Projeto Fapergs - Edital PqG (2013)

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  • Laboratrio de Gentica Molecular Humana PPG em Biologia Celular e Molecular

    Aplicada Sade (PPGBioSade) Universidade Luterana do Brasil (ULBRA)

    Laboratrio de Biologia Molecular Servio de Endocrinologia Hospital de Clnicas de

    Porto Alegre (HCPA)

    O Papel dos MicroRNAs na Patognese da Retinopatia Diabtica em

    Pacientes com Diabetes Mellitus Tipo 2:

    Estudo de Associao de Polimorfismos Genticos e Nveis Plasmticos

    Coordenadora: Profa. Dra. Ktia Gonalves dos Santos

    Pesquisadores: Lus Henrique Canani (professor), Daisy Crispim Moreira (professora),

    Naiana Silvia Soares Corra (aluna de graduao IC), Renan Csar Sbruzzi (aluno de

    graduao IC)

    EDITAL FAPERGS n. 001/2013

    PROGRAMA PESQUISADOR GACHO PqG

    Junho, 2013

  • 2

    SUMRIO

    1. Fundamentao Terica ................................................................................................ 3

    1.1. Diabetes Mellitus............................................................................................... 3

    1.2. Complicaes Crnicas do Diabetes Mellitus .................................................. 4

    1.3. Retinopatia Diabtica ........................................................................................ 5

    1.4. MicroRNAs ....................................................................................................... 7

    1.4.1. Biognese e Funo ............................................................................ 7

    1.4.2. Perfil de Expresso de MicroRNAs na Retinopatia Diabtica ........... 8

    1.4.3. Polimorfismos de MicroRNAs na Retinopatia Diabtica ................. 10

    2. Justificativa de Pesquisa ............................................................................................... 11

    3. Hipteses Conceituais ................................................................................................... 11

    4. Objetivos ........................................................................................................................ 12

    4.1. Objetivos Gerais ............................................................................................... 12

    4.2. Objetivos Especficos ....................................................................................... 12

    5. Materiais e Mtodos ..................................................................................................... 13

    5.1. Populao de Estudo e Grupos Experimentais ................................................ 13

    5.2. Diagnstico da Retinopatia Diabtica.............................................................. 14

    5.3. Anlises Moleculares ...................................................................................... 14

    5.3.1.Genotipagem (Extrao de DNA, PCR-RFLP e qPCR) ................... 14

    5.3.2. Expresso Gnica (Extrao de RNA e qRT-PCR) ......................... 15

    5.4. Anlises Estatsticas ........................................................................................ 15

    5.5. Aspectos ticos ............................................................................................... 16

    6. Cronograma do Estudo ............................................................................................... 17

    7. Oramento Detalhado .................................................................................................. 18

    8. Referncias Bibliogrficas ........................................................................................... 22

    9. Adequao e Descrio da Equipe de Pesquisa ......................................................... 28

    10. Infra-estrutura e Apoio Tcnico Disponvel ............................................................. 29

    11. Resultados Esperados e Contribuies Cientficas .................................................. 30

  • 3

    1. FUNDAMENTAO TERICA

    1.1. Diabetes Mellitus

    O diabetes mellitus (DM) uma sndrome metablica caracterizada por hiperglicemia

    resultante de defeitos na secreo e/ou na ao da insulina. A hiperglicemia crnica no DM

    est associada disfuno e falncia, a longo prazo, de mltiplos rgos, afetando

    principalmente os olhos, rins e corao (American Diabetes Association, 2013; Trisha

    Dunning, 2013). O DM pode ser etiologicamente classificado em quatro categorias, que so:

    DM tipo 1 (DM1), DM tipo 2 (DM2), outros tipos de DM e DM gestacional. Apesar de

    apresentarem etiologias distintas, os quatro tipos de DM tm como alterao em comum a

    incapacidade de manter a homeostase glicmica (American Diabetes Association, 2013).

    O DM2 corresponde a 80-90% dos casos de DM e ocorre principalmente em adultos

    aps os quarenta anos de idade. Os pacientes com DM2 apresentam diferentes graus de

    deficincia insulnica, variando desde uma pequena intolerncia glicose at a forma

    insulinopnica similar ao DM1, que requer tratamento com insulina exgena (American

    Diabetes Association, 2013). A hiperglicemia crnica observada nos pacientes com DM2

    resultante dos efeitos combinados da resistncia ao da insulina (que pode preceder o

    incio do quadro clnico) e de uma deficincia das clulas beta em compensar para a elevada

    demanda de insulina (que se acentua com o decorrer dos anos de evoluo da doena). Um

    terceiro fator agravante, sempre associado, o aumento da produo heptica de glicose

    decorrente das duas primeiras alteraes (DeFronzo, 2004). A obesidade, o sedentarismo, a

    hipertenso, a dislipidemia, a idade avanada, a histria familiar de DM e o DM gestacional

    prvio so alguns dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de DM2 (Oliveira,

    2004; Murea et al., 2012; American Diabetes Association, 2013).

    O DM2 constitui um grave problema de sade pblica em razo de sua elevada

    prevalncia, acentuada morbidade e mortalidade e das repercusses econmicas e sociais

    decorrentes do impacto das complicaes vasculares, que comprometem a qualidade de vida

    e a produtividade dos indivduos afetados, alm dos elevados custos do seu tratamento

    (Oliveira, 2004). Anlises globais estimaram uma prevalncia mundial de diabetes de 6,4%

    em 2010. Entre 2010 e 2030, estima-se que haja um aumento de 69% no nmero de adultos

    com diabetes nos pases em desenvolvimento. Entre os fatores que explicariam essa

    prevalncia crescente esto o aumento da populao mais idosa (como consequncia da maior

    expectativa de vida da populao) e as mudanas no estilo de vida (Shaw et al., 2010).

  • 4

    1.2. Complicaes Crnicas do Diabetes Mellitus

    No incio do DM2, os indivduos podem apresentar nveis de insulina prximos ou at

    mesmo mais elevados do que os nveis de um indivduo normoglicmico. Com o passar do

    tempo, as clulas beta entram em exausto e cessam a produo de insulina (DeFronzo, 2004;

    American Diabetes Association, 2013). Como a hiperglicemia geralmente se desenvolve de

    forma gradual, o DM2 frequentemente assintomtico em seus estgios iniciais. Assim, o

    paciente pode permanecer sem diagnstico por vrios anos. No entanto, medida que se

    desenvolve, a hiperglicemia crnica provoca danos em diversos rgos, levando ao

    desenvolvimento de complicaes vasculares crnicas que muitas vezes so detectadas no

    momento do diagnstico do DM2 (DeFronzo, 2004; Oliveira, 2004). As complicaes micro-

    e macroangiopticas so as causas mais comuns de morbidade e mortalidade nos pacientes

    com DM (Forbes e Cooper, 2013).

