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24/02/2016 Projeto de Lei Complementar http://www.camara.rj.gov.br/ 1/62 PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 107/2015 EMENTA: INSTITUI O PEU ILHA DO GOVERNADOR – PLANO DE ESTRUTURAÇÃO URBANA DOS BAIRROS DA RIBEIRA, ZUMBI, PITANGUEIRAS, CACUIA, JARDIM GUANABARA, JARDIM CARIOCA, PRAIA DA BANDEIRA, COCOTÁ, BANCÁRIOS, FREGUESIA, TAUÁ, MONERÓ, PORTUGUESA, GALEÃO E CIDADE UNIVERSITÁRIA, INTEGRANTES DA XX RA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS Autor(es): PODER EXECUTIVO A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO DECRETA: CAPÍTULO I DOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES Seção I Dos Objetivos Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Plano de Estruturação Urbana PEU da Ilha do Governador, abrangendo os bairros da Ribeira, Zumbi, Pitangueiras, Cacuia, Jardim Guanabara, Jardim Carioca, Praia da Bandeira, Cocotá, Bancários, Freguesia, Tauá, Moneró, Portuguesa, Galeão e Cidade Universitária, integrantes da XX Região Administrativa – Ilha do Governador, em consonância com os princípios e diretrizes da Lei Complementar nº 111, de 1º de fevereiro de 2011, que instituiu o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro. Parágrafo único. Os limites do PEU mencionados neste artigo encontramse mapeados e descritos no Anexo I A e I B desta Lei Complementar. Art. 2º Integram o PEU da Ilha do Governador, esta Lei Complementar e as Leis e Decretos regulamentadores nela previstos para o conjunto de bairros que a compõe. Art. 3º Em observância aos princípios do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro, o PEU da Ilha do Governador tem por objetivos: I definir parâmetros urbanísticos que garantam a preservação do modo de vida e as especificidades dos bairros; II – valorizar as vocações e potencialidades dos bairros, de forma a promover a sua revitalização e qualificação urbano ambiental, garantindo o equilíbrio entre ocupação, preservação ambiental, oferta de infraestruturas de transporte e de espaços livres; III reforçar as centralidades locais e revitalizar espaços, estimulando à criação de

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PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 107/2015

EMENTA:INSTITUI O PEU ILHA DO GOVERNADOR – PLANO DEESTRUTURAÇÃO URBANA DOS BAIRROS DA RIBEIRA,ZUMBI, PITANGUEIRAS, CACUIA, JARDIMGUANABARA, JARDIM CARIOCA, PRAIA DABANDEIRA, COCOTÁ, BANCÁRIOS, FREGUESIA, TAUÁ,MONERÓ, PORTUGUESA, GALEÃO E CIDADEUNIVERSITÁRIA, INTEGRANTES DA XX RA, E DÁOUTRAS PROVIDÊNCIAS

Autor(es): PODER EXECUTIVO

A CÂMARA MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRODECRETA:

CAPÍTULO I

DOS OBJETIVOS E DAS DIRETRIZES

Seção I

Dos Objetivos

Art. 1º Esta Lei Complementar institui o Plano de Estruturação Urbana PEU da Ilha doGovernador, abrangendo os bairros da Ribeira, Zumbi, Pitangueiras, Cacuia, JardimGuanabara, Jardim Carioca, Praia da Bandeira, Cocotá, Bancários, Freguesia, Tauá,Moneró, Portuguesa, Galeão e Cidade Universitária, integrantes da XX RegiãoAdministrativa – Ilha do Governador, em consonância com os princípios e diretrizes daLei Complementar nº 111, de 1º de fevereiro de 2011, que instituiu o Plano Diretor deDesenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro.

Parágrafo único. Os limites do PEU mencionados neste artigo encontramse mapeadose descritos no Anexo I A e I B desta Lei Complementar.

Art. 2º Integram o PEU da Ilha do Governador, esta Lei Complementar e as Leis eDecretos regulamentadores nela previstos para o conjunto de bairros que a compõe.

Art. 3º Em observância aos princípios do Plano Diretor de Desenvolvimento UrbanoSustentável do Município do Rio de Janeiro, o PEU da Ilha do Governador tem porobjetivos:

I definir parâmetros urbanísticos que garantam a preservação do modo de vida e asespecificidades dos bairros;

II – valorizar as vocações e potencialidades dos bairros, de forma a promover a suarevitalização e qualificação urbano ambiental, garantindo o equilíbrio entre ocupação,preservação ambiental, oferta de infraestruturas de transporte e de espaços livres;

III reforçar as centralidades locais e revitalizar espaços, estimulando à criação de

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novos polos geradores de serviços e emprego;

IV – valorizar as referências culturais dos bairros.Seção II

Das Diretrizes

Art. 4º Ficam definidas nos incisos deste artigo as diretrizes básicas que poderão nortearo estabelecimento de políticas e a implementação de ações para o desenvolvimentofísico urbanístico dos bairros integrantes da XX Região Administrativa:

I – fortalecimento de uma identidade urbana, promovendo a preservação do patrimôniocultural e ambiental urbano;

II – preservação da ambiência paisagística da Ilha do Governador através de umaocupação controlada;

III estabelecimento de parâmetros urbanísticos que promovam a renovação urbana daárea através da inclusão de novos usos e atividades compatíveis com as característicasfísicas, ambientais e de acessibilidade locais;

IV – ocupação do bairro, condicionada à infraestrutura existente e à disponibilidade dosequipamentos e serviços urbanos;

V – atendimento à taxa de permeabilidade para a ocupação dos terrenos, conjugadocom o incentivo ao plantio de árvores;

VI – incentivo à implantação dos Projetos de Alinhamento ao longo dos principais eixosviários, mediante a adoção de critérios urbanísticos que estimulem a renovação dasedificações e a consequente liberação das áreas de recuo;

VII – implemento aos projetos de melhorias na infraestrutura local, prioritariamente nosprincipais logradouros componentes da malha viária básica, relacionados a seguir:Avenida Paranapuã, Avenida do Magistério, Estrada da Bica, Estrada da Cacuia,Estrada das Canárias, Estrada do Dendê, Estrada do Galeão, Estrada do Rio Jequiá,Estrada Governador Chagas Freitas, Rua Altinópolis, Rua Capitão Barbosa, RuaCambaúba, Rua Comendador Bastos, Rua Coronel Luiz de Oliveira Sampaio, Rua daBandeira, Rua Intendente Bitencourt, Rua Ipiru, Rua Magno Martins, Praia daGuanabara, Rua Pires da Mota e Rua Tenente Cleto Campelo;

VIII – prioridade na reurbanização das vias:

a) adequação dos passeios à acessibilidade universal, especialmente para utilização porpessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida;

b) redimensionamento das calçadas e sua requalificação paisagística e ambiental comênfase na arborização pública e a adoção de passeios “drenantes”;

IX – ampliação de estratégias para o gerenciamento da mobilidade urbana, incluindo aimplementação de sistema integrado de transporte coletivo de média capacidadeconsiderando:

a) as características viárias dos bairros;

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b) a necessidade de integração entre os diversos modais;

c) implantação de ciclovias e equipamentos de apoio ao sistema cicloviário nos projetosde urbanização dos logradouros componentes da malha viária básica;

X – ampliação do sistema de transporte hidroviário na Baía de Guanabara edevidamente integrado, com a melhoria físicooperacional da estação do Cocotá, bemcomo a avaliação de implantação de novas estações no Jardim Guanabara, Ribeira,Freguesia e Moneró, melhorando as condições de deslocamento hoje existentes;

XI – integração do corredor do BRT da Transcarioca com os demais subbairros deforma rápida e eficaz.

CAPÍTULO II

DA ORDENAÇÃO TERRITORIAL

Seção I

Das Zonas

Art. 5º Os bairros desta Lei Complementar ficam subdivididos nas seguintes Zonas:

I – Zona de Conservação Ambiental 1 – ZCA1 Zona que apresenta característicasnaturais e paisagísticas relevantes para a preservação e recuperação, permitindoseapenas edificações de apoio às atividades de controle ambiental;

II – Zona de Conservação Ambiental 2 ZCA2 – Zona que apresenta característicasnaturais e paisagísticas relevantes para a preservação e recuperação, onde admitese aocupação com baixa densidade;

III Zona Residencial Multifamiliar 2 ZRM2 Zona predominantemente residencialmultifamiliar que permite o uso de serviços, restrito a algumas atividades compatíveiscom a característica da Zona;

IV – Zona Residencial Multifamiliar 3 Local ZRM3 L Zona predominantementeresidencial multifamiliar que permite algumas atividades de comércio e serviços decaracterística local, de apoio e complementariedade ao uso residencial;

V – Zona Residencial Multifamiliar 3 Turística ZRM3 T Zona predominantementeresidencial multifamiliar que por sua localização em áreas com potencial turístico,permite a convivência com atividades de comércio e serviços relacionadas ao turismo;

VI – Zona Residencial Multifamiliar 4 – ZRM4 – Zona predominantemente residencialmultifamiliar, que permite a convivência com usos não residenciais;

VII– Zona Comercial e de Serviços 1 ZCS1 – Zona onde prevalecem as atividades decomércio e serviços que podem alcançar níveis de centralidade regional;

VIII Zona Comercial e de Serviços 3 ZCS3 Zona onde prevalecem atividades decomércio e serviços que em face de suas características específicas exigemplanejamento específico para sua implantação e logística de armazenagem etransportes próprios;

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IX – Zona de Uso Misto ZUM Zona onde os usos residencial, comercial, de serviços eindustrial, podem ocorrer sem predominância, ressalvadas as situações de impactopertinentes à convivência entre os diferentes usos.

§ 1º As Zonas mencionadas neste artigo encontramse mapeadas e descritas nosAnexos II A e II B desta Lei Complementar.

§ 2º As disposições para as Zonas encontramse definidas no Capítulo VI e nos AnexosIII, IV e V desta Lei Complementar.

§ 3º As Zonas mencionadas neste artigo são classificadas hierarquicamente em ordemcrescente em ZCA1, ZCA2, ZRM2, ZRM3 L, ZRM3 T, ZRM4, ZCS1, ZCS3 e ZUM.

Seção II

Do Limite das Zonas

Art. 6º Os limites de Zonas estão mapeados e descritos nos Anexo II A e II B desta LeiComplementar, não havendo sobreposição de Zonas.

Art. 7º Os limites das Zonas serão estabelecidos com o objetivo de proteger as Zonas dehierarquia inferior e considerarão os aspectos referentes à preservação da ambiêncialocal, do patrimônio cultural e outras características relevantes.

Art. 8º Em terreno situado em mais de uma Zona, incidirão os parâmetros de cada Zonaem sua porção correspondente.

§ 1º Quando o terreno possuir testada somente pela Zona de hierarquia inferior, serãoaplicados os parâmetros mais restritivos e os usos comuns às Zonas envolvidas.

§ 2º Quando o terreno possuir testada para Zonas diversas, o acesso só poderá serrealizado pela testada situada na Zona onde o uso é permitido.

Seção IIIDas Áreas de Especial Interesse AEI

Art. 9º Integram esta Lei Complementar, as Áreas de Especial Interesse AEI,constantes desta Seção, nos termos do art. 70 do Plano Diretor de DesenvolvimentoUrbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro.

Subseção I

Das Áreas de Especial Interesse Social AEIS

Art. 10 Integram esta Lei Complementar, as Áreas de Especial Interesse Social AEISdeclaradas em Leis específicas.

Subseção II

Da Área de Especial Interesse Funcional AEIF

Art. 11 Integra esta Lei Complementar a Área de Especial Interesse Funcional da Ilha doBom Jesus, instituída através da Lei Complementar nº 115, de 29 de dezembro de 2011,com regime urbanístico específic

Integra esta Lei Complementar a Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana –

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Integra esta Lei Complementar a Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana –APARU do Jequiá, criada pelo Decreto nº 12.250, de 31 de agosto de 1993.

§ 1° O disposto nesta Lei Complementar aplicarseá na área de entorno da APARU doJequiá, objeto do § 3º do art. 6º do Decreto nº 12.250, de 1993, até que a mesma sejaregulamentada por legislação específica.

§ 2° Prevalecem as disposições do art. 6º do Decreto nº 12.250, de 1993, exclusive oprevisto no inciso VII do § 2°.

Seção V

Dos Sítios de Relevante Interesse Paisagístico e Ambiental

Art. 13. A valorização dos Sítios de Relevante Interesse Paisagístico e Ambiental da Ilhado Governador inclui o reconhecimento das praias da Guanabara, do Bananal, Cocotá,da Bandeira, Pitangueiras, Zumbi, Ribeira, do Jequiá, da Bica, de São Bento, do Dendêe da Base de Fuzileiros Navais, com vistas as suas requalificações.

Parágrafo único. Para atender ao disposto no caput deste artigo, deverão ser propostasintervenções de cunho paisagístico e urbanístico, com avaliação e acompanhamentodos órgãos competentes, tais como:

I valorizar e ampliar o patrimônio paisagístico local, com a introdução de arborizaçãonativa, preferencialmente com floração expressiva, e de elementos paisagísticos;

II implantar sistema de iluminação pública, que destaque os elementos paisagísticos eproporcione maior segurança ao longo das vias;

III substituir postes e fiação aérea por subterrânea;

IV instalar sinalização indicando os principais elementos da paisagem natural econstruída, ao longo das vias costeiras;

V – construir ciclovias, onde possível, prevendo a implantação de equipamentos emobiliário urbano indispensáveis ao uso seguro e articulado da bicicleta como meio detransporte, garantidos os princípios de coerência e conectividade;

VI – modernizar e padronizar os quiosques existentes.

Seção VIDas Áreas de Restrição à Ocupação Urbana

Art. 14. Integram a área deste PEU as seguintes áreas de restrição à ocupação:

I – áreas frágeis, com alta suscetibilidade à movimentos de massa ou à inundação;

II – áreas objeto de proteção integral;

III – faixas marginais de proteção e faixas non ædificandi dos cursos d'água;

IV – faixas de domínio de oleodutos.

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Parágrafo único. As faixas de domínio de oleodutos, para fins desta Lei Complementar,são consideradas áreas de preservação permanente e deverão se manter totalmentepermeáveis, permitidas apenas obras e ações de manutenção e conservação, composterior recuperação da superfície.

Subseção IDas Áreas Frágeis de Encosta

Art. 15. São consideradas áreas frágeis de encosta aquelas sujeitas a alteraçõesgeológicas relacionadas à instabilidade do solo, com alta suscetibilidade a ocorrência deacidentes geológicos – geotécnicos.

Art. 16. Todos os licenciamentos de obras novas ou de acréscimo de área construída naárea desta Lei Complementar, situados em áreas frágeis, com topografia acidentada ealta suscetibilidade a acidentes geológicos – geotécnicos, só serão concedidos medianteprévia análise e aprovação pelo órgão gestor de geotecnia do Município obedecida alegislação específica em vigor.

Parágrafo único. Quando os terrenos forem considerados passíveis de ocupação, amesma ocorrerá mediante o cumprimento prévio das exigências estabelecidas peloórgão gestor de geotecnia do Município.

Subseção II

Das Áreas Frágeis de Baixada

Art. 17. São consideradas áreas frágeis de baixada aquelas que concentram os pontoscríticos de drenagem de águas pluviais ou aquelas que abriguem ambientes úmidos debaixada.

Parágrafo único. O Plano Diretor de Manejo de Águas Pluviais – PDMAP, a serelaborado para os bairros integrantes deste PEU, estabelecerá o conjunto deintervenções a serem efetuadas nas bacias de drenagem da região e poderá contemplarrestrições adicionais aos parâmetros estabelecidos nesta Lei Complementar,principalmente quanto à:

I cota de soleira das edificações;

II faixas non aedificandi;

III – permeabilidade do solo.

Art. 18. Os pontos críticos de drenagem da área objeto desta Lei Complementar serãoidentificados pelo órgão responsável pela drenagem das águas pluviais do Municípioconsiderando os seguintes aspectos:

I áreas sujeitas a enchentes;

II pontos extravasores da rede de drenagem que contribuam para a poluição esobrecarga dos rios receptores;

III desvios no curso dos rios canalizados que possam acarretar transbordos;

IV características topográficas que dificultem o sistema de drenagem das águas

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pluviais e a localização das caixas de contenção de lixo que causem entupimento nasgalerias;

V interferências de outros serviços de infraestrutura.

§ 1° Os rios e canais existentes na área devem preferencialmente ser mantidos abertosde forma a facilitar sua limpeza e a manutenção da faixa non aedificandi.

§ 2° Quando houver condições técnicas, deverão ser adotadas medidas para arenaturalização das calhas dos corpos hídricos.

