60
Uma parceria: AVALIAÇÃO E CERTIFICAÇÃO + Pesquisa documental + Pesquisa de campo + Entrevistas + Grupos de trabalho FAZ SENTIDO - FUNDAMENTAL II PROJETO

PROJETO FAZ SENTIDO - FUNDAMENTAL II AVALIAÇÃO E ...fazsentido.org.br/wp-content/uploads/2017/03/Estudo_Avaliacao_Cert... · Capítul 1 st AVALIAÇÃO: CONCEITOS INICIAIS 8 Na escola,

Embed Size (px)

Citation preview

Uma parceria:

AVALIAÇÃO ECERTIFICAÇÃO

+ Pesquisa documental+ Pesquisa de campo+ Entrevistas+ Grupos de trabalho

FAZ SENTIDO - FUNDAMENTAL IIP R O J E T O

SUMÁRIO CLIQUE PARA ACESSAR O CAPÍTULO DESEJADO

CRÉDITOS

Design GráficoTom Oliveira

Revisão críticaCélia Senna

Pesquisa, Conteúdo e RedaçãoAna Luíza RochaAndréa AzambujaCarolina FariaNaiara Magalhães

IlustraçõesFreepikFlaticon

GRUPO DE TRABALHO

Alejandra Velasco (Todos pela Educação)Bruna Waitman (MEL, Media Education Lab)Cláudia Codolo (Educadora e tutora pedagógica)Cláudio Maroja (Geekie)Cynthia Sanches (Instituto Ayrton Senna)José Gilberto Boari (Instituto Itaú Unibanco)Madalena Godoy (Cidade Escola Aprendiz)Marcelo Ribeiro (QMágico)Márcia Giupatto (Consultora em educação)Régis Ferreira (Educador e tutor)Walquíria Tibúrcio (Move)

PARTICIPANTES

Daniel Brandão, fundador e diretor executivo da Move – Avaliação e Estratégia em Desenvolvimento Social

ESPECIALISTA CONVIDADO:

C A P Í T U LO 1

Avaliação: conceitos iniciais

Capítulo 1 → AVALIAÇÃO: CONCEITOS INICIAIS

6

Fonte: Cipriano Carlos Luckesi, Avaliação da aprendizagem; visão geral. Disponível em: http://migre.me/vZo5h.

Quando se pensa em avaliação, várias ideias vêm à mente: prova, trabalho, nota, média, boletim, aprovação, reprovação, classificação. Por trás dessas palavras, estão diferentes conceitos e estratégias avaliativas usadas para acompanhar a aprendizagem dos alunos e também o trabalho de professores e gestores. Entenda como alguns estudiosos do assunto distinguem alguns desses conceitos:

AFINAL, O QUE É AVALIAR?Acompanhar e reorientar a aprendizagem de forma permanente. Para um verdadeiro processo de avaliação, não interessa a aprovação ou reprovação do educando, mas sim seu crescimento. Daí a avaliação ser diagnóstica, permitindo a tomada de decisões para a melhoria. Envolve não só o desempenho dos alunos, mas de todo o sistema educacional. A aprendizagem melhora se todo o sistema melhora.

AVALIAR

Uma forma de medir a aprendizagem pautada em performances pontuais (para a nota, só vale a resposta no momento da prova, não em qualquer outro momento) e em desempenhos finais (só importa a resposta, não o caminho até ela). Exames, muitas vezes, são usados de forma classificatória (hierarquizam os alunos) e servem como recursos de controle disciplinar.

EXAMINAR

Capítulo 1 → AVALIAÇÃO: CONCEITOS INICIAIS

7

Fonte: Léa Depresbiteris, Certificação de competências: a necessidade de avançar numa perspectiva formativa. Disponível em: http://migre.me/w4i3u.

Atribuir um número de acordo com uma regra logicamente aceitável. Na avaliação da aprendizagem, a maioria dos professores utiliza como medida o número de acertos em questões de teste. Toda avaliação deveria incluir uma medida, mas nem toda medida inclui, necessariamente, uma avaliação. “Medir sem aliar à medida uma função formativa seria o mesmo que medir a febre de alguém, descobrir suas causas, mas não administrar nenhum remédio para a cura”.

MEDIR

Atestar, afirmar, passar a certidão. Essa tomada de decisão envolve necessariamente um processo de julgamento, o que inclui medida e avaliação. Uma função importante da certificação, numa perspectiva formativa, é estimular um processo de autoavaliação por parte de quem é avaliado, buscando permanentemente a melhoria.

CERTIFICAR

Capítulo 1 → AVALIAÇÃO: CONCEITOS INICIAIS

8

Na escola, a avaliação do aluno deve ser um suporte para orientar sua aprendizagem e seu desenvolvimento – assim, nada mais natural do que ele participar ativamente do processo.

Para que seja eficiente, além de envolver o estudante, é essencial que haja a sistematização consistente das evidências que se mostram: afinal um teste não é a avaliação em si, mas oferece dados que, qualificados, amparam a análise, a reflexão e a tomada de decisões de forma embasada.

AVALIAÇÃO: UM PROCESSO CONSTRUTIVO, CONJUNTO E SISTEMATIZADO

Capítulo 1 → AVALIAÇÃO: CONCEITOS INICIAIS

9

Os processos de sistematização do conhecimento e de avaliação deveriam ser sempre realizados em conjunto com os estudantes. É muito importante que ele – o estudante – saiba o que sabe/aprendeu e aquilo que ainda não sabe/aprendeu. Ainda que possa parecer semântica, há uma grande diferença entre dizer que não se sabe algo ou que ainda não se sabe algo. A avaliação deveria mostrar o que o estudante ainda não sabe e ser um ponto de partida (e não de chegada) no processo educacional”

CÉLIA SENNA, especialista em educação revisora do presente estudo.

Capítulo 1 → AVALIAÇÃO: CONCEITOS INICIAIS

10

A avaliação é um ponto de partida para a aprendizagem e para o desenvolvimento constantes!

Capítulo 1 → AVALIAÇÃO: CONCEITOS INICIAIS

11

Fonte: Gerson Pastre de Oliveira, Avaliação Formativa nos Cursos Superiores: Verificações Qualitativas no Processo de Ensino-Aprendizagem e a Autonomia dos Educandos. Disponível em: http://bit.ly/avaliacao-gersonpastre.

Segundo B.S. Bloom, J. T. Hastings e G.F. Madaus, autores do livro Evaluación del aprendizaje (em tradução livre, Avaliação da Aprendizagem), além de a avaliação ser um método de adquirir e processar evidências necessárias para melhorar o ensino e a aprendizagem – incluindo uma grande variedade de evidências que vão além do exame usual de “papel e lápis” –, é um auxílio para clarear os objetivos significativos e as metas educacionais, um sistema de controle qualidade pelo qual pode ser determinada, etapa por etapa do processo ensino-aprendizagem, a efetividade ou não do processo e, em caso negativo, que mudanças devem ser feitas para garanti-la. Segundo eles, pode ser considerada, ainda, um instrumental da prática educacional para verficar se procedimentos alternativos são ou não igualmente efetivos ao alcance de um conjunto de fins educacionais.

AVALIAÇÃO PARA CLAREAR METAS EDUCACIONAIS E PARA AMPARAR A EXPERIMENTAÇÃO DE NOVAS PRÁTICAS

C A P Í T U LO 2

Tipos de avaliação: formativa, somativa, interna, externa

Capítulo 2 → TIPOS DE AVALIAÇÃO: FORMATIVA, SOMATIVA, INTERNA, EXTERNA

13

No campo educacional, há diferentes tipos de avaliação. Neste capítulo, iremos discutir as especificidades de quatro modalidades largamente difundidas e/ou discutidas:

FO R M AT I VA S O M AT I VA I N T E R N A E X T E R N A

Cada uma delas tem sua “vocação” – ou seja, serve melhor a um determinado objetivo. Os métodos de elaboração e aplicação também diferem caso a caso. Embora às vezes sejam analisadas em oposição uma à outra (formativa x somativa e interna x externa), devem ser vistas como complementares – o ideal é que a escola lance mão de todas elas, no momento em que forem mais úteis, de acordo com a necessidade.