    Quanto s complicaes microvasculares, os rgos afetados so aqueles que no

    dependem de insulina para a absoro da glicose. De acordo com a intensidade e o tempo de

    exposio hiperglicemia, ocorrem leses estruturais no endotlio de pequenos vasos

    sanguneos, provocando alteraes funcionais de vrios rgos e tecidos. Morfologicamente,

    estas alteraes se caracterizam pela constrio progressiva dos vasos sanguneos, pelo

    espessamento da membrana basal dos capilares e pelo aumento da permeabilidade s

    protenas plasmticas (Roy et al., 2010). Clinicamente, os maiores problemas so a

    retinopatia (DM a causa no-traumtica mais frequente de cegueira em adultos), a

    nefropatia (DM a principal causa de falncia e transplante renal) e a neuropatia (DM a

    principal causa de amputao dos membros inferiores nos pases em desenvolvimento)

    (Forbes e Cooper, 2013).

    A hiperglicemia induz a disfuno endotelial por meio de efeitos txicos diretos e

    tambm indiretamente pela perturbao de rotas de sinalizao intracelular inter-relacionadas

    (via do poliol, via da hexosaminase, formao dos produtos finais de glicao avanada e

    ativao de isoformas da protena cinase C) (Giacco e Brownlee, 2010; Chistiakov, 2011;

    Murea et al., 2012; Ola et al., 2012). Essas alteraes resultam na amplificao dos fatores

    endoteliais que promovem a proliferao celular e a inflamao (Murea et al., 2012). Apesar

    disso, as bases moleculares e celulares da fisiopatologia das complicaes vasculares do DM

    so muito mais complexas e existem vrias outras rotas bioqumicas implicadas (Forbes e

    Cooper, 2013).

  • 5

    Recentemente, vrios estudos tm identificado uma classe de RNAs no-codificantes

    com funes regulatrias, conhecidos como microRNAs (miRNAs ou miRs), que controlam

    aproximadamente 60% dos genes codificadores de protenas em humanos (Bartel, 2009). As

    evidncias mostram que os microRNAs podem exercer um papel essencial na patognese do

    diabetes e suas complicaes crnicas por meio de sua capacidade de regular os nveis de

    expresso dos genes que atuam na diferenciao, crescimento e proliferao celular, assim

    como na apoptose (Kantharidis et al., 2011; Lorenzen et al., 2012; Natarajan et al., 2012;

    Shantikumar et al., 2012), como ser visto na seo 1.4.

    1.3. Retinopatia Diabtica

    A retinopatia diabtica (RD) uma complicao crnica do diabetes, que ocorre em

    mais de 60% dos pacientes com DM2. A RD constitui a principal causa no-traumtica de

    novos casos de cegueira, em adultos de 20 a 74 anos de idade, nos pases ocidentais

    (Chistiakov, 2011; Sivaprasad et al., 2012). Um estudo realizado pelo nosso grupo de

    pesquisa com pacientes com DM2 atendidos nos ambulatrios de trs centros mdicos

    gachos verificou que a frequncia de RD foi de 48%, sendo que 15% apresentavam RD

    proliferativa. Essa complicao tambm estava presente em uma proporo considervel de

    pacientes com tempo de DM inferior a 5 anos (27%) (Scheffel et al., 2004).

    A RD se caracteriza por alteraes gradualmente progressivas na microvasculatura da

    retina que, ao atingirem sua forma mais grave, podem resultar na perda irreversvel da viso

    (Chistiakov, 2011). Alm disso, a RD tambm est associada com um aumento no risco de

    doena cardiovascular (Kawasaki et al., 2011; Kramer et al., 2011) e com a mortalidade por

    todas as causas (Kramer et al., 2011) nos pacientes com diabetes.A RD pode ser classificada

    em diferentes estgios de acordo a gravidade das alteraes na vasculatura retiniana (Agardh

    e Agardh, 2004; Chistiakov, 2011). A classificao mais simples e comumente utilizada na

    literatura agrupa a RD em trs categorias: ausente, no-proliferativa (presena de

    microaneurismas, hemorragias retinianas, edema retiniano e exsudatos duros) e proliferativa

    (neovascularizao no disco ptico ou em outras regies) (Wilkinson et al., 2003; Kollias e

    Ulbig, 2010; Chistiakov, 2011).

    O capilar retiniano formado pelas clulas endoteliais, pelas clulas intramurais (ou

    pericitos) e pela membrana basal (Agardh e Agardh, 2004). Na etapa inicial da RD, ocorre a

    degenerao seletiva dos pericitos e o espessamento da membrana basal, resultando na

    formao de capilares acelulares e no enfraquecimento da parede vascular.

  • 6

    Consequentemente, as clulas endoteliais proliferam-se, levando formao de capilares

    dilatados (microaneurismas). Com o subsequente desequilbrio na autorregulao do fluxo

    sanguneo ocorre um aumento da presso hidrosttica nos capilares retinianos, levando ao

    rompimento da barreira hematorretiniana. Com isso, aumenta a permeabilidade vascular, que

    resulta em hemorragias retinianas e no acmulo extracelular de fluidos, lipdios e

    lipoprotenas (que so clinicamente denominados de exsudatos duros). A ocluso dos

    capilares, causada pelo espessamento da membrana basal, pela agregao plaquetria, pela

    ativao de leuccitos e/ou migrao das clulas gliais atravs das paredes vasculares, resulta

    em reas de no-perfuso e hipxia, com a subsequente dilatao dos capilares pr-existentes

    ou formao de vasos em forma de colar. A ocluso dos capilares tambm resulta em

    anormalidades microvasculares intrarretinianas e no extravasamento generalizado de fluidos.

    As reas de no-perfuso estimulam o crescimento de novos vasos que se formam na

    superfcie da retina, no disco ptico ou em outras regies. Por serem anmalos e frgeis, estes

    neovasos so propensos a extensas hemorragias. A neovascularizao pode permanecer

    estvel e sofrer regresso espontnea, ao passo que, em alguns casos, ocorre uma rpida

    progresso que confere um elevado risco para a subsequente perda visual. Alm disso, o

    tecido conjuntivo que se forma ao redor dos neovasos pode contrair, levando trao e ao

    descolamento da retina. Assim, as hemorragias, o descolamento da retina e o tecido fibroso

    residual contribuem para a perda irreversvel da viso (Agardh e Agardh, 2004; Kollias e

    Ulbig, 2010; Antonetti et al., 2012).

