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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO ALEGRE UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS UNASUS PROJETO DE INTERVENÇÃO CONTROLE E PREVENÇÃO DAS PARASITOSES INTESTINAIS NA IDADE PEDIÁTRICA NA COMUNIDADE DE VILA NOVA. Yelenis Calas Semanat PARA 2017

PROJETO DE INTERVENÇÃO CONTROLE E PREVENÇÃO DAS … · o que favorece o acumulo de água quando chove e a proliferação de vetores. O projeto de intervenção na UBS foi sobre

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE PORTO

ALEGRE

UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS – UNASUS

PROJETO DE INTERVENÇÃO

CONTROLE E PREVENÇÃO DAS PARASITOSES INTESTINAIS NA IDADE PEDIÁTRICA NA COMUNIDADE DE VILA NOVA.

Yelenis Calas Semanat

PARA 2017

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SUMÁRIO

1. Atividade 1 do portfólio_ Introdução ................................................................. 03

2. Atividade 2 do portfólio_ Estudo do Caso Clinico.............................................. 05

3. Atividade 3 do portfólio_ Promoção da Saúde e Prevenção de doenças ............ 08

4. Atividade 4 do portfólio_ Visita Domiciliar|Atividade no domicilio .................. 10

5. Atividade 5 do portfólio_ Reflexão conclusiva .................................................. 15

6. Referencias Bibliográficas_ ................................................................................. 17

7. Anexo 1_Projeto de Intervenção ......................................................................... 18

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ATIVIDADE 1 DO PORTFOLIO_ INTRODUÇÃO

Meu nome é Yelenis Calas Semanat, sou natural de Cuba província

Santiago de Cuba, tenho 33 anos terminei minha educação básica e pré-

universitária em escolas públicas. Entrei na universidade por uma bolsa de

estudo oferecida pelo o ministério de Saúde em Cuba. Graduei-me com o

Certificado de Médica depois de 06 (seis) anos no mês de junho de 2011, pela

Faculdade de Ciências Medicas de Santiago de Cuba. Nesse mesmo ano

iniciei minha carreira profissional como médico generalista por um tempo de 02

(dois) anos no interior do meu município, posteriormente fiz uma residência de

especialização em Medicina Geral Integral (MGI) por um tempo de 03 anos,

depois trabalhei em um Consultório Médico de Família (CMF) no povoado do

meu Município.

Neste momento integro o Programas Mais Médicos para Brasil, desde o

mês de julho do ano 2016 onde atuo no Município de Inhangapi, Estado do

Para há um ano, como médico na (UBS) Vila Nova localizado na rua Travessa

Nadil Pimentel s/n, cuja área de abrangência atende a população do bairro Vila

Nova e bairros dos povoados do interior. A economia é baseada principalmente

na agricultura e gaderia, seus moradores possuem um nível socioeconômico

baixo e saneamento básico inadequado. Existem igrejas católicas e

evangélicas e três escolas públicas de Ensino Fundamental e Meio e uma

creche.

A população atendida é de um total de 2361 usuários, com 643 famílias

onde as doenças mais comuns são: Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes

Mellitus tipo 2, Infecções Respiratórias, micoses e doenças artropáticas,

lombalgias, infecções do trato urinário e as parasitoses intestinais. A população

atendida, em sua maioria, não tem acesso à água tratada. A proposta principal

da UBS é oferecer atendimento de qualidade, lograr uma maior resolutividade

na atenção básica de modo a facilitar o acesso da população e

descongestionar o fluxo de pacientes nos principais hospitais da cidade

evitando o colapso dos serviços.

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Eu me desempenho como medica da equipe da unidade de Vila Nova

que tem varias micro áreas todas cobertas com Agentes Comunitários neste

momento, consideradas de risco devido a que as maiorias das famílias que

aqui moram apresentam baixo nível sócio econômico, saneamento básico

inadequado, dificuldade na infraestrutura urbanística causada

fundamentalmente pelas invasões, ausência de sistema de drenagem nas ruas,

o que favorece o acumulo de água quando chove e a proliferação de vetores.

O projeto de intervenção na UBS foi sobre parasitoses intestinais na

idade pediátrica na comunidade de VILA NOVA, promoção e prevenção. Este

projeto constitui uma proposta para trabalhar com a prevenção e controle das

parasitoses intestinais nas crianças principalmente, da UBS, desenvolvendo

ações de saúde e propiciando conhecimentos e orientações aos pais e a

comunidade em geral, em relação a higiene ambiental e desse jeito lograr

melhorar a qualidade de vida da população.

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ATIVIDADE 2 DO PORTFOLIO _ ESTUDO DO CASO CLINICO

CASO CLINICO UBS VILA NOVA

ANAMNESE

Identificação

Nome: C.B.S.D. C

Idade: 6 anos

Sexo: masculino

Escolaridade: Ensino Fundamental

Religião: Sem Religião

Estado Civil:_

Naturalidade: Inhangapi, PARA.

Residência Atual: Inhangapi, Vila Nova.

QUEIXA PRINCIPAL

Dor abdominal tipo cólica ao redor do umbigo

HISTORIA DA DOENCA ATUAL

1ª Consulta Medica

Paciente de 6 anos de idade, com antecedentes de saúde apresentando há

uma semana queixas de dor de barriga tipo cólica ao redor do umbigo,diarreia

as vezes(semiliquida), diminuição do apetite e debilidade geral.

Interrogatório Sintomatológico

Sintomas Gerais: Dor abdominal tipo cólica, fraqueza, perda do apetite.

Cabeça e pescoço: Não tem queixas

Tórax: Não apresenta dificuldade respiratória

Abdome: dor abdominal difuso.

Sistema Nervoso: Sem alterações

ANTECEDENTES PESSOAIS:

FISIOLOGICOS

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Nascido de parto normal,normopeso ao nascer e o primeiro filho.

PATOLOGICOS:

Não apresenta

ANTECEDENTES FAMILIARES

Mora em inhangapi, Vila Nova, numa família funcional com um irmão de 4 anos

e seus pais.

Mãe: Viva com antecedentes de saúde.

Pai: Viva com antecedentes de saúde.

GENOGRAMA:

Condições de vida.

Alimentação: Não é muito variada,poucas frutas e verduras.

Casa de alvenaria, 2 quartos, 1 sala, cozinha, 1 banheiro, não têm adequada

disponibilidade dos residuais líquidos e sólidos.

Condições socioeconômicas: renda de salário não muito alto.

Exame Fisico

Somatoscopia:

Paciente normolineo que deambula sem dificuldade, com linguagem coerente

(acorde para sua idade), mucosa hipocoreada, hidratado, afebril ao toque.

Sinais Vitais:

Temperatura:

89 bpm

FR: 18 irpm

1980

Carlos Manoel da Costa

37

1987

Clarissa Silva

36 30

2011

Carlos Brayan Silva Da Costa

6

2013

Manoel Silva Da Costa

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Medidas Antropométricas: Peso 15 kg Altura: 109 cm

Estado Nutricional: (Índice de Massa Corporal): 12.6 Bajo Peso (BP)

Pele: Ligera palidez,normohidratada

Abdome:

Inspeção: Ligeiramente distendido, sim abaulamentos, retrações ou alterações

na pele, não cicatriz cirúrgica.

Ausculta: Ruídos Hidroaéreos Normais.

Percussão: timpânico, com meteorismo intestinal aumentado ligeiramente.