Capítulo 2 → TIPOS DE AVALIAÇÃO: FORMATIVA, SOMATIVA, INTERNA, EXTERNA

14

A avaliação formativa se propõe a acompanhar o desenvolvimento das aprendizagens do aluno de forma constante, fornecendo informações que direcionem a ação pedagógica durante todo o tempo na direção da melhora. Não se trata, no entanto, apenas de uma avaliação informal permanente; devem estar previstos momentos regulares de avaliação sistemática para averiguar o desenvolvimento dos alunos.

AVALIAÇÃO FORMATIVA

Fontes: B.S. Bloom, J. T. Hastings e G.F. Madaus, Evaluación del aprendizaje; Buenos: Troquel, 1975. Geekie, e-book Como a Avaliação Externa pode Ajudar sua Escola; disponível em http://migre.me/w6sVK. Roland Abrecht, A Avaliação Formativa; Porto: Edições ASA, 1994.

Para Bloom, Hastings e Madaus (1975) nunca se devem utilizar os dados da avaliação formativa para a classificação dos estudantes; nesse tipo de avaliação, eles devem poder agir sem se sentir sob a ameaça da classificação e estar à vontade para mostrar suas dificuldades, errar e aprender com seus erros.

Roland Abrecht, autor de A Avaliação Formativa (1994), considera a avaliação formativa não como um método, mas antes como atitude: “Os grandes objectivos da avaliação formativa são, de facto, a consciencialização, por parte do aluno, da dinâmica do processo de aprendizagem (objectivos, dificuldades e critérios)... a luta contra a passividade”.

Capítulo 2 → TIPOS DE AVALIAÇÃO: FORMATIVA, SOMATIVA, INTERNA, EXTERNA

15

É uma modalidade avaliativa pontual que ocorre ao fim de cada etapa de ensino (bimestre, semestre, ano, curso etc.). Serve para verificar o grau de domínio de alguns objetivos pré-estabelecidos, propondo-se a realizar um balanço somatório de uma ou de várias sequências de um trabalho de formação. Pode ser de natureza quantitativa ou qualitativa. São bastante utilizadas nas escolas brasileiras, principalmente como princípio relacionado às avaliações externas, oferecendo um parecer sobre as competências e habilidades desenvolvidas ao final de determinados ciclos educacionais. É também útil em processos de certificação.

AVALIAÇÃO SOMATIVA

Fontes: Geekie, e-book Como a Avaliação Externa pode Ajudar sua Escola; disponível em http://migre.me/w6sVK. Portal Avaliação, Avaliação Formativa; disponível em http://migre.me/w6tsS.

O diferencial da avaliação somativa, por ocorrer no final do processo, é que ela gera informações sobre a qualidade do processo instrucional, o quanto os objetivos de aprendizagens foram alcançados. Por isso, muitos preferem chamar essa avaliação de resultados finais de aprendizagem” (GEEKIE, 2016).“

Capítulo 2 → TIPOS DE AVALIAÇÃO: FORMATIVA, SOMATIVA, INTERNA, EXTERNA

16

É importante que haja um equilíbrio no uso das práticas de avaliação, promovendo, ao mesmo tempo, o formativo e o somativo, como se fossem as duas faces de uma moeda, em que uma vale tanto quanto a outra. A própria avaliação somativa, embora tenha por “vocação” fornecer um balanço dos aprendizados, uma vez concluído um ciclo de ensino, pode também desempenhar um importante papel formativo, se seus resultados são utilizados para embasar tomadas de decisão que melhorem o processo de ensino-aprendizagem.

AVALIAÇÃO FORMATIVA + SOMATIVA

Fonte: José Augusto Pacheco, Avaliação das Aprendizagens. Políticas formativas e práticas sumativas. Disponível em: http://migre.me/vZod3.

Opor avaliação formativa e sumativa [em português de Portugal, equivalente ao “somativo” do brasileiro], valorizando a primeira e censurando a segunda não tem sentido pedagógico, ambas podendo, e devendo, ser formadoras” – José Augusto Pacheco, Dr. em Educação.“

ESCOLA

A Escola Lumiar, em São Paulo (SP), realiza uma avaliação integrada, unindo as abordagens somativa e formativa. As notas não são a única maneira de avaliar o conhecimento adquirido e os avanços dos alunos, e a avaliação tem como propósito fazer com que eles reconheçam suas facilidades e dificuldades. Assim, os estudantes entendem quais são os próximos passos que devem ser tomados para atingir seus objetivos e assumem o compromisso com seu processo de aprendizagem.

[EXPERIÊNCIA INSPIRADORA]

Capítulo 2 → TIPOS DE AVALIAÇÃO: FORMATIVA, SOMATIVA, INTERNA, EXTERNA

17

+ http://lumiar.org.br

Como o nome antecipa, a Avaliação Interna é aquela realizada pelo professor com seus alunos. Os métodos de elaboração e aplicação variam – provas abertas ou objetivas, observação e registro, portfólio, autoavaliação etc. Pode ser de natureza formativa ou somativa.

AVALIAÇÃO INTERNA

Fonte: Portal Avaliação. Disponível em http://migre.me/w6tsS.

Capítulo 2 → TIPOS DE AVALIAÇÃO: FORMATIVA, SOMATIVA, INTERNA, EXTERNA

18

Capítulo 2 → TIPOS DE AVALIAÇÃO: FORMATIVA, SOMATIVA, INTERNA, EXTERNA

19

Também chamada de avaliação em larga escala, é aquela realizada por agentes externos à escola – secretarias de educação municipal ou estadual, Ministério da Educação, organizações internacionais, entre outras. Propõe-se a avaliar as escolas e os sistemas de ensino como um todo. Algumas avaliações externas bastante conhecidas das escolas brasileiras são a Prova Brasil (nacional) e o Pisa (internacional).

AVALIAÇÃO EXTERNA

Fonte: Portal Avaliação. Disponível em http://migre.me/w6tsS.

Capítulo 2 → TIPOS DE AVALIAÇÃO: FORMATIVA, SOMATIVA, INTERNA, EXTERNA

20

O Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Alunos) é realizado com jovens na faixa dos 15 anos de idade de aproximadamente 65 países, avaliando seus conhecimentos em leitura, matemática e ciências, alternadamente, a cada três anos. Os dados colhidos no exame já permitiram tecer diversas análises comparativas entre os países e desfazer alguns mitos, como o de que “alunos pobres estão destinados a fracassar na escola“ ou que “salas de aula menores elevam o nível do ensino”. Os sistemas educacionais com melhor desempenho no Pisa, em vez de gastarem dinheiro com classes pequenas, investem em salários mais competitivos para os professores, desenvolvimento profissional constante e cargas horárias equilibradas. (BBC, 2015)

A Prova Brasil é realizada com alunos do 5o e 9o anos do Ensino Fundamental de escolas urbanas e rurais de todo o Brasil, avaliando competências de língua portuguesa, com foco em leitura, e matemática, com foco na resolução de problemas, a cada dois anos. Na hora de analisar seus resultados, vale fazer uma comparação com os resultados anteriores, avaliar a evolução das notas e sempre realizar uma análise conjunta com os exames internos. E tudo deve ser divulgado à comunidade.

Importante: na hora de analisar os resultados das avaliações externas, sempre se deve levar em conta outros dados além da média geral. Número de alunos matriculados, perfil socioeconômico e tempo de permanência na escola são indicadores valiosos para se realizar comparações mais fiéis à realidade!

Fontes: Gestão Escolar, 7 ações para aproveitar bem a Prova Brasil; disponível em http://migre.me/w6uch. BBC Brasil, Exame internacional desfaz 7 mitos sobre eficiência da educação; disponível em http://migre.me/w6ufZ. Geekie, e-book Como a Avaliação Externa pode Ajudar sua Escola; disponível em http://migre.me/w6sVK.

