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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO GESTÃO DO CUIDADO EM SAÚDE DA FAMÍLIA
RAFAEL CAVALCANTE CHERNI
PROJETO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA PARA O USO CORRETO
DE MEDICAMENTO PELOS IDOSOS DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DR ANDRÉ CARLOS FERREIRA JAVIER, PIRAÚBA, MINAS
GERAIS.
JUIZ DE FORA/ MINAS GERAIS
2019
RAFAEL CAVALCANTE CHERNI
PROJETO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA PARA O USO CORRETO DE MEDICAMENTO PELOS IDOSOS DA UNIDADE BÁSICA DE
SAÚDE DR ANDRÉ CARLOS FERREIRA JAVIER, PIRAÚBA, MINAS GERAIS.
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Especialização Gestão do Cuidado em Saúde da Família, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, para obtenção do Certificado de Especialista.
Orientadora: Dra. Maria Marta Amancio Amorim
JUIZ DE FORA/ MINAS GERAIS
2019
RAFAEL CAVALCANTE CHERNI
PROJETO DE INTERVENÇÃO EDUCATIVA PARA O USO CORRETO
DE MEDICAMENTO PELOS IDOSOS DA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DR ANDRÉ CARLOS FERREIRA JAVIER, PIRAÚBA, MINAS
GERAIS.
Banca examinadora
Professora. Dra Maria Marta Amancio Amorim. Orientadora.
Professora. Dra. Matilde Meire Miranda Cadete- UFMG
Aprovado em Belo Horizonte, em 8 de outubro de 2019.
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho aos meus pacientes.
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais pelo apoio em todas as minhas
escolhas da vida e por caminharem junto a mim.
Invista na prevenção, não espere a doença chegar; a saúde
preventiva faz bem às pessoas e ao meio ambiente.
Adelmar Marques Marinho
RESUMO
O envelhecimento tem sido uma realidade em diversos países, e no Brasil, a população idosa tem crescido e aumentado a sua expectativa de vida e com isso um aumento das doenças crônicas. O uso de medicamentos é frequente em qualquer faixa etária, todavia é aparente que os idosos utilizam um maior número de medicamentos, e na maioria das vezes fazem o uso indevido das medicações, o que pode ocasionar complicações a essas pessoas. O projeto tem como objetivo elaborar um plano de intervenção educativa para o uso correto de medicamento pelos idosos da unidade básica de saúde Dr André Carlos Ferreira Javier, Piraúba, Minas Gerais. O público-alvo será constituído pelos pacientes idosos em uso de medicamentos. O método utilizado é baseado no Planejamento Estratégico Situacional e através de revisão da literatura, utilizando os seguintes descritores: idoso, estratégia saúde da família, atenção primária; uso indevido de medicamento sob prescrição. Espera-se que a partir desse plano de intervenção a equipe consiga melhorar a compreensão dos idosos em relação ao uso das medicações. Palavras chave: Idoso; Estratégia Saúde da Família; Atenção Primária; Uso indevido de medicamentos sob prescrição.
ABSTRACT
Aging has been a reality in many countries, and in Brazil, the elderly population has grown and increased their life expectancy and thus an increase in chronic diseases. The use of medications is frequent in any age group, however it is apparent that the elderly use a larger number of medications, and most often make the misuse of medications, which can cause complications to these people. The project aims to elaborate an educational intervention plan for the correct use of medication by the elderly of the basic health unit Dr André Carlos Ferreira Javier, Piraúba, Minas Gerais. The target audience will be the elderly patients on medication. The method used is based on Situational Strategic Planning and literature review, using the following descriptors: elderly, Family Health strategy, primary care; misuse of prescription drug. It is hoped that from this intervention plan the team can improve the understanding of the elderly regarding the use of medications.
