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1 SUMARIO 1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4 1.1. TEMA......................................................................................................................4 1.2. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA 1.3. PROBLEMA 1.4. OBJETIVOS 1.4.1. Objetivos Gerais 1.4.2. Objetivos Específicos 2. METODOLOGIA 2.1. DIRETRIZES GERAIS DE UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL 2.1.1. Planejamento sustentável da obra 2.1.2. Aproveitamento passivo dos recursos naturais 2.1.3. Eficiência energética 2.1.4. Gestão e economia da água 2.1.5. Gestão dos resíduos na edificação 2.1.6. Qualidade do ar e do ambiente interno 2.1.7. Conforto termo-acústico 2.1.8. Uso racional de materiais 2.1.8.1. Telha onduline 2.1.8.2. Tijolo ecológico (canaleta ou meio-tijolo) 2.1.8.3. Painéis solares fotovoltaicos 2.1.9. Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis 3. CONCLUSÃO 4. CRONOGRAMA 5. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO 6. ANEXOS

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SUMARIO

1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................4

1.1. TEMA......................................................................................................................4

1.2. DELIMITAÇÃO DO PROBLEMA

1.3. PROBLEMA

1.4. OBJETIVOS

1.4.1. Objetivos Gerais

1.4.2. Objetivos Específicos

2. METODOLOGIA

2.1. DIRETRIZES GERAIS DE UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

2.1.1. Planejamento sustentável da obra

2.1.2. Aproveitamento passivo dos recursos naturais

2.1.3. Eficiência energética

2.1.4. Gestão e economia da água

2.1.5. Gestão dos resíduos na edificação

2.1.6. Qualidade do ar e do ambiente interno

2.1.7. Conforto termo-acústico

2.1.8. Uso racional de materiais

2.1.8.1. Telha onduline

2.1.8.2. Tijolo ecológico (canaleta ou meio-tijolo)

2.1.8.3. Painéis solares fotovoltaicos

2.1.9. Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis

3. CONCLUSÃO

4. CRONOGRAMA

5. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

6. ANEXOS

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1. INTRODUÇÃO

1.1.TEMA

Construções Sustentáveis

1.2. DELIMITAÇÃO DO TEMA

A história do mundo mostra que a construção civil sempre existiu para

atender as necessidades básicas e imediatas do homem sem preocupação com a

técnica aprimorada em um primeiro momento. Assistimos a partir de meados do

Século XX um aumento da preocupação com os impactos negativos do atual

modelo de desenvolvimento, no entanto muitas das abordagens para encontrar

soluções que visam minimizar ou eliminar estes impactos ainda esbarram na forma

excessivamente cartesiana como setores produtivos da nossa sociedade estão

organizados.

Construções bioclimáticas, arquitetura sustentável, ecovilas, green

buildings, bioconstrução, permacultura, construção ecológica, empreendimentos

verdes são temas bastante discutidos hoje, com a preocupação cada vez maior com

as questões ambientais. Parecem ter sido inventados há pouco tempo, porém,

muito do que permeia tais conceitos vem sendo utilizado pelo ser humano desde os

primórdios.

De todas as atividades praticadas pelo ser humano, a construção civil é uma das

que mais tem impacto no meio ambiente. No Brasil aproximadamente 40% da

extração de recursos naturais têm como destino a indústria da construção. Fora

isso, 50% da energia gerada são para abastecer o funcionamento das edificações e

50% dos resíduos sólidos urbanos vêm das construções e de demolições. Quase

toda água que entra em nossas casas, sai sem ser reaproveitada e ainda, levando

consigo algum tipo de poluente.

Muito mais que levar em conta a preservação ambiental, as construções

sustentáveis prezam pela salubridade dos ambientes, sendo assim o que é

sustentável é saudável, protegendo os seus habitantes das enfermidades que o

contexto externo pode trazer para dentro das edificações.

1.3.PROBLEMA

No presente momento a discussão sobre sustentabilidade avança e

envolvem cada vez mais, profissionais de diversas áreas; e estes, em certos

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momentos se reúnem para trabalhar em conjunto na busca de soluções para este

desafio proposto.

Qual a importância do advento de construções sustentáveis e quais as

diretrizes para alcançar uma construção dita “sustentável”?

