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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA Samyra Silvana Da Silva Vitoretti PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA PARTICIPAÇÃO DOS PACIENTES HIPERTENSOS AO GRUPO HIPERDIA, NA ESF MOINHOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE. Conselheiro Lafaiete/ Minas Gerais 2016

PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

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Page 1: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZACcedilAtildeO ESTRATEacuteGIA SAUacuteDE DA FAMIacuteLIA

Samyra Silvana Da Silva Vitoretti

PROJETO DE INTERVENCcedilAtildeO PARA AUMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DOS PACIENTES HIPERTENSOS AO GRUPO HIPERDIA NA ESF

MOINHOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais 2016

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SAMYRA SILVANA DA SILVA VITORETTI

PROJETO DE INTERVENCcedilAtildeO PARA AUMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DOS PACIENTES HIPERTENSOS AO GRUPO HIPERDIA NA ESF

MOINHOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Certificado de Especialista

Orientadora Profa Dra Maria Joseacute Moraes Antunes

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais 2016

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SAMYRA SILVANA DA SILVA VITORETTI

PROJETO DE INTERVENCcedilAtildeO PARA AUMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DOS PACIENTES HIPERTENSOS AO GRUPO HIPERDIA NA ESF

MOINHOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

Banca examinadora Examinador 1 Profa Dra Maria Joseacute Moraes Antunes Examinador 2 ndash Dra Maacutercia Bastos Rezende Prof Nome - Instituiccedilatildeo

Aprovado em Belo Horizonte em de de 2016

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Resumo A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute um dos principais problemas de sauacutede

puacuteblica do Brasil e do mundo A necessidade de propor medidas de intervenccedilatildeo

iniciando na atenccedilatildeo primaacuteria buscar melhorar a adesatildeo e o autocuidado desses

pacientes visando a prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo agrave sauacutede o que contribui para evitar as

complicaccedilotildees cerebrovasculares e coronarianas principais causas de oacutebito e

sequela Este estudo teve como objetivo propor um plano de intervenccedilatildeo que visa

melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes hipertensos da aacuterea de abrangecircncia

da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia a partir dos trecircs noacutes criacuteticos identificados

Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

Palestras expositivas Monotonia dos temas apresentados nas palestras Para cada

um foi elaborado um plano de accedilatildeo Seu desenvolvimento e o acompanhamento

multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute essencial para que a

proposta de accedilatildeo funcione estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da

populaccedilatildeo adstrita

Palavras-chave Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo Arterial Hiperdia

Educaccedilatildeo para a Sauacutede

5

ABSTRACT

Systemic hypertension (SH) is a major public health problems in Brazil and the world

The need to propose intervention measures starting in primary care seeks to

improve adherence and self-care of these patients aimed at prevention and health

promotion which helps to prevent cerebrovascular and coronary complications

leading causes of death and sequel This study aimed to propose an intervention

plan to improve adherence and frequency of hypertensive patients the ESF Mills

coverage area the Hiperdia group from the three we identified critical Time in which

the groups are made coincide with working hours Expository lectures Monotony of

the topics presented in the lectures To each was prepared an action plan Its

development and multidisciplinary monitoring of hypertensive and diabetic patients is

essential for the proposed action work thus establishing greater ties and membership

of the enrolled population

Keywords Primary Health Care Arterial hypertension Hiperdia Health Education

6

7

Lista de abreviaturas

ACS Agente Comunitaacuterio de Sauacutede

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

DM Diabetes Mellitus

HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

PES Planejamento Estrateacutegico-Situacional

PIB Produto Interno Bruto

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS Unidade Baacutesica de Sauacutede

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

8

Lista de quadros Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil

Quadro 2- Noacute criacutetico 1

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Quadro 4- Noacute criacutetico 3

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo

Quadro 6- Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

9

AGRADECIMENTOS Agradeccedilo a Deus por sempre iluminar meus caminhos e pela oportunidade de

exercer essa profissatildeo que tanto amo

Aos meus pais por todo carinho e incentivo

Ao meu noivo pelo amor compreensatildeo e apoio nas minhas decisotildees

A minha irmatilde e familiares que sempre estatildeo do meu lado

Aos meus professores da especializaccedilatildeo pela ajuda e orientaccedilatildeo pois sem eles

nada seria possiacutevel

Obrigada

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio 11

2 JUSTIFICATIVA 14

3 OBJETIVOS 15 Objetivo geral 15

4 METODOLOGIA 16

5 REVISAtildeO DA LITERATURA 17 Breve relato sobre HAS 17

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia 21 Perfil do paciente 22

6 PLANO DE ACcedilAtildeO 25 Definiccedilatildeo dos problemas 25 Priorizaccedilatildeo dos problemas 25 bull Descriccedilatildeo do problema selecionado 26 Explicaccedilatildeo do problema 26 bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo 26

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32 REFEREcircNCIAS34

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 2: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

2

SAMYRA SILVANA DA SILVA VITORETTI

PROJETO DE INTERVENCcedilAtildeO PARA AUMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DOS PACIENTES HIPERTENSOS AO GRUPO HIPERDIA NA ESF

MOINHOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

Trabalho de Conclusatildeo de Curso apresentado ao Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia Universidade Federal de Minas Gerais como requisito parcial para obtenccedilatildeo do Certificado de Especialista

Orientadora Profa Dra Maria Joseacute Moraes Antunes

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais 2016

3

SAMYRA SILVANA DA SILVA VITORETTI

PROJETO DE INTERVENCcedilAtildeO PARA AUMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DOS PACIENTES HIPERTENSOS AO GRUPO HIPERDIA NA ESF

MOINHOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

Banca examinadora Examinador 1 Profa Dra Maria Joseacute Moraes Antunes Examinador 2 ndash Dra Maacutercia Bastos Rezende Prof Nome - Instituiccedilatildeo

Aprovado em Belo Horizonte em de de 2016

4

Resumo A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute um dos principais problemas de sauacutede

puacuteblica do Brasil e do mundo A necessidade de propor medidas de intervenccedilatildeo

iniciando na atenccedilatildeo primaacuteria buscar melhorar a adesatildeo e o autocuidado desses

pacientes visando a prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo agrave sauacutede o que contribui para evitar as

complicaccedilotildees cerebrovasculares e coronarianas principais causas de oacutebito e

sequela Este estudo teve como objetivo propor um plano de intervenccedilatildeo que visa

melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes hipertensos da aacuterea de abrangecircncia

da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia a partir dos trecircs noacutes criacuteticos identificados

Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

Palestras expositivas Monotonia dos temas apresentados nas palestras Para cada

um foi elaborado um plano de accedilatildeo Seu desenvolvimento e o acompanhamento

multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute essencial para que a

proposta de accedilatildeo funcione estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da

populaccedilatildeo adstrita

Palavras-chave Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo Arterial Hiperdia

Educaccedilatildeo para a Sauacutede

5

ABSTRACT

Systemic hypertension (SH) is a major public health problems in Brazil and the world

The need to propose intervention measures starting in primary care seeks to

improve adherence and self-care of these patients aimed at prevention and health

promotion which helps to prevent cerebrovascular and coronary complications

leading causes of death and sequel This study aimed to propose an intervention

plan to improve adherence and frequency of hypertensive patients the ESF Mills

coverage area the Hiperdia group from the three we identified critical Time in which

the groups are made coincide with working hours Expository lectures Monotony of

the topics presented in the lectures To each was prepared an action plan Its

development and multidisciplinary monitoring of hypertensive and diabetic patients is

essential for the proposed action work thus establishing greater ties and membership

of the enrolled population

Keywords Primary Health Care Arterial hypertension Hiperdia Health Education

6

7

Lista de abreviaturas

ACS Agente Comunitaacuterio de Sauacutede

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

DM Diabetes Mellitus

HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

PES Planejamento Estrateacutegico-Situacional

PIB Produto Interno Bruto

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS Unidade Baacutesica de Sauacutede

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

8

Lista de quadros Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil

Quadro 2- Noacute criacutetico 1

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Quadro 4- Noacute criacutetico 3

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo

Quadro 6- Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

9

AGRADECIMENTOS Agradeccedilo a Deus por sempre iluminar meus caminhos e pela oportunidade de

exercer essa profissatildeo que tanto amo

Aos meus pais por todo carinho e incentivo

Ao meu noivo pelo amor compreensatildeo e apoio nas minhas decisotildees

A minha irmatilde e familiares que sempre estatildeo do meu lado

Aos meus professores da especializaccedilatildeo pela ajuda e orientaccedilatildeo pois sem eles

nada seria possiacutevel

Obrigada

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio 11

2 JUSTIFICATIVA 14

3 OBJETIVOS 15 Objetivo geral 15

4 METODOLOGIA 16

5 REVISAtildeO DA LITERATURA 17 Breve relato sobre HAS 17

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia 21 Perfil do paciente 22

6 PLANO DE ACcedilAtildeO 25 Definiccedilatildeo dos problemas 25 Priorizaccedilatildeo dos problemas 25 bull Descriccedilatildeo do problema selecionado 26 Explicaccedilatildeo do problema 26 bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo 26