    Alm disso, em qualquer estgio da RD, os pacientes com DM podem tambm

    desenvolver edema macular, que envolve o espessamento da retina na regio macular. O

    edema ocorre aps o rompimento da barreira hematorretiniana como consequncia do

    extravasamento de fluidos dos capilares e microaneurismas (Kollias e Ulbig, 2010;

    Chistiakov, 2011). Indivduos com retinopatia moderada a grave podem ter sensibilidade e

    acuidade visual prejudicada causando dificuldade para ler, dirigir e realizar outras atividades

    do dia a dia (Antonetti et al., 2012).

    Os principais fatores de risco para o desenvolvimento e a progresso da RD so o mau

    controle glicmico, o tempo de durao do DM e a hipertenso (Kollias e Ulbig, 2010; Ding e

    Wong, 2012). Porm, reconhecido que a RD uma doena multifatorial, com o

    envolvimento de fatores genticos (Abhary et al., 2009; Liew et al., 2009; Ng, 2010). Estudos

    familiares e ensaios clnicos tm demonstrado que a etnia um fator de risco independente

    para essa complicao. A prevalncia e a gravidade da RD so maiores nos afro-americanos,

    hispnicos e sul-asiticos do que nas populaes caucasianas. Essa diferena no pode ser

  • 7

    atribuda exclusivamente alta frequncia do DM ou dos fatores de risco para a RD nessas

    populaes (Cheung et al., 2010; Ding e Wong, 2012).

    Alm disso, vrios estudos observaram que ocorre uma agregao familiar de casos de

    RD em diferentes grupos tnicos. Ainda, existem pacientes que no desenvolvem RD, a

    despeito de um controle glicmico deficiente, ao passo que outros desenvolvem complicaes

    crnicas apesar de controlarem a glicemia de forma adequada (Liew et al., 2009; Ng, 2010;

    Murea et al., 2012). Neste contexto, inmeros estudos tm sido realizados com o intuito de

    identificar os genes que conferem suscetibilidade RD, principalmente por meio dos estudos

    de associao do tipo caso-controle, em diferentes populaes. Os potenciais genes

    candidatos para essa complicao incluem os genes que codificam produtos envolvidos no

    metabolismo da glicose e na funo endotelial. Porm, at o momento, poucos estudos tm

    demonstrado uma associao significativa entre um gene candidato e a ocorrncia ou a

    gravidade da RD (Abhary et al., 2009; Liew et al., 2009; Ng, 2010).

    1.4. MicroRNAs

    1.4.1. Biognese e Funo

    Os microRNAs (miRNAs ou miRs) so pequenos RNAs endgenos (com

    aproximadamente 20-22 nucleotdeos), no-codificantes, que regulam a expresso gnica ao

    nvel ps-transcricional pela degradao ou inibio dos seus genes-alvo. A variao

    significativa no grau de complementariedade das sequncias permite que um nico

    microRNA atinja vrios mRNAs, regulando mltiplos genes, enquanto cada mRNA pode ser

    regulado por vrios microRNAs (Kim, 2005; Filipowicz et al., 2008). Em 2007, mais de

    1.500 microRNAs j tinham sido descritos (Beuvink et al., 2007). Os estudos sobre os

    microRNAs predominam na Oncologia (Srivastava e Srivastava, 2012; Baer et al., 2013),

    enquanto seu padro de expresso em outras doenas, especialmente no diabetes e suas

    complicaes crnicas, comearam a ser objeto de investigao apenas recentemente

    (Kantharidis et al., 2011; Lorenzen et al., 2012; Natarajan et al., 2012).

    Os microRNAs so transcritos primeiramente pela RNA polimerase II em transcritos

    primrios (pri-miRs) no ncleo. Os pri-miRs so relativamente longos e podem conter uma

    ou mais estruturas em forma de grampo. Um complexo formado por uma ribonuclease

    (Drosha) associada protena DGCR8 processa o pri-miR em pr-miR (precursor), que

    possui uma estrutura secundria em forma de grampo deaproximadamente 70 nucleotdeos.

  • 8

    Posteriormente, esse pr-miR exportado para ocitoplasma, atravs da exportina-5, onde

    reconhecido e clivado pela ribonuclease Dicer e seus cofatores, gerando a molcula madura

    de microRNA, composta de cerca de 22 nucleotdeos. Aps, a protena argonauta, da famlia

    das endonucleases, interage para formar o complexo de silenciamento induzido por RNA

    (RISC), essencial para direcionar o microRNA at o mRNA-alvo. O reconhecimento do alvo

    pelo microRNA ocorre na regio 3' do mRNA-alvo, devido complementariedade com a

    sequncia seed presente na regio 5 do microRNA. Dependendo do grau de

    complementariedade, o mRNA-alvo clivado ou sua traduo inibida, ou ainda,

    direcionado para a degradao nos corpsculos P (Kim, 2005; Filipowicz et al., 2008).

    Considerando que os miRNAs podem modular processos fisiolgicos e a

    patofisiologia de diversas doenas, reconhecido que existe a necessidade de identificar os

    microRNAs (e seus alvos) associados com as complicaes do diabetes, pois isto propiciaria

    a identificao de novos biomarcadores e alvos teraputicos (Kantharidis et al., 2011;

    Lorenzen et al., 2012; Natarajan et al., 2012; Shantikumar et al., 2012; Guay e Regazzi,

    2013). Alm da sua funo intracelular, estudos recentes demonstraram que os microRNAs

    podem ser exportados ou liberados pelas clulas na circulao em uma forma estvel. A

    descoberta dos microRNAs circulantes sugeriu a possibilidade intrigante de utilizao dos

    padres de expresso destas molculas como biomarcadores, avaliados de forma no-

    invasiva, para a deteco precoce das complicaes diabticas, o que poderia auxiliar no

    manejo clnico dos desfechos de longo prazo (Lorenzen et al., 2012; Natarajan et al., 2012;

    Shantikumar et al., 2012; Guay e Regazzi, 2013).

    1.4.2.Perfil de Expresso de MicroRNAs na Retinopatia Diabtica

    Estudos recentes tm mostrado o papel dos microRNAs no desenvolvimento do

    diabetes, nefropatia diabtica e doenas cardiovasculares (Kantharidis et al., 2011; Lorenzen

    et al., 2012; Natarajan et al., 2012). Um estudo prospectivo com 800 pacientes diabticos do

    tipo 2 identificou uma assinatura capaz de predizer o diabetes, baseada em 10 microRNAs

    plasmticos, incluindo uma reduo nos nveis do miR-126 (Zampetaki et al., 2010). Porm,

    somente nos ltimos trs anos os microRNAs passaram a ser objeto de investigao no que

    diz respeito aoseu envolvimento na patognese da RD, como pode ser visualizado a seguir.