Art. 19. As áreas frágeis de baixada serão submetidas às intervenções na infraestruturalocal que se fizerem necessárias e sua ocupação obedecerá mediante o cumprimentoprévio das exigências estabelecidas pelo órgão gestor de drenagem do Município.

Art. 20. As áreas úmidas pertencentes aos ecossistemas associados ao Bioma MataAtlântica não poderão ser ocupadas.

Seção VIIDo Parcelamento do Solo

Art. 21. O parcelamento do solo será regulado por índices urbanísticos que variamsegundo a Zona em que venham a ocorrer.

§ 1º Os lotes e testadas obedecerão às dimensões mínimas fixadas por esta LeiComplementar para cada Zona.

§ 2º Os lotes resultantes de remembramentos poderão apresentar dimensões inferioresàs mínimas fixadas por esta Lei Complementar.

Art. 22. Na área abrangida por este PEU não será permitida a abertura de logradourospúblicos acima da cota de sessenta metros em relação ao nível do mar, salvo quandohouver interesse público sendo admitidas vias internas.

Art. 23. Nas áreas a lotear, superiores a trinta mil metros quadrados, a doação de áreaspúblicas será obrigatória e corresponderá a trinta e cinco por cento da área loteável,distribuída da seguinte forma:

I seis por cento da área total loteável será obrigatoriamente cedida ao Município,gratuitamente, a fim de ser utilizada para praças, jardins e outros espaços livres;

II oito por cento da área total loteável será obrigatoriamente cedida ao Município,gratuitamente, a fim de ser utilizada para lotes destinados à construção deequipamentos públicos.

§ 1º Quando a área a ser doada para equipamento público resultar inferior a dois mil equinhentos metros quadrados será complementada por parte da área exigida pelo incisoI de modo a atingir esta área.

§ 2º As áreas non ædificandi não poderão ser incluídas nas áreas de doação obrigatória.

§ 3º O Município reservase o direito de recusar as áreas destinadas pelo requerenteaos fins previstos neste artigo.

Art. 24. A área destinada à construção de equipamento público deverá ter ainda as

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seguintes características:

I aclividade ou declividade inferior a dez por cento, em pelo menos cinquenta por centoda área total;

II forma regular, com testada mínima de vinte metros para logradouro público;

III não ser atravessada por cursos d’água, valas, córregos, riachos etc.

Art. 25. As áreas a serem doadas para praças e equipamentos públicos serão projetadaspreferencialmente em terrenos contíguos e sua localização dentro dos loteamentosficará a critério da análise do órgão de planejamento urbano e do meio ambiente.

Art. 26. As obrigações de doações de áreas previstas nesta Lei Complementar serãosempre relativas à área loteável do terreno.

Art. 27. Considerase área loteável a porção do terreno destinada a lotes, logradouros,lotes para equipamento público, praças, jardins e outros espaços de doação obrigatóriapor força do disposto nesta Lei Complementar.

Parágrafo único. Estão excluídas as áreas doadas para recuo dos projetos aprovados dealinhamento e as áreas vedadas a loteamento, arruamento e edificação.

Art. 28. O Município poderá aceitar áreas destinadas aos equipamentos públicoslocalizadas fora dos limites do loteamento, atendendo às diretrizes do planejamentomunicipal, resguardado no mínimo o mesmo percentual em área definido na legislação,o valor equivalente e o interesse do Município, devendo essas áreas estar localizadasem locais sem limitações urbanísticas ou administrativas, a critério do órgão municipalde planejamento urbano.

Art. 29. Nas Áreas de Especial Interesse Social poderão ser definidos lotes mínimosinferiores aos estabelecidos nesta Lei Complementar, atendendo ao disposto no PlanoDiretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro e noEstatuto da Cidade.

Art. 30. As situações não previstas nesta Lei Complementar para parcelamento do solourbano serão regidas pela legislação em vigor para a matéria.

Seção VIIIDos Usos do Solo

Art. 31. Os usos do solo e das edificações estabelecidos por esta Lei Complementar,obedecido ao disposto na Lei de Uso e Ocupação do Solo, são os seguintes:

I – Uso Residencial I – edificações unifamiliares;

II Uso Residencial II – inclui, além do estabelecido no Uso Residencial I, edificaçõesbifamiliares, grupamentos de edificações residenciais unifamiliares e bifamiliares egrupamento tipo vila;

III – Uso Residencial III – inclui, além do estabelecido no Uso Residencial II, edificaçõesmultifamiliares e grupamento de edificações residenciais multifamiliares;

IV – Uso Comercial I – comércio varejista, de atendimento cotidiano ou vicinal, que nãogere impactos ao entorno;

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V – Uso Comercial II – comércio varejista, de atendimento à população em geral,que,pelo porte, natureza ou características de funcionamento, poderá ter implantaçãosujeita à avaliação de impactos;

VI – Uso Comercial III – comércio varejista ou atacadista, de atendimento à populaçãoem geral, que, pelo porte, natureza ou características de funcionamento, gere impactosno entorno, exigindo planejamento ou intervenções específicas para sua implantação;

VII – Uso de Serviços I: serviços de atendimento cotidiano ou vicinal, que não geremimpactos no entorno;

VIII – Uso de Serviços II: serviços de atendimento à população em geral, que pelo porte,natureza ou características de funcionamento, poderão ter implantação sujeita àavaliação de impactos;

IX – Uso de Serviços III: serviços de atendimento à população em geral que, pelo porte,natureza ou características de funcionamento, gerem impactos no entorno, exigindoplanejamento ou intervenções específicas para sua implantação;

X – Uso Industrial I – atividades industriais não poluidoras, incluindo indústria caseira, depequenas dimensões e escala reduzida de produção, que, pelo silêncio de operação epouca geração de tráfego, tenham processo produtivo compatível com os demais usosurbanos, inclusive o residencial, sem causar incômodo de qualquer espécie;

XI – Uso Industrial II – atividades industriais não poluidoras, que, pelo silêncio deoperação e pouca geração de tráfego, tenham processo produtivo compatível com osdemais usos urbanos, inclusive o residencial, sem causar incômodo de qualquerespécie;

XII – Uso Institucional – atividades de interesse público exercidas por instituições dogoverno municipal, estadual ou federal.

§ 1° A distribuição dos usos por Zona encontrase no Anexo III – Quadro 2 Condiçõesde Implantação dos Usos do Solo Urbano, desta Lei Complementar.

§ 2° O uso residencial é permitido em todas as Zonas no âmbito deste PEU, observadoo Plano de Zoneamento de Ruído do Aeroporto Internacional do Galeão.

§ 3° O licenciamento de edificações situadas na ZCS3 deverá prever o atendimento aospadrões de controle e isolamento sonoro contra efeitos danosos do ruído aeronáutico,na forma do Plano de Zoneamento de Ruído do Aeroporto Internacional do Galeão e asdemais norma atinentes.

§ 4° O uso industrial I, definido no inciso X deste artigo, poderá ser exercido emunidades residenciais.

§ 5º O uso institucional de interesse público poderá ser admitido na área objeto destePEU e sua implantação estará condicionada à prévia avaliação e restrições dos órgãosresponsáveis, de acordo com as situações de impacto a serem geradas, o porte daatividade e as características da Zona.

Art. 32. Os usos do solo e as edificações, obedecido ao disposto na Lei de Uso eOcupação do Solo, são classificados, segundo a Zona em que se localizam:

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I – Uso Adequado – uso ou atividade compatível com a destinação da Zona;

II – Uso Adequado com Restrição – uso ou atividade compatível com a destinação daZona, submetido a restrições específicas;

III – Uso Vedado qualquer uso ou atividade incompatível com a destinação da Zona.

Parágrafo único. O uso ou atividade existente que não atenda a esta Lei Complementaré considerado inadequado e será mantido, desde que a edificação esteja em situaçãoregular e a atividade sem interrupção de funcionamento por mais de seis meses, sendovedada sua expansão, modificação ou reconstrução após avaria que representesessenta por cento ou mais de sua área total de construção.

Art. 33. As restrições quanto à implantação dos usos serão estabelecidas em função dosimpactos gerados no meio urbano que se classificam em:

I – Impactos no Sistema Viário:

a) Impacto A – Empreendimentos e Atividades Atratoras de Veículos Leves – aquelesindutores de concentração de veículos leves;

b) Impacto B – Polos Geradores de Viagens PGV – aqueles empreendimentos eatividades indutores de concentração de veículos leves e que, em razão de seufuncionamento e porte, gerem grande número de viagens, causando impacto em seuentorno imediato;

c) Impacto C – Empreendimentos e Atividades Atratoras de Veículos de Carga – aquelespotencialmente geradores de tráfego de veículos pesados ou de carga que inibam afluidez do trânsito por lentidão de manobras;

II – Impactos no Meio Ambiente:

a) Impacto D – Empreendimentos e Atividades Incômodas – aqueles potencialmentegeradores de ruídos, exalações, trepidações e resíduos que possam causar incômodo àvizinhança;

b) Impacto E – Empreendimentos e Atividades Nocivas – aqueles potencialmentegeradores de poluição sonora, do ar, da água e dos demais recursos naturais; aquelesque emitam radiação, que possam dar origem a explosões e incêndios; e quaisqueroutros que ponham em risco a população e o meio ambiente;

c) Impacto F – Empreendimentos potencialmente modificadores do meio ambiente –aqueles que, em função do porte e localização, possam causar danos ao meio ambientedurante sua construção, ampliação, instalação e funcionamento;

III – Impactos no Ambiente Cultural Protegido:

a) Impacto G Atividades ou empreendimentos potencialmente modificadores doambiente cultural, conjunto protegido e seu entorno – aqueles que possam interferir emsua integridade e proteção.

§ 1º As situações de impacto podem incidir de forma isolada ou associadamente,considerando para este fim a concentração de atividade similares no local.

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§ 2º As situações de impacto definidas neste artigo poderão sofrer alterações ourevisões, a critério dos órgãos responsáveis pelo sistema viário e transportes, pelo meioambiente e pelo patrimônio cultural.

§ 3º O licenciamento dos empreendimentos cujas atividades estejam classificadas nasdiversas situações de impacto será avaliado pelos órgãos competentes, queestabelecerão restrições específicas, conforme o caso.

§ 4º Poderá ser exigido, a partir de sua regulamentação, Relatório de Impacto deVizinhança – RIV ou Avaliação Técnica Multidisciplinar ATM, sem prejuízo dos demaisinstrumentos previstos pela legislação em vigor, nas situações de impacto previstasneste artigo, de acordo com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável doMunicípio do Rio de Janeiro.

§ 5º A eliminação de eventuais passivos ambientais nas diversas Zonas deverá serobjeto ações conjuntas dos proprietários e da municipalidade.

§ 6º As condições de restrição aos usos do solo estão descritas no Quadro 1 –Caracterização das Situações de Impacto – do Anexo III desta Lei Complementar.

§ 7º A distribuição dos usos por Zona encontrase no Quadro 2 – Condições deImplantação dos Usos do Solo Urbano – do Anexo III desta Lei Complementar.

Art. 34. Norma específica enquadrará as atividades permitidas nos usos do solo, bemcomo as restrições específicas a cada atividade, observados os conceitos do art. 32 e oZoneamento definido por esta Lei Complementar.

Art. 35. As restrições específicas para cada atividade, a serem regulamentadas,observarão os seguintes aspectos:

I – localização da atividade em determinados logradouros dentro da Zona;

II – porte da atividade;

III – incômodo ou risco à vizinhança, quando poderá ser exigido Relatório de Impacto daVizinhança – RIV;

IV impacto no meio ambiente, quando deverá ser obedecida a legislação ambientalmunicipal, estadual e federal;

V – área de carga e descarga de algumas atividades;

VI – condições de circulação e impactos viário e de transportes;

VII – concentração de uma mesma atividade dentro da Zona;

VIII – o exercício da atividade profissional na própria residência.

Parágrafo único. Na microbacia do Rio Jequiá que define a área de entorno da APARUdo Jequiá, prevista no Decreto n.º 12.250, de 1993, o licenciamento de indústrias deveráser submetido ao órgão de gestão ambiental.

Art. 36. O uso residencial não poderá coexistir no mesmo terreno com estabelecimentos

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destinados a armazenagem de produtos inflamáveis ou atividades incômodas, nocivas epotencialmente modificadoras do meio ambiente, não sendo permitida sua convivênciacom outros usos que possam causar risco à população residente.

Art. 37. A avaliação dos impactos decorrentes das atividades industriais deveráconsiderar a área de influência do empreendimento e seu entorno imediato assim comoos demais usos existentes no local.

CAPÍTULO III

DO CONTROLE DA OCUPAÇÃO

Seção I

Do Controle das Densidades

Art. 38. As densidades urbanas deverão estar de acordo com as Macrozonas deOcupação e as Áreas de Restrição à Ocupação Urbana, conforme disposto no PlanoDiretor de Desenvolvimento Urbano e Sustentável do Município do Rio de Janeiro.

Art. 39. Na área objeto deste PEU serão aplicados os seguintes índices e parâmetros:

I para o controle da densidade populacional e construtiva:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno – IAT;

b) Área Total Edificável – ATE;

c) Coeficiente de Adensamento – Q;

d) Taxa de Ocupação máxima TO;

e) Taxa de Permeabilidade mínima TP;

f) Área mínima útil da unidade;

II para o controle da morfologia:

a) Altura máxima e número máximo de pavimentos das edificações;

b) Afastamentos mínimos em relação aos logradouros, às divisas dos terrenos e entreedificações;

c) Dimensões da projeção horizontal.

Parágrafo Único. O controle da densidade urbana será estabelecido pelos índices eparâmetros urbanísticos dispostos nos Capítulo IV e VI desta Lei Complementar.

Seção II

Do Controle da Intensidade dos Usos

Art. 40. Para o controle da intensidade dos usos admitidos nas diversas Zonas serãoaplicados os seguintes mecanismos para garantir a predominância do uso principal:

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I IAT e ATE máximos por uso;

II número máximo de pavimentos diferenciado por uso;

III taxa de ocupação diferenciada por uso;

IV exigência de uso exclusivo no lote;

V tipo das edificações.

Art. 41. Será permitido mais de um tipo de uso numa mesma edificação, caracterizandouso misto, ou em edificações independentes dentro de um mesmo terreno, apenas emZRM4, ZCS1, ZCS3 e ZUM, desde que seja admitida a convivência entre os usos,observados os impactos e o disposto no art. 36 desta Lei Complementar.

Parágrafo único. Nos casos tratados no caput deste artigo deverão ser previstosacessos independentes para as unidades de uso residencial nas edificações mistas.

Art. 42. As atividades não residenciais localizadas nas ZRM2, ZRM3 L e ZRM3 Tpoderão ocorrer por transformação de uso ou em novas edificações, com IAT máximo deum e gabarito máximo de dois pavimentos de qualquer natureza.

Parágrafo único. As edificações existentes podem ser ampliadas desde que a edificaçãoresultante não ultrapasse o IAT de um e o gabarito máximo de dois pavimentos.

Art. 43. Os usos não residenciais em ZCA2, ZRM2, ZRM3 L e ZRM3 T só poderãoocorrer observado o disposto na Seção VIII do Capítulo II e no Anexo III e às seguintescondicionantes:

I – em ZCA2, apenas as atividades existentes;

II – em ZRM2, apenas atividades de serviços com baixa atratividade de público externo;

III – em ZRM3 L, apenas atividades de serviços e de comércio de apoio ecomplementariedade ao uso residencial;

IV – em ZRM3 T, apenas atividades de serviço e de comércio de apoio ecomplementariedade ao uso residencial e à atividade turística.

Art. 44. Nas áreas ocupadas por clubes sociais e recreativos, será admitida aconvivência com serviços de hospedagem no mesmo lote, observadas as seguintescondições:

I – deverão ser previstos acessos independentes;

II – deverão ser atendidos todos os parâmetros previstos para as Zonas onde se situem;

III deverão ser mantidas integralmente as atividades esportivas, recreativas e de lazer.

§ 1º A convivência entre os usos está condicionada à revitalização dos clubes sociais erecreativos.

§ 2º O disposto no caput deste artigo aplicase aos meios de hospedagem do tipo hotel,resort, pousada e albergue.

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Art. 45. Nos logradouros com largura igual ou inferior a oito metros e naqueles semsaída, só serão permitidas transformações de uso para atividades permitidas na Zona,que não gerem atratividade de público e impactos no sistema viário.

