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IMPRESSO ESPECIAL 9912287935/2011-DR/MG SBOT ... Correios ... DEVOLUÇÃO GARANTIDA ...Correios ... ... SOCIEDADE BRASILEIRA DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS Lançada nova edição da Revista Mineira de Ortopedia | 7 Congresso Brasileiro do Trauma Ortopédico | 10 Dr. Glaydson Godinho rumo à presidência da SBOT | 11 Defesa profissional: exposição à radiação | 13 Como eu faço | 18 JORNAL SBOT MINAS julho a setembro | 2017 Ano VIII - Nº 31 Memórias | Felício Rocho Foto Moisés Projeto Memórias da Ortopedia Mineira presta homenagem ao Serviço de Ortopedia do Hospital Felício Rocho Pág. 12

Projeto Memórias da Ortopedia Mineira Memórias ... · Quadril: Carlos Emílio Durães da Cunha Pereira Seccionais ... André Couto Godinho | Jader de Andrade Neto Marcos Antônio

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IMPRESSOESPECIAL

9912287935/2011-DR/MGSBOT

... Correios ...

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

...Correios ...

...S O C I E D A D E B R A S I L E I R A DE

ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA REGIONAL MINAS GERAIS

Lançada nova edição da Revista Mineira de Ortopedia | 7

Congresso Brasileiro do Trauma Ortopédico | 10

Dr. Glaydson Godinho rumo à presidência da SBOT | 11

Defesa profissional: exposição à radiação | 13

Como eu faço | 18

JORNAL SBOT MINAS julho a setembro | 2017Ano VII I - Nº 31

Memórias | Felício Rocho

Foto Moisés

Projeto Memórias da Ortopedia Mineira presta homenagem ao Serviço de Ortopedia do Hospital Felício Rocho

Pág. 12

EDITORIAL | PALAVRA DO PRESIDENTE

Dr. Robinson Esteves Santos PiresGestão 2017

Procedimentos cirúrgicos em médicos complicam mais:

Prezados colegas,

Recentemente, tive uma experiência como paciente e fui submetido a um procedimento cirúrgico considerado de pequeno porte. Confesso que não foi nada fácil encarar a medicina pelo olhar de quem está sendo tratado. Posso assegurar a vocês que essa vivência, indubitavelmente, fez-me entender e valorizar alguns aspectos que, antes, como cirurgião, eu não valorizava.

O fato é que nós, médicos, possuímos informações privilegiadas que, teoricamente, levam-nos aos melhores profissionais, ao diagnóstico mais precoce e ao fácil e rá-pido acesso aos exames e aos hospitais com tecnologia de ponta. No entanto, se, por um lado, a tendência natural é que tenhamos menos complicações, pois recebemos um tratamento VIP pelos colegas, por outro lado, pelo fato de sermos médicos, o grau de ansiedade do cirurgião pode ser afetado pela responsabilidade de tratar um de seus pares e protocolos de tratamento bem estabelecidos podem ser modificados.

Retomando a minha experiência como paciente, em-bora tenha tido o privilégio de ser tratado por colegas de extrema competência e dedicação à medicina, o que garan-tiu a realização do ato absolutamente dentro dos mais mo-dernos e eficazes protocolos cirúrgicos, acabei apresentan-do uma complicação não relacionada com o ato médico, fazendo-se necessária uma reintervenção. Instantes antes de ser submetido ao novo procedimento, pensei comigo: bom, tinha que acontecer comigo. Complicação pós-ope-ratória é frequente em médicos.

A cada visita de colegas que eu recebia enquanto inter-nado, novamente vinha a afirmação: cirurgia em médico, tinha que ser...

Agora, completamente restabelecido, tive a curiosidade de procurar na literatura se realmente há alguma evidência que confirme tal afirmação.

Interessante ressaltar que não são poucos os artigos que abordam a quebra dos protocolos estabelecidos de trata-mento quando os pacientes são médicos e seus familiares ou quando tratamos pacientes considerados VIPs. Tanto é

que existe a chamada “VIP Syndrome”. Pacientes conside-rados celebridades são, frequentemente, tratados com cer-tos “privilégios” e desvios de protocolos que podem levar a desfechos catastróficos. Casos como os dos cantores Mi-chael Jackson e Prince tornaram-se públicos e são verda-deiros exemplos da “VIP Syndrome”.

Com relação aos médicos e seus familiares, um estudo interessante foi realizado por Gillion e Lacaine, da Univer-sidade de Paris. Em um universo de 11.756 pacientes ope-rados no serviço, 47 eram médicos e 122 parentes próximos de médicos. A proporção de médicos do estudo é compará-vel à proporção de médicos na população da França. Cada um dos pacientes (médicos e parentes próximos) foi pa-reado com um grupo controle de cinco pacientes com as mesmas características epidemiológicas e os mesmos pro-cedimentos cirúrgicos. Os autores encontraram ausência de diferenças entre médicos, seus familiares e a população não médica com relação a complicações pós-operatórias, necessidade de reintervenção cirúrgica e índice de morta-lidade (J Chir 2007,144, N°1, 2007).

Panjasawatwong e colaboradores da Cleveland Cli-nic avaliaram o índice de complicações pós-operatórias em 21.173 pacientes submetidos a procedimentos cirúr-gicos não cardíacos. Quinhentos e vinte e dois pacientes eram médicos e foram pareados com um grupo controle de 2.448 não médicos. Os autores encontraram ausência de diferença entre os grupos de pacientes médicos e não médicos com relação a tempo de internação, complicações, necessidade de reintervenção cirúrgica e índice de mortali-dade (J Anesth 31:111-119, 2017).

Estes dois estudos, que apresentam método robusto e tamanho amostral representativo, fazem-nos concluir que, pelo menos à luz das evidências atuais, a afirmação de que procedimentos cirúrgicos em médicos e parentes próximos apresentam maior número de complicações é um mito. Seja como for, é sempre oportuno frisar a imprescindível necessidade de não nos afastarmos dos protocolos de in-tervenção, sobretudo em relação aos “pacientes VIPs”, que acabam por fazer ampliar, significativamente, as responsa-bilidades médicas e os riscos inerentes à profissão.

mito ou verdade?

Comissão de Interlocução com o SINMEDChristiano Esteves Simões | Rodrigo Santos Lazzarini

Comissão CientíficaTrauma: Nathan Oliveira Moreira Santos

Coluna: Bruno FontesOsteometabólica: Sérgio Nogueira Drumond Júnior

Pé e Tornozelo: Daniel Soares BaumfeldJoelho: Guilherme Moreira de Abreu e Silva

Ombro e Cotovelo: Lucas Braga Jacques GonçalvesCirurgia da mão: Gustavo Pacheco Martins Ferreira

Alongamento e Reconstrução: Henrique Carvalho de ResendeMedicina Esportiva: Rodrigo Otávio Dias de AraújoQuadril: Carlos Emílio Durães da Cunha Pereira

SeccionaisCoordenador Científico das Seccionais

Elmano de Araújo Loures

Diretor de Políticas Públicas das SeccionaisPaulo Henrique Lemos de Moraes

SulPresidente: Júlio César Falaschi Costa

Vice-Presidente: Eugênio César Mendes

SudoestePresidente: Anderson Amaral de Oliveira

Vice-Presidente: Tiago Rodrigues Calil

MetropolitanaPresidente: Marco Túlio Guimarães Leão

Vice-Presidente: Leonardo Marques Adami

LestePresidente: José Mauro Drumond Ramos

Vice-Presidente: Luiz Henrique Vilela

Zona da MataPresidente: Oseas Joaquim de OliveiraVice-presidente: Leonardo de Castro

NortePresidente: Lucas Carvalho

Vice-Presidente: Raphael Cândido Brandão

TriânguloPresidente: Fabiano Canto

Vice-Presidente: Anderson Dias

VertentesPresidente: Mauro Roberto Grissi Pissolati

Vice-Presidente: Leonardo Elias Esper

Av. Brasil, 916 s/603 - 6º andar - Funcionários CEP 30.140-001 - B. Hte. / MG Telefax: (31) 3273-3066