    Em 2011, McArthur e colaboradores analisaram o perfil de expresso de microRNAs

    na retina de ratos com diabetes induzido por estreptozotocina. Os pesquisadores avaliaram os

    nveis de RNAm e de protena nas clulas endoteliais dos grandes vasos e nos capilares

  • 9

    retinianos, com ou sem injeo de um mimtico ou de um antagonista do miR-200b. O miR-

    200b foi hipoexpresso na retina de ratos diabticos e nas clulas endoteliais incubadas em

    glicose. A transfeco das clulas endoteliais e a injeo dentro do vtreo do mimtico do

    miR-200b preveniu o aumento nos nveis do fator de crescimento endotelial vascular (VEGF)

    e tambm a permeabilidade e a angiognese. Da mesma forma, a transfeco das clulas com

    o antagomir levou ao aumento na produo de VEGF. Um estudo recente realizado em

    camundongos Akita (um modelo gentico de diabetes tipo 1) mostrou que o miR-200b estava

    hiperexpresso na retina destes animais (Murray et al., 2013). Nesse mesmo estudo, a

    transfeco de clulas de Mller humanas com um inibidor do miR-200b atenuou o estresse

    oxidativo e a apoptose. Da mesma forma, a transfeco celular com um mimtico do miR-

    200b aumentou o nmero de clulas que entraram em apoptose.

    Em outro estudo de 2011, Kovacs e colaboradores avaliaram o perfil de expresso de

    microRNAs na retina e clulas endoteliais retinianas em ratos com diabetes induzido por

    estreptozotocina, trs meses aps o desenvolvimento do diabetes. Aproximadamente

    100microRNAs foram diferencialmente expressos nos ratos diabticos e controles. Entre eles,

    o miR-146, miR-155, miR-132 e miR-21estavamhiperexpressos nas clulas endoteliais dos

    ratos diabticos. Devido retroalimentao negativa do miR-146 na ativao do fator nuclear

    kappa B (NF-kB) nas clulas endoteliais, os autores sugeriram que o miR-146 poderia servir

    como um potencial alvo teraputico para a RD por meio da inibio do NF-kB.Por outro

    lado, em outro estudo (Feng et al., 2011), observou-se que a expresso do miR-146a estava

    diminuda na retina e nas clulas endoteliais de animais com diabetes tipo 1 e 2 (ratos com

    diabetes induzido por estreptozotocina e camundongos db/db, respectivamente).O ensaio

    funcional de transfeco com um mimtico e com um antagonista do miR-146a mostrou que

    a diminuio dos nveis deste microRNA provocam o aumento na expresso de fibronectina,

    o que pode contribuir para a hipertrofia e fibrose.

    Alm destes estudos, Silva e co-autores (2011) demonstraram que o miR-29b estava

    hiperexpresso cerca de 30 dias aps a induo de diabetes por estreptozotocina na retina de

    ratos diabticos em comparao aos controles. O resultado obtido pelos pesquisadores sugere

    que o aumento na expresso do miR-29 nos estgios iniciais do diabetes pode ter um efeito

    protetor contra a apoptose das clulas retinianas. Em um modelo de neovascularizao

    retiniana induzida por isquemia em camundongos, Bai e colaboradores (2011) avaliaram o

    efeito do miR-126 neste processo. Os autores observaram que os nveis do miR-126 estavam

    diminudos na retina dos camundongos com retinopatia induzida por oxignio e que a

    restaurao do miR-126 (por injeo intra-vtreo) superou os nveis aumentados de VEGF,

  • 10

    assim como reduziu a neovascularizao retiniana neste modelo de retinopatia induzida.

    No ano passado, Wu e colaboradores (2012) avaliaram o perfil de expresso de

    microRNAs na RD em ratos com diabetes induzido por estreptozotocina. Os resultados

    demonstraram que 11 microRNAs estavam hiperexpressos, enquanto 6 microRNAs

    estavamacentuadamente hipoexpressos nos ratos com RD. Os nveis do miR-182, miR-96,

    miR-183, miR-211, miR-204 e miR-124 estavam aumentados durante o progresso da RD, ao

    passo que os nveis do miR-10b, miR-10a, miR-219-2-3p, miR-144, miR-338 e miR-199a-3p

    estavam diminudos. Porm, at o momento, nenhum estudo avaliou o perfil de expresso de

    microRNAs na RD em humanos.

    1.4.3.Polimorfismos de MicroRNAs na Retinopatia Diabtica

    A maior parte dos estudos de associao gentica tm avaliado a ocorrncia de

    polimorfismos nas regies codificadoras dos genes. Porm, as evidncias sugerem que

    polimorfismos nas regies no-codificadoras, incluindo o promotor, os acentuadores e as

    regies seed dos microRNAs, podem ter um efeito significativo na patognese de diversas

    doenas (Natarajan et al., 2012). Considerando que os microRNAs podem afetar a expresso

    gnica por almejar a regio 3-UTR dos genes-alvo, qualquer variao de sequncia presente

    prximo aos stios de processamento de microRNA ou na sequncia seed do microRNA

    maduro poderia alterar a biognese assim como suas funes e seus genes alvo, alterando o

    perfil de expresso destes genes (Sun et al., 2009; Bruno et al., 2012). Essa modificao, por

    sua vez, poderia afetar a suscetibilidade doena, como tem sido demonstrado para a doena

    de Parkinson, asma, doena cardiovascular e vrios tipos de cncer, entre outros. Por essa

    razo, foi reconhecido que mais ateno deveria ser dada aos polimorfismos nos genes

    codificadores dos microRNAs (Mishra e Bertino, 2009; Bruno et al., 2012).

    Porm, at o momento, apenas um estudo de caso-controle investigou a ocorrncia de

    variantes genticas em genes de microRNAs em pacientes diabticos (Ciccacci et al., 2013).

    Estes pesquisadores avaliaram 13 locos diferentes em 163 italianos com DM2 e 185

    indivduos saudveis. Os dados mostraram que dois polimorfismos estavam associados com a

    suscetibilidade ao DM2. O alelo G do polimorfismo rs895819 (A>G) no gene do miR-27a

    estava associado reduo no risco, enquanto o alelo G do polimorfismo rs531564 (C>G) do

    gene do miR-124a estava associado ao risco aumentado de DM2. No entanto, com relao

    RD, nenhum estudo investigou a relao de polimorfismos nos genes codificadores dos

    microRNAs com esta complicao.

  • 11

    2. JUSTIFICATIVA DE PESQUISA

    Como descrito nas sees anteriores, o DM e suas complicaes crnicas

    representam, atualmente, uma questo de sade pblica de grande impacto ao nvel mundial,

    devido aos elevados custos e crescente prevalncia.Evidncias recentes e cada vez mais

    numerosas mostram que os microRNAs podem exercer um papel essencial na patognese do

    diabetes e suas complicaes crnicas por meio de sua capacidade de regular os nveis de

    expresso dos genes que atuam na diferenciao, crescimento e proliferao celular, assim

    como na apoptose. Apesar disso, at o momento, poucos estudos investigaram o perfil de

    expresso de microRNAs na RD, sendo que todos foram realizados em modelos animais.