Seção III

Dos Tipos de Edificações

Art. 46. As edificações que abrigarão os diferentes usos se dividem em:

I – edificação residencial: destinada a abrigar o uso residencial permanente que pode sesubdividir em:

a) unifamiliar – destinada a abrigar uma unidade residencial;

b) bifamiliar – destinada a abrigar duas unidades residenciais, superpostas oujustapostas;

c) multifamiliar – destinada a abrigar mais de duas unidades residenciais;

II – edificação mista: destinada a abrigar o uso residencial em conjunto com outros usos,em unidades autônomas com acessos independentes, desde que admitida a convivênciados usos;

III – edificação não residencial, que pode se subdividir em:

a) edificação de uso exclusivo destinada a abrigar um único uso ou atividade nãoresidencial no lote, apresentando uma única numeração;

b) edificação constituída por unidades autônomas destinada a abrigar usos e atividadesnão residenciais, apresentando mais de uma unidade autônoma.

Art. 47. As edificações podem se desdobrar em unidades autônomas, que de acordocom o uso receberão as seguintes denominações:

I – uso residencial: casa, apartamento;

II – uso de serviços de hospedagem: unidade hoteleira;

III – uso comercial e de serviços: loja, sala, vaga de edifíciogaragem;

IV – uso industrial e armazenagem: galpão, armazém.

Art. 48. Os tipos de edificação permitidos em cada Zona estão definidos no Anexo IVdesta Lei Complementar.

CAPÍTULO IV

DOS PARÂMETROS URBANÍSTICOS

Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 49. A edificação no lote será regulada por índices urbanísticos estabelecidos

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segundo a Zona em que se situem, correspondendo aos seguintes parâmetros, além deoutros estabelecidos nesta Lei Complementar:

I para o controle da densidade populacional e construtiva:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno IAT – corresponde ao índice que, multiplicadopela área do terreno, define a Área Total Edificável ATE;

b) Área Total Edificável ATE – determina a área máxima edificável resultante damultiplicação do Índice de Aproveitamento do Terreno IAT pela área do lote S,representada pela fórmula ATE = IAT x S;

c) Coeficiente de Adensamento Q – corresponde ao índice que possibilita definir onúmero máximo de unidades residenciais permitidas no terreno, através da divisão daárea do terreno por este coeficiente;

d) Taxa de Ocupação TO – representa a relação entre a projeção horizontal máximapermitida para a edificação e a área total do terreno, expressa na seguinte fórmula:

TO = Área da Projeção Horizontal Máxima da Edificação x 100 ;Área Total do Terreno

e) Taxa de Permeabilidade TP – representa a percentagem de área do terreno quedeve ser mantida permeável ou seja, livre de qualquer tipo de pavimentação, construçãoou estrutura de qualquer natureza, em qualquer nível de implantação, visando à livreinfiltração das águas superficiais no solo;

f) Área útil mínima das unidades – corresponde ao somatório das áreas úteis doscompartimentos das unidades;

II para o controle da morfologia:

a) Gabarito – corresponde ao número máximo de pavimentos e à altura máxima daedificação;

b) Afastamentos frontais, laterais e de fundos – correspondem às distâncias entre osplanos de fachada da edificação e os respectivos limites do terreno;

c) Dimensões da projeção horizontal.

Art. 50. As edificações residenciais ou mistas com quinhentas ou mais unidadesresidenciais estarão condicionadas às doações previstas na Seção IV do Capítulo Vdesta Lei Complementar.

Seção II

Para o Controle da Densidade Populacional e Construtiva

Subseção I

Do Índice de Aproveitamento do Terreno IAT e Área Total Edificável ATE

Art. 51. Os índices de Aproveitamento do Terreno IAT da área serão estabelecidos porZona e obedecerão ao disposto nesta Lei Complementar.

Art. 52. As partes da edificação não computáveis para efeito do cálculo da ATE são as

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relacionadas a seguir:I – os locais destinados a estacionamento e guarda de veículos, inclusive seus acessos;

II – portaria e acesso da edificação;

III – apartamento de zelador e demais compartimentos de uso comum;

IV – caixas d’água, casas de máquinas e demais compartimentos técnicos situados emqualquer nível da edificação;

V – varandas abertas das edificações residenciais, balanceadas sobre os afastamentosmínimos frontais, laterais e de fundos, com área total máxima de até vinte por cento daárea útil da respectiva unidade;

VI – sacadas de acordo com a legislação em vigor;

VII – os terraços descobertos;

VIII – terraços cobertos de uso comum;

IX – guaritas e edículas, de acordo com a legislação em vigor;

X – jiraus, de acordo com a legislação em vigor.

Art. 53. A edificação destinada a serviços de hospedagem terá volumetria equivalente àvolumetria permitida para a edificação residencial multifamiliar na Zona, de acordo com oestabelecido nesta Lei Complementar.

Subseção II

Coeficiente de Adensamento

Art. 54. Para controle da densidade habitacional será aplicado coeficiente deadensamento Q igual a cem para as edificações residenciais multifamiliares nas ZRM2, ZRM3 L, ZRM3 T, ZCS3 e ZUM.

Subseção III

Da Taxa de Ocupação TO

Art. 55. As áreas de projeção das edificações estão limitadas pelo percentualestabelecido para a Taxa de Ocupação TO no Capítulo VI desta Lei Complementarpara as Zonas.

Parágrafo único. A projeção horizontal máxima das edificações inclui toda a área cobertada edificação, excluídas as áreas em balanço destinadas a varandas, sacadas esaliências.

Art. 56. As áreas livres mínimas devem ser obedecidas em todos os pavimentos,qualquer que seja a sua natureza.

Art. 57. Nas edificações unifamiliares e bifamiliares as varandas assentes no terrenotambém não serão incluídas na área máxima de projeção.

Art. 58. As edificações de uso exclusivo destinadas a edifíciogaragem não têm limite de

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taxa de ocupação, desde que respeitados o afastamento frontal e a taxa depermeabilidade definida para a Zona.

Subseção IV

Da Taxa de Permeabilidade TP

Art. 59. A taxa de permeabilidade deverá garantir uma área mínima do terreno livre deconstrução em qualquer nível, para garantia de infiltração de águas pluviais no solo esubsolo e para impedir qualquer forma de alteração do meio ambiente natural, conformecritérios estabelecidos pelo órgão municipal competente.

§ 1º Não será admitida nas áreas permeáveis a implantação de quaisquer benfeitoriasou equipamentos que descaracterizem sua natureza e objetivo, inclusive quadras,piscinas, reservatórios, cisternas, aterros, solos, leitos e bases com níveis decompactação.

§ 2º A área permeável definida para um imóvel poderá ser seccionada, desde quepossibilite a inscrição de um círculo com diâmetro mínimo de três metros e de forma apermitir o plantio de uma árvore.

§ 3° As áreas permeáveis e as áreas com pisos semipermeáveis deverão integrar umsistema que apresente condições hidráulicas naturais de receber as águas superficiais einfiltrálas diretamente no solo.

§ 4° As áreas permeáveis deverão ser vegetadas ou revegetadas de acordo comorientação a ser definida pelo órgão central de planejamento e gestão ambiental, paracada caso, em função de suas especificidades ambientais.

Art. 60. A área permeável dos lotes deverá localizarse no afastamento frontal dasedificações, ocupando, no mínimo, um terço de sua área, salvo quando ocorrerem asseguintes situações:

I – nos lotes situados em encosta, em sua parte a montante;

II – nos casos de lotes atravessados por cursos d'água, mesmo que intermitentes,deverá ser incorporada à faixa marginal de proteção;

III – quando possa atuar como elemento de fortalecimento de conexão ecológica entrefragmentos vegetacionais de áreas lindeiras ou próximas.

Parágrafo único. Para os casos previstos nos incisos deste artigo, por ocasião dolicenciamento ambiental, o órgão central de planejamento e gestão ambiental definirá amelhor localização das áreas permeáveis nos lotes.

Art. 61. Não serão computadas como áreas permeáveis aquelas localizadas sob aprojeção das edificações ou sobre subsolos de qualquer natureza, com exceção dassaliências ou varandas com balanço máximo de dois metros.

Art. 62. As áreas permeáveis não poderão sofrer alterações em suas dimensões ecaracterísticas e deverão ser gravadas na certidão de habitese ou de aceitação deobras.

Art. 63. A taxa de permeabilidade mínima exigida para as construções será estabelecida

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por Zona e obedecerá ao disposto nesta Lei Complementar.Subseção V

Da Área Útil Mínima das Unidades

Art. 64. A área útil mínima das unidades residenciais multifamiliares é de cinquentametros quadrados.

Art. 65. Poderá ser admitida a redução da área mínima útil estabelecida no art. 64,desde que mantidas as condições mínimas de segurança, higiene, salubridade, nosseguintes casos:

I reconversão pela transformação de uso das edificações existentes a fim de adaptálasàs condições sociais, culturais e econômicas locais, observados os demais parâmetrosurbanísticos definidos para a Zona;

II – nas Áreas de Especial Interesse Social;

III – nos programas vinculados à política habitacional de interesse social municipal,estadual ou federal.

Art. 66. As áreas de terraços e varandas abertas, cobertas ou descobertas, não serãocomputadas na área mínima útil das unidades.

Seção III

Para Controle da MorfologiaSubseção I

Da Altura Máxima e do Número de Pavimentos das Edificações

Art. 67. A altura máxima e o número máximo de pavimentos das edificações definem ogabarito conforme estabelecido por Zona no Capítulo VI desta Lei Complementar.

Art. 68. A altura máxima da edificação é a medida entre o nível do piso do pavimentotérreo e o ponto mais alto da edificação, compreendendo todos os elementosconstrutivos, exceto:

I equipamentos mecânicos, caixas d'água, casa de máquinas, caixas de escadascomuns ao nível do telhado;

II dutos de ventilação de escadas enclausuradas;

III – pavimento em subsolo enterrado;

IV acessos verticais em terrenos em aclive na forma do art. 71 e do inciso IV do art. 77.

Parágrafo único. Os elementos citados nos incisos I e II não poderão ser superpostos, edeverão distar pelo menos de um metro e cinquenta centímetros dos planos dasfachadas.

Art. 69. Não serão considerados para efeito do cálculo do número máximo depavimentos:

I – o pavimento de subsolo enterrado;

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II – o pavimento térreo destinado a uso comum, acesso e estacionamento;

III – o pavimento de cobertura constituindo dependência da unidade situada nopavimento imediatamente inferior ou destinado a uso comum, desde que:

a) seja mantido o afastamento mínimo de três metros do plano de fachada voltado parao logradouro;

b) a área coberta seja limitada a cinquenta por cento da área do pavimento tipo;

c) a parte coberta seja computada na ATE;

IV – jiraus e mezaninos, em qualquer nível da edificação, nas condições do Código deObras e Edificações.

§ 1º O disposto neste artigo não se aplica às Zonas cujo gabarito seja de qualquernatureza.

§ 2º O pavimento de cobertura conforme disposto no inciso III não é considerado paraefeito do cálculo do número máximo de pavimentos sendo porém computado na alturamáxima exigida para as edificações coladas nas divisas.

Art. 70. Nos terrenos em aclive ou declive, o número de pavimentos das edificaçõesserão computados a partir do piso do pavimento da edificação ao nível do acesso.

Art. 71. Nos terrenos em aclive, quando, devido às condições topográficas do terreno,não for possível a implantação da edificação ao nível do logradouro, os acessos verticaisentre o nível do logradouro e o do primeiro pavimento da edificação, não serãocomputados para efeito do número de pavimentos e da altura da edificação.

Parágrafo único. Os acessos deverão ocupar no máximo um terço da testada do lote.

Art. 72. Nos terrenos em declive, será admitido para estacionamento e uso comum umpavimento abaixo do nível do meio fio, observado o desenho constante do Anexo VIIIdesta Lei Complementar.

Art. 73. O edifíciogaragem poderá ter tantos pavimentos quantos ficarem contidos nogabarito definido para a Zona, observado pé direito mínimo conforme Código de Obras eEdificações.

Art. 74. O número de pavimentos da edificação destinada a hotel será o contido nogabarito e volumetria permitidas para a edificação residencial multifamiliar de acordocom a Zona em que esteja inserida, considerandose, para este fim, o pé direito mínimodefinido pelo Código de Obras e Edificações.

Art. 75. O número de pavimentos permitido por Zona obedecerá ao disposto no CapítuloVI desta Lei Complementar.

Subseção II

Dos Afastamentos Mínimos

Art. 76. As edificações terão afastamento frontal mínimo obrigatório em relação aoalinhamento do lote, de acordo com o disposto no Capítulo VI desta Lei Complementarpara as diferentes Zonas.

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Art. 77. Nas faixas de afastamento frontal mínimo obrigatório serão permitidos:

I rampas ou escadas para acesso de pedestres, assentes no terreno natural;

II passarelas horizontais ou rampas para acesso de pedestres e veículos, quando onível do terreno for mais baixo que o do logradouro;

III jardins, inclusive com espelho d’água, pérgulas e caramanchões;

IV – rampas, escadas e torres de elevadores, inclusive os respectivos halls ecirculações, entre o nível do logradouro e o do primeiro pavimento da edificação, quandoa topografia do terreno exigir que a edificação seja implantada em nível superior ao dologradouro;

V – piscina descoberta de edificação residencial unifamiliar ou bifamiliar;

VI guarita e pórticos, nas condições estabelecidas pelo Código de Obras e Edificaçõese pela legislação em vigor;

VII – varandas abertas e balanceadas, com profundidade superior a dois metros;

VIII – sacadas e saliências, desde que as mesmas não ultrapassem a profundidade dequarenta centímetros, se contínuas ao longo da fachada, e de oitenta centímetros, sedescontínuas;

IX estacionamento de residência unifamiliar ou bifamiliar única no lote para suprir onúmero mínimo de vagas exigido;

X – estacionamento coberto e fechado, nos terrenos em aclive com inclinação superior avinte por cento, desde que o pédireito não seja superior a três metros em relação aomeiofio do logradouro;

XI estacionamento descoberto, quando a linha de maior declive do terreno natural fizercom o nível do meiofio do logradouro ângulo igual ou superior a quarenta e cinco graus;

XII estacionamento em subsolo totalmente enterrado;

XIII compartimentos técnicos das concessionárias de serviço público com alturamáxima de dois metros e dez centímetros e extensão de até dez por cento da testada doterreno;

XIV – mesas e cadeiras, à título precário, obedecida a legislação em vigor.

Art. 78. Os afastamentos mínimos laterais e de fundos correspondem às distâncias entreos planos de fachada da edificação e os respectivos limites laterais e de fundos doslotes e terão suas dimensões mínimas definidas pelo Código de Obras e Edificações.

Art. 79. Edificação afastada das divisas é aquela que apresenta afastamentos mínimosem relação a todas as divisas do lote, com as dimensões estabelecidas pelo Código deObras e Edificações, haja ou não abertura de vãos.

Art. 80. Os afastamentos entre edificações obedecerão as dimensões estabelecidas peloCódigo de Obras e Edificações.

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Art. 81. Nas faixas de afastamento lateral serão permitidos compartimentos técnicos dasconcessionárias de serviço público com as mesmas dimensões definidas no inciso XIIIdo art. 77.

Subseção III

Das Dimensões Máximas da Projeção Horizontal

Art. 82. A projeção horizontal, das edificações residenciais multifamiliares e da partedestinada a unidades residenciais das edificações mistas, deverá observar um perímetromáximo de cento e sessenta metros, considerandose para este perímetro a figuraformada pelos planos mais externos das fachadas.

§ 1º As varandas, sacadas e saliências poderão exceder as dimensões da projeçãohorizontal das edificações.

§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica às edificações com até trêspavimentos de qualquer natureza e aos empreendimentos habitacionais de interessesocial vinculados à política habitacional municipal, estadual ou federal.

Seção IV

Das Dependências e Áreas de Uso Comum

Subseção I

Pavimento de Uso Comum

Art. 83. O Pavimento de Uso Comum PUC é parte integrante das áreas comuns daedificação, podendo abrigar dependências de serviço e apoio ao uso principal,atividades de lazer e recreação, de administração e de estacionamento.

Art. 84. O PUC será composto por áreas cobertas e descobertas e poderá estarlocalizado em qualquer nível da edificação.

§ 1º As áreas cobertas possuirão área máxima de ocupação limitada à projeção daedificação, exceto no pavimento de cobertura que atenderá as disposições do art. 69desta Lei Complementar.

§ 2º As áreas de recreação no PUC deverão ser isoladas das áreas destinadas aestacionamento, conforme o Código de Obras e Edificações.

Subseção II

Do Estacionamento e da Guarda de Veículos

Art. 85. O número mínimo de vagas exigidas para as edificações da área, obedecerá aodisposto no Anexo VI desta Lei Complementar.

Parágrafo único. A critério do órgão gestor de transporte poderá ser exigido número devagas diferente do contido no Anexo VI.

