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Edital Nº 15/2016 PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA- GRADUAÇÃO (ICG) 1. Título AVALIAÇÃO DE SISTEMA DE PREVISÃO PARA A QUEIMA DAS PONTAS (Botrytis squamosa) EM MUDAS DE CEBOLA BASEADO NA TEMPERATURA E UMIDADE RELATIVA DO AR 2. Introdução Segundo dados do IBGE (2016) a cultura da cebola ocupa 56.134 hectares, com uma produção de 1.515,797 toneladas e um rendimento médio de 27.221 Kg/ha. A cultura ocupa o terceiro lugar entre as hortaliças de maior expressão econômica do Brasil e constitui atividade socioeconômica de grande relevância para os Estados da Região Sul. O Estado de Santa Catarina compreende a maior área de cultivo da cebola (Allium cepa L.) no Brasil e na safra 2015 a produção atingiu 426.916 toneladas representando 28% do total produzido do país, numa área plantada de 21.398 ha, sendo que 70% está concentrada na região do Alto Vale do Itajaí (BOEING, 2009). No estado de Santa Catarina o cultivo da cebola (Allium cepa L.) é normalmente praticado por pequenos produtores, o que faz com que a atividade tenha uma grande importância socioeconômica, tanto pela sua intensiva utilização de mão de obra, como pela boa rentabilidade, responsável pela sustentabilidade de pequenas propriedades agrícolas. Na cultura da cebola são diversos os fatores que contribuem para a baixa produtividade da cultura, e dentre estas estão às doenças de diversas etiologias, que causam prejuízos significativos à cultura. Na região do Vale do Itajaí uma característica agravante é a de que o cultivo da cebola coincide com a ocorrência de temperaturas amenas e alta umidade, que associado ao monocultivo reflete na alta incidência da queimas das pontas causada por B. squamosa (WORDELL & BOFF, 2006; BOFF, 1996). No entanto, como se conhece que muitos dos tratamentos fitossanitários utilizados na cultura são realizados de forma inadequada, sem saber se há necessidade ou não de aplicar agrotóxicos e o excesso dessa carga residual acaba contaminando o lençol freático, solo e águas superficiais, portanto impactando todo o ambiente (DELLAMATRICE, 2000). Com isso, as preocupações com a conservação do meio ambiente têm aumentado nos últimos anos, devido à consciência que tem sido construída na sociedade de que a qualidade ambiental é a base para a preservação da vida das futuras gerações (ROQUE, 2000). Neste aspecto, a agricultura mundial enfrenta um difícil desafio: aumentar a produção das culturas com sustentabilidade. Luz (1996) citava os gastos com mais de 25 bilhões de dólares com agrotóxicos para tratamento de doenças em todo o mundo. Mediante a isso, este é um dos fatores que a sociedade nacional e internacional pressiona para que a pesquisa investigue com seriedade e persistência, alternativas para o aumento de produtividade e controle de enfermidade de doenças de plantas, com menor custo de produção.Além de ser ao mesmo tempo eficiente e menos agressivo a saúde humana e também promova o equilíbrio dos ecossistemas (MARIANO & ROMEIRO, 2000). Uma das maneiras de reduzir o uso de agrotóxicos é de conhecer quais as condições que favorecem a ocorrência de patógenos sobre as plantas, sendo que o ambiente é o principal fator que rege o aumento ou decréscimo (BERGAMIN FILHO & AMORIM, 1995; JESUS JUNIOR et al, 2004). Portanto, o conhecimento destas condições faz se necessário em saber o momento correto de aplicação dos produtos químicos na cultura através de um sistema de previsão para ocorrência da doença em condições de campo (BARRETO et al., 2004; BARRETO & SCALOPPI, 2000).

