Edital Nº 15/2016
PROJETO DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA- GRADUAÇÃO (ICG)
1. Título
AVALIAÇÃO DE SISTEMA DE PREVISÃO PARA A QUEIMA DAS PONTAS
(Botrytis squamosa) EM MUDAS DE CEBOLA BASEADO NA TEMPERATURA E UMIDADE
RELATIVA DO AR
2. Introdução
Segundo dados do IBGE (2016) a cultura da cebola ocupa 56.134 hectares, com uma produção
de 1.515,797 toneladas e um rendimento médio de 27.221 Kg/ha. A cultura ocupa o terceiro lugar
entre as hortaliças de maior expressão econômica do Brasil e constitui atividade socioeconômica de
grande relevância para os Estados da Região Sul. O Estado de Santa Catarina compreende a maior área
de cultivo da cebola (Allium cepa L.) no Brasil e na safra 2015 a produção atingiu 426.916 toneladas
representando 28% do total produzido do país, numa área plantada de 21.398 ha, sendo que 70% está
concentrada na região do Alto Vale do Itajaí (BOEING, 2009).
No estado de Santa Catarina o cultivo da cebola (Allium cepa L.) é normalmente praticado por
pequenos produtores, o que faz com que a atividade tenha uma grande importância socioeconômica,
tanto pela sua intensiva utilização de mão de obra, como pela boa rentabilidade, responsável pela
sustentabilidade de pequenas propriedades agrícolas.
Na cultura da cebola são diversos os fatores que contribuem para a baixa produtividade da
cultura, e dentre estas estão às doenças de diversas etiologias, que causam prejuízos significativos à
cultura. Na região do Vale do Itajaí uma característica agravante é a de que o cultivo da cebola
coincide com a ocorrência de temperaturas amenas e alta umidade, que associado ao monocultivo
reflete na alta incidência da queimas das pontas causada por B. squamosa (WORDELL & BOFF,
2006; BOFF, 1996).
No entanto, como se conhece que muitos dos tratamentos fitossanitários utilizados na cultura
são realizados de forma inadequada, sem saber se há necessidade ou não de aplicar agrotóxicos e o
excesso dessa carga residual acaba contaminando o lençol freático, solo e águas superficiais, portanto
impactando todo o ambiente (DELLAMATRICE, 2000). Com isso, as preocupações com a
conservação do meio ambiente têm aumentado nos últimos anos, devido à consciência que tem sido
construída na sociedade de que a qualidade ambiental é a base para a preservação da vida das futuras
gerações (ROQUE, 2000).
Neste aspecto, a agricultura mundial enfrenta um difícil desafio: aumentar a produção das
culturas com sustentabilidade. Luz (1996) citava os gastos com mais de 25 bilhões de dólares com
agrotóxicos para tratamento de doenças em todo o mundo. Mediante a isso, este é um dos fatores que a
sociedade nacional e internacional pressiona para que a pesquisa investigue com seriedade e
persistência, alternativas para o aumento de produtividade e controle de enfermidade de doenças de
plantas, com menor custo de produção.Além de ser ao mesmo tempo eficiente e menos agressivo a
saúde humana e também promova o equilíbrio dos ecossistemas (MARIANO & ROMEIRO, 2000).
Uma das maneiras de reduzir o uso de agrotóxicos é de conhecer quais as condições que
favorecem a ocorrência de patógenos sobre as plantas, sendo que o ambiente é o principal fator que
rege o aumento ou decréscimo (BERGAMIN FILHO & AMORIM, 1995; JESUS JUNIOR et al,
2004). Portanto, o conhecimento destas condições faz se necessário em saber o momento correto de
aplicação dos produtos químicos na cultura através de um sistema de previsão para ocorrência da
doença em condições de campo (BARRETO et al., 2004; BARRETO & SCALOPPI, 2000).
Na cultura da cebola no estado e no Brasil é desconhecido um sistema de previsão para o
controle dessa doença. Devido a isso, este trabalho vem com o intuito de suprir esta lacuna dentro
desta doença na cultura e dar subsídios para o manejo integrado da doença. Além de fornecer uma
alternativa de fácil e barata de reduzir os agrotóxicos e aumentar a renda e o desenvolvimento regional
da cultura dentro da pequena propriedade familiar na região do Vale do Itajaí. Portanto, o objetivo
deste projeto é dar continuidade ao segundo ano de avaliação do uso de sistema de previsão para que
possa servir de base para controle da doença da região do Vale do Itajaí e depois difundir para outras
regiões produtoras do país e até outros países do Mercosul como a Argentina, indo posteriormente a
outros países como uma tecnologia avaliada em Santa Catarina.
3. Objetivos
3.1 Geral
Avaliar a viabilidade futura de uso de um sistema de previsão em função das condições climáticas de
temperatura e umidade relativa do ar para controle da queima das pontas da cebola causado por
Botrytis squamosa com vistas à redução do número de pulverizações com fungicidas para seu controle.
3.2 Específicos
- Verificar as interações de condições climáticas para a ocorrência da doença;
- Avaliar as condições climáticas durante o ciclo da cultura;
- Avaliar a intensidade da doença durante as diferentes fases do ciclo vegetativo;
- Relacionar a ocorrência da doença em função do número de pulverizações;
- Avaliar a produtividade em função dos sistemas.
4. Fundamentação teórica
CEBOLA
Características gerais
A cebola (Allium cepa L.) é uma planta herbácea monocotiledônea pertencente à família
Alliaceae, originária da Ásia Central e tida por muitos como uma das mais antigas plantas cultivadas,
tendo sido encontradas suas imagens datadas de cerca de 5.000 a.C. no Antigo Egito. A palavra cebola
é originaria do latim e significa “grande pérola” (SHIGYO & KIK, 2008).
A cebola é uma das espécies cultivadas de mais ampla difusão no mundo, sendo a segunda
hortaliça em importância econômica, com valor de produção estimado em cerca de US$ 6 bilhões
anuais. A China é o maior produtor de cebola com volume de 19,6 milhões de toneladas. O Brasil
ocupa a nona posição, com um volume de 1,2 milhões de toneladas em 60 mil hectares com um
consumo médio de 6 Kg/pessoa/ano (FAO, 2009). Segundo a EMBRAPA (2010) a produtividade
média nacional alcança 20 t/ha e se concentra nas regiões sul, sudeste, centro oeste e nordeste, onde
basicamente se destina ao consumo fresco e atende apenas o mercado interno. A cebola é uma planta
herbácea, anual para a produção de bulbos e bianual para a produção de sementes com altura variável
em torno de 70 cm (OLIVEIRA & BOITEUX, 2004). As plantas apresentam folhas ocas e cobertas
por uma camada cerosa com bainhas em forma de anéis cilíndricos. O pseudocaule é formado pela
superposição das bainhas das folhas. Os bulbos são formados pelas bainhas carnosas das folhas e, nas
partes externas, são envoltos por túnicas brilhantes de coloração variável. O caule verdadeiro situa-se
na base do bulbo de onde partem as folhas e as raízes (COSTA et al., 2002). O sistema radicular é do
tipo fasciculado, capaz de chegar a 60 cm de profundidade, embora normalmente não passe de 20 cm
de profundidade e 15 cm de raio. As raízes são tenras, finas, pouco ramificadas, de cor branca e odor
típico da cebola. Dois conjuntos principais de raízes são formados durante o ciclo vegetativo, um
conjunto dura até o início da bulbificação e o outro, que repõe o primeiro, dura do início da
bulbificação até a maturação do bulbo (OLIVEIRA & BOITEUX, 2004).
Normalmente a época de crescimento vegetativo das cultivares para produção de bulbos é de
abril a dezembro na região sul do Brasil e a duração do ciclo depende da cultivar, do clima e do
sistema de plantio, variando de 150 a 220 dias (RESENDE et al., 2002). O crescimento vegetativo da
cebola apresenta três fases bem definidas. A primeira é definida por um período de crescimento lento,
sendo essa fase prolongada em plantios de inverno. A segunda fase é definida pelo rápido crescimento
foliar e emissão de folhas novas, quando ocorre o incremento no número de raízes adventícias. A
terceira fase é definida pelo desenvolvimento do bulbo e redução do desenvolvimento das folhas
quando se inicia a translocação de fotoassimilados e outros compostos para a formação do bulbo,
havendo um acúmulo rápido de matéria seca do bulbo (BREWSTER, 1994). O primeiro sinal de
amadurecimento é o tombamento do pseudocaule (estalo), seguindo-se o secamento da parte aérea da
planta. As três diferentes fases do desenvolvimento vegetativo da cebola definem diferenças na
concentração de nutrientes (MÓGOR, 2000).
QUEIMA DAS PONTAS – Botrytis squamosa Walker
Características gerais
A queima das pontas é uma das mais importantes doenças da cultura da cebola no Brasil,
embora ainda não seja considerada como tal (NUNES & KIMATI, 1997). É a doença de maior
freqüência em canteiros para produção de mudas de cebola, que coincide geralmente com época fria e
úmida, no outono/inverno da região sul do Brasil (BOFF, 1996).
Existe uma grande dificuldade no diagnóstico desta doença, sendo que seus sintomas são muito
parecidos com os ocasionados por fatores como seca, umidade excessiva do solo, oxidação por ozônio,
ataque por tripes, entre outros, e isto aliado ao difícil isolamento do agente causal, é o que mais
prejudica a adequada avaliação da doença (NUNES & KIMATI, 1997).
Sintomas
Na cultura da cebola, os sintomas causados por B. squamosa nas folhas manifestam-se por
meio de manchas esbranquiçadas, seguidas da morte progressiva dos ponteiros (TOFOLI et al., 2011).
Essas pequenas manchas esbranquiçadas, com cerca de 2 mm de diâmetro (NUNES & KIMATI,
1997), são primeiramente dispostas de forma isolada sobre a folha, não esporulantes, permanecendo
verde o resto do tecido (FIGURA 1).
FIGURA 1: Mancha com halo esbranquiçado causada por B. squamosa. Fonte: GOOGLE, 2012.
As manchas pequenas podem aumentar de tamanho, permanecendo isoladas, porém, quando
em alta densidade, causam a seca da folha ou, em condições favoráveis, a doença evolui, rapidamente,
em forma de queima descendente da folha (WORDELL FILHO & BOFF, 2006). Sutton et al. (1984)
demonstraram que a freqüência e o tipo de mancha depende da cerosidade, da concentração de
conídios e do período de molhamento foliar, após inoculação.
O sintoma mais típico e de maiores danos é a queima foliar acinzentada, normalmente do ápice
para a base da folha (FIGURA 2). Observa-se intensa esporulação com aspecto translúcido nas
primeiras horas da manhã, sobre a parte necrosada da folha (WORDELL FILHO & BOFF, 2006).
FIGURA 2: Sintoma característico da queima das pontas, do ápice da folha para a base. Fonte:
DUFFECK,2011.
As lesões nas folhas normalmente ocorrem quando os bulbos ainda não estão totalmente
formados, o que faz com que os mesmos permaneçam pequenos, com os tecidos amolecidos (NUNES &
KIMATI, 1997).
Etiologia
O agente causal da doença é Botrytis squamosa Walker, cuja fase telemórfica perfeita deste
fungo é Botryotinia squamosa Vien. - Bourg (NUNES & KIMATI, 1997; WORDELL FILHO &
BOFF, 2006).
Este fungo apresenta micélio septado, com ramificações nas extremidades que podem dar
origem a conidióforos longos e cinzentos que sustentarão os conídios. Os ramos terminais apresentam
uma expansão esférica na ponta e esta é recoberta de pequenas equínulas nas quais são produzidos
conídios hialinos, ovais singularmente (FIGURA 3). A massa de conídios pode apresentar cor cinza
(NUNES & KIMATI, 1997).
FIGURA 3: Conidióforos e conídios de Botrytis squamosa. Fonte: WORDELL FILHO & BOFF
(2006)
Em condições climáticas úmidas os conídios são liberados, sendo transportados por correntes
de ar (TOFOLI et al., 2011). O fungo pode formar também escleródios sobre restos de cultura ou na
região do pescoço dos bulbos de plantas afetadas, sendo que estes escleródios, que medem 3-10 mm,
são geralmente elípticos, ou então com formato irregular (NUNES & KIMATI, 1997). Os escleródios em
condições específicas podem produzir apotécios, dos quais se originam os ascósporos (TOFOLI et al.,
2011).
O fungo Botrytis squamosa tem especificidade com o gênero Allium, sendo patogênico à
cebola (A. cepa L), cebolinha ou cebolinha-verde (A. fistulosum L.) (WORDELL FILHO & BOFF,
2006).
Epidemiologia
A germinação dos conídios e a infecção dos mesmos na planta são favorecidas por tempe-
raturas de 22 a 25º C e umidade relativa alta de 90 a 100%, principalmente se estes fatores estiverem
aliados com ocorrência de cerração seguida de sol forte (NUNES & KIMATI, 1997; TOFOLI, 2011).
Maior taxa de infecção foi encontrada com período de molhamento foliar de 12 a 15 horas
(WORDELL FILHO, 2006). Sutton et al. (1983) verificaram que o fungo B. squamosa infecta, de uma
forma moderada folhas de cebola após 9 horas de molhamento foliar à uma temperatura entre 15 a
21ºC; e severamente com período de molhamento foliar maior que 15 horas, à temperatura de 9 a
24ºC. Temperaturas superiores a 25º C dificultam, ou paralisam a infecção e o desenvolvimento da
doença na planta (TOFOLI, 2011).
Folhas velhas são mais suscetíveis à infecção, pois o fungo não consegue penetrar diretamente
pela superfície de folhas jovens, devido a maior cerosidade. Assim, destaca-se a importância de
ferimentos provocados por tripes, queimadura pelo sol e outras doenças, como o míldio, no
favorecimento da infecção pelo fungo B. squamosa (NUNES & KIMATI, 1997).
SISTEMA DE PREVISÃO
Em relação ao controle das doenças de plantas têm sido controladas sem fundamentos
epidemiológicos, levando ao uso excessivo de agrotóxicos, sem conhecimento prévio da necessidade
de aplicação deste, além de comprometer a rentabilidade financeira do produtor e a possibilidade de
resíduo químico para o meio ambiente e ao consumidor (BARRETO & SCALOPPI, 2000). Mediante
esse contexto, diversas doenças podem ser previstas, principalmente as de origem fúngicas, em função
de intensidade de doenças estimadas através de modelos de previsão (REIS, 2004).
Os sistemas de previsão têm como base as informações principalmente do clima, da cultura e
da biologia do patógeno (SUTTON, 1988). Os modelos podem servir de indicativo do momento das
aplicações de agrotóxicos, visando, além do controle da doença, a uma redução do uso de produtos
químicos (REIS, 2004; STEFFLER, 2001).
Segundo Bergamim & Amorim (1995), os sistemas de previsão de doenças de plantas são
representações simplificadas da realidade e preveem o início ou o desenvolvimento futuro de uma
doença (KRAUSE & MASSIE, 1975; BARRETO et al., 2004). A função de um sistema de previsão é
alertar o momento certo de efetuar a aplicação de agrotóxicos, levando em consideração que o
patógeno encontra-se em quantidades suficientes para iniciar uma epidemia, e que o hospedeiro seja
suscetível à doença (MIZUBUTI, 1999).
Para o uso de um sistema de previsão, é necessário conhecer as condições ambientais
favoráveis para o desenvolvimento da doença, como temperatura e umidade (VALE & ZAMBOLIM,
1996). Estas são monitoradas através de aparelhos que medem a temperatura, umidade relativa e
molhamento foliar (MELZER & BERTON, 1989; COLAGNO & CRESTANA, 1996). A precipitação
pluvial é registrada através do pluviômetro (MOTA et al., 1970).
Atualmente, sensores eletrônicos medem diretamente a temperatura e molhamento foliar com o
registro automático das informações (SUTTON et al., 1984; JONES et al., 1980), os quais podem ser
interligados a computadores (FIRHER et al., 1984; FARIAS et al., 1999).
Um sistema de previsão de doença é uma descrição matemática (HAU, 1990) da interação
entre o ambiente, o hospedeiro e o patógeno, tendo como resultado a doença. O sistema pode ser
expresso através de uma equação (JEGER, 1983; CARMO et al., 1996a; CARMO et al., 1996b),
gráfico (KRANZ, 1974; REIS et al., 2004; REIS & BLUM, 2004) ou tabela (REIS, 2004), e a sua
finalização pode ser um índice numérico de risco, previsão da intensidade da doença ou até
desenvolvimento do inóculo (BERGAMIN FILHO & AMORIM, 1995). O sistema deve ser testado
para uma ou mais estação de cultivo sob condições locais, a fim de verificar como ele prevê a
intensidade da doença. O sucesso de previsão de epidemias no campo requer que as condições
ambientais (STEFFLER, 2001), as quais afetam o patógeno, o hospedeiro e a doença, sejam
reconhecidas e calculadas no sistema de previsão (BARRETO et al., 2004).
Para comprovação do sistema de previsão o mesmo deve ser avaliado em condições de campo
(KRANZ & HAU, 1980). Para Bergamin Filho e Amorin (1996), a validação do sistema tem por
objetivo determinar se o comportamento do sistema real é coerente com o modelo construído. Para
isso, o sistema proposto deve ser avaliado sob diferentes condições ambientais, de modo que todas as
variações que afetam a ocorrência da doença possam ser consideradas e, assim, o modelo colocado à
disposição dos produtores (BARRETO et al., 2004).
Segundo Bergamim Filho & Amorin (1995), o processo de avaliação envolve dois tipos de
testes: o primeiro, subjetivo, baseado na comparação visual dos dados previstos pelo sistema com os
dados reais; e, o segundo, utiliza testes estatísticos para avaliar a sua eficiência.
No caso de sistemas desenvolvidos para previsão de epidemias, a avaliação pode ser feita
comparando o desempenho do sistema em relação às praticas de controle tradicionalmente utilizadas
pelos produtores. Geralmente, as variáveis analisadas incluem a eficácia do controle, o rendimento da
cultura e o número de aplicações realizadas. Teng (1985) afirma que o rigor da avaliação não deve ser
exagerado, uma vez que o sistema é uma aproximação da realidade, e durante o processo de avaliação,
se necessário, pode-se ter um espaço entre o que é estimado e o real, para aprimoramento contínuo do
sistema. A sistemática de avaliação deve também ter atributos de grupos multidisciplinares para o
entendimento da relação patógeno-hospedeiro (FERNANDES & MAFFIA, 1994).
Vários são os sistemas de previsão presentes, no entanto um dos mais difundidos foi o de
Wallin (1962) que juntamente com o de Hyre (1954) para início das pulverizações integra o Blitecast
proposto por Krause et al. (1975) usado como sistema completo para pulverização da requeima do
batata e do tomateiro causado por Phytophthora infestans. O sistema de Wallin (1962) prevê a
ocorrência inicial e subsequente aumento do míldio do tomateiro, baseando-se na umidade relativa do
ar e na temperatura, ou seja, na acumulação de valores diários de severidade (VDS). Esses valores são
números arbitrariamente atribuídos a uma relação específica entre a duração de períodos de umidade
relativa 90% e a temperatura média diária.
Para a queima das pontas da cebola existe o sistema de previsão Botcast proposto por Sutton et
al. (1986), que utiliza como fundamento a correlação das variáveis climáticas no período da
esporulação e infecção de B. squamosa. São monitorados continuamente a temperatura do ar, a
umidade relativa, o período de molhamento foliar e a chuva, calculando-se diariamente a incidência do
inóculo e a intensidade de infecção. A partir disto calcula-se o índice de severidade da doença (ISD),
expresso em valores diários cumulativos, desde a emergência de plantas, de modo a indicar um limite
(grau de risco) a partir do qual poderiam ser iniciados. A esporulação é prevista para acontecer após
períodos noturnos com molhamento foliar acima de 12 horas. Caso o período de molhamento foliar for
entre 5 e 12 horas, o dia anterior deve ter tido umidade relativa acima de 70% ou chuva ou irrigação.
Tendo havido noite favorável à esporulação, calcula-se o índice de infecção (zero, um ou dois) através
de um diagrama que considera a duração do período de molhamento foliar e a temperatura no período
de molhamento foliar. O índice de severidade da doença é calculado, diariamente, pela multiplicação
do valor diário de inoculo (VDINO) pelo valor diário de infecção (VDINF). O critério para iniciar as
intervenções é o do índice de severidade acumulado (ISDA), que se for de 21 a 30 diminui o risco de
progresso da epidemia ou, quando atingir o intervalo de 31 a 40, aumenta o risco de progresso da
epidemia. Este sistema tem permitido reduzir até seis aplicações de fungicidas. Para indicar o intervalo
de aplicação de fungicidas, Vincelli & Lorbeer (1988a;1988b) ajustaram o sistema Botcast,
determinando prováveis ocorrências de períodos de infecção, pela previsão de eventos específicos no
ciclo de vida de B. squamosa. Estes autores demonstraram que a partir de dez esporos por metro
cúbico de ar havia uma correlação de perdas na produção de cebola. Com base nisto, propuseram um
índice de produção de inóculo (IPI) de zero a 24 com previsão de esporulações secundárias nas
próximas 24 horas, considerando como favoráveis períodos maiores que 6 horas, com mais de 90% de
umidade relativa, nos últimos quatro dias. Preenchida esta condição, calcula-se o índice das condições
climáticas favoráveis à esporulação usando uma equação de regressão que relaciona a densidade de
esporos com a temperatura média e o número de horas com umidade.
Mediante as características deste sistema é complexo e pouco funcional na prática em nível de
produtor e na operação de uma estação de aviso, porque só prevê o inicio das pulverizações, mas não
diretamente as subsequentes.
5. Metodologia
O experimento será realizado no Instituto Federal Catarinense Campus de Rio do Sul, no
município de Rio do Sul SC, (Latitude: 27º11 07 S e Longitude: 49º39 39 W, altitude 655 metros).
Sementes de cebola da cultivar Empasc 352/Bola Precoce serão semeadas em canteiros a campo em
experimento contendo quatro repetições com área de 1,25 X 3,00m na densidade de 3 g/m2. Para
avaliação da queima das pontas 10 plantas em cada repetição serão previamente escolhidas e
demarcadas aleatoriamente. A calagem, adubação, tratos culturais e aplicação de inseticidas seguirão
as normas da cultura (OLIVEIRA & BOITEUX, 2004).
As condições de temperatura, umidade relativa do ar serão coletados diariamente através de uma
estação meteorologia móvel instalada no local do experimento que esta presente no IFC/Campus Rio
do Sul. O valor de VDS (Valores de severidade diária) será adaptado baseado no sistema “botcast”
expresso nas condições de temperatura e horas de umidade relativa ≥ 90% em valores de acúmulo de
severidade:
O sistema consistirá de 7 tratamentos, sendo:
T1 – Pulverização de fungicida a cada 7 dias;
T2 – Pulverização de fungicida a cada 5 dias;
T3– Pulverização de fungicida com acúmulo de 6 VDS;
T4 – Pulverização de fungicida com acúmulo de 9 VDS;
T5– Pulverização de fungicida com acúmulo de 12 VDS;
T6 – Pulverização de fungicida com acúmulo de 15 VDS;
T7 – TESTEMUNHA
A testemunha sem aplicação de fungicida será instalada 5 metros do local para não interferir nos
tratamentos, dentro das mesmas condições de condução para os tratamentos. As pulverizações serão
realizadas com a mistura de mancozeb+oxicloreto de cobre com um pulverizador costal elétrico 20
litros para não intervir nos tratamentos. Na ocorrência de 25 mm de chuva, todos os tratamentos eram
pulverizados e reiniciados a contagem do sistema.Também semanalmente através da análise visual da
porcentagem de área foliar afetada pela doença será avaliada a severidade da queima das pontas das
plantas demarcadas através de dois bolsistas. As plantas doentes apresentando esporulação serão
visualizadas em microscópio óptico trinocular para confirmação e registro de imagem do agente
causal.
A severidade da doença ao longo do ciclo foi integralizada e calculada a área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD), através da fórmula: AACPD = [(y1+y2)/2]*(t2-t1), onde y1 e y2
refere-se a duas avaliações sucessivas da intensidade da doença realizadas nos tempos t1 e t2,
respectivamente.
A avaliação do número de mudas produzidas juntamente a AACPD serão submetidos à análise
de variância pelo teste F. A média do tratamento testemunha foi comparado com a média de cada um
dos tratamentos pelo teste de Dunnett a 5% de probabilidade e as médias entre os tratamentos do
sistema de previsão e convencional serão comparadas entre si pelo teste de Tukey a 5% .
6. Impacto econômico e social na resolução de problemas locais e regionais
Essa pesquisa tem como intuito principal reduzir o número de pulverizações com agrotóxicos
que são feita sem critério técnico e servir de subsidio para que a assistência técnica. Toda a cadeia
produtiva será beneficiada, onde o produtor irá gastar menos, o consumidor alimentar-se-á de um
produto que não tenha resíduo de agrotóxico e o meio ambiente com menor contaminação, gerando
assim sustentabilidade para continuação da cadeia produtiva na região.
7. Proposta de transferência do conhecimento desenvolvido para o Arranjo Produtivo Local Os resultados obtidos do ambiente poderão detalhar como a doença se desenvolve na região do Alto
vale do Itajaí;
Através desta avaliação, conhecer-se-á a condição para o desenvolvimento da doença a viabilidade
futura do uso a campo deste sistema de previsão;
Estes resultados servirão de base para o controle da doença na cultura na região.
8. Processo de Inovação (X) Inovação Tecnológica ( ) Tecnologia Social Explique: Pois com os resultados aqui obtidos servirão de suporte para o produtor e/ou técnico ter a tomada de
decisão no momento de realizar o controle químico na cultura.
9. Impacto no desenvolvimento institucional e do aluno
O aluno ira fazer na prática o que é visto em sala de aula, como avaliar a doença e entender porque
deve ser aplicado no momento correto, já que tem condições para isso. Isso servirá de suporte para sua
vida profissional e mudar o cotidiano que é feito sem critério algum. Seus resultados serão repassados
através de evento que apresentará o trabalho.
10. Expectativa do projeto na geração de propriedade intelectual ( ) Sim (X) Não Qual?
11. Quantitativo e justificativa do número de bolsas solicitadas
Quantidade Justificativa
( X ) Uma
Um aluno bolsista é necessário para a avaliação da doença e das condições
climáticas, já que as pulverizações tem técnico do campus para execução
( ) Duas
12. Plano de atividades a serem realizadas pelo aluno Bolsista 01
Nº Atividades mensais planejadas 2016 2017
A S O N D J F M A M J J
01 semeadura X
02 avaliação da doença X X X X
03 avaliação dos dados meteorológicos X X X X
04 avaliação da produtividade X X
05 tabulação e análise dos dados X X X
06 confecção de relatórios X X X
07 confecção de banner, resumos e/ou artigo X X
12.1 Plano de atividades a serem realizadas pelo aluno Bolsista 02, se houver
Nº Atividades mensais planejadas 2016 2017
A S O N D J F M A M J J
13. Identifique as parcerias e/ou convênios que compõem o projeto, se houver
14. Orçamento Detalhado e Financiamento – com indicação da contrapartida do IFC
Material de consumo Quantidade R$ R$ Total
Contrapartida Campus
Insumos agrícolas
(Adubos, sementes,
calcário, diversos)
diversos 200,00 200,00
Equipamentos
Data logger (kit registrador wetherlink USB) da estação meteorológica Davis vantage vue 300
1 3.000,00 3.000,00
TOTAL
3.200,00
15. Descrever a infraestrutura existente para a execução do projeto
O Instituto Federal Catarinense – IFC/Campus Rio do Sul apresenta condições para implantação do
experimento, já que há 20 anos atua como escola agrícola. Possui 1 técnico de campo para suporte e
todo o maquinário para preparo da área e de um laboratório de fitopatologia para análise.
16. Limitações e Dificuldades
O risco que poderá ocorrer durante o desenvolvimento do projeto é de que algum fator meteorológico
venha a ocorrer e danificar as folhas. Pois os dados coletados podem tornar os resultados
comprometidos.
Outro fator que pode acontecer que pode haver destruição do experimento por algum animal ou
vandalismo no experimento e do equipamento.
17. Referências Bibliográficas
BARRETO, M.; SCALOPPI, E. A. G. Sistema de previsão de doenças de hortaliças. In: ZAMBOLIM,
L. (Ed.). Manejo integrado de doenças, pragas e plantas daninhas. Viçosa: UFV, p.169-189, 2000.
BARRETO, M.; VALE, F. X. R; PAUL, P. A.; et al. Sistemas de previsão e estação de aviso. In:
VALE, F. X. R.; JESUS JUNIOR, W. C.; ZAMBOLIM, L. Epidemiologia aplicada ao manejo de
doenças de plantas. Belo Horizonte: Perfill, p.243-266, 2004.
BERGAMIM FILHO, A.; AMORIM, L. Doenças de plantas tropicais: epidemiologia e controle
econômico. São Paulo: CERES, 1996. 299p.
BERGAMIM FILHO, A.; AMORIM, L. Sistemas de previsão e avisos. In: BERGAMIM FILHO, A.;
KIMATI, H.; AMORIM, L. (Ed.). Manual de Fitopatologia: princípios e conceitos, v.1, 3. ed. São
Paulo: CERES, cap. 31, p.627-646, 1995.
BOEING, G. Fatores que afetam a qualidade da cebola na agricultura familiar Catarinense.
Florianópolis, SC. Instituto CEPA/SC, 88p. 2002.
BOFF, P. Levantamento de doenças na cultura da cebola, em Santa Catarina. Fitopatologia
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