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32 REFEREcircNCIAS34

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 3: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

3

SAMYRA SILVANA DA SILVA VITORETTI

PROJETO DE INTERVENCcedilAtildeO PARA AUMENTO DA PARTICIPACcedilAtildeO DOS PACIENTES HIPERTENSOS AO GRUPO HIPERDIA NA ESF

MOINHOS DE CONSELHEIRO LAFAIETE

Banca examinadora Examinador 1 Profa Dra Maria Joseacute Moraes Antunes Examinador 2 ndash Dra Maacutercia Bastos Rezende Prof Nome - Instituiccedilatildeo

Aprovado em Belo Horizonte em de de 2016

4

Resumo A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute um dos principais problemas de sauacutede

puacuteblica do Brasil e do mundo A necessidade de propor medidas de intervenccedilatildeo

iniciando na atenccedilatildeo primaacuteria buscar melhorar a adesatildeo e o autocuidado desses

pacientes visando a prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo agrave sauacutede o que contribui para evitar as

complicaccedilotildees cerebrovasculares e coronarianas principais causas de oacutebito e

sequela Este estudo teve como objetivo propor um plano de intervenccedilatildeo que visa

melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes hipertensos da aacuterea de abrangecircncia

da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia a partir dos trecircs noacutes criacuteticos identificados

Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

Palestras expositivas Monotonia dos temas apresentados nas palestras Para cada

um foi elaborado um plano de accedilatildeo Seu desenvolvimento e o acompanhamento

multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute essencial para que a

proposta de accedilatildeo funcione estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da

populaccedilatildeo adstrita

Palavras-chave Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo Arterial Hiperdia

Educaccedilatildeo para a Sauacutede

5

ABSTRACT

Systemic hypertension (SH) is a major public health problems in Brazil and the world

The need to propose intervention measures starting in primary care seeks to

improve adherence and self-care of these patients aimed at prevention and health

promotion which helps to prevent cerebrovascular and coronary complications

leading causes of death and sequel This study aimed to propose an intervention

plan to improve adherence and frequency of hypertensive patients the ESF Mills

coverage area the Hiperdia group from the three we identified critical Time in which

the groups are made coincide with working hours Expository lectures Monotony of

the topics presented in the lectures To each was prepared an action plan Its

development and multidisciplinary monitoring of hypertensive and diabetic patients is

essential for the proposed action work thus establishing greater ties and membership

of the enrolled population

Keywords Primary Health Care Arterial hypertension Hiperdia Health Education

6

7

Lista de abreviaturas

ACS Agente Comunitaacuterio de Sauacutede

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

DM Diabetes Mellitus

HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

PES Planejamento Estrateacutegico-Situacional

PIB Produto Interno Bruto

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS Unidade Baacutesica de Sauacutede

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

8

Lista de quadros Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil

Quadro 2- Noacute criacutetico 1

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Quadro 4- Noacute criacutetico 3

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo

Quadro 6- Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

9

AGRADECIMENTOS Agradeccedilo a Deus por sempre iluminar meus caminhos e pela oportunidade de

exercer essa profissatildeo que tanto amo

Aos meus pais por todo carinho e incentivo

Ao meu noivo pelo amor compreensatildeo e apoio nas minhas decisotildees

A minha irmatilde e familiares que sempre estatildeo do meu lado

Aos meus professores da especializaccedilatildeo pela ajuda e orientaccedilatildeo pois sem eles

nada seria possiacutevel

Obrigada

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio 11

2 JUSTIFICATIVA 14

3 OBJETIVOS 15 Objetivo geral 15

4 METODOLOGIA 16

5 REVISAtildeO DA LITERATURA 17 Breve relato sobre HAS 17

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia 21 Perfil do paciente 22

6 PLANO DE ACcedilAtildeO 25 Definiccedilatildeo dos problemas 25 Priorizaccedilatildeo dos problemas 25 bull Descriccedilatildeo do problema selecionado 26 Explicaccedilatildeo do problema 26 bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo 26

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32 REFEREcircNCIAS34

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

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httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

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SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 4: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

4

Resumo A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute um dos principais problemas de sauacutede

puacuteblica do Brasil e do mundo A necessidade de propor medidas de intervenccedilatildeo

iniciando na atenccedilatildeo primaacuteria buscar melhorar a adesatildeo e o autocuidado desses

pacientes visando a prevenccedilatildeo e promoccedilatildeo agrave sauacutede o que contribui para evitar as

complicaccedilotildees cerebrovasculares e coronarianas principais causas de oacutebito e

sequela Este estudo teve como objetivo propor um plano de intervenccedilatildeo que visa

melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes hipertensos da aacuterea de abrangecircncia

da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia a partir dos trecircs noacutes criacuteticos identificados

Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

Palestras expositivas Monotonia dos temas apresentados nas palestras Para cada

um foi elaborado um plano de accedilatildeo Seu desenvolvimento e o acompanhamento

multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute essencial para que a

proposta de accedilatildeo funcione estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da

populaccedilatildeo adstrita

Palavras-chave Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo Arterial Hiperdia

Educaccedilatildeo para a Sauacutede

5

ABSTRACT

Systemic hypertension (SH) is a major public health problems in Brazil and the world

The need to propose intervention measures starting in primary care seeks to

improve adherence and self-care of these patients aimed at prevention and health

promotion which helps to prevent cerebrovascular and coronary complications

leading causes of death and sequel This study aimed to propose an intervention

plan to improve adherence and frequency of hypertensive patients the ESF Mills

coverage area the Hiperdia group from the three we identified critical Time in which

the groups are made coincide with working hours Expository lectures Monotony of

the topics presented in the lectures To each was prepared an action plan Its

development and multidisciplinary monitoring of hypertensive and diabetic patients is

essential for the proposed action work thus establishing greater ties and membership

of the enrolled population

Keywords Primary Health Care Arterial hypertension Hiperdia Health Education

6

7

Lista de abreviaturas

ACS Agente Comunitaacuterio de Sauacutede

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

DM Diabetes Mellitus

HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

PES Planejamento Estrateacutegico-Situacional

PIB Produto Interno Bruto

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS Unidade Baacutesica de Sauacutede

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

8

Lista de quadros Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil

Quadro 2- Noacute criacutetico 1

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Quadro 4- Noacute criacutetico 3

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo

Quadro 6- Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

9

AGRADECIMENTOS Agradeccedilo a Deus por sempre iluminar meus caminhos e pela oportunidade de

exercer essa profissatildeo que tanto amo

Aos meus pais por todo carinho e incentivo

Ao meu noivo pelo amor compreensatildeo e apoio nas minhas decisotildees

A minha irmatilde e familiares que sempre estatildeo do meu lado

Aos meus professores da especializaccedilatildeo pela ajuda e orientaccedilatildeo pois sem eles

nada seria possiacutevel

Obrigada

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio 11

2 JUSTIFICATIVA 14

3 OBJETIVOS 15 Objetivo geral 15

4 METODOLOGIA 16

5 REVISAtildeO DA LITERATURA 17 Breve relato sobre HAS 17

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia 21 Perfil do paciente 22

6 PLANO DE ACcedilAtildeO 25 Definiccedilatildeo dos problemas 25 Priorizaccedilatildeo dos problemas 25 bull Descriccedilatildeo do problema selecionado 26 Explicaccedilatildeo do problema 26 bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo 26

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32 REFEREcircNCIAS34

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

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arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

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SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 5: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

5

ABSTRACT

Systemic hypertension (SH) is a major public health problems in Brazil and the world

The need to propose intervention measures starting in primary care seeks to

improve adherence and self-care of these patients aimed at prevention and health

promotion which helps to prevent cerebrovascular and coronary complications

leading causes of death and sequel This study aimed to propose an intervention

plan to improve adherence and frequency of hypertensive patients the ESF Mills

coverage area the Hiperdia group from the three we identified critical Time in which

the groups are made coincide with working hours Expository lectures Monotony of

the topics presented in the lectures To each was prepared an action plan Its

development and multidisciplinary monitoring of hypertensive and diabetic patients is

essential for the proposed action work thus establishing greater ties and membership

of the enrolled population

Keywords Primary Health Care Arterial hypertension Hiperdia Health Education

6

7

Lista de abreviaturas

ACS Agente Comunitaacuterio de Sauacutede

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

DM Diabetes Mellitus

HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

PES Planejamento Estrateacutegico-Situacional

PIB Produto Interno Bruto

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS Unidade Baacutesica de Sauacutede

