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DESPERTAR É um pássaro, é uma rosa, É o mar que me acorda? Pássaro ou rosa ou mar, Tudo é ardor, tudo é amor. Acordar é ser rosa na rosa, Canto na ave, água no mar Eugénio de Andrade PROJETO EDUCATIVO DE AGRUPAMENTO 2017/2021 AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE

PROJETO EDUCATIVO DE AGRUPAMENTO 2017/2021Neste documento pretende-se explicitar aspetos organizacionais tendo sempre presente os princípios gerais consignados no Projeto Educativo

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Page 1: PROJETO EDUCATIVO DE AGRUPAMENTO 2017/2021Neste documento pretende-se explicitar aspetos organizacionais tendo sempre presente os princípios gerais consignados no Projeto Educativo

DESPERTAR

É um pássaro, é uma rosa,

É o mar que me acorda?

Pássaro ou rosa ou mar,

Tudo é ardor, tudo é amor.

Acordar é ser rosa na rosa,

Canto na ave, água no mar

Eugénio de Andrade

PROJETO EDUCATIVO DE AGRUPAMENTO

2017/2021

AG

RU

PA

ME

NT

O

DE

E

SC

OL

AS

E U G É N I O D E A N D R A D E

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE

PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

ANEXO II

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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Ano Letivo 2019/2020

ANEXO II- ASPETOS ORGANIZACIONAIS/FUNCIONAIS

Índice

1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................................................... 3

2– ASPETOS ORGANIZACIONAIS ....................................................................................................................................... 3

2.1 – Gestão do tempo escolar e organização dos horários das turmas .......................................................... 3

2.1.1 – Horário das atividades letivas das turmas ............................................................................................... 3

2.1.2 – Critérios para a elaboração de horários das turmas ............................................................................ 4

2.1.3 – Critérios de formação de turmas .................................................................................................................. 5

2.2 – Critérios de distribuição de serviço docente ................................................................................................... 6

2.3 – Organização dos conselhos de turma .................................................................................................................. 7

2.4 – Ocupação dos alunos .................................................................................................................................................. 8

2.5 – Informação e comunicação ...................................................................................................................................... 8

3 – ASPETOS DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM ...................................................................................................... 9

3.1. Implementação do Decreto-Lei 54/2018, de 6 de julho ………………………………………..………….…... 9

3.2. Organização das Escolas de Referência para a Educação Bilingue de Alunos Surdos(EREBAS)...22

3.3 – Estrutura curricular .................................................................................................................................................50

3.4 – Critérios gerais de avaliação ................................................................................................................................54

3.4.1. – Critérios específicos de avaliação ............................................................................................................55

3.5 – Medidas de promoção do sucesso escolar - Plano de Ação Estratégica (PAE)…...………………….55

3.5.1. - Projeto CIIL (Centro de Investigação e Intervenção na Leitura) …………………...…………..…55

3.5.2. - Apoio Educativo …………………………………………………………………………………………..…………..55

3.5.3 Projeto Fénix – “Turma Ninho”…………………………………...…………………………………………… 55

3.5.4 - Aula + ................................................................................................................................... 56

3.5.5 – Apoio ao Estudo ...............................................................................................................................................56

3.5.6 – Coadjuvação/Trabalho colaborativo …………………………………………………………………………………….57

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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1 - INTRODUÇÃO

No projeto Educativo do Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade é definida a nossa

atuação como escola que busca o desenvolvimento integral do aluno.

Neste documento pretende-se explicitar aspetos organizacionais tendo sempre presente os

princípios gerais consignados no Projeto Educativo de agrupamento.

2- ASPETOS ORGANIZACIONAIS

2.1 - Gestão do tempo escolar e organização dos horários das turmas

A organização dos horários e a distribuição do serviço docente, a efetuar pelo diretor, terão

como princípio o interesse prioritário dos alunos, procurando-se o equilíbrio dos horários

das turmas/grupos. Em todas as situações serão respeitados os normativos legais em

vigor.

2.1.1 - Horário das atividades letivas das turmas

O agrupamento funciona das 8.00h às 19.00h.

A Educação Pré-Escolar funciona, em regime normal, sendo o horário letivo das 9h às 13.00h

e das 14h às 15.30h. As Atividades de Animação e Apoio à Família funcionam das 8.15h às 9h

e das 15.30h às 19.00h.

O horário do 1º ciclo decorre das 9h às 17.30h, incluindo as Atividades de Enriquecimento

Curricular, que se vão dinamizar de forma flexível, tal como previsto na lei.

O ATL de Pontas, direcionado para os alunos do 1º ciclo e que funciona em parceria com a

Junta de Freguesia de Paranhos, decorre das 8h às 9h e das 17.30h às 19.30h.

As turmas de 2º e 3º ciclo desenvolvem as suas atividades letivas preferencialmente no

turno da manhã, sendo que os horários são organizados das 8.25h às 18.10h.

Os horários das turmas são organizados de forma a garantir a distribuição equilibrada das

diferentes disciplinas, não prejudicando o horário global dos alunos.

As atividades letivas, de 2º e 3º ciclo, organizam-se em períodos correspondentes a 50

minutos.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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2.1.2 – Critérios para a elaboração dos horários das turmas

O horário letivo de cada turma deve ser organizado na procura do cumprimento do seguinte:

a) Respeito pela distribuição da carga letiva das diversas disciplinas e áreas disciplinares,

definida na matriz dos diferentes ciclos aprovada em conselho pedagógico.

b) Inexistência de tempos desocupados, vulgo “furos”.

c) A distribuição da carga horária semanal, no 2º e 3º ciclos, deve ser feita preferencialmente

de modo a não ultrapassar 8 tempos letivos diários. Se tal não for possível, poderão ser

distribuídos por 9 tempos letivos diários, desde que alguns dos tempos sejam ocupados por

disciplinas de caráter prático.

d) Evitar que as aulas de uma mesma disciplina, nos 2º e 3º ciclos, tenham lugar em dias

consecutivos.

e) As disciplinas de Língua Estrangeira I e II e de Educação Física não podem ser marcadas

em dias consecutivos. Na disciplina de Educação Física, se possível, não exceder o número de

2 turmas em simultâneo no Gimnodesportivo e o máximo de 3.

f) As aulas práticas de Educação Física só poderão iniciar-se uma hora depois de findo o

período definido para almoço no horário do respetivo grupo/turma.

g) O período máximo admissível entre as aulas de dois turnos distintos é de dois tempos.

h) A componente curricular de Apoio ao Estudo (2º ciclo), sendo facultativa para os alunos,

decorre, sempre que possível, em turno contrário ao do horário da turma ou no início ou

final de turno, de modo a não implicar tempos letivos desocupados para os alunos.

i) A componente curricular de Complemento de Educação Artística (CEA), 2º ciclo, decorre,

sempre que possível, no período da tarde, em bloco de 100 minutos.

J) As aulas de Educação Moral e Religiosa só podem ser marcadas no início ou final do turno

letivo de cada turma.

k) No horário dos alunos surdos devem ser incluídos os tempos de terapia da fala.

l) No caso dos 2.º e 3.º ciclos, as turmas bilingues devem estar afetas a uma turma de ensino

regular, do mesmo nível de ensino, nas aulas das áreas de Educação Visual, Educação

Tecnológica, Educação Física, partilhando o mesmo espaço, tempo letivo e currículo. No caso

de Educação Musical deverá ocorrer no 2º tempo do bloco de 100 minutos.

Os docentes das duas turmas assumem-se como par pedagógico. Nestas aulas deverá estar

sempre presente um Intérprete de LGP.

m) Os horários das turmas devem ser flexíveis (adequar-se) sempre que possível, às

melhores condições de construção de respostas aos problemas inerentes às medidas

propostas no Plano de Ação Estratégica de Promoção das Aprendizagens.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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n) No caso em que o professor tem apenas uma vez por semana uma Turma em que

desempenha também o cargo de Diretor de Turma, a aula de Competências/Cidadania do

Mundo Atual deve ser marcada num dia diferente.

o) A disciplina TIC funciona semestralmente em articulação com a disciplina Cidadania e

Desenvolvimento no 2º ciclo.

p) No 3º ciclo as disciplinas semestrais de Cidadania e Desenvolvimento e TIC duas

funcionam em articulação com o bloco semestral de CEA-Educação Tecnológica (100min).

q) A componente anual de Complemento de Educação Artística no 2º ciclo (100min

semanais), funcionará semestralmente, de forma articulada entre as áreas “ Comunicar em

Multimédia” e “Exprimir pelas Artes”.

2.1.3 - Critérios de formação de turmas

A formação de turmas tem como pressuposto a criação de condições de igualdade para todos

os alunos, ao longo do percurso escolar, no respeito pela lei em vigor, fundamentando-se as

opções tomadas em critérios essencialmente pedagógicos, procurando respeitar os seguintes

princípios:

a) As turmas iniciais de ciclo devem ser constituídas, sempre que possível, por alunos

provenientes do mesmo grupo e/ou turma tendo em consideração as indicações dos

educadores, professores titulares de turma ou diretores de turma.

b) Em todos os ciclos e nos anos de sequência vigora, sempre que possível, o critério da

continuidade.

c) As turmas devem ser constituídas de modo a que cada uma apresente caraterísticas

heterogéneas em termos académicos e seja equilibrada no que respeita ao género e idade.

d) Os alunos retidos/não aprovados devem ser distribuídos pelas diferentes turmas,

procurando, sempre que possível, cumprir as indicações do professor titular de turma, do

diretor de turma e dos conselhos de turma.

e) A distribuição pelas turmas de alunos com medidas educativas que permitem a redução

do número de alunos, obedece a indicações da equipa multidisciplinar.

f) Na Educação Pré-escolar, nos 1º, 2 e 3º ciclos, o número de alunos com medidas

educativas que justifiquem a redução do número de alunos na turma, é no máximo de dois,

salvaguardando-se situações devidamente fundamentadas e aprovadas em Conselho

Pedagógico.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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- Educação Pré-escolar:

a) A constituição dos grupos/turma no Jardim de Infância será feita de forma heterogénea,

sempre que possível, uma vez que os alunos são selecionados de acordo com a faixa etária,

obedecendo ao estipulado na lei.

- 1º Ciclo:

a) Um aluno retido no 1º (por imposição legal), 2º e 3º anos de escolaridade pode integrar a

turma a que pertencia por decisão do Diretor, sob proposta do professor titular de turma,

ouvido o Conselho Pedagógico.

b) Em situações excecionais, os alunos do 1º ano que não atingiram as metas curriculares e

que, por impedimento legal, não são retidos, poderão ser integrados numa turma de 1º ou de

2º ano, de acordo com a indicação do professor titular de turma e ouvido o Conselho

Pedagógico.

- 2º e 3º ciclos:

a) A constituição excecional de grupos homogéneos será alvo de parecer do Conselho

Pedagógico.

2.2 – Critérios de distribuição de serviço docente

A distribuição do serviço docente, na sua generalidade, rege-se pelos seguintes princípios:

a) Possibilitar que cada docente, inclusive os docentes da Educação Especial, acompanhe os

seus alunos ao longo dos diferentes anos de escolaridade do mesmo ciclo, desde que não

haja motivos que aconselhem o contrário.

b) Garantir, sempre que possível, a atribuição de serviço letivo aos docentes de acordo com o

seu grupo de recrutamento.

c) Assegurar obrigatoriamente a lecionação de turmas e disciplinas com prova final nacional,

evitando a acumulação destas num único docente.

d) Manter a direção de turma ao longo de cada ciclo de estudos, desde que não haja motivos

de ordem legal, ou outros, que o impeçam ou desaconselhem.

e) Assegurar a distribuição da direção de turma aos docentes do Quadro, sempre que

possível.

f) Garantir que no 2ºciclo, sempre que possível, cada docente lecione as disciplinas do seu

grupo de recrutamento.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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g) Procurar que os diferentes níveis de ensino sejam distribuídos de forma equilibrada pelos

docentes do mesmo grupo de recrutamento.

h) Em ordem à realização de reuniões de carácter pedagógico sem prejuízo de aulas, não

deverá ser distribuído serviço letivo aos docentes em período definido pela direção.

i) Os horários dos docentes de Educação Tecnológica, Educação Visual e de Educação

Musical, devem ser atribuídos na mesma sala específica. Sempre que possível, as salas de

Educação Tecnológica, Educação Visual e de Educação Musical, devem ser atribuídas a

docentes destas disciplinas.

j) A atribuição de coadjuvação aos alunos com medidas educativas adicionais e que careçam

de apoio personalizado nas aulas será assegurada por docentes de todos os grupos de

recrutamento, preferencialmente na componente não letiva.

No que refere aos docentes e técnicos pertencentes ao Departamento Especializado de Apoio

à Educação Inclusiva (DEAEI) deverá, também, ser tido em consideração, sempre que

possível:

a) Afetação dos docentes de LGP em cada um dos grupos/turmas da frequência bilingue

precoce, do jardim-de-infância bilingue e das turmas bilingues do 1º ciclo, 2º e 3º ciclos.

b) Afetação de um par de intérpretes de LGP a cada duas turmas de ensino bilingue do 1º, 2º

e 3º ciclos.

c) Assegurar a colocação de docentes do grupo 910 em cada uma das escolas do

agrupamento.

d) Possibilitar, sempre que possível, a continuidade na intervenção em terapia de fala.

e) Possibilidade dos horários contemplarem tempos semanais comuns ao grupo de docentes

e técnicos especializados, com funções nos grupos/turmas bilingues da Educação Pré-

escolar e do 1.º ciclo, no Centro de Apoio à Aprendizagem, destinado à programação,

elaboração de materiais de apoio às aulas e avaliação do trabalho realizado dos alunos

matriculados em turmas bilingues.

2.3 – Organização dos conselhos de turma

No início do ano letivo, todos os conselhos de turma reúnem para efetuar uma primeira

análise da turma e estabelecer estratégias de intervenção ajustadas às caraterísticas dos

alunos. Durante o ano letivo, os conselhos de turma reúnem ordinariamente no final de cada

período e, sempre que necessário, em reunião intercalar no meio do 1º período e do 2º

período para análise da turma e do percurso de cada aluno. Reúnem extraordinariamente

sempre que o diretor de turma considerar fundamental.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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2.4 – Ocupação dos alunos

Procurando proporcionar uma ocupação orientada do tempo em que os discentes

permanecem na escola em períodos sem atividade letiva, a escola oferece:

- Biblioteca Escolar, com orientação de docentes;

- Sala de Estudo, com orientação de docentes;

- Clube do Desporto Escolar, com 5 grupos equipa;

- Oficina Ser Cidadão, com orientação de docentes;

- Oficina do Saber, com orientação de docentes;

- Oficina de Expressões, com orientação de docentes;

Tentando minimizar as consequências de eventuais faltas de professores, sempre que um

docente falte deve:

- Avisar a escola via telefone, logo que possível, se a ausência é imprevista;

- Na Educação Pré-escolar, sempre que a educadora falta, as atividades são asseguradas

pelas Assistentes Técnicas;

- No 1º ciclo, sempre que possível, quando o docente falta é substituído pelo professor de

apoio que assegura a lecionação à turma. Em casos de impossibilidade de concretizar o

procedimento referido anteriormente, os alunos são distribuídos pelas outras turmas,

preferencialmente do mesmo ano de escolaridade.

- No 2º e 3º ciclos, se prevê que vai estar ausente, permutar a aula com algum docente da

própria turma ou do mesmo grupo de docência. A troca tem de que ser articulada com o

doente substituto, com a antecedência aconselhável de pelo menos 48h, e comunicada ao

diretor e aos alunos da turma, através da caderneta escolar.

2.5 – Informação e comunicação

Considerando a diversidade de intervenientes presentes numa organização escolar, a

capacidade de divulgação e de informação de muitas medidas é crucial para a obtenção do

sucesso pretendido. Neste sentido, a melhoria da comunicação é uma área na qual é

necessário investir procurando implementar sistemas de comunicação eficazes e eficientes.

Estão implementados os seguintes sistemas de comunicação que procuraremos

incrementar:

- O Correio eletrónico é um meio cada vez mais utilizado para, rapidamente, se fazer chegar

informações ou avisos.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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- O Sítio da Internet do Agrupamento procura disponibilizar informação útil e atualizada a

todos os elementos da comunidade educativa. Procura-se que seja um espaço de informação

dinâmico onde se divulguem as atividades que se vão desenvolvendo no agrupamento.

- A Plataforma Moodle do Agrupamento foi implementada com o objetivo de potenciar o

ensino e a aprendizagem para além da sala de aula. Procura, também, fomentar o trabalho

colaborativo de pares, numa partilha de recursos e estratégias pedagógicas entre docentes.

- O INOVAR Consulta e INOVAR Unicard possibilita aos Encarregados de Educação a

consulta dos dados relativos aos seus educandos, nomeadamente: faltas, avaliações,

sumários das disciplinas, agenda, registos comportamentais, movimentos do cartão pessoal,

refeições consumidas, gastos efetuados...

3 – ASPETOS DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM

3.1. Implementação do Decreto-Lei n.º 54/2018, de 6 de julho

Na sequência da publicação do Decreto-lei nº 54/2018, de 6 de julho, que estabelece o

Regime Jurídico da Educação Inclusiva, foi apresentada uma proposta de reestruturação do

Departamento de Educação Especial (DEE) que foi aprovada e que visa essencialmente,

transpor para a estrutura interna do Agrupamento as consequências organizativas das

alterações legislativas.

Perante as mudanças concetuais e organizativas apontadas na legislação, complementada

com o Manual de Apoio à prática, foi efetuado um processo reflexivo, no âmbito do

Departamento de Educação Especial do Agrupamento, no sentido de explicitar, através dos

seguintes pressupostos, orientações que permitam gerir o processo de transição para um

novo paradigma educacional.

I - Recursos específicos do Agrupamento

1- Constituem recursos organizacionais específicos de apoio à aprendizagem e à inclusão:

a) Departamento Especializado de apoio à educação inclusiva (DEAEI);

b) Equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva (EMAEI);

c) Centro de apoio à aprendizagem (CAA);

d) Escolas de referência para a educação bilingue (EREBAS)

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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2- Constituem recursos específicos de apoio à aprendizagem e à inclusão:

a) Docentes especializados do grupo 910

b) Docentes especializados do grupo 920

c) Docentes de Língua Gestual Portuguesa (grupo 360)

d) Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa

e) Terapeutas da fala

f) Psicólogo(s)

g) Técnicos do Centro de Recursos para a Inclusão (CRI)

h) Técnicos das equipas locais de intervenção

i) Outros técnicos especializados

3- Para além dos recursos nos pontos 1 e 2, deve ter-se em atenção que devem ser

mobilizados todos os recursos do Agrupamento, quer do ponto de vista organizacional, quer

de recursos humanos.

II - Departamento Especializado de apoio à educação inclusiva

1- O Departamento Especializado de apoio à educação inclusiva (DEAEI) é uma estrutura de

coordenação e supervisão pedagógica do Agrupamento

2- O DEAEI engloba os recursos humanos específicos de apoio à aprendizagem e à inclusão

referidos nas alíneas a) a f) do número 2 do ponto I

3- Cabe ao DEAEI, entre outros aspetos:

a) Colaborar com os órgãos de gestão e coordenação do Agrupamento para a

sensibilização e dinamização da comunidade escolar em relação ao desenvolvimento

de uma escola inclusiva;

b) Fomentar condições para o desenvolvimento da educação de alunos surdos em

ambiente bilingue que possibilite o domínio da Língua Gestual Portuguesa, o domínio

do português escrito e, eventualmente, falado, num contexto de escola de referência

para a educação bilingue de alunos surdos;

c) Colaborar com os diferentes intervenientes na comunidade educativa de modo a ser

possível implementar e monitorizar uma abordagem multinível;

d) Contribuir para a diversificação de estratégias e métodos de ensino, nomeadamente

através da utilização do Desenho Universal da Aprendizagem

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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e) Envolver as famílias como parceiros privilegiados no que diz respeito às respostas

educativas do Agrupamento;

f) Articular a sua ação com a Equipa Multidisciplinar de apoio à educação inclusiva;

g) Identificar as necessidades de formação dos docentes e do pessoal não docente e

propor ações;

h) Promover encontros de divulgação e debate de temáticas da área da educação

inclusiva

i) Estabelecer protocolos com a comunidade educativa e outras entidades/organizações

III - Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva

1- A Equipa Multidisciplinar de apoio à educação inclusiva (EMAEI) do Agrupamento é

constituída por elementos permanentes e por elementos variáveis.

2- São elementos permanentes da EMAEI, designados pelo Diretor:

a) Elemento da Direção com a responsabilidade do apoio à educação inclusiva;

b) Coordenador(a) do Departamento Especializado de Apoio à Educação Inclusiva

c) Coordenador(a) do Departamento da Educação Pré-Escolar;

d) Coordenador(a) do Departamento do 1.º ciclo;

e) Coordenador(a) dos Diretores de Turma;

f) Responsável pelo Serviço de Psicologia e Orientação (SPO).

3- São elementos variáveis da EMAEI, podendo ser convocados de acordo com as

necessidades:

a) Diretor

b) Docente titular do grupo/turma do aluno

c) Diretor de Turma do aluno

d) Docentes do grupo 910

e) Docentes do grupo 920

f) Docentes do grupo 360

g) Terapeutas da fala

h) Intérpretes de LGP

i) Técnicos do CRI

j) Técnicos das Equipas Locais de Intervenção (ELI)

k) Equipa de saúde escolar dos ACES/ULS

l) Outros técnicos

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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m) Coordenadores de estabelecimento

n) Responsáveis por estruturas do Agrupamento (sala de estudo, tutorias…)

o) Pais e encarregados de educação

p) Alunos

4- A coordenação da EMAEI é da responsabilidade do elemento da Direção com a

responsabilidade do apoio à educação inclusiva em articulação com o(a) coordenador(a) do

Departamento Especializado de Apoio à Educação Inclusiva

5- Cabe ao coordenador da EMAEI:

a) Marcar as reuniões;

b) Convocar os membros permanentes para as reuniões;

c) Identificar e convocar os elementos variáveis para cada reunião;

d) Dirigir os trabalhos;

e) Supervisionar os recursos organizacionais específicos e os recursos humanos

específicos

6- Cabe à EMAEI, entre outros:

a) Analisar os documentos do processo de identificação da necessidade de medidas;

b) Decidir pela necessidade, apenas, da aplicação de medidas universais devolvendo o

processo ao Diretor;

c) Propor a implementação de medidas de suporte à aprendizagem;

d) Elaborar o Relatório Técnico-pedagógico, nos prazos determinados no DL 54/2018;

e) Elaborar o Programa Educativo Individual, se aplicável;

f) Elaborar o Plano Individual de Transição, se aplicável;

g) Ouvir os pais e encarregados de educação na elaboração do Relatório Técnico-

pedagógico e, se aplicável, do Programa Educativo Individual e do Plano Individual de

Transição;

h) Ouvir os alunos, sempre que possível, na elaboração do Relatório Técnico-pedagógico

e, se aplicável, do Programa Educativo Individual e do Plano Individual de Transição;

i) Prestar apoio à implementação, acompanhamento e monitorização da eficácia das

medidas de suporte à aprendizagem;

j) Aconselhar todos os docentes do agrupamento na implementação de práticas

pedagógicas inclusivas;

k) Acompanhar o funcionamento do Centro de Apoio à Aprendizagem;

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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l) Propor ao diretor da escola, com a concordância dos pais ou encarregados de

educação, o ingresso antecipado ou o adiamento da matrícula, nos termos do disposto

no artigo 8.º do Decreto--Lei n.º 176/2012, de 2 de agosto;

m) Garantir condições para que toda a informação resultante da intervenção técnica e

educativa esteja sujeita aos limites constitucionais e legais, designadamente ao

disposto na legislação sobre proteção de dados pessoais, no que diz respeito ao

acesso e tratamento desses dados e sigilo profissional;

n) Propor diversas ações visando sensibilizar a comunidade educativa para a educação

inclusiva

7- Os elementos permanentes da EMAEI têm, no seu horário semanal, um tempo de

componente não letiva de estabelecimento para reunir.

IV - Centro de Apoio à Aprendizagem

1- O Centro de Apoio à Aprendizagem (CAA) constitui uma estrutura de apoio agregadora

dos recursos humanos e materiais, dos saberes e competências da escola

2- É criado um CAA em cada uma das escolas do agrupamento.

3- O CAA deve envolver e articular os recursos humanos adstritos, entre outros a:

a) Apoio Educativo;

b) Sala de estudo;

c) Apoio Tutorial;

d) Departamento Especializado de Apoio à Educação Inclusiva;

e) Serviço de Psicologia e Orientação;

f) Centro de recursos para a inclusão;

g) BE/CRE;

h) Projeto REDES

4- A coordenação executiva do CAA é da responsabilidade de:

a) Coordenador(a) de Estabelecimento nas EB Augusto Lessa, Covelo e Costa Cabral;

b) Adjunto(a) do Diretor na EB Eugénio de Andrade

5- A coordenação executiva do CAA é articulada com a coordenação da EMAEI e do DEAEI.

6- O trabalho realizado no CAA pelos docentes do DEAEI é considerado componente letiva

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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7- Na EB Eugénio de Andrade deverá ser garantida a presença permanente no CAA de um

docente do DEAEI.

8- Cabe ao CAA, entre outros:

a) Apoiar a inclusão das crianças e jovens no grupo/ turma e nas rotinas e atividades da

escola, designadamente através da diversificação de estratégias de acesso ao

currículo;

b) Promover a qualidade da participação dos alunos nas atividades da turma a que

pertencem e nos demais contextos de aprendizagem;

c) Complementar a atividade letiva com o desenvolvimento de competências específicas

e/ ou funcionais;

d) Trabalhar competências comportamentais e atitudinais dos alunos;

e) Desenvolver, nos alunos, métodos de estudo;

f) Apoiar os docentes do grupo ou turma a que os alunos pertencem;

g) Apoiar a criação de recursos de aprendizagem e instrumentos de avaliação para as

diversas componentes do currículo;

h) Desenvolver metodologias de intervenção interdisciplinares que facilitem os

processos de aprendizagem, de autonomia e de adaptação ao contexto escolar;

i) Promover a criação de ambientes estruturados, ricos em comunicação e interação,

fomentadores da aprendizagem;

j) Apoiar a organização do processo de transição para a vida pós-escolar;

k) Promover e apoiar o acesso ao lazer, à participação social e à vida autónoma.

9- Todos os espaços de funcionamento pedagógico, farão parte integrante do centro de apoio

à aprendizagem de cada escola numa lógica de rentabilização dos recursos existentes

V - Funções dos docentes especializados do grupo 910

1- O docente especializado assume um papel essencial no processo de flexibilidade

curricular, contribuindo para a promoção de competências sociais e emocionais,

envolvendo os alunos ativamente na construção da sua aprendizagem, promovendo o

desenvolvimento das áreas de competências inscritas no Perfil dos alunos à saída da

escolaridade obrigatória, nomeadamente, a capacidade de resolução de problemas, o

relacionamento interpessoal, os pensamentos crítico e criativo, a cidadania.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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2- Cabe aos docentes especializados, entre outros aspetos:

a) Fazer parte efetiva do Conselho de Ano ou Conselho de Turma;

b) Participar na identificação da necessidade de implementação de medidas de apoio à

aprendizagem;

c) Efetuar avaliação especializada por solicitação da EMAEI;

d) Colaborar com os docentes do grupo/turma na implementação de processos de

gestão dos ambientes de sala de aula, nomeadamente do Desenho Universal da

Aprendizagem;

e) Colaborar na implementação, na sala de aula, de medidas universais, seletivas e

adicionais de apoio à aprendizagem;

f) Trabalhar colaborativamente, com os intervenientes no processo educativo, na

adaptação dos recursos e materiais;

g) Prestar apoio direto aos alunos complementar ao trabalho desenvolvido em sala de

aula ou em outros contextos educativos.

h) Dinamizar atividades no Centro de Apoio à Aprendizagem;

i) Participar no processo de monitorização da aplicação das medidas de suporte à

aprendizagem;

j) Lecionar áreas curriculares específicas para alunos com adaptações curriculares

significativas;

k) Participar na implementação do Plano Individual de Transição;

l) Desenvolver ações de sensibilização da comunidade educativa para a escola inclusiva

VI - Critérios de distribuição de serviço

1- No que se refere aos recursos humanos específicos de apoio à aprendizagem e inclusão,

do grupo de recrutamento 910, deverá ser tido em consideração, na distribuição de serviço:

a) Afetar um docente especializado ao Centro de Apoio à Aprendizagem de cada escola;

b) Afetar, pelo menos, um docente especializado a cada escola;

c) Afetar um docente especializado para coadjuvação sempre que se justifique;

d) Dar prioridade, sempre que possível, à continuidade pedagógica.

2- No que se refere aos recursos humanos específicos de apoio à aprendizagem e inclusão,

do grupo de recrutamento 910, deverá ser tido em consideração, na organização do seu

horário:

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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a) Dar prioridade aos tempos letivos ocupados no Centro de Apoio à Aprendizagem

(CAA), nomeadamente na implementação de áreas curriculares específicas;

b) Atribuir um tempo não letivo semanal para a reunião de articulação com os docentes

titulares de turma ou diretores de turma e/ ou atendimento aos encarregados de

educação;

c) Atribuir dois tempos não letivos semanais para a realização de avaliação

especializada.

VII - Identificação das medidas de suporte à aprendizagem

1- A identificação da necessidade de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão deve

ocorrer o mais precocemente possível e efetua-se por iniciativa dos pais ou encarregados de

educação, dos serviços de intervenção precoce, dos docentes ou de outros técnicos ou

serviços que intervêm com a criança ou aluno, seguindo-se os seguintes procedimentos.

a) A identificação é formalizada através do preenchimento de um formulário

disponível nos Serviços Administrativos e na plataforma moodle do

Agrupamento;

b) O formulário preenchido bem como outros elementos complementares deve ser

entregue em envelope fechado nos Serviços Administrativos;

c) Os serviços administrativos enviam os documentos para o Diretor;

d) O Diretor, no prazo de três dias úteis, a contar do dia útil seguinte ao da entrada

dos documentos dos serviços administrativos, solicita à EMAEI a elaboração de

um relatório técnico-pedagógico, de acordo com o modelo aprovado pelo

Conselho Pedagógico;

e) Nas situações em que a EMAEI conclui que apenas devem ser mobilizadas

medidas universais de suporte à aprendizagem e à inclusão, devolve o processo ao

diretor, no prazo de 10 dias úteis, a contar do dia útil seguinte ao da respetiva

deliberação, com essa indicação.

f) Nos casos previstos na alínea anterior, o diretor devolve o processo ao professor

titular de turma ou ao diretor de turma para comunicação da decisão aos pais ou

encarregados de educação;

g) O Relatório técnico-pedagógico (RTP) deve ficar concluído no prazo máximo de

30 dias úteis após a apresentação ao diretor da necessidade de medidas de

suporte à aprendizagem e à inclusão

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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h) O RTP é submetido à aprovação dos pais ou encarregados de educação do aluno, a

efetivar no prazo de cinco dias úteis após a sua conclusão, devendo ser datado e

assinado por estes e, sempre que possível, pelo próprio aluno;

i) No caso do RTP não merecer a concordância dos pais ou encarregados de

educação, devem estes fazer constar, em anexo ao relatório, os fundamentos da

sua discordância;

j) Sempre que sejam propostas adaptações curriculares significativas, o RTP é

acompanhado de um programa educativo individual (PEI) que dele faz parte

integrante;

k) Obtida a concordância dos pais ou encarregados de educação, o RTP e, quando

aplicável, o PEI são apresentados ao Conselho Pedagógico para apreciação;

l) O diretor dispõe do prazo de 10 dias úteis para homologar o relatório técnico -

pedagógico e, quando aplicável, o programa educativo individual e proceder à

mobilização das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão neles previstas.

2- Para além dos procedimentos descritos no número anterior devem ser privilegiadas

avaliações do tipo rastreio/despiste, podendo ser realizadas no início e em vários momentos

do ano letivo, com o objetivo de apoiar a definição de áreas prioritárias de intervenção para

todos, bem como de identificar os alunos em risco que podem necessitar de avaliações e

intervenções mais intensivas. Nesse sentido devem ser realizadas, no início de cada ano

letivo, reuniões de Conselho de ano e Conselho de Turma, nas quais:

a) O docente especializado e outros técnicos especializados participam como membros

integrantes do Conselho e como elementos mediadores/consultores;

b) São discutidas as caraterísticas do grupo/turma e definidas as medidas universais a

serem implementadas para todos os alunos;

c) São identificados os alunos que eventualmente necessitam de medidas seletivas e

adicionais de apoio à aprendizagem e inclusão;

d) É elaborada uma ata contendo as opiniões dos diferentes elementos do Conselho

sobre as necessidades de medidas de suporte à aprendizagem e a sua implementação;

e) A ata da reunião é encaminhada para a EMAEI seguindo-se a partir daí o disposto no

Decreto-lei 54/2018.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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3- A avaliação especializada é realizada por solicitação da EMAEI, tendo-se em conta o

seguinte:

a) A EMAEI designa quem são os elementos a efetuar a avaliação. Deve,

obrigatoriamente, englobar um ou dois docentes de educação especial, sendo que um

deve ser da escola que o aluno frequenta;

b) Um dos momentos da avaliação poderá passar pelo Centro de Apoio à Aprendizagem

da escola;

c) A avaliação deve utilizar os instrumentos construídos pelo DEAEI, numa forma

holística tendo em conta os vários documentos de referência existentes;

d) A avaliação sobrepõe-se a todo o serviço docente, exceto letivo;

e) No horário do docente especializado deverão estar salvaguardados dois tempos não

letivos semanais para a realização das avaliações;

f) A avaliação é entregue à EMAEI nos prazos determinados seguindo-se a partir daí os

procedimentos já definidos

VIII - Implementação das medidas de suporte à aprendizagem

1- As medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão são organizadas em três níveis de

intervenção: universais, seletivas e adicionais.

2 — As medidas de diferente nível são mobilizadas, ao longo do percurso escolar do aluno,

em função das suas necessidades educativas, podendo ser cumulativas.

3- As medidas universais são mobilizadas para todos os alunos e podem ser, entre outras:

a) A diferenciação pedagógica;

b) As acomodações curriculares;

c) O enriquecimento curricular;

d) A promoção do comportamento pró -social;

e) A intervenção com foco académico ou comportamental em pequenos grupos.

4- As medidas universais devem ser definidas no Plano de Trabalho do grupo/Turma pelo

docente titular de grupo/turma ou Diretor de Turma, após trabalho colaborativo com o

docente especializado

5- As medidas seletivas visam colmatar as necessidades de suporte à aprendizagem não

supridas pela aplicação de medidas universais e destinam-se a alunos com distanciamento

significativo no desenvolvimento educativo, comportamental / social. Podem ser:

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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a) Os percursos curriculares diferenciados;

b) As adaptações curriculares não significativas;

c) O apoio psicopedagógico;

d) A antecipação e o reforço das aprendizagens;

e) O apoio tutorial.

6- Sem prejuízo das especificidades de cada RTP deve ter-se em conta:

a) O aluno que necessitar de medidas seletivas poderá usufruir até 5 tempos semanais

de apoio direto do docente especializado,

b) Estes tempos serão preferencialmente em contexto de sala de aula podendo, em

situações justificadas, ser desenvolvidos noutros contextos;

c) Tendo em conta o perfil do aluno o apoio tutorial poderá ser desenvolvido pelo

docente especializado;

d) O aluno poderá usufruir de apoio direto de docentes das diferentes disciplinas, nos

2.º e 3.º ciclos e de Apoio Educativo no 1.º ciclo, sendo que os tempos deverão ser

definidos pela EMAEI

7- As medidas adicionais visam colmatar dificuldades acentuadas e persistentes ao nível da

comunicação, interação, cognição ou aprendizagem que exigem recursos especializados de

apoio à aprendizagem e à inclusão. A mobilização das medidas adicionais depende da

demonstração da insuficiência das medidas universais e seletivas. Consideram -se medidas

adicionais:

a) A frequência do ano de escolaridade por disciplinas;

b) As adaptações curriculares significativas;

c) O plano individual de transição;

d) O desenvolvimento de metodologias e estratégias de ensino estruturado;

e) O desenvolvimento de competências de autonomia pessoal e social.

8- Sem prejuízo das especificidades de cada RTP e PEI, caso aplicável, deve ter-se em conta:

a) O aluno que necessitar de medidas adicionais deverá usufruir de apoio direto do

docente especializado, para desenvolver competências específicas ou áreas

curriculares específicas;

b) Este apoio deverá ser no mínimo de 40% da carga letiva do aluno;

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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c) Os tempos de apoio serão, preferencialmente, em contexto de sala de aula podendo,

em situações justificadas, ser desenvolvidos no Centro de Apoio à Aprendizagem ou

noutros contextos;

d) Estes alunos também poderão usufruir de apoio direto de docentes das diferentes

disciplinas, nos 2.º e 3.º ciclos e de Apoio Educativo no 1.º ciclo, sendo que os tempos

deverão ser definidos pela EMAEI

9- O coordenador da implementação das medidas propostas no relatório técnico-pedagógico

é o educador de infância, o professor titular de turma ou o diretor de turma, consoante o

caso.

10- A EMAEI define os processos de monitorização e acompanhamento da implementação

das medidas de suporte à aprendizagem e inclusão.

IX - Processo individual do aluno

1- A responsabilidade da organização do processo individual do aluno (PIA) é do docente

titular do grupo/turma no caso da educação pré-escolar e do 1º ciclo e do diretor de turma

no 2º e no 3º ciclo.

2- O docente especializado deve colaborar diretamente com o responsável pelo PIA na sua

organização.

3- O diretor define o local de arquivo do PIA e da sua consulta, tendo em conta a salvaguarda

do disposto na legislação sobre proteção de dados pessoais, no que diz respeito ao acesso e

tratamento desses dados e sigilo profissional.

4- Têm acesso ao PIA:

a) Docente titular do grupo/turma na educação pré-escolar e no 1º ciclo e diretor de

turma no 2º e 3º ciclos;

b) Docente especializado que apoia o aluno;

c) Coordenação da EMAEI, do CAA e do DEAEI;

d) Direção do Agrupamento e Coordenadoras de estabelecimento;

e) Responsável pelos serviços administrativos;

5- Os documentos do PIA não podem ser retirados do mesmo nem abandonar o local de

consulta.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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6- Caso seja absolutamente necessária a cópia de qualquer elemento do PIA deverá ser feito

um pedido de autorização e um registo, onde se anote expressamente o destino da cópia e o

que será copiado. As cópias só poderão ser feitas no local de consulta.

X - Disposições transitórias

1- As ações a seguir definidas destinaram-se a facilitar o processo de transição concetual e

organizacional entre os procedimentos legislados pelo Decreto-lei 3/2008 e pelo Decreto-lei

54/2018 e são para aplicação preferencial entre o final do ano escolar 2017/18 e o início do

ano letivo 2018/19.

2- Relativamente aos alunos atualmente abrangidos pela Educação Especial que dispõem de

um Programa Educativo Individual e para os quais foi elaborado um Relatório

circunstanciado:

a) Os docentes especializados realizaram um processo prévio de reavaliação das

medidas educativas, até ao final do ano escolar 2017/18;

b) Deste processo resultou uma proposta de identificação das medidas de suporte à

Aprendizagem e à Inclusão;

c) No início do ano letivo 2018/19 foram realizadas reuniões de Conselho de ano e

Conselho de Turma onde foram apresentadas as propostas elaboradas pelos docentes

especializados seguindo-se a partir daí o procedimento normal definido no Decreto-

lei 54/2018;

3- Relativamente aos alunos que tinham sido referenciados e avaliados no ano letivo de

2017/18, para os quais já tinha sido definido um Relatório Técnico Pedagógico (RTP), de

acordo com o Decreto-Lei 3/2008, mas ainda não tinha sido elaborado um Programa

Educativo Individual:

a) O docente especializado que efetuou a avaliação elaborou uma proposta provisória de

medidas de suporte à Aprendizagem e à Inclusão;

b) A proposta foi apresentada e discutida nas reuniões de Conselho de ano e Conselho

de Turma no início do ano letivo 2018/19, seguindo-se a partir daí o procedimento

normal definido no Decreto-lei 54/2018.

4- Quanto aos alunos que usufruíam da medida educativa Currículo Específico Individual

(CEI) ao abrigo do Decreto-lei 3/2008:

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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a) Os docentes especializados efetuaram uma proposta de reavaliação das medidas

tendo em conta os pressupostos do Decreto-lei 54/2018;

b) A proposta foi enviada à EMAEI;

c) A EMAEI elaborou, até ao início do ano letivo 2018/19, o Relatório Técnico

Pedagógico (RTP) e o Programa Educativo Individual (PEI) do aluno, se aplicável, de

acordo com o disposto no Decreto-lei 54/2018.

3.2. Organização das Escolas de Referência para a Educação Bilingue de Alunos

Surdos(EREBAS)

I - Âmbito e aplicação da proposta

Tendo já um grande historial no que concerne à Educação de Surdos, o Agrupamento de

Escolas Eugénio de Andrade sempre se pautou por um modelo educativo que preconiza a

inclusão destes alunos de uma forma saudável e responsável, desde a Frequência Bilingue

Precoce (FBP) até ao final do 3.º ciclo.

Foi sempre nosso propósito proporcionar uma educação de excelência aos alunos surdos

que frequentam o agrupamento, de modo a que estes adquiram todas as competências

necessárias para as suas futuras vivências, numa sociedade cada vez mais exigente.

Neste sentido, perante as alterações legislativas, nomeadamente a publicação do Decreto-lei

nº 54/2018, de 6 de julho, surge a necessidade de clarificar tudo aquilo que já foi

conquistado e, definir as metas que nos propomos atingir no sentido de alcançar a prática

ideal.

Para tal, este documento enuncia os pressupostos teóricos e a estrutura organizativa que

devem balizar as respostas educativas diferenciadas para os alunos surdos no contexto das

escolas de referência de educação bilíngue, enquanto recurso organizacional específico do

Agrupamento.

II - Princípios orientadores

A atual proposta de educação de surdos no nosso país busca atender às necessidades das

crianças e jovens surdos, respeitando a sua língua e cultura. Corroborando com esta

premissa, propõe-se uma educação bilíngue assente em questões educacionais, linguísticas e

culturais.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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Compreende-se a Língua Gestual Portuguesa (LGP) como língua natural dos surdos,

considerando-a fundamental como meio de acesso à informação, importante para a

interação social e para a construção da sua identidade, sendo reconhecida na Constituição da

República, como “instrumento de acesso à educação e igualdade de oportunidades”.

Na proposta bilíngue, a LGP é ensinada como primeira língua (L1), sendo a Língua

Portuguesa (LP), na modalidade escrita e/ou falada, ensinada como língua segunda (L2),

tendo como base a LGP. Também se considera como enquadrável neste modelo bilingue, o

domínio da LP como L1 e da LGP como L2, nomeadamente no caso de crianças com acesso

auditivo que o permita, tanto por apresentarem graus de surdez ligeiro e moderado, como

por utilizarem produtos de apoio com ganho funcional que possibilita o acesso à informação

preferencialmente pela via auditiva.

Desta forma, percebe-se que o bilinguismo é muito mais do que disponibilizar à criança e

jovem surdo o acesso às duas línguas. Outra premissa, amplamente suportada, refere-se à

necessidade da criança surda poder estar inserida em ambientes linguisticamente ricos,

onde a LGP possa ser o meio privilegiado de comunicação e onde possa haver contacto com

outras crianças e adultos surdos competentes naquela língua e capazes de auxiliar na

construção da sua identidade numa perspetiva sócioantropológica.

Assim, este modelo bilingue engloba também as crianças ouvintes, filhas de pais surdos e

filhas de pais ouvintes, que ao frequentarem ambientes linguísticos com pares e adultos que

dominam a LGP, também tenham a oportunidade de adquirir esta língua como L2 no seu

contexto educativo.

Assim esta EREBAS reconhece que:

1- A educação das crianças e jovens surdos deve ser feita em ambientes educativos que

contribuam para o seu crescimento linguístico, para a adequação do processo de acesso ao

currículo e para a inclusão escolar e social.

2- A diversidade de necessidades e competências das crianças e jovens surdos, implica

respostas educativas diversificadas que garantam um pleno acesso ao processo de ensino e

aprendizagem, quer seja pela via visual e/ou pela via auditiva.

3- A concentração das crianças e jovens surdos, inseridos numa comunidade linguística de

referência e num grupo de socialização constituído por adultos, crianças e jovens de diversas

idades que utilizam a LGP, promove condições adequadas ao desenvolvimento desta língua e

possibilita o desenvolvimento do ensino e da aprendizagem em grupos ou turmas com

alunos surdos, iniciando-se este processo na primeira infância, onde existe a possibilidade

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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de ter como modelo linguístico o docente de LGP, e concluindo-se, no caso do Agrupamento

Eugénio de Andrade, no final do 3.º ciclo.

4- As escolas de referência no domínio da surdez procuram proporcionar metodologias e

estratégias de intervenção interdisciplinares, com grande suporte visual e adequadas a cada

criança/jovem surdo.

5- Nas escolas de referência no domínio da surdez, as crianças e jovens surdos podem

frequentar um grupo/turma de crianças e jovens surdos ou um grupo/turma de crianças e

jovens ouvintes, assegurando:

a) O desenvolvimento da LGP como primeira ou como segunda língua;

b) O desenvolvimento da língua portuguesa como primeira ou como segunda língua na

sua vertente escrita e/ou falada;

c) A criação de espaços de reflexão e formação, incluindo a área da LGP, numa

perspetiva de trabalho colaborativo entre os diferentes profissionais, as famílias e a

comunidade educativa em geral.

6- Na educação de crianças surdas quanto mais cedo é a intervenção, melhores resultados

poderão ser alcançados. Assim, um dos principais objetivos da frequência de uma EREBAS o

mais cedo possível é possibilitar à criança a imersão num contexto linguístico rico, onde

exista um permanente banho linguístico, através de interações naturais e significativas com

pares etários e com adultos.

7- A educação de surdos e os discursos sobre a surdez devem ser pautados apenas numa

lógica de diferença linguística.

III - Escolas envolvidas

1- O Agrupamento Eugénio de Andrade constitui-se como um Agrupamento de Referência

para a Educação Bilingue de Alunos Surdos;

2- Face à necessidade da existência de um número significativo de alunos surdos para se

poder criar uma verdadeira comunidade linguística e cultural, prioritariamente serão

criadas respostas educativas bilíngues nas Escolas EB Augusto Lessa e EB Eugénio de

Andrade;

3- Independentemente da seleção preferencial das escolas referidas, as EB de Costa Cabral e

Covelo devem estar preparadas para receber alunos surdos na modalidade de integração.

Esta colocação não invalida o direito destas crianças surdas ao apoio especializado no

âmbito da EREBAS.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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IV - Destinatários das EREBAS e condições de acesso

1- As EREBAS são destinadas a qualquer bebé, criança ou jovem, desde a Frequência Bilingue

Precoce (FBP) até ao final do 3.º ciclo, com diagnóstico comprovado de surdez, com ou sem

problemáticas associadas, desde que a surdez seja no momento o domínio de intervenção

prioritário.

1.1- Nas turmas bilíngues só são admitidos alunos surdos. As crianças e jovens surdos

com outras problemáticas associadas, poderão beneficiar da frequência desta turma

desde que seja considerada uma prioridade o acesso à LGP, no processo de

desenvolvimento da criança.

2- As crianças abrangidas pelos critérios anteriores poderão ser encaminhadas por

hospitais, centros de saúde, escolas e outras entidades bem como pelas próprias famílias.

3- Para solicitar a avaliação inicial por equipa educativa é necessário o preenchimento de um

modelo próprio de identificação da necessidade de mobilização de recurso organizacional

específico, com cópia da respetiva documentação comprovativa a atestar a surdez

3.1 - A identificação pode ocorrer em qualquer altura do ano letivo, sendo que o início

da frequência fica sujeita a autorização da direção;

4- A elegibilidade para atendimento nas EREBAS depende de uma avaliação prévia, realizada

por uma equipa educativa especializada, designada expressamente pela equipa

multidisciplinar de apoio à educação inclusiva (EMAEI).

4.1- A equipa de avaliação deve ser composta por Docente de Educação Especial

(920), Docente de LGP (360) e Terapeuta da Fala.

4.2- Quando alguma dúvida desta equipa se relacionar com a prevalência de outra

problemática sobre a surdez, devem ser chamados para esta avaliação Docentes de

Educação Especial do grupo 910 e um Psicólogo.

5- A equipa de avaliação elabora uma proposta do modelo de atendimento mais adequado à

criança e das medidas de suporte à aprendizagem.

5.1- Esta proposta é enviada à EMAEI servindo de base para a elaboração do Relatório

Técnico-pedagógico (RTP)

5.2- A opção pela modalidade linguístico-comunicativo e modelo de atendimento é da

responsabilidade dos encarregados de educação ouvidos o parecer da EMAEI.

6- Podem ser efetuadas avaliações de outras crianças com surdez, a pedido de escolas e/ou

encarregados de educação, mesmo que não se destinem à frequência das EREBAS.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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7- Considerando-se elegível para a frequência das EREBAS o bebé, criança ou jovem surdo

deverá iniciar de imediato, se essa for a vontade do encarregado de educação, todo o

processo de matrícula ou transferência, conforme o caso.

7.1- Caso não seja possível, por qualquer razão, proceder à admissão imediata nestas

EREBAS do bebé, criança ou jovem avaliado, a equipa deverá tomar todas as

diligências necessárias para assegurar a resposta no mais curto espaço de tempo e

procurar, sempre que possível, respostas provisórias mais adequadas;

7.2.- Sem ultrapassar as normas em vigor, as crianças e jovens surdos devem ter

sempre prioridade de matrícula, podendo frequentar estas EREBAS

independentemente da sua área de residência e da resposta educativa

8- Durante o tempo de frequência desta EREBAS é possível a transição de turma bilingue

para a integração e vice versa, quando a resposta educativa for a que mais se adequa em

determinada fase de desenvolvimento da criança ou jovem.

8.1- A transição de uma criança da FBP para uma sala de pré-escolar nesta EREBAS

deverá acontecer a partir da data em que perfaz os três anos de idade desde que se

considere ser essa a resposta mais adequada.

9- Com exceção dos bebés da FBP é, por lei, garantido o transporte escolar a todas as

crianças e jovens surdos desta EREBAS.

10- Os jovens que frequentem o terceiro ciclo, que tenham acesso a transportes públicos na

sua área de residência e cujo tempo de viagem seja inferior ao do transporte escolar, serão

incentivados a usar os transportes públicos como competência individual de mobilidade,

desde que esta situação seja consentida pelo encarregado de educação.

11- As equipas educativas devem assegurar a existência, nos respetivos processos

individuais, de exames médicos e avaliações audiológicas atualizadas em cada ano letivo.

12- As EREBAS são também destinadas a crianças ouvintes filhas de adultos surdos (CODAS),

caso se verifique a existência de vagas após o cumprimento das prioridades anteriormente

definidas e de acordo com a legislação vigente relativa às matrículas.

V - Modelos de atendimento e respostas educativas

1 - O Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade, sempre se pautou por um modelo

organizativo capaz de assegurar diferentes respostas educativas aos alunos Surdos que

integram a sua comunidade. Neste sentido, asseguram-se as seguintes respostas educativas

para alunos surdos:

a) Frequência Bilingue Precoce;

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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b) Grupos/ Turmas Bilingues (Educação Pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclos)

c) Grupos/Turmas do Ensino Regular (Educação Pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclos)

2- Para os alunos surdos cujas medidas adicionais de suporte à aprendizagem sejam

adaptações curriculares significativas e/ou desenvolvimento de competências de autonomia

pessoal e social, é garantida, no centro de apoio à aprendizagem, uma resposta que

complemente o trabalho desenvolvido em sala de aula ou noutros contextos educativos

3- De forma complementar às respostas educativas elencadas nos pontos anteriores podem

ser criadas outras, nomeadamente visando a preparação pré-profissional.

A - Frequência Bilingue Precoce

1- A Frequência bilingue precoce (FBP) é uma resposta educativa das EREBAS para famílias

de bebés surdos entre os 0 e os 3 anos de idade com diagnóstico comprovado de surdez, com

ou sem problemáticas associadas, desde que a surdez seja no momento o domínio de

intervenção prioritário.

2- Esta resposta pretende reger-se pelo estipulado em normas nacionais de inclusão; normas

regulamentares emitidas pela Comissão de Coordenação do Sistema Nacional de Intervenção

Precoce na Infância (SNIPI) e Guidelines para a intervenção precoce.

3- São objetivos da FBP:

a) Promover o respeito pelos direitos dos bebés surdos e suas famílias a uma

resposta e intervenção precoce especializadas na surdez;

b) Colmatar uma necessidade de resposta especializada para bebés surdos e suas

famílias, dentro da EREBAS e no sistema educativo público;

c) Assegurar a divulgação das respostas educativas para bebés surdos e articular

com todos os parceiros fundamentais numa resposta de qualidade, perante o

diagnóstico precoce de surdez (hospitais; centros de saúde; ELI/SNIPI; centros

de referência para implantes cocleares; ...)

4- A equipa da FBP deve ser constituída por um docente de educação especial (920) com

formação inicial em educação de infância; um docente de LGP (360) e um terapeuta da fala

5- Esta equipa presta apoio direto a bebés surdos e suas famílias tanto no contexto da FBP

como num dos contextos de vida da criança, seja ela em creche ou domicílio

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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5.1- Para cada criança são estipulados apoios semanais, com a duração mínima de

uma hora, combinados com as famílias e estipulados de acordo com as suas

necessidades e disponibilidades

5.2- Os apoios ocorrem sempre na presença de um familiar do bebé

5.3- Enquanto não iniciam a frequência de creche os apoios domiciliários deverão

ocorrer uma vez por semana, sempre em duplas de profissionais

5.4- Quando os bebés iniciam a frequência de uma creche deixam de ter intervenção

da FBP em contexto de domicílio, passando a ter apoio na creche, uma vez por

semana

5.5- Quando o número de crianças da FBP a apoiar em contextos de vida for

incompatível com a regularidade semanal destes apoios, estes poderão ser

alternados, passando a frequência quinzenal

6- Para poder beneficiar da resposta educativa da FBP as famílias têm de fazer um seguro de

acidentes pessoais em nome do bebé

7- Para promover o contacto dos bebés e suas famílias com pares e adultos surdos da

EREBAS, a FBP participará nas atividades do Plano de Atividades desde que adequadas a

estas faixas etárias

8- A equipa da FBP assegura, primordialmente, a realização das seguintes atividades,

integradas numa lógica de intervenção interdisciplinar:

a) Avaliação do nível de desenvolvimento dos bebés surdos e das necessidades das

famílias, podendo, sempre que se justificar, fazê-lo em parceria com outras

entidades

b) Colaboração na construção do Plano Individual da Intervenção Precoce (PIIP) dos

bebés surdos acompanhados pelas diferentes ELI.

c) Elaboração, em parceria com todos os profissionais integrantes desta resposta, de

um Plano Individual da Frequência Bilingue Precoce (PIFBP) para cada criança

apoiada;

d) Implementação, acompanhamento e avaliação dos PIFBP;

e) Acompanhamento das famílias no sentido de reforçar as suas competências

parentais, nomeadamente: a participação ativa dos pais nos apoios individuais;

acompanhamento das famílias às consultas de reavaliação audiológica; promoção

do encontro de pais através do desenvolvimento de sessões de esclarecimento

sobre diferentes temáticas ajustadas aos seus interesses;

f) Identificação de necessidades de intervenção específica e dinamização de redes

formais e informais de recursos da comunidade para apoiar os bebés surdos e

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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suas famílias (protocolos com consultas de surdez infantil, centros de referência

de implantes cocleares, ELI,...);

g) Desenvolvimento de processos de transição adequados para serviços ou novos

contextos educativos;

h) Articulação com docentes e técnicos das creches dos bebés surdos e outros

parceiros que acompanham as famílias, através de reuniões de avaliação,

observação em contexto e planificação conjunta.

i) Realização e participação em reuniões de equipa (reuniões semanais de

articulação da FBP, reuniões com equipas externas das creches e das ELI, reuniões

de acompanhamento a consultas de audiologia, otorrinolaringologia, pediatria de

desenvolvimento ou outras especialidades, reuniões de escola, …)

j) Elaboração de todos os documentos necessários incluindo relatórios para equipas

externas que acompanham os bebés surdos (equipas médicas, equipas

terapêuticas, ELI,...)

B - Grupos e turmas bilingues

1- Os alunos surdos realizam predominantemente o seu percurso escolar em grupos/

turmas bilíngues, de acordo com o nível de educação e escolaridade em que se encontram, de

forma a desenvolverem a LGP como primeira língua e aceder ao currículo nesta língua.

2- Os grupos/turmas bilingues não devem ter mais do que 10 crianças/alunos

3- Relativamente aos grupos/turmas bilingues da educação pré-escolar e do 1.º ciclo, a

planificação e desenvolvimento do trabalho deverá ser pensada em termos dos fins

educativos genéricos e não como um plano de aprendizagem de línguas, tendo sempre em

conta a especificidade do trabalho a realizar a nível do desenvolvimento da comunicação.

3.1- O grupo de docentes e técnicos especializados com funções nos grupos/turmas

bilingues da Educação Pré-escolar e do 1.º ciclo reúne semanalmente para

programação, partilha e avaliação do trabalho realizado.

4- No caso dos 2.º e 3.º ciclos, as turmas bilingues devem estar afetas a uma turma de ensino

regular nas aulas das áreas de Educação Visual, Educação Tecnológica, Educação Física,

partilhando o mesmo espaço, tempo letivo e currículo.

4.1- Os docentes das duas turmas assumem-se como par pedagógico.

4.2- Nestas aulas deverá estar sempre presente um Intérprete de LGP.

5- As áreas disciplinares relativas ao 1.º ciclo das turmas bilingues estão organizadas de

acordo com as matrizes curriculares gerais, excetuando os seguintes aspetos:

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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a) Introdução da LGP como primeira língua, de forma transversal a todo o currículo

sem prejuízo de tempos específicos de duração semelhante ao Português;

b) Introdução da disciplina de Português como segunda língua para surdos, de

acordo com o programa curricular definido pelo Ministério da Educação;

c) Não frequência da disciplina de Inglês

6-- As áreas disciplinares relativas ao 2.º ciclo das turmas bilíngues estão organizadas de

acordo com as matrizes curriculares gerais, excetuando os seguintes aspetos:

a) Introdução da disciplina de LGP como primeira língua com a mesma carga horária

de Português, seguindo o Programa Curricular de LGP;

b) Introdução da disciplina de Português como segunda língua para surdos, de

acordo com o programa curricular definido pelo Ministério da Educação;

c) A frequência da disciplina de Educação Musical será feita preferencialmente em

aulas conjuntas das turmas de alunos surdos e ouvintes do 2º ciclo;

d) Não frequência da Língua Estrangeira I.

7-- As áreas disciplinares relativas ao 3.º ciclo das turmas bilingues estão organizadas de

acordo com as matrizes curriculares gerais, excetuando os seguintes aspetos:

a) Introdução da disciplina de LGP como primeira língua com a mesma carga horária

de Português;

b) Introdução da disciplina de Português como segunda língua para surdos, de

acordo com o programa curricular definido pelo Ministério da Educação;

c) Introdução da disciplina de Língua Estrangeira I, com início no nível I.

C - Grupos e turmas do ensino regular

1- Os alunos com surdez cuja língua predominante de acesso ao currículo é o Português

podem ser integrados em turmas regulares, de qualquer uma das escolas do agrupamento.

2- Estes alunos têm de cumprir a matriz curricular definida pelo Ministério da Educação,

sem prejuízo da eventual aplicação de medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão.

3 - Estas turmas devem ser constituídas por um número máximo de 20 alunos.

4 - Os alunos surdos em turmas de integração devem beneficiar de apoio de docente

especializado na área da surdez, terapeuta da fala e docente de LGP, podendo assumir a

modalidade de apoio dentro ou fora da turma.

4.1 – As crianças do nível pré-escolar e 1º ciclo, deverão beneficiar do apoio de

docente de LGP, preferencialmente junto de pares surdos da sua faixa etária.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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4.2 – Os alunos do 2.º e 3.º ciclo deverão beneficiar da disciplina de LGP como oferta

de escola.

4.3- Podem, ainda, de acordo com as suas necessidades beneficiar de apoio de

intérpretes de LGP.

VI - Recursos humanos

1- As EREBAS devem dispor de recursos humanos, de natureza multidisciplinar, que possam

assegurar as respostas adequadas aos alunos surdos tendo em conta as suas caraterísticas

individuais.

2- Nesse sentido, serão necessários:

a) Docentes especializados na área da surdez;

b) Docentes de LGP;

c) Intérpretes de LGP;

d) Terapeutas da fala;

e) Docentes de ensino regular;

f) Psicólogo;

g) Educador social;

h) Assistentes operacionais;

i) Audiologista.

3- A função destes diferentes elementos é complementar e articulada com as restantes

respostas organizativas do agrupamento, nomeadamente com os diversos departamentos e

com a equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva.

4 – Os recursos humanos específicos (docentes dos grupos 360 e 920, Intérpretes de LGP e

Terapeutas da fala) articulam a sua ação, primordialmente, com o Departamento

Especializado de Apoio à Educação inclusiva

A - Funções dos docentes do grupo 920

1- No caso da educação pré-escolar e 1.º ciclo deve existir um docente do grupo 920, a tempo

inteiro, em cada grupo/turma bilingue.

2- - Aos docentes do grupo 920, especializados na área da surdez, compete:

a) Coadjuvar áreas ou disciplinas específicas nos grupos/turmas bilíngues,

atendendo à sua habilitação profissional para a docência e à sua competência em

LGP;

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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b) Assegurar a coadjuvação com o Docente Titular de grupo/turma bilíngue da

educação pré-escolar e do 1.º ciclo;

c) Desenvolver a língua portuguesa como língua segunda nos grupos/turmas

bilíngues;

d) Apoiar os alunos surdos das turmas bilíngues, em contexto de aula ou de Centro

de Apoio à Aprendizagem;

e) Assegurar, em parceria, as funções de Direção de Turma das turmas bilíngues dos

2.º e 3.º ciclos;

f) Apoiar os alunos surdos que frequentam grupos/turmas de ensino regular através

da antecipação e reforço das aprendizagens, nas diferentes áreas de

desenvolvimento, em especial, no domínio do Português oral e escrito;

g) Apoiar, direta ou indiretamente, os docentes do ensino regular e/ou das turmas

bilíngues, na concretização das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão;

h) Elaborar e adaptar materiais para os alunos surdos;

i) Participar na elaboração, implementação e avaliação do relatório técnico-

pedagógico dos alunos surdos, e do Programa educativo individual, se aplicável.

j) Promover a avaliação/ reavaliação, encaminhamento e acompanhamento às

consultas médicas de especialidade (Pediatria, Pediatria do Desenvolvimento,

Pedopsiquiatria e Neuropediatria), no sentido de esclarecer condições clínicas

com impacto na atividade e participação do aluno, a curto, médio e longo prazo.

B - Funções dos docentes do grupo 360

1- Os docentes de LGP (grupo 360) desenvolvem a sua atividade nas seguintes modalidades

de intervenção:

a) Apoio à aquisição e desenvolvimento da LGP, de forma transversal, nos contextos

de Frequência Bilingue Precoce, Educação pré-escolar e 1.º ciclo;

b) Lecionação da disciplina específica de LGP no 1.º, 2.º e 3.º ciclos;

c) Lecionação da disciplina de LGP como L2 a alunos surdos integrados e como

oferta complementar a alunos ouvintes dos vários níveis de ensino

2 - No caso da educação pré-escolar e 1.º ciclo deve ser garantida a presença de um docente

de LGP a tempo inteiro em cada grupo/turma bilingue de forma a garantir a articulação

curricular com os outros docentes

3- Especificamente compete aos docentes de LGP:

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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a) Adequar o programa curricular nacional de LGP, definindo objetivos, conteúdos e

estratégias específicas para alunos surdos do grupo/turma bilingue

b) Lecionar a LGP como primeira língua (L1) a alunos de grupos/turmas bilíngues;

c) Constituir-se como modelo surdo na prática da produção de textos, atividades,

estratégias em LGP, de acordo com as competências dos alunos;

d) Lecionar a LGP como segunda língua (L2) a alunos surdos integrados em turmas

regulares;

e) Lecionar LGP a alunos ouvintes como disciplina opcional ou oferta complementar;

f) Apoiar os alunos que tiveram acesso tardio à língua gestual portuguesa;

g) Definir, preparar e/ou elaborar meios e suportes didáticos de apoio ao ensino

aprendizagem da Língua Gestual Portuguesa como L1;

h) Realizar avaliações formativas e sumativas, em suporte de vídeo, que permitam

avaliar o alcance dos objetivos definidos para o ano escolar bem como o

desempenho e produção da Língua Gestual Portuguesa por parte dos alunos;

i) Colaborar na realização periódica de relatórios de avaliação dos alunos.

j) Sensibilizar as famílias dos alunos surdos valorizando a cultura da comunidade

surda, contribuindo para a igualdade de oportunidades para a integração social,

educação e comunidade educativa;

k) Promover a identidade, cultura e valores socioculturais da comunidade surda;

l) Fazer e promover ações de Sensibilização em torno da LGP, Cultura, Identidade e

História da Comunidade Surda em vários contextos;

m) Participar nas reuniões de Conselho de Turma, EREBAS, Departamentos e outras

reuniões convocadas pela escola;

n) Participar e colaborar nos projetos da escola e comunidade surda;

o) Participar nas atividades da escola e fora da escola.

C - Funções dos Intérpretes de LGP

1- Os Intérpretes de LGP são parte integrante da equipa educativa das EREBAS.

Independentemente das suas funções específicas os Intérpretes de LGP têm direito a

participar, de forma ativa, em todas as reuniões (Departamento, grupos, Conselho de

Turma…) dando o seu contributo pessoal

2- Aos Intérpretes de LGP, compete especificamente:

a) Efetuar a tradução da língua portuguesa oral e escrita para a língua gestual

portuguesa e da língua gestual portuguesa para a língua oral e escrita de, entre

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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outras: aulas lecionadas por docentes ouvintes ou surdos; Reuniões de

Departamento, Conselhos de Turma, entregas de avaliação, reuniões com pais e

encarregados de educação; assembleias de escola; reuniões nas quais está

presente o/a docente, aluno(a) e/ou assistente operacional Surdo/a; ações e

projetos, internos e externos, resultantes da dinâmica da comunidade escolar;

Atividades que no Agrupamento envolvam a comunicação entre surdos e

ouvintes; Ações e sessões promovidas pelo SPO e Educador/a Social.

b) Assegurar uma circulação eficaz de toda a informação em qualquer situação no

contexto escolar como elementos ativos e participantes da equipa educativa;

c) Conhecer e respeitar a multiculturalidade da comunidade surda escolar,

compreender as suas necessidades específicas e mediar o relacionamento

interpessoal de forma a facilitar a comunicação entre todos os elementos da

comunidade escolar;

d) Participar e colaborar, como elemento ativo da equipa educativa, na elaboração de

documentos estruturantes e de regulação do funcionamento do Agrupamento;

e) Participar e colaborar, com a equipa educativa, na produção, tradução e edição de

materiais bilingues;

f) Trabalhar, de forma colaborativa, com a equipa educativa.

D - Funções dos terapeutas da fala

1- Os terapeutas da fala são parte integrante da equipa educativa das EREBAS.

Independentemente das suas funções específicas os Terapeutas da Fala têm direito a

participar, de forma ativa, em todas as reuniões (Departamento, grupos, Conselho de

Turma…) dando o seu contributo pessoal

2- Aos terapeutas da fala compete, especificamente:

a) Desenvolver competências comunicativas dos alunos surdos, de modo a que o

domínio da língua portuguesa escrita e/ou oral, possibilite que estes participem

ativamente na comunidade ouvinte, nomeadamente através da leitura de fala, da

audição, da fala, da leitura-escrita e/ou sistemas de comunicação aumentativa

e/ou alternativa;

b) Promover competências comunicativas dos interlocutores ouvintes, de forma a

haver uma comunicação eficiente com as crianças e jovens surdos;

c) Colaborar com as famílias no estabelecimento de códigos comuns de

comunicação, através de formação e participação ativa no processo terapêutico;

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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d) Elaborar e adaptar materiais para os alunos que deles necessitem;

e) Participar na elaboração, implementação e avaliação do relatório técnico-

pedagógico dos alunos surdos e do Programa Educativo Individual, se aplicável;

f) Promover a avaliação/reavaliação, encaminhamento e acompanhamento na

consulta de otorrinolaringologia e de audiologia, no sentido da melhor utilização

possível da audição e ajudas auditivas pelas crianças e jovens surdos;

g) Promover a avaliação/ reavaliação, encaminhamento e acompanhamento às

consultas médicas de especialidade (Pediatria, Pediatria do Desenvolvimento,

Pedopsiquiatria e Neuropediatria), no sentido de esclarecer condições clínicas

com impacto na atividade e participação do aluno, a curto, médio e longo prazo.

E - Funções dos docentes de ensino regular

(educação pré-escolar, 1.º, 2.º e 3.º ciclos de escolaridade)

1- Os docentes de ensino regular podem desenvolver a sua atividade com alunos com surdez,

nas seguintes modalidades de intervenção:

a) Lecionação de áreas ou disciplinas específicas nos grupos/turmas bilingues,

atendendo à sua habilitação profissional para a docência e à sua competência em

LGP;

b) Lecionação de áreas ou disciplinas específicas nos grupos/turmas do ensino

regular com alunos surdos integrados, atendendo à sua habilitação profissional

para a docência;

2- Os docentes referidos no ponto anterior podem assumir a função de docente titular ou

diretor de turma de turmas bilingues devendo, contudo, articular-se com os docentes do

grupo 920 e restante equipa educativa

3- Aos docentes do ensino regular nas modalidades referidas, compete especificamente:

a) Analisar e compreender a realidade dos alunos surdos que constituem a turma e

identificar caraterísticas específicas a ter em conta no processo de ensino e

aprendizagem;

b) Planificar o desenvolvimento das atividades a realizar com os alunos, sempre em

coadjuvação com o docente especializado na área da surdez responsável pelo

apoio ao grupo/turma;

c) Entender as necessidades dos alunos, promovendo a articulação com os

respetivos serviços especializados, em ordem a responder-lhes adequadamente;

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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d) Assegurar a implementação das medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão,

ajustando-as, sempre que considere necessário;

e) Adotar estratégias de diferenciação pedagógica que favoreçam as aprendizagens

dos alunos;

f) Conceber e delinear atividades diferenciadoras;

g) Colaborar em atividades culturais, desportivas e recreativas que envolvam os

alunos surdos;

h) Participar em ações de formação no âmbito da Surdez;

i) Avaliar os alunos, tendo em conta os objetivos e as metas curriculares definidos a

nível nacional, bem como os critérios estabelecidos pelo conselho pedagógico,

assim como o disposto no relatório técnico-pedagógico do aluno ou no seu

Programa Educativo Individual, se aplicável;

j) Partilhar, antecipadamente, com as Intérpretes de Língua Gestual Portuguesa que

acompanham a turma as atividades/recursos a implementar com os alunos, de

forma a facilitar o processo de comunicação.

k) Articular a sua ação com a Equipa multidisciplinar de apoio à inclusão, sem

prejuízo da articulação setorial com os diversos departamentos curriculares

F - Funções do Psicólogo

1- A valência de psicologia revela-se como muito importante e pretende constituir-se como

mais um agente de mudança, valorizando este contexto educativo específico e contribuindo

para a criação e implementação de respostas mais eficazes e eficientes às necessidades da

educação bilingue identificadas. Pretende, também, constituir-se como um apoio

fundamental para as diversas realidades individuais, sociais e económicas deste contexto

educativo.

2- Esta valência tem como grupo alvo os alunos (crianças e jovens surdos), os docentes e não

docentes, as famílias, os técnicos, as instituições e comunidade envolvente e idealmente

deverá ser dinamizada por um técnico de psicologia a tempo inteiro, com conhecimentos de

LGP.

3- O objetivo geral é a criação e implementação de sinergias com vista ao desenvolvimento

de competências no indivíduo, no grupo, na instituição e na comunidade, em suma de todos

os envolvidos no processo educativo, promovendo contextos facilitadores da aprendizagem.

Esta ação pode ser de caracter promocional, preventivo e/ou remediativo.

4- Ao Psicólogo, compete especificamente:

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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a) Contribuir para o desenvolvimento saudável e integral da criança/jovem surdo

(bem-estar física e psicológica), promovendo um aumento da qualidade e

satisfação com a vida.

b) Contribuir para promover o compromisso e o envolvimento com a aprendizagem

e a redução de problemas psicoeducativos (de desenvolvimento, de

comportamento, de aprendizagem, e socioemocionais).

c) Contribuir para promoção de relações interpessoais saudáveis.

d) Contribuir para a prevenção da indisciplina, violência e de outros

comportamentos de risco.

e) Contribuir para a prevenção da discriminação, promoção da cidadania ativa e

promoção da inclusão das pessoas nas suas comunidades.

5- A intervenção do Psicólogo deverá considerar três grandes níveis:

a) Intervenção universal, de cariz promocional e preventivo, dirigida a todos os

participantes no contexto educativo e que dê resposta às suas necessidades

educativas ou sócio emocionais (por exemplo, prevenção de comportamentos de

risco, promoção de relacionamentos interpessoais saudáveis);

b) Intervenção seletiva e focalizada, dirigida a grupos-alvo que necessitem de algum

apoio ou monitorização específica (por exemplo, desenvolvimento vocacional,

programas de controlo da agressividade);

c) Intervenção intensiva, de natureza remediativa, dirigida a pessoas que necessitem

de apoio para problemas crónicos ou mais graves (por exemplo, perturbações do

neurodesenvolvimento, perturbações específicas de aprendizagem).

6- O trabalho do psicólogo pode ser realizado através de apoio direto ou indireto, tendo

como destinatários quer as pessoas que participam no contexto educativo específico

(estudantes, docentes, utentes), quer as pessoas que atuam nos contextos mais alargados

(famílias e serviços da comunidade).

G - Funções do Educador Social

1- O Educador Social é um profissional que intervém nos domínios psicossociológicos,

através do desenvolvimento de ações de prevenção e de (re)inserção social e pessoal, e

também da promoção de ações que conduzam ao desenvolvimento pessoal dos cidadãos,

com a finalidade da melhoria da sua qualidade de vida.

2- Ao Educador Social, compete especificamente:

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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a) Prestar apoio de caráter pedagógico, cultural, social e recreativo a indivíduos,

grupos e comunidades;

b) Colaborar no estudo e avaliação de planos de promoção social e comunitária, na

identificação de necessidades e em estudos de caracterização do meio social;

c) Promover, desenvolver e apoiar atividades culturais, educativas e recreativas;

d) Dinamizar e apoiar atividades formativas;

e) Criar espaços de comunicação/reflexão entre toda a comunidade escolar;

f) Promover uma maior participação dos pais e encarregados de educação na vida

escolar;

g) Colaborar com as associações de pais e com as associações de surdos;

h) Assegurar a articulação entre os equipamentos sociais e as famílias e outras

instituições e serviços da comunidade, dinamizando e participando em

reuniões/ações desenvolvidas a nível comunitário.

i) Estabelecer uma relação de parceria com os pais, a fim de se promover o bom

funcionamento do sistema familiar e favorecer o desenvolvimento da criança.

H - Funções dos Assistentes Operacionais

1- Tendo em conta a legislação existente devem ser envidados esforços no sentido de

garantir a existência de um assistente operacional surdo em cada uma das EREBAS

2- Para além das tarefas normais é função deste assistente operacional:

a) Garantir, especificamente, o apoio aos alunos surdos nos períodos de almoço e de

intervalos

b) Garantir o apoio na higiene e alimentação a alunos surdos com outras

problemáticas associadas que exijam cuidados pessoais

I - Funções do Audiologista

1- As EREBAS devem garantir a colaboração sistemática de um Audiologista através do

estabelecimento de parcerias ou protocolos com instituições de saúde ou instituições de

ensino superior na área

2- Ao Audiologista de apoio às EREBAS, compete especificamente:

a) Gerir programas de rastreio auditivo;

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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b) Prestar informações à comunidade sobre a audição e problemas que a esta se

possam associar;

c) Coordenar e organizar avaliações auditivas globais;

d) Prestar apoio e acompanhamento a crianças com ajudas auditivas;

e) Orientar para encaminhamento médico e comunitário;

f) Dar assistência ao programa local implementado em cada escola;

g) Fornecer terapia e acompanhamento audiológico no apoio à leitura de fala,

audição/escuta e cuidados a ter com as ajudas/aparelhos auditivas;

h) Participar nas reuniões da equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva,

como elemento variável, quando solicitado;

i) Auxiliar no processo de compreensão sobre os efeitos da perda auditiva (a nível

escolar; psicossocial), nomeadamente promovendo ações de formação de

sensibilização

j) Realizar avaliações e executar medições do ruído existente em contexto escolar

(intervalo/recreio; sala de aula);

k) Ser proficiente na recolha, avaliação e interpretação da informação relativa aos

efeitos da perda auditiva e dificuldades auditivas no desenvolvimento académico

e psicossocial dos estudantes.

VII - Participação e envolvimento dos pais e encarregados de educação

1- O direito e o dever de educação dos filhos, constitucionalmente consagrado, compreende a

capacidade de intervenção dos pais ou encarregados de educação no exercício dos direitos e

a responsabilidade no cumprimento dos deveres dos seus educandos na escola e para com a

comunidade educativa

2- Atendendo a que a família tem primordial importância, como parte integrante de todo o

sucesso educativo da criança e jovem surdos, torna-se essencial a sua colaboração ativa.

3- Deve ser promovido acompanhamento aos pais e encarregados de educação dos alunos

surdos, bem como um total esclarecimento sobre a temática da surdez e da Língua Gestual

Portuguesa, de modo a que possuam os recursos necessários para ajudar a construir um

desenvolvimento harmonioso da criança.

4- É essencial uma equipa educativa bem coordenada a funcionar com a família, numa

relação de parceria a fim de se promover o bom funcionamento do sistema familiar e

favorecer o desenvolvimento da criança.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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5- Devem ser dadas às famílias oportunidades de participarem numa vasta gama de

atividades que forneçam informação, ajuda na tomada de decisões informadas, de modo a

desenvolverem uma boa comunicação com a criança surda, tornando-se sabedores dos

direitos do seu educando e dos seus direitos como pais e encarregados de educação.

6- Devem ser promovidos encontros e reuniões sistemáticas de pais e encarregados de

educação das crianças e alunos surdos de modo a favorecer a troca de experiências.

7- Os pais e encarregados de educação de alunos surdos das EREBAS, para além do

consagrado na Lei e no Regulamento Interno do Agrupamento, têm direito, especificamente

a:

a) Conhecer os documentos estruturantes do Agrupamento (Projeto Educativo,

Regulamento interno, Organização das EREBAS…);

b) Ser informados das opções linguísticas e comunicativas para os seus educandos

c) Optar, após parecer da equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva, pela

resposta educativa que consideram mais adequada para os seus educandos

d) Participar, de forma ativa, na construção do Relatório Técnico-Pedagógico e do

Programa Educativo Individual, se aplicável

e) Ser informados dos critérios e modalidades de avaliação

f) Participar no processo de avaliação do seu educando, assistindo e colaborando

nas reuniões de pais ou encarregados de educação, realizadas ao longo do ano,

bem como nas horas de atendimento, que cada docente tem estipulado para tal

fim;

g) Conhecer o aproveitamento e comportamento do seu educando no quotidiano

escolar;

h) Ser ouvido e poder expressar a sua opinião acerca da vida escolar;

i) Integrar ativamente a comunidade educativa no desempenho das demais

responsabilidades desta, em especial informando-se e sendo informado sobre

todas as matérias relevantes no processo educativo dos seus educandos;

j) Ter a presença do Intérprete de Língua Gestual Portuguesa em todas as atividades

e reuniões, caso seja surdo;

k) Participar em atividades, formações e grupos de discussão desenvolvidas pela

escola, com vista a um acompanhamento próximo do processo de ensino-

aprendizagem do seu educando;

l) Participar nas sessões de Terapia da Fala, combinadas com os respetivos

Terapeutas

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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8- Os pais e encarregados de educação de alunos surdos das EREBAS, para além do

consagrado na Lei e no Regulamento Interno do Agrupamento, têm especificamente o dever

de:

a) Proporcionar uma educação integral aos seus educandos, respeitando as suas

opções linguísticas, comunicativas e identitárias

b) Conhecer os documentos estruturantes do Agrupamento;

c) Diligenciar para que o seu educando beneficie, efetivamente, dos seus direitos e

cumpra os deveres de que o incumbem;

d) Conhecer e cumprir as informações fornecidas pelo Agrupamento;

e) Acompanhar ativamente a vida escolar do seu educando e promover a articulação

entre a educação na família e na escola;

f) Assegurar e cumprir com a frequência e pontualidade do seu educando no

quotidiano escolar e nas diferentes atividades, verificando de forma sistemática

esse cumprimento e procedendo à justificação das faltas

g) Cooperar com a equipa educativa no processo de ensino e aprendizagem do seu

educando;

h) Colaborar com a escola na busca de soluções para situações ou problemas que

envolvam o seu educando;

i) Participar nas reuniões convocadas pela direção ou diretor de turma/Titular de

turma;

j) Contribuir para o correto apuramento dos factos em procedimento de índole

disciplinar instaurado ao seu educando e, caso seja aplicada medida corretiva ou

sancionatória, diligenciar para que a mesma prossiga os objetivos pretendidos

k) Assegurar que o seu educando leva diariamente para a escola os materiais

necessários para as atividades

l) Assegurar que o educando utiliza, na escola, as ajudas auditivas e técnicas

prescritas clinicamente, zelando para que se encontrem em bom estado e a

funcionar convenientemente.

m) Frequentar, sempre que possível, ações de formação sobre a surdez e a LGP.

VIII - Critérios de distribuição de serviço

1- No que refere aos recursos humanos específicos de apoio à aprendizagem e inclusão, na

área da surdez, deverá ser tido em consideração, na distribuição de serviço:

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a) Afetação de um docente do grupo 920, de preferência com formação inicial em

Educação de Infância, para a FBP;

b) Afetação de um docente do grupo 920, a tempo inteiro, em cada grupo/turma

bilingue da Educação pré-escolar e do 1.º ciclo;

c) Afetação de docentes do grupo 920 para acompanhamento a alunos surdos das

turmas bilingues dos 2.º e 3.º ciclos, em contexto de aula;

d) Afetação de docentes do grupo 920 para o desempenho, em parceria, das funções

de Direção de Turma das turmas bilíngues dos 2.º e 3.º ciclos;

e) Afetação de docentes do grupo 920 para acompanhamento a alunos surdos

integrados em turmas regulares, em todos os ciclos de ensino;

f) Afetação de docentes do grupo 920, na aplicação de medidas adicionais de

adaptações curriculares significativas ou de desenvolvimento da autonomia

pessoal e social dos alunos surdos com problemáticas associadas, nomeadamente

através da criação de áreas substitutivas a trabalhar no Centro de Apoio à

Aprendizagem;

g) Afetação de um docente de LGP, preferencialmente a tempo integral, à Frequência

Bilingue Precoce;

h) Afetação de um docente de LGP, a tempo integral, no grupo bilingue da Educação

Pré-escolar e nas turmas bilingues do 1.º ciclo de modo a assegurar a

transversalidade desta língua, em todos os contextos da vida escolar;

i) Afetação de docentes de LGP às turmas bilingues dos 2.ºº e 3.º ciclos;

j) Afetação de docentes de LGP, em coadjuvação, na aplicação de medidas adicionais

de adaptações curriculares significativas ou de desenvolvimento da autonomia

pessoal e social dos alunos surdos com problemáticas associadas;

k) Afetação de uma dupla de intérpretes de LGP a cada duas turmas de ensino

bilingue do 2.º e 3.º ciclos;

l) Afetação de intérpretes de LGP para apoio às atividades das EREBAS;

m) Afetação de intérpretes de LGP, no acompanhamento das AEC (atividades de

enriquecimento curricular) dos alunos surdos do 1.º ciclo;

n) Afetação de intérpretes de LGP, se necessário, para as turmas com surdos

integrados;

o) Afetação preferencial de uma dupla de Terapeutas da Fala a cada grupo/turma

bilingue da educação pré-escolar e 1.º ciclo,

p) Afetação de um Terapeuta da Fala para a FBP;

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q) Afetação de Terapeutas da Fala para os alunos surdos das turmas bilingues do 2.º

e 3.º ciclo;

r) Afetação de Terapeutas da Fala para alunos surdos integrados.

2. - No que se refere aos docentes do ensino regular que lecionam nas turmas bilingues da

educação pré-escolar e dos 1.º, 2.º e 3.º ciclos, deverá ser tido em consideração, na

distribuição de serviço:

a) Atribuição da titularidade da turma/grupo bilingue a docentes do ensino regular

que tenham preferencialmente formação em LGP e/ou na área da surdez;

b) Afetação como diretor de turma bilingue do 2.º e do 3.º ciclo a docentes do ensino

regular que demonstrem disponibilidade para colaborar de forma ativa com a

equipa educativa de apoio aos alunos e estabelecer parceria nas funções de

direção de turma com o docente de educação especial

c) Atribuição de coadjuvação nas aulas de Educação Física, Educação Tecnológica e

Educação Visual, em que estejam em simultâneo as turmas bilingues e as turmas

do ensino regular.

3- Relativamente aos docentes que lecionam as AEC a alunos surdos deve ser dada

prioridade a quem tenha formação em LGP e na área da Surdez.

4 Relativamente à continuidade pedagógica deve ter-se em consideração:

a) Preferencialmente assegurar que cada docente (do ensino regular, do grupo 360 e

do grupo 920) acompanhe os alunos ao longo do mesmo ciclo, desde que não haja

motivos que aconselhem o contrário

b) Preferencialmente assegurar a continuidade dos diferentes recursos humanos

especializados (terapeuta da fala, intérprete de LGP, psicólogo, educador social...,

c) Preferencialmente dar continuidade à relação terapeuta da fala/aluno ao longo do

percurso educativo, exceto se surgirem motivos que aconselham o contrário

d) Preferencialmente manter a direção de turma das turmas bilingues ao longo de

cada ciclo de escolaridade, desde que não haja motivos que o impeçam ou

desaconselham.

5- Aquando do processo de distribuição de serviço devem ser ouvidos o coordenador da

equipa multidisciplinar de apoio à educação inclusiva e o coordenador do departamento

especializado de apoio à educação inclusiva.

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IX - Critérios para a elaboração de horários

1- A componente letiva e não letiva dos recursos humanos especializados (docentes do

grupo 360, docentes do grupo 920, terapeutas da fala, intérpretes de LGP, outros técnicos

especializados) segue as normas definidas na legislação vigente e no Regulamento Interno

do Agrupamento, com as seguintes adequações:

a) Na componente letiva da equipa afeta à FBP deve ser tida em conta a necessidade

de alterações pontuais de horário para articulação com serviços e estruturas

externas.

b) Deve estar contemplado nos horários um tempo semanal comum de componente

não letiva para articulação da equipa educativa dos grupos/ turmas bilingues

c) Deve estar contemplado nos horários um tempo semanal comum de componente

não letiva para articulação da equipa educativa com os docentes do ensino regular

com alunos com surdez;

d) Devem estar contemplados nos horários dois tempos mensais comuns de

componente não letiva para articulação da equipa especializada (reunião de

EREBAS);

e) Preferencialmente devem estar contemplados nos horários dois tempos semanais

para a produção de recursos específicos, no âmbito do Projeto REDES ou

desenvolvimento de Projetos;

2- A componente letiva e não letiva dos docentes do ensino regular que lecionam nas turmas

bilingues segue as normas definidas na legislação vigente e no Regulamento Interno do

Agrupamento, com as seguintes adequações:

a) Deve estar contemplado nos horários um tempo semanal comum de componente

não letiva para articulação da equipa educativa dos grupos/ turmas bilingues

3- Relativamente aos intérpretes de LGP, para além do já definido anteriormente, deve ter-se

em conta, nas situações de Necessidades Não Sistemáticas (NNS):

a) A presença do intérprete de LGP deve ser solicitada ao Coordenador de

Estabelecimento (Pré-escolar e 1º Ciclo) ou ao Coordenador do Departamento

Especializado de Apoio à Educação Inclusiva (2º e 3º ciclo), através de formulário

próprio, existente no moodle, preferencialmente com antecedência mínima de

uma semana;

b) O pedido de tradução/interpretação de LGP deve ser feito ao grupo de intérpretes

de LGP pelos coordenadores referidos no ponto anterior, com a antecedência

mínima de 48h;

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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c) Quando a duração da atividade for superior a 30 minutos, é necessária a presença

pelo menos de dois intérpretes considerando as particularidades da profissão e a

sua sobrecarga mental e física;

d) Em caso de marcações sobrepostas dar-se-á prioridade à ordem de receção do

formulário;

e) Em caso das NNS coincidirem com tempos letivos já atribuídos ao intérprete de

LGP, a troca de serviço terá de ser autorizada pela Subdiretora em articulação com

o coordenador do Departamento Especializado de apoio à educação inclusiva

4- No que respeita aos horários dos terapeutas da fala, para além do já mencionado

anteriormente, deve ter-se em consideração:

a) Os horários da terapia da fala fazem parte integrante e a priori do horário letivo

definido para cada turma bilingue dos 2.º e 3.º ciclos;

b) A duração de cada sessão de terapia e o número de sessões por semana é definido

de acordo com as caraterísticas de cada aluno;

c) Os terapeutas da fala deverão ter contemplados nos seus horários dois tempos

semanais para articular com as equipas especializadas às quais estão afetos e de

acordo com as necessidades que possam surgir. Deverão ter também um tempo

semanal para a reunião do grupo profissional;

d) Os terapeutas da fala deverão ter nos seus horários um tempo semanal para o

Projeto Redes e um tempo para participação no Projeto Educação e Saúde na

Surdez.

X - Recursos materiais/físicos

1- Para um bom funcionamento do atendimento a crianças e alunos surdos, no âmbito das

EREBAS, deve ter-se em conta a necessidade de providenciar as seguintes condições físicas:

a) Salas de aula de dimensão adequada ao grupo/ turma, com boas condições de

luminosidade e isolamento acústico;

b) Salas adequadas, de acordo com a alínea anterior, para Terapia da Fala e/ou apoio

a alunos surdos;

c) Espaços específicos para gravação de vídeos com condições de isolamento visual e

acústico;

d) Espaço próprio para funcionamento do Museu da Educação de Surdos;

e) Projetor multimédia em todas as salas de aula de alunos surdos.

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2- Deve ser promovida nas escolas do Agrupamento a existência de uma sinalética em LGP

dos diferentes espaços comuns

3- A fim de ser possível a construção, no Agrupamento, de materiais bilingues, torna-se

necessário assegurar a existência dos seguintes equipamentos e materiais:

a) Computadores dedicados e com ligação à internet

b) Programas de edição de vídeo e áudio instalados em vários computadores

c) Gravadores digitais de áudio

d) Câmaras de vídeo digitais com tripés e cartões de memória;

e) Holofotes e sistemas de iluminação adequados bem como extensões elétricas

f) Telas específicas para Chroma Key;

g) Vestuário específico, nomeadamente, pólos e camisolas de cor preta

h) Material para maquilhagem

4- Custos para deslocações

a) Todas as deslocações, em serviço, utilizando viatura própria ou transporte

público, devem ser compensadas de alguma forma, pelo Agrupamento.

XI - Cooperação e parcerias

1- Sempre que haja necessidade podem ser estabelecidas parcerias/cooperação com

empresas ou instituições de forma a colmatar lacunas existentes

2- Considerando a especificidade da resposta educativa destas EREBAS são essenciais as

parcerias com, entre outros:

a) Serviços de otorrinolaringologia do distrito do Porto

b) Centros de referência de implantes cocleares do Centro Hospitalar do Porto

(Hospital de Sto. António e Centro Materno Infantil) e do Centro Hospitalar e

Universitário de Coimbra (Hospital dos Covões).

c) Equipas Locais de Intervenção do distrito do Porto

d) Centros de Recursos para a Inclusão

e) Autarquias

f) INR – Instituto Nacional para a Reabilitação

3- Pela constante necessidade de inovar, refletir sobre as práticas e contribuir para a

evolução destas respostas educativas, são também relevantes as dinâmicas de cooperação

com instituições nacionais e internacionais, que desenvolvem investigação nesta área. Entre

outras considera-se de interesse renovar as parcerias com:

a) Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação do Porto

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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b) Escola Superior de Saúde do Porto

c) Escola Superior de Educação do Porto

d) Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti

e) Escola Superior de Educação de Coimbra

f) Instituto Superior de Engenharia do Porto

g) Universidade de Aveiro

h) Instituto Nacional de Educação de Surdos do Rio de Janeiro

4- Pela importância de criação de redes de suporte entre famílias e o acesso a testemunhos e

experiências de vida pelas famílias das crianças/alunos, identificam-se como importantes

parceiros, entre outros:

a) Associação de Surdos do Porto;

b) Federação Portuguesa das Associações de Surdos;

c) Casa do Surdo de Matosinhos;

d) Associação OUVIR;

e) Associação de Pais e Amigos do Implantado Coclear;

f) Associação de Famílias e Amigos dos Surdos;

g) Associação de Profissionais de Lecionação de LGP.

5- Devem, igualmente, serem estabelecidos contactos com as várias EREBAS a nível nacional,

no sentido da partilha de experiências e recursos.

XII - Formação interna e externa

1- Conforme previsto no regulamento interno do Agrupamento Euge nio de Andrade, o

pessoal docente e na o docente tem direito a formaça o e informaça o para o exerci cio da

funça o educativa. Assim, para um melhor acompanhamento das crianças e jovens surdos, a

equipa especializada desta EREBAS deverá contribuir para a formação interna dos agentes

educativos envolvidos, através da organização de ações de sensibilização no início do ano

letivo, nomeadamente sempre que um profissional começa a contactar com alunos surdos e

suas famílias, bem como ao longo do ano letivo.

2- As temáticas abordadas devem ser ajustadas às necessidades sentidas pelos profissionais,

às caraterísticas dos alunos e suas famílias.

3- Sempre que possível, deve haver articulação com o Centro de Formação Guilhermina

Suggia, no sentido da realização de formação contínua creditada e financiada.

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4- Para além da contribuição para a formação interna, os docentes e técnicos das EREBAS

deverão ter oportunidade de participar em formações específicas atualizadas na área da

surdez nomeadamente: Língua Gestual Portuguesa, educação de surdos, tecnologias e

produtos tecnológicos de apoio

5- Relativamente às famílias, deverá ser definido um plano de ações de sensibilização, que

possa ser flexível e ajustado a cada nível de ensino, às necessidades das famílias e das

crianças em determinada fase de desenvolvimento, concretizada em formatos variados

6- Estas ações supramencionadas poderão ser, sempre que se justifique, abertas à

participação de pessoas de outros agrupamentos de escolas, traduzindo-se em formação

interna e externa.

7- Poderá também ser do âmbito destas EREBAS, promover e participar no encontro de

investigadores e de agentes educativos, profissionais de saúde, entre outros, através da

organização de congressos e palestras de âmbito nacional e internacional.

XIII - Projetos

1- No âmbito específico da sua missão educativa as EREBAS poderão associar-se a projetos

desenvolvidos por outras instituições nacionais e internacionais. O interesse na participação

será decidido, caso a caso, ficando dependente da aprovação final pela Direção do

Agrupamento.

2- As EREBAS poderão, igualmente, criar e desenvolver projetos da sua autoria destinados a

públicos internos ou externos

3- Sem prejuízo de novas propostas é assumida a continuidade dos seguintes projetos:

Projeto REDES (Recursos Educativos Digitais na Educação de Surdos), MES (Museu da

Educação de Surdos) e Projeto Educação e Saúde na Surdez (atualmente Projeto Farol).

4- O Projeto REDES foi criado no ano letivo de 2010/11 e tem como objetivos:

a) Produzir recursos educativos digitais bilíngues (Língua Gestual e Língua

Portuguesa) para alunos surdos, compensando as lacunas existentes neste

domínio;

b) Promover o trabalho cooperativo e em rede das equipas pedagógicas das escolas

de referência, mormente através da partilha e intercâmbio de materiais;

c) Assegurar a produção e difusão de conteúdos adequados à educação de alunos

surdos, contribuindo para o desenvolvimento de competências de cidadania.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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5- O Museu da Educação de Surdos foi criado em 23 de abril de 2013, aquando da

comemoração do Dia Nacional da Educação de Surdos e da Juventude Surda e tem como

objetivos:

a) Evidenciar 40 anos de Educação de Surdos no Agrupamento, através de um friso

cronológico que nos conta a história das respostas educativas utilizadas e das

gerações de professores e alunos que escreveram as memórias e vivências de uma

escola que sempre foi a referência.

b) Contribuir para a história da educação de surdos em Portugal, através da recolha

e tratamento de documentos, imagens de arquivo, objetos e equipamentos

utilizados no passado.

6- O Projeto “Educação e Saúde na Surdez” foi criado no ano letivo 2013/14, e tem como

objetivos:

a) Informar a comunidade médica/técnica sobre a existência da EREBAS Porto;

b) Implementar e desenvolver processos de encaminhamento;

c) Dinamizar momentos de formação especializada na área da surdez;

d) Estabelecer contactos com diferentes autarquias do Grande Porto;

e) Estabelecer contactos com diferentes associações cujo âmbito de trabalho seja a

população com surdez;

f) Estabelecer parcerias com instituições médicas e com as equipas locais de

intervenção.

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3.3. Estrutura Curricular

Educação Pré-escolar:

Orientações Curriculares

Áreas de Conteúdo Domínios

Área da Formação Social e Pessoal

(Área transversal)

Identidade/ Autoestima

Independência / Autonomia

Cooperação

Convivência Democrática / Cidadania

Solidariedade / Respeito pela Diferença

Área das Expressões

Expressão Plástica Expressão Dramática / Teatro Expressão Musical Dança Expressão Motora

Linguagem Oral e Abordagem à Escrita

Consciência Fonológica Reconhecimento e Escrita de Palavras Conhecimento das Convenções Gráficas Compreensão de Discursos Orais e Interação Verbal

Área de Tecnologias de Informação e Comunicação

Informação Comunicação Produção Segurança

Área da Matemática

Números e Operações Geometria e Medida Organização e Tratamento de Dados

Área do Conhecimento do Mundo

Localização no Espaço e no Tempo Conhecimento do Ambiente Natural e Social Dinamismo das Inter-Relações Natural-Social

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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1º Ciclo:

Componentes do Currículo Carga Horária Semanal em horas

1º e 2º anos 3º ano 4º ano

Português

Matemática

Inglês

Estudo do Meio

Educação Artística (Artes/Expressões)

Educação Física (1t em coadjuvação)

Apoio ao Estudo

Oferta Complementar – LGP (Língua Gestual Portuguesa 1º e 2º)/CMA (3º e 4º) C

idad

ania

d

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imen

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TIC

- 1

t em

co

adju

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ão (

e 2

º)

7

7

---

3

3

1

2

1

7

7

2

3,5

5

2

1

7

7

2

3,5

4,5

2

1

Educação Moral e Religiosa (facultativa) (1) (1) (1)

Atividades de Enriquecimento Curricular 5 3 3

No caso dos alunos surdos da educação bilingue, na sua matriz curricular, está incluída a

Língua Gestual Portuguesa (LGP) com uma carga horária aproximada à do Português, uma

vez que se trata da sua língua materna (Língua Primeira).

1º Ciclo: Educação Bilingue

Componentes do Currículo Carga Horária Semanal em horas

1º e 2º anos 3º ano 4º ano

Português e LGP

Matemática

Inglês

Estudo do Meio

Educação Artística (Artes/Expressões)

Educação Física (1t em coadjuvação)

Apoio ao Estudo

Oferta Complementar – TIC (1ºe 2º em coadjuvação) / CMA (3º e 4º)

Cid

adan

ia

des

envo

lvim

ento

7 (4/3; 3/4)

7

---

3

3

1

2

1

8 (3/5)

7

---

3

4

----

2

1

8 (3/5)

7

---

3

4

-----

2

1

Educação Moral e Religiosa (facultativa) (1) (1) (1)

Atividades de Enriquecimento Curricular (AEC) 5 3 3

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2º Ciclo:

Áreas disciplinares Carga semanal – tempos de 50min

5º Ano 6º Ano

Línguas e Estudos Sociais:

Português/Língua Gestual Portuguesa*

Inglês

História e Geografia de Portugal

Cidadania e Desenvolvimento (semestral)**

10,5

2+1+1

1+1+1

1+1+1

1

10,5

2+1+1

1+1+1

1+1+1

1

Matemática e Ciências:

Matemática

Ciências Naturais

7

2+1+1

1+1+1

7

2+1+1

1+1+1

Educação Artística e Tecnológica:

Educação Visual

Educação Tecnológica

Educação Musical

TIC (semestral)**

6,5

2

2

2

1

6,5

2

2

2

1

Educação Física 2+1 2+1

Oferta Complementar (Competências do Mundo Atual) 1 1

Apoio ao Estudo 1+1 1+1

Complemento à Educação Artística *** 1+1 1+1

Educação Moral e Religiosa (facultativo) 1 1

*No caso dos alunos surdos da educação bilingue, a sua matriz curricular inclui a Língua

Gestual Portuguesa (LGP) com uma carga horária igual à do Português, em que a LGP é a

Língua Primeira e o Português a Língua Segunda, excluindo o Inglês do currículo.

** Cidadania e Desenvolvimento e TIC funcionam semestralmente e em complementaridade

nos 5º e 6º anos

*** Complemento de Educação Artística – desdobra-se em dois projetos – “Exprimir pelas artes” e “Comunicar em Multimédia”, funcionando semestralmente e em complementaridade nos 5º e 6º anos

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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3º Ciclo:

Áreas disciplinares Carga semanal – tempos de 50min

7º Ano 8º Ano 9º Ano

Português /Língua Gestual Portuguesa* 2+1+1 2+1+1 2+1+1

Línguas Estrangeiras:

L I – Inglês

L II – Francês/Espanhol

5

2+1

1+1

5

2+1

1+1

5

2+1

1+1

Ciências Humanas e Sociais:

História

Geografia

Cidadania e Desenvolvimento (semestral)**

5

1+1

1+1+1

1

4

1+1

1+1

1

5

1+1+1

1+1

1

Matemática 2+1+1 2+1+1 2+1+1

Ciências Físicas e Naturais:

Ciências Naturais

Físico-Química

5

1+1

1+1+1

6

1+1+1

1+1+1

6

1+1+1

1+1+1

Educação Artística e Tecnológica:

Educação Visual

CEA (Educação Tecnológica - semestral)**

TIC – semestral**

4

2

2

1

4

2

2

1

3

2+1

---

---

Educação Física 2+1 2+1 2+1

Oferta Complementar (Competências Mundo Atual) 1 1 1

Educação Moral e Religiosa (facultativo) 1 1 1

*Os alunos surdos da educação bilingue, têm na sua matriz curricular, a Língua Gestual

Portuguesa (LGP) com uma carga horária igual à do Português, em que a LGP é a Língua

primeira e o Português a Língua segunda, surgindo o Inglês como Língua Estrangeira II.

A disciplina de Complemento de Educação Artística será a Educação Tecnológica, sendo que

a disciplina de Oferta Complementar é a disciplina de Competências do Mundo Atual, cuja

lecionação será da responsabilidade de diretor de turma.

**A disciplina de TIC, Cidadania e Desenvolvimento e de Educação Tecnológica (CEA)

funcionam, em articulação, em regime semestral.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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3.4. Critérios gerais de avaliação

Conforme enunciado nos normativos de referência (Decreto-lei n.º 17/2016, de 4 de abril

que procede à terceira alteração ao Decreto -Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, alterado pelos

Decretos -Leis n.os 91/2013, de 10 de julho, e 176/2014, de 12 de dezembro, e Despacho

normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril, no qual a avaliação define os princípios orientadores

da avaliação das aprendizagens, afirmando a sua dimensão eminentemente formativa, que se

quer integrada e indutora de melhorias no ensino e na aprendizagem, permitindo uma

recolha sistemática de informações que apoiam a tomada de decisões adequadas à melhoria

da qualidade do ensino e à orientação do percurso escolar.

Pond Domínios a avaliar Parâmetros de avaliação Critérios aferidores para

atribuição de níveis e

menções

65% a 85%

CONHECIMENTOS E

CAPACIDADES

Capacidade na tomada de decisões

Realização de tarefas sem ajuda contínua de outrem

Independência na tomada de atitudes

Aquisição/Compreensão de conhecimentos específicos

Aplicação de conhecimentos a novas situações

Domínio de linguagem específica

Correção e clareza na expressão escrita e oral/gestual

Domínio de métodos/técnicas/estratégias de trabalho

Domínio das Tecnologias de Informação e Comunicação

Pesquisa, seleção, organização e utilização da informação necessária

NÍVEL 3/S

Revelou uma razoável autonomia

Revelou, geralmente, sentido de responsabilidade

Participou e colaborou regularmente nas tarefas propostas

Atingiu, de forma satisfatória, os objetivos específicos no domínio dos conhecimentos e procedimentos

NÍVEL 5/MB

Revelou uma clara autonomia

Revelou, claramente, sentido de responsabilidade

Evidenciou um inequívoco interesse e empenho na vida escolar, participando e colaborando ativamente nas tarefas propostas

Atingiu, claramente, os objetivos específicos no domínio dos conhecimentos e procedimentos

15% a 35%

Atitudes

Sentido de

responsabilidade

Respeito pelo património da Escola

Respeito pelo ambiente

Respeito pelos outros

Respeito por normas de convivência e de trabalho

Cumprimento das regras estabelecidas

Organização e apresentação do material indispensável às atividades letivas

Pontualidade

Assiduidade

Autoavaliação responsável

Cooperação e participação

Sentido de cooperação e entreajuda

Interesse/empenho na realização das tarefas propostas

Intervenções de forma adequada

Aceitação da opinião dos outros

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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3.4.1. Critérios específicos de avaliação

Tendo por base os critérios gerais de avaliação, cada grupo de ano do 1.º ciclo e grupo

disciplinar dos 2.º e 3.º ciclo, define os critérios específicos para cada ano letivo, aprovados

em Conselho Pedagógico. Cada docente dará conhecimento aos seus alunos e encarregados

de educação, no início do ano letivo, dos critérios referidos.

3.5. Medidas de promoção do sucesso escolar - Plano de Ação Estratégica (PAE)

3.5.1. Projeto CIIL (Centro de Investigação e Intervenção na Leitura)

Em consonância com os Planos Integrados e Inovadores de Combate ao Insucesso

Escolar (PIICIE) do POR NORTE 2020, de responsabilidade intermunicipal da AMP, foi

alargado o âmbito do PAE, ao nível da Educação Pré-escolar (5 anos) e 1º ano do 1º ciclo,

implementando o Projeto CiiL da autoria do Instituto Politécnico do Porto, em parceria com

a autarquia do Porto.

Este projeto de intervenção em contexto escolar, visa avaliar e colmatar dificuldades de

linguagem e de aprendizagem da leitura e é aplicado por um técnico e de um docente, em

dois períodos semanais de 45 minutos, em articulação com o educador de infância/titular de

turma

3.5.2. Apoio Educativo

A nível do 1º Ciclo, reforçar o Apoio Educativo nos 1º e 2º anos de escolaridade recorrendo a

docentes que solicitam redução com base no n.º 2 e no n.º 3 do art.º 79.º do ECD.

Utilização de todos os recursos disponíveis no CAA de forma que as medidas universais e

seletivas, definidas no Plano de Trabalho do grupo/Turma pelo docente titular possam ser

implementadas em trabalho colaborativo.

3.5.3. Projeto Fénix – “Turma Ninho”

Constituição de grupos de alunos provenientes de diferentes turmas do mesmo nível

de ensino, atendendo ao nível de proficiência na disciplina de Matemática (M).

A medida está a ser aplicada nos 5º e 7º anos. Para tal, o horário das turmas é organizado

por forma a que os tempos letivos da disciplina envolvida seja coincidente, tendo sido

alocados outros docentes, permitindo que logo que os professores titulares considerem que

um determinado grupo de alunos evidencia dificuldades acrescidas na aprendizagem de

determinados conteúdos, são retirados para uma outra sala de aula – o ninho – onde o

professor de apoio procurará ajudar a ultrapassar as dificuldades.

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE ANEXO II - PROJETO EDUCATIVO 2017/2021

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Nos horários dos docentes envolvidos será marcado um tempo de componente não letiva,

destinado a reunião de articulação semanal.

3.5.4. Aula +

Atribuição, a cada turma de 8º ano, na disciplina de Inglês (I), e 9º ano, às disciplinas de

Português (P) e Matemática (M), de mais uma hora semanal (50 min.). Este tempo letivo

funcionará como plataforma rotativa, de frequência temporária (entre 4 a 6 semanas), pela

qual passarão todos os alunos da turma. O professor definirá os diferentes grupos de alunos,

agregados por caraterísticas semelhantes de acordo com todas as informações relevantes

disponíveis em relatórios de apoios, relatórios de Diretores de Turma e atas de conselhos de

turma. A constituição dos grupos tem caráter flexível e pode ir sendo ajustada, ao longo do

ano letivo, de acordo com a evolução dos alunos.

3.5.5. Apoio ao Estudo (de acordo com a matriz curricular de 2º ciclo)

No sentido de disponibilizar mais uma medida de suporte à aprendizagem e à inclusão que

contribua para a qualidade das aprendizagens dos alunos dos 5º e 6º anos, é mobilizada a

medida universal de intervenção com foco académico em pequenos grupos, distribuída por

dois tempos semanais e ministrada por docentes dos grupos de recrutamento 220 e 230.

Assim, o Apoio ao Estudo funcionará do seguinte modo:

Organização:

- A cada turma são atribuídos dois tempos semanais.

- Um dos tempos será direcionado para as disciplinas de Português e Inglês e o outro para

Matemática e Ciências Naturais.

Frequência:

- Disponível para todos os alunos, sendo dada prioridade aos discentes indicados pelo

Conselho de Turma.

- A frequência pode ser temporária, mas é obrigatória a partir do momento em que é dado

conhecimento ao Encarregado de Educação da indicação do seu educando.

- A indicação para a frequência do Apoio ao Estudo é feita de acordo com as necessidades de

cada aluno, seja no sentido do colmatar dificuldades ou desenvolver capacidades específicas,

pelo Conselho de Turma.

- Os alunos podem frequentar os dois tempos de Apoio ao Estudo ou apenas um.

Regime de Faltas:

- Será marcada falta sempre que o aluno não esteja presente na aula de Apoio ao Estudo.

- O número limite de faltas injustificadas, independentemente do que as motivou, é o triplo

do número de tempos semanais.

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- A ultrapassagem do limite de faltas injustificadas, independentemente do que as motivou,

implica a imediata exclusão do aluno.

Avaliação:

- O Apoio ao Estudo não é alvo de avaliação sumativa não contabilizando para a transição

dos alunos.

- O desempenho dos alunos é alvo de avaliação descritiva, plasmada em relatório elaborado

pelo professor titular.

3.5.6. Coadjuvação/ Trabalho colaborativo

Nas turmas e/ou disciplinas em se verifique, pelas suas características, a necessidade de uma

coadjuvação a mesma será assegurada, sempre que possível, por um docente do mesmo

grupo disciplinar.

Procurando afetar medidas de diferentes tipos que permitissem um acompanhamento mais

próximo das turmas ou grupos de alunos, apostamos no trabalho colaborativo dos docentes

gerindo assim os recursos disponíveis e afetos ao CAA, na ótica de rentabilizar formas de

trabalho bem como a sua eficácia, unicamente, com o intuito de melhorar a qualidade das

aprendizagens de todos os alunos.