E-mail: [email protected] - www.sbot-mg.org.br

Diretoria

Presidente 2017 – Vice-Presidente 2018Robinson Esteves Santos Pires

Vice-Presidente 2017 - Presidente 2018Cristiano Magalhães Menezes

Secretário Geral: Antônio Tufi Neder FilhoTesoureiro Geral: Matheus Braga Jacques Gonçalves

Secretário Adjunto: Rodrigo Barreiros VieiraTesoureiro Adjunto: Roberto Zambelli Almeida Pinto

Coordenador Científico: Túlio Vinícius Oliveira CamposEditor-Chefe da Revista Mineira de Ortopedia:

Marco Antônio de Castro VeadoRevisor da revista SBOT MINAS:

Arnóbio Moreira Félix

Conselho Fiscal: Fábio Ribeiro Baião | José Carlos Souza Vilela

Petrônnius Mônico de Rezende

Comissão de Ex-Presidentes:Wilel Almeida Benevides | Wagner Nogueira da Silva

Ildeu Afonso Almeida Filho | Carlos César Vassalo Marco Túlio Lopes Caldas

DelegadosElmano de Araújo Loures | Francisco Carlos Salles Nogueira

Gilberto Francisco Brandão | Glaydson Gomes GodinhoIldeu Afonso Almeida Filho | Marcelo Back Sternick

Marco Antônio de Castro Veado | Marco Túlio Lopes Caldas Valdeci Manoel de Oliveira | Wagner Nogueira da Silva

Comissão de Ensino e TreinamentoPresidente 2017: Wither de Souza Gama Filho

Membro Consultor: Túlio Vinícius Oliveira Campos

Membros:Leonardo Pelucci Machado | Alessandro Cordoval

Egídio Oliveira Santana Junior | Guilherme Barbosa MoreiraHenrique Carvalho de Resende | Marcelo Mendes FerreiraLucas Amaral dos Santos | Lucas da Silveira Guerra Lages

Carlos Mourão | Heraldo Barbosa CarlosGustavus Lemos Ribeiro Melo | Hugo Bertani Dressler

André Couto Godinho | Jader de Andrade NetoMarcos Antônio Ribeiro Mendes | Kleber Miranda Linhares

Comissão de Educação ContinuadaAntônio Augusto Guimarães Barros | Flávio Márcio Lago e Santos

Frederico Silva Pimenta | Gustavo Pacheco Martins FerreiraLincoln Paiva Costa | Saulo Garzedim Freire

Rodrigo D’Alessandro de Macedo | Lúcio Flávio Biondi Pinheiro Jr.

Comissão de Comunicação e MarketingEduardo Frois Temponi | Otaviano Oliveira Junior

Comissão de Políticas PúblicasAgnus Welerson Vieira | Guilherme Zanini Rocha

Hudson César José Vieira | Márcio Gholmie LabriolaMiller Gomes de Assis

Comissão de Defesa ProfissionalEduardo Luiz Nogueira Gonçalves | Philipe Maia

Rodrigo Galinari da Costa Faria

Comissão de Benefícios e PrevidênciaEgídio Oliveira Santana Junior | Roberto Garcia

Comissão de Controle de MateriaisFrederico de Souza Ferreira | Petrônnius Mônico de Rezende

Comissão de Tecnologia da InformaçãoThiago Ildefonso Dornellas Torres | Eduardo Frois Temponi

Antônio Augusto Guimarães Barros

JORNAL SBOT MINASEdição e Arte Final: Via Comunicação - Tel.: (31) 3291-1305

Fotolito/Impressão: Gráfica PremierPeriodicidade: trimestral | Tiragem: 1.500 exemplares

As informações da revista SBOT MINAS podem ser reproduzidas, desde que citadas as fontes.

07 SBOT MINAS lança nova edição da Revista Mineira de Ortopedia

08 Simpósio Mata Machado 21º Congresso Mineiro de Ortopedia

09 Conselheiro Lafaiete realiza curso de Traumatologia Ortopédica Campanha alerta sobre riscos dos fogos de artifício

10 Congresso Brasileiro do Trauma Ortopédico

11 Dr. Glaydson Godinho: rumo à presidência da SBOT

12 | Memória da Ortopedia Mineira

13 Defesa Profissional Dr. Rodrigo Lazzarini

ÍNDICE

14 Oncologia Ortopédica Retalhos em membros superiores

15 | 2ª Reunião Científica da SBQ

16 4ª Jornada Hiperbárica de JF Preparatório ao TEOT: fase final

17 | 42º CBOT

18 Como eu faço Conheça a opinião de colegas sobre um mesmo procedimento. E você, como faria?

20 | Sugestão de Leitura

21 | 1º FUTSBOT - Participe!

Meu hobby: paixão por automóveis | 22

Dr. Leonardo Pelucci: paixão por carros antigos

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A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Minas Gerais (SBOT MINAS) promoveu no dia 30 de agosto, o lançamento da sétima edição da Revis-ta Mineira de Ortopedia e Traumatologia que, em 2017, aborda, por meio de artigos de revisão, o procedimento cirúrgico de artroplastia - substituição de articulações por próteses – em ombro, cotovelo, quadril, joelho e torno-zelo. Há, ainda, um capítulo especial sobre endopróteses, que são usadas em casos de tumores ósseos.

Patrocinada pelo Aché Laboratórios Farmacêuticos, a publicação tem uma tiragem de 1.500 exemplares que serão enviados para todos os profissionais associados da regional mineira e para os serviços conveniados em todo o Brasil.

O presidente da SBOT MINAS, Dr. Robinson Es-teves, explica que a Revista Mineira de Ortopedia é composta por artigos de revisão, que fazem o relato das doenças ou procedimentos desde o diagnóstico até o tratamento, a partir de extensa pesquisa bibliográfica. “Além de auxiliar os ortopedistas, a revista também é uma ferramenta de estudo importante para os médicos residentes de Ortopedia”, destaca.

SBOT MINAS lança mais uma edição da Revista Mineira de Ortopedia e Traumatologia

O editor Dr. Marco Antônio de Castro Veado, entre o vice-presidente Dr. Cristiano Menezes e o presidente da SBOT MINAS, Dr. Robinson Esteves

O editor da Revista Mineira de Ortopedia, Dr. Mar-co Antônio de Castro Veado, explica que a escolha do tema da publicação deste ano foi muito oportuna. “Com o aumento da longevidade da população, o número de procedimentos de artroplastia aumentou muito. O avan-ço tecnológico na área tornou as cirurgias mais rápidas e com menos riscos para os pacientes idosos que têm co-morbidades como diabetes, cardiopatias e uso contínuo de anticoagulantes”.

Por ser uma revista de artigos de revisão, a Revista Mineira de Ortopedia e Traumatologia não compete com a Revista Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, que reúne artigos originais.

Segundo o Dr. Marco Antônio, a escolha dos autores do artigo é outro ponto que merece destaque na pu-blicação. “São profissionais que têm experiência com a educação”, frisa. Entre eles, está uma das maiores au-toridades em cirurgia no ombro e cotovelo do mundo, o ortopedista e professor inglês, Angus Wallace, que escreveu um artigo sobre o tema com o coordenador do Serviço de Ortopedia do Hospital Felício Rocho, Dr. Ildeu Almeida.

08

XXVIII Encontro do Centro de Estudos Prof. Matta Machado

Dr. Fábio Ribeiro Baião, homenageado, recebendo condecoração da Gerente Geral da Fundação Benjamin Guimarães, Sra. Simone Maria Libânio Rocha

Uma grande festa. Foi assim o tradicional Encontro do Centro de Es-tudos Prof. José Henrique da Matta Machado, que teve como presidente o colega Fábio Ribeiro Baião. O evento aconteceu no dia 22 de setembro, no Hotel Tauá, Caeté/MG.

Cento e vinte ortopedistas e suas famílias, entre nomes expressivos da ortopedia mineira, estiveram presentes esse ano no Encontro, que tem como objetivo, além da capacitação científica, ser um momento de congra-çamento da família ortopédica.

O tema central desta edição foi “Ortopedia pediátrica, artroscopia, ar-troplastia, doenças osteometabólicas, trauma ortopédico”, abordado por renomados especialistas, como os doutores Bernardo Stolnick, Marcus Vi-nícius Malheiros Luzo e Miguel Akkari.

