221 0,0 6.194 26 446 516

Pólen não Identificado

8.170 1.892 3.539 11.492 49.554 684 5.271 22.712

Palinomorfo

Indeterminado

3.043 516 0,0 3.667 12.388 120 625 1.032

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84

Tabela 6: (Continuação)

Agrupamentos

Nivel

09

80 a 82 cm

Nivel

10

70 a 72 cm

Nivel

11

60 a 62 cm

Nivel

12

50 a 52 cm

Nivel

13

40 a 42 cm

Nivel

14

30 a 32 cm

Nivel

15

20 a 22 cm

Nivel

16

10 a 12 cm

Floresta Pluvial

248.547

101.802

198.218

2.936

57.297

12.150

13.937

20.131

Pioneiras de Mata

65.040 14.745 251.902 3.700 370.111 136.513 42.883 118.208

Campo 3.528447 236.731 251.902 3.700 370.111 136.513 42.883 118.208

Brejo Herbáceo 58.071 15.149 11.872 221 51.103 1.786 2.501 14.453

Ampla Distribuição

55.749 15.149 28.906 462 29.423 3.573 5.717 11.872

Algas

0,0 0,0 516 80 517.226 168.676 161.529 773.259

Pteridophyta/Bryophyta

116.143 25.854 34.068 1.186 65.040 4.288 10.363 21.680

Pólen não Identificado

30.197 7.271 18.583 683 38.714 4.288 6.075 26.842

Palinomorfo

Indeterminado

0.0 1.413 1.548 160 1.548 2.501 3.573 62.975

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Fig

ura

30:

Dia

gra

ma

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Figura 31: Diagrama de percentagem das vegetações Floresta Pluvial e Pioneira de Mata do

Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

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Figura 32: Diagrama de percentagem das vegetações de Campo e Brejo Herbáceo no Testemunho ITA

/01 da lagoa de Itaipu.

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89

Fig

ura

3

3:

Dia

gra

ma

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centa

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90

Fig

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34:

Dia

gra

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91

Fig

ura

35:

Dia

gra

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Figura 36: Diagrama de concentração dos principais táxons da vegetação Pioneira de

Mata no Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

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Figura 37: Diagrama de concentração dos principais táxons da vegetação de Campo no

Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

Figura 38: Diagrama de concentração dos principais táxons da vegetação de Brejo

Herbáceo no Testemunho ITA /01 da lagoa de Itaipu.

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94

Fig

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95

Fig

ura

4

0:

Dia

gra

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96

9. INTERPRETAÇÃO E DISCUSSÃO

9.1. AMOSTRAS DA SUPERFÍCIE DOS SEDIMENTOS DE FUNDO DA LAGOA DE

ITAIPU.

Para uma melhor compreensão e interpretação dos conjuntos de microfósseis dos

depósitos antigos, se faz necessário caracterizar o conjunto de microrrestos que está sendo

depositado atualmente. Os conjuntos da deposição moderna devem ser comparados com os

conjuntos de microfósseis antigos para que seja feita a reconstrução do paleoambiente. Pelo

princípio do atualismo, o conjunto antigo de microfósseis, que for semelhante ao conjunto de

deposição moderna de uma determinada comunidade vegetal, pertencia a uma vegetação

semelhante (SALGADO-LABORIAU, 2007).

Os grãos de pólen ocorreram em todas as amostras de superfície de fundo analisadas,

bem como os esporos de Pteridophyta/Bryophyta. A maioria dos grãos de pólen e esporos

palinomorfos identificados foi encontrada em bom estado de preservação. Segundo

CAMPBELL (1991, 1999), esta condição indicaria que os mesmos não sofreram exposição ao

ar durante o período de dispersão até a deposição nos sedimentos, nem danos mecânicos

durante seu transporte.

As famílias Asteraceae e Poaceae foram as mais representativas em todas as amostras

de superfície de fundo da lagoa de Itaipu, principalmente a família Poaceae, indicando o

predomínio da vegetação de Campo, que retrata as condições do entorno da lagoa. De acordo

com KELLOGG (2001) cerca de 20% da superfície terrestre seria coberta por representantes

dessa família, que se destaca ainda, pela capacidade de se desenvolver em ambientes abertos e

secos.

As amostras de superfície de fundo estão sujeitas a hidrodinâmica local, sendo assim,

os estudos hidrodinâmicos podem auxiliar na interpretação das análises palinológicas.

Segundo LAVENÈRE-WANDERLEY (1999) a hidrodinâmica que atua na lagoa de Itaipu

acompanha a entrada da corrente de maré e se dispersa no sentido horário, e essa circulação

sofreria influência dos parâmetros meteorológicos, capazes de represar as águas no interior da

lagoa em períodos de entrada de frentes frias. Entretanto, MUEHE & ALBUQUERQUE

(1976) sugerem com base na distribuição dos sedimentos superficiais da lagoa de Itaipu, a

existência de correntes em sentido anti-horário que transportariam os sedimentos trazidos pelo

sistema hidrográfico para a margem ocidental da lagoa de Itaipu. Os estudos desenvolvidos

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pelo INPH (Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias) nos anos de 1988, 1989 e 1991

determinaram que apenas as áreas mais próximas ao canal de maré sofreram influência do

fenômeno da maré oceânica (INPH, 1991 apud LAVENÈRE-WANDERLEY 1999).

Na amostra (1), localizada na porção sudeste da lagoa, área de influência da entrada de

água marinha na lagoa foi encontrado o menor percentual da vegetação de Campo, 38.2%.

Entretanto, esta formação vegetal continua predominando nesta e nas demais amostras

analisadas.

Foram identificados microforaminíferos nas amostras (1) e (2) próximas a entrada do

canal de maré da lagoa. De acordo com BEHLING & NEGRELLE (2001) a presença de

microforaminíferos indicaria evidências da influência marinha. Segundo TRAVERSE (1988),

os microforaminíferos são utilizados nas reconstruções de paleoambientes marinhos ou

sujeitos a influências marinhas. Entretanto, o uso de microforaminíferos nas reconstruções

paleoambientais e paleoclimáticas ainda é mal desenvolvido (ZAMORA et al, 2007). Os

microforaminíferos não foram mais encontrados no transect a partir desta amostra.

FIGUEIRA & VILELA (2007) ao estudarem 9 amostras de superfície de fundo da

lagoa de Itaipu com base em foraminíferos, identificaram as espécies Quinqueloculina

candeiana, Q. seminulum e Quinqueloculina sp. indet, que são indicadoras de ambiente com

influência marinha corroborando com os dados palinológicos encontrados nas amostras de

superfície de fundo da lagoa de Itaipu. A presença desses foraminíferos e dos

microforaminíferos encontrados nas análises palinológicas desta tese indicam mesmo que

eventualmente para um aporte de água marinha na lagoa de Itaipu.

Na amostra (3) houve diminuição de concentração e percentagem em quase todos os

grupos ecológicos, o que pode ser explicado pela maior distância dessa amostras em relação à

margem da lagoa e ao aporte de água doce, principalmente do rio João Mendes. As

vegetações de Brejo Herbáceo e o grupo ecológico Pteridophyta/Bryophyta têm decréscimo,

caracterizando pouca influência da vegetação de borda da lagoa neste ponto.

A amostra (4) apresenta aumento da concentração e percentagem de quase todos os

grupos ecológicos e taxonômicos, exceto Pteridophyta/Bryophyta que diminui de

percentagem em relação à amostra (3). Na vegetação de Campo, Asteraceae, Poaceae e

Borreria são os táxons mais representativos. De acordo com BARTH (1989) e LORENZI

(2000), as espécies de Borreria são características de áreas de beira de estradas e terrenos

baldios, sendo frequentemente encontrada na planície litorânea do leste. Esta amostra ainda

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apresenta aumento de concentração dos grupos ecológicos Floresta Pluvial e Pioneiras de

Mata, mostrando a importância do rio João Mendes, que nasce na serra da Tiririca, próximo à

lagoa de Itaipu, no transporte dos palinomorfos representantes destas formações vegetais até o

ponto amostrado, caracterizando a dispersão fluvial dos mesmos. Campo e Brejo Herbáceo

sofrem um decréscimo em sua concentração.

A amostra (5) apresenta declínio de percentagem e concentração das vegetações de

Floresta Pluvial e Pioneiras de Mata. Melastomataceae/Combretaceae e Trema, que é uma

planta pioneira típica de sucessão secundária, preferindo solos porosos (LORENZI (2000),

diminuem de concentração nesta amostra. Já a vegetação de Campo continua dominando, e

tem nessa amostra o segundo maior percentual de todas as amostras de superfície de fundo

analisadas.

Na amostra (6) ocorre também o declínio de percentagem e concentração das

vegetações de Floresta Pluvial, Pioneiras de Mata, Campo, Ampla Distribuição e

Pteridophyta/Bryophyta. A diminuição de elementos de Floresta Pluvial, Pioneiras de Mata e

Campo nessa amostra e o aumento de Brejo Herbáceo sugerem maior influência da vegetação

de borda da lagoa nessa amostra, uma vez que a família Cyperaceae e o tipo Typha aparecem

bem representados. A fonte predominante dos grãos de pólen em um lago de dimensões

reduzidas seria a vegetação próxima a esse lago (KOFF et al., 2000). Este fato está de acordo

com os resultados encontrados na lagoa de Itaipu nas amostras de superfície de fundo, uma

vez que a alta concentração de Typha e Cyperaceae é relacionada às contribuições da

vegetação de margem e de áreas brejosas adjacentes. Typha é uma planta muito frequente em

margens de lagoas, lagos, canais de drenagem e baixadas pantanosas em geral (LORENZI,

2000).

Portanto, fica expressiva a influência da vegetação local de Campo quando comparada

com os elementos palinológicos provenientes de áreas um pouco mais distantes pelo aporte

dos rios. No entanto, fica evidente também a importância da vegetação de Brejo Herbáceo e

do grupo ecológico Pteridophyta/Bryophyta que também são encontrados nas margens da

lagoa.

Embora presentes nas margens da Lagoa, não foram encontrados táxons de mangue

tanto nas amostras de superfície de fundo quanto no testemunho analisado. FONSECA (2001)

destaca como pequena a produção de conhecimento a respeito da origem dos manguezais da

lagoa de Itaipu. De acordo com AMADOR (1997) haveria uma extensão dos manguezais do

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interior da Baía de Guanabara até a lagoa de Itaipu. Entretanto, estudos comparativos

realizados entre exemplares de Laguncularia racemosa encontrados em Itaipu e Havana

(Cuba) apontaram para uma vegetação com idades semelhantes, levando a crer de acordo com

os dados coletados que o manguezal da lagoa de Itaipu instalou-se por volta do final da

década de 70, provavelmente devido a abertura de sua barra, através de propágulos

provenientes de hidrocória da Baía de Guanabara (FONSECA, 2001).

9.2. AMOSTRAS DE SEDIMENTOS DO TESTEMUNHO ITA /01 DA LAGOA DE

ITAIPU.

A história sedimentar da lagoa de Itaipu e de suas proximidades foi documentada por

alguns autores. Entre os trabalhos que versam sobre a área de estudo podemos citar os de

SALVADOR (1999) e SALVADOR & SILVA (2002), que estudaram os aspectos

morfológicos e sedimentológicos da enseada de Itaipu, caracterizando a área como estável no

que diz respeito à erosão, tendo morfologia nitidamente controlada pelas ondas,

principalmente as de períodos de tempestades.

MUEHE & ALBUQUERQUE (1976) relataram a distribuição dos sedimentos

superficiais da lagoa de Itaipu e a existência de correntes de circulação em sentido anti-

horário, como já mencionado anteriormente.