Art. 86. É obrigatória a existência de estacionamento e guarda de veículos nas

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Art. 86. É obrigatória a existência de estacionamento e guarda de veículos nasedificações situadas nos bairros objeto deste PEU, salvo as exceções relacionadas aseguir:

I – edificações residenciais unifamiliares e bifamiliares únicas no lote;

II grupamentos tipo vila com até doze unidades;

III – edificações residenciais unifamiliares e bifamiliares em lotes com testada paralogradouro em escadaria;

IV – edificações em lotes que apresentem testada inferior a seis metros;

V – edificações tombadas e preservadas desde que fique comprovada, pelo órgãoresponsável pelo patrimônio cultural, a impossibilidade de criação de vagas semdescaracterização da edificação;

VI – os lotes com até cento e vinte e cinco metros quadrados.

Art. 87. Os locais para estacionamento poderão ser cobertos ou descobertos e poderãoestar localizados em qualquer pavimento das edificações, de acordo com o dispostonesta Lei Complementar.

§ 1º Os terraços descobertos, em qualquer nível, poderão ser utilizados comoestacionamento.

§ 2º Será permitida a utilização da área livre do lote para estacionamento descoberto,excetuado o afastamento frontal mínimo obrigatório, as áreas destinadas a atender ataxa de permeabilidade e os afastamentos necessários a ventilação e iluminação dasunidades existentes no pavimento térreo.

Art. 88. Os locais cobertos para estacionamento, quando em subsolo, poderão ocupartoda a área do terreno, com exceção da área permeável e do afastamento frontalexigidos para o local.

Art. 89. Os pavimentos destinados a garagem acima do solo, se fechados, estarãolimitados à projeção dos pavimentos superiores.

Art. 90. Quando houver pavimento de garagem aberto serão obedecidas as seguintescondições:

I – estar localizado no pavimento térreo;

II – poderá conter os compartimentos destinados às dependências de zelador, acesso eà administração, que não poderão ter área superior à metade da área do pavimentoimediatamente superior;

III – poderá conter a área de recreação, desde que completamente isolada da área deestacionamento;

IV – possuir pisos permeáveis ou semipermeáveis.

Art. 91. Será permitida, nos bairros objeto desta Lei Complementar, a construção deedifíciosgaragem na ZCS1 e ZCS3, podendo ter tantos pavimentos quantos ficarem

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contidos na altura máxima permitida para a Zona.

Art. 92. Quando as vagas exigidas para as edificações não residenciais não puderem selocalizar no próprio lote, serão compensadas mediante averbação de vagas emestacionamento, contido em um círculo cujo raio é de quinhentos metros do entorno daedificação.

Seção VDa Ocupação do Espaço Público

Art. 93. A ocupação dos espaços públicos para instalação de elementos transitórios,levará em consideração os seguintes aspectos:

I o interesse ambiental, turístico, paisagístico, urbanístico, histórico e cultural;

II a largura e as demais características físicas do espaço público;

III as interferências com elementos do mobiliário urbano, redes aéreas e subterrâneas,arborização, jardineiras;

IV garantia do livre acessos às edificações;

V o uso existente e o previsto para a Zona;

VI o tipo e a intensidade de utilização do logradouro;

VII a garantia do livre trânsito de pedestres, resguardada a largura mínima de doismetros e meio livre de qualquer elemento, observada a legislação em vigor relativa àacessibilidade;

VIII a adequação ao ambiente e à paisagem urbana.

Parágrafo único. A ocupação do espaço público por elementos transitórios serápermitida a título precário, observada a legislação em vigor para a matéria.

Art. 94. As áreas poderão ser cobertas desde que utilizados elementos removíveis, quenão ultrapassem o nível do piso do pavimento imediatamente superior.

Subseção IDos Anúncios e Letreiros

Art. 95. A regulamentação da veiculação de publicidade nas várias Zonas dos bairrosobjeto desta Lei Complementar obedecerá às disposições da legislação em vigor e dasnormas urbanísticas pertinentes à matéria, considerada a seguinte correspondência:

I – ZRM2 equivale a Zona Residencial 2 ZR2;

II – ZRM3 L equivale a Zona Residencial 3 ZR3;

III – ZRM3 T equivale a Zona Turística 2 ZT2;

IV – ZCS1, ZCS3 e ZUM equivalem a Centro de Bairro 2 CB2 e Centro de Bairro 3 CB3.

§ 1º Na ZCA 1 e 2 é proibida a veiculação de publicidade.

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§ 2° Nas Zonas lindeiras a ZCA poderá ser restringida a veiculação de publicidadevisando à proteção e à livre fruição da paisagem.

§ 3º Na regulamentação prevista no caput deste artigo, deverão ser consideradosaspectos relativos à proteção da paisagem, podendo ser vetada a localização depublicidade que prejudique a fruição da paisagem natural, dos bens culturais e dosmarcos urbanos.

§ 4º A veiculação da publicidade nas áreas de entorno de bens tombados dependerá deaprovação pelo respectivo órgão de tutela.

Subseção II

Mesas e Cadeiras

Art. 96. Nas edificações não residenciais localizadas em logradouros classificados comoZRM3 T, ZRM4 e ZCS1, os passeios e as áreas sujeitas a recuo podem ser utilizados,a título precário, para colocação de mesas e cadeiras, pelos serviços de hospedagem ealimentação, obedecidas as disposições da legislação em vigor.

§ 1º A área utilizada corresponderá, sempre, no máximo, à testada do estabelecimentolocalizado no primeiro pavimento ou térreo.

§ 2º As entradas principais das edificações serão garantidas por uma faixa com a larguramínima de dois metros, centrada pelo eixo do vão de acesso.

§ 3º Os acessos às garagens serão garantidos por uma faixa livre de cinquentacentímetros para cada lado do vão de entrada.

§ 4º Deverá ser mantida livre para o trânsito de pedestres uma faixa de, no mínimo, doismetros e cinquenta centímetros, contados a partir do meiofio.

§ 5º O nível do passeio não poderá ser alterado e será mantido sem ressaltos ourebaixos.

§ 6º As áreas supracitadas poderão ser cobertas, a título precário, desde que ascoberturas sejam removíveis e não ultrapassem o nível do piso do pavimentoimediatamente superior.

CAPÍTULO V

DOS GRUPAMENTOS

Seção I

Das Disposições Gerais

Art. 97. Será permitida a construção de grupamentos nos bairros objeto desta LeiComplementar, obedecido ao disposto neste Capítulo.

Art. 98. Entendese por grupamento o conjunto constituído por edificações no mesmoterreno, destinadas a unidades autônomas.

§ 1º Os grupamentos constituem condomínios indivisíveis, aos quais estarão definitiva eobrigatoriamente afetos o beneficiamento, a conservação e a manutenção das partes

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comuns e vias interiores.

§ 2º Os grupamentos deverão ter acesso direto a logradouro público reconhecido eaceito.

§ 3º Para os grupamentos de edificações de interesse social, vinculados à políticahabitacional municipal, estadual ou federal, prevalecerão as normas e critérios definidosem legislação específica.

Art. 99. Os grupamentos de edificações são classificados em:I – grupamento residencial I – constituído por mais de duas edificações unifamiliares oubifamiliares no mesmo terreno;

II – grupamento residencial II – constituído por duas ou mais edificações multifamiliaresno mesmo terreno;

III – grupamento tipo vila – constituído por edificações residenciais, com três ou maisunidades justapostas, dotadas de acessos independentes através de área comumdescoberta;

IV – grupamento não residencial – constituído por duas ou mais edificações comerciais,de serviços ou industriais, no mesmo terreno;

V – grupamento misto – constituído por duas ou mais edificações, no mesmo terreno,com unidades residenciais e não residenciais.

§ 1º Os grupamentos, qualquer que seja a sua natureza, deverão respeitar área livremínima de sessenta e cinco por cento no lote.

§ 2º Nos grupamentos não residenciais será permitida a convivência entre os usos eatividades definidos para cada Zona, observadas as disposições da Seção VII doCapítulo II.

§ 3º Nos grupamentos mistos deverá ser garantido acesso independente às unidadesresidenciais, respeitadas as restrições específicas quanto aos impactos e observadas asdisposições da Seção VIII do Capítulo II e, em especial, o art. 36.

§ 4º As edificações que compõem o grupamento serão afastadas das divisas, exceto nosgrupamentos tipo vila.Art. 100. Os parâmetros para grupamentos são válidos para todas as Zonas na áreaobjeto desta Lei Complementar, com exceção da ZCA1 e ZCA2 onde os grupamentosnão são permitidos.

Art. 101. Os projetos de grupamento em áreas em que não haja malha viáriaconsolidada ou projetada serão previamente avaliados pelos órgãos municipaiscompetentes quanto à necessidade de integração e complementação da malha viáriaexistente através da abertura de novos logradouros.

Art. 102. Todos os projetos de grupamento que apresentem vias internas serãoavaliados pelo órgão municipal responsável pelo planejamento urbano, que definirá ascondições para a adequação do projeto.

Seção II

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Das Dimensões do Grupamento

Art. 103. A área máxima do terreno para implantação de grupamentos definidos nosincisos I, II, IV e V do art. 99 será de trinta mil metros quadrados.

Parágrafo único. É permitido ultrapassar o limite previsto no caput deste artigo, desdeque mantida a área de trinta mil metros quadrados como base de cálculo da ATE.

Seção III

Das Vias Internas

Art. 104. O acesso às unidades integrantes de grupamento será feito por logradourospúblicos ou por vias internas para veículos e pedestres.

Parágrafo único. As vias internas serão dimensionadas e implantadas adequandose àtopografia, às características naturais do terreno e às restrições de ordem ambiental,geotécnica e de defesa paisagística da encosta e terão extensão máxima de cento evinte metros.

Art. 105. A largura mínima das vias internas nos grupamentos será proporcional aonúmero de unidades servidas, conforme o disposto neste artigo:I – grupamentos residenciais:

Número de unidadesservidas

Largura da caixa de rua(m)

Largura do passeio/ viade pedestres (m)

Até 12 3,00 1,50De 13 até 200 5,00 1,50Acima de 200 6,00 2,00

II – grupamentos não residenciais ou mistos:

a) largura da caixa de rua: sete metros;

b) largura do passeio ou via de pedestre: dois metros e cinquenta centímetros.

§ 1º A largura dos passeios e vias de pedestres estabelecidas neste artigo deverá serlivre de qualquer elemento.

§ 2º Ficam dispensadas da exigência de via interna as edificações que tenham acessodireto para logradouro público e distem até vinte metros deste, não sendo computadaspara efeito do cálculo das dimensões estabelecidas nos incisos I e II deste artigo asunidades integrantes das mesmas.

§ 3º A distância máxima de qualquer edificação à via interior de veículos a qual tiveracesso será de vinte metros.

§ 4º Será admitida via interna para veículos em subsolo.

§ 5º A circulação de pedestres se dará através de passeios junto às vias internas ou pormeio de vias exclusivas de pedestres, garantidas as condições de segurança, conforto eacessibilidade às edificações.

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§ 6º As vias internas situadas em encosta deverão dispor de dispositivos adequados dedrenagem, de modo a assegurar a proteção quanto a processos erosivos e movimentosde massa.

§ 7º Em caso de duas edificações residenciais unifamiliares ou bifamiliares no lote equando uma delas estiver situada nos fundos, será permitido o acesso de pedestres aesta última por passagem descoberta ou coberta, com largura mínima de um metro ecinquenta centímetros, através da edificação situada na frente, desde que assegurado onúmero mínimo de vagas obrigatório.

Art. 106. Fica dispensado de via interna o grupamento de duas edificações em que pelomenos uma delas tenha acesso direto para logradouro público e diste até vinte metrosdeste.

Parágrafo único. O disposto no caput aplicase aos grupamentos com mais de duasedificações cuja implantação permita o atendimento do previsto no mesmo a cada duasedificações.

Art. 107. As dimensões mínimas das vias internas de veículos não poderão serconsideradas, para qualquer efeito, como locais de estacionamento, carga e descarga,nem no cômputo das áreas destinadas a recreação e lazer.

Art. 108. As vias internas para veículos, quando as condições topográficas ou do projetodo grupamento exigirem a sua terminação sem conexão direta com outros logradouros,poderão adotar qualquer dos seguintes tipos de terminação, onde A é a largura da caixade rolamento e B, C, D, E, R1 e R2 assumirão os valores indicados nas tabelas queintegram este artigo:

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I TABELA 1 – GRUPAMENTOS RESIDENCIAIS I e IIA B C D E R1 R2

> 6 m A 3 A 1,5 A 2,5 A A 6 m= 6 m 6 m 18 m 9 m 15 m 6 m 6 m< 6 m 6 m 12 m + A 9 m 9 m + A 6 m 6 m

II TABELA 2 – GRUPAMENTOS NÃO RESIDENCIAIS E MISTOS

A B C D E R1 R27,00 m 7,00 m 3 A 1,5 A 2,5 A A 6,00 m

§ 1º Todo o perímetro do viradouro deverá ser contornado por vias de pedestres deacordo com o disposto nos incisos I e II do art. 105.

§ 2º Quando a via interior estiver localizada junto à divisa do lote, o passeio poderá sedar somente de um lado.

Art. 109. Os grupamentos classificados nas situações de impacto definidos no inciso I doart. 33, serão analisados pelo órgão municipal responsável pelo trânsito e transportes doMunicípio observadas as disposições desta Lei Complementar.

Seção IV

Das Doações Obrigatórias

Art. 110. A licença de construção de grupamentos com número de unidades residenciaisigual ou superior a quinhentas estará condicionada a doação de lote e construção deescola que atenda a demanda criada pelo empreendimento no local, respeitado oseguinte:

I em grupamentos com quinhentas ou mais unidades residenciais e menos de milunidades: uma escola;

II em grupamentos com mil ou mais unidades residenciais: uma escola, nos termos doinciso I, mais uma escola a cada mil unidades ou fração que exceder as mil unidadesiniciais.

§ 1º A cada escola a ser construída corresponderá um lote, que deverá atender àsseguintes condições:

I – área mínima: dois mil e quinhentos metros quadrados;

II ter frente para logradouro público;

III ser em área plana;

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IV não ser atravessado por cursos d'água;

V ter testada mínima de vinte metros, atendida a categoria do lote estabelecida pela Leide Parcelamento do Solo;

VI ter formato adequado que permita seu aproveitamento.

§ 2º O lote exigido poderá ser desmembrado da área do terreno do grupamento ou estarlocalizado até a distância máxima de quinhentos metros dessa área, medida de qualquerponto.

§ 3º O disposto neste artigo aplicase à parte residencial dos grupamentos mistos.

§ 4º O disposto neste artigo não se aplica aos grupamentos tipo vila.

§ 5º A obrigação da construção de escola se estende aos grupamentos integrados ondeembora as edificações isoladamente apresentem menos de quinhentas unidadesresidenciais, a totalidade das unidades envolvidas ultrapasse este limite.

Art. 111. Para o licenciamento de grupamentos situados em loteamentos onde já houvelote doado para equipamento público ou escola, não será exigida nova doação, desdeque o lote existente atenda ao disposto no art. 110 e às exigências para construção deescolas.

Art. 112. A doação prevista nesta Seção poderá, nos casos em que o interesse públicojustificar, ser substituída por pagamento em espécie, de valor equivalente à doação,calculado para fins de avaliação pelo órgão responsável pelo patrimônio municipal edepositado em conta a ser criada por instrumento específico, destinado àdesapropriação de lotes e à construção de equipamentos públicos, nas áreas indicadaspelo Poder Público, desde que haja autorização do Prefeito.

Parágrafo único. O pagamento em espécie da obrigação referente à construção deescolas a serem doadas terá seu valor definido em função do custo da escola eproporcionalmente ao número de unidades do empreendimento conforme a legislaçãoem vigor.

Art. 113. As doações exigidas para os grupamentos de edificações poderão, de acordocom as prioridades estabelecidas pela Administração Municipal, ser cumpridas em outrolocal, resguardado no mínimo o mesmo percentual em área, estabelecido nesta LeiComplementar, o valor equivalente e o interesse do Município.

Parágrafo único. As áreas para doação estabelecidas no caput deste artigo deverãoobedecer as características previstas no § 1º do art. 110 desta Lei Complementar e nãopoderão ter limitações urbanísticas ou administrativas que impeçam seu aproveitamento.

Seção V

Das Dependências e Áreas de Uso Comum

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Art. 114. Nos grupamentos residenciais I, II e tipo vila são permitidas edificaçõesconstituídas apenas por dependências de uso comum e exclusivo dos grupamentos, nasseguintes condições:

I – não serão incluídas no cálculo da dimensão das vias internas;

II – serão computadas no cálculo da taxa de ocupação;

III – terão gabarito de dois pavimentos de qualquer natureza contidos na altura máximade sete metros;

IV afastamentos mínimos, conforme a legislação em vigor para o local.