Palpação: ligeiramente doloroso a palpação profunda em região de

mesogástrio e hipogástrio, com ausência de visceromegalias.

Hipótese Diagnostica: Parasitose Intestinal

Conduta: Exames de fezes e sangue,

Orientações higiênicas_sanitarias.

Conversa com a mãe sobre medidas de controle higiênico sanitário.

Orientações adequadas sobre a disposição de residuais líquidos e sólidos.

Lavar bem as mãos antes de comer ou de manusear alimentos, após

defecar ou após do contato com terra.

Uso de calçados.

Tratamento adequado da água.

Lavar cuidadosamente frutas e legumes que serão ingeridos crus

Proteção de alimentos contra poeira, insetos ou outros animais que possam

ser usados como vetor mecânico para esses parasitas.

Lavagem e cuidados adequados da roupa íntima, toalhas de banho e roupas

de cama.

Manter unhas cortadas e limpas.

Várias investigações demonstram que as condições nutricionais e a presença

de parasitas intestinais, em crianças se correlacionam intensamente, uma vez

que uma elevada carga parasitária no intestino pode ocasionar redução na

entrada de nutrientes e absorção intestinal, aumento do catabolismo e

sequestro de nutrientes requeridos para a síntese e crescimento tecidual. É

necessário realizar ações de saúde para potencializar o controle e a prevenção

das parasitoses. A participação dos membros da comunidade na construção de

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propostas de prevenção da doença de maneira educativa, através da troca de

experiências e reflexão sobre as suas práticas de higiene e prevenção.

3 ATIVIDADE 3 DO PORTFOLIO_ PROMOCAO DA SAUDE E PREVENCAO

DE DOENCAS.

UBS VILA NOVA,INHANGAPI,PARA

No meu dia a dia no posto de saúde onde atuo sempre tento realizar o

trabalho organizado, do jeito que a população assistida, tenha facilidade para

cobrir as suas necessidades; habilitando o acesso aos serviços de saúde com

qualidade e sobre tudo que sejam resolutivos. A prevenção e promoção da

saúde são diferentes embora estejam imbricadas ou ligadas ambas são

estratégias de intervenção no processo saúde/doença e as ações de cada uma

implicam na melhoria da saúde da população por isso tem muita importância

diferencia-las para entender e encaminhar melhor nossas ações. Podemos

desenvolver ações para promover a saúde, mais que ter clareza de que isso

não depende só de nossas ações e sim de um trabalho coletivo e intersetorial,

onde individuo, profissionais de saúde, comunidade,escolas e outros trabalhem

em prol da qualidade de vida de todos.

A atenção primária caracteriza-se também pelos diferentes serviços que

oferece tais como promoção de saúde e prevenção das doenças as quais são

muito importantes porque constitui o principal objetivo de trabalho de atenção

primaria, alem disso se trabalha com atenção à saúde materno-infantil, atenção

às emergências, reabilitação, atenção paliativa, encaminhamentos quando for

preciso, proteção do paciente, educação em saúde e participação em

programas de saúde comunitária e de proteção da saúde.

A atenção pré-natal constitui uma fonte importante na prevenção de

doenças na grávida e o produto da gravidez e pra melhor cuidado e

acompanhamento deles durante esta etapa, porém o início precoce da mesma

e sua continuidade requerem preocupação permanente dos profissionais e

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principalmente da gestante. Eu e a minha equipe toda realizamos ações

importantes que permitem melhorar a pratica cotidiana encaminhadas pra

cobrir a população-alvo da área de abrangência da nossa unidade,

assegurando pelo menos alguns meses consultas de pré-natal e continuidade

no atendimento.

Temos que destacar o trabalho dos ACS e o apoio que eles oferecem,

pois permite a identificação precoce de todas as gestantes da comunidade e o

rápido início do pré-natal. As gestantes são cadastradas depois de confirmada

a gravidez, por intermédio do preenchimento da ficha de cadastramento do

SISPRENATAL ou diretamente no sistema para os serviços de saúde

informatizados, fornecendo e preenchendo o Cartão da Gestante; assim como

a classificação dos riscos na gravidez e a avaliação por outro especialista

quando for necessário. Não contamos com o serviço de urgência/emergência

obstétrica; pelo que garantimos uma atenção pré-natal de excelência e desse

jeito lograr um melhor cuidado da mulher e a criança.

Realizam-se também programas educativos relacionados com a saúde sexual

e saúde reprodutiva.

Em quanto á puericultura realizamos diferentes ações, como palestras

sobre temas de interes pra as mães como a importância do aleitamento

materno exclusivo (orientado desde a atenção pré-natal) complementado com

alimentação segundo o esquema de ablactação após dos seis meses, além

disso se orienta sobre como evitar os acidentes na casa com as crianças,

orienta-se sobre a importância de manter as vacinas atualizadas, assim como

crescimento e desenvolvimento adequado das crianças entre outras atividades

de promoção e prevenção ou complicações nas crianças e desse jeito garantir

o fortalecimento do vínculo familiar com a UBS.

Temos controle dos pacientes com doenças crônicas por meio das consultas

programadas pra melhor acompanhamento e trabalhamos pra diminuir a

incidência destes. O desafio está no fato de promover mudanças e discussões

necessárias para a promoção das ações de saúde no território. Cotamos com

apoio da nova gestão, profissionais de saúde e da comunidade toda o que

possibilita o melhor desenvolvimento no processo de reabilitação psicossocial e

da vivência no espaço da cidade.

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E importante assinalar que na área onde atuo temos pacientes com

doenças de Saúde Mental já diagnosticada pelo que garantimos o atendimento

deles com a qualidade que requer assim como as interconsulta com o

Psiquiatra para avaliação e acompanhamento até lograr uma compensação

definitiva destes pacientes utilizando mais a terapia psicológica que os

medicamentos mesmos, pois assim evita-se que eles façam dependência dos

psicofarmacos ou ansiolíticos (dependência química ).

A infecção por parasitas constitui outra das doenças importantes que temos na

nossa área de abrangência principalmente nas crianças sendo um desafio

muito grande pela incidência desta doença na comunidade. A infecção

parasitária está distribuída praticamente por todo o mundo, e são elevadas as

taxas de prevalência em numerosas regiões. A má-absorção, a diarreia, a

perda de sangue, a capacidade diminuída de trabalho, a reduzida taxa de

crescimento e outro como anemia ferropriva devido ás infecções parasitariam

intestinais, constituem importantes problemas sanitários e sociais, pelo que é

muito importante trabalhar com a prevenção e controle das parasitoses

intestinais nas crianças desenvolvendo ações de saúde que permita combater

os tipos das parasitoses que afetam as crianças.

A população convive ainda com subalimentação, educação e saúde

precárias que influem na má qualidade de vida das crianças,dessa maneira a

infecção parasitaria refletem as condições de vida de diferentes comunidades

com boa margem de segurança. Assim enfatiza se a necessidade de criar

estratégias de ação para combater e prevenir estas infecções, respeitando se

as peculiaridades culturais destas populações, visando o engajamento

comunitário, a fim de desenvolver com sucesso os programas de controle

desses quadros parasitários.

Nossa equipe com o apoio dos ACS e em conjunto com a comunidade

trabalha promovendo saúde para evitar aparição de casos novos fazendo

atividades educativas comunitárias, palestra sobre medidas de controle

higiênico sanitário, orientações adequadas sobre a disposição de residuais

líquidos e sólidos e outros temas de importância prá população.