LAVENÈRE-WANDERLEY (1999) caracterizou ambientalmente a lagoa de Itaipu

através do entendimento dos processos sedimentares em associação com a dinâmica atual. A

lagoa apresenta uma cobertura sedimentar caracterizada pela interdigitação entre areias de

origem marinha e sedimento argiloso proveniente da bacia de drenagem. Tal interdigitação

gerou gradações desde a areia, passando a areia argilosa na parte mais interior do corpo

lagunar. Do ponto de vista geoquímico, a análise de metais pesados encontrados no sedimento

de fundo indicou um ambiente de características naturais, tendo como principal fonte geradora

de metais pesados a desagregação das rochas da bacia de drenagem. Todavia, teores elevados

de metais pesados foram também encontrados junto ao canal de Camboatá e nas amostras

retiradas no rio João Mendes, devido à ação antrópica no local.

A análise de testemunhos realizada por IRELAND (1987) na lagoa de Itaipu, datações

pelo 14

C de turfas, combinadas com estudo de algas apontaram que a barreira interna e os

sedimentos subjacentes a mesma são de idade pleistocênica entre 42.500+6.000/-3.400 anos

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100

A.P. e 35.300+3.400/-2.400 anos A.P. e que somente os sedimentos superficiais na área à

retaguarda e a frente da barreira seriam retrabalhados durante do Holoceno, contrariando as

suposições de MUEHE (1982, 1984) e as evidências de MAIA et al. (1984) de que a lagoa

teria idade holocênica.

De acordo com IRELAND (1987) as evidências antes de 7.100 anos A.P. na laguna de

Itaipu seriam de um nível médio marinho com tendências negativas, sendo que as tendências

positivas somente se iniciaram após 7.100 anos A. P. Após 3.600 anos A. P. há evidências

nesta laguna de queda do nível médio marinho.

O zoneamento dos diagramas palinológicos do testemunho ITA /01 foi estabelecido a

partir das mudanças ocorridas no conjunto palinológico, sendo estabelecidas as seguintes

zonas palinológicas: Zona I, Zona II (Subzona A e B) e a Zona III (Subzona A e B).

ZONA I (160 a 140 cm, 3 amostras; níveis 1 a 3) com datação de 38.490 anos A.P ± 940 anos

A.P.

Esta zona é caracterizada pelo domínio da vegetação de Campo, onde as famílias

Poaceae e Asteraceae são dominantes.

Na Zona I, foi possível identificar, ainda que pouco expressiva, a vegetação de

Floresta Pluvial. Os tipos polínicos Machaerium, Rapanea e as famílias Lecythidaceae e

Myrtaceae são as que têm maior concentração, principalmente nos níveis 1 e 2. A família

Myrtaceae é apontada como uma das mais representativas na Mata Atlântica no Sudeste

Brasileiro, principalmente no que se refere às formações ombrófilas e semideciduais. Essa

família é encontrada em diversas formações vegetais incluindo Mata Atlântica e restingas

(BARTHOLOMEU, 2004). Este fato é corroborado pelos levantamentos florísticos atuais do

Rio de Janeiro, que expressam a importância dessa família em várias formações vegetais

(BARROS, 2008).

Na vegetação de Pioneiras de Mata os tipos polínicos mais representativos

encontrados foram a Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae e Trema, indicando presença

de vegetação secundária. O final desta zona é marcado pela diminuição de concentração das

vegetações de Floresta Pluvial e Pioneiras de Mata. Na vegetação local é verificada a presença

de um ambiente mais úmido, indicado pela presença de Cyperaceae nas vegetações de Brejo

Herbáceo e Pteridophyta/Bryophyta tendo aumento de concentração. A maioria dos esporos

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101

de Pteridophyta/Bryophyta identificados encontra-se em bom estado de conservação, sendo

assim um indicativo de proximidade da área fonte desses palinomorfos (TYSON, 1995). O

nível 3, a 140 cm e de sedimento turfoso, apresenta aumento de concentração desses

palinomorfos. BAUERMANN et al.,(2002) sugerem que os palinomorfos encontrados

em sedimentos turfosos seriam depositados neste ambiente por via atmosférica, provenientes

não somente da vegetação local, mas também da vegetação adjacente.

O nível 3, 140 cm, marca o início do domínio mais expressivo da vegetação de

Campo, que acompanhará essa tendência até o topo do testemunho.

SUBZONA II A (140 a 110 cm, 3 amostras; níveis 4 a 6) com datação de 31.440 ± 530 anos

A.P.

Esta Subzona caracteriza-se pelo aumento concentração e biodiversidade dos

palinomorfos. Há um aumento de concentração de todos os grupos ecológicos. Nesta Subzona

II A, a vegetação de Campo continua dominando, apresentando uma composição florística um

pouco diferente do que na Zona I, destacando-se Poaceae e Asteraceae e a presença de

Borreria.

A vegetação de Floresta Pluvial também vai estar bem representada nesta Subzona II

A. Os tipos polínicos Ilex, Hedyosmum, Machaerium, Rapanea, Myrtaceae e Sapindaceae são

os mais bem representados. Alguns tipos polínicos começam a ter um aumento de

concentração a partir do nível 4, na profundidade 130 cm. Este nível foi datado em 31.440 ±

530 anos A.P. A vegetação de Pioneiras de Mata é pouco representada nesta Subzona IIA,

com destaque apenas para a Melastomataceae/Combretaceae. Esta Subzona marca a

coexistência da vegetação de Floresta Pluvial com a vegetação de Campo, que perdurará até o

final da Subzona II B. Nesta Subzona, o intervalo geocronológico entre 31.440 ± 530 anos

A.P. até 31.100 ± 310 anos A.P. sugere uma ambiente um pouco mais úmido do que da Zona

I. Os aumentos de concentração dos grupos ecológicos e taxonômicos confirmam esses dados.

Pólen não Identificado e os Palinomorfos Indeterminados têm picos de concentração nesta

Subzona.

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SUBZONA II B (110 a 50 cm, 6 amostras; níveis 7 a 12) com datações de 31.100 ± 310 A.P

e 29.350 ± 590 anos A.P.

Esta Subzona caracteriza-se pelo aumento na concentração de todos os grupos

ecológicos e taxonômicos e também da biodiversidade dos táxons. A vegetação de Floresta

Pluvial inicia aumento de concentração a partir do nível 7 (100 cm). Os tipos polínicos Ilex,

Lecythidacee, Rapanea e Myrtaceae foram os mais representativos. Ocorrem ainda nesta

subzona os tipos polínicos Lacmellea, Araceae, Arecaceae, Mauritia, Cybistax, Bromeliaceae,

Bauhinia, Bauhia forficata, Cassia, Cleome, Hedyosmum, Clusiaceae, Cucurbitaceae,

Machaerium, Loranthaceae, Nictaginaceae, Podocarpus, Polygonaceae, Psychotria,

Sapindaceae, Symplocos celastrinea, evidenciando uma vegetação de Floresta Pluvial mais

exuberante.

Os tipos polínicos Ilex e Myrtaceae aumentam significativamente de concentração e

percentagem nesta Subzona. A alta concentração desses táxons pode indicar um clima um

pouco mais frio (DE OLIVEIRA, 1992 e BEHLING & NEGRELLE, 2001). Os

levantamentos atuais realizados na serra da Tiririca nas proximidades da lagoa de Itaipu

(BARROS, 2008) indicam uma representatividade da família Myrtaceae na Mata Atlântica

local. Correlacionando os dados desde levantamento, com os obtidos nesta tese, verifica-se

que esta família encontra-se bem representada na área de estudo desde o Pleistoceno Tardio

até os dias atuais.

Em Pioneiras de Mata os tipos polínicos Alchornea, Melastomataceae/Combretaceae

são os mais representativos, acompanhando o crescimento da vegetação de Mata Pluvial.

O nível 9, a 80 cm, apresenta os maiores valores de concentração de Floresta Pluvial,

Pioneiras de Mata, Campo, Ampla Distribuição, Pteridophyta/Bryophyta e Pólen não

Identificado, indicando condições favoráveis de instalação de todos os tipos de vegetação, que

poderiam estar relacionadas à disponibilidade hídrica maior, provavelmente associada a um

aumento da pluviosidade.

A associação de Symplocos celastrinea, Hedyosmum, Ilex, Myrtaceae e Rapanea

indica a existência de uma floresta úmida e sombreada, com a possibilidade de aumento no

índice de pluviosidade. Tal fato é corroborado pela baixa representatividade de Trema, que

prefere solos secos, apresentando baixa tolerância a ambientes úmidos e encharcados

(LORENZI, 2000)

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103

O crescimento da concentração de Pteridophyta/Bryophyta e dos táxons de Brejo

Herbáceo, principalmente Cyperaceae, indica um ambiente com nível de umidade maior e

provavelmente mais quente (BARROS, 2003).

SUBZONA III A (50 a 30 cm, 2 amostras; níveis 13 e 14) com datação de 7.180 ± 60 anos

A.P.

Esta subzona é marcada pelo predomínio de Poaceae, que praticamente caracteriza a

vegetação de Campo desta subzona. Ocorre o declínio das vegetações de Mata Pluvial,

Pioneiras de Mata, Brejo Herbáceo e Ampla Distribuição. Na vegetação de Mata Pluvial as

famílias Lecythidaceae e Myrtaceae são as mais bem representadas.

Em Pioneiras de Mata os táxons Melastomataceae/Combretaceae e Trema são os que

mais se destacam, principalmente no nível 13. A partir deste nível ocorre alternância de

domínio entre Trema e Alchornea.

As Algas voltam a aparecer nesta subzona, tendo Botryococcus como palinomorfo

mais representativo desse grupo, aparecendo pela primeira vez no testemunho de sondagem.

Os Botryococcos são microfósseis de algas coloniais, comuns em turfeiras e sedimentos

lacustres. A presença dessas algas é um indicativo de um corpo d‟água doce pouco profundo.

(SALGADO-LABORIAU, 2007).

O final desta subzona corresponde ao nível 14, datado em 7.180 ± 60 anos A.P. Neste

nível ocorre grande decréscimo de todas as vegetações, inclusive de Campo, predominante em

todo o testemunho. Entretanto, a vegetação de Campo continua expressiva e dominando sobre

as demais. Esta subzona marca a transição do último glacial para a fase interglacial.

SUBZONA III B (30 a 10 cm, 2 amostras; níveis 15 e 16)

Nesta subzona a vegetação de Campo mantém predomínio sobre as demais como vem

ocorrendo a partir da base do testemunho. Na vegetação de Campo a família Poaceae mantém

a tendência da subzona III A, sendo a família mais representativa. Typha domina na vegetação

de Brejo Herbáceo.

A vegetação de Floresta Pluvial é pouco representada nesta subzona, sendo composta

por: Ilex, Arecaceae, Bromeliaceae, Cassia, Machaerium, Lecythidaceae, Struthanthus,

Meliaceae, Rapanea, Myrtaceae, Peperomia. As famílias Lecythidaceae, Myrtaceae são as

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104

mais representativas dessa vegetação. O decréscimo da vegetação da Floresta Pluvial, que

segue a tendência da subzona anterior, associado ao aumento da vegetação de Pioneiras de

Mata, indica a tendência de condições de um clima mais quente.

Os resultados encontrados nas análises palinológicas sugerem que o testemunho obtido

deste trabalho estaria situado em áreas brejosas dentro de planície de inundação, no entorno

da laguna, e não no interior da mesma.

As idades 14

C obtidas no testemunho (níveis de lama orgânica e turfa), a ausência de

algas, características de ambientes lacustres, bem como de quaisquer elementos marinhos no

testemunho (ostracodes, foraminíferos, microforaminíferos, dinoflagelados, entre outros),

indica que em nenhum momento para o Pleistoceno Tardio existiria uma laguna ampla, e sim

uma planície de inundação pleistocênica.

A presença de um espelho d‟agua, alcançando o local amostrado se deu provavelmente

a partir do limite Pleistoceno/Holoceno, quando algas do gênero Botryococcus aparecem em

concentrações elevadas, significando a presença de uma superfície lacustre rasa. O aumento

dessas algas de água doce em direção ao topo do testemunho poderia também evidenciar o

alagamento da planície anterior a subida do nível médio do mar no Holoceno inicial,

associado à formação da laguna, conforme a curva de variação do nível médio do mar

(SUGUIO et al., 1985).

Tais dados estariam de acordo com KNEIP et al. (1980), que estabelecem que a laguna

de Itaipu foi formada através de flutuações holocênicas do nível do mar.