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

8

Lista de quadros Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil

Quadro 2- Noacute criacutetico 1

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Quadro 4- Noacute criacutetico 3

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo

Quadro 6- Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

9

AGRADECIMENTOS Agradeccedilo a Deus por sempre iluminar meus caminhos e pela oportunidade de

exercer essa profissatildeo que tanto amo

Aos meus pais por todo carinho e incentivo

Ao meu noivo pelo amor compreensatildeo e apoio nas minhas decisotildees

A minha irmatilde e familiares que sempre estatildeo do meu lado

Aos meus professores da especializaccedilatildeo pela ajuda e orientaccedilatildeo pois sem eles

nada seria possiacutevel

Obrigada

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio 11

2 JUSTIFICATIVA 14

3 OBJETIVOS 15 Objetivo geral 15

4 METODOLOGIA 16

5 REVISAtildeO DA LITERATURA 17 Breve relato sobre HAS 17

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia 21 Perfil do paciente 22

6 PLANO DE ACcedilAtildeO 25 Definiccedilatildeo dos problemas 25 Priorizaccedilatildeo dos problemas 25 bull Descriccedilatildeo do problema selecionado 26 Explicaccedilatildeo do problema 26 bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo 26

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32 REFEREcircNCIAS34

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

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a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

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DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

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estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

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35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

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arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

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SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 6: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

6

7

Lista de abreviaturas

ACS Agente Comunitaacuterio de Sauacutede

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

DM Diabetes Mellitus

HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

PES Planejamento Estrateacutegico-Situacional

PIB Produto Interno Bruto

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS Unidade Baacutesica de Sauacutede

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

8

Lista de quadros Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil

Quadro 2- Noacute criacutetico 1

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Quadro 4- Noacute criacutetico 3

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo

Quadro 6- Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

9

AGRADECIMENTOS Agradeccedilo a Deus por sempre iluminar meus caminhos e pela oportunidade de

exercer essa profissatildeo que tanto amo

Aos meus pais por todo carinho e incentivo

Ao meu noivo pelo amor compreensatildeo e apoio nas minhas decisotildees

A minha irmatilde e familiares que sempre estatildeo do meu lado

Aos meus professores da especializaccedilatildeo pela ajuda e orientaccedilatildeo pois sem eles

nada seria possiacutevel

Obrigada

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio 11

2 JUSTIFICATIVA 14

3 OBJETIVOS 15 Objetivo geral 15

4 METODOLOGIA 16

5 REVISAtildeO DA LITERATURA 17 Breve relato sobre HAS 17

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia 21 Perfil do paciente 22

6 PLANO DE ACcedilAtildeO 25 Definiccedilatildeo dos problemas 25 Priorizaccedilatildeo dos problemas 25 bull Descriccedilatildeo do problema selecionado 26 Explicaccedilatildeo do problema 26 bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo 26

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32 REFEREcircNCIAS34

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 7: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

7

Lista de abreviaturas

ACS Agente Comunitaacuterio de Sauacutede

ESF Estrateacutegia Sauacutede da Famiacutelia

DM Diabetes Mellitus

HAS Hipertensatildeo Arterial Sistecircmica

IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica

IDH Iacutendice de Desenvolvimento Humano

PES Planejamento Estrateacutegico-Situacional

PIB Produto Interno Bruto

PSF Programa de Sauacutede da Famiacutelia

SUS Sistema Uacutenico de Sauacutede

UBS Unidade Baacutesica de Sauacutede

UFMG Universidade Federal de Minas Gerais

8

Lista de quadros Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil

Quadro 2- Noacute criacutetico 1

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Quadro 4- Noacute criacutetico 3

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo

Quadro 6- Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

9

AGRADECIMENTOS Agradeccedilo a Deus por sempre iluminar meus caminhos e pela oportunidade de

exercer essa profissatildeo que tanto amo

Aos meus pais por todo carinho e incentivo

Ao meu noivo pelo amor compreensatildeo e apoio nas minhas decisotildees

A minha irmatilde e familiares que sempre estatildeo do meu lado

Aos meus professores da especializaccedilatildeo pela ajuda e orientaccedilatildeo pois sem eles

nada seria possiacutevel

Obrigada

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio 11

2 JUSTIFICATIVA 14

3 OBJETIVOS 15 Objetivo geral 15

4 METODOLOGIA 16

5 REVISAtildeO DA LITERATURA 17 Breve relato sobre HAS 17

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia 21 Perfil do paciente 22

6 PLANO DE ACcedilAtildeO 25 Definiccedilatildeo dos problemas 25 Priorizaccedilatildeo dos problemas 25 bull Descriccedilatildeo do problema selecionado 26 Explicaccedilatildeo do problema 26 bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo 26

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32 REFEREcircNCIAS34

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 8: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

8

Lista de quadros Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil

Quadro 2- Noacute criacutetico 1

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Quadro 4- Noacute criacutetico 3

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo

Quadro 6- Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

9

AGRADECIMENTOS Agradeccedilo a Deus por sempre iluminar meus caminhos e pela oportunidade de

exercer essa profissatildeo que tanto amo

Aos meus pais por todo carinho e incentivo

Ao meu noivo pelo amor compreensatildeo e apoio nas minhas decisotildees

A minha irmatilde e familiares que sempre estatildeo do meu lado

Aos meus professores da especializaccedilatildeo pela ajuda e orientaccedilatildeo pois sem eles

nada seria possiacutevel

Obrigada

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio 11

2 JUSTIFICATIVA 14

3 OBJETIVOS 15 Objetivo geral 15

4 METODOLOGIA 16

5 REVISAtildeO DA LITERATURA 17 Breve relato sobre HAS 17

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia 21 Perfil do paciente 22

6 PLANO DE ACcedilAtildeO 25 Definiccedilatildeo dos problemas 25 Priorizaccedilatildeo dos problemas 25 bull Descriccedilatildeo do problema selecionado 26 Explicaccedilatildeo do problema 26 bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo 26

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32 REFEREcircNCIAS34

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

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SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 9: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

9

AGRADECIMENTOS Agradeccedilo a Deus por sempre iluminar meus caminhos e pela oportunidade de

exercer essa profissatildeo que tanto amo

Aos meus pais por todo carinho e incentivo

Ao meu noivo pelo amor compreensatildeo e apoio nas minhas decisotildees

A minha irmatilde e familiares que sempre estatildeo do meu lado

Aos meus professores da especializaccedilatildeo pela ajuda e orientaccedilatildeo pois sem eles

nada seria possiacutevel

Obrigada

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio 11

2 JUSTIFICATIVA 14

3 OBJETIVOS 15 Objetivo geral 15

4 METODOLOGIA 16

5 REVISAtildeO DA LITERATURA 17 Breve relato sobre HAS 17

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia 21 Perfil do paciente 22

6 PLANO DE ACcedilAtildeO 25 Definiccedilatildeo dos problemas 25 Priorizaccedilatildeo dos problemas 25 bull Descriccedilatildeo do problema selecionado 26 Explicaccedilatildeo do problema 26 bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo 26

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32 REFEREcircNCIAS34

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 10: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

10

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio 11

2 JUSTIFICATIVA 14

3 OBJETIVOS 15 Objetivo geral 15

4 METODOLOGIA 16

5 REVISAtildeO DA LITERATURA 17 Breve relato sobre HAS 17

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia 21 Perfil do paciente 22

6 PLANO DE ACcedilAtildeO 25 Definiccedilatildeo dos problemas 25 Priorizaccedilatildeo dos problemas 25 bull Descriccedilatildeo do problema selecionado 26 Explicaccedilatildeo do problema 26 bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo 26

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 32 REFEREcircNCIAS34

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

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Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

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FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

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LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

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educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

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arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

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SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 11: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

bull Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio

O municiacutepio mineiro denominado Conselheiro Lafaiete estaacute localizado a 96 Km da

capital Belo Horizonte A primeira notiacutecia que se tem da histoacuteria de Conselheiro

Lafaiete eacute por volta de 1683 dada pelo bandeirante de Garcia Rodrigues que fala

no arraial de garimpeiros e iacutendios denominados Carijoacutes que povoavam a regiatildeo Em

1694 a grande bandeira paulista de Manuel Camargo Bartolomeu Bueno de

Siqueira Miguel Garcia de Almeida Cunha e Joatildeo Lopes de Camargo oficializou a

existecircncia do arraial que teve entatildeo um grande crescimento servindo de ponto de

apoio aos garimpeiros que iam explorar ouro descoberto em Itaverava municiacutepio

vizinho assim como em Ouro Preto Mariana e Sabaraacute Em 1872 foi criada a

Comarca de Queluz O nome Conselheiro Lafaiete passou a vigorar a partir de 1934

em homenagem ao Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira quando se

comemorava o centenaacuterio de seu nascimento (PREFEITURA MUNICIPAL DE

LAFAIETE 2015)