Keywords: Aged; Family Health Strategy; Primary attention; Prescription Drug Misuse.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Quadro 1. Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da população adscrita à equipe de Dr André Carlos Ferreira Javier município de Piraúba, Minas Gerais, 2018………………………………………………………………...................................15 Quadro 2. Operações sobre o nó crítico “Falta de comunicação em casa entre familiares” relacionado ao problema ‘‘falta ou má adesão ao medicamento da população idosa”, na população adscrita à unidade básica de saúde Dr André Carlos Ferreira Javier, Piraúba, Minas Gerais…………………………………………………..26 Quadro 3. Operações sobre o nó crítico “Analfabetismo” relacionado ao problema ‘‘falta ou má adesão ao medicamento da população idosa”, na população adscrita à unidade básica de saúde Dr André Carlos Ferreira Javier, Piraúba, Minas Gerais………………………………………………………………………………………..27 Quadro 4. Operações sobre o nó crítico “Exagerado número de medicamentos prescritos.” relacionado ao problema ‘‘falta ou má adesão ao medicamento da população idosa”, na população adscrita à unidade básica de saúde Dr André Carlos Ferreira Javier, Piraúba, Minas Gerais…………………………………………………..28 Quadro 5. Operações sobre o nó crítico “Falta de informações básicas..” relacionado ao problema ‘‘falta ou má adesão ao medicamento da população idosa”, na população adscrita à unidade básica de saúde Dr André Carlos Ferreira Javier, Piraúba, Minas Gerais…………………………………………………………………….29
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 12
1.1 Aspectos gerais do município .......................................................................... 12
1.2 Aspectos da comunidade ................................................................................. 12
1.3 O sistema municipal de saúde ......................................................................... 13
1.4 A Unidade Básica de Saúde Dr André Carlos Ferreira Javier ......................... 13
1.5 A Equipe de Saúde da Família Dr André Carlos Ferreira Javier ...................... 13
1.6 O funcionamento da Unidade Básica de Saúde da Equipe Dr André Carlos Ferreira Javier ........................................................................................................ 14
1.7 O dia a dia da equipe ....................................................................................... 14
1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade(primeiro passo) .................................................................................................................... 15
1.9 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de intervenção (segundo passo) .................................................................................................... 15
2 JUSTIFICATIVA ..................................................................................................... 17
3 OBJETIVOS ........................................................................................................... 18
3.1 Objetivo geral ................................................................................................... 18
3.2 Objetivos específicos ....................................................................................... 18
4 METODOLOGIA .................................................................................................... 19
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 20
5.1 Atenção à Saúde do Idoso ............................................................................... 20
5.2 Medicamentos na Saúde do Idoso .................................................................. 22
6 PLANO DE INTERVENÇÃO .................................................................................. 25
6.1 Descrição do problema selecionado (terceiro passo) ...................................... 25
6.2 Explicação do problema selecionado(quarto passo) ....................................... 25
6.3 Seleção dos nós críticos (quinto passo) .......................................................... 25
6.4 Desenho de Operações (sexto passo)............................................................. 26
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 30
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 31
12
1 INTRODUÇÃO
1.1 Aspectos gerais do município
O Capitão João Antônio de Lemos Duarte Silva, nascido em Portugal, veio para o
Brasil e foi transferido para a cidade de Pomba, denominada hoje de Rio Pomba.
Tinha habilidade com negócios e dessa forma adquiriu terras sendo uma delas a
Fazenda Bom Jardim, que se transformou em um povoado e assim surgiu a cidade
Piraúba (PIRAÚBA, 2019a).
Os primeiros habitantes da região foram índios já meio catequizados, das tribos
Coropós e Coroatos, onde as suas aldeiam localizavam às margens dos rios que
cortavam a região (PIRAÚBA, 2019a).
O desenvolvimento na região surgiu após a inauguração da Estrada de Ferro
Leopoldina em 1866 e no ano de 1890 Piraúba foi elevado a distrito do município de
Rio Pomba, do qual se emancipou em 12 de dezembro de 1953 (PIRAÚBA, 2019a).
De acordo com dados do censo em 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE), a população do município era de 14.862 pessoas, sendo 5439 do
sexo masculino e 5.423 do sexo feminino e uma densidade demográfica de 75,28
habitantes/km². A população estimada para 2019 é de 10.787 pessoas (IBGE, 2019).
1.2 Aspectos da comunidade
A população em sua grande maioria pertence a área urbana, com abastecimento de
água através de rede encanada até o domicílio, rede coletora de esgoto, tratamento
de água por meio de filtração e coleta diária de lixo. Vale ressaltar que a grande
maioria está em condições de vulnerabilidade social, mais especificamente, a
ausência ou a estrutura de um ambiente familiar representativo. Além de uma
grande porcentagem possuir baixa ou nenhuma escolaridade (PIRAÚBA, 2019b).
13
1.3 O sistema municipal de saúde
O sistema municipal de saúde é assim designado: para o atendimento da atenção
primária que possui cinco equipes da estratégia de saúde da família (ESF), sendo
quatro urbanas, uma rural e sua extensão. Em relação à atenção especializada de
apoio diagnóstico o município encaminha a população para cidades vizinhas com
atendimento especializado (PIRAÚBA, 2019b).