A análise de testemunhos realizada por IRELAND (1987), nas lagunas a leste da baía

de Guanabara (do Padre, Itaipu e Itaipuaçu), datações pelo 14

C de turfas, combinadas com

estudo de algas apontaram, que a barreira interna e os sedimentos subjacentes à mesma são de

idade pleistocênica e que somente os sedimentos superficiais na área à retaguarda e a frente da

barreira seriam retrabalhados durante do Holoceno.

As evidências encontradas por IRELAND (1987) para essas lagunas são contrárias aos

dados obtidos nesta tese. Não foram encontrados neste trabalho evidencias que a laguna

estava estabelecida durante o Pleistoceno. A presença de Botryococcus próximo ao limite

Pleistoceno/Holoceno evidencia que por volta de 7.180 anos A.P. a lagoa se estabeleceu na

área contrariando os dados obtidos por Ireland (1987), MUEHE (1982, 1984) e as evidências

de MAIA et al. (1984) também apontam para essas lagunas com idade holocênica.

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Segundo IRELAND (1987) as evidências antes de 7.100 anos A.P. tanto da laguna de

Itaipu e do Padre indicaram um nível médio marinho com tendências negativas, sendo que as

tendências positivas somente se iniciaram após 7.100 anos A. P.

Novos estudos no sistema lagunar de Araruama e adjacências relacionados à

sedimentação lagunar e algumas peculiaridades do cordão interno, realizados por TURCQ et

al. (1999), fizeram com que estes autores reconsiderassem a cronologia elaborada

anteriormente por MAIA et al. (1984).

A vegetação da área de estudo apresentou-se sob a forma de mosaico, com elementos

de Floresta Pluvial e Campo, sendo este último predominante em todo o testemunho,

caracterizando a forte influência da vegetação local no entorno da lagoa.

Em alguns momentos o nível de umidade foi suficiente para o estabelecimento,

próximo à lagoa, da Floresta Pluvial, principalmente na Subzona II B, que se caracteriza pelo

aumento da concentração dos palinomorfos de todos os grupos. Os trabalhos de BEHLING

(1997), BEHLING & LICHTE (1997), DE OLIVEIRA (1992), LEDRU et al. (1996),

BARROS (2003) e MISUMI (2008) também evidenciaram oscilações climáticas durante o

Pleistoceno Tardio em várias regiões do Brasil.

A Mata Atlântica estaria presente durante todo o intervalo de tempo analisado,

provavelmente restrito às serras, com variação na sua composição ao longo do tempo. O

aumento verificado na zona II B poderia indicar uma expansão da mesma, alcançando as áreas

mais próximas da planície de inundação.

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10. CONCLUSÕES

De acordo com os dados obtidos nesta tese de doutoramento foi possível observar as

mudanças ocorridas na vegetação da lagoa de Itaipu durante o Pleistoceno no intervalo

geocrológico estudado e inferir modificações vegetais e ambientais na área de estudo na

atualidade.

O predomínio da vegetação de Campo em todas as amostras de superfície de fundo, a

presença de táxons de Brejo Herbáceo e os esporos de Pteridophyta/Bryophyta evidenciam a

forte influência da vegetação de borda da lagoa nas amostras.

A presença de microforaminíferos nas amostras de superfície de fundo, amostras 1 e 2,

próximas ao canal de maré evidência a influência da entrada de água salgada no sistema.

A vegetação de Campo tem predomínio em todo o testemunho da base ao topo. Isto

sugere que, no intervalo entre 38.490 a 7.180 anos A.P., não houve o estabelecimento de uma

vegetação de Floresta Pluvial com grande biodiversidade, embora, este intervalo apresente

expansão dessa vegetação, ocorrendo a coexistência dessa formação vegetal com outras,

devido às oscilações climáticas ocorridas durante o Pleistoceno Tardio.

O declínio das vegetações de Floresta Pluvial, Pioneiras de Mata, Brejo Herbáceo,

Ampla Distribuição e Pteridophyta/Bryophyta refletem as mudanças ocorridas na localidade

no intervalo geocronológico de 7.180± 60 anos A.P. Possivelmente, a partir do intervalo

houve uma fase climática mais quente, marcando a transição do último glacial para o glacial.

Houve o aumento do espelho d‟água a partir desse intervalo sendo caracterizado pela presença

de Botryococcus, que são indicadoras de águas pouco profundas.

Os processos de sedimentação favoreceram a preservação dos palinomorfos. Não foi

encontrado, tanto nas amostras de superfície quanto nos níveis do testemunho de sondagem,

um número significativo de palinomorfos com danos mecânicos, lixiviados e/ou corroídos,

sugerindo deposição em condições subaquáticas tranquilas.

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Os dados encontrados nesta tese corroboram a hipótese das oscilações climáticas

ocorridas no Pleistoceno, caracterizando a existência de períodos mais quentes e secos

contrastando com períodos quentes e úmidos. Apesar da vegetação de Campo ser a

predominante houve períodos em que o nível de umidade foi suficiente para o

estabelecimento de uma vegetação típica de Floresta Pluvial, principalmente na subzona II A

e B.

Embora a ocupação humana na região date de aproximadamente 7.000 anos, não

foram encontrados elementos indicadores de alterações antrópicas na fase holocênica do

testemunho.

As evidências encontradas nesta tese contrariam as apresentadas por IRELAND

(1987) que estabelece a formação da lagoa de Itaipu durante o Pleistoceno, corroborando com

os dados de MUEHE (1982; 1984) e MAIA et al. (1984) que também indicam a formação da

lagoa de Itaipu durante o Holoceno.

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11. BIBLIOGRAFIA

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ANEXO I

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Estampa 1

Floresta Pluvial

1. Acanthaceae Herpetacanthus

2. Apocynaceae

3. Aquifoliaceae Ilex

4. Bignoniaceae Arrabidea

5. Bignoniaceae Cybistax

6. Bignoniaceae Tabebuia

7. Boraginaceae Cordia

8. Bromeliaceae

9. Caesalpiniaceae Bauhnia forficata

10. Caesalpiniaceae Tachigali

11. Chloranthaceae Hedyosmum

12. Clethraceae Clethra

13. Clusiaceae Clusia

14. Connaraceae Connarus

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Floresta Pluvial (1)

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Estampa 2

Floresta Pluvial

15. Fabaceae Machaerium

16. Hipocrateaceae

17. Lecythidaceae

18. Loranthaceae

19. Salicaceae Casearia

20. Myrtaceae

21. Podocarpaceae Podocarpus

22. Rubiaceae Psychotria

23. Sapindaceae

24. Symplocaceae

25. Turneraceae Turnera

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Floresta Pluvial (2)

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Estampa 3

Pioneiras de Mata / Campo

26. Euphorbiaceae Alchornea

27. Melastomataceae/Combretaceae

28. Ulmaceae Celtis

29. Ulmaceae Trema

30. Amaranthus/Chenopodiaceae

31. Asteraceae

32. Poaceae

33. Scrophulariaceae Lindernia

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Pioneiras de Mata / Campo

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Estampa 4

Brejo Herbáceo

34. Alismataceae

35. Cyperaceae

36. Fabaceae Desmodium

37. Onagraceae Ludwigia

38. Scrophulariaceae

39. Typhaceae Typha

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Brejo Herbáceo

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Estampa 5

Ampla Distribuição

40. Araliaceae

41. Bombacaceae

42. Boraginaceae

43. Caesalpiniaceae

44. Convolvulaceae

45. Euphorbiaceae

46. Iridaceae

47. Malvaceae

48. Rubiaceae

49. Solanaceae

50. Solanaceae Sollanum

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Ampla Distribuição

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Estampa 6

Esporos

51. Monolete

52. Trilete

53. Trilete

54. Trilete

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Esporos

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Estampa 7

Alga e Microforaminífero

55. Alga

56. Alga

57. Alga

58. Colônia de Botryococcus

59. Alga

60. Microforaminífero

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Algas e Microforaminífero

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ANEXO II

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro, Brasil

(BARROS, 2008).

FAMÍLIAS ESPÉCIES HÁBITO

ACANTHACEAE (12/15) Aphelandra longiflora (Lindl.) Profice Erva

Aphelandra prismatica (Vell.) Hieron. Erva

Chamaeranthemum beyrichii Nees Erva

Geissomeria cincinnata Nees Erva

Herpetacanthus rubiginosus Nees Erva

Justicia beyrichii (Nees) Lindau Erva

Justicia brasiliana Roth Erva

Justicia plumbaginifolia J. Jacq. Erva

Lepidagathis nemoralis (Nees) Kameyana Erva

Mendoncia velloziana (Mart.) Nees Trepadeira

Orthotactus fulvohirsutus Rizzini Erva

Pachystachys spicata (Ruiz et Pavon)

Wassh.

Erva

Ruellia solitaria Vell. Erva

Schaueria calycotricha (Link & Otto) Nees Erva

Stenandrium mandioccanum Nees Erva

AGAVACEAE (1/1) Furcraea gigantea Vent. Erva

ALSTROEMERIACEAE (2/2) Alstroemeria caryophyllaea Jacq. Erva

Bomarea edulis (Tussac) Herb. Trepadeira

AMARANTHACEAE (3/4) Celosia grandifolia Moq. Erva

Chamissoa altissima (Jack.) Kunth Trepadeira

Chamissoa macrocarpa Kunth Trepadeira

Pfaffia paniculata (Mart.) Kuntze Trepadeira

AMARYLLIDACEAE (1/2) Hippeastrum reginae (L.) Herb. Erva

Hippeastrum reticulatum (L.Hér.) Herb. Erva

ANACARDIACEAE (5/9) Astronium fraxinifolium Schott ex Spreng. Árvore

Astronium glaziovii Mattick Árvore

Astronium gracile Endl. Árvore

Astronium graveolens Jacq. Árvore

Myracrodruon urundeuva Allemão Árvore

Schinus terebinthifolius Raddi Árvore

Spondias mombin L. Árvore

Spondias venulosa Mart. ex Engl. Árvore

Tapirira guianensis Aubl. Árvore

ANNONACEAE (4/6) Annona acutifolia Mart. Árvore

Duguetia sessilis (Vell.) Maas Árvore

Guatteria nigrescens Mart. Árvore

Guatteria reflexa R.E.Fr. Arbusto

Rollinia emarginata Schltdl. Árvore

Rollinia parviflora A. St. Hil. Árvore

APOCYNACEAE (9/15) Aspidosperma gomezianum A.DC. Árvore

Aspidosperma parvifolium A.DC. Árvore

Condylocarpon isthmicum (Vell.) A. DC. Trepadeira

Forsteronia pilosa (Vell.) Müll. Arg. Trepadeira

Forsteronia thyrsoidea (Vell.) Müll. Arg. Trepadeira

Geissospermum laeve (Vell.) Miers Árvore

Malouetia arborea (Vell.) Miers Árvore

Mandevilla crassinoda (Gardner) Woodson Trepadeira

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Mandevilla guanabarica Cassareto ex M.F.

Salles, Kin-Gouw. & A.O. Simões

Trepadeira

Peltastes peltatus (Vell.) Woodson Trepadeira

Prestonia coalita (Vell.) Woodson. Trepadeira

Prestonia denticulata (Vell.) Woodson Trepadeira

Prestonia didyma (Vell.) Woodson Trepadeira

Tabernaemontana histrix Steud. Árvore

Tabernaemontana laeta Mart. Árvore

ARACEAE (6/25) Anthurium comtum Schott Erva

Anthurium coriaceum G. Don Erva

Anthurium harrisii (Grah.) Enoll. Erva

Anthurium intermedium Kunth Hemiepífita

Anthurium luschnathianum Kunth Erva

Anthurium maximiliani Schott Erva

Anthurium minarum Sakuragui et Mayo Erva

Anthurium parasiticum (Vell.) Stellfeld. Hemiepífita

Anthurium pentaphyllum (Aubl.) G. Don. Hemiepífita

Anthurium scandens (Aubl.) Engl. Erva

Anthurium sucrei G.M. Barroso Erva

Anthurium validinervium Engl. Erva

Asterostigma lombardii E.G. Gonçalves Erva

Heteropsis rigidifolia Engl. Hemiepífita

Monstera adansonii var. klotzschiana

(Schott) Madison

Hemiepífita

Philodendron bipennifolium Schott Hemiepífita

Philodendron corcovadense Kunth Hemiepífita

Philodendron cordatum Kunth ex Schott Hemiepífita

Philodendron crassinervium Lindl. Hemiepífita

Philodendron ochrostemon Schott Hemiepífita

Philodendron ornatum Schott Hemiepífita

Philodendron pedatum (Hook.) Kunth Hemiepífita

Philodendron propingium Schott Hemiepífita

Philodendron speciosum Schott ex Engl. Hemiepífita

Syngonium vellozianum Schott Hemiepífita

ARALIACEAE (2/2) Dendropanax monogynus (Vell.) Seem. Arbusto

Schefflera succinea Frodin & Fiaschi Árvore

ARECACEAE (7/8) Astrocaryum aculeatissimum (Schott)

Burret

Árvore

Attalea humilis Mart. Erva

Bactris caryotifolia Mart. Árvore

Bactris setosa Mart. Árvore

Desmoncus polycanthos Mart. var.

polycanthos

Trepadeira

Euterpe edulis Mart. Árvore

Geonoma elegans Mart. Árvore

Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Árvore

ARISTOLOCHIACEAE (1/4) Aristolochia cymbifera Mart. et Zucc. Trepadeira

Aristolochia odora Steud. Trepadeira

Aristolochia raja Mart. et Zucc. Trepadeira

Aristolochia rumicifolia Mart. et Zucc. var.

oblonga

Trepadeira

ASCLEPIADACEAE (5/6) Ditassa burchellii Hook. et Arn. Trepadeira

Macroditassa grandiflora (E. Fourn.)

Malme

Trepadeira

Marsdenia loniceroides E. Fourn. Trepadeira

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Marsdenia suberosa (E. Fourn.) Malme Trepadeira

Oxypetalum banksii Schult. subsp. banksii Trepadeira

Peplonia riedelii (E. Fourn.) Fontella &

Rapini

Trepadeira

ASTERACEAE (18/25) Baccharis serrulata (Lam.) Pers. Erva

Barlettina hemisphaerica (DC.) R.M. King

& H. Robinson

Erva

Barrosoa apiculata (Gardn.) R.M. King &

H. Robinson

Erva

Barrosoa organensis (Gardn.) R.M. King &

H. Robinson

Erva

Campuloclinium macrocephalum (Less.)

DC.

Erva

Chromolaena odorata (L.) R.M. King & H.

Robinson

Erva

Delilia biflora (L.) Kuntze Erva

Eupatorium odoratum L. Erva

Gochnatia polymorpha (Less.) Cabrera Árvore

Hebeclinium macrophyllum (L.) DC. Erva

Heterocondylus vitalbae (DC.) R.M. King

& H. Robinson

Erva

Idiothamnus pseudorgyalis R.M. King & H.

Robinson

Erva

Koanophyllon tinctorium Arruda ex H.

Kost.

Trepadeira

Mikania hastifolia Baker Trepadeira

Praxelis clematidea (Griseb.) R.M. King &

H. Robinson

Erva

Tilesia baccata (L.) Pruski Erva

Trixis antimenorrhoea (Schrank) Kuntze Erva

Vernonia brasiliensis (Spreng.) Less. Erva

Vernonia cinerea (Less.) Less. Erva

Vernonia megaphylla Hieron Arbusto

Vernonia muricata DC. Erva

Vernonia persicifolia Desf. Erva

Vernonia rupestris Gardner Árvore

Vernonia serrulata (Lam.) Pers. Erva

Youngia japonica (L.) DC. Erva

BALANOPHORACEAE (1/1) Lophophytum mirabile Schott et Endl. var.

mirabile.

Saprófita

BEGONIACEAE (1/5) Begonia hirtella Link Erva

Begonia maculata Raddi Erva

Begonia reniformis Dryander Erva

Begonia salicifolia A. DC. Erva

Begonia tomentosa Schott Erva

BIGNONIACEAE (16/29) Adenocalymma bracteatum (Cham.) DC. Trepadeira

Adenocalymma marginatum (Cham.) DC. Trepadeira

Adenocalymma paulistarum Bureau & K.

Schum.

Trepadeira

Adenocalymma subsessilifolium DC. Arbusto

Adenocalymma trifoliatum (Vell.) R.C.

Laroche

Trepadeira

Anemopaegma chamberlaynii (Sims)

Bureau ex K. Schum.

Trepadeira

Anemopaegma prostratum DC. Trepadeira

Arrabidaea conjugata (Vell.) Mart. Trepadeira

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Arrabidaea leucopogon (Cham.) Sandwith Trepadeira

Arrabidaea rego (Vell.) DC. Trepadeira

Arrabidaea selloi (Spreng.) Sandwith Trepadeira

Arrabidaea subincana Mart. Trepadeira

Clytostoma binatum (Thunb.) Sandwith Trepadeira

Clytostoma sciuripabulum Bureau & K.

Schum.

Trepadeira

Cybistax antisyphilitica (Mart.) Mart. Árvore

Glaziovia bauhinioides Bureau ex Baill. Trepadeira

Jacaranda jasminoides (Thunb.) Sandwith Arbusto

Jacaranda micrantha Cham. Árvore

Lundia cordata (Vell.) A. DC. Trepadeira

Mansoa difficilis (Cham.) Bureau & K.

Schum.

Trepadeira

Mansoa lanceolata (DC.) A.H. Gentry Trepadeira

Parabignonia unguiculata (Vell.) A.H.

Gentry

Trepadeira

Pithecoctenium crucigerum (L.) A.H.

Gentry

Trepadeira

Sparattosperma leucanthum (Vell.) K.

Schum.

Árvore

Stizophyllum perforatum (Cham.) Miers Trepadeira

Tabebuia chrysotricha (Mart. ex DC.)

Standl.

Árvore

Tabebuia ochracea (Cham.) Standl. Árvore

Tynanthus micranthus Correa de Mella ex

K. Schum.

Trepadeira

Xylophragma pratense (Bureau & K.

Schum.) Sprague

Trepadeira

BOMBACACEAE (5/8) Bombacopsis glabra (Pasq.) A. Robyns Árvore

Bombacopsis stenopetala (Casar.) A.

Robyns

Árvore

Ceiba crispiflora (Kunth) Ravenna Árvore

Ceiba erianthos (Cav.) K. Schum. Arbusto

Ceiba insignis (K. Schum.) P.E. Gibbs &

Semir

Árvore

Eriotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns Árvore

Pseudobombax grandiflorum (Cav.) A.

Robyns

Árvore

Quararibea turbinata (Sw.) Poir. Arbusto

BORAGINACEAE (2/13) Cordia aberrans Johnst. Árvore

Cordia curassavica (Jacq.) Roem. & Schult. Arbusto

Cordia guazumaefolia (Desv.) Roem. &

Schult.

Arbusto

Cordia magnoliifolia Cham. Árvore

Cordia ochnacea DC. Árvore

Cordia superba Cham. Árvore

Cordia taguahyensis Vell. Árvore

Cordia trichoclada DC. Árvore

Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. ex Steud. Árvore

Tournefortia bicolor Sw. Arbusto

Tournefortia gardneri A. DC. Trepadeira

Tournefortia paniculata Vent. Arbusto

Tournefortia salicifolia A. DC. Arbusto

BROMELIACEAE (14/41) Aechmea fasciata (Lindl.) Baker var.

fasciata

Erva

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Aechmea floribunda Mart. ex Schult. f. Erva

Aechmea nudicaulis (L.) Griseb. var.

nudicaulis

Erva

Aechmea organensisWawra Erva

Aechmea purpureo-rosea (Hook.) Wawra Erva

Aechmea ramosa var. ramosa Mart. ex

Schult. f.

Erva

Aechmea sphaerocephala Baker Erva

Alcantarea glaziouana (Lemaire) Leme Erva

Billbergia amoena (Lodd.) Lindl. Erva

Billbergia iridifolia (Nees & Mart.) Lindl. Erva

Billbergia pyramidalis (Sims.) Lindl. var.

pyramidalis

Erva

Billbergia zebrina (Herbert) Lindl. Erva

Bromelia antiacantha Bertoloni Erva

Cryptanthus acaulis (Lindl.) Beer Erva

117

Edmundoa lindenii (Regel) Leme Erva

X Hohemea itaipuana B.R. Silva & L.O.F.

Sousa

Erva

Hohenbergia augusta (Vell.) E. Morren Erva

Neoregelia abendrothae L.B. Smith Erva

Neoregelia ampullacea (E. Morren) L.B.

Smith

Erva

Neoregelia cruenta (R. Graham) L.B. Smith Erva

Neoregelia sapiatibensis E. Pereira & L.A.

Pereira

Erva

Nidularium sp. Erva

Pitcairnia albiflos Herbert Erva

Pitcairnia flammea Lindl. Erva

Pitcairnia staminea Loddiges Erva

Pseudoananas sagenarius (Arruda da

Câmara) Camargo

Erva

Quesnelia liboniana (De Longhe) Mez Erva

Tillandsia araujei Mez Erva

Tillandsia dura Baker Erva

Tillandsia gardneri Lindl. Erva

Tillandsia geminiflora Brongniart Erva

Tillandsia recurvata (L.) L. Erva

Tillandsia stricta Soland. var. stricta Erva

Tillandsia usneoides (L.) L. Erva

Vriesea botafogensis Mez Erva

Vriesea costae E. Leme & B. Rezende Erva

Vriesea eltoniana Pereira & Ivo Erva

Vriesea flamea L.B. Smith Erva

Vriesea neoglutinosa Mez Erva

Vriesea procera (Mart. ex Schult. f.) Wittm. Erva

Vriesea psittacina (Hook.) Lindl. Erva

BURSERACEAE (1/1) Protium widgrenii Engl. Árvore

CACTACEAE (9/16) Brasiliopuntia brasiliensis (Willd.) A. Berg. Arbusto

Coleocephalocereus fluminensis (Miq.)

Backeb

Erva

Epiphyllum phyllanthus (L.) Haw. Erva

Hylocereus setaceus (Salm-Dyck) R. Bauer Erva

Lepismium cruciforme (Vell.) Miquel Erva

Lepismium grandiflora (Haw.) Backeb. Erva

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Opuntia monacantha Haw. Erva

Pereskia aculeata Mill. Trepadeira

Pereskia grandiflora Pfeiff. subsp.

grandiflora

Árvore

Pilosocereus arrabidae (Lem.) Byles ex

G.D. Rowley.

Erva

Rhipsalis cereoides (Backeb & Voll.)

Backeb.

Erva

Rhipsalis lindbergiana K. Schum. Erva

Rhipsalis mesembryanthemoides Haworth Erva

Rhipsalis oblonga Loefgren Erva

Rhipsalis paradoxa (Salm-Dyck ex Pfeiff.)