    Alm disso, diversos investigadores avaliaram a possibilidade de utilizar a

    mensurao plasmtica de microRNAs como biomarcadores de patologias especficas,

    fornecendo uma alternativa anlise tecidual (obtida por mtodo invasivo) e servindo para

    fins diagnsticos e/ou prognsticos. Outro aspecto importante a demonstrao de que

    polimorfismos presentes prximos aos stios de processamento do microRNA ou na

    sequncia seed do microRNA maduro podem alterar a biognese ou a sua funo, alterando

    o perfil de expresso destes genes o que, por sua vez, poderia afetar a suscetibilidade

    doena, como tem sido demonstrado para as doenas cardiovasculares e vrios tipos de

    cncer, entre outros.

    At o momento, nenhum estudo em humanos se props a avaliar os polimorfismos

    nos genes codificadores de microRNAs e sua expresso na suscetibilidade RD. No presente

    estudo, avaliaremos a ocorrncia de trs polimorfismos eo perfil de expresso de cinco

    microRNAs plasmticos, em pacientes diabticos do tipo 2, com ou sem RD. Assim, os

    resultados do presente estudo permitiro uma melhor compreenso dos mecanismos

    regulatrios e do impacto dos microRNAs na patognese da RD, alm de possibilitar o

    auxlio na identificao do paciente suscetvel a esta complicao e potencial proposio de

    estratgias de tratamento especficas para o manejo da RD.

    3. HIPTESES CONCEITUAIS

    H1. O perfil de expresso de microRNAs plasmticos est alterado nos pacientes com

    RD, particularmente naqueles com a forma proliferativa da doena, em relao aos pacientes

    sem esta complicao, potencialmente servindo como biomarcadores no-invasivos para fins

    diagnsticos e prognsticos.

  • 12

    H2. Os nveis de expresso dos microRNAs esto associados aos polimorfismos nos

    genes que codificam estes microRNAs.

    4. OBJETIVOS

    4.1. Objetivo Geral

    O presente estudo de caso-controle tem por finalidade avaliar a associao de trs

    polimorfismos em genes codificadores de microRNAs e do perfil de expresso de cinco

    microRNAs plasmticos com a RD em pacientes ambulatoriais com DM2.

    4.2. Objetivos Especficos

    Subprojeto 1

    1. Determinar as frequncias gnicas e genotpicas de trs polimorfismos em genes

    codificadores de microRNAs em pacientes ambulatoriais com DM2 e comparar com a

    prevalncia destes polimorfismos em um grupo de indivduos da populao em geral, a saber:

    rs531564 (miR-124a), rs4636297 (miR-126) e rs2910164 (miR-146a).

    2. Avaliar a associao dos trs polimorfismos acima mencionados com a presena e a

    gravidade da RD nos pacientes com DM2.

    Subprojeto 2

    3. Mensurar o nvel de expresso de cinco microRNAs no plasma de pacientes

    ambulatoriais com DM2 e verificar se os nveis de expresso esto associados com a presena

    e a gravidade da RD, a saber: miR-29b, miR-124a, miR-126, miR-146a e miR-200b.

    4. Avaliar a relao dos polimorfismos rs531564 (miR-124a), rs4636297 (miR-126) e

    rs2910164 (miR-146a) com os nveis plasmticos dos respectivos microRNAs nos pacientes

    com DM2.

  • 13

    5. MATERIAIS E MTODOS

    5.1. Populao de Estudo e Grupos Experimentais

    Este estudo ser realizado na Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) e no

    Hospital de Clnicas de Porto Alegre (HCPA) com pacientes ambulatoriais com diagnstico

    de DM2 e indivduos saudveis da populao em geral, arrolados entre os doadores de banco

    de sangue.

    Para contemplar os objetivos especficos do Subprojeto 1, sero elegveis para o

    estudo os pacientes com DM2 atendidos nos ambulatrios dos Servios de Endocrinologia

    dos seguintes hospitais: Hospital de Clnicas de Porto Alegre (HCPA), Grupo Hospitalar

    Conceio (Porto Alegre/RS), Hospital So Vicente de Paulo (Passo Fundo/RS) e Fundao

    Universitria de Rio Grande (Rio Grande/RS). Sero selecionados 800 indivduos a partir de

    um banco de dados de aproximadamente 2500 pacientes com DM2, que so participantes de

    um estudo multicntrico que teve incio em 2002 no Estado do Rio Grande do Sul. Este

    estudo tem por objetivo investigar os fatores de risco genticos associados com a

    predisposio ao DM e suas complicaes crnicas (Canani et al., 2005; Santos et al., 2005;

    Santos et al., 2006; Errera et al., 2007; Crispim et al., 2010; Santos et al., 2011; Santos et al.,

    2012).

    Os pacientes com DM2 sero classificados em casos (n=400) ou controles (n=400), de

    acordo com a presena ou ausncia de RD. Os controles devem ter, no mnimo, 10 anos de

    DM para serem includos no estudo. Os pacientes avaliados neste estudo realizaram exames

    clnicos, laboratoriais e uma entrevista (por meio de questionrio padronizado), para o

    registro da histria clnica, incluindo o tabagismo, uso de medicamento e presena de

    comorbidades. Todos os pacientes assinaram o termo de consentimento informado, cujo

    protocolo foi aprovado pelos comits de tica de todas as instituies envolvidas e pelo

    CONEP (processo n 25000.001632/2003-72, parecer 258/2003).

    Alm disso, tambm sero includos neste estudo, 100 indivduos doadores de banco

    de sangue do HCPA, sem histria pessoal ou familiar de DM, avaliados por meio de uma

    entrevista com questionrio padronizado, que constituiro uma amostra que servir como

    referncia da distribuio dos trs polimorfismos na populao em geral.

  • 14

    Para contemplar os objetivos especficos do Subprojeto 2, sero selecionados 100

    pacientes sem RD (com pelo menos 10 anos de diabetes), 50 pacientes com RD no-

    proliferativa e 50 pacientes com RD proliferativa, todos provenientes do ambulatrio do

    Servio de Endocrinologia do HCPA. Os pacientes sero selecionados durante os turnos de

    atendimento ambulatorial e atendero aos mesmos critrios de incluso dos pacientes

    includos no Subprojeto 1. Aps a identificao dos pacientes que atenderem aos critrios de

    incluso, ser aplicado o consentimento informado para aqueles que aceitarem participar do

    estudo e ser coletada uma amostra de sangue (10 mL). A amostra ser processada e

    armazenada para as anlises moleculares.