No serviço de atenção de urgência e emergência os pacientes são encaminhados
para o hospital de Juiz de Fora. Na assistência farmacêutica: conta uma farmácia
municipal, na vigilância da saúde: vigilância epidemiológica (imunizações, combate
de endemias e fiscalização ambiental). Os níveis de atenção existem o modelo
primário e secundário. O modelo de atenção são a atenção às condições e aos
eventos agudos e atenção às condições crônicas (PIRAÚBA, 2019b).
1.4 A Unidade Básica de Saúde Dr André Carlos Ferreira Javier
A unidade básica de saúde (UBS) situa-se em uma área mais afastada da cidade.
Por mais que seja uma cidade pequena, a unidade conta com equipamentos
básicos, porém não realiza serviços básicos como suturas e limpeza de ouvido
devido critérios da Secretária de Saúde.
1.5 A Equipe de Saúde da Família Dr André Carlos Ferreira Javier
A UBS Dr André Carlos Ferreira Javier foi instalada no início da década de 90, sem
informações relevantes de sua inauguração. Apresenta uma boa localização e a
população está adaptada com a unidade de saúde. Apresenta uma área bem
estabelecida com dois consultórios, uma sala dos agentes comunitários de saúde
(ACS), uma sala de fisioterapia, uma recepção adequada, uma sala de espera, uma
copa e até um pequeno estacionamento para os funcionários.
O atendimento tem início na segunda-feira e término na sexta-feira, com o horário
estabelecido de 07:00 h as 16:00 h.
14
Temos uma equipe muito completa, para uma unidade de saúde, contando com
cinco ACS, uma enfermeira, uma técnica de enfermagem, a equipe de odontologia,
uma responsável pela limpeza, duas recepcionistas, um médico e a equipe do
Núcleo Ampliado de Saúde da Família e Atenção Básica (NASF) presente e
trabalhamos com média de doze a quinze consultas por período, sendo dez
agendadas e o restante demanda espontânea.
1.6 O funcionamento da Unidade Básica de Saúde da Equipe Dr André Carlos
Ferreira Javier
A UBS trabalha com consultas agendadas e espontâneas, na maior parte na forma
de doenças agudas e/ou crônicas, de baixa complexidade. Doenças com
complexidade alta, exames e procedimentos cirúrgicos são encaminhadas para
cidades vizinhas como Juiz de Fora e Ubá, ambas cidades próximas.
1.7 O dia a dia da equipe
A equipe trabalha com busca ativa realizada pelos ACS, sendo eles uma ponte entre
população e a UBS e seus respectivos problemas. Na UBS tem o acolhimento para
a busca do atendimento necessário.
Também ocorre consultas de visitas domiciliares para pacientes acamados ou
impossibilitados de chegar a própria UBS. Visitas que são feitas em um período da
semana quatro vezes por mês, devido à disponibilidade de veículos.
A equipe apresenta um certo desgaste devido à grande demanda de pacientes e
intercorrências. A comunidade não apresenta grande paciência, sempre buscando
imediatismo, assim, gerando alguns desgastes desnecessários com a equipe.
Reuniões periódicas são feitas na busca da melhora, porém sem grande evolução
em prática.
1.8 Estimativa rápida: problemas de saúde do território e da comunidade (primeiro passo)
15
Os principais problemas que acometem a população incluem: falta ou má adesão ao
tratamento da população idosa, depressão, abuso ou tráfico de drogas, alcoolismo,
hipertensão e diabetes mellitus.
1.9 Priorização dos problemas – a seleção do problema para plano de intervenção
(segundo passo)
Após o levantamento dos principais problemas, foi realizada a priorização destes
conforme a urgência e a capacidade de enfrentamento (Quadro 1). O problema falta
ou má adesão ao tratamento da população idosa em nossa área de abrangência
destacou-se como prioritário, seguido pela depressão e alcoolismo.
Quadro 1. Classificação de prioridade para os problemas identificados no diagnóstico da população adscrita à equipe de Dr André Carlos Ferreira Javier município de Piraúba, Minas Gerais, 2018.
Problemas Importância* Urgência** Capacidade de
enfrentamento***
Seleção/
Priorização****
Falta ou má adesão ao medicamento pela população idosa
Alta 9 Parcial 1
Depressão. Alta 8 Parcial 2
Abuso ou tráfico de drogas.
Alta 7 Parcial 2
Alcoolismo. Alta
6 Parcial 3
Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2018)
* Alta, média ou baixa **Total de pontos distribuídos em “Urgência” deve totalizar 30 *** Total, parcial ou fora O quadro 1 apresenta a classificação de prioridade para os problemas identificados
no diagnóstico, demonstrando os principais problemas da equipe de saúde.