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4 ATIVIDADE 4 DO PORTFÓLIO. VISITA DOMICILIAR/ ATIVIDADE NO

DOMICÍLIO.

A visita domiciliar é, atualmente, um instrumento essencial para a prática

das ações no nível primário de assistência a saúde, em especial, na Estratégia

Saúde da Família principalmente, em cidades onde os recursos são escassos,

esta aproximação entre população (individuo e família) e a unidade de saúde

proporcionada pelos Agentes Comunitários de Saúde tem facilitado a

comunicação e adesão da população aos diversos programas que objetivam a

promoção, proteção e recuperação de saúde do individuo, da família e

coletividade, contribuindo para a melhoria das ações no tratamento e atenção

aos que estão envolvidos no processo saúde/doença.

O atendimento domiciliar à saúde cria um vínculo de melhora com a

população e estimula a população a conhecer seus direitos e a utilizá-los de

forma adequada e na hora certa. Dessa forma, esse vínculo é uma

aproximação entre os profissionais de saúde e a comunidade, que facilita a

assistência à saúde, a promoção da educação em saúde, o conhecimento dos

problemas locais e auxilia a população na melhor forma de resolvê-los.

A VD configura-se como uma das modalidades da atenção domiciliar à

saúde, abrangendo a atenção, o atendimento e a internação domiciliares. Cada

uma dessas atividades tem finalidades, objetivos e práticas específicas. A visita

fornece subsídios para a execução das demais modalidades.

Para a ESF, a VD é uma tecnologia de interação no cuidado à saúde,

sendo de fundamental importância quando adotada pela equipe de saúde no

conhecimento das condições de vida e saúde das famílias sob sua

responsabilidade.

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Tem como objetivo a reorganização do processo de trabalho das equipes

que prestam cuidado domiciliar na atenção básica, ambulatorial, nos serviços

de urgência e emergência e hospitalar, com vistas à redução da demanda por

atendimento hospitalar e/ou redução do período de permanência de usuários

internados, a humanização da atenção, a de institucionalização e a ampliação

da autonomia dos usuários. (Ohara ECC, 2008).

O atendimento domiciliar está organizado em três modalidades

.Atenção Domiciliar tipo 1 (AD1).

.Atenção Domiciliar tipo 2 (AD2).

.Atenção Domiciliar tipo 3 (AD3).

Nas três modalidades de Atenção Domiciliar, as equipes responsáveis

pela assistência têm como atribuição trabalhar em equipe multiprofissional e

integrada à rede de atenção à saúde, identificar e treinar os familiares e/ou

cuidador dos usuários, envolvendo-os na realização de cuidados, respeitando

os seus limites e potencialidades, abordar o cuidador como sujeito do processo

e executor das ações, acolher demanda de dúvidas e queixas dos usuários e

familiares e/ou cuidador como parte do processo de Atenção Domiciliar,

elaborar reuniões para cuidadores e familiares, utilizar linguagem acessível a

cada instância de relacionamento, promover treinamento pré e pós-

desospitalização para os familiares e/ou cuidador dos usuários, participar da

educação permanente promovida pelos gestores.

A modalidade AD1 destina-se aos usuários que possuam problemas de

saúde controlados/compensados e com dificuldade ou impossibilidade física de

locomoção até uma unidade de saúde, necessitem de cuidados de menor

complexidade, incluídos os de recuperação nutricional, de menor frequência,

com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de

atendimento das Unidades Básicas de Saúde (UBS).

Na modalidade AD2 será garantido, se necessário, transporte sanitário e

retaguarda para as unidades assistenciais de funcionamento 24 (vinte e quatro)

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horas/dia, definidas previamente como referência para o usuário, nos casos de

intercorrências.

A modalidade AD3 destina-se aos usuários que possuam problemas de

saúde e dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de

saúde, com necessidade de maior frequência de cuidado, recursos de saúde,

acompanhamento contínuo e uso de equipamentos, podendo ser oriundos de

diferentes serviços da rede de atenção à saúde.

As visitas devem ser previamente agendadas com o consentimento ou

pedido dos responsáveis do domicilio. É importante trabalhar de forma positiva

demostrando e comprovando os benefícios desta atividade tratando às

pessoas com naturalidade e respeito. Se deve ter muita sensibilidade no

momento oportuno e estabelecer uma relação de confiança. As visitas

domiciliares é a principal atividade dos agentes comunitários de saúde. Eles

podem ser uma referência para as famílias ou em especial para aqueles

membros mais necessitados de uma atenção diferenciada. Os Agentes

Comunitários de Saúde podem aconselhar orientar e auxiliar aos membros da

família em diversas situações procurando uma vida mais saudável.

Na UBS onde eu me desempenho as visitas domiciliares são realizadas

pela equipe completa, de forma sistematizada e planejadas na reunião semanal

da equipe, onde os ACS trazem os principais problemas identificados na área

durante as visitas diárias e sugerem os pacientes que precisam ser visitados

segundo os critérios de inclusão e estabelecendo uma ordem de prioridades e

desse jeito planejar as visitas nos casos tais como< os pacientes com doenças

mentais, puérperas e crianças recém-nascidas nos primeiros sete dias, idosos

que não podem assistir à unidade de saúde, pacientes com deficiências

motoras ou qualquer outra incapacidade, também incluindo pacientes com

doenças crônicas, mulheres grávidas com risco, acamados, idosos com

dificuldade de se locomover ou morando sozinhos, vítimas de qualquer tipo de

violência, pacientes em fase terminal, tentativa de suicídio ,usuário de álcool e

outras drogas,os que receberam alta hospitalar que ainda necessitam de uma

atenção prioritária e acompanhamento pela equipe.

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Alem disso trabalhamos seguindo os componentes fundamentais da

APS, dando prioridade também á educação em saúde, saneamento ambiental,

programas como a saúde materna infantil, idosos, a imunização, planejamento

familiar, prevenção de endemias locais dentre outras questões pelo que a visita

domiciliar é um elemento central na atenção primaria.

São realizadas geralmente pelo medico e enfermeira porem quando os casos

precisam avaliação por outros profissionais como Fisioterapeuta, Psicólogo,

Nutricionista, etc coordenamos com antecedência a visita em conjunto.

Na unidade contamos com um livro de controle das VD, no qual fazemos a

programação, registramos todos os agendamentos e as principais observações

da equipe durante as visitas o que permite uma maior organização e controle

de nosso trabalho.

Na minha agenda eu tenho planejada a visita domiciliar todas as quintas

feiras de manhã e às vezes o até a tarde que geralmente isso acontece quando

faço as visitas nas zonas rurais, eu faço de 6 ou 7 visitas, de conjunto com os

ACS e a técnica de enfermagem.

Iniciamos as visitas com a abordagem clínica do caso prioritário, logo

realizamos a abordagem familiar, identificamos situações de risco e,

posteriormente, oferecemos as orientações, os cuidados, e os

encaminhamentos pertinentes de acordo com a especificidade do caso e da

família. Muitas vezes nas visitas domiciliares percebemos que o usuário e sua

família não seguem as orientações da forma adequada.

Durante as visitas os procederes que mais realizamos são a aferição da

pressão arterial e da glicemia capilar em diabéticos, os exames laboratoriais

são solicitados regularmente e feitos no domicilio sem dificuldade pelo pessoal

dos laboratórios. Os exames são levados pelos familiares ou cuidadores á

unidade, avaliados e evoluídos no prontuário e dependendo dos resultados é a

conduta medica e da equipe em geral.