O evento ocorre a cada dois anos. O próximo presidente eleito para co-ordenar o XXIX encontro será o Dr. Luís Cláudio de Moura França.

Não perca esse grande evento.

D. Pedro Berjano | Milão - ItáliaCirurgião de Coluna

Convidados internacionais já confirmados:

21º congresso mineiroBelo Horizonte | de Ortopedia e Traumatologia

02 a 04 Agosto2018

Frank Liporace, M.D. Chefe do Depto. de Ortopedia e Traumatologia |

Coord. da Divisão de Trauma e Cirur. Reconstrutora,Jersey City Medical Center , New Jersey, U.S.A.

09

O Curso de Educação Continuada em Traumatologia Ortopédica, rea-lizado em Conselheiro Lafaiete/MG, no dia 12 de agosto, no auditório da AMMG da cidade, teve como foco a “Atualização no atendimento ao trau-ma ortopédico”, apresentando os últi-mos avanços e melhores opções de tra-tamento. Realização da SBOT MINAS e Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais - CRM-MG. Os coorde-nadores do curso foram o Dr. Robin-son Esteves (presidente da Regional mineira) e os colegas Leonardo Ada-mi, daquela regional, e Eduardo Gon-çalves, do CRM-MG. Segundo o Dr. Eduardo Gonçalves, “os participantes elogiaram o evento e destacaram a qualidade científica das palestras”.

De acordo com o Dr. Leonardo Adami, “entre os diversos temas de ortopedia e traumatologia abordados, tivemos também um assunto de ex-trema importância, sempre esqueci-do por nós, ortopedistas: a radiação ionizante. O Dr. Robinson Esteves mostrou a importância da proteção adequada, e que é possível diminuir os riscos da exposição com mudanças simples no cotidiano do ortopedista durante os procedimentos.”

“Tivemos a honra de trazer para Conselheiro Lafaiete, médicos re-conhecidos no cenário nacional”,

Educação Continuada

Curso aborda atendimento ao trauma

entre eles, o Dr. André Wajnsztejn, do Hospital Albert Einstein, de São Paulo; o Dr. Christiano Saliba, do Hospital do Trabalhador / Curitiba, e o Dr. Robinson Esteves, presiden-te da SBOT MINAS”, ressalta, des-tacando ainda os nomes dos colegas Guydo Marques Horta Duarte, Túlio Vinícius Campos, Cristiano Menezes (vice- presidente da SBOT MINAS), Gustavo Pacheco e Marcos Ceni, que abrilhantaram o evento.

“Acho que nós, ortopedistas, de-mais colegas médicos e também a po-pulação de Conselheiro Lafaiete, neste momento têm apenas um sentimento: gratidão aos participantes que duran-te o final de semana deixaram suas famílias para compartilhar conheci-mento e experiências, os quais vão aprimorar o tratamento do trauma ortopédico em nossa região. Nosso agradecimento também ao CRM-MG e a SBOT MINAS, especialmente ao Dr. Robinson Esteves (presidente da entidade), Dr. Nilson de Albuquer-que Junior (conselheiro do CRM-MG / provedor do Hospital e Maternida-de São José), Dr. Eduardo Gonçalves (conselheiro do CRM-MG), e Dr. João Batista Gomes Soares (conse-lheiro do CRM-MG e coordenador dos cursos de educação continuada no interior de Minas Gerais.”

Fogos de artifício

Ortopedistas alertam para risco de acidentes com fogos de artifício nas festas juninas Todo cuidado é pouco porque al-guns acidentes podem mutilar e até matar

A SBOT MINAS lançou, em junho, na mídia, uma campanha de prevenção de acidentes com fogos de artifício para reduzir o número de vítimas. Dados ofi-ciais registram 122 óbitos em todo o país durante os festejos juninos, a maioria na região Nordeste. Segundo levantamento do Conselho Federal de Medicina, entre 2008 e 2016 houve 4,5 mil internações no Brasil devido a acidentes com fogos de artifício. Assim, todo cuidado é pouco ao manuseá-los.

De acordo com o diretor da regional mineira, Dr. Antônio Tufi Neder, o núme-ro de pacientes hospitalizados com quei-maduras causadas por fogos triplica no mês de junho, quando realizam-se as tra-dicionais festas de Santo Antônio (13/06), São João (24/06) e São Pedro (29/06).

Em Minas Gerais, observamos que nesta época “muitos pacientes dão entra-da no Pronto Socorro de nossos hospitais com lesões gravíssimas, que vão desde queimaduras até mesmo a amputações de mão devido ao manuseio inadequado de fogos de artifício. A pessoa que estava pronta para se divertir, após um acidente de segundos, tem uma lesão grave e sua vida é modificada para sempre”, destaca o ortopedista.

Entre os acidentes, um dos mais peri-gosos é decorrente da chamada “Guerra de espadas”, que ocorre há 150 anos em Senhor do Bonfim e Campo Formoso, na Bahia. A espada é feita com bambus re-cheados de pólvora e limalha de ferro. Se bem preparada, pode gerar explosões que lançam detritos incandescentes a até 100 metros de distância, queimando quem é atingido, ressalta o Dr. Antônio Tufi.

Em Minas, “os principais problemas causados pelos fogos são perda de dedos ou mesmo da mão, por explosões prema-turas, além das queimaduras, que com-prometem a córnea e podem levar à perda da visão, bem como as lesões auditivas”.

Drs. Leonardo Adami, Robinson Esteves (presidente da SBOT MINAS) e Eduardo Gonçalves (Conselheiro do CRM-MG)

10CBTO - anúncio

segunda-feira, 2 de outubro de 2017 18:33:54

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Especialista em cirurgia de ombro, com títulos de Mestre e Doutor em Ortopedia, treinamentos em instituições de referência nos Estados Unidos e na França, o mineiro Glaydson Godinho encabeça a chapa única que concorre, em outubro, à diretoria da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Trau-matologia (SBOT Nacional). Nos próximos anos, ele vai usar a experiência acumulada na diretoria de diversas entidades de classe, entre as quais a SBOT MINAS, da qual foi presidente, a SBOT Nacional, da qual foi vice-presidente, na gestão Sérgio Franco, e Sociedade Sul-Americana de Cirurgia de Ombro, da qual foi presidente, para unir os 14 mil médicos ortopedistas do Brasil e en-frentar, no campo de luta por melhores con-dições de trabalho, os hospitais e os planos e seguradoras de saúde.

Como os ortopedistas brasileiros po-dem votar? O voto é por correspondência. O resultado das eleições será divulgado du-rante o 49º Congresso Brasileiro de Ortope-dia e Traumatologia, que acontece entre os dias 16 e 18 de novembro, em Goiânia. As-sumirei como 2º vice-presidente, em 2018. No ano seguinte, serei o 1º vice-presidente e em 2020, ocuparei o cargo de presidente.

Qual o maior desafio da sua gestão à frente da SBOT Nacional? A SBOT Na-cional tem uma estrutura gigantesca. Está entre as maiores e mais renomadas socie-dades de ortopedia do mundo, com mais de 14 mil afiliados. Nossa gestão é a sequência de uma filosofia de administração que tem muito zelo pela educação médica conti-nuada. Foi com esse objetivo que a SBOT foi criada, mas este é momento de lutar, de forma efetiva, pelos interesses dos ortope-distas brasileiros, no dia a dia de trabalho. O nível de qualificação técnica dos profis-sionais brasileiros e mineiros é bastante alto. Muitos profissionais se destacam no cenário internacional, inclusive. No en-tanto, as condições de trabalho no Brasil ficam a desejar e o profissional sofre muitas pressões para oferecer aos pacientes o me-lhor tratamento existente. Faltam recursos financeiros e equipamentos de ponta, apoio e estrutura. Mas existe a consciência de que essa especialidade é fundamental e que os profissionais devem fazer o que puderem de melhor. No entanto, há pouquíssimas “ilhas de excelência”, em estabelecimentos privados de luxo e, mais raro ainda, se fa-larmos de instituições públicas, como o INTO no Rio de Janeiro.