Capítulo 2 → TIPOS DE AVALIAÇÃO: FORMATIVA, SOMATIVA, INTERNA, EXTERNA

21

Alguns tipos de avaliação externa são mais úteis para a elaboração de políticas públicas pelos governos, pois fornecem indicadores da aprendizagem de grandes grupos de alunos em intervalos de tempo mais extensos (ex: Prova Brasil, a cada dois anos, e Pisa, a cada três. Outras podem ser apropriadas com maior facilidade pelas redes de ensino e suas escolas, pois os resultados saem a tempo de serem usadas pelas equipes das secretarias de educação e pelos professores ainda com a turma de alunos que foi avaliada (ex: avaliações bimestrais ou semestrais desenvolvidas pelos próprios municípios). De todo modo, o objetivo não deve ser o ranking em si, como classificação, mas sim a obtenção de informações que possibilitem trabalhar em prol de melhorias.

A escola que não se avalia ou que desenvolve apenas a sua auto-avaliação, está alheia ao real ou enganada por uma auto-imagem que, por mais valor e qualidade que tenha, carece sempre de ser comparada com um olhar externo. As avaliações externas permitem contrastar olhares, perspectivas, interpretações, soluções e avaliações’, sentencia o professor Alexandre Ventura, pesquisador na Universidade Católica de Brasília e na Universidade de Aveiro, em Portugal” (GEEKIE, 2016)“Fontes: Geekie, e-book Como a Avaliação Externa pode Ajudar sua Escola; disponível em http://migre.me/w6sVK. Portal Porvir, Avaliação não deve parar no diagnóstico; disponível em http://migre.me/w6ujV.

C A P Í T U LO 3

As avaliações de hoje: o que representam para os alunos

Capítulo 3 → AS AVALIAÇÕES DE HOJE: O QUE REPRESENTAM PARA OS ALUNOS

23

Testes e provas escolares muitas vezes são encarados pelos estudantes como algo negativo e até com sentido de punição. Algumas vezes, as avaliações acabam, de fato, sendo usadas para classificá-los em “bons e maus alunos”.

Criar essa divisão é abrir uma brecha para rótulos (“o nerd”, “o burro”, “o preguiçoso”), podendo trazer traumas aos estudantes e criar mais barreiras para seu aprendizado.

MEDO E ESTIGMA

“As pesquisas têm buscado uma compreensão de como a ansiedade de prova afeta negativamente o desempenho. A principal descoberta é a influência decisiva de fatores cognitivos, colocando a deterioração do rendimento como resultante do desvio da atenção seletiva: pensamentos negativos ou irrelevantes para a tarefa ocupam a mente do aluno altamente ansioso por ocasião da prova ou exame, roubando-lhe a atenção que deveria concentrar-se por inteiro na tarefa em causa” – José Aloyseo Bzuneck, mestre em Educação.

Capítulo 3 → AS AVALIAÇÕES DE HOJE: O QUE REPRESENTAM PARA OS ALUNOS

24

Fontes: Maria Gouveia Pereira e Sara Sá Pires, Experiência escolar e julgamentos acerca da autoridade; disponível em http://migre.me/w6v58. José Aloyseo Bzuneck, Ansiedade e desempenho numa prova de matemática: um estudo com adolescentes; disponível em http://migre.me/w6v5Y.

“[A insegurança face à avaliação escolar remete para a importância que a ela assume para os adolescentes], manifestando o mal-estar e a angústia que sentem, face à possibilidade e ao real insucesso, e paralelamente, o enorme desejo de serem considerados como indivíduos de valor [...] Os conteúdos deste fator evidenciam, também, a relevância da dimensão comparativa com os colegas e as dificuldades sentidas face à competição e ao individualismo”– Maria Gouveia Pereira, professora e Dr. em Psicologia Social, e Sara Sá Pires, psicóloga.

“”

70

A+

Capítulo 3 → AS AVALIAÇÕES DE HOJE: O QUE REPRESENTAM PARA OS ALUNOS

25

A avaliação precisa ser reinventada como algo positivo!

Capítulo 3 → AS AVALIAÇÕES DE HOJE: O QUE REPRESENTAM PARA OS ALUNOS

26

Equilibrar melhor o uso de avaliações somativas – atreladas a notas, aprovações ou reprovações – com avaliações formativas – diagnósticas, sem finalidade classificatória – pode ser um bom caminho para reduzir o estigma e o medo das avaliações. As avaliações formativas, além de fornecer informações importantíssimas para a prática pedagógica do professor, permitem que os estudantes mostrem seus conhecimentos – e suas dificuldades – sem os elevados níveis de stress e ansiedade associados às provas.

AVALIAÇÃO SEM MEDO

“(...) pensamentos negativos ou irrelevantes para a tarefa ocupam a mente do aluno altamente ansioso por ocasião da prova ou exame, roubando-lhe a atenção que deveria concentrar-se por inteiro na tarefa em causa“ – José Aloyseo Bzuneck.

A dopamina é um neurotransmissor que estimula o cérebro e está associado à sensação de prazer. Durante a adolescência, a quantidade de dopamina no organismo aumenta drasticamente, fazendo com que os jovens sejam muito mais responsivos e ativos na busca de atividades que os façam sentir prazer. Por isso, é mais fácil estimular alunos do Ensino Fundamental II por meio de reconhecimento, prêmios ou gratificações do que via castigos. “+ Veja capítulo 6, sobre certificações

+ Acesse o estudo Adolescentes do FAZ SENTIDO e saiba mais sobre neurociência e adolescência. Disponível em: http://migre.me/w6v9dFontes: José Aloyseo Bzuneck, Ansiedade e desempenho numa prova de matemática: um estudo com adolescentes; disponível em http://migre.me/w6v5Y. Laurence Steinberg, Age of Opportunity, Lessons form the New Science of Adolescence; First Mariner Books, 2015.

C A P Í T U LO 4

Aprendizagem, desenvolvimento, desempenho: o que avaliar

Capítulo 4 → APRENDIZAGEM, DESENVOLVIMENTO, DESEMPENHO: O QUE AVALIAR

28

No contexto escolar, há muitas dimensões a avaliar em relação à aprendizagem, ao desenvolvimento e ao desempenho dos alunos. Além deles, professores e equipe gestora também precisam ser avaliados – afinal, a aprendizagem melhora se todo o sistema de ensino melhora.

Capítulo 4 → APRENDIZAGEM, DESENVOLVIMENTO, DESEMPENHO: O QUE AVALIAR

29

Capacidade de lidar com sentimentos, estabelecer relações sociais positivas, demonstrar abertura a diferenças, tomar decisões conscientes, perseguir e alcançar objetivos, dentre outros.

EMOCIONAL

Capacidade de reconhecer e exercer direitos e deveres, participar em atividades de interesse coletivo, agir de forma ética, sustentável e responsável, além de planejar e realizar um projeto de vida.

SOCIAL

Capacidade de cuidar da saúde e da integridade do corpo.

FÍSICA

De acordo com a Plataforma Apreender, em guia de referências para apoiar negócios de impacto em educação, o desenvolvimento dos alunos deve ser avaliado de forma integral, compreendendo cinco dimensões:

ALUNOS

Fonte: Apreender – Empreender na Aprendizagem, Avaliação de Impacto. Disponível em http://migre.me/w6vrz.

Capacidade de aprender os conteúdos curriculares. Pode ser medida através de avaliações internas e externas, somativas e formativas

INTELECTUALCapacidade de acessar, usufruir e produzir: arte, mídia e cultura; atividades de educação não-formal; tecnologias para aprendizagem.