Outra coisa muito importante é observar o entorno e as condições

ambientais, higiênicas e socioeconômicas, assim como as características da

moradia ,os depósitos de água potável e o destino adequado dos dejetos do

lixo e a existência de animais tais como cachorro, gato e outros.

No caso das famílias onde moram crianças se beneficiam muito com esta

modalidade,pois nestes casos se aproveita o espaço pra orientar aos pais e em

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geral a família e comunidade sobre como prevenir as doenças parasitarias nas

crianças pois tem que conhecer que elas tem relação direta com as condições

dos hábitos alimentares e de higiene e das condições sanitárias da

comunidade direcionando medidas gerais pra prevenção desta doença mais

frequente nesta faixa etária.

Acho que com a visita domiciliar consegue se entrar na vida das

pessoas de uma maneira diferente porque a gente conhece a família , como ela

mora,então não é só a doença, tem a oportunidade de fazer as pessoas

melhorarem de vida ou buscarem essa melhoria, além disso,acho que nós

chegamos ao cumprimento de nosso objetivo mas a família precisa de

acompanhamento.

A população agradece muito este tipo de ação e sempre é gratificante

olhar o sorriso dos pacientes quando olham chegar o médico e a equipe até

sua própria casa, já só com esse fato é uma vitória para as mudanças que se

precisam para conseguir melhor qualidade de vida e saúde no povo.

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5 ATIVIDADE 5 DO PORTFÓLIO. REFLEXAO CONCLUSIVA

O curso de especialização foi de muita importância para mim como

profissional de saúde porque não só me ofereceu a possibilidade de conhecer

mais da historia de saúde de outro pais diferente do meu, me enriqueceu, tanto

como profissional, quanto como pessoa, agora tenho novos conhecimentos, e

ferramentas para minha pratica profissional.O desenvolvimento dos diferentes

módulos, me demonstraram a integralidade do SUS e outros como medicina

baseada na evidencia para nos ajudar fazer uma correta busca da informação

cientifica na literatura e como crescer na melhora e na qualidade do

atendimento de nossos usuários.

O trabalho na equipe, com as redes, mostrou para mim uma experiência

nova, onde todo o profissional tem direito de opinião, onde se deslocar o eixo

fundamental do medico por um atendimento de equipe, garantindo uma

atenção mais completa, acho que toda essa experiência acumulada no

transcurso dum ano inteiro, nos ajudou a serem melhores profissionais e

reafirmar ainda mais nosso conhecimento, crescer como profissional, pois o

esforço foi muito grande já que o idioma constitui um obstáculo, mas como todo

esforço sempre leva a bom resultado. O trabalho com os casos complexos

permitiu centrar a atenção de cumprir com os saberes acadêmicos e de

abordagem dentro do contexto neste meio, com as particularidades da

comunidade de atuação, para minha pratica Professional. O conhecimento de

fluxograma para afrontamento de doenças como o Chagas e Hanseníase que

são frequentes na população do norte do pais , onde me encontro inserida. A

abordagem dos casos de doenças crônicas como a HAS, Diabetes Mellitus,

dislipidemia, asma, doenças muito frequentes como manejo da febre em

criança, parasitoses intestinais, climatério menopausa, afrontamento do

alcoolismo, a violência infantil, atuação no trauma, dentro de outros aspectos

relevantes como são a saúde do trabalhador, aconselhamento genético e

outros que forem muito importantes para melhorar as ofertas de atendimento e

providenciou recursos para melhorar o manejo das diferentes doenças em

nosso dia a dia.

Considero que como profissional da saúde trabalho, pra ajudar na

mudança de modo e estilo de vida de esta população melhorando a saúde no

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município onde trabalho, aplicando os protocolos de atuação, além disso,

conhecendo as distintas repartições como secretaria de saúde e prefeitura, em

função de um objetivo comum pra melhorar a saúde da população. Tenho que

reconhecer que a falta de internet dificultou um pouco o desempenho pra este

curso, porque em alguns momentos, não foram enviadas as tarefas dentro do

prazo, mais mesmo assim agradeço sua compreensão e paciência porque

para mim foi muito difícil, me adaptar a uma nova situação, onde por primeira

vez realizei trabalhos e estudos numa plataforma digital, já que para mim foi

uma nova forma de ensino, minha primeira oportunidade de fazer um curso de

especialização a distancia. Com o acumulo de ferramentas oferecidas pelos

tutores, pela própria plataforma e por uma equipe sempre disposta ajudar ante

alguma dificuldade ou esclarecimento de dúvidas que apresentei no transcurso

do curso,constitui algo positivo na minha trajetória como pessoa e como

profissional principalmente,pelo que cada dia vou me sentir melhor preparado

para o enfrentamento de novas tarefas na Atenção Primária da Saúde

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REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS

Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Domiciliar Volume1.

Brasília/2012.

Ohara ECC, Ribeiro MP. Assistência domiciliária. In: Ohara ECC, Saito RXS

(Eds.). Saúde da Família: considerações teóricas e aplicabilidade. São Paulo:

Martinari, 2008. P. 115-30.

Brasil. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Domiciliar Volume2.

Brasília/2012

https//site.medicina.ufmg.br/...prenvecao-de-doencas-parasitaria

,[https:www.portaleducação.com.br] WWW.uff.br/.../A_VISITA_DOMICILIAR_NO_MBITO_DA_AT.

www.sobep.org.br/revista/.../1-revista da sociedade brasileira de enfermeiros e pediatras.

www.fantaproject.org/sites/.../FANTA-BMI-charts-Enero2013-ESPANOL

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ANEXO 1 PROJETO DE INTERVENCAO

UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE

PORTO ALEGRE

UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

CONTROLE E PREVENÇÃO DAS PARASITOSES INTESTINAIS

NA IDADE PEDIÁTRICA NA COMUNIDADE DE VILA NOVA

Yelenis Calas Semanat

PARÁ 2017

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE

PORTO ALEGRE

UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS

Yelenis Calas Semanat

CONTROLE E PREVENÇÃO DAS PARASITOSES INTESTINAIS

NA IDADE PEDIÁTRICA NA COMUNIDADE DE VILA NOVA

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao

Centro de Ciências da Saúde da Universidade

Federal de Porto Alegre, como requisito para

obtenção do Título de Especialista em Atenção

Básica em Saúde da Família

Orientador(a): Professora Eva Emanuela Lopez

Cavalcante Feitosa

PARÁ 2017

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RESUMO

Este projeto de intervenção é uma proposta para trabalhar com a

prevenção e controle das parasitoses intestinais nas crianças da UBS Vila

Nova. O objetivo deste trabalho é desenvolver ações de saúde (controle e

prevenção) que sejam capazes de combater os tipos de parasitoses que

afetam as crianças. A estratégia será baseada em ações de saúde para

prevenção de parasitas e, com este propósito, serão realizadas oficinas,

reuniões e visitas domiciliares para que, juntamente com a população, se

consiga prevenir as parasitoses por meio dos cuidados básicos necessários.

Atividades como palestras, caminhadas, atividades lúdicas e exibição de

vídeos farão parte, também, do projeto de conscientização da comunidade.. A

população de referência do Projeto de Intervenção será composta pelas

crianças, os pais e/ou representantes, residentes na área de abrangência da

UBS Vila Nova. Estão planejadas ações de saúde baseadas principalmente na

conscientização sobre a importância de se tratar adequadamente a água de

consumo e manter bons hábitos higiênicos sanitários de modo a se evitar

novos casos, agravos, ou reinfecções.