A administraccedilatildeo de Conselheiro Lafaiete eacute composta pelo prefeito Ivar de Almeida

Cerqueira Neto vice-prefeito Darci Tavares e o secretaacuterio municipal de sauacutede

Marcos Bernardes Prates

Conselheiro Lafaiete possui uma populaccedilatildeo estimada de 116512 habitantes

segundo censo de 2010 uma aacuterea territorial correspondente a 370246 kmsup2

densidade demograacutefica igual a 31469 habkmsup2 e IDH (Iacutendice de Desenvolvimento

Humano) igual a 0761 (2010) O municiacutepio tem uma arrecadaccedilatildeo de

aproximadamente R$ 1037 milhotildeesano (IBGE 2010)

A cidade fica localizada proacutexima de grandes mineradoras e induacutestrias sideruacutergicas

como a CSN Ferrous a Gerdau Accedilominas Logsteel MRS Logiacutestica NAMISA

Vallourec amp Sumitomo Tubos do Brasil Cimento Tupi USIMINAS Vagotildees a Vale e

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 12: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

12

Real Mix Concretos Possui diversas induacutestrias de pequeno porte como serralherias

carpintarias e tijolos Conselheiro Lafaiete tem instaladas hoje metaluacutergicas em

geral faacutebricas de moacuteveis ceras e velas ceracircmicas empresas de ocircnibus transporte

de prestaccedilatildeo de serviccedilos em geral e uma cooperativa de leite da Itambeacute Conta

ainda com estabelecimentos comerciais variados Na agricultura produz os

seguintes produtos agriacutecolas arroz batata laranja tangerina tomate milho

mandioca feijatildeo e cana-de-accediluacutecar Na pecuaacuteria tem como principais efetivos

bovinos suiacutenos muares galinaacuteceos entre outros (IBGE 2010)

O municiacutepio possui uma rede de sauacutede que atende a 20 municiacutepios vizinhos Conta

com 20 ambulatoacuterios distribuiacutedos pelos bairros da cidade um Pronto Atendimento

que funciona 24 horas prestando serviccedilo de urgecircncia e emergecircncia meacutedica e

odontoloacutegica quatro hospitais sendo que trecircs possuem maternidade aleacutem de uma

unidade moacutevel provida de consultoacuterio meacutedico odontoloacutegico e enfermaria Todas as

unidades satildeo mantidas pelo SUS que em Conselheiro Lafaiete encontra-se no niacutevel

de gestatildeo semi-plena (IBGE 2010)

O Programa da Sauacutede da Famiacutelia (PSF) Moinhos fica localizado no bairro Moinhos

em Conselheiro Lafaiete e possui aproximadamente 10000 habitantes sendo que

chegaratildeo mais 300 famiacutelias que iratildeo residir nos condomiacutenios do Programa Minha

Casa Minha Vida do governo federal A populaccedilatildeo em grande parte eacute carente e

possui pouco grau de instruccedilatildeo o que demanda mais programas educativos para

ajudar na promoccedilatildeo agrave sauacutede A unidade conta com uma equipe composta pelos

seguintes profissionais 6 agentes comunitaacuterios de sauacutede 1 assistente social 1

auxiliar de enfermagem 1 enfermeiro da estrateacutegia de sauacutede da famiacutelia1

farmacecircutico1 fisioterapeuta1 meacutedica do PSF 1 nutricionista 1 psicoacuteloga 1

educador fiacutesico e 1 fonoaudioacuteloga O horaacuterio de funcionamento da unidade eacute das 7

agraves 17 horas sem pausa para almoccedilo

A unidade baacutesica eacute utilizada como porta de entrada para os serviccedilos do Sistema

Uacutenico de Sauacutede (SUS) pela a comunidade o que gera grande expectativa pelos

pacientes

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 13: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

13

A maioria da populaccedilatildeo hipertensa cadastrada no PSF Moinhos pertence agrave faixa

etaacuteria maior de 50 anos sendo que a maioria possui baixo niacutevel de escolaridade

Vivem com seus familiares ou sozinhos em ambientes sociais por vezes

conflituosos e desestruturados Adoecem devido obesidade dislipidemia tabagismo

etilismo sedentarismo e fatores ligados a geneacutetica Morrem por complicaccedilotildees

pertinentes de doenccedilas cerebrovasculares e coronarianas

Na aacuterea de abrangecircncia do PSF- Moinhos no municiacutepio de Conselheiro Lafaiete foi

possiacutevel constatar que haacute uma falta de adesatildeo pelos pacientes portadores de

hipertensatildeo arterial eou diabetes ao grupo operativo Hiperdia pois uma proporccedilatildeo

consideraacutevel de pacientes natildeo comparecem aos grupos e nem as consultas meacutedicas

agendadas Satildeo 544 hipertensos e 105 diabeacuteticos cadastrados pelo SIAB mas

apenas cerca 20 pacientes comparecem ao grupo de Hiperdia mensalmente Foi

possiacutevel verificar tambeacutem em reuniatildeo com a equipe que a maioria dos pacientes

possuem um niacutevel sociocultural muito baixo fazendo uso incorreto da medicaccedilatildeo

natildeo seguindo as orientaccedilotildees meacutedicas e assim permanecendo com niacuteveis

pressoacutericos e glicecircmicos elevados O fato da grande rotatividade de meacutedicos na aacuterea

adstrita tambeacutem contribui para a baixa adesatildeo ao tratamento e acompanhamento

da enfermidade

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

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httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

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NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

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PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

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2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

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RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

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SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

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SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 14: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

14

2 JUSTIFICATIVA

A Hipertensatildeo arterial eacute uma das principais causas de morbidade e mortalidade no

mundo juntamente com o Diabetes (SILVA 2006)

A necessidade de propor projetos de intervenccedilatildeo buscando melhorar a adesatildeo dos

pacientes com estas comorbidades visa o o autocuidado e o conhecimento da

doenccedila assim como suas possiacuteveis complicaccedilotildees no futuro

Ao desenvolver este trabalho acredita-se ser possiacutevel melhorar a assistecircncia

prestada agrave nossa clientela ou seja agrave populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando

que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse processo

Para Rodrigues et al (2012) a adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do

portador de hipertensatildeo ou diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos

constituintes do processo embora deva consideraacute-lo como o foco central do

processo

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 15: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

15

3 OBJETIVOS

Objetivo geral

Propor um plano de intervenccedilatildeo para melhorar a adesatildeo e frequecircncia dos pacientes

hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia

Objetivos especiacuteficos

Revisar publicaccedilotildees cientiacuteficas recentes relacionadas agrave hipertensatildeo arterial

Identificar meacutetodos pedagoacutegicos para a realizaccedilatildeo de palestras para hipertensos e

diabeacuteticos envolvendo a participaccedilatildeo dos pacientes e de outros profissionais de

sauacutede

Analisar textos que orientem para o desenvolvimento de palestras dialogadas com o

intuito de ouvir o paciente hipertenso e conversar sobre o autocuidado

Sistematizar accedilotildees a serem desenvolvidas do plano de accedilatildeo

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 16: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

16

4 METODOLOGIA

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidir com os

horaacuterios de trabalho as palestras serem expositivas a monotonia dos temas das

palestras e a ausecircncia de acompanhamento meacutedico Devido a esses motivos

conseguimos identificar os principais problemas para chegar aos noacutes criacuteticos e

elaborar o plano de accedilatildeo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Este estudo foi realizado atraveacutes dos meacutetodos experimental e de revisatildeo

bibliograacutefica Teve como base a pesquisa empiacuterica realizada no periacuteodo de seis

meses com a finalidade de melhorar a adesatildeo de pacientes hipertensos da aacuterea de

abrangecircncia da ESF Moinhos ao grupo Hiperdia Os dados foram coletados atraveacutes

das Fichas D dos agentes comunitaacuterios de sauacutede A pesquisa de artigos cientiacuteficos

indexados nas bases de dados LILACS (Literatura Latino-Americana em Ciecircncias da

Sauacutede) SCIELO (Scientific Eletronic Library On-Line) e MEDLINE foi realizada pela

busca ativa atraveacutes dos descritores Atenccedilatildeo Primaacuteria agrave Sauacutede Hipertensatildeo arterial

Hiperdia Educaccedilatildeo para a Sauacutede

Para a construccedilatildeo do plano de accedilatildeo foram seguidos os passos do Planejamento

Estrateacutegico-Situacional (PES) propostos pelo Curso de Especializaccedilatildeo Estrateacutegia

em Sauacutede da Famiacutelia Nescon Escola de Medicina UFMG que satildeo os seguintes

momento explicativo momento normativo momento estrateacutegico momento taacutetico

operacional (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

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12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 17: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