Art. 115. As áreas de uso comum não poderão ser utilizadas para outro fim, nemincorporadas às áreas de uso privativo.

Subseção I

Recreação e Lazer

Art. 116. Nos grupamentos com mais de doze unidades residenciais será garantida,obrigatoriamente, área de recreação comum nas seguintes condições:

I – área mínima calculada na proporção de três metros quadrados por unidaderesidencial;

II – localização centralizada ou distribuída em áreas para atender a uma ou maisedificações, não podendo essas áreas parciais serem inferiores a quarenta metrosquadrados;

III – ter acesso através de partes comuns e estar isolada da circulação e estacionamentode veículos;

IV – ser localizada em área plana.

Art. 117. As vias internas não estão incluídas no cômputo das áreas destinadas arecreação e lazer.

Subseção II

Estacionamento e Guarda de Veículos

Art. 118. As áreas destinadas a estacionamentos e guarda de veículos nos grupamentosdeverão seguir as mesmas disposições estabelecidas na Subseção II da Seção IV doCapítulo IV desta Lei Complementar.

Seção VI

Dos Grupamentos Tipo Vila

Art. 119. Os grupamentos tipo vila serão permitidos em qualquer Zona que admita o usoresidencial multifamiliar.

Art. 120. Para os grupamentos tipo vila serão observadas as seguintes condições:

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I – lote máximo: três mil metros quadrados;

II número máximo de unidades permitidas: doze, podendo ser superpostas;

III – gabarito: três pavimentos de qualquer natureza, contidos na altura máxima de onzemetros incluídos todos os elementos de cobertura;

IV – taxa de ocupação: oitenta por cento;

V – taxa de permeabilidade: dez por cento;

VI – as varandas cobertas e abertas com até vinte por cento da área útil das unidadesnão serão computadas na área útil permitida;

VII – o afastamento frontal mínimo: três metros em relação ao alinhamento dologradouro;

VIII – os afastamentos laterais e de fundos, quando necessários, bem como os prismasde iluminação e ventilação deverão respeitar as seguintes dimensões mínimas:

a) um metro e cinquenta centímetros para as edificações com até sete metros ecinquenta centímetros de altura;

b) dois metros e cinquenta centímetros para as edificações com altura superior a setemetros e cinquenta centímetros de altura;

c) um metro e cinquenta centímetros para prismas de iluminação e ventilação debanheiros, cozinhas e áreas de serviço com até onze metros de altura;

IX – número mínimo de vagas: isento.

Parágrafo único. Para controle do número máximo de unidades aplicase o disposto noinciso II deste artigo e o coeficiente de adensamento previsto no art. 54, prevalecendo omais restritivo.

Art. 121. As vias internas deverão ter três metros de caixa de rolamento e um metro ecinquenta centímetros para os passeios.

§ 1º Somente será obrigatório o passeio junto às testadas das unidades.

§ 2º As áreas mínimas das vias interiores de veículos não poderão ser consideradas,para qualquer efeito, como locais de estacionamento.

§ 3º A largura dos passeios estabelecida neste artigo deverá ser livre de qualquerelemento.

Art. 122. Nenhuma unidade poderá distar mais de vinte metros da via interior paraveículos pela qual tem acesso.

Art. 123. Para acesso exclusivo de pedestres às unidades, deverão ser garantidas asseguintes larguras mínimas:

I dois metros e cinquenta centímetros quando houver edificações apenas de um lado;

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II cinco metros quando houver edificações dos dois lados.

Art. 124. Não será admitido balanço das fachadas das edificações sobre as viasinternas.

Art. 125. O uso não residencial nas vilas existentes, na data da publicação desta LeiComplementar, será permitido atendidas as seguintes condições:

I nas unidades com acesso direto ao logradouro público;

II quando permitido pelo Zoneamento, desde que haja a transformação de uso datotalidade das unidades, condicionada à análise de impacto no sistema viário.

Art. 126. As vilas ficam dispensadas da construção de apartamento de zelador e de áreade administração.

Art. 127. Os projetos de grupamento tipo vila vinculados à política habitacional municipal,estadual ou federal seguirão legislação própria, quando houver.

CAPÍTULO VI

DAS DISPOSIÇÕES POR ZONA

Seção I

Da Zona de Conservação Ambiental 1 ZCA1

Art. 128. A ZCA1 não é passível de ocupação urbana ou parcelamento.

Seção II

Da Zona de Conservação Ambiental 2 ZCA2 do Jequiá

Art. 129. Na ZCA2 do Jequiá, deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros eíndices urbanísticos específicos:

I – para parcelamento: não serão permitidos parcelamentos nesta Zona;

II – para edificação:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno – IAT: 0,1;

b) gabarito: dois pavimentos de qualquer natureza em nove metros de altura, contidostodos os elementos da edificação;

c) Taxa de Permeabilidade TP: oitenta e cinco por cento;

d) Taxa de Ocupação TO: dez por cento;

e) afastamento frontal mínimo: cinco metros;

III – uso do solo: parâmetros definidos no Quadro 2 do Anexo III desta Lei

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Complementar.

§ 1º Nos terrenos com inclinação superior a vinte por cento serão permitidas edificaçõesescalonadas desde que nenhum elemento da edificação ultrapasse dois pavimentos.

§ 2º A AEIS da Colônia de Pescadores Almirante Gomes Pereira Colônia Z10, deveráser objeto de estudos efetuados pelos órgãos gestores de urbanismo, meio ambiente ehabitação para definição de parâmetros de uso e ocupação.

§ 3º Somente será permitido edificações afastadas das divisas.Seção III

Da Zona Conservação Ambiental 2 ZCA2

Art. 130. Na ZCA2, deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índicesurbanísticos específicos:

I – para parcelamento: não serão permitidos parcelamentos nesta Zona;

II – para edificação:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno IAT: 0,5;

b) gabarito: três pavimentos de qualquer natureza em onze metros de altura, contidostodos os elementos da edificação;

c) Taxa de Permeabilidade TP: oitenta e cinco por cento;

d) Taxa de Ocupação TO: dez por cento;

e) afastamento frontal mínimo: cinco metros;

III – Uso do solo: parâmetros definidos no Quadro 2 do Anexo III desta LeiComplementar.

Parágrafo único. Somente será permitido edificações afastadas das divisas.

Seção IV

Da Zona Residencial Multifamiliar 2 ZRM2

Art. 131. Na ZRM2, deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índicesurbanísticos específicos:

I – para parcelamento:

a) área mínima do lote: trezentos e sessenta metros quadrados;

b) testada mínima: doze metros;

II – para edificação:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno – IAT: 1,4;

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b) gabarito: das edificações afastadas e não afastadas das divisas: dois pavimentos,obedecida a altura máxima de nove metros para as edificações não afastadas dasdivisas e observado o art. 68;

c) Taxa de Permeabilidade TP: vinte por cento;

d) Taxa de Ocupação – TO: cinquenta por cento;

e) afastamento frontal mínimo: três metros;

f) Coeficiente de Adensamento Q: cem;

III – uso do solo: parâmetros definidos no Quadro 2 do Anexo III desta LeiComplementar.

Parágrafo único. A definição do número de pavimentos, além do disposto neste artigo,deverá observar ao contido nos artigos da Subseção I da Seção III do Capítulo IV destaLei Complementar.

Seção V

Zona Residencial Multifamiliar 3 Local ZRM3 L

Art. 132. Na ZRM3 L, deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índicesurbanísticos específicos:

I – para parcelamento:

a) área mínima do lote: trezentos e sessenta metros quadrados;

b) testada mínima: doze metros;

II – para edificação:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno – IAT: 1,4;

b) gabarito das edificações afastadas e não afastadas das divisas: três pavimentosobedecida a altura máxima de doze metros para as edificações não afastadas dasdivisas e observado o art. 68;

c) Taxa de Permeabilidade TP: vinte por cento;

d) Taxa de Ocupação TO: cinquenta por cento;

e) afastamento frontal mínimo: três metros;

f) Coeficiente de Adensamento – Q: cem;

III – uso do solo: parâmetros definidos no Quadro 2 do Anexo III desta LeiComplementar.

Parágrafo único. A definição do número de pavimentos, além do disposto neste artigo,deverá observar ao contido nos artigos da Subseção I da Seção III do Capítulo IV desta

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Lei Complementar.

Seção VI

Zona Residencial Multifamiliar 3 Turística ZRM3 T

Art. 133. Na ZRM3 T, deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índicesurbanísticos específicos:

I – para parcelamento:

a) área mínima do lote: seiscentos metros quadrados;

b) testada mínima: quinze metros;

II – para edificação:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno – IAT: 1,4;

b) gabarito das edificações afastadas e não afastadas das divisas: três pavimentos,obedecida a altura máxima de doze metros para as edificações não afastadas dasdivisas e observado o art. 68;

c) Taxa de Permeabilidade TP: vinte por cento;

d) Taxa de Ocupação TO: cinquenta por cento;

e) afastamento frontal mínimo: três metros;

f) Coeficiente de Adensamento – Q: cem;

III – uso do solo: parâmetros definidos no Quadro 2 do Anexo III desta LeiComplementar.

Parágrafo único. A definição do número de pavimentos, além do disposto neste artigo,deverá observar o contido nos artigos da Subseção I da Seção III do Capítulo IV destaLei Complementar.

Seção VII

Da Zona Residencial Multifamiliar 4 – ZRM4

Art. 134. Na ZRM4, deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índicesurbanísticos específicos:

I – para parcelamento:

a) área mínima do terreno: trezentos e sessenta metros quadrados;

b) testada mínima: doze metros;

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II – para edificação:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno IAT: 1,5;

b) gabarito das edificações afastadas e não afastadas das divisas:

1. cota de soleira igual ou inferior a + 25 m: três pavimentos;

2. cota de soleira superior a + 25 m: dois pavimentos;

c) Taxa de Permeabilidade TP: quinze por cento;

d) Taxa de Ocupação TO: setenta por cento;

e) Afastamento frontal mínimo: três metros;

III – uso do solo: parâmetros definidos no Quadro 2 do Anexo III desta LeiComplementar.

Parágrafo único. A definição do número de pavimentos, além do disposto neste artigo,deverá observar o contido nos artigos da Subseção I da Seção III do Capítulo IV destaLei Complementar.

Seção VIII

Da Zona Comercial e de Serviços 1 ZCS1

Art.135. Na ZCS1, deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índicesurbanísticos específicos:

I – para parcelamento:

a) área mínima do terreno: trezentos e sessenta metros quadrados;

b) testada mínima: doze metros;

II – para edificação:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno IAT: 1,5;

b) gabarito das edificações afastadas e não afastadas das divisas:

1. cota de soleira igual ou inferior a + 25 m: três pavimentos;

2. cota de soleira superior a + 25 m: dois pavimentos;

c) Taxa de Permeabilidade TP: quinze por cento;

d) Taxa de Ocupação TO: setenta por cento;

e) Afastamento frontal mínimo: três metros;

III – uso do solo: parâmetros definidos no Quadro 2 do Anexo III desta LeiComplementar.

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Parágrafo único. A definição do número de pavimentos, além do disposto neste artigo,deverá observar o contido nos artigos da Subseção I da Seção III do Capítulo IV destaLei Complementar.

Seção IX

Da Zona Comercial e de Serviços 3 ZCS3

Art. 136. Na ZCS3, deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índicesurbanísticos específicos:

I – para parcelamento:

a) área mínima do terreno: mil metros quadrados;

b) testada mínima: vinte metros;

II – para edificação:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno IAT: 1,5;

b) gabarito:

1. edificações residenciais até a cota de soleira de + 25 m: afastadas e não afastadasdas divisas, com três pavimentos, obedecida a altura máxima de doze metros para asedificações não afastadas das divisas e observado o art. 68;

2. edificações residenciais com a cota de soleira superior a + 25 m: afastadas e nãoafastadas das divisas, com dois pavimentos, obedecida a altura máxima de doze metrospara as edificações não afastadas das divisas e observado o art. 68;

3. demais edificações: trinta metros de altura, contidos todos os elementos da edificaçãoe observado o cone de aproximação do Aeroporto Internacional do Galeão/ AntônioCarlos Jobim;

c) Taxa de Permeabilidade TP: quarenta por cento;

d) Taxa de Ocupação TO: trinta por cento;

e) afastamento frontal mínimo: cinco metros;

f) Coeficiente de Adensamento – Q: cem;

III – uso do solo: parâmetros definidos no Quadro 2 do Anexo III desta LeiComplementar.

Parágrafo único. As edificações não residenciais deverão ser afastadas das divisas.Seção X

Da Zona de Uso Misto ZUM

Art. 137. Na ZUM, deverão ser obedecidos os seguintes parâmetros e índicesurbanísticos específicos:

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I – para parcelamento:

a) área mínima do terreno: mil metros quadrados;

b) testada mínima: vinte metros;

II – para edificação:

a) Índice de Aproveitamento do Terreno IAT: 1,5;

b) gabarito:

1. edificações residenciais até a cota de soleira de + 25 m: afastadas e não afastadasdas divisas, com três pavimentos, obedecida a altura máxima de doze metros para asedificações não afastadas das divisas e observado o art. 68;

2. edificações residenciais com a cota de soleira superior a + 25 m: afastadas e nãoafastadas das divisas, com dois pavimentos, obedecida a altura máxima de doze metrospara as edificações não afastadas das divisas e observado o art. 68;

3. demais edificações: trinta metros de altura, contidos todos os elementos da edificaçãoe observado o cone de aproximação do Aeroporto Internacional do Galeão/ AntônioCarlos Jobim;

c) Taxa de Permeabilidade TP: trinta e cinco por cento;

d) Taxa de Ocupação TO: cinquenta por cento;

e) Afastamento frontal mínimo: cinco metros;

f) Coeficiente de Adensamento – Q: cem;

III – uso do solo: parâmetros definidos no Quadro 2 do Anexo III desta LeiComplementar.

Parágrafo único. As edificações não residenciais deverão ser afastadas das divisas.

CAPÍTULO VII

DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS

Art. 138. As licenças para obras ou implantação de equipamentos de comunicação,localizados nas imediações do Aeroporto Internacional do Galeão Antônio Carlos Jobim ZCS 3, deverão ser precedidas de análise do Terceiro Comando Aéreo Regional – IIICOMAR.

CAPÍTULO VIIIDA PROTEÇÃO DO MEIO AMBIENTE, DA PAISAGEM

E DO PATRIMÔNIO CULTURAL

Seção I

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Do Relatório de Impacto de Vizinhança e

da Avaliação Técnica Multidisciplinar

Art. 139. O licenciamento de empreendimentos imobiliários ou atividades econômicascausadores de impacto na qualidade ambiental, na paisagem natural e cultural e na vidada população residente dos bairros que fazem parte deste PEU dependerá de análiseque resultará em Relatório de Impacto de Vizinhança RIV ou Avaliação TécnicaMultidisciplinar ATM, sem prejuízo dos demais instrumentos previstos pela legislaçãoem vigor.

§ 1º O licenciamento a que se refere o caput deste artigo abrange as demolições, aexecução de obras ou concessão de aceitação de obras, habitese e alvarás defuncionamento de atividades, tanto de iniciativa privada quanto pública.

§ 2º Entendese por vizinhança o território fisicamente delimitado sujeito aos impactospotencial ou efetivamente deflagrados durante a implantação do empreendimento ouatividades econômicas, seu funcionamento e posterior descomissionamento.

Art. 140. O RIV e a ATM são instrumentos destinados à avaliação dos efeitos negativose positivos decorrentes da implantação, ampliação, operação e descomissionamento deum empreendimento ou de uma atividade econômica e à identificação de medidas paraa redução, mitigação ou extinção dos efeitos negativos na paisagem natural, cultural econstruída.

Art. 141. O RIV e a ATM conterão a caracterização do empreendimento e da vizinhançaa qual faz parte e atenderão ao conteúdo conforme disposto nos arts. 90 e 100 do PlanoDiretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável.