PALAVRAS-CHAVE: Parasitoses intestinais. Promoção. Prevenção de saúde.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 5

2 PROBLEMÁTICA .................................................................................. 7

3 JUSTIFICATIVA .................................................................................... 8

4 OBJETIVOS .......................................................................................... 28

4.1 Objetivo Geral ........................................................................................ 28

4.2 Objetivos Específicos............................................................................. 28

5 REVISÃO DA LITERATURA ............................................................. 29

6 METODOLOGIA .................................................................................. 34

6.1 Sujeitos da Pesquisa ............................................................................... 34

6.2 Estratégias e Ações ................................................................................ 34

6.2.1 Roda de Conversa nº. 1 ....................................................................... 36

6.2.2 Roda de Conversa nº 2 ........................................................................ 37

7 CRONOGRAMA ......................................................................................... 20

8 RECURSOS ....................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

9 RESULTADOS .................. ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

10 ANEXOS ........................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.

11. REFERENCIAS ......................................................................................... 25

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1 INTRODUÇÃO

A infecção parasitária está distribuída praticamente por todo o mundo,

e são elevadas as taxas de prevalência em numerosas regiões. Ainda que a

mortalidade ocasionada pela enteroparasitoses seja relativamente baixa,

observam-se, às vezes, complicações, que em muitos casos exigem atenção

hospitalar. A má-absorção, a diarreia, a perda de sangue, a capacidade

diminuída de trabalho, a reduzida taxa de crescimento, bem como a deficiência

de cognição e de aprendizado, devido ás infecções parasitarias intestinais,

constituem importantes problemas sanitários e sociais (OMS, 1987; Nokes e

Bundy, 1994).

As dificuldades práticas do controle das parasitoses podem ser

amenizadas mediante a implantação de medidas integradas que envolvam

parcerias entre autoridades sanitárias e principalmente a comunidade. Além de

atuar no controle e prevenção das infecções prevalentes em suas próprias

localidades, a comunidade pode funcionar como um meio de se obter o

desenvolvimento de questões outras de saúde, as quais podem resultar no

desenvolvimento geral da população envolvida.

Desde o mês de novembro, trabalho na UBS Vila Nova, unidade que

está localizada no Bairro Vila Nova na cidade de Inhangapi, que abrange um

total de 2.361 pessoas, sendo 195 crianças de 2 a 5 anos e 220 crianças de 5

a10 anos.

Nesta faixa etária essas parasitoses podem desencadear graves

alterações fisiológicas e a principal consequência é a diarreia crônica, má

absorção, anemia ferropriva, desnutrição, baixa capacidade de concentração e

dificuldade no aprendizado.

São muito frequentes as parasitas como Ascaris lumbricoides, Trichuris

trichura e Entamoeba sp. Esta elevada prevalência envolve fundamentalmente

o setor da população que vive em precárias condições de saneamento por

razões socioeconômicas, culturais e relacionadas ao meio ambiente.

A população convive ainda com a subalimentação, educação e saúde

muito precárias, que resultam na má qualidade de vida de suas crianças.

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Dessa maneira, pode-se dizer, com boa margem de segurança, que a infecção

parasitaria reflete as condições de vida de diferentes comunidades.

Enfatiza-se a necessidade de criar estratégias de ação que venham

combater e prevenir essas infecções, respeitando se as peculiaridades

culturais dessas populações, que visem o engajamento comunitário, a fim de

desenvolver com sucesso os programas de controle desses quadros

parasitários.

5

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2 PROBLEMÁTICA

Como trabalhar ações estratégicas que consigam desenvolver o

controle e a prevenção das parasitoses intestinais na idade pediátrica na

comunidade de Vila Nova, identificados como os principais problemas de saúde

dessa UBS. Por meio do diagnóstico situacional da área de abrangência,

detectou-se os seguintes fatores que contribuem para o desenvolvimento

dessa infecção intestinal, como a falta de saneamento básico, a qualidade

duvidosa da água que abastece ao bairro, o acúmulo de lixo em terrenos

próximos, a coleta de lixo deficiente e os maus hábitos de higiene, sendo estes

problemas a causa das parasitoses intestinais, em que a população alvo são as

crianças, devido a hábitos errados de higiene, e pela imaturidade do sistema.

Questões norteadoras:

1. Como identificar os tipos de parasitoses que mais afetam as

crianças na UBS de Vila Nova;

2. O que os autores falam sobre os tipos de prevenções no combate

dos parasitas na idade pediátrica;

3. Que tipo de ações estratégicas podem ser trabalhadas junto aos

pais, em relação à higiene ambiental (casa, bairro) e à qualidade da

água, através de palestras educativas.

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3 JUSTIFICATIVA

Após a coleta de informações, foi realizada uma discussão com a

equipe de saúde formada por um médico, uma enfermeira, as agentes

comunitárias de saúde, técnicos de enfermagem em que se concluiu ser

necessário trabalhar mais ações de saúde voltadas para o controle e

prevenção das infecções ocasionadas pelas parasitoses intestinais, a partir dos

dados apresentados pelo diagnóstico situacional em que está bem destacado o

alto índice de parasitoses intestinais, sendo urgente que a aplicação de

medidas interventivas.

Tendo em vista a importância de atos concretos que objetivem

promover a qualidade de vida da população, decidiu-se realizar este projeto,

voltado para o desenvolvimento de ações na área da saúde que combatam os

tipos de parasitoses que afetam as crianças dessa faixa etária em estudo – de

2 a dez anos.

Assim posto, foram elaboradas ações para potencializar o controle e a

prevenção das parasitoses, como as de aproximação com a comunidade, com

a intenção de fazer uso de metodologias de trabalho participativo com as

diversas representações atuantes no posto de saúde como médico, enfermeira,

técnicos de enfermagem, Agentes Comunitários de Saúde. É importante que a

participação dos membros da comunidade se dê, também, na construção de

propostas de prevenção da doença de maneira educativa, através da troca de

experiências e reflexão sobre as suas práticas de higiene e prevenção, o que é

conseguido por meio de palestras e oficinas.

Vale ressaltar que todas as ações desenvolvidas serão fruto de ampla

discussão com a comunidade, com o cuidado de escutá-la para a identificação

de seus anseios e aspirações, em uma relação de transparência e construção

de estratégias de conhecimento sobre a doença, aliando a vontade e

determinação da equipe técnica em contribuir para a melhoria da qualidade de

vida da população mediante ações educativas contra as parasitoses, em

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estabelecer equipes de saúde integradas no controle da doença, levando à

população ao norteamento dos cuidados básicos preventivos. A estratégia será

baseada em ações de saúde para prevenção dos parasitas e, além das oficinas

e palestras, reuniões, serão feitas visitas domiciliares para conscientizar a

população sobre a necessidade de ajudar na prevenção das parasitoses.

Caminhadas, atividades lúdicas e exibição de vídeos auxiliarão, também, no

esclarecimento dos cuidados básicos imprescindíveis a serem tomados.

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4 OBJETIVOS

4.1 Objetivo Geral

Desenvolver ações de saúde (controle e prevenção) que venham a

combater os tipos das parasitoses que afetam as crianças da

comunidade de Vila Nova.