17

5 REVISAtildeO DA LITERATURA

Breve relato sobre HAS

A hipertensatildeo arterial sistecircmica (HAS) eacute definida como pressatildeo arterial sistoacutelica ge140

mmHg efraslou de pressatildeo arterial diastoacutelica ge90 mmHg aferidas a niacutevel ambulatorial

O diagnoacutestico definitivo eacute comprovado atraveacutes de medidas repetidas pelo menos em

trecircs momentos aferidas em condiccedilotildees ideais (Diretrizes de Hipertensatildeo VI 2010)

A HAS apresenta caraacuteter multifatorial estando associado a obesidade aumento da

circunferecircncia abdominal sedentarismo tabagismo etilismo haacutebitos alimentares

inadequados fatores geneacuteticos o avanccedilo da idade e baixa escolaridade (SILVEIRA

et al 2013)

O tratamento da HAS dependeraacute da adesatildeo do paciente ao uso dos medicamentos

prescritos pelo profissional de sauacutede Segundo SOUZA et al (2014) fatores

relacionados a adesatildeo incluem ldquoas caracteriacutesticas do paciente a qualidade da

relaccedilatildeo meacutedico-paciente a gravidade da doenccedila o acesso aos cuidados de sauacutede e

fatores especiacuteficos relacionados agrave prescriccedilatildeo medicamentosardquo

Tratamento da HAS segundo VI Diretrizes de Hipertensatildeo O tratamento da HAS natildeo deve ser baseado apenas nas medidas de PA mas

tambeacutem na existecircncia de fatores de risco lesatildeo de oacutergatildeo-alvo e doenccedila

cardiovascular estabelecida (NOBRE 2010)

O objetivo da terapecircutica eacute reduzir a morbidade e a mortalidade cardiovascular

Segundo NOBRE (2010) os pacientes que natildeo possuem risco adicional o

tratamento natildeo-medicamentoso deve ser instituiacutedo Jaacute os que possuem risco

adicional baixo deve ser considerado o tratamento natildeo-medicamentoso isolado por

ateacute 6 meses e se caso o paciente natildeo atingir a meta que eacute manter a PA lt140x90

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

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35

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36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 18: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

18

mmHg associar tratamento medicamentoso Risco adicional meacutedio alto e muito alto

tratamento natildeo-medicamentoso e medicamentoso

Tratamento Medicamentoso

Os medicamentos mais utilizados para a HAS e que evidenciaram reduccedilatildeo da morbi-

mortalidade em estudos satildeo os diureacuteticos betabloqueadores inibidores da enzima

conversora da angiotensina (IECA) bloqueadores do receptor AT1 da angiotensina

(BRA II) e antagonistas dos canais de caacutelcio (ACC) podendo ser utilizada a

associaccedilatildeo destes antihipertensivos (NOBRE2010)

Quadro 1- Anti-hipertensivos comercialmente disponiacuteveis no Brasil segundo a VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010

Medicamentos Diureacuteticos

Posologia (mg)

Nuacutemero de tomadasdia

Diureacuteticos Tiaziacutedicos Clortalidona Hidroclorotiazida Indapamida Indapamida SR Alccedila Bumetamida Furosemida Piretanida Poupadores de potaacutessio Amilorida Espironolactona Triantereno Inibidores adreneacutergicos Accedilatildeo central Alf tild 500 1 500 2 3

Miacutenima

Maacutexima

125 125 25 15

05 20 6

25 25 50

25 25 5 5

12

10 100 100

1 1 1 1

1-2 1-2 1

1 1-2 1

Inibidores Adreneacutergicos Accedilatildeo central Alfametildopa Clonidina Guanabenzo Moxonidina Rilmenidina Reserpina

500 02 4

02 1

125

1500 06 12 06 2 25

2-3 2-3 2-3 1 1

1-2

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

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atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 19: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

19

Betabloqueadores Atenolol Bisoprolol Carvedilol+ Metoprolol e Metoprolol (ZOK) Nadolol Nebivolol++ Propranolol Propranolol (LA) Pindolol Alfabloqueadores Doxazosina Prazosina Prazosina XL Terazosina

25 25 125 50 40 5

4080 10

1 1 4 1

100 10 50

200 120 10

240160 40

16 20 8 20

1-2 1-2 1-2 1-2 1 1

2-3 1-2 1-2

1 2-3 1

1-2 Inibidores da ECA Inibidores da ECA Benazepril Captopril Cilazapril Delapril Enalapril Fosinopril Lisinopril Perindopril Quinapril Ramipril Trandolapril

5 25 25 15 5 10 5 4 10 25 2

20 150 5 30 40 20 20 8 20 10 4

1 2-3 1

1-2 1-2 1 1 1 1 1 1

Bloqueadores do receptor de AT1 Candesartana Irbersartana Losartana Olmesartana Telmisartana Valsartana

8 150 25 20 40 80

32 300 100 40

160 320

1 1 1 1 1 1

Inibidor direto da renina Inibidor direto da renina Alisquireno

150

300

1 Medicamentos comercializados apenas em associaccedilotildees com outros anti-hipertensivos Dose maacutexima variaacutevel de acordo com a indicaccedilatildeo meacutedica Retard SR ZOK Oros XL LA AP SR e CD formas farmacecircuticas de liberaccedilatildeo prolongada ou controlada + Alfa-1 e betabloqueador adreneacutergico ++ Betabloqueador e liberador de oacutexido niacutetrico FONTE VI Diretrizes de Hipertensatildeo de 2010 Efeitos colaterais

Diureacuteticos hipopotassemia podendo ser acompanhada de hipomagnesemia que

pode induzir arritmias ventriculares e hiperuricemia Betabloqueadores

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

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LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

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12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 20: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

20

broncoespasmo bradicardia distuacuterbios da conduccedilatildeo atrioventricular vasoconstriccedilatildeo

perifeacuterica insocircnia pesadelos depressatildeo psiacutequica astenia e disfunccedilatildeo sexual Os

betabloqueadores de primeira e segunda geraccedilatildeo satildeo contraindicados em pacientes

com asma DPOC e bloqueio atrioventricular de segundo e terceiro graus (NOBRE

2010)

Antagonistas dos canais de caacutelcio cefaleacuteia tontura rubor facial e edema de

extremidades mais comum em regiatildeo maleolar Verapamil e diltiazem podem

provocar depressatildeo miocaacuterdica e bloqueio atrioventricular Obstipaccedilatildeo intestinal eacute

mais encontrada com o uso de verapamil Inibidores da enzima conversora da

angiotensina tosse seca alteraccedilatildeo do paladar e mais raramente reaccedilotildees de

hipersensibilidade com erupccedilatildeo cutacircnea e angioedema (NOBRE 2010)

Bloqueadores dos receptores AT1 da angiotensina II apresentam boa tolerabilidade

Podem causar tontura e mais raramente reaccedilatildeo de hipersensibilidade cutacircnea

(NOBRE 2010)

Tratamento natildeo-medicamentoso

No tratamento natildeo-medicamentoso incluem principalmente mudanccedilas de haacutebitos

de vida A reduccedilatildeo de peso eacute um importante aliado para diminuiccedilatildeo da Pressatildeo

Arterial (PA) As metas antropomeacutetricas a serem obtidas satildeo o iacutendice de massa

corporal (IMC) menor que 25 kgmsup2 e a circunferecircncia abdominal lt 88 para as

mulheres e lt 102 cm para os homens (NOBRE 2010)

A ingesta de uma dieta pobre em gordura saturada e colesterol o aumento do

consumo de frutas hortaliccedilas e alimentos integrais evitar o consumo excessivo de

sal e a sua adiccedilatildeo aos alimentos e reduzir o consumo de doces e bebidas

alcooacutelicas satildeo umas das medidas a serem adotadas como mudanccedila de haacutebitos

alimentares jaacute que possuem grande influecircncia na perda ponderal e

consequentemente na reduccedilatildeo da PA (SILVA 2006)

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

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Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

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VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 21: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

21

A realizaccedilatildeo de atividade fiacutesica aeroacutebica e regular estaacute intimamente ligada agrave

prevenccedilatildeo e ao tratamento da HAS A pessoa adulta deve realizar atividade fiacutesica

moderada pelo menos cinco vezes por semana com duraccedilatildeo em meacutedia de 30

minutos para manter-se com um bom condicionamento cardiovascular

Atraveacutes da atividade fiacutesica eacute possiacutevel reduzir a dosagem de medicamentos

antihipertensivos podendo alguns hipertensos ateacute ter o faacutermaco suspenso devido ao

controle efetivo da PA O treinamento fiacutesico reduz cerca de 38 a 11 mmHg na

pressatildeo arterial sistoacutelica e de 26 a 8 mmHg na pressatildeo arterial diastoacutelica

