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Página 1 de 15 PAISAGENS SUSTENTÁVEIS DA AMAZÔNIA GEF ASL Acordo de Doação Nº TFOA 6056 Projeto Nº P158000 TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA PESSOA JURÍDICA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE MANEJO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL IGARAPÉ SÃO FRANCISCO, NO ESTADO DO ACRE 1. DESCRIÇÃO DO OBJETO 1.1. Este Termo de Referência se refere à contratação de serviços de consultoria para elaboração do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Igarapé São Francisco, no estado do Acre. 2. ANTECEDENTES 2.1. Este Termo de Referência será executado no âmbito do Projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia. O Projeto Paisagens Sustentáveis na Amazônia é um projeto financiado pelo GEF (Global Environment Facility) e está inserido dentro de um programa regional voltado especificamente para a Amazônia, envolvendo Brasil, Colômbia e Peru. O Banco Mundial é a agência implementadora do programa, apresentando como diretriz principal a visão integrada do bioma Amazônico, de modo a promover sua conectividade entre os três países integrantes. No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Biodiversidade (SBio/MMA), é a instituição coordenadora do projeto, responsável pela supervisão, coordenação institucional e monitoramento da implementação. 2.2. O Projeto Paisagens Sustentáveis na Amazônia está alinhado com os objetivos estratégicos do GEF de melhorar a sustentabilidade dos sistemas de Áreas Protegidas, reduzir as ameaças à biodiversidade, recuperar áreas degradadas, aumentar o estoque de carbono, desenvolver boas práticas de manejo florestal e fortalecer políticas e planos voltados à conservação e recuperação. 2.3. A Conservação Internacional (CI-Brasil) é uma organização privada, sem fins lucrativos, de caráter técnico-científico. Fundada em 1987, com presença em mais de 30 países distribuídos por quatro continentes. Tem como missão promover o bem-estar humano, fortalecendo a sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza, amparada em uma base sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. A CI-Brasil é a agência executora do projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (PSAM). 2.4. Fazem parte do arranjo para a gestão do projeto as Unidades Operativas (UO). No estado do Acre, tal atribuição compete à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), responsável pelo acompanhamento da implementação técnica das estratégias e execução dos Planos Operativos Anuais (POAs) e Planos de Aquisição e Contratação do Projeto (PACs). 2.5. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente SEMA tem a competência de elaborar, coordenar e supervisionar a execução de políticas públicas referentes às Unidades de Conservação de Proteção Integral e as de Uso Sustentável no Estado do Acre. A SEMA é responsável por gerir nove Unidades de Conservação na esfera estadual, além de contribuir com a gestão de

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PAISAGENS SUSTENTÁVEIS DA AMAZÔNIA – GEF ASL

Acordo de Doação Nº TFOA 6056

Projeto Nº P158000

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS DE

CONSULTORIA PESSOA JURÍDICA PARA ELABORAÇÃO DO PLANO DE

MANEJO DA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL IGARAPÉ SÃO FRANCISCO, NO

ESTADO DO ACRE

1. DESCRIÇÃO DO OBJETO

1.1. Este Termo de Referência se refere à contratação de serviços de consultoria para elaboração

do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) Igarapé São Francisco, no estado

do Acre.

2. ANTECEDENTES

2.1. Este Termo de Referência será executado no âmbito do Projeto Paisagens Sustentáveis da

Amazônia. O Projeto Paisagens Sustentáveis na Amazônia é um projeto financiado pelo GEF

(Global Environment Facility) e está inserido dentro de um programa regional voltado

especificamente para a Amazônia, envolvendo Brasil, Colômbia e Peru. O Banco Mundial é

a agência implementadora do programa, apresentando como diretriz principal a visão

integrada do bioma Amazônico, de modo a promover sua conectividade entre os três países

integrantes. No Brasil, o Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de

Biodiversidade (SBio/MMA), é a instituição coordenadora do projeto, responsável pela

supervisão, coordenação institucional e monitoramento da implementação.

2.2. O Projeto Paisagens Sustentáveis na Amazônia está alinhado com os objetivos estratégicos

do GEF de melhorar a sustentabilidade dos sistemas de Áreas Protegidas, reduzir as ameaças

à biodiversidade, recuperar áreas degradadas, aumentar o estoque de carbono, desenvolver

boas práticas de manejo florestal e fortalecer políticas e planos voltados à conservação e

recuperação.

2.3. A Conservação Internacional (CI-Brasil) é uma organização privada, sem fins lucrativos, de

caráter técnico-científico. Fundada em 1987, com presença em mais de 30 países distribuídos

por quatro continentes. Tem como missão promover o bem-estar humano, fortalecendo a

sociedade no cuidado responsável e sustentável para com a natureza, amparada em uma base

sólida de ciência, parcerias e experiências de campo. A CI-Brasil é a agência executora do

projeto Paisagens Sustentáveis da Amazônia (PSAM).