4.2 Objetivos Específicos Explicar os tipos de parasitoses mais comuns encontrados nas

crianças dessa comunidade;

Apresentar tipos de prevenções no combate aos parasitas;

Orientar os pais em relação à higiene ambiental (casa, bairro) e à

qualidade da água através de palestras educativas.

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5 REVISÃO DA LITERATURA

As parasitoses intestinais constituem um grave problema de saúde

pública sobre tudo nos países do terceiro mundo, sendo um dos principais

fatores debilitantes da população, associando-se mais frequentemente a um

quadro de diarreia crônica e de desnutrição, comprometendo o

desenvolvimento físico e intelectual, particularmente das faixas etárias mais

jovens da população. (LUDWIG et al.2009).

Os parasitas intestinais estão entre os patógenos mais frequentemente

encontrados em seres humanos. Dentre os helmintos, os mais frequentes são

os nematelmintos Ascaris Lumbricoides e Trichuris trichura, além dos

ancilostomídeos Necator americanus e Ancylostoma duodenale. Dentre os

protozoários, destacam-se Entamoeba histolytica e Giardia duodenais.

(FERREIRA, FERREIRA, 2010).

Esses agentes etiológicos podem apresentar ciclos evolutivos que

contam com um período de parasitoses humana, períodos de vida livre no

ambiente e períodos de parasitoses em outros animais. A infecção humana é

mais comum em crianças por meio da via oro fecal, sendo águas e alimentos

contaminados os principais veículos de transmissão. (TOSCANI et al, 2007).

Estima-se que cerca de um bilhão de indivíduos em todo o mundo

alberguem A. lumbricoides sendo apenas pouco menor o contingente infestado

por T. trichuira e pelo ancilostomídeos. Estima-se que 200 e 400 milhões de

indivíduos, respectivamente, alberguem G. duodenalis e E. histolytica. Os

danos que enteroparasitas podem ocasionar a seus portadores incluem, entre

outros agravos, obstrução intestinal (A. lumbricoides), desnutrição (A.

lumbricoide, T. trichura), anemia por deficiência de ferro (ancilostomídeos) e

quadros de diarreias e de má absorção (E. histolytica e G. duodenalis), sendo

que as manifestações clínicas são usualmente proporcionais à carga de

parasitas albergada pelo indivíduo (FERREIRA, FERREIRA. 2010).

As enteroparasitoses representam um sério problema de saúde pública

de cunho mundial. Essas afecções estão correlacionadas ás condições

precárias de saneamento básico aliado à ausência de noções básicas de

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higiene, observada, sobretudo na infância. Dentre esses parasitas, destaca-se

o Ascaris lumbricoides, com alta incidência no Brasil e no mundo.

As ascaridíases, ancilostomíases e tricocefalíases representam as

parasitoses intestinais mais frequentes no Brasil (REY, 2010). Na década de

70, o inquérito realizado pela superintendência de campanhas de saúde

Pública/ Ministério da Saúde em 21 estados, mostrou que a A. lumbricoides e a

T. trichiura apresentam as maiores frequências relativas, 52,6% e 36,6%,

respectivamente. (BRASIL, 2008, apud ALVES, 2008).

A ausência ou insuficiência de condições mínimas de saneamento

básico e práticas inadequadas de higiene pessoal e doméstica são os

principais mecanismos de transmissão dos parasitas intestinais.

Aproximadamente, um terço da população urbana dos países desenvolvidos

vive em condições ambientais propícias a disseminação dos parasitas. Embora

apresentem baixa taxa de mortalidade, as parasitoses intestinais ainda

continuam representando um significativo problema de saúde pública, haja

vista o grande número de indivíduos afetados e as alterações orgânicas que

podem provocar, inclusive, sobre o estado nutricional (PRADO et al, 2011).

Está bem estabelecido que as parasitoses intestinais são mais

frequentes em regiões menos desenvolvidas, considerado o sentido mais

amplo da palavra. Nos países subdesenvolvidos, as parasitoses atingem

índices de até 90%, ocorrendo um aumento significativo da frequência à

medida que piora o nível socioeconômico. No Brasil, os problemas envolvendo

as enteroparasitoses tomam uma grande proporção, devido às condições

socioeconômicas, à falta de saneamento básico, educação sanitária e hábitos

culturais. O último levantamento multicêntrico das parasitoses intestinais,

realizado no país revelou uma prevalência de 28,5% em escolares com idade

de sete a quatorze anos. (LUDWIG et al., 2009).

A verminose é uma doença causada pela infestação de parasitas no

organismo, tanto em criança como em adultos, e para prevenir que os

diferentes tipos de parasitas se instalem no organismo é importante seguir

algumas medidas, como: (PRADO et al, 2011).

Beber água filtrada, fervida ou desinfetada com hipoclorito de sódio;

Evitar andar descalço;

Cortar e manter limpas as unhas;

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Lavar as mãos antes das refeições;

Lavar os utensílios domésticos com agua potável;

Lavar e cozinhar bem os alimentos;

Manter limpas as instalações sanitárias e lavar as mãos após utilizá-

las.

Qualquer medida profilática e de tratamento para vermes deve ser

repetida por todos os membros da família, as consequências de uma infecção

por parasitas depende do tipo de verme que se instalou no organismo, mas de

forma geral pode causar náusea, sangramento intestinal, anemia, perda de

peso intensa, flatulência, dor ou desconforto abdominal, fezes volumosas e

fétidas, diarreia, febre, e em crianças pode ocorrer retardo do crescimento.

(LUDWIG et al., 2009).

A promoção de saúde para o controle das parasitoses intestinais é

importante para melhorar a qualidade de vida e saúde. Essa ação pressupõe a

necessidade de atividades de educação em saúde (Sicoli, 2010), importante

instrumento para a garantia de melhores condições de saúde. Esta aplicação é

fundamental para as crianças, pois ajuda a desenvolver nelas a

responsabilidade perante o seu próprio bem-estar, a praticar hábitos saudáveis

e contribuir para a manutenção de um ambiente saudável. (MARINHO DE

QUADROS, 2011).

A qualidade em saúde, sua prevenção e manutenção são os principais

problemas enfrentado nos países em desenvolvimento e de um modo geral as

informações sobre a prevalência de helmintos no Brasil são escassas ou nulas

para determinadas regiões. (MARINHO DE QUADROS, 2011).

Há casos leves ou assintomáticos, nos quais os sintomas são

inespecíficos, tais como anorexia, irritabilidade, distúrbio do sono, náuseas,

vômitos ocasionais, dor abdominal e diarreias os quadros graves ocorrem em

pacientes com maior carga parasitas e/ou desnutridos. O aparecimento ou

agravamento da desnutrição ocorre a traves de vários mecanismos tais como

lesões da mucosa (G. duodenalis, N. americanos, Strongyloides stercolaris).

(NEVES MELO LINARDI, 2010).

O acometimento intestinal é acompanhado de dor, epigastralgia,

náuseas, vômitos, e diarreias, àss vezes sanguinolentas, e até mesmo

constipação. A anemia é o principal sinal de ancilostomose apresentando um

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quadro de deficiência de ferro e hipoproteinemia na fase crônica da doença.

(NEVES MELO LINARDI, 2010).