(RONDON BRUN 2003)

Dados epidemioloacutegicos do Brasil e do mundo

A HAS eacute considerada um problema grave de sauacutede puacuteblica no Brasil e no mundo

devido principalmente ao sua morbi-mortalidade Dados estatiacutesticos apontam que a

HAS atinge em meacutedia 15 a 20 da populaccedilatildeo mundial sendo que no Brasil o

nuacutemero de enfermos pode chegar a aproximadamente 17 milhotildees (MELO et al

2015)

Segundo Miranzi et al 2008 apenas 30 dos hipertensos brasileiros tem sua

pressatildeo controlada ficando os 70 restantes vulneraacuteveis ao risco de doenccedilas

cerebrovasculares renais e cardiovasculares Dados do Sistema Uacutenico de Sauacutede

(SUS) apontam que 176 das internaccedilotildees da rede puacuteblica satildeo decorrentes da

HAS e suas complicaccedilotildees

bull Politicas puacuteblicas Hiperdia

No Brasil as poliacuteticas puacuteblicas destinadas ao tratamento da HAS e Diabetes Mellitus

(DM) compreendem o desenvolvimento de programas de atenccedilatildeo baacutesica que tem

como foco agrave prevenccedilatildeo identificaccedilatildeo e acompanhamento dessas enfermidades

(LIMA et al 2011)

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

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SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 22: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

22

O Ministeacuterio da Sauacutede programou o sistema Hiperdia que visa cadastrar e

acompanhar os portadores de HAS e DM atendidos na rede ambulatorial do SUS

tendo como benefiacutecio agrave adoccedilatildeo de estrateacutegias de intervenccedilatildeo pelos gestores

puacuteblicos e conhecimento do perfil epidemioloacutegico da populaccedilatildeo local DATASUS

2015)

O programa HIPERDIA tem tambeacutem por objetivo a distribuiccedilatildeo de medicamentos

anti-hipertensivos hipoglicemiantes orais e insulina disponibilizados gratuitamente

pela rede SUS para atender aos pacientes portadores destas comorbidades crocircnicas

(PAULA et al 2011)

Segundo LIMA et al (2011) mesmo com a extensa base de dados oferecida pelo

sistema Hiperdia para o diagnoacutestico da populaccedilatildeo acometida pela HAS e DM muitas

Unidades Baacutesicas de Sauacutede desconhecem ainda o perfil de seus pacientes

limitando assim o alcance de politicas puacuteblicas agrave populaccedilatildeo que dela necessita

Perfil do paciente

Indiviacuteduos portadores de doenccedilas incapacitantes e crocircnicas ficam fragilizados e

impedidos por suas enfermidades necessitando assim de apoio tanto de seus

familiares quanto dos profissionais de sauacutede no que se refere a busca de uma

melhor qualidade de vida (Faquinello etal 2010)

O perfil de pacientes hipertensos cadastrados no sistema Hiperdia observado em

publicaccedilotildees recentes mostra que satildeo indiviacuteduos do sexo feminino com faixa etaacuteria

acima de 50 anos (LIMA et al 2011)

Educaccedilatildeo para a sauacutede de pacientes hipertensos na ESF A educaccedilatildeo em sauacutede contribui para aproximar os saberes cientiacuteficos produzidos

nessa aacuterea a vida cotidiana da populaccedilatildeo buscando assim melhorias a sauacutede a

qualidade de vida e a formaccedilatildeo da cidadania (MOUTINHO et al 2014)

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

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2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

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SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 23: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

23

Nota-se que a educaccedilatildeo em sauacutede deve servir de instrumento de intervenccedilatildeo que

ultrapasse a transmissatildeo de saberes servindo ainda para o estabelecimento de um

ambiente de compartilhamento propiacuteicio a formaccedilatildeo humana onde o indiviacuteiduo

reflita e tenha uma consciecircncia critica sobre seu modo de vida (VASCONCELOS

GRILO e SOARES 2009)

A condiccedilatildeo do paciente hipertenso o coloca a necessidade da mudanccedila de haacutebitos e

transformaccedilatildeo no modo de ser e viver sendo necessaacuteria ainda a participaccedilatildeo efetiva

do paciente no tratamento Cabe assim ao profissional de sauacutede estar

instrumentalizado sobre os pressupostos e teacutecnicas da educaccedilatildeo em sauacutede para

anunciar agraves mudanccedilas no estilo de vida e implicar o paciente a responsabilidade por

seu sucesso ou fracasso no controle da doenccedila (PIRES e MUSSI e 2009)

Para o desenvolvimento de accedilotildees da educaccedilatildeo em sauacutede espera-se uma equipe

multiprofissional que compartilhe entre diferentes saberes a fim de planejar

implementar e avaliar a promoccedilatildeo de sauacutede Esta equipe deve ser composta

minimamente por enfermeiro meacutedico auxiliar ou teacutecnico em enfermagem e pelos

agentes comunitaacuterios de sauacutede (MOUTINHO et al 2014)

Mussi e Pires (2009) apontam que meacutetodos baseados na coerccedilatildeo ou ainda na

tentativa de transferecircncia de conhecimentos onde se espera que o outro reaja com

mudanccedilas automaacuteticas e imediatas trazem no lugar da informaccedilatildeo a ameaccedila no

lugar da educaccedilatildeo a proibiccedilatildeo Tais meacutetodos natildeo conquistam aliados apenas

transferem responsabilidades

Assim buscando efetivo resultado no tratamento de pacientes hipertensos os

profissionais de sauacutede devem estabelecer uma orientaccedilatildeo personalizada na qual se

observa se a pessoa tem interesse em mudar seus haacutebitos de vida se as

informaccedilotildees que fornecem satildeo assimiladas e valorizadas se costumes e crenccedilas do

paciente perante sua doenccedila interferem negativamente no tratamento (MUSSI e

PIRES 2009)

Dificuldades e desafios

24

O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 24: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

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O maior desafio encontrado no tratamento oferecido nas UBSs estaacute na mudanccedila da

percepccedilatildeo limitada do paciente que segundo Faquinello et al (2010) ldquopode ser

traduzida a partir de trecircs atividades fornecimento de medicamentos realizaccedilatildeo de

exames laboratoriais e de consultas meacutedicasrdquo

De acordo com Carvalho et al (2012) a natildeo adesatildeo do paciente resulta em falhas no

tratamento agravo da doenccedila e intoxicaccedilotildees medicamentosas devido uso

inadequado das drogas que consequentemente elevam o iacutendice de internaccedilotildees na

rede hospitalar

Percebe-se tambeacutem grande dificuldade no que se refere agrave distacircncia entre a

residecircncia dos pacientes e a localizaccedilatildeo da UBS tornando-se um obstaacuteculo a

motivaccedilatildeo para o acompanhamento e controle da enfermidade Contudo esta

questatildeo geograacutefica ainda natildeo possui soluccedilatildeo por falta de accedilotildees especificas que

requeiram maior acessibilidade aos pacientes (FAQUINELLO et al 2010)

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 25: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

25

6 PLANO DE ACcedilAtildeO

Desenvolveu-se junto com a equipe de sauacutede um Plano de Accedilatildeo para ESF

Moinhos com enfoque na busca de maior adesatildeo dos pacientes ao grupo Hiperdia

considerando sua importacircncia e a viabilidade de gerenciar essa intervenccedilatildeo

O desenvolvimento de um projeto de intervenccedilatildeo necessita de um amplo

conhecimento das dificuldades envolvidas para que as accedilotildees sejam focadas na

transformaccedilatildeo dessa realidade Portanto o problema avaliado deve ser viaacutevel e

gerenciaacutevel (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Definiccedilatildeo dos problemas

O diagnoacutestico situacional da ESF Moinhos evidenciou a baixa participaccedilatildeo e

absenteiacutesmo no grupo Hiperdia por pacientes hipertensos devido agrave distacircncia a ser

percorrida entre as casas dos pacientes e o posto de sauacutede a maioria dos pacientes

trabalhar nos horaacuterios em que os grupos satildeo realizados e o baixo niacutevel de

escolaridade da maioria da populaccedilatildeo adstrita

Priorizaccedilatildeo dos problemas

Dentre os problemas identificados considerou-se que todos apresentam relevante

importacircncia no contexto de assistecircncia agrave sauacutede da populaccedilatildeo da aacuterea de

abrangecircncia A natildeo participaccedilatildeo ou baixa frequecircncia no Hiperdia por pacientes

hipertensos encontra-se dentro da capacidade de enfrentamento da atenccedilatildeo

primaacuteria Portanto a equipe priorizou a baixa participaccedilatildeo e absenteiacutesmo no grupo