Art. 142. Os instrumentos previstos no art. 141 deverão considerar os aspectosincidentes sobre o meio ambiente natural e a paisagem, a infraestrutura urbana, osistema viário e as características socioculturais da comunidade, destacandose osseguintes:

I uso e ocupação do solo;

II caracterização e condições atuais do meio ambiente e da paisagem, incluindo:

a) topografia;

b) solo;

c) cobertura vegetal e fauna associada;

d) nível de ruído e vibrações;

e) qualidade do ar;

f) existência e localização em relação a áreas sob proteção ambiental e cultural;

g) existência e localização de recursos naturais;

h) permeabilidade do solo;

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III características socioculturais e econômicas da população;

IV caracterização e condições atuais do patrimônio cultural, incluindo tanto o patrimôniomaterial quanto o patrimônio imaterial e suas manifestações culturais, escala urbana,identificação das vistas notáveis, volumetria e demais características relevantes doconjunto edificado;

V – estudos para inserção do empreendimento na paisagem através de análisesmorfológicas e planos de massa;

VI condições atuais da infraestrutura existente: redes aéreas e subterrâneas;

VII – indicação do adensamento populacional decorrente da implantação doempreendimento;

VIII – indicação do aumento dos níveis de poluição de qualquer natureza decorrente daimplantação do empreendimento;

IX demanda por transporte público, espaços livres e equipamentos comunitários;

X condições atuais do sistema viário existente, capacidade das vias, fluxos de viagem,geração de tráfego e condições de circulação de pedestres em relação ao projetado;

XI capacidade do sistema de transporte público existente;

XII demonstração da compatibilidade do sistema viário e de transportes com oempreendimento;

XIII demonstração da compatibilidade do sistema de drenagem com o aumento dovolume e da velocidade de escoamento de águas pluviais, gerado pelaimpermeabilização da área de intervenção do empreendimento;

XIV demonstração da viabilidade de abastecimento de água, de coleta de esgotos, deabastecimento de energia elétrica após a implantação do empreendimento;

XV condições de ventilação, iluminação e implantação do empreendimento;

XVI – avaliação quanto à possibilidade de sombreamento na orla marítima;

XVII – demonstração de valorização ou desvalorização imobiliária;

XVIII indicação das transformações urbanísticas e econômicas induzidas e decorrentesda instalação do empreendimento.

Parágrafo único. De acordo com o porte, tipo da atividade ou o potencial de impactosgerados, regulamento próprio definirá os itens específicos que constarão nos Relatóriosde Impacto de Vizinhança e Avaliações Técnicas Multidisciplinares.

Art. 143. Os Relatórios de Impacto de Vizinhança e Avaliações TécnicasMultidisciplinares deverão apresentar memorial descritivo com a classificação dosimpactos em três níveis:

I – com base na consequência: positivos ou negativos;

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II – com base na abrangência: diretos ou indiretos;

III – com base na intensidade: alta, média e baixa.

Art. 144. Os custos com a elaboração do EIV/RIV e a realização das medidasreparadoras, de remediação, mitigadoras e compensatórias correrão por conta doproprietário do imóvel.

§ 1º A elaboração dos EIV deverá ser realizada apenas por profissionais ou empresashabilitados nos respectivos Conselhos Profissionais.

§ 2º A elaboração dos EIV não substitui a elaboração e a aprovação de Estudo Prévio deImpacto Ambiental ElA, requerida nos temos da legislação vigente.

Art. 145. O processo de descomissionamento de atividades poluidoras contempla,obrigatoriamente, a elaboração e aprovação de Estudo de Impacto de Vizinhança EIVnos termos da legislação vigente.

Art. 146. Serão definidos em regulamento próprio os empreendimentos e as atividadesobjeto da aplicação deste instrumento, os procedimentos operacionais específicos, ascondições do processo participativo e os prazos de validade dos Relatórios de Impactode Vizinhança e Avaliações Técnicas Multidisciplinares, em complementação às normasem vigor para a matéria.

Seção II

Da Paisagem

Subseção I

Das Áreas de Interesse Paisagístico

Art. 147. A valorização das Áreas de Interesse Paisagístico dos bairros de que trata estaLei Complementar, inclui o reconhecimento dos morros e rios, com vistas à preservaçãoe requalificação.

Parágrafo único. Formam o conjunto de áreas de interesse os seguintes elementos:

I – dos morros isolados e sua cobertura vegetal:

a) Morro do Bananal;

b) Morro do Boqueirão;

c) Morro do Limão;

d) Morro do Matoso;

e) Morro do Cabaceiro;

f) Morro do Quilombo;

g) Morro do Matias;

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II – dos rios: Rio Jequiá.

Parágrafo único. Nas Áreas de Interesse Paisagístico deverão ser realizadas, pelo órgãomunicipal de gestão ambiental, ações de identificação de flora e fauna e de recuperaçãoambiental das áreas degradadas.

Subseção II

Da Ordenação de Elementos Instalados na Paisagem Urbana

Art. 148. A ordenação de elementos instalados pela ação humana na paisagem doMunicípio do Rio de Janeiro atenderá ao disposto na Lei Orgânica do Município do Riode Janeiro, art. 474, no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável, arts. 142e 167, e demais normas referentes à matéria.

Art. 149. Para fins de aplicação desta Lei Complementar, consideramse elementosinstalados no espaço público que interferem na paisagem urbana:

I – anúncios visuais de qualquer natureza, letreiros e engenhos publicitários, conformelegislação em vigor;

II – mobiliário urbano;

III – elementos transitórios;

IV – elementos de infraestrutura utilizados para suporte de fiação e equipamentos emgeral.

Art. 150. Constituem objetivos para a proteção da paisagem, do patrimônio natural ecultural e para a ordenação dos elementos instalados na paisagem urbana na área deabrangência deste PEU:

I – assegurar o interesse público e as necessidades de conforto e qualidade ambiental;

II – promover a valorização do ambiente natural e construído;

III – estimular a percepção e a compreensão dos elementos referenciais da paisagem;

IV – assegurar a proteção da memória cultural e a visualização dos elementos naturais eculturais tomados em seu conjunto e em suas peculiaridades;

V – agenciar o equilíbrio de interesses dos diversos agentes atuantes na Cidade para aproteção da paisagem do Município.

Art. 151. Todo elemento instalado na paisagem dos bairros, incluindo anúncios visuais,engenhos publicitários, mobiliários urbanos, antenas de telecomunicações e elementostransitórios, deverá observar, dentre outras disposições e restrições previstas nalegislação vigente, as seguintes condições:

I não prejudicar ou obstruir o acesso ou o trânsito de pedestres;

II não causar risco à segurança do público;

III ser mantido em bom estado de conservação, no que tange a estabilidade,

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resistência dos materiais e aspecto visual;

IV – não obstruir, mesmo que parcialmente, o acesso e a visibilidade de bens tombadose conjuntos de bens protegidos e interferir negativamente nas relações de escala evolumetria dos bens tombados e preservados, elementos da paisagem natural econjuntos protegidos;

V atender as normas técnicas pertinentes à segurança e estabilidade de seuselementos;

VI atender as normas técnicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT,pertinentes às distâncias das redes de distribuição de energia elétrica, ou a parecertécnico emitido pelo órgão público estadual ou empresa responsável pela distribuição deenergia elétrica;

VII atender às normas técnicas e legislação específica pertinente às antenas detelecomunicações;

VIII respeitar a existência de cobertura vegetal arbórea;

IX não prejudicar a visualização da sinalização de trânsito ou outro sinal decomunicação institucional, destinado à orientação do público, bem como a numeraçãoimobiliária e a denominação dos logradouros;

X – não prejudicar, por qualquer forma, a insolação ou a aeração da edificação em queestiver instalado ou a dos imóveis vizinhos;

XI – atender às normas de acessibilidade.

Art. 152. Os elementos do mobiliário urbano não poderão:

I ocupar a caixa de rua das vias;

II obstruir a circulação de pedestres ou configurar perigo ou impedimento à locomoçãode pessoas com deficiência e mobilidade reduzida;

III obstruir o acesso a faixas de travessias de pedestres, ciclovias, escadas rolantes ouentradas e saídas de público, sobretudo as de emergência ou para pessoas comdeficiência e mobilidade reduzida;

IV estar localizados em ilhas de travessia, exceto pontos de ônibus e relógios,termômetros e demais indicadores de índices de interesse público;

V estar localizados em viadutos, pontes e belvederes, salvo os equipamentos deinformação básica ao pedestre, de denominação de logradouro público ou de segurançapública.

Parágrafo único. O mobiliário urbano deverá ser instalado prioritariamente em passeiosque tenham largura suficiente para o atendimento à legislação de acessibilidade e para acirculação de pedestres em geral.

Art. 153. São elementos transitórios instalados na paisagem urbana da cidade, dentreoutros:

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I mesas e cadeiras;

II coberturas e elementos de proteção contra a incidência de raios solares;

III – elementos e recipientes para plantas ornamentais;

IV – elementos obstrutores de logradouro público.

Parágrafo único. A instalação de elementos transitórios em obras públicas de arte, emimóveis tombados e nas Zonas de Conservação Ambiental fica condicionada à préviaautorização dos órgãos responsáveis pela tutela do patrimônio cultural e pela gestãourbana e ambiental.

Subseção III

Da Defesa Paisagística das Encostas

Art. 154. A construção de edificações nos terrenos acidentados e nas encostasobservará as seguintes condições:

I não poderão ser executados cortes e aterros que desfigurem o perfil e as condiçõesnaturais da encosta e/ou prejudiquem o aspecto paisagístico local;

II sem prejuízo do que dispõe o inciso I, os cortes e aterros não poderão ter mais detrês metros de altura, em qualquer ponto;

III ainda sem prejuízo do que dispõe o inciso I, cortes e aterros com a altura superior àindicada no inciso II serão admitidos quando comprovadamente necessários à execuçãode:

a) acessos de pedestres e veículos;

b) garagens embutidas ou semiembutidas, nos casos previstos pela legislação em vigor;

c) pavimentos exclusivamente destinados a estacionamento ou guarda de veículos, casoem que o limite de altura dos cortes fixado no inciso II poderá ser acrescido da alturadesses pavimentos;

d) obras de contenção indispensáveis à segurança ou à regularização da encosta,autorizadas pelo órgão municipal competente;

IV o piso do pavimento da edificação, em nível inferior, deverá distar, no máximo, cincometros do terreno natural, em qualquer ponto, e a estrutura aparente da edificação,justificada pela declividade do terreno, não poderá ser fechada nem poderá apresentarlajes de piso e vigas de contraventamento;

V os limites exteriores das áreas de piso a que se refere o inciso IV nos trechos em quehouver estrutura aparente, deverão guardar um afastamento mínimo de um metro ecinquenta centímetros em relação às divisas laterais e de fundos do terreno.

Parágrafo único. As disposições do inciso IV aplicamse aos pisos não assentes noterreno, exteriores à edificação; e deverão apresentar tratamento paisagístico queminimize seu impacto.

Subseção IV

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Da Arborização Urbana

Art. 155. É obrigatório o plantio de árvores na área de abrangência deste PEU, commudas de espécies arbóreas da flora, adequadas ao local, a serem plantadas de acordocom a indicação do órgão responsável pelo planejamento e gestão ambiental, obedecidaa legislação prevista sobre a matéria.

Parágrafo único. Quando for comprovada a impossibilidade de atendimento ao contidono caput do artigo, o mesmo poderá ser feito em outro local, na área de abrangênciadesta Lei Complementar.

Art. 156. Caberá ao órgão responsável pelo planejamento e gestão ambiental aelaboração de um programa de arborização para os logradouros na área de abrangênciadesta Lei Complementar, devendo ser observados os seguintes aspectos:

I – incentivar ao plantio de árvores na área de passeio dos terrenos existentes;

II garantir o plantio livre da presença de elementos que comprometam o crescimentodos espécimes vegetais e a necessidade futura de podas de conformação;

III – estabelecer procedimentos que garantam a integração com o programa dereflorestamento de encostas.

Art. 157. Nos grupamentos implantados após a promulgação desta Lei Complementar éobrigatório:

I o plantio de, no mínimo, uma árvore na área do passeio lindeiro a cada edificação;

II a manutenção de parte da área do passeio com cobertura vegetal para fins depermeabilidade do solo, onde couber, sem prejuízo dos acessos de pedestres, garagense estacionamentos, e do atendimento às normas de acessibilidade.

Parágrafo único. A obrigatoriedade definida neste artigo não desobriga o empreendedorde cumprir as demais exigências de arborização estabelecidas pela legislação em vigor.

Art.158. Fica declarado imune ao corte o conjunto de espécimes vegetais, de portearbóreo, formado pelas Palmeiras Imperiais existentes na Rua Uçá na Avenida AlmiranteAlves Câmara Júnior entre as ruas Uçá e Babaçu, no bairro do Jardim Guanabara.

§ 1º O conjunto de espécimes a que se refere o caput é exótico, apresenta porte notávele destaque paisagístico, não sendo permitida qualquer ação que o prejudique direta ouindiretamente incluindo suas raízes.

§ 2º Se constatada, pelo órgão municipal competente, a necessidade de remoção dealgum exemplar, após a avaliação das suas condições fitossanitárias, deverão serplantadas novas mudas de Palmeiras Imperiais em substituição, as quais serãoigualmente consideradas imunes ao corte.

Seção III

Do Patrimônio Cultural

Art. 159. Os imóveis tombados nas diversas Zonas estão relacionados para efeitoinformativo no Anexo VII desta Lei Complementar.

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§ 1º Eventuais modificações ou acréscimos na relação constante do Anexo VII deverãoser aprovados pelos órgãos de proteção do patrimônio cultural em legislação específica.

§ 2º Para garantir a integridade dos bens protegidos de que trata o caput deste artigo,poderão os órgãos de proteção do patrimônio cultural estabelecer parâmetrosurbanísticos mais restritivos do que os previstos para a área.

Art. 160. Entendese como marcos urbanos aqueles identificados como representativospara a identidade dos bairros que integram esta Lei Complementar, e que não seencontram protegidos pelos instrumentos básicos definidos no art. 132 da LeiComplementar nº 111, de 2011.

§ 1º Formam o conjunto de marcos urbanos os seguintes elementos:

a) Igreja da Sagrada Família;

b) Parque Marcello de Ipanema;

c) Parque Almirante Sousa Melo;

d) Canhão da Ponta do Tiro;

e) Pedra da Onça;

f) Igreja de Nossa Senhora de Nazaré;

g) Chaminé Industrial da antiga Indústria e Comércio Dunorte S.A. – Rua Pires da Motanº 21;

h) Imóvel à Rua Pires da Mota nº 22;

i) Imóveis à Praia Intendente Bitencourt nº 1, 3, 5, 13 e 15;

j) Pórtico da Vila Panamericana, Estrada do Jequiá nº 1.342;

k) Grêmio Recreativo União da Ilha do Governador, Estrada do Galeão nº 322;

l) Prédio multifamiliar na esquina da Rua Mirituba com Rua Cambuí;

m) Imóveis à Rua Comendador Bastos nºs 23, 34, 142, 142 A, 156, 576, 643 e 675;

n) Imóvel à Estrada do Rio Jequiá nº 190;

o) Conjunto arquitetônico na confluência da Avenida Paranapuã com Praça Calcutá;

p) Imóveis à Avenida Paranapuã nºs 48 e 58;

q) Imóveis à Praia da Bandeira nºs 431 e 515;

r) Imóvel à Rua Ambaitinga nº 4;

s) Imóveis à Rua Ruy Vaz Pinto nº 160 e 180;

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t) Imóvel à Praia da Bandeira nº 475;

u) Imóvel à Avenida Almirante Alves Câmara Júnior nº 1329;

v) Painel de azulejos do imóvel à Rua Eustáquio Soledade nº 704;

w) Painel de azulejos do imóvel à Rua Engenheiro Rozauro Zambrano nº 252;

x) Muro de Alvenaria – Fábrica de Produtos Cerâmicos Santa Cruz Rua EngenheiroRozauro Zambrano nº 60;

y) Biblioteca Popular Euclides da Cunha – Centro de Referência Histórica da Ilha doGovernador Praça Danaides, s/nº.

§ 2º Caberá ao Município avaliar as propostas de intervenção que venham a valorizar osbens acima citados.Art. 161. Para valorização dos marcos urbanos, deverão ser propostas intervenções decunho ambiental, paisagístico e urbanístico, com avaliação e acompanhamento dosórgãos competentes, tais como:

I – valorizar e ampliar o tratamento paisagístico local, com a ampliação da arborizaçãourbana, com espécies nativas preferencialmente com floração expressiva, e deelementos paisagísticos;

II – requalificar o entorno das edificações notáveis mediante projetos de redesenhourbano;

III – implantar sistema de iluminação pública, substituindo a fiação aérea porsubterrânea, que destaque os marcos urbanos;

IV – instalar sinalização indicando os principais elementos da paisagem natural econstruída;

V – construir ciclovias, onde possível, prevendo a implantação de equipamentos emobiliário urbano indispensáveis ao uso seguro e articulado da bicicleta como meio detransporte, garantidos os princípios de coerência e conectividade.

CAPÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Seção I

Das Disposições Transitórias

Art. 162. Para os locais onde haja desmembramento aprovado para vila, até 8 de julho de 1968,mas que não tenham tido seus planos de conjunto visados, será tolerado apenas o aproveitamentodo lote desmembrado para vila, para grupamento de edificações ou uma só edificação, com ummáximo de dois pavimentos e tendo cada edificação um máximo de duas unidades residenciais.