A reação alérgica aos antígenos parasitários pode causar edema ou

urticaria, nas infeções maciças, ocorrem lesões hepáticas com pequenos focos

hemorrágicos e de necrose evoluindo para fibroses. Ocorrem também lesões

pulmonares causadas pela forma larvar que pode ser determinado por um

quadro pneumônico com febre e tosse, dispneia, e eosinofilia. Na Síndrome de

Loeffer, quadro pulmonar mais grave. A complicação mais comum é o quadro

de obstrução intestinal devido ao envolvimento de parasitos na luz do intestino

(SUDRE, 2011).

As manifestações variam desde casos desde formas assintomáticas

até formas graves. A dermatite larvária pode ocorrer nos pés, nas mãos, nas

nádegas, ou na região ano genital. Podem estar presentes dor abdominal ou

epigástrica, anorexia, náuseas, vômitos, perda de peso, diarreia secretora ou

esteatorreia, desnutrição proteico calórica. (SUDRE, 2011).

A gravidade dependerá da carga parasita como também da faixa etária

do hospedeiro e estado nutricional, geralmente as pessoas queixam dores de

cabeça, náuseas e aumento da frequência de evacuação. (NEVES; MELO;

LINARDI, 2010).

O doente pode apresentar diarreia sanguinolenta, dor abdominal,

tenesmo e outros sintomas. Há possibilidade para a evolução de formas graves

das doenças e particularmente a hepatomegalia podendo levar à morte. As

formas medulares agudas também são particularmente podem ser graves, pois

podem levar à paraplegia. (NEVES; MELO; LINARDI, 2010).

A evolução pode ser assintomática ou apresentar sintomas específicos

como fadiga, irritabilidade, cefaleia, anorexia, náuseas, dor abdominal, perda

de peso, diarreia ou constipação, e em alguns casos obstrução intestinais. A

neurocistercose é a forma mais grave com quadro de convulsões, hipertensão

intracraniana, cefaleia, meningites e distúrbios psíquicos. É a principal causa

de epilepsia em habitantes de áreas endêmicas (FREITAS et al., 2011).

A amebíase intestinal caracteriza-se pela presença de úlceras no colón

sigmoide o reto. O abcesso amebiano é a forma mais comum da amebíase

extraintestinal. Decorre da emigração dos tropófitos através da veia

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mesentérica superior até o fígado, onde causa inflamação degeneração e

necrose (SANTI ROCCA, 2009).

Diarreia de tipo aquosa, explosiva, acompanhada de distensão e dor

abdominal. A giardíase pode levar a má absorção de açucares, gorduras e

vitaminas A, D, E, K.B12, Ácido fólico, ferro, zinco (MELO, 2014).

A Promoção de Saúde é uma estratégia defendida pela OMS, tendo

como componente essencial o estabelecimento de políticas públicas que

favoreçam o desenvolvimento de habilidades pessoais e coletivas visando à

melhoria da qualidade de vida e saúde. Essa ação pressupõe a necessidade

de atividades de Educação em Saúde, importante instrumento para a garantia

de melhores condições de saúde. (MELO, 2014).

A Educação em Saúde no controle das parasitoses intestinais tem se

mostrado uma estratégia com baixo custo capaz de atingir resultados

significativos e duradouros. As práticas educativas se mostram tão eficazes

quanto o saneamento básico, sendo superiores ao tratamento em massa em

longo prazo. Entre as atividades educativas propostas para a prevenção de

doenças parasitológicas destacam-se o uso dos jogos educativos (SANTI

ROCCA, 2009).

O ambiente lúdico do jogo é um espaço privilegiado para a promoção

da aprendizagem. Nele o participante enfrenta desafios, testa limites, soluciona

problemas e formula hipóteses. Por meio do jogo, a criança dirige seu

comportamento, não pela percepção imediata dos objetos, mas pelo significado

da situação, havendo uma exigência de interpretação constante. Nesta

perspectiva, há uma quebra da sua subordinação ao texto, na medida em que

o receptor torna-se um leitor com capacidade interpretativa sobre as

mensagens que lhe são oferecidas (NEVES; MELO; LINARDI, 2010).

É muito importante assinalar que o saneamento básico e a higiene

pessoal e domiciliar inapropriadas são fatores que favorecem a contaminação

da população por parasitas intestinais, daí a importância de se trabalhar para

evitar que isso aconteça. Medidas preventivas simples se tomadas e

transformadas em hábitos diários, são capazes de proteger a família toda.

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6 METODOLOGIA

6.1 Sujeitos da Pesquisa

A unidade encontra-se localizada na Rua Travessa Nadil Pimentel s/n,

no bairro VILA NOVA, no município INHANGAPI do estado PARA, com uma

população de 2438 habitantes. O posto foi criado no ano de 1999, tem

assistência Médica Ambulatorial, ESF e PSF, além de várias outras iniciativas

na área de saúde em âmbito municipal.

Este bairro onde encontra-se localizada a área de abrangência

apresenta um pouco de dificuldade na infraestrutura urbanística e no

saneamento ambiental básico devido ao aumento populacional dos últimos

anos na cidade - (além do que, a cidade é pequena) -, porque muitas pessoas

que moravam nas comunidades do interior (ribeirinhas) emigraram até a cidade

de Inhangapi procurando de melhores situações econômicas, formando-se

assim o bairro, com aglomerações residenciais com baixa infraestrutura e

deficientes condições higiênicas básicas.

A unidade conta com duas equipes de saúde e cada equipe é

composta por um médico do Programa Mais Médico do Brasil, uma enfermeira,

um técnico de enfermagem e nove Agentes Comunitários de Saúde – ACS

que, de acordo com a escala, realiza-se a visita duas vezes por semana na

casa dos pacientes agendados.

6.2 Estratégias e Ações

Será realizada uma intervenção para desenvolver ações de saúde que

venham a combater os tipos das parasitoses que afetam as crianças na UBS

Vila Nova do município Inhangapi, no período compreendido entre março de

2017 até agosto de 2017.

Para desenvolver o projeto de intervenção serão considerados a

seguintes passos:

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O primeiro é realizar a coleta de informações por meio de uma enquete

feitas aos pais das crianças que estejam presentes nas consultas em que há

sintomas de parasitose intestinal, positividade nos exames parasitológicos de

fezes, e identificação dos tipos de parasitoses que mais afetam as crianças.

Determinar a faixa etária nas crianças.

O segundo passo é quando a equipe da UBS írá apresentar os tipos de

prevenção no combate dos parasitas. Devem ser identificados os principais

parasitos que acometem as crianças e devem ser avaliadas as causas

consideradas como mais importantes.

O terceiro passo será realizar através de atividades dinâmicas e rodas

de conversa para orientar os pais com relação à higiene doméstica pessoal,

ambiental e à qualidade da água.

Portanto, para que os objetivos sejam alcançados,, primeiro deverá ser

realizada a enquete aos pais das crianças que assistam a consulta dos filhos

com sintoma de parasitose intestinal e positividade em exame parasitológico de

fezes, com a finalidade de obter dados e identificar os tipos de parasitas que

afetam as crianças, as causas, o início dos sintomas e a sua evolução. Após a

enquete serão agendadas as consultas individuais e grupais. Os dias

planejados para as consultas são todas as quarta feiras no horário de 08:00 às

12:00n horas. Para apresentar os tipos de prevenção no combate dos

parasitas, os pais devem ser orientados com relação à higiene ambiental,

qualidade da água através de palestras educativas.

O método vivencial proposto para o desenvolvimento deste projeto será

baseado nas rodas de conversas temáticas e dinâmicas, por configurar-se

como metodologia ativa favorecedora de espaços para reflexões e discussões.