Salm-Dyck subsp. paradoxa

Erva

Rhipsalis teres (Vell.) Steud. Erva

CANNACEAE (1/1) Canna denudata Roscoe Erva

CAPPARACEAE (4/6) Capparidastrum brasilianum (DC.) Hutch. Arbusto

Capparis flexuosa (L.) L. Arbusto

Capparis lineata Pers. Trepadeira

Cleome dendroidea Schult. f. Arbusto

Cleome diffusa Banks ex DC. Arbusto

Crateva tapia L. Árvore

CECROPIACEAE (2/3) Cecropia glaziovi Snethlage Árvore

Cecropia lyratiloba Miquel Árvore

Coussapoa curranii S.F. Blake Árvore

CELASTRACEAE (1/5) Maytenus aquifolium Mart. Árvore

Maytenus ardisiifolia Reissek Árvore

Maytenus brasiliensis Mart. Árvore

Maytenus communis Reiss. Árvore

Maytenus commuta Reissek Árvore

CHRYSOBALANACEAE (1/2) Hirtella hebeclada Moric. ex DC. Árvore

Hirtella triandra Sw. subsp. punctulata

(Miq.) G.T. Prance Árvore

CLUSIACEAE (4/7) Clusia criuva Cambess. Árvore

Clusia fluminensis Planch. & Triana Árvore

Garcinia brasiliensis Mart. Árvore

Garcinia gardneriana (Planch. & Triana)

Zappi

Árvore

Kielmeyera membranacea Casar. Árvore

Kielmeyera rizziniana Saddi Árvore

Tovomita leucantha (Schltdl.) Planch. &

Triana

Árvore

COMMELINACEAE (5/6) Dichorisandra hexandra (Aubl.) Standl. Erva

Dichorisandra thyrsiflora J.C. Mikan Erva

Gibasis geniculata (Jacq.) Rohweder Erva

Siderasis fuscata (Lood.) Moore Erva

Tradescantia zanonia (L.) Sw. Erva

Tripogandra elongata (G. Mey) Woodson Erva

CONNARACEAE (1/1) Connarus nodosus Baker Trepadeira

CONVOLVULACEAE (5/10) Evolvulus glomeratus Nees & Mart. Erva

Evolvulus nummularius (L.) L. Erva

Ipomoea daturaeflora Meissn. Trepadeira

Ipomoea philomega (Vell.) House Trepadeira

Ipomoea syringaefolia Meissner Trepadeira

Ipomoea tiliacea (Willd.) Choisy Trepadeira

Jaquemontia holosericea (Weinm.)

O‟Donell

Trepadeira

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Jacquemontia martii Choisy Trepadeira

Merremia umbellata (L.) Hallier f. Trepadeira

Operculina macrocarpa (L.) Urb. Trepadeira

COSTACEAE (1/1) Costus spiralis (Jacq.) Roscoe var. spiralis Erva

CRASSULACEAE (1/1) Kalanchoe crenata (Andrews) Haw. Erva

CUCURBITACEAE (4/10) Cayaponia martiana Cogn. Trepadeira

Cayaponia fluminensis (Vell.) Cogn. Trepadeira

Cayaponia trifoliata (Cogn.) Cogn. Trepadeira

Cayaponia trilobata Cogn. Trepadeira

Fevillea trilobata L. Trepadeira

Melothria cucumis Vell. var. cucumis Trepadeira

Melothria fluminensis Gardner var.

fluminensis

Trepadeira

Wilbrandia ebracteata Cogn. Trepadeira

Wilbrandia glaziovii Cogn. Trepadeira

Wilbrandia verticillata (Vell.) Cogn. Trepadeira

CUNONIACEAE (1/1) Lamanonia ternata Vell. Árvore

CYPERACEAE (7/11) Becquerelia cymosa Brongn. Erva

Cyperus dichromennaeformis Kunth Erva

Cyperus hermaphroditus (Jacq.) Standl. Erva

Cyperus laxus Lam. Erva

Cyperus pohlii (Nees) Steud. Erva

Fimbristylis littoralis Gaudich. Erva

Pleurostachys puberula Boeck. Erva

Pleurostachys stricta Kunth Erva

Rhynchospora exaltata Kunth. Erva

Scleria secans (L.) Urb. Erva

Trilepis lhotzkiana Nees ex Arn. Erva

DICHAPETALACEAE (1/1) Stephanopodium sessile Rizzini Árvore

DILLENIACEAE (1/1) Davilla rugosa Poir. Trepadeira

DIOSCOREACEAE (1/10) Dioscorea altissima Lam. Trepadeira

Dioscorea cinnamomifolia Hook. & Griseb. Trepadeira

Dioscorea coronata Hauman Trepadeira

Dioscorea debilis Uline Trepadeira

Dioscorea dodecaneura Vell. Trepadeira

Dioscorea mollis Mart. Trepadeira

Dioscorea ovata Vell. Trepadeira

Dioscorea piperifolia Humb. & Bonpl. ex

Willd.

Trepadeira

Dioscorea sinuata Vell. Trepadeira

Dioscorea sp. Trepadeira

ELAEOCARPACEAE (1/3) Sloanea garckeana K. Schum. Árvore

Sloanea guianensis (Aubl.) Benth. Árvore

Sloanea monosperma Vell. Árvore

ERYTHROXYLACEAE (1/4) Erythroxylum frangulifolium A. St. Hil. Árvore

Erythroxylum gaudichaudii Peyr. Árvore

Erythroxylum magnoliifolium A. St. Hil. Árvore

Erythroxylum pulchrum A. St. Hil. Árvore

EUPHORBIACEAE (22/42) Acalypha amblyodonta Müll. Arg. (Müll.

Arg.)

Arbusto

Acalypha brasiliensis Müll. Arg. var.

brasiliensis

Arbusto

Acalypha gracilis Müll. Arg. Arbusto

Actinostemon klotzschii (Didr.) Pax Arbusto

Actinostemon concolor (Spreng.) Müll. Arg. Arbusto

Actinostemon echinatus Müll. Arg. Árvore

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Actinostemon verticillatus (Klotzsch) Baill. Arbusto

Alchornea glandulosa subsp. iricurana

(Casar.) Secco

Árvore

Algernonia brasiliensis Baill. Árvore

Bernardia axillaris (Spreng.) Müll. Arg. Arbusto

Croton celtidifolius Baill. Árvore

Croton compressus Lam. Árvore

Croton floribundus Spreng. Árvore

Croton klotzschii (Didr.) Baill. Arbusto

Croton lobatus L. Arbusto

Croton urticifolius Lam. Arbusto

Dalechampia alata Müll. Arg. Trepadeira

Dalechampia brasiliensis Lam. Trepadeira

Dalechampia convolvuloides Lam. Trepadeira

Dalechampia micromeria Baill. Trepadeira

Dalechampia pentaphylla Lam. Trepadeira

Dalechampia triphylla Lam. Trepadeira

Ditaxis simoniana Casar. Arbusto

Euphorbia comosa Vell. Erva

Euphorbia insulana Vell. Erva

Jatropha gossypiifolia L. Arbusto

Joannesia princeps Vell. Árvore

Julocroton fuscescens (Spreng.) Baill. Arbusto

Julocroton triqueter (Lam.) Didr. Arbusto

Manihot leptopoda (Müll. Arg.) D.J. Rogers

& Appan

Arbusto

Margaritaria nobilis L.f. Árvore

Pachystroma longifolium (Nees.) I.M.

Johnt.

Árvore

Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. Árvore

Pera leandri Baill. Árvore

Romanoa tamnoides (A. Juss.) A. Radcliffe

Smith

Trepadeira

Sapium glandulatum (Vell.) Pax. Árvore

Sebastiania brasiliensis Spreng. Árvore

Sebastiania gaudichaudii (Müll. Arg.) Müll.

Arg.

Arbusto

Sebastiania nervosa Müll. Arg. Árvore

Stillingia dichotoma Müll. Arg. Arbusto

Tetraplandra leandri Baill. Árvore

Tragia volubilis L. Trepadeira

FLACOURTIACEAE (4/9) Carpotroche brasiliensis (Raddi) Engl. Árvore

Casearia commersoniana Cambess. Arbusto

Casearia luetzelbergii Sleumer Árvore

Casearia obliqua Spreng. Árvore

Casearia oblongifolia Cambess. Árvore

Casearia sylvestris Swartz Árvore

Prockia crucis P. Browne ex L. Arbusto

Xylosma ciliatifolia (Clos) Eichler Árvore

Xylosma glaberrima Sleumer Árvore

GESNERIACEAE (3/6) Codonanthe gracilis (Mart.) Hanstein Erva

Paliavana prasinata (Ker-Gawl) Benth. Erva

Sinningia aggregata (Ker-Gawl) Wiekler Erva

Sinningia bulbosa (Ker-Gawl) Wiehler Erva

Sinningia pusilla (Mart.) Baill. Erva

Sinningia speciosa (Lood.) Hiern Erva

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

HELICONIACEAE (1/4) Heliconia angusta Vell. Erva

Heliconia episcopalis Vell. Erva

Heliconia lacletteana Emygdio & Santos Erva

Heliconia spathocircinata Aristeg. Erva

HERRERIACEAE (1/1) Herreria salsaparilha Mart. Trepadeira

HIPPOCRATEACEAE (2/2) Hippocratea volubilis L. Trepadeira

Salacia arborea (Leandro) Peyr. Árvore

ICACINACEAE (2/2) Citronella paniculata (Mart.) R.A. Howard Arbusto

Leretia cordata Vell. Trepadeira

IRIDACEAE (1/2) Neomarica candida (Hassl.) Sprague Erva

Neomarica gracilis (Herb.) Sprague Erva

LACISTEMATACEAE (1/2) Lacistema pubescens Mart. Árvore

Lacistema serrulatum Mart. Árvore

LAURACEAE (7/20) Aniba brittonii Mez Árvore

Aniba firmula (Nees & Mart.) Mez Árvore

Cryptocarya moschota Nees & Mart. ex

Nees

Árvore

Cryptocarya saligna Mez Árvore

Endlicheria glomerata Mez Árvore

Nectandra oppositifolia Nees Árvore

Nectandra puberula (Schott) Nees Árvore

Nectandra reticulata (Ruiz et Pavon) Mez Árvore

Ocotea aniboides Mez Árvore

Ocotea brachybotrya (Meisn.) Mez Árvore

Ocotea daphnifolia (Meisn.) Mez Árvore

Ocotea diospyrifolia (Miesn.) Mez Árvore

Ocotea elegans Mez Árvore

Ocotea microbotrys (Meisn.) Mez Árvore

Ocotea odorifera (Vell.) Rohwer Árvore

Ocotea schotii (Miesn.) Mez Árvore

Ocotea tenuiflora (Nees) Mez Árvore

Phyllostemonodaphne geminiflora (Mez)

Kosterm.

Árvore

Urbanodendron bahiense (Meiss.) Rohwer Árvore

Urbanodendron verrucosum (Nees) Mez Árvore

LECYTHIDACEAE (4/4) Cariniana legalis (Mart.) Kuntze Árvore

Couratari pyramidata (Vell.) Knuth Árvore

Eschweilera compressa (Vell.) Miers Arbusto

Lecythis pisonis Camb. Árvore

LEGUMINOSAE (39/85) Abarema cochliocarpus (Gomes) R.C.

Barneby & J.W. Grimes

Árvore

Acosmium lentiscifolium Schott. Árvore

Albizia polycephala (Benth.) Killip ex

Record

Árvore

Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan Árvore

Apuleia leiocarpa (Vogel) J.F. Macbr. Árvore

Bauhinia forficata Link Árvore

Bauhinia longifolia (Bong.) Steud. Árvore

Bauhinia microstachya (Raddi) J.F. Macbr. Trepadeira

Bauhinia radiata Vell. Trepadeira

Caesalpinia echinata Lam. Árvore

Caesalpinia ferrea Mart. Árvore

Caesalpinia pluviosa var. peltophoroides

(Benth.) G.P. Lewis

Árvore

Camptosema isopetalum (Lam.) Taub. Trepadeira

Canavalia parviflora Benth. Trepadeira

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Centrolobium tomentosum Guill. ex Benth. Árvore

Centrosema sagittatum (Humb. & Bonpl.

ex Willd.) Brandeg. ex L. Riley

Trepadeira

Centrosema virginianum (L.) Benth. Trepadeira

Chaetocalyx scandens (L.) Urb. Trepadeira

Chamaecrista glandulosa var. brasiliensis

(Vogel) H.S. Irwin & R.C. Barneby

Erva

Copaifera trapezifolia Hayne Árvore

Crotalaria verrucosa L. Erva

Dalbergia frutescens (Vell.) Britton Trepadeira

Dalbergia lateriflora Benth. Trepadeira

Dioclea violacea Mart. ex Benth. Trepadeira

Diplotropsis incexis Rizzini & A. Mattos Trepadeira

Exostyles venusta Schott ex Spreng. Árvore

Galactia striata (Jacq.) Urb. Trepadeira

Inga capitata Desv. Árvore

Inga congesta T.D. Penn. Árvore

Inga cordistipula Mart. Árvore

Inga flagelliformis (Vell.) Mart. Árvore

Inga lanceifolia Benth. Árvore

Inga laurina (Sw.) Willd. Árvore

Inga lenticellata Benth. Árvore

Inga sellowiana Benth. Árvore

Inga subnuda subsp. luschnathiana (Benth.)