2.4. Fazem parte do arranjo para a gestão do projeto as Unidades Operativas (UO). No estado do

Acre, tal atribuição compete à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), responsável

pelo acompanhamento da implementação técnica das estratégias e execução dos Planos

Operativos Anuais (POAs) e Planos de Aquisição e Contratação do Projeto (PACs).

2.5. A Secretaria de Estado de Meio Ambiente – SEMA tem a competência de elaborar, coordenar

e supervisionar a execução de políticas públicas referentes às Unidades de Conservação de

Proteção Integral e as de Uso Sustentável no Estado do Acre. A SEMA é responsável por

gerir nove Unidades de Conservação na esfera estadual, além de contribuir com a gestão de

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unidades federais e terras indígenas. Essa gestão na SEMA, é centralizada na Divisão de

Áreas Naturais Protegidas e Biodiversidade (DAPBio) e no Núcleo do Etnozoneamento.

2.6. A APA Igarapé São Francisco foi criada em junho de 2005 pelo Decreto Estadual n° 12.310,

com uma área de 30.004,125 ha.

2.7. Dentro do componente voltado a consolidar e melhorar a gestão de Unidades de

Conservação já existentes na Amazônia, no âmbito do PSAM, a elaboração do Plano de

Manejo da UC se faz necessária visto que, segundo o Art. 2, Inc. XVII (Lei nº 9.985, de 18

de julho de 2000), é o documento técnico mediante o qual, com fundamento nos objetivos

gerais de uma Unidade de Conservação, se estabelece o seu zoneamento e as normas que

devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das

estruturas físicas necessárias à gestão da unidade.

2.8. Segundo o §3º do artigo 27 da Lei n° 9.985 de 2000, a elaboração do Plano de Manejo deve

ser feita no prazo de cinco anos a partir da data de criação da UC. Levando em consideração

que a APA Igarapé São Francisco foi criada em 2005, torna-se ainda mais urgente a elaboração

do mesmo.

3. UNIDADE DEMANDANTE

3.1. A unidade demandante desta contratação é a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Acre

– SEMA AC.

3.2. Enquadramento da Contratação com a Vinculação ao Projeto

3.2.1. A presente contratação enquadra-se no Componente II do projeto, denominado

“Gestão Integrada da Paisagem: Promover a gestão integrada e a conectividade de áreas

protegidas, atuando nas regiões de entorno e interstício entre as UCs”, e na Estratégia

“Consolidar a Gestão das UCs”. Essa ação está em consonância com o objetivo de

Desenvolvimento do Projeto (ODP) que é "expandir a área sob proteção legal e melhorar

o gerenciamento de Unidades de Conservação e aumentar a área sob restauração e

manejo sustentável na Amazônia brasileira".

4. OBJETIVO DA CONTRATAÇÃO

4.1. Contratação de serviços de consultoria de pessoa jurídica para elaborar o Plano de Manejo

da Área de Proteção Ambiental do Igarapé São Francisco – APA Igarapé São Francisco.

5. DA NECESSIDADE E DA JUSTIFICATIVA DA CONTRATAÇÃO

5.1. Segundo o SNUC (Lei nº 9.985/2000), os principais instrumentos de gestão de Unidades de

Conservação (UCs) são o conselho gestor e o plano manejo. A Secretaria de Estado de Meio

Ambiente – SEMA/AC tem a atribuição de criar e gerir as unidades de conservação estaduais,

apoiar/subsidiar os estudos técnicos de áreas para a criação de UCs, na elaboração de Planos

de Gestão e Planos Operativos Anuais (POAs), além de promover a formação de conselhos

gestores no âmbito do Sistema Estadual de Áreas Naturais Protegidas (SEANP).

5.2. A Área de Proteção Ambiental (APA) Igarapé São Francisco foi criada em junho de 2005

pelo Decreto Estadual n° 12.310. É Unidade de Conservação de uso sustentável, com uma

área de 30.004,125 ha. A maior porção da APA está localizada no município de Rio Branco,

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sendo que parte situa-se no município do Bujari. É considerada uma das bacias prioritárias

para a conservação por conter um dos principais afluentes do rio Acre em Rio Branco.

5.3. São objetivos da APA Igarapé São Francisco, conforme art. 3° do Decreto de criação:

5.3.1. a preservação e a recuperação dos remanescentes da biota local;

5.3.2. a proteção e a recuperação do Igarapé São Francisco e demais cursos d'água e do seu

entorno;

5.3.3. ordenar a ocupação das áreas de influência do Igarapé São Francisco;

5.3.4. fomentar a educação ambiental, a pesquisa científica e a conservação dos valores

ambientais, culturais e históricos;

5.3.5. proteger os atributos naturais, a diversidade biológica, os recursos hídricos e o

patrimônio espeleológico, assegurando o caráter sustentável da ação antrópica na região,

com particular ênfase na melhoria das condições de sobrevivência e qualidade de vida

das comunidades residentes e entorno.