1.4. OBJETIVOS

1.4.1. Objetivos Gerais

Analisar e demonstrar a importância de uma construção

sustentável no âmbito do atual modelo de consumo da

sociedade, e detalhar diretrizes que possam tornar uma

construção mais sustentável.

1.4.2. Objetivos Específicos

FALTA FAZER

2. METODOLOGIA

O conceito de Desenvolvimento Sustentável é apresentado pela primeira vez na

década de 80 pelo Relatório Brundtland, aos temas relacionados aos sistemas que

envolvem a Construção Civil. É feita uma reflexão sobre a real abrangência e o

alcance destes conceitos de sustentabilidade ao tema principal da pesquisa, que é a

sustentabilidade na construção civil. Segundo o Relatório da Comissão Brundtland,

uma série de medidas deve ser tomada pelos países para promover o desenvolvimento

sustentável, tais como o uso de novos materiais na construção, reestruturação da

distribuição de zonas residenciais e industriais e aproveitamento e consumo de fontes

alternativas de energia, como a solar, a eólica e a geotérmica, além da reciclagem de

materiais reaproveitáveis.

Recentemente, a construção ganhou normas próprias no âmbito da

sustentabilidade, por meio do sistema ISO. São elas as normas ISO 21930 (2007) -

Sustentabilidade na construção civil – Declaração ambiental de produtos para

construção e ISO 15392 (2008) – Sustentabilidade na construção civil – Princípios

gerais. E do Comitê Técnico da ISO, também, o seguinte conceito de obra sustentável:

“Edificação sustentável é aquela que pode manter

moderadamente ou melhorar a qualidade de vida e harmonizar-

se com o clima, a tradição, a cultura e o ambiente na região, ao

mesmo tempo em que conserva a energia e os recursos, recicla

materiais e reduz as substâncias perigosas dentro da capacidade

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dos ecossistemas locais e globais, ao longo do ciclo de vida do

edifício.” (ISO/TC 59/SC3 N 459)

A noção de construção sustentável deve estar presente em todo o ciclo de vida

do empreendimento, desde sua concepção até sua re-qualificação, reconstrução ou

demolição. É necessário um detalhamento do que pode ser feito em cada fase da obra,

demonstrando aspectos e impactos ambientais e como estes itens devem ser

trabalhados para que se caminhe para um empreendimento que seja: uma idéia

sustentável, uma implantação sustentável e uma moradia sustentável. Outro aspecto

relevante que pode ser notado é que o conceito de sustentabilidade não é fechado, não

é possível atingir uma sustentabilidade absoluta. Um projeto poderá sempre adotar

soluções que diminuam seu impacto no meio ambiente; analisado sob outros aspectos

poderá não ser plenamente sustentável.

Quanto mais sustentável uma obra, mais responsável ela será por tudo o que

consome, gera, processa e descarta. Sua característica mais marcante deve ser a

capacidade de planejar e prever todos os impactos que pode provocar, antes, durante e

depois do fim de sua vida útil.

As empresas devem mudar sua forma de produzir e gerir suas obras. Elas

devem fazer uma agenda de introdução progressiva de sustentabilidade, buscando, em

cada obra, soluções que sejam economicamente relevantes e viáveis para o

empreendimento. Para se chegar a um empreendimento sustentável deve-se atender de

modo equilibrado, a quatro requisitos básicos:

Adequação ambiental;

Viabilidade econômica;

Justiça social;

Aceitação cultural.

A etapa do projeto arquitetônico para a sustentabilidade das edificações é onde

já se pode identificar os aspectos e impactos ambientais das atividades desenvolvidas

ao longo do ciclo de vida dos edifícios. O edifício deve ser abordado como um produto

global, onde o projeto arquitetônico deve facilitar a integração dos outros projetos. É

vidente que outras áreas de engenharia também devem se adequar. O engenheiro

eletricista precisa considerar as condições de luz natural para quantificar a iluminação,

o engenheiro mecânico precisa ter ciência do condicionamento térmico passivo da

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edificação para o cálculo das instalações de ar-condicionado e o projeto hidráulico

deverá prever o reuso de água, captação de água da chuva, e assim por diante.