Destaca-se que a urgência foi classificada considerando a autonomia da equipe de
saúde para resolver o problema, sendo demostrada por ordem decrescente, ou seja,
a urgência nove é a maior e a seleção/prioridade foi demonstrada por ordem
crescente de prioridade, sendo a falta ou má adesão ao tratamento da população
idosa o mais prioritário, seguida da depressão e do abuso ou tráfico de drogas e o
16
uso de álcool. Os problemas como hipertensão arterial e diabetes mellitus apesarem
de serem prevalentes em nossa equipe não entrarão na relação para a equipe
entender que patologias que já tem o acompanhamento pela equipe.
Evidencia-se que todos os primeiros problemas são de capacidade de
enfrentamento parcial pela equipe, problemas como o abuso de drogas e o uso de
álcool são parciais envolvem outros setores do município.
17
2 JUSTIFICATIVA
A utilização de medicamentos quando realizada adequadamente é um recurso
terapêutico essencial para as políticas de saúde. Por outro lado, o seu uso
inadequado é um grave problema de saúde pública (SILVA et. al. 2017).
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, 50% de todos os pacientes não
utilizam corretamente os medicamentos, e que mais da metade de todos os
medicamentos são prescritos, dispensados ou vendidos inadequadamente (OMS,
2012).
Diante dessas afirmações, sabe-se que o uso incorreto de medicamentos por idosos
levam à piora da sua qualidade de vida e em muitos casos levando até ao óbito,
devido à fragilidade de sua saúde e menor poder de resposta com as doenças.
Para idosos de famílias humildes e com falta de informações esse quadro se agrava,
com pacientes sem condições de leitura para saber como tomar os devidos
medicamentos, e também o fator do poder econômico para comprar os
medicamentos de uso contínuo.
Este trabalho se justifica pela necessidade de melhorar a qualidade de vida dos
idosos com o uso correto de medicamentos, com melhor orientação, maior adesão
dos próprios familiares para os idosos, englobamento municipal para mais projetos
com essa faixa etária.
18
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Elaborar um plano de intervenção educativa para o uso correto de medicamento
pelos idosos da unidade básica de saúde Dr André Carlos Ferreira Javier, Piraúba,
Minas Gerais.
3.2 Objetivos específicos
Identificar os pacientes idosos em falta ou má uso das medicações.
Realizar campanhas de conscientização e informação da falta ou má uso dos
medicamentos.
Propor mudanças significativas para melhores adesões aos tratamentos
farmacológicos.
19
4 METODOLOGIA
Para este trabalho foi utilizado o diagnóstico situacional da área de abrangência da
UBS Dr André Carlos Ferreira Javier, onde no primeiro momento um levantamento
dos principais problemas apresentados pela comunidade foram levantados pela
equipe. O método utilizado foi o Planejamento Estratégico Situacional (PES), onde
foram utilizados os dez passos: identificação dos problemas, classificação e
priorização de problemas, explicação do problema selecionado, descrição do
problema selecionado, seleção dos “nós críticos”, desenho das operações sobre os
nós críticos (operações, projeto / resultados esperados, produtos esperados,
identificação dos recursos necessários / recursos críticos / controle dos recursos
críticos, análise de viabilidade do plano – controle de recursos críticos: atores,
motivação e ação estratégica, elaboração do plano operativo e gestão do plano
(FARIA; CAMPOS; SANTOS, 2018).
A busca para instrumentalizar o referencial teórico foi através das bases de dados
da Biblioteca Virtual de Saúde, usando os seguintes descritores: Idoso, Estratégia
Saúde da Família, Atenção Primária; Uso indevido de medicamento sob prescrição.
20
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
5.1 Atenção à Saúde do Idoso
O indivíduo para ser considerado saudável tem que ser capaz de realizar as suas
atividades sozinho e de forma independente e autônoma, pensando no conceito de
saúde que ultrapassa o princípio da ausência de doença. A Política Nacional de
Saúde da Pessoa Idosa considera que para o indivíduo idoso, a saúde se traduz
mais pela sua condição de autonomia e independência do que pela presença ou
ausência de doença (BRASIL, 2006).
O envelhecimento tem sido uma realidade em diversos países, e no Brasil, visto que
a população acima de 60 anos, que é considerada de idosos, tem crescido
consideravelmente nos últimos tempos. A Política Nacional do Idoso no Brasil
classifica como idoso o indivíduo com mais de 60 anos (BRASIL, 2006). Dessa
forma o sistema de saúde tem que se preparar para atender essa nova demanda de
saúde, que está baseada em doenças crônicas (HORTA; FERREIRA; ZHAO., 2010).
