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PROJETO INTEGRALIZADOR Acadêmicos: Diulha Ebbres Francieli Giza Marcos Dias Rodrigo Pereira

Projeto integralizador menina bonita

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PROJETO INTEGRALIZADOR

Acadêmicos: Diulha Ebbres

Francieli Giza

Marcos Dias

Rodrigo Pereira

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Análise da obra

Enredo:

Em “ Menina bonita do laço de fita”,

a personagem é uma menina linda e graciosa,

que chama atenção com suas tranças e a cor

de sua pele. Mas ao contrário do que estamos

acostumas a vivenciar e até mesmo ler, nossa

protagonista não é branca, e sim negra.

O tom de sua pele não gera

desgostos a pequena menina, pois seu vizinho,

o Coelho branco, admira e tem grande estima

pela tom de sua pele. A admiração é tanta que

o Coelho tenta de todo modo ficar com a cor da

menina, chegando a fazer três tentativas sem

sucesso.

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Cada vez que o coelho lhe pergunta qual é o

segredo da sua cor, ela inventa histórias

engraçadas: caiu na tinta

preta quando bem pequena, tomou muito

café, comeu jabuticaba demais... O coelho

segue todos os conselhos da garota, mas

continua branco.Então, a mãe da menina

explica que o segredo daquela pele tão

bonita era a cor da avó da criança.

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Por meio desta obra pequena em

sua extensão, mas vasta em

sensibilidade, podemos claramente

perceber questões sociais como

aceitabilidade, discriminação,

padrões de beleza, autoestima da

criança negra etc.

Além de questões

negativos, o livro nos mostra

que com persistência e com

um objetivo, somos capazes

de realizar coisas que

muitas vezes julgamos

impossíveis e incapazes.

A autora deixa transparecer a mensagem de

que a cor da pele é resultante da

descendência familiar e que a beleza não

está no ser "preto” ou “branco", mas sim na

essência de cada sujeito, que merece ser

respeitado mesmo com suas diferenças.

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Estrutura da obra:

•Apresenta narrador em terceira pessoa;

•Tempo cronológico, segue uma ordem;

•O espaço é social ( casa, rua);

•Apresenta características de fábula: tempo

indeterminado, repetição, predominância de

personagens que desempenham funções no grupo

( mãe, filha) e padrão espiritual (coelho sonhador),

convivência natural do real com o fantástico;

•Emprego de palavras e/ou expressões que

valorizam e exaltam a imagem da menina negra.

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Análise das personagens

Menina Bonita: personagem que

desempenha o papel de

protagonista, representa o modelo

crítico e seu nível de

personalidade é ego.

Coelho Branco: personagem

secundária, seu nível de

personalidade é id.

Mãe da menina: personagem

secundária, seu nível de

personalidade é ego.

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O papel da Literatura Infantil

Infelizmente vivemos em uma

sociedade cega e hipócrita, que acredita

haver vencido a batalha contra a prática

discriminatória

e preconceituosa para com as pessoas

afrodescendentes, as quais compõem

uma grande parcela de nossa

população.

Esse universo racista, essa

ignorância intelectual e moral também

provoca impactos no cotidiano escolar,

afeta os alunos em suas produções de

discursos e atitudes discriminatórias,

bem como fazendo com que esses

mesmos discursos sejam permeados

por um conceito de belo que as crianças

produzem conscientemente e

reproduzem inconscientemente a partir

do que ouvem e veem frequentemente

em casa, na mídia, na rua, na escola e

etc.

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Para mudarmos essa realidade, é necessário

que desde cedo as crianças tenham uma

educação antirracista e que permita a

desconstrução do preconceito e dos

estereótipos de beleza formados ao longo

dos anos por intermédio dos meios de

comunicação atuais, em especial a televisão

e a internet. Nessa perspectiva, a Literatura

Infantil pode ser um instrumento

complementar para a educação formadora

do respeito e do auto reconhecimento, tendo

a si como um ser diferente e único.

A obra Menina bonita do laço de fita pode ser

usada como um recurso para auxiliar nesta

tarefa, uma vez que tem valor significativo e

demonstra interesse e preocupação com

essas questões. Podendo ser trabalhado com

crianças e estudantes em todas as idades.

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Proposta de atividades para serem realizadas em sala

•Apresentar a história à classe, contando-a, sem mostrar o livro.

• Pedir às crianças que deem um título (um nome) à história ouvida, escrevendo na lousa

as sugestões apresentadas.

•Falar um pouco sobre a escritora Ana Maria Machado, uma escritora brasileira que

escreve livros para crianças, principalmente.

•Comentar como surgiu o livro.