Art. 163. Para os locais onde, além do desmembramento, já haja visado o plano deconjunto, em cada lote interno de vila será permitida apenas uma edificação:

I – com dois pavimentos, quando as ruas tiverem seis metros de largura, com

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edificações de ambos os lados;

II – com três pavimentos, quando as ruas tiverem oito metros de largura, e tambémquando, tendo as ruas de vila com apenas seis metros de largura, só existiremedificações de um único lado.

§ 1º As edificações só poderão ter duas unidades residenciais, no máximo, e dozemetros de altura.

§ 2º Não será admitido outro uso que não o residencial e atividades exercidas apenaspelos moradores.

§ 3º As edificações poderão ocupar oitenta por cento no máximo, da área do lote,podendo chegar até o alinhamento da rua de vila.

§ 4º O beneficiamento da rua de vila, no que diz respeito a grade pavimentação,abastecimento de água, esgotamento, iluminação e prevenção contra incêndios,obedecerá ao que for determinado pelos órgãos competentes encarregados pelolicenciamento de cada um desses serviços.

§ 5º Os licenciamentos de serviços, constantes do § 4º, precedem a execução daabertura de rua de vila e a aceitação desta igualmente precede o licenciamento dasedificações.

§ 6º Será admissível o licenciamento das edificações, antes da aceitação da rua de vila,quando houver a execução simultânea de todas essas obras.

§ 7º A concessão do habitese das edificações dependerá da aceitação da rua de vilapelo menos no trecho desde seu início até a edificação.

Art. 164. A conservação da rua de vila, sua entrada e serviços comuns constituemobrigação do proprietário ou dos proprietários condôminos.

Parágrafo único. O fechamento da entrada ou das entradas de uma rua de vila nãopoderá prejudicar o acesso de pedestres e veículos.

Art. 165. Nas vilas existentes, o aproveitamento dos lotes ainda não edificadosobedecerá às limitações constantes desta Lei Complementar.

Art. 166. Não será admitido balanço sobre a rua de vila.

Art. 167. Nas vilas anteriores ao Decreto nº 6.000, de 1º de julho de 1937, cujas ruasapresentem larguras inferiores às exigidas por esta Lei Complementar, são permitidasconstruções, reconstruções e acréscimos de edificações:

I – de um pavimento;

II – de dois pavimentos, desde que a largura da rua seja contemplada, em cada lote,com o afastamento frontal da edificação ou do acréscimo.

Seção II

Das Disposições Finais

Art. 168. Aplicamse sobre a área abrangida por esta Lei Complementar as condições

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estabelecidas pela legislação vinculada a programas de financiamento habitacional deinteresse social, obedecidos os limites de gabarito e IAT estabelecidos nesta LeiComplementar.

Art. 169. A armazenagem a granel e o engarrafamento de gás liquefeito de petróleo GLP na área de abrangência desta Lei Complementar são admitidos na Ilha D'Água,exclusivamente destinada a esse fim e classificada como ZUM, em instalação ouedificação de uso exclusivo, mediante análise e restrições dos órgãos de meio ambiente.

§ 1º Quando da desativação dos usos e atividades existentes na Ilha D'Água, deverãoser atendidos os procedimentos de descomissionamento e as respectivas ações paraeliminação de passivos ambientais e efetuadas as ações para recuperação ambientallocal.

§ 2º Após as ações previstas no § 1º o zoneamento da Ilha D'Água passará a ser ZCA2como as demais ilhas e non aedificandi.

Art. 170. Fica dispensado o atendimento ao Decreto n° 20.504, de 13 de setembro de2001.

Art. 171. São partes integrantes desta Lei Complementar os seguintes Anexos:

I – Anexo I A – Mapa de Delimitação e Anexo I B – Descrição da Delimitação;

II – Anexo II A – Zoneamento e Anexo II B – Descrição da Delimitação das Zonas;

III – Anexo III – Usos e Atividades;

1. Quadro 1 – Caracterização das Situações de Impacto;

2. Quadro 2 – Condições de Implantação dos Usos do Solo Urbano;

IV – Anexo IV – Tipos de Edificações;

V – Anexo V – Das Disposições por Zona;

VI – Anexo VI – Estacionamento e Guarda de Veículos;

VII – Anexo VII – Relação de Imóveis Tombados;

VIII – Anexo VIII – Pavimento Abaixo do Nível do Meiofio.

Art. 172. Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 173. Ficam revogados o Decreto n° 2.108, de 14 de março de 1979, e o art. 5° doDecreto n° 6.253, de 6 de novembro de 1986.

JUSTIFICATIVA

MENSAGEM N° 107 de 14 de abril de 2015.

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24/02/2016 Projeto de Lei Complementar

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Excelentíssimo Senhor Vereador PresidenteExcelentíssimos Senhores Vereadores da Câmara Municipal do Rio de Janeiro,

Dirijome a Vossas Excelências para encaminhar o incluso Projeto de LeiComplementar, que “Institui o PEU da Ilha do Governador – Plano de EstruturaçãoUrbana dos bairros da Ribeira, Zumbi, Pitangueiras, Cacuia, Jardim Guanabara,Jardim Carioca, Praia da Bandeira, Cocotá, Bancários, Freguesia, Tauá, Moneró,Portuguesa, Galeão e Cidade Universitária, integrantes da XX RA, e dá outrasprovidências.”, com o seguinte pronunciamento.

Em 23 de julho de 1981, o bairro da Ilha do Governador foi oficialmente extinto e hojequinze bairros formam a Região Administrativa da Ilha do Governador. Por ser uma ilha,sua formação histórica foi peculiar e se deu diretamente ligada a essa característicageográfica, sendo uma região que representa, em termos médios, a própria Cidade.

O Plano de Estruturação Urbana da Ilha do Governador em vigor foi aprovado peloDecreto nº 2.108, de 14 de março de 1979, que promoveu alterações no Decreto nº 322,de 3 de março de 1976, consolidando a forma em que vige até hoje. A pouca renovaçãoda área pode ser avaliada quando comparamos o número de unidades novaslicenciadas na Ilha do Governador 165 com o restante da Cidade 34.875 ao longode 2012. O distanciamento e a visão de realidade, que só o tempo revela, permitiramavaliar pontos nos quais a revisão se fazia necessária.

A proposta ora apresentada estabelece o Zoneamento de acordo com os conceitosdefinidos através da Lei Complementar nº 111, de 1º de fevereiro de 2011, que aprovouo Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável do Município do Rio de Janeiro,valorizando as vocações e potencialidades dos bairros, de forma a promover a suarevitalização e qualificação urbano ambiental, garantindo o equilíbrio entre ocupação,preservação ambiental e oferta de infraestruturas de transporte e de espaços livres.

Ela institui uma norma que disciplina o uso e ocupação do solo da XX RA adotandocomo diretrizes básicas, a limitação das densidades demográficas; as restrições denatureza ambiental; e os aspectos paisagísticos e culturais.

São criadas novas categorias de Zonas residenciais que diversificam usos e atividades,compatíveis entre si e com o uso residencial, evitandose a segregação dos espaços,diminuindo os deslocamentos e contribuindo com o processo de descentralização dasatividades econômicas.

Este PEU da Ilha do Governador propõe requalificar o uso residencial, permitindo aconvivência de algumas atividades de serviço compatíveis com o uso residencial,reforçando as centralidades locais e revitalizando os espaços. Outro aspecto importanteé a preservação da paisagem local protegendo áreas de relevância ambiental.

Contando, desde já, com o apoio dessa ilustre Casa de Leis à presente iniciativa, renovomeus protestos de elevada estima e distinta consideração.

EDUARDO PAESPREFEITO

Legislação CitadaLEGISLAÇÃO MENCIONADA E CITADA

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Decreto nº 2108 de 14 de março da 1979

Altera os limites da Zona Residencial ZR2 e da Zona Residencial ZR3, suprime as áreas daZona Residencial ZR4 e da Zona Residencial ZR5, do Regulamento de Zoneamento, eestabelece condições especiais para as edificações em parte da Área de Planejamento (AP6) Ilha do Governador.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, no uso de suas atribuições legais, tendo emvista a necessidade de remanejamento progressivo da Ilha do Governador (XX R.A.) e daproteção ambiental da Baía de Guanabara, compreendida na Área de Planejamento AP6definida pelo PUBRIO, e de acordo com a Deliberação n. 8, de 12 de março de 1979, daCOPLAN, aprovada no processo 02/373/79,

DECRETA:

Art. 1º. Ficam alterados os limites da Zona Residencial ZR2 e da Zona Residencial ZR3 doRegulamento de Zoneamento aprovado pelo Decreto n. 322, de 3 de março de 1976, situadasna XX Região Administrativa (Ilha do Governador), da seguinte forma:

I — ficam excluídas da Zona Residencial ZR4 e da Zona Residencial ZR5 as áreas descritasnos AneXOS 11 e 12 do Regulamento de Zoneamento, pertencentes à XX R.A., e passam aser incluídas na Zona Residencial ZR3, constante do Anexo 10 do referido Regulamento,ressalvado o disposto no inciso II;

II — as áreas situadas acima da cota + 25m (inclusive) em relação ao nível médio do marficam incluídas na Zona Residencial ZR2 do Anexo 9 do Regulamento de Zoneamento.

lII Ficam incluídos na Zona Residencial 3 (ZR3) os seguintes logradouros:

RUA ARRIBA (trecho abaixo da cota 25m);RUA IPIRU (trecho entre a Estrada da Bica e a área sob jurisdição militar);RUA ARTEMÍSlA (trecho abaixo da cota 25m).(inciso III acrescido pelo Decreto 9966, de 1811991)

Art. 2º — O inciso VII do art. 80 do Regulamento de Zoneamento passa a vigorar com aseguinte redação:

"Art. 80 ...................................................................................................................................

VII – Na Ilha do Governador, onde a edificação terá no máximo 3 (três) pavimentos, incluídosos situados abaixo do nível do meiofio do logradouro e qualquer que seja a sua natureza,com exceção do pavimento de uso comum (pilotis) ou de apenas 1 (um) pavimentogaragemquando não houver pavimento de uso comum, salvo quando a cota de soleira da edificaçãofor superior a + 25m (inclusive) em relação ao nível médio do mar, caso em que a edificaçãoterá no máximo 2 (dois) pavimentos, incluídos os situados abaixo no nível do meiofio dologradouro e qualquer que seja a sua natureza, com exceção do pavimento de uso comum(pilotis) ou apenas 1 (um) pavimentogaragem quando não houver pavimento de uso comum.”

Art. 3º O art. 91 do Regulamento de Zoneamento fica acrescido do § 7o., com a seguinteredação:

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"Art. 91 – ...........................................................................................................................

§ 7º — Na área da XX R.A. (Ilha do Governador) as áreas livres mínimas constantes desteartigo devem ser obedecidas em todos os pavimentos, qualquer que seja a sua natureza."

Art. 4º O art. 126 do Regulamento de Zoneamento fica acrescido de um parágrafo único,com a seguinte redação:

"Art. 126 ...................................................................................................................................

Parágrafo único – Na área da XX R.A. a área livre mínima no lote, para 3 (três) ou maisedificações qualquer que seja a sua natureza, será de 65% (sessenta cinco por cento)."

Art. 5º As edificações situadas na XX R.A. e que possuam mais de 2 (duas) unidadesdeverão ser afastadas das divisas.

Art. 6º Na área da XX R.A. o número máximo de unidades residenciais será de 1 (uma)unidade para cada 100m² (cem metros quadrados) da área do lote.

Parágrafo único A fração do parâmetro não será computada no cálculo do número máximode unidades residenciais por lote.

Art. 7º As disposições dos arts. 3o., 4o., 5o. e 6o. não se aplicam às edificações situadas emCentros de Bairros (CB).

Art. 8º Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposiçõesem contrário.

Rio de Janeiro, 14 de março de 1979

MARCOS TAMOYO,CESAR SERÔA DA MOTTA,ORLANDO FELICIANO LEÃO,SAMUEL SZTYGLIC

DORJ de 16/03/79

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Decreto nº 322 de 3 de março de 1976

Aprova o Regulamento de Zoneamento do Município do Rio de Janeiro.

(...)

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

LEI COMPLEMENTAR N.º 111 DE 1º DE fevereiro DE 2011.

Dispõe sobre a Política Urbanae Ambiental do Município,institui o Plano Diretor deDesenvolvimento Urbano

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Sustentável do Município do Riode Janeiro e dá outrasprovidências.

(...)

CAPITULO III

DOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO

Seção I

Das Áreas de Especial Interesse

Art. 70. Áreas de Especial Interesse, permanentes ou transitórias, são espaços da Cidadeperfeitamente delimitados sobrepostos em uma ou mais Zonas ou Subzonas, que serãosubmetidos a regime urbanístico específico, relativo a implementação de políticas públicas dedesenvolvimento urbano e formas de controle que prevalecerão sobre os controles definidospara as Zonas e Subzonas que as contêm.

Parágrafo único. Cada Área de Especial Interesse receberá apenas uma das seguintesdenominações e conceitos:

I.Área de Especial Interesse Urbanístico AEIU é aquela destinada a projetos específicos deestruturação ou reestruturação, renovação e revitalização urbana;

II.Área de Especial Interesse Social AEIS é aquela destinada a Programas Habitacionais deInteresse Social – HIS, destinados prioritariamente a famílias de renda igual ou inferior a seissalários mínimos, de promoção pública ou a ela vinculada, admitindose usos de caráter localcomplementares ao residencial, tais como comércio, equipamentos comunitários de educaçãoe saúde e áreas de esporte e lazer, abrangendo as seguintes modalidades:

a) AEIS 1, caracterizada por:

1. áreas ocupadas por favelas e loteamentos irregulares; 2. conjuntos habitacionais de promoção pública de interesse social e em estado dedegradação;

b)AEIS 2, caracterizada por:

1. imóveis não edificados, não utilizados e subutilizados em áreas infraestruturadas;

III. área de Especial Interesse Ambiental AEIA é aquela destinada à criação de Unidade deConservação ou à Área de Proteção do Ambiente Cultural, visando à proteção do meioambiente natural e cultural;

IV. área de Especial Interesse Turístico AEIT é aquela com potencial turístico e para qual sefaçam necessários controle de usos e atividades, investimentos e intervenções visando aodesenvolvimento da atividade turística;V. área de Especial Interesse Funcional AEIF é aquela caracterizada por atividades deprestação de serviços e de interesse público que exija regime urbanístico específico;

VI. área de Especial Interesse Agrícola AEIG é aquela destinada à manutenção da atividadeagropecuária, podendo abranger as áreas com vocação agrícola e outras impróprias à

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urbanização ou necessárias à manutenção do equilíbrio ambiental, recuperáveis para o usoagrícola;

VII. área de Especial Interesse Cultural AEIC é aquela destinada a afetação dos SítiosCulturais, definidos no art. 140 desta Lei Complementar, por conservar referências ao modode vida e cultura carioca, necessária à reprodução e perpetuação dessas manifestaçõesculturais.

(...)

Art. 90. As operações urbanas consorciadas deverão apresentar Avaliação TécnicaMultidisciplinar no cumprimento do disposto no inciso V do art. 33 da Lei 10.257/2001 –Estatuto da Cidade.

§ 1.° A Avaliação de que trata o caput se configurará em estudos técnicos para identificação eavaliação dos efeitos negativos e positivos decorrentes da implantação da Operação UrbanaConsorciada, com base em análise da situação préexistente mediante simulações dosdiferentes cenários decorrentes da aplicação das novas normas de ocupação do solo, daspropostas de alterações viárias e de todas as demais intervenções previstas no Plano daOperação Urbana Consorciada, avaliando sua repercussão na estrutura urbana local,regional, no contexto social e na dinâmica econômica da área de estudo e de sua vizinhança.

§ 2.° Os estudos deverão organizar e classificar as medidas necessárias para consolidação oupotencialização dos efeitos positivos, e para a redução, mitigação ou extinção dos efeitosnegativos identificados.

§ 3.° A Avaliação Técnica Multidisciplinar será o documento de referência para a realização deaudiências públicas e para discussão do Projeto de Lei que institui a Operação UrbanaConsorciada.

(...)