2.1. DIRETRIZES GERAIS DE UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL

2.1.1. Planejamento Sustentável da obra

Planejamento do ciclo de vida da edificação – ela deve ser econômica,

ter longa vida útil e conter apenas materiais com potencial para, ao término de

sua vida útil (ao chegar o instante de sua demolição), ser reciclados ou

reutilizados. Sua meta deve ser resíduo zero.

2.1.2. Aproveitamento passivo dos recursos naturais

O sol, a iluminação natural, o vento e a vegetação são recursos passivos

de climatização que deverão ser utilizados ao máximo para obter uma

habitação arejada, iluminada e com pouca necessidade de sistemas de

climatização artificiais. Soluções arquitetônicas tipo brise-soleil (dispositivo

arquitetônico utilizado para impedir a incidência direta de radiação solar nos

interiores de um edifício), o uso de venezianas, prateleiras de luz e telas termo-

screen externas, ajudam a evitar a incidência solar direta e a proporcionar

melhor conforto térmico. O chamado “telhado verde” (uso de

vegetação/plantas na cobertura) ou a aplicação de pinturas reflexivas, também

podem reduzir significativamente a absorção de calor da edificação.

2.1.3. Eficiência energética

Eficiência energética - resolver ou atenuar as demandas de energia

geradas pela edificação, preconizando o uso de energias renováveis e sistemas

para redução no consumo de energia e climatização do ambiente. O projeto

elétrico e de fontes energéticas deve contemplar soluções sustentáveis, fazendo

uma combinação da energia elétrica convencional (oriunda do sistema

público/usinas hidrelétricas) com sistemas de energia renováveis, como a

energia solar fotovoltaica ou o aquecimento solar, a energia eólica ou os

demais mecanismos de conservação de energia. Deve-se ainda prever um

sistema de Iluminação eficiente, especificando lâmpadas de acordo com a

atividade a ser desenvolvida no local, tipologia das luminárias e circuitos. O

uso da energia solar tanto para aquecimento como para geração de energia são

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soluções sustentáveis, muito viáveis em função das nossas condições

climáticas, que precisam ser mais difundidas. Na região Sul onde se têm longos

períodos de baixa temperatura, o ideal é que se implante sistemas combinados

– painéis de aquecimento solar com aquecedores de apoio (a gás ou elétricos)

que são acionados quando a temperatura mínima requerida não é atingida pelo

sistema de aquecimento solar.

2.1.4. Gestão e economia da água

Eficiência na gestão e uso da água – economizar a água; tratá-la

localmente e reciclá-la, além de aproveitar recursos como a água da chuva que

pode ser utilizada na limpeza, irrigação de jardins, refrigeração, sistema de

combate a incêndio (em caso de construções maiores) e demais usos permitidos

para água não potável. O reaproveitamento de águas de lavagem, desde que

passem por um tratamento local adequado, também pode ser utilizado em

sanitários. No projeto de hidráulica e saneamento, deve-se fazer a previsão do

uso de materiais para coleta e aproveitamento de água de chuva, tais como

calhas, reservatórios, filtrose bombas, associadas à implementação de pontos

nas áreas interna e externa para reuso desta água, assim como das águas

servidas (depois de tratadas).

2.1.5. Gestão dos resíduos na edificação

Uma gestão de resíduos eficiente requer a administração do canteiro,

através de rotinas de trabalho, da educação ambiental dos operários e

prestadores de serviços envolvidos, tendo como objetivo gerar a quantidade

mínima de resíduos não recicláveis e o aproveitamento máximo dos resíduos

reutilizáveis. Devem-se separar em containers ou caçambas distintas os

diferentes tipos de resíduos, para posterior transporte até áreas de despejo

autorizadas, usinas de lixo, ou empresas recicladoras.

2.1.6. Qualidade do ar e do ambiente interior

Criar um ambiente interno e externo com elevada qualidade no tocante

a paisagem local e qualidade do ar. Prover saúde e bem-estar aos seus

ocupantes.

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2.1.7. Conforto termo-acústico

Prover excelentes condições termo-acústicas, de forma a melhorar a

qualidade de vida física e psíquica dos indivíduos.

2.1.8. Uso racional de materiais

A escolha dos produtos e materiais para uma obra sustentável deve

obedecer a critérios específicos, como origem da matéria-prima, extração,

processamento, gastos com energia para transformação, emissão de poluentes,

biocompatibilidade, durabilidade, qualidade, dentre outros, que permita

classificá-los como sustentáveis e elevar o padrão da obra, bem como melhorar

a qualidade de vida de seus usuários/habitantes e do próprio entorno. A

preferência deve ser dada aqueles que tenham alguma espécie de certificação

ambiental/selo ecológico. É importante evitar ou minimizar o uso de materiais

sobre os quais pairem suspeitas ou que reconhecidamente acarretem problemas

ambientais, tais como o PVC (policloreto de vinil), que gera impactos em sua

produção, uso e descarte/degradação (sua queima gera ácido clorídrico e

dioxina) e alumínio (que provoca grandes impactos ambientais para sua

extração e requer imensos gastos energéticos durante sua produção e mesmo

reciclagem, se comparado a outros materiais) - são os chamados materiais

convencionais, atualmente são os mais usados na construção civil e que causam

grande impacto ao meio ambiente. Os materiais não convencionais (chamados

muitas vezes de alternativos), como os reciclados são aqueles que em sua

composição possuem uma porcentagem de material reciclado, de origem do

mesmo produto ou de outra origem, porém aproveitado na execução do

material, o que já reduz em parte o impacto ambiental. Por ecológicos

entendem-se os materiais que não promovem a degradação do ambiente,

considerando-se alguns dos parâmetros mais críticos: emissão de gases que

contribuem para o aquecimento global e destruição da camada de ozônio,

chuva ácida, exploração dos recursos não renováveis, contaminação de solo e

meios aquáticos, etc. Quanto mais fácil for sua absorção biológica natural após

seu tempo de vida útil, mais ecológico ele pode ser classificado.

2.1.8.1. Telha onduline

Telha feita através de monocamada de fibras vegetais

(orgânicas), impregnada com betume sob pressão e calor intenso, não

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possuindo componentes que possam agredir o meio ambiente. Oferece

baixa transmissão de calor e som.

2.1.8.2. Tijolo ecológico (canaleta ou meio-tijolo)

Diferentemente do tijolo convencional não precisa ser cozido em

fornos, eliminando assim a utilização de lenha e a derrubada de dez

árvores para a fabricação de mil tijolos. Sua composição é formada por

terra, água e cimento. Vantagens em sua utilização: as colunas são

embutidas em seus furos; redução de uso de madeiras nas caixas dos

pilares e vigas em quase zero; economia de 70% do concreto e

argamassa de assentamento; instalações hidráulicas: toda a tubulação é

embutida em seus furos dispensando a quebra de paredes, como na

alvenaria convencional.

2.1.8.3. Painéis Solares fotovoltaicos

São dispositivos utilizados para converter a energia da luz do sol

em energia elétrica. Os painéis solares fotovoltaicos são compostos por

células solares, assim designadas já que captam, em geral, a luz do Sol.

Estas células são, por vezes, e com maior propriedade, chamadas de

células fotovoltaicas, e é longa a duração deste gerador de energia

através de um insumo inesgotável e sem custo.

2.1.9. Uso de produtos e tecnologias ambientalmente amigáveis

Estimular um novo modelo econômico-social, que gere empresas de

produtos e serviços sustentáveis e dissemine consciência ambiental entre

colaboradores, fornecedores, comunidade e clientes.

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3. CONCLUSÃO

O conceito de sustentabilidade tem sido amplamente discutido ao longo dos

últimos anos. Isso pode ser percebido pela grande quantidade de documentos de

compromissos produzidos por diversas instituições governamentais, ONG’s e

congressos espalhados pelo Brasil e no mundo. No entanto não é possível ainda

perceber que tais ações estão sendo amplamente aplicadas no ramo da construção

civil, na busca pelo desenvolvimento de uma construção civil sustentável. Encontram-

se no meio urbano projetos não sustentáveis como: edificações sem conforto

térmico/acústico necessitando de elevado consumo de energia elétrica, a degradação

de grandes áreas ambientais, o lançamento de esgotos domésticos e industriais em

cursos d’água que atravessam a cidade, são apenas algumas situações encontradas.

Porém, existem esforços por meio de certos setores produtivos propondo ações que

buscam criar alternativas sustentáveis para solucionar os problemas urbanos, como por

exemplo, os programas de reciclagem de resíduos de demolição. Esses programas

seriam mais eficientes se o material a ser reciclado primasse pela qualidade, e isto

implica em uma prévia separação dos resíduos no canteiro de obras, o que

normalmente não acontece. A falha é essencialmente um problema cultural, o agente

(no canteiro de obras) que não visualiza todo o processo de reciclagem, nem imagina

que pode contaminar uma caçamba inteira ao despejar nela lixo orgânico. Percebe-se,

portanto, que os processos de engenharia de obras para se alcançar a sustentabilidade

não devem ser isolados. Os processos devem envolver vários setores da sociedade,

promovendo ações de educação ambiental, permitindo que todos os envolvidos

tenham conhecimento da importância e abrangência de suas ações na busca pela

sustentabilidade como um todo.

Por outro lado devemos sempre nos atentar para o fato de que a tecnologia,

tanto de materiais como de conhecimento, se alteram com uma velocidade alta, por

isso o que pode ser considerado uma construção sustentável hoje, pode amanhã não

atender mais os quesitos de sustentabilidade.

Com esse olhar, o objetivo é o de se obter edificações cada vez mais

sustentáveis de acordo com as questões ambientais locais e temporais, analisando

questões simples. E, por outro lado, buscar sempre o desenvolvimento tecnológico no

intuito de se alcançar uma edificação sustentável que venha a atender as necessidades

primordiais dos seres humanos visando a preservação dos recursos naturais renováveis

e de baixo custo: construtivo e de manutenção pós ocupação. E assim todas as

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questões que afetam a cidade, sejam de meio ambiente e/ou edificações pouco ou não

sustentáveis, teriam gradativamente corrigido suas distorções, para se alcançar o

equilíbrio ecológico e sustentável. Os engenheiros civis deverão ser preparados para o

desenvolvimento destas atividades.

Deve-se salientar que não é possível atingir uma sustentabilidade absoluta. Um

projeto poderá sempre adotar soluções que diminuam seu impacto no meio ambiente,

analisado sob outros aspectos poderá não ser plenamente sustentável.

Adotar uma política favorável ao mercado de produtos ecológicos é uma prova

de que as necessidades do homem moderno podem ser conciliadas com o uso dos

recursos naturais e que a ecologia, mais do que um conceito ou peça de marketing,

também é um fator de cidadania.

4. CRONOGRAMA

MAIO/2012

Semana 1 (07 a 11) Leitura Prévia Pesquisa e resumo bibliográfico

Pesquisa e resumo virtual (internet)

Semana 2 (14 a 18) Pré-projeto Elaboração das partes do projeto

Semana 3 e 4 (21 a 31) Execução Elaboração e execução final do projeto de

pesquisa

JUNHO/2012

Semana 5 (04) Entrega

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5. REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO

MACEDO, LAURA VALENTE DE; FREITAS, PAULA GABRIELA. Construindo

Cidades Verdes: Manual de Políticas Públicas para Construções Sustentáveis. 1ª

ed. São Paulo, 2011.

PROMPT, CECÍLIA. Curso de Bioconstrução. Brasília, 2008.

CORRÊA, LÁSARO ROBERTO.Sustentabilidade na Construção Civil.

Monografia de Curso de Especialização em Engenharia Civil. Escola de Engenharia da

Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2009.

CASAGRANDE JR., ELOY FASSI. Princípios e Parâmetros para a Construção

Civil. Disponível em: http://aplicweb.feevale.br/site/files/documentos/pdf/23234.pdf

BEZERRA, MARIA DO CARMO DE LIMA; FERNANDES, MARLENE ALLAN.

Cidades sustentáveis: subsídio à elaboração da Agenda 21 brasileira. Brasília:

Ministério do Meio Ambiente; Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos

Naturais Renováveis; Consórcio Parceria 21 IBAM-ISER-REDEH, 2000.

A moderna construção sustentável. Disponível em:

http://www.idhea.com.br/pdf/moderna.pdf

O maior edifício eco sustentável do mundo. Disponível em:

http://www.remaatlantico.org/Members/suassuna/campanhas/o-maior-edificio-eco-

sustentavel-do-mundo/

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6. ANEXOS

O MAIOR EDIFÍCIO ECO SUSTENTÁVEL DO MUNDO

A Academia de Ciências da Califórnia (California Academy of Sciences) é

uma instituição científica e cultural de renome internacional, sediada em São

Francisco. A Academia inaugurou em setembro de 2008 as suas novas instalações no

Golden Gate Park, uma estrutura de 36 000 metros quadrados, que reúne um aquário,

um planetário (Steinhart Morrisone), um museu de história natural (Natural History

Museum Kimball), os mais profundos tanques de coral do mundo e recriações de

florestas tropicais, tudo sob um gigantesco telhado verde.O prédio é o maior edifício

público eco sustentável do mundo, que se mescla com a paisagem do Parque Golden

Gate. Visto de cima, o telhado é uma área ondulada onde são cultivadas 1,7 milhão de

plantas nativas, integrando com o parque.

O prédio, quase todo feito de vidro, é de tirar o fôlego. Seu projeto requereu

uma inovação excepcional, porque o edifício e aquários estão localizados em uma

zona sísmica e precisam resistir a terremotos.

O “telhado vivo” cumpre a função de manter fresco o interior do edifício, são

utilizados 13 milhões de litros de água por ano para regar as plantas, mas 7,5 milhões

de litros de água são coletados e reutilizados para outros fins no museu. A temperatura

interna é fresca, mesmo com o calor do exterior, em poucas zonas do edifício existe ar

condicionado.

O telhado de vidro tem comportas e cortinas controladas por computador, que

se abrem e fecham para controlar a temperatura adequada dentro do recinto e facilitar

a passagem da brisa do Pacífico. A reciclagem foi prioritária no desenho do edifício, o

museu está rodeado por uma vedação envidraçada em que foram integradas 60000

células fotovoltaicas, que geram 15 por cento da energia elétrica consumida, além de

água quente.

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CASAS ECO EFICIENTES

Em Florianópolis, a Casa Eficiente inaugurada em 2006 utiliza fontes

alternativas de energia e está em sintonia com as características climáticas regionais.

Edificada no pátio da Eletrosul, com 206,5 metros quadrados de área útil, a casa

funciona como centro de pesquisa, onde são monitoradas as diferentes tecnologias

utilizadas em sua construção. Trata-se de uma parceria entre a Eletrosul/Eletrobrás e o

Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (Labeee), da Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC).

Um dos destaques dessa casa é a utilização de energia alternativa para a

alimentação de lâmpadas, eletrodomésticos e equipamentos elétricos em geral. Um

sistema fotovoltaico, com painel instalado na cobertura central, é responsável pela

geração de energia elétrica, a partir da luz solar. Existem ainda, nas coberturas laterais,

coletores solares responsáveis pelo aquecimento da água de chuveiros e torneiras. A

água aquecida também é utilizada, durante o inverno, para aquecer os quartos,

passando por uma tubulação de cobre instalada no rodapé desses ambientes. Para

facilitar a manutenção, as instalações hidráulicas e elétricas são em grande parte

aparentes. Desde sua instalação, o sistema fotovoltaico da Casa Eficiente gerou mais

de 5 mil quilowatts-hora, com média mensal de 190 quilowatts-hora. Esse valor seria

suficiente para atender totalmente a demanda de uma família morando na casa, com

hábitos conscientes de consumo. Ao se analisar os dados de variação da temperatura

do ar, foi possível comprovar a manutenção do conforto térmico no interior da Casa

Eficiente, mesmo em dias desconfortáveis no exterior (muito frios ou muito quentes).

Assim, dentro da casa está sempre mais confortável termicamente do que fora dela.

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Esse efeito é consequência das suas características construtivas, como o uso de

isolamento térmico com vidros duplos, paredes duplas com mantas de lã de rocha,

coberturas com mantas de lã de rocha e polietileno aluminizado e com vegetação (teto-

jardim).

Na Casa Eficiente foram incorporados materiais de construção de baixo

impacto ambiental, como concreto reciclado, madeira de reflorestamento, tijolo de

produção local e outros. Para evitar a radiação solar direta, existem proteções solares

nas aberturas, como persianas externas e beirais de bambu e madeira. E, para impedir

o desperdício de água potável, as águas de chuva são armazenadas e utilizadas para

limpeza de pisos, lavagem de roupas e descarga sanitária. Os efluentes da Casa

Eficiente são tratados em sistemas de leitos cultivados e parte deles é usada na

irrigação do jardim.