5.4. Visando assegurar o cumprimento dos objetivos de criação da APA Igarapé São Francisco,

este termo de referência tem por objetivo a contratação de empresa para realizar estudos e

elaborar o plano de manejo da unidade. O presente trabalho deverá abranger, em termos

geográficos, toda a área da UC e região de entorno.

6. ABRANGÊNCIA/LOCAL DE REALIZAÇÃO DAS AÇÕES DO TDR

6.1. O trabalho deverá abranger toda a área da APA (Figura 1) e considerar também a sua área de

influência, considerando demais áreas protegidas, visando a identificação de corredores

biológicos, mosaicos existentes ou de áreas propícias para sua instalação, assim como de

atividades potencialmente impactantes.

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Figura 1. Mapa da Área de Proteção Ambiental Igarapé São Francisco

7. ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS

7.1. Atividade 1. Elaborar plano de trabalho e apresentá-lo à Contratante.

7.1.1. Elaborar plano de trabalho.

7.1.2. Realizar reunião para apresentação do plano de trabalho à Contratante bem como para

organização do planejamento entre os integrantes da equipe de trabalho da empresa e da

equipe da SEMA responsável pelo plano de Gestão/Manejo.

7.1.3. Consolidar o plano de trabalho e realizar eventuais ajustes solicitados pela Contratante.

7.2. Atividade 2. Realizar levantamento bibliográfico

7.2.1. Realizar levantamento, sistematização e análise das informações secundárias

disponíveis para APA Igarapé São Francisco utilizando-se de revisões bibliográficas,

trabalhos já realizados, incluindo estudos não publicados, contendo dados sobre o contexto

socioambiental (aspectos físicos, biológicos, sociais, culturais e econômicos) e considerando

o contexto federal, estadual e regional.

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7.3. Atividade 3. Realizar oficinas preparatórias para elaboração do plano de manejo da APA

Igarapé São Francisco

7.3.1. Gerar imagem na escala 1:25.000 para os limites da APA Igarapé São Francisco;

7.3.2. Realizar 02 oficinas com as comunidades e Comitê Gestor da APA Igarapé São

Francisco sobre a temática de planejamento e gestão de unidades de conservação, focando o

papel da sociedade civil na elaboração e implementação do plano de manejo e discutindo a

proposta de trabalho (oficinas de um dia, com estimativa de 30 pessoas cada);

7.3.3. Submeter à apreciação da equipe de planejamento o relatório das oficinas e a

consolidação das informações levantadas nesta etapa.

7.4. Atividade 4. Realizar diagnóstico do meio biótico da APA Igarapé São Francisco

7.4.1. Levantar informações biológicas primárias a partir de metodologias de Avaliação

Ecológica Rápida (AER) dentro dos limites da APA Igarapé São Francisco contemplando:

7.4.1.1. Caracterização da vegetação:

i. Mapeamento e descrição das fitofisionomias presentes na APA Igarapé São

Francisco, na escala de 1:50.000, de acordo com a classificação utilizada

no ZEE/Acre, com amostragens de campo para cada uma. O esforço

amostral deve ser de no mínimo 15 dias;

ii. Inventário das espécies arbóreas encontradas em cada fitofisionomia,

considerando a densidade de cada espécie. Apontar épocas de floração;

iii. Classificação das espécies que ocorrem na área, segundo seu status de

conservação e grau de endemismo, observando as espécies ameaçadas, em

perigo de extinção e em extinção, bem como, as espécies raras, endêmicas,

bioindicadoras, espécies-chave, de importância econômica e ecológica,

espécies invasoras e espécies novas;

iv. Sugerir indicadores florísticos para o zoneamento da APA Igarapé São

Francisco;

v. Identificar e espacializar os tipos de pressão existentes sobre a vegetação

floresta;

vi. Identificar áreas degradadas e descrever seu estado de degradação;

vii. Levantar histórico de desmatamento e uso do fogo dentro da APA e em seu

entorno imediato;

viii. Listar os potenciais recursos florestais não madeireiros e madeireiros a

partir do mapeamento da abundância destes recursos dentro da APA

Igarapé São Francisco, bem como as ameaças existentes.

7.4.1.2. Caracterização da fauna (mastofauna, herpetofauna, avifauna e ictiofauna)

i. Realizar expedições de campo para o levantamento da mastofauna,

herpetofauna, avifauna e ictiofauna da APA e entorno, de acordo com um

cronograma que considere a ocorrência esperada dos grupos a serem

analisados em função do regime sazonal;

ii. Georreferenciar dados pontuais dos registros dos espécimes para permitir

sua espacialização e apresentá-los em mapas de distribuição de espécies que

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ocorrem na UC e entorno. A equipe técnica da APA Igarapé São Francisco,

sempre que possível, acompanhará as atividades de levantamentos e

processamento, a fim de permitir a replicação das metodologias para fins de

monitoramento e avaliações futuras da UC.

iii. Classificar, caracterizar e apresentar considerações sobre as populações de

espécies existentes na APA Igarapé São Francisco e entorno, como: riqueza

de espécies, espécies novas, raras, vulneráveis, em perigo, ameaçadas de

extinção e em extinção, endêmicas, exóticas, invasoras, migratórias, e

espécies indicadoras de qualidade ambiental;

iv. Identificar as espécies que sofrem pressões decorrentes de alterações

ambientais, pesca, caça, extração e coleta;

v. Identificar os tipos de pressão que vem sendo exercida sobre a fauna,

indicando na base-cartográfica os principais pontos onde isso se verifica;

vi. Levantar estratégias para garantir a proteção de espécies ameaçadas a longo

prazo;

vii. Apresentar sugestões de manejo da fauna e zoneamento, especialmente para

situações específicas como visualização por turistas, ameaças do entorno

(caça, pesca, perda de habitat, etc.), locais com restrições de uso e outras

que forem procedentes;

viii. Identificar espécies que possam ser consideradas alvo para incremento de

ações visando a sua conservação e proteção, com a devida justificativa,

analisando as ameaças potenciais, bem como identificar habitats ou áreas da

APA e entorno importantes para sua viabilidade e reprodução;

ix. Citar os hábitos alimentares, reprodutivos, relações intra e interespecíficas,

relações com a vegetação, relevo e corpos d'água na APA Igarapé São

Francisco, quando possível, e outros aspectos que forem julgados

procedentes;

x. Apresentar uma lista de espécies com a nomenclatura, observando o nome

científico, nome vulgar, hábitat, hábitos, forma de constatação, pontos de

ocorrência, bem como outras informações consideradas pertinentes;

xi. Apresentar avaliações e recomendações sobre a suficiência da área da APA

Igarapé São Francisco para garantir a proteção das espécies de fauna;

xii. Indicar informações e materiais de interpretação e educação ambiental;

xiii. Indicar futuras pesquisas, principalmente enfocando áreas suscetíveis,

espécies raras e/ou ameaçadas de extinção e outras, com base nas lacunas

do conhecimento da diversidade de fauna e flora na área.

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7.5. Atividade 5. Realizar caracterização do meio físico da APA Igarapé São Francisco

7.5.1. Identificar os atributos e fragilidades do meio físico da APA referentes ao clima,

geologia, geomorfologia, solos, recursos hídricos superficiais e subsuperficiais,

eventos extremos, queimadas, histórico de desmatamento;

7.5.2. Caracterizar a influência da ocupação humana na modificação dos processos

ambientais em curso, as áreas degradadas por intervenções antrópicas e identificar a

existência de passivos ambientais na APA;

7.5.3. Avaliar a susceptibilidade do meio físico: formação, evolução e fragilidade dos

ambientes da APA, e apresentar um relatório com a documentação fotográfica e

descrição do meio físico.

7.6. Atividade 6. Realizar diagóstico socioeconômico e cultural da APA Igarapé São Francisco,

contendo:

7.6.1. Aspectos socioeconômicos

7.6.1.1. Traçar o perfil socioeconômico da região com base em dados secundários e

levantamento de campo, destacando indicadores como faixa etária, gênero,

renda, escolaridade e ocupação. Apontar a distribuição rural/urbana e os fluxos

migratórios, levando em conta a dinâmica populacional na região. Para o

levantamento de dados socioeconômicos primários, sugere-se a utilização do

questionário aplicado para elaboração dos Planos de Desenvolvimento

Comunitários (PDC) – utilizado pela Sema/AC, para efeito de padronização de

dados e formação de banco de dados sobre a APA;

7.6.1.2. Registrar tendências e vetores de crescimento dos núcleos populacionais e das

mudanças de uso e ocupação do solo;

7.6.1.3. Avaliar as condições e infraestrutura existentes de saneamento básico no

contexto da APA e levantar informações sobre atividades de educação

ambiental nas escolas;

7.6.1.4. Apresentar levantamento de políticas públicas federais, estaduais e municipais

incidentes sobre a área e entorno ou sobre a população da UC;

7.6.1.5. Examinar a relação da comunidade com a APA e indicar as organizações,

associações e/ou cooperativas que atuam na UC, incluindo dados para contato;

7.6.1.6. Sistematizar as informações e apresentá-las na forma de tabelas e

georreferenciadas que sintetizem os aspectos socioeconômicos e utilizem os

setores censitários como unidade de análise. Todo esse material deverá ser

sistematizado, consolidado e espacializado em mapa em escala de 1:50.000 no

mínimo.