CULTURAL

Capítulo 4 → APRENDIZAGEM, DESENVOLVIMENTO, DESEMPENHO: O QUE AVALIAR

30

EMOCIONAL

SOCIAL

FÍSICA

INTELECTUAL

CULTURAL

Capítulo 4 → APRENDIZAGEM, DESENVOLVIMENTO, DESEMPENHO: O QUE AVALIAR

31

Fonte: Apreender – Empreender na Aprendizagem, Avaliação de Impacto. Disponível em http://migre.me/w6vrz.

Não só os alunos devem ser avaliados para que consigam progredir: o desempenho dos professores e da equipe gestora também devem ser constantemente repensados e aprimorados. Só assim eles conseguirão se desenvolver e renovar suas práticas e, por consequência, impactar os estudantes de forma positiva e impulsioná-los em sua evolução.

Encontrar uma medida justa para avaliar a qualidade docente é uma tarefa complexa. Importante não limitar a avaliação dos professores a uma prova de conteúdo, nem tomar o desempenho dos alunos como reflexo direto da qualidade dos profissionais – afinal, outras variáveis, como as questões estruturais, também entram nessa conta.

DESENVOLVIMENTO DE PROFESSORES E EQUIPE GESTORA DA ESCOLA

Capítulo 4 → APRENDIZAGEM, DESENVOLVIMENTO, DESEMPENHO: O QUE AVALIAR

32

Ainda segundo a Plataforma Apreender, em relação ao desempenho dos professores, é importante avaliar as capacidades de:

ENGAJAR > Despertar nos alunos interesse, entusiasmo, comprometimento e participação .

PROMOVER DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL > Levar os alunos a desenvolver abertura às diferenças, sociabilidade, determinação, postura inovadora, entre outras.

PROMOVER DESENVOLVIMENTO SOCIAL > Levar os alunos a reconhecer e exercer direitos e deveres, agir de forma ética, sustentável e responsável, participar da vida política e ser agente de transformação.

FAZER BOM USO DAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, SEGUNDO OS SEGUINTES CRITÉRIOS: Personalização > Adaptação das práticas pedagógicas ao perfil, ritmo, interesses e conhecimentos prévios de cada aluno.Experimentação > Adoção de práticas pedagógicas baseadas em vivências práticas e interativas.Uso do território > Aproveitamento dos ativos do entorno da escola para ampliar tempos, espaços e agentes da aprendizagem.Uso da tecnologia > Adoção de tecnologias digitais no processo de ensino-aprendizagem.Uso de práticas pedagógicas diversificadas > Capacidade de adotar, promover e aplicar práticas pedagógicas mais diversificadas.

Capítulo 4 → APRENDIZAGEM, DESENVOLVIMENTO, DESEMPENHO: O QUE AVALIAR

33

No que diz respeito ao exercício da equipe gestora da escola, são apontadas as seguintes habilidades a avaliar:

PLANEJAMENTO > Capacidade de elaborar e implementar o PPP (Projeto Político Pedagógico), documento que define e orienta os objetivos e as estratégias pedagógicas e de gestão da escola

GESTÃO DAS PESSOAS > Capacidade de promover uma gestão participativa e de engajar a família dos alunos.

GESTÃO DA APRENDIZAGEM > Capacidade de monitorar o desempenho dos alunos e de construir uma visão de futuro para a escola.

GESTÃO DO ORÇAMENTO > Capacidade de captar, distribuir e executar os recursos da escola de forma eficiente, segundo prioridades que favoreçam, em primeiro lugar, a aprendizagem dos alunos.

GESTÃO DA INFRAESTRUTURA > Capacidade de manter um ambiente funcional às atividades escolares e o mais convidativo possível para os alunos.

C A P Í T U LO 5

Avaliações inovadoras: tendências

xy

1 2

?

Capítulo 5 → AVALIAÇÕES INOVADORAS: TENDÊNCIAS

35

Sentar-se ereto na cadeira, tenso. Nada de pescoço virado de lado para não dar a impressão de estar “colando”. É esse o imaginário que vem à cabeça de muitos estudantes e professores quando o assunto é avaliação. Mas esse não é o único caminho para acompanhar a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. Muitas novidades têm sido testadas neste campo, apontando tendências interessantes. Neste capítulo, apresentaremos três delas.

AVALIAÇÃO COLETIVA AVALIAÇÃO APRECIATIVA AVALIAÇÃO PERSONALIZADA

Capítulo 5 → AVALIAÇÕES INOVADORAS: TENDÊNCIAS

36

Fonte: Nova Escola, Aprender também fora da Escola. Disponível em: http://migre.me/w6vZ2.

AVALIAÇÃO COLETIVA

Hoje, uma tendência forte na educação é a aprendizagem baseada em projetos, metodologia pela qual os estudantes se envolvem com tarefas e desafios para elaborar um projeto ou produto. Este tipo de aprendizagem integra diferentes conhecimentos e estimula o desenvolvimento de competências como trabalho em equipe, protagonismo e pensamento crítico – tudo começa com um problema ou questão que seja desafiadora, que não tenha resposta fácil e que estimule a imaginação.Não raro a aprendizagem com base em projetos envolve a realização de tarefas para além dos muros da escola. Aí está outra tendência: agregar o “mundo exterior” à realidade da escola. Pedir que o aluno ajude os pais a preparar a lista de compras da família ou avalie a relação entre o tempo gasto no chuveiro e o valor da conta de luz, por exemplo, pode ajudá-lo a desenvolver habilidades de escrita, cálculo ou resolução de problemas de forma eficiente, sólida, desafiadora e divertida. É Interessante notar que, nesses tipos de estratégias, a avaliação também muda: em vez de um gabarito que o professor corrige sozinho, os resultados da experiência podem ser analisados por toda a turma, em conjunto com o educador. “(...) em sala de aula, as observações individuais são discutidas e sistematizadas para que o aprendido individualmente seja elaborado coletivamente. (...) o esforço se justifica por desenvolver a participação com protagonismo, inestimável para o desenvolvimento de cada estudante” – Luiz Carlos de Menezes, físico e educador da USP.

Capítulo 5 → AVALIAÇÕES INOVADORAS: TENDÊNCIAS

37

AVALIAÇÃO APRECIATIVA

Nesse modo de acompanhar e reorientar a aprendizagem, busca-se valorizar os pontos positivos, e não só os erros e as lacunas. A ideia é também valorizar mais a qualidade do que a quantificação dos aprendizados. “A hierarquia deve ser primeiro diagnosticar o que está dando certo, ou seja, descobrir a realidade no seu lado mais promissor, e depois o que precisa ser corrigido. É essa a avaliação que transforma, por perder o caráter repressivo e ir além do quantitativo. É a substituição da avaliação de ‘pontos’ pela avaliação de ‘ponta’” –Thereza Penna Firme (consultora em avaliação e doutora em educação e psicologia da criança e do adolescente pela Universidade de Stanford, EUA).

Fonte: Portal Porvir, Avaliação deve reforçar potencialidades e sucessos. Disponível em: http://migre.me/w6vPb.

Capítulo 5 → AVALIAÇÕES INOVADORAS: TENDÊNCIAS

38

Fontes: Portal Porvir, Avaliação deve reforçar potencialidades e sucessos; disponível em: http://migre.me/w6vPb. Portal Porvir, 8 plataformas adaptativas que você precisa conhecer; disponível em http://migre.me/w6Ik7.

AVALIAÇÃO PERSONALIZADA

Cada pessoa aprende à sua maneira e ao seu ritmo, a depender de conhecimentos prévios, interesses e emoções – daí a importância de se oferecer diferentes percursos de aprendizagem numa mesma turma de alunos. Os processos de avaliação também são tão mais precisos quanto mais conseguem se relacionar com a dinâmica individual de aprendizagem de cada estudante. As plataformas adaptativas, como são chamados os ambientes de aprendizagem online baseados em algoritmos que analisam o desempenho dos alunos em tempo real para sugerir conteúdos específicos para as sua necessidades, são uma das formas de oferecer ensino e avaliação personalizados.

A avaliação personalizada está no cerne da discussão de outra tendência na educação: o ensino híbrido, justamente o que alia os modelos de aprendizagem presencial e online.

Capítulo 5 → AVALIAÇÕES INOVADORAS: TENDÊNCIAS

39

Khan Academy

Considerado o maior site do mundo para se aprender matemática, o Khan Academy oferece exercícios, vídeos de instrução e um painel de aprendizado personalizado que habilita os estudantes a aprender no seu próprio ritmo dentro e fora da sala de aula. Cada professor também tem a seu alcance um painel onde encontra o diagnóstico de aprendizagem de cada aluno, podendo acompanhar o desempenho deles e pensar na melhor intervenção para cada caso.

[EXPERIÊNCIA INSPIRADORA]

+ https://www.khanacademy.org/

C A P Í T U LO 6

Instrumentos: o que usar para avaliar e certificar adolescentes

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

41

Fonte: Cipriano Carlos Luckesi, O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Disponível em: http://migre.me/vZo8q.

Os instrumentos de avaliação servem para colher dados que, uma vez analisados, permitem ao professor acompanhar a aprendizagem de seus alunos e tomar decisões sobre suas estratégias de ensino.

Lançar mão de diferentes tipos de avaliação e de variados instrumentos avaliativos dá ao educador um panorama mais completo dos conhecimentos desenvolvidos pelos adolescentes. Afinal, como apontamos antes, cada tipo de avaliação tem sua “vocação” e ajuda o educador a enxergar ângulos específicos da evolução dos estudantes.

“Os denominados instrumentos de avaliação, para ser correto, deveriam ser chamados de instrumentos de coleta de dados para a avaliação, na medida em que testes, provas, redações, monografias, argüições, em si, não avaliam, mas sim coletam dados que descrevem o desempenho provisório do aluno, dando base para a sua qualificação diante de determinados critérios” – Cipriano Carlos Luckesi, educador, um dos nomes de referência em avaliação da aprendizam escolar no Brasil.

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

42

Série de perguntas que

exijam capacidade de estabelecer

relações, resumir, analisar e julgar

Exposição oral para um público, utilizando a fala e materiais de apoio próprios ao tema

Atividades de natureza diversa

(escrita, oral, gráfica, corporal etc.) realizadas coletivamente

Momento em que os alunos expõem

seus pontos de vista sobre um

assunto polêmico

Texto produzido pelo aluno depois

de atividades práticas ou

projetos temáticos

Análise oral ou por escrito que o aluno faz do

próprio processo de aprendizagem

Análise do desempenho do

aluno em fatos do cotidiano escolar ou em situações

planejadas

Reunião liderada pela equipe

pedagógica de determinada

turma

Série de perguntas diretas,

para respostas curtas, com apenas uma

solução possível

Avaliar quanto o aluno apreendeu

sobre dados singulares e

específicos do conteúdo

É familiar às crianças, simples de preparar e de responder e pode abranger grande parte do exposto em sala de aula

Pode ser respondida ao acaso ou de

memória e sua análise não permite

constatar quanto o aluno adquiriu de

conhecimento

Não mede o domínio do

conhecimento, cobre uma

amostra pequena do conteúdo

e não permite amostragem

Esse procedimento não o desobriga

de buscar informações

para orientar as equipes. Nem

deve substituir os momentos individuais de aprendizagem

Como mediador, dê chance de participação a todos e não tente apontar

vencedores, pois o principal é

priorizar o fluxo de informações entre

as pessoas

Não importa se você é professor de Matemática,

Ciências ou Língua Portuguesa. Corrigir os relatórios

(gramática e ortografia) é

essencial sempre

O aluno só se abrirá se sentir

que há um clima de confiança

entre o professor e ele e que esse

instrumento será usado para ajudá-

lo a aprender

Faça anotações na hora, evite

generalizações e julgamentos

subjetivos e considere

somente os dados fundamentais

no processo de aprendizagem

Faça observações objetivas e não rotule o aluno. Cuidado para a reunião não virar só uma

confirmação de aprovação ou

reprovação

Conheça as características

pessoais de cada aluno para saber

como apoiá-lo em suas principais

dificuldades

O aluno tem liberdade

para expor os pensamentos,

mostrando habilidades de organização,

interpretação e expressão

Contribui para a aprendizagem

do ouvinte e do expositor,

exige pesquisa e organização

das informações e desenvolve a

oralidade

A interação é um importante facilitador da

aprendizagem e a heterogeneidade

da classe pode ser usada como um elemento a favor

do ensino

Desenvolve a habilidade de

argumentação e a oralidade e faz com que o aluno

aprenda a escutar com um propósito

É possível avaliar o real nível de apreensão de

conteúdos depois de atividades coletivas ou individuais

O aluno só se abrirá se sentir

que há um clima de confiança

entre o professor e ele e que esse

instrumento será usado para ajudá-

lo a aprender

Favorece a integração entre

professores, a análise do currículo

e a eficácia das propostas e facilita a compreensão dos fatos pela troca de

pontos de vista

Perceber como o aluno constrói o conhecimento,

seguindo de perto todos os passos desse processo

Verificar a capacidade

de analisar o problema central, formular ideias e

redigi-las

Possibilitar a transmissão

verbal das informações

pesquisadas de forma eficaz

Aprender a defender

uma opinião, fundamentando-a

em argumentos

Averiguar se o aluno adquiriu os conhecimentos

previstos

Fazer o aluno adquirir

capacidade de analisar o que

aprendeu

Obter mais informações

sobre as áreas afetiva, cognitiva e

psicomotora

Trocar informações

sobre a classe e sobre cada aluno

para embasar a tomada de

decisões

Desenvolver a troca, o espírito colaborativo e a

socialização

TIPO PROVA OBJETIVA SEMINÁRIO DEBATE AUTOAVALIAÇÃO OBSERVAÇÃOPROVA DISSERTATIVA

TRABALHOEM GRUPO

RELATÓRIOINDIVIDUAL

CONSELHO DE CLASSE

DEFINIÇÃO

FUNÇÃO

VANTAGENS

ATENÇÃO

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

43

Elabore poucas questões e dê tempo

suficiente para que os alunos

possam pensar e sistematizar seus

pensamentos

Ajude na delimitação do tema, forneça bibliografia, esclareça os

procedimentos de apresentação e

ensaie com todos os alunos

Proponha atividades ligadas

ao conteúdo, forneça fontes de pesquisa,

ensine os procedimentos e indique materiais para alcançar os

objetivos

Defina o tema, oriente a pesquisa

e combine as regras. Mostre

exemplos de bons debates. Peça

relatórios sobre os pontos discutidos. Se possível, filme

Uma vez definidos os conteúdos,

promova atividades que permitam à turma tomar

notas ao longo do processo para que

todos consigam redigir facilmente

Forneça um roteiro de

autoavaliação, com as áreas

sobre as quais você gostaria que ele discorresse. Liste conteúdos,

habilidades e comportamentos

Elabore uma ficha com atitudes, habilidades e

competências que serão observadas. Isso vai auxiliar na percepção global

da turma e na interpretação dos

dados

Conhecendo a pauta de

discussão, liste os itens que pretende

comentar. Todos devem ter direito

à palavra para enriquecer o

diagnóstico dos problemas

Selecione os conteúdos para

elaborar as questões e faça as chaves de correção.

Elabore as instruções sobre a maneira adequada

de responder às perguntas

Defina o valor de cada questão e multiplique-o

pelo número de respostas

corretas

Veja como cada aluno está em

relação à média da classe. Analise

os itens que muitos erraram

para ver se a questão foi mal formulada ou se

é preciso retomar o conteúdo específico

Se o desempenho não for satisfatório,

crie experiências e novos enfoques

que permitam ao aluno chegar à formação dos conceitos mais

importantes

Caso a apresentação não tenha sido

satisfatória, planeje atividades

específicas que possam auxiliar no desenvolvimento dos objetivos não

atingidos

Observe como a garotada

trabalha – para poder organizar agrupamentos

mais produtivos da perspectiva da aprendizagem dos

conteúdos

Crie outros debates em

grupos menores, analise o filme

e aponte as deficiências e os momentos

positivos

Cada relatório é um excelente

indicador do ponto em que os alunos

se encontram na compreensão dos conteúdos

trabalhados

Ao tomar conhecimento

das necessidades do aluno, sugira

atividades individuais ou em grupo para ajudá-

lo a superar as dificuldades

Use essas reuniões como ferramenta de autoanálise. A

equipe deve prever mudanças tanto na prática diária

como no currículo e na dinâmica

escolar, sempre que necessário

Esse instrumento serve como

uma lupa sobre o processo de

desenvolvimento do aluno e permite

a elaboração de intervenções

específicas para cada caso

Defina o valor de cada pergunta e atribua pesos

à clareza das ideias, ao poder

de argumentação e à conclusão e a apresentação da

prova

Atribua pesos à abertura, ao

desenvolvimento do tema, aos

materiais utilizados e

à conclusão. Estimule a turma a fazer perguntas

e opinar

Estabeleça pesos para a pertinência

da intervenção, a adequação do uso da palavra e a obediência

às regras combinadas

Estabeleça pesos para cada

item a avaliar (conhecimento dos conteúdos,

estrutura do texto, apresentação)

Use esse documento ou

depoimento como uma

das principais fontes para o planejamento dos próximos

conteúdos

Compare as anotações do

início do ano com as mais recentes

para perceber no que o aluno avançou e no

que precisa de acompanhamento

O resultado final deve levar a um consenso em relação às intervenções necessárias no processo de ensino e

aprendizagem

Observe se todos participaram e colaboraram e

atribua valores às diversas etapas

do processo e ao produto final

TIPO PROVA OBJETIVA SEMINÁRIO DEBATE AUTOAVALIAÇÃO OBSERVAÇÃOPROVA DISSERTATIVA

TRABALHOEM GRUPO

RELATÓRIOINDIVIDUAL

CONSELHO DE CLASSE

PLANEJAMENTO

ANÁLISE

COMO UTILIZAR AS

INFORMACÕES

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

44

Novas ferramentas de avaliação também têm sido criadas com o objetivo de possibilitar diagnósticos que levem em conta não só habilidades cognitivas, mas também comunicativas, pessoais e sociais, numa visão de desenvolvimento integral dos estudantes. Instrumentos avaliativos mais recentes, como portfólios, questionários de avaliação de habilidades socioemocionais e testes adaptativos relacionam-se também à noção de processo de aprendizagem.

TESTES ADAPTATIVOS PORTFÓLIOSMONITORAMENTO DE HABILIDADES

SOCIOEMOCIONAIS

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

45

PORTFÓLIO

O QUE É?

O portfólio reúne uma coleção de registros, trabalhos e referências que tem como objetivo evidenciar o percurso da aprendizagem. É “um registro da aprendizagem que focaliza o processo de trabalho dos alunos e sua ação reflexiva sobre eles; desta forma, é uma coleção sistematizada de forma intencional de trabalhos dos alunos que conta um pouco da história do seu esforço, progresso e das suas realizações (...) durante certo período de tempo”, conforme explica Aline de Souza Bona, doutoranda em Informática em Educação.

Tem a seguinte estrutura: introdução (apresentação do conteúdo), uma breve descrição de cada trabalho, as datas em que eles foram feitos, uma seção de revisão com reflexões da criança, uma autoavaliação e uma parte reservada aos seus comentários.

O QUE AVALIA?

Conteúdo relacionado ao currículo da disciplina. Além disso desenvolve a reflexão, o diálogo, originalidade e criatividade.

+ Acesse o Portfólio Europeu de Línguas e explore um portfólio estruturado de forma completa. Disponível em: http://migre.me/w6wscFonte: Aline de Souza Bona, O Portfólio de Matemática: um instrumento de avaliação reflexiva e também uma estratégia de aprendizado. Disponível em: http://migre.me/w6wqD.

COMO FAZER?

Os portfólios virtuais podem ser uma boa opção para que os estudantes reúnam suas produções – sejam músicas, desenhos, textos, vídeos etc. Esses materiais podem ser hospedados em um blog, na intranet da escola ou até mesmo em programas gratuitos adotados pelo professor para compartilhamento de arquivos.

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

46

TESTE ADAPTATIVO

O QUE É?Os testes adaptativos são “simulados inteligentes” disponíveis em plataformas de ensino online, que permitem uma avaliação personalizada por estudante. As questões são selecionadas pelo computador segundo os níveis estimados de habilidade de cada um: assim, primeiro são apresentadas questões de nível mediano e, conforme o aluno vai acertando ou errando, o sistema apresenta questões mais fáceis ou mais difíceis, para medir seu nível exato de proficiência naquela disciplina. Dessa forma, cada estudante pode ter de responder questões diferentes, e o teste consegue determinar a proficiência de cada um de maneira mais precisa do que um teste padronizado (ou seja, se a mesma prova fosse aplicada a todos os estudantes). O grau de dificuldade das questões e a coerência das respostas amparam a pontuação dos testes adaptativos, que, depois que o que cada aluno sabe e não sabe é identificado, sugerem estudos de conteúdos específicos que os ajudem a preencher lacunas de conhecimento.

COMO FAZER?É preciso ter acesso a ambientes virtuais com testes adaptativos. Ex: Geekie Games, plataforma nacional que ajuda estudantes a se prepararem para o Enem.

O QUE AVALIA?Conteúdos do currículo, de forma personalizada.

Fonte: Portal Porvir, Testes sob medida são tendência em grandes exames. Disponível em: http://migre.me/w6wvp.

E=m

c2

O QUE É? O Senna (sigla em inglês para Avaliação Nacional de Competências Socioemocionais ou Não Cognitivas) é uma ferramenta desenvolvida pelo Instituto Ayrton Senna, com apoio da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) com foco em competências socioemocionais.Ela oferece um questionário com até 92 perguntas a serem respondidas pelos estudantes sobre si mesmos (seu comportamento em determinadas situações), e as respostas representam um indicador sobre cinco grandes domínios de sua personalidade (mais detalhes no capítulo “O que avaliar?” neste estudo). De acordo com o Senna, resultados atestam que adolescentes com competências socioemocionais mais desenvolvidas tendem a ter melhor desempenho escolar, e que é possível estimulá-las com ações intencionais, por meio de políticas públicas.

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

47

Fonte: Portal Porvir, Atitude melhora nota em português e matemática. Disponível em: http://migre.me/w6wUg.

SENNA – AVALIAÇÃO NACIONAL DE SOCIOEMOCIONAIS

O QUE AVALIA?• Abertura a novas experiências• Consciência• Extroversão• Amabilidade• Estabilidade Emocional• Lócus de Controle (que reflete em que

medida o indivíduo atribui situações vividas a atitudes tomadas por ele, ou ao acaso e decisões tomadas por terceiros).

COMO FAZER?O Senna ainda está em fase beta, de adaptação – com uma primeira amostragem, foi feito um trabalho de aprender como aprimorar a medição das habilidades.

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

48

Fonte: Cipriano Carlos Luckesi, O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Disponível em: http://migre.me/vZo8q.

Além dos instrumentos de avaliação, há os instrumentos de certificação. A partir de processos avaliativos, eles atestam o cumprimento bem sucedido de uma atividade educativa. São úteis para estudantes comprovarem conhecimentos que adquiriram fora da escola, mas também podem ser incorporada por instituições de ensino como estratégia de motivação ou até para diversificar os métodos de avaliação dos alunos. Um exemplo moderno de certificação no campo educacional são os distintivos ou medalhas digitais (em inglês, badges).

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

49

Fonte: Portal Porvir, Microcertificações seguem toda a experiência do aprendizado; disponível em http://migre.me/w6MSE. Innove Edu, Open Badges, disponível em http://migre.me/w6MTh.+ https://www.khanacademy.org/; http://www.arkos.com.br/main/arkos/home.php

MEDALHAS DIGITAIS (BADGES)

O QUE É?Os “badges” são medalhas digitais desenvolvidas para comprovar a participação em cursos, atividades e projetos, complementando informações dos currículos tradicionais. Elas permitem que a aquisição de uma nova habilidade seja compartilhada em redes sociais, portfólios online ou sites pessoais, contendo informações como instituição emissora, data e descrição de atividade, além de links com evidências de que o aluno de fato cumpriu o exigido (como vídeos de apresentações, por exemplo).“Na medida em que o ensino é cada vez menos linear, os badges podem contar a história das experiências de aprendizado de uma pessoa ao longo de sua vida” – Nate Otto, diretor da Badge Alliance, organização que trabalha pela popularização dos distintivos digitais nos EUA.

O QUE AVALIA?• Conhecimento de conteúdos curriculares e extracurriculares• Projetos • Interesses • Colaboração • Criatividade• Capacidade de lidar com emoções, dentre outras habilidades

para o Séc. XXI

COMO FAZER?O uso de medalhas digitais está mais difundido fora do Brasil, mas por aqui começam a existir algumas iniciativas. O site Khan Academy, por exemplo, que já tem versão em Português para aulas gratuitas de matemática, ciências programação de computadores, história, arte e economia, usa o recuso das medalhas. No site Arkos, que se propõe a motivar crianças a ler mais, o aluno ganha pontos e medalhas ao responder perguntas sobre o que leu, numa base de dados que abrange cerca de 6.000 livros infantis. Também em português, é administrado por dois professores e um pai de aluno.

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

50

+ https://pt.khanacademy.org/badges

Veja abaixo um exemplo aplicado de badges/ microcertificados utilizado pela plataforma Khan Academy:

TIPOS DE MEDALHAS

As medalhas Meteorito são comuns e fáceis de ganhar quando se está

apenas começando.

As medalhas Lua são raras e representam um investimento em

aprendizagem.

As medalhas Terra são raras. Exigem uma

quantidade significativa de aprendizado.

As medalhas Sol são épicas. Ganhá-las é um

verdadeiro desafio e exige extrema dedicação.

As medalhas Buraco Negro são lendárias e desconhecidas. São os prêmios mais raros da

Khan Academy.

As Medalhas de desafio são prêmios especiais obtidos por completar

desafios de tópico.

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

51

Fonte: Portal Porvir, Microcertificações seguem toda a experiência do aprendizado. Disponível em http://migre.me/w6MSE

DENTRO DA ESCOLA

Um exemplo de apropriação das medalhas digitais pelo ensino formal ocorre nas escolas da cidade de Los Angeles, nos EUA. Elas usam badges para cada série ou disciplina que o aluno completa, em um processo que começa na escola primária e vai até o ensino médio. São consideradas diversas competências adquiridas ao longo desse período, de natureza cognitiva ou socioemocional, em todas as atividades realizadas na escola.

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

52

Fonte: Cipriano Carlos Luckesi, O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Disponível em: http://migre.me/vZo8q.

ALÉM DA ESCOLA

Cities of Learning (em livre tradução, “Cidades de Aprendizado”)

Neste projeto, as cidades americanas são incentivadas a integrar, no processo de aprendizado dos jovens, não só escolas, bibliotecas e museus, mas todo o aparato público e instituições privadas locais. Uma plataforma online sugere caminhos de aprendizagem aos jovens, conectando-os a experiências, eventos e mentores em escolas e companhias, por exemplo. Os alunos podem ganhar badges por atitudes cidadãs desenvolvidas em projetos fora da escola, como defesa de animais e participação em programas de reciclagem. Cidades como Chicago, Dallas e Washington D. C. já aderiram.

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

53

Fonte: Cipriano Carlos Luckesi, O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem?. Disponível em: http://migre.me/vZo8q.

Os processos de avaliação e certificação são parte importante do desenvolvimento educacional e precisam estar bem conectados com a concepção que se tem da educação como um todo. Combinar avaliações formativas e somativas, externas e internas, feedbacks personalizados e análises coletivas das experiências, certificações digitais que integram a aprendizagem dentro e fora da escola, dentre outros modelos, são parte de um esforço para promover a aprendizagem e o desenvolvimento integrais dos indivíduos, que não estejam a serviço de seu crescimento como estudantes, mas como pessoas, cidadãos. As possibilidades são muitas e não faltam modelos para se inspirar, como as iniciativas da professora Célia e do professor Rodrigo, a seguir.

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

54

Fonte: Portal Porvir, Professora Usa Mapas Mentais para Substituir Avaliações. Disponível em: http://migre.me/w6MZz

Mapas mentaisA professora Célia Aparecida Garcia, que leciona a disciplina de Gestão de Equipes, na Fatec-Guaratinguetá (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo), passou a usar mapas mentais para substituir a avaliação final, que deixava os alunos tensos e não necessariamente estimulava a dedicação à aprendizagem ao longo de todo o semestre – muitos acabavam estudando só para a prova. Inspirada numa capacitação sobre metodologias ativas de aprendizagem, teve a ideia de usar a ferramenta do mapa mental -- diagrama usado para relacionar conteúdos e ideias -- como forma de avaliação. “Funciona assim: no centro do mapa vai o nome da disciplina, e aí os alunos vão puxando tópicos principais das aulas(...) . A partir desses, eles vão colocando outros itens que se relacionam com os conteúdos. Eu estimulei que eles usassem a criatividade, figuras, desenhos e outros elementos que achassem interessantes, tudo isso pra ficar uma produção mais atrativa”, descreve.

[EXPERIÊNCIA INSPIRADORA]

Capítulo 6 → INSTRUMENTOS: O QUE USAR PARA AVALIAR E CERTIFICAR OS ADOLESCENTES

55

Fonte: Nova Escola, Avaliar para ensinar melhor. Disponível em: http://migre.me/w6N1Q.

Várias estratégias de ensino, várias formas de avaliarAs aulas de História do professor Rodrigo Perla Martins para o 8º ano do Colégio Monteiro Lobato, em Porto Alegre, baseia-se em várias formas de ensinar e avaliar. Ao aplicar uma série de tarefas avaliativas, ele analisa as várias formas de expressão do aluno, como ler e interpretar, redigir, desenhar e buscar informações. Os instrumentos são aplicados de acordo com o tema trabalhado e todas as impressões viram relatório. Numa das avaliações, por exemplo, Rodrigo pediu uma produção visual, um desenho ou uma história em quadrinhos em que os alunos tinham de descrever o encontro entre nativos e portugueses na chegada destes ao Brasil, em 1500. “A maneira como os dois povos se relacionaram, o cenário, as roupas, os hábitos e a língua deveriam estar presentes na cena’’.

[EXPERIÊNCIA INSPIRADORA]

Bibliografia

ABRECHT, Roland. A Avaliação Formativa. Porto: Edições ASA, 1994.

ACERVO NOVA ESCOLA. Os Nove Jeitos Mais Comuns de Avaliar os Estudantes. In: REVISTA NOVA ESCOLA, Planejamento e Avaliação. Disponível em: http://migre.me/w6IU5. Acesso em: 02/03/2017.

ALBUQUERQUE-COSTA, Heloisa. Autoavaliação e portfólio(s): instrumentos de reflexão metacognitiva do processo de ensino-aprendizagem de francês língua estrangeira. Disponível em: http://migre.me/vZobv. Acesso em: 03/02/2017.

BASICH, Lilian; NETO, Adolfo Tanzi; TREVISAN, Fernando de Mello (org.). Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação. Disponível em: http://migre.me/vZoTI. Acesso em: 03/02/2017.

BBC BRASIL. Exame internacional desfaz 7 mitos sobre eficiência da educação. In: BBC BRASIL, Notícias, 8 abr 2015. Disponível em: http://migre.me/w6ufZ. Acesso em: 02/03/2017.

BONA, Aline Silva de. O Portfólio de Matemática: um instrumento de avaliação reflexiva e também uma estratégia de aprendizado. Disponível em: http://migre.me/vZp4v. Acesso em: 03/02/2017.

BOPPRÊ, Vinícius. 8 plataformas adaptativas que você precisa conhecer. In: PORTAL PORVIR, Inovações em Educação, 8 nov 2013. Disponível em: http://migre.me/w6Ik7. Acesso em: 02/03/2017.

B.S. Bloom, J. T. Hastings e G.F. Madaus, Evaluación del aprendizaje. Buenos: Troquel, 1975

BZUNECK, JOSÉ ALOYSEO. Ansiedade e desempenho numa prova de Matemática: um estudo com adolescentes. Disponível em: http://migre.me/vZp8H. Acesso em: 03/02/2017.

CONSELHO DA EUROPA. Portfólio Europeu de Línguas – Educação Básica. Disponível em: http://migre.me/vZp6U. Acesso em: 03/02/2017.

COSTA, Marina Morena. School of One leva ensino personalizado à rede pública. In: PORTAL PORVIR, Inovações em Educação, 19 nov 2012. Disponível em: http://migre.me/vZoY9. Acesso em: 03/02/2017.

DEPRESBITERIS, Léa. Certificação de competências: a necessidade de avançar numa perspectiva formativa. Disponível em: http://migre.me/w4i3u. Acesso em: 16/02/2017.

FAZ SENTIDO. Adolescentes. In: Plataforma Faz Sentido, Estudos, São Paulo, 2015. Disponível em: http://migre.me/wa4Co. Acesso em: 02/03/2017.

GARCIA, Célia Aparecida de Matos. Professora usa mapas mentais para substituir avaliação. In: PORTAL PORVIR, Diário de Inovações, 13 jul 2016.Disponível em: http://migre.me/w6MZz. Acesso em: 02/03/2017.

57

Bibliografia

GEEKIE. Como a avaliação externa pode ajudar sua escola. São Paulo: GEEKIE TESTE, jun 2016. Disponível em: http://migre.me/w6sVK. Acesso em: 02/03/2017.

GENTILE, Paola; ANDRADE, Cristiana. Avaliação Nota 10. In: REVISTA NOVA ESCOLA, Avaliação, nov 2001. Disponível em: http://migre.me/vZp2K. Acesso em: 03/02/2017.

GESTÃO ESCOLAR. 7 ações para aproveitar bem a Prova Brasil. Disponível em: http://migre.me/vZog2. Acesso em: 03/02/2017.

GOMES, Patrícia. As 5 ações e os donos do próprio aprendizado. In: PORTAL PORVIR, Transformar, 11 abr 2013. Disponível em: http://migre.me/vZp1d. Acesso em: 03/02/2017.

GOMES, Patrícia. Avaliação não deve parar no diagnóstico. In: PORTAL PORVIR, Inovações em Educação, 16 maio 2013. Disponível em: http://migre.me/w6ujV. Acesso em: 02/03/2017

GOMES, Patrícia. Testes sob medida são tendência em grandes exames. In: PORTAL PORVIR, Inovações em Educação, 3 jun 2012. Disponível em: http://migre.me/w6wvp. Acesso em: 02/03/2017.

INNOVE EDU. Open Badges. In: PORTAL INNOVE EDU. Disponível em: http://migre.me/w6MTh, Acesso em: 02/03/2017.

INSPIRARE, Instituto et. al. Plataforma Apreender – Avaliação de Impacto. Disponível em: http://migre.me/vZoNf. Acesso em: 03/02/2017.

KALENA, Fernanda; KLIX, Tatiana. Atitude melhora nota em português e matemática. In: PORTAL PORVIR, Inovações em Educação, 25 mar 2014. Disponível em: http://migre.me/w6wUg.

KHAN ACADEMY. Medalhas. In: PORTAL KHAN ACADEMY PT. Disponível em: http://migre.me/wa42z. Acesso em: 02/03/2017.

LENOIR, Carolina. Avaliação deve reforçar potencialidades e sucessos. In: PORTAL PORVIR, Inovações em Educação, 7 maio 2015. Disponível em: http://migre.me/vZoOK. Acesso em: 02/03/2017.

LENOIR, Carolina. Avaliação deve reforçar potencialidades e sucessos. In: PORTAL PORVIR, Inovações em Educação, 7 maio 2015. Disponível em: http://migre.me/w6vPb. Acesso em: 02/03/2017.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem; visão geral. Disponível em: http://migre.me/vZo5h. Acesso em: 02/03/2017.

58

Bibliografia

LUCKESI, Cipriano Carlos. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Disponível em: http://migre.me/vZo8q. Acesso em: 03/02/2017.

LUMIAR. Avaliação Integrada. Disponível em: http://migre.me/vZoZ0. Acesso em: 02/03/2017.

MENEZES, Luis Carlos de. Aprender também fora da escola. In: REVISTA NOVA ESCOLA, Formação, nov 2010. Disponível em: http://migre.me/w6vZ2. Acesso em: 02/03/2017

OLIVEIRA, Gerson Pastre de. Avaliação Formativa nos Cursos Superiores: Verificações Qualitativas no Processo de Ensino-Aprendizagem e a Autonomia dos Educandos. In: OEI – Revista Iberoamericana de Educación, Espanha, v. 1, 2002. Disponível em: http://migre.me/wa3w3. Acesso em: 02/03/2017.

OLIVEIRA, Vinícius de. Avaliação formativa enxerga o que o Pisa não vê. In: PORTAL PORVIR, Inovações em Educação, 15 jun 2015. Disponível em: http://migre.me/vZogL. Acesso em: 03/02/2017.

OLIVEIRA, Vinícius de. Microcertificações seguem toda a experiência de aprendizado. In: PORTAL PORVIR, Transformar, 28 ago 2015. Disponível em: http://migre.me/vZp4V. Acesso em: 03/02/2017.

OUCHANA, Deborah. Qual o futuro do projeto GENTE? In: REVISTA EDUCAÇÃO, Políticas Públicas, 29 abr 2014. Disponível em: http://migre.me/vZoWQ. Acesso em: 03/02/2017.

PACHECO, José Augusto. Avaliação das Aprendizagens. Políticas formativas e práticas sumativas. Disponível em: http://migre.me/vZod3. Acesso em: 03/02/2017.

PELLEGRINI, Denise. Avaliar para ensinar melhor. In: REVISTA NOVA ESCOLA, Conteúdo, 01 jan 2003. Disponível em: http://migre.me/vZp5M. Acesso em: 02/03/2017.

PEREIRA, Maria Gouveia; PIRES, Sara Sá. Experiência escolar e julgamentos acerca da autoridade. Disponível em: http://migre.me/vZoLK. Acesso em: 03/02/2017.

PORTAL AVALIAÇÃO. Avaliação. In: CENTRO DE POLÍTICAS PÚBLICAS E AVALIAÇÃO DA EDUCAÇÃO – CAEd – UFJF. Disponível em: http://migre.me/w6tsS. Acesso em: 02/03/2017.

RAMOS, Marise N. Qualificação, competências e certificação: visão educacional. Disponível em: http://migre.me/vZo7b. Acesso em: 03/02/2017.

SOUZA, Lígia M. G.; VIÉGAS, Rosemari Fagá. Avaliação escolar no Brasil e políticas públicas. Disponível em: http://migre.me/vZoQq. Acesso em: 03/02/2017.

STEINBERG, Laurence. Age of Opportunity: Lessons from the new science of adolescence. Mariner Books, 2014.

WAAL, Paula de: TELLES, Marcos. A taxionomia de Bloom. Disponível em: http://migre.me/vZo9d. Acesso em: 03/02/2017.

59

Bibliografia

Uma parceria:

MUITO OBRIGADO!

FAZ SENTIDO - FUNDAMENTAL IIP R O J E T O