Hiperdia por pacientes hipertensos como alvo do plano de accedilatildeo

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 26: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

26

bull Descriccedilatildeo do problema selecionado

Dos 544 hipertensos cadastrados 346 mantecircm boa adesatildeo ao tratamento

medicamentoso e aproximadamente 20 pacientes comparecem ao grupo Hiperdia

mensalmente O restante dos pacientes hipertensos frequenta os grupos apenas

quando necessitam trocar a receita

Explicaccedilatildeo do problema

As principais queixas em relaccedilatildeo agrave adesatildeo pelos pacientes ao grupo Hiperdia satildeo o

fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados serem nos horaacuterios de trabalho dos

pacientes palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos pacientes e o local da

realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico Antes os grupos

eram realizados de 8 agraves 11 horas na segunda-feira

O grande nuacutemero de pacientes que comparecem ao grupo Hiperdia apenas quando

necessitam trocar a receita deixam de compreender melhor sua comorbidade e a

aprender sobre auto-cuidado

A adesatildeo ao grupo Hiperdia natildeo depende apenas do indiviacuteduo com hipertensatildeo ou

diabetes mas sim de todo o conjunto de elementos constituintes do processo

embora deva consideraacute-lo como o foco central do processo (RODRIGUES et al

2012)

bull ldquoNoacutes criacuteticosrdquo

Segundo o conceito elaborado pelo PES ldquonoacute criacuteticordquo eacute um tipo de causa de um

problema que se abordada de maneira efetiva eacute capaz de impactar o problema

principal e transformaacute-lo (CAMPOS FARIA SANTOS 2010)

Os seguintes ldquonoacutes criacuteticosrdquo foram selecionados e seratildeo as causas para as quais a

equipe estaacute direcionada a solucionaacute-las

- Horaacuterio em que os grupos satildeo realizados coincidem com os horaacuterios de trabalho

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 27: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

27

- Palestras expositivas

- Monotonia dos temas apresentados nas palestras

Desenho das operaccedilotildees

O acompanhamento multiprofissional dos pacientes hipertensos e diabeacuteticos eacute

essencial para que o projeto de accedilatildeo funcione e os noacutes criacuteticos se resolvam

estabelecendo assim maior viacutenculo e adesatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Palestras realizadas por meacutedico psicoacutelogo educador fiacutesico fisioterapeuta

fonoaudioacuteloga enfermeiro e nutricionista sobre temas variados e relacionados com

a comorbidade dos pacientes vatildeo abolir com a monotonia em que se encontravam

as palestras e estimular o paciente ao auto-cuidado

A divulgaccedilatildeo dos grupos seria de forma mais abrangente e efetiva como por

exemplo atraveacutes de cartotildees realizados pela equipe e cartazes espalhados pela

recepccedilatildeo da ESF Moinhos Haveraacute uma maior disponibilidade de horaacuterios para que

os grupos sejam realizados Segundo o planejamento da equipe inicialmente os

grupos seratildeo realizados quinzenalmente na sexta-feira no horaacuterio de 8 aacutes 11h ou

de 13h agraves 16h com a presenccedila do meacutedico enfermeiro teacutecnica de enfermagem e de

integrantes da equipe multiprofissional pertencentes ao NASF

A populaccedilatildeo poderaacute escolher o assunto e o horaacuterio dos proacuteximos encontros

As accedilotildees relativas a cada noacute criacutetico seratildeo detalhadas nos quadros que seguem

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

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7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

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REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 28: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

28

Quadro 2- Noacute criacutetico 1 Noacute critico 1 Horaacuterio em que os grupos satildeo desenvolvidos

coincidente com os horaacuterios de trabalho dos

pacientes Operaccedilatildeo Disponibilizar mais horaacuterios para que os grupos sejam

realizados agendando o proacuteximo horaacuterio do encontro

junto com os participantes

Projeto A hora do grupo Resultados esperados Aumentar a frequecircncia dos participantes do grupo

Produtos esperados Permitir maior participaccedilatildeo da populaccedilatildeo adstrita

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilo para o desenvolvimento das

atividades

Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Recursos criacuteticos Organizacional Agenda previamente definida para

realizaccedilatildeo das atividades do grupo Hiperdia

Poliacutetico Apoio da gestatildeo

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede e PSF

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Dialogar para flexibilizar os horaacuterios

Responsaacuteveis PSF

Cronograma Prazo 1 mecircs

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 29: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

29

Quadro 3- Noacute criacutetico 2

Noacute critico 2 Palestras expositivas Operaccedilatildeo Palestras dialogadas nas quais os pacientes podem

esclarecer suas duacutevidas

Projeto Tirando a duacutevida Resultados esperados Maior participaccedilatildeo e diaacutelogo durante as palestras

Produtos esperados Incentivar o paciente atraveacutes do diaacutelogo a conhecer e a

cuidar da sua comorbidade com o intuito de melhorar a

adesatildeo ao tratamento

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das

atividades

Cognitivo Conhecimento cientifica acerca dos temas

abordados e estrateacutegias de comunicaccedilatildeo e

pedagoacutegicas

Organizacionais Definir agenda dos atores

Humano equipe envolvida

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida

Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e

cartazes Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de

imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria Municipal de Sauacutede Coordenador Geral dos

PSFs e Equipe envolvida

Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Solicitar demanda

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede

Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades

Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto

Avaliaccedilotildees mensais

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 30: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

30

Quadro 4- Noacute criacutetico 3 Noacute critico 3 Monotonia dos temas apresentados nas palestras Operaccedilatildeo Palestras com assuntos sugeridos e escolhidos pelos

pacientes Projeto Conversando de Sauacutede Resultados esperados

Participaccedilatildeo de toda Equipe de Sauacutede junto com o NASF buscando promover a sauacutede

Produtos esperados Orientaccedilotildees educativas sobre temas do interesse da populaccedilatildeo sem fugir do objetivo de melhora do auto cuidado

Atores sociais responsabilidades

Equipe de sauacutede

Recursos necessaacuterios

Estrutural Espaccedilos para o desenvolvimento das atividades Cognitivo Conhecimento cientifico acerca dos temas abordados Organizacionais Definir agenda dos atores Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Recursos criacuteticos Humano disponibilidade da equipe envolvida Econocircmicos Confecccedilatildeo de panfletos cartilhas e cartazes e Data show para auxiliar a visualizaccedilatildeo de imagens

Controle dos recursos criacuteticosViabilidade

Secretaria de Sauacutede Motivaccedilatildeo favoraacutevel

Accedilatildeo Estrateacutegica de motivaccedilatildeo

Variar a maneira de expor os conteuacutedos

Responsaacuteveis Equipe de sauacutede Cronograma Prazo 1 mecircs para inicio das atividades Gestatildeo acompanhamento e avaliaccedilatildeo

Gestor do projeto Avaliaccedilotildees mensais

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 31: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

31

Gestatildeo do Plano

A gestatildeo do plano foi elaborada para melhor controle da execuccedilatildeo do projeto O

quadro abaixo representa o acompanhamento dos resultados

Quadro 5- Acompanhamento do plano de accedilatildeo Operaccedilatildeo Projeto Responsaacutevel

Prazo Situaccedilatildeo

Atual Justificativa

A hora do grupo Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Tirando a duacutevida Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Conversando de

sauacutede

Meacutedica

Samyra

01 mecircs Atendido O projeto jaacute foi

implementado

Fonte Autoria proacutepria (2015)

Quadro 6 - Resultados Nuacutemero de pacientes que compareceram ao grupo Hiperdia

em cada semana e o nuacutemero de pacientes que se encontram com niacuteveis pressoacutericos

controlados

Mecircs2015 1ordf quinzena - Sexta-feira de 8 agraves 11 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

2ordfquinzena - Sexta-feira de 13 agraves 16 horas

Nuacutemero de pacientes com niacuteveis pressoacutericos controlados

Junho 15 pacientes 7 pacientes 16 pacientes 6 pacientes

Julho 20 pacientes 11 pacientes 13 pacientes 6 pacientes

Agosto cancelado cancelado 27 pacientes 18 pacientes

Setembro 33 pacientes 20 pacientes 26 pacientes 19 pacientes

Outubro 50 pacientes 41 pacientes 17 pacientes 15 pacientes

Novembro 21 pacientes 18 pacientes 13 pacientes 11 pacientes

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 32: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