7.6.2 Situação fundiária

7.6.2.1 Realizar levantamento da situação fundiária da UC e do seu entorno,

identificando: proprietários/terceiros localizados no interior da Unidade e no

seu entorno; o tipo de uso e ocupação; a existência de invasores, posseiros,

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vilas e comunidades tradicionais na UC; identificar possíveis limites de

sobreposição da UC com outras áreas, as ameaças e expansão urbana;

7.6.2.2. Recomendar ações e alternativas para a regularização fundiária e/ou

redelimitação da área.

7.6.3. Uso e ocupação do solo e problemas ambientais decorrentes

7.6.3.1. Identificar os diferentes usos e formas de ocupação do solo, tanto formações

naturais quanto áreas antropizadas, áreas de risco e áreas de remanescentes

naturais. Além de identificar as mudanças no uso do solo registradas na APA,

produzir mapa temático com as representações das diferentes formas de

utilização e ocupação do solo local;

7.6.3.2 Identificar as principais atividades econômicas (agrícolas, pecuárias, minerais,

industriais, turísticas, imobiliárias etc) desenvolvidas na APA, suas tendências,

os impactos ambientais decorrentes, bem como empreendimentos de

infraestrutura previstos para a região (estradas, ramais, linhas de transmissão,

pequenas centrais hidrelétricas etc);

7.6.3.3. Identificar instrumentos de planejamento territorial incidentes sobre a APA,

tais como o Plano Diretor do município de Rio Branco;

7.6.3.4. Apontar as UCs cujos limites se sobrepõem aos da APA e aquelas que

coexistem em seu entorno. Além disso, descrever brevemente os mosaicos de

UCs dos quais a APA faz parte ou poderia fazer.

7.6.3.5. Levantar alternativas para aquelas atividades que impactem

negativamente a UC.

7.6.4. Aspectos culturais e históricos da região

7.6.4.1. Levantar informações sobre a colonização da região, sua história recente e

suas manifestações culturais (cultura popular, religião, música, teatro,

literatura, gastronomia), bem como formas de usos tradicionais dos recursos

naturais;

7.6.4.2. Mapear a presença de sítios arqueológicos e históricos, contendo uma

avaliação de sua importância científica, histórica e cultural.

7.7. Atividade 7. Identificar potencialidades de cooperação e apoio institucional

7.7.1. Sob dois diferentes enfoques (ambiental e institucional), identificar as possibilidades

reais e potenciais que a APA terá, em curto, médio e longo prazos, de estabelecer parcerias

municipais, estaduais ou federais para sua gestão e, com isso, ampliar a efetividade da

proteção da sua biodiversidade e a conectividade com outras UCs. Nesse sentido, espera-se

da contratada:

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7.7.2. Fazer um levantamento dos processos que tratam de parcerias, quando existentes;

identificar e qualificar os parceiros institucionais, públicos e privados; e descrever as

atividades implementadas e os projetos e programas de cooperação (objetivos, metas, plano

de atividades, recursos envolvidos, duração e etc);

7.7.3. Descrever as atividades na área de meio ambiente que outras instituições

(governamentais e não governamentais) desenvolvem na APA Lago Igarapé São Francisco,

como campanhas educativas e programas de coleta seletiva de lixo.

7.8. ATIVIDADE 8. ELABORAR PROPOSTA DE ZONEAMENTO DA UC

7.8.1. Elaborar pré-proposta de zoneamento a partir dos insumos levantados na etapa de

diagnóstico.

7.8.2. Organizar, no mínimo 2 (duas) oficinas abertas para a comunidade (com duração de até

dois dias, e estimativa de 30 pessoas cada), em locais acordados conjuntamente com a

equipe de planejamento, para apresentação dos resultados do diagnóstico. A contratada

deverá utilizar metodologia (dinâmica) participativa para o mapeamento da unidade, a

definição e a normatização do uso do território onde então serão identificadas e definidas

as zonas. A pré-proposta de zoneamento da UC deverá ser consolidada pela contratada e

apresentada posteriormente na Oficina de Planejamento.

7.8.3. O zoneamento da UC será elaborado com a identificação da definição, descrição e

delimitação das zonas, seus objetivos gerais e específicos, bem como suas normas de uso-

atividades permitidas, restrições e recomendações. A proposta de zonas de amortecimento

será apresentada na oficina de planejamento para contribuições finais e consolidação.

7.8.4. A definição das zonas de amortecimento da UC será estabelecida conforme a legislação

vigente.

7.9. ATIVIDADE 9. ELABORAR PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

7.9.1. Organizar uma oficina aberta para a comunidade e membros do Conselho Gestor (até um

dia de duração, com estimativa de 50 pessoas), em local acordado conjuntamente com a

equipe de planejamento. Nesta oficina será apresentada a proposta consolidada de

zoneamento para contribuições.

7.9.2. Organizar e realizar o Planejamento Estratégico, em conjunto com a equipe de

planejamento da SEMA, que deverá ter como resultado o Plano de Manejo da APA

Igarapé São Francisco.