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Edital Nº 15/2016

PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA- GRADUAÇÃO (ICG)

1. Título

AVALIAÇÃO DE SISTEMA DE PREVISÃO PARA A QUEIMA DAS PONTAS

(Botrytis squamosa) EM MUDAS DE CEBOLA BASEADO NA TEMPERATURA E UMIDADE

RELATIVA DO AR

2. Introdução

Segundo dados do IBGE (2016) a cultura da cebola ocupa 56.134 hectares, com uma produção

de 1.515,797 toneladas e um rendimento médio de 27.221 Kg/ha. A cultura ocupa o terceiro lugar

entre as hortaliças de maior expressão econômica do Brasil e constitui atividade socioeconômica de

grande relevância para os Estados da Região Sul. O Estado de Santa Catarina compreende a maior área

de cultivo da cebola (Allium cepa L.) no Brasil e na safra 2015 a produção atingiu 426.916 toneladas

representando 28% do total produzido do país, numa área plantada de 21.398 ha, sendo que 70% está

concentrada na região do Alto Vale do Itajaí (BOEING, 2009).

No estado de Santa Catarina o cultivo da cebola (Allium cepa L.) é normalmente praticado por

pequenos produtores, o que faz com que a atividade tenha uma grande importância socioeconômica,

tanto pela sua intensiva utilização de mão de obra, como pela boa rentabilidade, responsável pela

sustentabilidade de pequenas propriedades agrícolas.

Na cultura da cebola são diversos os fatores que contribuem para a baixa produtividade da

cultura, e dentre estas estão às doenças de diversas etiologias, que causam prejuízos significativos à

cultura. Na região do Vale do Itajaí uma característica agravante é a de que o cultivo da cebola

coincide com a ocorrência de temperaturas amenas e alta umidade, que associado ao monocultivo

reflete na alta incidência da queimas das pontas causada por B. squamosa (WORDELL & BOFF,

2006; BOFF, 1996).

No entanto, como se conhece que muitos dos tratamentos fitossanitários utilizados na cultura

são realizados de forma inadequada, sem saber se há necessidade ou não de aplicar agrotóxicos e o

excesso dessa carga residual acaba contaminando o lençol freático, solo e águas superficiais, portanto

impactando todo o ambiente (DELLAMATRICE, 2000). Com isso, as preocupações com a

conservação do meio ambiente têm aumentado nos últimos anos, devido à consciência que tem sido

construída na sociedade de que a qualidade ambiental é a base para a preservação da vida das futuras

gerações (ROQUE, 2000).

Neste aspecto, a agricultura mundial enfrenta um difícil desafio: aumentar a produção das

culturas com sustentabilidade. Luz (1996) citava os gastos com mais de 25 bilhões de dólares com

agrotóxicos para tratamento de doenças em todo o mundo. Mediante a isso, este é um dos fatores que a

sociedade nacional e internacional pressiona para que a pesquisa investigue com seriedade e

persistência, alternativas para o aumento de produtividade e controle de enfermidade de doenças de

plantas, com menor custo de produção.Além de ser ao mesmo tempo eficiente e menos agressivo a

saúde humana e também promova o equilíbrio dos ecossistemas (MARIANO & ROMEIRO, 2000).

Uma das maneiras de reduzir o uso de agrotóxicos é de conhecer quais as condições que

favorecem a ocorrência de patógenos sobre as plantas, sendo que o ambiente é o principal fator que

rege o aumento ou decréscimo (BERGAMIN FILHO & AMORIM, 1995; JESUS JUNIOR et al,

2004). Portanto, o conhecimento destas condições faz se necessário em saber o momento correto de

aplicação dos produtos químicos na cultura através de um sistema de previsão para ocorrência da

doença em condições de campo (BARRETO et al., 2004; BARRETO & SCALOPPI, 2000).

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Na cultura da cebola no estado e no Brasil é desconhecido um sistema de previsão para o

controle dessa doença. Devido a isso, este trabalho vem com o intuito de suprir esta lacuna dentro

desta doença na cultura e dar subsídios para o manejo integrado da doença. Além de fornecer uma

alternativa de fácil e barata de reduzir os agrotóxicos e aumentar a renda e o desenvolvimento regional

da cultura dentro da pequena propriedade familiar na região do Vale do Itajaí. Portanto, o objetivo

deste projeto é dar continuidade ao segundo ano de avaliação do uso de sistema de previsão para que

possa servir de base para controle da doença da região do Vale do Itajaí e depois difundir para outras

regiões produtoras do país e até outros países do Mercosul como a Argentina, indo posteriormente a

outros países como uma tecnologia avaliada em Santa Catarina.

3. Objetivos

3.1 Geral

Avaliar a viabilidade futura de uso de um sistema de previsão em função das condições climáticas de

temperatura e umidade relativa do ar para controle da queima das pontas da cebola causado por

Botrytis squamosa com vistas à redução do número de pulverizações com fungicidas para seu controle.

3.2 Específicos

- Verificar as interações de condições climáticas para a ocorrência da doença;

- Avaliar as condições climáticas durante o ciclo da cultura;

- Avaliar a intensidade da doença durante as diferentes fases do ciclo vegetativo;

- Relacionar a ocorrência da doença em função do número de pulverizações;

- Avaliar a produtividade em função dos sistemas.

4. Fundamentação teórica

CEBOLA

Características gerais

A cebola (Allium cepa L.) é uma planta herbácea monocotiledônea pertencente à família

Alliaceae, originária da Ásia Central e tida por muitos como uma das mais antigas plantas cultivadas,

tendo sido encontradas suas imagens datadas de cerca de 5.000 a.C. no Antigo Egito. A palavra cebola

é originaria do latim e significa “grande pérola” (SHIGYO & KIK, 2008).

A cebola é uma das espécies cultivadas de mais ampla difusão no mundo, sendo a segunda

hortaliça em importância econômica, com valor de produção estimado em cerca de US$ 6 bilhões

anuais. A China é o maior produtor de cebola com volume de 19,6 milhões de toneladas. O Brasil

ocupa a nona posição, com um volume de 1,2 milhões de toneladas em 60 mil hectares com um

consumo médio de 6 Kg/pessoa/ano (FAO, 2009). Segundo a EMBRAPA (2010) a produtividade

média nacional alcança 20 t/ha e se concentra nas regiões sul, sudeste, centro oeste e nordeste, onde

basicamente se destina ao consumo fresco e atende apenas o mercado interno. A cebola é uma planta

herbácea, anual para a produção de bulbos e bianual para a produção de sementes com altura variável

em torno de 70 cm (OLIVEIRA & BOITEUX, 2004). As plantas apresentam folhas ocas e cobertas

por uma camada cerosa com bainhas em forma de anéis cilíndricos. O pseudocaule é formado pela

superposição das bainhas das folhas. Os bulbos são formados pelas bainhas carnosas das folhas e, nas

partes externas, são envoltos por túnicas brilhantes de coloração variável. O caule verdadeiro situa-se

na base do bulbo de onde partem as folhas e as raízes (COSTA et al., 2002). O sistema radicular é do

tipo fasciculado, capaz de chegar a 60 cm de profundidade, embora normalmente não passe de 20 cm

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de profundidade e 15 cm de raio. As raízes são tenras, finas, pouco ramificadas, de cor branca e odor

típico da cebola. Dois conjuntos principais de raízes são formados durante o ciclo vegetativo, um

conjunto dura até o início da bulbificação e o outro, que repõe o primeiro, dura do início da

bulbificação até a maturação do bulbo (OLIVEIRA & BOITEUX, 2004).

Normalmente a época de crescimento vegetativo das cultivares para produção de bulbos é de

abril a dezembro na região sul do Brasil e a duração do ciclo depende da cultivar, do clima e do

sistema de plantio, variando de 150 a 220 dias (RESENDE et al., 2002). O crescimento vegetativo da

cebola apresenta três fases bem definidas. A primeira é definida por um período de crescimento lento,

sendo essa fase prolongada em plantios de inverno. A segunda fase é definida pelo rápido crescimento

foliar e emissão de folhas novas, quando ocorre o incremento no número de raízes adventícias. A

terceira fase é definida pelo desenvolvimento do bulbo e redução do desenvolvimento das folhas

quando se inicia a translocação de fotoassimilados e outros compostos para a formação do bulbo,

havendo um acúmulo rápido de matéria seca do bulbo (BREWSTER, 1994). O primeiro sinal de

amadurecimento é o tombamento do pseudocaule (estalo), seguindo-se o secamento da parte aérea da

planta. As três diferentes fases do desenvolvimento vegetativo da cebola definem diferenças na

concentração de nutrientes (MÓGOR, 2000).

QUEIMA DAS PONTAS – Botrytis squamosa Walker

Características gerais

A queima das pontas é uma das mais importantes doenças da cultura da cebola no Brasil,

embora ainda não seja considerada como tal (NUNES & KIMATI, 1997). É a doença de maior

freqüência em canteiros para produção de mudas de cebola, que coincide geralmente com época fria e

úmida, no outono/inverno da região sul do Brasil (BOFF, 1996).

Existe uma grande dificuldade no diagnóstico desta doença, sendo que seus sintomas são muito

parecidos com os ocasionados por fatores como seca, umidade excessiva do solo, oxidação por ozônio,

ataque por tripes, entre outros, e isto aliado ao difícil isolamento do agente causal, é o que mais

prejudica a adequada avaliação da doença (NUNES & KIMATI, 1997).

Sintomas

Na cultura da cebola, os sintomas causados por B. squamosa nas folhas manifestam-se por

meio de manchas esbranquiçadas, seguidas da morte progressiva dos ponteiros (TOFOLI et al., 2011).

Essas pequenas manchas esbranquiçadas, com cerca de 2 mm de diâmetro (NUNES & KIMATI,

1997), são primeiramente dispostas de forma isolada sobre a folha, não esporulantes, permanecendo

verde o resto do tecido (FIGURA 1).

FIGURA 1: Mancha com halo esbranquiçado causada por B. squamosa. Fonte: GOOGLE, 2012.

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As manchas pequenas podem aumentar de tamanho, permanecendo isoladas, porém, quando

em alta densidade, causam a seca da folha ou, em condições favoráveis, a doença evolui, rapidamente,

em forma de queima descendente da folha (WORDELL FILHO & BOFF, 2006). Sutton et al. (1984)

demonstraram que a freqüência e o tipo de mancha depende da cerosidade, da concentração de

conídios e do período de molhamento foliar, após inoculação.

O sintoma mais típico e de maiores danos é a queima foliar acinzentada, normalmente do ápice

para a base da folha (FIGURA 2). Observa-se intensa esporulação com aspecto translúcido nas

primeiras horas da manhã, sobre a parte necrosada da folha (WORDELL FILHO & BOFF, 2006).

FIGURA 2: Sintoma característico da queima das pontas, do ápice da folha para a base. Fonte:

DUFFECK,2011.

As lesões nas folhas normalmente ocorrem quando os bulbos ainda não estão totalmente

formados, o que faz com que os mesmos permaneçam pequenos, com os tecidos amolecidos (NUNES &

KIMATI, 1997).

Etiologia

O agente causal da doença é Botrytis squamosa Walker, cuja fase telemórfica perfeita deste

fungo é Botryotinia squamosa Vien. - Bourg (NUNES & KIMATI, 1997; WORDELL FILHO &

BOFF, 2006).

Este fungo apresenta micélio septado, com ramificações nas extremidades que podem dar

origem a conidióforos longos e cinzentos que sustentarão os conídios. Os ramos terminais apresentam

uma expansão esférica na ponta e esta é recoberta de pequenas equínulas nas quais são produzidos

conídios hialinos, ovais singularmente (FIGURA 3). A massa de conídios pode apresentar cor cinza

(NUNES & KIMATI, 1997).

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FIGURA 3: Conidióforos e conídios de Botrytis squamosa. Fonte: WORDELL FILHO & BOFF

(2006)

Em condições climáticas úmidas os conídios são liberados, sendo transportados por correntes

de ar (TOFOLI et al., 2011). O fungo pode formar também escleródios sobre restos de cultura ou na

região do pescoço dos bulbos de plantas afetadas, sendo que estes escleródios, que medem 3-10 mm,

são geralmente elípticos, ou então com formato irregular (NUNES & KIMATI, 1997). Os escleródios em

condições específicas podem produzir apotécios, dos quais se originam os ascósporos (TOFOLI et al.,

2011).

O fungo Botrytis squamosa tem especificidade com o gênero Allium, sendo patogênico à

cebola (A. cepa L), cebolinha ou cebolinha-verde (A. fistulosum L.) (WORDELL FILHO & BOFF,

2006).

Epidemiologia

A germinação dos conídios e a infecção dos mesmos na planta são favorecidas por tempe-

raturas de 22 a 25º C e umidade relativa alta de 90 a 100%, principalmente se estes fatores estiverem

aliados com ocorrência de cerração seguida de sol forte (NUNES & KIMATI, 1997; TOFOLI, 2011).

Maior taxa de infecção foi encontrada com período de molhamento foliar de 12 a 15 horas

(WORDELL FILHO, 2006). Sutton et al. (1983) verificaram que o fungo B. squamosa infecta, de uma

forma moderada folhas de cebola após 9 horas de molhamento foliar à uma temperatura entre 15 a

21ºC; e severamente com período de molhamento foliar maior que 15 horas, à temperatura de 9 a

24ºC. Temperaturas superiores a 25º C dificultam, ou paralisam a infecção e o desenvolvimento da

doença na planta (TOFOLI, 2011).

Folhas velhas são mais suscetíveis à infecção, pois o fungo não consegue penetrar diretamente

pela superfície de folhas jovens, devido a maior cerosidade. Assim, destaca-se a importância de

ferimentos provocados por tripes, queimadura pelo sol e outras doenças, como o míldio, no

favorecimento da infecção pelo fungo B. squamosa (NUNES & KIMATI, 1997).

SISTEMA DE PREVISÃO

Em relação ao controle das doenças de plantas têm sido controladas sem fundamentos

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epidemiológicos, levando ao uso excessivo de agrotóxicos, sem conhecimento prévio da necessidade

de aplicação deste, além de comprometer a rentabilidade financeira do produtor e a possibilidade de

resíduo químico para o meio ambiente e ao consumidor (BARRETO & SCALOPPI, 2000). Mediante

esse contexto, diversas doenças podem ser previstas, principalmente as de origem fúngicas, em função

de intensidade de doenças estimadas através de modelos de previsão (REIS, 2004).

Os sistemas de previsão têm como base as informações principalmente do clima, da cultura e

da biologia do patógeno (SUTTON, 1988). Os modelos podem servir de indicativo do momento das

aplicações de agrotóxicos, visando, além do controle da doença, a uma redução do uso de produtos

químicos (REIS, 2004; STEFFLER, 2001).

Segundo Bergamim & Amorim (1995), os sistemas de previsão de doenças de plantas são

representações simplificadas da realidade e preveem o início ou o desenvolvimento futuro de uma

doença (KRAUSE & MASSIE, 1975; BARRETO et al., 2004). A função de um sistema de previsão é

alertar o momento certo de efetuar a aplicação de agrotóxicos, levando em consideração que o

patógeno encontra-se em quantidades suficientes para iniciar uma epidemia, e que o hospedeiro seja

suscetível à doença (MIZUBUTI, 1999).

Para o uso de um sistema de previsão, é necessário conhecer as condições ambientais

favoráveis para o desenvolvimento da doença, como temperatura e umidade (VALE & ZAMBOLIM,

1996). Estas são monitoradas através de aparelhos que medem a temperatura, umidade relativa e

molhamento foliar (MELZER & BERTON, 1989; COLAGNO & CRESTANA, 1996). A precipitação

pluvial é registrada através do pluviômetro (MOTA et al., 1970).

Atualmente, sensores eletrônicos medem diretamente a temperatura e molhamento foliar com o

registro automático das informações (SUTTON et al., 1984; JONES et al., 1980), os quais podem ser

interligados a computadores (FIRHER et al., 1984; FARIAS et al., 1999).

Um sistema de previsão de doença é uma descrição matemática (HAU, 1990) da interação

entre o ambiente, o hospedeiro e o patógeno, tendo como resultado a doença. O sistema pode ser

expresso através de uma equação (JEGER, 1983; CARMO et al., 1996a; CARMO et al., 1996b),

gráfico (KRANZ, 1974; REIS et al., 2004; REIS & BLUM, 2004) ou tabela (REIS, 2004), e a sua

finalização pode ser um índice numérico de risco, previsão da intensidade da doença ou até

desenvolvimento do inóculo (BERGAMIN FILHO & AMORIM, 1995). O sistema deve ser testado

para uma ou mais estação de cultivo sob condições locais, a fim de verificar como ele prevê a

intensidade da doença. O sucesso de previsão de epidemias no campo requer que as condições

ambientais (STEFFLER, 2001), as quais afetam o patógeno, o hospedeiro e a doença, sejam

reconhecidas e calculadas no sistema de previsão (BARRETO et al., 2004).

Para comprovação do sistema de previsão o mesmo deve ser avaliado em condições de campo

(KRANZ & HAU, 1980). Para Bergamin Filho e Amorin (1996), a validação do sistema tem por

objetivo determinar se o comportamento do sistema real é coerente com o modelo construído. Para

isso, o sistema proposto deve ser avaliado sob diferentes condições ambientais, de modo que todas as

variações que afetam a ocorrência da doença possam ser consideradas e, assim, o modelo colocado à

disposição dos produtores (BARRETO et al., 2004).

Segundo Bergamim Filho & Amorin (1995), o processo de avaliação envolve dois tipos de

testes: o primeiro, subjetivo, baseado na comparação visual dos dados previstos pelo sistema com os

dados reais; e, o segundo, utiliza testes estatísticos para avaliar a sua eficiência.

No caso de sistemas desenvolvidos para previsão de epidemias, a avaliação pode ser feita

comparando o desempenho do sistema em relação às praticas de controle tradicionalmente utilizadas

pelos produtores. Geralmente, as variáveis analisadas incluem a eficácia do controle, o rendimento da

cultura e o número de aplicações realizadas. Teng (1985) afirma que o rigor da avaliação não deve ser

exagerado, uma vez que o sistema é uma aproximação da realidade, e durante o processo de avaliação,

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se necessário, pode-se ter um espaço entre o que é estimado e o real, para aprimoramento contínuo do

sistema. A sistemática de avaliação deve também ter atributos de grupos multidisciplinares para o

entendimento da relação patógeno-hospedeiro (FERNANDES & MAFFIA, 1994).

Vários são os sistemas de previsão presentes, no entanto um dos mais difundidos foi o de

Wallin (1962) que juntamente com o de Hyre (1954) para início das pulverizações integra o Blitecast

proposto por Krause et al. (1975) usado como sistema completo para pulverização da requeima do

batata e do tomateiro causado por Phytophthora infestans. O sistema de Wallin (1962) prevê a

ocorrência inicial e subsequente aumento do míldio do tomateiro, baseando-se na umidade relativa do

ar e na temperatura, ou seja, na acumulação de valores diários de severidade (VDS). Esses valores são

números arbitrariamente atribuídos a uma relação específica entre a duração de períodos de umidade

relativa 90% e a temperatura média diária.

Para a queima das pontas da cebola existe o sistema de previsão Botcast proposto por Sutton et

al. (1986), que utiliza como fundamento a correlação das variáveis climáticas no período da

esporulação e infecção de B. squamosa. São monitorados continuamente a temperatura do ar, a

umidade relativa, o período de molhamento foliar e a chuva, calculando-se diariamente a incidência do

inóculo e a intensidade de infecção. A partir disto calcula-se o índice de severidade da doença (ISD),

expresso em valores diários cumulativos, desde a emergência de plantas, de modo a indicar um limite

(grau de risco) a partir do qual poderiam ser iniciados. A esporulação é prevista para acontecer após

períodos noturnos com molhamento foliar acima de 12 horas. Caso o período de molhamento foliar for

entre 5 e 12 horas, o dia anterior deve ter tido umidade relativa acima de 70% ou chuva ou irrigação.

Tendo havido noite favorável à esporulação, calcula-se o índice de infecção (zero, um ou dois) através

de um diagrama que considera a duração do período de molhamento foliar e a temperatura no período

de molhamento foliar. O índice de severidade da doença é calculado, diariamente, pela multiplicação

do valor diário de inoculo (VDINO) pelo valor diário de infecção (VDINF). O critério para iniciar as

intervenções é o do índice de severidade acumulado (ISDA), que se for de 21 a 30 diminui o risco de

progresso da epidemia ou, quando atingir o intervalo de 31 a 40, aumenta o risco de progresso da

epidemia. Este sistema tem permitido reduzir até seis aplicações de fungicidas. Para indicar o intervalo

de aplicação de fungicidas, Vincelli & Lorbeer (1988a;1988b) ajustaram o sistema Botcast,

determinando prováveis ocorrências de períodos de infecção, pela previsão de eventos específicos no

ciclo de vida de B. squamosa. Estes autores demonstraram que a partir de dez esporos por metro

cúbico de ar havia uma correlação de perdas na produção de cebola. Com base nisto, propuseram um

índice de produção de inóculo (IPI) de zero a 24 com previsão de esporulações secundárias nas

próximas 24 horas, considerando como favoráveis períodos maiores que 6 horas, com mais de 90% de

umidade relativa, nos últimos quatro dias. Preenchida esta condição, calcula-se o índice das condições

climáticas favoráveis à esporulação usando uma equação de regressão que relaciona a densidade de

esporos com a temperatura média e o número de horas com umidade.

Mediante as características deste sistema é complexo e pouco funcional na prática em nível de

produtor e na operação de uma estação de aviso, porque só prevê o inicio das pulverizações, mas não

diretamente as subsequentes.

5. Metodologia

O experimento será realizado no Instituto Federal Catarinense Campus de Rio do Sul, no

município de Rio do Sul SC, (Latitude: 27º11 07 S e Longitude: 49º39 39 W, altitude 655 metros).

Sementes de cebola da cultivar Empasc 352/Bola Precoce serão semeadas em canteiros a campo em

experimento contendo quatro repetições com área de 1,25 X 3,00m na densidade de 3 g/m2. Para

avaliação da queima das pontas 10 plantas em cada repetição serão previamente escolhidas e

demarcadas aleatoriamente. A calagem, adubação, tratos culturais e aplicação de inseticidas seguirão

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as normas da cultura (OLIVEIRA & BOITEUX, 2004).

As condições de temperatura, umidade relativa do ar serão coletados diariamente através de uma

estação meteorologia móvel instalada no local do experimento que esta presente no IFC/Campus Rio

do Sul. O valor de VDS (Valores de severidade diária) será adaptado baseado no sistema “botcast”

expresso nas condições de temperatura e horas de umidade relativa ≥ 90% em valores de acúmulo de

severidade:

O sistema consistirá de 7 tratamentos, sendo:

T1 – Pulverização de fungicida a cada 7 dias;

T2 – Pulverização de fungicida a cada 5 dias;

T3– Pulverização de fungicida com acúmulo de 6 VDS;

T4 – Pulverização de fungicida com acúmulo de 9 VDS;

T5– Pulverização de fungicida com acúmulo de 12 VDS;

T6 – Pulverização de fungicida com acúmulo de 15 VDS;

T7 – TESTEMUNHA

A testemunha sem aplicação de fungicida será instalada 5 metros do local para não interferir nos

tratamentos, dentro das mesmas condições de condução para os tratamentos. As pulverizações serão

realizadas com a mistura de mancozeb+oxicloreto de cobre com um pulverizador costal elétrico 20

litros para não intervir nos tratamentos. Na ocorrência de 25 mm de chuva, todos os tratamentos eram

pulverizados e reiniciados a contagem do sistema.Também semanalmente através da análise visual da

porcentagem de área foliar afetada pela doença será avaliada a severidade da queima das pontas das

plantas demarcadas através de dois bolsistas. As plantas doentes apresentando esporulação serão

visualizadas em microscópio óptico trinocular para confirmação e registro de imagem do agente

causal.

A severidade da doença ao longo do ciclo foi integralizada e calculada a área abaixo da curva de

progresso da doença (AACPD), através da fórmula: AACPD = [(y1+y2)/2]*(t2-t1), onde y1 e y2

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refere-se a duas avaliações sucessivas da intensidade da doença realizadas nos tempos t1 e t2,

respectivamente.