Outro projeto é dar continuidade às campanhas de valorização do ortopedis-ta. No entanto, o médico também tem que agir para que planos de saúde e o próprio

governo se disponham a negociar. No ser-viço público, o Sistema Único de Saúde é um projeto ideal para a Suécia, e que está em curso em um país pobre e de dimen-sões continentais, que é o Brasil. No futuro, talvez o SUS consiga atingir seus objetivos, mas isso não acontece agora.

Como é a relação dos médicos com o serviço privado de saúde? No plano priva-do há uma quantidade enorme de médicos que são reféns dos planos e seguradoras de saúde. Infelizmente, somos reféns desse sis-tema porque estamos desunidos. É preciso unir os médicos ortopedistas em uma força. Queremos que os ortopedistas se integrem à SBOT para fortalecer a entidade. Me pre-ocupa a fragmentação da SBOT. Quanto

mais divisão, menos força. Precisamos fazer o caminho inverso, agregar força à SBOT para que seja o grande meio de defesa dos ortopedistas. Mais que o Conselho Federal de Medicina (CFM), Associação Médica Brasileira (AMB), sindicatos e associações médicas, a SBOT tem a credibilidade dos ortopedistas brasileiros. A entidade é o es-pelho desses especialistas e a armadura que eles querem ter. O ortopedista acredita na SBOT como meio de defesa dele. Por isso a SBOT tem que assumir esse papel e ir para a luta. Hoje, a realidade oferecida aos or-topedistas para o exercício do seu trabalho está muito distante da necessidade do povo brasileiro e das condições necessárias para que o profissional possa fazer o melhor.

Os programas de capacitação profis-sional continuam? Sim. A SBOT é referên-cia mundial na prova de títulos para especia-listas em Ortopedia. Observadores de todo o mundo acompanham esses processos. Hoje, a SBOT tem diversos programas de treina-mento que funcionam espetacularmente e isso vai continuar. Fazemos a vigilância das residências médicas credenciadas, for-necemos informações para os profissionais, orientação e uma estrutura de apoio.

Como o Sr. se posiciona sobre a atua-ção política da SBOT? O ortopedista que quer defender o seu trabalho tem que atuar politicamente. Hoje, temos especialistas no Congresso Nacional, Assembléias Legisla-tivas e em Câmaras Municipais. Neste mo-mento de crise política por que passa o Bra-sil, os políticos sérios devem se aproximar de entidades fortes, como é o caso da SBOT, e este contato tem de ser direto, claro e ob-jetivo. Não acredito em trabalho de lobista representando a SBOT. Quero compromisso político direto, verdadeiro, cara a cara. Se-não, também não haverá nosso apoio. Temos que chamar as outras sociedades de especia-lidades para tornar a classe médica mais re-presentativa que já é, neste momento. As en-tidades maiores, que nasceram para agregar as várias sociedades de especialidades e nos representar, estão muito distantes do nosso dia a dia, não são a nossa cara. Nosso objeti-vo é ter um grupo parlamentar parceiro, que represente os nossos interesses.

Qual a sua mensagem para os orto-pedistas mineiros? Minas Gerais vai levar para a SBOT Nacional a unidade e a vonta-de de trabalhar pela qualidade de trabalho dos ortopedistas, a disposição de trabalhar como médico para o médico. Eu quero ir para o campo de luta porque estamos em uma luta onde os ortopedistas são os mais fracos. Quero ser Davi nessa história cheia de gigantes.

C H A PA S B O T 2 0 1 7A P R I M O R A R S E M P R E

Diretoria ExecutivaPresidente:

Glaydson Godinho (Hospital Ortopédico – BH)

Secretário geral: Ivan Chakkur (Santa Casa - SP)

1º Secretário: José Paulo Gabbi

(Presidente da SBOT-RJ)2º Secretário:

Jorge dos Santos Silva (Hospital das Clínicas - SP)

1º Tesoureiro: Carlos Henrique Fernandes

(Escola Paulista de Medicina)2º Tesoureiro:

Antônio Sergio Passos (SBOT-BA)Diretor de Comunicação e Marketing: Wagner Nogueira de Assis (SBOT-MG)

Diretor de Regionais: Izabel Pozzi (SBOT-RS)

Diretor de Comitês: Haruki Matsunaga (SBOT- MT)

Um mineiro a caminho da SBOT

Dr. Glaydson Godinho

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Já saiu o segundo vídeo

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A Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – Regional Minas Gerais (SBOT MINAS) acaba de produzir o segundo vídeo do projeto “Me-mórias da Ortopedia Mineira”. Desta vez, as filmagens e entrevistas foram realizadas no Serviço de Ortopedia do Hospital Felício Rocho, considerado um dos mais tradicionais do Estado.

Os médicos Marcelo Sternick e Marco Antônio de Castro Veado são os entrevistadores desse projeto que foi criado para homenagear os ortope-distas que fizeram a história dessa importante especialidade no Estado e, também, para mostrar aos jovens profissionais que optam por ingressar na área, que Belo Horizonte é uma cidade de referência, com muitos ca-sos de sucesso e de pioneirismo no desenvolvimento de metodologias de tratamento.

O Dr. Sternick não esconde a alegria de participar do projeto como en-trevistador. “Na verdade, até fazemos um roteiro de perguntas, mas o que acontece de fato é uma conversa muito amistosa. Tenho orgulho dos pro-fissionais que construíram o nome da Ortopedia em Minas Gerais porque eles são referências para todos nós”, afirma.

Ainda conforme o médico, além da competência técnica, os profissio-nais entrevistados são referência institucional, como membros das direto-rias da SBOT MINAS e como professores e palestrantes de grandes eventos da área, no Brasil e no exterior. No Felício Rocho foram entrevistados os ortopedistas Márcio Ibrahim de Carvalho, Mércio Ataíde Vieira, Roger Si-mões e Ildeu Almeida, que é o coordenador do Serviço.

Para conferir os vídeos do Hospital Ortopédico e do Hospital Felício Rocho basta acessar o canal da SBOT MINAS no YouTube. “O resultado final dos vídeos está muito interessante. Vale a pena conferir porque é um exemplo para os mais novos e uma experiência agradável para os mais an-tigos que, sem dúvida, vão se reconhecer nas entrevistas”, recomenda.

O terceiro e último vídeo da série do ano de 2017 foi no Serviço de Or-topedia da Santa Casa, em setembro. Em breve também estará disponível no canal do YouTube da SBOT MINAS.

Homenagem mais que merecida

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Defesa profissional

Projeto propõe maior defesa para profissionais expostos à radiação

A SBOT MINAS, através dos Drs. Robinson Esteves e Rodrigo Lazza-rini, e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais, estão finalizando um projeto em defesa dos profissionais expostos à radiação. De acordo com o Dr. Lazzarini, “a proposta visa a informar e tentar remunerar de uma forma mais justa aqueles em situação de risco profissional. São duas frentes de trabalho: uma educativa, através da qual em todos os eventos da re-gional apresentamos uma aula espe-cífica sobre os riscos da exposição à radiação para os ortopedistas. Isto já aconteceu em Conselheiro Lafaiete e em Governador Valadares”, destaca. A outra diz respeito à remuneração diferenciada, já prevista na CBHPM.

Além de ser uma questão de di-reito adquirido, todos os profissio-nais envolvidos em procedimentos que utilizam radiação, como téc-nicos de Enfermagem, técnicos em Radiologia que operam os apare-lhos de radioscopia, somente para citar alguns, têm risco aumentado de câncer. “Nós, cirurgiões expos-tos à radiação, possuímos um risco cinco vezes maior de desenvolver câncer que a população não expos-ta (Mastrangelo G et al. Occup Med. 2005;55:498-500), bem como outras

doenças, como a catarata”, enfatiza.Como formas de prevenção des-

ses riscos, todos os profissionais devem saber como utilizar, correta-mente, o intensificador de imagem, manter-se o mais distante possível da fonte emissora de radiação e uti-lizar equipamentos de proteção indi-vidual (E.P.I ), especialmente o colar cervical, avental e óculos de proteção contra a radiação, além de dosímetro para quantificar a exposição do pro-fissional. A grande maioria dos ser-viços oferece tais equipamentos de proteção, mas é importante que sejam checados periodicamente e guarda-dos de forma adequada, para que não percam sua capacidade protetora e deixem de funcionar como uma bar-reira à radiação, alerta, acrescentando que, diante disso, alguns cirurgiões preferem ter seus próprios equipa-mentos de proteção (personalizados e mais leves). Mas o importante é todos os profissionais terem sempre em mente os perigos da exposição à radiação e os cuidados que devem ter para minimizá-los.