Para Geib (2012), o processo de envelhecimento é vigorosamente influenciado pela
história de vida do idoso, em suas diferentes formas de inserção social ao longo da
vida e exposição a contextos de vulnerabilidade.
Simões (2016, p. 102) corrobora com Geib (2012) quando descreve que o
envelhecimento humano é caracterizado como ‘‘processo essencial da vida,
ininterrupto, inerente ao desenvolvimento humano, em que os diversos significados
sociais e pessoais são marcados pela trajetória humana. Não deve ser visto como
término, mas como um período de continuidade da vida, com características
próprias, exigindo políticas públicas que promovam a melhoria da qualidade de vida
de pessoas idosas’’.
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa tem em suas diretrizes a promoção
do envelhecimento ativo e saudável, que preserve a independência funcional e
autonomia da pessoa idosa, e que os cuidados específicos e suas ações devem ser
21
baseadas nos seus direitos, necessidades, preferências e habilidades, aumentando
e facilitando o acesso a todos os níveis de atenção (BRASIL, 2006).
No Sistema Único de Saúde (SUS), nesse processo de transição demográfica e
epidemiológica, são encontrado grandes desafios quando diz respeito ao
envelhecimento da população brasileira, como o atendimento à pessoa idosa que já
apresenta uma ou mais doença crônica não transmissível, e além disso é necessário
ofertar ações preventivas aos senescentes e a população que não estão fase da
velhice (SCHMIDT et. al., 2011).
Schenker e Costa (2019, p.1370) descrevem que “a complexidade das demandas de
saúde apresentadas pelos idosos exige dos serviços a capacidade de responder
adequadamente às suas necessidades, não somente de prevenção e controle de
doenças, mas também da promoção de um envelhecimento ativo e saudável,
visando a sua maior autonomia e bem-estar”.
De acordo com Moraes (2012), o Brasil em 2025 ocupará o sexto lugar em relação
ao contingente de idosos, alcançando cerca de 32 milhões de pessoas com 60 anos
ou mais. O autor ainda descreve que em 2050 a população idosa será um
percentual de 22,71% em relação a população total.
Diante dessa tendência de crescimento da população idosa nas próximas décadas,
e que a demanda por essa população é mais complexa e heterogênea (BORGES,
CAMPOS; CASTRO e SILVA, 2015), as ações da atenção primária voltadas ao
atendimento ao idoso, não deve apenas focalizar no diagnóstico e tratamento das
doenças. Os profissionais envolvidos no cuidado a esses usuários devem
desenvolver ações voltadas para a promoção da saúde, ações preventivas e
curativas, com a finalidade de garantir a integralidade do cuidado (MEDEIROS et al.,
2017).
A atenção primária deve reconhecer a população em todos os aspectos, sejam eles
sociodemográficos, das condições de saúde e doença, hábitos de vida e acesso e
utilização dos serviços de saúde e dessa forma as suas ações devem ser orientadas
através do diagnóstico situacional, envolvendo os problemas e as necessidades dos
22
usuários pertencentes a área de abrangência das unidades de saúde (KEOMMA et.
al., 2018).
5.2 Medicamentos na Saúde do Idoso Os medicamentos assumem um papel fundamental na vida do ser humano, pois
eles são capazes de reduzir o sofrimento humano. Os mesmos produzem, cura,
prolongam a vida e retardam complicações das doenças. Com o uso dos
medicamentos facilita o convívio entre o indivíduo e sua doença (ROZENFELD;
FONSECA; ACÚRCIO, 2008).
O uso dos medicamentos pode ser influenciado pelos fatores socioeconômicos,
comportamentais e culturais, demográficos, perfil de morbidade e pelas
características do mercado farmacêutico e pelas políticas governamentais dirigidas
ao setor. Dessa forma a grande oferta de medicamentos, o marketing da indústria
farmacêutica e o número de medicamentos prescritos são fatores que podem
comprometer a qualidade do uso de medicamentos (OLIVEIRA; XAVIER; ARAUJO,
2012; OSORIO-DE-CASTRO, 2000).
O SUS, por meio da assistência farmacêutica, garante o acesso e promove o uso
racional dos medicamentos. A Relação Nacional de Medicamentos Essenciais
(RENAME), instituída em 2011, é composta pela relação dos medicamentos para o
atendimento das doenças ou dos agravos atendidos no âmbito do SUS (BRASIL,
2018).