A avaliação do número de mudas produzidas juntamente a AACPD serão submetidos à análise

de variância pelo teste F. A média do tratamento testemunha foi comparado com a média de cada um

dos tratamentos pelo teste de Dunnett a 5% de probabilidade e as médias entre os tratamentos do

sistema de previsão e convencional serão comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% .

6. Impacto econômico e social na resolução de problemas locais e regionais

Essa pesquisa tem como intuito principal reduzir o número de pulverizações com agrotóxicos

que são feita sem critério técnico e servir de subsidio para que a assistência técnica. Toda a cadeia

produtiva será beneficiada, onde o produtor irá gastar menos, o consumidor alimentar-se-á de um

produto que não tenha resíduo de agrotóxico e o meio ambiente com menor contaminação, gerando

assim sustentabilidade para continuação da cadeia produtiva na região.

7. Proposta de transferência do conhecimento desenvolvido para o Arranjo Produtivo Local Os resultados obtidos do ambiente poderão detalhar como a doença se desenvolve na região do Alto

vale do Itajaí;

Através desta avaliação, conhecer-se-á a condição para o desenvolvimento da doença a viabilidade

futura do uso a campo deste sistema de previsão;

Estes resultados servirão de base para o controle da doença na cultura na região.

8. Processo de Inovação (X) Inovação Tecnológica ( ) Tecnologia Social Explique: Pois com os resultados aqui obtidos servirão de suporte para o produtor e/ou técnico ter a tomada de

decisão no momento de realizar o controle químico na cultura.

9. Impacto no desenvolvimento institucional e do aluno

O aluno ira fazer na prática o que é visto em sala de aula, como avaliar a doença e entender porque

deve ser aplicado no momento correto, já que tem condições para isso. Isso servirá de suporte para sua

vida profissional e mudar o cotidiano que é feito sem critério algum. Seus resultados serão repassados

através de evento que apresentará o trabalho.

10. Expectativa do projeto na geração de propriedade intelectual ( ) Sim (X) Não Qual?

11. Quantitativo e justificativa do número de bolsas solicitadas

Quantidade Justificativa

( X ) Uma

Um aluno bolsista é necessário para a avaliação da doença e das condições

climáticas, já que as pulverizações tem técnico do campus para execução

( ) Duas

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12. Plano de atividades a serem realizadas pelo aluno Bolsista 01

Nº Atividades mensais planejadas 2016 2017

A S O N D J F M A M J J

01 semeadura X

02 avaliação da doença X X X X

03 avaliação dos dados meteorológicos X X X X

04 avaliação da produtividade X X

05 tabulação e análise dos dados X X X

06 confecção de relatórios X X X

07 confecção de banner, resumos e/ou artigo X X

12.1 Plano de atividades a serem realizadas pelo aluno Bolsista 02, se houver

Nº Atividades mensais planejadas 2016 2017

A S O N D J F M A M J J

13. Identifique as parcerias e/ou convênios que compõem o projeto, se houver

14. Orçamento Detalhado e Financiamento – com indicação da contrapartida do IFC

Material de consumo Quantidade R$ R$ Total

Contrapartida Campus

Insumos agrícolas

(Adubos, sementes,

calcário, diversos)

diversos 200,00 200,00

Equipamentos

Data logger (kit registrador wetherlink USB) da estação meteorológica Davis vantage vue 300

1 3.000,00 3.000,00

TOTAL

3.200,00

15. Descrever a infraestrutura existente para a execução do projeto

O Instituto Federal Catarinense – IFC/Campus Rio do Sul apresenta condições para implantação do

experimento, já que há 20 anos atua como escola agrícola. Possui 1 técnico de campo para suporte e

todo o maquinário para preparo da área e de um laboratório de fitopatologia para análise.

16. Limitações e Dificuldades

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O risco que poderá ocorrer durante o desenvolvimento do projeto é de que algum fator meteorológico

venha a ocorrer e danificar as folhas. Pois os dados coletados podem tornar os resultados

comprometidos.

Outro fator que pode acontecer que pode haver destruição do experimento por algum animal ou

vandalismo no experimento e do equipamento.

17. Referências Bibliográficas

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