O Dr. Rodrigo Lazzarini informa que a parte educativa e informativa está sendo realizada nos eventos da SBOT MINAS. Quanto à remunera-ção, esta demanda já foi encaminha-

da à Comissão de Honorários Médi-cos do SINMED e está sob avaliação. “Estamos iniciando uma luta. No mo-mento somente a regional mineira da SBOT e o Sindicato dos Médicos de Minas Gerais estão envolvidos, mas esperamos em breve chegar às opera-doras de uma forma mais efetiva e or-ganizada. A ideia é levarmos o proje-to para outras especialidades médicas que também realizam procedimentos que envolvem exposição à radiação, como a Neurocirurgia e a Cirurgia Cardiovascular”, exemplifica.

Segundo ele, “não sabemos qual o impacto desse projeto para os servi-ços de Radiologia, caso ele venha a ser aprovado. A parte educativa é de suma importância. Por isso mesmo, não podemos nos prender apenas à questão da remuneração. Se conse-guirmos viabilizar o direito à remu-neração diferenciada, será um gran-de avanço para a ortopedia mineira e um caminho para as outras especiali-dades. Assim sendo, mais importan-te que a remuneração diferenciada, que é um direito, é a conscientização dos profissionais, dos prestadores de serviços, dos hospitais sobre um pe-rigo invisível, presente na nossa vida diária - que é a radiação - e suas for-mas de proteção”.

Dr. Rodrigo LazzariniOrtopedista e cirurgião do joelho | Delegado Regional da SBOT MINAS junto ao SINMED

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Oncologia Ortopédica Com pleno êxito, foi reali-

zado no Hospital Mater Dei, nos dias 01 e 02 de setembro, o XX Simpósio de Ortopedia e Traumatologia e o II Simpósio de Oncologia Ortopédica da instituição, tendo como coor-denadores o Dr. Ricardo Horta Miranda e o Dr. Rafael Gonçal-ves Duarte. A realização foi da

equipe de Ortopedia do Hospi-tal Mater Dei, com apoio da So-ciedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia-Regional Mi-nas Gerais e da Sociedade Bra-sileira de Coluna.

Com 300 inscritos, o público foi de médicos de várias especia-lidades: Ortopedia, Oncologia, Radioterapia, Clínica Médica,

Nutrologia, entre outras, e, ain-da, residentes e outros profissio-nais de saúde que tratam do pa-ciente oncológico.

O tema central dos debates foi “Ortopedia Oncológica” e os objetivos do evento foram atua-lizações, discussões e melhorias no diagnóstico e tratamentos do paciente ortopédico oncológico, que é complexo e exige trata-mento multidisciplinar.

Entre os palestrantes convi-dados: Dr. André Mathias Bap-tista, ortopedista oncológico de São Paulo; Dr. Márcio Aparecido Moura, ortopedista oncológico e especialista em coluna, do Para-ná; Dr. Edilson Forlin, ortopedis-ta pediátrico, também do Paraná; Dr. Leandro Spineli, ortopedista especialista em quadril e enge-nheiro da área de impressão 3D para planejamento cirúrgico; Dr. Enaldo Melo de Lima, chefe da Oncologia do Hospital Mater Dei, Dr. Alexandre Jacome, on-cologista do Hospital Mater Dei e Dr. Luiz Eduardo Moreira, or-topedista oncológico do Hospital das Clínicas.

Reparar perdas teciduais nas mãos e nos membros superiores, sejam elas decorrentes de trauma ou cirurgias para ressecção de tumores, exigem do cirurgião profundo conhecimento de anatomia e treinamento para a execução de técnicas que envolvem retalhos anatômicos. Diante disso, foi re-alizado no dia 07 de julho, na Faculdade de Medicina da UFMG, o curso de “Retalhos em membros superiores”, uma ampla revisão do tema de forma a proporcionar aos alunos a prática de dissecção de espécimes anatômicos intactos (uma peça para cada aluno).

Estiveram à frente do curso o Dr. Gustavo Pacheco Martins Ferreira, ortopedista e cirurgião da mão, doutorando em cirurgia (UFMG) e coordenador do PRM de Cirurgia da Mão/Fhemig, e o Dr. Ubiratan Brum de Castro, ortopedista e cirurgião da mão, Doutor em Ortopedia pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo, chefe do Departamento do Aparelho Locomotor da Faculdade de Medicina da UFMG, além da cirurgiã plástica Clarissa Leite Turrer.

O objetivo foi habilitar o médico a realizar os principais retalhos locais do antebraço e mão. Na programação, temas como anatomia vascular e princípios dos retalhos, retalho lateral do braço, prá-tica em espécime anatômico, retalho antebraquial chinês, retalho interósseo posterior e retalho em ilha neurovascular, entre outros.

Retalhos em membros superiores

Drs. Ricardo Horta e Rafael Gonçalves Duarte

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Abertura dos debates mostrou o alto nível da programação científica dos eventos

SBQ realiza mais uma reunião científica

A 2ª Reunião Científica da Sociedade Brasileira de Quadril–Regional Sudeste (SBQ), aconteceu nos dias 23 e 24 de junho no Renaissance Work Center, em Belo Horizonte, simultaneamente ao 2º Simpósio do Grupo de Estudos de Pel-ve, Acetábulo e Fêmur (GEPAF) e ao 3º Encontro de Ex-residentes de Ortopedia da Santa Casa de Belo Horizonte. Parti-ciparam do encontro 250 especialistas.

Onze convidados nacionais aborda-ram assuntos de interesse dos especia-listas participantes do evento. Presentes também os colegas Luiz Antônio Mu-nhoz da Cunha, presidente da SBOT-Gestão 2016, e Rafael Trevisan Ortiz, diretor de Educação Continuada e Pes-quisa da Associação Brasileira de Tor-nozelo e Pé e Cirurgião de Pé e Torno-zelo do IOT- HC - USP/São Paulo.

Além de Quadril, foram abordados temas das subespecialidades de Colu-na, Ombro, Mão, Joelho, Pé e Torno-zelo, Ortopedia Pediátrica e Trauma Ortopédico, sendo realizadas palestras, mesas redondas e crossfires dos quais participaram também importantes or-topedistas de várias cidades mineiras.

À frente da Reunião Científica da SBQ, o Dr. Enguer Beraldo Garcia, chefe do Serviço de Ortopedia da Santa Casa. A coordenação ficou a cargo do presidente da SBQ Regional Sudeste, Dr Carlos Emílio Durães.

O evento recebeu o apoio da SBOT MINAS e o presidente da Regional mi-neira, Dr. Robinson Esteves, participou da cerimônia de abertura e da progra-mação científica.

A abordagem dos temas pelos pa-lestrantes e a participação dos presen-tes foram determinantes para que o evento fosse considerado um sucesso.

A

Jornada de Governador Valadares

Drs. Cícero Morais (Gov. Valadares); Paulo Henrique (Ipatinga); Leonardo Brandão e Daniel Baumfeld (BH); José Mauro (Gov. Valadares); e Robinson Esteves (presidente da SBOT MINAS)

X Jornada de Ortopedia da Seccional Leste da SBOT MINAS foi realizada nos dias 25 e 26 de agosto, na

Casa da Unimed de Governador Vala-dares. Na pauta de debates os seguintes temas: “Como eu trato escoliose idio-pática do adolescente”, Dr. Paulo Hen-rique/Ipatinga; “Artrodese x artroplas-tia de tornozelo”, Dr. Daniel Baumfeld, “Tratamento cirúrgico do impacto fe-muro-acetabular (IFA)”, Dr. Leonardo

Brandão, ambos de Belo Horizonte; e “Fraturas articulares: o que mudou no tratamento”, Dr. Robinson Esteves, pre-sidente da regional mineira da SBOT.

O Dr. José Mauro, um dos organi-zadores do evento, destaca a importân-cia da interiorização da Ortopedia por profissionais atualizados. “Tivemos ex-celentes discussões de casos nas mesas redondas, alto nível das palestras, com muitas perguntas da plateia. Destaca-mos também um número expressivo de participantes de várias cidades que compõem a Seccional Leste (Teófilo Otoni, Caratinga, Ipatinga), além de um grande número de colegas de Go-vernador Valadares, que prestigiaram o evento. Temos tradição de fazer bons encontros em nossa cidade.”

Participaram do evento 68 pessoas, entre ortopedistas, fisioterapeutas e es-tudantes de Medicina.

A Jornada teve apoio de patrocina-dores, em especial Reprocir e Ortoneu-ro, além de vários laboratórios.

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O Centro de Oxigenoterapia Hiper-bárica e Tratamento de Feridas - O2JF, realizou nos dias 1º e 2 de setembro, a 4ª Jornada de Medicina Hiperbárica de Juiz de Fora. O evento, organizado pelo colega José da Mota, reuniu médicos, dentistas, enfermeiros e estudantes, entre outros profissionais da saúde, para discu-tir os avanços da Oxigenoterapia Hiper-bárica no tratamento de diversas doenças como, osteomielite, osteorradionecrose e feridas do pé diabético.

Este ano a Jornada trouxe uma novi-dade aos dentistas, um módulo inteiro

Evento reúne médicos e dentistas em prol do conhecimento

voltado aos estudos da Oxigenoterapia Hiperbárica no tratamento Crânio Buco-maxilofacial, onde o Dr. Paulo José Pas-quali falou sobre a Otimização de Enxer-tos Xenógenos em Reconstrução Total de Maxilas Atróficas.

Este módulo teve também Dr. Camilo Saraiva falando sobre a Osteorradionecro-se de Mandíbula e a Dra. Rafaela Breijão de Melo com uma aula sobre as compli-cações buco maxilares do uso dos bifos-fonatos, medicamentos utilizados no tra-tamento de doenças relacionadas à perda óssea devido ao aumento da reabsorção

óssea.Uma das patologias tratadas com a

Oxigenoterapia Hiperbárica é a doença descompressiva, síndrome clínica cujo conjunto de sinais e sintomas são conse-quência direta dos efeitos da presença de bolhas de gás nos tecidos e na circulação sanguínea, sendo assim, um módulo sobre mergulho não poderia faltar nesta edição da Jornada de Medicina Hiperbárica, que contou com a presença do Dr. Bruno Pa-rente falando de Acidentes e Doenças típi-cas do mergulho, e com o Tenente Guillar-ducci do Corpo de Bombeiros de Minas Gerais, que apresentou uma palestra sobre Salvamento em Acidentes Aquáticos, en-dossando a importância dos treinamentos subaquáticos do Corpo de Bombeiro para resgates nestes casos.

A programação contou ainda com palestras e mesas redondas sobre os avanços da OHB (Oxigenoterapia Hi-perbárica), Pé Diabético, Osteomielite, Retalhos e Enxertos, finalizando com o 3º Workshop de Curativos e Coberturas Especiais, ministrado pelas enfermeiras Nathália Alvarenga e Gilmara Muniz.

O evento teve também a presença do presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Hiperbárica, Dr. Fabrício Valandro Rech.

Preparatório para o TEOT em fase final

Faltam apenas mais dois módulos para terminar o curso preparatório para a prova de Título em Ortopedia: “dias 3 e 4 de novembro teremos mais uma parte teórica, enfocando desta vez questões relacionadas à Ortopedia Pediátrica e à Oncologia Ortopédica, e no dia 16 de dezembro, encerraremos o curso com a prova de habilidade ci-

rúrgica e com o exame físico”, informa o presidente da Comissão de Ensino e Treinamento da SBOT MINAS - CET, Dr. Wither de Souza Gama Filho.

Segundo ele, o curso começou em março com a participação de 90 R3s e ortopedistas que atuam na área há mais tempo mas que somen-te agora estão se preparando para a prova de título.

O preparatório mineiro é referên-cia nacional, inclusive para outras entidades médicas. O índice de apro-vação dos candidatos de Minas Gerais no exame nacional gira em torno de 90%. São envolvidos 16 professores e 45 examinadores na prova prática do simulado.

Devido à legislação do governo, que impôs restrições aos laboratórios patrocinadores, o Dr.Wither de Sou-za destaca que o curso, antes gratuito, passou a ser cobrado. “A taxa cobre ex-clusivamente as despesas que temos na sua organização”.

Candidatos ao TEOT fazem avaliação na prova escrita

1º módulo: Drs. Guilherme Barbosa, Kleber Linhares, Wither de Souza e Hugo Bertani

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Inscrições abertas no site cbot2017.com.br

R$ 1.200,00 para sócios quitesR$ 2.290,00 para sócios não quites

R$ 280,00 para graduandos e residentes (preço único)

Até 31 de outubroR$ 860,00 para sócios quites

R$ 1.620,00 para sócios não quites

Dr. William Bugbee - Cirurgião ortopédico e referência no estudo da cartilagem na Orto-pedia. É membro de diversas sociedades, incluindo a AAOS. Foi chefe cirurgião de Artrite e Reconstrução Conjunta e diretor do Programa de Transplante de Cartilagem na Univer-sity of California, San Diego (UCSD/EUA). Mais informações: www.drbugbee.com

Atualize seu conhecimento em Ortopedia. Em novembro você tem um

encontro marcado com os maiores especialistas do país e do mundo.

Dr. Gilles Walch - Lyon, França. É uma das maiores experiências mundiais em Artroplas-tia Reversa e Cirurgia de Latarjet. Possui mais de 300 publicações na França e em outros países. Já ministrou mais de 500 palestras. Nos últimos 20 anos, tem concentrado seu tra-balho exclusivamente em cirurgia e artroscopia do ombro com instabilidade, ruptura do manguito rotador e artroplastia do ombro. Mais informações: http://www.lafosseshoul-der-annecy.com/faculties/gilles-walch/

Dr. Mark W. Pagnano - Especialista em cirurgia de próteses e artroplastias de quadril e joelho. Atua em Rochester, Minnesota/EUA.

Dr. Michael J. Gardner - Considerado um dos maiores expoentes do Trauma Ortopédico mundial. É professor de Cirurgia Ortopédica na Universidade de Stanford, na Califórnia/EUA, chefe do Serviço do Trauma e vice-presidente no Departamento de Cirurgia Ortopé-dica da mesma instituição. Mais informações: https://goo.gl/QsPRmD .

No evento

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Como eu faço

Apresentação: Dr. Egídio O. Santana Jr. : Trauma Ortopédico (Hospital Felício Rocho | Hospital Vera Cruz | Hospital São Francisco)

Figura 1

Figura 2

Hipótese diagnóstica: Osteomielite da tíbia direita. Conduta inicial: pa-ciente foi submetida a fistulectomia + curetagem óssea + desbridamento cirúrgico + lavagem. Devido à lesão de partes moles, a ferida operatória foi deixada aberta (figuras 4 e 5).

Solicitado, após a primeira abor-dagem cirúrgica, uma tomografia computadorizada (figura 6).

Figuras 4 e 5 Figura 6

CASO CLÍNICO - Paciente de 35 anos, gênero feminino. Queixa princi-pal: dor e saída de secreção na perna direita. História da moléstia atual: paciente relata dor de grande intensidade e saída de secreção purulenta há 1 semana na perna direita. História patológica pregressa: fratura ex-posta dos ossos da perna direita há 20 anos. Sem comorbidades.

Exame físico: Temperatura: 39,5o C | Dor e edema em toda a perna direita. Não está realizando descarga de peso no membro afetado. Ferida na face medial do terço distal da perna com saída de grande quantidade de secreção de aspecto purulento (figura1).

Figura 3

Qual a sua conduta para este caso agora?