Participarão das oficinas temáticas os pais e toda a comunidade

previamente , selecionada.

Utilizaremos atividades lúdicas com dinâmicas que suscitarão

reflexões, perguntas e sanarão dúvidas sobre as temáticas. Serão realizadas

duass rodas de conversa e uma atividade/dinâmica, baseadas nas pesquisas

teóricas sobre os parasitas intestinais em criança. Cada encontro terá duração

de duas horas.

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Serão apresentadas tabelas para que se possa refletir sobre os dados,

sendo que cada tabela será feita de acordo com osexo e o grupo etário da

criança.

A equipe identificará, a partir do número de famílias cadastradas, o

perfil socioeconômico, condições de saneamento básico, habitação e principais

problemas encontrados na área, dentre outros aspectos que serviram como

princípios norteadores das condições gerais, da população adstrita, aspectos

esses que auxiliaram na abordagem com os participantes do processo

educativo. Haverá, também, a disponibilização do cronograma das atividades

da Unidade Básica de Saúde (UBS) para a identificação da existência e

periodicidade de ações educativas.

O contato com as famíliase e a aproximação com a população será

facilitado por intermédio de um Agente Comunitário de Saúde (ACS) da área,

visto que para o desenvolvimento do estudo e elaboração de estratégias de

intervenção fez-se necessário o reconhecimento da área e dos fatores

socioeconômico culturais contribuintes às parasitoses.

O primeiro contato se dará no domicílio. A visita domiciliar

proporcionará tanto uma aproximação com as famílias, como a identificação

dos fatores de risco domiciliares para a aquisição das enteroparasitoses como,

também, uma visão real das condições de moradia, saneamento básico e

comportamento de risco.

As crianças com os pais terão que comparecer a cada três semanas ao

consultório, onde todos os dados serão registrados no prontuário.

Serão feitas a coleta dos exames parasitológicos Os exames

laboratoriais de fezes funcionarão como uma estratégia para identificar os

agravos mais frequentes causados por parasitas na área e, com isto, direcionar

o processo educativo.

6.2.1 Roda de Conversa nº. 1: parasitas, qualidade da água, higiene doméstica e ambiental

As atividades ocorrerão simultaneamente com as crianças e

respectivas mães e/ou responsáveis, na UBS do bairro, contando com a

participação de quatro facilitadores para o público infantil e três para o público

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adulto, sendo as ações de promoção da saúde fundamentadas em atividades

de educação em saúde.

Em relação à abordagem ao público infantil, acontecerá de forma

interativa, utilizando-se de estratégias como: teatro de fantoches, em que será

trabalhado o tema “práticas corretas de higiene pessoal e alimentar”, com

ênfase em informações e cuidados para a prevenção e o risco de adquirir

parasitoses com uso do lúdico. Serão usados crachás personalizados, para

uma maior interação com o grupo; dinâmicas com uso de figuras sobre práticas

saudáveis, a fim de promover o diálogo e a interação com o público. Serão

utilizadas, também, como estratégia metodológica para a avaliação da

compreensão das crianças, quanto ao conteúdo trabalhado, placas verdes, que

representam o certo, e vermelhas o errado, que serão levantadas após

questionamentos direcionados a elas.

6.2.2 Roda de Conversa nº 2: prevenção das parasitoses intestinais

Enquanto com as mães e/ou responsáveis, a abordagem se dará com

a realização de uma roda de conversa, fazendo uso de um manual informativo

que conterá instruções para a profilaxia endoparasitária, esclarecimento de

dúvidas relacionadas à higiene pessoal, preparo alimentar e comportamento

próprio da infância que leva as crianças a um maior risco de contraírem

parasitos. Também ocorrerão debates sobre a prática de atividades cotidianas

vinculadas à prevenção dos parasitos no contexto dessas famílias.

A enfermeira e médico da UBS estarão presentes durante as atividades

educativas e após as atividades desenvolvidas, na UBS proporcionarão

assistência específica para as crianças que apresentaram resultados dos

exames laboratoriais positivos para algum tipo de parasita.

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7 CRONOGRAMA

Ações

CALENDARIO

2017

M A M J J A

Apresentação da proposta de intervenção a equipe de saúde

x

Elaboração do projeto de intervenção x x x

Planejamento/organização das atividades

x x

Entrega dos convites aos pacientes pelo ACS

x

Consulta coletiva x x

Consulta individual x

Avaliação do projeto pela equipe x x

Apresentação do projeto

x x

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8 RECURSOS

Recursos humanos:

A equipe de saúde do posto de saúde, VILA NOVA composto por um

medico, uma enfermeira, dois técnico de enfermagem e nove ACS.

Recursos Materiais.

Canetas, folhas, pasta para arquivo do planejamento das atividades,

prontuários dos pacientes presentes nas atividades, aparelho de multimídia,

sala para realização de grupos, requisição para exames laboratoriais.

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9 RESULTADOS

Pretende-se lograr um impacto positivo nos indicadores e na melhoria

da qualidade de vida das crianças da área de abrangência e assim apresentar

as principais medidas a serem tomadas para evitar que grande parte das

crianças sejam infectadas por parasitoses intestinais. Realizarermos ações de

saúde baseadas principalmente na conscientização sobre a importância de se

tratar adequadamente a água de consumo e manter bons hábitos higiênicos

sanitários de modo a se evitar novos casos, agravos, ou então reinfecções:

Modificar positivamente os hábitos sanitários da população de interesse

Diminuir o número de pessoas com maus hábitos higiênicos sanitários

Melhorar a qualidade de vida das crianças

Desenvolver educação em saúde para estimular a higiene e o correto

tratamento da água

Estas doenças atingem todas as classes sociais, entretanto aqueles

indivíduos de classe baixa que moram em condições precárias e com uma

baixa infraestrutura sanitária são frequentemente vítimas de parasitas.

Tabela 1: Relação entre grupo etário e sexo

Sexo

Grupo Etário

Lactante

29 dias a 2 anos

Pré-Escolar

2 a 7 anos

Escolar

7 a 10 anos

Masculino

Feminino

Fonte: Prontuários da UBS VILA NOVA

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Tabela 2: Resultados de exames de fezes por grupo etário e sexo

Resultado

Grupo Etário

Total % Lactante

29 dias a 2

anos

Pré-Escolar

2 a 7 anos

Escolar

7 a 10anos

Positivo

Sexo

Masculino

Feminino

Fonte: Prontuários da UBS VILA NOVA

Tabela 3: Tipos de parasitas que mais afetam as crianças

Parasitas Nº %

Ascaris lumbricoide

Entamoeba coli

Entamoeba histolytica

Ancylostoma sp

Giardia lambia

Total

Fonte: Prontuários da UBS VILA NOVA

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10 ANEXOS

Quadro 04: Medidas Higiênicas

Medidas Higiênicas Sempre Às vezes Nunca Lavar as mãos antes de ingerir

alimentos

Lavar as mãos depois de ir ao banheiro

Na sua casa tem ratos, baratas,

moscas

Lavas as verduras antes de consumir

Anda descalço

Costuma roer as unhas

Contato com terra

Fonte: Pacientes da UBS UBS VILA NOVA

Quadro 05: Tipos de parasitas que mais afetam as crianças.

Condições de Água de

consumo

Sempre Às vezes Nunca

Fervida

Sem ferver

Clorada

Filtrada

Fonte: Pacientes da UBS VILA NOVA

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