    5.2. Diagnstico da Retinopatia Diabtica

    A presena de RD avaliada por meio da fundoscopia direta aps dilatao pupilar, e

    classificada,considerando o olho mais gravemente afetado,como: (1) ausente; (2) RD no-

    proliferativa (microaneurismas, hemorragia, exsudatos duros); ou (3) RD proliferativa

    (presena de neovasos e/ou tecido fibroso na cavidade vtrea) (Wilkinson et al., 2003).

    5.3. Anlises Moleculares

    5.3.1. Genotipagem (Extrao de DNA, PCR-RFLP e qPCR)

    O DNA ser extrado de leuccitos do sangue perifrico por um mtodo de salting out

    (Lahiri e Nurnberger Jr., 1991). A genotipagem ser realizada por meio da tcnica de PCR-

    RFLP ou por PCR em tempo real. Para a genotipagem do polimorfismo rs2910164 (miR-

    146a), as amostras de DNA sero amplificadas por PCR, utilizando-se primers e condies

    de amplificao especficos para esta variante, como descrito por Rah et al. (2013). Aps a

    confirmao da amplificao, os produtos de PCR sero submetidos digesto com a

    endonuclease de restrio SacI, segundo as instrues do fabricante. Os produtos da digesto

    sero separados por eletroforese em gel de poliacrilamida 8%, corados com brometo de

    etdeo e diretamente visualizados sob luz ultravioleta. Os polimorfismosrs531564 (miR-124a)

    e rs4636297 (miR-126) sero identificados por meio de PCR em tempo real, utilizando-se

    primers e sondas contidos em ensaios comerciais de discriminao allica especficos para

    a genotipagem destas variantes (TaqMan, Life Technologies, Carlsbad, EUA).

  • 15

    5.3.2. Expresso Gnica (Extrao de RNA e qRT-PCR)

    Para a extrao dos microRNAs do plasma ser utilizado o kit comercial miRvana

    PARIS (Ambion), conforme as orientaes do fabricante. Na etapa inicial do protocolo sero

    adicionados 50pM de um microRNA sinttico, proveniente do nematdeo Caenorhabditis

    elegans (cel-miR-39) (Qiagen), que ser utilizado posteriormente como normalizador da

    reaode transcrio reversa seguida pela reao em cadeia da polimerase quantitativa (qRT-

    PCR). A reao de converso dos microRNAs em cDNA ser feita utilizando-se o kit

    TaqManmicroRNA Reverse Transcription (Life Technologies) com primers especficos

    para cada microRNA. Para o PCR em tempo real ser utilizado o ensaio comercial TaqMan

    microRNAassay (Life Technologies), que contm sondas especficas para cada microRNA a

    ser estudado. Como no h um consenso na literatura sobre um microRNA que seja o

    normalizador ideal para a anlise da expresso gnica de microRNAs no plasma, utilizaremos

    o cel-miR-39 como controle endgeno da reao de qRT-PCR. O nvel relativo de expresso

    ser calculado a partir da seguinte equao: expresso gnica relativa = 2 (Ct amostra

    Ct controle).

    5.4. Anlises Estatsticas

    As comparaes entre os grupos de indivduos sero feitas por meio de testes

    paramtricos e no-paramtricos no pacote estatstico SPSS (verso 18.0). As freqncias

    allicas sero determinadas pela contagem direta dos alelos e o equilbrio de Hardy-Weinberg

    ser verificado por meio do teste de qui-quadrado. As diferenas nas distribuies gnicas e

    genotpicas entre os grupos de indivduos sero avaliadas por meio do teste de qui-quadrado

    ou do teste exato de Fisher. As diferenas nos nveis de expresso entre os grupos de

    pacientes sero comparadas pelo teste t de Student ou pelo teste de Mann-Whitney. A anlise

    de regresso logstica ser realizada para avaliar a relao de cada varivel com a presena

    e/ou a gravidade da RD, para controlar o efeito dos diversos fatores de confuso, bem como

    para identificar possveis fatores de interao entre as variveis. Um valor de p < 0,05 ser

    considerado como estatisticamente significativo.

  • 16

    5.6. Aspectos ticos

    Para contemplar os objetivos especficos do Subprojeto 1, sero utilizadas as

    informaes constantes do banco de dados e as amostras de DNA j coletadas no estudo

    transversal multicntrico que teve incio em 2002. Foi explicado, durante a apresentao do

    termo de consentimento informado aos pacientes, que as informaes clnicas e a coleta de

    sangue para a extrao de DNA seriam utilizadas para a anlise clnica e gentica de novos

    polimorfismos analisados pelo nosso grupo de pesquisa, desde que aprovados por uma

    comisso de tica. Para executar o Subprojeto 2, o projeto de pesquisa ser submetido ao

    Comit de tica em Pesquisa do HCPA e da ULBRA e somente ter incio aps a avaliao e

    aprovao pelos mesmos.

  • 17

    6. CRONOGRAMA DO ESTUDO

    Atividades Previstas 01/2014-

    06/2014

    07/2014-

    12/2014

    01/2015-

    06/2015

    07/2015-

    12/2015

    Seleo dos pacientes e dos doadores de banco de

    sangue

    X

    Coleta de dados e/ou de amostras X

    Genotipagem (extrao de DNA, PCR-RFLP e

    PCR em tempo real)

    X X X

    Mensurao da expresso gnica (extrao de

    RNA e qRT-PCR)

    X X X X

    Atualizao do banco de dados e anlise dos

    dados

    X X

    Redao do(s) artigo(s) cientfico(s) X

    Atividades Previstas Valor em R$

    (% Total)

    01/2014-

    06/2014

    07/2014-

    12/2014

    01/2015-

    06/2015

    07/2015-

    12/2015

    Seleo dos pacientes e dos doadores

    de banco de sangue

    0,00

    -

    0,00

    Coleta de dados e/ou de amostras 0,00

    0,00

    Genotipagem (extrao de DNA,

    PCR-RFLP e PCR em tempo real)

    8.666,78

    (19,7%)

    2.566,78 4.300,00 1.800,00

    Mensurao da expresso gnica

    (extrao de RNA e qRT-PCR)

    35.351,83

    (80,3%)

    18.809,73 6.616,84 6.616,84 3.308,42

    Atualizao do banco de dados e

    anlise dos dados

    0,00

    0,00 0,00

    Redao do(s) artigo(s) cientfico(s) 0,00 0,00

    Total 44.018,61

    (100%)

    21.736,51

    (48,6%)

    10.916,84

    (24,8%)

    8.416,84

    (19,1%)