Solicitados exames complementares: radiografias (figura 2) e ressonân-cia magnética (figura 3)

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Dr. Jorge Suman V ie i ra

Tais casos não são tão raros para quem se dispõe a tratar de osteomielite. Eles surgem com certa fequência. Trata-se de uma agudização de osteomielite crônica, acometendo toda a diáfise e também a metáfise distal da tíbia. Exemplifica muito bem o que os antigos costumavam dizer: “É muito difícil o tratamento com cura completa da osteomielite crônica, que somente a amputação possibilitaria a erradicação definitiva do processo”. A minha conduta neste caso, e em casos seme-lhantes, tem sido a fresagem ampla e total de todo canal medular, com uma abertura proximal e distal na tíbia, coleta de material para culturas e antibiograma, retirada de todo o debris intramedular com fresagens e lavagens com soro fisioló-gico. As culturas e antibiograma seriam avaliados pelo grupo de infecção hospitalar, bem como o emprego do antibiótico mais apropriado. Lembramos que serviço de ortopedia que possui o R.I.A (Reamer Irrigation Aspiration) poderia utilizá-lo com o mesmo propósito. O passo final seria a colocação de um pino de Steinmann dentro do canal medular. Este pino seria envolto com cimento e antibiótico, preparado naquele momento, e seria colocado intramedular por cerca de 3 (três) sema-nas. Os curativos seriam feitos a cada dois (dois) dias ambulatorialmente. Lembramos observar o estado geral do paciente, afastar HIV e o uso de drogas, certificar-se de uma boa alimentação para o paciente. É o que tenho feito nos últimos anos.

Inicialmente avaliar a condição imunológica da paciente, inclusive dosagem de colecalciferol. Indico a saucerização, com incisão ampla em região anterior na perna, e a construção de uma janela óssea em toda a extensão do acometimento diafisário para possibilitar o debridamento. Coleta de material para cultura de praxe para guiar a antibioticoterapia. O fe-chamento será por segunda intenção. Prescrevo Vitamina D 50 mil UI-semanal, oito doses, para incrementar a produção do peptídeo antimicrobiano endógeno Catelicidina, com posterior controle laboratorial de dosagem do colecalciferol, e Vitamina C, 500 mg, bid, por 50 dias, para prevenção da Síndrome da Dor Regional Complexa. Mantenho apoio parcial com muletas. Eventual órtese para prevenção de deformidade do pé.

Dr. Fábio Baião

Dr. José da Mota

No caso exposto, a paciente apresenta um quadro de osteomielite crônica agudizada, podendo ser classificada como de Cierny e Mader tipo IV-A. O diagnóstico foi baseado no quadro clínico e na radiografia, evidenciando o sequestro ósseo proximal e distal, e pela RNM da perna. A drenagem óssea dos dois sequestros e a fistulectomia configuram a conduta mais adequada. A cirurgia é essencial nos casos agudos, pois reduz o tamanho da área infectada e nos casos crônicos há a remoção eficaz dos tecidos desvitalizados. Poderíamos utilizar também o “Bioactive Glass” para reconstruir as falhas ósse-as criadas pelo desbridamento, sem agregar procedimentos mais agressivos como grandes ressecções e transportes ósseos, reconstruções com cimento ósseo e técnica de Masquelet, e com menor risco de formação de biofilme, como nos demais implantes e enxertias autólogas, devido a sua ação antibacteriana, propriedades angiogênicas e osteocondutoras e a criação de meio alcalino hostil às bactérias pela presença dos íons Cálcio, Sódio e Fósforo e com osmolaridade aumentada. Após o procedimento cirúrgico o paciente necessita iniciar uso de antibiótico empírico de largo espectro. Cabe ressaltar a as-sociação de uma outra terapia adjuvante ao tratamento, a Oxigenoterapia Hiperbárica, possibilitando um sinergismo com os antibióticos, aumentando a osteogênese, com efeito bactericida, estimulando a neoformação vascular local e aumen-tando a pressão parcial tecidual de oxigênio no tecido afetado, além de diminuir a pressão intraóssea por ação mecânica. Isoladamente, o melhor tratamento continua sendo o desbridamento cirúrgico de tecidos duros e moles desvitalizados. Porém, a evolução tecnológica nos trouxe os antibióticos e agora a oxigenoterapia hiperbárica e as coberturas de pressão subatmosféricas. Esses adjuvantes reduzem os tempos de internação, os custos do tratamento e possibilitam o retorno do paciente a sociedade de maneira precoce.

Coordenador da Cirurgia de Ombro e Cotovelo do Hospital Universitário / UFJFDiretor Executivo do Grupo O2 Hiperbárica

Chefe do Serviço de Ortopedia do Hospital da Baleia

Chefe do Grupo de Trauma do Hospital Universitário Ciências Médicas

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comentários

abstract

autoresSUGESTÃO DE LEITURA

Título do artigo:Patient dissatisfaction following total knee arthroplasty:

A systematic review of the LiteratureAutores:Gunaratne R, Pratt DN, Banda J, Fick DP, Khan RJK, Robertson BW.Periódico:J Arthroplasty. 2017 Jul 21. doi: 10.1016/j.arth.2017.07.021. [Epub ahead of print]

Comentário:Dr Rodrigo Barreiros VieiraSecretário Adjunto da SBOT-MG 2017/2018. Coordenador do Serviço de Ortopedia do Hospital Universitário Ciências Médicas da Faculdade Ciências Médicas | Minas Gerais

AbstractBackgroundDissatisfaction following total knee arthroplasty (TKA) is common. Approximately 20% of patients report dissatisfaction following primary TKA. This systematic literature review explores key factors affecting patient dissatisfaction following TKA.

MethodsSix literature databases published between 2005 and 1 January 2016 were searched using 3 key search phrases. Papers were included if the study investigated patient dissatisfaction in primary unilateral or bilateral TKA. Information from each article was categorized to the domains of socioeconomic, preoperative, intraoperative, and postoperative factors affecting patient dissatisfaction.

ResultsThis review found that patient dissatisfaction pertains to several key factors. Patient expectations prior to surgery, the degree of improvement in knee function, and pain relief following surgery were commonly cited in the literature. Fewer associations were found in the socioeconomic and surgical domains.

ConclusionIdentifying who may be dissatisfied after their TKA is mystifying; however, we note several strategies that target factors whe-reby an association exists. Further research is needed to better quantify dissatisfaction, so that the causal links underpinning dissatisfaction can be more fully appreciated and strategies employed to target them.

Dados epidemiológicos têm mostrado que o número de artroplastias totais dos joelhos tem aumentado fortemente em todo mundo. Com isso é cada vez mais importante a análise dos possíveis fatores que possam levar insatisfação aos pacientes submetidos a este procedimento, já que estudos revelaram que em até 20% dos casos estes indivíduos declararam estarem insatisfeitos.

Este artigo trata-se de uma revisão sistemática da literatura, tipo de estudo classificado entre os de mais alto grau de evi-dência. Gunaratne et al. pesquisaram nos principais bancos de dados científicos Google Scholar, Cochrane library, Medline, Embase, CINAHL e PubMed, todos os artigos que correlacionavam os descritores “insatisfação”, “satisfação” e “artroplastia total do joelho” entre os anos de 2005 e 2016. Inicialmente foram encontrados 3.304 artigos, onde após rigoroso filtro, dois revisores concluíram que somente 13 artigos satisfizeram os critérios de inclusão propostos, isto é, artroplastia total do joe-lho, uni ou bilateral, estudos que analisaram insatisfação e os de língua inglesa.

Todos os artigos foram categorizados em aspectos socioeconômicos, pré-operatórios, intra operatórios e pós-operatórios que puderam ter influenciados na insatisfação dos pacientes. Os autores mostraram que a expectativa irreal do paciente, a saúde mental debilitada, o estágio da artrose, o baixo grau funcional anterior ao procedimento, a maior intensidade de dor no pré-ope-ratório, as complicações pós-operatórias, a incapacidade de resolução da dor e da função foram os fatores mais relacionados a insatisfação dos pacientes submetidos a artroplastia do joelho. Já o perfil epidemiológico dos pacientes e os aspectos técnicos ligados ao procedimento cirúrgico não se mostraram capazes de interferir na insatisfação destes indivíduos.

Pode-se concluir que uma análise minuciosa do paciente, tanto no aspecto físico quanto metal, seu direcionamento para as correções dos fatores modificáveis e o correto preparo para a cirurgia são aspectos que podem evitar insatisfação após o procedimento cirúrgico. Para tal, o auxílio de uma equipe multidisciplinar com enfermagem, psicólogo, psiquiatra, fisio-terapeuta, clínico da dor e anestesista pode ser de extremo valor tanto no manejo pré como pós-operatório dos pacientes submetidos a artroplastia total do joelho.