7.9.2.1. O Plano de Manejo da APA Igarapé São Francisco deverá ser estruturado de

acordo com a nova metodologia empregada pelo Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade (ICMBIO)1, contendo:

1 Roteiro metodológico para elaboração e revisão de planos de manejo das unidades de conservação federais, disponível

em:

http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/comunicacao/downloads/roteiro_metodologico_elaboracao_revisao_pla

no_manejo_ucs.pdf

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a. Lista de espécies da flora;

b. Lista de espécies da fauna;

c. Relatórios das oficinas participativas do diagnóstico, contendo fotografias e

nomes dos participantes;

d. Resumo de séries históricas de dados meteorológicos, hidrológicos;

e. Declaração de Propósito da UC

f. Declaração de Significância

g. Recursos e Valores Fundamentais

h. Subsídios para a Interpretação Ambiental

i. Sistema de informação geográfica

j. Avaliação da necessidade de planejamento e dados

k. Zoneamento da APA Igarapé São Francisco

l. Atos legais, administrativos e normas

m. Planos setoriais

n. Monitoramento e avaliação

7.9.3. Elaborar um resumo executivo do plano direcionado para o público em geral, com

linguagem acessível e apresentando as informações de forma resumida e objetiva. Os

seguintes temas devem ser contemplados: contexto regional, conceitos e objetivos da

UC, legislações relacionadas, características gerais, mapas de localização,

diagnósticos, zoneamento da UC e programas de gestão e as ações estratégicas

definidas, destacando sua importância para a conservação da sociobiodiversidade.

7.9.4. Elaborar uma cartilha do plano direcionada para o público em geral, em linguagem

acessível às comunidades locais, com base no resumo executivo;

7.9.5. Organizar, no mínimo, um seminário aberto para a comunidade e membros do

Conselho Gestor (um dia de duração, estimativa de 50 pessoas), em local acordado

conjuntamente com a equipe de planejamento, a fim de apresentar o Plano de Manejo

e entregar o Resumo Executivo.

8. PRODUTOS ESPERADOS

8.1. Todos os produtos devem ser entregues impressos e em mídia digital com os mapas e registros

fotográficos de todas as etapas do Plano de Manejo, contendo a memória das reuniões

realizadas.

8.1.1. Produto 1 - Plano de Trabalho

8.1.1.1. O Plano de Trabalho – PT deverá apresentar de maneira detalhada as etapas,

atividades e ações a serem executadas pela contratada, devendo o mesmo ser

discutido e acordado com a equipe gestora da UC e com a com a Divisão de Áreas

Naturais Protegidas e Biodiversidade (DAPBio/SEMA). O PT deverá conter

cronograma físico de execução para o desenvolvimento das atividades, descrição da

equipe envolvida por atividade do projeto, e os modelos de documentos/instrumentos

que serão gerados.

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8.1.2. Produto 2 – Caracterização da APA Igarapé São Francisco a partir de

levantamento bibliográfico e sistematização dos resultados das oficinas

8.1.2.1. O produto 2 deverá conter os resultados das atividades descritas nos itens 7.2

e 7.3 deste Termo de Referência.

8.1.3. Produto 3 – Diagnósticos dos meios biótico e abiótico e diagnóstico socioeconômico

da APA Igarapé São Francisco

8.1.3.1. O produto 3 deverá conter os resultados das atividades descritas nos itens 7.4,

7.5 e 7.6 deste Termo de Referência.

8.1.4. Produto 4 – Proposta preliminar de zoneamento da APA Igarapé São Francisco e

caracterização das potencialidades de cooperação e apoio institucional

8.1.4.1. O produto 4 deverá conter os resultados das atividades descritas nos itens 7.7

e 7.8 deste Termo de Referência.

8.1.5. Produto 5 - Plano de Manejo da APA Igarapé São Francisco

8.1.5.1. O produto 5 deverá conter os resultados das atividades descritas no item 7.9

deste Termo de Referência.

8.1.5.2. O Plano de Manejo revisado deverá ser entregue juntamente com o resumo

executivo e a cartilha, conforme descrito nos itens 7.9.3 e 7.9.4.

9. INSUMOS DISPONÍVEIS PARA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

9.1. A SEMA disponibilizará documentação e publicações existentes no âmbito estadual e que

sejam consideradas relevantes para a execução dos serviços, bem como fornecerá à empresa

contratada acesso aos dados existentes, indicação dos nomes, endereços e telefones de

lideranças locais e representantes do Conselho Gestor da APA de forma a colaborar no processo

de articulação e mobilização local.

9.2. Todas as despesas para a elaboração de documentos, deslocamentos terrestres, fluviais e

aéreos, hospedagem, alimentação, locação de espaços e equipamentos, material de escritório,

mobilização social, comunicações da equipe técnica correrão por conta da empresa contratada,

assim como as despesas com a realização das oficinas participativas de planejamento, avaliação

e validação, e deverão ser incluídos na proposta de preço.