T.D. Penn.

Árvore

Lonchocarpus virgilioides (Vogel) Benth. Árvore

Machaerium aculeatum Raddi Trepadeira

Machaerium angustifolium Vogel Árvore

Machaerium firmum Benth. Árvore

Machaerium hirtum (Vell.) Stellf. Árvore

Machaerium incorruptibile Allemão Árvore

Machaerium lanceolatum (Vell.) J.F.

Macbr.

Trepadeira

Machaerium leucopterum Vogel Árvore

Machaerium oblongifolium Vogel Trepadeira

Machaerium pedicellatum Vogel Árvore

Machaerium reticulatum Pers. Trepadeira

Mimosa arenosa (Willd.) Poiret. Árvore

Mimosa artemisiana Heringer & Paula Árvore

Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Árvore

Mimosa caesalpiniifolia Benth. Árvore

Mimosa extensa Benth. Arbusto

Mimosa schomburgkii Benth. Árvore

Mimosa velloziana Mart. Trepadeira

Mucuna urens L. Trepadeira

Ormosia arborea (Vell.) Harms Árvore

Piptadenia adiantoides (Spreng.) J.F.

Macbr.

Trepadeira

Piptadenia gonoacantha (Mart.) J.F. Macbr. Árvore

Piptadenia paniculata Benth. Árvore

Platymiscium floribundum Vogel Árvore

Pseudopiptadenia contorta (DC.) G.P.

Lewis & M.P. Lima

Árvore

Pseudopiptadenia inaequalis (Benth.)

Rauschert

Árvore

Pseudopiptadenia schumanniana (Taub.) Árvore

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Lewis & M. Lima

Pterocarpus rohrii Vogel Árvore

Pterogyne nitens Tul. Árvore

Senegalia bahiensis (Benth.) Seigler &

Ebinger

Árvore

Senegalia lacerans (Benth.) Seigler &

Ebinger

Trepadeira

Senegalia martiusiana (Steud.) Seigler &

Ebinger

Trepadeira

Senegalia mikanii (Benth.) Seigler &

Ebinger

Trepadeira

Senegalia pteridifolia (Benth.) Seigler &

Ebinger

Trepadeira

Senegalia velutina (DC.) Seigler & Ebinger Árvore

Senegalia sp. 1 Trepadeira

Senegalia sp. 2 Trepadeira

Senna affinis (Benth.) H.S. Irwin & R.C.

Barneby

Arbusto

Senna macranthera (Collad.) H.S. Irwin &

R.C. Barneby var. macranthera

Árvore

Senna pendula (Willd.) H.S. Irwin & R.C.

Barneby

Arbusto

Sophora tomentosa L. Arbusto

Swartzia apetala Raddi var. apetala Árvore

Swartzia langsdorffii Raddi Árvore

Swartzia simplex var. grandiflora (Raddi)

R.S. Cowan

Árvore

Teramnus volubilis Sw. Trepadeira

Vigna adenantha (G. Mey) Maréchal,

Mascherpa & Stainer

Trepadeira

Vigna speciosa (Kunth) Verdc. Trepadeira

Zollernia glabra (Spreng.) Yakovlev Árvore

Zornia latifolia Sm. Erva

LOGANIACEAE (1/1) Strychnos acuta Progel Trepadeira

LORANTHACEAE (1/2) Struthanthus marginatus (Desr.) Blume Parasita

Struthanthus maricensis Rizz. Parasita

MALPIGHIACEAE (10/21) Amorimia rigida (A. Juss.) W.R. Anderson Trepadeira

Banisteriopsis sellowiana (A. Juss.) B.

Gates

Trepadeira

Bunchosia maritima (Vell.) J.F. Macbr. Arbusto

Byrsonima laxiflora Griseb. Árvore

Heteropterys bicolor A. Juss. Trepadeira

Heteropterys chrysophylla (Lam.) Kunth Trepadeira

Heteropterys fluminensis (Griseb.) W.R.

Anderson

Trepadeira

Heteropterys leschenaultiana A. Juss. Trepadeira

Heteropterys pauciflora A. Juss. Trepadeira

Heteropterys sericea (Cav.) A. Juss. Trepadeira

Heteropterys ternstroemiifolia A. Juss. Trepadeira

Mascagnia sepium (A. Juss.) Griseb. Trepadeira

Niedenzuella acutifolia (Cavanilles) W.R.

Anderson

Trepadeira

Peixotoa hispidula A. Juss. Erva

Stigmaphyllon auriculatum (Cav.) A. Juss. Trepadeira

Stigmaphyllon gayanum A. Juss. Trepadeira

Stigmaphyllon lalandianum A. Juss. Trepadeira

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Stigmaphyllon paralias A. Juss. Trepadeira

Stigmaphyllon tomentosum A. Juss Trepadeira

Stigmaphyllon vitifolium A. Juss. Trepadeira

Thryallis brachystachys Lindl. Trepadeira

MALVACEAE (3/8) Abutilon anodoides A. St. Hil. & Naud. Arbusto

Abutilon bedfordianum (Hook.) A. St. Hil.

et Naud.

Arbusto

Abutilon pauciflorum A. St. Hil. Arbusto

Abutilon purpurascens (Link) K. Schum Arbusto

Hibiscus diversifolius subsp. rivularis

(Bremek. & Oberm.)

Arbusto

Pavonia malvacea (Vell.) Krapov. &

Cristobal

Arbusto

Pavonia nemoralis A. St. Hil. & Naud. Arbusto

Pavonia sepium A. St. Hil. Arbusto

MARANTACEAE (4/11) Calathea cylindrica (Roscoe) K.Schum. Erva

Calathea eichleri Petersen Erva

Calathea sphaerocephala K. Schum. Erva

Calathea truncata (Link) K. Schum. Erva

Calathea violacea Lindley Erva

Calathea sp. nov. Erva

Maranta bicolor Ker-Gawl Erva

Maranta divaricata Roscoe Erva

Saranthe eichleri Petersen Erva

Saranthe leptostachya Eichler Erva

Stromanthe tonckat (Aubl.) Eichler Erva

MARCGRAVIACEAE (1/1) Schwartzia brasiliensis (Choise) Bedell ex

Giraldo-Canãs

Trepadeira

MELASTOMATACEAE (4/11) Clidemia hirta (L.) D. Don. Arbusto

Miconia albicans (Sw.) Triana Arbusto

Miconia cinerascens Miq. Arbusto

Miconia cinnamomifolia (DC.) Naud. Árvore

Miconia latecrenata Triana Árvore

Miconia prasina (Sw.) DC. Árvore

Miconia staminea (Desr.) DC. Árvore

Ossea marginata (Desr.) Triana. Arbusto

Tibouchina corymbosa (Raddi) Cogn. Árvore

Tibouchina grandifolia Cogn. Árvore

Tibouchina granulosa (Desr.) Cogn. Árvore

MELIACEAE (4/12) Cabralea canjerana (Vell.) Mart. ssp.

canjerana

Árvore

Cedrela odorata L. Árvore

Guarea guidonia (L.) Sleumer Árvore

Guarea kunthiana A. Juss. Árvore

Guarea macrophylla subsp. tuberculata

(Vell.) T.D. Penn.

Árvore

Trichilia casaretti C. DC. Árvore

Trichilia catigua A. Juss. Árvore

Trichilia elegans subsp. richardiana T.D.

Penn.

Árvore

Trichilia hirta L. Árvore

Trichilia martiana C. DC. Árvore

Trichilia pseudostipularis (A. Juss.) C. DC. Arbusto

Trichilia silvatica C. DC. Árvore

MENISPERMACEAE (6/6) Abuta convexa (Vell.) Diels. Trepadeira

Chondrodendron platiphyllum (A. St. Hil.) Trepadeira

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Miers

Disciphania hernandia (Vell.) Barneby Trepadeira

Hyperbaena oblongifolia (Eichler.) Chodat

& Hassl.

Trepadeira

Odontocarya vitis Miers Trepadeira

Ungilipetalum filipendulum (Mart.)

Moldenthe

Trepadeira

MONIMIACEAE (2/5) Macrotorus utriculatus Perkins Arbusto

Mollinedia glabra (Spreng.) Perkins Arbusto

Mollinedia lamprophylla Perkins Árvore

Mollinedia longifolia Tulasne Arbusto

Mollinedia puberula Perkins Arbusto

MORACEAE (6/16) Brosimum guianense (Aubl.) Huber Árvore

Clarisia ilicifolia (Spreng) Lanjouw &

Rossberg

Árvore

Dorstenia arifolia Lam. Erva

Dorstenia cayapia Vell. Erva

Dorstenia turnerifolia Fisch. & Meyer Erva

Ficus adhatodifolia Schott ex Spreng. Árvore

Ficus arpazusa Casar. Árvore

Ficus citrifolia Miller Árvore

Ficus cyclophylla (Miquel) Miquel Árvore

Ficus enormis (Mart. ex Micq.) Miquel Árvore

Ficus gomeleira Kunth & C.D. Bouché Árvore

Ficus luschnathiana (Miquel) Miquel Árvore

Ficus tomentella (Miquel) Miquel Árvore

Pseudomedia hirtuta Kuhlmann Árvore

Sorocea hilarii Gaudich. Arbusto

Sorocea racemosa Gaudich. Arbusto

MYRISTICACEAE (1/1) Virola gardneri (A. DC.) Warb. Árvore

MYRSINACEAE (1/2) Myrsine coriacea (Sw.) R. Br. ex Roem. &

Schult.

Árvore

Myrsine guianensis (Albl.) Kuntze Árvore

MYRTACEAE (8/55) Calyptranthes grandiflora O. Berg Árvore

Calyptranthes lucida Mart. ex DC. Árvore

Calyptranthes obovata Kiaersk. Árvore

Campomanesia laurifolia Gardn. Árvore

Eugenia amazonica DC. Árvore

Eugenia bahiensis DC. Árvore

Eugenia bunchosiifolia Nied. Árvore

Eugenia candolleana DC. Árvore

Eugenia cuprea (O. Berg) Nied. Árvore

Eugenia excelsa O. Berg Árvore

Eugenia flamingensis O. Berg. Árvore

Eugenia florida DC. Árvore

Eugenia jurujubensis Kiaersk. Árvore

Eugenia marambaiensis M.C. Souza et

M.P. Morim

Árvore

Eugenia microcarpa O. Berg. Árvore

Eugenia monosperma Vell. Árvore

Eugenia neoglomerata Sobral Árvore

Eugenia oxyoentophylla Kiaersk. Árvore

Eugenia prasina O. Berg Árvore

Eugenia punicifolia (Kunth) DC. Árvore

Eugenia rostrata O. Berg Árvore

Eugenia rotundifolia Casar. Árvore

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Eugenia sulcata Spreng. ex Mart. Árvore

Eugenia tinguyensis Cambess. Árvore

Eugenia umbrosa O. Berg Árvore

Eugenia uniflora L. Arbusto

Eugenia villae-novae Kiaersk. Árvore

Eugenia xanthoxyloides Cambess. Árvore

Eugenia zucarini O. Berg Árvore

Eugenia nov. sp. 1 Árvore

Eugenia nov. sp. 2 Árvore

Eugenia nov. sp. 3 Árvore

Eugenia nov. sp. 4 Árvore

Marlierea choriophylla Kiaersk. Árvore

Marlierea excoriata Mart. Árvore

Marlierea glazioviana Kiaersk. Árvore

Marlierea obscura O. Berg Árvore

Marlierea racemosa (Vell.) Kiaersk. Árvore

Marlierea sylvatica (Gardner) Kiaersk. Árvore

Myrcia dilucida G.M. Barroso Árvore

Myrcia fallax (Rich.) DC. Árvore

Myrcia innovans Kiaersk. Árvore

Myrcia insularis (O. Berg) Kiaersk. Árvore

Myrcia ovata Cambess. Árvore

Myrcia pubipetala Miq. Árvore

Myrcia richardiana (O. Berg) Kiaersk. Árvore

Myrcia selloi (Spreng.) N. Silveira Árvore

Myrcia vittoriana Kiaersk. Árvore

Myrciaria floribunda (H. West ex Willd.)