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Dr. Mário Kuwae/Goiânia; Dr. Leandro Figueiredo/Vitória-ES; Dr. Paulo Randal/BH; Dr. Marcelo Matsumoto/SP, e Dr. Antônio Barbosa Chaves,

um dos coordenadores do evento

Clube de Ped ia t r ia“Quadril pediátrico” foi o tema

central do 9º Clube de Pediatria realizado pela Sociedade Brasilei-ra de Ortopedia Pediátrica com o apoio da SBOT MINAS, no dia 15 de setembro, no auditório do Hospital Mater Dei, em Belo Hori-zonte. O encontro foi coordenado pelo colega Francisco Carlos Salles Nogueira e contou com a participa-ção de 88 especialistas. Além desse asssunto foram debatidas também questões relacionadas à fratura do fêmur em criança.

Como conferencista, a SBOP convidou o Dr. Cláudio Santili, or-

Pato log ias do co tove lo

topedista pediátrico da Santa Casa de São Paulo.

De acordo com o Dr. Francisco Nogueira, “pela primeira vez, Belo Horizonte recebeu o Clube de Pe-diatria que abordou temas relacio-nados ao quadril da criança, com a participação ativa dos ortopedistas pediátricos mineiros e deixou, como dado positivo, a interação entre o palestrante Dr. Santili e a plateia”.

Sociedade Brasileira de Ci-rurgia da Mão - Regional Minas/Espírito Santo promoveu mais um curso dentro do seu programa de Educação Continuada em Cirurgia da Mão e Membro Superior, desta vez tendo como tema central as pa-tologias traumáticas e não traumáti-cas do cotovelo. O evento aconteceu nos dias 22 e 23 de setembro, no au-ditório do Hospital Belo Horizonte, na capital mineira, sob a coordena-ção dos doutores Antônio Barbosa Chaves e Kleber Elias Tavares.

Os conferencistas convidados fo-ram o ortopedista Dr. Marcelo Hide Matsumoto, de São Paulo, especialista em cirurgia do cotovelo, e o Dr. Má-rio Kuwae, especialista em cirurgia da mão e microcirurgia, de Goiânia.

Para o Dr. Antônio Chaves, “é sempre bom podermos em um evento debater sobre um único tema, sendo um curso condensado em que possamos nos dedicar ao assunto, em especial cotovelo, uma área da ortopedia tão complexa mas que vem evoluindo muito nos últi-mos dez anos”.

A

Dr. Arlindo Pardini: destaque no evento

Dr. Cláudio Santili: conferencista convidado do

9º Clube de Pediatria da SBOP

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M e u h o b b y

Essas máquinas maravilhosas

Leonardo Pelucci Machado, que é orto-pedista pediátrico dos Hospitais Universi-tário Ciências Médicas e São Lucas e cola-borador do Museu da Força Expedicionária Brasileira, Seção BH-MG, entre outros car-gos, diz que “sempre fui atraído pelos Jeeps e pela história da II Guerra Mundial’

Seu veículo de Coleção é um Jeep Willys MB, Modelo 1942, americano. “O cuidado é permanente, mas possuo um grande ami-go, Carlos Daher, com o mesmo interesse e com uma oficina que nós mesmos utiliza-

mos para a manutenção das viaturas, tor-nando o custo menos dispendioso.’

Pelucci explica que “há quatro anos nosso ‘Elizabeth’ participa dos eventos no Exército Brasileiro, nos desfiles de Sete de Setembro, várias exposições e dois eventos muito interessantes, as Colunas da Vitó-ria, em 2014 e 2015. Na primeira Coluna fizemos um deslocamento com o apoio do Exército Brasileiro de São João del-Rei até o Rio de Janeiro, quando 60 viaturas chega-ram ao Monumento aos Mortos na Segun-da Guerra Mundial, no Aterro do Flamen-go. A segunda Coluna foi um deslocamento com apoio do Exército e Aeronáutica de Cristalina-GO até o Distrito Federal, onde fomos parte integrante do Desfile Cívico de 7 de setembro na Esplanada.” Entretanto, diz, nunca participou de concursos.

Ele destaca que “muito mais que rela-xar e distrair é permitir a participação da família, podendo elevar o civismo e honrar a memória dos nossos pracinhas, verdadei-ros heróis que o Brasil negligenciou. ”

Segundo ele, “cada pessoa precisa de uma válvula de escape. Cabe a cada um descobrir o que mais produz este efeito”.

Pelucci lembra que o seu veículo saiu re-centemente em uma revista de modelismo para servir de fonte para montagem de uma miniatura de jeeps.

Já o colega Sérgio Nogueira Drumond Júnior, diretor científico de doenças osteo-metabolicas e membro da Sociedade Bra-sileira de Quadril, afirma que “o interesse surgiu desde um ano de idade, pelo fascínio que tem pelos automóveis, que vai desde a admiração pelo design e barulho dos car-ros, que lhes conferem uma personalidade”

Ele tem um automóvel Gazela 1982, ré-plica da Mercedes 1929, e um Alfa Romeu 1998 - 156 desenhado pela Pinifarina. A cada dois anos vai no Encontro Nacional de Carros Antigos de Araxá/MG, e no En-contro de Águas de Lindóia/SP.

“Não cheguei a ganhar prêmios, mas sempre ganho elogios pelos carros em toda exposição, ou até na voltinha no quartei-rão”, comenta.

Sérgio Drumond frisa que “apesar de exigir uma certa dedicação com a manu-tenção, traz uma satisfação pelo simples fato de poder admirá-los e compará-los com os carros atuais”

Ele sugere esse tipo de hobby para os colegas ortopedistas e ressalta: “quando es-tiverem passeando no seu carro antigo, po-dem voltar no tempo e lembrar das coisas boas que já passaram”. E alerta, qualquer hobby exige dedicação e esse, principal-mente, para manter o carro sempre em condições de uso”.

A paixão por automóveis é bastante conhecida. Se não for por causa da velocidade, do ronco do motor ou pela adrenalina, é sem dúvida alguma pelos modelos que fazem a cabeça de muitos colecionadores. Nessa edição, o jornal da SBOT Minas conversou com os colegas Leonardo Pelucci Machado e Sérgio Drumond Junior, que têm como hobby colecionar e cuidar dessas incríveis máquinas.

Dr. Sérgio Drumond Júnior

Um estudo independente publicado no JBJS (BR) analisou os registros das Medidas de Desfechos Relatados pelo Paciente (PROMs) de 22.691 substituições totais de joelho primárias.

A marca do implante foi o único fator cirúrgico controlável* a afetar a magnitude das melhoras nas PROMs.

As maiores melhoras – tanto pelo OKS, quanto pelo EQ-5D – foram notadas com o Implante de Joelho NexGen em comparação com todos os outros tipos de implante1.

Embora o efeito de fatores cirúrgicos fossem menores do que os de fatores de paciente, o efeito da marca NexGen sobre as melhoras nas PROMs foi estatisticamente significativo (P <0,001)1.

Mudar a marca do implante para NexGen também demonstrou aumentar as melhoras nas PROMs. Partridge et al. relataram que as melhores médias no OKS aumentaram 2,4 pontos após uma mudança de implante para a marca NexGen3.

NexGen Marca 1 Marca 2 Marca 3 Marca 4 Outras

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Medidas de Desfechos Relatados pelo Paciente por marca2

*Fatores controláveis são quaisquer fatores influenciáveis pelo controle do cirurgião.

1. Baker, P.N., et al. The effect of surgical factors on early patient-reported outcome measures (PROMs) following total knee replacement. J Bone Joint Surg Br. 2012;94:1058.2. Gráfico produzido a partir dos números apresentados no Baker paper JBJS Br (2012) (nº 1, acima). Trata-se de uma representação pictórica da tabela que se encontra no artigo. 3. Partridge, Thomas et al. Improving Patient Reported Outcome Measures in Total Knee Replacement by Changing Implant: A Quality Improvement Project. EFORT #3259 2015.

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