A população idosa por ter uma maior prevalência a polimorbidadade, geralmente
utiliza-se de vários fármacos, o que pode ocasionar o uso inadequado dos
medicamentos e consequentemente ocasionar efeitos adversos e complicações para
esses pacientes (TAVARES et. al.,2013).
Para Farias e Santos (2012), a utilização dos medicamentos entre a população idosa
pode ser vista como uma tentativa de tratar as comorbidades, mas também como
uma forma de amenizar as situações comuns do envelhecimento.
23
Secoli (2010, p.137) pontua que “o uso de medicamentos constitui-se em uma
verdadeira epidemia entre idosos, o que pode estar associado a diversos fatores,
tais como: o aumento da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT) nesse segmento da população; a alta medicalização da saúde observada
nos últimos anos e impulsionada pelo poder da indústria farmacêutica; o estímulo à
prescrição de medicamentos observado na formação e na prática dos profissionais
da área da saúde; entre outros’’
Uma iniciativa do Ministério da Saúde relacionada à assistência farmacêutica é a
Pesquisa Nacional sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso racional de
Medicamentos (PNAUM), possibilitando melhorar o planejamento da assistência
farmacêutica aos idosos e os protocolos médicos para controle das DCNT nessa
população no País. A pesquisa busca identificar as peculiaridades regionais,
sociodemográficas e de saúde das populações associadas ao uso crônico de
medicamentos pelos idosos (RAMOS et. al., 2016).
Em um estudo de 2017 intitulado ‘‘Utilização de medicamento pelos usuários da
atenção primária do Sistema Único de Saúde’’, realizado através de entrevistas com
8.803 usuários, cada usuário utilizou de 2,32 medicamentos, e dentre esses
usuários 18,2% tinham idade superior a 65 anos de idade. Dentre as conclusões do
estudo, estão que o uso de medicamentos aumentou com a idade e que devido às
características observadas e as dificuldades no uso de medicamentos, os idosos
estão em situação de maior vulnerabilidade (COSTA et. al., 2017).
Alguns fármacos podem ser classificados como de uso inapropriado para a
população idosa. Entende-se que alguns medicamentos têm mais riscos ao serem
utilizados que superam os benefícios. Diante disso, evitar o uso de medicamentos
inapropriados para os idosos é estratégia eficaz para garantir uma farmacoterapia
segura nessa faixa etária (FICK et. al., 2003).
Um estudo de Manso, Biffi e Gerardi (2015), discutiu sobre a prescrição inadequada
de medicamentos no município de São Paulo a idosos portadores de DCNT. Das
2.500 prescrições observadas, dos 8.760 medicamentos, 2.926 foram considerados
inapropriados para o uso em idosos. Dessa forma conclui-se que o a população do
24
estudo apresentou um elevado número de prescrições inapropriadas e que assim o
grupo apresenta um forte risco para o aparecimento de iatrogenias.
Outro estudo denominado “Utilização de medicamentos potencialmente
inapropriados por idosos em domicílio”, em 2015, avaliou 190 idosos, com
prevalência de 44,2% utilizando medicamentos inapropriados, sendo as classes
terapêuticas inapropriadas mais utilizadas no estudo, os anti-inflamatórios, os
agentes cardiovasculares, os benzodiazepínicos e os antidepressivos (LOPES et.
al., 2016).
Um estudo realizado em Viçosa, Minas Gerais, também avaliou o uso de
medicamentos potencialmente inadequados entre idosos. Para esse estudo a
população foi de 621 idosos, e os resultados encontrados também foram de alta
prevalência de uso de medicamentos inapropriados, 43,8%. No estudo foi observado
que o maior consumo de medicamentos entre os idosos, foram os que atuam no
sistema cardiovascular, após os do trato alimentar e metabolismo (MARTINS et.al.,
2015).
25
6 PLANO DE INTERVENÇÃO
Essa proposta refere-se ao problema priorizado “falta ou má adesão ao
medicamento da população idosa” para o qual se registra uma descrição, explicação
e seleção de seus “nós críticos”, de acordo com a metodologia do Planejamento
Estratégico Situacional (FARIA; CAMPOS; SANTOS, 2018).
6.1 Descrição do problema selecionado (terceiro passo)
Após a priorização dos problemas apontados pela equipe da UBS Dr André Carlos
Ferreira Javier, o problema falta ou má adesão ao tratamento da população idosa foi
escolhido como o principal problema, levando também em consideração o
conhecimento da equipe diante o problema e seu elevado grau de importância e
também da viabilidade da equipe de enfrentamento do problema.
6.2 Explicação do problema selecionado (quarto passo) No município de Piraúba existe uma alta incidência de pacientes idosos em mau uso
de medicamentos, isso se deve ao fato do grau de informação da população e da
aceitação do tratamento referente ao seu diagnóstico.