Art. 100. O Relatório de Impacto de Vizinhança deverá conter:

I definição dos limites da área impactada em função do porte do empreendimento e/ouatividades e das características quanto ao uso e localização e condições de acessibilidade;

II avaliação técnica quanto às interferências que o empreendimento e/ou atividade possacausar na vizinhança;

III descrição das medidas mitigadoras dos impactos negativos decorrentes da implantaçãodo empreendimento e/ou atividade e seus procedimentos de controle;

IV análise da intensificação do uso e ocupação do solo, a geração de viagens de pessoas eveículos motorizados ou não, relacionado à demanda por transporte público e tráfego viário;

§ 1.° Darseá publicidade aos documentos integrantes do RIV, que ficarão disponíveis paraconsulta no órgão competente do Poder Público Municipal a qualquer interessado.

§ 2.° Em caso de Operação Urbana Consorciada o Estudo de Impacto de VizinhançaEIV seconsolidará em uma Avaliação Técnica Multidisciplinar, conforme consta no art. 90 desta LeiComplementar.

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(...)

Seção II

Dos Instrumentos de Gestão do Patrimônio Cultural

Art. 132. São instrumentos básicos para proteção do patrimônio cultural, além de outrosprevistos nesta Lei Complementar e na legislação federal, estadual e municipal:

I. o Tombamento e a instituição de Área de Entorno do Bem Tombado;II. a criação de Área de Proteção do Ambiente Cultural APAC;III. a declaração de Reserva Arqueológica; IV. a declaração e registro de Sítio Cultural e de Paisagem Cultural;V. o registro e a declaração dos bens de natureza imaterial;VI. incentivos e benefícios fiscais e financeiros.

§1º Na aplicação dos instrumentos relacionados no caput serão obrigatoriamenteestabelecidos:

I. a delimitação das áreas;II. a classificação dos bens;III. os critérios de proteção e de conservação das áreas e dos bens;IV. as restrições edilícias e ambientais de uso e ocupação;V. as disposições relativas à gestão das áreas.

§ 2º Os bens de natureza material ou imaterial inventariados e identificados comorepresentativos para o patrimônio cultural e para o fortalecimento da identidade cultural daCidade, aos quais não couber a aplicação dos instrumentos relacionados no caput, serãoobjeto de cadastramento e inscrição no Registro referido neste artigo.

(...)

Subseção VI

Do Licenciamento e Fiscalização do Patrimônio Cultural

Art. 142. Os procedimentos de licenciamento e fiscalização para a realização da Política doPatrimônio Cultural incluem:

I. a autorização para licenciamento das demolições, construções e/ou quaisquer obras aserem efetuadas em bens imóveis ou em logradouros públicos situados em áreas tuteladaspelo Patrimônio Cultural;

II. o controle e a fiscalização das obras de qualquer natureza e das atividades que incidamnos imóveis e nas áreas tuteladas pelo Patrimônio Cultural;

III. a determinação da realização de obras de recuperação de bens em mau estado deconservação tombados ou situados em áreas tuteladas pelo Patrimônio Cultural;

IV. o embargo de demolições ou obras de qualquer natureza em imóveis tombados e em

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imóveis ou áreas públicas situados nas áreas tuteladas pelo Patrimônio Cultural;

V. a possibilidade do estabelecimento da obrigatoriedade de reconstrução com a manutençãodas principais características morfológicas, no caso de demolição não licenciada ou sinistro debem tombado ou protegido;

VI. a cassação de alvará de localização de atividade econômica em funcionamento em bemtombado ou em bem situado em área tutelada pelo Patrimônio Cultural, cujo responsáveltenha promovido qualquer ação prejudicial ao bem ou à área;

VII. a avaliação permanente da aplicação do benefício da isenção do Imposto sobre aPropriedade Territorial Urbana como incentivo à conservação do Patrimônio Cultural;

VIII. as autorizações para instalação de mobiliário urbano, de veiculação publicitária e deanúncios indicativos e publicitários situados em área tutelada pelo Patrimônio Cultural.

(...)

Art. 167. São ações estruturantes relativas à proteção da paisagem:

I. planejar e executar ações de conservação, monitoramento e manutenção dos traçossignificativos ou característicos da paisagem;

II. elaborar legislação específica que trate da paisagem urbana, incluindo normas e programaspara as distintas áreas da Cidade, considerando a diversidade da paisagem da cidade;

III. impedir a intrusão, no espaço urbano, de formas construtivas que obliterem elementossignificativos da paisagem natural e construída;

IV. estabelecer processos de negociação para mediar os diferentes interesses e valores dosgrupos sociais que vivenciam e interagem na configuração da paisagem;

V. estabelecer procedimentos para a participação da sociedade e de representantes deentidades, instituições e órgãos públicos das diferentes instâncias de governo interessados nadefinição e implementação das políticas de proteção da paisagem;

VI. disciplinar o uso do espaço público pelos setores público e privado, em caráterexcepcional, segundo parâmetros legais expressamente discriminados na Lei de Uso eOcupação do Solo;

VII. estabelecer, nas leis de parcelamento da terra, de uso e ocupação do solo e nos planosregionais e de estruturação urbana, ou em legislação específica, parâmetros e padrões maisadequados de comunicação institucional, informativa ou indicativa, considerando ascaracterísticas físicas, paisagísticas e ambientais da cidade, publicidade exterior e demobiliário urbano;

VIII. criar mecanismos eficazes de fiscalização sobre as diversas intervenções na paisagemurbana;

IX. realizar ações permanentes de educação ambiental, através da promoção de campanhasde esclarecimento público para a proteção e a valorização da paisagem urbana.

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LEI COMPLEMENTAR N.º 115 DE 29 DE dezembro DE 2011.

Cria e delimita a Área deEspecial InteresseFuncional da Ilha doBom Jesus, no Bairro daCidade Universitária, edá outras providências.

Autores: Comissões deJustiça e Redação;Administração e AssuntosLigados ao ServidorPúblico; AssuntosUrbanos; Ciência,Tecnologia, Comunicaçãoe Informática;Abastecimento, Indústria,Comércio e Agricultura ede Educação e Cultura.

O PREFEITO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, faço saber que a Câmara Municipaldecreta e eu sanciono a seguinte Lei Complementar:

Art. 1º Fica declarada como Área de Especial Interesse Funcional da Ilha do Bom Jesus, noBairro da Cidade Universitária, a área delimitada e descrita no Anexo desta LeiComplementar, conforme inciso V, do art. 70, da Lei Complementar nº 111, de 1º de fevereirode 2011, que institui o Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentável do Município do Rio deJaneiro.

Art. 2º A Área de Especial Interesse Funcional da Ilha do Bom Jesus destinase aos usos eatividades de ensino, pesquisa científica e de desenvolvimento tecnológico bem como àsatividades de serviços de apoio a esses fins.

Art. 3º Ficam estabelecidos os seguintes parâmetros urbanísticos para as edificações na Áreade Especial Interesse Funcional da Ilha do Bom Jesus:

I dimensões verticais para edificações afastadas das divisas: altura máxima de trinta metros;

II índice de aproveitamento do terreno IAT: 1,5;

III taxa de ocupação: sessenta por cento;

IV taxa de permeabilidade: trinta por cento.

Parágrafo único. Na definição da altura máxima das edificações será excluído o coroamentocom caixa d' água, telhado, casa de máquinas e equipamentos de exaustão mecânica econdicionamento de ar.

Art. 4º Esta Lei Complementar entra em vigor na data de sua publicação.

EDUARDO PAES

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Decreto nº 12.250 de 31 de agosto de 1993

Declara, como Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana (APARU) do Jequiá, aárea que menciona e dá outras providências.

(...)

Art. 6º — Caberá ao órgão municipal que exerce o poder de polícia ambiental aresponsabilidade pela tutela e gestão da APARU do Jequiá, que poderá se associar, medianteConvênio, ao Ministério da Marinha e às instituições de pesquisas governamentais e/ou nãogovernamentais em regime de cogestão.

§ 1º — O licenciamento de obras, bem como o de usos e atividades nas áreas da APARUdeverá ser previamente aprovado pelo órgão responsável pela tutela e gestão da APARU doJequiá.§ 2.o — Na Área de Proteção Ambiental e Recuperação Urbana, constituída pelopresente Decreto, não serão permitidas ações degradantes ou impactantes ao ecossistema,tais como:

I — retirada, corte ou extração da cobertura vegetal existente, exceto os exemplares deespécies exóticas, ouvido o órgão municipal competente;

II— caça, perseguição ou captura de animais, bem como a retirada de ovos ou destruição deseus ninhos ou criadouros;

III— introdução de espécies de flora e fauna, nativas ou não sem autorização do órgãomunicipal competente;

IV— obras de saneamento e de engenharia civil como por exemplo: retificação de rios,abertura de vias, construção de canais, diques e marinas; qualquer tipo de aterro e extraçãode recursos minerais, salvo aquelas recomendas para recuperação do ecossistema;

V— despejo de afluentes domésticos ou industriais, especialmente os oriundos de garagensde ônibus; oficinas mecânicas; postos de serviços automotivo e naval; de reservatórios ou deempresas de derivados de petróleo e de estaleiros;

VI— despejo e lixo de qualquer procedência;

VII— novas edificações, ampliação das construções existentes, ou mesmo transformações deuso, até que sejam redefinidas, pelo Plano Diretor da APARU, as novas condições de uso eocupação da área.

§ 3º — No entorno da APARU constituída pelo presente Decreto, não serão permitidas açõesque degradem as áreas de preservação permanente contidas na APARU, tais como asdefinidas nos incisos IV, V e VI do § 2.o deste artigo.

§ 4º — As ações praticadas na APARU e no seu Entorno que estejam em desacordo com os§§ 2.o e 3.o deste artigo, sujeitas à fiscalização e autuação por parte do órgão gestor daAPARU, deverão se adequar às normas de proteção ao meio ambiente, cabendo ao órgãocompetente estabelecer exigências, prazos e aplicações de penalidades.

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XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxLei Orgânica do Município do

Rio de Janeiro(...)

Art. 474 Caberá ao Município, no intuito de evitar a poluição visual, criar medidas deproteção ambiental através de legislação que promova defesa da paisagem, especialmente noque se refere ao mobiliário urbano, à publicidade e ao empachamento.

(...)

Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Decreto nº 6.000, de 1º de julho de 1937

“Código de obras do Distrito Federal”(...)

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxDecreto n.º 20.504 de 13 de setembro de 2001

Regulamenta a Lei Complementar 47 de 01 de dezembro de 2000, quanto aos critérios deanálise e limites máximos permitidos para sombreamento de edificações nas praiasmunicipais.

(...)Xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

Decreto n.º 6253 de 06 de novembro de 1986

ALTERA as relações de Centros de Bairro 1 e 2 – CB1 e CB2 do Anexo 20 do Regulamentode Zoneamento aprovado pelo Decreto n.º 322, de 3 de março de 1976, relativamente aostrechos que menciona da Avenida Maestro Paulo e Silva, na XX Região Administrativa Ilhado Governador.

(...)

Art. 5.º Nos Centros de Bairro 2 CB2 da XX Região Administrativa Ilha do Governador aslojas poderão ser projetadas em subsolo.

(...)

Atalho para outros documentos

MENSAGEM Nº 111/2015 EMENDAS Nº 01 AO Nº11 DO /PODER EXECUTIVO

Informações BásicasCódigo 20150200107 Autor PODER EXECUTIVOProtocolo 107 Mensagem 107/2015Regime deTramitação

Ordinária

ProjetoLink:

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Datas:Entrada 14/04/2015 Despacho 15/04/2015Publicação 22/04/2015 Republicação 28/04/2015

Outras Informações:Pág. do DCM daPublicação

28 a 56 Pág. do DCM daRepublicação

12

Tipo de Quorum MA Arquivado NãoMotivo daRepublicação

Incorreção no original

Observações:

Renumerados os Art. 172 e 173.

Section para Comissoes Editar

DESPACHO: A imprimir Comissão de Justiça e Redação, Comissão de Administração e Assuntos Ligados aoServidor Público, Comissão de Assuntos Urbanos,Comissão de Meio Ambiente, Comissão de Transportes e Trânsito, Comissão deAbastecimento Indústria Comércio e Agricultura,Comissão de Obras Públicas e Infraestrutura, Comissão de Educação e Cultura,Comissão de Higiene Saúde Pública e BemEstar Social,Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência, Comissão de Esportes e Lazer,Comissão de Trabalho e Emprego,Comissão de Defesa Civil.Em 15/04/2015JORGE FELIPPE Presidente

Comissões a serem distribuidas

01.:Comissão de Justiça e Redação 02.:Comissão de Administração e Assuntos Ligados ao Servidor Público03.:Comissão de Assuntos Urbanos 04.:Comissão de Meio Ambiente05.:Comissão de Transportes e Trânsito 06.:Comissão de Abastecimento Indústria Comércio e Agricultura07.:Comissão de Obras Públicas e Infraestrutura 08.:Comissão de Educação e Cultura09.:Comissão de Higiene Saúde Pública e BemEstar Social 10.:Comissão dos Direitos da Pessoa com Deficiência11.:Comissão de Esportes e Lazer 12.:Comissão de Trabalho e Emprego13.:Comissão de Defesa Civil

TRAMITAÇÃO DO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 107/2015

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24/02/2016 Projeto de Lei Complementar

http://www.camara.rj.gov.br/ 61/62

Cadastro de Proposições Data Public Autor(es)Projeto de Lei Complementar20150200107

INSTITUI O PEU ILHA DO GOVERNADOR – PLANO DEESTRUTURAÇÃO URBANA DOS BAIRROS DA RIBEIRA,ZUMBI, PITANGUEIRAS, CACUIA, JARDIM GUANABARA,JARDIM CARIOCA, PRAIA DA BANDEIRA, COCOTÁ,BANCÁRIOS, FREGUESIA, TAUÁ, MONERÓ, PORTUGUESA,GALEÃO E CIDADE UNIVERSITÁRIA, INTEGRANTES DA XXRA, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS => 20150200107 =>Comissão de Justiça e Redação Comissão deAdministração e Assuntos Ligados ao Servidor PúblicoComissão de Assuntos Urbanos Comissão de MeioAmbiente Comissão de Transportes e Trânsito Comissãode Abastecimento Indústria Comércio e AgriculturaComissão de Obras Públicas e Infraestrutura Comissão deEducação e Cultura Comissão de Higiene Saúde Pública eBemEstar Social Comissão dos Direitos da Pessoa comDeficiência Comissão de Esportes e Lazer Comissão deTrabalho e Emprego

22/04/2015 PoderExecutivo

Envio a Consultoria de Assessoramento Legislativo.Resultado => Informação TécnicoLegislativanº102/2015/2015

28/04/2015

Objeto para Apreciação => 20150200107 => EmendaNº 1 AO 11 => PODER EXECUTIVO => =>

19/06/2015

Ofício Origem: Comissão de Assuntos Urbanos =>20150200107 => Destino: Presidente da CMRJ =>Convocação de Audiência Pública =>

21/10/2015

Ofício Origem: Comissão de Assuntos Urbanos =>20150200107 => Destino: Presidente da CMRJ =>Audiência Pública =>

06/11/2015

Distribuição => 20150200107 => Comissão deTransportes e Trânsito => Relator: Sem Distribuição =>Proposição E EMENDAS 1 A 11 => Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de Justiça

e Redação => Relator: Sem Distribuição => ProposiçãoE EMENDAS 1 A 11 => Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de

Assuntos Urbanos => Relator: Sem Distribuição =>Proposição E EMENDAS 1 A 11 => Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de Obras

Públicas e Infraestrutura => Relator: Sem Distribuição=> Proposição E EMENDAS 1 A 11 => Parecer: SemParecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de

Administração e Assuntos Ligados ao Servidor Público =>Relator: Sem Distribuição => Proposição E EMENDAS 1 A11 => Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de Meio

Ambiente => Relator: Sem Distribuição => Proposição EEMENDAS 1 A 11 => Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de

Abastecimento Indústria Comércio e Agricultura =>Relator: Sem Distribuição => Proposição E EMENDAS 1 A11 => Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de Defesa

Civil => Relator: Sem Distribuição => Proposição E

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24/02/2016 Projeto de Lei Complementar

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EMENDAS 1 A 11 => Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão dos

Direitos da Pessoa com Deficiência => Relator: SemDistribuição => Proposição E EMENDAS 1 A 11 =>Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de

Higiene Saúde Pública e BemEstar Social => Relator:Sem Distribuição => Proposição E EMENDAS 1 A 11 =>Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de

Trabalho e Emprego => Relator: Sem Distribuição =>Proposição E EMENDAS 1 A 11 => Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de

Educação e Cultura => Relator: Sem Distribuição =>Proposição E EMENDAS 1 A 11 => Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de

Esportes e Lazer => Relator: Sem Distribuição =>Proposição E EMENDAS 1 A 11 => Parecer: Sem Parecer Distribuição => 20150200107 => Comissão de

Ciência Tecnologia Comunicação e Informática =>Relator: => Emenda 1, 2, 5 e 9 => Parecer: SemParecer