O. Berg

Árvore

Myrciaria glazioviana (Kiaersk.) G.M.

Barroso ex Sobral

Árvore

Myrciaria guaquiea (Kiaersk.) Mattos & D.

Legrand

Árvore

Myrciaria sp. Árvore

Plinia ilhensis G.M. Barroso Árvore

Psidium cattleyanum Sabine Árvore

Psidium guineensis Sw. Árvore

NYCTAGINACEAE (3/4) Bougainvillea spectabilis Willd. Trepadeira

Guapira opposita (Vell.) Reitz Árvore

Guapira pernambucensis (Casar.) Lundell Trepadeira

Leucaster caniflorus (Mart.) Choisy Trepadeira

OCHNACEAE (1/3) Ouratea cuspidata Tiegh. Árvore

Ouratea oliviformis (A. St. Hil.) Engl. Arbusto

Ouratea parviflora (DC.) Baill. Arbusto

OLACACEAE (1/1) Heisteria perianthomega (Vell.) Sleumer Árvore

OLEACEAE (1/1) Chionanthus fluminensis (Miers) P.S. Green Arbusto

ORCHIDACEAE (20/28) Aspidogyne argentea (Vell.) Garay Erva

Brassavola tuberculata Hook. Erva

Campylocentrum robustum Cogn. Erva

Cattleya forbesii Lindl. Erva

Constantia rupestris Barb. Rodr. Erva

Corymborchis flava (Sw.) Kuntze Erva

Cyclopogon bicolor (Ker-Gawl) Schltr. Erva

Cyrtopodium polyphyllum (Vell.) Pabst ex

F. Barros

Erva

Eltroplectris triloba (Lindl.) Pabst Erva

Epidendrum denticulatum Barb. Rodr. Erva

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Epidendrum filicaule (Sw.) Lindl. Erva

Epidendrum rigidum Jacq. Erva

Habenaria leptoceras Hook. Erva

Habenaria parviflora Lindl. Erva

Maxillaria marginata Fenzl Erva

Octomeria alpina Barb. Rodr. Erva

126

Oeceoclades maculata (Lindl.) Lindl. Erva

Oncidium ciliatum Lindl. Erva

Oncidium fimbriatum Hoffmanns. Erva

Oncidium pumilum Lindl. Erva

Pleurothallis grobyi Lindl. Erva

Pleurothallis pardipes Rchb. f. Erva

Pleurothallis saundersiana Rchb. f. Erva

Prescottia plantaginea Lindl. Erva

Renanthera sp. Erva

Sarcoglottis fasciculata (Vell.) Schltr. Erva

Sophronites cernua Lindl. Erva

Vanilla bahiana Hoehne Trepadeira

PASSIFLORACEAE (1/9) Passiflora alata Curtis Trepadeira

Passiflora capsularis L. Trepadeira

Passiflora edulis Sims Trepadeira

Passiflora farneyi Pessoa & Cervi Trepadeira

Passiflora mucronata Lam. Trepadeira

Passiflora organensis Gardner Trepadeira

Passiflora racemosa Brot. Trepadeira

Passiflora setacea DC. Trepadeira

Passiflora suberosa L. Trepadeira

PHYTOLACCACEAE (2/2) Gallesia integrifolia (Spreng.) Harms. Árvore

Seguieria langsdorfii Miq. Árvore

PIPERACEAE (2/14) Peperomia arifolia Miq. Erva

Peperomia corcovadensis Gardner Erva

Peperomia incana (Haw.) Hook. Erva

Peperomia psilostachya C. DC. Erva

Peperomia rubricaulis (Nees) A. Dietr. Erva

Peperomia urocarpa Fisch. et Meyer Erva

Piper amalago var. medium (Jacq.) Yunck. Arbusto

Piper amplum Kunth Arbusto

Piper anisum (Sprengel) Angely Arbusto

Piper arboreum Aubl. var. arboreum Arbusto

Piper hispidum L. Arbusto

Piper hoffmannseggianum Roem. et Schult. Arbusto

Piper mollicomum Kunth Arbusto

Piper rivinoides Kunth Arbusto

POACEAE (9/11) Ichnanthus glaber (Raddi) A.S. Hitchc. Erva

Ichnanthus pallens (Sw.) Munro ex Benth. Erva

Lasiacis ligulata Hitchc. & Chase Trepadeira

Olyra ciliatifolia Raddi Erva

Olyra latifolia L. Erva

Oplismenus hirtellus (L.) P. Beauv. Erva

Panicum racemosum (P. Beauv.) Spreng. Erva

Pharus lappulaceus Aubl. Erva

Raddia brasiliensis Bertol. Erva

Saccharum asperum (Nees) Steud. Erva

Setaria parviflora (Poir) Kerguélen Erva

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

POLYGALACEAE (2/3) Polygala albicans (A.W. Benn.) Grondona Arbusto

Securidaca lanceolata A. St. Hil. & Moq. Trepadeira

Securidaca ovalifolia A. St. Hil. et Moq. Trepadeira

POLYGONACEAE (3/3) Coccoloba confusa Howard Arbusto

Ruprechtia lundii Meisn. Arbusto

Triplaris americana L. Árvore

PROTEACEAE (1/1) Roupala montana Aulb. var. paraensis

(Sleumer) K.S. Edwards

Árvore

RHAMNACEAE (2/2) Condalia buxifolia Reissek Arbusto

Reissekia smilacina (Sm.) Steud. Trepadeira

RUBIACEAE (22/54) Alseis floribunda Schott Árvore

Alseis involuta K.Schum. Arbusto

Anisomeris brasiliana (A. Rich.) Standl. Arbusto

Basanacantha calycina (Cham.) K. Schum. Arbusto

Bathysa mendoncaei K. Schum. Árvore

Borreria verticillata (L.) G. Meyer Erva

Chomelia brasiliana A. Rich. Arbusto

Coccocypselum cordifolium Nees & Mart. Erva

Coussarea accedens Müll. Arg. Arbusto

Coussarea capitata (Benth.) Benth. et

Hook. f.

Arbusto

Coussarea nodosa (Benth.) Müll. Arg. Arbusto

Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum. Árvore

Emmeorhiza umbellata (Spreng.) K. Schum. Trepadeira

Faramea calyciflora A. Rich. ex DC. Arbusto

Faramea coerulea (Nees & Mart.) DC. Arbusto

Faramea macrocalyx Müll. Arg. Arbusto

Faramea stipulacea (Cham. & Schltdl.)

DC.

Arbusto

Genipa americana L. Árvore

Hamelia patens Jacq. Trepadeira

Ixora gardneriana Benth. Árvore

Manettia mitis var. fimbriata (Cham. &

Schltdl.) K. Schum.

Trepadeira

Mitracarpus lhotzkyanus Cham. Erva

Posoqueria acutifolia Mart. Árvore

Psychotria brachyceras Müll. Arg. Arbusto

Psychotria carthagenensis Jacq. Arbusto

Psychotria cephalantha (Müll. Arg.)Standl. Arbusto

Psychotria chaenotricha DC. Arbusto

Psychotria deflexa DC. Arbusto

Psychotria leiocarpa Cham. et Schltdl. Arbusto

Psychotria nitidula Cham. & Schltdl. Arbusto

Psychotria racemosa Rich. Arbusto

Psychotria rauwolfioides Standl. Arbusto

Psycotria stenocalyx Müll. Arg. Arbusto

Psychotria subspathacea Müll. Arg. Arbusto

Psychotria subtriflora Müll. Arg. Arbusto

Psychotria suterella Müll. Arg. Arbusto

Psychotria tenuinervis Müll. Arg. Arbusto

Psychotria umbellurigera (Müll. Arg.)

Standl.

Arbusto

Psychotria sp. Arbusto

Randia armata (Sw.) DC. Arbusto

Rudgea coriacea (Spreng.) K. Schum. Arbusto

Rudgea coronata (Vell.) Müll. Arg. Arbusto

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Rudgea discolor Benth. Arbusto

Rudgea eugenioides Standl. Arbusto

Rudgea francavillana Müll. Arg. Arbusto

Rudgea interrupta Benth. Arbusto

Rudgea minor ssp. minor Benth. Arbusto

Rudgea recurva Müll. Arg. Arbusto

Rudgea umbrosa Müll.Arg. Arbusto

Rudgea sp. Arbusto

Simira sampaiona (Standl.) Steyerm. Árvore

Simira viridiflora (Allemão & Saldanha)

Steyerm.

Árvore

Tocoyena bullata (Vell.) Mart. Arbusto

Tocoyena sellowiana (Cham. & Schltdl.) K.

Schum.

Árvore

RUTACEAE (11/16) Almeida rubra A. St. Hil. Árvore

Balfourodendron riedelianum (Engl.) Engl. Árvore

Conchocarpus fontanesianus (A. St. Hil.)

Kallini & Pirani

Arbusto

Conchocarpus gaudichaudianus (A. St.

Hil.) Kallunchi & Pirani

Arbusto

Conchocarpus macrophyllus J.C. Mikan Arbusto

Conchocarpus ovatus (A. St. Hil. & Tul.)

Kallunki & Pirani

Arbusto

Erythrochiton brasiliensis Nees & Mart. Arbusto

Esenbeckia febrifuga (A. St. Hil.) Juss. Árvore

Esenbeckia grandiflora Mart. subsp.

grandiflora

Árvore

Fagara nigra (Mart.) Engl. Árvore

Galipea jasminiflora (A. St. Hil.) Engl. Árvore

Neoraputia alba (Nees & Mart.) Emmerich Árvore

Pilocarpus spicatus A. St. Hil. Arbusto

Rauia resinosa Nees & Mart. Árvore

Zanthoxylum rhoifolium Lam. Árvore

Zanthoxylum tingoassuiba A. St. Hil. Árvore

SAPINDACEAE (9/33) Allophylus edulis (A. St. Hil.) Radlk. Árvore

Allophylus heterophylus Radlk. Árvore

Allophylus puberulus (Cambess.) Radlk. Árvore

Allophylus semidentatus (Miq.) Radlk. Árvore

Allophylus sericeus (Cambess.) Radlk. Árvore

Cupania emarginata Cambess. Árvore

Cupania oblongifolia Mart. Árvore

Cupania platycarpa Radlk. Árvore

Cupania racemosa (Vell.) Radlk. Árvore

Matayba guianensis Aubl. Árvore

Paullinia coriacea Casar. Trepadeira

Paullinia fusiformis Radlk. Trepadeira

Paullinia meliifolia A. Juss. Trepadeira

Paullinia micrantha Cambess. Trepadeira

Paullinia racemosa Wawra Trepadeira

Paullinia trigonia Vell. Trepadeira

Serjania caracasana (Jacq.) Willd. Trepadeira

Serjania clematidifolia Cambess. Trepadeira

Serjania communis Cambess. Trepadeira

Serjania corrugata Radlk. Trepadeira

Serjania cuspidata Cambess. Trepadeira

Serjania dentata Radlk. Trepadeira

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Serjania elegans Cambess. Trepadeira

Serjania orbicularis Radlk. Trepadeira

Serjania tenuis Radlk. Trepadeira

Talisia coriacea Radlk. Árvore

Thinouia mucronata Radlk. Trepadeira

Thinouia scandens (Cambess.) Triana &

Planchon

Trepadeira

Tripterodendron filicifolium Radlk. Árvore

Urvillea glabra Cambess. Trepadeira

Urvillea laevis Radlk. Trepadeira

Urvillea stipitata Radlk. Trepadeira

Urvillea triphylla (Vell.) Radlk. Trepadeira

SAPOTACEAE (5/10) Chrysophyllum flexuosum Mart. Árvore

Chrysophyllum lucentifolium Cronquist Árvore

Ecclinusa ramiflora Mart. Árvore

Pouteria caimito (Ruiz & Pavon) Radlk. Árvore

Pouteria filipes Eyma Árvore

Pouteria guianensis Aubl. Árvore

Pouteria parviflora (Benth. ex Miq.) Radlk. Árvore

Pouteria psammophila (Mart.) Radlk. Árvore

Pradosia lactescens (Vell.) Radlk. Árvore

Sideroxylon obtusifolium (Humb. ex Roem.