A questão mais relevante para justificar esse estudo é que da população adscrita
que representa 2800 pessoas, conta com uma grande população em idade
avançada com o uso incorreto de medicamentos. Aproximadamente 40% dessa
população vive em estado de solidão ou abandono dos próprios familiares, contando
muitas vezes apenas com o suporte da unidade de saúde e grupos de apoio da
prefeitura.
6.3 Seleção dos nós críticos (quinto passo)
Os nós críticos identificados relacionados ao problema ““falta ou má adesão ao
medicamento da população idosa” incluem:
falta de comunicação em casa entre familiares;
analfabetismo;
26
exagerado número de medicamentos prescritos;
falta de informações básicas.
6.4 Desenho de Operações (sexto passo) O desenho das operações refere-se ao momento após a seleção do problema, da
sua explicação e da seleção dos seus nós críticos, onde se inicia a elaboração do
plano de intervenção, que é capaz de criar soluções e estratégias para o
enfrentamento do problema (FARIA; CAMPOS; SANTOS, 2018).
No Quadro 2 estão delineadas as operações/projetos, resultados, produtos
esperados, recursos necessários, recursos críticos ações estratégicas, processo de
monitoramento e avaliação para o nó crítico 1 “Falta de comunicação em casa entre
familiares.’’
Quadro 2 – Operações sobre o nó crítico “Falta de comunicação em casa entre
familiares” relacionado ao problema ‘‘falta ou má adesão ao medicamento da
população idosa”, na população adscrita à unidade básica de saúde Dr André
Carlos Ferreira Javier, Piraúba, Minas Gerais.
Nó crítico 1 Falta de comunicação em casa entre familiares.
Operação (operações) Melhorar a comunicação entre os familiares e, consequentemente, os
cuidados.
Projeto CUIDAR MELHOR
Resultados esperados Diminuição do abandono e melhora do quadro de saúde.
Reprodução de material audiovisual de falta ou má adesão ao tratamento em pacientes idosos na sala de espera da UBS.
Realização de pesquisas para avaliação do nível de comunicação dos familiares.
Produtos esperados Reprodução de material audiovisual da falta ou má adesão ao tratamento pacientes idosos na sala de espera da UBS.
Realização de pesquisas para avaliação do nível de comunicação dos familiares.
Recursos necessários Cognitivo: informação sobre o tema e estratégias de comunicação.
Político: conseguir o espaço na rádio local, mobilização social e articulação intersetorial com a rede de ensino.
Financeiro: aquisição de recursos audiovisuais e folhetos educativos.
27
Recursos críticos Político: conseguir o espaço na rádio local. Financeiro: aquisição de recursos audiovisuais e folhetos educativos. E captação de medicamentos de uso contínuo.
Controle dos recursos críticos
Setor de comunicação social – Favorável Secretário de saúde - Favorável
Ações estratégicas Apresentar o Projeto à Diretora do Centro de Saúde.
Prazo Seis meses para o início da atividade
Responsáveis pelo acompanhamento das ações
Médico da UBS NASF
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Avaliação após 6 meses do início do projeto através de reuniões e levantamento das fragilidades e potencialidades.
Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2018)
No Quadro 3 tem-se as operações/projeto, resultados, produtos esperados, recursos
necessários, recursos críticos ações estratégicas, processo de monitoramento e
avaliação para o nó crítico 2 “Analfabetismo’’.
Quadro 3 – Operações sobre o nó crítico “Analfabetismo” relacionado ao
problema ‘‘falta ou má adesão ao medicamento da população idosa”, na
população adscrita à unidade básica de saúde Dr André Carlos Ferreira Javier,
Piraúba, Minas Gerais.
Nó crítico 2 Analfabetismo
Operação (operações) Aumentar o nível de informação dos idosos.
Projeto Saber mais
Resultados
esperados
Idosos melhores orientados e mais independentes.
Produtos esperados Realizar provas para avaliar o nível de informação dos pacientes. Realizar capacitações sobre doenças de base.
Realizar campanhas educativas na rádio e TV.
Entregar materiais didáticos atualizados para diminuição do desemprego.
Recursos necessários
Cognitivos: conhecimento sobre o tema.
Políticos: parceria, mobilização social, disponibilização de materiais. Organizacionais: auxiliar a equipe nas divulgações dos grupos
Recursos críticos Cognitivo: conhecimento sobre o tema.
Político: parceria, mobilização social, disponibilização de materiais.