10. APRESENTAÇÃO DOS PRODUTOS

10.1. Os produtos deverão ser apresentados em versão preliminar para serem analisados pela

contratante. Todas as modificações e recomendações efetuadas pela equipe técnica da SEMA

referentes aos produtos preliminares deverão ser incorporadas aos documentos, para que

possam ser aprovados e entregues em sua versão final. O pagamento será efetuado somente

após a entrega e aprovação dos produtos em sua versão final, entregues em formato digital e

impresso.

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10.2. As informações e imagens geradas nas atividades inerentes a este TdR devem ser organizadas

em banco de dados georreferenciados e entregue junto com o Plano de Manejo.

10.3. Todos os produtos deverão ser escritos em língua portuguesa, observando as normas

estabelecidas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vigentes no momento

da elaboração do Plano de Manejo.

10.4. Todas as versões preliminares dos documentos deverão ser entregues em duas vias impressas

e uma em meio digital e a versão final do Plano de Manejo, bem como o seu Resumo Executivo,

em cinco vias originais impressas. A versão final (o boneco) da cartilha deverá ser entregue em

uma via original impressa e em formato digital, ficando a SEMA responsável por sua

reprodução.

10.5. Todo o material cartográfico georreferenciado deverá ser entregue em meio digital em CD ou

pendrive, na escala e formatos das NB apropriados para apresentar as informações, discutidos

e aprovados junto à equipe de trabalho. Os arquivos em formato digital deverão estar nas

extensões shapefile (shp), banco de dados (dbf) e apr (extensão do ambiente de projeto),

considerando que as informações cartográficas serão georreferenciadas e compatíveis com os

programas ARCINFO ou ARCVIEW (3.3). Para as etapas das oficinas e seminário, os mapas

a serem utilizados nas atividades deverão ser impressos.

10.6. Nos produtos em que forem apresentados mapas, deverá ser descrita a metodologia de

espacialização dos dados, contendo: descrição geral dos arquivos produzidos, procedimentos

adotados para a digitalização de dados cartográficos, escala, data e fonte dos dados (mapa em

papel, imagens de satélite etc.), data da digitalização dos dados cartográficos, projeção

cartográfica utilizada e todos os parâmetros da cartografia sistemática necessários para sua

interpretação em relação ao globo terrestre (datum - SAD 69, meridiano central e zona).

10.7. O mapa deverá conter título, local, data, legenda, fonte, escala (numérica ou gráfica), norte

geográfico, coordenadas geográficas ou UTM, localização geográfica em relação ao Estado ou

Município em questão e, responsável técnico (quem construiu o mapa). Os créditos devem

incluir a logomarca da SEMA.

11. PRAZO DE DURAÇÃO DO CONTRATO

11.1. A vigência do contrato será de 365 (dias) a partir da assinatura das partes envolvidas.

12. DO CRONOGRAMA DE ENTREGA DOS PRODUTOS E DE DESEMBOLSO

12.1. Os prazos de entrega dos produtos e as respectivas parcelas de pagamento estão listados no

Quadro 1.

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Quadro 01: Prazo de entrega de produtos e parcelamento do pagamento

N° Produto Descrição

Prazo de entrega

(dias a partir da

assinatura do contrato)

Parcela

1 Produto 1 Plano de Trabalho 20 0%

2 Produto 2

Caracterização da APA Igarapé São

Francisco a partir de levantamento de

informações secundárias e sistematização

dos resultados das oficinas

90 20%

3 Produto 3

Diagnósticos dos meios biótico e abiótico

e diagnóstico socioeconômico da APA

Igarapé São Francisco

240 30%

4 Produto 4

Proposta preliminar de zoneamento da

APA Igarapé São Francisco e

caracterização das potencialidades de

cooperação e apoio institucional

270 20%

5 Produto 5

Plano de Manejo da APA Igarapé São

Francisco com resumo executivo e

cartilha

330 30%

13. QUALIFICAÇÃO/PERFIL EXIGIDO

13.1. O licitante deverá possuir experiência mínima comprovada de pelo menos 3 anos com

trabalhos envolvendo:

a) metodologias participativas, facilitação gráfica e treinamentos;

b) levantamentos de campo (socioeconômicos e ambientais);

c) elaboração de planos de manejo de unidades de conservação no bioma Amazônia;

d) execução de projetos na área ambiental que tenham interface com a sociedade civil

organizada e órgãos públicos.

13.2. Equipe Prevista

13.2.1. A equipe mínima deve ser composta por profissionais que tenham a formação exigida

pelo Termo de Referência e possua qualificação necessária para executar as atividades previstas como

mostra o quadro a seguir.

Quadro 2: Descrição do perfil técnico exigido para cada profissional da equipe.