& Schult.) T.D. Penn.

Árvore

SIMAROUBACEAE (2/2) Picramnia grandifolia Engler Arbusto

Simaba floribunda A. St. Hil. Árvore

SMILACACEAE (1/2) Smilax brasiliensis Spreng. var. grisebachii

A. DC.

Trepadeira

Smilax quinquenervia Vell. Trepadeira

SOLANACEAE (10/23) Acnistus arborescens (L.) Schltdl. Arbusto

Athenaea anonacea Sendtn. Arbusto

Aureliana fasciculata (Vell.) Sendtn. Arbusto

Brugmansia suaveolens (Humb. & Bonpl.

ex Willd.) Bercht. & J. Presl

Arbusto

Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don Arbusto

Capsicum flexuosum Sendtn. Arbusto

Cestrum laevigatum Schltdl. Arbusto

Dyssochroma viridiflora Miers Hemiepífita

Metternichia princeps Mikan var. princeps Árvore

Solanum alternatopinnatum Steud. Trepadeira

Solanum arenarium Sendtner Arbusto

Solanum argenteum Dun. Arbusto

Solanum asperum Rich. Arbusto

Solanum caavurana Vell. Arbusto

Solanum campaniforme Roem. & Schult. Árvore

Solanum curvispinum Dun. Arbusto

Solanum gnaphalocarpon Vell. Arbusto

Solanum megalochiton Mart. Arbusto

Solanum melissarum Bohs Arbusto

Solanum piluliferum Dun. Arbusto

Solanum polytrichum Sendtn. Arbusto

Solanum sublentum Hiern. Arbusto

Solanum torvum Sw. Arbusto

STERCULIACEAE (3/3) Guazuma crinita Mart. Árvore

Helicteris ovata Lam. Arbusto

Sterculia chicha A. St. Hil. ex Turpin Árvore

THEOPHRASTACEAE (1/1) Clavija spinosa (Vell.) Mez Arbusto

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

TILIACEAE (1/1) Luehea paniculata Mart. Árvore

TRIGONIACEAE (1/3) Trigonia eriosperma (Lam.) Fromm &

Santos

Trepadeira

Trigonia nivea Cambess. Trepadeira

Trigonia villosa Vell. Trepadeira

TURNERACEAE (1/2) Turnera lucida Urban Arbusto

Turnera serrata Vell. var. latifolia Arbusto

ULMACEAE (2/5) Celtis chichape (Wedd.) Miq. Árvore

Celtis ehrenbergiana (Klotzsch) Liebm. Árvore

Celtis iguanaea (Jacq.) Sarg. Árvore

Celtis pubescens (Kunth) Spreng. Árvore

Trema micrantha (L.) Blume Árvore

URTICACEAE (1/1) Boehmeria caudata Sw. Árvore

VELLOZIACEAE (2/2) Barbacenia purpurea Hook. Erva

Vellozia candida J.C. Mikan Erva

VERBENACEAE (2/5) Aegiphila chrysantha Haykek Arbusto

Aegiphila mediterranea Vell. Árvore

Aegiphila vitelliniflora Klotzsch ex Walp. Arbusto

Vitex polygama Cham. Árvore

Vitex rufescens A. Juss. Arbusto

VIOLACEAE (3/4) Amphirrhox longifolia (A. St. Hil.) Spreng. Arbusto

Anchietea pyrifolia var. hilariana (Eichl.)

Marquete et Dan.

Trepadeira

Rinorea guianensis Aubl. Arbusto

Rinorea laevigata (Solander ex Gingins)

Hekking

Arbusto

VITACEAE (1/5) Cissus paullinifolia Vell. Trepadeira

Cissus serroniana (Glaziou) Lombardi Trepadeira

Cissus simsiana Schult. & Schult. f. Trepadeira

Cissus sulcicaulis (Bak.) Planch. Trepadeira

Cissus verticillata (L.) Nicolson & C.E.

Javis

Trepadeira

VOCHYSIACEAE (1/1) Callisthene dryadum A.P. Duarte Árvore

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

ANEXO II

Listagem de espécies ruderais encontradas no Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, RJ.

FAMÍLIAS ESPÉCIES HÁBITO

ACANTHACEAE (1/1) Thunbergia alata Borjer Trepadeira

AMARANTHACEAE (2/2) Achyranthes aspera L. Erva

Alternanthera brasiliana var. villosa (Moq.)

Kuntze

Erva

ARACEAE (1/1) Dieffenbachia aff picta Schott Erva

ASTERACEAE (17/20) Acanthospermum hispidum DC. Erva

Achyrocline alata (Kunth) DC. Erva

Achyrocline satureioides (Lam.) DC. Erva

Baccharis dracunculifolia DC. Arbusto

Baccharis trinervis Pers. Erva

Bidens pilosa L. Erva

Blainvillea dichotoma (Murray) Stewart Erva

Centratherum punctatum Cass. Erva

Chaptalia nutans (L.) Pol. Erva

Conysa canadensis (L.) Cronquist Erva

Elephantopus mollis Kunth. Erva

Elvira biflora (L.) DC. Erva

Emilia coccinea (Sims) G. Don Erva

Galinsoga parviflora Cav. Erva

Mikania nigricans Gardn. Trepadeira

Pterocaulon virgatum (L.) DC. Erva

Tithonia diversifolia (Hemsl.) A. Gray Arbusto

Vernonia mariana Mart. ex Baker Erva

Vernonia scorpioides (Lam.) Pers. Erva

Wulffia stenoglossa (Cass.) DC. Erva

BRASSICACEAE (2/2) Brassica campestris subsp. rapa (L.) Hook.

f.

Erva

Crucifera virginica (L.) E.H.L. Krause Erva

COMMELINACEAE (2/3) Commelina benghalensis L. Erva

Commelina erecta L. Erva

Tripogandra elongata (G. Mey) Woodson Erva

CONVOLVULACEAE (2/4) Ipomoea aristolochiifolia G. Don Trepadeira

Ipomoea ramosissima (Poir.) Choisy Trepadeira

Merremia dissecta (Jacq.) Hallier f. Trepadeira

Merremia macrocalyx (Ruiz et Pavon)

O‟Donnell

Trepadeira

CUCURBITACEAE (1/1) Momordica charantia L. Trepadeira

CYPERACEAE (3/7) Bulbostylis capillaris (L.) C.B. Clarke Erva

Cyperus distans L.f. Erva

Cyperus entrerianus Boeck. Erva

Cyperus haspan L. Erva

Cyperus iria L. Erva

Cyperus ligularis L. Erva

Eleocharis nodulosa (Roth) Schult. Erva

EUPHORBIACEAE (7/13) Acalypha communis Müll. Arg. Erva

Acalypha poiretii Spreng. Erva

Chamaesyce hirta (L.) Millsp. Erva

Chamaesyce hyssopifolia (L.) Small Erva

Chamaesyce prostrada (Ailton) Small Erva

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

Cnidosculos urens (L.) Arthur Erva

Croton glandulosus L. Erva

Euphorbia graminea Jacq. Erva

Euphorbia heterophylla L. Erva

Phyllanthus niruri var. amarus (Schum. &

Thonn.) Leandri

Erva

Phyllanthus subemarginatus Müll. Arg. Erva

Phyllanthus tenellus Roxb. Erva

Ricinus communis L. Erva

HYPOXIDACEAE (1/1) Hypoxis decumbens L. Erva

LAMIACEAE (4/4) Leucas martinicensis (Jacq.) R.Br. Erva

Marsipianthes chamaedrys (Vahl) Kuntze Erva

Ocimum gratissimum L. Erva

Salvia splendens Sellow ex Wied-Neuw. Erva

LEGUMINOSAE (6/10) Abrus precatorius L. Trepadeira

Chamaecrista nictitans var. pilosa (Vogel)

H.S. Irwin & R.C. Barneby

Erva

Crotalaria pallida Ait Erva

Desmodium adscendens (Sw.) DC. Erva

Desmodium affine Schltdl. Erva

Desmodium incanum (Sw.) DC. Erva

Desmodium uncinatum (Jacq.) DC. Erva

Mimosa pudica L. Erva

Stylosanthes scabra Vogel Erva

Stylosanthes viscosa (L.) Sw. Erva

LOASACEAE (1/1) Loasa parviflora (DC.) Weigend Erva

LYTHRACEAE (1/2) Cuphea carthagenensis (Jacq.) J.F. Macbr. Erva

Cuphea flava Spreng. Erva

MALVACEAE (5/8) Malvastrum coromandelianum (L.) Garcke Erva

Sida cordifolia L. Erva

Sida planicaulis Cav. Erva

Sida linifolia Cav. Erva

Sida rhombifolia L. Erva

Sidastrum micranthum (L.) Fryxell Erva

Urera lobata L. Erva

Wissadula amplissima (L.) R.E. Fries Erva

MOLLUGINACEAE (1/1) Mollugo verticillata L. Erva

NYCTAGINACEAE (1/1) Mirabilis jalapa L. Erva

ONAGRACEAE (1/1) Ludwigia octovalvis (Jacq.) P.H. Raven Erva

OXALIDACEAE (1/3) Oxalis barrelieri L. Erva

Oxalis corymbosa DC. Erva

Oxalis fruticosa R. Knuth Erva

PHYTOLACCACEAE (3/3) Microtea scabrida Urban Erva

Petiveria alliacea L. Erva

Rivina humilis L. Erva

PLANTAGINACEAE (2/2) Plantago tomentosa Lam. Erva

Veronica persica Poir. Erva

PLUMBAGINACEAE (1/2) Plumbago auriculata Lam. Arbusto

Plumbago scandens L. Arbusto

POACEAE (6/7) Andropogon bicornis L. Erva

Andropogon leucostachyus Kunth Erva

Melinis minutiflora P. Beauv. Erva

Panicum maximum Jacq. Erva

Paspalum millegrana Schrad. Erva

Pennisetum setosum (Sw.) Rich. Erva

Rhychelytrum repens (Willd.) C. E. Hubb. Erva

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Listagem de Magnoliophyta do Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói e Maricá, Rio de Janeiro,

Brasil (BARROS, 2008).

PONTEDERIACEAE (1/1) Eichhornia crassipes (Mart.) Solms Erva

PORTULACACEAE (2/5) Portulaca hirsutissima Camb. Erva

Portulaca mucronata Link. Erva

Portulaca oleracea L. Erva

Talinum paniculatum (Jacq.) Gaertn. Erva

Talinum racemosum (L.) Rohrb. Erva

ROSACEAE (1/1) Rubus urticifolius Poiret Arbusto

RUBIACEAE (1/1) Richardia grandiflora (Cham. et Schlecht.)

Steudel

Erva

SAPINDACEAE (1/2) Cardiospermum corindum L. Trepadeira

Cardiospermum grandiflorum Sw. Trepadeira

SOLANACEAE (2/2) Lycianthes repens (Spreng.) Bitter Erva

Solanum americanum Mill. Erva

STERCULIACEAE (1/1) Waltheria indica Linn. Erva

URTICACEAE (3/5) Pilea nummulariifolia (Sw.) Weed. Erva

Urera baccifera (L.) Gaudich. ex Griseb. Arbusto

Urera caravasana (Jacq.) Gaudch. ex

Griseb.

Trepadeira

Urera mitis Miq. Arbusto

Urtica dioica L. Erva

VERBENACEAE (2/4) Lantana camara L. Arbusto

Lantana fucata Lindl. Arbusto

Lantana viscosa Pohl ex Schauer Arbusto

Stachytarpheta cayennensis (Rich.) Vahl Erva