    3.308,42

    (7,5%)

  • 18

    7. ORAMENTO DETALHADO

    Material de Consumo - Item Valor

    Unitrio

    (R$)

    Quantidade Valor

    Total

    (R$)

    rgo de

    Fomento

    Coleta de Material e Exames

    Coleta de sangue 5,00 200 1.000,00 FIPE

    Materiais Plsticos Diversos

    Tubos cnicos para centrfuga (15

    mL) (100 unidades)

    32,19 2 64,38 FIPE

    Ponteira azul sem filtro P1000 (1000

    unidades)

    54,52 1 54,52

    FIPE

    Ponteira amarela sem filtro P200

    (1000 unidades)

    48,50 20 970,00 FIPE

    Ponteira sem filtro P10 (1000

    unidades)

    50,62 5 253,10 FIPE

    Ponteira azul com filtro P1000 (1000

    unidades)

    216,62 5 1.083,10 FIPE

    Ponteira amarela com filtro P200

    (1000 unidades)

    207,35 1 207,35 FIPE

    Ponteira com filtro P100 (1000

    unidades)

    217,85 1 217,85 FIPE

    Ponteira com filtro P10 (1000

    unidades)

    207,35 1 207,35 FIPE

    Microtubos 2 mL (500 unidades) 47,00 2 94,00 FIPE

    Microtubos 1,5 mL (500 unidades) 46,15 1 46,15 FIPE

    Microtubos para PCR 0,6 mL (1000

    unidades)

    83,50 3 250,50 FIPE

    Microtubos para PCR 0,2 mL (1000

    unidades)

    155,60 2 311,20 FIPE

  • 19

    Reagentes para Extrao de DNA

    Tris-HCl (250g) 188,00 1 188,00 FIPE

    Cloreto de potssio (500g) 33,57 1 33,57 FIPE

    Cloreto de magnsio (500g) 59,99 1 59,99 FIPE

    EDTA (500g) 595,10 1 595,00 FIPE

    SDS (100g) 258,00 1 258,00 FIPE

    Etanol absoluto (1L) 68,50 1 68,50 FIPE

    Reagentes para PCR-RFLP

    Oligonucleotdeos (bases) 1,70 48 81,60 FAPERGS

    Mix de dNTPs (2 mM) (5 x 1mL) 549,25 1 549,25 FAPERGS

    Taq DNA polimerase (500U) 240,19 3 720,57 FAPERGS

    Enzima de restrio SacI (2000U) 405,12 3 1.215,36 FAPERGS

    Reagentes para eletroforese

    Agarose (500g) 234,25 1 234,25 ***

    Acrilamida (500g) 102,27 1 102,27 ***

    Bis-acrilamida (10g) 25,96 1 25,96 ***

    TEMED (30 mL) 141,00 1 141,00 ***

    Persulfato de amnio (100g) 502,00 1 502,00 ***

    Tris (1 kg) 239,06 1 239,06 ***

    cido brico (1 kg) 85,26 1 85,26 ***

    EDTA (500g) 181,71 1 181,71 ***

    GelRedcorante para gel (0,5 mL) 602,00 1 602,00 ***

    Tampo de corrida (1 mL) 50,00 1 50,00 ***

    Marcador de peso molecular 50 pb

    (50 ug)

    450,00 1 450,00 ***

  • 20

    Reagentes e plsticos para qPCR

    Custom TaqMan SNP Genotyping

    kit (1200 reaes)

    1.800,00 2 3.600,00 FAPERGS

    TaqMan Genotyping Master Mix

    (4000 reaes)

    2.500,00 1 2.500,00 FAPERGS

    Tubos pticos em tiras de 8 unidades 421,00 5 2.105,00 ***

    Tampas pticas em tiras de 8

    unidades

    407,50 2 815,00 ***

    Reagentes para Extrao de RNA

    Kit miRvana PARIS (Ambion) (20

    reaes)

    932,97 10 9.329,70 FAPERGS

    RNA sinttico de C. elegans (cel-

    miR-39)

    550,10 1 550,10 ***

    Reagentes para qRT-PCR

    TaqMan microRNA RT kit (200

    reaes)

    910,98 6 5.465,88 FAPERGS

    TaqMan Gene Expression Master

    Mix (2000 reaes)

    6.171,61 1 6.171,61 FAPERGS

    TaqMan microRNA assay (50

    reaes)

    599,36 24 14.384,64 FAPERGS

    Tubos e tampas pticas Material j computado no item anterior

    Outros materiais

    Luvas de ltex (caixa com 50 pares) 14,50 50 725,00 FIPE

    Resumo do Oramento

    Valor Total 56.852,78

    Valor do Material J Adquirido 6.083,61

    Valor Solicitado ao FIPE-HCPA 6.687,56

    Valor Total Solicitado FAPERGS 44.018,61

  • 21

    FIPE-HCPA: Fundo de Incentivo Pesquisa e Eventos do Hospital de Clnicas de Porto

    Alegre. O valor correspondente ser solicitado a este rgo de fomento (o FIPE-HCPA

    concede at R$ 8.000,00 para os projetos que envolvem seres humanos).

    FAPERGS: Valor solicitado neste edital.

    ***: Material j adquirido pelo grupo de pesquisa por ocasio do desenvolvimento de outros

    projetos de pesquisa.

  • 22

    8. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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  • 28

    9. ADEQUAO E DESCRIO DA EQUIPE DE PESQUISA

    Profa. Dra. Ktia Gonalves dos Santos: Bacharel em Cincias Biolgicas (1999) pela

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), tem mestrado (2001) e doutorado

    (2005) em Gentica e Biologia Molecular pela UFRGS. Desde 2007 professora adjunta da

    Universidade Luterana do Brasil (ULBRA), onde atua como orientadora no Programa de Ps-

    Graduao em Biologia Celular e Molecular Aplicada Sade (PPGBioSade). O

    PPGBioSade foi aprovado em 2011 pela CAPES, resultando da fuso do PPG em Gentica

    e Toxicologia Aplicada (PPGGTA) e do PPG em Diagnstico Gentico e Molecular

    (PPGDGM). Atua tambm como professora colaboradora do Programa de Ps-Graduao em

    Cincias da Sade: Cardiologia e Cincias Cardiovasculares da UFRGS, exercendo

    atividades de pesquisa junto ao Grupo de Insuficincia Cardaca e Transplante do Hospital de

    Clnicas de Porto Alegre (HCPA). Tem experincia na rea de Gentica, com nfase em

    Gentica Humana e Mdica, atuando principalmente nos seguintes temas: insuficincia

    cardaca, hipertrofia cardaca, microRNAs, diabetes mellitus, complicaes crnicas do

    diabetes e polimorfismos genticos.