Profissional Qtde Função Perfil Técnico

Coordenador geral 1

Responsável pela

coordenação geral dos

trabalhos, elaboração do

Plano de Manejo e cartilha.

Profissional de nível superior com mestrado ou

doutorado em área relacionada ao objeto deste

Termo de Referência, com experiência de pelo

menos 3 anos em atividades de coordenação ou

supervisão geral de elaboração de Plano de Manejo,

preferencialmente em UCs do bioma amazônico.

Ter experiência com planejamento ambiental e

metodologias participativas.

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Coordenador meio

físico 1

Responsável pelo

diagnóstico da hidrografia,

solo, relevo e

geomorfologia e pela

elaboração dos mapas.

Profissional de nível superior formado em

geografia, geologia ou áreas afins e experiência

comprovada de pelo menos 3 anos na área de

estudos no bioma amazônico e em

geoprocessamento.

Coordenador meio

biótico 1

Responsável pela

consolidação dos dados

dos diagnósticos bióticos

por meio de análise

integrada dos componentes

do meio biótico

Profissional de nível superior formado em biologia

ou áreas afins, com experiência de no mínimo 3 anos

em coordenação de elaboração de diagnósticos de

meio biótico para planos de manejo em unidades de

conservação.

Especialista 1 1

Responsável pela

elaboração do diagnóstico

da ictiofauna.

Profissional de nível superior formado em biologia

ou áreas afins, com experiência de no mínimo 2 anos

em levantamentos da ictiofauna no bioma

amazônico.

Especialista 2 1

Responsável pela

elaboração do diagnóstico

da mastofauna.

Profissional de nível superior formado em biologia

ou áreas afins, com experiência de no mínimo 2 anos

em levantamentos da mastofauna no bioma

amazônico.

Especialista 3 1

Responsável pela

elaboração do diagnóstico

dos estudos das

fitofisionomias e

fitossociologia e

levantamento florístico

Profissional de nível superior formado em

engenharia florestal, biologia (botânico) ou áreas

afins, com experiência de no mínimo 2 anos em

mapeamentos de fisionomias vegetais e perfil

fitossociológico no bioma amazônico, levantamento

florístico, conexões entre paisagens ecológicas,

ecossistemas ecológicos e restauração ecológica.

Especialista 4 1

Responsável pela

elaboração do diagnóstico

da herpetofauna.

Profissional de nível superior formado em biologia

ou áreas afins, experiência de no mínimo 2 anos em

levantamentos da herpetofauna no bioma

amazônico.

Especialista 5 1

Responsável pela

elaboração do diagnóstico

da ornitofauna.

Profissional de nível superior formado em biologia

ou áreas afins, experiência de no mínimo 2 anos em

levantamentos da ornitofauna no bioma amazônico.

Especialista 6 1

Responsável pela

elaboração do diagnóstico

dos estudos

socioeconômicos, de uso e

ocupação do solo, situação

fundiária e aspectos

históricos e culturais

Profissional de nível superior formado em ciências

sociais ou áreas afins, com experiência comprovada

de no mínimo 2 anos na elaboração e análise de

diagnóstico socioeconômico no bioma amazônico.

Especialista 7 1

Responsável pela

facilitação gráfica com os

grupos temáticos e nas

oficinas de avaliação,

revisão e apresentação do

Plano de manejo

Profissional com experiência de no mínimo 2 anos

na área de facilitação gráfica, metodologias

participativas e dinâmicas de grupo.

13.2.2. Caso haja especialistas na equipe da Contratada que atestem experiência em mais de

uma especialidade, este poderá acumular funções.

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13.2.3. Os especialistas listados serão responsáveis pela Coordenação das atividades

(elaboração da metodologia, análise dos dados e redação dos relatórios). A execução das atividades

de campo poderá ser realizada por profissionais de nível de graduação e/ou estagiários.

13.2.4. Se, por qualquer razão além do controle razoável da Consultoria, for necessário

substituir qualquer membro da equipe-chave, a Consultoria fornecerá, como substituto, pessoa de

qualificações equivalentes, cujo Curriculum Vitae deverá ser previamente aprovado pela SEMA.

14. MONITORAMENTO DO CONTRATO

14.1. A Unidade Operativa Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Acre (SEMA-AC), por

meio dos seus pontos focais, terá a responsabilidade direta pelo acompanhamento de todas

as etapas das atividades realizadas pela contratada, bem como pela obtenção de quaisquer

esclarecimentos necessários relativos à execução dos trabalhos.

14.2. A Unidade de Coordenação do Projeto do MMA, por meio da Secretaria de Biodiversidade

e Florestas (SBIO), deverá validar os pareceres de aprovação dos produtos elaborados pela

equipe designada pela SEMA-AC, após o ateste de conformidade da execução dos produtos

em relação às condições estabelecidas neste Termo de Referência feito pela CI-Brasil.