32

7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

As queixas apontadas pelos pacientes para justificar a natildeo adesatildeo ao grupo

operativo satildeo o fato do horaacuterio em que os grupos satildeo realizados no horaacuterio de

trabalho deles palestras expositivas distacircncia da residecircncia dos usuaacuterios e o local

da realizaccedilatildeo das palestras e a falta de acompanhamento meacutedico

Ao desenvolver este trabalho foi possiacutevel melhorar a assistecircncia prestada agrave

populaccedilatildeo hipertensa adstrita considerando que o usuaacuterio eacute o ator principal nesse

processo

Com base nas queixas levantadas pelos usuaacuterios em relaccedilatildeo aos horaacuterios em que

os grupos satildeo realizados haveraacute maior flexibilizaccedilatildeo Aleacutem de divulgaccedilatildeo dos

grupos ser de forma mais abrangente e efetiva atraveacutes de cartotildees realizados pela

proacutepria equipe aumentamos o nuacutemero de grupos mensais que passaram a ser de

15 em 15 dias

Quanto ao acompanhamento meacutedico aqueles que tiverem algum tipo de descontrole

com a medicaccedilatildeo e dos niacuteveis pressoacutericos uma consulta meacutedica foi agendada para

melhor avaliaccedilatildeo

As palestras seratildeo dialogadas e natildeo expositivas possibilitando que os participantes

compartilhem experiecircncias e elucidem suas duacutevidas

Os temas das palestras seratildeo elencados com a participaccedilatildeo dos pacientes Assim

haveraacute maior interesse dos integrantes do grupo na participaccedilatildeo nos encontros

mensais

Dessa forma espera-se que ao final de seis meses com a implantaccedilatildeo do plano de

intervenccedilatildeo proposto os hipertensos da aacuterea de abrangecircncia da ESF Moinhos

estejam em sua maioria frequentando o grupo Hiperdia

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

34

REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 33: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

33

A criaccedilatildeo de estrateacutegias em sauacutede puacuteblica eacute de grande importacircncia no

acompanhamento de pacientes com doenccedilas crocircnicas pois conseguem abranger

um contingente populacional significativo Portanto para que sejam melhor

implementadas os usuaacuterios devem ter maior consciecircncia e entendimento sobre sua

comorbidade

A partir dessas consideraccedilotildees a equipe da ESF Moinhos no municiacutepio de

Conselheiro Lafaiete Minas Gerais estaacute implantando o projeto de intervenccedilatildeo de

modo contiacutenuo com o objetivo de melhorar a adesatildeo dos pacientes ao tratamento

atraveacutes dos grupos operativos criando maior viacutenculo do usuaacuterio com a unidade

Desse modo conseguiremos educar a populaccedilatildeo em sauacutede de forma gradativa

estimulando ao autocuidado prevenindo agravos e promovendo a sauacutede

A primeira semente foi plantada Espero que decirc bons frutos para a comunidade e

que esse ciclo de aprendizagem se renove e se aprimore a cada ano

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REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

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Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

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ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
Page 34: PROJETO DE INTERVENÇÃO PARA AUMENTO DA … · Aos meus professores da especialização pela ajuda e orientação, pois, sem eles nada seria possível. ... Propor um plano de intervenção

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REFEREcircNCIAS

CAMPOS F C C FARIA H P SANTOS M A Siacutentese do diagnoacutestico situacional

a equipe verde da comunidade de Vila Formosa Municiacutepio de Curupira In

Planejamento e avaliaccedilatildeo das accedilotildees em sauacutede Belo Horizonte 2ordf ed 2010

CARVALHO ALM et al Adesatildeo ao tratamento em usuaacuterios cadastrados no

Programa HIPERDIA no municiacutepio de Teresina (PI) Ciecircncia amp Sauacutede Coletiva Rio

de Janeiro v17 n7 p1885-1892 2012

DATASUS Departamento de Informaacutetica do SUS Disponiacutevel em

lthttpdatasussaudegovbrsistemas-e-aplicativosepidemiologicoshiperdiagt

Acessado em 17 de out 2015

DATASUS HIPERDIA Disponiacutevel em httpdatasussaudegovbrsistemas-e-

aplicativosepidemiologicoshiperdia acessado em 17 de out de 2015

FAQUINELLO P CARREIRA L MARCON SS A unidade baacutesica de sauacutede e sua

funccedilatildeo na rede de apoio social ao hipertenso Texto Contexto Enferm v19 n4 p

736-44 2010

IBGE Cidades Conselheiro Lafaiete Disponivel em

httpcidadesibgegovbrxtrastemasphplang=ampcodmun=311830ampidtema=16ampsear

ch=||siacutentese-das-informaccedilotildees Acesso em 19 de maio de 2015

LIMA LM et al Perfil dos usuaacuterios do Hiperdia de trecircs unidades baacutesicas de sauacutede

do sul do Brasil Revista Gauacutecha Enferm v32 n2 p323-9 2011

MELO E et al Acessibilidade dos usuaacuterios com hipertensatildeo arterial sistecircmica na

estrateacutegia sauacutede da famiacutelia Escola Anna Nery Revista de Enfermagem v19 n1

p124-131 2015

35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

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12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
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35

MIRANZI SSC et al Qualidade de vida de indiviacuteduos com Diabetes Mellitus e

hipertensatildeo acompanhados por uma equipe de sauacutede da famiacutelia Texto Contexto Enfermagem v17 n4 p 672-9 2008

MOUTINHO CB et al Dificuldades desafios e superaccedilotildees sobre educaccedilatildeo em

sauacutede na visatildeo de enfermeiros de sauacutede da famiacutelia Trab Educ Sauacutede v 12 n 2

p 253-272 2014

NOBRE Fernando et al Diretrizes de Hipertensatildeo VI C Arq Bras Cardiol Rio de Janeiro (v1 supl1) p1-51 2010 Disponiacutevel em http publicacoescardiolbrconsenso2010Diretriz_hipertensao_associadospdf Acesso em julho de 2015

PIRES C GS MUSSI FC Refletindo sobre pressupostos para cuidarcuidado na

educaccedilatildeo em sauacutede da pessoa hipertensa Rev Esc Enferm USP v43 n1 p 229-

236 2009

PREFEITURA MUNICIPAL DE LAFAIETE Portal Histoacuteria da cidade Disponiacutevel em

lthttpconselheirolafaietemggovbrportalhistoriagt acessado em 12 de nov de

2015

RODRIGUES F et al O funcionamento e a adesatildeo nos grupos de Hiperdia no

municiacutepio de Criciuacutema uma visatildeo dos coordenadores Revista de Sauacutede Puacuteblica de Santa Catarina Florianoacutepolis v5 n3 p 44 ndash 62 2012

RONDON MUPB BRUN PC Exerciacutecio fiacutesico como tratamento natildeo-

farmacoloacutegico da hipertensatildeo arterial Revista Brasileira de Hipertensatildeo v10 n2

p134-139 2003

SILVA Terezinha Rodrigues et al Controle de diabetes Mellitus e hipertensatildeo

arterial com grupos de intervenccedilatildeo educacional e terapecircutica em seguimento

ambulatorial de uma Unidade Baacutesica de Sauacutede Saude soc Satildeo Paulo v 15 n

3 p 180-189 Dec 2006 Dusponivel em from

36

lthttpwwwscielobrscielophpscript=sci_arttextamppid=S0104-

12902006000300015amplng=enampnrm=isogt Acesso em 12 mai 2015

SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

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21 n2 p 129-34 2013

Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

Revista Hipertensatildeo v 13 n01 p27-47 2010

SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

comunidade Belo Horizonte NesconUFMG Coopmed 2009

  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS
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SILVEIRA J et al Fatores associados agrave hipertensatildeo arterial sistecircmica e ao estado

nutricional de hipertensos inscritos no programa Hiperdia Cad Sauacutede Coletiva v

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Sociedade Brasileira de Hipertensatildeo Diretrizes Brasileiras de Hipertensatildeo VI

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SOUZA CS et al Controle da Pressatildeo Arterial em Hipertensos do Programa

Hiperdia Estudo de Base Arq Bras Cardiol v102 n6 p 571-578 2014

VASCONCELOS M GRILO M J C SOARES S M Praacuteticas pedagoacutegicas em

atenccedilatildeo primaacuteria agrave sauacutede tecnologias para abordagem ao indiviacuteduo famiacutelia e

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  • 1 INTRODUCcedilAtildeO
    • Identificaccedilatildeo histoacuterico e descriccedilatildeo do municiacutepio
      • 2 JUSTIFICATIVA
      • 3 OBJETIVOS
      • Objetivo geral
      • 4 METODOLOGIA
      • 5 REVISAtildeO DA LITERATURA
      • Breve relato sobre HAS
        • Politicas puacuteblicas Hiperdia
        • Perfil do paciente
          • 6 PLANO DE ACcedilAtildeO
            • Definiccedilatildeo dos problemas
            • Priorizaccedilatildeo dos problemas
            • Descriccedilatildeo do problema selecionado
            • Explicaccedilatildeo do problema
            • ldquoNoacutes criacuteticosrdquo
              • 7 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS