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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU BACHARELADO EM ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES PROJETO DE RÁDIO FREQUÊNCIA APLICADO A REDES 3G(WCDMA) PARA AS CIDADES DO RECIFE-PE E JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE OZEANE DIONIZIO DA SILVA RECIFE 2012

PROJETO DE RÁDIO FREQUÊNCIA APLICADO A REDES 3G(WCDMA) PARA AS CIDADES DO RECIFE-PE E JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MAURÍCIO DE NASSAU

BACHARELADO EM ENGENHARIA DE TELECOMUNICAÇÕES

PROJETO DE RÁDIO FREQUÊNCIA APLICADO A REDES 3G(WCDMA) PARA

AS CIDADES DO RECIFE-PE E JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE

OZEANE DIONIZIO DA SILVA

RECIFE

2012

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PROJETO DE RÁDIO FREQUÊNCIA APLICADO A REDES 3G(WCDMA) PARA

AS CIDADES DO RECIFE-PE E JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE

OZEANE DIONIZIO DA SILVA

Orientador: Profº Paulo Novaes de Souza Filho

Co-Orientador: Eng.José Edvaldo Silva Silveira

RECIFE

2012

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Faculdade Maurício de Nassau, como requisito

para obtenção de título de Bacharel em Engenharia

de Telecomunicações.

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Dedico este trabalho a minha família, minha mãe

Severina Maria da Silva e ao meu esposo Eclezio

Mendes.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço ao meu Deus, por tudo que ele tem feito na minha vida por ter me

dado capacidade para enfrentar os desafios da vida e por ser a minha rocha forte

em todos os momentos.

Agradeço a minha família por sempre me apoiar, a minha mãe Severina Maria

da Silva que sempre acreditou em mim. Ao meu pai José Dionizio da Silva, por

sempre me apoiar nas minhas decisões. Ao meu esposo Eclezio Mendes, por está

sempre está ao meu lado. Aos meus irmãos Oseas Dionizio e Débora Maria pelo

incentivo.

Agradeço aos professores da Faculdade, especialmente ao Professor Paulo

Novaes de Sousa Filho, meu orientador pela paciência e orientações para que este

trabalho viesse ser concluído. Agradeço ao meu Co-Orientador, José Edvaldo Silva

Silveira por todos os conselhos e apoio durante a elaboração desse trabalho.

Agradeço aos colegas de turma, pela boa convivência e aprendizado ao

decorrer desses cinco anos.

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RESUMO

SILVA, Ozeane Dionizio. PROJETO DE RÁDIO FREQUÊNCIA APLICADO A

REDES 3G(WCDMA) PARA AS CIDADES DO RECIFE-PE E JABOATÃO DOS

GUARARAPES-PE. Monografia (Graduação em Engenharia de Telecomunicações)

Faculdade Maurício de Nassau. Recife, 2012.

O presente trabalho destina-se a realização de um projeto de rádio

frequência aplicados a redes móveis de terceira geração (3G) através do

sistema WCDMA (Wideband Code-Division Multiple Access) ou Múltiplos

Acessos por Divisão de Código em Banda Larga. Projeto este que será

implantado nas cidades do Recife-PE e Jaboatão-PE, O mesmo será

comparado com as redes 3G que já estão em operação nestas cidades,

verificando assim as possibilidades de melhoria de qualidade nas redes atuais

instaladas.A técnica aplicada neste projeto (WCDMA) desempenha um

importante papel na concretização das comunicações móveis multimídias,

porque tem quase o mesmo desempenho de transmissão das comunicações

com fio, para distribuir serviços de multimídia em banda largura, apresentando

desempenho bem superiores se comparados com os padrões de tecnologia

de 2ª geração. Apesar de hoje já se falar muito na tecnologia 4G, o LTE

(Long Term Evolution) ou Sistema de Evolução de Longo Prazo, as redes 3G

ainda são bastantes novas e continuam em expansão no Brasil e em vários

outros países, existindo assim a necessidade crescente de melhoria de

qualidade e desempenho das mesmas.

Palavras Chaves:

WCDMA; Banda Larga.

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ABSTRACT

SILVA, Ozeane Dionizio. DESIGN OF A RADIO FREQUENCY APPLIED

NETWORK 3G(WCDMA) FOR CITIES AND THE RECIFE-PE E JABOATÃO OF

GUARARAPES-PE. TCC (Graduate School Engineering) Mauricio de Nassau

Faculty. Recife, 2012.

This paper intended to carry out a project of radio frequency applied to mobile

networks of third generation(3G) system WCDMA (Wideband Code-Division Multiple

Access). Project that will be deployed in the cities of Recife-PE and Jaboatão -PE,

the same will be compared to 3G networks that are already in operation in these

cities, thus verifying the potential for quality improvement in current installed

networks.

The technique applied in this project (WCDMA) plays an important role in

delivering mobile multimedia communications, because it has almost the same

transmission performance of wired communications, to deliver multimedia services

banda in width, with far superior performance compared to standards technology 2nd

generation.

Despite much talk today already in 4G technology, LTE (Long Term

Evolution), 3G networks are still quite new and still expanding in Brazil and in several

other countries, so there is a growing need for improved quality and performance of

same.

Key Words:

WCDMA; Broadband

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................11

1.1 Justificativa ................................................................................................................. 13

1.2 Objetivo Geral ............................................................................................................ 14

1.3 Objetivo Específico ..................................................................................................... 15

2. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS CELULARES .........................................................................16

2.1 Sistemas Celulares de Primeira Geração (1G) ........................................................... 16

2.2 Sistemas Celulares de Segunda Geração (2G) .......................................................... 17

2.2.1 Estrutura do Sistema Global de Comunicação Móvel .............................................. 18

2.2.2 TDMA - Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo ....................................................... 19

2.2.3 CDMA - Acesso Múltiplo por Divisão de Código ...................................................... 21

2.2.3.1 Códigos de Espalhamento .................................................................................... 22

2.3 Sistemas Celulares de Terceira Geração (WCDMA) .................................................. 23

2.4 Sistemas Celulares de Quarta Geração (4G) ............................................................. 24

3 SISTEMA WCDMA ....................................................................................................... 26

3.1 Sistema de Arquitetura da Rede WCDMA .................................................................. 28

3.2 Largura de Banda e Taxa de Chip .............................................................................. 31

3.3 Taxa de Dados e Fator de Espalhamento .................................................................. 31

3.4 Códigos de Correção Direta de Erro ........................................................................... 32

3.5 Tipos de Canais ......................................................................................................... 33

3.6 Enlace de subida ........................................................................................................ 34

3.7 Enlace de Descida ..................................................................................................... 35

3.8 Transmissão Multicódigo ............................................................................................ 36

4. O Canal Rádio Móvel ...............................................................................................................37

4.1 Canal de Rádio de Multipercurso................................................................................ 37

4.1.1 Propagações em Regiões de Diferentes Topologias ................................................39

4.2 Controle de Potência .................................................................................................. 40

4.3 Controle de Handovers ............................................................................................... 41

4.3.1 Modulação e Sincronização .........................................................................................41

4.3.1.1 Modelo de Hata (Okumura-Hata) ............................................................................43

4.3.1.2 Modelo estendido de Hata para PCS (COST-231) ...............................................44

5. PLANEJAMENTO DE REDE ...................................................................................................45

5.1 O Projeto .................................................................................................................... 46

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5.1.1 Funcionamento dos blocos ..........................................................................................47

5.1.2 Dimensionamento das Macro-células .........................................................................48

5.1.3 Dimensionamento da Carga para Serviço de Voz .....................................................49

5.1.4 Determinação da potência mínima recebida para dados e voz para a carga do

projeto ......................................................................................................................................51

5.1.5 Determinação da atenuação no enlace de subida (Uplink) ......................................54

5.1.6 Determinação da atenuação no enlace de descida (Downlink)................................55

5.1.7 Cálculo do Raio da Célula para Áreas Urbanas Densas ..........................................59

5.1.8 Cálculo do Raio da Célula para Áreas Urbanas ........................................................61

5.1.9 Cálculo do Raio da Célula para Áreas Suburbanas ..................................................62

5.2 Cálculo da Área da Célula .......................................................................................... 63

5.2.1 Determinação da quantidade de células na cidade de Recife-PE ...........................65

5.2.2 Determinação da quantidade de células na cidade de Jaboatão-PE ......................66

6. CONCLUSÃO ............................................................................................................................70

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................................70

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABREVIATURA PORTUGUÊS INGLÊS

3GPP Parceria para Projeto de Sistema de Telefonia Móvel de Terceira Geração

3rdGeneration Partnership Project

ANATEL Agência Nacional de Telecomunicações

National Telecommunications Agency

AMPS Sistema de Telefonia Avançado Advanced Mobile Phone

BER Taxa de Erro de Bit Bit Error Rate

BSC Controlador de Estação Rádio Base

Base Station Controller

CDMA Acesso Múltiplo por Divisão de Código

Code Division Multiple Access

CN Núcleo da Rede Core Network

EDGE Aumento de taxa de Dados para Evolução do GSM

Enhanced Data Rates for GSM Evolution

FDD Multiplexação por Divisão de Frequência

Frequency Division Duplex

GSM Global System for Mobile Communications

Sistema Global de Comunicações Móveis

GPRS Serviços Gerais de Pacotes General Packet Radio

HLR Registro de Localização do Usuário

Home Location Register

LTE Sistema de Evolução de Longo Prazo

Long Term Evolution

QoS Qualidade de Serviço Quality of Service

RF Frequência de Rádio Radio Frequency

RNC Controlador de Rede Rádio Radio Network Controller

TDD Multiplexador por divisão de tempo

Time Division Duplex

TDMA Acesso múltiplo por Divisão de Tempo

Time Division Multiple Access

ITU União Internacional de Telecomunicações

International Telecommunications System

UMTS Sistema Universal de Telecomunicações Móveis

Universal Mobile Telecommunications System

UE Equipamento do usuário User Equipment

UTRAN Rede Terrestre de Acesso Rádio UMTS

UMTS Terrestrial Radio Access Network

USIM Módulo de Identificação do Usuário do sistema UMTS

UMTS Subscriber Identity Module

WCDMA Acesso Múltiplo por Divisão de Código em Banda Larga

Wide Code Division multiple Access

FDMA Acesso múltiplo por Divisão de Frequência

Frequency Division Multiple Access

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VLR Visitor Location Register Registrador de Localização de Visitantes

SGSN Serving GPRS Support Node Nó de Suporte de Serviço GPRS

GGSN Gateway GPRS Support Node Nó de Suporte de Gateway GPRS

PCS Personal Computer Computador Pessoal

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1. INTRODUÇÃO

Devido à expansão das telecomunicações no mundo, o mercado

consumidor destas tecnologias torna-se cada vez mais exigentes por

melhores qualidades de serviços, observa-se uma demanda cada vez maior

por serviços de alta velocidade (novos serviços de dados), o que impõe às

telecomunicações a busca constante por inovações e eficiência nos serviços

prestados. Daí as evoluções das gerações celulares, atualmente na fase de

transição da terceira geração (3G) para a quarta geração (4G). Observa-se o

crescimento no número de usuários dos sistemas celulares no Brasil e no

mundo ao decorrer dos anos, conforme a figuras 1.1 e 1.2.

Figura 1.1: Celulares no Mundo

(Fonte:<http:// www.teleco.com.br/ncel.asp>)

Dados da Anatel (Agência Brasileira de Telecomunicações) indicam

que o Brasil terminou Ago/12 com 257,9 milhões de celulares. A tabela 1.1

mostra o aumento de 49,6% ao ano para a demanda da tecnologia WCDMA,

o que mostra o interesse dos brasileiros por serviços de dados de alta

velocidade, download de vídeos e imagens de alta velocidade.

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Figura 1.2 Crescimento das adições Líquidas Mensais devido aumento dos números de

aparelhos celulares no Brasil.

(Fonte:<http:// www.teleco.com.br/ncel.asp>)

Tabela 1.1- Celulares por tecnologias no Brasil

Tecnologia Dezembro Agosto de 2012

2011 Nº Celulares Cresc. mês

Cresc. ano

GSM 199.517.351 194.660.123 75,48% -0,40% -2,40%

WCDMA 33.240.409 49.739.224 19,29% 4,3% 49,6%

CDMA 1.599.747 837.303 0,32% -

10,20% -

47,70%

TDMA - - - - -

Term. Dados Banda larga - 6.340.146 2,46% 1,50% -

Term. Dados M2M - 6.324.577 2,45% 2,40% -

Total 242.231.503 257.901.373 100,00% 0,6% 6,50%

(Fonte:< http://www.teleco.com.br/ncel.asp>)

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1.1 Justificativa

Devido ao tráfego de dados aumentarem vertiginosamente nos

sistemas celulares, como motivos, pode-se citar:

A evolução da microeletrônica, que possibilitou a massificação e

transformação dos aparelhos celulares em verdadeiros dispositivos

multimídia, integrando recursos de imagem, som e vídeo com suporte às

últimas novidades da informática, como fotografia digital, música em formatos

digitais estabelecido pelo Grupo de Especialista em Imagens com movimento

(MPEG- Moving Picture Experts Group), jogos e aplicativos de comunicação

em tempo real. O telefone celular deixou de ser unicamente uma necessidade

para tornar-se um ícone de consumo popular.

A difusão explosiva da Internet e suas novas aplicações e conteúdos

multimídia- música, vídeos, jogos, comunidades virtuais e interatividade, que

demandam acessos cada vez mais rápidos.

Para atender ao alto tráfego de dados, a ITU (International

Telecommunication Union ) ou União Internacional de Telecomunicações

estabeleceu o padrão IMT-2000 e, em seguida, começou um programa de

desenvolvimento da base para os sistemas móveis 3G.

O projeto I MT-2000 (International Mobile Telecommunications) padrão global

para a terceira geração (3G) de comunicação sem fio, definido pela ITU,

definiu os requisitos de um sistema celular 3G, tais como:

Altas taxas de dados: 144Kbps em qualquer ambiente e 2Mbps em

ambientes indoor;

Transmissão de dados assimétrica e simétrica;

Serviços baseados em comutação de circuitos e comunicação de pacotes;

Qualidade da voz comparável à rede fixa;

Melhor eficiência espectral;

Vários serviços simultâneos para usuários finais como serviços multimídia;

Uma família de padrões para todas as aplicações e todos países;

Incorporação suave dos sistemas celulares 2G;

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Capacidade de um usuário de uma rede para obter conectividade em

áreas fora da localidade geográfica onde está registrado (Roaming) global;

Arquitetura aberta para a rápida introdução de novos serviços e

tecnologias.

O UMTS (Universal Mobile Telecommunication System) é o temo adotado

para designar o padrão 3G estabelecido como evolução do GSM. Utilizando

como interface rádio o WCDMA (Wideband Code Division Multiple Access),

ele se caracteriza pela realização de comutação de pacotes na transmissão

dos dados, permitindo altas taxas de dados e a possibilidade de serviços

multimídia.

1.2 Objetivo Geral

Os sistemas de comunicação celulares em operação ainda são

limitados em alguns aspectos. Assim há uma série de pesquisas para se

introduzir novas técnicas que aumentem as taxas de transmissão, para que

melhorem a capacidade de cobertura e aumentem a qualidade da recepção

com pequena relação sinal-ruído.

O projeto visa à alocação de recursos para melhor atender à demanda

de comunicação por parte dos usuários. Faz-se necessário a coleta de dados

referente às cidades em estudo, como valor do raio das células, topologia das

áreas, as condições de propagação, o espectro disponível, entre outros

fatores, pois estes elementos têm relação direta com os custos de

implantação e operação do sistema.

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1.3 Objetivo Específico

Desenvolver um projeto de rede WCDMA, para as cidades de Recife-

PE, Jaboatão dos Guararapes-PE e fazer comparações com as redes 3G,

atualmente instaladas, verificando assim as modificações viáveis, para melhor

eficiência das redes atuais.

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2. EVOLUÇÃO DOS SISTEMAS CELULARES

Desde a criação dos primeiros sistemas celulares, eles foram divididos

em gerações, para que haja um melhor entendimento das evoluções dos

sistemas em relação padrão anterior, como se pode observar pela figura 2.1:

Figura 2.1: Histórico do 1G, 2G, 3G, 4G

(Fonte: BATES, 2002)

2.1 Sistemas Celulares de Primeira Geração (1G)

A primeira Geração de sistemas celulares estava apenas concentrada na

comunicação de voz. No início, os sistemas analógicos AMPS (Advanced Mobile

Phone System) ou Serviço de Telefonia Móvel Avançado foram desenvolvidos nos

Laboratórios Bell entre os anos de 1964-1974, como afirma William C.Y. Lee (LEE,

2006).O AMPS utilizava modulação FM com uma largura de banda de 30kHz, canal

este usado tanto para sinalização quanto para voz.

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O AMPS caracterizou-se basicamente por ser analógico e utilizar modulação

em frequência para voz FSK (Frequency Shift Keyin) ou modulação digital

Chaveamento por Deslocamento de Frequência para sinalização, além de utilizar a

técnica de Acesso Múltiplo por Divisão de Frequência FDMA (Frequêncy Division

Multiple Acess) para acesso múltiplo e permitir a transferência automática de

ligações entre sistemas (roaming) entre os diferentes provedores de serem serviços

desde que adotem o mesmo sistema ,segundo José Umberto. Sverzut (SVERZUT,

2005).

2.2 Sistemas Celulares de Segunda Geração (2G)

Devido ao crescimento muito rápido do número de assinantes, a limitação do

Sistema AMPS tornou um problema. Havia também a necessidade de padronização

entre os sistemas, daí iniciou-se o desenvolvimento dos sistemas digitais.

Maior capacidade, técnicas de codificação de voz mais eficientes, maior

aproveitamento espectral, melhor qualidade de voz, facilidade para comunicação de

dados, eram entre outras vantagens dos sistemas digitais em relação aos sistemas

analógicos.

Com a necessidade de aumento de capacidade de transmissão, os

americanos propuseram três padrões: IS-54 (AMPS digital), IS-136 (TDMA digital) e

IS-95 (CDMA digital). Na Europa com a proposta de uniformização criou o GSM

(Global System for Mobile Communication) ou Sistema Global de Comunicação

Móvel. Essa união de esforços tornou o sistema GSM o principal representante

mundial na segunda geração. A integração permitiu o aumento da escala de

produção de equipamentos e atraiu os grandes fabricantes do mundo. A presença

de vários competidores no mercado fez o preço dos produtos GSM torna-se mais

competitivo (SVERZUT, 2005).

A proposta principal dos padrões de segunda geração era oferecer telefonia

para o usuário e, desta forma, os protocolos de transmissão de dados de segunda

geração abrangem apenas adaptações do canal de voz para transferência de bits de

dados. A consequência desse fato é que as taxas máximas de transmissão são

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baixas, não permitindo a implantação de novos serviços, que necessitam de taxas

maiores (SVERZUT, 2005).

2.2.1 Estrutura do Sistema Global de Comunicação Móvel

A estrutura do GSM é composta de oito encaixes (slots) de 577µs, o que faz

com que a duração total do quadro seja igual a 4, 616 ms. O bit sinalizador (flag)

adjacente a cada rajada de dados de 57 bits é usado para identificar se os bits de

dados representam voz digitalizada ou outro sinal portador da informação. Os

últimos três bits (a cauda) que são todos de nível lógico zero são usados na

decodificação convolucional dos bits de dados codificados do canal. Os 26 bits da

sequência treinamento na metade do slot de tempo são usados para equalização do

canal. Finalmente o tempo de guarda, que ocupa 8,25 bits, está incluído no final de

cada slot para evitar que rajadas de dados recebidos na estação base a partir de

usuários móveis se sobreponham um com outro; isso é conseguindo não

transmitindo sinal durante o tempo de guarda, conforme mostra a figura 2.2.1 , por

Simon. Haykin (HAYKIN, 2008).

Figura 2.2.1: Estrutura de quadro de um sistema de comunicação GSM.

(Fonte: HAYKIN, 2008)

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Onde:

TS: Slot de tempo;

T: Cauda (bits);

F: Flag (sinalizador);

Train: Intervalo de treinamento;

Guarda: Intervalo de tempo de guarda.

A eficiência de quadro de um sistema TDMA é definida como o número de

bits que representam os sinais portadores da informação (por exemplo, a voz

digitalizada), expresso como uma porcentagem do número total de bits incluindo o

processamento em excesso (overhead) que são transmitidos num quadro. Sendo

que cada slot é composto de 156,25 bits, dos quais 40,25 são de overhead

(desconsiderando os 2 bits de flag) a eficiência do quadro GSM é dada pela relação

dos bits de overhead e o total dos bits que compõem o slot :

.

Porém apesar das melhorias, em relação à primeira geração os sistemas de

segunda geração esbarraram em suas próprias limitações. Pois com o progresso de

globalização, houve a necessidade ainda maior que todos os sistemas celulares

estivessem integrados para prover mobilidade e funcionalidade. Outra limitação é

que o mercado cada vez mais em ascensão demandava por transmissão de dados

em atlas taxas para realização de novos serviços, entre eles, principalmente acesso

à internet (SVERZUT, 2005).

2.2.2 TDMA - Acesso Múltiplo por Divisão de Tempo

Em termos conceituais o sistema FDMA opera particionando o espectro de

rádio pré-definido (definição feita por Agências Reguladoras para comunicações

wireless) entre os usuários. Portanto, o sistema FDMA pertence ao 'mundo'

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analógico. Em contraste com O TDMA opera particionando intervalos de tempo pré-

definidos entre os usuários. Essa alternativa para o acesso múltiplo sobre a divisão

do tempo pertence ao mundo digital em expansão que continua melhorando com o

passar do tempo em termos de poder de computação e de custo de fabricação dos

equipamentos.

A finalidade de um sistema TDMA (Time Division multiple Access) ou acesso

múltiplo por divisão de tempo é permitir a um número de usuários, digamos K,

acessar um canal de comunicação sem fio (Wireless) de largura de banda W e

compartilhamento no tempo. As características imediatamente aparentes que

distinguem o sistema TDMA do FDMA, são duas:

Cada usuário tem acesso a toda a largura de banda W do canal, ao passo

que no sistema FDMA cada usuário está associado a uma parte da largura

de banda do canal, ou seja, W/K (HAYKIN, 2008).

Cada usuário acessa o canal por apenas uma parte do tempo ao longo de

um período e de forma ordenada, com taxa de transmissão sendo N vezes a

taxa necessária ao usuário. Diferentemente no sistema FDMA, cada usuário

acessa o canal durante um tempo contínuo (HAYKIN, 2008).

Essas duas características têm implicações significativas para a operação de

um sistema de comunicação wireless TDMA. Acessar toda a largura de banda do

canal significa que podemos lidar com transmissão em banda larga, o que torna o

sistema TDMA vulnerável a desvanecimento seletivo em frequência, em contraste, o

sistema FDMA lida com transmissão de banda estreita, o que significa que os canais

com desvanecimento são tipicamente planos em frequência. Para combater os

problemas de desvanecimento seletivo em frequência usam-se técnicas de

processamento de sinal sofisticadas (HAYKIN, 2008).

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2.2.3 CDMA - Acesso Múltiplo por Divisão de Código

O CDMA se refere a uma técnica de acesso múltiplo na qual os terminais

individuais usam técnicas de espalhamento espectral (Spread Spectrum) ocupando

todo o espectro sempre que transmitem. A propriedade de atenuação de

interferência do espalhamento espectral é que permite múltiplos usuários ocuparem

o mesmo espectro ao mesmo tempo (HAYKIN, 2008).

Os sistemas de espalhamento espectral envolvem técnicas e, modulação nas

quais o sinal de interesse, com largura de informação Tn é espalhado de forma a

ocupar uma largura de banda de transmissão Tm muito maior. Em geral, os sistemas

de espalhamento espectral sistemas de comunicação digital; num sentido amplo a

técnica analógica comparável é a modulação em frequência (FM), embora essa não

seja considerada uma forma de espalhamento espectral (HAYKIN, 2008).

Fazendo uma comparação do sistema de espalhamento espectral com um

sistema analógico, considere um serviço para qual a largura de banda disponível é

W=Rn. Um sistema FDMA dividiria essa largura de banda em N canais de largura de

banda Rt=Rn/N , sendo que cada usuário seria alocado em um canal de largura de

banda Rt. Normalmente, Rt seria um valor próximo da largura de banda de mínima

requerida pelo usuário. Com o uso de técnicas de espalhamento espectral, o

espectro não seria dividido. Ao contrário, para cada usuário é permitido ocupar

qualquer fração do espectro, ou todo ele, na transmissão sendo permitido a mais de

um usuário transmitir simultaneamente (HAYKIN, 2008).

As primeiras aplicações das técnicas de espalhamento espectral foram para o

uso militar, porém interesses comerciais em tais técnicas têm crescido

recentemente, devido à tolerância a interferências (HAYKIN, 2008).

Existem duas técnicas básicas de espalhamento espectral: sequenciamento

direto (DS) e salto de frequência (FH). Existe também uma variedade de técnicas

híbrida que usam diferentes combinações dessas duas técnicas básicas. Com

espalhamento por sequência direta, o sinal original é multiplicado por um sinal

conhecido de largura de banda muito maior. Com espalhamento por salto de

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frequência, a frequência central do sinal transmitido sofre uma variação sofre uma

variação pseudo-aleatória. (HAYKIN, 2008).

Vantagens Oferecidas pelas técnicas de espalhamento espectral:

Maior tolerância à interferência;

Baixa probabilidade de detecção ou intercepção;

Maior tolerância a mutipercursos;

Maior capacidade de alcance.

2.2.3.1 Códigos de Espalhamento

A divisão de código é uma estratégia de acesso múltiplo similar à divisão de

frequência, sendo que a seção anterior mostrou a vantagem da modulação DS em

termos da melhoria da tolerância à interferência. O objetivo de cada estratégia de

acesso múltiplo é permitir que múltiplos usuários acessem o recurso de rádio de

forma a maximizar o uso do recurso e minimizar a interferência entre usuários.

Esses usuários têm que ser, de certo modo, aproximadamente ortogonais, pois um

codificador convolucional gera bits redundantes diminuindo os erros de codificação.

No sistema TDMA os usuários são ortogonais no tempo; no sistema FDMA os

usuários são aproximadamente ortogonais na frequência (HAYKIN, 2008).

Figura 2.2.3.1: Comparação do uso do espectro dos sistemas CDMA e FDMA (Fonte:

HAYKIN, 2008)

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2.3 Sistemas Celulares de Terceira Geração (WCDMA)

Os sistemas móveis de terceira geração são frequentemente denominados de

Sistemas de Telecomunicações Terrestres Móveis Universais. UMTSs (Universal

Mobile Terrestrial Telecommunication Systems). O termo UMTS inclui todos os

aspectos do sistema, incluindo serviços e aplicações, planejamentos e arquitetura de

rede, protocolos e camada física. O sistema UMTS pretende integrar todas as

formas de comunicação móveis, incluindo comunicações terrestres, via satélite e

dentro dos ambientes. Consequentemente o UMTS tem que suportar diversas

interfaces de rádio diferentes, ou seja, implementações da camada física. Uma das

principais interfaces de rádio para esse sistema é conhecida com CDMA de banda

larga (WCDMA).

A finalidade dos sistemas de terceira geração inclui prover ao usuário altas

taxas de dados e a integração de serviços de dados e voz de forma transparente.

Para alcançar esses objetivos, os dados são espalhados por um faixa de

frequências muito ampla. Conforme mostra a tabela 2.3. Comparamos algumas

propriedades da camada física do IS-95, um sistema de segunda geração, com as

do sistema WCDMA de terceira geração.

Os sistemas de segunda geração (2G) foram primeiramente implementados

nas faixas nas faixas de 800 e 900 MHz, porém algumas migrações para as faixas

PCS ocorreram conforme as faixas de frequências mais baixas forma ficando

congestionadas. Os sistemas de terceira geração estão sendo implementados nas

faixas de frequências de 1800 MHz a 2000 MHz, porém as faixas exatas de

frequências dependem da jurisdição em vigor (HAYKIN, 2008).

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Tabela 2.3- Comparação entre os padrões de segunda e terceira gerações

IS-95 WCDMA

Largura de banda do canal 1,25 MHz 5 MHz

Taxa de chip 1,2288 MHz 3,28 MHz

Taxa de dados Acima de 9,6 kbps acima de 2Mbps

Tamanho de quadro 20 ms 10 ms

Modelamento de pulso Até FIR de 48

derivações

22% da raíz quadrada do

co-seno elevado

Fator de espalhamento 64 Acima de 512

Número de canais por

terminal

1 Variável

Compartilhamento de

enlaces de descida/ subida

FDD FDD/TDD

Modulação de enlace de

descida

QPSK/Piloto QPSK/Piloto

Modulação de enlace de

subida

OQPSK/Ortogonal

QPSK/Piloto

FEC de enlace de descida r= 1/2, K=9

Código

convolucional

r=1/2, 1/3

Convolucional ou turbo

FEC de enlace de subida r=1/2, K=9

Código

convolucional

r=1/2, 1/3

Convolucional ou turbo

(Fonte: HAYKIN, 2008)

Num nível mais alto, a implantação da camada física é um pouco

similar às implantações nos padrões de segunda e terceira gerações.

2.4 Sistemas Celulares de Quarta Geração (4G)

O tráfego de dados móveis está aumentando continuamente impulsionado

por novas funcionalidades inseridas nos terminais móveis, acompanhado do

crescente interesse por vídeos, jogos interativos, entre outros serviços oferecidos

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pela internet. Diante deste cenário surge o LTE (Long Term Evolution) ou Evolução

de Longo Prazo é um padrão de redes de comunicação móveis que se encontra em

fase de adaptação por partes dos operadores que utilizam tecnologias GSM como

3G/WCDMA e HSPDA (High Speed Dowlink Packet Access) e também pelos

operadores de CDMA. Esta nova tecnologia de rádio permite velocidade de 100Mb/s

de dowlink e 50Mb/s de uplink, segundo Ajay R. MISHRA (MISHRA, 2007).

É esperado um impacto muito grande na capacidade das redes atuais, pois

exigirá muito processamento das mesmas. A infraestrutura será bem mais

distribuída que nos desenvolvimento atuais, facilitando a introdução de uma nova

fonte de tráfego local. Transmissão máquina a máquina que envolverá apenas dois

tipos básicos de equipamento: Sensores, que medirão parâmetros, etiquetas (tags)

que serão equipamentos de leitura, (MISHRA, 2007).

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3. SISTEMA WCDMA

As interfaces de rádio dos sistemas WCDMA estão divididas em dois grupos:

redes síncronas e redes assíncronas. Nas redes síncronas todas as estações de

base estão sincronizadas. Isto resulta em uma interface de rádio mais eficiente,

porém requer hardware mais caro para as instalações das estações de base. Por

exemplo, poderia ser possível atingir a sincronização com o uso de um sistema de

Posicionamento Global (GPS), em todas as estações de base, embora isso não seja

tão simples quanto parece. Receptores de GPS não são muito úteis em centros

metropolitanos, que possuem prédios altos, muitos pontos cegos, ou dentro de casa,

sendo assim uma vantagem do WCDMA é a operação no modo assíncrono.

Outras características do sistema WCDMA incluem controle de força rápida

tanto no uplink e dowlink e a capacidade de variar a taxa de bits e os parâmetros de

serviços de maiores qualidade em relação aos de segunda geração (2003),

conforme Juha. KORHONEN (KORHONEN, 2003).

Itens que caracterizam o sistema WCDMA:

WCDMA é um sistema de banda larga (Wideband Direct-Sequence

Access Code Division Multiplle-DS-CDMA), isto é, os bits de

informação de usuário estão espalhados por uma ampla largura de

banda através da multiplicação dos dados do usuário com os bits

aleatórios (Chamados de chips) derivados de códigos CDMA

espalhados. Fornecendo taxas muito elevadas (até 2 Mbps), através

da utilização de um fator de difusão variável as ligações de códigos

múltiplos é suportada.Um exemplo desta configuração é mostrada na

figura 3.1.

A taxa de chip de 3,84 Mcps suporta a uma largura de banda de

aproximadamente 5MHz, suportando altas taxas de dados oferecendo

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benefícios de desempenho como o aumento de diversidade de

caminhos múltiplos.

WCDMA suporta taxas de dados variáveis dos usuários, em outras

palavras, o conceito de obtenção de banda por demanda é suportado.

A taxa de dados do utilizador é mantida constante durante o intervalo e

10ms. No entanto, a capacidade de dados entre os utilizadores podem

variar quadro a quadro. A figura 3.1 mostra um exemplo deste rápido

recurso, a atribuição de capacidade de rádio será tipicamente

controlada pela rede para atingir uma ótima taxa de transferência nos

serviços de dados por pacotes.

WCDMA suporta dois modos básicos de operação: Divisão de

frequência duplex (Frequency Division Duplex -FDD) que significa que

o transmissor e o receptor operam em diferentes frequências

portadoras e Divisão de tempo duplex (Time division Duplex- TDD).

Que é a aplicação de divisão de tempo multipllexado para separar os

sinais de envio e recepção. No modo FDD, as portadoras de

frequências de 5MHz são usadas para no link de subida (uplink) e no

link de descida (downlink), respectivamente. O modo TDD baseia-se

fortemente em conceitos modo FDD e foi adicionado a fim de alavancar

o sistema WCDMA básico e também para as alocações de espectro

não pareados da UIT para os sistemas IMT-2000.

Figura 3.1: Alocação de Largura de banda em WCDMA no tempo-frequência-espaço

de código (Fonte:TOSKALA, 2007)

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WCDMA utiliza detecção coerente no enlace de subida e no enlace de

descida com base na utilização de símbolos piloto ou piloto comum.

Embora já utilizado na ligação descendente em IS-95, o uso de

detecção coerente no uplink é uma nova aplicação para os sistemas

públicos CDMA e resultará num aumento global de cobertura e

capacidade no uplink.

WCDMA é projetado para ser implantado em conjunto com o GSM.

Portanto, handovers entre as redes GSM e WCDMA são suportados de

modo a ser capaz de aproveitar a cobertura GSM para introdução

WCDMA.

Maior eficiência de espectro.

3.1 Sistema de Arquitetura da Rede WCDMA

Os elementos de rede estão agrupados no UTRAN (UMTSTerrestrial

Radio Access Network), onde são realizadas todas as funcionalidade em

relação à rede de rádio, bem como o núcleo da rede (Core Network-CN), que

é responsável pela comutação e encaminhamento de chamadas. O sistema é

composto também do equipamento do usuário (user Equipment-UE) que faz

interface com a rede rádio. Os protocolos usados tanto no UE quanto na

UTRAN consistem de protocolos completamente novos, visto que estão

baseados na necessidade do WCDMA. Contudo, a definição do CN foi

adotada desde o GSM. O que resulta ao sistema WCDMA melhor

embasamento para continuidade da tecnologia.

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A figura abaixo mostra os elementos que compõem a rede UMTS.

Figura 3.2: Arquitetura do sistema WCDMA.

(Fonte: LEE, 2008)

O UE consiste em duas partes:

Equipamento móvel (Mobile Equipamento-ME) ou equipamento móvel

responsável pela integração do assinante a rede.

O módulo de identificação do usuário UMTS (UMST Subscriber Identity

Module-USIM) é um cartão inteligente que armazena a identidade do

assinante e executa algoritmos de autenticação e criptografia.

A UTRAN também consiste de dois elementos:

O equipamento da estação da rádio base (Node B) que converte o

fluxo de dados entre a Iub e interfaces Uu. Participa também na gestão

de recursos de rádio.

O controlador da rede de rádio (RNC) possui e controla os recursos de

rádio em seu domínio, é o ponto de acesso aos serviços que a UTRAN

fornece ao CN, por exemplo, gestão de ligação a UE.

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Núcleo da rede (Core Network-CN) é composto dos seguintes elementos:

VLR (Visitor Location Register) ou registrador de localização de

visitantes-responsável pela manutenção dos principais dados do perfil

do assinante armazenado no HLR, por exemplo:

Número da estação móvel visitante (Mobile Station Roaming

Number- MSRN);

Identidade da área de localização (Location Area Identy-LAI);

Identidade temporária do assinante móvel (Temporary Mobile

Subscriber Identity -TMSI).

HLR (Home Location Register) ou registrador de localização Local

responsável pela administração e controle da base de dados dos

assinantes locais. Administrando e controlando a base de dados dos

assinantes.

SGSN (Serving GPRS Support Node) Nó de suporte de serviço GPRS

mantém registro da localização de um MS (Mobile Station) ou estação

móvel e executa funções de segurança e controle de acesso.

GGSN (Gateway GPRS Support Node) Nó de suporte de Gateway

GPRS- apoia o encaminhamento da rede GPRS para as redes de

pacotes de dados externos, tem função de um roteador IP.

Funcionalidade de firewall e filtragem, também está associada com a

função de bilhetagem

Interfaces Especificadas:

Interface de rádio (Uu) é a interface de rádio WCDMA através da qual

o UE acessa a parte fixa do sistema e, por isso, é provavelmente, a

interface mais importante aberta no UMTS.

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Interface CN-ULTRAN (Iu) esta interface conecta o UTRAN ao CN,

possibilita aos operadores UMTS adquirir UTRAN e CN a partir de

fabricantes diferentes.

3.2 Largura de Banda e Taxa de Chip

O WCDMA aumenta a taxa de chip por um fator maior que três, e a

largura de banda do canal por um fator quatro, em comparação com IS-95. A

taxa de chip mais rápida implica que o receptor WCDMA pode fornecer uma

maior resolução de multipercursos, e com um receptor RAKE (conjunto de

sub-rádios), receptor este que é bastante usado para sistemas CDMA,

operando em ambientes de multipercurso, sua função basicamente é

demodular todos os sinais do multipercurso composto, isso implica numa

maior diversidade de frequência. Consequentemente espera-se que o

desempenho seja mais robusto em canais sem fio (Wirelles) (HAYKIN, 2008).

3.3 Taxa de Dados e Fator de Espalhamento

O sistema de segunda geração tem um taxa de dados padrão que é

espelhada por um código de espalhamento fixo de comprimento 64kbits/s;

taxas de dados menores são fornecidas através da repetição de bits. O

WCDMA fornece uma faixa inteira de taxas de dados através de sua

habilidade de ajustar o fator de espalhamento. No enlace de descida, o fator

de espalhamento pode variar de 4 até 256Kb. Usuários diferentes são

combinados no enlace de descida, via código de fator de espalhamento de

variável ortogonal (OVSF). Essa combinação provê múltiplos de uma taxa de

dados enquanto minimiza a interferência intra-célula no enlace de descida,

permitindo assim taxa de bits até 384 kbps em conexões de circuitos

comutados e até 2Mbps em redes de pacotes comutados(KORHONEN,

2003).

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No enlace de subida, o fator de espalhamento pode ser tão alto quanto

512. Uma maior taxa de espalhamento permite uma menor, porém mais

robusta taxa de dados. Canais de usuários individuais não são ortogonais no

enlace de subida porque eles são assíncronos. Cada terminal é capaz de

transmitir canais múltiplos no enlace de subida; os canais são mantidos

ortogonais usando os códigos de espalhamento de variável ortogonal (OVSF).

3.4 Códigos de Correção Direta de Erro

Os sistemas IS-95 e WCDMA usam códigos convolucionais para

realizarem o FEC, a codificação de correção de erros (Forward Error

Correction). Entretanto, existem três diferenças:

1. O padrão IS-95 provê um pequeno número de taxas de dados que são

implementadas através da repetição de símbolos de dados ou perfurando os

bits de código por meio de um padrão mais simples.

2. O padrão WCDMA permite um grande variedade de taxas de dados

através da permissão de padrões de perfuração de variáveis baseado em

códigos convolucionais de taxas 1/2 e 1/3 de comprimento de restrição 9.

3. O padrão WCDMA inclui a opção para a aplicação dos códigos turbo mais

úteis e desenvolvidos recentemente para correção direta de erros. A versão

de oito estados e taxa de 1/3 de códigos turbo é empregada nesses sistemas.

A camada física do WCDMA é necessária para suportar canais de

transporte de taxa de bit variável, para oferecer serviços de largura de banda

sob demanda e ser capaz de multiplexar diversos serviços numa conexão.

Com esses fluxos múltiplos de dados, a correção direta de erro é aplicada

independentemente em cada fluxo de dados, não em conjunto. O raciocínio

por trás dessa diferenciação é que diversos fluxos de dados, podem

necessitar de diferentes qualidades de serviço. Por exemplo, se um canal de

voz e canal de vídeo é transmitido simultaneamente, o canal de voz pode

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geralmente tolerar uma maior taxa de erro que o canal de vídeo;

consequentemente, ele usaria um código FEC menos poderoso,de menor

taxa, (HAYKIN, 2008).

O WCDMA permite duas camadas de intercalação, a primeira 10

milissegundos acima e a segunda, quando a restrição de atraso permite,20,40

ou 80 milissegundos acima. Essas duas camadas de intercalação estão

presentes nos enlaces de subida e descida.

3.5 Tipos de Canais

Os padrões de segunda geração têm diversos tipos diferentes de

canais-exemplo, canais de paginação e tráfego, porém existe uma

correspondência direta entre o canal físico e a sua função lógica. Um terminal

móvel de segunda geração é capaz de transmitir apenas um canal de cada

vez. O mesmo geralmente é verdadeiro do lado da recepção se o canal piloto

for excluído.

O WCDMA usa conceito de canais de transporte. Geralmente, canais

de transporte diferentes têm funções lógicas diferentes ou aplicações de

serviços diferentes. Vários desses canais de transporte podem ser

multiplexados numa única transmissão. Os canais de transportes diferentes

podem ter diferentes taxas de dados, usarem codificações diferentes, etc. e

qualquer um, ou todos, podem variar quadro a quadro. Para gerenciar essa

associação de canais de transporte e suas propriedades com um canal físico,

cada quadro tem um indicador de combinação de formato de transporte

(TFCI), que é transmitido pelo canal de controle físico para informar ao

receptor sobre quais canais de transporte estão ativos no quadro atual.

Existem dois tipos de canais de transporte: canais dedicados e canais

comuns. Um canal comum- usado por funções tais como transmissão,

(paging) ou paginação e acesso aleatório- são compartilhados entre todos os

usuários ou um grupo de usuários na célula. Um canal dedicado é para

apenas um usuário (HAYKIN, 2008).

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3.6 Enlace de subida

No enlace de subida, a informação de controle da camada física é

transportada pelo canal de controle físico dedicado (DPCCH), como um fator

de espalhamento fixo de 256. A informação de camada mais alta, incluído os

dados do usuário, é transportada em canais de dados físicos dedicados

(DPDCHs) possivelmente com variação de fatores de espalhamento.

Uma transmissão de enlace de subida consiste de um canal DPCCH e

um ou mais canais DPDCH, conforme ilustrado na figura 3. A combinação de

canal físico de controle e um ou mais físicos de dados é chamado de canal de

transporte composto codificado (CCTRCH). A estrutura do DPCCH que divide

cada quadro de 10ms e 15 slots é repetida a cada slot. Em cada slot, o

DPCCH transmite:

Quatro bits piloto que são usados para sincronização e rastreamento;

Bits (TFCI) (Indicador de combinação de Formato de transporte), que

define o formato dos canais DPDCH;

Bits (TCP) Controle de Potência de Transmissão, que transportam a

função de controle de potência para o enlace de descida;

Bits (FBI) Informação de Realimentação, que são empregados quando

a diversidade de transmissão de malha fechada for usada no enlace de

descida.

A estrutura de slot permite o tempo resposta rápido necessário para

algumas funções de controle. Todos os canais de dados DPDCH são

enviados com o mesmo nível de potência, o que significa que demandas por

diferentes qualidades de serviço têm que ser comunicadas pela codificação e

taxa de informação.

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Figura 3.3: Estrutura do enlace de subida de canais dedicados.

(Fonte: LEE, 2006).

3.7 Enlace de Descida

O enlace de descida também tem componentes comuns e dedicados,

porém nesse caso, os dois tipos de canais são multiplexados como mostra a

figura abaixo, com informação do usuário alternando com informações de

controle. Os símbolos piloto são incluídos aqui, assim como canal piloto

separado. Esses bits piloto têm um padrão específico, diferindo em cada slot,

porém se repetindo a cada quadro e podem ser usados para sincronização de

quadro.

Figura 3.4: Estrutura do enlace de descida de canais dedicados.

(Fonte: LEE, 2006).

2560 Chips

PILOTO

0 1 2 3 1

4

TFCI FBI TPC

DADOS

10 milissegundos

DPCCH

Enlace de

subida DHC

DPDCH

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3.8 Transmissão Multicódigo

A transmissão simultânea de dois ou mais canais CDMA pelo mesmo

terminal é denominada de transmissão multicódigo. Essa forma de

transmissão tende aumentar a relação pico-valor-médio (PAR) da forma de

onda transmitida, afetando assim a eficiência do amplificador de potência do

terminal do usuário. A eficiência do amplificador de potência é uma questão

séria para o terminal móvel, para o qual o tamanho e o peso da bateria são

críticos. Se apenas dois canais forem transmitidos- o canal I e o canal Q-

então, com o uso de um código de embaralhamento complexo especial, a

relação pico-valor-médio do sinal WCDMA é mantida pequena, mesmo se os

dois canais são transmitidos em diferentes níveis de potência.

Quando mais de dois canais são transmitidos, o par se torna ainda

maior. O PAR é uma preocupação adicional na direção do enlace de subida;

na direção do enlace de descida, o transmissor geralmente não conta com a

potência da bateria (HAYKIN, 2008).

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4. O Canal Rádio Móvel

O canal de radiopropagação, pela sua natureza aleatória e dependente da

faixa de frequência utilizada, não é de fácil modelagem, exigindo estudos teóricos e

dados estatísticos para sua caracterização.

Para esta caracterização devem ser considerados os mecanismos de

propagação, que responde pelo valor mediano do sinal recebido a uma determinada

distância do transmissor, e os efeitos de propagação, responsáveis pelas variações

aleatórias do nível de sinal em relação a este valor mediano. Os mecanismos de

propagação predominantes na faixa de freqüência usada para sistemas celulares

são Visibilidade, reflexão e Difração. O efeito de propagação mais importante é o

multipercurso, pois o sinal resultante recebido é devido à composição de inúmeras

versões do sinal original transmitido, que percorrem diferentes percursos

determinados, em grande parte, pelas reflexões e difrações múltiplas que sofrem até

chegar ao receptor. Outro efeito de propagação é o que se manifesta através da

flutuação do nível de sinal com a distância devido a obstruções geradas pelo relevo

ou criadas pelo homem. Esse efeito é conhecido por sombreamento.

As flutuações que reduzem o nível do sinal recebido abaixo do seu valor

mediano para determinada distância do transmissor, são o que se denomina

Desvanecimento e podem ser de pequena escala, usualmente chamados

Desvanecimento rápidos, ou de larga escala, usualmente chamados de

Desvanecimentos lentos. O correto entendimento dos mecanismos e efeitos de

propagação é básico para a estimativa do desempenho do sistema e cálculo de

cobertura das células.

4.1 Canal de Rádio de Multipercurso

A propagação de rádio no canal móvel terrestre é caracterizada por múltiplas

reflexões, difrações e atenuações na energia do sinal. Estas causadas por

obstáculos naturais tais como edifícios, colinas e assim por diante, resultando na

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chamada propagação de multipercurso. Existem dois efeitos resultantes da

propagação de multipercursos, são eles:

A energia do sinal (relativos, por exemplo, para um único chip de uma forma

de onda CDMA) pode chegar ao receptor através de instantes de tempo

claramente distinguíveis. Porém a energia pode chegar 'manchada' devido

aos atrasos de multipercursos. A figura abaixo, mostra a possibilidade de

multipersursos que o sinal pode percorrer.

Figura 4.1: Propagação em Multipercurso

(Fonte: TOSKALA, 2007).

O perfil de atraso prolonga-se tipicamente de 1 a 2ms, em áreas urbanas e

suburbanas, embora em algumas regiões, principalmente em áreas

montanhosas os atrasos podem chegar a 20ms ou mais. A duração de chip

em 3,84Mcps é de 0,26ms. Se a diferença de tempo de multipercurso é de

pelo menos 0,26ms, o receptor pode separar as componentes de

multipercursos e combiná-las de forma coerente para obter diversidade de

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multipercurso. O atraso pode ser obtido se a diferença de comprimentos de

caminhos é de pelo menos 78m (= Velocidade da luz/taxa de chip=

/3,84Mcps). Com a taxa de chip a cerca de 1Mcps, a diferença nos

comprimentos de trajetos dos componentes multipercursos deve ser cerca de

300m, o que não pode ser obtido em pequenas células. Portanto, é fácil

verificar que o WCDMA com a banda de 5MHz pode proporcionar diversidade

de caminhos em células menores, o que não é possível com o IS-95, segundo

Harri. HOLMA e Antti. Toskala (HOLMA e TOSKALA, 2007).

Além disso, para certa posição de temporização existem muitos caminhos

normalmente quase iguais em comprimento ao longo dos quais os sinais

viajam. Por exemplo, os caminhos com um diferença de comprimento de

metade de um comprimento de onda (a 2GHz esta é de aproximadamente

7cm) chega a praticamente no mesmo instante quando comparado com a

duração de um só chip, que é de 78m em 3,84Mcps.Como resultado acontece

o cancelamento do sinal pois o receptor se move mesmo a curtas distâncias.

O cancelamento do sinal é mais bem compreendido como uma soma

ponderada de vários fasores que descrevem o desvio de fase (comprimento

de onda de rádio) e a atenuação ao longo de um determinado caminho em

um intervalo de tempo (HOLMA e TOSKALA, 2007).

4.1.1 Propagações em Regiões de Diferentes Topologias

O terreno sobre o qual se dá a propagação apresenta topografia variada,

vegetação e construções distribuídas de forma aleatória. Embora o cálculo da perda

de propagação possa ser realizado, ainda que com precisão limitada, utilizando

métodos numéricos, como traçado de raios, ou soluções para aproximações da

equação de onda igualmente a equação parabólica, os métodos mais utilizados para

cálculo de cobertura são empíricos ou semi-empíricos. Esses métodos fornecem o

valor mediano da perda de propagação, distância entre transmissor e receptor,

características do relevo e grau de urbanização. Alguns métodos semi-empíricos

consideram uma descrição mais detalhada do ambiente urbano incluído largura de

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ruas, sua orientação relativa ao enlace entre transmissor e receptor e altura média

dos prédios.

4.2 Controle de Potência

O controle de potência firme e rápido é talvez o aspecto mais importante no

WCDMA, em particular no enlace de subida. Já que uma estação móvel, localizada

perto da estação rádio base e transmitido com potência excessiva, pode bloquear

um célula inteira. A figura abaixo descreve o problema e a solução sob a forma de

circuito fechado do controle de potência de transmissão.

Figura 4.2: Controle de potência em circuito fechado

(Fonte: HOLMA e TOSKALA, 2007).

As estações móveis MS1 e MS2 operam dentro da mesma frequência e estão

separadas na estação rádio base pelos respectivos códigos de espalhamento. Como

exemplo, a EM1 localizada na borda da célula sofre uma perda de percurso de 70dB

a mais que EM2 que está perto da estação rádio base. Se não houver nenhum modo

para fazer com que, através de uma diminuição de potência, os níveis de sinais

Mantém níveis de

potência recebida P1 e

P2 (iguais)

Comando de controle

de potência para os

móveis

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recebidos da EM1 e da EM2 tenham o mesmo nível na estação rádio base, a EM2

poderia facilmente sobrepor a EM1 e, assim bloquear uma grande parte da célula,

dando origem à interferência perto- longe do CDMA. A estratégia no sentindo de

maximizar a capacidade é igualar a potência recebida por bit de todas as estações

móveis em todos os momentos. A capacidade do sistema em relação a quantidades

de códigos requeridos para cada conexão é realizada no enlace de descida, por isso

se faz necessário manter a potência de transmissão, com um nível mínimo, até

estabelecesse a qualidade de sinal necessária no receptor(HOLMA e TOSKALA,

2007).

4.3 Controle de Handovers

Durante o handover suave, a estação móvel está na área de sobreposição de

duas células de cobertura de setores adjacentes de uma estação de rádio base. As

comunicações entre a estação móvel e a estação de rádio base ocorrem

simultaneamente através de dois canais de interface aérea, um para cada setor

separadamente. Faz-se necessário então a utilização de dois códigos distintos na

direção descendente, de modo que a unidade de estação móvel possa distinguir os

sinais. Os dois sinais são recebidos na estação móvel por meio de processamento

de receptores Rake, operação similar a recepção de multipercurso exceto por que os

receptores geram os respectivos códigos, para cada setor para a operação de

espalhamento inverso do espectro apropriado ( HOLMA e TOSKALA, 2007).

4.3.1 Modulação e Sincronização

O Sistema IS-95 usa um canal piloto na direção do enlace de descida para

prover sincronização, rastreamento de canal e funções de (handoff) que é a

transição de uma unidade móvel (UM) de uma célula para outra de forma

transparente para o utilizador, conforme está demonstrado na figura 2.3. Na direção

do enlace de subida, a modulação ortogonal é empregada, o que permite a mais

robusta demodulação não coerente a ser usada. O WCDMA emprega detecção

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42

coerente nos enlaces de subida e descida; ele é capaz de fazer isso porque um

canal piloto está incluído nas duas direções. Na direção do enlace de subida, cada

ERB (Estação Rádio Base) transmite um canal piloto, bem com multiplexa símbolos

piloto com os canais de dados. No enlace de subida, cada terminal multiplexa

símbolos piloto com seus dados (HAYKIN, 2008).

Figura 4.3: Handoff em WCDMA

(Fonte: WILTON e CHARITY, 2008)

Os modelos empíricos são obtidos a partir de campanhas de medidas em

uma ou mais regiões, o modelamento dos resultados obtidos e apresentação do

resultado final (modelo) através de ábacos ou expressões que fornecem o valor

mediano da atenuação. Modelos dessa categoria, em especial os modelos dados

por uma expressão final analítica, apresentam a vantagem de serem, em geral, de

fácil aplicação e implementação computacional.

Por outro lado, sendo baseados em medições realizadas em locais

específicos, modelos empíricos tendem a não fornecer resultados muitos confiáveis

quando aplicados a regiões que difiram significativamente da região original das

medidas. A precisão destes modelos pode, deve ser refinada, através de ajuste de

seus parâmetros com base em medidas nas regiões em que serão aplicados.

Page 44: PROJETO DE RÁDIO FREQUÊNCIA APLICADO A REDES 3G(WCDMA) PARA AS CIDADES DO RECIFE-PE E JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE

43

4.3.1.1 Modelo de Hata (Okumura-Hata)

O modelo de Hata é uma formulação empírica do modelo gráfico de Okumura.

A atenuação em áreas urbanas pode ser calculada na equação de Okumura-Hata

para a perda de propagação (disponível em <http://www.teleco.com.br>), utilizando a

expressão abaixo:

, (4.1)

onde:

= Atenuação em dB;

= frequência em MHz- 150≤f≤1500 MHz;

= distância em Km -1 Km≤ d≤ 20Km;

= altura do transmissor em metros -30m ≤ht≤ 200m;

=fator de correção em dB;

= altura do receptor em metros-1m≤ht≤10m.

O fator de correção depende do tipo de área em o sinal se propaga, têm-se então as

seguintes expressões:

Fator de correção para cidades pequenas e médias:

Fator de correção para cidades grandes:

(4.2)

(4.3)

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44

4.3.1.2 Modelo Estendido de Hata para PCS (COST-231)

Este modelo é a extensão do modelo de Hata para faixas de Sistemas

Pessoal de Comunicação (Personal Communication System),desenvolvido pelo

programa COST, de colaboração da comunidade européia nas áreas de ciência e

tecnologia. A atenuação pode ser calculada por:

,

onde:

: atenuação em dB;

: frequência em MHz- ;

: distância em Km- ;

: fator de correção em dB;

: altura do receptor em metros- ;

: fator de correção (sendo CM= 3dB para centros metropolitanos).

Onde a expressão do fator de correção para cidades grandes é dada por:

.

(4.4)

(4.5)

(4.6)

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45

5. PLANEJAMENTO DE REDE

Para o Planejamento de uma rede WCDMA, faz-se necessário algumas

etapas: planejamento inicial, planejamento secundário, verificação da operação do

sistema e análise geral da rede para otimizações futuras. No planejamento inicial se

faz necessário as primeiras avaliações em relação ao custo da rede, a operação dos

equipamentos para que possa atender determinada região. É nesta fase que são

realizados os cálculos para determinação das quantidades de No de B e os demais

sistemas para que os mesmos atendam os requisitos de qualidade, para que haja

um bom funcionamento do sistema.

No planejamento pós-inicial, a análise será mais minuciosa em relação à

região de propagação, onde serão necessárias ferramentas mais precisas para

cálculos de diferentes tipos de áreas dependendo de fatores como demografia e

topologia. Com a conclusão do projeto as demais verificações poderão ser

realizadas.

Principais fatores de dimensionamento para uma rede WCDMA:

Cobertura

Região de cobertura;

Tipo de informação que a célula será atendida;

Condições de propagação.

Capacidade

Avaliação do espectro;

Previsão de crescimento nos números de assinantes;

Densidade de tráfego.

Qualidade de Serviço:

Probabilidade de cobertura;

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46

Probabilidade de bloqueio;

Taxas de transferência de usuário.

As atividades de dimensionamento incluem um link de orçamento (Link

Budgets), analise de cobertura, capacidade de tráfego e as estimativas sobre as

quantidades dos elementos que compõe a rede WCDMA ( HOLMA e TOSKALA,

2007).

5.1 O Projeto

Neste trabalho será apresentada a topologia de rede, proposta para o sistema

WCDMA, onde será descrita a funcionalidade de cada componente. A topologia

inicial irá conter apenas um elemento de cada componente de rede WCDMA, e no

final do projeto será apresentada toda a rede projetada para o atendimento 3G. Os

critérios de Qualidade de Serviço (QoS) adotados serão três, atendendo as serviços

de voz e dados.

O objetivo do projeto é atender os seguintes pontos:

Arquitetura de rede, com descrição de seus componentes;

Determinação da quantidade de Nó de B, para que se tenha uma rede de

qualidade, nas cidades estudadas; Dimensionamento da cobertura da

interface aérea e do segmento de rede fixa.

No Brasil, a faixa definida pela ANATEL (Agência Nacional de

Telecomunicações) para o WCDMA é de 1900 MHz a 2100 MHz (disponível em <

http://www.teleco.com.br/3g_freq.asp>).

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47

Os Dados das cidades atendidas pelo projeto são apresentados na tabela abaixo:

Tabela 5.1 - Área de Cobertura

Região Atendida Área ( ) População (2011)

Densidade

Demográfica

)

Recife 217 1.546.516 7126

Jaboatão 257,32 650.000 2526

(Fonte: <http://pt.wikipedia.org/wiki>)

5.1.1 Funcionamento dos Blocos

Critérios de QoS

Os critérios de QoS ( Quality of Service) ou qualidade de serviço definidos para o

projeto são:

Tráfego de voz: Fator de bloqueio GoS=2% e tráfego de

20mErlang/Assinante;

Taxa de erro (tanto para voz, quanto para dado): BER= ;

Cobertura de 98% da célula e disponibilidade de 99,9% do tempo;

Velocidade de comunicação de dados, ambiente outdoor:

Taxa de 384 Kbit/s (acesso internet, w-Lan, correio eletrônico, partilha

de dados) - tráfego comutado por pacote (PS);

Taxa de 128Kbit/s (vídeo telefonia, vídeo conferência, tele-trabalho)-

tráfego comutado por pacote (PS);

Taxa de 256Kbit/s (jogos interativos, banco eletrônico)- tráfego

comutado por pacotes (PS).

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48

5.1.2 Dimensionamento das Macro-células

Nas macro-células serão ofertadas as seguintes classes de serviços, com as

respectivas taxas de erro:

Tabela 5.2 - Classes de Serviço em Macro-células

CLASSE TAXA BER SERVIÇOS

1 384

kbit/s

Acesso a internet,W-LAN, correio eletrônico, partilha de

dados (PS).

2 256

kbit/s Vídeo telefonia, vídeo conferência, tele-trabalho (CS).

3 128

kbit/s Jogos interativos, banco eletrônico.

(Fonte:<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialwcdm>)

No sistema W-CDMA, o link de subida (uplink) opera com a técnica de

modulação BIT/SK e com QPSK, no link de descida (dowlink), utilizando uma

codificação de canal turbo, permitindo taxas de 1/2, 1/3, etc. Será determinada a

relação energia de bit sobre s densidade de ruído espectral (Eb/No) em função da

BER= . A figura 5.1 abaixo mostra esta relação:

Page 50: PROJETO DE RÁDIO FREQUÊNCIA APLICADO A REDES 3G(WCDMA) PARA AS CIDADES DO RECIFE-PE E JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE

49

Figura 5.1: Comportamento de {(Eb/No)*BER] (Fonte:

<http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialwcdma3g>)

5.1.3 Dimensionamento da Carga para Serviço de Voz

Em um sistema WCDMA a carga que será oferecida ao usuário é dimensionada da

seguinte forma:

,

onde:

Classe de serviço oferecida aos usuários, que nesse projeto

assumirá o valor k=3

: Relação EB/No;

: fator de interferência para macro-célula adotamos =0,65;

Taxa de chips/s que, no caso do WCDMA, assume o valor de 3,84 Mcps(

chips/s)

: par comunicação de dados: vk=1 e para voz vk=0,5.

(5.1)

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50

Calcula-se então a carga dos sistemas, para os serviços ofertados:

;

Substituindo os valores acima na expressão 5.1, obtêm-se

ou seja,

.

.

Carga para serviço de voz serão considerados e a carga total igual do

serviço de dados, ou seja:

.

Então a potência recebida será a mesma que no sistema de dados. Em

função do codificador turbo: , então (Eb/No)= 4dB, determina-se então a

quantidade de canais de voz da portadora, através da expressão abaixo:

);

onde:

=0,65;

=12,2 Kbit/s;

= 3,84 Mcps;

(5.2)

Page 52: PROJETO DE RÁDIO FREQUÊNCIA APLICADO A REDES 3G(WCDMA) PARA AS CIDADES DO RECIFE-PE E JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE

51

=4dB;

=0,5;

A Quantidade de canais por portadora é dado pela expressão abaixo:

= k

=

,

segue então:

;

;

logo:

K= 139,7 usuário/portadora.

5.1.4 Determinação da Potência Mínima Recebida para Dados e Voz para a

Carga do Projeto

Calcula-se a potência mínima recebida para dados e voz através da expressão 5.4:

;

(5.3)

(5.4)

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52

Onde:

é o fator de ruído do sistema do receptor da BS.

Nesse projeto será adotado, um fator de ruído de 3dB ou seja =2.

K→20ºC; W=3,84 Mcps; K=1,39 .

Substituindo as constantes acima, temos que:

3,84. 1,39. =3,1278 W;

logo, a potência mínima para a carga desse projeto resulta em :

94,078bBm;

Esta é a potência mínima para a carga projetada, em função das classes de

serviços. Pode-se determinar a relação sinal ruído S/N instantânea no momento de

carga máxima, através da equação 5.6.

Logo a relação sinal ruído instantânea na carga será de:

(5.6)

(5.5)

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53

Esse projeto tem como meta uma taxa de e uma disponibilidade

de 99,9%. Será adotado um canal modelado tipo Rice, que mais se aproxima das

características do canal, e será utilizado um fator K=30.

Determinação da relação sinal ruído média:

(db)

Figura 5.1: Curvas de relação Sinal/Ruído médio

(Fonte: <http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialwcdma3g>)

;

(5.7)

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54

Com a relação sinal ruído média, determina-se através da equação 5.8, qual a

potência média que será trabalhada nesse projeto:

=

;

;

Esta é a potência necessária para que seja mantida uma disponibilidade de 99,9% e

uma taxa de erro BER= .

5.1.5 Determinação da Atenuação no Enlace de Subida (Uplink)

A atenuação no enlace de subida é calculada através da equação 5.9:

Para uma carga de

ERB (dbi)-(PR(dBm)+M);

onde:

M: Margem de erro do projeto. Adotaremos uma margem de 3,5dB;

(MS): para celulares 3G, representa a potência transmitida que é de

28dBm;

(5.8)

(5.9)

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55

(MS): Ganho da antena do celular, seu valor é igual a zero, por ser

omnidirecional;

ERB: Ganho da antena da BS, valor comercial e deste projeto: 15dB.

Sendo :

,

temos então a atenuação no enlace de subida:

dbm-(-92,08+3,5db);

5.1.6 Determinação da Atenuação no Enlace de Descida (Downlink)

A atenuação de dowlink é dada pela expressão abaixo:

MS (dBi)-LCC-

(PR(dBm)+M);

onde:

é a potência transmitida pela ERB (No B). Será adotada

em nossos rádios a potência comercial de 20W ou 43dbm (valores de

mercado).

LCC(dB) =L cabo (dB)+ LConector(dB).

As torres neste projeto assumem altura média de hb= 35m, e para o telefone

móvel utiliza-se a altura hm=1,5m.

(5.10)

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56

O cabo que será utilizado é o RG50 com atenuação de LCabo (dB/m)= 0,17dB/m, e

o conector LConector= 2dB.Sendo assim a soma das perdas nos cabos e

reconectores é dada pela a expressão 5.11.

LCC(dB)= 0,17db/m*h0+ LConector(db)=0,17*35+2=7,95dB

Será considerada que a potência necessária para o móvel funcionar, a uma taxa de

transmissão de 384Kbit/s e com taxa de erro BER= , é igual a:

;

Logo se pode determinar a atenuação de dowlink neste projeto:

MS (dBi)-Loutras-

(PR(dBm)+M)=

- ;

.

O dimensionamento do raio da célula será em função do link que apresentar

menor atenuação, ou seja, o upilink. A atenuação que é considera para o cálculo da

célula é de 131,58dB do enlace de subida. Na atenuação total do sistema deve ser

considerado o desvanecimento, conforme segue a expressão 5.12:

,

onde:

Path Loss;

(5.12)

(5.11)

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57

: perda por desvanecimento.

: perda de corpo.

: perdas indoor.

Para a carga dimensionada nesse projeto temos que a atenuação total deve ser:

.

Agora é determinada a variabilidade do meio σL, que contribui com a parcela do

desvanecimento lento, conforme a equação 5.13.

(dB)=0,65 ;

onde:

Usa-se A=7,2 para o meio urbano denso, o que será o primeiro meio a ser analisado

neste projeto.

A Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações),segundo consulta número 724,

reserva 120MHz para serviços de 3G, com dois blocos de 55MHz+55MHz e

frequência de 1,9 GHz (uplink) a 2,1 GHz (dowlink) (disponível em <

http://www.teleco.com.br>).

(5.13)

)

(5.14)

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58

Substituindo na equação 5.13, tem-se:

(dB)=0,65 ;

O coeficiente de propagação neste projeto adota o coeficiente de terra plana g=4. A

cobertura projetada é de 98% da célula atendida pela BS. Assim, pode-se

determinar a componente do desvanecimento Ls.

Desta forma encontra-se a cobertura da fronteira da célula, conforme gráfico

apresentado na figura abaixo:

Figura 5.3: Curva de Cobertura na Borda

(Fonte: <http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialwcdma3g>)

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59

Pelo gráfico acima se observa uma cobertura de borda da célula de 90%, logo pode-

se calcular através da função 5.14.

Do gráfico da função Q determina-se:

;

.

Calcula-se então o desvanecimento para áreas urbanas densas:

, então o desvanecimento em áreas urbanas é 111,58dB.

Os valores para as perdas internas variam de 8 a 20dB, neste projeto a perda

indoor para áreas urbanas densas é de 10dB;

O valor de perda de corpo (body loss) é de 0 dB.

5.1.7 Cálculo do Raio da Célula para Áreas Urbanas Densas

O raio será calculado pelo o modelo estendido de Hata para PCS (COST-231),

conforme a expressão 5.15:

,

onde:

(5.14)

(5.15)

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60

: atenuação em dB;

: frequência em MHz- ;

: distância em Km- ;

: fator de correção em dB;

: altura do receptor em metros- ;

: fator de correção (sendo CM= 3dB para centros metropolitanos).

O fator de correção para cidades para cidades grandes é calculado através da

expressão 5.16.

Sendo assim temos:

-

- 25,29

.

Para efeitos práticos fazemos uma aproximação do raio urbano denso para 200m.

(5.16)

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61

5.1.8 Cálculo do Raio da Célula para Áreas Urbanas

O raio será calculado pelo o modelo de Hata (Okumura-Hata), método usado para

cálculos das perdas em áreas urbanas através da expressão 5.17:

Calcula-se então a perda nas áreas urbanas:

.

Os valores para as perdas internas variam de 8 a 20dB, neste projeto a perda

indoor para áreas urbanas é de 8dB;

O valor de perda de corpo (body loss) é de 0 dB.

Sendo assim calcula-se o raio para áreas urbanas através da expressão 5.17.

21,33-3+34,78*log d

34,78*log d

.

Para efeitos práticos será feita uma aproximação do raio urbano para 350m.

(5.17)

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62

5.1.9 Cálculo do Raio da Célula para Áreas Suburbanas

Será calculado o raio das áreas suburbanas pelo o modelo de Hata (Okumura-Hata),

variando apenas o fator de correção, que será calculado para médias e pequenas

cidades, através da expressão 5.18 abaixo:

;

Sendo assim, temos que o total das perdas em áreas suburbanas:

;

.

Logo, calcula-se o raio da célula:

.

Para efeitos práticos será feita aproximação do raio suburbano para 650m.

(5.18)

))

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63

5.2 Cálculo da Área da Célula

Serão calculadas as áreas de coberturas para as regiões urbanas, urbanas

densas e suburbanas das cidades de Jaboatão-PE e Recife-Pe. Para o cálculo das

respectivas regiões utilizou-se o MapInfo Professional que é uma ferramenta de

mapeamento abrangente, que permite realizar várias análises geográficas, neste

projeto o software foi utilizado para particionar as regiões das cidade em áreas

densas, urbanas e suburbanas, facilitando assim o somatório das áreas

analisadas.utilizou-se também o google Earth para auxiliar nas identificações das

regiões.

Mapa da cidade do Recife-PE

Figura 5.4: Mapa da cidade de Recife-PE

(Fonte: MapInfo Professional-2008)

Regiões:

Urbanas

Suburbanas

Urbanas densas

Mapa de Recife

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64

Mapa da cidade de Jaboatão-PE

Figura 5.5: Mapa da cidade de Jaboatão-PE

(Fonte: MapInfo Professional-2008)

A área da célula é dada pela equação abaixo:

Onde S é a área de cobertura, r é o raio máximo da célula e K é uma

constante que está relacionada aos setores de cobertura, onde este irá depender da

configuração do site. Deve-se levar em consideração que um site com seis setores

não exatamente é um hexágono. À medida que se aumenta a quantidade de setores

deve-se ter uma observância maior em relação ao processamento em excesso

Mapa de Jaboatão

Regiões:

Urbanas

Suburbanas

Urbanas densas

(5.19)

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65

(overhead) e a transferência macia (soft handover) refere-se a uma característica

utilizada pelo CDMA e W-CDMA, em que um telefone celular está simultaneamente

ligado a dois ou mais células (ou sectores de célula) durante uma chamada, para

garantir uma estimativa precisa (Toskala2007).

Neste projeto serão utilizados três setores. Logo o fator K=1,95.

5.2.1 Determinação da Quantidade de Células na Cidade de Recife-PE

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) obriga as operadoras a

cobrir 80% do território de um município. Para verificação da qualidade e alcance do

sinal a Anatel utiliza dois métodos: A predição e os drives testes. O primeiro é feito a

partir de softwares que levam em consideração onde estão as torres e calculam o

alcance do sinal. Os drives testes, por sua vez são medidas de campo, realizadas

com um carro em circulação. (disponível em <http://www.estadao.com.br/noticias/>).

Neste projeto serão consideradas 80% das áreas das regiões para o cálculo

das Node Bs, devido às limitações físicas e geográficas que contribuem para a

existência das áreas de sombras, onde a qualidade do sinal é muito baixa ou

inexistente.

Total de células nas regiões urbanas densas:

=1,95*

;

(5.20)

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66

Total de células nas regiões urbanas:

:

=1,95*

;

Total de células nas regiões suburbanas:

=1,95*

;

5.2.2 Determinação da Quantidade de Células na Cidade de Jaboatão-PE

Total de células nas regiões urbanas densas:

;

=1,95* ;

;

Total de células nas regiões urbanas:

:

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67

=1,95*

;

Total de células nas regiões suburbanas:

=1,95*

;

Dimensionamento de Macro-Células:

Na tabela abaixo estão as totalidade de Node B calculadas para todas as áreas das

cidades de Recife-PE e Jaboatão-PE.

Tabela 5.3 - Total de Nó de B

Região Total de Células Total de Node B (BS)

Recife 203,39 203

Jaboatão 61,96 62

Total 265,35 265

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68

Dados de operadoras que atendem as cidades do projeto:

Tabela 5.4: - Total de Nó de B da operadora A

Operadora A Total de Nó de B (BS) )

% de Melhoria

Recife-PE 92 111 54%

Jaboatão-PE 27 35 56%

(Fonte: Anatel, 2012)

Tabela 5.5 - Total de Nó de B da operadora B

Operadora B Total de Nó de B (BS) )

% de Melhoria

Recife-PE 148 55 27%

Jaboatão-PE 36 26 41%

(Fonte: Anatel, 2012)

Tabela 5.6 - Total de Nó de B da operadora C

Operadora C Total de Nó de B (BS) )

% de Melhoria

Recife-PE 126 77 37%

Jaboatão-PE 33 26 42%

(Fonte: Anatel, 2012)

Tabela 5.7 - Total de Nó de B da operadora D

Operadora D Total de Nó de B (BS)

)

% de Melhoria

Recife-PE 132 71 34%

Jaboatão-PE 32 30 48%

(Fonte: Anatel 2012)

Percebemos nos resultados das tabelas acima, que as operadoras precisam

aumentar a quantidade de Nó de B, tanto na cidade de Jaboatão-PE quanto na

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cidade do Recife-PE. Contanto, Os cálculos desse projeto foram realizados para as

faixas de frequências concedidas atualmente pela ANATEL para as redes 3G( 1900

MHz a 2100MHz),sendo que ainda existem operadoras que usam a faixa de

frequência de 850MHZ, alcançando assim um raio maior por célula que implica na

quantidade menor de No de B para a mesma região, o que pode representar um

porcentagem menor de melhoria em relação aos cálculos do projeto.

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6. CONCLUSÃO

Este trabalho teve por objetivo o estudo do sistema WCDMA, conforme

descritos nos tópicos iniciais do mesmo. E dimensionamento de rádio frequência

aplicados a redes 3G através do sistema de terceira geração para as cidades de

Recife e Jaboatão. Os cálculos do dimensionamento foram realizados através de

fórmulas empíricas e aplicados às subdivisões das cidades estudadas, conforme a

densidade demográfica das mesmas.

Com os resultados obtidos verificou-se que se faz necessário o aumento na

quantidade de Nó de B, nas duas cidades estudadas, para que se tenha uma maior

cobertura das regiões. Um aumento de cerca de 30% na cidade do recife e 40% na

cidade de Jaboatão na quantidade de estações de rádio base, verificaríamos um

melhor atendimento a população em relação ao alcance e qualidade do sinal.

Espera-se que os resultados apresentados neste trabalho possam ser úteis

como orientações na implantação de redes WCDMA. Porém se faz necessário a

análise com maior detalhe de inúmeros fatores, como otimização dos sites, novos

softwares que melhoram a qualidade de serviço, interoperabilidade com outras redes

como 2G e agora o 4G, entre outros fatores que podem melhorar a qualidade para

que a rede 3G seja aplicada de forma eficiente.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Page 72: PROJETO DE RÁDIO FREQUÊNCIA APLICADO A REDES 3G(WCDMA) PARA AS CIDADES DO RECIFE-PE E JABOATÃO DOS GUARARAPES-PE

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(MISHRA, 2007) MISHRA, Ajay R. Advanced Cellular Network Planning and

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(CORREA, 2008) CORRÊA, Miguel Ângelo. Tecnologias 3G: Uma visão prática,

2008. Dissertação (Especialização em Tecnologias, Gerência e Segurança de

Redes de Computadores)- Instituto de Informática, Universidade Federal do Rio

Grande do Sul.

(MOREIRA, 2010) MOREIRA, Carla Matheus. Interferência no sistema WCDMA,

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