    Prof. Dr. Lus Henrique Canani: Graduado em Medicina pela Universidade Federal do

    Rio Grande do Sul (1989), mestrado em Medicina: Cincias Mdicas pela Universidade

    Federal do Rio Grande do Sul (1996) e doutorado em Cincias Mdicas: Endocrinologia pela

    Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1999). Ps-Doutorado na Joslin Diabetes Center

    - Harvard University, Boston, EUA. Atualmente Professor Adjunto da Universidade

    Federal do Rio Grande do Sul. Coordenador substituto da Ps-Graduao em Cincias

    Mdicas: Endocrinologia da UFRGS nos anos de 2009 e 2010. Coordenador eleito da Ps-

    Graduao em Cincias Mdicas: Endocrinologia da UFRGS - 2011. Tem experincia na

    rea de Medicina, com nfase em Endocrinologia, atuando principalmente nos seguintes

    temas: diabetes melito, nefropatia diabtica, retinopatia diabtica e gentica. Pesquisador

    CNPq 1C. ndice H = 19 em maro de 2013.

    Profa. Dra. Daisy Crispim Moreira: Graduao em Cincias Biolgicas - nfase em

    Gentica e Biologia Molecular, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998).

    Mestrado em Gentica e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

    (2000). Doutorado em Gentica e Biologia Molecular pela Universidade Federal do Rio

    Grande do Sul (2005). Ps-doutorado em Biologia Molecular e Celular pela Universit Libre

    de Bruxelles, Bruxelas, Blgica (2006). Atualmente trabalha como Pesquisadora - Biloga II

  • 29

    contratada pelo Servio de Endocrinologia do Hospital de Clnicas de Porto Alegre, onde a

    responsvel pelo desenvolvimento do novo Laboratrio de Biologia das Clulas-Beta

    Humanas para isolamento de ilhotas pancreticas para pesquisa e transplante em pacientes

    com diabetes mellitus tipo 1. Tambm Professora Permanente do Programa de Ps-

    Graduao em Cincias Mdicas: Endocrinologia da Universidade Federal do Rio Grande do

    Sul, desde Julho de 2007. Tem experincia na rea de Gentica e Biologia Molecular e

    Celular, com nfase em Gentica Humana e Mdica, atuando principalmente nos seguintes

    temas: Gentica do diabetes mellitus e de suas complicaes crnicas; Isolamento de ilhotas

    pancreticas humanas para transplante em pacientes com diabetes mellitus tipo 1; e Biologia

    celular das ilhotas pancreticas. Bolsista de Produtividade CNPq - Nvel 2.

    Graduanda Naiana Slvia Soares Corra: Acadmica de Biomedicina da Universidade

    Luterana do Brasil. bolsista de iniciao cientfica PROBIC/FAPERGS/ULBRA e

    desenvolve atividades de pesquisa junto ao Laboratrio de Gentica Molecular Humana da

    ULBRA, sob a orientao da Profa. Ktia Gonalves dos Santos. Tem experincia na rea de

    Gentica Humana e Mdica, atuando principalmente nos temas: insuficincia cardaca,

    metalloproteinases de matriz e polimorfismos genticos.

    Graduando Renan Csar Sbruzzi: Acadmico de Biomedicina da Universidade Luterana

    do Brasil, possui bolsa PROUNI. aluno de iniciao cientfica voluntrio no Laboratrio de

    Gentica Molecular Humana da ULBRA, sob a orientao da Profa. Ktia Gonalves dos

    Santos.

    10. INFRA-ESTRUTURA E APOIO TCNICO DISPONVEL

    Todos os recursos fsicos e laboratoriais necessrios para a execuo deste projeto de

    pesquisa esto disponveis no Programa de Ps-Graduao em Biologia Celular e Molecular

    Aplicada Sade da ULBRA e no Servio de Endocrinologia do HCPA. Alm disso, a

    equipe de profissionais (professores e alunos de iniciao cientfica) possui experincia em

    estudos genticos de associao, nas tcnicas previstas neste projeto e/ou na anlise de dados

    epidemiolgicos envolvendo as complicaes crnicas do diabetes. Porm, para a realizao

    deste projeto de pesquisa, necessrio um novo aporte de recursos financeiros para a

    aquisio dos materiais de consumo a serem utilizados na avaliao dos polimorfismos e da

    expresso gnica, conforme indicado no oramento detalhado (seo 7).

  • 30

    11. RESULTADOS ESPERADOS E CONTRIBUIES CIENTFICAS

    Diversas evidncias recentes sugerem que os microRNAs podem representar uma

    pea-chave na regulao das vias intracelulares envolvidas na fisiopatologia do diabetes e

    suas complicaes crnicas. Porm, at o momento, poucos estudos investigaram os nveis de

    expresso de microRNAs como marcadores de progresso para a RD, sendo que todos os

    estudos foram conduzidos em modelos animais. Alm disso, a avaliao de polimorfismos

    em genes codificadores de microRNAs como marcadores da ocorrncia ou da gravidade da

    RD ainda indita. Por isso, no presente estudo pretendemos avaliar a associao de

    diferentes microRNAs polimorfismos e nveis de expresso com a presena e a gravidade

    da RD. Assim, os resultados do presente estudo permitiro uma melhor compreenso dos

    mecanismos regulatrios e do impacto dos microRNAs na patognese da RD, alm de

    possibilitar o auxlio na identificao do paciente suscetvel a esta complicao e potencial

    proposio de estratgias de tratamento especficas para o manejo da RD.

    Alm do conhecimento cientfico e do melhor entendimento dos marcadores

    biolgicos que esto associados ao desenvolvimento e agravamento da RD, as contribuies

    cientficas desta proposta de pesquisa envolvem a: (1) formao de capital humano, com a

    participao direta de alunos de doutorado, mestrado e iniciao cientfica; (2) a possibilidade

    de expanso da equipe do laboratrio, uma vez que o volume de trabalho e o aporte de

    recursos financeiros permitiro o acesso e o envolvimento de novos alunos neste projeto; e,

    (3) o fortalecimento da colaborao j estabelecida entre os pesquisadores das duas

    instituies executoras deste projeto de pesquisa (Laboratrio de Gentica Molecular

    Humana do PPG em Biologia Celular e Molecular Aplicada Sade da ULBRA e

    Laboratrio de Biologia Molecular do Servio de Endocrinologia do HCPA).

    A expectativa inicial dos investigadores de que os resultados obtidos com a

    realizao deste projeto de pesquisa permitam a publicao de artigo(s)original(is) em

    peridicos cientficos com maior fator de impacto (Qualis A1 ou A2). Alm disso, os

    resultados parciais obtidos ao longo do desenvolvimento do projeto sero apresentados em

    eventos cientficos.