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Organizacionais: auxiliar a equipe nas divulgações dos grupos.
Controle dos recursos críticos
Secretaria de Educação -Favorável Secretaria de Saúde -Favorável
Ações estratégicas Apresentar o Projeto à Secretaria de Educação através de ofício.
Formação de grupos com os profissionais da equipe
Prazo Apresentação do projeto em seis meses
Responsáveis pelo acompanhamento das ações
Equipe de Saúde, Centro de Referência da Assistência Social – CRAS, Prefeitura Municipal de Saúde. Secretaria de Educação
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Avaliação após seis meses do início do projeto
Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2018)
No Quadro 4 tem-se as operações/projeto, resultados, produtos esperados, recursos
necessários, recursos críticos ações estratégicas, processo de monitoramento e
avaliação para o nó crítico 3 “Exagerado número de medicamentos prescritos.’’.
Quadro 4 – Operações sobre o nó crítico “Exagerado número de
medicamentos prescritos.” relacionado ao problema ‘‘falta ou má adesão ao
medicamento da população idosa”, na população adscrita à unidade básica de
saúde Dr André Carlos Ferreira Javier, Piraúba, Minas Gerais
Nó crítico 3 Exagerado número de medicamentos prescritos.
Operação (operações) Melhorar a qualidade das prescrições
Projeto Mais saúde
Resultados esperados Redução dos medicamentos prescritos aos idosos.
Produtos esperados Menor número de medicamentos prescritos para os idosos.
Recursos necessários Cognitivos: conhecimento sobre o tema.
Políticos: parceria, mobilização social, disponibilização de materiais e medicamentos.
Organizacionais: cooperação da equipe de saúde
Recursos críticos Cognitivos: conhecimento sobre o tema.
Políticos: parceria, mobilização social, disponibilização de materiais e medicamentos.
Organizacionais: cooperação da equipe de saúde
Controle dos recursos Secretária de Saúde – Favorável
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críticos
Ações estratégicas Avaliação em relação ao conhecimento dos pacientes referentes as doenças cardiovasculares; Programa saúde nas escolas, Treinamento de ACS e cuidadores.
Prazo No mínimo seis meses para dar início
Responsáveis pelo acompanhamento das ações
Médico da UBS
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Avaliação após seis meses do início do projeto
Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2018)
No Quadro 5 tem-se as operações/projeto, resultados, produtos esperados, recursos
necessários, recursos críticos ações estratégicas, processo de monitoramento e
avaliação para o nó crítico 4 “Falta de informações básicas’’
Quadro 5 – Operações sobre o nó crítico “Falta de informações básicas..”
relacionado ao problema ‘‘falta ou má adesão ao medicamento da população
idosa”, na população adscrita à unidade básica de saúde Dr André Carlos
Ferreira Javier, Piraúba, Minas Gerais
Nó crítico 4 Falta de informações básicas.
Operação (operações) Um paciente melhor orientado tem melhora da saúde.
Projeto InformaSaúdeJavier
Resultados esperados Diminuir complicações de saúde ou piora de quadros clínicos.
Produtos esperados Programas de campanhas educativas.
Recursos necessários Cognitivo :informação sobre o tema e estratégias de comunicação.
Político: conseguir o espaço na rádio local.
Financeiro: aquisição de recursos áudio visuais e folhetos educativos
Recursos críticos Cognitivo: informação sobre o tema e estratégias de comunicação.
Político: conseguir o espaço na rádio local.
Financeiro: aquisição de recursos áudio visuais e folhetos educativos.
Controle dos recursos críticos
Prefeitura Municipal – Favorável Secretário de saúde- Favorável Secretário municipal de saúde - Favorável
Ações estratégicas Apresentar o Projeto para a Secretaria de Saúde.
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Prazo Quatro meses para apresentação do projeto
Responsáveis pelo acompanhamento das ações
Secretário de Saúde
Processo de monitoramento e avaliação das ações
Avaliação após seis meses do início do projeto.
Fonte: Elaborado pelo próprio autor (2018)
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7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para avaliar o impacto da estratégia é preciso mudar a mentalidade das pessoas
que serão afetadas por essas medidas. E muitas vezes é difícil de mudar a
mentalidade de uma pessoa de faixa etária avançada, restando a nós muita
paciência e esforço mutuo para a melhora da qualidade de vida dos idosos.
Tendo todas as informações disponíveis e sabendo orientar o idoso e cuidadores é a
porta de entrada para conscientizar a população.
É necessário sempre buscar palavras simples, evitando jargões médicos, para o
entendimento completo das orientações.
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REFERÊNCIAS
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