•Dizer o título do livro: “Menina bonita do laço de

fita” e comparar com os nomes que os próprios

alunos desenvolveram, perguntando a eles se

gostaram mais do nome escolhido por eles

próprios ou o escolhido pela autora; mostrar às

crianças que nem sempre

temos a mesma opinião sobre um mesmo fato ou situação e que o importante é que

aprendamos a respeitar todas as opiniões; comentar os nomes escolhidos pelos alunos,

na medida em que se afastam ou se aproximam do nome original da história.

•Mostrar para os alunos a capa do livro, perguntar e mostrar a importância da ilustração

na leitura.

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•Perguntar e comentar com os alunos se

eles têm uma ideia de por que o coelho

quer ter a cor de pele da menina. Será

que ele não está satisfeito com a

própria cor?

•Aproveitando a descoberta do coelho

(“a gente se parece sempre é com os

pais, os tios,os avós e até com os

parentes tortos”) podemos estar

perguntando com quem o aluno se

parece, pedir para ele trazer fotografias,

entrevistar pessoas de sua própria

família para procurar saber mais sobre

seus antepassados, pedir que eles

façam desenhos de sua família e sobre

a parte da história que mais chamou a

atenção.

•Roda de conversas para discutir

assuntos como etnias, costumes de

cada povo, valorização e distinção de

raças etc.

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Conhecendo a autora e um pouco mais sobre o livro

Ana Maria Machado é uma escritora de renome que,

segundo dados do seu site oficial, nasceu em 24 de

dezembro de 1941, na cidade de Santa Tereza/RJ. Ela

iniciou sua carreira pintando (e faz isso até os dias de

hoje) e só depois passou a trabalhar como escritora.

Após ter sido exilada, em 1969, começou a trabalhar

como jornalista, mas abandonou a carreira no ano de

1980. A partir daí, ela voltou a se dedicar àquilo que

mais gostava: escrever livros, tanto voltados para

adultos como para as crianças. Os números da escritora

são impressionantes: trinta e três anos de carreira,

mais de cem livros publicados no Brasil e em mais

dezessete países, somando mais de dezoito milhões de

exemplares vendidos. Sem esquecer os inúmeros

prêmios que a mesma recebeu, sendo eleita, em 2003,

para ocupar a cadeira nº. 1 da Academia Brasileira de

Letras/ABL.

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A obra Menina Bonita do Laço

de Fita pode ser considerada uma das

mais premiadas e traduzidas, em

diversos países, de toda a bibliografia de

Ana Maria Machado. Segundo palavras

da própria autora, a ideia da história

deste livro surgiu a partir de uma

brincadeira que ela e seus dois filhos

mais velhos (Rodrigo e Pedro) e mais

morenos, faziam com a sua filha recém-

nascida (Luísa), que era branquinha e

havia ganhado um coelhinho branco de

pelúcia. Assim, eles costumavam brincar

com a menininha usando o coelhinho

para fazer cócegas na pequenina,

questionando: “Menina bonita do laço de

fita, qual o segredo para ser tão

branquinha?”; E respondendo coisas do

tipo: “é por que caí no leite”; “porque

comi arroz demais”; “porque me pintei

com giz” e etc. Ao final da brincadeira,

sempre respondiam, mais ou menos

assim: “Não, nada disso, foi uma avó

italiana que deu carne e osso para ela”.

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Finalmente um dia, o marido da

escritora cuja profissão era

músico, ouvindo e observando

este momento de descontração,

sugeriu que daria para Ana

escrever uma música ou uma

história com a brincadeira. A

autora se agradou da opinião do

marido, porém, ela teve o

seguinte pensamento: “escrever

sobre uma menina linda, loura e

branca, já estava gasto demais

e nem tem nada a ver com a

realidade do Brasil”. Então foi

feita a adaptação para menina

pretinha, a tinta preta, as

jabuticabas, o café, etc...

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Eu vivo inventando

histórias. E dessas que eu escrevo, algumas

viram livros.

Adoro o meu trabalho. Ainda bem, porque

acho que não

ia conseguir viver se não escrevesse.

Ana Maria Machado

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“Olha de novo: não existem brancos, não

existem amarelos, não existem negros:

somos todos arco-íris.”

Ulisses Tavares

“As flores são bonitas em qualquer

lugar do mundo, muita gente tem

forma mas não tem conteúdo.”

Chorão

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REFERÊNCIA

MACHADO, Ana Maria. Menina bonita do laço de fita. São Paulo: Ática, 7.

Ed., 2005, 24 p., il. color: Claudius, Coleção Barquinho de Papel.

http://www.anamariamachado.com/biografia Acesso em: 27 de maio de

2012.

BETTELHEIM, Bruno. A PSICANÁLISE DOS CONTOS DE FADAS

Tradução de Arlene Caetano

16a Edição - PAZ E TERRA - 2002

Traduzido do original em inglês: The Uses of Enchantment

TheMeaning and Importance ofFairy Tales